anais do ii congresso caririense de neurologia
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anais do ii congresso caririense de neurologia
2016 II Congresso Caririense de Neurologia ANAIS DO II CONGRESSO CARIRIENSE DE NEUROLOGIA jjjjjjjjjjj 26 à 29/05/2016 ISBN 978-859275200-2 ASPEPB João Hércules Bezerra Gomes Nathalia Matos de Santana Ingrid Mikaela Moreira Oliveira (Organizadores) Anais 2º Congresso Caririense de Neurologia Associação de Portadores de Epilepsia do Estado da Paraíba – ASPEPB Juazeiro do Norte – CE 2016 Comissão Científica Diego Correia de Andrade Emanuelly Vieira Pereira Nathalia Matos de Santana Nayara Eunice Gomes da Franca Paulo Fernando Matos de Santana Pedro de Sousa Leite Wine Suélhi dos Santos Os artigos e suas revisões são de responsabilidade dos autores ASPEPB epilepsianasociedade.com.br [email protected] Tel: (88) 99644-6688 Organização: João Hércules Bezerra Gomes Profª Ft. Nathalia Matos de Santana Contato: [email protected] REALIZAÇÃO PATROCÍNIOS Comissão Organizadora: Alana Ivna de Alencar Maia Campos Állif Ramon Lima Felix da Silva Antônia Mayane de Aleida Avelino Bruna Porfirio Celestino Emanuelly Vieira Pereira Heloyse Natashy Barbosa Silva Isabelle Alves Oliveira Lima Ítala Dayane Teixeira Maria Jéssica Rocha de Oliveira Maxwell Fontes Teixeira Monikeyt Ferreira da Silva Nathalia Matos de Santana Nayara Eunice Gomes da Franca Paulo Fernando Matos de Santana Pedro de Sousa Leite Raquel Amaro Faustino Taisa Freire Mororo de Sá Teógenes Nogueira Vieira de Carvalho Thiago Rocha Alves Vera Lúcia da Silva Vieira Wine Suélhi dos Santos APRESENTAÇÃO O Segundo Congresso Caririense de Neurologia foi idealizado pelo ex portador de epilepsia João Hércules Bezerra Gomes, atual presidente da Associação de Portadores de Epilepsia do Estado da Paraíba (ASPEPB). Tem como um de seus propósitos a realização de atividades vinculadas à área da saúde no geral, em especial aos temas específicos da Neurologia e o estabelecimento de discussões e debates acerca das temáticas desenvolvidas no campo teórico-prático, de forma a capacitar para o trabalho e ampliar as pesquisas na área. O Segundo Congresso Caririense de Neurologia foi realizado no auditório do Hotel Verdes Vales em Juazeiro do Norte – CE no período de 26 a 29 de maio de 2016 e teve como linha condutora a realização de uma interlocução entre estudantes, pesquisadores, profissionais e a comunidade em geral, criando um espaço para o diálogo múltiplo entre perspectivas convergentes e diferentes na área abarcando 4 grandes eixos: prevenção, política públicas, neurociências e clínica ampliada. O evento proporcionou aprofundamento nas discussões de pesquisa e intervencionistas, oportunizando a troca entre profissionais e estudantes, pluralizando os saberes e as práticas na área da neurologia. Agradecemos aos organizadores, aos patrocinadores, aos apoiadores do evento e a participação de todos, sem os quais não teria sido viável a realização deste evento. Nathalia Matos de Santana Presidente da Comissão Organizadora do Evento SUMÁRIO 1. RESUMOS MODALIDADE APRESENTAÇÃO ORAL ............................................... 9 2. RESUMOS MODALIDADE APRESENTAÇÃO PÔSTER ........................................ 27 3. SOBRE OS ORGANIZADORES .................................................................................... 40 4. SOBRE A COMISSÃO CIENTÍFICA ............................................................................. 41 6. PATROCINADORES ....................................................................................................... 43 9 RESUMOS APRESENTAÇÃO ORAL 10 II Congresso Caririense de Neurologia RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICA EM UMA CASA DE APOIO PARA IDOSOS COM ALZHEIMER DA SILVA, Igor Rodrigues¹. DE PAULA, Ednéia Pereira Abrantes². 1 - Faculdade Santa Maria Contatos: [email protected]/[email protected] Palavras chaves: Alzheimer; memória; atenção. O presente relato tem como proposta de apresentar a prática em uma disciplina da graduação em Psicologia, em um lar de idosos com Alzheimer, onde o mesmo fica localizado na cidade de Cajazeiras-PB. A prática foi desenvolvida por meio de visitas em equipes divididas pelo professor da disciplina onde o nosso objetivo geral seria fazer uma analogia entre prática e teoria acerca do que seria o Alzheimer, onde a visitação iria contribuir para nossa formação profissional, levando o maior conhecimento do aluno sobre o que estaria sendo afetado psicologicamente no idoso, onde este público tornase o alvo do que antigamente era conhecido como ‘’esclerose e caduquice’’, afetando assim a memória, as questões de orientação e atenção devido ao falecimento de células do cérebro. Uma prática relevante para iniciação acadêmica, onde pode-se ressaltar o quão é importante está vivencia prática para aqueles que entendem o tamanho da importância de se conhecer sobre o Alzheimer, onde futuramente poderemos contribuir para a qualidade de vida destes idosos que sofrem por estas alterações da doença, os discentes puderem entender o quanto a Psicologia poderá contribuir para com estas pessoas, um vivência na qual entendemos como crucial para as novas práticas e teorias que iremos conhecer no decorrer da graduação. 11 II Congresso Caririense de Neurologia USO DE ANTIEPILÉPTICOS DURANTE A GESTAÇÃO E A LACTAÇÃO - VARIAÇÕES DE AFECÇÕES NA PROGÊNIE Ingra Bezerra de Melo Gonçalves1; Bianca de Sousa Saraiva1; Marcos Alexandre de Sousa Barros1; Marília Gomes Rocha Cruz Araujo1; Paulo Diego da Silva Sousa1; Vicente Bezerra da Silva Neto1; Iri Sandro Pampolha Lima2 1 – Universidade Federal do Cariri (UFC); 2 - Universidade Federal do Cariri (UFC): Pesquisador/Orientador. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Antiepilépticos. Gestação. Teratogenicidade. Lactação. Afecção. INTRODUÇÃO: A epilepsia decorre da ativação neuronal simultânea, intensa e desorganizada1,2. Por inúmeros mecanismos, as drogas antiepilépticas (DAEs) freiam tal excitação e evitam sua disseminação, prevenindo a ocorrência de crises2. A utilização dessa classe de substâncias por gestantes torna sua progênie mais suscetível a malformações3. Paralelamente, o uso durante a lactação pode acarretar ao lactente sintomas diversos4. OBJETIVO: Comparar os efeitos dos fármacos anticonvulsivantes na progênie quando usados pelas genitoras durante a gestação e a lactação. METODOLOGIA: Revisão Sistemática com artigos entre 2011 e 2016 nas bases PUBMED e MEDLINE, utilizando os seguintes descritores e suas combinações: “anticonvulsants”, “pregnancy”, “lactation” e “teratogenic mechanism”. RESULTADOS: Os principais anticonvulsivantes utilizados são Topiramato, Fenitoína, Fenobarbital e Ácido Valproico3,5. A exposição do embrião às DAEs, além de influenciar diretamente a expressão gênica, ocasiona desestabilidade bioelétrica, dificultando a ocorrência organizada das fases da organogênese de diferentes sistemas.2 À nível de sistema nervoso central têm-se defeitos no tubo neural2, microcefalia, hidrocefalia, problemas de desenvolvimento dos ventrículos cerebrais e alterações de cognição e de linguagem5. Noutro viés, constata-se o risco de transmissão das DAEs através da amamentação para os filhos de epilépticas que façam uso de tais fármacos nesse período, o que ocasiona diversos efeitos adversos para a progênie, como sonolência, síndrome de abstinência, sedação, apneia, hepatite e metemoglobinemia4. CONCLUSÃO: De fato, as DAEs podem causar malefícios à progênie nos períodos analisados. Tal constatação demonstra a necessidade de novas pesquisas, a 12 fim de identificar drogas menos suscetíveis à passagem via leite materno e à promoção de teratogenicidade. Referências 1. BIBLIOTECA Virtual em Saúde. DeCS – Descritores em Ciências da Saúde. Disponível em: <http://www.decs.bvs.br/>. Acesso em: 02 maio 2016. 2. HERNÁNDEZ-DÍAS, Sônia; LEVIN, Michael. Anticonvulsants Teratogenic Mechanism Involves Alteration of Bioelectrically-controlled Processes in the Embryo. A hypothesis. Reprod Toxicology, v. 47, p. 111-114, ago. 2014. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0890623814000653>. Acesso em: 29 abr. 2016. 3. S HILL, Denise. et al. Teratogenic effects of antiepileptic drugs. Expert Rev Neurother, v. 10, 6. ed., p. 943-959, jun. 2010. Disponível em: <http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1586/ern.10.57?journalCode=iern20>. Acesso em: 29 abr. 2016. 4. H. VAN DER MEER, Douwe. et al. Lactation studies of anticonvulsants: a quality review. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 79, 4. ed., p. 558-565, abr. 2015. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4386941/>. Acesso em: 29 abr. 2016. 5. J. WLODARCZYK, Bogdan. et al. Antiepileptic Drugs and Pregnancy Outcomes. American Journal of Medical Genetics Part A, v. 158A, 8. ed., p. 2071-2090, ago. 2012. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajmg.a.35438/abstract>. Acesso em: 29 abr. 2016. 13 II Congresso Caririense de Neurologia AVALIAÇÃO NEURORRADIOLÓGICA DO POLÍGONO DE WILLIS NO SEGUIMENTO DIAGNÓSTICO DA ACROMEGALIA Pedro de Sousa Leite1; Gabriella Ferreira Carvalho2; Samuel Soares Eduardo1 1 - Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte/Estácio (FMJ); 2 - Faculdade de Medicina Nova Esperança. Contato: [email protected] Palavras-chave: Aneurismas Saculares Intracranianos. Acromegalia. Polígono de Willis. A acromegalia é uma doença rara, que em mais de 98% dos casos é secundário a um tumor pituitário benigno secretor de hormônio do crescimento (GH. O crescimento lento do adenoma pituitário atrasa a procura por atenção médica em 5 a 10 anos. O risco relativo de mortalidade desses indivíduos em relação à população geral é de 2 a 3, sendo as principais causas de mortalidade as complicações cardiovasculares e respiratórias. Feito uma revisão bibliográfica enfatizando a avaliação da neuroimagem do polígono de Willis, dados clínicos, achados laboratoriais (GH e IGF-1) e presença de adenoma pituitário no exame de imagem. Um em cada seis pacientes com acromegalia eram portadores de aneurismas saculares da circulação intracraniana, demonstrando assim que acromegalia pode acarretar um aumento do risco de abrigar aneurismas intracranianos. A taxa de aneurismas observados, foi superior à população geral feito em exame de angiorressonância magnética (MRA) (38,5vs10%) e era ainda ligeiramente superior quando comparada a angiografia (38,5vs14-34%), mais de dois terços (67,5%) dos recémdiagnosticados com aneurismas foram localizados na circulação carotídea. O aumento da prevalência de aneurisma observada em nosso trabalho parece não ser consequência entre GH / IGF-1 com comorbidades. A maioria dos aneurismas foram detectados distantes do campo cirúrgico, excluindo o papel da cirurgia na sua formação. Nenhum estudo demonstrou uma correlação entre a formação de aneurisma e radioterapia, também não encontramos correlação entre tamanho e invasão dos adenomas e aneurismas. Portanto uma avaliação neurorradiológica do polígono de Willis poderia ser considerada no seguimento diagnóstico da acromegalia. Referências 1. Alexander L, Appleton D, Hall R, Ross WM, Wilkinson R. Epidemiology of acromegaly in Newcastle region. Clin Endocrinol (Oxf). 