Ano 6 Ed 062 Jun 2005
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Ano 6 Ed 062 Jun 2005
Jornal de Umbanda Sagrada Ano V nº 62 Distribuição Gratuita São Paulo, Junho de 2005 Mãe Egunitá Eu sou o fogo que incendeia Eu sou o fogo que aquece Eu sou a luz do dia Sou a Lei, sou a Justiça de Ogum e de Xangô. Eu sou a luz do dia Sou a Lei, sou a Justiça de Ogum e de Xangô. E para quem não me conhece Eu vou me apresentar Eu sou aquela que te ampara Sou aquela que te guarda Sou sua Mãe Egunitá. Eu sou aquela que te ampara Sou aquela que te guarda Sou sua Mãe Egunitá. Página -2- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada Jornal de Umbanda Sagrada Muito mais que um jornal - A sua religião em fascículos... RECEB A O J .U .S RECEBA J.U .U.S .S.. EM SU A CASA SUA EDITORIAL Irmãos e leitores esta é com certeza uma edição histórica do JUS. Temos na capa uma imagem inédita e maravilhosa da Mãe do Fogo Divino, nossa Mãe Egunitá, Senhora da Lei e da Justiça, arte de nosso irmão Cláudio Gianfardoni. Trazemos como sempre informação, conhecimento e esclarecimento acerca da doutrina, cultura e teologia de Umbanda Sagrada. Nesta edição: Em “Lições de Vida” lembramos que o problema de um é o problema de todos, seja desta ou daquela religião, “Amado pela Luz Odiado pelas Trevas” tanto faz o que importa é estar “Colocando os pingos nos is” e perguntando “Virtude, Cadê?”, encontrando-a no “O Mistério da Cruz entre o Sagrado e o Profano”. “Cambone de Umbanda” ou médium busque a “Maturidade e Espiritualidade” para realmente “Ser Umbandista”, filhos da “Filha de Olorum”, sempre levando “A Mensagem” de “Ogum” a todos “Os Subníveis Quânticos e os Planos Espirituais”. Assim abordamos todos os temas desta edição, mas temos um especialmente importante este mês, que ocupa a dupla página central colorida, o “Diálogo das Religiões”, um programa de TV gravado no teatro da PUC, para ir ao ar como direito de resposta, na TV Record, segundo Liminar da Justiça acerca do processo que a mes- ma perdeu, dando vitória ao Ministério Público, as Religiões e Cultura Afro-Brasileiras e a cada um de nós que tem atravessados na garganta os valores nossos invertidos por estes Senhores. Nos chamam de Pais e Mães de Encosto, demonizam nossas entidades e copiam nossas práticas religiosas entre outras atitudes que caracterizam crime de discriminação religiosa. Apresentado por Tony Garrido e Maria Ceiça, o programa aborda todas estas questões em 3 níveis diferentes a conferir. Rubens Saraceni na lenda “O Mistério da Cruz entre o Sagrado e o Profano” compara a origem da Igreja de Roma, aonde acontecem supostos fatos que até o Saudoso João Paulo II pediria desculpas, com muitas outras ou outra, igreja ou templo, onde ainda hoje fazem da mesma forma e ninguém quer pedir desculpas ou assumir o erro, muito menos mudar de atitude. Afinal o que vale é o Ibope. O JUS vem mostrando uma preocupação com a discriminação e como lidarmos com ela. Entendemos que a pior discriminação é a que vem de dentro, na vergonha ou falta de orgulho de ser Umbandista, fruto da ignorância do que realmente é a Religião de Umbanda. Este é o Jornal de Umbanda Sagrada e, da Umbanda Sagrada. Um Jornal da Comunidade Umbandista. Um Jornal que fala a nossa língua, o nosso tempo e às nossas realidades. Apenas com uma colaboração anual, R$ 50,00, receba em casa 12 edições, sem o risco de perder nenhum exemplar!!! Informe-se pelo tel: Ligue para(11) 5686-2004 Para receber os textos do J.U.S. por e-mail, envie um e-mail para: [email protected] EXPEDIENTE: São Paulo - Capital: Diretor Responsável: Alexandre Cumino Tel.: (11) 5686-2004 E-mail: [email protected] Endereço: Rua Francisco Teles Dourado, 111 Jardim Prudência - São Paulo - SP CEP: 04649-040 Editoração e Arte: Laura Carreta dos Santos (11) 9296-6698 Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz Bauru: Diretor: Rodrigo Queiróz Tel.: (14) 8114-8184 E-mail: [email protected] Endereço: Rua Afonso Tepedino 6-26 Paraíso - Bauru - SP - CEP: 17051-500 Grande ABC: Diretores: Adriano Camargo e Andréia Contó Tel.: (11) 4337-7967 E-mail: [email protected] Endereço: Rua João Santiago, 61 Nova Petrópolis - São Bernardo do Campo - SP Jundiaí: Diretora: Ivete Furlan : 4586-7390 Santos / Guarujá: Diretor: Sebastião Vanderlei Perez : (13) 3289-5478 São Vicente/Praia Grande/Mongaguá/Itanhaém: Diretora: Laura Costa : (13) 97736998 Amparo: Augusto César Marcondes Dias : (19) 3807-4039 Consultora Juridica: Dra. Mirian Soares de Lima : (11) 5575-8860 Jornalistas Responsáveis: Marcio Pugliesi, MTB: 33888 Wagner Veneziani Costa, MTB:35032 Alessandro Sani de Andrade, MTB: 37401 Colaboradores: Rubens Saraceni, Monica Berezutchi, Cássio Ribeiro, Wagner Borges, Jornal de Umbanda Sagrada É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Umbandista. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião deste jornal. As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.). Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -3na questão do direito de manifestarmos nossa religiosidade, assegurado pela Carta Magna, você também se sinta na necessidade de ir para além do espaço consagrado como templo da sua fé. Precisamos estar unidos pelo ideal e pela luta em preservar este ideal e direito de manifesta-lo através da religiosidade. LIÇÕES DE VIDA O Rato e a Ratoeira AUTOR DESCONHECIDO Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda, advertindo a todos, encontrou a galinha e lhe disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! A Galinha, disse: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isto seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. O Rato foi até o Porco e lhe disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! - Desculpe-me senhor Rato – disse o porco – mas, não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces. O rato dirigiu-se á Vaca e lhe disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! - O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Então o Rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, da ratoeira pegando uma vitima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira, havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher. O fazendeiro a levou imediatamente para o hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que, para alimentar alguém com febre, nada melhor que canja de galinha. O fazendeiro foi pegar seu cutelo e foi providenciar seu ingrediente principal. A Galinha virou canja. Como a doença da mulher continuava, os amigos vizinhos vieram visita-la. Para alimentalos, o fazendeiro fez uma feijoada, lá se foi o Porco. A mulher não agüentou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro, então, sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. Com esta lição de vida vemos que o problema de um é problema de todos, precisamos desta visão coletiva dentro da Umbanda e também da Umbanda para as outras religiões e destas para a Umbanda. Os problemas que a Umbanda passa pode parecer que não afeta as outras religiões a curto prazo, mas a longo prazo todos podem ser prejudicados. O que falamos aqui no Jornal pode parecer distante dos seus trabalhos espirituais, da sua tenda ou terreiro, até o dia em que passe por situações semelhantes ao que temos lutado TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA Ministrado por Alexandre Cumino Se você bate palma porque todo mundo bate, bate cabeça porque todos batem, canta porque todos cantam, faz oferendas porque todo mundo faz, e quando alguém lhe pergunta sobre sua religião, envergonha-se, pois não sabe o que dizer, É HORA DE AGIR! A TEORIA NÃO SUBSTITUI A PRÁTICA, ESCLARECE! Através da teoria, você passa a conhecer profundamente a sua religião. FORMANDO TURMAS! METRÔ ANA ROSA R. França Pinto, 421 - Vl. Mariana V O C Ê N ÃO T E M N A D A A PERDER!!! DA ASSISTA A UMA AULA GRATUITA E AVALIE SE VALE A PENA ESTUDAR tel: (11) 5081-7878 Quarta-feira das 20:30 às 22:30 MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE OS CURSOS EM FORMAÇÃO NO TEL: (11) 5686-2004 MAGIA DO FOGO Inicie-se na Magia Divina das Sete Chamas Sagradas APENAS 50,00 o curso todo (4 a 5 MESES DE CURSO) GRANDE PROMOÇÃO no curso de MAGIA DO FOGO, para que todos possam ter este recurso às mãos. Esta é a sua oportunidade de fazer aquele curso que tanto queria com apenas um valor simbólico. NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE FAÇA RESERVA PELOS TELEFONES, VAGAS LIMITADAS. Ministrado por Rubens Saraceni, é o Curso de Magia mais procurado pelos umbandistas INICIANDO TURMAS EM AGOSTO Rua Serra da Bocaina, 427 Belém – São Paulo Quarta-Feira - das 20h00 às 22h00 INFORME-SE PELOS FONES : 6606-8488 / 6606-8988 / 9784-2668 Página -4- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada Colocando os pingos nos is RUBENS SARACENI Um amigo perguntou-me dias atrás se eu era adversário ou contrário aos cultos tradicionais AfroBrasileiros englobados na denominação Candomblé, comum a todos. Admirado e surpreso com tal pergunta, quis saber dele o que o levara crer que eu fosse adversário ou mesmo contrário aos cultos de Nação. Ele disse-me que corre de boca em boca, que eu sou inimigo do Candomblé e mais algumas outras coisas que andam sendo ditas por aí afora, sem que delas se quer eu tivesse conhecimento, pois vivo voltado totalmente para o meu trabalho e não tenho tido tempo de participar dos grandes eventos ou reuniões de lideranças Afro-Brasileiras. Após afirmar-lhe que não sou, adversário ou contrário aos outros cultos Afros, eu, um Umbandista respondi-lhe que tenho sido um defensor público do Candomblé, pois, ao defender nos meus programas de rádio e de televisão o nosso direito de liberdade religiosa e de culto, não estou pensando ou defendendo só o direito do Umbandista, pois a Umbanda também é um culto Afro-Brasileiro. Também afirmei–lhe que, ao ensinar sobre os orixás e pregar o amor e a fé a eles, não os diferencio entre os orixás da Umbanda e os do Candomblé pois são os mesmos, e quando as pessoas começam a amá-los a cultuá-los todos os cultos Afros são beneficiados. Quando ele se foi, fiquei pensando o que poderia ter levado algumas pessoas a acreditarem em tal coisa. Lembrei-me de que alguns anos atrás, algumas pessoas ocultas por trás de nomes falsos, espalharam pela Internet através de cartas anônimas enviadas a mim e a muitos líderes dos Cultos Afros, uma série de mentiras ao meu respeito e do meu trabalho. Os que me conheciam, sabiam que eram mentiras, e que aquilo tudo não passava de futricas de concorrentes em um mesmo campo de atividades. Mas, e quanto aos que eu não conhecia e nunca irei saber quem são e quantos são? Os que acreditaram sobre tudo o que disseram sobre mim, e acerca do meu trabalho? Eu não sei. Mas, para alguém fazer-me uma pergunta dessa ordem é porque muitas pessoas dos cultos Afros tradicionais, também chamados de Candomblé acreditaram nas mentiras e falsidades espalhadas por pessoas interessadas em atingir a minha pessoa, o meu trabalho e a minha imagem, tal como fazem de vez em quando, algumas pessoas que participam de listas de discussões pela Internet que, sem ao menos conhecerem a mim ou ao meu trabalho, falam absurdos a respeito. Lamento muito não ter sabido disso antes, para prestar um esclarecimento a quantos tenham acreditado em tais mentiras, pois, sabe-se lá o que andaram colocando como palavras ou atos de minha autoria, não? O que todos devem saber é que sou um defensor ardoroso de todos os cultos afros-brasileiros e sou contra a intolerância religiosa. Que sou a favor do ecumenismo entre os cultos Afros, mas sou radicalmente contrário a miscelânea de práticas, pois as práticas de cada culto não devem ser copiadas pelos outros, senão todos serão descaracterizados e seus fundamentos sagrados se perderão. Que sou contrário a Umbandistas que vão até outros cultos Afros, aprendam “só de ver” e depois comecem a praticar pantominas sem fundamentos dentro dos seus terreiros. Sou contrário a dirigentes ou médiuns de Umbanda se dirigirem a outros cultos Afros, para ”fazer a cabeça” e continuem a se dizer Umbandistas e a tocar trabalhos de Umbanda. Isto, para mim, é um contrasenso pois o ato de “fazerem a cabeça” em outro culto afro é o mesmo que converterem-se a ele e ponto final. Isso é um contrasenso e infidelidade religiosa, pois, se a pessoa foi fazer, por exemplo, a cabeça no Can- PSICOLOGIA MÁRCIA RAMOS domblé Keto, ela deixou de ser Umbandista e “batizou-se” neste culto Afro, certo? Como não há nada de errado em ser um adepto-seguidor do Candomblé Keto, então que esta pessoa sigao corretamente, assuma-o como seu culto e deixe de ser Umbandista, pois aí, estará errando com ambos os cultos e estará descacterizando-os. Afinal, ou se é Umbandista ou se é adepto do Candomblé Keto, não é mesmo? Toda religião tem o ato de conversão pra quem queira segui-la, então é inadmissível que uma pessoa vá, “faça a cabeça” e continue a tocar Umbanda ao invés de tocar o culto de nação escolhido. Essa sempre foi minha posição e, recentemente li alguns artigos es- CEIE – Centro de Estudos Iniciáticos Evolução PÇA JOAQUIM ALVES, 1 – PENHA – SP (Esq. C/ R. Guaiauna - próx. Metrô Penha e Av. Celso Garcia) CRP 06/27280-9 Psicoterapia para adultos, adolescentes, dependentes químicos na abordagem junguiana corporal e supervisão critos por pessoas respeitadíssimas dos cultos que formam o candomblé nos quais eles também criticavam tais procedimentos, pois, pessoas despreparadas estavam “preparando”, ou seja, “fazendo cabeças” a torto e à direito sem atentarem que isto, se traz benefício financeiro para quem o faz, profana o que há de mais sagrado em qualquer culto: seus fundamentos! Bom, se foi minha postura em favor de uma fidelidade religiosa aos fundamentos da Umbanda que desagradou algumas pessoas, então a coisa está pior do que eu pensava. E, se está, então quero dizer aqui aos seguidores corretos de cada um dos vários cultos de nação: Eu não fui, nem sou adversário ou contrário ao Can- domblé, antes, sou um admirador dos vossos belíssimos rituais. Foi graças a existência dos cultos Afros puros ou de nação que a Umbanda é riquíssima em fundamentos e também tem práticas belíssimas. Nós todos, adeptos dos cultos Afros-Brasileiros formamos uma poderosa vertente religiosa, mas que mostra-se fraca por causa da nossa divisão interna e da nossa incapacidade de falarmos uma “língua única” em defesa do que acreditamos e praticamos. Essa nossa fraqueza e divisão não interessa só aos nossos verdadeiros adversários instalados nas outras vertentes religiosas, mas também interessa aos aproveitadores e infiéis instalados entre nós que tudo fazem para que permaneçamos fracos e divididos, pois aí, eles não serão expurgados dos cultos Afros porque só contribuem para que a discórdia aumente cada vez mais. São esses adeptos do “quanto mais divididos e enfraquecidos, melhor para continuarem” que tanto espalham mentiras e falsidades a meu respeito, e a respeito de todas as pessoas empenhadas na manutenção da pureza dos cultos afros e na organização e fortalecimento de todos nós. Espero ter deixado claro que não sou adversário ou contrário a nenhum dos cultos Afros existentes, que respeito e admiro suas práticas e fundamentos, que sou muito combatido