plano de negócios
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PLANO DE NEGÓCIOS AGROOP: Novo Impulso plano de Negócios BRUNO FONSECA BRUNO RODRIGUES TIAGO CARVALHINHO Licenciado em design multimédia e mestre em design gráfico/ comunicação pelo IPCB. Licenciado em design de comunicação e produção audiovisual; mestre em design gráfico/ comunicação pelo IPCB. Licenciado em design industrial pela UBI e mestrando em design gráfico na ESAD. É o fundador do projeto, responsável pela gestão da marca, branding, comunicação e estratégia corporativa. É o elemento responsável pela gestão de design, desenvolvimento da identidade visual corporativa e layout da multiplataforma. É o responsável pelas relações públicas, com parceitos e potenciais clientes. É também responsável pela produção audiovisual e marketing vídeo. 1 Plano de Negócios O impulso faz parte do salto. SPARKIS, Halil Os homens de negócio não precisam apenas de compreender melhor os designers; precisam de ser tornar designers. MARTIN, Roger - Reitor, Rotman School of Managment II AGROOP: Novo Impulso Conteúdo Plano de Negócios 01 02 04 05 05 06 06 06 08 10 15 15 16 17 18 19 21 22 22 23 25 Sumário executivo Como surgiu a ideia e quem é a equipa? O que é a Agroop? Agroop Social Agroop Pedagógica Agroop Comercial Missão Quem são os potenciais clientes? o mercado concorrentes diferenciação posicionamento análise swot Estratégia comercial estratégia de comunicação projeções de venda previsão de Cash flow e resultados líquidos fornecimento de serviços externos previsões de recursos humanos gestão e controlo de negócio investimento necessário Iii AGROOP: Novo Impulso Plano de Negócios (start-up plan Sumário Executivo A Agroop é uma multiplataforma destinada ao setor agrícola, constituída por 4 vertentes complementares: É um software multiplataforma de gestão operacional que permitirá às associações/ cooperativas aceder em tempo real aos dados gerados pelos seus associados. É uma rede social destinada ao setor agrícola, onde os diversos agentes agroalimentares poderão comunicar e criar sinergias. É uma rede que permitirá, que agricultores e outros agentes, consultem informação técnica especializada em vídeo (workshops e tutoriais agrícolas), percebam as principais tendências e inovações do mercado, acompanhem as cotações de commodities agrícolas, acessem a uma secção de classificados (bolsa de terrenos, trabalho e equipamento em segunda mão) e consultem um forúm de apoio técnico em agronomia. É um mercado agrícola online, onde associações, cooperativas e produtores poderão vender as suas produções e onde os agentes agrícolas poderão consultar uma base de dados de fornecedores e compradores nacionais e internacionais. Este sistema Agroop, destina-se principalmente a todos os novos e jovens agricultores que possuam uma postura de gestão mais sofisticada e profissionalizada, mas também a associações, cooperativas, grossistas, retalhistas, indústria agro-alimentar que queiram fazer parte deste novo paradigma agrícola. Optou-se por dividir a Agroop em 4 subprojetos, para possibilitar um desenvolvimento mais coeso e uma estrutura complementar que por sua vez consiga acompanhar e apoiar os agricultores em várias frentes (Figura 01) , ao longo da sua atividade (produção, networking, aprendizagem e venda). Inicialmente o teste de conceito e tração de mercado irá ser feito em Portugal, onde se estipula existirem cerca de 62.000 potenciais clientes da Agroop 01 Plano de Negócios Figura 01. Variantes Agroop. Fonte: Agroop. Operacional e 177.500 possíveis utilizadores interessados nas restantes variantes (Social, Pedagógica e Comercial). Uma vez que se trata de um conceito com um potencial de escalabilidade elevado, o objetivo será exportá-lo para outros mercados, nomeadamente, estados membros da União Europeia. PRODUÇÃO NETWORKING APRENDIZAGEM E LEITURA DE MERCADO PROMOÇÃO E VENDA 01 Neste momento, o projeto necessita de um investimento de aproximadamente 235.000€. Estima-se que atinja o break-even em meados de 2016 e chegue a um resultado líquido de 4.082.974€ em 2019 (operando no mercado Ibérico). Nesse mesmo ano, prevê-se que a equipa seja constituída por 25 elementos, dos quais, a grande maioria será altamente qualificada. A frase proferida por Halil Sparkis “O impulso faz parte do salto” serve de mote para toda a envolvência pretendida para a comunicação da Agroop e o slogan “Novo Impulso”, reflete a profunda convicção desta marca, de que em qualquer fase de mudança de paradigma é fundamental a existência de elementos disruptivos que ajudem as pessoas a evoluírem nesses períodos de transição. A equipa sente-se preparada para esta transição e desejosa de ajudar os agentes agrícolas a ultrapassar todos os desafios futuros. Como surgiu a ideia e quem é a equipa? Este projeto surgiu quando Bruno Fonseca (fundador) estava a trabalhar para um projeto agrícola (Real Idanha) na vertente de design e gestão de marca. Em várias conversações com o seu cliente e agricultor (Ricardo Araújo), foram identificadas algumas dificuldades que se viriam a revelar fontes de problematização, que resultariam, por sua vez, na vontade de desenvolver uma projeto como a Agroop. Verificou-se a necessidade da existência de uma ferramenta digital intuitiva, que possibilitasse uma gestão operacional agrícola mais eficiente e simultaneamente um apoio na aprendizagem, comunicação e promoção de agricultores como o Ricardo. Após esta primeira abordagem Bruno Fonseca, Bruno Rodrigues e Tiago Carvalhinho submeteram a ideia ao programa