Edição de Fevereiro de 2014
Transcrição
Edição de Fevereiro de 2014
"Não há Democracia sem imprensa livre" o de o t i r t Dis anc r B lo aste www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: José Lagiosa C Ano 5, Nº 31, Fevereiro de 2014 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros Escuderia Castelo Branco faz 50 anos CONFRARIA DO CABRITO ESTONADO AVANÇA Congresso do PSD em Lisboa, dias 21, 22 e 23 página 3 página 3 João Paulo Catarino debate o futuro da floresta 2º Festival Literário "FESTIVAL foi enorme sucesso" "NGCR" Foi um Festival com “Sinceridade” apresentou ou algo à volta disto produtos em Oleiros página 5 Cerveja Templária Concerto de Viola Beiroa página 9 Comendador José Santos Marques, Mandatário de Pedro Passos Coelho no Distrito de Castelo Branco. Administrador, Mr. Constantino página 16 página 11 * Orquestra Função Públika * Grupo Costa Verde * Grupo Ciklone * Orquestra Royal * Orquestra Zona Norte * Banda Kumitiva * Grupo Trap Zap * F.M.I. Grupo Show * Grupo Alta Definição * Grupo Nova Galáxia * Grupo NS Band * Grupo Sector Públiko * Gupo Show Band * Grupo Versus * Banda Oxygénius * 2 Jornal de OLEIROS EDITORIAL 2014 FEVEREIRO Requalificação da Circular Externa de Oleiros em concurso Em OLEIROS trabalha-se duramente Apostados em políticas de inclusão, atração de investimentos, requalificação do Concelho e inclusão deste nas grandes rotas de interesse além fronteiras do Concelho e do Distrito. A vinda de Fernando Jorge, Presidente com reconhecida capacidade concretizadora, foi decisiva para não vitimizar o Concelho às mãos de cortes e encerramentos que se espalham um pouco por todo o país depauperado. Urge que a população perceba o que está em causa se torne activa na defesa dos valores que nos unem e nas necessidades que devemos suprir, dando voz aos que no interior lutam, desvalorizando as poucas vozes que remam contra a maré, basicamente instaladas no exterior e que nunca acrescentaram valor interno, a coberto de nomes falsos e imagens desfocadas, prova evidente que não pretendem construir, mas sim destruir. . Eleições Europeias Importa destacar que o que está em causa nestas Eleições é a necessidade de alterar os parâmetros das políticas decididas em Bruxelas e nos países do norte e não as políticas em Portugal. Estas só podem ser modificadas se o primeiro objectivo for atingido e não o contrário. É necessário que na EU se crie finalmente a solidariedade de grupo, se uniformizem as políticas a todos os níveis. A “batalha” é assim externa e não interna. Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected] Está a decorrer o concurso público para a requalificação da Circular Externa de Oleiros, correspondente ao troço da E.N. 238, entre os quilómetros 68,1 e 70. Com esta intervenção, pretende-se melhorar as condições de circulação viária no troço em causa, com o aumento da mobilidade e segurança de piões e ciclistas, ao mesmo tempo que se pretende potenciar as condições de fruição do espaço público, introduzindo-lhe uma componente de embelezamento paisagístico e funcionalidade, garantindo o bem-estar da população. O projeto que compreende uma extensão de 1.400 m, contempla ainda a valorização de alguns elementos existentes com valor patrimonial. O Presidente Fernando Jorge prepara o anúncio de novas medidas numa cadência que surpreende e se regista. ■ PF Especialização Tecnológica (CET) ou outro nível superior em Oleiros . IPCB, Câmara de Oleiros e Escola Padre António de Andrade fazem acôrdo decisivo O Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade (AEPAA), a Câmara Municipal de Oleiros e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), estão a estudar conjuntamente a possibilidade de ser criado um Curso de Especialização Tecnológica (CET) ou outro de nível superior no concelho de Oleiros, já a partir do próximo ano letivo. Para o efeito, neste momento, é necessário recolher os dados de eventuais interessados, pelo que se informa que os potenciais candidatos devem contactar com a maior brevidade possível a Direção do Agrupamento (272 680 210). Recorde-se que o número de candidatos e a sua atempada confirmação vão ditar o sucesso desta iniciativa. ■ PAPELARIA JARDIM e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 Oleiros Telefone 272 681 052 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS Município Oleiros pretende criar Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado Durante a sessão de esclarecimento sobre a qualificação dos produtos endógenos de Oleiros, o Presidente da Câmara, Dr. Fernando Jorge, anunciou que irá ser criada a Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado, uma iniciativa que também havia sido referida na última edição (5.ª) do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado. Nesse sentido, tem havido no terreno um considerável trabalho de recolha de informação, nomeadamente ao nível da elaboração dos estatutos da dita confraria e na qual o Capitão Piloto Aviador António Fernandes, natural de Oleiros e grande entusiasta desta iniciativa, tem tido um envolvimento importante. ■ 3 Escuderia Castelo Branco faz 50 anos Este ano é um ano histórico para a Escuderia Castelo Branco; Há 50 anos nascia o clube de automóveis albicastrense, que tem sabido progredir e tornar-se importante no panorama do desporto automóvel, nacional e internacional, através da procura contínua da qualidade das suas organizações, sendo que, 50 anos depois se situa como uma das referencias mais positivas, entre os Clubes que se dedicam exclusivamente a este tipo de atividades desportivas. Concretizando essa procura de qualidade, em 2014 a Escuderia Castelo Branco vai ter um ano em cheio. As atividades do Clube Albicastrense anunciadas detalhada- mente no Cine-Teatro da cidade, no passado dia 31 de Janeiro, que entre as provas previstas, estarão nada menos do que duas integradas no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno – Baja TT Oleiros / Proença/Mação e Baja TT Idanhaa-Nova - uma no Campeonato Nacional de Ralicross e uma outra que marca o regresso da Escuderia ao Campeonato Nacional de Ralis – 30 anos depois – o Rali de Castelo Branco. Festejos que durarão todo o ano e que hoje se iniciam com a adoção de um símbolo comemorativo dos 50 anos – que acompanhará todas as realizações de 2014 – e que terão o seu auge no dia 21 de Maio de 2014, dia em que se cumprem realmente os 50 anos da fundação da Escuderia Castelo Branco, entidade que passou a ter estatuto de Utilidade Pública a 8 de Outubro de 1999, por despacho do Exmo. Sr. Primeiro Ministro. ■ * Parabéns ESCUDERIA DE CASTELO BRANCO Crie-se um ministério das comunidades e da lusofonia! António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, independentemente de algumas mais-valias pontuais que regista e do seu trabalho administrativo, revela-se, ao longo da sua vigência, ineficiente e desgastante, contribuindo até para adiar, ad eternum, uma possível política séria, com pés e cabeça para a emigração e para as comunidades lusófonas. A experiência da Secretaria de Estado constituiria um contributo importante à hora de ser definida uma reforma