Cor e embalagem
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Cor e embalagem
A cor da embalagem transparente: quando a cor do alimento se trasforma na cor da embalagem. The colors of the trasparent packaging: when the colors of food change into the colors of the packaging. MARIANO, Maria José Mestre em Desenvolvimento, Gestão e Cidadania – UNIJUI/Ijuí. Pós Graduanda – Laurea Specialistica in Comunicazione Visive e Multimediale IUAV di Venezia. Palavras-chave: Embalagem, trasparência, cor. Este artigo resulta de uma pesquisa proposta na disciplina de Teoria da cor no curso de Laurea Specialistica in Comunicazione Visive e Multimediale dell’ IUAV de Veneza. O escopo era estudar a cor das embalagens transparentes onde a superficie comunicativa percebida pelo consumatore é constituída não apenas pelas cores da etiqueta mas também pela cor do alimento que essa contém. A pesquisa se constituiu de uma coleta de imagens de contenitores e de uma analise bibliografica no ambito do design de embalagem. A analise das imagens permitiu avaliar a combinação entre as cores dos conteúdos e as cores da parte gráfica (etiquetas, tampas ou impressões) nas embalagens transparentes. Key-words: Packaging, transparence, color. This article concerns the results of an investigation carried on during the Color Theory course of the postgraduate degree in Comunicazioni visive e multimediali. The study aimed to investigate the color of the transparent packaging in which the communicating surface perceived by consumers is made not only of colors of the label but also from those of the food itself. The investigation was carried on through a collection of images of packaging and from the bibliographic analysis of the packaging design. The analyzes of the images allowed to evaluate the combination between the colors of the contents and the colors of the grafica part , such as labels, covers or seelk screen, in the transparent packagings. A cor da embalagem O estudo das cores nas embalgens permanesse um tema que rende muitos debates. Cada vez mais este tema revela novas sugestões e novas relações, seja em base ao desenvolvimento tecnológico dos meios de impressão e dos materiais seja em base ao comportamento social de consumo. De qualquer forma è sempre um importante foco de estudos quando se refere à comunicação das mercadorias levando em consideração que o adequado uso das cores nos contenitores compreende uma estratégia eficaz para criar um contato simbólico entre produto e consumidor. É fato que certas cores remetem à específicos tipos de sensações, lembranças, conexões, isto è tão verdade que algumas cores se consagraram em embalagens de determinados produtos, por exemplo, a cor marrom para caixas de chocolates, a cor vermelha para confecção de molho de tomates, a assim por diante, apesar de algumas pequenas variações. Sem dúvida, a cor no contenitor alimentar possui a tarefa de estimular mecanismos da nossa memória em relação ao sabor do conteúdo na ausência de uma visualização direta do produto, ou no caso em que a intenção è evidenciar a cor do alimento. Por esse motivo a cor verde para embalagens de queijo, por exemplo, como cor predominante, não é aconselhável, porque é possível que surja uma conexão com o mofo, porém acontece encontrar confecções na cor preta para esta categoria de alimento. A desição de usar essa ou aquela cor vai depender do que deve ser comunicado pela empresa, mas de qualquer forma, as relações entre as cores de embalagens e alimentos percebidas pelo consumidor não podem ser ignoradas. Quando o contenitor è transparente, apesar dos interventos gráficos responsáveis pela identificação, informação e comunicação, resta ao conteúdo completar a composição cromática da embalagem se esse possui, naturalmente ou não, uma cor adequada para ser exposta. Em determinados casos a cor do conteúdo é predominante no campo visual da embalagem e vem percebida pelo observador como se fosse a própria cor da confecção. A cor do alimento que é visível através da embalagem transparente nem sempre é a cor natural do produto. Essa fato se deve aos processos industriais de produção e consequente adição de corantes destinados principalmente a valorizar ou conservar a cor de um alimento. Esta prática de