vicente `13 - Travessa da Ermida
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vicente `13 - Travessa da Ermida
V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” 3 7 DE SETEMBRO A 10 DE NOVEMBRO 2013 Exposição na Ermida N.ª Sr.ª da Conceição à Travessa do Marta Pinto PROGRAMA SETEMBRO - NOVEMBRO 3 SETEMBRO 2013, 19H 22 SETEMBRO 2013, 16H TERÇA-FEIR A DOMINGO Institut Français du Portugal Morada: Avenida Luís Bívar, 91 1050 Lisboa Conversa com os Artistas “Da arte como caminho e chegada” Régis Perray (França) e Xana (Portugal) Ermida N.ª Sr.ª Da Conceição Passeios com mitos João Abel e Nelson Guerreiro Gratuito – Marcação até 24h antes 7 SETEMBRO 2013, 18H Ermida N.ª Sr.ª Da Conceição Passeios com mitos João Abel e Nelson Guerreiro Gratuito – Marcação até 24h antes SÁBADO Ermida N.ª Sr.ª Da Conceição à Travessa Do Marta Pinto Inauguração da Exposição Artistas: Régis Perray (França) e Xana (Portugal) Lançamento do Livro ...Dito e Refeito! — O mito nunca é a preto e branco II Textos: Silvina Rodrigues Lopes, Carlos Lampreia, Rosa Alice Branco, Carlos Coelho, Nelson Guerreiro, Mário Caeiro Projectos gráficos: Xana, Régis Perray Ilustração: João Fonte Santa, João Pombeiro 8 SETEMBRO 2013, 16H 28 SETEMBRO 2013, 16H SÁBADO 5 OUTUBRO 2013, 16H SÁBADO Ermida N.ª Sr.ª Da Conceição Passeios com mitos João Abel e Nelson Guerreiro Gratuito – Marcação até 24h antes DATAS A ANUNCIAR Visitas guiadas com curador e convidados Conversas em torno do Mito de Vicente DOMINGO Ermida N.ª Sr.ª Da Conceição Conversa com os artistas CONTACTOS Projecto Travessa da Ermida Mercador do Tempo Lda. Morada: Travessa do Marta Pinto, 12 1300-390 Lisboa Contacto: Fábia Fernandes Tel.: 00 351 213 637 700 00 351 961 177 874 E-mail: [email protected] Site: www.travessadaermida.com PROJECTO VICENTE, EDIÇÃO DE 2013 TRAVESSA DA ERMIDA 4 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / PA L AV R A S - C H AV E VICENTE ’13 ‘...DITO E REFEITO!’ O mito nunca é a preto e branco II VICENTE ’13 – “...Dito e Refeito!” – regressa ao imaginário de S. Vicente (as relíquias, os corvos) para nele vislumbrar uma vez mais a dimensão contemporânea. Desta vez, o preto e branco tradicionalmente ligados ao mito, e que bem conhecemos da heráldica de Lisboa, dão lugar à Cor, celebrando a força da criatividade. O projecto, centrado na zona turística de Belém, volta a transfigurar a Travessa do Marta Pinto através da arte urbana e a propor uma Instalação-performance na Ermida de N. Sra. da Conceição. O envolvimento habitual com o Lisboa na Rua ⁄ Com’out Lisbon prolonga-se num programa de Visitas Guiadas, Passeios. Na inauguração é lançado o Livro ‘VICENTE ...Dito e Refeito!’, reunindo novas imagens e textos para uma longa história. VICENTE ’13 culmina o lançamento do conceito VICENTE, que durou três anos. ...Dito e Refeito. A Festa recomeça. CIDADE COR, LUZ, HORIZONTE, MITO, CULTURA, CRIAÇÃO ERMIDA BELÉM, ARTE URBANA, INTERVENÇÃO, PASSEIOS, FESTA 5 6 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” VICENTE ’13 OS TEMAS DE VICENTE ‘13 O mito nunca é a preto e branco II A COR É A LUZ SOBRE AS COISAS. Vicente é um projecto cultural que celebra e valoriza a área ribeirinha de Belém, abordada como foca num eixo de identidade urbana e oferta cultural que vai do centro de Lisboa ao seu horizonte ocidental, de Alcântara a Algés. Vicente é um projecto de arte pública que dá atenção ao espaço público, à paisagem e à identidade contemporânea do espaço urbano. Vicente consiste em intervenções artísticas que motivam percursos na forma urbana, interpelando, expondo, mas também comentando e criticando o excepcional carácter da cidade de Lisboa e da freguesia de Belém em particular. No quotidiano informal da cidade, essas intervenções artísticas cirúrgicas, devolvem aos habitantes antigas histórias ou propõem a cidade como lugar de imaginação, esperança e projecto. E sublinham o convite à fruição contemporânea da cidade. Os valores cruzados da memória e da experimentação mostram uma cidade tecida pela arte, entre os marcos históricos e os recantos sem nome. Vicente traduz o desenho da cidade em afectos e vice-versa, na informalidade do contacto quotidiano com a arte pública, o urbanismo, a cidade do dia-a-dia. Vicente é popular e cosmopolita, surpreendente e banal, próximo e intemporal. Um exercício de deriva geometrizável, de contacto humano com a cidade. É tão simples e complexo como isso. A tradição diz que as relíquias de S. Vicente chegaram a Lisboa em 1173, vindas de Sagres. A trasladação, tintada de fé, serviu para que a cidade fosse definitivamente cristianizada. A chegada de uma barca sem outro timoneiro que o corpo de um santo martirizado oitocentos anos antes, com dois corvos esvoaçando em torno do mastro, foi um fabuloso acontecimento e a imagem que ficaria registada no inconsciente colectivo. Tal chegada serviu porém uma necessidade bem real, a de criar consenso entre várias comunidades e mediar o conflito entre elas em tempos conturbados da formação do Reino. Foi, ao tempo, o símbolo de uma ideia para Lisboa e Portugal. Oitocentos e quarenta anos depois, VICENTE em 2013 recupera esta história antiga através de arte. É uma arte pública na medida em que nos convida a viver os valores fundamentais que nos orientam (n)o destino, individual e colectivo. HAJA FESTA! O Projecto Cultural VICENTE apresenta desde 2011 