Passaporte para o Empreendedorismo e conseguiram a aprovação do projeto (taxa de aprovação de 25%), em 2013. Através de benchmarking, chegou-se à conclusão que seria uma mais-valia a génese da equipa ter como principais valências, disciplinas como design, branding e gestão de marca, uma vez que, um dos principais problemas 02 AGROOP: Novo Impulso apontados pelos agricultores e associações contactadas, era o facto de os softwares existentes serem muito complexos e muito pouco intuitivos. No entanto, e tendo em conta que se trata de um projeto agrícola com uma forte componente tecnológica, rapidamente se juntaram à equipa, dois engenheiros agrónomos e um programador sénior, que viriam complementar as competências dos 3 promotores iniciais. Figura 02. Conpetências ecercídas no projeto/ empresa. Fonte: Agroop. A imagem (Figura 02) demostra a constituição atual da equipa, as valências e funções exercidas no projeto. DESIGN COMUNICAÇÃO BRANDING MARKETING DANIEL RAPOSO É doutorado em Design, pela Universidade de Aveiro e docente na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. É autor de vários livros na sua área metodológica e já foi presidente da Associação Nacional de Designers. Assume neste projeto o papel de mentor. BRANDING COMUNICAÇÃO BRUNO FONSECA GESTÃO Tem 28 anos, é licenciado em Design Multimédia e mestre em Design de Comunicação pelo IPCB. É o fundador do projeto, responsável pela gestão da marca, branding, comunicação e estratégia corporativa. MARKETING DESING COMUNICAÇÃO BRUNO RODRIGUES BRANGING Tem 24 anos, é licenciado em Design Comunicação e mestre em Design de Gráfico pelo IPCB. É o elemento responsável pela gestão do design, desenvolvimento da identidade visual corporativa e layout da multiplataforma. GESTÃO COMUNICAÇÃO TIAGO CARVALHINHO DESIGN Tem 24 anos, é licenciado em Design Industrial pela UBI e mestrando em Design Gráfico na ESAD. É o responsável pelas relações públicas, com parceiros e potenciais clientes. É também o membro responsável pela produção audiovisual e marketing vídeo. AGRONOMIA JOÃO PRETO Tem 38 anos, é licenciado em Engenharia de Produção Hortofrutícola. Possui em Msc International Horticulture & Agribusiness pela Essex University e um MBA pela AESE/IESE. Tem mais de dez anos de experiência na área e desempenha a função de consultor. BRANGING GESTÃO AGRONOMIA THOMAS PEDRO Tem 38 anos, é licenciado em Tecnologia e Segurança Alimentar pela Universidade Nova de Lisboa. Possui mais de dez anos na área e desempenha a função de consultor. PROGRAMAÇÃO Mentor Membro fundador/ Promotor NUNO CRUZ Tem 32 anos, tirou o mestrado em Eng. Informático na Universidade de Coimbra. Tem seis anos de experência em desenvolvimento de software e já trabalhou em projetos dentro e fora de portas. Tempo inteiro (Bolsista do Passaporte para o Empreendedorismo entre Julho de 2013 e Julho de 2014 Tempo parcial (Integra a equipa a tempo parcial ou como consultor) 03 02 Plano de Negócios O que é a agroop? A Agroop é uma multiplataforma tecnológica destinada ao setor agrícola que está dividida em quatro eixos/produtos complementares entre si: AGROOP OPERACIONAL É um software multiplataforma de gestão operacional que permitirá às associações/cooperativas aceder em tempo real aos dados gerados pelos seus associados. Como funciona? Os agricultores, entre muitas outras funcionalidades, poderão adicionar registos de campo e despesas, consultar a estrutura de custos e proveitos da sua atividade, pedir assistência técnica remota, etc… Figura 03. Software bilateral. Fonte: Agroop. Uma vez que se trata de um software bilateral, as associações por sua vez poderão aceder em tempo real a alguns dos dados que são gerados pelos seus associados, como por exemplo, a data de previsão de colheita, os estados fenológicos atuais, as atividades agrícolas, as aplicações de fitofármacos executadas e muitos outros dados que permitirão às mesmas, fazer um planeamento e um acompanhamento técnico e comercial muito mais assertivo, eficiente e económico. REGISTOS DE CAMPO ESTRUTURA DE RECEITAS E DESPESAS PLANEAMENTO INTERNET ASSISTÊNCIA TÉCNICA REMOTA APP. AGRICULTORES 04 REDUÇÃO DE CUSTOS RASTREABILIDADE DO PRODUTO TRANSFERÊNCIA DE DADOS DESK. ASSOCIAÇÃO 03 AGROOP: Novo Impulso AGROOP SOCIAL Figura 04. Agroop Social. Fonte: Agroop. É uma rede social que possibilitará aos agentes agrícolas comunicar e criar sinergias entre si. 04 AGROOP PEDAGÓGICA Figura 05. Agroop Pedagógica. Fonte: Agroop. É uma rede que permitirá, que agricultores e outros agentes, consultem informação técnica especializada em vídeo (workshops e tutoriais agrícolas), percebam as principais tendências e inovações do mercado, acompanhem as cotações de commodities agrícolas, acessem a uma secção de classificados (bolsa de terrenos, trabalho e equipamento em segunda mão) e consultem um forúm de apoio técnico em agronomia. 05 05 Plano de Negócios AGROOP COMERCIAL Figura 06. Agroop Comercial. Fonte: Agroop. É um mercado agrícola online, onde associações, cooperativas e produtores poderão vender as suas produções e onde os agentes agrícolas poderão consultar uma base de dados de fornecedores e compradores nacionais e internacionais. 