por adversários desleais que não medem esforços para deturparem minha imagem pública, a minha pessoa e o meu trabalho. Assim como espero que também respeitem a mim, e ao meu trabalho, porque ele tem os seus fundamentos e a sua beleza que estão sendo úteis a muitas pessoas que também devem ser respeitadas porque elas aprenderam comigo a respeitar a todos e aos seus trabalhos e crenças. Tel.: (11) Cursos: “Resgate do Feminino” “Simbolismo das Cores” DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E SACERDÓCIO Rua Martim Soares, 264 – Próx. Metrô Tatuapé Tel : 296-6371 / 9799-9010 Com Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada CURSO DE ATABAQUE 6191-6608 / 6225- 1017 CROMOTERAPIA Aos Domingos: QUIROMANCIA A leitura das mãos CURSOS DE DANÇA: • Cigana • Do Ventre Sagrada • Flamenca CURSO INTENSIVO DE BARALHO CIGANO E TAROT Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -5- Amado pela Luz - Odiado pelas Trevas ALEXANDRE CUMINO Escuridão é ausência de Luz, mas o que chamamos de Trevas é oposto à Luz. Os princípios das Trevas são invertidos em relação aos princípios da Luz, como já dizia Hermes Trimegistro, “No alto como no embaixo”. Pai Benedito de Aruanda diz a mesma coisa porém afirma “No alto como no embaixo, porém, no embaixo de forma inversa ao alto”. Logo na Criação temos o alto onde prevalece a Luz e o embaixo onde prevalece as trevas. O Criador está em todos os lugares, logo Ele se manifesta no alto como no embaixo, sendo o mesmo em todos os lugares. O que muda são as pessoas e o que elas buscam, no alto ou no embaixo. A essência e os mecanismos da criação são os mesmos, aplicados em toda ela por igual, nós é que os buscamos pela via da dor ou do Amor. No embaixo caem aqueles que inverteram os valores da vida, no lugar de vivenciarem as virtudes da vida, se entregaram aos vícios. Amor é o que atrai as pessoas, logo, se no embaixo prevalece o vicio, também prevalece o Amor aos viciados, o amor aos iguais, afinidade que atrai (amor é a força de atração em todo o cosmos), assim como na luz prevalece o Amor aos virtuosos. O mesmo Amor Divino atrai para o alto e para o embaixo. Pelo mesmo Amor Divino, aqueles que trilham a luz são odiados pelas trevas, que parecem odiar a tudo e a todos, se apegando apenas aos vícios que os consomem. Por isso, sempre haveremos de lidar com o Amor e com o Ódio, seremos sempre odiados quando praticamos o bem, odiados pelas trevas e amados pela luz. Assim ser considerado um maldito pelas trevas é ter a benção da luz, os princípios são invertidos. No momento não estamos nem na luz e nem nas trevas, estamos no meio, onde ora praticamos atos dignos da luz, ora escorregamos em nossas falhas e erros, todos frutos de egoísmo, a alavanca dos vícios. Convivemos com pessoas dignas das esferas de Luz e outras já esperadas nas Trevas, por isso nunca encontramos unanimidade em nada, somos caluniados e vilipendiados exatamente quando praticamos nossas virtudes. Esta é uma das maiores reclamações de quem inicia um trabalho de ajuda ao próximo. É o motivo de muitos abandonarem suas atividades, dizendo que são vítimas do mal agradecimento de alguns, aos quais prestou ajuda. Esquecemos que a recompensa pela prática da virtude está nela mesma, no prazer de desfrutá-la. Quando cobramos algo em troca da prática destas mesmas virtudes, é porque na verdade são vazias dentro de nós e não são reais. São práticas mecânicas que não encontram sintonia em nosso campo mental, pois viver uma virtude em essência não tem preço. Quando enganados pelas 3857-1823 trevas, somos esclarecidos pela luz, por isso o Reino dos Céus pertence aos humildes, caluniados, humilhados, vilipendiados, que sofrem, ao olhar seus algozes, pois, a dor e o veneno que projetam ao próximo são dor e veneno que possuem dentro de si. “Cada um dá o que tem” O mal existe e surge em nossas vidas, mas o bem é muito maior. Se temos demandas negativas das trevas, o amparo da luz é muito maior, se somos odiados, muito mais somos amados. “Quem pode mais que Deus?” No entanto a ausência de Deus em seu coração não o torna ausente de sua vida, a falta de seu amor por Ele, não diminui o dEle por você, deixar de crer em sua existência não muda o fato. Então muitos se perguntam: Onde está Deus nas trevas? Ele está no Amor que une os iguais, que unidos nos mesmos vícios se consomem uns aos outros. No Alto Ele se manifesta através das Divindades Orixás, manifestadores das qualidades e virtudes divinas. No embaixo Ele também se manifesta em divindades opostas, não cultuadas, que absorvem os vícios gerados pela humanidade que se entrega as Trevas. Irradiar virtudes e absorver os vícios, esta é a lei do Amor, igual no alto como no embaixo, o princípio que muda é o humano, o princípio divino é sempre o mesmo. O Criador gera Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração, irradiados pelo alto; o ser humano gera ilusão, ódio, ignorância, injustiça, desordem, involução e esterilidade parasitária. O Criador não gera o negativo no embaixo, mas simplesmente os absorve, em analogia ao irradiar o positivo. Assim o Criador está assentado no Alto e no Embaixo, na Direita e na Esquerda. Ser Amado pela Luz ou Odiado pelas Trevas é a mesma coisa. Página -6- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Cambone de Umbanda SHEILA NASCIMENTO Gostaria de abordar um trabalho de extrema importância no terreiro que é o de cambone, mas sem deixar de lembrar de uma passagem curiosa. Quando era pequena meu pai sempre tinha o costume de desmontar os relógios da casa na intenção de “melhorar seu desempenho”, relógios do tipo à corda, e sempre era a mesma estória, ele desmontava, “lubrificava” e montava novamente, mas sempre sobravam peças .... e lógico o relógio não funcionava, aí começava a discussão com minha mãe que argumentava o erro em não saber remontar e ele dizia que eram peças “dispensáveis”, mas ora, o relógio não funcionava ou então funcionava com problemas. O trabalho de Umbanda no atendimento ao consulente também funciona como um relógio, que tanto no astral com na parte material depende do bom funcionamento de sua engrenagem. Parte importante, como todas as outras é justamente a do cambone, já tão bem abordada aqui no JUS em outras oportunidades, mas nesta, coloco a visão de um próprio cambone. Existe toda uma expectativa no início dos trabalhos, cada casa tem seu ritímo, mas o que não muda é aquela adrenalina e ansiedade (benéfica) à espera da linha de trabalho a ser chamada, muitas vezes por tempo de trabalho e por dedicação e afinidade, o cambone se sente um misto de peça importante com um filho de todas as entidades que na casa se manifestam. É, muitas vezes, eu como muitos outros temos esse sentimento, de atenção com tudo, preparar o espaço para a chegada dos Guias Espirituais, pembas, blocos de anotação, velas, charutos, tudo tem de estar a contento, a assistência, ansiosa, tem que ser bem recebida e conduzida aos Guias, todo o trabalho transcorre numa dinâmica de atenção, concentração e doação, dependendo muito do amor e da dedicação de todos, inclusive de nós cambones, aí entra também o sentimento de ser filho de cada um dos Guias espirituais, que com o tempo só de olhar sabem como estamos como um pai que olha o filho pequeno, os cumprimentos e o abraço de um, a palavra do outro, a “chamada” de um terceiro, e ai a gente vai, crescendo como crianças dentro de uma grande família de sábios, anciões, companheiros, pais e mães espirituais. Chegando até mesmo um ponto, em que ao meio de inúmeros Guias, o cambone ouvir mentalmente o chamado de um ou outro Guia Espiritual mais afinizado com o cambone, solicitando sua presença ali ao seu lado. Isso não tem preço ! Não digo que cada dia de trabalho tem um aprendizado, mas sim, cada atendimento, sendo este ligado apenas um médium e suas entidades ou como também os cambones que atendem vários médiuns sem ser específico de um só. Muito depende do funcionamento de cada casa, mas o trabalho de ser cambone é uma escola, um aprendizado sem fim, que aos atentos, faz aumentar a fé, descobrir-se e sentir amado e especial. Existem dias, em que o cansaço e eventuais dificuldades atrapalham, mas são nesses dias, em que a espiritualidade te recompensa com um abraço de um pai querido, um ramo de alecrim imantado ou uma rosa para despachar. Enfim, cada gesto dessa grande corrente, não só de pais e mães espirituais, mas como também os “colegas”, irmãos de trabalho que se ajudam e muitas vezes, sob a coordenação de um guia espiritual fazem o revezamento de descarregos para os mais necessitados da corrente. Ser cambone é ser importante para o bom funcionamento do trabalho, exige ser atento, concentrado, estudar, aprende e se incorporar à dinâmica de trabalho da Umbanda, estar preparado para toda um esforço físico, mental e espiritual de trabalho e acima de tudo amar a Deus e o que faz. Hoje, de um modo geral, por todo o trabalho de doutrina, esclarecimento e preparação, nós cambones somos vistos como parte importante da engrenagem de funcionamento de uma casa, mas apelo aos irmãos, colegas de trabalho, que se vejam, não com soberbia na importância do seu trabalho em uma casa, mas como privilegiados e abençoados por tanta generosidade que recebem em cada auxilio às entidades, sem precisar mencionar do auxilio que cada cambone, como médium de umbanda recebe de seus próprios amparadores espirituais. Percebam e internalizem para poderem retransmitir, a gratidão, os pequenos gestos de humildade e delicadeza, a generosidade e o trabalho extramamente gratificante e engrandecedor de servir ao Pai, servido a muitos. Se tiverem amor pelo trabalho de cambone, receberão amor enquanto forem membros neste ponto da hierarquia, e no futuro também colherão amor e doarão amor de toda a corrente. Página -7- Poesia à Exu ANDRÉIA GUIMARÃES No meio das matas ele chega Traz no peito a razão Com nossos sentidos ele mexe Logo sei que é um Guardião Espírito que luta bravamente Tem seu corpo presente Para que todo mal padeça E o bem se fortaleça Com as palavras ele traz A transparência da verdade Do ser humano como capataz De seu orgulho e vaidade Em sua última encarnação Aprendeu que tudo tem seu preço Paga seus erros a prestação Em sua atuação não há falhas Seu nome é Tranca Ruas Sinônimo de Fé e Bravura. Página -8- São Paulo, Junho de 2005 espaço do Leitor ENVIADO POR ROSE FREITAS Por sobre as montanhas encantadas, um anjo entoa uma canção dos homens, formando um elo de amor para o coração de Deus. Formando uma ligação eterna, para que os homens, não se percam pelos caminhos trevosos. Que se desviaram. Por sobre as grandes montanhas, no centro do seu ponto magico, o anjo entoa a canção, ele nada pede, nada deseja e só por amor ele se da a criador, se tornando assim a ligação de Deus com os homens. E por séculos incontáveis, o seu canto inefável se fez ouvir e sentir por todas as direções, mas , como os homens possuem a liberdade de escolha, continuavam a se afastar cada vez mais. E poucos foram os que voltaram ao coração do pai. Por sobre as montanhas encantadas, no centro do seu ponto mágico, o anjo irradia a sua canções divina, sendo sempre assim uma ponte de luz. Desta vez os homens se afastaram de mais e não percebiam o entoar do anjo, se entregaram a seus vícios suas misérias, seu orgulhos, suas maldade, suas entrigas, guerras, suas cede de poder, seus enganos, etc. O canto de um anjo Sobre as montanhas encantadas, no centro do seu ponto magico, o anjo percebeu o grande distanciamento dos homens e lançou seu olhar para terra e viu as guerras, a fome, o abuso do poder, viu mudanças no planeta e viu enchentes aparecerem. Então por sobre as montanhas encantadas, ouviu-se o silencio e dos tempos celestiais já se sabia o porque. Então por sobre as montanhas encantadas o anjo entoou a mais linda das canções, já mais ouvida antes, que ecoou em todas as direções e formou, novamente, a ponte entre luz e a escuridão, o anjo resplandeceu se precipitou por sobre as montanhas encantadas e desceu sobre si mesmo, a procura dos homens que aqui estão. Quando o anjo chegou, caminhou entre os homens e sentiu a tristeza dos seus corações, não viu mais o brilho cósmico n seus olhares e uma chuva muito intensa fustigavalhes a cidades. Então outra vez, num canto desta terra o anjo se abaixou e elevou suas mãos ao céu, no centro do seu ponto magico, na língua dos anjos, ele fez uma oração, clamando ao criador, então, ele sentiu a dor do Pai e da criação. E o anjo, então, em adoração, clamou: Oh! Senhor Deus, tem compaixão, um dia eu subirei ate voz, e levarei comigo esta, sua criação! E hoje, num canto desta terra sozinho no centro do seu ponto magico, um anjo esta, então, clamando ao criador, a luz do seu amor, por esta criação, formando uma nova ponte entre a luz e a escuridão! Jornal de Umbanda Sagrada Carta de Paulo aos Coríntios ENVIADO POR GERO “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso se aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz incovenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando porém vier o que é perfeito, o que então é em parte, será aniquilado. Quando eu era menino, falava como um menino, sentia como menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das c o i s a s próprias de menino. Porque agora vemos como um espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido. Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor. Estes três. Porém o maior deles é o Amor”. Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Aconselhamento Mediúnico SOLANGE BELCHIOR Nem tudo o que o indivíduo apresenta como desequilíbrio, vem do espiritual, muito é psicossomático. As alterações nas atitudes e no comportamento do indivíduo abre canais para que ocorra manifestações dos espíritos. O trabalho espiritual não deve ser usado como muleta para resolver conflitos que o próprio indivíduo criou, e sim, educá-lo na verdadeira espiritualidade. O consulente deve ser trabalhado em sua essência, fazê-lo encontrar a ética espiritual e suas leis universais para poder se reintegrar ao todo. No curso de Aconselhamento Mediúnico, o trabalho se inicia com os médiuns, atendentes, cambones e gira para que estes possam, encontrar o caminho da evolução pessoal e poder avaliar os consulentes de uma forma integral (corpo, mente,emoção e espírito). Não basta doar, através da mediunidade ou da ajuda ao próximo. A verdadeira doação se inicia por dentro, no encontro consigo mesmo. Através do seu equilíbrio, o contato com o consulente torna-se mais sublime e a verdadeira orientação acontece. Desta forma não teremos pessoas procurando bengalas, e não teremos mais médiuns se considerando deuses, teremos sim, um trabalho de fraternização, de educação da real espiritualidade. “Todos buscam respostas do lado de fora, projetam e responsabilizam tudo o que está fora como autores de Página -9- Existe Deus? seus conflitos, porém, tudo o que precisamos está dentro de nós, principalmente Deus”. A espiritualidade vem pedindo mudanças e uma maior conscientização das pessoas que freqüentam uma religião. É chegada a hora da grande conscientização espiritual e quer levar seus conhecimentos diretamente as pessoas para contribuir que se faça realizar a grande transformação, que já se iniciou. Essas são palavras que Jesus vivo falou: “O Reino de Deus está dentro de você e a sua volta, não em mansões e prédios de madeira e pedras. Rache uma lasca de madeira e estarei lá, levante uma pedra e me encontrará. Quem descobrir o significado das palavras não verá a morte”. Mais informações sobre o Curso de Aconselhamento Mediúnico pelo telefone: 6193- 6962 Buda estava reunido com seus discípulos certa manhã, quando um homem se aproximou. - Existe Deus? – perguntou. - Existe – respondeu Buda. Depois do almoço, aproximou-se outro homem. - Existe Deus? – quis saber. - Não. Não existe – disse Buda. No final da tarde, um terceiro homem fez a mesma pergunta: - Existe Deus? - Você terá que decidir – respondeu Buda. - Mestre, que absurdo! – disse um dos seus discípulos. - Como o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta? - Porque são pessoas diferentes – respondeu o iluminado. - E cada uma se aproximará de Deus à sua maneira: Através da certeza, da negação e da dúvida. MAKTUB - PAULO COELHO A força branca ORTIZ BELO DE SOUZA Meus irmãos em Oxalá, estamos caminhando para um fato histórico, do qual fazemos parte. É de grande importância, que atentemos aos valores que nossa querida Umbanda nos trás. A grande religião, que se manifesta em milhares de terreiros, tendas e templos, onde a caridade manifesta-se nos trabalhos espirituais realizados e onde o trabalho social cresce pela força de líderes empenhados em levar o acalanto aos menos favorecidos. A Força Branca, que é uma grande massa de poder, somos nós, mas, não nos apercebemos da grandeza que somos e o que podemos realizar. Estes milhares de tendas, terreiros e templos, que trabalham na senda do bem e da caridade, que abrem suas portas para os aflitos, que encaminha os perdidos, que é o espelho da humildade, que expande o amor, todos estes são A Nossa Umbanda Sagrada. Meus irmãos, vamos nos dar as mãos e realizar as transformações que precisam ser feitas. Chamo o grande exercito branco de Oxalá, para rumarmos em direção ao cetenário sagrado, vamos realizar um encontro e convido a todos para nos irmanarmos no dia 10/07/ 2005 a partir das 9:00h da manhã no Shoping Chic Estaremos realizando durante o dia apresentações das mais variadas e no final uma grande manifestação dos pais Orixás Xangô e Ogum. Cursos Nas’hara Entidade metafísica orientada por espíritos de luz. Dirigido espiritualmente por Eliane Esteves MELHOR PREÇO • Software completo de astrologia com interpretações CURSO DE MAGIA CIGANA Aulas práticas e teóricas com desenvolvimento mediúnico A! Participe do RITUAL DO SAL E DO FOGO CIGANO • Espadas e punhais para consagração NÃO PERC para limpeza e abertura de caminhos CONFIRA OUTROS CURSOS: Baralho Cigano, Cartomancia e Dado Cigano, Runas, etc... Conheça Também nossa Linha de Produtos Esotéricos Todos os cursos são apostilados e com certificado Tel.: 6238-6517 Alameda Lorena, 2112 - S. Paulo/SP Tel: (11) 3086-3360 / 3086- 3354 / 3064-4731 www.viraj.com.br Página -10- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada Telefones Úteis dos Órgãos de Umbanda: A Mãe do Fogo flamejante e tão racional quanto Xangô. Ponto de força, caminhos e pedreiras. Sua cor é o laranja. Pedra: ágata de fogo. ALEXANDRE CUMINO Héstia — Divindade grega, Vesta romana, muito antiga e adorada como deusa do lar. Está presente no fogo da lareira, que é o centro do lar, sem ela não havia nem a comida e nem o calor que nos aquece no frio, ela é o próprio fogo. Protegia a família e a ordem social, também evocada para dar os nomes às crianças. Egunitá — Orixá pouco conhecido e pouco cultuado na Umbanda, mas é a forma humanizada de uma das Divindades mais cultuadas em outras culturas e religiões. É o Trono Feminino da Lei e da Justiça, que absorve o desequilíbrio na Justiça, de forma ativa, reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más intenções. Fator purificador e energizador, faz a purificação através do fogo. Consome nossos vicios e energias negativas. Também portadora de grande energia a transmite a quem dela precise. Elemento fogo que absorve o ar. Assim como Iansã, ora faz par com Ogum (Lei) ora faz par com Xangô (Justiça). Também -inflexível é implacável contra as injustiças e negativismos humanos. Mostrando-se assim grande protetora daqueles que a merecem. É Senhora da espada Kali — Divindade hindu “negra” da destruição e purificação. Representa o elemento fogo, com sua língua roxa. Não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveiras, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. Enyo — Divindade da guerra em seu aspecto de “destruidora”, o que a remete a uma condição de Divindade da -purificação. Sekmet — Divindade egípcia (“a poderosa”), traz em si as qualidades de purificadora dos vícios e esgotadora daqueles caídos no mal. Representada por uma mulher com cabeça de leoa encimada pelo disco solar, representando o poder destruidor do Sol, é aquela que usa o coração com justiça e vence os inimigos. Brighid — Divindade celta do fogo, seu nome significa “luminosa”. Filha de Dagda (o bom deus), tinha aspectos tríplices. Deusa da inspiração e poesia para os sacerdotes, protetora para os reis e guerreiros, senhora das técnicas para artesãos, pastores e agricultores. É também aquela que traz a energia, motivação e potência. Uma vida sem o calor de sua chama perde do Fogo”, companheira do Deus do Trovão. o sentido e torna-se insípida. Shapash - Divindade babilônica, Deusa do sol, a forma feminina de Shamash, muitas vezes chamada de “a tocha dos deuses”. Lamashtu — Divindade sumeriana, “A filha do céu”, deusa com cabeça de leão (assim como Sekmet) que possuía imenso poder destruidor e purificador. Ananta — Divindade hindu, Senhora do fogo criador e da força vital feminina. Seu nome significa “o infinito”, aparece como uma grande serpente e em muito se assemelha a serpente do fogo Kundaline, para muitos também uma divindade feminina do fogo. SOUESP (11) 6694-3294 (11) 3992-7074 (11) 3975-3594 AUESP (11) 9784-2668 Comentários: O Trono Feminino da Justiça, Egunitá, sempre foi cultuada em várias culturas como podemos ver acima. A princípio não é um Orixá muito conhecido entre os Nagô-Yorubás, africanos, mas essencial para completar todo um panteão Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda (11) 6606-8488 (11) 6606-8988 FUGABC (11) 4238-5042 (11) 4239-4461 Ponike — Divindade húngara do fogo. União de Tendas de Umbanda e Candomblé (11) 3085-0738 Pele - Divindade havaiana guardiã do fogo, é padroeira do Havaí. É ainda a senhora das manifestações vulcânicas. Tem como morada o vulcão Kilauea. Si — Divindade russa, solar, evocada para punir quem quebrava juramentos. Fuji - Divindade japonesa do fogo vulcânico, padroeira do Japão. Habita no monte Fujiyama, o mais alto do Japão, ponto de contato entre o céu e a terra. Sundy Mumy - Divindade eslava, “Mãe do Sol”, ela é quem aquecia o tempo e dava força a seu filho Sol. de Umbanda. Sendo a mãe que purifica os males por meio de seu fogo, ou recorremos a Ela ou nos tornamos carentes de sua presença nos momentos em que só uma Mãe Ígnea pode nos ajudar. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Brígida, a santa do fogo perpétuo associada a Brighid celta ou Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos que surge como “virgem negra” associada a Kali hindu. Texto extraído do livro do autor: “Deus, Deuses e Divindades” Editora Madras. Oynyena Maria — Divindade eslava do fogo, “Maria CURSO DE ATABAQUE (CURIMBA) TOQUE E CANTO NOVAS TURMAS! HOMENS E MULHERES!!! Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na Umbanda, para guias e Orixás!!! COM SEVERINO SENA, HÁ 13 ANOS FORMANDO OGÃS E INSTRUTORES. Federação Guardiões da Luz (11) 6283-3378 Deus, “Deuses”e Divindades Editora Madras Através do estudo da Teologia de Umbanda e pesquisa dentro do campo mitológico, o autor Alexandre Cumino nos apresenta a correta relação entre Orixás e Divindades gregas, romanas, hindus, egípcias... planetas, anjos e santos católicos. Quartas-Feiras, das 19h20 às 22h30 CEIE - Centro de Est. Inic. Evolução Pça Joaquim Alves, 1 - Penha - SP Sábados, das 9h00 às 12h00 Templo da Luz Dourada Av. Vila Ema, 2468 Vila Ema - SP TOQUES: NAGÔ, IJEXÁ, ANGOLA, CONGO E BARRA VENTO Tels: 3984-0181/9622-7909 SEM TAXA DE MATRÍCULA E APOSTILA GRÁTIS Sábados, das 14h20 às 18h00 Portal do Arcanjo Miguel Rua Clodomiro Amazonas, 520 Itaim Bibi - SP Domingos, das 9h00 às 12h00 Escola de Curimba Ogum Beiramar Rua Santa Romana, 472 Piqueri - SP Contatos via e-mail: [email protected] Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -11- Maturidade e Espiritualidade: Duas Reflexões Espiritualistas POR WAGNER BORGES - Primeira Parte INICIADOS? Há ocultistas e iogues entoando mantras demais e vivendo de menos. Tentam o despertar da Kundalini, mas não se preocupam tanto com o despertar do coração. Elaboram rituais variados e seguem “cartilhas iniciáticas”. Contudo, enrolam-se no mais simples: Viver! Trajam indumentárias iniciáticas ou mantos de renúncia, mas não se vestem com a luz da modéstia. Mortificam o corpo físico, através da repressão sexual, jejuns forçados ou perfurandoo com objetos exóticos. No entanto, o corpo mental (morada da consciência, o eu real) e o corpo espiritual (o verdadeiro corpo de luz), continuam obscurecidos pela falta de discernimento e compaixão. Praticam um misticismo exacerbado e costumam apresentar credenciais e títulos iniciáticos, que, na verdade, não provam grau de espiritualidade alguma, mas sim grande grau de vaidade. Gostam de usar senhas esotéricas (herméticas), mas não notam que a própria vida é amplamente exotérica (aberta, clara, explícita). Almejam o samadhi,* mas o seu corpo físico lhes reclama a justa atenção: são obrigados a ir ao banheiro todos os dias. Falam muito em união espiritual e consciência cósmica. No entanto, muitos são nacionalistas ferrenhos. Alguns, inclusive, são racistas. Apesar desse absurdo, dizem que estão trilhando a senda da luz. É por essas e outras que o meu amigo espiritual, Rama, disse certa vez: “A grande iniciação não é realizada dentro de nenhum obscuro templo esotérico, mas sim dentro do templo luminoso do coração, onde mora o maior mestre de todos: o amor!” * Samadhi (do sânscrito): Expansão da consciência; Consciência cósmica. - Segunda Parte RELIGAR OU CONVERTER? Geralmente o fanático religioso quer impor a sua doutrina a ferro e fogo aos outros. Perante o seu olhar turvo de radicalismo, ele só vê infiéis a serem convertidos. Não admite a liberdade de expressão do pensamento alheio e, se precisar, é capaz até de brigar para impor o seu ponto de vista. O fanatismo leva geralmente à intolerância, e esta, fatalmente ao combate. O fanatismo nada tem a ver com Jesus, Krishna e Buda, pois esses mestres ensinaram o “amai-vos uns aos outros” (Jesus), a alegria de viver (Krishna) e o respeito pelos outros (Buda). O fanático demonstra pela sua própria postura agressiva que a compreensão não é o seu forte. Aliás, é curioso o estranho paradoxo em que vive o fanático religioso: se por um lado ele prega a compaixão, a união, o respeito e a religiosidade, por outro lado ele ameaça, ataca, excomunga e até briga com aqueles que não partilham seu ponto de vista. É de se perguntar então: - Há algo em comum entre amor e excomunhão? Entre respeito e intolerância? Entre liberdade de expressão e doutrinação repressiva? “Ide e pregai”, como ensinava o apóstolo, não significa “ide e ameaçai”, como faz o fanático. “Amai-vos uns aos outros” não significa amai uns e não a outros. Na etimologia do termo “religião”, vemos que a sua PLANTAS MEDICINAIS WORKSHOP Os florais para o equilíbrio emocional Culinária e cosmética com ervas medicinais Plantio de ervas em canteiros e vasos. SÁBADOS DAS 14H00 ÀS 18H00 - R$ 35,00 origem vem de “religar-se”, que significa “religar” o homem ao seu Criador. Em outras palavras, “Unir”! Infelizmente, parece que o fanático não entende assim. O seu radicalismo o torna ácido, antipático e chato ao extremo. Já não lhe importa tanto religar, ele quer mesmo é converter o infiel, não importa o quanto isso custe. É por essas e outras que se diz por aí que o fanático não tem discernimento, pois se tivesse, não seria fanático, mas sim um livre pensador. Ou seja, uma pessoa interessante e criativa no mundo. ******* Ainda agora, dando uma olhadinha no material desse curso, fiquei pensando se esses escritos guardados há sete anos seriam interessantes para reflexões ponderadas de outros estudantes espiritualistas. De todo modo, serve como exercício de discernimento no estudo espiritual e também de alerta consciencial sadio. Inclusive, há um texto excelente da pesquisadora italiana Angela Maria La Sala Batä que foi entregue aos alunos do curso citado como correspondência do tema “Maturidade consciencial”. Reproduzo-o logo abaixo como excelente complemento dos temas aqui escritos. MATURIDADE “Ouvi dizer que maturidade é o conhecimento, cada vez maior, de não sermos nem tão extraordinários nem tão incapazes como antes acreditávamos”. “Maturidade significa saber conciliar aquilo que é com aquilo que poderá ser”. “A maturidade não é uma meta, mas sim uma estrada”. “O nível da maturidade de cada criatura é avaliado pelos limites das possibilidades que ela apresenta no momento”. “O melhor método para se alcançar a maturidade ainda é a espiritualização do homem”. “Um dos sinais fundamentais que distinguem o homem maduro é que ele não é fixo, não é estático, mas continua a crescer, a caminhar para frente, qualquer que seja a sua idade”. “Não se pode definir a maturidade porque ela não é um ponto fixo, não é um ponto estático, mas é, antes de tudo, uma atitude interior”. “Não se pode falar de homem maduro se ele é unilateral, fechado num único setor da vida e falho sob alguns aspectos”. “Uma das maiores imaturidades do ser humano é a presunção (ou senso crítico de superioridade) que nasce do fato, quase inevitável, de que com o desenvolvimento do intelecto vem acentuar-se o senso do eu pessoal e da auto-afirmação. O senso de superioridade também gera o criticismo e a separatividade”. “Dar não significa ‘privar-se’ de qualquer coisa, mas significa expandir-se, irradiar a própria energia, expressar a si mesmo, romper o muro da separação e da solidão que circunda os outros seres, vivificando-os com a força do próprio amor”. “Que coisa alguém dá quando ama? Dá a si mesmo, aquilo que possui de mais precioso, dá uma parte de sua vida... Dá a própria alegria, o seu próprio bom humor, a própria tristeza, todas as expressões e manifestações daquilo que possui de mais vital”. ERVAS NA UMBANDA MOD. I Uso Ritualistico e Religioso (Adriano Camargo) Vivência c/ as Ervas Aula Pratica e Teórica. WorkShop 19 de Junho (Domingo) Das 09:00 às 18:00 ERVAS NA UMBANDA MOD. 