artistas contemporâneos que captam a sensibilidade própria d’os que cá estão e sempre cá estiveram. Mas este sentido de cor local só se completa no saber receber dos outros, a cidadania em toda a contingência e necessidade. Em tempos pautados por toda a gama de conflitos, é à Ética que é necessário regressar, a uma certa ideia de Humanidade, como experiência do esforço, da resistência, do combate. Mas haja Festa! A reflexão que Spinosa faz sobre a Alegria inspirou a edição deste ano. O Marrano de Amesterdão aliou o mais completo rigor científico no conhecimento do corpo e da mente humanas a uma crítica da Bíblia fundamental para o Iluminismo. Isto faz da sua Ética um tratado que ainda hoje ilumina a nossa Humanidade através de um Deus que, precisamente como VICENTE, é tudo e não julga. O mundo é luz. Sobre Spinosa, a quem chamou ‘Príncipe dos Filósofos’, disse Gilles Deleuze: […] vivente-vidente, polidor de lentes, advogado das alegrias dos entes, entusiasta de tudo que nos liberta das correntes, as de ferro e as da mente! […] é um aliado na ampliação atual de nossas potências e na expansão da nossa lucidez! A ALEGRIA É LUZ. Num lugar dos mais solares da cidade – Belém – VICENTE ’13 é a festa do compromisso com o mundo. Não se trata de mero optimismo, mas do convite à paixão activa – termo com que Spinosa destinguia as acções das paixões passivas. É neste sentimento de alegria – a alegria natural a que temos direito – que há que fundear a imaginação, e é isso que os artistas visuais desta edição nos trazem, um vindo do Algarve, onde as relíquias de S. Vicente estiveram enterradas oitocentos anos, outro vindo de França, a terra que S. Vicente protege enquanto Santo Vinhateiro. VICENTE é portanto a criação, a imaginação e a força interior. É esta a festa do sensível, a alegria do encontro com a nossa própria natureza que continuamente se renova – natura naturans. E esta é uma ideia de fé que nos liberta dos afectos que nos entristecem – o consumo fútil – e desvela a beatitude que é a querença na liberdade de fazer. São estas e não outras as ideias que hoje nos podem levar – como a Vicente que escolheu Lisboa para aqui repousar – a fazer absoluta confiança no horizonte. 7 8 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” OS ARTISTAS Os dois artistas convidados de VICENTE ’13 são Régis Perray (França) e Xana. Pertencem a diferentes gerações e têm percursos diversos. Têm em comum a forma como se entregam com paixão à sua arte. Todos representam no seu trabalho a irredutibilidade da arte e do humor, mas também da ética. É aquela ética generosa que confronta a pequenez do mundo através de uma ousadia formal que eleva esse mundo a um lugar que merece ser olhado atentamente. A linguagem destes dois artistas é a da comunicação. Através da cor que explode na cidade, em Xana. No gesto simples que surpreende os transeuntes, em Régis Perray. V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / O S A RT ISTA S XANA XANA afirmou-se nos anos 80 como membro do celebrado Grupo Homeostético. Até hoje, não mais parou de interpelar espaços públicos com formas geométricas bizarramente simples e coloridas, confundindo os incautos com os seus lúdicos devaneios de liberdade. Para VICENTE ‘13, concebe uma instalação à Travessa do Marta Pinto que leva os visitantes a co-enunciar estranhas palavras de ordem em plena rua. A sua obra funciona como uma escultura relacional que cria situações facilmente apropriáveis por todos os públicos. RÉGIS PERR AY Régis Perray é um jovem artista francês. Chega tarde mas em boa hora à terra dos seus antepassados portugueses, para ‘descobrir o País’. O projecto La decouverte du Portugal consiste numa residência ao ar livre, com a duração de um mês. O artista traz na bagagem uma colecção de pequenos engenhos, vídeos e fotografias. Vai andar pela cidade a realizar actos de limpeza que depois apresentará sob a forma do ritual, na Ermida de N. Sra. da Conceição. Pela sua relação quase religiosa com o tempo e a matéria, o espaço e a vida, Perray é um criador especialmente vocacionado para interpretar a simbólica de VICENTE, que interliga os temas da ressurreição e da renovação espiritual. 9 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / O S A RT ISTA S XANA AMOR LIBERA LUX é o título da intervenção de Xana à Travessa do Marta Pinto e na Rua de Belém, no âmbito do Projecto VICENTE. Nesta nova peça para a cidade de Lisboa, o artista trabalha as memórias e características actuais do lugar e do mito de S.Vicente, acrescentando-lhes a sua própria concepção construtiva, dialéctica e fraterna do relacionamento humano, fundada nos princípios da liberdade, sabedoria e criatividade. Os transeuntes serão interpelados por faixas ao longo das ruas com signos/letras que poderão formar palavras reconhecidas. A cor terá forte presença, ajudando a conotar o lugar com um espaço de celebração festiva e de descoberta de sentidos. A peça cria uma realidade eminentemente visual e essencialmente poética, construída pela leitura de palavras e conceitos: liberdade, Sol/luz, Mar/água, sabedoria, vitória/vicentius/ Vicente e amor… Da relação entre estas palavras e ícones criados, e espaço da intervenção, surge um diálogo com o público que fará aparecer significados múltiplos. O lugar deixa-se revelar através de vivências e significados que criam uma utopia efémera, mas terrena. O