OBRA ANALISADA O crime do padre Amaro GÊNERO Romance

Transcrição

OBRA ANALISADA O crime do padre Amaro GÊNERO Romance
OBRA ANALISADA
O crime do padre Amaro
GÊNERO
Romance
AUTOR
Eça de Queiroz
DADOS
BIOGRÁFICOS
Nascimento: 25 de novembro de 1845 – Póvoa de
Varzim (Portugal)
Morte: 16 de agosto de 1900 - Paris (França)
BIBLIOGRAFIA
O Mistério da Estrada de Sintra (1870)
O Crime do Padre Amaro (1875); versão definitiva
em 1880
O Primo Basílio (1878)
O Mandarim (1880)
A Relíquia (1887)
Os Maias (1888)
Uma Campanha Alegre (1890-91)
A Ilustre Casa de Ramires (1900)
A Correspondência de Fradique Mendes (1900)
A Cidade e as Serras (1901)
Contos (1902)
Prosas Bárbaras (1903)
Cartas de Inglaterra (1905)
Ecos de Paris (1905)
Cartas Familiares (1907)
Bilhetes de Paris (1907)
Notas Contemporâneas (1909)
Últimas Páginas (1912)
A Capital (1925)
O Conde de Abranhos (1925)
Alves e Cia. (1925)
Correspondência (1925)
O Egipto (1926)
Cartas Inéditas de Fradique Mendes (1929)
Páginas Esquecidas (1929)
Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949)
Folhas Soltas (1966)
A Tragédia da Rua das Flores (1980)
Dicionário de Milagres
Lendas de Santos
Edições críticas:
A Capital (1992)
O Mandarim (1993)
Alves e Cia. (1994)
Textos de Imprensa VI (1995)
RESENHA
Romance anticlerical dos mais ferozes, é ambientado
em Leiria, onde o Padre Amaro Vieira, ingênuo e
psicologicamente um fraco, vai assumir sua
paróquia. Hospedando-se na casa da Senhora
Joaneira, acaba por se envolver sexualmente com sua
filha, Amélia. Amaro conhece, então, o cinismo dos
seus colegas, que em nada estranham sua relação
com a jovem. Grávida, Amélia acaba por morrer no
parto e Amaro entrega a criança a uma "tecedeira de
anjos". Morta também a criança, Amaro, agora um
cínico descarado, prossegue com a sua carreira. O
romance, que critica violentamente a vida provinciana
e o comportamento do clero, foi, durante décadas,
leitura proibida em muitas escolas de Portugal e do
Brasil.
ESTILO DE ÉPOCA
Realismo
INTERTEXTUALIDADE
Filme: O crime do padre Amaro
Ficha Técnica
Título Original: El Crimen del Padre Amaro
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 118 minutos
Ano de Lançamento (México): 2002
Site Oficial:
www.elcrimendelpadreamaro.com
Estúdio: Alameda Films / Artcam / Blu Films /
Cinecolor / Foprocine / Governo do Estado de
Veracruz / Ibermedia Program / Instituto Mexicano de
Cinematografia / Videocolor / Wanda Films S.L.
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Carlos Carrera
Roteiro: Vicente Leñero, baseado em livro de Eça de
Queiroz
Produção: Daniel Birman Ripstein e Alfredo Ripstein
Música: Rosino Serrano
Fotografia: Guillermo Granillo
Direção de Arte: Carmen Giménez Cacho
Figurino: María Estela Fernández
Edição: Óscar Figueroa
Elenco
Gael García Bernal (Padre Amaro)
Ana Claudia Talancón (Amelia)
Sancho Gracia (Padre Benito)
Angélica Aragón (Sanjuanera)
Luisa Huertas (Dionisia)
Ernesto Gómez Cruz (Bispo)
Gastón Melo (Martin)
Damián Alcázar (Padre Natalio)
Andrés Montiel (Rubén)
Gerardo Moscoso (Médico)
Verónica Langer (Amparito)
Pedro Armendáriz Jr. (Prefeito)
Lorenzo de Rodas (Don Paco)
Roger Nevares (Padre Galván)
Fernando Becerril (Galarza)
Jorge Zárate (Padre Mauro)
Blanca Loaria (Getsemani
VISÃO CRíTICA
O crime do padre Amaro é, sem dúvida, a obra
mais polêmica de Eça de Queirós, porque toca num
tema tabu na época, o do celibato dos padres. O
romance se passa, em sua maior parte, na cidade de
Leiria, onde Eça foi administrador do concelho.
Pretendendo fazer de sua obra um documento sobre
o provincianismo de uma comunidade dominada por
um clero corrupto, o escritor adota um ponto de vista
desapaixonado para narrar a história da infeliz
Amélia, seduzida pelo inescrupuloso padre Amaro.O
romance não tem como fim somente contar uma
história comum de sedução, pois seu intuito é
encontrar as causas da decadência do clero em
Portugal. Vem daí que Eça promova uma análise dos
vários componentes de um sistema social decadente
– os burgueses, os aristocratas decadentes, os
políticos, os sacerdotes etc. - , para tentar provar que
os indivíduos não passam de vítimas de um sistema
social iníquo, perverso.

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