Património Mundial da Unesco - pradigital

Transcrição

Património Mundial da Unesco - pradigital
2010
Património Mundial da Unesco
Sandra Jacinto
Curso de TIS
09-09-2010
Protecção
do
Património
Mundial
enquanto
cultura
é
representativa do comportamento cívico de uma sociedade
desenvolvida
Cidade Antiga de Jerusalém e seus Muros
A Cidade Antiga de Jerusalém é uma área em forma rectangular
rodeada por uma muralha mandada construir em 1538 (ou 1542)
pelo sultão otomano Solimão, O Magnífico.
Oito portões permitem o acesso à Cidade Antiga. Ela é o centro
histórico de Jerusalém e nela se concentram os principais locais
sagrados. Está dividida em quatro partes: a judaica, a cristã, a
arménia e a muçulmana. A Cidade Antiga e as suas muralhas foram
nomeadas pela UNESCO Património Mundial da Humanidade em
1981.O bairro cristão ocupa a parte noroeste da Cidade Antiga e o
seu monumento principal é a Basílica do Santo Sepulcro.
Entrada principal para a Basílica do Santo Sepulcro
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Inclui o Portão Novo, partilhando o Portão de Jafa com o bairro
arménio (que se encontra no sudoeste) e o Portão de Damasco com o
bairro muçulmano. Nesta área passa também a Via Dolorosa, o
caminho que se julga ter sido percorrido por Jesus com a cruz antes
de ser crucificado no Calvário, um pequeno monte na zona nordeste
da actual cidade fortificada.
Uma rua da Cidade Antiga perto do Portão de Jafa
O bairro muçulmano situa-se a nordeste e inclui o Portão de Herodes,
o Portão dos Leões (ou Portão de São Estêvão) e o Portão Dourado.
Nele se situa o Haram ash-Sherif (conhecido como "Monte do
Templo" pelos judeus), um santuário no Monte Moriá, onde estão
duas mesquitas: a Cúpula da Rocha (ou Mesquita de Omar) e
Mesquita de Al-Aqsa.
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Cúpula da Rocha e Muro Ocidental
Este sítio Património Mundial da Unesco está em perigo, no entanto
tem sido preservado embora se encontre em território administrado
pelo estado de Israel, no qual foi proposto pelo reino vizinho da
Jordânia.
A cidade antiga de Jerusalém e seus muros se pensarmos no
sacrifício que todas aquelas pessoas fizeram para construírem aquela
cidade, seria um crime destruir algo que foi construído com tanto
sacrifício e que demonstra bem o que o Homem consegue fazer,
espero que continue a ser preservada porque é uma zona muito
antiga e tem monumentos lindos sendo o principal a Basílica do Santo
Sepulcro esta zona é considerada sagrada pelas três religiões
monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islão.
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Uma sociedade que não preserve e proteja os seus monumentos,
quer sejam culturais ou naturais, não respeita nada nem ninguém.
Se o Comité do Património Mundial for avisado sobre possíveis
perigos para um sítio, ele é incluindo na lista do Património Mundial
em perigo. O primeiro responsável pela protecção do Património
Mundial é o governo do país onde se encontram os bens, edifícios,
cidades históricas, etc.
Perante as constantes ameaças de alterações climáticas e mesmo de
destruição devido à evolução da vida social e económica, os
responsáveis pela conservação são muitas vezes confrontados com a
falta de recursos financeiros, o que faz com que não seja fácil manter
o seu património em perfeitas condições sem ajuda.
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1945: Destruição de Dresden e da Igreja Frauenkirche
O centro histórico de Dresden, destruído pelo bombardeio aliado
Um dos episódios mais controversos da Segunda Guerra Mundial foi o
bombardeamento de Dresden, na Alemanha, entre 13 e 15 de
Fevereiro de 1945. A cidade era uma das mais belas da Europa,
sendo chamada de “Florença da Elba”, em referência ao rio, que corta
a cidade. A Sua arquitectura barroca era reconhecidamente um
património cultural mundial.
Frauenkirche em 1880
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A cúpula de Frauenkirche era praticamente única. Em 13 de Fevereiro
Dresden
foi
arquitectónicas,
varrida
que
pelas
bombas
proporcionavam
aliadas,
à
cidade
várias
um
obras
conjunto
harmónico, afundaram-se em cinzas.
A cúpula da Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), um templo
luterano de 1743, resistiu às bombas e ao fogo, ao contrário da
maioria
dos
prédios
históricos,
e
serviu
de
refúgio
para
sobreviventes, porém, poucos dias depois, veio ao chão.
O acontecimento era tão desolador que levou o poeta Gerhart
Hauptmann a comentar na época: "Quem desaprendeu a chorar, está
reaprendendo com a destruição de Dresden".
O que sobrou da igreja em 19910
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Reconstrução
Em Agosto de 1945, três meses após o fim da guerra, começou a
reconstrução do conjunto Zwinger e do teatro Schauspielhaus. Mais
tarde, subiram a Semperoper, o palácio e a igreja real. A Igreja
Frauenkirche teve de esperar até ser reconstruída. Mas, num período
em que muitas igrejas eram demolidas na Alemanha Oriental para
dar lugar a prédios com outras finalidades, o monte de 13 metros de
altura e 22 mil metros cúbicos de entulho e duas colunas que
permaneciam de pé foram ao menos mantidos intocados.
A Igreja Frauenkirche finalmente reconstruída, com o fim do regime
comunista e a reunificação da Alemanha, uma fundação começou a
recolher
donativos
para
reerguer
a
igreja.
Desde
então,
a
esplendorosa construção barroca renasceu, pedra por pedra.