da política das Comunidades portuguesas e da lusofonia em termos de estratégia. Só um ministério próprio estaria à altura de reparar os defeitos da política passada e seria capaz de desenvolver conceitos e estratégias de uma política abrangente e adequada aos novos tempos. Temos a área da cultura, da língua, da economia, da lusofonia à espera de concepção inclusiva, de projectos e aplicação numa política visível e eficiente que sirva e se aproveite dos recursos das potencialidades migrantes e dos países lusófonos (com eventuais parcerias). Urge aproveitar com eficácia a rede da presença lusa e das suas economias de maneira mais satisfatória e proveitosa para os emi- AF imprensa Rod 262x48 CA Natal'13.indd 1 Em prol de uma Lusofonia para além do Espaço do Sentimento de Pertença grantes, para Portugal e para os países lusófonos. As comunidades da diáspora lusófona poder-seiam aproveitar e ser aproveitadas e reunidas em conveniências comuns de fomento (Bancos, Câmaras da Indústria e do comércio, representações diplomáticas, institutos culturais, etc.) numa estratégia de inclusão de interesses e políticas de perspectivas de futuro lusófono. Só uma política, atenta aos sinais dos tempos e à realidade da perspectiva das economias emergentes lusófonas e do equacionamento de projectos em termos globais, poderá dar resposta adequada às novas possibilidades e ao enquadramento económico e estratégico do constante fenómeno de movimentação social. Só a criação de instituições inclusivas com grande peso a nível de governos e de sociedade darão resposta eficiente aos novos desafios. A missão não pode estar subjugada nem amarrada à administração (burocracia) se não queremos dar continuidade à típica mentalidade orientada pelo hábito da apagada e vil tristeza de não vermos o que está para além das bordas do próprio prato. Assim deveria ser criado um mi- nistério das Comunidades muito ligado ao MNE, a repartições ministeriais de gestão, de economia, de finanças, de cultura, universidades, turismo e de investimento! (Isto são ideias que já defendia publicamente em “O Emigrante” dos anos 80 ao dar-me conta do desperdício de recursos e da falta de racionalização e eficiência administrativa na emigração! A mesma carência de visão constatei ultimamente na reacção do MNE e Secretaria das Comunidades à luta que encabecei pela subsistência consular de Frankfurt; a rotina, a perspectiva burocrática e a defesa de interesses de instalados têm determinado muitas das decisões políticas e deste modo atrasado o desenvolvimento de Portugal e dos portugueses.) Continua a ser irresponsável e arcaica uma política abandonada à boa vontade de secretários de Estado das Comunidades que, além da falta de uma política forte que os apoie, têm de se acomodar aos maus hábitos da casa (burocracia) que dirigem! Em todos os Secretários de Estado que pude observar constatei o seu estado carente de também eles serem migrantes na transitoriedade de uma vida política que os obriga a cobrir a irresponsabilidade política de um Estado/ Governos que nunca se interessou por delinear uma política séria para uma vertente tão importante como a dos emigrantes e das suas economias. Na minha observação do palco político e do agir das Secretarias de Estado, durante mais de 30 anos, constatei sempre o mesmo estado precário desta instituição que, além de boa vontade e iniciativas passageiras, não deixa nada de duradouro. Um mínimo de seriedade política conceptual e programática exigiria um certo interesse por se encarar o problema de fundo. Verifiquei nos anos oitenta, um pouco de interesse de curta duração que não passou de meras intensões de discussão burocrática! Uma política de carácter meramente indutiva sem um tecto dedutivo que lhe dê perspectiva alargada continuará a ser incómoda para secretários de Estado e prejudicial para a emigração ao desperdiçar levianamente os seus recursos e as potencialidades de Portugal. Temos universidades e pessoas de experiência que em conjunto poderiam elaborar cenários políticos. Os partidos portugueses deveriam abandonar o jogo da cabra cega e do pinguepongue a que se têm dedicado em questões de política de língua e de emigração para se afirmarem como competentes e ser reconhecidos em serviço do povo. Também a discussão da política dentro da comunidade portuguesa (falo da Alemanha que conheço melhor) tem sofrido do característico defeito português, de se reduzir a visões partidárias de perfilhação e fomento de perfil partidário nada isenta nem equacionada em termos de situação e de povo! O novo ministério poderia criar condições para a canalização das remessas para o investimento produtivo em Portugal e contribuir para a inovação da mentalidade portuguesa no sentido de se fomentar uma cultura de trabalho frutuoso e responsável. A perspectiva dos países lusófonos, em que a Lusofonia se tornasse não só o espaço do sentimento de pertença mas também a nova força catalisadora das novas gerações, não deveria ser parte acidental da filosofia e práxis de um Ministério das Comunidades e da Lusofonia. ■ * António da Cunha Duarte Justo, Colunista Especializado e Correspondente na Alemanha 11/14/13 7:00 PM 4 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO O FAROL Balanços e Previsões O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico António Graça Em 24 de Fevereiro de 1582, o Papa Gregório XIII, promulgou o, a partir daí, chamado Calendário Gregoriano, que substituiu o calendário Juliano, adoptado pelo imperador romano Júlio César. Ficou então convencionado que o dito calendário gregoriano passaria a representar o ano civil em todo o mundo. Portugal, então sob a dominação espanhola, foi dos primeiros países a adoptar o novo calendário, cuja implementação global demorou mais de três séculos. Por motivos não inteiramente conhecidos, o final de cada calendário passou a ser um momento de celebração pelos povos que o adoptaram. À mudança de ano, para além dos tradicionais festejos, estão associadas várias práticas, de entre as quais as mais mediatizadas são, nos tempos que correm, os balanços do ano que termina e as previsões para o ano que vai entrar. Sem querer entrar em considerações exaustivas, entendo que se podem extrair do balanço do ano que passou, alguns factos importantes, sejam eles positivos ou negativos. Assim, e a nível internacional, o facto mais relevante foi, pela positiva e em meu entender, a eleição do Papa Francisco, que colocou no Vaticano um digno sucessor de João Paulo II. Pela negativa e, de entre as infelizmente numerosas opções, destacaria a situação sempre instável do estado falhado da Guiné-Bissau, os focos de conflito activos por esse mundo e, em particular, a guerra civil da Síria. De assinalar também, no ano que passou, o desaparecimento de Nelson Mandela, uma figura incontornável do Continente Africano, um Homem que provou que mesmo sendo prisioneiro se pode ser livre A nível nacional, não teremos razões para comemorar o ano que passou, o qual, apesar dos malabarismos e habilidades estatísticas do governo e dos partidos seus apoiantes, foi um ano que viu emigrar mais de cem mil portugueses, na