PrOblemas?

Transcrição

PrOblemas?
Alumínio & Cia.
revista
# 29
julho / agosto de 2013
?
Problemas
nas
Obras
O que fazer para
evitar as patologias
mais comuns, do
contato comercial
aos ajustes finais.
Dúvida Técnica
Veja um especial sobre
acabamento, tipos de ligas e
medidas de perfis Pg. 12
Fique por Dentro
O diferencial do conhecimento
do suporte técnico
Pg. 16
Mercado
Cuidados ao instalar o contramarco
Pg. 30
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www.aluminioecia.com.br
julho / agosto de 2013
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Editorial
O conhecimento é
sempre o melhor
remédio
Ao passar dos anos, problemas que outrora eram costumeiros, principalmente em obras residenciais, acabam por
se tornarem raros em função de técnicas aprimoradas e
profissionais que se especializam em diversas práticas. Ainda
assim, talvez nunca consigamos nos livrar do tal “jeitinho”
e as promessas nocivas de realizar o trabalho em menor
tempo ou utilizando os métodos caseiros e mais em conta.
Essa é uma realidade que ainda assola muito o nosso setor
de esquadrias de alumínio. De certo, então, há uma oportunidade valiosa aos que fazem a diferença e atuam de maneira
inteligente junto ao consumidor: se atentar aos erros.
A revista Alumínio & Cia. traz nesta edição uma matéria
especial com o consultor Antônio B. Cardoso, levantando, passo a passo, a melhor maneira de se evitar dores de
cabeça, desde o contato com a área comercial, a compra,
passando pelo desenvolvimento da área técnica, o início da
obra, a produção e a finalização.
Ano V
Julho/Agosto 2013
Produzida para Alcoa Alumínio S.A. por
CDI Comunicação Corporativa
(11) 3817-7900
Coordenação Técnica
Jacqueline Rempel
Editor Executivo
Leandro Giometti – Mtb 41.229-SP
Redação
Deyvis Drusian
Leandro Giometti
Renato Pinto
Inclusive, uma das etapas mais comentadas a ser observada durante o processo de obras é a colocação do contramarco. Na edição passada, iniciamos esse tema com uma matéria
que indicava a importância de não subestimar a peça e sua
aplicação. Como, atualmente, o assunto tem rendido boas
discussões, seguimos, nesta edição, com mais uma matéria
sobre contramarco, dessa vez citando que a importância de
uma instalação apropriada evitaria um problema crônico.
Projeto Gráfico
Tenha relação com problemas ou apenas como modelo
de conhecimento, a Alumínio & Cia. procurou, neste bimestre,
transmitir informações que fossem relevantes ao negócio de
esquadrias de alumínio. Alinhado a isso, constatamos que há
ainda pequenas dúvidas no mercado, mesmo que possam
parecer coisas básicas. Assim, apresentamos um especial que
pode auxiliar no entendimento de situações relacionadas a
acabamento, tipos de ligas e medidas dos perfis.
Deyvis Drusian
É justamente por estar em sua maior parte relacionada a dúvidas e procedimentos que a edição 29 da revista
contempla uma série de figuras e imagens que, de certo,
auxiliarão aos leitores e entusiastas do setor a observarem
mais facilmente as alternativas e soluções. Afinal, para que
não haja problemas, o entendimento é o melhor remédio.
Fale conosco
Nossa revista é para você e, por isso, também queremos
ouví-los. Não deixem de comentar e enviar sugestões.
Telefone (11) 4463-8000.
Leandro Giometti
Editor Executivo
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www.aluminioecia.com.br
CDI Comunicação Corporativa
Diagramação
Hewerton Matos
Revisão
Leandro Giometti
Impressão
Eskenazi Indústria Gráfica Ltda.
Tiragem: 12 mil exemplares
Encaminhe suas dúvidas, críticas ou sugestões para
a Alumínio & Cia. em revista, por meio do endereço
eletrônico [email protected] ou
via Correios para a Rua Felipe Camarão, 454 – Bairro
Utinga, Santo André (SP), CEP 09220-580.
sumário
Alumínio & Cia. # 29
CURTAS
Treinamento oferecido pela
Alcoa qualifica produto e
produtores
Pg. 06
ESPAÇO ALCOA
Parceria com a Boeing
Pg. 08
Entrevista
Estamos prontos para a
construção sustentável?
Pg. 10
EM FOCO
Novo suporte e
fabricação de gradil
Pg. 14
PROJETOS
Esquadrias revitalizam
obra da Polícia Federal
por completo
Pg. 34
CAPA
Evite patologias em obras
residenciais
Pg. 20
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curtas
Treinamento no CTA reúne auditores da
Beltrame
A última etapa do programa foi ministrada por Paulo
Para garantir uma qualidade de esquadria ainda melhor,
o Ministério das Cidades do Governo Federal realiza o
PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habitação). O principal objetivo é qualificar produtos
e produtores que atendam às especificações das Normas
Brasileiras, regidas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).
NORMA DE
TRABALHO NA
INDÚSTRIA
PODE FICAR
PRONTA
EM 2014
A Secretaria de Inspeção do Trabalho divulgou no Diário
Oficial da União a consulta pública ao texto básico da revisão
da NR18 - Norma Regulamentadora sobre Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
De acordo com o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, o novo texto,
que trata de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho,
poderá ser publicado em agosto de 2014. A declaração foi dada
durante o Pré-Congresso sobre Gestão dos Riscos e da Saúde
dos Trabalhadores da Indústria da Construção, que abriu o 15º
Congresso Nacional da Associação Nacional de Medicina do
Trabalho (Anamt), em maio.
Ishikawa também disse que o novo texto normativo será elaborado por meio de reuniões mensais, de três dias cada, frequentadas por quatro Grupos de Trabalho – Organização do Canteiro;
Eletricidade; Máquinas e Equipamentos; e Trabalho em Altura – sob
acompanhamento do CPN (Comitê Permanente Nacional) e
gestão de dois coordenadores da CGNOR (Coordenação-Geral
de Normatização e Programas), ligados à Secretaria de Inspeção do
Trabalho do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
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Gentile, Eduardo Reis e Ademir Ferreira, do CTA (Centro
Técnico Alcoa), que disponibilizou um treinamento de
montagem dos modelos Inova, Master e Gradil Universal, aos
técnicos e engenheiros da Beltrame Engenharia, responsáveis
pela auditoria e validação das linhas de montagem.
Paulo Gentile, coordenador do Centro Técnico Alcoa,
explica que este foi o segundo treinamento oferecido pela
Alcoa e a iniciativa é um sucesso. “Houve muita troca de
informações, pois os técnicos da Beltrame fazem auditorias
no Brasil todo e nos trouxeram dados importantes de como
está o mercado”, diz.
Karina Rago, engenheira da Beltrame, par ticipou do
evento e ressalta a impor tância de conhecer os produtos
da empresa. “O evento atendeu às nossas expectativas. Eles
montaram os modelos na nossa frente, vimos os detalhes
de cada tipologia e com isso eu consigo dar continuidade às
qualificações”, afirma.
Sinduscon
anuncia
guia para
gases de
efeito
estufa
Alinhado ao objetivo de construir e, simultaneamente,
conter a emissão de gases tóxicos, o Sindicato da Indústria
da Construção Civil no Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
lançou recentemente o Guia Metodológico para Inventários
de Gases de Efeito Estufa.
O texto, desenvolvido voluntariamente por um grupo de
empresas, é específico para a área de edificação e, ao contrário de outros que já foram publicados, é de fácil aplicação,
gerando uniformidade aos inventários realizados por diferentes construtoras e incorporadoras, com a possibilidade de
fazer comparações entre setores.
O Guia Metodológico do SindusCon-SP também fornece
subsídios para a elaboração de normas e legislações relacionadas às metas de redução de emissão de gases pelo setor
da construção civil, previstos na Política Nacional e na Política
Estadual de Mudanças Climáticas.
A iniciativa tem o apoio institucional da Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente e da Caixa Econômica Federal.
ABNT estuda novo texto para inspeção
em edifícios
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
instalou no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado
de São Paulo (SindusCon-SP) uma Comissão de Estudos para a
elaboração da Norma Técnica de Inspeção de Edifícios.
A principal mudança ao texto normativo em vigor - NBR
5674 – é a consideração do desempenho na fase de uso e
operação, além da manutenção obrigatória tanto para prédios
novos quanto para antigos. O objetivo é estabelecer condições
de atuação equivalentes aos das novas construções.