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Tel: (11) 5535-6414 / 5561-1615 / 5535-8016 waniagravina.sites.uol.com.br - [email protected] 9884-0004 Página -12- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada Direito de resposta transforma-se Presbiteriana Independente. Também esteve presente o Padre Luiz Fernando, da Paróquia Sto. André Apostolo; Padre José Enes de Jesus, da Paróquia Nossa Senhora di Casaluce, ambos da Pastoral Afro da Arquidiocese e Instituto Negro Padre Baptista. Dia 26 de Maio, quinta-feira santa, foi gravado, no teatro da Pontifícia Universidade Católica – PUC, o programa que deverá ir ao ar como direito de resposta, na ação movida contra a TV Record e a TV Mulher. O programa recebeu o nome de “Diálogo das Religiões”, para mostrar que podemos caminhar juntos, nos respeitando, ainda que sejamos diferentes. Leia parte da decisão: 5ª Vara Federal Cível de São Paulo(SP) Autos n. 2004.61.00.034549-6 Autores: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E OUTROS (INSTITUTO NACIONAL DE TRADIÇÃO E CULTURA AFRO BRASILEIRA – INTECAB e CENTRO DE ESTUDOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E DA DESIGUALDADE - CEERT Réus: REDE RECORD DE TELEVISÃO E OUTROS (REDE MULHER DE TELEVISÃO e UNIÃO FEDERAL) O que vemos abaixo é a parte final da decisão que define como o programa deve ir ao ar e seu tempo de duração: Tal programa deverá ser apresentado em sete dias consecutivos, nos mesmos horários dos programas nos quais houve o desrespeito, ou seja, nos programas “Sessão de Descarrego” e “Mistérios”, transmitidos tanto pela Rede Record como pela Rede Mulher. A transmissão do programa em dias diferentes objetiva alcançar todos os telespectadores daquelas redes de televisão. Além disso, as rés deverão inserir três chamadas diárias durante a sua programação (uma pela manhã, uma no período da tarde e uma no período da noite), nos mesmos dias transmissão dos programas, comunicando a exibição e o horário do programa de resposta. A duração do programa será de 1 (uma) hora no máximo, ou a mesma dos programas “Sessão de Descarrego” e “Mistérios”, aquela que for menor. O tempo de 1 (uma) hora é estipulado considerando a média de tempo dos programas que estão gravados em VHS anexadas aos autos. Como não há qualquer informação de qual é a duração daqueles programas, considero que este período é suficiente para a resposta. Para a produção do programa, as rés deverão colocar à disposição das autoras, no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data da intimação desta decisão, estúdio e estrutura pertinentes, bem como pessoal de apoio necessário para a gravação do programa. Outras despesas serão assumidas pelas autoras. Ante o exposto, concedo parcialmente a antecipação dos efeitos da tutela, nos termos acima definidos e fixo a multa diária em R$ 10.000,00 (dez mil reais), em caso de descumprimento desta decisão. Intimem-se. Citem-se as rés para contestar. Intime-se a Anatel para se manifestar se tem interesse em integrar a lide. São Paulo, 12 de maio de 2005. Marisa Cláudia Gonçalves Cucio Juíza Federal Substituta. O programa que já está gravado e espera o momento de ir ao ar, foi coordenado por Pai Francelino de Shapanam, Coordenador do INTECAB no Estado de São Paulo, Presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema (FUCABRAD) e Sacerdote da Casa das Minas de Thoya Jarina, e Dra. Cida Bento do CEERT. A apresentação do programa foi realizada por Tony Garrido, vocalista do grupo musical Cidade Negra e Maria Ceiça, atriz negra da TV Globo. O programa foi dividido em três blocos: No primeiro bloco manifestaramse representantes de várias religiões, abordando o tema de convivência pacifica entre elas. Assim, pronunciaram-se: Dom Cláudio Hummes, Cardeal Arcebispo de São Paulo; Dom Anselmo Nemoyane, Monge Beneditino do Mosteiro de São Bento; Rabino Alexandre Leoni, da Confederação Israelita Paulista; Sheikh Jirah Hassan, da Comunidade Islâmica; Monge Joshin, do Zen-Budismo; Paulo Santos, do Espiritualismo; Reverendo Elias de Andrade Pinto, Pastor da Igreja No segundo bloco manifestaram-se professores e doutores, bem como os promotores, abordando a questão do direito de liberdade religiosa e discriminação religiosa, crime previsto pela Carta Magna, falando também sobre a questão da TV como concessão publica. Pronunciaram-se Dr. Dalmo Dalari, jurista; os promotores da ação pelo Ministério Público Federal: Dra. Eugênia Fávero e Dr. Sérgio Suiama; os intelectuais e acadêmicos: Prof. Dr. Muniz Sodré (UERJ), Rio de Janeiro; Profª. Dra. Teresinha Bernardo da PUC-SP, Prof. Dr. Reginaldo Prandi (USP), Dr. Hiran Castelo Branco (da Mídia da Paz), Prof. Dr. Gabriel Prioli (da TV PUC), Dra. Édna Roland (Relatora oficial da III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial... de Durban e membro da UNESCO), Prof. Dr. Laurindo Leal Filho (da ECA-USP e do Fórum de Entidades Paulistas pela Ética na programação de rádio e TV), Deputado Estadual Sebastião Arcanjo (Tiãozinho do PT), Dra. Sueli Carneiro (filósofa e do Gelédés - Instituto da Mulher Negra). No terceiro bloco foi a vez dos sacerdotes representantes dos seguimentos Afro-Brasileiros se pronunciarem falando sobre a beleza e os valores dos cultos Afro-Brasileiros, bem como, dos benefícios que os mesmos trazem para a vida do indivíduo, como qualquer outra religião. Pronunciaram-se Pai Francelino de Shapanam, Coordenador do INTECAB no Estado de São Paulo, Presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afrobrasileiros de Diadema (FUCABRAD) e Sacerdote da Casa das Minas de Thoya Jarina, Tambor de Mina; Babalorixá Manoel Nascimento Costa (Papai), da tradição Nagô Egbá (xangô do Nordeste), do Ilê Obá Ogunté (Sítio de Pai Adão), do Recife/PE; pela nação Keto: Babalorixá Carlos da Oxum Bunmi, Babalorixá Cido da Oxum Eyin, Babalorixá Francisco da Oxum, Babalorixá José Carlos de Ibualamo, Babalorixá Pércio de Xangô, Egbonmi Conceição Reis de Ogum, Iyalorixá Sylvia de Oxalá; pela nação Angola: Mam’etu ti Nkisi Dango de Angorô (Campinas) e Mam’etu ti Nkisi Kaiandewá; pela nação Efan: Babalorixá Rozevaldo de Oxumarê e Iyalorixá Ada de Omolu; pela nação Mina Jeje/Nagô (do Tambor de Mina): Izadioncoé Sandra de Boço Xadantã, da Casa das Minas de Thoya Jarina; pela Tradição Africana: Iyalorixá Sandra Epega de Xangô; e pela Umbanda: Mãe Márcia Pinho e Pai Cássio Ribeiro. Pela Umbanda também estiveram presentes Pai Joãozinho 7 Pedreiras, Presidente do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo; Dr. Basilio, Advogado do SOUESP; Sandra Santos, Presidente da Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo; Alexandre Cumino, Diretor Responsável pelo Jornal de Umbanda Sagrada, Vice Presidente do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, Sacerdote da Tenda de Umbanda Eternos Aprendizes do Amor e da Fé em Oxalá e ministrante dos cursos de Teologia de Umbanda Sagrada e Sacerdócio de Umbanda Sagrada; Mãe Sebastiana e Mãe Rita de Cássia da casa Cacique Pena Vermelha; Mãe Maria Helena, da Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Mãe Maria Conga, membro do INTECAB; Mãe Cecília, da Tenda de Umbanda Mãe Yemanjá e Caboclo Sultão das Matas, membro do INTECAB. Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 e em “Diálogo das Religiões” Declarações: TV PUC: “ A televisão no Brasil é o principal veículo de comunicação, é a forma com que a maioria do povo brasileiro toma contato com todos os assuntos, de tudo o que acontece no mundo. Portanto, tudo o que fizermos ou deixarmos de fazer na televisão afetará profundamente a compreensão que o nosso povo tem da realidade. De modo que um debate a respeito da convivência religiosa, da tolerância e do respeito entre as religiões é fundamental. E é muito importante que se possa fazer nesse momento, no interesse da maior democracia, da melhora do relacionamento do nosso povo”. TONY GARRIDO: A liberdade de reunião, de culto e de liturgia são direitos previstos na Constituição Federal, respeitando-se as leis, sobre a vizinhança, direito ao silêncio, normas ambientais, etc, todos podem manifestar sua crença, sem qualquer tipo de obstáculo do Poder Público ou de particulares. O Código Penal proíbe a perturbação de qualquer culto religioso, e a Lei de Abuso de Autoridade pune o atentado ao livre exercício do culto. DALMO DALARI: Este órgão de imprensa, tenho certeza, à partir deste fato vai pensar muitas vezes antes de praticar novas agressões, novas discriminações, porque sabe que haverá uma reação em defesa da dignidade humana, em defesa do direito e, por este modo, o próprio povo estará conquistando a efetividade do direito à dignidade. DRA. EUGÊNIA FÁVERO: O Governo Brasileiro tem que garantir que os princípios constitucionais garantidores da liberdade de crença e de liberdade de expressão fossem respeitados. Este direito de resposta foi concedido por que a Justiça Federal Brasileira fez valer estes direitos, reconhecendo que tem havido uma ofensa reiterada às religiões de matriz africana. Esta ação baseia-se em princípios constitucionais, portanto não induz censura, não é instrumento de censura. É uma celebração do direito de democracia, direito de viver, um estado democrático de direito. Somos diferentes, somos diversos, mas somos iguais em direito, em deveres e ao exercício da cidadania DR. SÉRGIO SUIAMA: Gostaria de completar o que a Dra. Eugênia disse e dizer que o nosso Estado é um Estado laico, e isto significa que é um Estado que tem o dever de proteger todas as religiões. E no caso de uma emissora de televisão, que é uma concessão pública, como foi dito aqui, usar o espaço que se tem para agredir outras religiões, é dever do Ministério Público e da Justiça fazer valer a mais ampla liberdade de expressão e o direito de todo o mundo ser informado sobre a verdadeira história e natureza das religiões que foram ofendidas. Só queria lembrar que não é a primeira vez que esta emissora de televisão é condenada por crime da mesma ordem, no passado, uma pessoa desta mesma emissora foi vista chutando, no ar, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, e esta pessoa foi condenada pelo crime de ofensa à religião. Página -13- Página -14- São Paulo, Junho de 2005 Jornal de Umbanda Sagrada O Mistério da Cruz... RUBENS SARACENI Conta uma outra lenda que esse gesto de cruzar o solo ou a si mesmo só foi adotado pelos cristãos quando um “padre” romano, atiçado pela curiosidade, perguntou a um serviçal de sua igreja o porque dele cruzar o solo antes de entrar nela para limpála ... e o mesmo fazia ao sair dela. O serviçal, um negro já idoso que havia sido libertado pelo seu amo romano quando já não podia carregar os seus pesados sacos de pedras ornamentais, e que andava arqueado por causa de sua coluna vertebral ter se curvado de tanto peso que ele havia carregado desde jovem, ajoelhou-se, cruzou o solo diante dos pés do padre romano e, aí falou: – Agora já posso contar-lhe o significado do sinal da cruz, amo padre! – Por que, só após cruzar o solo diante dos meus pés, você pode revelar-me o significado do sinal da cruz, meu negro velho? – É porque eu vou falar de um gesto sagrado, meu amo. Só após cruzarmos o solo diante de alguém e pedirmos licença ao seu lado sagrado, esse lado se abre para ouvir o que temos a dizer-lhe. – Se você não cruzar o solo diante dos meus pés o seu lado sagrado não fala com o meu? É isso, meu negro velho e cansado? – É isso sim, meu amo. Tudo o que falamos, ou falamos para o lado profano ou para o lado sagrado dos outros com quem conversamos! Como o senhor quer saber o significado do sinal da cruz usado por nós, os negros trazidos desde a África para trabalharmos como escravos aqui em Roma e, porque ele é um sinal sagrado, seu significado só pode ser revelado ao lado oculto e sagrado de seu espírito. Por isso eu cruzei o solo diante dos seus pés, pedi ao meu pai Obaluaiyê que abrisse uma passagem entre os lados ocultos e sagrados dos nossos espíritos senão o senhor não entenderá o significado e a importância dos cruzamentos... e das passagens. O padre romano, ouvindo as palavras sensatas daquele preto, já velho e cansado de tanto carregar os fardos de pedras ornamentais com as quais eles, os romanos, enfeitavam as fachadas e os jardins de suas mansões, sentiu que não estava diante de uma pessoa comum, mas sim diante de um sábio amadurecido no tempo e no trabalho árduo de carregar fardos alheios. Então o padre romano convidou o preto, velho e cansado, a estralou os dedos quatro vezes, cruzando o ar? – Meu senhor, eu cruzei o ar, pedindo ao meu pai Obaluaiyê que abrisse uma passagem nele para que minhas palavras cheguem até os seus ouvidos através do lado sagrado dele senão elas não chegarão ao lado sagrado de seu espírito e não entenderás o real significado delas ao revelar-lhe um dos mistérios do meu pai. – Então tudo tem dois lados, meu preto velho? – Tem sim, meu senhor. – Porque você, agora, já sentado e bem acomodado, fala mais baixo que antes, quando estava apoiado sobre sua bengala? – Meu senhor, quando nos assentamos no lado sagrado das coisas, aquietamos nosso espírito e só falamos em voz baixa para não incomodarmos o lado sagrado delas. – Entendo, meu velho. – murmurou o padre romano, curvando-se para melhor ouvir as palavras daquele preto velho. Conte-me o significado do sinal da cruz! E o preto velho começou a falar, falar e falar. E tanto falou sobre o mistério do cruzamento que aquele padre (que era o chefe da igreja de Roma naquele tempo quando os papas ainda não eram chamados de papa) começou a entender o significado sagrado do sinal da cruz e começou a pensar em como adaptálo e aplicá-lo aos cristãos de então. Como era um mistério do povo daquele preto, já velho e cansado de tanto carregar fardos de pedras ornamentais alheias, então pôs sua mente arguta e agilíssima para raciocinar. E o padre romano pensou, pensou e pensou! E tanto pensou que criou a lenda dos três reis magos, onde um era negro, em homenagem ao sábio preto velho que, falando-lhe desde seu lado sagrado e interior, havia lhe aberto a existência do lado sagrado das coisas; o da existência de passagens entre esses dois lados, etc. Enquanto ouvia e sua mente pensava, a cada revelação do preto, já velho e cansado, seus olhos enchiam-se de lágrimas e mais e mais ele se achegava chegando um momento em que ele se assentou no solo à frente do preto velho para melhor ouvi-lo, pois não queria perder nenhuma das palavras dele. E aquele padre, que era o chefe de todos os padres romanos, diariamente ouvia por horas e horas o preto velho, e depois que o dispensava, recolhia-se à sua biblioteca e começava a escrever os mistérios que lhe haviam sido revelados. Aos poucos estava reescrevendo o cristianismo e dando-lhe fundamentos sagrados. – Ele escreveu a lenda dos três reis magos, onde um dos magos era um negro muito sábio. – Ele mudou o formato da cruz em X onde Cristo havia sido crucificado e deu a ela a sua forma atual, que é uma coluna vertical e um travessão horizontal. – Também determinou que em todos os túmulos cristãos deveria haver uma cruz, que é o sinal da passagem de um plano para o outro, segundo aquele preto velho. – “Ele criou a figura de Lázaro, cheio de chagas, para adaptar o orixá da varíola ao cristianismo. Na verdade, ele criou o sincretismo cristão, e dali em diante muitos outros “padres de todos os padres”, uma espécie de “cappo de tutti capos”, (os papas) começaram a adaptar os mistérios de muitos povos ao cristianismo, fundamentando a crença dos muitos seguidores de então da doutrina humanista criado por Jesus. E criaram concílios para oficializá-los e torná-los dogmas. Poderíamos falar de muitos dos mistérios alheios que os padres romanos adaptaram ao cristianismo. Mas agora, vamos falar somente dos significados do mistério da cruz e dos cruzamentos, ensinados àquele padre por um preto velho. 