reservar atenção à cor dos alimentos remonta a tempos antigos: os egípcios faziam uso de corantes como componente de conservação e os romanos para a exaltação da cor. Atè os nossos dias, a utilização de corantes tem como objetivo compensar a perda da cor do alimento que além do processo industrial, è devida às condições ambientais e assim satisfazer as espectativas dos consumidores. Se de un lado existe um cuidadoso estudo para a escolha das cores das embalagens, de outro lado existe a preocupação com a cor apresentada pelo alimento no momento da compra, desta forma, colocar em foco a relação entre esses dois fatores parece fundamental para a apresentação da mercadoria ao consumidor. Nesta perspectiva, esse trabalho de pesquisa buscou estudar as embalagens nos casos em que as cores percebidas são atribuídas pelo alimento que transportam, isto è, contenitores transparentes - sejam eles produzidos em plástico rígido ou maleável, sejam ainda produzidos em vidro - que quando preenchidos com um certo alimento passam a apresentar a cor do conteúdo como sendo a sua própria cor. Se trata em substância de focalizar a atenção sobre a visibilidade da cor dos conteúdos e a sua contribuição para a formação de categorias identificativas nas mercadorias. Para isso, foram analisados alguns estudos sobre cores nas embalagens e sobre a relação da cor dos alimentos com a cor dos contenitores. Ao final da pesquisa o contributo que fica, além da metodologia adotada, é a produção de um material de reflexão como auxílio aos projetos de design gráfico para embalagens nos quais é fundamental a relação harmonica entre as cores. A estrada da pesquisa Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido na disciplina de Teoria da Cor no curso de Especialização em Comunicação Visual e Multimeios do Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza. A idéia de pesquisar sobre as cores dos alimentos nas embalagens transparentes surgiu com a solicitação de um trabalho de pesquisa sobre o estudos das cores em uma área que fosse de interesse do aluno: neste caso o design gráfico de embalagem. Se trata de uma pesquisa de caráter qualitativo, de base documental que gerou uma amostra de 640 imagens de embalagens transparentes do setor alimentar. A escolha das fontes para a coleta de dados representa o ponto de partida para a pesquisa. As imagens analisadas são provenientes de duas fontes, uma parte recolhida dos folders promocionais de 5 supermercados nas proximidades da cidade de Vicenza, região do Veneto, no decorrer de 6 semanas, outra parte recolhida na internet nos sites de compras on line. As fontes utilizadas ofereceram uma boa prestação se observadas de um ponto de vista operativo, excluindo assim a necessidade de fotografar diversas embalagens em vários pontos de venda. Para este estudos não foram consideradas as embalagens de bebidas, mas somente de alimentos. O quadro teórico referencial para este trabalho contribuiu especificamente para o desenvolvimento dos seguintes argumentos: design de embalagens, teoria das cores. Além do material didático disponibilizado pelo professor da disciplina. A bibliografia consultada serviu, sobretudo para identificar “como” ou “se” discurso da transparência das embalagens combinada à cor dos alimentos vem sendo tratado. Uma vez construída a amostra, visando a organização do material recolhido, primeiramente foi feito um agrupamento de acordo com a classificação encontrada nos sites de compra on line, a mesma usada pelos supermercados para organizar as mercadorias: fruta e verdura, leite e derivados, conservas, molhos, e assim por diante. As imagens encontradas nos folders de supermercados foram digitalisadas e em seguida, assim como as imagens dos sites, foram agrupadas em arquivos virtuais respeitando a classificação anterior. O fato de dispor as imagens em uma pagina de um software gráfico facilitou a visualização das categorias de produtos. Um olhar sobre o material recolhido inspirou diversas possibilidades de combinação entre as imagens, sugerindo assim critérios diferentes de verificar as circunstâncias de visualização das cores. Para um melhor desenvolvimento desses critérios, foi decidido construir um diagrama que teve como objetivo apresentar as tipologias