A inspeção predial é uma forma de classificar, visualmente
e com testes, situações de risco, interligadas à elaboração de
um plano de manutenção em detrimento ao grau de avaria,
sob responsabilidade direta do proprietário, síndico ou de uma
empresa terceirizada pela manutenção. Os níveis de avaliação
são qualificados em três diferentes situações de risco: mínimo,
médio e crítico.
A elaboração da Norma Técnica também contempla a
conservação, com detalhes técnicos sobre cuidados, periodicidade de inspeção e garantia de esquadrias feitas de alumínio,
madeira e metal, obrigatória através da ABNT NBR 15575/2011.
De acordo com o último relatório Nacional de Perícia do
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
(IBAPE), entre 2002 e 2007, as esquadrias contavam com
86% de incidência em falhas, uma das mais altas entre os
20 itens avaliados.
Veja algumas dicas de
manutenção para que as suas
esquadrias tenham uma vida
útil ainda maior:
• Nunca empregue qualquer tipo de palha de aço.
• As canaletas entre os trilhos das portas de
correr devem estar sempre limpas e desobstruídas.
• Verifique, frequentemente, as gaxetas e
fixações, procur ando oferecer sempre a
manutenção adequada.
Consulte o Manual de Uso e Conservação da
AFEAL em www.afeal.com.br/portal/dados/
imagens/1310138352.pdf
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Espaço ALCOA
Alcoa e Boeing lançam
programa de reciclagem
Nos últimos anos, a reciclagem tornou-se uma alternativa
viável para a conservação do meio ambiente, gerando vantagens
econômicas no preço final dos produtos e crescente oferta de
empregos. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL),
em 2010 o Brasil atingiu recorde histórico: 98,2% das latas de
alumínio foram recuperadas. Com o resultado, o país conquistou
pela 9° vez consecutiva o posto de líder em reciclagem de latas.
Focados em ampliar a redistribuição, a Alcoa e a Boeing
anunciaram a criação de uma ação global de reciclagem de
ligas de alumínio aeroespacial usadas na produção de aviões. A
novidade foi apresentada em junho, durante a Paris Air Show,
realizada em Le Bourget, na França.
O programa, chamado de “Ciclo Fechado”, envolve
o transporte multimodal de sucata de alumínio e de ligas
avançadas, das instalações da Boeing em Auburn e Wichita, à
sede da Alcoa em Lafayette (Indiana, EUA), para fundição do
metal e recuperação do material. A iniciativa contempla peças
usadas na fabricação de componentes de asa e fuselagem de
aviões Boeing, como folhas, placas e perfis extrudados em
alumínio, além de resíduos da usinagem. Cerca de 3,5 mil
toneladas de alumínio deverão ser recicladas todos os anos.
“Este programa maximizará o valor das sucatas de alumínio
em toda a cadeia de suprimento, ao mesmo tempo em que
reduzirá o desperdício”, afirma Leslie Shuman, diretora da
cadeia de suprimento para produtos laminados industriais,
aeroespaciais e de transporte da Alcoa.
Ao contrário de outros materiais, o alumínio é infinitamente
reciclável e não perde nenhuma de suas características.
Aproximadamente 75% de tudo que é produzido desde 1888
ainda está em uso.
As empresas de
melhor reputação
do Brasil
O resultado econômico e o grau de satisfação dos consumidores são os
termômetros utilizados para saber se uma instituição está prosperando ou
naufragando no ramo de atuação. Se fechar com uma avaliação negativa e
com as contas no vermelho, deve repensar gastos e serviços oferecidos, e se
preciso for, realizar cortes. Mas se o panorama for o oposto, atrairá investidores, capital externo e se consolidará no mercado como uma empresa de
boa reputação.
Foi o que aconteceu com a Alcoa. Com base em resultados
econômico-financeiros, qualidade dos produtos, reputação
interna, ética, dimensão internacional e capacidade inovadora, o grupo passou a integrar o ranking das empresas
com a melhor reputação no Brasil.
A pesquisa, realizada pela consultoria espanhola
Merco, em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística (Ibope), e auditada pela consultoria
KPMG, contou com a avaliação técnica de 450 executivos,
especialistas de mercado e mil consumidores. A divulgação
aconteceu pelo portal da revista EXAME.
A Companhia se destacou, ainda, entre as mais responsáveis e com melhor governança corporativa, com a ponderação de itens como comportamento ético da empresa,
transparência, responsabilidade com funcionários, compromisso com meio ambiente e contribuição à comunidade.
“É gratificante estarmos entre as empresas com melhor
reputação no Brasil. A Alcoa está há quase 50 anos no País,
sempre atuando com a dedicação dos nossos colaboradores aos
valores da companhia e a busca incansável pela excelência”, afirma
Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina & Caribe.
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Alcoanos alinhados com o meio ambiente
“É um orgulho enorme fazer parte de um time comprometido com o futuro sustentável das comunidades onde
atuamos e o fato da prática voluntária ser um valor tão
presente na cultura da Alcoa. Estamos muito satisfeitos com
o encerramento de mais uma edição do Programa Semanas
Verdes”. Essa é a avaliação de Camila Meirelles, vice-presidente do Instituto Alcoa, sobre o período de atividades de preservação ambiental do Programa Semanas Verdes.
O projeto, realizado entre os dias 21 de abril e 21 de junho,
contou com a participação de 15 mil
voluntários em diversas localidades do
mundo, com ações em prol do meio
ambiente, alinhadas às prioridades de
sustentabilidade como reduzir, reciclar
e revitalizar. O objetivo é incentivar o engajamento dos funcionários
da empresa no desenvolvimento de
ações ambientais.
Ao redor do mundo, o programa
resultou na prática de 100 oficinas
sobre reciclagem, conser vação da
água e eficiência energética; em
mais de 20 mil quilos de eletrônicos reciclados; apoio para limpeza
de 50 parques, margem de rios e
áreas de recreação, além de 75 mil
ár vores plantadas.
No Brasil, aproximadamente 2.600
colaboradores participaram, com
a realização de 166 eventos, como
palestras comunitárias. Foram 97 instituições beneficiadas e mais de sete mil árvores plantadas. Cada
unidade da companhia desenvolveu ações como caminhadas
ecológicas, distribuição de mudas para plantio, palestras de
conscientização.
Também foram promovidos trabalhos voluntários nas
localidades onde a Alcoa está presente, com quatro horas de
trabalho em uma entidade sem fins lucrativos, por um grupo
com, no mínimo, dez funcionários da Alcoa. Cumprida a tarefa,
a instituição recebeu uma doação de US$ 3 mil.
Divisão de
fixadores ganha
novo espaço de
armazenamento
A Divisão de Fixadores da Alcoa (AFS) ganhou um espaço
de 180 metros, no Centro de Distribuição, em São Paulo, para
o armazenamento de materiais de fixação mecânica de alto
desempenho, com destaque para fixadores para os segmentos
de Transporte Comercial, Ferroviário, Mineração, entre outros.
O prédio, alugado pela empresa há 25 anos no bairro da
Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, possui 1.800 metros
quadrados e pé direito de oito metros, com capacidade para
abrigar 500 toneladas dos produtos laminados da companhia,
como folhas, chapas e telhas. O local também é utilizado para
armazenar até 700 Rodas de Alumínio Forjadas Alcoa.
Com o anúncio, os produtos da AFS já estão sendo estocados
no país, facilitando a logística e proporcionando atendimento mais
ágil. “As atividades que eram exercidas no Centro de Distribuição
são 100% realizadas por funcionários da Alcoa. Com a entrada da
Divisão de Fixadores, teremos algumas operações internas geridas
por funcionários da companhia e outras por colaboradores terceirizados”, afirma Leonardo Carvalhaes, gerente comercial da Divisão
de Fixadores da Alcoa na América Latina.
A unidade chegou ao Brasil no segundo semestre de 2012
e desenvolve produtos das marcas Huck, Marson, Camloc, Recoil,
Snep e Simmonds.
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entrevista
Construção
sustentável:
estamos prontos para
colocá-la em prática?
Só no ano passado, o mercado de
constr ução sustentável movimentou 116 bilhões de dólares. Em
oito anos, a per spectiva é a de que
o valor suba consideravelmente,
alcançando 254 bilhões de dólares
– um aumento de 120%.
Não dá mais para negar que o
setor deixou o posto de tendência para se tornar realidade. Aqui no
Brasil, a construção e reformas de
edifícios ecológicos tiveram um acréscimo de 412% entre 2009 e 2012. De
acordo com Maria Carolina Fujihara,
coordenadora técnica do GBC (Green
Building Council) - Conselho Americano de Construções Verdes – os
gradativos benefícios fiscais oferecidos
pelos governos municipais, estaduais e
federais foram preponderantes para o
desenvolvimento da prática.