06 Missão Contribuir para a mudança de paradigma, ajudando a transformar a agricultura num atividade mais sofisticada, profissionalizada e eficiente. A Agroop vai apoiar os atuais e futuros agricultores ao longo das várias vertentes da sua atividade, fazendo com que os mesmos possam operacionalizar, aprender, comunicar e vender melhor. Quem são os potenciais clientes? Uma vez que a Agroop é uma plataforma inclusiva e intuitiva, terá como objetivo atingir o maior número de agricultores possível, no entanto, e tendo em conta a realidade atual, o core target serão sempre os jovens agricultores, pois estes, apresentam uma maior propensão para o uso das novas tecnologias e percebem que a competitividade do mercado nacional e internacional exige uma gestão cada vez mais eficiente e profissionalizada. Contudo as variantes social, pedagógica e comercial estão também desenhadas para o sector agroalimentar, nomeadamente, retalhistas, grossistas, indústria transformadora, associações/cooperativas e empresas de consultoria agrícola. Com o objetivo de se determinar com maior convicção o perfil do utilizador core da Agroop, desenvolveu-se uma técnica de análise qualitativa por intermédio do Facebook. 06 AGROOP: Novo Impulso Figura 07. Novos Rurais Farming Culture. Fonte: Disponível em < www. facebook.com/novosrurais. farmingculture>[Consult.30 de Abril de 2014]. Foi identificada uma página, intitulada “Novos Rurais – Farming Culture” (Figura 07) que possui um posicionamento onde a Agroop se revê e por conseguinte os fãs da mesma enquadram-se no panorama dos potenciais clientes da marca. A imagem seguinte (Figura 08) reflete as preferências narrativas obtidas pela análise a 50 fãs da página referida, nomeadamente, 27 homens e 23 mulheres com idades compreendidas entre os 35 e 44 anos. 07 07 Plano de Negócios 08 Figura 08. Narrativas recolhidas através das preferências (gostos) descritas pelos fãs da página de Facebook “Novos Rurais Farming Culture). Fonte: Disponível em <https://www.facebook. com/novosrurais.farmingculture?fref=ts> [Consult. 28 de Novembro de 2013]. Pode, num contexto mais amplo, descrever-se o potencial cliente da Agroop, como uma pessoa aventureira, com espírito empreendedor, que gosta de se manter informada sobre o contexto social, económico e cultural envolvente. Sendo uma pessoa atualizada tem uma forte propensão para identificar tendências e oportunidades. O facto de gostar de programas como “Governo Sombra” ou “5 para a meia noite”, denota um sentido de humor apurado e aptidão por um discurso informal, descontraído e direto. Este utilizador, revela também uma maior capacidade de gestão e um desejo por acompanhar um processo organizado que conflua para um fim mais eficiente. Este potencial cliente, assume uma postura de líder contemporâneo e sabe que o poder de um bom trabalho reside no potencial da equipa que o executa. Além do mencionado, é uma pessoa que valoriza a estrutura familiar, é patriota e valoriza muito a gastronomia portuguesa. Tem um carácter pragmático, mas uma postura open mind. Figura 09. QRCODE do vídeo aspiracional. Fonte: Agroop. O vídeo aspiricional desenvolvido pelos promotores da Agroop visa estabelecer um contacto emocional com este tipo de consumidor. A Agroop está a afirmar que não só acredita nestes novos e jovens agricultores, como pretende ajudálos a atingir os seus objetivos e ambições. O mercado Embora o projeto tenha ambições internacionais, será primeiro testado no mercado português. Segundo dados do INE, existem atualmente em Portugal cerca de 303.867 explorações agrícolas e 354.100 agricultores. Deste universo, o EUROSTAT indica-nos que 45% fazem da agricultura a sua ocupação principal e que desses; 62 000 têm menos de 45 anos de idade. 01. Olhos nos olhos. Lisboa, TVI24, 2012 08 Segundo João Machado 01 (Presidente da CAP), a CAP tem vindo a apoiar cerca de 200 jovens (maioritariamente abaixo dos 40 anos) todos os meses. O presidente caracteriza estes agricultores como indivíduos licenciados, saídos AGROOP: Novo Impulso das cidades e com uma formação diversa do mundo agrícola, possuidores de uma visão abrangente, eficiente, moderna e inovadora da agricultura. Já o ES Research, refere que a agricultura em Portugal representa um mercado de 6 mil milhões de euros, um universo empresarial de 43.972 empresas e cerca de 1.000 associações/cooperativas agrícolas. Tendo em conta o posicionamento e especificidades da Agroop, os 62.000 agricultores representam o core target para a vertente operacional no mercado nacional, no entanto, as variantes social, pedagógica e comercial deverão atingir um número de agricultores muito superior (166.500), uma vez que, embora, muitos não se dediquem a tempo inteiro à agricultura, terão potencial interesse em fazer parte da comunidade e usufruir das funcionalidades destas variantes. Além disso, outros nichos, nomeadamente, empresas de consultoria agrícola, retalhistas, grossistas e indústria transformadora também serão potenciais utilizadores. 02. Dados de 2003 a 2009 têm como Fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE). Projeção Tendo em conta todos estes fatores é expetável que a Agroop, em todas as suas fases, consiga atingir só em Portugal um total de 177.500 utilizadores (166.500 agricultores + 11.000 empresas dos setor alimentar02). FIPA, baseada em valores do INE de 2000 a 2009. Além do mercado português foram também analisados dados mais concretos sobre outros mercados, por forma a conseguir entender-se o potencial de expansão do projeto. Em determinados casos, observa-se que o número de agricultores não é proporcional à dimensão do mercado, pois, por exemplo, o mercado norte-americano, embora seja muito superior ao português, no que respeita ao número de agricultores não é tão díspar como seria de esperar, uma vez que a tipologia dos mesmos é muito diferente; em média um agricultor norte-americano tem uma exploração agrícola com 760 ha, enquanto que um agricultor português tem em média uma exploração de 12 ha. Figura 10. Número de potenciais utilizadores. Fonte: Agroop A Figura 10 explana o número de potenciais utilizadores que a Agroop poderá atingir noutros mercados. Nº de agricultores com idade inferior a 46 anos e que se dedicam a tempo inteiro à agricultura Agricultores com idade inferior a 46 anos. 3.000.000 5.000.000 2.500.000 4.000.000 2.000.000 3.000.000 Nº de empresas do setor alimentar. 