1980; 12:71-9. 14 2. Etxabe J, Gaztambide P, Vasquez JA. Acromegaly: na epidemiological study. J Endocrinol Invest. 1993; 16:181-7. 3. Daly AF, Rixhon M, Adam C et al High prevalence of pituitary adenomas: a crosssectional study in the province of Liege, Belgium. J Clin Endocrinol Metab. 2006; 91:4769-75. 4. Melmed S. Acromegaly – pathogenesis and treatment. J Clin Invest. 2009; 119:3189202. 15 II Congresso Caririense de Neurologia CARCINOMAS ADRENOCORTICAIS: DIVERGÊNCIAS ENTRE CRITÉRIOS PROGNÓSTICOS Pedro de Sousa Leite1; Gabriella Ferreira Carvalho2; Samuel Soares Eduardo1 1 - Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte/Estácio (FMJ); 2 - Faculdade de Medicina Nova Esperança. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Carcinoma adrenocortical. Carcinoma adrenal. Prognóstico. O carcinoma adrenocortical (CAC) é um tumor raro, heterogêneo, com prognóstico ruim, em geral. Sua patogênese é bastante estudada apesar de permanecer pouco compreendida. Os aspectos clínicos, laboratoriais e o curso clínico do CAC na infância são diferentes daqueles dos adultos. O diagnóstico precoce em adultos é particularmente difícil, pois muitas vezes sinais de excesso de hormônio podem não se manifestar. Por outro lado, aproximadamente 90% das crianças acometidas podem ser reconhecidos por excesso desses hormônios o que possibilita um diagnóstico precoce. Em crianças, apesar do prognóstico tender a ser melhor, temos visto, que em pacientes adultos, mesmo com tumores volumosos, existe uma alta taxa de sobrevida após tratamento cirúrgico. Os critérios diagnósticos e prognósticos dos carcinomas são baseados em diversas características microscópicas, nenhuma das quais é um critério absoluto de malignidade. Diferentes sistemas de classificação dos carcinomas adrenocorticais são desenvolvidos utilizando modelos matemáticos ou escores numéricos de pontuação baseados na associação de um determinado limiar considerado para cada parâmetro de malignidade. Infelizmente, os sistemas são difíceis de aplicar, não é, portanto, surpreendente que várias tentativas para simplificar os algoritmos diagnósticos e prognósticos de adenocarcinoma para fornecer informações clínicas relevantes tenham sido feitos ao longo dos anos. Há muito debate sobre quais características tumorais são melhores indicadores prognósticos, até o momento não há um consenso fundamentado. Estudos prospectivos com maior número de casos são necessários para estabelecer reais marcadores de malignidade com maior especificidade e capacidade de diferenciar precocemente os casos de má evolução. Referências 1. Sandrini R, Ribeiro RC, DeLacerda L. Childhood adrenocortical tumors. J Clin Endocrinol Metab. 1997;82(7):2027-31. 16 2. Schteingart DE, Doherty GM, Gauger PG, Giordano TJ, Hammer GD, Korobkin M, Worden FP. Management of patients with adrenal cancer: recommendations of an international consensus conference. Endocr Relat Cancer 2005; 12(3):667-680. 3. Brasil CA, Grassi P, Czepielewki MA. Análise de uma década de mortalidade do carcinoma adrenocortical no Estado do Rio Grande do Sul. Arq. Bras. Edocrinol Metab 1995; 39 (2): 94-7 17 II Congresso Caririense de Neurologia POTENCIAL NEUROPROTETOR DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS: MECANISMOS DE REDUÇÃO DA COMORBIDADE ENTRE DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS E MALES NEURODEGENERATIVOS Paulo Diego da Silva Sousa1; Bianca de Sousa Saraiva1; Ingra Bezerra de Melo Gonçalves1; Marcos Alexandre de Sousa Barros1; Marília Gomes Rocha Cruz Araujo1; Vicente Bezerra da Silva Neto1; Iri Sandro Pampolha Lima2. 1 - Universidade Federal do Cariri (UFC); 2 - Universidade Federal do Cariri (UFC): Pesquisador/Orientador. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Antidepressivos. Neurodegeneração. Neuroproteção. Neurogênese. Neuroplasticidade. INTRODUÇÃO. Caracteriza-se depressão como um espectro de afecções que interferem nas atividades diárias do indivíduo, como desânimo, desinteresses, culpa e inutilidade 1. Sua fisiopatologia se deve a fenômenos como aberrações em fatores neurotróficos, alterações em vias de sinalização de neurotransmissores e receptores, distúrbios hipotalâmico-hipofisário-adrenais, processos inflamatórios, disfunções imunológicas e desequilíbrios antioxidantes2. Estudos evidenciam comorbidade entre distúrbios depressivos e males neurodegenerativos como Parkinson e Alzheimer, bem como apontam potenciais neuroprotetores em antidepressivos1,3,4. OBJETIVO. Verificar mecanismos neuroprotetores em fármacos antidepressivos de uso padrão. METODOLOGIA. Revisão sistemática com artigos entre 2015 e 2016 nas bases PUBMED e MEDLINE, utilizando como descritores: “antidepressant”, “neuroprotection”, “neurodegeneration”. RESULTADOS. Dentre os antidepressivos de uso padrão, o trabalho abordou amitriptilina3, fluoxetina2,5,6, imipramina6, tianeptina6, trazodona7 e tranilcipromina4. A ação anti-inflamatória esteve presente na maioria dos fármacos estudados, por reduzir mediadores pró- inflamatórios endógenos (interleucina-6, interferon-γ) e aumentar mediadores anti-inflamatórios (interleucina- 10)2,5,7. O aumento de fatores neurotróficos como BDNF (brain-derived neurotrophic fator) e GDNF (glial cell line-derived neurotrophic fator) mostrou-se como efeito neuroprotetor exercido por alguns dos fármacos estudados2,3,7. O retardo da agregação de β-amiloides, promovido pela tranilcipromina e derivados, surge como ação protetora inibindo a formação de placas amiloides que causam neurodegeneração, como no mal de Alzheimer4. Alguns 18 antidepressivos aumentam a concentração de fatores de crescimento como IGF-1, regulando gênese, crescimento e diferenciação de células neurais6. CONCLUSÃO. Os mecanismos abordados neste estudo retardam processos neurodegenerativos em patologias como Alzheimer e Parkinson e potencializam a neurogênese, favorecendo a manutenção de conexões neurais em prol do aumento na plasticidade do sistema nervoso. Referências 1. TIZABI, Yousef. Duality of Antidepressants and Neuroprotectants. Neurotoxicity Research. New York, nov. 2015. 2. MENDEZ-DAVID, Indira et al. Nrf2-signaling and BDNF: A new target for the antidepressant-like activity of chronic fluoxetine treatment in a mouse model ofanxiety/depression. Neuroscience Letters. Vol. 597, abr. 2015, p. 121-126. 3. PAUMIER, Katrina L. et al. Tricyclic antidepressant treatment evokes regional changes in neurotrophic factors over time within the intact and degenerating nigrostriatal system. Experimental Neurology. Vol. 266, fev. 2015, p. 11-21. 4. CARACI, Filippo et al. Neuroprotective effects of the monoamine oxidase inhibitor tranylcypromine and its amide derivatives against Aβ(1–42)-induced toxicity. European Journal of Pharmacology. Vol. 764, jul. 2015, p. 256-263. 5. BLATTEAU, Jean-Eric et al. Fluoxetine stimulates anti-inflammatory IL-10 cytokine production and attenuates sensory deficits in a rat model of decompression sickness. Journal of Applied Physiology. Maryland, vol. 119, out. 2015, p. 1393-1399 6. TROJAN, Ewa et al. The Beneficial Impact of Antidepressant Drugs on Prenatal StressEvoked Malfunction of the Insulin-Like Growth Factor-1 (IGF-1) Protein Family in the Olfactory Bulbs of Adult Rats. Neurotoxicity Research. New York, vol. 29, nov. 2015, p. 288298. 7. DANIELE, Simona et al. Trazodone treatment protects neuronal-like cells from inflammatory insult by inhibiting NF-κB, p38 and JNK. Cellular Signalling. Vol. 27, mar. 2015, p. 1609-1629. 19 II Congresso Caririense de Neurologia AS RELAÇÕES ENTRE O CONSUMO DE CANNABIS/CANABIDIOL E O DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA Marília Gomes Rocha Cruz Araujo1; Bianca de Sousa Saraiva1; Ingra Bezerra de Melo Gonçalves1; Marcos Alexandre de Sousa Barros1; Paulo Diego da Silva Sousa1; Vicente Bezerra da Silva Neto1; Iri Sandro Pampolha Lima2. 1 – Universidade Federal do Ceará (UFC); 2 - Universidade Federal do Ceará (UFC): Pesquisador/Orientador. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Cannabis. Canabidiol. Esquizofrenia. INTRODUÇÃO. A esquizofrenia, um distúrbio mental crônico complexo, no qual há um afastamento da realidade com formação de alucinações e delírios é uma doença multifatorial¹. Contudo, o uso indiscriminado da cannabis tem sido cada vez mais associado ao desenvolvimento da esquizofrenia. O maior conhecimento acerca do sistema endocanabinóide2 e estudos epidemiológicos podem esclarecer a relação entre esse consumo e o transtorno3. OBJETIVOS. Entender como a cannabis induz o desenvolvimento da esquizofrenia e compreender como o canabidiol pode ser utilizado no tratamento de esquizofrênicos. METODOLOGIA. Realizou-se uma revisão sistemática por meio do PUBMED e MEDLINE utilizando os descritores “cannabis”, “cannabidiol” e “schizophrenia”. Foram utilizados artigos com ano de publicação entre 2011 e 2016. RESULTADOS: Os canabinóides podem induzir sintomas transientes de esquizofrenia em pacientes saudáveis e exacerbar sintomas em pacientes esquizofrênicos4, sendo que o canabidiol atua de maneira inversa, dessa maneira, é utilizado no tratamento da esquizofrenia. Apresenta, ainda, os mesmos efeitos benéficos da amissulprida, (antipsicótico usado na esquizofrenia), porém com a vantagem de provocar menos efeitos colaterais tais como ganho de peso, sintomas extrapiramidais (distúrbios motores) e disfunção sexual5. O mecanismo pelo qual o canabidiol exerce efeito antipsicótico em humanos provavelmente está associado a uma elevação dos níveis séricos de anandamida por meio da inibição da enzima FAAH (hidrólase das amidas de ácidos graxos)5. CONCLUSÃO. Fica evidente que o uso de cannabis influencia no surgimento de surtos esquizofrênicos. Além disso, outros estudos são necessários para confirmar a relação entre o canabidiol e a diminuição dos sintomas de esquizofrenia. 