A consciência em preservar a
natureza e a adaptação ecológica
de produtos, como a tinta, também
contribuíram para a mudança. Durante
a entrevista à Alumínio & Cia, Maria
Carolina destacou a posição do Brasil
em relação ao resto do mundo, o custo
benefício de uma atitude sustentável, a
realidade de ações solidárias e iniciativas da GBC que merecem atenção.
A construção sustentável ainda é
uma tendência ou já pode ser considerada uma realidade? Na verdade,
ela tem se estabelecido bastante no mercado e a cada ano temos um crescimento de 50%, de acordo com os projetos
registrados e certificados. Hoje, no Brasil
109 edifícios possuem o certificado ambiental e mais de 700 estão em busca.
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Além do Plano
Nacional de
Eficiência
Energética,
segundo o qual
o Brasil tem que
reduzir o consumo
de energia em até
30% até 2030,
nós contamos com
diversas outras
políticas em todas
as esferas. A mais
interessante é o
selo Qualiverde
Maria Carolina Fujihara
Em 2012, os prédios construídos e
reformados dentro dos padrões
ecológicos, no Brasil, cresceram
412%. Acha que esse número pode
aumentar? Com certeza, é uma tendência mundial principalmente porque
têm sido contempladas políticas públicas
nesse sentido, fora as iniciativas que obrigam construtores a adotarem esse tipo
de construção. Além do Plano Nacional
de Eficiência Energética, que o Brasil tem
para reduzir o consumo de energia em
até 30% até 2030, nós contamos com
diversas outras políticas em todas as esferas. A mais interessante é o selo Qualiverde, implantado no Rio de Janeiro,
que fornece uma série de diretrizes para
construtoras. Se você alcançar o selo
Qualiverde ou o Qualiverde Mais, pode
até ser isento do pagamento de IPTU
para o resto da vida.
No país, a construção sustentável
é uma alternativa economicamente
atraente? Sim, nesse aspecto o Brasil está perfeitamente comparável com
todos os outros países do mundo. A
gente possui um mercado completamente estabilizado para o atendimento
das construções mais tecnológicas e
a maior barreira é o preconceito dos
investidores. Se tiver um bom planejamento, com união entre todas as equipes, o custo inicial pode ser até zero.
Para reforma, a realidade, infelizmente,
é outra, já que geralmente é necessário
mexer em prédios obsoletos e trocar
sistemas de 30 ou 40 anos de uso.
O atual mercado de construção
sustentável movimenta, por ano,
116 bilhões de dólares. Em 2020,
deve atingir 254 bilhões de dólares. As empresas estão preparadas para atender essa demanda? É
uma questão de adaptação. A primeira
construção sustentável que tirou a certificação no Brasil, em 2007, passou por
dificuldades, pois o mercado brasileiro
nunca tinha ouvido falar no assunto.
Um dos materiais que eles precisavam
era a tinta com baixo teor de COVs
– Composto Orgânico de Volatéis –
que reduz o cheiro for te e não tem
composição de poluentes. Na época,
não existia nenhum produto com essa
característica, então eles tiveram que
utilizar tintas naturais, a base de terra.
E hoje, não há um produtor que tenha
uma linha com bastante COVs.
vizinhança. Acredito que esse seja o
caminho, que todos os prédios sejam
“positivados”.
Você pode citar novas tecnologias
sustentáveis? Os materiais, principalmente, de nanotecnologia. Há, também,
tintas e vidros autolimpantes e elevadores com frenagem regenerativa, que gera
energia enquanto freia.
Por que o país está atrás em construções sustentáveis? Porque o Brasil
é um país muito recente nesse tipo de
prática. A primeira construção sustentável por aqui aconteceu em 2007. Nos
Estados unidos isso já é feito há cerca de
20 anos.
E o Brasil, é um grande produtor de
práticas sustentáveis ou ele só importa? Os dois. O Brasil ocupa o quarto lugar em projetos certificados no
mundo, atrás de Estados Unidos, China
e Emirados Árabes. Ainda não temos,
por exemplo, fábricas de energia fotovoltaica, mas possuímos manufaturas
de turbinas eólicas.
O que os edifícios verdes podem fazer para aumentar a conservação
ambiental, indo além do impacto
causado por eles mesmos? Reduzir
o impacto causado por eles mesmos
já é um avanço significativo, mas ainda
temos muito a fazer. Atualmente, a Europa já fala em edifícios produtivos, que
produzem e distribuem energia para a
Uma das iniciativas da GBC é o One
Degrre Less. Essa é uma campanha
para ajudar a diminuir as temperaturas através de cobertura simples. Poderia dar mais detalhes?
É uma campanha que começou entre
2007 e 2008 e propõe diminuir um
grau nos grandes centros urbanos. O
programa consiste na implementação
de superfícies reflexíveis dos edifícios,
feitas para absorver o calor e mandá-lo de volta para a atmosfera. E como
você consegue isso? Através de superfícies brancas ou com plantas. E a
maior vantagem disso é você evitar
enchentes, já que a cober tura é permeável e devolve a água para a cidade
de forma gradual.
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DÚVIDA TÉCNICA
Conhecimento e informação
nunca são demais
Você sabe especificar o melhor acabamento superficial? Sabe por que os perfis não são
feitos na mesma liga? Quais comprimentos estão disponíveis nos perfis das linhas Alcoa?
Quando se pensa em alumínio, muitas coisas veem à cabeça. Quem está acostumado às propriedades químicas, por exemplo,
sabe que ele é o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, não magnético, atóxico, não inflamável e de boa tolerância a baixas temperaturas. Já quem está mais próximo às questões comerciais sabe perfeitamente que ele é mais leve do que a
maioria dos outros metais e também extremamente resistente e durável. Os que conhecem um pouco mais a fundo seus atributos notam ainda que o alumínio tem características que o fazem prático, reciclável, acessível e de aspecto agradável. São muitas
informações e realmente não dá para saber sobre tudo o que permeia suas peculiaridades. É importante, porém, principalmente
para quem vivencia o alumínio, entender cada uma das possibilidades de suas aplicações.
Pensando, então, nos profissionais e interessados no mercado de esquadrias de alumínio, a revista Alumínio & Cia. traz nesta
matéria um informações sobre algumas das principais particularidades desse produto.
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Acabamento
No Brasil há diversas opções de acabamento que vão
de tintas texturizadas, cores especiais nos anodizados até os
pigmentos ultrafoscos e polimento. Em termos visuais, somos
capazes de produzir tudo no que se refere a anodização ou
pintura eletrostática, as duas formas de obter um efeito bonito
no perfil e deixá-lo protegido da corrosão e outros problemas.
A pintura eletrostática é aplicada sobre o alumínio com
pistolas especiais de tinta em pó poliéster que se carrega
eletrostaticamente. Por possuir uma camada protetora de cromo e
tinta polimerizada é recomendada para qualquer ambiente, mas é
preciso observar alguns cuidados.
Antes da aplicação, a principal atenção é a boa limpeza dos
perfis e a cromatização, responsável pela aderência da tinta
e, por consequência, o fator de proteção contra corrosão.
Já durante a obra, mesmo a pintura não sofrendo nenhum
impacto com nenhum tipo de produto, é importante também
realizar uma limpeza para não riscar. Se acaso, então, o perfil
tiver contato com cimento, por exemplo, basta lavar com uma
solução de ácido orgânico para retirar sem danos maiores. A
Tipos de Ligas
As ligas, que nada mais são do que
combinações de elementos químicos
com o alumínio, têm como principal
característica ajustar outras propriedades
de uso ao metal. Assim, as ligas se dividem
em dois grupos: Conformadas (ou Trabalhadas) ou Fundidas. As primeiras são destinadas
à fabricação de produtos laminados e perfis
extrudados e componentes forjados;
enquanto as segundas são exclusivas para
a fabricação de componentes de fundição.
Somando-se as ligas dos dois grupos são
mais de 600 ligas disponíveis.
A Alcoa, por exemplo, possui um portfólio
com mais de 20 diferentes ligas de alumínio
que atendem o mercado de bens de consumo,
indústria elétrica, autopeças, máquinas e
equipamentos e transportes. “Fabricamos
ligas de alumínio das séries 1xxx, 2xxx, 3xxx,
4xxx, 6xxx e 7xxx, cada uma apresenta uma
característica particular em sua especificação”,
comenta José Sakae, gerente Técnico da Alcoa.