1º) O ato de fazer o sinal da cruz em si mesmo tem esses significados. a) Abre o nosso lado sagrado ou interior para, ao rezarmos, nos dirigirmos às divindades e a Deus através do lado sagrado ou interno da criação. Essa forma é a da oração silenciosa ou feita em voz baixa. Afinal, quando estamos no lado sagrado e interno dela, não precisamos gritar ou falar alto para sermos ouvidos. Só fala alto ou grita para se fazer ouvir quem se encontra do lado de fora ou profano da criação. Esses são os excluídos ou os que não conhecem os mistérios ocultos da criação e só sabem se dirigir a Deus de forma profana, aos gritos e clamores altíssimos. b) Ao fazermos o sinal da cruz diante das divindades, estamos abrindo o nosso lado sagrado para que não se percam as vibrações divinas que elas nos enviam quando nos aproximamos e ficamos diante delas em postura de respeito e reverência. c) Ao fazermos o sinal da cruz diante de uma situação perigosa ou de algo sobrenatural e terrível, estamos fechando as passagens de acesso ao nosso lado interior, evitando que eles entrem em nós e E tanto pensou que criou a lenda dos ^ reis tres magos acompanhá-lo até sua sala particular localizada atrás da sacristia. Já dentro dela, o padre sentouse na sua cadeira de encosto alto e confortável e indicou um banquinho de madeira para que aquele preto velho se sentasse e lhe contasse o significado do sinal da cruz. O velho negro, antes de sentar-se, cruzou o banquinho e isto também despertou a curiosidade de empertigado padre romano, sentado em sua cadeira mais parecida com um trono, de tão trabalhada que ela era. – Por que você cruzou esse banquinho antes de se assentar nele, meu preto velho? – Meu senhor, eu só tenho essa bengala para apoiar meu corpo arqueado. Então, se vou sentar-me O velho negro, antes de sentar-se, cruzou o banquinho um pouco, eu cruzei esse banquinho e pedi licença ao meu pai Obaluaiyê para assentar-me no lado sagrado dele. Só assim o peso dos fardos que já carreguei não me incomodará e poderei falar mais à vontade pois, se nos assentamos no lado sagrado das coisas deixamos de sentir os “pesos” do lado profano de nossa vida. O padre romano, de uma inteligência e raciocínio incomum, mais uma vez viu que não estava diante de uma pessoa comum, e sim, diante de um sábio que, ainda que não falasse bem o latim, (a língua falada pelos romanos daquele tempo), no entanto falava coisa que nem os mais sábios dos romanos conheciam. O velho preto, após assentarse, apoiou a mão esquerda no cabo da sua bengala e com a direita estralou os dedos no ar por quatro vezes, em cruz e aquilo intrigou o padre romano, que perguntou-lhe: – Meu velho preto, porque você continua na pág. 15 Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -15- ...entre o Sagrado e o Profano continuação da pág. 14 se instalem em nosso espírito e em nossa vida. d) Ao cruzarmos o ar, ou estamos abrindo uma passagem nele para que, através dela, o nosso lado sagrado envie suas vibrações ao lado sagrado da pessoa à nossa frente, ou ao local que estamos abençoando (cruzando). e) Ao cruzarmos os solo diante dos pés de alguém, estamos abrindo uma passagem para o lado sagrado dela. f) Ao cruzarmos uma pessoa, estamos abrindo uma passagem nela para que seu lado sagrado exteriorize-se diante dela e passe a protegê-la. g) Ao cruzarmos um objeto, estamos abrindo uma passagem para o interior oculto e sagrado dele para que ele, através desse lado seja um portal sagrado que tanto absorverá vibrações negativas como irradiará vibrações positivas. h) Ao cruzarmos o solo de um santuário, estamos abrindo uma passagem para entrarmos nele através do seu lado sagrado e oculto, pois se entrarmos sem cruzá-lo na entrada, estaremos entrando nele pelo seu lado profano e exterior. i) Ao cruzarmos algo (uma pessoa, o solo, o ar, etc.) devemos dizer estas palavras: – Eu saúdo o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda e peço-lhe em nome do meu pai Obaluaiyê que abra o seu lado sagrado para mim. padres romanos, que prometiam-lhes um lugar no paraíso assim que se convertessem ao cristianismo! Mas os padres daquele tempo pensavam em tudo e espalharam que quem fizesse grandes doações à igreja seria recompensado com uma ampla e luxuosa morada, um palacete mesmo, no céu e bem próximo, quase vizinho de onde Jesus vivia. A coisa estava indo bem mas, havia espaço para melhorar mais ainda a situação da igreja romana daquele tempos e alguns padres, versados no grego, se apossaram do termo “católico” que significava “universal” e universalizaram suas praticas de ‘mercadores da fé’. Como estavam se apossando de mistérios alheios um atrás do outro e começaram a ser chamados de plagiadores, então fizeram um acordo com um imperador muito esperto mas, que estava com seus cofres desfalcados, à beira da bancarrota (digo, deposição), acordo esse que consistia em acabar com as outras religiões. No acordo, o imperador ficava com os bens delas (tesouros acumulados em séculos, propriedades agrárias e imóveis bem localizados) e os padres de então ficariam com todos os que se convertessem e começassem a pagar um dízimo estipulado por eles. O acordo era vantajoso para ambos os lados envolvidos e aqueles padres de então, para provar ao imperador suas boas intenções, até o elegeram chefe geral da ‘quadrilha’ (digo, hierarquia), criada recentemente por eles, desde que editasse um decreto sacramentando a questão dos dízimos cobrados por eles. Outra exigência daqueles ‘pastores’ (digo padres) de então foi a de estarem isentos na declaração dos bens das suas igrejas. Também exigiram primazia na concessão de arautos (as televisões de então) pois sabiam que estariam com uma vantagem imensa em relação aos seus concorrentes religiosos de então. O imperador começou a achar que o acordo não era tão vantajoso como havia parecido no começo mas, os ‘pastores’ (digo, os padres) daquela época, começaram a fazer a cabeça da esposa dele, que era uma tremenda de uma ‘putana’ (digo, dama da alta sociedade), que estava se dando muito bem na sua nova religião, pois aquele padres haviam criado um tal de confessionário que caíra como uma luva para ela e outras ‘fornicadoras insaciáveis’ (digo, damas ilustres) que pecavam a semana toda mas no domingo, logo cedo, iam se confessar com um Eu saudo ´ o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda Outras coisas aquele ex-escravo dos romanos de então ensinou àquele padre de todos os padres, que era altivo e empertigado, mas que gostava de sentar-se no solo diante daquele sábio preto, já velho e muito cansado. Era um tempo que os políticos politiqueiros romanos estavam de olho no numeroso grupo de seguidores do cristianismo e se esmeravam em conceder aos seus ‘bispos’ e ‘pastores’, (digo padres) certas vantagens em troca dos votos deles que os elegeriam. Também era um tempo em que era moda aqueles ‘bispos’ e ‘pastores’ (digo padres), colocarem nos púlpitos pessoas que davam fortes testemunhos, ainda que falsos ou inventados na hora para enganar os ‘trouxas’ já existentes naquele tempo em Roma, tanto na plebe como nas classes mais abastadas. E olhem que havia muitos ‘patriciosinhos’ e ‘patricinhas’ (digo, patrícios e patrícias) com grande peso na consciência que acreditavam no 171 (digo discursos) daqueles ávidos padre que elas não viam o rosto, mas que era bem condescendente pois as perdoavam em troca rezas curtas, fáceis de serem decoradas. No domingo ajeitavam a consciência e na segunda, já perdoadas, voltavam com a corda toda às suas estripulias intramuros palacianos. O acordo foi selado e sacramentado, e aí foi um salve-se quem puder no seio das outras religiões. E não foram poucos os que rapidinho renunciaram à antiga forma de professar suas ‘fezes’ (digo, fé, no singular, mesmo!) pois viram como a grana corria à solta para as mãos (digo, cofres) daqueles padres de então, pois eles eram muito criativos e a cada dia tinham um culto específico para cada algum dos males universais, comuns a todos os povos, épocas e pessoas. Aqueles ‘pastores’ (digo, padres) de então estavam com “tudo”: A grana que arrecadavam, parte reinvestiam criando novos ‘pontos de arrecadação’ (digo, novas igrejas) e parte usavam em benefício próprio, comprando mansões e carrões (digo, carruagens) que exibiam com ares de triunfo, alegando que era a sua conversão ao cristianismo que havia tornando-os prósperos e bem sucedidos na vida. Eles criaram uma tal de ‘teologia da prosperidade’ para justificar seus enriquecimentos rápidos e à custa da exploração da ingenuidade dos seus seguidores de então, que davam-lhes dízimos e mais dízimos e ainda sorriam felizes com suas novas ‘fezes’ (digo, Batizava com uma caríssima água trazida direto do rio Jordão (mas que seus asseclas colhiam na calada da noite das torneiras da Sabesp, digo, das bicas da adutora pública). Vendiam um tal de óleo santo feito de azeitonas colhidas dos pés de oliva existentes no Monte das Oliveiras (mas um assecla foi visto vendendo a um “reciclador” barricas de um óleo que, de azeitonas, só tinha o cheiro). E isso, sem falar nas réplicas miniaturizadas da arca da aliança feitas de papiro; nas réplicas das trombetas de Jericó; num tal de sal grosso vindo direto do Mar Morto, mas que algumas testemunhas ocultas juraram que era sal grosso de um fabricante de sal para churrasco. Foram tantas as coisas que aquele velho preto cansado e curvado havia ensinado àquele jovem e empertigado ‘pastor’ (digo, padre) e que ele não só não usou em benefício dos outros, como os usou em benefício próprio, que o preto já velho, muito velho falou para si mesmo: “Me perdoa, meu pai Obaluaiyê, mas eu não revelei àquele padre (digo, ‘pastor’, isto é, aquele ‘bispo’) o que acontece com quem inverte os seus mistérios ou os usa em benefício próprio: que eles, ao desencarnarem, têm seus espíritos transformados em horrendas cobras negras!” Obaluaiyê, ao ouvir o último lamento daquele preto, velho e curvado de tanto carregar sacos de pedras alheias, e cansado e desiludido por ensinar o bem e ver seus ouvintes inverterem tudo o que ouviam em benefício próprio, acolheu em seus braços o espírito curvado dele, endireitou-o, acariciou-lhe o rosto e falou-lhe bem baixinho no ouvido: “Meu filho, alegre-se pois ele só andará na terra o tempo necessário para tirar dos cultos dos orixás os que não aprenderam a curvar-se diante dos Senhores dos Mistérios mas que acham-se no direito de se servirem deles. Mas, assim que ele fizer isso, deixará essa terra e voltará a rastejar nas sombras das trevas mais profundas, que é de onde ele veio para recolher de volta para elas os espíritos que Jesus trouxe consigo após sua descida às trevas. Bem que eu alertei o jovem e amoroso Jesus sobre o perigo de usar do meu Mistério da Cruz para abrir passagens nas trevas humanas! Afinal, quem abre passagens nas trevas com meu mistério da cruz, liberta o que nele existe, não é mesmo, meu velho e sábio preto?” “É sim, meu divino pai Obaluaiyê!” disse o preto velho. ...fortes testemunhos, ainda que falsos ou inventados... fé no singular). Tudo isso aconteceu no curto espaço de uns vinte e poucos anos e começou depois da segunda metade do século IV d.C. Por incrível que pareça, aquele preto velho, muito cansado de tanto carregar sacos de pedras alheias, viveu tempo suficiente para ver tudo isso acontecer. E tudo o que aquele padre de todos os padres havia lhe dito que faria com tudo o que tinha aprendido com ele, aconteceu ao contrário. O tal ‘pastor’ (digo, padre), já auto-eleito ‘bispo’, usou o que havia aprendido com o preto, mas segundo seus interesses de então, (digo, daquela época). Página -16- São Paulo, Junho de 2005 Doutrina e Cultura Umbandista Ser Umbandista MÔNICA BEREZUTCHI A doutrina nos desperta a capacidade e a compreensão e nos traz ensinamentos que nos tocam profundamente modificando nosso íntimo. São regras, condutas e explicações que são facilitadoras de nossas práticas rituais e litúrgicas aplicadas no nosso dia-a-dia umbandista. Mas, com um profundo pesar muitos irmãos, ainda não conseguiram assumir sua escolha religiosa, de ser umbandista. Porquê será? Será que é porque não compreendeu que a religião de Umbanda não é inferior a nem uma outra religião existente no nosso país? Vamos expressar algumas atitudes não umbandistas: • Têm vergonha de aplicar a defumação em sua casa, preocupada com o cheiro que os vizinhos irão sentir; • Não sai de casa com sua guia de proteção no pescoço; • Não veste sua roupa branca em casa e não sai vestido de branco, para não pensarem que ele vai trabalhar no templo de Umbanda; • Lava e estende sua roupa branca de noite ou estende em varais dentro de casa para não surgirem comentários; • Quando surge o assunto de religião em seu trabalho, ele desconversa; • Monta seu congá escondido para que amigos e parentes não vejam; • Acende suas velas bem à noite para ninguém perceber nem o clarão que saem das chamas das velas; • Sua vela do anjo da guarda, quando acende fica bem lá em cima do armário bem escondida; • Nos dias de preceito que não pode comer carne e nem ingerir bebida alcoólica, quem trabalha fora dá um jeito de almoçar sozinho só para não ter que explicar para as pessoas; • No espelho do carro só coloca um tercinho para disfarçar, e a guia de proteção fica escondida no porta luvas; • Adesivo de Umbanda no carro? Não. Nem pensar; • Se o guia que trabalhou em seu favor pedir para despachar uma vela na encruzilhada, finge que esquece no carro só para a vela derreter e depois joga fora; • No momento que precisa realizar qualquer tipo de oferenda, anda de carro dando voltas e só para em um lugar onde ninguém está passando; • E no momento da oferenda ou da entrega, pega tudo muito rápido e JOGA literalmente alegando que tem medo de assalto; • Quando questionado sobre sua religião, disfarça e não esclarece as pessoas quanto suas dúvidas e perguntas; • Se alguém lhe pergunta o que você faz no templo, como é, o que acontece lá, você fica branco e dá branco não sabe nem por onde começar e simplesmente dá um sorriso amarelo e consegue dizer é lá, bem é um lugar que pratica a caridade; • Não sabe nem a diferença de Umbanda, Candomblé, Espírita, Kardecista; • Quando for casar, casa-se na Igreja Católica ou pior casa-se no templo e na Igreja; • Batiza seu filho na igreja e depois pede para um guia ser o padrinho da criança; • Chama o padre no funeral de seus parentes; • Encapa seus livros de Umbanda com um papel, para encobrir o título; • Entra bem depressa na casa de artigos religiosos, disfarçando; • E quando faz suas compras, pede para embrulhar para ninguém perceber o que tem na sacola... Vamos parar por aqui, porque infelizmente está lista não tem fim... Para que estes absurdos não aconteçam mais, precisamos com urgência reformular nossa consciência religiosa, o primeiro e o mais importante é: Assumir que é um UMBANDISTA! E o caminho mais coerente e mais verdadeiro que existe é o estudo, aprimorando o conhecimento, prática da leitura e participando de cursos ministrados por pessoas sérias e que realmente repassem