esistentes de embalagens transparentes, ou seja, um esquema di visualização das possíveis estruturas de contenitores chamado de “diagrama da transparência”, apresentado na imagem 1, o qual reconstroi o percurso de escolha das emnalagens consideradas para a pesquisa. Imagem 1: Diagrama da transparência. Depois de definido a condição do objeto de pesquisa, ou seja, nos casos em que o produto é visível e que a embalagem é transparente e incolor, o Diagrama da Transparencia apresenta dois modos de visibilidade: quando o conteúdo é visível diretamente através da embalagem ou quando o conteúdo é visível indiretamente, este último compreende a possibilidade de alguma barreira que só permite uma parcial visibilidade do produto. No primeiro caso a transparência é a porção maior da confecção e se abre da seguinte forma: contenitores em vidro com tampa impressa (compotas de frutas), contenitores em vidro com etiqueta amarrada por um fio (temperos), saco plástico flexível com testeira grampeada (cereais). O segundo caso, invêz, se abre em: contenitores em vidro com etiqueta colada (conservas), saco plástico rígido com janela (frutos do mar), saco plástico flexível (saladas), bandeijas envolvidas em filme plástico com etiqueta colada ou com cinta de papel (carnes). Na espectativa de decidir o próximo passo para poder definir e aplicar os critérios de análise, o diagrama sugeriu um agrupamento das imagens do tipo horizontal e do tipo vertical. O primeiro agrupamento compreende a reunião das imagens de uma mesma categoria estrutural de embalagens, por exemplo os contenitores em vidro com etiqueta colada. Sendo assim, é possível desenvolver os seguintes critérios: a) uma linha de produtos de uma mesma marca com pouca variação no padrão gráfico das etiquetas, conforme imagem 2; b) uma linha de produtos de uma mesma marca, mas com etiquetas variáveis, como se vê na imagem 3; e c) produtos pertencentes a uma mesma categoria mas de diferentes marcas, conforme imagem 4. O fato de adotar esses critérios possibilitou a identificação do tratamento da cor nas etiquetas em relação à cor do conteúdo nessas diversas situações. Imagem 2: Linha de produtos de uma mesma marca com rígido padrão gráfico nas etiquetas. Imagem 3: Linha de produtos de uma mesma marca com variações no padrão gráfico das etiquetas. Imagem 4: Produtos de uma mesma categoria em diferentes marcas. O segundo agrupamento, dito vertical, compreendeu a reunião das embalagens de diferentes materiais transparentes da seguinte maneira: produtos pertencentes a uma marca embalados em variados tipos de contenitores, como por exemplo a compota de fruta em vidro, o macarrão em saco plástico, os frutos do mar em plastico rígido etc. Este agrupamento serve para identificar a relação da cor de diversas categorias de produtos quando combinada à cor presente na embalagem quando fortemente vinculada à marca da empresa produtora ou distribuidora, como pode ser observado na imagem 5. Imagem 5: Produtos de diversas categorias de uma mesma marca. Durante o percurso da pesquisa surgiu a idéia de elaborar uma outra combinação entre as imagens recolhidas, a qual pareceu relevante para a análise da cor dos conteúdos nas embalagens transparentes. Os agrupamentos que foram feitos anteriormente sugeriram um tipo de aprupamento no qual fosse possível confrontar as imagens da pesquisa com a teoria da harmonia das cores, o que significa agrupar as imagens tendo como base a cor do intervento gráfico da embalagem combinada de forma harmônica com a cor do conteúdo. Para essa verificação foram escolhidas as combinações harmônicas complementares de cores que se referem ao pares de cores verde/vermelho e azul/laranja. Nas imagens 6 e 7 são apresentadas algumas embalagens classificadas segundo o agrupamento de cores complementares. Imagem 6: Produtos com predominancia do par de cores verde/vermelho. Para a primeira harmonia verde/vermelho foram agrupadas as imagens onde a presenza dessas cores era verificada de duas formas possíveis: ou avendo a cor do conteúdo predominantemente na cor verde ou vermelha, ou avendo a cor do intervento gráfico predominantemente na cor verde ou vermelha. Foram consideradas as diversas nuances de verde e de vermelho. Este agrupamento permitiu