1.000.000 750.000 500.000 350.000 2.000.000 1.500.000 100.000 1.000.000 1.000.000 62.000 2.800.000 0 50.000 166.000 4.690.000 0 Portugal 11.000 950.000 0 Europa INE e PORDATA (Portugal); EUROSTAT (Europa). 10 09 Plano de Negócios Nº de agricultores com idade inferior a 46 anos e que se dedicam a tempo inteiro à agricultura 800.000 Agricultores com idade inferiora 46 anos. 3.000.000 600.000 2.000.000 400.000 1.000.000 200.000 195.000 175.000 718.000 404.250 415.000 0 372.500 2.329.000 1.078.000 0 Espanha França EUROSTAT (Espanha e França); IBGD (Brasil); NASS (EUA). Brasil EUA 10 Curiosidade - Segundo dados recolhidos através do Facebook, existem cerca de 74 000 utilizadores portugueses relacionados direta ou indiretamente com a atividade agrícola, que possuem smartphone ou tablet com sistema Android. Concorrentes Como já referido, logo no início do desenvolvimento deste projeto, foi feita uma análise de alguns concorrentes, com o intuito de se identificar soluções e limitações, complementar funcionalidades e compreender de uma forma mais detalhada a construção, arquitetura e posicionamento de plataformas e softwares já implementados no mercado. Não se pode considerar que exista uma concorrência direta à Agroop, uma vez que esta constitui-se como uma plataforma integrada, no entanto, existem concorrentes quando a isolamos nas respetivas variantes. Relativamente à Agroop Operacional foram encontrados softwares concorrentes no mercado nacional como o Agrogestão (Figura 11), o Isagri (Figura 12), o Omi4Campo (Figura 13) e o Ruralbit (Figura 14). Já no panorama internacional o software Agsquared (Figura 15) revelou-se o concorrente mais direto. O Agrogestão, o RuralBit e o Isagri (Portugal) têm aproximadamente 2.000 utilizadores cada e cobram valores iniciais pelos seus programas, que podem variar entre os 1.000€ e os 10.000€; cobram também um preço médio anual de 300€ pela manutenção dos seus sistemas. Já a Agsquared, que opera no mercado norte-americano tem cerca de 7.300 utilizadores e cobra uma mensalidade de 23€ pela sua utilização. É ainda importante referir que o Isagri é o líder europeu, com cerca de 80.000 clientes. 10 AGROOP: Novo Impulso 11 Figura 11. Agrogestão mobile. Fonte: Disponível em <http://agrogestao. com/ficheiros/AGROGEST%C3%83O_ MOBILE_Apresentacao.pdf>[Consult.07 de Agosto de 2013]. Figura 12. PDA Isagri. Fonte: Disponível em <http://www.isagri. 12 pt/gps-agricola--isa360/ sistema-degps-agricola-1176.aspx> [Consult.12 de Agosto de 2013] 11 Plano de Negócios 13 Figura 13. Interface Omi4Campo. Fonte: Omni4Campo Manual Avançado. 14 Figura 14. Interface Ruralbit. Fonte: Disponível em <www.ruralbit.pt/ conteudo.php?idm=18> [Consult.30 de Abril de 2014] 12 AGROOP: Novo Impulso 15 Figura 15. Agsquared. Fonte: Disponível em <www. agsquared.com/en/admin/crops> [Consult.30 de Abril de 2014]. Figura 16. Sojabook. Fonte: Disponível em < http://sojabook. com> [Consult.01 de Maio de 2014]. A Agroop Social e Pedagógica tem um concorrente argentino chamado Sojabook (Figura 16), que segundo os seus promotores é a primeira rede social agrícola de todo o Mundo. Em cerca de um ano e meio conseguiu atrair 30.000 utilizadores e fatura mensalmente aproximadamente 30.000€. 20% dos seus utilizadores são brasileiros. O Sojabook permite que os utilizadores comuniquem entre si, coloquem classificados promovendo os seus produtos e esclareçam dúvidas por intermédio de um fórum com especialistas. 16 13 Plano de Negócios Figura 17. Mercado agrícola online. Fonte: Disponível em < http://www. sra.pt/MercadoAgricola> [Consult.01 de Maio de 2014]. No que diz respeito à Agroop Comercial foram identificados dois concorrentes, um nacional, Mercado agrícola online (Figura 17) e um internacional, Local harvest (Figura 18). Ambos, permitem que os seus utilizadores promovam os seus produtos online. O Mercado agrícola online da Região Autónoma da Madeira funciona como um intermediário e o Local harvest tem um papel mais interventivo, permitindo a compra diretamente a partir do site. 17 Figura 18. Local harvest. Fonte: Disponível em < http://www. localharvest.org/> [Consult.01 de Maio de 2014]. 18 14 AGROOP: Novo Impulso Diferenciação Ao longo do processo estratégico foram identificados e definidos os principais focos de diferenciação da Agroop em relação aos concorrentes. Embora existam concorrentes com abordagens técnicas e comerciais diferentes entre si, conseguem identificar-se pontos comuns onde a Agroop assume uma clara diferenciação. A perceção de uma forma genérica, é a de que os softwares e as marcas analisadas apresentam para com os seus potenciais clientes, uma abordagem excessivamente rígida e impessoal. Da perspetiva técnica, os softwares e plataformas dos concorrentes são na generalidade completos e tecnicamente capazes, no entanto, e tendo em conta as opiniões dos agricultores, não são desenhados para uma utilização intuitiva. Como referido anteriormente, os fundadores da Agroop, tendo em conta o seu background, preocuparam-se desde cedo com uma definição clara da