o conhecimento desmistificando e quebrando dogmas e principalmente mudando nossa postura perante a religião de Umbanda Sagrada. Na sociedade, ou seja, no meio em que vivemos estamos fechados no ostracismo, vamos com empenho e dedicação quebrarmos estas cascas e mostrarmos para o mundo em que vivemos que a nossa Umbanda é uma Religião e que está sendo amparada pelos Sagrados e Divinos Orixás. Cada umbandista é individualmente o seu templo vivo. Já lhe ocorreu que com essas atitudes preconceituosas que voce esta tendo, tudo esta sendo visto pelo astral pelos seus Pais e Mães Orixás, pelos guias espirituais, caboclos, preto-velho, baiano, boiadeiro, marinheiro, ciganos, crianças, exú, pombagira e exú-mirim... Irmão pense bem que você está renegando o seu próprio dom mediúnico. Não tenha receio de mudar, de assumir, crescer, instruir-se, modificando e melhorando em seu próprio benefício perante o Criador, saiba que todas as religiões são criações que o nosso Pai Olorum nos permitiu, para que cada um cultue sua religiosidade da melhor maneira. Levante sua cabeça, tenha satisfação de encher seu peito de amor e dizer: EU SOU UMBANDISTA! Nós temos o direito garantido pela Constituição de cultuar, através de suas práticas ritual e litúrgica, livremente sem preconceitos sem descriminação, não tenha medo de perseguição religiosa, é seu direito escolher a Umbanda como sua religião. Vamos mudar agora, esse é o seu momento! Nossa religião possui seus próprios fundamentos, ela tem base e sua Hierarquia está em Olorum abaixo dele estão suas Divindades Naturais, que através de fatores (essências) vem sustentando tudo em sua criação. Os Sagrados Orixás são os administradores da criação, criados e geradas pelo Pai Olorum, exteriorizados para que tudo seja alcançado por suas vibrações multidimensionais, sustentando a tudo e a todos sem distinção, e cada Orixá traz uma qualidade, atributo e atribuição únicos e essenciais que vão se desdobrando em hierarquias agregando outros fatores até chegarmos ao Orixá individual que você incorpora, e este Orixá cuidará da sua vida aqui no seu estágio humano de evolução. Através desta hierarquia que vem se desdobrando como um triangulo onde lá no topo está Olorum, e que os guias espirituais estão ligados a estas hierarquias reportando-se direta e indiretamente a um ou mais Orixás, e os guias de lei de Jornal de Umbanda Sagrada Umbanda, consagram-se a essas hierarquias para assumirem seus nomes simbólicos, enfim isto é só um exemplo para que você tenha uma noção de como a nossa Umbanda é vasta em conhecimento que estamos só no começo.... Agora voltando ao assunto, se você tem duvidas em relação a alguma dessas práticas litúrgicas descritas abaixo e não sabe para que servem, e nem sabe explicar para um leigo o que elas são, é natural que você se sinta constrangido, pois é difícil falarmos de algo que não conhecemos, procure seu dirigente espiritual para que ele lhe esclareça suas duvidas e que lhe dê o que é seu de direito, sua religiosidade, mas se ele desconversar e ainda assim censurá-lo não lhe respondendo, então irmão você tem o direito de procurar o conhecimento em outro lugar, leia um bom livro, faça um bom curso e busque a evolução espiritual, pois só assim voce poderá levar o conhecimento da Umbanda para outras pessoas. Defumação, • cantos, hinos e orações, • oferenda ritual, • vestimenta (roupa branca),• atabaques,• danças, • banhos,• amacis, • bater cabeça, • saldar o Congá, • saldar a tronqueira, • velas e suas cores, • palmas, • pés descalços... Abra seu coração e seu íntimo e inunde seu templo vivo com sabedoria da nossa Umbanda Sagrada. Um abraço. Monica Berezutchi Duvidas? Email [email protected] Jornal de Umbanda Sagrada A FILHA FERNANDO SEPE E sua majestosa voz ecoou pelo alto, pelo embaixo, pela esquerda e a direita, pelo a frente e o atrás, pelo envolta. Por determinação do pai mãe de Todos, uma nova religião nasceria sob solo brasileiro. Era sua filha mais nova, a Umbanda. E um verdadeiro rebuliço começou no Orum, pois logo o mais respeitado dos Orixás se ergueu de seu Trono e disse que ele seria o responsável e sustentador maior da religião. Oxalá abençoava o nascer da mais nova filha de Olorum, e a assumia dos Seus Divinos Braços. Nela a espiritualidade e a fé estariam presentes, como aceleradora da evolução de todos. Não existiriam dogmas, e apenas um grande fundamento: Amor e Caridade. E logo começaram a chegar os Orixás, todos também abençoando e apadrinhando a nova filha de Olorum. Ogum e Iansã, os mais emocionados de todos, diziam que protegeriam a nova religião com as armas da Lei. E então a voz trovão de Xangô ecoou, pelos quatro cantos do Orum, dizendo que ele seria a Justiça a favor de todos. Sua palavra seria Lei, e todos os filhos de Umbanda nada temeriam, pois todos são filhos de Rei, o Rei Xangô. Também apresentou a todos sua mais nova esposa, Egunitá a quente irmã mais nova de Iansã. Ela que era “fogo puro” encantou a todos, e disse que protegeria a Umbanda. E assim a filha mais nova de Olorum ganhou seus dois padrinhos: a Lei Maior e a Justiça Divina. Mas algo engraçado aconteceu. Muitos espíritos vindos de um dos muitos bairros do Orum, Aruanda, disseram que eles seriam os trabalhadores e a linha de frente da religião, além de assumirem a condução dos médiuns umbandistas. Oxalá que é o senhor das formas, e pai da Umbanda, consentiu e determinou que por homenagem ao povo negro e indígena, todos assumissem a forma de Caboclos e Pretos - velhos. E logo chegou Oxossi de uma de suas muitas caçadas, e assumiu toda a linha de Caboclos, tornando - se o Rei dos Caçadores. Distribuiu um diadema a todos consagrando - os como caboclos. Todos os caboclos trazem até hoje, o diadema ganho do Rei das Matas. E o velho Obaluayê junto de Nanã, abençoou todos os espíritos anciões que se consagravam ao trabalho da linha de pretos - velhos. Concedeu a eles a sabedoria que só o passar do tempo pode conceder. E todos se transformaram em ótimos conselheiros e curadores, principalmente das chagas da alma. E por falar em tempo, ele também estaria presente. Oiá - Tempo (xará de Iansã – Oiá), seria responsável pelas força do tempo dentro da nova religião. E como ela é muito observadora e vamos dizer, São Paulo, Junho de 2005 DE Página -17- OLORUM bastante desconfiada, seria a guardiã da fé e dos processos da religiosidade. E “ai” de quem pisasse na bola da religiosidade. Lá estaria Oiá com seu olhar congelante... Iemanjá que é uma “mãezona” queria que todos espíritos que se manifestassem para a caridade pudessem ser aceitos no ritual, sabe como é, ”em coração de mãe sempre cabe mais um”. E assim ficou decidido, pois ninguém tem coragem de negar um pedido da encantadora Rainha do Mar. E a Umbanda acolheria a todos, caso viessem para prestar a caridade. Surgia então, as muitas linhas de trabalho, como baianos, marinheiros, boiadeiros e os muitas vezes renegados pelo próprio povo de origem, os ciganos... E de repente apareceu Oxum, mais sabia o que iria fazer. Oxalá que muitas vezes já tinha sido enganado por “ele”, não seria novamente. Logo disse: - Laroiê Exu! Você também é convidado a participar da nova religião. Será responsável pela esquerda de todos. Mas vai ter que seguir as Leis de Xangô, e será acompanhado de perto por seu querido irmão Ogum! Uma gargalhada soou por todo Orum, e Exu apareceu. Junto dele a mais bela moça, Pombagira. Exu ficou feliz, disse que agora teria Pombagira para dividir seu trabalho, mas que não abriria mão de ser sempre o primeiro a ser firmado. Não porque ele era aparecido, mas sim porque era ele quem guardaria os templos e casas de Umbanda. E muito esperto que era, disse: perguntando que festa era aquela. Quando ficou sabendo que era o nascimento da mais nova filha de Olorum, começou a chorar e a abençoou com suas lágrimas que caíam de seus olhos como duas enormes cachoeiras. (ela é muito chorona, mas não gosta que a gente fale sobre isso...) E de presente a ela, chamou Oxumaré, que transformou tudo em cores e disse que renovaria e embelezaria tudo com seu axé colorido. E junto do seu arcoíris vieram os encantados da natureza, as crianças que seriam a alegria da Umbanda. O “time” estava quase completo, quando da terra surgiu o amado Tata Omulu e Obá. Não muito sorridentes, para falar a verdade bem sérios e um pouco secos, disseram que também fariam parte da nova religião. Que queriam ver seus cultos renovados, e que seriam a força do elemento terra. Obá que depois de muitas desilusões, nada mais queria com Xangô, resolveu unir – se a Oxossi, e ajuda-lo a disseminar o conhecimento. Omulu que é muito calado colocou-se do lado de Iemanjá, dizendo que a guardaria por todo o sempre. Na verdade até umas lágrimas foram vistas cair de seus olhos, negros como a noite. Ele é meio incompreendido, mas quem o conhece sabe que é o mais amoroso dos Orixás. Todos estavam comemorando, quando não sabe-se direito porque uma confusão começou, e ninguém - Olha, eu vou supervisionar o trabalho junto com Pombagira. Mas vou deixar uns espíritos trabalhando com a minha força fazer o trabalho. Afinal o que o homem faz, o homem que desfaça. E também o meu irmão Oxossi é senhor da linha de Caboclos, porque eu não posso ser senhor da Linha de Exu? Bom, começaram umas discussões, mas acabou acertado que o Orixá Exu atuaria na Umbanda, a partir de sua linha de trabalho. Seria a linha que faria o trabalho pesado, além de serem os guardiões dos médiuns, e dos templos de Umbanda. E assim todos os Orixás muito emocionados, deram as mãos e começaram a orar pelo sucesso da mais nova filha de Olorum. E então o Pai e Mãe de Todos se manifestou: ”Meus amados filhos Orixás, a Vós eu consagro minha filha nova e dileta, a Umbanda. Que ela transforme – se em uma religião semeadora de luz, amor e caridade. Que seja espiritualista e universalista, que esteja aberta a todos de bom coração. E que em sua pedra fundamental esteja escrito o seu único dogma: Amor e Caridade!”. E de Si Sete intensas irradiações partiram, e envolveram sua filha querida. Todos emocionaram-se e agradeceram a Olorum, por essa benção a humanidade. Quase cem anos passaram, e a Umbanda cresceu um bocado. Transformou-se numa linda jovem, amorosa e alegre. Amparada por seu Pai Oxalá, e seus padrinhos, a Lei Maior e a Justiça Divina, ela vai vencendo todos os obstáculos. Os seus trabalhadores conquistaram o coração das pessoas. Todos correm para escutar a palavra de sabedoria do preto velho, ou a conversa pura e alegre da criança. Os Caboclos transformaram-se na linha de frente da Umbanda, trazendo as qualidades dos nossos amados pais e mães Orixás. Onde existe um Pena Branca, lá está a paz e serenidade de Oxalá. Onde trabalha um Sete Espadas, estão os olhos da Lei. Exu e Pombagira se fizeram presentes tornando-se sinônimos de proteção e cumprimento da Lei, seja na seriedade do Tranca-Ruas, no olhar penetrante do seu Capa Preta, ou na força da Rainha Maria Padilha. Todos os espíritos podem se manifestar para a caridade, como um dia pediu a “mãezona” Iemanjá, surgindo assim a alegria dos muitos “Zés” que trabalham na Umbanda. E principalmente a Umbanda tornou-se sinônimo de amor e caridade, de luz e evolução espiritual. Esse texto é apenas uma fábula, uma lenda ou um Itan, que presta também sua homenagem a filha mais nova de Olorum. E um pedido para que enfim as pessoas entendam, que existe algo maior que a “minha” ou “a sua” Umbanda. Simplesmente existe A UMBANDA, filha querida de Olorum, que encanta a todos os Orixás, e enche os olhos do velhinho e amoroso Oxalá de lágrimas de felicidade e amor... TEMPLO DE DOUTRINA UMBANDISTA “PAI OXALÁ E PAI OGUM” Curso de formação de médiuns umbandistas: Teórico: Orixás, o mito Exú e todas as entidades, Prático: Desenvolvimento Mediúnico, manifestação de Caboclo, Preto Velho, Exu, Pomba Gira, etc. Com desenvolvimento e prática do transporte mediúnico e visita a um ponto de força. Os cursos são ministrados por Mãe Mercedes, Sacerdotisa Segundas-feiras das 20h00 às 22h00 Início: 25/04/2005 formada por Rubens Saraceni e outorgada para ministrar os cursos do Colégio de Umbanda Sagrada “Pai Benedito de Aruanda” Rua Tietê, 600 – Vl. Vivaldi - Rudge Ramos - S.B. do Campo (11) 4365-1108 A partir das 13h00 Página -18- São Paulo, Junho de 2005 a procura de alguém que fizesse bom uso das doações. Já estava rodando a mais de uma hora. Nisso avistou uma casa com vários carros colares coloridos no pescoço, tambores estavam tocando lá dentro. Na assistência, várias pessoas de todas as classes sociais. Sentiu uma paz enorme lhe invadir. Recebeu uma senha numerada para tomar seu passe. Na realidade ela nem sabia se iria tomar o tal passe. Havia parado ali para doar as coisas, mas não tinha coragem de estacionados em frente. Do interior desta podia sentir um cheiro adocicado de defumação. Nanci resolve entrar movida por um impulso inexplicável. Ainda no quintal da humilde casa notou várias pessoas de branco, com perguntar se aceitariam e nem sabia se teria coragem de doá-las mesmo. Resolve ir embora. Foi então que para sua surpresa o Caboclo chefe da casa mandou chamá-la. Ela teve medo de entrar, mas o jeito dele olhá-la acalmou-a de A MENSAGEM CASSIO RIBEIRO “Minha querida mamãe”. Estou bem agora, vô Antonio e vovó Beth me deram a maior força, além disso tenho um novo amigo: um Índio. Por favor, fale para o papai seguir em frente não se entregar. Já deveria ter partido dessa “estação” em direção a outro local. Estive lá, levado pelo meu amigo Índio. Vi o portal, a paisagem, ouvi outros que vieram depois de mim e já puderam entrar. Suas lágrimas, as do papai, da querida Tati e do saudoso Geninho me seguram aqui. Por favor, pegue minhas roupas, meus CDs, e tudo o mais que possa ser útil a alguém e doe. Aprendemos aqui que a caridade e a solidariedade são a chave para uma existência de paz. Força em Jesus. Beijocas. Marcelo.” Dona Nanci já lera e relera a mensagem inúmeras vezes. Inevitavelmente chorava, mas agora eram lágrimas que misturavam tristeza e alegria. Afinal seu filho havia se comunicado. Perdê-lo tão jovem, vítima de um estúpido acidente automobilístico fora algo inaceitável. A família se desmoronara. Seus filhos menores Tatiana e Geraldo também choravam a perda do irmão e ídolo. Depois da mensagem a paz estava voltando àquela casa. O marido que se entregara à bebida dava mostras de que estava se recuperando. Todos os amigos e parentes já sabiam da mensagem recebida. As opiniões se dividiam: Alguns reconheciam as palavras, o estilo de escrever como sendo do querido Marcelo. Outros evangélicos diziam que a tal carta era obra do Diabo. Para a mãe saudosa, as opiniões não interessavam muito, o que valia era o fato de ter recuperado sua esperança, sua fé e a vontade de viver. Hoje ela amanhecera decidida: Iria doar todos os bens do menino. Juntou cada roupa, cada livro, cada cd, com enorme aperto no coração, tentando segurar as lágrimas que insistiam em rolar. Meia hora depois ela já havia enchido o carro com as doações. Não sabia para quem entregar tudo aquilo. Resolveu andar pela cidade Jornal de Umbanda Sagrada imediato. Sentiu-se pequena diante do Caboclo. Ele abraçou-a com carinho e disse que tivesse fé e força para continuar a missão. Para espanto maior ele pede-lhe que deixe na casa as doações, pois seriam encaminhadas para creches e instituições que cuidavam de jovens carentes. Falou ainda que o filho dela havia cumprido a missão terrena e que agora era chegada à hora dele estudar no mundo dos espíritos para poder um dia ajudar os que aqui ficaram. A essa altura Nanci está chorando aos pés do Caboclo. Como ele poderia saber tudo aquilo? Ela sequer conhecia alguém ali. Foi então que Caboclo Pena Verde abraçou-a com força e disse que embora ela não conhecesse ninguém dali, ele era muito amigo de alguém que a amava muito. Nanci interpreta as palavras do Caboclo e acha que alguém da família dela ou algum amigo próximo talvez freqüentasse aquele terreiro. O Caboclo diz que ela está enganada. Esclarece que ele conhece e procura ensinar os mistérios do mundo espiritual ao filho dela, o jovem Marcelo. Antes de desmaiar de emoção, Nanci parece sentir o abraço carinhoso do filho querido e, ato contínuo, vê o trecho da carta que fala de um novo amigo...