sua maioria jovens qualificados, sofreu com a continuação do empobrecimento de um número sig- nificativo de portugueses, sobretudo os mais vulneráveis, enquanto, paradoxalmente, ou talvez não, via também aumentar as fortunas dos mais ricos. As figuras e casos que merecem destaque, merecem-no, infelizmente, pelo lado negativo, nomeadamente, o primeiro-ministro de um governo que tem uma obsessão compulsiva pela perseguição aos reformados, pensionistas e trabalhadores do estado, confiscando as reformas, as pensões e os proveitos de quem vive do seu trabalho, e que confunde maioria absoluta com poder absoluto. Mário Soares, cujas inócuas iniciativas e infelizes declarações, têm contribuído para desgastar alguma credibilidade que lhe restaria, parecendo apenas uma prova de vida de quem quer à força ter protagonismo. Altamente negativo foi o tratamento dado aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, configurando uma acção destrutiva do potencial económico nacional e contrária aos interesses de um país que se diz in- Exposição de azulejo no Hotel Santa Margarida e que na sua essência é bastante semelhante ao trabalho com mosaicos, era aplicada em painéis, pavimentos e tectos de palácios, assim como em murais de igrejas, conventos e outros locais nobres. Apesar de há muito se ter deixado de utilizar esta técnica, o autor, com a utilização dos variados tipos de ferramentas atualmente existentes, tendo como matériaprima o azulejo e sem recorrer à utilização de quaisquer tintas, está empenhado em recriar e divulgar esta sua genuína forma de esculpir o azulejo, procurando ir ao encontro de outra arte. ■ . Hotel de Santa Margarida tornou-se a centralidade de Oleiros Depois de ter exposto no Posto Turismo de Oleiros, em agosto de 2009, José Freire volta a Oleiros com a exposição de azulejo alicatado “Outra Arte”, patente a partir do dia 25 de janeiro no Hotel Santa Margarida, até final de Fevereiro. Esta forma de trabalhar o azulejo com alicate foi desenvolvida e implementada pelos Mouros na Península Ibérica e esteve em voga durante os séculos XVI e XVII. A irreverente disciplina de azulejaria, trabalhado com minúcia Desfile de Carnaval 2014 . 2 de Março todos na rua O Município de Oleiros leva a efeito, no dia 2 de março (domingo), o habitual Desfile de Carnaval. A iniciativa está agendada para as 14H30, em frente ao edifício dos Paços do Concelho e conta com a participação das escolas, associações, outros grupos informais e todos os cidadãos interessados. O tema de cada disfarce é livre, procurando apelar à imaginação e à criatividade dos participantes, num evento em que predomina o convívio e a folia, tão habituais nas tradicionais comemorações carnavalescas em Oleiros, Para mais informações, os interessados devem contactar a Casa da Cultura de Oleiros (pelo telefone 272 680 230 ou por email casadacultura@cm-oleiros. pt). ■ teressado na economia do seu mar. Quanto às previsões para 2014, conforme alguém disse” previsões só no fim do jogo”, mas uma coisa é certa, aquilo que vemos diante de nós, nomeadamente o orçamento para 2014 e as suas armadilhas, não augura melhorias sensíveis para o povo português. Teremos em Maio um acto eleitoral para o Parlamento Europeu. Seria bom que os portugueses deixassem de estar na política como estão no futebol, ou seja, votam no partido A, B, ou C, porque é costume e tal como no futebol, onde não se muda de clube, não votam fora do que é costume. A União Europeia precisa de um abanão, ou tem os dias contados Notas Soltas: Passos Coelho diz que quer ser primeiro-ministro por mais um mandato, contrariando assim a sua afirmação “que se lixem as eleições”. Pires de Lima diz que o irrevogável Paulo Portas dará um Bom Presidente da República. Será que os portugueses estão de acordo?? Eusébio da Silva Ferreira O grande Eusébio, sem dúvida o melhor futebolista português do século XX, e, talvez, de sempre, deixou-nos há alguns dias. As inúmeras manifestações de pesar que, espontâneamente, surgiram, não só a nível nacional, mas por todo o mundo, são a prova da sua grandeza, reconhecida até pelo Osservatore Romano, jornal semioficial da Santa Sé, que lhe dedicou um artigo de meia página. Eusébio foi, sobretudo, um ídolo modesto, que, ao contrário de algumas figuras da actualidade, não exibiu ostensivamente, algumas benesses e bens que o seu estatuto lhe terá proporcionado. Para o ano que agora entrou, desejo aos leitores, aos colaboradores e aos amigos do Jornal de Oleiros, as melhores venturas e, sobretudo, saúde e paz. O Futuro não será melhor só porque é futuro, há que trabalhar e lutar para que o melhor aconteça ■ R.R. Music proporciona Festa a favor dos Bombeiros de Oleiros . Gesto notável a apoiar vivamente 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 5 PROENÇA-A-NOVA OutSystems cresce no estrangeiro Escritório de Proença-a-Nova ganha espaço internacional Magda Ribeiro A empresa de softwareOutSystems, que atravessa uma fase de crescimento a nível internacional, está a reforçar a equipa do escritório de Proença-a-Nova com mais seis pessoas. Cinco destes lugares decorrem diretamente do crescimento da empresa, enquanto o outro é de suporte à atividade. Quatro anos após a abertura do escritório na zona do Pinhal, o balanço é “muito positivo”, como destaca o coordenador, Ricardo Araújo. Depois da abertura, em 2013, de novos escritórios em Londres e Singapura, no novo ano a OutSystems perspetiva continuar a crescer na Ásia e Médio Oriente, já que os serviços internacionais são a grande força da empresa. De Proença-a- Nova têm saído projetos que estão a ser usados em países como Estados Unidos, França, Japão, Kuweit ou Bélgica e a abertura internacional é mesmo o principal desafio do escritório para 2014. Apesar do cenário de crescimento moderado a nível local, Ricardo Araújo explica que os colaboradores são chamados a viajar mais do que até aqui, tendo já estado em deslocações temporárias Janeiras cantadas em Proença Grupos de seis aldeias partilharam tradição de Ano Novo O ritmo e os costumes à volta dos cânticos variam, mas a persistência dos cantadores que há décadas mantêm vivo o cantar das Janeiras é o denominador comum que juntou em Proença-a-Nova, no último sábado, seis grupos de aldeias do concelho. Num percurso dinâmico, entre a Igreja Matriz e o parque urbano, Alvito da Beira, Caniçal e Vale da Carreira, Corgas, Cunqueiros, Pergulho e São Pedro do Esteval participaram num encontro promovido para dar a conhecer esta tradição e proporcionar o convívio entre os janeireiros. Enquanto alguns grupos são mistos, noutros a participação é exclusivamente masculina, provavelmente devido à dureza que, no passado, rodeava esta prática: muitos grupos percorriam diversas aldeias ou mesmo toda a freguesia (como é o caso em São Pedro do Esteval), o que implicava fazer vários quilómetros a pé, atravessando ribeiras, com sacos de batatas e cereais às costas. Apenas o grupo do Alvito é constituído só por mulheres, embora essa prática tenha sido recente, dado que os homens deixaram de cantar e não quiseram deixar cair a tradição. Outra característica curiosa prende-se com a organização dos janeireiros, que em diversas localidades se subdividem em dois grupos, aos quais é dada a designação de “pernas”. As duas “pernas” cantam alternadamente, uma lançando o mote e a outra em resposta. A proximidade entre as aldeias do Caniçal e Pergulho explica que partilhem uma música idêntica, embora com variações na letra. A tradição oral confirma, em ambos os casos, que as Janeiras se cantam sem alterações há pelo menos cerca de um século. Conscientes da importância de preservar costumes, os cantadores quiseram saber o que muda de terra para terra. Os Cunqueiros apresentaram um texto explicativo que incluía pormenores como o cumprimento feito à chegada a cada casa: “Dá esmola para as almas, se quiser ou puder, quer que se cante?”