identificar o uso da combinação cromatica verde/vermelho de forma mais intensa na categoria dos molhos de tomate, que é um conteúdo onde predomínia a cor vermelha, uma vez que essa categoria é consagrada por utilizar potes de vidro com etiquetas onde geralmente estão presentes os elementos gráficos na cor verde. Do montante de imagens estudadas, 3% apresentaram esse par de cores. Imagem 7: Produtos com predominância do par de cores azul/laranja. O grupo de imagens que foi isolado para a segunda classificação azul/laranja, para a qual foram consideradas as diversas nuances dessas cores, consentiu identificar a presenza de tal harmonia complementar principalmente na categoria dos macarrões. Das imagens recolhidas, 7% apresentaram essa combinação de cores. Levando em consideração que as imagens da amostra eram muitíssimo variadas em termos de cores, esse percentual é considerável a ponto de dizer que é um número representativo. Contributos teóricos sobre a cor das embalagens Uma parte da bibliografia consultada faz referência à transparência como uma oportunidade de mostrar o produto com o intuíto de seduzir o consumidor através de mecanismos capazes de estimular o sentido visual, outra parte faz referência à cor da embalagem como estratégia de comunicação, porém, não se refere especificamente sobre o aproveitamento da cor do que está dentro do contenitor como instrumento comunicativo. No capítulo destinado à transparência, Bucchetti (2005, p.34) argumenta que “A transparência é uma modalidade específica da relação conteúdo/contenitor; transforma este último em uma espécie de ‘véu’, cujas diversas intensidades podem também chegar ao ‘desaparecer perceptivo’ do material e garante assim a máxima visibilidade do conteúdo”. Neste caso o conteúdo, come sugere a autora, se transforma na coisa mais importante e mais evidente que o contenitor, desta forma, este “desaparecer” poderia certamente fazer com que a cor do alimento no interior da embalagem “que não existe mais” viesse percebida como a única cor evidente, no máximo combinada com a cor da etiqueta ou da tampa. Ferraresi (1999, p. 135-136) fala de transparência quando se refere ao projeto do computador iMac e argumenta que “confeccionar um objeto fazendo uso de transparência sugere um conhecimento mais íntimo e profundo do próprio objeto, assim diminui o nível de desconfiança”. Na bibliografia sobre cor, segundo Da Pos (in Pompas, 2001, p. 112) o termo transparência descreve seja uma característica física ou seja uma característica fenomenológica dos objetos, em prática visualizar alguma coisa transparente “é um aspecto experencial do mundo que nos circunda”, significa haver contato com um objeto que nos revela uma informação e nos faz agir. “Mostrar o produto” é um outro capítulo de Bucchetti (2005, p.44), este inves, chama a atenção para os componentes comunicativos que transportam o conteúto até a superfície da embalagem, não necessariamente transparente, através de modalidades de representação que superam a barreira do contenitor fazendo distinção entre visão direta e indireta. Um argumento diferente à cor na embalagem transparente aparece em Pompas (2001, p.74), e se refere àqueles materiais coloridos que possuem uma função de agir sobre o conteúdo como o violeta que acentua a fermentação, o azul che favorece a acidificação, o amarelo que protege contra influências externas, porém não exprime um conceito a propósito do aproveitando da relação entre a cor do conteúdo e a cor do contenitor. Especificamente em relação à cor da embalagem, é importante citar outro capítulo de Bucchetti (2005, p. 112) “Uma cromia para o produto”, e o argumento aqui tratato si refere às embalagens para as quais a programação visual não considera a cor do alimento que estas contêm, que neste caso “a cor é uma indicação, ponto de atenção, não tem função de referimento ao conteúdo”, por exemplo o azul, que de um lado distante da identidade cromática do alimento, de outro representa a atmosfera de alguns contextos a este relacionado. No caso em que a cor é um elemento da identidade corporativa “si carrega di um novo sentido, estranho ao mundo do qual o conteúdo faz parte, a cor coloca em atuação um novo processo de comunicação” fazendo com que determinado alimento