Métodos Eletromagnéticos Introdução Introdução Fontes VLF
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Métodos Eletromagnéticos Introdução Introdução Fontes VLF
2 Introdução Métodos Eletromagnéticos Em 1963, na Suécia, percebeu-se que campos VLF aplicar-se-iam na prospecção de corpos condutores. Demonstrou-se que, na superfície na terra, o campo magnético horizontal aumentava nos locais sobre corpos condutores, enquanto o |Hz| atingia valores mínimos. A direção do campo horizontal sofre grande mudança, em locais coincidentes com aqueles em que este campo se torna máximo. MÉTODOS ELETROMAGNÉTICOS Métodos a fontes distantes VLF October 10 Estes fatos são consistentes com a percepção de que uma corrente elétrica percorre a borda superior do corpo condutor. Hédison K. Sato 3 Introdução O método VLF é tipicamente feito em terra mas foram construídos para levantamentos aéreos. Basicamente, medem a inclinação do campo magnético ou a intensidade dos componentes horizontal e vertical dos campos magnéticos. Alguns equipamentos medem também os componentes do campo elétrico, além dos três componentes do campo magnético, de forma similar ao que se faz no método magnetotelúrico. ⌧Isto permite calcular a impedância da onda EM. Transmissor VLF portátil O transmissor usual pode ser desligado sem avisos. 4 Fontes VLF As primeiras construções datam de 1910 a 1912 para comunicação a grandes distâncias. Em 1903, Guglielmo Marchese Marconi fez a 1ª transmissão telegráfica sem, enviando do Cabo Cod (USA) para a Inglaterra, uma mensagem do então presidente americano Theodore Roosevelt, para o Rei da Inglaterra, Eduardo VII. As fontes de ondas VLF são potentes transmissores para comunicações navais. É útil para comunicações globais devido a baixa atenuação dentro da cavidade terra-ionosfera. Embora pequena, possui uma penetração efetiva na água do mar, suficiente para que submarinos captem os sinais VLF. 5 Fontes VLF 6 Fontes VLF Com λ≈15 km, antena com 200 a 300 m de altura é eletricamente muito pequena. Transmissor NLK: 24.8 kHz, 125kW, aproximadamente 2,5 km2 a área coberta pela antena Em “Ondas médias”, a frequência é de 520 kHz a 1610 kHz. Isso exige a adição de um carga de topo, formada por um grande conjunto de fios estendido horizontalmente (≈106 m2), para aumentar a capacitância do conjunto, que funciona com um indutor em série. A potência irradiada é dada por P ≈ 7 x 10-13 V2 C2 he2 f4 Para atingir potências de até 1MW, a voltagem precisa ser da ordem de centenas de kilovolts (C=0,2 μF, he=150m, e f=15kHz). Antena Jim Creek Estação NLK Próximo a Seattle 7 Transmissores VLF Transmissores VLF Obtido do endereço http://www.abem.se/products/wadi/vlf-freq.pdf Freq. (kHz) 15.1 15.3 15.5 15.6 15.7 16.0 16.2 16.3 16.4 16.6 16.8 17.0 17.1 17.4 17.6 17.8 17.9 18.0 18.1 18.2 18.3 18.5 Siglas FUO HWU VTI NHB NPN NPM NLK NEJ NWC NPM NAA NSS EWB NPM NSS NAK NPL NPG GBR UGK JAP VTX JXN NPM NSS NAK FTA VTX UMS NDT JXZ NPM NAA NSS UBE NBA NPL NPG NLK UPD VTX NSS JJH HWU DHO NAA Freq. (kHz) 18.6 18.7 18.9 19.0 19.1 19.2 19.4 19.5 19.6 19.8 19.9 20.2 20.3 20.5 20.8 21.0 21.2 21.4 21.6 21.8 21.9 Siglas NHB NPN NPM NAA NLK NPG NEJ JJI UMB GQD NPM NSS JJI VTX NHB NPN NPM NEJ NLK 3SA GBZ NWC NPM NLK NPL NPG TBA JJI JJIICV JJI 3SA 3SB ICV 3SA JJI NPM NAA NSS 3SB TBA JJI 8 Freq. (kHz) 22.2 22.3 22.6 22.8 22.9 23.3 23.4 24.0 24.8 25.3 25.5 25.8 26.1 27.0 27.5 27.7 28.0 28.5 28.6 29.0 30.0 Siglas JJI NWC NAA NLK NPC NSS NPM GBR NWC JJI JJI NPM NPM NBA NSS NLK NLK NAA 3SB NSS NAA NPM NLK NPG NEJ RCV NAU NAU 3SB DHO, 3SB NAU NPL RAM 3SA UNW Obtido do endereço http://www.abem.se/products/wadi/vlf-freq.pdf Estação Localização País 3SA 3SB DHO EWB FTA FUO GBR GBZ GQD HWU ICV JAP JJH JJI JXN JXZ NAA NAK NAU NBA NDT Changde Datong Burlage Odessa Assise Croix Rugby Rugby Rugby Le Blanc Tavolara Yosami Kure Ebino Helgeland Helgeland Cutler ME Annapolis Aguada Balboa Yokosukaichi China China Germany Ukraine France France UK UK UK France Italy Japan Japan