As ligas da série 1xxx como a liga 1050
e 1350 apresentam elevada condutividade
pintura eletrostática aceita retoques se houver necessidades
com uma lixa e tinta líquida para um possível retoque.
A anodização é um processo mais tradicional. A peça de
alumínio é mergulhada em uma solução de ácido sulfúrico e,
em seguida, passa por uma corrente elétrica. Esse tratamento é formado a par tir da reação química do metal, formando
uma camada permanente de proteção transparente integrada ao perfil. Nesse caso, a diferença para a pintura é que
a anodização se trata de uma camada de depósito de
polímero, o que reforça sua característica de ser mais resistente a atritos acidentais.
O mercado oferece tipos diferentes de espessuras de
camada anódica, que são mais úteis de acordo com o ambiente
onde serão instalados os perfis. A menos espessa é a chamada
classe A13, adequada para instalações em ambiente urbano ou
rural. A classe A18 é melhor recomendada para litoral, já que
suporta o efeitos corrosivos da maresia. Há, no entanto, um
aumento no valor final do produto a partir da espessura da
camada anódica.
elétrica e com isso são utilizadas para a
fabricação de condutores elétricos. As ligas
da série 2xxx como a 2011, 2014 e 2024,
apresentam alta propriedade mecânica
e excelente “usinabilidade” e são utilizadas em componentes automotivos e em
máquinas e equipamento para fabricação
de peças usinadas. As ligas da série 3xxx
(3003, 3004 e 3103), apresentam grande
resistência à corrosão e são utilizadas para
fabricação de conector de ar condicionado. Já a liga da série 4xxx como a 4042
apresenta elevada resistência a abrasão e
estabilidade térmica e é adequada para
a fabricação de pistão automotivo. A
série 6xxx, por sua vez, possui a maior
variação de ligas, somando 12 diferentes ligas como as ligas: 6060, 6063, 6463,
6101, 6005A, 6061, 6013, 6351, 6082,
6026, 6042 e 6262. Dentro da série
6xxx, inclusive, a dica é considerar a série
de ligas com melhor “extrudabilidade”,
pois são ligas de boa e alta propriedade
mecânica, ótimo acabamento superficial e boa “usinabilidade”. É por isso
que há nela uma grande variedade de
aplicações como linha branca, bicicleta,
escadas, cadeira de rodas, macas, dissipador de calor, coxim automotivo, perfis
para carroceria, sistema freio ABS, piso
para andaimes, entre outros. Por fim,
as ligas da série 7xxx, conhecida como
ligas aeronáuticas que são as ligas 7004,
7012 e 7075, que apresentam elevada
propriedade mecânica (série de ligas de
maior resistência mecânica) e aplicações
também na indústria bélica).
Para a construção civil as ligas de
alumínio são divididas em duas principais
categorias: ligas estruturais e não estruturais. Para a fabricação de perfis não
estruturais – como caixilharia e perfis
para fachada – são utilizadas ligas de boa
resistência mecânica, porém que possuem
um ótimo acabamento superficial como
a liga C0A7, 6060 e 6063. Já para aplicações estruturais, como a ancoragem, deve
ser utilizada a liga 6351, que apresenta
propriedade mecânica superior as ligas
de aplicações não estruturais.
Medida dos perfis
Os perfis de alumínio Alcoa podem ser fabricados em medidas variadas visando atender às obras com o mínimo de desperdício. É o que chamamos de otimização de barras. Porém a Alcoa também tem dois centros de distribuição, um deles em TubarãoSC e o outro em Itapissuma-PE, que atendem as lojas da rede Alumínio&Cia. e obras em geral com agilidade e rapidez. Nestes
locais, os perfis são organizados por códigos, acabamento e comprimento - com perfis em medidas padronizadas, que dependendo da função, podem ter 6, 4.6 ou 3 metros de comprimento.
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Em FOCO
Novo suporte da Linha Unit e
fabricação de gradil
De tempos em tempos, as linhas de produtos Alcoa têm
alguma novidade. Um novo desenvolvimento de perfil,
acessórios, montagens ou alterações de portfólio para a
construção civil. Dessa maneira, o Boletim Técnico, editado
periodicamente pela Alcoa, complementa ou apresenta novas
informações contidas nos catálogos técnicos originais de suas
linhas de produtos.
A Revista Alumínio & Cia. publicará em suas edições alguns
destaques dos boletins técnicos. Nesta primeira, escolhemos
duas dicas interessantes.
A primeira diz respeito ao novo suporte para ancoragem
da Linha Unit, muito simples de se fabricar e pode ser feito pelo
próprio fabricante de esquadrias, já que envolve apenas corte de
perfil e colocação de porca com rosca. Esse boletim apresenta
duas opções de acordo com as cargas da obra.
A segunda é a fabricação de gradil com altura de 1,5 metros
para uso residencial.
Confira os detalhes nas imagens a seguir.
Acessórios
SUP739
Ancoragem linha Unit
Coluna 80 e 100 mm
( UN393 )
Instruções de Montagem
SUP739
Ancoragem linha Unit
Coluna 80 mm
( UN393 )
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Gradil Universal com
Vidro Laminado 10 mm
Este estudo demonstra o comportamento do Gradil Universal com altura de 1,50 m para uso residencial
de acordo com a norma 14.718/08.
Segundo as exigências da norma mencionada para uso residencial os parâmetros que devem ser respeitados são:
Para F = 20 kg/m: Deformação máxima admissível = 7 mm
Para F = 40 kg/m: Deformação máxima admissível = 20 mm
Para F = 68 kg/m: Deformação máxima admissível = 150 mm
Vale salientar que em nenhum dos 3 casos pode acontecer a ruptura da liga.
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Fique por dentro
Suporte técnico da Rede Alumínio
& Cia. garante a qualidade de
empreendimentos
Serviço especializado leva conhecimento técnico e assistência a construtoras e
fabricantes de esquadrias de todo o Brasil
A Embraed Construtora, responsável pela obra do Vila Serena, em Balneário Camboriú, contou
com o suporte técnico da Alumínio São José
Cada vez mais, construtoras, empreiteiras e fabricantes buscam produtos de qualidade com assistência técnica capacitada
para atender às necessidades de projetos arquiteturais. Com a finalidade de agregar valor ao seu por tfólio e garantir um
atendimento de alto nível ao cliente, a Alcoa desenvolveu uma estrutura de supor te técnico para as cerca de 40 distribuidores que fazem par te da Rede Alumínio & Cia. em todo o País. Para capacitar todos os estabelecimentos existe um time
de especialistas que realizam treinamentos para levar conhecimento técnico para especificação, montagem e instalação de
produtos em alumínio, como por tas, esquadrias e fachadas.
“Geralmente, as construtoras não têm profissionais que conhecem profundamente as especificações técnicas e todas as características dos produtos. Por isso, elas trazem seus projetos para dentro das lojas, onde são orientadas por um especialista sobre os tipos de
linha de alumínio da Alcoa que se enquadram às suas necessidades”, afirma Leonardo Arantes, gerente da Rede Alumínio & Cia.
Para ele, o diferencial do serviço pré-vendas é fundamental para a fidelização dos clientes. “Quanto melhor é a assistência técnica,
melhor é o resultado comercial das lojas. O revendedor que oferece soluções para um problema de um cliente sabe que esse
comprador passará a contar sempre com sua ajuda”, afirma.
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Detalhe da esquadria da janela do Vila Serena
Atendimento diferencial
Na loja Alumínio São José, distribuidora à Rede Alumínio
& Cia em Santa Catarina, três técnicos e quatro orçamentistas passaram pelo treinamento da Alcoa e estão preparados
para atender às demandas das construtoras na região. Segundo
um dos proprietários do estabelecimento, Paulo Henrique de
Souza, o suporte é importante para que os clientes saibam
que a obra será realizada dentro das normas técnicas, com
os materiais adequados, e na quantidade correta. “A demanda
pelo suporte sempre aumenta e praticamente 100% das
grandes obras que atendemos contam com o auxílio do nosso
departamento técnico. Muitas vezes, o mercado nos procura,
em outras ocasiões, nós é que apresentamos esse serviço às
construtoras”, relata.
Na construção do Vila Serena, condomínio de alto padrão
em Balneário Camboriú, a Embraed Construtora contou com
o suporte técnico da Alumínio São José, desde a especificação
dos materiais utilizados até o acompanhamento da colocação
das esquadrias. Com duas torres de 46 andares, o mais alto
edifício residencial do país contou com as linhas Gold para os
quartos e Inova para as portas de giro da lavanderia e para as
janelas do banheiro. Com essa combinação, a construção pôde
conciliar bom acabamento com praticidade e menor custo.