20 Referências 1. BIBLIOTECA Virtual em Saúde. DeCS – Descritores em Ciências da Saúde. 2. WILKINSON, Samuel T.; RADHARKRISHNAN, Rajiv; D’SOUZA, Deepak Cyril. Impact of Cannabis Use on the Development of Psychotic Disorders. Curr Addict Rep, v. 1, 2. ed., p. 115-128, jun. 2015. 3. RADHAKRISHNAN, Rajiv; WILKINSON, Samuel T.; D’SOUZA, Deepak Cyril. Gone to Pot – A Review of the Association between Cannabis and Psychosis. Frontiers in Psychiatry, v. 5, n. 54, maio 2014. 4. D’SOUZA, Deepak Cyril; SEWELL, Richard Andrew; RANGANATHAN, Mohini. Cannabis and psychosis/schizophrenia: human studies. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci, Berlim, v. 259, 7. ed., p. 413- 431, out. 2009. 5. LEWEKE, F.M. et al. Cannabidiol enhances anandamide signaling and alleviates psychotic symptoms of schizophrenia. Translational Psychiatry, v2, 3. ed., mar. 2012. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2016. 21 II Congresso Caririense de Neurologia EPILEPSIA RELACIONADA À EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS DO CITOESQUELETO Alana De Carvalho Silva1; Juliana De Sales Landim1; Maria Jayana Rosado Matias2. 1 – Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); 2 - Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte/Estácio (FMJ). Contato: [email protected] Palavras-Chave: Epilepsia. Citoesqueleto. Patologias do Sistema Nervoso. MAPs. Introdução: Apesar da literatura científica já haver explorado os aspectos morfológicos e funcionas do citoesqueleto celular e seus componentes, existe pouco material disponível acerca das modificações fisiológicas responsáveis por acometer o sistema nervoso. Os estudos mais concretos apontam uma correlação entre a expressão de proteínas associadas aos microtúbulos (MAPs) e deformações morfológicas nos axônios ao desenvolvimento de patologias como a epilepsia. Objetivo: Esta pesquisa tem por intuito descrever o papel da armação citoesquelética e a expressão de suas proteínas acessórias, associando-a a mudanças fisiológicas que desencadeiam patologias do sistema nervoso, sobretudo a epilepsia. Metodologia: A coleta de dados consistiu em uma revisão de literatura por intermédio das bases de dados SCIELO e NCBI, empregando como descritores os termos: epilepsia e citoesqueleto, patologias do sistema nervoso e proteínas do citoesqueleto, além de consulta a livros didáticos de referência. Resultados: Modificações nos níveis de expressão de proteínas estruturais (MAPs) podem resultar em malformações corticais graves (JAGLIN & CHELLY, 2009). Estudos empregando tecido humano e modelos animais (MONTEIRO et al, 2010) demonstraram que as crises epilépticas são capazes de alterar a expressão das proteínas do citoesqueleto, sendo MAP2 e tau expressadas mais significativamente em hipocampos epileptogênicos. Conclusão: Pode-se inferir que por tratar-se de um arranjo altamente complexo que sofre constantes modificações, responsável por desempenhar funções extremamente relevantes na dinâmica celular, o citoesqueleto é objeto de estudo em âmbitos diversos. Porém, os mecanismos envolvidos nos processos investigados ainda são desconhecidos, havendo necessidade de aprofundar a exploração acerca destes a fim de compreendêlos melhor. Referências 22 DE ROBERTIS, Eduardo M. F. & HIB, José. Bases da Biologia Celular e Molecular (4ª Edição). Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan, 2006. JAGLIN, X. H. & CHELLY, J. Tubulin-related cortical dysgeneses: microtubule dysfunction underlying neuronal migration defects. Atlanta – Trends in Genetics, 2009. Available in . In: Trends Genet. Access in April 28th, 2016. MONTEIRO, M. et al. Expressão aumentada de MAP2 na camada granular e CA2 de pacientes com epilepsia do lobo temporal. Brasília – XXXIII Congresso Brasileiro de Epilepsia, 2010. Disponível em: In: Journal Epilepsy Clin Neurophysiology. Acesso em 02 de Maio de 2016. MONTEIRO, M. R.; KANDRATAVICIUS, L. & LEITE, J. P. O papel das proteínas do citoesqueleto na fisiologia celular normal e em condições patológicas. Ribeirão Preto – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 2011. Disponível em: In: Journal Epilepsy Clin Neurophysiology. Acesso em 02 de Maio de 2016. MOORE, Keith L. & PERSAUD, T. V. N. Embriologia Básica (7ª Edição). Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan, 2008. POULAIN, F. E. & SOBEL, A. The microtubule network and neuronal morphogenesis: Dynamic and coordinated orchestration through multiple players. Columbia – University of South Carolina, 2010. Available in: . Access in May 02nd, 2016. SPALICE, A. et al. Neuronal migration disorders: clinical, neuroradiologic and genetics aspects. Boston – Acta Paediatr, 2009. Available in . In: Acta Paediatr. Access in April 28th, 2016. 23 II Congresso Caririense de Neurologia ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS E VASCULARES NO PÉ DIABÉTICO Thiago Rocha Alves1; Daniela Ferreira Marques1; Francisca Alana de Lima Santos2. 1 – Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO); 2 – Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO): Pesquisadora/ Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Pé diabético. Diabetes tipo II. Alterações Vasculares. Alterações Dermatológicas. Introdução: O pé diabético é o conjunto de alterações crônicas presente em grande número de indivíduos portadores de Diabetes do tipo II. O mesmo é caracterizado por alterações neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas que, ao se agravarem podem gerar úlceras e amputações. Estas complicações podem atingir 25% dos indivíduos e acredita-se que e em todo o mundo acontece uma amputação de membro inferior a cada 30 segundos. Objetivos: Objetivou-se perceber as alterações dermatológicas e vasculares desenvolvidas por pacientes atendidos na unidade básica de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa. O mesmo foi desenvolvido em uma UBS com diabéticos cadastrados no Programa HiperDia do município. Foram incluídos na pesquisa indivíduos com diabetes tipo 2, com maior idade, independente do sexo, cadastradas no programa HiperDia, escolhidas através de sorteio e que estivesse disposto a participar do estudo, sendo excluídos aqueles que apresentassem problemas neurológicas e de comunicação. No total, 27 participaram efetivamente da mesma. Resultados: a média de idade encontrada foi de aproximadamente 67,37 anos, com idades que variaram de 40 a 92 anos, sendo a maioria mulheres. 62,96% dos pacientes apresentavam micose em pelo menos uma unha e 40,79% apresentavam redução no pulso tibial posterior. Conclusão: A atenção básica de saúde deve fornecer cuidados para com o pé do indivíduo diabético, no orientando o indivíduo aos devidos cuidados para com o pé, assim como também, detectar precocemente alterações já presentes que, futuramente, poderão desencadear quadros mais graves. Referências AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in Diabetes. Diabetes Care,v.36, p.11-66, 2013. 24 ASSUMPÇÃO, E. C.; et al. Fatores de risco e amputações em diabéticos de PSF. Jornal Vascular Brasileiro. v.8, n.2, 2008. BORTOLETTO, M. S. S.; HADDAD, M. C. L.; KARINO, M. E. Pé diabético, uma avaliação sistematizada. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. v.13, n.1, p. 37-43, 2009. BRASILEIRO, J. L., et al. Pé diabético: Aspectos Clínicos. Jornal Vascular Brasileiro. v.4, 2005. RUSCHEL, A. P.; LEITE, M. T.; BERLEZI, E. M. Condições vasculares periféricas do pé diabético em idosos. Revista Contexto & Saúde, v. 7, n. 12, p. 87, 2013. THOMAZELLI, F. C. S.; MACHADO, C. B.; DOLÇAN, K. S. Análise do risco de pé diabético em um ambulatório interdisciplinar de diabetes. Revista da AMRIGS, v. 59, n. 1, p. 10-14, 2015. 25 II Congresso Caririense de Neurologia HOSPITALIZAÇÕES POR TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO NO ESTADO DO CEARÁ NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS Daniela Ferreira Marques1; Thiago Rocha Alves1; Francisca Alana de Lima Santos2; 1 – Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO); 2 – Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO): Pesquisadora/ Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Traumatismo Crânio Encefálico. Hospitalizações. Internações. INRODUÇÃO: O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é definido como acometimento cerebral que acarreta lesão anatômica ou disfunção do crânio e seus componentes. Sua incidência cresceu consideravelmente a nível mundial nos últimos anos. Uma parcela da população acometida pelo TCE sobrevivem aos traumas cranianos, no entanto, desenvolvem consequências motoras e cognitivas, causando grande impacto socioeconômico e emocional. OBJETIVOS: Este estudo objetivou analisar as taxas de hospitalizações por Traumatismo Crânio Encefálico nos últimos cinco anos no estado do Ceará, relacionando as mesmas com as possíveis causas. METODOLOGIA: Trata-se de estudo ecológico, de séries temporais, que analisou as internações hospitalares com diagnóstico principal de Traumatismo Crânio Encefálico no estado do Ceará, entre os anos de 2010 e 2014, utilizando-se de informações contidas no Datasus. Foram analisadas as variáveis sexo e faixa etária dos casos, sendo a ultima, utilizadas todas apresentadas pelo próprio banco de dados. RESULTADOS: Percebeu-se maior número de hospitalizações no ano de 2013. Nos demais, há uma discreta oscilação entre os valores apresentados. Já ao ser considerada a variável sexo, em todos os anos pesquisados, percebeu-se maior incidência em homens e ainda, que essa diferença aumenta a medida que aumenta-se a faixa etária avaliada, provavelmente pela exposição destes a situações de maior perigo, como os acidentes de trânsito. A faixa etária de maior acometimento encontra-se entre 20 e 29. CONCLUSÃO: Sugere-se que programas de conscientização e educação da população sejam elaborados na tentativa de atingir o público mais afetado, juntamente com a redução e controle dos possíveis agentes causadores. Referências BARBOSA, I. L.; ANDRADE, L. M.; CAETANO, J. A.; et al. Fatores desencadeantes ao trauma crânioencefálico em um hospital de emergência municipal. Revista Baiana de Saúde Pública, v.34, n.2, p.240-253, abr./jun., 2010. 