artista integra-se numa determinada cultura e situação social, mas sonha para fora dela ou mesmo contra ela, reformulando, em cada obra, essa cultura. XANA © Xana 10 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” RÉGIS PERRAY A minha relação com o solo está também ligada à minha relação com a morte. Régis Perray assim define um aspecto crucial do seu trabalho, a sua relação com o tempo e a matéria, o espaço e a vida. É nestes termos um artista visual e um performer especialmente vocacionado para interpretar a simbólica de um VICENTE – desde logo o São Vicente Vencedor na vida e na morte, Príncipe dos Mártires – que interliga os temas da ressurreição e da renovação espiritual a partir de uma experiência metafórica do corpo. Perray apropria-se de gestos banais e através deles desenha um movimento ético. Obriganos a pensar a responsabilidade. Seja em objectos achados que reconfigura em delicadas micro-narrativas, seja em actos radicalmente simples de limpeza de lugares, Perray faz uma arte política absolutamente indissociável de uma vida concreta e limitada. É verdadeiramente a arte depois da grande arte (Jean-Pierre Pinçon), assim na terra como no céu (Jean-Marc Huitorel). Perray vive em Nantes. Sua mãe é portuguesa. É a primeira vez que chega a Portugal, para entre nós realizar uma intervenção site specific. Belém sucede-se a viagens extraordinárias pelo Egipto, a República Popular do Congo ou a Polónia, alguns dos sítios por onde realizou as suas ‘acções’. Lisboa surge como um lugar particularmente afectivo desta demanda. Espécie de Sísifo – o artista gosta de ver como avatar contemporâneo daquela personagem mítica – Perray vem para nos lavar os pecados ou convoca-nos para a mentira desta arte que, paradoxalmente, diz a verdade? Em Belém, e em colaboração com uma instituição local Régis Perray realizará uma residência artística, com o objectivo de interagir com a comunidade a partir dos conceitos do Projecto VICENTE. O artista desenvolverá uma intervenção ocupando integralmente o interior da Ermida N. Sra. da Conceição. A prática de Régis alimenta-se de diferentes espiritualidade que são o cristianismo, o islamismo e o zen. O processo da obra é considerado como um meio para a sua própria realização, cada acção sendo assim um nova ocasião para afirmar os seus gestos, de construir o seu ritual, a sua própria religião, fora de todos os dogmas. LUCIE CAVEY La pratique de Régis se nourrit de différentes spiritualités que sont le christianisme, l’islamisme et le zen. Le processus de l’œuvre est considéré comme un moyen de se réaliser, chaque action est ainsi une nouvelle occasion d’affirmer ses gestes, de construire son rituel, sa propre religion, en dehors de tout dogme. Lucie Cavey, La Richesse de l’Imprévisible © Régis Perry 16 17 © Projecto Travessa da Ermida 16 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” O LIVRO E SEUS AUTORES EDIÇÕES DISPONÍVEIS 17 A edição de Vicente 13’ não estaria completa sem o habitual livro em grande formato. Depois de uma publicação em 2012 contida a preto, branco e cinzas, os criadores são agora convidados a perspectivar VICENTE a partir do problema da cor. A Xana e Perray juntam-se os autores de textos e projectos gráficos específicos. Em casa nestes terrenos, João Fonte Santa e João Pombeiro realizarão projectos de ilustração originais. Fonte Santa cruza a problemática implicitamente política em S. Vicente com a política ostensiva da sua pintura narrativa. Pombeiro desenvolve um projecto de colagem em que as imagens do quotidiano desvelam a sua condição de objectos que, ao captar a luz, libertam a cor que nos enche os olhos. VICENTE ‘13 volta igualmente a produzir novo corpo de textos visando enriquecer o debate sobre a actualidade do mito. Em 2011 e 2012 os textos de abertura de VICENTE foram de respectivamente José Sarmento de Matos e José Luís de Matos. Em 2013, é Silvina Rodrigues Lopes, especialista em teoria da literatura e literatura portuguesa do século XX, a convidada para abrir o livro. Um novo texto da autora daquela que é uma pequena-grande obra prima do ensaio – Teoria da Despossessão – há-de iluminar os termos em que VICENTE, hoje, mito urbano quase desconhecido, é um convite à teoria, não menos que à mística. O arquitecto Carlos Lampreia fará uma reflexão sobre a materialidade da arquitectura de Lisboa e sua relação com a cor. Dedicados os últimos anos a investigar a inter-relação entre tempo, matéria e lugar, Lampreia propõe um breviário para a constante renovação dos nossos votos projectuais com a radical consciência das coisas. No plano da palavra poética, Rosa Alice Branco, outra irrequieta investigadora com percurso internacional notável, aceitou escrever ‘por encomenda’; falsa questão, quando o que está em causa é dedicar a VICENTE – ao fim e ao cabo, um conceito filosófico – a força íntima da palavra inspirada pela reflexão profunda. Espera-se um exercício retórico que faça ressoar uma corda sensível de tropicalidade – a cor do poema são aqui muitas. Na era do marketing, não faria sentido dizer e refazer VICENTE sem chamar um especialista em Marcas Portuguesas, senão na Marca Portugal. Carlos Coelho, perito em criatividade e inovação, é convidado a realizar uma consultoria insólita: como podemos todos nós ser/ promover este nosso VICENTE enquanto símbolo do nosso desassossego mais produtivo? Como fazer desta Ermida em Belém um motor auxiliar para a saída da crise? Talvez começando pela cor, que torna ainda mais positivas as ‘imagens de marca’ da narrativa d’Aquele que Vence Sempre. VICENTE 2011 VICENTE 2012 VICENTE 2013 RESSONÂNCIAS DE UM MITO LUMINOSO / REVER PAR A CRER… / … DITO E REFEITO! / RESONANCES OF A LUMINOUS MYTH REVIEW TO BELIEVE… … SAID AND REDONE! 