Não coloqueis a candeia debaixo do alqueire 243

Transcrição

Não coloqueis a candeia debaixo do alqueire 243
CAPÍTULO
24
NÃO
COLOQUEIS A CANDEIA
DEBAIXO DO ALQUEIRE
Candeia* debaixo do alqueire•
Por que Jesus fala por parábolas • Não procureis os gentios
Os sãos não têm necessidade de médico • Coragem da fé
Carregar a cruz • Quem quiser salvar a vida, a perderá
CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE.
POR QUE JESUS FALA POR PARÁBOLAS.
1. Não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire;
mas ela deve ser colocada sobre um velador*, a fim de que ilumine
aqueles que estão na casa. (Mateus, 5:15)
2. Não há ninguém que, após ter acendido uma candeia, a cubra
com um vaso ou a coloque debaixo da cama; mas deve ser colocada sobre o velador, a fim de que aqueles que entrem vejam a luz;
pois não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem
nada de escondido que não deva ser revelado e aparecer publicamente. (Lucas, 8:16 e 17)
3. Seus discípulos, se aproximando, disseram: Por que falais por
parábolas? E respondendo, lhes disse: Porque foi dado a vós conhecer os mistérios do reino dos Céus; mas, a eles, isso não lhes foi
dado. Porque, àquele que já tem, mais lhe será dado e ele ficará na
abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem lhe
será tirado. Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá a
profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não
escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis. Porque o coração deste povo se tornou pesado, seus ouvidos se tornaram surdos,
e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos
para que não ouçam, para que seu coração não compreenda e nem
se convertam permitindo que eu os cure. (Mateus, 13:10 a 15)
4 Causa estranheza ouvir Jesus dizer que não se deve colocar a
luz debaixo do alqueire, enquanto Ele mesmo encobre, constantemente, o sentido de suas palavras sob o véu alegórico que nem todos
* N. E. - Candeia: pequeno aparelho de iluminação abastecido com óleo.
* N. E. - Velador: suporte alto, onde se põe o candeeiro ou a vela.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
podem compreender. Ele se explica, ao dizer a seus apóstolos: Eu
lhes falo por parábolas porque não estão ainda à altura de compreender certas coisas; vêem, olham, ouvem e não compreendem. Assim,
dizer-lhes tudo seria inútil por enquanto, mas digo-o a vós porque vos
foi dado compreender estes mistérios. Ele procedia, perante o povo,
como se faz com as crianças cujas idéias ainda não estão desenvolvidas. Dessa maneira, indica o verdadeiro sentido do seu ensinamento:
Não se deve colocar a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o velador,
a fim de que todos aqueles que entrem possam ver a luz, isto é, não é
prudente revelar precipitadamente todos os conhecimentos, pois o
ensinamento deve ser proporcional à inteligência daquele a quem se
dirige, porque há pessoas para as quais a luz muito viva ofusca sem
esclarecer.
Acontece com a sociedade em geral o mesmo que com os indivíduos. As gerações passam pela infância, pela juventude e pela idade
madura; cada coisa deve vir a seu tempo, já que o grão semeado fora
da época do plantio não germina. Mas o que a prudência manda calar
momentaneamente deve, cedo ou tarde, ser descoberto, pois, atingindo um certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si
mesmos a luz viva; as trevas da ignorância lhes pesam. Tendo Deus
lhes dado a inteligência para compreender, e para se guiarem por
entre as coisas da Terra e do Céu, eles tratam de raciocinar, refletir
sobre a sua fé; por isso é que não se deve colocar a candeia debaixo do
alqueire, pois, sem a luz da razão, a fé se enfraquece. (Veja nesta obra
Cap. 19:7)
5 Se, em sua prudente sabedoria, a Providência só revela as
verdades gradualmente, sempre as desvendará à medida que a Humanidade esteja madura para recebê-las. Mantendo-as em reserva e
não debaixo do alqueire•. Porém, quando os homens as possuem, as
escondem do povo a maior parte do tempo, apenas com o intuito de
dominá-lo, são estes os que, verdadeiramente, colocam a luz debaixo do alqueire. Foi por isso que todas as religiões tiveram seus mistérios
cujo exame proíbem. Mas, enquanto essas religiões permaneciam
atrasadas, a Ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu
dos mistérios. O povo, atingindo a maturidade, quis conhecer os mistérios a fundo, e então eliminou de sua fé o que era contrário à
observação.
Não pode haver mistérios absolutos, e Jesus está com a razão
quando diz que não há nada de secreto que não deva ser revelado.