26 DE ALMEIDA GENTILE, J. K.; et al. Condutas no paciente com trauma crânioencefálico. Revista Brasileira de Clínica Médica, v.9, n.1, p.74-82, 2011. GAUDÊNCIO, T.; DE MOURA LEÃO, G. A Epidemiologia do Traumatismo Crânio-Encefálico: Um Levantamento Bibliográfico no Brasil. Revista de Neurociência,p.427-434, 2013. OLIVEIRA, A. F. P.; SILVA, A. M.; SANTOS, A. B. P.; et al. Método halliwick na prevenção de quedas em idosos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v.8, n.46, p.357, 2014. RUY, E. L.; ROSA, M. I. Perfil epidemiológico de pacientes com traumatismo crânio encefálico. Arquivos Catarinenses de Medicina, v.40, n.3, 2011. VIÉGAS, M. L. C.; PEREIRA, E. L. R.; TARGINO, A. A.; et al. Traumatismo cranioencefálico em um hospital de referência no estado do Pará, Brasil: prevalência das vítimas quanto a gênero, faixa etária, mecanismos de trauma, e óbito. Arquivo Brasileiro de Neurociência, n.32, v.1, p.15-8, 2013. 27 II Congresso Caririense de Neurologia ZIKA ASSOCIADO À SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Juliana De Sales Landim1; Maria Jayana Rosado Matias2; Alana De Carvalho Silva1; Giovany Michely Pinto da Cruz3. 1 – Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); 2 - Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte/Estácio (FMJ); 3 – Pesquisador/Orientador. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Zika vírus. Síndrome de Guillain-Barré. Complicações neurológicas. Introdução: O atual cenário brasileiro acometido pela epidemia do Zika Vírus (ZIKV) e a crescente presença de uma síndrome rara, Síndrome de Guillain Barré (SGB), são motivos de curiosidade em torno de uma possível relação entre ambos (ARAUJO, 2016). Objetivo: A partir de conceitos e critérios que corroborem a ligação entre o surto do ZIKV e a posterior e rapidamente disseminada SGB, a presente pesquisa procura estabelecer uma relação entre essas patologias. Metodologia: Foi feita uma revisão de literatura usandose como descritores os termos: Zika vírus, Síndrome de Guillain-Barré, complicações neurológicas nas bases de dados PUBMED, SCIELO, além de protocolos e diretrizes estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Resultados: Em decorrência do surto do ZIKV e consequente aumento de casos da SGB, a qual atinge, principalmente, o sistema nervoso periférico devido irregularidade da resposta imune humoral, acarretando diversas complicações neurológicas e motoras (CAVEIÃO, 2015), como diminuição da velocidade de condução de impulsos nervosos, paraparesia, parestesias em padrão bota e luva, arreflexia e, em casos mais graves, o comprometimento de músculos do sistema respiratório, o que pode desencadear quadros de insuficiência respiratória; é que se busca o estabelecimento da relação entre tais patologias (BRASIL, 2009). Conclusão: Embora ainda estejam em fases iniciais os estudos que comprovem cientificamente a relação entre ZIKV e SGB, a partir dos recentes dados, é possível traçar um paralelo devido à padronização dos acontecimentos, inicialmente, o surto de uma doença infecciosa, com posterior desencadeamento de uma síndrome, que é considerada rara, mas que teve uma expansão repentina e, praticamente, concomitante à anterior. Referências 28 ARAUJO, Lucas Masiêro; FERREIRA, Maria Lucia Brito; NASCIMENTO, Osvaldo J. M. GuillainBarré syndrome associated with the Zika virus outbreak in Brazil. São Paulo – Arquivo de Neuropsiquiatria da Universidade de São Paulo, v. 74, n. 3, p. 253-255, Mar. 2016. LUZ, Kleber Giovanni; SANTOS, Glauco Igor Viana dos; VIEIRA, Renata de Magalhães. Febre pelo vírus Zika. Brasília – Epidemiol. Serv. Saúde, v. 24, n. 4, p. 785-788, dez. 2015. RAMOS, Jardson Magno Reis; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Prevenção de encurtamentos musculares em pacientes com a síndrome de Guillain-Barré na fase aguda para facilitar o tratamento na fase de recuperação. Revisão de literatura. Goiânia – Faculdade Sul Americana, 2015. CAVEIÃO, Cristiano. Vírus Zika Suas Complicações Relacionadas À Microcefalia E Síndrome De Guillain-Barré. Curitiba – Cad. da Esc. de Saúde, v.1 n.15: 3-6, 2015. BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Síndrome de GuillainBarré. Campo Grande – Portaria SAS/MS nº 497, 23 de dezembro de 2009. 29 II Congresso Caririense de Neurologia A FORMAÇÃO DOCENTE E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ÀS PESSOAS COM TEA NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE MISSÃO VELHA-CE Ana Moésia Magalhaes Ribeiro Machado1; Frank Lane Macêdo Machado1; Giselle Magalhães Ribeiro1, Jaíze Gríffith Magalhães Cruz1; Célia de Jesus Silva Magalhães1,2. 1 – Associação dos Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas do Cariri (AMA Cariri); 2 – Universidade Regional do Cariri (URCA). Contato: [email protected] Palavras-Chave: Formação. Docente. Autismo. O Transtorno do Espectro Autista - TEA, é atualmente tema de muitos estudos e discussões e a formação docente apresenta uma fragilidade neste aspecto, por falta de investimentos, desconhecimento dos gestores e profissionais. A formação para professores ajuda a: Identificar métodos para utilizar na inclusão dos alunos com TEA; reconhecer a história e evolução conceitual para traçar Plano de Ação e enfrentamento do baixo aproveitamento destes estudantes. Os objetivos deste trabalho é conhecer a formação dos professores da rede pública municipal e como acontece o atendimento educacional especializado as pessoas com TEA. A metodologia é bibliográfica, complementada pela aplicação de um questionário nas escolas municipais, com 5 professores e 5 mães. O diálogo com os autores RELVAS (2014), MAZZOTA (1996), SASSAKI (1997), FACION (2012), CUNHA (2013) UNESCO – Declaração de Salamanca (1994), LDB 9.394/96, dentre outros estudiosos colaboram com essa discussão. O processo de inclusão neste município, conta com o apoio da equipe multiprofissional, além do CAPS, AMA Cariri e Pestalozzi, porém há dificuldades nos encaminhamentos necessários. O trabalho resultou no conhecimento sobre a formação dos professores que na maioria não tem formação pedagógica sobre Autismo. O acompanhamento pela equipe multiprofissional, está em fase de organização, para uma inclusão efetiva. Concluímos que há um longo caminho no que concerne à inclusão das pessoas com TEA. A escola e as famílias, precisam cobrar do poder público uma política pública de formação de professores voltada para TEA, objetivando uma aprendizagem satisfatória para os autistas e a conquista do seus direitos à educação. 30 II Congresso Caririense de Neurologia ALTERAÇÕES NEUROANATOMICAS EM RECEM NASCIDOS COM MICROFEFALIA RELACIONADO À ZIKA VIRUS Nathallia Couto Coelho1; Pedro de Sousa Leite1; Gabriella Ferreira Carvalho2; Anderson Pontes Arruda1; Erlane Marques Ribeiro1. 1; Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte/Estácio (FMJ); 2 Faculdade de Medicina Nova Esperança Contato: [email protected] Palavras-Chave: Microcefalia. Neuropatologia. Zika Vírus. Introdução: A microcefalia é uma complicação neurológica que ganhou acentuado destaque recentemente pela suspeita de também ser causada pela infecção do Zika vírus. A investigação de possíveis alterações no neurodesenvolvimento do recém - nascido pode nortear uma alternativa para proporcionar um melhor prognóstico para o paciente. Objetivo: Identificar as principais alterações neuropatológicas identificadas na microcefalia pelo Zika. Método: Revisão sistemática com abordagem qualitativa segundo as recomendações do protocolo PRISMA. As bases de dados pesquisadas foram SciELO, LILACS, ScienceDirect, Cochrane Library, MEDLINE/PubMed e The Lancet com uso dos descritores em DeCS: Microcefalia, Neuropatologia e Zika Virus e os MeSH terms: Microcephaly, Neuropathology e Zika vírus. Foram selecionadas publicações somente de 2016 em qualquer idioma, completos. Excluíram-se estudos inconclusivos, com baixo teor metodológico ou com alto risco de viés. Resultados: Identificaram-se 638.344 estudos dos quais apenas 8 cumpriram aos critérios e foram incluídos. As principais alterações neuropatológicas da microcefalia pelo Zika são: fissuras silvianas amplamente abertas e um pequeno cerebelo e pequeno tronco cerebral, calcificações entre a substância branca cortical e subcortical do cérebro e foram observadas hidrocefalia interna dos ventrículos laterais. Esse mecanismo de complicação neuronal acontece principalmente devido o neurotropismo presente no zika vírus, no qual torna-se forte indicio para formação de alterações neurológicas Conclusão: Apesar de ser uma condição relativamente nova, a relação entre zika e microcefalia devem ser mais bem estudada, principalmente referente alterações neuropatológicas devido ao neurotropismo. Isso facilitará uma maior segurança e formação de condutas terapêuticas mais precisa fortalecendo o argumento da saúde baseada em evidências. Referências 31 1. PETERSEN, Eskild et al. Rapid Spread of Zika Virus in The Americas - Implications for Public Health Preparedness for Mass Gatherings at the 2016 Brazil Olympic Games. International Journal Of Infectious Diseases, [s.l.], v. 44, p.11-15, mar. 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijid.2016.02.001. 2. FARIA, Nuno Rodrigues et al. Zika virus in the Americas: Early epidemiological and genetic findings. Science, São Paulo, v. 6283, n. 352, p.345-349, mar. 2016. 3. SCHRAM, Patrícia Cintra Franco. Zika Virus and Public Health. J. Hum. Growth Dev., [s.l.], v. 26, n. 1, p.7-8, 28 abr. 2016. NEPAS. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.114415. 4. MOHER, David et al. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyses: The PRISMA Statement. Plos Med, [s.l.], v. 6, n. 7, p.1-6, 21 jul. 2009. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097. 5. BACHILLER-LUQUE, Pablo et al. First case of imported Zika virus infection in Spain. Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica, [s.l.], v. 34, n. 4, p.243-246, abr. 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.eimc.2016.02.012. 6. CAROD-ARTAL, Francisco J.. Epidemiología y complicaciones neurológicas de la infección por el virus del Zika: un nuevo virus neurotropo emergente. Revista de Neurologia, Reino Unido, v. 7, n. 62, p.317-328, mar. 2016. 7. OLIVEIRA, Consuelo Silva de; VASCONCELOS, Pedro Fernando da Costa. Microcephaly and Zika virus. Jornal de Pediatria (versão em Português), [s.l.], v. 92, n. 2, p.103-105, mar. 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedp.2016.02.013. 