24x35 cm 128 págs. S/ capa 24x35 cm 80 págs. S/ capa 24x35 cm 80 págs. Artistas Simeon Nelson Jana Matejkova João Ribeiro Nuno Maya e Carole Purnelle André Banha Alexandra Corte-Real Artistas Pedro Penilo João Cabaço André Graça Gomes MOOV + Miguel Faro Alexandra Corte-Real Artistas Xana Régis Autores José Sarmento de Matos Pedro Gadanho Luís de Oliveira e Silva Nelson Guerreiro Mário Caeiro Design Gráfico SILVA DESIGNERS Autores José Luís de Matos Pedro Malaquias Nelson Guerreiro Mário Caeiro Design Gráfico Mário Caeiro e Rosa Quitério CORDEL — Colectivo Design de Comunicação Fólio ‘Vicente Rever para Crer...’ Palavrão — Associação Cultural VICENTE sem texto de Nelson Guerreiro não seria VICENTE. Para o livro deste ano, volta a haver um texto numa ficcional primeira pessoa que é todo um território híbrido de desabafos e piscadelas de olho, de sonhos e quimeras, de tudo isso que acontece quando um homem se põe a escrever. A obra termina com um breve ensaio de Mário Caeiro sobre o que pode no mito preto e branco de VICENTE ser transformado num statement de cor, festa e alegria – aqui no sentido que lhe deu, com determinação, o ‘nosso’ Spinosa. Depois de investigar as ressonâncias de um mito luminoso (2011) e rever para crer nos símbolos (2012), o texto tentará articular coisas tão simples como o estarmos aqui e agora, perseguirmos em comunidade um horizonte de sucesso humano, e trazemos à nossa viagem colectiva os Outros que nos definem como Povo, por contraste ou iluminação. O projecto gráfico do livro de 2013 é realizado pela PALAVRÃO, ASSOCIAÇÃO CULTURAL. S/ capa João Pombeiro João Fonte Santa Autores Silvina Rodrigues Lopes Carlos Lampreia Rosa Alice Branco Nelson Guerreiro Mário Caeiro Design Gráfico Fólio ‘Vicente Dito e Refeito!’ Rosa Quitério e Francisca Monteiro Palavrão — Associação Cultural 18 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / PRO G R A M A PASSEIOS COM MITOS E CONVERSA COM OS ARTISTAS VICENTE’13 O performer-escritor Nelson Guerreiro tem-nos habituado desde a primeira edição a refrescantes passeios-acções com o actor João Abel. Em 2013, depois de Passeios Situacionistas em 2011 e Passeios Românticos em 2012, há Passeios com Mitos que fazem de vários sábados um experiência dos Mitos Gregos em co no. A envolvente da Ermida torna-se um circuito de pequenas cenas-lugares de diálogos teatralizados. Na semana que antece as intervenções, há, pela primeira vez na programação do VICENTE, uma conversa com os artistas. O Instituto Francês recebe o encontro ‘Da Arte como caminho e chegada’, um título que antecipa a forma como Xana, residente no Algarve, e Perray, em Nantes, se apropriaram de Lisboa e de Belém para este projecto que procura reflectir, já pelo terceiro ano consecutivo, sobre o espaço público simbólico e mítico que contribui para o carácter mais profundo de Lisboa. BIOGRAFIAS BIOGRAFIAS 19 20 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A PROJECTO TRAVESSA DA ERMIDA EDUARDO FERNANDES Este projecto, onde a Arte Contemporânea, o Design, a Joalharia de autor e os vinhos coabitam, está ancorado na “Ermida Nª Srª da Conceição” e desenvolve-se em torno da “Enoteca de Belém” e da “Oficina de Joalharia Alexandra Corte Real”. “O Projecto Travessa da Ermida” é um projecto cultural inovador, destinado a ocupar um lugar de referência na cidade de Lisboa, em geral, e no bairro de Belém, em particular. Dotado de uma personalidade distinta, este projecto visa a promoção cultural e turística e a oferta de experiências diferenciadas e únicas, transversais e sinérgicas entre os vários elementos que o compõem: Uma capela do século XVIII, “A Ermida de Nossa Senhora da Conceição”, que, após longos anos de abandono, funciona actualmente como espaço de exposições de arte contemporânea e intervenções de design na fachada, apresentando projectos com curadoria e/ou envolvimento de uma estrutura de produção artística; A “Enoteca de Belém”, local dedicado à experimentação e ao encontro de pessoas e sabores, aposta na divulgação da cultura vinícola e gastronómica nacional; A Oficina de Joalharia “Alexandra Corte Real”, um espaço de comercialização, de criação e de expressividade, onde a joalheira residente e coordenadora, cria e expõe peças contemporânea, recorrendo a técnicas de joalharia tradicional e actual; A Travessa do Marta Pinto, a rua, é o eixo de ligação do Projecto Travessa da Ermida. Será uma via de contacto com a história de Belém e de Lisboa, mas também de acesso a novas vivências, assumindo o verdadeiro papel de uma rua como espaço de animação, de encontros e passagens, símbolo do movimento quotidiano. Direção e programação (Funchal, 1960) Após realizar o percurso escolar no Colégio Infante Dom Henrique e Liceu do Funchal, Eduardo Fernandes frequenta e conclui a licenciatura em Medicina da Faculdade de Medicina do Porto. O seu percurso académico acaba por levá-lo até Espanha onde tira a especialização e doutoramento em Oftalmologia na Universidade Autónoma de Barcelona. Descobriu