Índio. Nesse momento o grito de alegria de Pena Verde ecoa muito mais forte pelo humilde terreiro... Saravá os Caboclos !!! Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -19- OGUM é homenageado no Ginásio do Ibirapuera A União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, realizou no ultimo dia 08/05/05, a 48ª Festa de São Jorge - Orixá Ogum , no Estádio Icaro de Castro Mello, no Ibirapuera. O evento teve o apoio da Associação Paulista de Umbanda, Superior Órgão de São Paulo e Vale dos Orixás. A festividade teve seu início em 1957, presidida por Dr. Luiz Carlos de Moura Accyolli, presidente da Uniãode Tendas, contando com a presença de Paes e Mães espirituais, médiuns e assistentes em local fechado. A luta de líderes Umbandistas, como: Dr. Luiz Carlos de Moura Accyoli, Eufrasio Firmino Pereira, Benedito Chagas, Abrumolio Wainer, Francisco Sinesio, Jamil Rachid, Fernando Kazitas, Tenente Jose Vareda e Silva, Euclides Barbosa ( Pai Jaú), José Gabriel da Rocha Mina e Demetrio Domingues em seu trabalho conjunto através de anos, fez com que a Umbanda fosse conhecida e respeitada por todos, principalmente pelas autoridades Civis e Militares de nosso estado. Em 1967, dez anos depois, ela passa a ser realizada no Ginásio do Ibirapuera, contando com o apoio do Superior Orgão de Umbanda do Estado de São Paulo, presidido na época pelo General Nelson Braga Moreira que convocou as Federações a ele filiado, a participarem da homenagem a São Jorge. Em 1975, é reconhecida como uma festa pública de vulto, sendo incluída no Calendário Turístico, da Secretaria de Esporte e Turismo de São Paulo. O crescimento da religião é ainda maior, contando com a divulgação do evento em todos os estados do Brasil. Divulgação feita através do trabalho do Presidente da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, Babalorixá Jamil Rachid. Neste ano de 2005, tivemos a Festa realizada ao ar livre, contando com a presença de centenas de pessoas dirigentes de Federações tanto de São Paulo como de outros estados, Dom José Carlos Teodoro, Arcebispo da Paróquia de Santa Eduvirges de Guaianases, nossos irmãos de Portugal, uma caravana ( 22 pessoas) do TEMPLO DE UMBANDA PAI OXALÁ E MAMÃE INHANSÃ, sendo a Presidente Espiritual Mãe Elsa Maria e seu esposo José Arthur Conde, sendo a sede de seu Templo na Rua João Maia , 394-A no bairro de Avioso/ Santa Maria na cidade de Maia, um dos templos filiados a União com sede em Portugal. Para abrilhantar ainda mais o evento tivemos a presença da Coorporação Musical Barbarense, da cidade de Santa Bárbara D’ Oeste, tendo como regente o maestro José Franco. Essa banda foi trazida pela Presidente Espiritual Djanira de Lima Braulino, do Templo de Umbanda Caboclo da Lua e Mamãe Oxum, filiada da União. Eventos como esse são realizados para ampliar e divulgar a Umbanda pelo Brasil e o Mundo, uma festa dos Umbandistas. XXXIV Festa “VAMOS SARAVÁ OGUM” A União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo, foi fundada em 12 de Agosto de 1973, pelo Sr. Pedro Furlan. Seu fundador também foi Babalaô da Igreja Espiritual Cristã Maior de Presidente Altino, Tenda de Umbanda Santo Antonio. A União permaneceu na Igreja por muitos anos, tendo ali sua sede provisória, porém o Seu Pedrinho, como era carinhosamente chamado de seus filhos de fé, deixou a sede própria da União comprada. Depois que fez sua passagem, assumiu a Presidência da União o seu Vice – Presidente, Sr. Cláudio Franco de lima, convocada eleição para Presidente da União foi eleito por unanimidade dos presentes, para continuar este trabalho, e hoje o Sr. Cláudio já está exercendo o seu terceiro mandato como Presidente. A União tem atendimento Espiritual de Sexta-Feira e Sábado e é responsável pela realização do grandioso Evento “Vamos Sarava Ogum”, com total apoio da Prefeitura do Município, da Secretaria de Cultura e Secretária de Comunicação Social. Este ano a Festa “Vamos Saravá Ogum”, foi realizada no dia 15 de maio, no Ginásio de Esportes Profº José Liberatti. Esta festa pertence ao Calendário Religioso e Cultural do nosso município. Esta foi a XXXIV Festa “VAMOS SARAVÁ OGUM”, iniciamos com uma carreata saindo da União, onde Ogum (São Jorge) é conduzido pelo carro de Bombeiros da Defesa Civil pelas principais ruas do nosso município, retornando para a união. Às 14:00h saiu uma procissão com destino ao Ginásio de Esportes. No Ginásio a Festa teve início às 13:00 h com a entrada dos Terreiros e ás 15:00h a Triunfal entrada de Ogum, com toque de clarim, Hinos Nacional, Umbanda e da União dando seguimento às palavras das autoridades, às 16:00 h iniciamos com giras de Caboclos, Pretos Velhos e Baianos, as giras encerram ás 18:00h com prece ao Orixá Ogum, ás 18:15 iniciamos o Altar Vivo, onde procuramos explicar o sincretismo dos Orixás com os Santos católicos, que remonta ao cativeiro, onde não podendo cultuar seus Orixás passaram a cultua-los através dos Santos Católicos. Agradeceremos a Ogum por mais um ano de luta, fé e esperança e que o mundo seja coberto de Paz, Amor e muita União entre todos os homens. UNIÃO REGIONAL UMBANDISTA DA ZONA OESTE DA GRANDE SÃO PAULO - Fundada em 12/08/73 Rua Lourenço Collino, 328 Presidente Altino – Osasco – SP CEP:06216-260 Fones: (11) 3682-6679 / 3609-1149 Página -20- São Paulo, Junho de 2005 Os Subníveis Quânticos e os Planos Espirituais - 2 LAÉRCIO B. FONSECA Seqüência do texto do autor publicado na edição 61 - Maio/ 2005. OS PLANOS INTERMEDIARIOS OU SUBNIVEIS QUÂNTICOS Vamos estabelecer agora uma analogia com a descrição religiosa do espiritismo para compreendermos como essa religião denomina os planos espirituais. Os conceitos de umbral, céu e inferno poderão vir à luz sob essa nova ótica cientifica e racional. Vamos associar o orbital “s” ao umbral que seria o subnível mais denso do plano astral. As tradições espirituais associam essa zona a uma zona de espíritos com pouca consciência superior e são considerados espíritos densos. A palavra umbral deriva da palavra umbra que significa escuridão. Portanto o conceito do umbral seria ligado a um plano de consciência onde as almas e os espíritos estariam com pouca consciência cósmica sobre o si mesmo. Não significa uma região feia e escura literalmente falando, mas apenas um local especifico de alta densidade quântica onde os espíritos ali presentes estariam com baixo grau de consciência e espiritualidade como acontece aqui mesmo em nosso plano físico. Podemos considerar nosso plano físico como uma espécie de umbral muito mais denso ainda que esse plano espiritual de subnível quântico “s”. Poucas são as pessoas aqui na Terra que possuem uma consciência mais cósmica de si mesmo e, portanto podemos considerar essa nossa dimensão física como a mais densa e umbralina de todas. O subnível “p” podemos associar ao termo penumbral, uma palavra derivada de penumbra, ou seja, uma região entre as trevas e a luz. Aqui os espíritos estariam numa condição menos densa que o subnível inferior e portando suas consciências acompanhariam esse estado de desadensamento. Assim eles poderiam ter mais lucidez sobre sua própria natureza espiritual e cósmica. No subnível “d” estariam os espíritos num estado muito mais lúcido que o anterior podendo ser chamado de plano da luz ou da consciência desperta. Aqui o nível de adensamento da matéria e de suas consciências associadas seria muito mais sutil e portanto o ser teria muito mais grau de liberdade para operar nesse plano. O subnível “f” seria um plano associado aos seres ascencionados, ou seja todo aquele que cumpriram suas etapas kármicas na Terra e não mais necessitariam reencarnar e estariam livres para ascensionar espiritualmente para os níveis superiores da existência cósmica. Os subníveis acima “g”, “h” e “i” seriam as zonas de controle de todo o Projeto Terra, ou seja, ali estariam os mentores espirituais da Terra e de todo o processo da experiência das almas humanas nesse planeta. Com essa hipótese assim descrita passa a ficar mais lógico e claro pensarmos cientificamente na existência desses planos espirituais Jornal de Umbanda Sagrada LEIA: Abordagens altamente científicas sobre o fenômeno UFO, os seres extraterrestres, fenômenos paranormais e espirituais, além de filosofias e práticas orientais. e não será absurdo nenhum daqui para frente tratarmos esses planos como uma realidade em nosso universo multidimensional quântico. OS PLANOS SUPERIORES Os subuniversos quânticos superiores de N=3, N=4..., seriam planos muito superiores onde a matéria seria muito mais sutil que os abaixo. Assim sendo a consciência presente nesses planos estariam muito menos adensadas e, portanto menos individualizadas. O conceito de individualidade da alma e da consciência pode ter que passar por profundas revisões em nossas mentes. Esse modelo nos abre portas para racionarmos cientificamente com base na física quântica como estão estruturados essas dimensões e como a alma e a consciência estão presentes nessas dimensões. Iremos agora fazer uma analise de como a consciência se comporta em todos os planos dimensionais associados. A CONSCIÊNCIA E O ESPÍRITO HABITANDO TODOS OS SUBUNIVERSOS QUÂNTICOS Com base no modelo de níveis de energia apresentado anteriormente iremos agora estruturar o papel da consciência, ou do espírito em todos esses planos dimensionais. Assim como as partículas a consciência experimenta adensamentos quânticos compatíveis com cada plano de sua manifestação. Iremos formular uma teoria sobre o espírito e sobre a consciência que seja compatível com nossas teorias quânticas até agora apresentados. Em capítulo anterior pudemos demonstrar o modelo quântico da consciência. A consciência ou o espírito pode ser encarado como uma quinta partícula dentro do modelo de partículas atômicas. Basicamente temos as partículas fundamentais: o elétron, o próton, o nêutron e o fóton. Todas elas obedecendo PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL: RUA MARANHÃO, 74 CEP:13480-615 - LIMEIRA-SP - FONE: 19-3441-4086 E-mail: [email protected] / [email protected] rigidamente as leis da mecânica quântica e, portanto sendo tratadas como objetos quânticos com as características fundamentais da dualidade partícula-onda. Neste momento vou lançar a hipótese fundamental de minha teoria demonstrando que a consciência e o espírito podem ser tratados como uma quinta partícula da natureza. A TEORIA DAS SUPERCORDAS Apresentar a teoria das supercordas neste contexto irá trazernos subsídios importantíssimos para o desenvolvimento das noções, aqui apresentadas, para a explicação dos fenômenos ufológicos. Tal teoria é a mais atual para explicar a natureza íntima das partículas elementares e lançar o conceito de que nosso universo deve, necessariamente, possuir outras dimensões além das quatro convencionais conhecidas e discutidas pela ciência. Essa teoria é de suma importância para que mudemos aquele antigo paradigma da ciência que tratava o fenômeno ufológico como um tabu. Esta teoria será ainda uma base para discutirmos mais adiante a multidimensionalidade do universo. A teoria de Campos será a nossa base estrutural e a teoria das cordas apenas um caminho a mais para enriquecer nossa discussão sobre o assunto. SUPER CORDAS Um dos maiores sonhos dos físicos é encontrar uma teoria única que possa explicar e prever todos os fenômenos da natureza. Hoje temos apenas teorias parciais, limitadas a certos eventos; encontrar uma teoria unificada tem sido o grande desafio ao intelecto humano nas últimas décadas. Em nosso cenário atual observamos as chamadas quatro interações, ou as quatro forças que regem o universo até então conhecido pela ciência: 1-Força eletromagnética; 2-Força gravitacional; 3-Força nuclear forte; 4-Força nuclear fraca. No início do século passado, Albert Einstein dedicou praticamente toda a sua vida tentando encontrar uma teoria que pudesse conjugar o eletromagnetismo e a gravitação. No início de suas pesquisas ainda não eram conhecidas as forças nucleares que regem as interações no núcleo atômico. Mesmo assim, unificar os conceitos de eletromagnetismo e gravitação foi uma tarefa que Einstein não conseguiu concretizar até o final de sua vida. Com o advento das descobertas das forças nucleares, o grau de dificuldade para que os físicos encontrassem essa teoria unificada tornou-se astronômico. Pois agora teriam que conciliar as teorias da Relatividade geral de Einstein com a Mecânica Quântica: ou seja, consolidar uma teoria que combinasse os princípios da relatividade geral com o princípio da incerteza. Várias delas surgiram ao longo dos últimos anos do século passado, porém todas inconclusivas. No entanto, por volta de 1984, com o advento da teoria das cordas, ocorreu uma notável mudança. Continua na próxima edição A nossa religiosidade nos distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura condizente com o que nossa religião prega: — amor e fraternidade para e com nossos semelhantes. Extraído do Livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” Editora Madras / Rubens Saraceni Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Enquanto eu, é por estrada fácil e breve que te conduzirei á felicidade. Então a Virtude: - Miserável! Que bens possuis? Que prazeres podes conhecer, tu que nada queres fazer para comprá-los? Sequer deixas nascer o desejo: farta de tudo antes de ter desejado coisa alguma, comes antes da fome, bebes antes da sede. Para beber com prazer, vives á caça de cozinheiros. Para dormir agradavelmente, procuras cobertas macias e leitos flexíveis. Porque não é o cansaço, e sim a ociosidade que te faz desejar o sono. No amor, provocas a necessidade antes de senti-la, usas de mil artifícios e te serves tanto de homens como de mulheres. Assim é, em verdade, que formas teus amigos. Á noite os degradas e de dia os adormeces durante os instantes mais preciosos. Imortal, foste rechaçada pelos deuses e os homens de bem te desprezam. Nunca te acariciou os ouvidos o mais adulador dos sons, o de um louvor, nem jamais contemplaste uma boa ação praticada por ti. Quem daria fé a tuas palavras? Quem te socorreria na necessidade? Qual o homem de bom senso que ousaria misturar-se a teu bulhento cortejo? Os que te seguem, se jovens, são