8. BYASS, Peter; WILDER-SMITH, Annelies. Utilising additional sources of information on microcephaly. The Lancet, [s.I], v. 387, n. 10022, p.940-941, mar. 2016. 9. VOGEL, G.. Evidence grows for Zika virus as pregnancy danger. Science, [s.l.], v. 351, n. 6278, p.1123- 1124, 10 mar. 2016. American Association for the Advancement of Science (AAAS). http://dx.doi.org/10.1126/science.351.6278.1123. 32 II Congresso Caririense de Neurologia MAPEAMENTO DAS PESSOAS COM TEA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE MISSÃO VELHA –CE: PLANEJAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Ana Moésia Magalhaes Ribeiro Machado1; Frank Lane Macêdo Machado1; Giselle Magalhães Ribeiro1, Jaíze Gríffith Magalhães Cruz1; Célia de Jesus Silva Magalhães1,2. 1 – Associação dos Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas do Cariri (AMA Cariri); 2 – Universidade Regional do Cariri (URCA). Contato: [email protected] Palavras-chave: Mapeamento. TEA. Políticas Públicas. A Inclusão e Integração das pessoas com Transtorno do Espetro Autista –TEA, é sem dúvida um grande desafio para a educação e a sociedade; fazer um diagnóstico local por meio de um mapeamento com o máximo de informações da clientela, é o primeiro passo para traçar metas e desenvolver ações eficazes no que concerne ao planejamento de políticas públicas adequadas. Objetiva-se realizar o mapeamento no município de Missão Velha com informações necessárias sobre as pessoas com TEA. Na metodologia, além da pesquisa bibliográfica, com os autores: FREIRE (2003), MANTOAN (2003), SASSAKI (1997), FACION (1997), CUNHA (2013), dentre outros; fizemos a coleta de dados nas Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social; com a intervenção da Associação de Pais Amigos e Profissionais dos Autistas do Cariri – AMA. Os resultados esperados com as informações do banco de dados, é que possamos contribuir no planejamento de políticas públicas para melhor investimento dos recursos com acompanhamento especializado e orientações as famílias e aos professores, qualificando a comunidade escolar acerca da Inclusão, garantindo direitos básicos das famílias. Concluímos que escola inclusiva é uma meta a ser cumprida por todos que estão comprometidos com a educação. O município campo desta pesquisa, apresenta-se com quadro inicial de conscientização sobre TEA, e no levantamento junto a Secretaria Municipal de Educação constatamos um número de 115 (cento e quinze) diagnósticos com TEA entre o 1º e o 9º ano do ensino fundamental, sendo maioria crianças de famílias de baixa renda, esse mapeamento tonase passo importante para o planejamento local. 33 II Congresso Caririense de Neurologia VARIANTE DE DANDY-WALKER: UM RELATO DE CASO DESAFIO DIAGNÓSTICO, TERAPÊUTICO E DE CUIDADOS José Péricles Magalhães Vasconcelos Filho1; Antônio Demontieu Aurelio Soares Junior1; Francisco de Brito Melo Júnior1; Lara Sampaio Sales1; Letícia Coelho Cavalcante1; Jana Cristina Santos Freire1; Janaina Bandeira2. 1 – Escola de Saúde Pública do Ceará/Iguatu; 2 – Escola de Saúde Pública do Ceará/Iguatu: Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Variante. Dandy-Walker. Relato. Resistente. INTRODUÇÃO: A variante de Dandy-Walker é uma má formação congênita infrequente do sistema nervoso central caracterizada por disgenesia cerebelar sem alargamento da fossa posterior e hipoplasia do vermis cerebelar. OBJETIVOS: Descrever o caso clínico de uma paciente portadora de variante Dandy-Walker, apresentar a refratariedade e suas consequências. METODOLOGIA: Estudo com descrição qualitativa do quadro de uma paciente acompanhada no Ambulatório do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto em Fortaleza, Ceará. Informações obtidas por resgate do prontuário e nas entrevistas durante o acompanhamento com autorização da responsável pela paciente. Foi realizada pesquisa na literatura internacional na plataforma PUBMED com os termos “Dandy-Walker” e “variant”. RESULTADOS: Identificação: T.A.S., 21 anos, solteira, ensino primário, sem religião declarada, desempregada, natural e procedente de Fortaleza, Ceará. Relato do Caso: Mãe adotiva relata procura por atendimentos desde os primeiros meses da paciente T. por insônia inicial, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e choro frequente. Após alguns anos houve piora com agitação psicomotora, heteroagressividade, discurso ilógico e movimentos esteriotipados. Aos oito anos, após morte do pai adotivo, T. evoluiu com comportamento regredido, despindo-se em público e urinando ou defecando em locais inapropriados, alucinações, desinteresse por passeios, insônia global, tristeza, agressividade e gritos imotivados. Já fez uso de diversas medicações como Risperidona, Carbamazepina, Olanzapina e Quetiapina sem maiores sucessos e acompanhamento com psicoterapia, terapia ocupacional e fisioterapia. CONCLUSÃO: Se tratando de uma condição com distúrbios de comportamento que geram desconfortos variados no convívio dos portadores é fundamental a ampliação da terapêutica para controle e suporte aos cuidadores. 34 Referências Salihu HM, Kornosky JL, Druschel CM. Dandy-Walker syndrome, associated anomalies and survival through Infancy: a population-based study. Fetal Diagn Ther. 2008; 24:155-60. Mohanty A, Biswas A, Satish S, et al. Treatment options for Dandy-Walker malformation. J Neurosurg. 2006;105: 348-56. 35 II Congresso Caririense de Neurologia COMPREENDENDO A RELAÇÃO EXISTENTE: MEMÓRIA E DOENÇA DE ALZHEIMER Deuzivânia Duarte Nogueira1; Cícera Sabrina Borges Nascimento1. 1 – Faculdade Santa Maria-FSM Cajazeiras PB. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Memória. Doença. Alzheimer. Introdução: A memória é caracterizada por três processos básicos: codificação, que diz respeito ao recebimento das informações por meio dos sentidos; o armazenamento, que é referente as informações serem “arquivadas” e a recuperação das informações. (MYERS, 2006). Quando há prejuízo na memória de curta duração pode haver a doença de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que ocasiona a perda da memória recente, e que sofre um impacto por causa da degeneração do hipocampo, além de outros processos cognitivos. Este comprometimento inicial acarreta a perda das memorias mais recentes e ao longo da doença pode haver o acometimento das funções viso espaciais e seguido dos acometimentos das funções executivas e isso pode surgir para o indivíduo, como dificuldades na atenção, planejamento, capacidade de abstração (codificação), memória operacional, entre outros (ALLEGRE et al, 2001). Isso ocorre em detrimento de algum tipo de comprometimento no lobo frontal, mais especificamente no lobo préfrontal (HAMDAN et al, 2005). Objetivo: Apresentar informações básicas a respeito dos mecanismos neuropsicológicos a respeito de um dos processos cognitivos: a memória associada ao Alzheimer. Métodos:. Esse estudo foi orientado a partir de pesquisas feitas nas bases de dados do Google Acadêmico e Scielo. Resultados: Os resultados foram informações a respeito do processo da memória e a influência dela no Alzheimer. Conclusão: Diante do que foi visto, é perceptível que a memória quando comprometida pode dificultar a vida do indivíduo, e que essas dificuldades possuem uma causa de ordem neurológica. Referências: ALLEGRI,R.F; HARRIS,P; SERRANO,C; DELARALD,N. Perfis diferenciais de perda de memória entre a demência frontotemporal e a do tipo Alzheimer. Rio Grande do Sul, 2001. HOMDAN,A.C; BUENO,O.F.A. Relações entre controle executivo e memória episódica verbal no comprometimento cognitivo leve e na demência tipo Alzheimer. São Paulo, 2005. 36 RESUMOS APRESENTAÇÃO PÔSTER 37 M II Congresso Caririense de Neurologia ESPECTRO AUTISTA NA FASE INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO Rosiane dos Santos. Macedo1; Cicero José de Sousa Lima1; Daline Batista Delfino1; Ellen Caroline Leite Araujo1; Renata de Sousa Rolin1. 1 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB. Palavras-Chave: Espectro Autista. Comportamento. Comunicação. Estudo de Caso. Buscou-se identificar o comportamento do menor B.M, 12 anos, diagnosticado com Espectro Autista, beneficiário da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), na cidade de Cajazeiras-PB. O presente artigo trata-se de um estudo de caso realizado na referida instituição supracitada. Para o qual foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente ao tema. Com a finalidade de aquisição do conhecimento científico proposto pela Disciplina curricular Psicologia e Pessoa com Deficiência, lecionada no Curso de Psicologia da Faculdade Santa Maria. Os recursos utilizados nas atividades foram: às observações, materiais lúdicos e práticas de interação social, objetivando estimular o comportamento interacional; como também, a atenção de calor humano com afetividade de amor através do contato físico tátil, com massagens e carinho, transmitindo ternura, de maneira natural e adequada a sua situação. Utilizou-se tinta, pincéis, papel e fantoches na tentativa de envolvê-lo nas atividades. Outrossim, com intuito de colhermos informação sobre o estudo em questão, recorreu-se a genitora do benificiário, a qual nos deu o seu consentimento para expormos o seu próprio testemunho inerente a este estudo de caso. Estes mecanismos possibilitou a constatação do diagnóstico de Espectro Autista aparado teoricamente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM IV). 38 M II Congresso Caririense de Neurologia RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICA EM UMA CASA DE APOIO PARA IDOSOS COM ALZHEIMER Igor Rodrigues da Silva1; Ednéia Pereira Abrantes de Paula1. 1 - Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB. Contato: [email protected] Palavras-Chaves: Alzheimer. Memória. Atenção. O presente relato tem como proposta de apresentar a prática em uma disciplina da graduação em Psicologia, em um lar de idosos com Alzheimer, onde o mesmo fica localizado na cidade de Cajazeiras-PB. A prática foi desenvolvida por meio de visitas em equipes divididas pelo professor da disciplina onde o nosso objetivo geral seria fazer uma analogia entre prática e teoria acerca do que seria o Alzheimer, onde a visitação iria contribuir para nossa formação profissional, levando o maior conhecimento do aluno sobre o que estaria sendo afetado psicologicamente no idoso, onde este público tornase o alvo do que antigamente era conhecido como ‘’esclerose e caduquice’’, afetando assim a memória, as questões de orientação e atenção devido ao falecimento de células do cérebro. Uma prática relevante para iniciação acadêmica, onde pode-se ressaltar o quão é importante está vivencia prática para aqueles que entendem o tamanho da importância de se conhecer sobre o Alzheimer, onde futuramente poderemos contribuir para a qualidade de vida destes idosos que sofrem por estas alterações da doença, os discentes puderem entender o quanto a Psicologia poderá contribuir para com estas pessoas, um vivência na qual entendemos como crucial para as novas práticas e teorias que iremos conhecer no decorrer da graduação. 