comunicação da marca e da interface gráfica da multiplataforma. A equipa da Agroop acredita que uma marca deve ter vida, ser sexy, intuitiva e revelar uma personalidade. As pessoas de forma intrínseca fazem escolhas e compras porque determinados produtos as remetem para valores, arquétipos e sensações com que se identificam. Em suma, a Agroop é diferente, porque comunica de forma clara e emocional, porque coloca sempre o utilizador no centro do desenvolvimento e design do produto. Do ponto de vista mais técnico a Agroop é diferenciadora, pois permitirá uma utilização transversal, que apoia várias áreas de atuação da atividade agrícola (gestão operacional, pedagogia, promoção e venda). Por último e não menos importante, é uma solução tecnológica transparente, pois as associação poderão ter acesso em tempo real, aos dados gerados pelos seus associados. Posicionamento O posicionamento representa a área de atuação de uma marca relativamente aos seus concorrentes e a forma como esta pretende vincar as suas premissas dentro dessa posição. Segundo a pesquisa feita anteriormente, relativamente às principais marcas concorrentes, é possível concluir que possuem posicionamentos significativamente idênticos entre si. No processo de branding da Agroop foi decidido que esta marca iria posicionar-se enquanto identidade e comunicação, num espetro mais contemporâneo e emocional, por forma a conseguir vincar nos seus públicos uma perceção mais distinta e diferenciadora dentro do mercado. O gráfico seguinte (Figura 19) representa o posicionamento pretendido: 15 Plano de Negócios Tradicional Figura 19. Posicionamento da Agroop face aos concorrentes Fonte: Agroop Racional Emocional Contemporâneo 19 Análise SWOT FATORES CRÍTICOS INTERNOS FATORES CRÍTICOS EXTERNOS Forças Oportunidades . Forte dinâmica de processos de design e gestão de marca (know-how dos promotores/fundadores). . Elevado potencial de internacionalização e escalabilidade do projecto. . Elevado grau de inovação e diferenciação. . Produtos são adequados à venda em canal online. . Múltiplas fontes de rentabilidade e sistema de cross-selling. . Forte componente tecnológica. . Equipa de consultores com forte experiência agrícola (complementaridade das competências dos promotores). . Fomento de uma forte política de branding que . Forte ingresso de novos e jovens agricultores no setor agrícola nacional. . Aumento da propensão para utilização de novas tecnologias no setor agrícola. . Aumento do número de agricultores com estrutura agrícola mais profissionalizada (em contraponto com a agricultura de subsistência e minifundiária). . Aumento das exportações no sector agro alimentar e tendência para o investimento na exportação. . Aumento acentuado da população mundial (9 mil milhões de pessoas até 2050) e consequente aumento das necessidades de nutrição. .Como um todo, a Agroop não tem concorrência directa nem em Portugal, nem no resto do Mundo. contribuirá para uma maior taxa de fidelização e engagement por parte dos utilizadores. Fraquezas Ameaças para mercados com sistemas de telecomunicação fracos. com pouca propensão para a utilização de novas tecnologias. . Necessidade de forte investimento inicial para . Expressivo número de agricultores portugueses desenvolvimento dos produtos. com características conservadoras. . Necessidade de um número expressivo de . Expressivo número de agricultores portugueses utilizadores. com ineficiente capacidade de gestão. .Limitada capacidade de escalabilidade do projecto . Expressivo número de agricultores portugueses . O projeto poderá ser replicado, uma vez que a Agroop não tem protecção de patente. . Expressivo número de agricultores portugueses com estrutura agrícola pouco profissionalizada. . A estrutura associativa forte é pouco expressiva em Portugal. 16 AGROOP: Novo Impulso Estratégia comercial Tendo em conta todos os casos de estudo analisados e a informação recolhida no mercado, a estratégia da Agroop passará por definir logo à partida todos os argumentos de diferenciação que tem fase aos seus concorrentes mais diretos, tanto no mercado nacional como internacional. Em Portugal a Agroop Operacional compete com a Agrogestão, a Isagri, a RuralBit e a Omni4Campo. Excetuando esta última, todos os restantes concorrentes possuem um modelo de negócio onde se cobra aos seus clientes a venda do software como pacote inicial, obrigando assim, os utilizadores a disponibilizar um montante que varia entre 1.000€ a 10.000€. Estas empresas ainda cobram posteriormente uma anuidade de valor médio de 300€ para manutenção do sistema. A Agroop Operacional irá cobrar uma mensalidade de 14,99€ (ainda em análise) pela utilização e manutenção do sistema, possibilitando desta forma a sua utilização por parte de agricultores com explorações mais pequenas. Além disso contribuirá para uma previsibilidade dos custos mensais dos seus clientes. A Agroop Operacional não cobrará nenhum valor pela venda inicial do software e embora possua uma anuidade de 179,88€, bem mais barata que as anuidades de manutenção da concorrência; nunca fará parte dos argumentos de venda “Somos mais baratos” mas sim, algo mais subtil como por exemplo: “Permitimos uma poupança de custos”. O objetivo nunca será o de competir pelo preço. A equipa sabe que essa particularidade será percebida pelos potenciais utilizadores sem necessidade de argumentação de venda. A Agroop Operacional não será mais barata para poder competir, será mais barata porque a sua estratégia assentará num modelo de venda de massa que o permitirá fazer. É