Para o encarregado de esquadrias da Embraed Construtora,
Adriano César Lazzarotto, a assistência prestada pela Alumínio
São José começou quando o vendedor fez o levantamento
dos perfis necessários para a realização da obra. “Quando o
material chegou, o técnico ficou conosco e conferiu se estava
tudo correto. Na realização da primeira janela, ele mostrou
as etapas desde a montagem até a instalação, dando dicas
para evitar erros, tanto de corte como de furação. Com isso,
conseguimos replicar essas instruções para as outras janelas de
forma rápida e correta”, relata.
Na avaliação de Lazzarotto, o suporte técnico deve estar
integrado a todas as vendas. “Essa parceria tem que ser
contínua, porque nós trabalhamos sempre com qualidade para
entregar o melhor apartamento aos condôminos”, destaca.
Para ele, um dos pontos fundamentais é a agilidade. “Quando
precisamos de uma assistência, sabemos que contamos com
pronto atendimento e entrega, porque precisamos de rapidez
para o fechamento dos projetos”, afirma o cliente.
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Suporte móvel para fabricantes
Demanda crescente
Para atender às necessidades de seus clientes com comodidade,
a Aluma, distribuidora da rede Alumínio & Cia em Maceió (AL),
criou o conceito de suporte técnico móvel. Com o auxílio de um
veículo equipado com mostruários de esquadrias e ferramentas
especiais, um técnico da revendedora percorre o estado para
levar assistência personalizada e conhecimento para fabricantes
de esquadrias de toda a região. “O objetivo é dar um exemplo
ao fabricante seja ele iniciante ou veterano no ramo, sobre os
equipamentos necessários para compor um negócio competitivo, com maior produção, rapidez e qualidade. Com isso, acreditamos fortalecer os vínculos que temos com nossos clientes e
abrir a oportunidade de desenvolver novas parcerias”, afirma José
Antônio Barbosa Silva, responsável técnico da empresa.
Além de contar com o conceito de mobilidade no atendimento a clientes, a loja também conta com mais dois técnicos
especializados. A empresa, além de ter um técnico diariamente
de plantão - para fazer orçamentos e esclarecer dúvidas dos
clientes e da equipe comercial - também oferece treinamentos
teóricos e práticos, que ocorrem aos sábados dentro do CTA,
(Centro Técnico Alcoa) na própria revenda. “Tanto as construtoras quanto os serralheiros não querem se preocupar em
procurar fornecedores de outras cidades para resolverem seus
problemas. Conosco, eles sabem que podem ter um pacote
completo e que terão um bom resultado final”, avalia Barbosa.
Devido ao suporte móvel, diversos pequenos fabricantes do
interior alagoano, que antes manuseavam ferro de forma artesanal,
hoje, já trabalham com o alumínio de forma industrial. “Sabemos
que muitos que optaram em mudar de ramo, tiveram seu modo de
vida modificado. O alumínio lhes trouxe prosperidade e confere a
esses fabricantes um valor justo ao seu esforço profissional”, afirma
Barbosa. Para o técnico, capacitação é uma forma de preparar a
lojas para apresentarem lançamentos ao mercado.“Estabelecimentos sem preparo são pouco confiantes para oferecer novidades
para seus clientes e acabam trabalhando sempre com os mesmos
produtos. Quando você especializa a sua equipe, fica mais seguro
para compor estoque e para vender itens novos”, afirma.
A Bahia Alumínio é outra loja que conta com suporte
técnico de alto nível. Com três funcionários para fazer a
avaliação especializada, a distribuidora já atuou em parcerias
para grandes obras, como a Arena Fonte Nova e o centro
empresarial Hangar Aeroporto, ambos em Salvador (BA).
“Hoje, cerca de 90% dos pedidos que atendemos passam por
algum tipo de serviço técnico e essa demanda está crescendo dia a dia. Esse diferencial dá ao cliente a segurança de
saber que está usando o produto adequado, com a aplicação
correta, dentro das normas técnicas”, afirma Rogério Sousa,
técnico da Bahia Alumínio.
Também para Vander Cielo, proprietário da Alcont,
distribuidora exclusiva da Alcoa em Porto Alegre, a especialização do atendimento ao cliente é fundamental. Com seis
profissionais capacitados para o trabalho, Cielo acredita que
o suporte técnico é importante para adequar os materiais
da Alcoa ao padrão de custo da obra, que pode variar de
econômico a alto luxo. “A assistência não é apenas para
grandes obras, mas também pequenas e médias. Porém,
as maiores construções ainda possuem mais detalhes e
requerem maior atenção”, finaliza.
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capa
O que fazer para evitar
patologias em obras
O passo a passo desde a contratação até a instalação
de esquadrias
Em uma obra, há maneiras corretas de evitar possíveis problemas. Por isso, a partir desta edição,
a revista Alumínio & Cia. trará um especial mostrando o que fazer para evitar dores de cabeça –
principalmente em se tratando das esquadrias de alumínio – da escolha ao ajuste final. Segundo o
consultor Antônio B. Cardoso, responsável por este artigo, o ideial é aprender a cada obra realizada
e, com isso, nos aperfeiçoarmos em todos os sentidos.
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A ideia deste especial é apresentar comentários e ilustrações
de todas as fases do processo, visando a intenção maior que é
evitar as patologias em obras residenciais verticais – onde se
concentra a maior fatia de consumo de esquadrias de alumínio.
Mas como o assunto é de grande importância, iniciaremos
este mês e seguiremos com o tema nas próximas edições.
empresa, ofertando produtos adequados e comprovados do
ponto de vista de desempenho, exatamente para não haver
problemas futuros na obra. Logo, este é uma parte do papel
da área comercial.
Caso tenhamos algum caso que gere dúvida construtiva e
não conhecida é sempre bom lembrar que podemos testar tal
situação e, dessa forma, tocar o projeto seguramente.
O Papel da Área Comercial
Como detém a maior porcentagem do
O Desenvolvimento da Área Técnica
mercado no uso de esquadrias de alumínio, Uma
Juntamente como apoio à área comercial – e,
o residencial ver tical é, por consequência, documentação
diga-se de passagem, andando junto – é imprescinonde há a concorrência mais acirrada. Em
dível a atuação da Área Técnica.
bem elaborada,
contra partida, conta com uma maior gama de
Com ela é feita a seleção cabível para cada
com todas as
produtos bem desenvolvidos.
obra, onde devem ser analisados detalhes construEm geral tenho observado que na Indústria informações
tivos, tamanhos, quantitativos, componentes, vidros
de Esquadria de Alumínio – e estamos falando
a serem utilizados, ligação dos produtos ofertados
devidas àquela
da não padronizada – é o próprio sócio quem
com as NBRs e, com a NBR 10821, custos de mão
comanda a área comercial, ou em outros casos, o determinada
de obra, logística, apoio à produção, e também o
comercial é fortemente amparado pelo técnico. esquadria é
acompanhamento durante a fase da obra.
Esta “dupla” tem a responsabilidade de estar
Ou seja, muito da criação, comunicação técnica, planeatualizada com o lado técnico do que acontece fundamental para
jamento, e apoio a outras áreas da empresa, sai da técnica.
no mercado, seja ela sobre produtos, compo- o processo como
Uma documentação bem elaborada, com todas
nentes, acabamento de superfície, equipamenas informações devidas àquela determinada esquaum todo
tos, normas, sistemas, parceiros, fornecedores,
dria é fundamental para o processo como um todo
António B. Cardoso
entre outros pontos. Isto vai contribuir significae, acima de tudo, terá uma contribuição fundamental
tivamente no momento de fazer uma oferta. É
para se evitar a famigerada Patologia em Obras.
claro que o objetivo final é o fechamento, porém entendo que
Na sequência, um exemplo de documentação de conjunto
temos que ter a visão a respeito do longo prazo dentro da
na Linha Inova, assim como o resultado final.
Ilustração 1
Exemplo
de
montagem = parte 1 do conjunto
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Ilustração 2
Exemplo de montagem = parte 2 do conjunto
O Primeiro Contato com a Obra – A Comunicação Técnica
Após a documentação formalizada e aprovada pelo cliente há o primeiro contato com a obra. Neste estágio é extremamente
importante conhecer muito bem os envolvidos em fazer a obra, deixando-os preparados para participar da elaboração das etapas
que exigem o conhecimento de esquadrias. O objetivo é esclarecer os detalhes de interferência esquadria x acabamento da obra,
tais como tipologia, tamanhos, prumo, nível, linhas de referencia, entre demais pontos que fazem parte da comunicação técnica,
que devem estar no caderno.