39 M II Congresso Caririense de Neurologia A FARMACOTERAPIA DOS TRANSTORNOS DO SONO Patrick de Miranda Lucena1; Isaac Campelo Bessa de Holanda1; Keliana Pereira Lira1; Mirela Ramalho Moreira1; Renata de Sousa Rolim1; Ricardo Aires Urquiza Toscano2 1 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB; 2 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB: Pesquisador/Orientador. Contato: [email protected] Palavras Chave: Sono. Tratamentos. Transtornos do sono. Farmacoterapia. Eficiência. O sono e os transtornos decorrentes deste são alvos de pesquisas e estudos que visam entender e explicar as causas, consequências e tratamentos mais eficientes para controlar os males do sono, ou da ausência deste e permitir aos pacientes uma melhor qualidade de vida. A temática em foco busca auxiliar no controle aos males do sono em suas diversidades, refletindo acerca da importância deste para a qualidade de vida humana. Assim objetiva-se no presente trabalho, que será apresentado na modalidade sessão de pôster, conhecer os métodos da farmacoterapia utilizados para combater as doenças ou distúrbios do sono e qual a real influência da presença ou ausência destes para os pacientes. Para isso, será realizada pesquisa bibliográfica em referenciais teóricos como Flávio Alóe e Stella Márcia Azevedo Tavares (2006) e Lia Rita A. Bittencourt (2008) entre outros. Após o estudo realizado compreende-se que a utilização de fármacos embora não seja a única fonte, é a mais eficaz para tratar os transtornos do sono e possibilitar maior qualidade de vida através de noites tranquilas e descansáveis, sendo, pois, um método aconselhável em Unidades de saúde. Dessa forma, observa-se que a terapia farmacológica é um tratamento bem utilizado visto que apresenta resultados com rapidez e eficácia, sendo então adotado em diversas indicações clínicas que cuidam dos problemas do sono, desde os mais simples atém os casos crônicos, que variam entre insônia, vigília, inquietação, ansiedade, sintomas depressivos entre outros. Referencias ALÓE, F; TAVARES, S.M.A. Síndrome das Pernas Inquietas. Rev Neurocience 2006; 14(4):204-213. ALÓE, F ; ALVES, R.C ; ARAÚJO, J.F, et al. Diretrizes brasileiras para o tratamento da narcolepsia. Revista Brasil Psiquiatra. 2010; 32:305-14. 40 BITTENCOURT, L. R. A; Academia Brasileira de Neurologia; Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial; Associação Brasileira de Sono; Sociedade Brasileira de Pediatria; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica. Diagnóstico e tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono. Guia prático. São Paulo: Livraria Médica Paulista; 2008. MARTINEZ, D. (1999). Prática da medicina do sono. São Paulo: BYK. PEREIRA, A. Síndrome da apnéia obstrutiva do sono. Fisiopatologia, epidemiologia, conseqüências, diagnósticos e tratamentos. Arq. Med. 2007; 21(5/6): 159-73. www.blogdosono.com/a-insonia-e-a-terapia-cognitivo-comportamental. 41 M II Congresso Caririense de Neurologia SÍNDROME GUILLAIN-BARRÉ ASSOCIADA À INFECÇÃO POR ZIKA VÍRUS Emanuela Martins Bezerra Soares¹; Ana Cristina Gomes de Sousa1; Janistorp Pereira de Sá1; Sally França Lacerda-Pinheiro2. 1 – Universidade Federal do Cariri (UFCA); 2 – Universidade Federal do Cariri (UFCA): Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Infecção. Zika vírus. Agravo. Sindrome Guillain Barré. Introdução: Síndrome Guillain Barré (GBS) é uma afecção rara, autoimune, na qual os anticorpos próprios atacam nervos periféricos, causando danos neurológicos, perda de sensibilidade, fraqueza e paralisia muscular. Geralmente se desenvolve após uma infecção viral. Observou-se uma associação da infecção pelo Zika Vírus como antecedente da GBS, fato que merece mais atenção devido a alta taxa de disseminação desse vírus. Objetivo: Conhecer a epidemiologia da GBS após o surto de Zika vírus no Brasil. Métodos: Os estudos foram direcionados a artigos científicos encontrados nas bases de dados Scielo, Pubmed, do Ministério da Saúde e da OMS, utilizando os seguintes descritores: “Zika Vírus, Sistema Nervoso, Sindrome Guillain Barré” não ocorrendo restrição de data. Resultados: Observa-se que nas Américas, após o surto de infecção por Zika os casos de GBS tiveram um significativo aumento na população de países em desenvolvimento como o Brasil, que apresentou o acréscimo nos casos de GBS de 1439 em 2014, para 1708 em 2015, correspondente a 19%, sendo que na Bahia foram notificados 42 casos de GBS dos quais 26 foram precedidos por infecção causada pelo Zika Vírus. Conclusão: É de suma importância que os profissionais médicos tenham conhecimento dos agravos provocados por infecção do vírus Zika e sua afinidade com células do sistema nervoso, em virtude da gravidade desses problemas. Referências ARAUJO, Lucas Masiêro; FERREIRA, Maria Lucia Brito; NASCIMENTO, Osvaldo JM. Síndrome de Guillain-Barré associada ao surto de infecção por vírus Zika no Brasil. Arq. Neuro Psiquiatria vol.74 no.3 São Paulo. Março de 2016. FELLNER, Chris. Zika Virus: Anatomy of a Global Health Crisis. Abril de 2016. OEHLER, E. e COLS. ZIKA VIRUS INFECTION COMPLICATED BY GUILLAIN-BARRÉ SYNDROME – CASE 42 REPORT, FRENCH POLYNESIA, DECEMBER 2013. Eurosurveillance, Volume 19, Issue 9. Março de 2014. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). ZIKA VIRUS MICROCEPHALY AND GUILLAINBARRÉ SYNDROME. Relatório da situação. Março de 2016. 43 II Congresso Caririense de Neurologia VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO Mirela Ramalho Moreira1; Ellen Caroline Leite Araujo1; Geralda Erilene de Oliveira Saraiva1; Iolanda das Neves Targino1; Maíra Barbosa Pereira2. 1 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB; 2 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB: Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Violência contra mulher. Atuação. Psicólogo. INTRODUÇÃO: A violência contra a mulher se apresenta como violação dos Direitos Humanos e como um problema que pode repercutir em Saúde Pública, uma vez que a violência a esta, pode desencadear na mesma, sentimentos como angústia, depressão, sofrimento psíquico, entre outras. Nessa realidade, emerge a psicologia objetivando resolver e ajudar a refletir sobre a violência contra a mulher em seus diversos aspectos, considerada como ator importante para o seu enfrentamento. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo geral Analisar a importância do Psicólogo frente a violência contra a mulher. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, tendo como base em artigos científicos, dissertações e teses. RESULTADOS:A violência contra a mulher é um problema social, portanto, a atuação do psicólogo nessa área deve ter embasamento teórico tanto da psicologia social como também da psicologia clínica. O trabalho do psicólogo está vinculado a intervenção da justiça e, portanto não se limita apenas ao consultório, sendo feito em um ambiente diferenciado com intervenções individuais e/ou de grupos de caráter socieoeducativos. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que o papel do Psicólogo é de extrema importância em toda essa discussão, uma vez que a violência contra a mulher é um fenômeno social e deve ser enfrentado por meio de um conjunto de profissionais e de serviços públicos que orientam não só as vítimas, mas todas as pessoas em situação de vulnerabilidade a buscarem seus direitos. 44 M II Congresso Caririense de Neurologia BUSCANDO A COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO AUTISTA Mirela Ramalho Moreira1; Ellen Caroline Leite Araujo1; Iolanda das Neves Targino1; Janeth Crysselle Teixeira Souza1; Maíra Barbosa Pereira2. 1 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB; 2 – Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB: Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Autismo. Distúrbio. Crianças. Comportamento. Relacionamento. Estudado desde muitos anos, como um distúrbio e não uma doença, o autismo é visto como uma disfunção ou alteração do comportamento humano dificultando o contato e interação com o meio e os demais indivíduos. O tema, relevante para a compreensão psicológica e teórica do comportamento autista, busca entender a diferenciação e as características do indivíduo autista, no anseio de facilitar o convívio deste no meio social. Neste trabalho, portanto, intenciona-se apresentar as características de um indivíduo autista, reconhecer as alterações que lhe ocorrem ao longo do tempo e as características pelas quais os mesmos se distinguem de outros indivíduos. Para fundamentar esta pesquisa será adotado o método de pesquisa bibliográfica, em referenciais como Leo Kanner (1943), Isabela Santório Campanário (2008) e Marie-Christine Laznick (2004), na tentativa de entender as entrelinhas do relacionamento autista. Posterior à pesquisa é possível perceber que a maior preocupação não é com a conceituação do autismo, embora muito interesse a evolução de tal distúrbio, as fases pela qual a criança se transforma apresentando o autismo e suas mudanças ao longo do tempo, mas deter-se na preocupação do relacionamento autista com a sociedade considerando este ponto de partida e base para compreensão deste distúrbio. Assim compreende-se a importância da distinção entre autismo e outros distúrbios como psicose e deficiências, por exemplo, atentando para as disfunções apresentadas desde a infância, já que as características apresentadas nestes seres são passiveis de identificação desde muito cedo, tanto nas áreas intelectuais, físicas e sociais. 45 M II Congresso Caririense de Neurologia ESCLEROSE MÚLTIPLA E A ASSISTÊNCIA MULTICIPLICINAR Natália Ingred Alves Menezes1; Ana Clara de Sousa Dantas1; Sylvia Letícia Neto Silva1; Maria de Fátima Duarte de Souza Neta1; Vanessa Erika Ferreira Abrantes2. 