Japan Norway Norway USA USA Puerto Rico Panama Japan Estação Localização Coordenadas 29N04 111 E43 NEJ Seattle 39N56 113 E15 NHB Kodiak 53N05 007 E37 NLK Oso Wash 46N29 030 E44 NPC Seattle 48N32 002 E34 NPG S Francisco 44N45 000 W48 NPL S Diego 52N22 001 W11 NPM Pearl Harbor 52N22 001 W11 NPN Guam 52N22 001 W11 NSS Washington 46N37 001 E05 NWC North West Cape 40N55 009 E45 RAM Moscow 34N58 137 E01 RCV Rostov 34N14 132 E34 TBA Antalya 32N05 131 E51 UBE Petrolovsk 66N25 013 E01 UGK Kaliningrad 66N25 013 E01 UMB Rostov 44N39 067 W17 UMS Moscow 38N59 076 W28 UNW Kaliningrad 18N23 067 W11 UPD Murmansk 09N04 079 W39 VTI Bombay 34N58 137 E01 VTX Vijayanarayanam País USA Alaska USA USA USA USA Hawai Guatamala USA Australia Russia Russia Turkey Russia Russia Russia Russia Russia Russia India Índia Coordenadas 47N41 122 W15 57N45 152 W30 48N12 121 W00 47N35 122 W32 38N06 122 W16 32N44 117 W05 21N25 158 W09 13N34 144 E50 38N59 076 W27 21S47 114 E09 55N49 037 E18 47N18 039 E48 36N53 030 E43 52N59 158 E39 54N42 020 E30 57N14 039 E48 55N49 037 E18 54N45 020 E30 68N58 033 E05 19N00 073 E00 08N26 077 E44 9 Transmissores VLF Do endereço http://www.smeter.net 25.0 kHz, PWB, potência desconhecida, em Belém (PA), da Marinha do Brasil. 30.00 kHz, PWI, , potência desconhecida, em Recife (PE), da Marinha do Brasil. 24.0 kHz, NAA, 1000 kW, U.S. Navy communication station at Cutler, Maine. This station is part of the NATO Interoperable Submarine Broadcast System. 10 Estações VLF testadas FUX 18300 - França NAA 24000 - EUA GBR 22600 - Inglaterra 19.8 kHz, NWC, 1000 kW, U.S. Navy communication station Harold E. Holt at Exmouth, Australia, that is operated by the Royal Australian Navy. 20.0 kHz, VLF, 6 kW, VLF beacon station located near the South Pole in Antarctica. Operated by Stanford University. The transmitting antenna is a 7 km horizontal wire dipole 4 to 5 feet above the ice. It transmits oneminute duration beacon signals at 15-minute intervals. 11 Intensidade do sinal VLF • Uma antena curta, de altura h, sobre uma terra plana e perfeitame nte condutora : η I h ⎛ iβ 1 i ⎞ E z = 0 0 ⎜ + 2 − 3 ⎟ e −iβr eiωt (V/m ) 2π ⎝ r r β r ⎠ I h iβ 1 H φ = 0 ⎛⎜ + 2 ⎞⎟ e −iβr eiωt (A/m ) 2π ⎝ r r ⎠ 12 onde I 0 eiωt é a corrente na base da antena, η 0 = (μ 0 ε 0 ) ≈ 120π Ω, β , const. propag. de fase (β = 2πλ−1 ). Termos eletrostático (r −3 ), indução (r − 2 ) e propagação (r −1 ). 12 Intensidade do sinal VLF • Em função da potência em lugar da corrente elétrica : P (V/m ) E z = 9.5 r E (A/m ) Hφ = z η0 onde P é dados em W. • Em db ⎛ E (mV/m ) ⎞ E z [db, 1mV/m ] = 20 log⎜ z ⎟ ⎝ 1 mV/m ⎠ 13 Intensidade do sinal VLF 14 Transmissores VLF Em condições reais, a modelagem teórica tem que considerar diversos fatores: Curvatura da Terra. A presença da ionosfera e sua altitude, que varia ao longo do dia. O fenômeno passa a ter modos de propagação. A Terra e a ionosfera não são condutores perfeitos. Eficiência do transmissor em excitar o modo de mais baixa ordem. Estação NAA Cutler, Maine 24 kHz, 1000 kW 15 Transmissores VLF Estação NSS Anapolis, Maryland 21.4 kHz, 400 kW 16 Transmissores VLF Estação NAU Porto Rico 28.5 kHz, 100 kW 17 Transmissores VLF 18 Ruído atmosférico Relâmpagos América Central e parte central da América do Sul África Central Arquipélagos do sudeste asiático. Como a corrente é substancialmente vertical, O comportamento do campo é similar ao do VLF. A radiação de relâmpago próximos tendem a ser curtos em duração (“spike”), associados a cada uma das descargas. Em situações distantes, a radiação inclui as contribuições de diversas tempestades e tendem a ter uma distribuição Gaussiana de amplitude, se medida com um receptor de banda estreita. Estação GBR Rugby, England 16 kHz, 750 kW 19 Ruído atmosférico 20 Ruído atmosférico Julho, 08 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz Julho, 16 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz 21 Ruído atmosférico 22 Ruído atmosférico Julho, 20 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz Janeiro, 08 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz 23 Ruído atmosférico 24 Ruído atmosférico Janeiro, 16 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz Janeiro, 20 : 00 UT db > 1μV/m, largura da banda 1kHz 25 26 Comportamento do campo VLF Comportamento do campo VLF Terreno com variação de resistividade, lenta e suave entre as regiões. Decaimento exponencial dos campos magnético e elétrico longitudin al 27 Comportamento do campo VLF 28 Método VLF (receptor) Marca: Iris Instruments. O sensor, levado às costas, interliga-se a um controle das medições, visualização e armazenamento de dados. Mede (i) inclinação do eixo maior da elipse de polarização do campo magnético e (ii) resistividade aparente, com a medição do campo elétrico. 29 Levantamento 30 VLF: dique vertical enterrado Para um bom resultado, observar Parâmetros : • σ 1t1 : condutânci a transversa l do dique produto da condutividade pela espessura. • σ 2 : condutividade da encaixante • número de indução O transmissor VLF escolhido (frequência) deve estar alinhado com as direções das estruturas geológicas de interesse. As medições devem antena de rádio ser feitas em linhas resposta perpendiculares às VLF estruturas geológicas. ⎛ μω σ 2 ⎞ L1 = ⎜ ⎟ (σ 1t1 ) ⎝ 2 ⎠ • " skin depth" da encaixante 12 tra ço ângulo de inclinação linha de medição dique 12 dique condutivo ⎛ 2 ⎞ δ2 = ⎜ ⎟ ⎝ μωσ 2 ⎠ campo magnético primário 31 VLF: dique vertical enterrado Ângulo de mergulho em graus e elipsidade (- - --) em %. Condutância transversa l σ 1t1 = 1 S, com encaixante s de resistividades diversas. σ1 σ2 t1 32 VLF: dique recoberto Diques recobertos vertical e inclinado. Valores (em %) da tangente do ângulo de mergulho e da elipsidade. Ábaco p/ análise de dados de VLF: dique vertical enterrado 33 34 Efeito topográfico h é a prof. do topo do dique condutor, δ 2 é o " skin depth" da encaixante , e L1 = (μωρ 2 2 ) 12 (σ 1t1 ) 35 Efeito topográfico É função da variação topográfica em relação ao “skin depth”, portanto qualquer ação depende do conhecimento da resistividade do terreno. Direção do relevo paralelo à direção de propagação Quando o “skin depth” muito menor que a elevação, o campo magnético tende a ficar paralelo com o terreno, e, portanto, afeta o “dip-angle” em valores similares à inclinação do terreno. Quando o “skin depth” muito maior que a elevação, a anomalia tende a ser pequena. Direção do relevo normal à direção de propagação: Não há anomalia magnética. 36 Filtragem Pela forma adotada para as medições (razão Hz/Hh), um cruzamento por zero ocorre sobre os corpos, e.g., diques verticais. Tais medidas são inadequadas para contorno. Filtro de Fraser (Fraser, 1969) Desloca o dado de dip-angle de 90º convertendo cruzamento e inflexões em picos. Atenua longos comprimentos de onda espaciais. Não aumenta o ruído do dado. v2,5 = (v1 + v2 − v3 − v4 ) 4 . Alguns não dividem por 4. 37 Filtragem 38 Filtragem Diversos condutores . Como um todo, a estrutura permanece um pouco obscura. O dado filtrado melhorou a informação . 39 Filtragem 40 Filtragem 41 Aplicações Bibliografia: Zonas fraturadas Ocorrência de argilas Cavidades com ar ou água Sítios com lixo enterrado Tubulações metálicas em geral Diques mineralizados Variações da profundidade do embasamento Variações laterais da resistividade elétrica El-Arabi H. S., Ismail, A. M., Tamer, E. A., 2008, On the use of gravity and magnetic anomalies for locating probable areas of metallic mineralization in Sout Sinai, Egypt. Arab J geosci, 1:137-147. Fraser, D. C., 1969, Contouring of VLF-EM data. Geophysics, 34, 958-967. Keller, G. V. e Frischknecht, F. C., 1966, Electrical methods in geophysics, Pergamon Press, New York. 43 Bibliografia: McNeill, J. D. e Labson, V. F., 1991, Geological mapping using VLF radio fields. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Theory, p. 521-640. Telford, W. M., Geldart, L. P., Sheriff, R. E. e Keys, D. A., 1978, Applied geophysics. Cambridge Univ. Press. 42