Tudo o que está oculto será um dia descoberto, e o que o homem
ainda não pode compreender na Terra lhe será sucessivamente revelado em mundos mais avançados e quando estiver purificado. Aqui,
na Terra, ele ainda está em meio ao nevoeiro.
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CAPÍTULO 24 - NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE
6 Pergunta-se: Que proveito o povo poderia tirar dessa quantidade
de parábolas cujo sentido era indecifrável? Devemos considerar que
apenas nas questões de mais difícil compreensão da sua doutrina Jesus
falou de modo velado, principalmente por parábolas. Mas, a respeito
da caridade para com o próximo e da humildade, em tudo o que disse,
foi claro e objetivo, não deixando dúvidas, já que elas são condições
básicas de salvação. Devia ser assim porque se tratava de uma regra
de conduta, regra que todos deviam compreender para poder cumprila. Era o essencial para um povo inculto ao qual se limitava a dizer: Eis
o que é preciso fazer para ganhar o reino dos Céus. Sobre as outras
partes, Ele desenvolvia seu pensamento apenas junto aos discípulos,
que estavam mais avançados moral e intelectualmente, e Jesus podia
ensinar-lhes conhecimentos mais avançados. Foi assim que disse:
Àqueles que já têm, será dado ainda mais. (Veja nesta obra Cap. 18:15.)
Entretanto, Jesus, mesmo com os seus apóstolos, tratou de modo
vago muitos pontos, cuja completa compreensão estava reservada a
tempos futuros. Foram estes pontos que deram lugar a interpretações
tão diversas, até que a Ciência, de um lado, e o Espiritismo, de outro,
vieram revelar as novas leis da Natureza, possibilitando a compreensão
do verdadeiro sentido das suas parábolas.
7 O Espiritismo vem lançar luz sobre uma série de pontos de difícil
entendimento. Entretanto, não o faz imprudentemente. Os Espíritos, em
suas instruções, procedem com uma admirável prudência: apenas
sucessiva e gradualmente abordam as diversas partes já conhecidas
da Doutrina, e é assim que as outras partes serão ainda reveladas, à
medida que o momento de fazê-las vir à luz tiver chegado. Se a
houvessem revelado completa desde o início, seria acessível apenas a
um pequeno número de pessoas, e assim teria assustado e afastado
aqueles que não estivessem preparados para entendê-la, o que teria
prejudicado a sua propagação. Se os Espíritos ainda não dizem tudo
abertamente, não é por que haja na Doutrina mistérios reservados a
privilegiados, nem por que coloquem a candeia• debaixo do alqueire•.
Mas porque cada coisa deve vir no tempo oportuno. Eles dão a cada
idéia o tempo de amadurecer e de se propagar antes de apresentarem
uma outra, e dão aos acontecimentos o tempo de lhes preparar a aceitação.
NÃO PROCUREIS OS GENTIOS
8. Jesus enviou seus doze apóstolos, após lhes ter dado as seguintes
instruções: Não procureis os gentios*, e não entreis nas cidades dos
samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e nos
lugares onde fordes, pregai dizendo que o reino dos Céus está próximo.
(Mateus, 10:5 a 7)
* N. E. - Gentio
Gentio: pagão, idólatra; (neste caso) que não aceitava a crença em um único deus.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
9 Jesus prova, em muitas circunstâncias, que os seus ensinamentos não estão voltados somente ao povo judeu, mas abrangem
toda a Humanidade. Se Ele disse aos apóstolos para não irem aos
pagãos, não foi por desprezar a conversão deles, o que seria pouco
caridoso. É que os judeus já acreditavam num único deus e esperavam um messias, estando preparados, pela lei de Moisés e pelos
profetas, para receber essas promessas. Entre os pagãos, como não
houvesse base, tudo estava por fazer, e os apóstolos ainda não estavam suficientemente esclarecidos para uma tarefa tão difícil; é por
isso que lhes diz: Ide às ovelhas desgarradas de Israel, ou seja, ide
semear em terreno já desbravado, sabendo que a conversão dos gentios viria a seu tempo. De fato, mais tarde, foi no próprio centro do
paganismo que os apóstolos foram plantar a cruz.