1 – Faculdade Santa Maria (FSM); 2 – Faculdade Santa Maria (FSM): Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Esclerose Múltipla. Bainha de mielina. Imunomoduladores. A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica e autoimune caracterizada pelo processo de corrosão da bainha de mielina que reveste os nervos, consequentemente comprometendo a transmissão de impulsos nervosos. A hipótese patogênica mais aceita é uma predisposição genética e fatores ambientais ainda desconhecidos podem ser levados em consideração, gerando uma disfunção imunológica que leva o aparecimento dos sintomas. Os mais característicos são déficit de atenção e cognitivo, problemas na visão, incontinência urinaria e rigidez muscular. Ainda não se existe um tratamento eficaz para prevenção, pois, a restauração da mielina ainda é algo desconhecido. Esse estudo tem como objetivo avaliar a assistência prestada aos portadores de EM, pois o intuito é ir além do cuidado físico e colocar em prática ação multidisciplinar. O estudo trata-se de uma revisão integrativa na literatura com base em publicações disponíveis no SciELO (Scientific Eletronic Lybrary Online). Hoje o Brasil já conta com a distribuição gratuita de medicamentos como imunomoduladores onde os mesmo reduzem a velocidade de novas lesões. O governo federal implantou o Programa de Medicamentos Excepcionais onde essa distribuição tem que obedecer a protocolo. Ações como palestras em relação à reabilitação e o uso correto de medicamento contribuem para a disseminação de informações para portadores e familiares sobre a patologia e cuidados a serem tomados. Contudo são notórios os benefícios de uma assistência multiprofissional de qualidade e que é oferecida atualmente, e que esses fatores auxiliam na reabilitação, inclusão social e qualidade de vida dos portadores. Referências ABRISQUETA-GOMEZ, J. (2012). Reabilitação neuropsicológica: abordagem interdisciplinar e modelos conceituais na prática clínica. Porto Alegre, RS: Artmed. 46 ALMEIDA, L. H. R. B. de et al . Ensinando e aprendendo com portadores de Esclerose Múltipla: relato de experiência. Rev. bras. enferm. Brasília, v. 60, n. 4, p. 460-463, Aug. 2007. CORSO, N. A. A. et al . Sistematização da Assistência de Enfermagem para acompanhamento ambulatorial de pacientes com esclerose múltipla. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 47, n. 3, p. 750- 755, June 2013. _____________. Diretrizes para o tratamento da esclerosa mútipla com drogas imunomoduladores. .Arq. NeuroPsiquiatr., São Paulo , v. 63, n. 3b, p. 892-895, Sept. 2005. FERREIRA, F. de O. et al . Velocidade de processamento, sintomas depressivos e memória de trabalho: comparação entre idosos e portadores de esclerose múltipla. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre, v. 24, n. 2, p. 367-380, 2011. FIOROTTO, S. M.; BARROSO, S. M. Relato de Experiência em Acompanhamento Cognitivo com um Paciente com Esclerose Múltipla. Psicol. Cienc. Prof., Brasília , v. 35, n. 3, p. 740-753, Sept. 2015. FRAGOSO, Y. D; BROOKS, J. B. B.; LEAL, T. M. dos S.. Perfil descritivo de esclerose múltipla com início até os 16 anos nos pacientes de um centro de referência do estado de São Paulo. Rev. paul. pediatr., São Paulo , v. 30, n. 4, p. 617-620, Dec. 2012. FREITAS, J. O. F; AGUIAR, C. R. R. A. de. Avaliação das funções cognitivas de atenção, memória e percepção em pacientes com esclerose múltipla. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 25, n. 3, p. 457- 466, 2012. HAASE, V. G. et al. Desenvolvimento bem-sucedido com esclerose múltipla: um ensaio em psicologia positiva. Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 10, n. 2, p. 295-304, Aug. 2005. MORALES, R. de R. et al . Qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla. Arq. NeuroPsiquiatr. São Paul, v. 65, n. 2b, p. 454-460, June 2007. NEGREIROS, M. A. et al . Alterações cognitivas em indivíduos brasileiros com esclerose múltipla surtoremissão. J. Bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 60, n. 4, p. 266-276, 2011. SANTOS, E. C.dos; YOKOTA, M.; DIAS, N. F. R. Esclerose múltipla: estudo de pacientes com a forma surto-remissão cadastrados na Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Arq. NeuroPsiquiatr., São Paulo , v. 65, n. 3b, p. 885-888, Sept. 2007 . SPINA-FRANCA, A. Esclerose múltipla. Arq. Neuro-Psiquiatr. São Paulo, v. 63, n. 1, p. 190- 192, Mar. 2005. 47 M II Congresso Caririense de Neurologia A ESQUIZOFRENIA E SEU IMPACTO NA ESTRUTURA FAMILIAR Natália Ingred Alves Menezes1; Ana Clara de Sousa Dantas1; Sylvia Letícia Neto Silva1; Maria de Fátima Duarte de Souza Neta1; Vanessa Erika Ferreira Abrantes2. 1 – Faculdade Santa Maria (FSM); 2 – Faculdade Santa Maria (FSM): Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chaves: Esquizofrenia. Doença crônica. Família. A esquizofrenia é uma doença crônica e seus principais sintomas são alucinações, fluxo de pensamentos desordenados, perturbação mental e esvaziamento afetivo. Os portadores de esquizofrenia enfrentam uma deficiência da assistência à saúde mental, portanto cabe aos familiares a responsabilidade de cuidar do portador, pois, se deparam com um processo longo e de cuidados contínuo, uma vez que a reabilitação psicossocial é longa. De maneira geral, esse trabalho tem como principal finalidade avaliar a assistência para a saúde mental e o impacto para as famílias que possuem portadores de esquizofrenia através de revisão sistemática da literatura. O estudo foi realizado tomando como base publicações disponíveis no SciELO (Scientific Eletronic Lybrary Online), que é uma plataforma científica online confiável. Contudo após início do tratamento, os resultados só serão possíveis com uso correto dos medicamentos. Estudos realizados recentemente revelam que as famílias ficam sobrecarregadas quando um dos seus membros possui distúrbios mentais, e esse apoio familiar é importante para evitar recaídas e possíveis internações. Vale ressaltar o sofrimento de famílias menos favorecidas e que precisam oferecer suporte ao doente, mas encontram dificuldades, por questões financeiras, para oferecer um tratamento de qualidade. Todos esses fatores contribuem para uma mudança de rotina do portador, pois afeta diretamente sua interação social e, em alguns casos, os familiares não sabem lidar com a agressividade do esquizofrênico, optando muitas vezes pelo seu isolamento. Pesquisas futuras são indispensáveis, pois esse ainda é um campo pouco explorado e se tem escassez de material relacionado à esquizofrenia no Brasil, e assim empreender a inclusão social como principal ferramenta para a qualidade de vida dos portadores. É importante a qualificação de equipes multidisciplinares para que esses profissionais saibam lidar com esses casos, gerando resultados mais eficazes e satisfatórios. 48 Referências NOLASCO, M.; Sobrecarga de familiares cuidadores em relação ao diagnóstico de paciente psiquiátricos, Jornal brasileiro de psiquiatria. Vol. 63 n.2 Rio de Janeiro 2014 SANTOS, A.; Elite do Comportamento comunicativo de indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia, Revista CEFAC, vol.16, n.4 São Paulo July/Aug. 2014. FREIRE, T.; IGLESIAS, C. VIDA COTIDIANA, AFETIVIDADE E ESQUIZOFRENIA: UM ESTUDO EM ADULTOS PORTUGUESES. Psicol. Estud., Maringá, v. 19, n. 4, p. 633-644, Dec. 2014. PEIXOTO, M. M.; MOURAO, A. C. das N.; SERPA JUNIOR, O. D.t de. O encontro com a perspectiva do outro: empatia na relação entre psiquiatras e pessoas com diagnóstico de esquizofrenia. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 881-890, Mar. 2016. OLIVEIRA, R. M. de; FUREGATO, A. R. F. Um casal de idosos e sua longa convivência com quatro filhos esquizofrênicos. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. 3, p. 618-625, June 2012. OLIVEIRA, R. M.; FACINA, P. C; SIQUEIRA JUNIOR, A. C. A realidade do viver com esquizofrenia. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 65, n. 2, p. 309-316, Apr. 2012 . VEDANA, K. G. G.; MIASSO, A. I. A interação entre pessoas com esquizofrenia e familiares interfere na adesão medicamentosa?. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. 6, p. 830836, 2012 . SALES, C. A. et al. Sentimentos de familiares sobre o futuro de um ser esquizofrênico: perspectivas para o cuidado de enfermagem. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 64, n. 3, p. 551-557, June 2011 . SOUZA FILHO, M. D. de et al . Avaliação da sobrecarga em familiares cuidadores de pacientes esquizofrênicos adultos. Psicol. Estud., Maringá, v. 15, n. 3, p. 639-647, Sept. 2010. ALMEIDA, M. M. de et al . A sobrecarga de cuidadores de pacientes com esquizofrenia. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre, v. 32, n. 3, p. 73-79, 2010. 49 M II Congresso Caririense de Neurologia VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Talysson Rafael Bessa Arruda1; Cícero Roberto Soares Sousa1; Silnayra Bida Magalhães2. 1 – Hospital Regional do Cariri (HRC); 2 – Home Care Cariri. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Traumatismo crânio encefálico. Ventilação mecânica. Hiperventilação pulmonar. É possível definir o traumatismo crânio encefálico (TCE) como uma patologia neurológica essencialmente caracterizada por uma lesão encefálica, ocasionada por um trauma externo. Efetuou-se uma revisão bibliográfica, realizada a partir de artigos selecionados, tratando sobre temas alusivos ao traumatismo crânio encefálico. A pesquisa acerca da temática de interesse foi levantada através da busca de literatura científica na internet, através de pesquisa nas bibliotecas eletrônicas SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e LILACS, com a utilização dos descritores: Traumatismo crânio encefálico, ventilação mecânica, hiperventilação pulmonar. Com a presente revisão, buscou-se informações atualizadas acerca da ventilação mecânica em pacientes com trauma crânio encefálico. Com lastro em pesquisas científicas e na mais aprimorada compreensão da fisiopatologia do traumatismo crânio encefálico e suas repercussões, a hiperventilação profilática, nas vinte e quatro horas iniciais é capaz de ocasionar expansão da área cerebral lesionada, devido a hipoperfusão tecidual, quando se busca a redução da pressão intracraniana, através de vasoconstrição cerebral. A elevação de PEEP, com valor limítrofe em 15 cmH2O, pode ser praticada, visando otimização da oxigenação alveolar e incremento da SaO2 na injúria pulmonar, ocasionando melhores índices de oxigenação do cérebro.Tais informações levantadas sugerem melhores práticas e atualizações em procedimentos realizados para esse tipo de trauma. Referências ABREU, M. O; ALMEIDA, M. L. Manuseio da Ventilação Mecânica no Traumatismo Cranioencefálico: Hiperventilação e Pressão Positiva Expiratória Final. Rev. Bras. Ter. Intensiva; 21(1):72-79, 2009. ANDRADE A. F; PAIVA, W.S et al. Mecanismos de Lesão Cerebral no Traumatismo Cranioencefálico. Rev .Assoc. Med. Bras; 55(1):75-81, 2009. 