ainda importante referir que nenhum dos softwares analisados possui uma lógica de cloud software e web version, ou seja, não são construídos para utilização multiplataforma nem para uma portabilidade efetiva, permitindo apenas ser utilizados nos equipamentos onde foram instalados. A Agroop poderá ser usada em qualquer local com acesso à internet ou em modo offline, em qualquer dispositivo móvel, podendo ser descarregada nas lojas da Apple, Android, Blackberry e Windows. Outro dos principais argumentos de venda será o facto de a Agroop permitir de uma forma ampla e integrada o apoio a várias vertentes do negócio de um agricultor. A marca Agroop, através desta abrangência, acredita que conseguirá conquistar maior notoriedade e awareness por parte dos seus stakeholders. Relativamente à Agroop Social a abordagem comercial incidirá quase sempre nas vantagens que uma rede deste género poderá aportar, nomeadamente a possibilidade de um agricultor criar sinergias com outros agentes agro alimentares independentemente da localização geográfica da sua exploração. 17 Plano de Negócios Já a Agroop Pedagógica possibilitará a qualquer utilizador aprender de forma dinâmica determinados procedimentos e processos agrícolas, recorrendo a vídeos (workshops e tutoriais) chancelados por entidades credíveis. Qualquer utilizador poderá também consultar programas informativos, que têm como principal objetivo sensibilizar os utilizadores para as novas tendências e inovações no setor agrícola. Está ainda em análise a possibilidade de inclusão de uma bolsa de commodities agrícolas, de um forúm de consultoria agrícola e de uma secção de classificados (bolsa de terras, equipamento em segunda mão, emprego permanente ou sazonal…). Por último, a Agroop Comercial será publicitada como uma janela para o mercado agrícola, uma vez que aqui serão agregados contactos de compradores e fornecedores nacionais e estrangeiros. Com a criação de um único perfil, qualquer utilizador poderá comprar ou vender com toda a comodidade e segurança. Todos os serviços disponibilizados pela Agroop serão cobrados de forma imediatamente anterior ao ato da utilização, muito à semelhança de outros sistemas SaaS (Software as a service) já implementados. Figura 20. Monetização das variantes Agroop. Fonte: Agroop ASSINATURAS MENSAIS SOBRE UTILIZADORES ASSOCIAÇÕES & COOPERATIVAS 74,99€/Mês (sobre análise) AGRICULTORES 14,99€/Mês (sobre análise) A imagem seguinte (Figura 20) demostra como se pretende monetizar todas as variantes do projeto. RECEITAS COM PUBLICIDADE ESPECIALIZADA (CRIAÇÃO DE TRÁFEGO) COBRANÇA PARA VISUALIZAÇÃO DE CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS RELEVANTES (WORKSHOPS OU TUTORIAIS AGRÍCOLAS). COBRANÇA DE ASSINATURA MENSAL, PARA PERMANÊNCIA OU DESTAQUE NA LISTA DE FORNECEDORES DISPONÍVEIS E/OU COBRANÇA SOBRE CLASSIFICADOS (BOLSAS DE TERRENOS, EQUIPAMENTOS EM SEGUNDA MÃO E EMPREGO) COBRANÇA DE FEE SOBRE TRANSAÇÕES COMERCIAIS EFETUADAS ATRAVÉS DA PLATAFORMA (E-COMMERCE). 20 Estratégia de comunicação Relativamente à estratégia de comunicação implementada, remete-se o leitor para o apêndice A (Plano de Comunicação). 18 AGROOP: Novo Impulso Projeções de Vendas Para se entender melhor os valores relativos à projeção de vendas efetuada pela equipa da Agroop é necessário referir que foi feita uma análise a alguns dados recolhidos, referentes a empresas concorrentes, nomeadamente Agsquared, Sojabook e Agrelma. Como já referido, a Agroop como um todo, não tem concorrência direta, mas quando isolamos as suas variantes, é possível fazer paralelismos com outras marcas, que atuam no mesmo ramo de atividade e que possuem modelos de negócio relativamente semelhantes. O gráfico seguinte (Figura 21) representa o número de utilizadores que se pretende atingir ao longo dos próximos cinco anos na variante da Agroop Operacional. Estes números foram obtidos fazendo-se a comparação com o número de utilizadores da Agsquared. Segundo a informação recolhida, em cerca de 4 anos esta empresa apresentou um aumento de 286% de crescimento de utilizadores ao ano, perfazendo até à data (05/05/2014) um total de 7.334 agricultores. É certo que a Agsquared opera nos Estados Unidos, um mercado que tem aproximadamente 1,6 vezes o número de potenciais utilizadores do mercado ibérico. No entanto, a Agroop aproximou-se desse potencial de crescimento e projeção quantitativa, pois, operando num mercado mais pequeno e compacto, necessita de uma força de vendas e promoção muito mais reduzidas. Com muito menos recursos, consegue-se atingir mais rapidamente uma grande fatia do core target, justificando-se desta forma os valores apresentados. Figura 21. Número de licenças vendidas. Fonte: Agroop Além disso, a equipa, acredita com convicção que a capacidade de comunicação e criatividade da Agroop aliada a uma boa utilização das ferramentas digitais, poderá exponenciar o alcance desta marca a novos clientes e mercados. É importante referir, que sendo a Agroop uma marca com 4 variantes, existe à partida uma estratégia de cross-selling que contribuirá também para um reforço das projeções referidas. 