seja reconhecido pela cor fortemente significativa da embalagem. Na mesma reflexão encontramos Ferraresi (1999, p.73) que comenta a respeito do estudo cromático que além do efeito físico causado pelos aproximações entre as cores “a contextualização é inves o principal significado, desta forma si mantêm presentes os setores marcadológicos de participação” que uma vez definitos se tornam quase que uma regra a ser obedecida, cuja transgreção só conhece o sucesso quando existe uma base projetual e comunicacional muito forte. O efeito da cor que nos atinge em uma prateleira de supermercado é um entre diversos argumentos tratados por Robilant (2001, p.88) quando escreve sobre as formas de sedução dirigidas a um condumador, principamente se a este interessa ser seduzido. O autor evidencia a questão da forma da embalagem como sendo a responsável pelo sucesso das vendas e anuncia que “o mesmo produto em confecção diferente terá diversos resultados de vendas”. Em fato, a esta observação se pode acrescentar que se se pensa à embalagem, que por meio de sua forma, torna os produtos reconhecidos, os conteúdos por sua vez, conferem cor a esta embalagem, além disso, para Robilant, em relação às cores, é fundamental conhecer o aspecto cultural das cores porque elas nos falam de sentimentos. Segundo Tadini (2001, p. 138) “Uma confecção, ou um contenitor, pode valorizar o objeto confeccionado. Mas, contemporaneamente – se não são transparentes – escondem o objeto, alterando-o”. O fato de alterar um produto é entendido no sentido de perceber o contenitor no lugar do conteúdo, ou seja, não vemos o que está dentro, mas demos a embalagem. Poderia acontecer o contrario se a confecção fosse transparente. De uma parte temos a cor do alimento no interior da embalagem transparente, seja natural ou gerada pelo emprego de aditivos corantes, de outra parte temos as cores percebidas na porção impressa de uma embalagem resultantes de uma mistura de cores, quando essas duas partes são relacionadas se trata de um fenômeno que merece atenção quando intendido como um efeito captado da nossa percepção com escopo comunicativo. Sobre este argumento Palmer (apostila da disciplina Teoria da cor) revela que è possível avaliar o quanto profundo as formas de tecnologia das cores dependem do mecanismo fisiológico e psicológico basilar da visão cromática, assim “a tecnologia das cores é finamente regulada para ser em sintonia com o mecanismo humano de visão das cores”. Esta análise nos leva a considerar o quanto è importante o uso consciente das cores nos componentes comunicativos no momento em que devemos considerar também a cor do que será embalado. E ainda, partindo da premissa de que o consumidor não faz distinção entre o contenitor e o conteúdo, esse precebe a cor do conteúdo como mais uma cor na embalagem e não como um elemento isolado. Considerações sobre os dados analisados Sobre os dados recolhidos para esta pesquisa podemos avançar, em fato, muitas considerações de merito. É possível dizer que esiste um escasso aproveitamento das cores dos alimentos como integrantes do processo de comunicação, constatação feita em relação à cor do intervento gráfico na embalagem. Considerando o fato que a cor utilizada não tenha sido pensada em relação à cor do conteúdo vivível, existe ainda da parte do observador a percepção deste conjunto como sendo uma unidade: o produto desejado. O tênue contraste entre as cores de algumas embalagens analisadas denota a pouca consideração reservada às tonalidades de determinadas cores nas etiquetas quando combinadas a certos tipos de alimentos. Total ausência de impacto visual por exemplo quando a cor rosa pálido é usada como cor predominante na etiqueta de uma confecção contendo um alimento branco, isso faz com que a mercadoria desapareça sob o olhar. Um procedimento bastante utilizado entre as empresas que possuem linhas de produtos, é adotar um padrão gráfico que identifica esse grupo. Naturalmente não é suficiente possuir um padrão visual rígido sobre todas as embalagens, ocorre, em fato, ter presente a necessidade de certas variações que quebre a monotonia. Uma proposta de um projeto gráfico de embalagem que seja flexível a ponto de considerar as cores dos diferentes possíveis alimentos