a Ermida Nossa Senhora da Conceição num dos vários passeios por Belém, onde reside há vários anos. Em 2004 aproveitou a oportunidade que surgiu de se tornar proprietário deste templo com o intuito de lhe devolver o prestígio, agora enquanto espaço de cultura e arte. Acaba por adquirir o espaço da Enoteca de Belém e da Oficina de Joalharia e em 2008 nasce o Projecto Travessa da Ermida. FÁBIA FERNANDES Direção de Produção e coordenação (Nampula, 1975) Viveu, estudou e trabalhou entre 1994 e 2006 em Estocolmo, Suécia. Trabalhou em Relações Públicas, Produção, Direção de Produção e Gestão de Eventos nas áreas de Turismo e Hotelaria, passando também pela Grécia onde trabalhou sazonalmente em 2002 e 2003, na área do Turismo, nas ilhas Rodos e Creta. Regressada a Portugal, em 2006, ingressou no restaurante “A Commenda” e “Augusto Gemelli”.Completou a Pós-Graduação em Programação e Gestão Cultural na Universidade Lusófona no ano lectivo de 2008/2009. Em 2008 aceita o desafio de iniciar e coordenar o projeto Travessa da Ermida sendo responsável pelo estudo, planeamento, desenvolvimento e divulgação de todo o Projecto. Atualmente a licenciar-se em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. JOSÉ VAZ FERNANDES Produção, Montagem e Equipamentos (Lisboa, 1958) Licenciou-se em Arquitectura na ESBAL (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa) no ano de 1983. À data colaborou como estagiário no novo centro urbano de Santo André, em Santiago do Cacém. Durante dezassete anos desenvolveu a sua atividade profissional no Oriente, em Macau, regressando de novo a Portugal no ano 2000. Desde então foram vários os projetos em que interveio no país. Em 2008 integra a equipa do Projecto Travessa da Ermida, sendo responsável pela produção, montagem e equipamentos inerentes às exposições e diferentes espaços constituintes do Projecto. ALEXANDR A CORTE-REAL BIOGRAFIAS Gerente e Joalheira residente (Porto, 1967) Licenciada em Matemática aplicada à informática na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em Matemática na Universidade Lusófona foi contudo na escola de joalheiros Contacto Directo que adquiriu as ferramentas para um percurso de joalheira, tendo já exposto as suas peças em Portugal e no estrangeiro. Desde cedo desenvolveu o gosto e apetência pela joalharia. Desde o início do seu percurso como joalheira, Alexandra Corte-Real participou em diversas ocasiões na exposição anual da Contacto Directo, e em outras mostras nacionais e internacionais – ex. Oficina de Joalharia Alexandra Corte Real “Pare, olhe, sinta”, exposição coletiva (2012); Teatro Municipal do Funchal “Madeira Bordad’a Prata” (2010); FRESS “Welcome” Laboratório #5 (2010); Museu de Serralves (2009), Ermida Nª Srª da Conceição “Linhas Paralelas” com colaboração de Eduardo Nery (2009), “Princípio” (2008); Manchester (2007); Silves (2005). 21 22 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A ARTISTAS VICENTE’13 Projectos de Ilustração XANA JOÃO FONTE SANTA Xana nasceu em Lisboa em 1959 e licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1984, ano em que passa a residir em Lagos no Algarve. É co-autor do projecto de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Algarve onde é professor convidado desde 2004. Como artista visual realizou desde 1981 diversas exposições, cenografias ou intervenções em espaços públicos. Em 2005 a Culturgest, em Lisboa, apresentou uma selecção antológica das suas obras, intitulada “Arte Opaca e Outros Fantasmas”. Participou em numerosas exposições colectivas em Portugal das quais se destacam a as diversas exposições do grupo Homeostética, grupo que foi alvo de uma retrospectiva em 2004 no Museu de Serralves. A nivel internacional é de salientar a participação na representação portuguesa à Bienal de Veneza de 1986; a exposição Tradición, Vangarda e Modernidade do Século XX Português, Auditório de Galicia, Santiago de Compostela em 1993; o 40e Salon de Montrouge, França, 1993 e a exposição Colecção António Cachola - arte portuguesa anos 80-90, MEIAC de Badajoz em 2000. Nos últimos cinco anos tem centrado o seu trabalho artístico na criação de instalações/construções temporárias de arte pública. Nesse âmbito destaca-se a construção, em 2009, um grande “Arco do Triunfo” no Passeio de Gràcia em Barcelona. Apresentou em 2010, nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, a instalação “Assembleia”, integrada na exposição “Res Publica”. De Fevereiro a Junho de 2012 realizou no Museu do Chiado” a instalação “Nova Assembleia e algumas próteses”. Constrói na primavera e verão de 2012, no parque de esculturas de Vila Nova da Barquinha, a intervenção escultórica “Uma Casa no Céu”. Xana está representado em diversos museus e colecções públicas, nomeadamente: o Museu de Serralves no Porto, Kunstlerhaus- Musonturm em Frankfurt ou o a Fundação Luso-Americana e Centro de Arte Moderna da Fundação João Fonte Santa nasceu em Évora 1965. Destacou-se em meados dos anos 1990 na cena artística portuguesa. Tendo frequentado o curso de Pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, começou por se dedicar à produção de Banda-Desenhada underground no contexto do surgimento de fanzines. Lentamente, o seu trabalho afirmar-se-ia no campo da pintura. Trabalhando a partir de um extenso fundo de imagens e referências da cultura pop, edificaria uma obra que tem tanto