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 233 0 25 2015 664 466 2016 1.905 1.332 2017 Portugal 5.450 2018 3.809 15.588 10.890 2019 Espanha 19 21 Plano de Negócios As projeções apresentadas no gráfico seguinte (Figura 22) têm em conta a pesquisa feita à Sojabook, visto esta tratar-se da plataforma que se relaciona mais diretamente com as duas variantes da Agroop em questão. Figura 22. Número de utilizadores registados. Fonte: Agroop Em cerca de um ano e meio, a Sojabook conseguiu atrair 30.000 utilizadores e fatura mensalmente, aproximadamente 30.000€. Atualmente 20% dos seus utilizadores são brasileiros. Embora, os mercados português e espanhol sejam mais reduzidos que o mercado Argentino e Brasileiro (onde opera a Sojabook), crê-se, exatamente pelas mesmas razões apontadas anteriormente, que os valores apontados no gráfico são realistas e perfeitamente alcançáveis. Além disso, foram identificadas algumas limitações e lacunas no sistema da Sojabook que a equipa da Agroop acredita que consegue colmatar. 96.000 84.000 72.000 60.000 48.000 36.000 24.000 12.000 6.000 0 12.000 2015 12.000 2016 24.000 24.000 2017 48.000 48.000 2018 15.588 10.890 2019 Portugal Espanha 22 Para defesa dos números apontados no gráfico da Figura 23 foi estudada a Agrelma. Esta marca italiana tem 9 anos de atividade e conta com quase 22.000 clientes. Cada cliente paga uma anuidade mínima de 150€ apenas para poder estar presente na base de dados de fornecedores agro-alimentares. A Agroop Comercial apresenta neste aspeto um modelo de negócio semelhante. Figura 23. Número de utilizadores pagantes. Fonte: Agroop Estipula-se, com base em inquéritos efetuados (anexo…), que cerca de 20% dos utilizadores da Agroop Social & Pedagógica, estarão interessados em pagar pela presença e promoção na Agroop Comercial. 20.000 17.500 15.000 12.500 10.000 7.500 5.000 2.500 1.200 0 2.400 2015 2.400 2016 4.800 4.800 2017 Portugal 20 9.600 2018 9.600 19.200 19.200 2019 Espanha 23 AGROOP: Novo Impulso Previsão de Cash flow e resultados Líquidos Figura 24. Cash Flow. Fonte: Agroop Os gráficos seguintes (Figura 24 e 25) demonstram respetivamente os valores previstos de cash flow e resultados líquidos dos próximos 5 anos. Prevê-se atingir o break-even em 2016. Para mais informações remete-se o leitor para o apêndice B (Plano Financeiro). 6.500.000€ 6.000.000€ 5.500.000€ 5.000.000€ 4.500.000€ 4.000.000€ 3.500.000€ 3.000.000€ 2.500.000€ 2.000.000€ 1.500.000€ 1.000.000€ 500.000€ -107.646 -157.578 68.555 -89.023 442.107 353.084 1.529.984 1.883.069 4.343.671 6.226.740 0€ -500.000€ 2015 2016 2017 2018 Free Cash Flow Figura 25. Resultados líquidos. Fonte: Agroop 2019 Cash Flow Acumulado 24 4.500.000€ 4.050.000€ 3.600.000€ 3.150.000€ 2.700.000€ 2.250.000€ 1.800.000€ 1.350.000€ 900.000€ 450.000€ -164.197 53.318 434.735 1.423.460 4.082.974 0€ -450.000€ 2015 2016 2017 2018 25 2019 21 Plano de Negócios Fornecimento de serviços externos A imagem seguinte (Figura 26) demostra mais detalhadamente os custos associados à atividade da Agroop nos próximos 5 anos. Figura 26. Estrutura de custos. Fonte: Agroop Fornecimento e serviços externos (FSE) TRABALHOS ESPECIALIZADOS PUBLICIDADE E PROPAGANDA MATERIAL DE ESCRITORIO/ TRABALHO DESLOCAÇÕES RENDAS E ALUGUERES SERVIÇOS DIVERSOS OUTROS SERVIÇOS 2014 4.800€ 2.000€ 1.200€ 1.400€ 660€ 1.200€ 2.740€ 2015 13.200€ 47.500€ 6.020€ 6.200€ 5.300€ 1.200€ 7.750€ 2016 13.200€ 81.000€ 9.480€ 8.800€ 9.450€ 1.200€ 12.310€ 2017 13.200€ 126.500€ 5.860€ 10.100€ 11.950€ 24.000€ 20.120€ 2018 13.200€ 152.000€ 6.240€ 10.100€ 13.860€ 24.000€ 24.860€ 2019 13.200€ 202.000€ 9.720€ 10.100€ 15.750€ 24.000€ 28.700€ 26 Previsão de recursos humanos Figura 27. Estrutura de A imagem seguinte (Figura 27) demostra a estrutura de recursos humanos projetada para os próximos 5 anos de operacionalização da Agroop. recursos humanos. Fonte: Agroop Quadro pessoal ADMINISTRAÇÃO/ DIRECÇÃO ADMINISTRAÇÃO/ FINANCEIRA COMERCIAL/ MARKETING QUALIDADE MANUTENÇÃO INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO 2014 2 - - - - 3 2015 2 - 1 1 2 3 2016 2 1 3 3 3 3 2017 2 1 5 5 3 3 2018 2 1 6 7 3 3 2019 2 1 7 9 3 3 27 22 AGROOP: Novo Impulso Gestão e controlo de negócio Os promotores da Agroop acreditam que a melhor forma de provar a alguém a capacidade de uma determinada equipa implementar e gerir um projeto, não é apenas defendendo as capacidades e competências académicas e cognitivas dos elementos dessa equipa, mas acima de tudo demonstrando com base em problemáticas e obstáculos concretos, que esta possui a determinação e a motivação necessárias para levar o projeto a bom porto. Como tal, a equipa da Agroop acredita que o percurso levado até à data (14/05/2014) poderá constituir-se como um elemento convincente dessa capacidade. A figura seguinte ilustra infográficamente esse mesmo trajeto. É importante relembrar que quando o projeto começou (01/07/2013) a equipa era apenas constituída por três designers sem qualquer tipo de background na agricultura. Ainda no primeiro mês os elementos começaram a abordar várias entidades públicas (Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Universidade de Évora) e privadas (AGIM, Berrysmart), no sentido de compreender melhor as sensibilidades e especificidades do mercado. Paralelamente estava também a ser realizada uma pesquisa exaustiva, que tinha como intuito compreender melhor as características dos concorrentes. No segundo mês os promotores começaram à procura de consultores agrónomos que pudessem complementar as competências dos elementos existentes e foi nessa altura que João Preto e Thomas Pedro se juntaram ao projeto. Durante as abordagens iniciais às associações e cooperativas, os promotores reparam que embora a ideia da Agroop estivesse a ser muito bem recebida, tinham dois problemas que se destacavam; o facto de não terem historial na área agrícola e de não terem ainda nenhum tipo de interface visível. Percebeu-se então que uma forma de mitigar essas desvantagens seria recorrendo às capacidades mais fortes da equipa, nomeadamente o design e a comunicação.Uma vez que os meios financeiros disponíveis para deslocações eram reduzidos e que uma aproximação sem notoriedade prévia dificultaria uma parceria estratégica, a abordagem mais lógica seria por via digital, uma vez que esta possibilitaria uma promoção mais célere, com maior potencial de escala. Foi então elaborado um plano de ação que tinha como principais objetivos, conquistar massa crítica, receber feedback de potenciais clientes, alertar parceiros e encontrar investidores. Começou-se a desenvolver a interface com a ajuda dos consultores e alguns agricultores, contruiu-se um site (www.agroop.net) com formulário de subscrição e conteúdos infográficos e promocionais. 