10 Estas palavras podem também se aplicar aos seguidores e
aos propagadores do Espiritismo, para os quais os incrédulos sistemáticos, os zombadores obstinados, os adversários interesseiros são o
que eram os gentios para os apóstolos, e, seguindo-lhes o exemplo,
devem procurar, primeiramente, seguidores entre as pessoas de boavontade, que desejam a luz, e que têm um gérmen fecundo de fé, e cujo
número é grande. Não devem perder tempo com os que se recusam a
ver e a ouvir, e tanto mais resistem por orgulho quanto mais se parece
dar valor à sua conversão. Mais vale abrir os olhos a cem cegos que
desejam ver claramente do que a um só que prefere as trevas. Disto
resultará um maior número de sustentadores da Doutrina. Deixar os
outros tranqüilos não é indiferença, mas boa política. A vez deles chegará, quando, dominados pela opinião geral, e ouvindo a mesma coisa
sem parar, repetidamente, ao redor deles, acreditarão aceitar a idéia
voluntariamente, por si mesmos, e não influenciados por outras pessoas. Além disso, ocorre com as idéias o mesmo que com as sementes:
elas não podem germinar antes da estação, e somente em terreno preparado. Eis por que é melhor esperar o tempo propício e cultivar primeiro
as que germinem, evitando perder as outras ao apressá-las muito.
No tempo de Jesus, em conseqüência das idéias restritas e materiais da época, tudo era limitado e localizado; a casa de Israel era
um pequeno povo; os gentios eram também pequenos povos vizinhos. Hoje, as idéias se universalizam e se espiritualizam. A nova luz
já não é privilégio de nenhuma nação; para ela não existe mais barreira; o seu foco está em todos os lugares, e todos os homens são irmãos.
Mas os gentios também não são mais um pequeno povo, eles são
agora uma opinião que encontramos em muitos lugares, sobre a qual
a verdade triunfa pouco a pouco, como o Cristianismo triunfou sobre
o paganismo. Não é mais com as armas de guerra que são combatidos, mas com a força da idéia.
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CAPÍTULO 24 - NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE
OS SÃOS NÃO TÊM NECESSIDADE DE MÉDICO
11. Jesus, estando à mesa na casa deste homem (Mateus), vieram
muitos publicanos e pessoas de má vida que se colocaram à mesa com
Jesus e seus discípulos; e vendo isso, os fariseus disseram a seus discípulos: Por que vosso Mestre come com os publicanos e pessoas de má
vida? Mas Jesus, os tendo escutado, lhes disse: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos. (Mateus, 9:10 a 12)
12 Jesus dirigia-se, principalmente, aos pobres e aos deserdados, pois são eles os que têm maior necessidade de consolação; aos
cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem para ver, e não aos orgulhosos, que acreditam possuir toda luz e não ter necessidade de nada.
(Veja na Introdução desta obra: Publicanos, Peageiros.)
Estas palavras causam admiração como tantas outras, mas aplicam-se perfeitamente ao Espiritismo. A mediunidade está neste caso.
Parece estranho que ela seja concedida a pessoas indignas e capazes de fazer mau uso dela; costuma-se dizer que um dom tão precioso
deveria ser dado somente aos mais merecedores.
Digamos, primeiramente, que a mediunidade faz parte da condição orgânica de qualquer pessoa. Qualquer um a pode ter, assim como
vê, ouve e fala, e qualquer criatura, em virtude do seu livre-arbítrio•,
pode delas abusar. Se Deus tivesse concedido a palavra apenas àqueles que fossem capazes de dizer coisas boas, haveria na Terra mais
mudos do que falantes. Deus deu aos homens os dons, e os deixou
livres para usá-los, embora sempre puna os que deles abusam.
Se o dom de comunicar-se com os Espíritos fosse dado apenas
aos mais dignos, quem ousaria pretendê-lo? Onde estaria o limite da
dignidade e da indignidade? A mediunidade é, portanto, dada a todos, a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas,
a todas as classes da sociedade, tanto ao pobre quanto ao rico; aos
sábios para fortalecê-los no bem, aos viciosos para corrigi-los. Não
são estes últimos, os doentes, que têm necessidade de médico? Por
que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria da ajuda que
pode tirá-lo do lamaçal? Os bons Espíritos vêm ajudá-lo, e os conselhos que recebe diretamente são de natureza a impressioná-lo mais
vivamente do que se os recebesse por outros caminhos. Deus, em
sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir procurar a luz ao longe,
a coloca em suas mãos; não será bem mais culpado se não quiser
ver? Poderá se desculpar por sua ignorância, quando ele mesmo tiver
escrito, visto com seus olhos, ouvido com seus ouvidos e pronunciado com a própria boca sua condenação? Se não aproveita, é então
punido pela perda ou pela perversão do seu dom, do qual os maus
Espíritos se aproveitam para obsediá-lo e enganá-lo, além das aflições comuns com que a Lei de Deus atinge seus servidores indignos
e os corações endurecidos pelo orgulho e o egoísmo.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
A mediunidade não implica necessariamente relações habituais
com os Espíritos superiores; é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos útil aos Espíritos em geral. O bom
médium não é, portanto, aquele que comunica facilmente, mas aquele
que é simpático aos bons Espíritos, e que só deles recebe assistência. É somente nesse sentido que a excelência das qualidades morais
tem influência sobre a mediunidade.