de visualmente atraente como de pertinente no modo como apresenta uma visão do mundo particularmente crítica. Já apresentou, sozinho ou em parceria com outros artistas, os seus trabalhos em lugares como a Caldeira 213, Salão Olimpico e a Galeria Nuno Centeno no Porto, no Circulo de Artes Plásticas e no Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, na ZDB, Plataforma Revolver, VPF Creamarte em Lisboa. Paralelamente à sua actividade como artista plástico, João Fonte Santa tambem tem vindo a desenvolver um projecto de curadoria a solo ou em parceria com outros artistas, em espaços como a Plataforma Revolver e a ZDB em Lisboa, a Casa das Artes em Tavira ou o Museu Bernardo nas Caldas da Rainha. Calouste Gulbenkian em Lisboa. RÉGIS PERR AY Nantes, 1970. O trabalho de Régis Perray está frequentemente ligado aos lugares, os quais aborda como territórios para explorar as suas ideias. Essas ideias são sobretudo gestos, a matéria da atitude. Quase sempre a acção de lavar o chão que pisamos, as paredes que olhamos, ou de cuidar de paisagens e coisas que os nossos olhos, por nelas não se demorarem, hesitam em acarinhar. Não se trata de realizar performances que representam o que quer que seja. São simplesmente acções. Actos cujos traços video- ou fotográficos são puros testemunhos de existência.Nestes termos, a escolha do chão, em Régis Perray, não tem tanto a ver com a instalação, seja de objectos, seja de conceitos, e sim com a intenção de tornar esse chão sujeito. Para Maud le Garzic, num texto sintomaticamente entitulado ‘Ni Fait ni a Faire’, é uma deriva de dimensão planetária, arquivando os trabalhos e os dias dos lugares a serem transformados pela vontade. JOÃO POMBEIRO Nasceu em Leiria, em 1979. Em 2002, licenciou-se em Artes Plásticas pela ESAD Caldas da Rainha.Tem participado em diversas exposições de artes plásticas e festivais de vídeo, nacionais e internacionais.Trabalha como freelancer nas áreas de design gráfico, webdesign,social media, ilustração, argumento, animação e realização. Gosta de passear, ir à internet e de comer gambas jalfrezi, quando vai a um restaurante indiano. 23 24 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A AUTORES VICENTE’13 SILVINA RODRIGUES LOPES Professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Dedica-se ao ensino e investigação nas áreas de teoria da literatura e literatura portuguesa do século XX. Publicou os seguintes livros: Tão simples como isso (ficção); E Se-pára (ficção); Teoria da Despossessão (ensaio sobre a obra de Maria Gabriela Llansol); A Alegria da Comunicação (sobre Agustina Bessa-Luís); Aprendizagem do Incerto; Agustina Bessa-Luís, as Hipóteses do Romance, Asa, Porto; A Legitimação em Literatura; Carlos de Oliveira — O Testemunho Inadiável; A Inocência do Devir (ensaio sobre a obra de Herberto Helder); Exercícios de Aproximação ( ensaios sobre Literatura Portuguesa Contemporânea); Literatura, Defesa do Atrito; A Anomalia Poética. CARLOS LAMPREIA O arquitecto *Carlos Lampreia *fará uma reflexão sobre a materialidade da arquitectura de Lisboa e sua relação com a cor. Dedicados os últimos anos a investigar a inter-relação entre *estratégia*, matéria e lugar, *na arquitectura e nas artes* Lampreia propõe um *olhar* para a constante renovação dos nossos votos com a *cidade* e com a radical consciência das coisas. ROSA ALICE BR ANCO Mestre em Filosofia do Conhecimento pela Universidade Nova de Lisboa, com uma tese sobre a perceção visual em Berkeley, nascida em 1950. Ensina psicologia da perceção na Escola Superior de Artes e Design. Participou no Grupo de Estudos de Semiótica e Poética do Porto, tendo sido um dos responsáveis pela revista Figuras e pertence à direção da revista Limiar. A sua poesia, refletindo sobre paradoxos filosóficos e linguísticos, ocupa um lugar único na poesia portuguesa contemporânea mais recente. CARLOS COELHO Carlos Coelho, uma das grandes referências portuguesas no domínio da construção e gestão de marcas, conduziu, ao longo de 25 anos, centenas de projectos de algumas das marcas mais relevantes em Portugal, como o Multibanco, Telecel/Vodafone, Yorn, Galp Energia, RTP, Tv Cabo, CTT Correios, TAP Portugal, Leya, Sonae. É autor de diversos estudos sobre tendências e modelos teóricos de marcas, dos quais se destaca o estudo de organização tipológica ivity Brand Types. É activista sobre as causas e as marcas de Portugal e autor do livro Portugal Genial. É co-autor do livro Brand Taboos. É professor, colunista, comentador de televisão e colaborador de inúmeras publicações nacionais e estrangeiras, sendo reconhecido pelas suas múltiplas abordagens inovadoras e desafiantes sobre estas matérias. Como conferencista proferiu nos últimos três anos mais de 100 palestras, a convite de diversas instituições: Governos, Universidades, Associações empresariais e Empresas, em diversos Países.Entre outros prémios, foi distinguido como Personalidade de Marketing do Ano 2005 pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing e Obteve uma distinção pela sua carreia conferida pelo IADE Creative University. É desde Janeiro de 2007 fundador e presidente da Ivity Brand Corp uma consultora internacional de criação, inovação e gestão de marcas onde já acumulou mais de 40 prémios entre os quais a eleição em 2008 com Empresa do ano e o prémio para a melhor projecto de Branding com a marca