23 Plano de Negócios Após o site estar concluído e a comunicação bem definida, procurou-se envolver agentes que pudessem ajudar a divulgar a Agroop. Encontrou-se uma página de Facebook (Novos Rurais) que viria a revelar-se o parceiro ideal neste sentido. Após alguns posts da Agroop na página dos Novos Rurais, os efeitos começaram a surgir. A equipa foi contactada por uma jornalista da Agência Lusa que solicitou uma reportagem. Após essa reportagem a projeção nos restantes meios de comunicação social fez-se sentir, nomeadamente no Jornal I, Jornal de Negócios, Diário de Notícias, Sol, Correio da Manhã, Sapo, Voz do Campo, SIC, TVI…) Nos dias seguintes a Agroop recebeu uma chuva de telefonemas e contactos que contribuiriam para o reforço da motivação e dedicação da equipa, mas também para a possibilidade de construção de parcerias frutuosas. Agora, passadas algumas semanas, a poeira assentou, mas os contactos estrategicamente mais relevantes permaneceram. Neste momento, a Agroop tem cerca de 1.340 seguidores no Facebook, 520 subscritores na sua mailing list, parcerias técnicas com associações de produtores, beta testers, solicitações para orçamentação, parceiros de desenvolvimento, parceiros institucionais e potenciais investidores. Figura 28. Percurso dos primeiros 10 meses. Fonte: Agroop Em suma, ficou claro que os promotores da Agroop têm as capacidades técnicas e pessoais para transformar situações adversas em oportunidades. No fim, o empreendedorismo resume-se à capacidade de resiliência e ação dos empreendedores. CASOS DE ESTUDO 01. 02. (Concorrência) INQUÉRITOS (Entidades públicas e privadas) 03. PROBLEMA IDENTIFICADO (Potenciais clientes) (Pouca notoriedade e inexistência de interface visual) PLANO DE AÇÃO (Objetivos: Criar massa crítica, obter feedback de potenciais clientes, encontrar parceiros e investidores) CRIAÇÃO DE SITE ABORDAGENS INICIAIS 04. INCLUSÃO DE CONSULTORES AGRÓNOMOS NA EQUIPA 06. CRIAÇÃO DE INTERFACE VISUAL 05. (Conteúdo promocional) PROMOÇÃO DO PROJETO NO FACEBOOK 07. (Página Novos Rurais) PROPAGAÇÃO (Jornal I, Correio da Manhã, Sapo, Voz do Campo, SIC, TVI...) 24 (Agroop Operacional) 08. 10. REPORTAGEM (Agência LUSA) 28 AGROOP: Novo Impulso Figura 29. Objetivos alcançados até à data (14/05/2014). Fonte: Agroop SUBSCRITORES MAILING LIST EM LÓGICA DE OPT-IN (520 em 5 semanas) PARCEIROS TÉCNICOS PARCEIROS INSTITUCIONAIS POTENCIAIS INVESTIDORES BRAND AWARNESS E ENGAGEMENT (Frutalmente, AVIPE, Agrobio, Meltagus, Ostre Toten Kommune...) (Inovcluster, IPCB, INIAV, IAPMEI, Taguspark...) (Singular Ways, Innovation Makers, Ostre Toten Kommune...) (Feedback de potenciais clientes e concorrentes...) 29 Investimento necessário A Agroop tendo sido um dos projetos selecionados no âmbito do programa Passaporte para Empreendedorismo, conta já com o apoio financeiro de 25.000€ até ao dia 1 de Junho de 2014 (12 meses de bolsa). Figura 30. Investimento necessário 235.000€. Fonte: Agroop 135.000€ DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO (57,45% do investimento total necessário) O plano financeiro (apêndice B) e as projeções nele incluídas revelam que no próximo ano e meio (6 meses de 2014 e 12 meses de 2015) será necessário um investimento financeiro de aproximadamente 235.000€. Conforme representação na Figura 30, as maiores fatias desse investimento destinam-se ao desenvolvimento tecnológico (programação e design) das 4 variantes da Agroop, à promoção publicitária do projeto e à criação e conteúdo pedagógico que sustente a necessidade de visitas e consequente tráfego na Agroop Pedagógica. 50.000€ PUBLICIDADE (21,28% do investimento total necessário) 28.000€ 22.000€ CRIAÇÃO DE CONTEÚDO PEDAGÓGICO OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS (11,91% do investimento total necessário) (9,36% do investimento total necessário) 30 Prevê-se que em 2015 haja uma faturação de 160.000€; no entanto o break even só será atingido em 2016. Tendo em conta os parceiros conseguidos até agora, o grau de inovação do projeto e o setor de atividade onde se insere, pensa-se que o acesso a programas do novo quadro comunitário (Portugal 2020 ou Horizonte 2020) possam ser uma boa alternativa de financiamento. No entanto também serão analisadas opções como o crowfunding (Seedrs, Indiegogo, PPL,…). 25 Plano de Negócios documentos de apoio Todos os documentos de apoio, apêndices e anexos podem ser encontrados no seguinte link: Apêndice A Plano de comunicação Apêndice B Plano de Financeiro www.agroop.net/docs As atividades estão disponíveis para consulta na página oficial do Facebook e na página oline Agroop: www.facebook.com/Agroop www.agroop.net 26 Taguspark - Parque de Ciência e Tecnologia Edifício Inovação II, 421 2740 - 122 Oeiras (+351) 214 310 387 [email protected] www.agroop.net