. O enquadramento religioso era comum a todos os cânticos e por norma as receitas eram usadas para mandar celebrar missas pelas almas dos defuntos da aldeia. No sábado também o Agrupamento de Escuteiros pediu as Janeiras nas ruas da vila e pelo concelho são diversas as instituições e associações que mantém este ritual, como forma de angariação de verbas. Grupo Coral de Proença-a-Nova, grupos de danças e cantares e associações de Casais e Maljoga são alguns destes exemplos. ■ nos Estados Unidos, Koweit, Bélgica e África do Sul. A “sustentabilidade desta unidade” é o principal balanço de quatro anos de atividade em Proença-aNova, em que ficou demonstrada “a qualidade do trabalho e o crescimento pessoal” dos cerca de 30 colaboradores. E aqui, sublinha o responsável local, “a qualidade de vida teve um papel importante”, que contribui para uma rotatividade inferior à média no sector. Ao longo dos anos foram contratadas 40 pessoas, das quais 5 não corresponderam às expetativas da empresa e apenas outras 5 saíram por sua própria iniciativa. “É um nível de saídas muito reduzido quando comparado com outras empresas do sector”, destaca Ricardo Araújo. ■ Futuro da floresta em debate João Paulo Catarino participou na iniciativa “Portugal pela floresta” . A Floresta e a nossa região, uma batalha em curso As propostas para que a floresta seja ambiental e economicamente sustentável estiveram ontem em debate na iniciativa “Portugal pela Floresta”, promovida pelo Ministério da Agricultura e do Mar e em que participou o presidente da Câmara de Proença-a-Nova. João Paulo Catarino transmitiu à ministra Assunção Cristas a preocupação pela falta de rentabilidade do pinhal e considerou ser necessário estudar, no novo quadro comunitário, uma forma de criar um rendimento periódico ao proprietário florestal, nos primeiros 20 anos do ciclo de crescimento. Ao longo de 2014 irão realizarse diversas ações integradas na iniciativa “Portugal pela Floresta”, na qual a ministra da Agricultura explica querer associar e “contar com todos”, dos produtores às associações, do poder político à sociedade civil. O Movimento ECO, presidido por Murteira Nabo, é um dos parceiros da iniciativa. Neste debate inicial participaram também o ex-ministro Augusto Mateus e a professora universitária Helena Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia. Apesar dos problemas estruturais do pinheiro-bravo, resultantes de ciclos de vida muito longos e da extinção da resinagem, que dava um rendimento periódico ao proprietário, o presidente da Câmara lembrou existirem bons exemplos na floresta portuguesa e considerou que esta deve ser olhada numa perspetiva de fileira. “A fileira do eucalipto e a fileira do sobreiro e da cortiça são dois exemplos de como a indústria pode alavancar a produção”, afirmou. No caso do eucalipto, com a instalação da indústria criou-se a necessidade da matéria-prima e a própria indústria transferiu o “know-how” da preparação do terreno e procedeu ao melhoramento genético das plantas, aumentando a produtividade por hectare. “No caso do sobreiro e da cortiça, a inovação introduzida pela indústria, nomeadamente à procura de novas utilizações, levou a que o preço da cortiça permita pagar à produção um valor que incentiva os proprietários”, conclui João Paulo Catarino. ■ LEIA ASSINE E DIVULGUE Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 6 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO cASTELO BRANCO Desde 1 de fevereiro em Castelo Branco Novo Terminal Rodoviário está em funcionamento José Lagiosa Abriu o novo Terminal Rodoviário, junto à estação do caminho-de-ferro, em Castelo Branco. Foi no passado sábado 1 de fevereiro o seu primeiro dia de funcionamento. A obra há muito esperada reúne excelentes condições para os passageiros, para os operadores de serviço de transporte de passageiros e alberga até 10 autocarros em simultâneo. Inserido no projeto de requalificação daquela zona da cidade, o novo terminal tem ligação direta com o serviço de comboios e é dotado de um parque de estacionamento, no seu piso inferior, com capacidade para cerca de 120 viaturas ligeiras, que oferece os primeiros trinta minutos sem pagamento, como complemento aos serviços que nele são prestados, largada e tomada de passageiros e entrega ou recolha de volumes. O Centro Coordenador de Transportes, foi obra que deu muito que falar, na cidade albicastrense. Prometida em vários períodos dos mandatos de Joaquim Morão, viria a ser lançada somente no último mandato do autarca albicastrense e implicou uma vasta requalificação de todo o espaço envolvente à Estação da CP. ■ Dias 20, 21 e 27 de fevereiro Escola Superior de Educação promove cursos breves A Escola Superior de Educação (ESE), do Instituto Politécnico de Castelo Branco promove, nos dias 20, 21 e 27 de fevereiro, três cursos breves, com o professor e psicólogo clínico Hugo Pinto. Nos dias 20 e 21 de fevereiro, a formação incide sobre, respetivamente, os módulos I e II da Análise e interpretação do desenho infantil. O primeiro módulo abordará A dimensão de avaliação socio-emocional enquanto o segundo será sobre a Dimensão de desenvolvimento e avaliação cognitiva. Já o terceiro curso breve terá como tema o Estilo da APA: Normas de elaboração de referências bibliográficas e tem por ob- jetivo “proporcionar aos formandos um conjunto de recursos teóricos e práticos que contribuam para o desenvolvimento de competências de mestria no âmbito da elaboração de referências bibliográficas (American Psychological Association, 6ª edição) que contribuam para a qualidade, rigor e correção científica na realização de trabalhos académicos e monografias de fim de curso”. Estes cursos destinam-se a profissionais, estudantes e público em geral e cada formação tem um custo de inscrição de dez euros para estudantes e quinze euros para o público em geral. ■ Partido socialista Hortense Martins interpela António Martins Durante uma audição de António Ramalho, presidente das Estradas de Portugal, na Comissão de Economia e Obras Públicas, na Assembleia da República, a deputada socialista Hortense Martins questionou este responsável pelas estradas sobre as portagens e a falta de condições de manutenção das estradas nacionais. A deputada eleita pelo distrito de Castelo Branco quis saber o que se pode esperar das Estradas de Portugal em relação ao novo modelo de portagens, já que passaram dois anos sobre a promessa do secretário de Estado de revê-las com a intenção de as baixar. “A A23 tem das mais altas portagens da Europa e o sacrifício que se está a pedir às pessoas é anormal e exagerado para uma infraestrutura que foi construída em muitos troços em cima de um antigo IP”, relembrou Hortense Martins. ■ Lusodiagnósticos, S.A. Av. Nuno Alvares, 34 - 6000 - 083 Castelo Branco Telefone - 272 329 305 Alugamos apartamentos Para férias ou morada permanente. Algarve (Monte Gordo e Alvor), Costa da Caparica, Figueira da Foz, Odivelas, Estoril, Castelo Branco .... Também temos lojas para alugar em Castelo Branco, Coimbra, Lisboa, Odivelas. 