O cientista Günter Blobel, nascido em Dresden e radicado nos EUA,
destaca-se entre os doadores. Ele deu à fundação 1 milhão de dólares
que ganhou com o Prémio Nobel de Medicina de 1999.
A Frauenkirche foi oficialmente reaberta em 30 de Outubro de 2005,
após 13 anos de reconstrução.
Frauenkirche, hoje
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Situação
em
como
uma
sociedade
demonstrou
falta
de
respeito cívico pela sua herança cultural destruindo elementos
da sua história.
Biblioteca Nacional do Iraque
A Biblioteca Nacional do Iraque sofreu dois incêndios – a 10 e a 12 de
Abril – que danificaram gravemente a parte principal da fachada do
edifício. Os saques e incêndios danificaram aproximadamente a
quarta parte do total da colecção de livros, incluindo livros e jornais
únicos. O fogo consumiu até 60% dos documentos dos reinos
otomano
e
hachemita,
e
a
quase
totalidade
dos
arquivos
governamentais da época mais recente desfizeram-se em fumo.
Quase toda a colecção de mapas e fotografias ficou destruída, as
cinzas e a fuligem danificaram a maior parte das colecções restantes.
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Algumas bibliotecas importantes de Bagdade também sofreram
estragos. O edifício de manuscritos da Biblioteca Nacional teve danos
muito consideráveis devido ao fogo e ao saque, a Academia Iraquiana
das Ciências e a biblioteca da Faculdade das Artes da Universidade de
Bagdade ficaram reduzidas a cinzas.
Fora de Bagdade, onde a protecção das forças da Coligação foi
igualmente
inexistente,
sucederam
catástrofes
semelhantes.
A
biblioteca central da Universidade de Bassorá ardeu, com a perda de
pelo menos 70% das suas colecções. Os vândalos roubaram a
biblioteca central da Universidade de Mossul, que perdeu um terço
das suas colecções.
Fora
de
Bagdade,
saqueadores
e
ladrões
atacaram
outras
importantes instituições, entre elas o museu de Mossul onde
roubaram centenas de peças, entre as quais 16 peças assírias de
bronze das portas da cidade de Balawat (século IX a.C.), assim como
relevos e placas cuneiformes de argila proveniente de lugares
importantes como Ninive e Nimrud. Também desapareceram livros
únicos, mapas e manuscritos.
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Reconstrução
A história da Biblioteca Nacional do Iraque é muito triste e
desoladora. O seu director Saad Eskander tentou reconstruir a
instituição apesar da negligência dos Estados Unidos e Inglaterra.
Com pequenas ajudas da República Checa e de duas ONG, e com o
apoio orçamental do governo iraquiano, Eskander conseguiu reparar
os estragos do edifício da biblioteca, aumentar o pessoal e começar a
difícil tarefa de refazer o catálogo e de restaurar os objectos
danificados.
Na sua equipa de trabalho, havia sunitas, xiitas e curdos, entre
outros. A biblioteca conseguiu computadores e acesso à internet
graças à ajuda italiana e japonesa e foi capaz de manter as portas
abertas ao público de maneira regular. A Biblioteca não escapou à
violência de uma Bagdade ocupada nem teve a protecção adequada.
Eskander colocou na internet um blogue arrepiante onde conta o
assassinato de vários membros da sua equipa e o atentado com
carro-bomba contra uma importante editora.
Segundo as Convenções de Genebra, as forças de ocupação devem
garantir a ordem pública e evitar o saque. Mais concretamente, as
Convenções de Haia e de Genebra exigem que se proteja o
património cultural da destruição e da espoliação, e proíbe que seja
utilizado como apoio das acções militares. A Convenção para a
protecção do património cultural em caso de conflito armado (1954)
específica, além disso, que a potência ocupante deve tomar as
medidas necessárias para proteger e preservar os bens culturais do
país ocupado e deve evitar ou pôr fim a qualquer tipo de roubo, de
pilhagem ou apropriação indevida, e a qualquer acto de vandalismo
dirigido contra os bens culturais. A Coligação ignorou ou violou essas
leis internacionais, o que provocou um prejuízo enorme e irreparável
para o património cultural do Iraque e de toda a humanidade.
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UNESCO
Importância desta organização de dos seus programas para a
Protecção do Património Mundial.
A Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural foi adoptada
na 17ª Assembleia Geral da UNESCO, em Novembro de 1972 em
Paris. Serviu como resposta a uma preocupação crescente sobre o
estado de conservação do Património Mundial.
Neste tratado internacional, com a participação de 180 países de todo
o mundo reconheceram que determinados sítios localizados nos seus
territórios nacionais, estavam inscritos na lista do Património Mundial,
assumiram como tal a sua protecção como uma responsabilidade de
cooperação da comunidade internacional como um todo.
O comité do Património Mundial reúne-se uma vez por ano, para
actualizar a lista do Património Mundial da UNESCO e fazer a selecção
de mais sítios propostos para a classificação de Património Mundial,
Cultural e Natural.
O Património Cultural e Natural estão cada vez mais ameaçados não
só por causas naturais de degradação, mas também pela evolução da
vida social e económica que os agrava, através de fenómenos de
alteração do clima e de destruição humana.
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Os conflitos armados e as guerras, os desastres naturais os
terramotos, as cheias, as chuvas ácidas e outros, a poluição, também
mão humana, são causas de degradação do património.
A conservação do Património Mundial é um processo contínuo. Se um
país não protege os locais inscritos, corre o risco de que esses locais
sejam retirados da sua lista.
Os países devem informar periodicamente o Comité do Património
Mundial sobre o estado de conservação do seu património.
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