50 ANDRADE, F. C; ANDRADE JÚNIOR, F. C. Usos e Abusos da Hiperventilação nos Traumatismos Crânioencefálicos Graves. Arq Neuropsiquiatr; 58(3-A):648-655, 2000. BELDA, F. J. AGUILAR, G. SORO, M. MARUENDA, A. Manejo ventilatório del paciente com traumatismo craneoencefálico grave. Rev Esp Anestesiol Reanim. 2004. CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y. O Enfermeiro e as Situações de Emergência. São Paulo: Atheneu, 2007. CARICATO, A. CONTI, G. DELLA CORTE, F. MANCINO, A. SANTILLI, F. SANDRONI, C. et al. Effects of PEEP on the intracranial system of patients with head injury and subarachnoid hemorrhage: the role of respiratory system compliance. J Trauma. 2005. 51 Moda II Congresso Caririense de Neurologia A EXPRESSIVIDADE DA NEUROFIBROMATOSE TIPO I EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Ana Cristina Gomes de Sousa¹; Emanuela Martins Bezerra Soares1; Janistorp Pereira de Sá1; Sally Lacerda-Pinheiro2. 1 – Universidade Federal do Cariri (UFCA); 2 – Universidade Federal do Cariri (UFCA): Pesquisadora/Orientadora. Contato: [email protected] Palavras-Chave: Puberdade. Neurofibromatose Tipo-I. Expressividade. Criança. Adolescente; Introdução: A neurofibromatose é uma condição pan-étnica autossômica dominante, causada por mutações no gene-NF1, que produz a neurofibrina. É de suma importância que os médicos conheçam a expressividade da neurofibromatose Tipo I (NF-I) em crianças/adolescentes, por sua incidência e para minimizar as alterações psicossomáticas dos portadores através da terapêutica específica. Objetivo: Descrever a expressividade da NF-I em crianças e adolescentes. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com estudos direcionados a artigos científicos encontrados nas bases de dados Scielo, relacionando a neurofibromatose em crianças e adolescentes. Resultados: A NF-I está entre as doenças genéticas de herança autossômica dominante mais frequentes e as três principais características (Neurofibromas, manchas café com leite e nódulos de Lisch) ocorrem em mais de 90% dos pacientes até a sua puberdade. O diagnóstico ocorre geralmente após o aparecimento das manchas café com leite, que podem ocorrer desde a primeira infância até a adolescência. Cerca de metade das crianças com NF-I terá dificuldades de aprendizado e déficit de atenção. Os neurofibromas plexiformes (precursores de tumores malignos da bainha do nervo periférico em 2-5% dos acometidos) ocorrem mais frequentemente na infância e na adolescência. Ainda assim, há dificuldade no diagnóstico da doença, inversamente proporcional a idade, visto que próximo de 50% dos casos são esporádicos e alguns sinais, como as efélides, neurofibromas e nódulos de Lisch, surgem no decorrer da vida. Conclusão: Assim, é importante que os médicos conheçam a expressividade da NF-I em crianças/adolescentes, para que atuações da família e da terapêutica específica para a expressão da doença e tragam uma possibilidade de minimizar as possíveis alterações em vários âmbitos da vida da criança/adolescente portador de NF-I, bem como para 52 tranquilizar os pais em relação ao possível sentimento de culpa em relação à herança genética da doença. Referências JUNIOR, Luiz Guilherme Darrigo. Neurofibromatose tipo 1 na infância: revisão dos aspectos clínicos.São Paulo, junho de 2008. JUNIOR, Luiz Guilherme Darrigo. Prevalência de neurofibromas plexiformes em crianças e adolescentes com neurofibromatose tipo 1. Porto Alegre 2007. VIANA, Ana Carolina de Sá.Puberdade e crescimento em crianças e adolescentes com neurofibromatose tipo 1. São Paulo, Janeiro de 2004. 53 SOBRE OS ORGANIZADORES João Hércules Bezerra Gomes: Possui graduação em História pela Faculdades Integradas de Patos (FIP). Nathalia Matos de Santana: Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio (2010). É pós-graduada em Fisioterapia nos Distúrbios do Movimento pelo Centro Universitário São Camilo - ES, Unidade Ceará (2011). Pósgraduada em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio (2013). Pós-graduanda em Terapia Manual e Postural também pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio. Atuou como Preceptora e Professora desta IES, nas disciplinas de Anatomia Humana, nos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia; Anatomia Funcional no curso de Fisioterapia; Anatomia Bucomaxilofacial, no curso de Odontologia; Cinesiologia e Biomecânica no curso de Educação Física. Foi preceptora de Estágio Supervisionado I em Saúde Coletiva no curso de Fisioterapia. É mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade do ABC Paulista (Santo André - SP). Membro do Grupo de Pesquisa Científica "Fisioterapia em Pesquisa". Atua no atendimento fisioterapêutico de pacientes em domicílio nas áreas de Fisioterapia Motora, Estética e Respiratória. Atualmente é Coordenadora do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Fisioterapia Neurofuncional da Faculdade Inspirar, na cidade de Juazeiro do Norte-CE. 54 SOBRE A COMISSÃO CIENTÍFICA Diego Correia de Andrade: Graduado em Enfermagem (Bacharelado) pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). Pós-graduando em Urgência e Emergência e Terapia Intensiva, pela Faculdade Brasileira de Ensino e Extensão (FABEX). Foi Monitor da disciplina Anatomia Humana no período de 2014 à 2015. Atualmente Professor de Anatomia e Fisiologia Humana, Centro de Ensino Técnico da Paraíba, bem como, Instrutor: Curso de Socorrista, Centro Educacional Cauê e Enfermeiro da Organização de Procura de Órgãos (OPO), da Central de Transplante da Paraíba. Realizou palestras em simpósios: ICÓ-CE, Paulo Afonso-BA, Alagoa Grande-PB e Nova Olinda-CE. Tem grande apreço na área de Enfermagem, com ênfase (Anatomia, Fisiologia, Neuroanatomia, Urgência e Emergência e Terapia Intensiva). Ressaltam-se participações em eventos, congressos, simpósios e palestras no que concerne à área da Enfermagem. Emanuelly Vieira Pereira: Possui graduação em Enfermagem pela Faculdade Leão Sampaio (2012), bolsista integral do Programa Universidade para Todos (PROUNI), Mestranda em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri (URCA), Lato Sensu nas áreas de Docência do Ensino Superior (FALS) (em andamento), Gestão em Saúde pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) (em andamento), Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará (UFC) (2015) e Saúde Pública e da Família pela Faculdade Kúrius (2014). Atuou como Enfermeira assistencialista no Hospital Tasso Ribeiro Jereissati (HTJ) e como docente do curso Técnico em Enfermagem da ETSUS e da Escola técnica Francisca Nobre da Cruz. Tem experiencia como Enfermeira do Programa de Valorização da Atenção Básica (PROVAB), na modalidade de bolsista do Ministério da Saúde, Supervisão de Ensino Técnico Avançado da Escola de Saúde Pública do Pernambuco e atendimento domiciliar pela Home Care Cariri. Atua principalmente nos seguintes temas: Atenção primária a saúde, Promoção da Saúde, Educação em Saúde, Saúde do Homem, Saúde da Mulher, Gênero, Sexualidade e Reprodução Humanas. Nathalia Matos de Santana: Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio (2010). É pós-graduada em Fisioterapia nos Distúrbios do Movimento pelo Centro Universitário São Camilo - ES, Unidade Ceará (2011). Pósgraduada em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio (2013). Pós-graduanda em Terapia Manual e Postural também pela Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio. Atuou como Preceptora e Professora desta IES, 55 nas disciplinas de Anatomia Humana, nos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia; Anatomia Funcional no curso de Fisioterapia; Anatomia Bucomaxilofacial, no curso de Odontologia; Cinesiologia e Biomecânica no curso de Educação Física. Foi preceptora de Estágio Supervisionado I em Saúde Coletiva no curso de Fisioterapia. É mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade do ABC Paulista (Santo André - SP). Membro do Grupo de Pesquisa Científica "Fisioterapia em Pesquisa". Atua no atendimento fisioterapêutico de pacientes em domicílio nas áreas de Fisioterapia Motora, Estética e Respiratória. Atualmente é Coordenadora do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Fisioterapia Neurofuncional da Faculdade Inspirar, na cidade de Juazeiro do Norte-CE. Nayara Eunice Gomes da Franca: Possui Graduação em Fisioterapia pela Faculdade Leão Sampaio (2014). Possui cursos na área de Dermato Funcional, Respiratória e Pediatria. Atua como Fisioterapeuta voluntária do Abrigo Nossa Senhora das Dores em Juazeiro do Norte-CE. Fisioterapeuta na Empresa Clinica Multifisio Cariri. Paulo Fernando Matos de Santana: Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Cariri (2015). Tem habilidades em dimensionamento e análise de estruturas metálicas e de concreto armado. Possui conhecimentos de programação computacional em Delphi, elementos finitos e análise numérica. Pedro de Sousa Leite: Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte, bolsista PIBIC/ESTÁCIO FMJ, Técnico em enfermagem pela Escola Estadual de Educação Profissional Padre João Bosco de Lima. Monitor da disciplina de fisiologia humana, durante seis meses, no curso de graduação em enfermagem da Faculdade Leão Sampaio. Atualmente coordenador e professor da Disciplina de Biologia no Projeto de Extensão Pré-Vest FMJ, Monitor da disciplina de Sistemas Orgânicos Integrados II da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte. Wine Suélhi dos Santos: Universitária e Bolsista ProUni do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UniLeão), Juazeiro do Norte - CE. Atualmente é associada à Comissão Acadêmica do Curso de Fisioterapia e monitora da disciplina de Bioestatística da UniLeão, Juazeiro do Norte-CE. Integrante da Extensão Universitária de Fisioterapia Pediátrica Motora voltada à crianças com Microcefalia na Clínica Escola da UniLeão, Juazeiro do Norte-CE. Técnica em Enfermagem formada pela Instituição Profissionalizante E.E.E.P.Pe. João Bosco de Lima, Mauriti-CE (2012). 56 PATROCÍNIOS 57 REALIZAÇÃO