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS INQUIETUDE * Coluna do Director-Adjunto Recomeço Trinta e cinco anos. Muito tempo dirão alguns, foi ontem, digo eu. É verdade fora 35 anos sem ver o Paulino Fernandes, mas parece que foi ontem. Quando o reencontrei, no jantar do 3º aniversário do Jornal de Oleiros, todas as memórias que o meu cérebro havia arrumado num dos seus compartimentos, vieram á tona como se tivesse sido ontem. Depois, bem, depois uma coisa puxa a outra. Entre o recordar de bons momentos vividos, de momentos mais tensos e difíceis mas que em maior ou menos escala contribuíram para a defesa da liberdade e a consolidação da democracia, tudo recordámos naquele reencontro e nos momentos que se seguiram. Mais tarde foi o corolário do que era espetável ou seja as conversas do presente e a projeção do futuro. E o futuro é isto mesmo que estão a ler, a minha vinda para uma projeto com cinco anos, como quase dois anos passaram a correr, para tornar o Jornal de Oleiros, um projeto de abrangência mais lata que a área territorial do título não pode e não irá, seguramente, condicionar. Aliás, isso é já bem visível. Fomos parceiros Media Partnerships do 2º Festival Literário de Castelo Branco, que decorreu na cidade albicastrense entre 5 e 7 de fevereiro. Esta parceria, ao invés de ser uma afirmação elitista do jornal, é antes pelo contrário, uma declaração de intenções de que o jornal está aberto a todas as manifestações, culturais, desportivas, sociais e outras que visem transpor para a sociedade portuguesa, independentemente de zonas geográficas, o espírito de valorização pessoal e coletiva dos cidadãos, através das mais diversas manifestações, sejam elas de que índoles forem. O reforço da equipa, e é disso que se trata, em primeira análise, visa não só o crescimento do jornal em termos de influência na região, mas visa sobretudo dar a toda a zona da Beira Baixa, uma voz escrita que tem por lema “Não há liberdade sem imprensa livre”. Assumimos a nossa independência em relação ao poder político, tenha ele a máscara que tiver, internacional, nacional, regional ou local. Só assim a imprensa poderá ser livre! ■ cASTELO BRANCO Taska Ti Lurdes aposta na qualidade dos produtos regionais para fazer a diferença O inovar da tradição aliado a uma garrafeira de excelência O Restaurante Bar Taska Ti Lurdes abriu as portas ao público no passado dia 1 de agosto, com nova gerência. José Rosário, natural da Covilhã e há 10 anos a trabalhar em Castelo Branco, onde passou pelos melhores restaurantes albicastrenses, decidiu pegar na Taska Ti Lurdes e transformá-la num espaço acolhedor e onde não falta o requinte. Trata-se de um novo desafio para José Rosário, que decidiu apostar na qualidade, transformando aquele espaço que se encontrava encerrado, num restaurante gourmet que aposta sobretudo na diferenciação. A aposta na qualidade é o lema de José Rosário que na Taska Ti Lurdes decidiu trabalhar apenas com os produtos regionais de alta qualidade. “O inovar da tradição”, é o grande lema de José Rosário. Mas, para acompanhar um bom naco de touro na pedra ou umas lulas “À Ti Lurdes”, dois pratos de referência, José Rosário apostou forte também no escanção, onde o cliente se depara com uma extraordinária garrafeira. Por outro lado, a aliar à extraordinária qualidade da cozinha e dos vinhos, o cliente tem uma agradável surpresa no que diz respeito aos preços praticados. A Taska Ti Lurdes apresenta um menu diário para o almoço que inclui sopa, um prato de peixe ou carne, sobremesa, café e vinho branco ou tinto (escolha da semana ou do mês), por nove euros. Depois, existe toda uma diversidade de pratos à carta, onde o cliente se pode deliciar com os mais diversos pratos regionais ou a especialidade da casa, o naco de touro na pedra. Além disso, para os apreciadores de vinhos, a Taska Ti Lurdes realiza prova de vinhos para um mínimo de quatro pessoas. O restaurante tem uma capacidade para 334 lugares sentados e tem ainda uma esplanada com capacidade para 40 lugares. Além do próprio José Rosário, a Taska Ti Lurdes tem ainda uma copeira e uma empregada de mesa a trabalhar. Os almoços começam a ser servidos a partir das 12 horas até às 15h30 e reabre para jantares a partir das 19 horas. A Taska Ti Lurdes está aberta de terça a domingo. ■ * Carlos Castela Exposição Interativa no antigo edifício dos ctt Descobrir Insectos em Ordem Insectos em Ordem é uma exposição bilingue sobre a diversidade de insetos, em que cada um faz o seu próprio percurso. Os visitantes recebem, à entrada, um exemplar de um inseto que deverão identificar. Os 600 metros quadrados de área expositiva são um gigantesco labirinto, uma chave de identificação que, passo a passo, nos conduz ao módulo da Ordem a que pertence o exemplar. A exposição é interativa de uma forma inovadora e acessível ao público de todas as idades: um jogo-de-pista onde o desafio a cada visitante é ser biólogo por uma hora identificar o espécime que tem na mão, utilizando para isso as pistas espalhadas ao longo 7 do espaço expositivo. Porque a identificação se faz por comparação, presença/ausência, de caraterísticas a exposição é acessível a todos. Inaugurada no passado dia 3 de fevereiro, pelo presidente da Câmara Municipal, Luís Correia, estará patente até 5 de abril, nos horários habituais, com entrada gratuita.■ 8 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO 11º Rock na Vila já tem data anunciada! A data de realização da décima primeira edição do Festival Rock na Vila já está marcada: dias 6 e 7 de Junho, o Parque de Feiras de Vila de Rei volta a receber alguns dos mais importantes nomes da música nacional. Nos próximos dias começarão a ser anunciados as bandas presentes na edição de 2014. Fica atento à página oficial do Festival Rock na Vila no Facebook, em https://www.facebook.com/ festivalrocknavila?fref=ts, e fica a conhecer todas as novidades do teu Festival em primeira mão! O Festival Rock na Vila é, cada vez mais, um nome de referência do panorama musical português, tendo a sua edição de 2013 sido, inclusive, nomeada para os Portugal Festival Awards nas categorias de “Melhor Festival de Pequena Dimensão”, “Melhor Festival urbano”, “Melhor Cabeça de Cartaz”, Melhores WCs” e “Melhor Campismo”. ■ Milhares de pessoas visitam infra-estruturas culturais de Vila de Rei em 2013 Os equipamentos culturais Vilarregenses voltaram, uma vez mais, a receber milhares de visitantes durante o último ano. O Museu da Geodesia, situado no Centro Geodésico de Portugal, continua a ser a infra-estrutura que mais visitantes recebe, assumindose como um ponto de referência para todos os que visitam o Concelho de Vila de Rei. No ano de 2013, contabilizou 16.564 visitantes. Apesar de ter estado encerrado para obras de manutenção e melhoramentos durante cerca de três meses, o Museu Municipal de Vila de Rei, que pretende recriar uma casa agrícola típica do início do século XX, registou um número de 1.201 visitantes ao longo do último ano. Inaugurado a 19 de Setembro de 2013, o Museu do Fogo e da Resina tem, também ele, vindo a afirmarse como um importante pólo de atracção turística tendo registado, até ao final do ano, 1.027 visitantes. O Museu Escola da Fundada, inaugurado a 24 de Agosto, registou, ao longo do restante ano de 2013, 128 visitantes. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires continua, com sucesso, a sua missão de promover e apoiar a leitura no Concelho, tendo, no ano de 2013, alcançado o seu número máximo de utilizadores, com um total de 9.266 visitantes. Este equipamento apresenta diversas potencialidades à disposição dos seus visitantes como biblioteca, ludoteca, espaço Internet, diversas exposições, entre outros. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires colabora ainda directamente com creches, jardins- de-infância e lares do Concelho de Vila de Rei, disponibilizando equipamentos de apoio à aprendizagem. Para Jorge Tavares, vereador do pelouro da Cultura do Município Vilarregense, “o Concelho de Vila de Rei oferece, a todos os seus habitantes e visitantes, um vasto leque de equipamentos culturais de qualidade que, ao longo dos últimos anos, têm sido visitados por largos milhares de pessoas. Ao longo dos próximos anos, esperamos vir ainda a conseguir aumentar os números apresentados.” ■ Equipamentos desportivos Vilarregenses receberam milhares de utilizadores no último ano As Piscinas Municipais e o Ginásio Municipal de Vila de Rei registaram, ao longo do ano de 2013, a entrada de milhares de utilizadores nestas infra-estruturas. O complexo de Piscinas de Vila de Rei foi utilizado, ao longo do último ano, por 11.057 pessoas. Este número divide-se em 3.155 visitantes da Piscina Descoberta, aberta ao público durante os meses de Verão, e 7.902 utilizadores da Piscina Coberta de Aprendizagem. Actualmente, a Piscina Coberta recebe aulas da Escola de Natação (Natação para Bebés, Natação para Adultos Nível I e Nível II), Hidroginástica e Hidrosénior/Natação de Recuperação. O Ginásio Municipal, por sua vez, atingiu o número máximo de usuários, contabilizando 3.813 utilizadores em 2013. O recorde anterior era de 3.712, atingido no ano de 2012. O espaço do Ginásio Municipal, para além de possuir todas as condições para a prática das modalidades de cardiofitness e musculação, é também utilizado para aulas de Body Combat, Body Attack, Step e Ginástica Localizada. Ricardo Aires, Presidente da Câmara Municipal, refere que “a Autarquia de Vila de Rei tem realizado uma forte aposta para proporcionar a todos os seus habitantes as melhores condições para a prática de exercício físico. Os números apresentados vêm confirmar o sucesso dessa aposta que pretende incentivar a prática desportiva como importante meio na promoção da saúde e bemestar dos nossos munícipes.”■ RTP visita e destaca o Museu do Fogo e da Resina O programa “Portugal em Direto”, da RTP, emitiu, no dia 7 de Janeiro, uma reportagem gravada no Museu do Fogo e da Resina. A notícia destacou as ferramentas interactivas colocadas à disposição dos visitantes do Museu, o espólio e colecções presentes, a homenagem aos Bombeiros Portugueses e a importância da floresta e da resina no desenvolvimento da região. Durante a reportagem, é ainda realçado o facto de, desde a sua inauguração a 19 de Setembro de 2013, o Museu ter já recebido mais de um milhar de visitantes. O Museu do Fogo e da Resina foi já também destacado no Boletim Informativo do ICOM – International Council of Museums, na categoria de “Museus Novos, Recentes e Renovados”. O Vice-Presidente da Autarquia, Paulo César, refere que “o Museu do Fogo e da Resina é já uma aposta ganha da Autarquia que, para além de dinamizar um espaço que não se encontrava a ser utilizado, permite realçar a relação e o papel do fogo na comunidade Vilarregense e a importância da arte tradicional da exploração da resina no desenvolvimento da economia da zona Centro do País. Os interessados em visitar o Museu do Fogo e da Resina podem fazê-lo de terça-feira a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e acompanhar todas as novidades relativas ao Museu através da sua página oficial do Facebook em https://www.facebook.com/ MuseudoFogoedaResina?fref=ts. A reportagem encontra-se disponível em www.cm-viladerei.pt. ■ 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 9 IDANHA-A-NOVA Arranca projeto Quinta à Mesa dedicado a produtos regionais gourmet A empresa de produtos regionais gourmet Quinta à Mesa é um novo projeto do chefe de cozinha António Sequeira, com sede no concelho de Idanha-a-Nova. O projeto visa a produção e distribuição de produtos regionais, em especial de produtos diferenciadores, que o Chef António Sequeira quer transportar desde o concelho de Idanha-a-Nova até à mesa dos restaurantes e hotéis das principais cidades portuguesas. Cenoura, tomate e vários legumes com cores diferentes das tradicionais, mini legumes, cogumelos silvestres, espargos, brócolos romanescos, carnes de elevada qualidade, queijos, enchidos, azeite, vinho são alguns dos produtos trabalhados pela Quinta à Mesa. António Sequeira é docente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, qualidade em que colabora habitualmente nos festivais temáticos organizados pelo Município de Idanha-a-Nova. Quem visita regularmente estes eventos já se cruzou, certamente, com as originais e requintadas receitas que prepara em demonstrações de cozinha ao vivo. Entusiasta dos produtos de Idanha-a-Nova, o chefe de cozinha idealizou o projeto Quinta à Mesa "ao verificar que muitos dos produtos de qualidade da região não chegam às grandes cidades”, explica. Os restaurantes de cozinha gourmet são, numa primeira fase, os destinatários de um projeto que quer chegar aos consumidores dos grandes centros urbanos. “Conhe- Produtos cosmética e higiene pessoal Câmara de Idanha apoia fixação de empresa Acaba de ser celebrado um protocolo entre a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a Veratrum, Laboratórios Lda., para a instalação da empresa no Centro Logístico Agroalimentar do Ladoeiro, com o objetivo de produzir, comercializar e exportar produtos de cosmética, perfumaria e higiene pessoal, produtos naturais e dietéticos. O projeto que vai avançar em breve e insere-se na estratégia da autarquia de captar e fixar projetos inovadores e sustentáveis no concelho. Tem como gerente Rodolfo Silva, engenheiro químico de 28 anos e conta ainda com outra engenheira química, Raquel Pires, de 23 anos. “A ideia de montar o laboratório estava há algum tempo a ser amadurecida, mas procurávamos um lugar para