Para resumir este primeiro contato com a obra, uma das tarefas já virou ação: trazer as medidas de fabricação do contramarco.
Ilustração 3
Foto do produto acabado: Esquadria integrada ao ambiente interno e externo
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Novamente a Área Técnica
Feito o primeiro contato com a obra – e tendo a confirmação das medidas – volta a entrar em cena, a Área Técnica.
Agora o papel é preparação da obra, via elaboração das listas dos materiais para compra, e finalização dos projetos para a
fabricação das Esquadrias, com os devidos detalhes e/ou esquemas, conforme exemplificaremos adiante, começando com
a colocação do contramarco.
O Segundo Contato com a Obra – A importância do contramarco
Sem dúvida, boa parte dessa etapa é o famigerado contramarco (ver matéria nas páginas 30 a 32). Na maioria dos casos é
muito difícil viver sem ele, ou algo que faça o seu papel numa obra.
O contramarco é uma peça fundamental na interligação entre esquadria de alumínio x obra. Ele é responsável pela equalização
das medidas, do esquadro, do nível, do prumo, além das linhas de referência para o acabamento do vão. Isso tudo sem esquecer
a importância do contramarco para a vedação e até mesmo do funcionamento da esquadria como produto final.
Ilustração 4
Mau preenchimento da massa. Com ela a formação de foco para um mau resultado na vedação, entre o marco da esquadria e a alvenaria.
Nesse momento lembro de um
amigo fabricante. Naquela época ele
tinha uma empresa de esquadrias,
especializada em residências. Ele sempre
entregava ao mestre da obra um protótipo em gesso, que bem demonstrava a
impor tância do contramarco, ilustrando preenchimento, linhas de referência
e esquadro. Confesso que ele dava uma
tremenda impor tância na condução de
uma obra, mas em compensação, tinha
menos problemas em obras, quando
comparado aos demais.
Na colocação do contramarco, a
utilização do gabarito é extremamente útil. Na foto ao lado um exemplo
simples de gabarito:
Ilustração 5
Na colocação do contramarco, a utilização do gabarito é extremamente útil. Um exemplo
simples de gabarito.
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A Produção
Após checar as medidas e situação final dos contramarcos – essas informações são contempladas no projeto – é feita a
chamada lista de cor te dos materiais e colocadas as observações per tinentes para envio à produção.
Para falar no fluxo da produção, antes é preciso comentar um pouco um layout básico de uma fábrica de esquadrias.
Ilustração 6
Layout fábrica para produção 60 T/ANO área 300/500 m2
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Estratificando o layout (imagem),
é possível notar que existem algumas
áreas no decorrer do fluxo assinalado,
começando pela estocagem do material
em barras. Em seguida vem o corte, na
sequência a usinagem, adiante a colocação dos acessórios, depois a montagem
e embalagem e, finalmente, o estoque de
esquadrias prontas.
Esta matéria irá comentar os alertas
em cada uma delas e, dessa forma,
auxiliar a prevenção para a não patologia
em obras.
Cabe aqui destacar que os equipamentos para uma boa produção de
esquadrias de alumínio, hoje os que
estão disponíveis no Brasil, são boa parte
importados da Europa, e de boa qualidade, o que contribui e muito para o
desempenho da esquadria. É importante
também que o pessoal deve estar prepa-
Ilustração 7
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Esquema de usinagem do peitoril
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rado para a operação e, assim, evitar
problemas adiante.
A Produção – Estoque em barras
+ Corte
Aqui o cuidado e vigilância é a averiguação das barras, quantitativo, codificação eventuais amassamentos, como
também falhas em pintura ou anodização.
Sobre o armazenamento, depende
do espaço disponível, sendo que na
posição horizontal e com prateleiras
baixas, é mais prático. Caso não haja esta
regalia, temos que partir para a prateleira
com barras na vertical, e neste caso o
manuseio é maior.
Temos uma diversificação muito
grande de equipamentos de corte, que
se molda à quantidade, tipo de corte e
fluxo de produção. Entretanto, uma boa
guia de busca de medida no equipamen-
to é fundamental para que as medidas
estejam conforme o projeto e sem
rebarbas. Afinal, o disco de corte tem sua
vida útil dependente da manutenção.
A Produção – Usinagem
Além dos equipamentos genéricos, tais como pantógrafo, furadeira e entestadeira, vale destacar os
estampos, que são indispensáveis e
exclusivos para cada linha de produto,
assim como para cada usinagem realizada nas pontas dos perfis, além de
outros pontos (ilustração 7).
Nesta secção é onde temos boa
par te do bom funcionamento da
esquadria. Por tanto, vamos ilustrar
pelo menos dois deles: as usinagens
de saída d’água e usinagem para a
caixa de dreno, ambas no perfil do
peitoril de uma janela de correr.
Na figura, exemplos de esquemas
para usinagem de saída d’água, de
tipologias de correr de duas, quatro e
três folhas com venezianas. O raciocínio é a visão de uma janela fechada,
tendo as usinagens nos períodos
livres para o funcionamento da folha.
É um bom método de ver onde
executar as usinagens, pois, se estas
forem feitas sob a folha quando
fechada, ao invés de uma saída de
água, haverá uma entrada de água e,
por consequência, problemas na obra.
Sobre a usinagem da caixa de
dreno, que fica localizada entre os
montantes centrais, praticamente é a
mesma da saída de água. No entanto,
nesse ponto deve ser introduzida a
caixa de dreno (Ilustração 8).
Somam-se a essas usinagens
no trilho de uma janela de correr,
muitas outras, tais como os extremos
das folhas e marcos, usinagens para
conchas e montantes. Só no que se
refere a janelas de correr.
Ilustração 8
Perspectiva do peitoril com as usinagens
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Colocação dos acessórios
Nesta secção são posicionadas as roldanas, conchas, guias, caixa de dreno, escovas de vedação, parada de folha, complementos
de vedação dos extremos dos montantes, e vedação na guia superior, sendo esses para janelas de correr.
Ilustração 9
Perspectiva do peitoril com as usinagens
Ilustração 10
Perspectiva do peitoril com as usinagens
Continuação
Na próxima edição traremos a montagem, embalagem e transporte, fechando, assim, o tema Produção em Fábrica. Em seguida,
iniciaremos um passo a passo na obra, desde o momento da chegada das esquadrias até a instalação e as garantias.
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Mercado
Contramarco mal instalado, um
problema para toda vida
Decorrentes de falhas em revestimento nos vãos das esquadrias e do uso
de gabaritos de madeiras, há problemas com o contramarco que poucos
costumam se atentar. Comprar contramarco e esquadria do mesmo
fabricante minimiza as dores de cabeça
José Gonçalves
Há mais de 30 anos no ramo da construção, José Gonçalves Neto, Engenheiro Civil, trabalha na Alcoa Aluminio S.A.
como técnico de credenciamento de fabricantes de esquadrias, é categórico ao afirmar que a grande maioria dos
problemas de infiltração, na região das janelas, é proveniente do mau chumbamento do contramarco. “Ao averiguar, constata-se que 90% das reclamações não têm ligação
alguma com as esquadrias, e que por falta de conhecimento
o consumidor acha que é pela esquadria, explica.
Um contramarco mal instalado, de fato, é um problemão.
E para evitar dor de cabeça é preciso seguir algumas orienta-
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ções básicas. A primeira delas, segundo José Gonçalves Neto,
envolve o preenchimento total no contorno do contramarco
com argamassa, seguido da aplicação de silicone nos rejuntes
adjacentes ao contramarco, considerados pontos mais vulneráveis aos vazamentos. Essa prática acaba, principalmente,
com a possibilidade de percolação na região da janela.
Para as boas práticas no revestimento (cerâmica ou
pintura) do vão da esquadria, não há necessidade de dar
caimento (inclinação) no peitoril, o vão da esquadria deve
estar no prumo e no esquadro, alinhados com o contramarco, caso contrario haverá comprometimento para encaixe e
funcionamento da esquadria.