impotentes de corpo; se velhos, possuem a alma embrutecida. Moles na juventude, por via da ociosidade, emagrecem ao peso de trabalhosa velhice. Envergonhados do que fizeram, atormentados do que têm VIRTUDE, cadê?!? POR RODRIGO QUEIROZ Saudações irmãos na Fé em Oxalá! Passadas as festas em louvor aos amados Pretos-Velhos já começamos a nos preparar para a festa em louvor ao nosso amado Pai Xangô na semana do dia 24/06. Usamos esta data pelo sincretismo com o santo católico São João Batista. No entanto, passam as festas, passam os dias e a cada semana os mensageiros baixam nos milhares de Templos de Umbanda tentando nos auxiliar e nos incentivar para a prática do bem e da reforma íntima. Desculpem, rsrsrs (risos), mas parece uma chatice, todo mês esse Rodrigo nos vêm com esta conversa de educação moral...rsrsrs. Irmãos, esta é a questão, pois nossos problemas, aflições e tormentos, são na maioria das vezes motivados pelas nossas falhas, precisamos sinceramente encarar este assunto e nos prestar a ser pessoas melhores a cada dia. Falando de cada dia e de falhas, já pararam para pensar sobre qual o principal motivo de estarmos encarnados? Somos seres, cheios de erros e defeitos, mas Deus em sua infinita bondade e amor para com sua Criação, sempre nos dá chances para nossa melhora. O que esperam de nós, tanto Deus, quanto os mensageiros da luz, é que transformemos os defeitos em virtude. Creiam irmãos, isto é possível, basta escolher qual caminho percorrer. Sobre isso vou citar uma lição da mitologia grega. Prestem atenção: “Disse em algum lugar Hesíodo (poeta épico, séc. VIII a.C): O VÍCIO é sedutor e fácil, seu caminho liso e breve. Antes da VIRTUDE, porém, colocaram os deuses o suor, e a vereda que leva ao cume é áspera, agreste e árdua: ganha-se o alto, contudo, aplaina-se o caminho. Conta que Hércules, logo após superar a infância, nessa idade em que os jovens, já senhores de si, deixam odioso, chamam-me Perversidade. perceber se entrarão na vida pelo Aí a outra mulher, adiantando-se, caminho da virtude ou do vício, disse-lhe: retirou-se para a solidão, sentindo-se - Eu também venho a ti, Hércules; incerto quanto ao caminho a escolher. conheço os que te deram á luz e desde Duas mulheres de grande estatura tua infância penetrei-te o caráter. Assim apresentaram-se diante dele: uma espero que, se tomares o caminho que decadente e nobre, o corpo ornado de traz a mim, serás um dia autor ilustre de sua natural pureza, os olhos repletos belos e gloriosos feitos e eu própria me de pudor, o exterior modesto, as vestes verei mais honrada e considerada pelos brancas; a outra toda luzidia e mole, a homens virtuosos. Não te iludirei com pele pintada com o fito de aparentar promessas de prazeres: expor-te-ei o cores mais brancas e mais vermelhas, que existe com verdade e tal qual o procurando, na postura, parecer mais dispuseram os deuses. Do que existe esbelta do que naturalmente o era, os realmente de honesto e belo, nada olhos escancarados; um adereço concedem os deuses aos homens estudado para realçar seus encantos, sem sacrifício e dedicação. mirando-se sem parar, observando se Queres que os deuses te sejam a olhavam e a todo o momento voltanpropícios? Homenageia-os. do a cabeça para admirar a própria Ambicionas a estima de teus sombra. Aproximando-se de Hércules, amigos? Beneficia-os. enquanto a primeira conservava o Desejas que uma nação te mesmo andar, a segunda, querendo honre? Serve-a. Queres antecedê-la, correu para o jovem herói que a Grécia inteira admire e disse-lhe: teu valor? Procura ser-lhe - Vejo-te, Hércules, incerto do caútil. Desejas que a terra te minho a seguir na vida, Se me quiseres forneça seus frutos? Cultivetomar por amiga, levar-te-ei pela a. Preferes enriquecer com estrada mais agradável e fácil, provarás rebanhos? Apascenta-os. todos os prazeres e viverás livre de soAspiras a fazer-te grande pela frimento. Primeiro, não te ocuparás de guerra? Queres tornar livres teus amigos guerras nem de negócios, mas não pae triunfar de teus inimigos? Aprende a rarás de examinar que iguarias e que arte da guerra com aqueles que a bebidas melhor te sabem ao paladar, os conhecem, exercita-te em pôr-lhes objetos que possam deleitar-te os olhos em prática as lições. Desejas adquirir e os ouvidos, acariciar-te o olfato ou o força física? Habitua o corpo ao império tato, que afeição terá mais encantos da inteligência e tempera-o no para ti, como dormirás mais docemente, trabalho e no suor. como poderás procurar todos estes praAí a Perversidade interferiu: zeres com o menor esforço. Se receias - Compreendes Hércules, quão venha a faltar-te o necessário para te penoso e longo é o caminho da dares tais doçuras, não temas que eu te felicidade que te propõe essa mulher? obrigue a trabalhar e a penar de corpo e espírito para os adquirires; aproveitarás do trabalho alheio e não te absterás do que quer que possa proporArtigos Religiosos, cionar-te ganho: porque Velas, dou aos que me seguem a faculdade de em toda parte Defumadores, obter vantagens. Imagens, etc ... Hércules, depois de ouvir estas palavras, indagou-lhe: “Mulher, qual é teu nome?” - Meus amigos – respondeu ela – chamam-me Rua Gerson França, 2-28, Centro, Felicidade, e meus inimiCEP 17010-260, Bauru - SP gos, para dar-me nome ATENÇÃO BAURU Turma em Formação - Reserve sua vaga! Página -21- CASA 7 LINHAS Fone (14) 3232-3876 de fazer, borboletearam na primavera da vida de prazer em prazer e retardaram as penas para o outono da existência. Eu, ao contrário, estou com os deuses, estou com os homens de bem: entre os deuses como entre os mortais nenhuma bela ação se faz sem mim. Mais que ninguém, recebo eu dos deuses e dos homens legítimas honras, companheira querida que sou do trabalho do artesão, guardiã fiel da cada do senhor, protetora benévola do servidor, gentil associada nos trabalhos da paz, aliada constante nas labutas da guerra, intermediária devotada da amizade. Meus amigos saboreiam com prazer e sem manipulação alimentos e bebidas, porque esperam o desejo para comer e beber. O sono lhes é mais agradável que aos ociosos; interrompem-no sem pesar e não lhe sacrificam seus negócios. Jovens, sentem-se felizes dos elogios dos anciãos. Velhos, recebem felizes os respeitos da juventude. Recordam com prazer as ações do passado e realizam prazerosos o que lhes resta fazer. Por virtude minha, são amados dos deuses, caros aos amigos, honrados da pátria. Ao soar a hora fatal, não dormem no esquecimento sem honra, mas sua memória resplandece, celebrada pela eternidade. Aí está, Hércules, filho de pais virtuosos, como pelo trabalho podes alcançar a máxima felicidade. (Fonte: Os Pensadores – Sócrates). Então irmãos, uma bela história, sim? Leiam mais vezes e creio que irão tirar muito proveito. Voltando no ponto do assunto, só depende de você escolher qual caminho seguir. O momento é agora, e então? Qual será? Virtude ou Perversão?!? Um forte abraço a todos e que as bençãos de Xangô recaiam sobre o coração de cada um. CASA SÃO BENEDIT O BENEDITO O MAIS COMPLETO ESTOQUE DE ARTIGOS RELIGIOSOS FOGOS o Ano Inteiro (14) 3223-2552 Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru-SP Colégio de Umbanda Sagrada - “Pai Benedito de Aruanda” Rua Albuquerque Lins, 6-24, Vl. Falcão, Bauru-SP Informações - (14) 8114-8184 TEOLOGIA COM SACERDÓCIO UMBANDISTA CHEGOU A OPORTUNIDADE QUE TANTOS ESPERAVAM, UM CURSO COMPLETO, ONDE TEREMOS A CIENCIA TEOLOGICA UMBANDISTA COM A PRÁTICA DO SACERDÓCIO UMBANDISTA. NESTE CURSO VOCÊ ENCONTRARÁ A FORMAÇÃO TEOLÓGICA QUE TODOS UMBANDISTAS NECESSITAM E PARTICIPARÁ DAS INICIAÇÕES E CONHECIMENTOS DA PRÁTICA LITÚRGICA DE UM TEMPLO DE UMBANDA SAGRADA. Para participar do curso basta somente querer ser instrumento dos Divinos Orixás. TODOS PODEM FAZER O CURSO, NÃO PRECISA SER MÉDIUM INCORPORANTE. Página -22- São Paulo, Junho de 2005 Espaço do Erveiro ADRIANO CAMARGO Olá turminha das ervas! Tenho recebido muitos pedidos para que eu escreva sobre temas que já falamos aqui. Para não se tornar repetitivo, tenho tomado o cuidado de não reescrever matérias fazendo um texto voltado para a religião de Umbanda e nós Umbandistas. Infelizmente não dá pra atender todo mundo, nem falar de todos os assuntos que gostaríamos, mas aos poucos vamos atendendo às expectativas de todos os leitores. Nesta edição, procurei responder algumas dúvidas gerais, que são comuns no meio Umbandista, esse texto é semelhante ao que circulou em Maio de 2003. Há muita informação distribuída na internet, revistas e livros, enfim cabe a cada um selecionar aquilo que lhe convém,.não esquecendo as duas regras básicas para o trato com ervas: Amor e Bom Senso. Selecione, pesquise pois há muita informação errada também. Quando falamos de Amor, abrimos dois campos a mais – A Fé e o Respeito. Sem Fé, não nos movemos em nenhuma direção. É necessário acreditar que a erva pode te ajudar, para que ela te ajude. Acredite, e o resultado será real. Respeitando a força, a energia vegetal, ela te respeitará. Quando falamos de energia, podemos compará-la a energia elétrica. Sem ela, nossa vida moderna seria bastante difícil. Ela é imprescindível para que nossos eletrodomésticos funcionem, por exemplo, mas coloque o dedo na tomada e levará um choque nada agradável. Respeite a energia vegetal que ela lhe respeitará e será útil no campo que você precisar. E o Bom Senso é aquele conhecimento básico das propriedades naturais das plantas. A toxidade e o perigo de algumas utilizações. Uma dúvida bastante comum é quanto a utilização de banhos na coroa, na cabeça. Quando tomá-lo, devemos tomá-lo? Eu classifico as ervas em três categorias: agressivas ou quentes; equilibradoras ou mornas; e frias ou específicas. Essa classificação não tem haver com temperatura física. Classifiquei dessa forma para termos um parâmetro físico, palpável. As ervas quentes ou agressivas, como a Arruda, o Guiné, o Alho, entre muitas outras, são aquelas ervas que executam uma limpeza astral profunda. São agressivas porque sua utilização sem critério pode causar transtornos energéticos, pode além de limpar as impurezas astralinas alojadas em nossos corpos astrais, esgotar energia vital, importante para nós. Deve-se tomar muito cuidado para usar essas ervas no chacra coronal. Recomenda-se esse uso apenas a partir da necessidade identificada por uma entidade de confiança, incorporada num médium também de confiança. Essa regra vale também para o Sal Grosso. Digo médium de confiança porque o médium não se exclui da responsabilidade do uso de uma erva recomendada pelo seu guia. Por isso é importante o médium buscar o conhecimento, para que o Bom Senso prevaleça. Neste caso utilizamos algumas ervas consideradas mornas ou equilibradoras. Uma das funções dessas ervas é reajustar o campo energético, quando ele foi agredido pela ação de uma das ervas quentes. O triângulo das grandes equilibradoras é formado por Sálvia, Alfazema e Alecrim. Existem muitas outras ervas nessas categorias. O importante não é se apegar num método de classificação ou num dogma de utilização ritualistica. Lembre-se: Amor e Bom Senso! Essas ervas equilibradoras podem ser usadas na cabeça sem problema algum. Outra duvida bastante comum é em relação aos fumos sagrados. Alguns nós já passamos a receita aqui, e o retorno dos leitores foi bastante grande. Muita gente passou a usar os fumos preparados com Sálvia, Alecrim, Anis, Hortelã e outras ervas, em seus terreiros. Os guias espirituais gostaram bastante e passaram a pedir a utilização constante desses fumos. Por isso ressalto a importância de estudar, de buscar o conhecimento. O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tomar de você. A partir das conquistas pessoais do médium, nesse campo do conhecimento, as entidades ficam muito mais a vontade para receitar ervas e outros elementos, pois o médium saberá também para que serve e não o bloqueará. Esses fumos têm características interessantes e são verdadeiras defumações quando bem feitos e devidamente consagrados. Essa consagração é muito simples: prepare o fumo com respeito, macerando as ervas secas com as mãos ou em um pilão, pedindo para que Deus Pai Nosso Criador, as Forças da Natureza Vegetal, (e as forças que você quiser evocar e convidar para consagrar esse preparo), irradiem nessa mistura tornando-a viva e ativa para o fim a que se destina. (aqui você determina se é um fumo para ser usado no terreiro ou um fumo terapêutico, etc.). Essa mesma consagração pode (e deve) ser feita para os banhos, defumações, chás, etc... Não é difícil manipular ervas para o uso ritualístico, desde que não se esqueça as duas regras básicas – Amor e Bom Senso. Na próxima tem mais. Escreva pra nós, participe você também! Sucesso e muita saúde a todos! /Adriano Camargo / Erveiro da Jurema [email protected] Jornal de Umbanda Sagrada Curso de ervas VivÊncia de manipulação ritualística Ministrado por Adriano Camargo Módulo I (Básico) O tradicional encontro com o vegetal. Um fantástica viagem pelo história, botânica e uso das ervas dentro das religiões em todas as épocas. As ervas e os Orixás. Desmitificando o uso das ervas. Curso Prático e Apostilado Módulo II ÁGU AS E ERV AS ÁGUAS ERVAS A prática da magia natural, o uso dos elementos líquidos (águas, álcool, azeite, etc), preparo prático dos banhos e das águas de cabeça (amacis) Venha para esse fantástico encontro com as águas e seu uso com as ervas. (Somente para quem já fez o Módulo Básico) Cursos em São Paulo (capital), ABC e Interior Informações e Inscrições: (11) 4337-7967 9128-4172 [email protected] Espaço Bem Estar Roupas de santo, roupas para festas e ocasiões especiais Tudo para saida de Orixás DIA 16 DE JUNHO - QUINTA FEIRA ÀS 20H30 Lançamento do livro O Poder das Ervas de Adriano Camargo Rua Fortuna de Minas, 367 Jd. Aricanduva LOCAL: Portal do Arcanjo Miguel - Rua Clodomiro Amazonas, 520 - Itaim Bibi Palestra e noite de autógrafos com o tema: “ O Poder das Ervas - Banhos, Defumações e Benzimentos. COMPAREÇA!! Próximo ao Carrefour Aricanduva Tel / Fax: (11) 6781-2812 / 9643-6201 ENTRADA GRATUITA - Solicitamos aos presentes um lata de leite em pó para doação LAURA COSTA PRAIA GRANDE - LITORAL Rua Olga Coli, 119 - B. Aviação - P. Gde (13) 3481-6005 /3474-3947 / 9773-6998 CURSOS: Magia Divina Reiki Tarot • Catimbó • Florais de Saint Germain VIVÊNCIAS: • Ayahuasca • De encontro com a prosperidade TEOLOGIA DE UMBANDA, MANDALAS, INICIAÇAO AO TAROT OUÇA A PROGRAMAÇÃO DA R ÁDIO V ERDE M AR FM 104,9 M HZ PROGRAMA ESOTÉRICO COM LAURA COSTA De Segunda à Sábado das 10h00 às 11h00 RE CUMINO UMBANDA: A TEOLOGIA NO AR COM ALEXAND As Sextas-Feiras das 10h00 às 11h00 TRANSMITIDOS PARA PRAIA GRANDE E REGIÃO Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, Junho de 2005 Página -23- Distribuidora Tradição e qualidade, com o mais variado estoque em artigos religiosos e esotéricos em geral!!! A Luar importa a linha Jablonex, contas, miçangas, firmas, terços, vidrilhos e etc... Lojist a tabel peça já s u a de Dê pre preço a ferênc s!!! ia aos pro Qu d alidad e indis utos LUAR . cutíve l! NOVO LANÇAMENTO! Tarot Luar Nas melhores casas do ramo. Visite a Luar na internet: www.luar.com.br A Luar despacha para Brasil e Exterior. 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