nos instalarmos e começarmos a trabalhar. Idanhaa-Nova pareceu-nos o lugar ideal, pelas condições de que dispõe e pela localização privilegiada entre Lisboa e Madrid”, refere Rodolfo Silva. Em estudo está a utilização nos produtos das águas termais da região, reconhecidas pelas suas virtudes terapêuticas e por possuírem o maior teor de sílica entre as águas termais da Peninsula Ibérica. ■ Proença-a-Velha Abrem inscrições no VI Passeio de BTT “Rota do Azeite” Abriram no dia 4 de janeiro as inscrições para o VI Passeio de BTT “Rota do Azeite”, que vai decorrer em Proença-a-Velha, integrado no Festival do Azeite e Fumeiro. A atividade é organizada pela Associação de Cicloturismo de Idanha-a-Nova (ACIN) e conta com os apoios do Município de Idanha-a-Nova, Junta de Freguesia de Proença-a-Velha e Proençal - Liga de Desenvolvimento de Proença-a-Velha. As inscrições estão limitadas a 150 participantes e o percurso tem cerca de 50km, com um nível de dificuldade médio-baixo. Informações e contactos junto da ACIN, através dos telemóveis 965 078 749 e 969 217 195 ou do email [email protected]. O VI Passeio de BTT “Rota do Azeite” é uma das atividades que contribuem para cimentar o estatuto de Idanha-a-Nova como “Catedral do BTT”. Recorde-se que este ano foi criado um Centro BTT em Termas de Monfortinho e futuramente serão instalados equipamentos semelhantes nas localidades de Idanhaa-Nova e Monsanto. O Município apoia ainda a classificação das unidades hoteleiras do concelho como “Bikotel”, denominação dada a unidades com boas práticas no acolhimento de ciclistas. ■ ço muitos chefs de restaurantes e hotéis de Lisboa e do Porto que lamentam a dificuldade em aceder a certo tipo de produtos. E o meu papel, no fundo, é levar-lhes esses produtos", refere António Sequeira, natural da Guarda mas a residir há cerca de 40 anos na capital portuguesa. A escolha de Idanha-a-Nova para implementação do projeto deve-se, segundo o chefe de cozinha, às “condições de excelência do concelho para produção de legumes e ao interesse de outros produtores locais em participar no projeto". Trata-se de mais uma iniciativa empresarial apoiada pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, integrada numa estratégia de incentivo ao investimento e à fixação de projetos inovadores e sustentáveis no concelho. ■ Lançada cerveja artesanal Templária A cerveja artesanal Templária foi lançada em Idanha-a-Nova, no âmbito das comemorações do 17º aniversário do Centro Cultural Raiano. O produto foi desenvolvido por Gildo Fortes, licenciado em marketing pela Escola Superior de Gestão do IPCB, em Idanha-a-Nova, e por Paula Castela, na sequência de um trabalho de campo realizado durante visitas a várias feiras. No ato de lançamento deste produto, produzido em Idanha-aNova, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, adiantou que a cerveja Templária deverá integrar o projeto Terras de Idanha, marca registada pela autarquia, que engloba os produtos típicos do concelho e os coloca à venda em mais de 200 lojas no país, no âmbito de uma estratégia de criação de circuitos de comercialização. Gildo Fortes conta como surgiu a ideia: “verificámos que numa época em que o artesanato e a tradição têm alguma importância, a cerveja fabricada artesanalmente era um produto que faltava. Após alguma pesquisa, decidimos enveredar pela produção”. O empresário, que investiu numa especialização em mestre cervejeiro para apurar a receita, explica que o intuito foi, desde logo, associar o produto a Idanhaa-Nova. “O objetivo era que a cerveja se identificasse com a vila de Idanhaa-Nova e aqui se enraizasse”, pelo que “nada melhor que o nome Templária”, em homenagem às raízes históricas do concelho, refere Gildo Fortes. O próximo passo é a instalação da microcervejaria num espaço na Zona Industrial de Idanha-aNova, com o apoio da Câmara Municipal. A produção e comercialização da cerveja Templária arrancam em força já no segundo semestre deste ano. “Numa primeira fase, o produto será vendido em feiras, e a partir daí veremos qual será a aceitação para, então, partirmos para a venda a restaurantes e outros espaços”, afirma Gildo Fortes. A Templária é da categoria “pils” e utiliza os quatro ingredientes essenciais de uma cerveja: água, malte, lúpulo e levedura. Mas o segredo do sabor, cor e aroma está na receita. ■ 10 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO Álvaro Ciência e Cultura Álvaro assinala os 500 anos do Foral Manuelino em 2014 O ano de 2014 vai ficar marcado pelo 500.º aniversário da outorga do Foral Manuelino à Vila de Álvaro, situada no concelho de Oleiros. O foral novo que sucedeu ao foral anteriormente atribuído por D. Sancho I em 1194, foi concedido por D. Manuel I a 4 de agosto de 1514. Assim, em menos de um ano, o concelho volta a assinalar os 500 anos de atribuição de foral manue- Maria dos Reis Loução Martins Fernandes lino, desta feita na mui nobre villa de Álvaro, considerada uma emblemática “Aldeia” de Xisto que tem a particularidade de ser envolvida pelos Meandros do Zêzere, com o reconhecimento da UNESCO. ■ Islândia, um país com Estadistas de coragem . Os islandeses não resgataram o sistema bancário. milhões de euros, seis vezes mais que o PIB do arquipélago. . Mas a economia recuperou rapidamente: cresce a 2,7% e desemprego ronda os 4%. Sigmundur Gunnlaugsson, o primeiro-ministro liberal de 38 anos, mantém hoje a rota: os problemas da banca “não vão passar a ser dívida soberana“. A Islândia, em Setembro de 2008, tornou-se o primeiro país fora dos EUA a sofrer com os desvarios do sistema financeiro, que passaram à história sob o nome de ‘subprime‘. O figurino da crise espalhar-seia rapidamente: o sistema bancário entrou em falência – os bancos Kaupthing, Glitnir e Landsbanki Islands fechariam as portas menos de um ano e meio depois -, o mercado de capitais colapsou, as famílias acumularam dívidas astronómicas e a inflação entrou de rompante no dia-a-dia dos islandeses. Nas fronteiras, os credores internacionais faziam fila para serem reembolsados. Contra todas as expectativas, o governo islandês decidiu não seguir o ‘road book’ que as instâncias internacionais propunham como solução: não ajudaram os bancos a saírem de uma dívida na ordem dos 60 mil A Islândia continua a debaterse com uma série de casos em tribunal levantados pelos credores britânicos e holandeses, mas isso ainda não é suficiente para alterar as opções económicas do governo. E, apesar da pressão internacional, a economia está a responder positivamente graças a uma profunda depreciação da coroa islandesa, um instrumento fora do alcance dos países periféricos do euro. No último ano, segundo a Bloomberg, a coroa apreciou cerca de 10% face ao euro mas o câmbio de 156 coroas por cada euro continua muito longe das 88 registadas, em média, em 2007. Segundo a OCDE, a Islândia vai crescer 2,7% em 2014, contra os 2,3% da média dos membros da organização. Por outro lado – e esse é o problema que está na O homem é um produto de si próprio, um ser individual e em liberdade que, ao longo dos tempos tem evoluído e sofrido a influència da ciência formando, consequentemente, sociedades