CORAGEM DA FÉ
13. Todo aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos
Céus; e todo aquele que me renegar diante dos homens, eu o renegarei
também, diante de meu Pai que está nos Céus. (Mateus, 10:32 e 33)
14. Se alguém se envergonha de mim e de minhas palavras, o
Filho do Homem se envergonhará dele também, quando vier em sua
glória e na de seu Pai e dos santos anjos. (Lucas, 9:26)
15 A coragem de manifestar opinião própria sempre foi estimada entre os homens, pois há mérito em enfrentar os perigos, as
perseguições, as contradições, e até mesmo as simples ironias, aos
quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar abertamente as idéias que não são as de todos. Nisto, como em tudo, o
mérito está na razão das circunstâncias e da importância do resultado. Há sempre fraqueza em recuar diante das dificuldades de
defender sua opinião e de renegá-la, mas há casos em que isto equivale a uma covardia tão grande quanto a de fugir no momento do
combate.
Jesus destaca essa covardia, do ponto de vista especial da sua
doutrina, ao dizer que, se alguém se envergonha de suas palavras,
Ele se envergonhará também dele; que renegará aquele que O tiver
renegado; que aquele que O confessar diante dos homens, Ele o
reconhecerá diante do Pai que está nos Céus; em outras palavras:
Aqueles que tiverem medo de se confessar discípulos da verdade não
são dignos de ser admitidos no reino da verdade. Perderão, assim, a
vantagem de sua fé, porque é uma fé egoísta, que guardam para si
mesmos, mas que escondem com medo que lhes acarrete prejuízo
neste mundo, ao passo que, ao colocar a verdade acima de seus
interesses materiais, proclamando-a abertamente, trabalham ao
mesmo tempo pelo seu futuro e pelo dos outros.
16 Assim será com os adeptos do Espiritismo, uma vez que
sua doutrina é o desenvolvimento e a aplicação do Evangelho. É a
eles, portanto, que também se dirigem as palavras do Cristo: Semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual; lá, recolherão os
frutos de sua coragem ou de sua fraqueza.
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CAPÍTULO 24 - NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE
CARREGAR A CRUZ.
QUEM QUISER SALVAR A VIDA, A PERDERÁ.
17. Sereis bem felizes, quando os homens vos odiarem, vos separarem, vos tratarem injuriosamente, rejeitarem vosso nome como mau
por causa do Filho do Homem. Regozijai-vos nesse dia, e alegrai-vos,
pois uma grande recompensa vos está reservada no Céu, pois foi assim
que os pais deles trataram os profetas. (Lucas, 6:22 e 23)
18. Ao chamar a si o povo e os discípulos, Jesus disse: Se alguém
quiser me seguir, que renuncie a si mesmo, que carregue sua cruz e
siga-me; pois aquele que quiser salvar a si mesmo se perderá; e aquele
que se perder por amor a mim e ao Evangelho se salvará. De fato, de que
serviria a um homem ganhar tudo e perder a si mesmo? (Marcos, 8:34 a
36; Lucas, 9:23 a 25; Mateus, 10:39; João, 12:25 e 26)
19 Alegrai-vos, disse Jesus, quando os homens vos odiarem e
vos perseguirem por minha causa, porque sereis recompensados no
Céu. Estas palavras podem ser interpretadas do seguinte modo: “Sede
felizes quando os homens, pela má vontade manifestada para convosco, vos derem a ocasião de provar a sinceridade de vossa fé, porque
o mal que vos fizerem reverterá em vosso proveito. Lamentai-os, por
sua cegueira, e não os amaldiçoeis”.
Depois, acrescenta: Aquele que quer me seguir carregue sua cruz,
ou seja, que suporte corajosamente as dificuldades que sua fé lhe
acarretar; pois aquele que quiser salvar sua vida e seus bens renunciando a mim perderá as vantagens do reino dos Céus, enquanto aqueles
que tiverem perdido tudo na Terra, até mesmo a vida, para o triunfo da
verdade, receberão na vida futura o prêmio da coragem, da perseverança e do desprendimento demonstrados. Mas, àqueles que
sacrificam os bens celestes aos prazeres terrenos, Deus dirá: Já recebestes a vossa recompensa.
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