LEYA; Grande Prémio de Design 2010 pela M&P e Grande Prémio 2010 do Clube de Criativos de Portugal e empresa do ano de 2010. É fundador do World Bank of Creativity e desde Setembro de 2007 é conselheiro do IPAM para a área de tendências e inovação do ensino. Alguns dos seus textos e apresentações estão disponíveis em www.ivity-corp.com. MÁRIO CAEIRO Curador do Projecto Designer de Comunicação (ESBAL), com segunda licenciatura em Estudos Literários Comparados e Mestrado em Estudos Alemães (FCSH-UNL) e Pós-graduação em Design Urbano (CPD/FBAUL/Universidade de Barcelona, concebe e produz projectos culturais e de espaço público desde 1984. Comissário de exposições e criador de iniciativas de cariz transdisciplinar, com destaque para «Retratos da Alma» [1995], «Um Cálice de Dor» [1999], «Lisboa Capital do Nada» [2001], «Luzboa Bienal Internacional da Luz» [2004 e 2006]. Desde 2007, tem comissariado várias exposições individuais e colectivas na Biblioteca FCT-UNL da Universidade Nova de Lisboa. Em 2008 e 2009, foi membro das comissões organizadoras das conferências «Efémero.Criação.Acontecimento» e «Politico.Criação.Valor». Em 2009, concebeu o Festival SKY WAY, na cidade polaca de Torun, iniciativa anual que tem sua curadoria e direcção artística. É docente na ESAD.CR desde 2004. Recentemente comissariou as exposições Objet Perdu na Plataforma Revólver (2010) e Mauna na Galeria Pedro Serrenho (2011). 25 26 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” / BIO G R A F I A V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” PASSEIOS RESUMO DE ACTIVIDADE ERMIDA N.ª SR.ª DA CONCEIÇÃO 27 JOÃO ABEL Nascido em 1970. Licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema – ESTC. Trabalha como actor profissional e desenvolve em paralelo um percurso de criação teatral interligada com a imagem vídeo. Iniciou o seu percurso profissional no teatro em 2002. É ainda licenciado em Matemáticas Aplicadas. Em 2004/05 trabalhou como assistente e actor de João Garcia Miguel. Em 2010 colaborou com o Teatro O Bando. Faz parte do colectivo O.P.A. – Organizadores Performers Associados Portugal, que organiza mensalmente o encontro epipiderme. Foi membro da Associação Cultural extramuros – uma associação para a cidade. NELSON GUERREIRO Docente na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha nos cursos de Teatro e Som e Imagem. Paralelamente, encontra-se em fase de redacção da tese de doutoramento em Teoria, História e Prática do Teatro, cujo tema são as tendências e modalidades das práticas teatrais e operações performativas contemporâneas. Entre 2001 e 2004, foi colaborador regular da TRANSFORMA – Associação Cultural, onde foi co-editor da revista ArtinSite. A partir de 2001, voltou-se para a criação: desse movimento desenvolveu vários projectos individuais e colaborou em vários projectos colectivos no campo da performance, teatro e dos cruzamentos disciplinares, destacando-se a série de conferências-performance Guerrero Notebook, a colaboração com o Teatro Praga, o colectivo Truta, Tiago Rodrigues, entre outros. Integra a equipa do espectáculo A Philosophia do Gabiru, a estrear em Março de 2011 no Teatro Maria Matos, dirigido por Martim Pedroso, como dramaturgista e co-autor do texto. A partir de 2009, é membro da plataforma de sinergias criativas: sindicato.biz. Ultimamente, formou com João Galante a dupla de dj’s Guerreiro Galante. Exposição – Teresa Lobo – 16 de Novembro a 22 de Dezembro 2013 - Instalação Exposição – Silêncio – Susanne Themlitz – 9 de Janeiro a 07 de Fevereiro 2010 - Instalação, Escultura – Produção de Catálogo; Exposição – “Vicente, ...Dito e Refeito” – Curadoria Mário Exposição – Linhas Paralelas – Jóias de autor de Alexandra Caeiro – artistas: Xana e Régis Perray – 7 de Setembro a 10 de Corte Real inspiradas em desenhos de Eduardo Nery – 5 a 20 de Novembro 2013 - Instalação – Produção de Livro; Dezembro 2009 - Produção de Catálogo; Exposição – Julião Sarmento – 15 de Junho a 18 de Agosto 2013 - Instalação – Produção de Livro; Exposição – Requiem – João Paulo Feliciano – 10 de Setembro a 25 de Outubro 2009 - Instalação, Escultura; Exposição – Rui Calçada Bastos – Retrospectiva Rui Calçada Intervenção Tipográfica – Dois Tempos – Estúdio R2 (Projecto Bastos – 6 de Abril a 26 de Maio 2013 – Instalação/ Vídeo – Tangencial da Experimenta Design) – 10 de Setembro 2009 a 30 Produção de Livro; de Abril 2010 - Instalação com letras em tinta foto luminescente na fachada da Ermida Nª Srª da Conceição – Prémio: SEGD Exposição – “Pensar é Destruir” – Fernanda Fragateiro – 26 Awards, presente na colectiva da Experimenta Design de Janeiro a 24 de Março 2013 - Instalação – Produção de Livro “Revolution 99/09” de 17 de Junho a 05 de Setembro de 2010 no “(Não) Ver”; Palácio Quintela; Exposição – “Manuel Amado na Ermida” – Manuel Amado – 17 Exposição – Les Voisins – Ricardo Jacinto – 18 de Julho a 31 de Novembro 2012 a 13 de Janeiro 2013 - Pintura – Produção de de Agosto 2009 - Instalação, Escultura (Trilogia com início catálogo; na Fundação Calouste Gulbenkian Paris 2006, Culturgest Exposição – “Vicente, Rever para Crer” – André Graça Gomes e Porto2008, Ermida Nª Srª da Conceição 2009); MOOV + Miguel Faro – 8 de Setembro a 11 de Novembro 2012 Exposição – Ressonância 7.84 – Instalação - Carlos Henrich – 02 - Instalação – Produção de Livro; de Junho a 12 de Julho 2009 - Escultura, Instalação – Produção Exposição – “Counting Seeds” e lançamento de livro “Duas de Catálogo – Performance do convidado especial Kazike na Praças, Um jardim” – Gabriela Albergaria – 2 de Junho a 12 de inauguração; Agosto 2012 - Instalação Exposição – Voyeur – João Noutel – 21 de Março a 25 de Maio Exposição – Norte-Sul – Bela Silva e Bennoit Van Innis – 24 de 2009 – Escultura, Pintura – Produção de Catálogo – Catálogo Março a 20 de Maio 2012 – Instalação – Produção de catálogo; presente na colectiva da Experimenta Design “Revolution 99/09” de 17 de Junho a 05 de Setembro de 2010 no Palácio Quintela; Exposição – Woodpecker – Gonçalo Barreiros – 14 de Janeiro a 11 de Março 2012 – Escultura/ Instalação - Produção de Intervenção na Fachada da Ermida N.