Outra dica valiosa é o uso do
gabarito metálico para instalação do
contramarco, ao invés do modelo
feito de madeira (sarrafos). Ele garante
regularidade no prumo e nível do vão,
rapidez na chumbação pois a argamassa
pode ser aplicada em todo o perímetro, continuamente, sem deformar o
contramarco. “O chumbamento com
a madeira demora porque o pedreiro
tem que ajustar a prótese toda hora. Se
ele usa um gabarito metálico, essa estrutura absorve todas as tensões e facilita
o preenchimento com a argamassa. No
outro dia, ele retira o gabarito metálico,
repete o procedimento nos demais
vãos, encaixa o gabarito em outro
contramarco, da mesma dimensão,
amarra com arame 18 e chumba-o . É
facinho!”, conta.
Vale destacar que, a vida útil do
gabarito metálico é grande. Ele possui
as vantagens de ser reaproveitado para
outras obras, não perde a dimensão
original com a aplicação de água,
previne a estrutura contra: torção de
perfil e atraso no cronograma da obra.
A instalação de um contramarco, de
acordo com especialistas do mercado
de construção, não é algo complexo,
mas merece ser bem planejada. O instalador também precisa estar alinhado
com as boas práticas de manutenção.
A limpeza (retirada de resíduos de
argamassa e, ou sujeiras) é um caso
específico e deve ser feita antes da
instalação da esquadria.
Responsabilidade na hora de
comprar
O consumidor final também tem
papel fundamental no bom desempenho
do produto. Comprar o contramarco e
a esquadria do mesmo fabricante pode
ser uma atitude decisiva. Essa, explica o
técnico de credenciamento da Alcoa, é
uma forma de ter um serviço padronizado, com o acompanhamento de um
profissional especializado, sem aquela
velha história de empurra empurra.
E mesmo com o selo de qualidade de uma grande construtora,
é recomendável que seja feita uma
inspeção minuciosa nas esquadrias. Dois
exemplos clássicos dos problemas que
geralmente encontramos são: quando o
pedreiro abre demais (5mm) o vão em
ângulo (desalinhado com o contramarco) dando a impressão que a esquadria está pequena; a outra é a descoberta de partes ocas no contramarco
por onde ocorre as infiltrações. “Uma
forma de investigar as esquadrias é
com um martelinho, batendo em todo
o entorno do contramarco para saber
se não há área sem preenchimento”,
afirma José Gonçalves Neto.
Por isso, avalie com muito cuidado
quando a sua esquadria apresentar
algum indício de não conformidade. Dificuldade em funcionamento e
apresentando infiltrações, na maioria
dos casos, podem ser decorrentes de
um contramarco mal chumbado.
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Fique por dentro:
O chumbamento do
contramarco deve ser feito
de forma que a argamassa penetre em todo seu
perímetro, preenchendo
todos os espaços vazios
na parte interna, evitando
infiltrações
É preciso uma folga de
pelo menos 30 mm entre o
contramarco e a alvenaria,
em todo perímetro, para
chapar a argamassa
O contramarco deve
ser limpo, também, com
um pano embebido em
álcool para, posteriormente, receber o silicone
ou a fita vedante
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Projetos
Polícia Federal ergue nova
sede em Boa Vista
Construção contou com o fornecimento de esquadrias e guarda
copos de distribuidora da Alcoa
Obra Polícia Federal
Local....................................Boa Vista (RO)
Quantidade fornecida. 20 toneladas
Construtora.....................Andrade Galvão
Fabricante.........................Top Alumínio
Linhas..................................Inova, Cittá Due e Gradil
Por quase 15 anos, a Superintendência da Polícia Federal de Roraima esteve sediada em um prédio alugado, pequeno e
antigo, no bairro de Caçari, o mais nobre da capital Boa Vista. As limitações físicas do imóvel faziam com que a rotina dos
agentes fosse pautada por condições improvisadas. A crescente demanda de trabalho, contratação de funcionários e busca
substancial por espaço tornou o local incapaz de abrigar os cerca de 400 funcionários da corporação.
Uma das saídas encontradas foi a transferência das operações para uma nova sede, espaçosa, moderna, bem composta
e alimentada por laboratórios de primeiro mundo. Iniciada em abril de 2010, a construção – já finalizada - do edifício durou
dois anos e quatro meses, custou cerca de 26 milhões de reais e tornou-se um marco para o bairro 13 de setembro, nas
margens da BR-174, em Boa Vista.
A obra tem quatro pavimentos e ocupa 10 dos 60 mil metros disponíveis – divididos entre Polícia Federal, Justiça Federal,
Anatel, Incra e Funai. O engenheiro fiscal, Maurício Botelho, informa que o edifício possui um sistema de água pluvial e
sistema energético econômico, com sensores de presença e outros equipamentos que ajudam a controlar o funcionamento
do ar-condicionado. “Não haverá nenhum desperdício. Tudo o que é de novo e que pode dar retorno para o serviço público
foi aplicado. Procurou-se fazer um prédio enxuto, mas sem perder em qualidade”, afirma.
Além do amplo espaço e da responsabilidade com o meio ambiente, a sede da PF proporciona o que há de melhor
em equipamentos, gerando um trabalho eficaz e bem estar aos servidores. O local contempla auditório, laboratórios de
perícia, delegacias, stand de tiro, sala de treinamento, academia, refeitório, consultórios médicos, espaço para atendimento
da imigração, área de imprensa e de advogados.
Na par te externa, fora o estacionamento, há pista de corrida para treinamento dos policiais, canil, oficina e um projeto
de paisagismo com árvores frutíferas e vegetação nativa. A estrutura compor ta até um heliponto.
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Padrão Alcoa de qualidade
A viabilização da obra contou com um grande apoio de
uma das distribuidoras da Alcoa na região, a Loja Alumínio
Boa Vista. Contratada pela Andrade Galvão LTDA., vencedora da licitação pública, a unidade disponibilizou esquadrias de
portas, janelas, peles de vidros, guarda-corpos - composição
similar a de um parapeito - e, em parceria com a 3M, treinamento aos instaladores. “A 3M veio aqui dar um treinamento
da colagem da fachada cortina e nós vendemos o serviço
como parte de um consórcio”, explica Aldemar Albuquerque, proprietário da Loja Alumínio Boa Vista.
As linhas escolhidas para abastecer os pavimentos
foram a Inova, Cittá Due e Gradil Universal, somando 20
toneladas de material da tonalidade “Anodizado Fosco”,
do fabricante Top Alumínio.
O guarda-corpo tem perfil arredondado e, por ser
de alumínio, evita a corrosão. Ele obedece à norma
mais recente de segurança da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), com altura mínima de 1 m,
ornamentos a 45 centímetros do solo e ensaios extras
para garantir a integridade em casos de acidentes.
Nas janelas, dois dos três modelos de esquadrias
utilizados foram das linhas Cittá Due e Cittá, que
possuem características similares. Compor tam vidros
de 6 mm para folhas encaixilhadas e 8mm para laminados, colados com silicone. Contam ainda com o benefício de guarnições vulcanizadas e de acomodação
frontal e braços resistentes a 100 kg. As linhas Cittá
Due e Cittá foram fabricadas para atender, principalmente, fachadas, cor tinas, canos e cur vas.
O outro modelo de esquadria empregado, a Inova,
proporciona modernidade e excelente resistência
estrutural ao sistema de esquadrias. O modelo também
oferece inúmeras alternativas constr utivas, mais de 40
tipologias diferentes, maior vão de luminosidade e
perfis que auxiliam na limpeza da esquadria.
“A presença física de uma das distribuidoras da
Alcoa, a Loja Alumínio Boa Vista, foi fundamental para o
bom andamento da obra, que contou com os ser viços
padronizados da empresa”, conclui Maria Taciana
Lemos, técnica regional da Alcoa.
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Projetos
Rede Alumínio
& Cia é parceira
na construção
do Villeneuve
Residence
Com 11.000 m², o condomínio de alto
padrão, em Santa Catarina, contou com
assistência técnica e produtos de alumínio
credenciados pela Alcoa.
Foi em 1864 que a princesa Isabel, filha do imperador Pedro II,
casou-se com o Gastão de Orléans, mais conhecido como Conde
d’Eu. Como parte do dote da nobre estavam as terras que depois
seriam batizadas com o nome de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
Com o passar do tempo, a cidade tornou-se cada vez mais importante para a economia do estado catarinense e, a partir de 1940,
viveu um crescimento acelerado com a chegada de indústrias de
diversos setores, como têxtil, alimentícia e de construção.
Hoje, Jaraguá do Sul tem cerca de 150 mil habitantes e é a
quinta maior economia de Santa Catarina, atrás apenas de Joinville,
Blumenau, Florianópolis e Itajaí, tendo o terceiro maior polo industrial
do estado. Mas não é apenas a economia da cidade que é uma das
maiores da região, mas também a sua qualidade de vida. Segundo
levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), a cidade
está entre as 50 com melhor Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) do país, combinando um grande centro fabril a praças, parques
e cerca de 40 hectares de Mata Atlântica, onde moradores podem
participar de atividades de lazer e educação ambiental.