contribui, e muito, para a criação de um constraste perceptivo interessante. Na impossibilidade de dispor de uma amostra do alimento para identificar cor no momento do projeto, pelo menos se deve pensar na existência desta cor e trabalhar então com imagens de referência. As categorias de mercadorias que se consagraram pela utilização de um formato de contenitor em especial, continuam a avançar nesta prática aproveitando a estratégia de reconhecimento através da forma e do material da confecção. A segunda via de reconhecimento, além da forma particular, seria aquela atribuída à cor da embalagem, que pode ser entendida como a cor presente na componenta gráfica (etiqueta, cinta ou superfície impressa) e/ou da tampa somadas à cor da parcela visível do conteúdo. Considerações finais Esta pesquisa busca oferecer a oportunidade de uma analise feita de um ponto di vista mercadológico, tendo como ferramenta o conhecimento da fisiologia da visão no âmbito da teoria das cores, com o escopo de identificar estratégias de comunicação das embalagens através do efeito cromatico do conteúdo considerado como cor da embalagem quando essa é transparente. Temos hoje à disposição uma quantidade considerável de formas de embalar que evoluíram graças ao desenvolvimento da tecnologia dos materiais que garantem superfícies cada vez mais translúcidas que permitem mostrar o produto exatamente como o consumidor espera que seja. Também a tecnologia do setor alimentar evoluiu em um modo tal de fazer com que o alimento possa ser mostrado com a cor que a indústria define e que o consumidor deseja. Apesar da verificação da inexistência de um consciente aproveitamento da cor do alimento como estratégia de comunicação é evidente a integração dos elementos de composição gráfico-estéticos e a cor do alimento. Afrontar este trabalho de pesquisa foi uma experiência interessante seja de um ponto de vista conduzido pela curiosidade, em prática conhecer uma realidade diferente daquela brasileira, seja pela oportunidade de contribuir com argumentos para âmbito do design de embalagem. Em relação aos argumentos teóricos, a decisão de consultar basicamente uma bibliografia italiana se justifica no sentido que representa um ponto de partida onde se busca verificar o que foi discutido sobre esse tema em específico até o presente momento. Sempre com a perspectiva de que em uma próxima oportunidade se possa pensar na verificação de outras bibliografias e até no cruzamento de outras àreas do conhecimento, levando em consideração que a cor na embalagem representa un terreno de investigação no qual o design exprime o seu caráter interdisciplinar. A utilidade desta pesquisa para o trabalho prático do designer se traduz na perspectiva de uma reflexão sobre o aproveitamento consciente da cor do conteúdo quando esse vem envolvido por um contenitor transparente ao ponto de permitir un contato visual direto. Uma realidade já presente na atualidade devida, como já salientado, às constantes evoluções da tecnologia dos materiais e dos processos de impressão e devida também às exigências dos consumidores, uma das quais se concentra em conhecer melhor o que consomem. Bibliografia utilizada Bucchetti, Valeria. Packaging design. Storia, linguaggi, progetto. Franco Angeli, Milano, 2005. Corbetta, Piergiorgio. Metodologia e tecniche della ricerca sociale. Ed.Il Mulino, Bologna, 1999. Da Pos, Osvaldo. Colori Trasparenti. in: Pompas, Renata. Il colore persuasivo. Grafica. Pubblicità. Comunicazione. New media. Ed. Il Castello, Milano, 2001. Pompas, Renata. Il colore persuasivo. Grafica. Pubblicità. Comunicazione. New media. Ed. Il Castello, Milano, 2001. Material fornecido na disciplina Teoria da cor: Palmer, Stephen E. Vision Science. Photons to Phenomenology. The MIT Press Cambridge, Massachussetts: 1999. Bibliografia consultada Sabbadin, Edoardo. Merchandising, packaging e promozione. Le nuove dimensioni della concorrenza verticale. Franco Angeli, Milano, 1991. Celaschi, Flaviano; Cappellieri, Alba; Vasile, Alessandra. Lusso versus Design. Italian Design, beni culturali e luxury system: alto di gamma & cultura di progetto. Franco Angeli, Milano, 2005. Impackt, contenitori e contenuti. Edizioni Dativo Srl. Milano. Maria José Mariano [email protected]