ª Sr.ª da Conceição – Catálogo; Primavera - Estúdio Pedrita – 21 de Março a 30 de Junho 2009 – Instalação com Andorinhas Rafael Bordalo Pinheiro – Produção Exposição – Transferência – Pedro Calapez – 5 de Novembro a 18 de Postais alusivos – 300 destas andorinhas presentes em Madrid de Dezembro 2011 – Produção de Catálogo; na Feira de Turismo de 2009 e expostas nas montras de Natal do Exposição – Vicente – Curadoria de Mário Caeiro – Simeon Turismo de Lisboa nos Restauradores; Lockhart Nelson, João Ribeiro, Nuno Maya & Carole Purnelle Exposição – Losing my Religion – João Pedro Vale, Daniel – Instalação, Escultura e Arte Urbana – 10 de Setembro a 25 de Blaufuks e Albano Afonso – 31 de Janeiro a 15 de Março 2009 – Outubro 2011 – Produção de Catálogo; Escultura, Instalação e Fotografia – Produção de Catálogo; Exposição - Almack’s #1 – Ana Fonseca - 21 de Maio a 24 de Exposição – Da Vida das Florestas – Jorge Curval – 10 de Janeiro Julho 2011 – Produção de Catálogo; a 25 de Janeiro 2009 – Pintura – Produção de Catálogo; Exposição – Família – Vasco Araújo – 19 de Março a 15 de Maio Alexandra Côrte-Real Oficina de Joalharia – 13 de Dezembro a 2011 – Desenho e Fotografia - Produção de Catálogo 20 de Dezembro 2008 – Exposição de jóias da designer residente Exposição – Paradys – Ângela Ferreira – 8 de Janeiro a 27 de da Oficina de Joalharia – 3 das peças expostas no Museu de Fevereiro 2011 – Escultura, Desenho e Fotografia – Produção de Serralves 2009 e transformadas em móveis nas oficinas da Catálogo; FRESS para exposição “Welcome Laboratório #5” a decorrer no Museu de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo Exposição – Passagens – Exposição resultante de concurso de e Silva de 17 de Junho a 30 de Setembro 2010; ideias entre o Projecto Travessa da Ermida e o IADE com alunos dos Mestrados de design de espaços efémeros, design de produto Exposição - O Meu Tempo – Miguel Palma - 18 de Setembro a 20 e design gráfico – 13 de Novembro a 19 de Dezembro 2010 – de Dezembro 2008 - Escultura – Produção de pequeno Postal/ Produção de Catálogo Carta com texto de curadoria de Isabel Carlos; Exposição – Gravidade – Maria Pia Oliveira – 30 de Setembro Intervenção Tipográfica – Vai com Deus – R2 Design – 18 de a 31 de Outubro 2010 – Instalação e Escultura – Produção de Setembro a 28 de Fevereiro 2008 - Fachada Ermida Nª Srª da Catálogo; Conceição – Produção de postais alusivos com relevo igual ao da Intervenção – Prémios de design da intervenção: Red Dot Exposição – Eu e o meu Mata-Velhos – António Carrapato – Awards, SEGD Awards, Typografic Choice of the typografic club 24 de Julho a 12 de Setembro 2010 – Instalação e fotografia – of New York, Menção honrosa Blue Design, Participação com Produção de Catálogo; fotografia do estúdio Fernando Guerra em calendário da - revista Exposição – The Last Cigarette – Rita Barros – 5 de Junho a 18 de Canadiana EyeMagazine; Julho 2010 - Fotografia – Produção de Catálogo; Exposição - Espera por Mim – Rui Chafes, Albuquerque Mendes, Exposição – Belém Coffrage - Manuel Caeiro – 20 de Março a João Maria Gusmão e Pedro Paiva – 24 Julho a 11 de Setembro 30 de Maio 2010 - Escultura e Pintura – Produção de Catálogo; 2008 – Escultura, Arte Sacra – Produção do Maço da Cultura com Exposição – Vida Dupla, Casa Arrumada – Eduardo Nery – 13 apresentação do Projecto e artistas; de Fevereiro a 14 de Março 2010 – Fotografia – Produção de Catálogo; 28 V IC E N T E ’13 “... DI T O E R E F E I T O!” VICENTE’13 Ficha Técnica Entidade promotora Projecto Travessa da Ermida Direcção de Projecto Eduardo Fernandes Direcção de produção Fábia Fernandes Equipamentos e montagens José Vaz Fernandes Conceito e curadoria Mário Caeiro Design Projecto editorial Vicente 2013 Fólio ‘Vicente ...Dito e Refeito!’ Rosa Quitério e Francisca Monteiro para Palavrão – Associação Cultural Projecto editorial Vicente 2012 Fólio ‘Vicente Rever para Crer’: Palavrão – Associação Cultural Design Vicente 2011 Livro ‘Vicente - Ressonâncias de um Mito’ Silva Designers Artistas Régis Perray Xana Livro Silvina Rodrigues Lopes Xana Carlos Lampreia Régis Perray Rosa Alice Branco João Pombeiro Nelson Guerreiro João Fonte Santa Carlos Coelho Mário Caeiro Passeios João Abel Nelson Guerreiro Vídeo Vicente’13 Rui Cruz Roberto Amado Dias Apoios EGEAC CML Institut Français du Portugal Turismo de Lisboa Enoteca de Belém Herdade dos Outeiros Altos Projecto Travessa da Ermida Mercador do Tempo Lda. Morada: Travessa do Marta Pinto, 12 1300-390 Lisboa Fábia Fernandes: 00 351 213 637 700 / 00 351 961 177 874 Site: www.travessadaermida.com E-mail: [email protected]