Além da infraestrutura do município, os conjuntos residenciais
de alto padrão fazem de Jaraguá do Sul um lugar ainda mais agradável para se morar. Um exemplo é o Villeneuve Residence, concluído em 2012, que combina segurança, sofisticação e sustentabilidade para melhorar a qualidade de vida dos moradores do centro
da cidade. Com aproximadamente 11.000 m² de área, o condomínio possui duas torres de 12 pavimentos com acabamento de
alto padrão. Dentre as conveniências do Villeneuve estão salão de
festas, sauna, piscinas, fitness center, brinquedoteca, sala de jogos
e hall social, cercados por uma extensa área verde com trilha de
caminhada e praças. As duas torres contam com dois apartamentos por andar de 271,41 m² cada, dotados de quatro suítes, sala
de estar e jantar, cozinha, espaço gourmet, ampla área de serviço,
dependência de empregada, além de quatro vagas de garagem.
Parceria de alto nível
Realizado pela Proma Construtora, o Villeneuve Residence
contou com o fornecimento da Duriarte, fabricante credenciado, e da Alumínio São José, distribuidor Alcoa. Segundo Nivaldo
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www.aluminioecia.com.br
Villeneuve Residence
Local.........................Jaraguá do Sul (SC)
Loja responsável..Duriar te e Alumínio São José
Construtora..........Proma
Linha.........................IV Gold e Cittá Due
B. Lopes de Souza, sócio-proprietário da Duriarte, a revendedora auxiliou a obra desde o início, adequando as especificações
de espessuras de vidro e de produtos de alumínio segundo às
necessidades do projeto. Ao final, as duas torres receberam 20
toneladas de alumínio – 12 da linha Cittá Due e oito da Gold
IV –, além de 2.000 m² de vidro laminado incolor.
Com tripla vedação, as fachadas Citté Due foram escolhidas
pela estanqueidade, que garante vedação à entrada de ruídos
externos para o interior do ambiente. Outro diferencial que
pesou na definição da linha foi a valorização dos grandes vãos
da sala de estar, pelo fato de proporcionar maior luminosidade
e visão panorâmica da cidade. Já nas suítes do edifício foram
instaladas persianas de correr automatizadas com peitoril fixo
da linha Gold IV. A escolha pelo material foi por conta do seu
excelente desempenho acústico com vidro laminado 4+4, além
do seu alto padrão de acabamento. “A Duriarte, ao lado da
Alumínio São José, foi responsável pela distribuição e especificação de produtos, juntamente com a engenharia da Proma, que
é um cliente extremamente exigente e que procura sempre
aplicar materiais de alto desempenho, tanto no que diz respeito
à estanqueidade quanto à beleza”, afirma Souza.
Segundo Solon Rosa, responsável da Alcoa pelo credenciamento dos fabricantes na Regional Sul, a assistência das revendedoras também incluiu a entrega de itens fundamentais para
o início da obra. “Antes de tudo, fornecemos os contramarcos
para as portas e janelas, que são uma moldura de alumínio utilizada como definição do vão, antes da instalação das esquadrias.
Ele é uma espécie de gabarito para esquadrejar e facilitar a
montagem”, explica Rosa.
julho / agosto de 2013
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Rede ALumínio & Cia.
CONTATOS
Saiba onde estão localizadas as principais lojas Alumínio & Cia. instaladas no País. Quem
estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.
Região Norte
Região Nordeste
Amazonas
Alagoas
CAA - Comércio Amazonenese
de Alumínio
Tel. (92) 2123-0123
Centro do Alumínio
Tel. (92) 3643-9000
Pará
Alupará - Belém
Tel. (91) 3276-8899
Alupará - Marabá
Tel. (94) 3321-4519
Minas Gerais
Alunor
Tel. (84) 3213-2001
Aludir - Belo Horizonte
Tel. (31) 3383-6622
Metalnor
Tel. (84) 3312-3700
Aludir - Divinópolis
Tel.(37) 3691-7002
Ceará
Sergipe
Alconort - Cariri
Tel. (85) 3571-6464
AlumiBox
Tel. (79) 3211-9270
Alconort - Fortaleza
Tel. (85) 3464-2255
Região Centro-Oeste
Mato Grosso
Região Sul
Maranhão
Alumínio Pantanal - Cuiabá
Tel. (65) 3627-1500
Paraná
Alumapi - São Luís
Tel. (98) 3269-1010
Santarém Alumínio
Tel. (93) 3523-1272
Raw Alumínio
Tel. (11) 2341-0546
Rio Grande do Norte
Bahia Alumínio - Vitória da Conquista
Tel. (77) 3421-8444
A. D. Junior
Tel. (96) 3225-0500
Comaço Alumínio
Tel. (16) 3615-8551
Alumapi - Teresina
Tel. (86) 3233-3363
Bahia Alumínio - Salvador
Tel. (71) 3616-0711 / 3616-0702
Amapá
Aluquality
Tel. (17) 3216-3020
Piauí
Aluma (Matriz) - Maceió
Tel. (82) 3324-1186
Bahia
Metal Alumínio
Tel. (92) 4009-2253
São Paulo
Meganordeste - Recife
Tel. (81) 3878-4522
Aluma - Arapiraca
Tel. (82) 3530-9237
Aluma - Maceió
Tel. (82) 3311-5757
Fort Alumínio
Tel. (92) 3656-6111
Região Sudeste
Meganordeste - Garanhuns
Tel. (87) 3762-3002
Paraíba
Espírito Santo
Estrela Vidros
Tel. (27) 2124-7500
Alcotyba
Tel. (41) 3344-1100
Mato Grosso do Sul
Alumínio Pantanal - Campo Grande
Tel. (67) 3351-1500
Rio Grande do Sul
Rondônia
Meganordeste - Campina Grande
Tel. (83) 3341-5500
Aluacro
Tel. (69) 3222-6000
Meganordeste - João Pessoa
Tel. (83) 3236-6868
Albra Alumínio
Tel. (61) 3462-8500
Alcont - Porto Alegre
Tel. (51) 3092-7800
Roraima
Pernambuco
Santa Catarina
Alumínio Boa Vista
Tel. (95) 3627-4666
Meganordeste - Carpina
Tel. (81) 3621-0135
Goiânia
Alcoeste Alumínio
Tel. (62) 3282-2500
Distrito Federal
Alcont - Caxias do Sul
Tel. (54) 3218-7777
Alumínio São José
Tel. (48) 2106-6600
Rede Esquadria & Cia.
Saiba onde estão localizadas os principais fabricantes da rede Esquadria & Cia. instaladas no País.
Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.
Ceará
Bahia
Santa Catarina
São Paulo
LAC Up Metalúrgia
Tel. (85) 3276-2514
Mareal Manutenção e Montagem
em Esquadrias de Alumínio
Tel. (71) 3246-2655
Agimax Esquadrias Metálicas
Tel. (49) 3442-2257
Atalumínio Ind. e Com. de Esquadrias
de Alumínio Ltda.
Tel. (18) 3625-5010
Metalúrgica Squadrilar Ltda.
Tel. (71) 3312-6023
Durante Esquadrias de Alumínio
Tel. (48) 3621-7500
Tecmont Produtos Metálicos Especiais
Tel. (71) 3418-4450
Duriarte Soluções em Vidro e
Alumínio
Tel. (47) 3333-1151
Metal Leste
Tel. (85) 3485-1010
Metalúrgica LCR Ltda
Tel. (85) 3273-2822
Brasília
Alutemper
Tel. (61) 9655-0597
Novix
Tel. (61) 9838-6699
Maranhão
HB Alumínio
Tel. (98) 8834-3434
Minas Gerais
Alumont Esquadrias Ltda. ME
Tel. (31) 3493-3500
Esquadrias de Alumínio Delagnello
Tel. (47) 3365-1439
Stylo Alumínio Ltda.
Tel. (48) 3242-3732
Paraná
Abra Alumínios
Tel. (46) 3224-2279
Domínio Esquadrias de Alumínio
Tel. (41) 3095-2858
Esquadrilon Comércio de Esquadrias
Tel. (43) 3321-1117
OK Alumínio
Tel. (44) 3622-1571
Para conhecer mais sobre as redes Alumínio & Cia. e Esquadria & Cia. e os seus endereços, acesse: www.aluminioecia.com.br
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