diferentes, criando mundos cada vez mais distantes e remotos no tempo à medida que vão ultrapassando, tomando sempre novos rumos no futuro. Toda a evolução conduz, inevitavelmente, para a desagregação social do Homem, para uma tendência comum de isolamento, para a perda da comunicação entre si e, consequentemente, para uma solidão insconsciente e ooculta. Num mundo em acelerada manutenção de valores por um lado, e sempre na procura de novas tecnologias por outro, as raízes tradicionais vão ficando cada vez mais esbatidas na memória colectiva dos povos, e a herança cultural, que era a matriz da identidade de cada região, de cada vila, de cada cultura popular vivida ao longo de gerações, traduzem toda a história dum povo, fruto da sociedade da época. Os indivíduos que formam a Sociedades de hoje, logicamente, são diferentes das gerações passadas. Não são melhores nem piores. São diferentes! Com outros conhecimentos, maior independência e outros valores diferentes adequados. A grande inquietação dissimulada que se sente nos tempos que correm, e que dá origem a esta Sociedade revoltada, exigente e sempre insatisfeita, nasce do desmoronamento dum factor muito importante no passado, que era o berço de qualquer cidadão e simplesmente onde começava a formação de uma Sociedade Comum: Família! Palavra que, tristemente vemos vergarse ao peso dos tempos! ■ Destinado às crianças dos jardins escola e pré-escolar ordem do dia – o governo quer adoptar medidas que permitam estabilizar o desemprego nos 2%. Um esforço assinalável, dado que, em Dezembro, a taxa de desemprego estava nos 4%, que compara com os 26% da Grécia, os 25% de Espanha e os 15,6% de Portugal. Gunnlaugsson é peremptório: “Os islandeses não estão acostumados ao desemprego“. O país estima alocar 43% do orçamento à economia social este ano. Uma das últimas decisões nesta área foi isolar 7% do PIB para aliviar as dívidas hipotecárias dos que enfrentam o risco de despejo. “O aumento da estabilidade vai significar mais investimentos, mais empregos, mais criação de riqueza, para que possamos manter o Estado social islandês“, disse Gunnlaugsson. Quanto aos credores, vão ter de esperar. * Com agências, Económico e redacção. Valnor lança Concurso Ovos Amarelos A empresa Valnor, responsável pela recolha, triagem valorização e tratamento de resíduos sólidos nos 25 municípios da sua área de influência, acaba de lançar um concurso escolar destinado às crianças dos jardins escola e pré-escolar, entre os 3 e os 6 anos, dos estabelecimentos de ensino públicos e privados nesses municípios. O objetivo é encaminhar as crianças para uma conduta ambientalmente responsável, mas também estimula-las a serem agentes ativos na preservação e implementação de práticas de boas ações ambientais. As crianças devem elaborar uma escultura, com a ajuda de educadores e auxiliares, fazendo a reutilização de materiais: embalagens usadas. Os trabalhos participantes, esculturas, devem fazer alusão ao tema Páscoa e estará em avaliação a criatividade e originalidade dos trabalhos. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 28 de março de 2014, acompanhados de 50Kg de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos (ECAL) como embalagens de leite, sumo, natas e similares. A avaliação dos trabalhos será feita por um júri constituído por elementos da Valnor, da Tetra Pack e da Associação dos Fabricantes de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos (AFCAL). Existirá apenas uma Escultura vencedora, de acordo com avaliação efetuada pelo Júri do concurso, no que diz respeito à diversidade de materiais utilizados, à criatividade e originalidade sendo o prémio do trabalho vencedor entregue ao estabelecimento de ensino de origem e será o Prémio Escola mais Amiga do Ambiente. ■ Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Editamos livros, revistas e E-Books . Apoiamos novos autores . Promoção de eventos culturais Consulte-nos Rua Dr. Barata Lima, 29, 6100 Oleiros • Telemóvel: (00351) 922 013 273 • email: [email protected] email: [email protected] 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 11 “NGCR” em Oleiros Empresa russa inicia produção no mês de maio Decorreu em 3 de fevereiro, durante a manhã, no quartel dos Bombeiros de Oleiros, uma apresentação dos produtos da empresa russa “NGCR”, que começará a laborar, nas antigas instalações da alemã Steiff, a partir de maio e 50% desta produção será destinada ao mercado interno, conforme garantiu o administrador da empresa, Mr. Constantin Makhov.. A empresa vai produzir equipamentos de combate a incêndios, máquinas de tratamento de águas residuais e aparelhos para obter poupança de energia em termos industriais. “Neste momento, estamos a fazer as adaptações necessárias para a linha de produção entrar em funcionamento contínuo”, referiu Constantin Makhov. Sem quantificar números, o administrador da “NGCR, SA”, explicou que “50% da produção é para o mercado interno e os restantes 50% são para exportação”. A fábrica da “NGCR” em Oleiros “vai entrar em produção contínua antes da época dos fogos, em maio, com 30 trabalhadores nesta primeira fase”. Por sua vez o comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco disse “ver com bons olhos a mais-valia destes produtos para ajudar na extinção dos incêndios, sejam florestais, urbanos ou industriais”. Rui Esteves realçou os resultados obtidos pelos produtos russos e disse que, em termos operacionais, “eles [produtos] têm bons resultados num curto espaço de tempo”. O comandante do CDOS de Castelo Branco sublinhou ainda a importância destes produtos de combate a incêndios serem produzidos no distrito e, nomeadamente, em Oleiros. “Verificámos a sua eficácia, não só na área industrial e urbana, como também na área florestal”, concluiu Rui Esteves. Destacamos a enorme quantidade de população que acorreu ao acontecimento e ainda o facto de na equipa que fez a apresentação, já existirem trabalhadores portugueses de Oleiros. ■ Vitor Antunes, Vice-Presidente da Câmara exibiu entusiasmo e confiança no futuro, acrescentado ser desejo e expectativa que este investimento possa atrair outros no curto e médio prazo. População aderiu com entusiasmo CMDT Rui Esteves Carro a arder Guarda Um novo paradigma de Municipalismo Ludovina Maria da Costa Lopes Margarido Num mundo que muda de forma inquietante todos os dias há que encontrar âncoras: locais, pessoas, projectos, instituições. Valorizamos o que nos é próximo, o que nos faz sentir, de alguma forma, seguros. O Municipalismo deve assumir, nesta página inigualável da nossa história, um papel único, de referência, de proximidade com os munícipes, antecipando problemas, equacionando soluções, dando resposta às preocupações das populações. Em momentos críticos, aguça-se o engenho de forma a poder estar à altura dos desafios. Enquanto trabalhadores das Autarquias, aproximam-se tempos em que a nobreza da nossa profissão será posta à prova. A posição privilegiada que assumimos, de proximidade atenta às necessidades das populações, através do “know how” capital, impõe-nos uma responsabilidade acrescida. Deixemos para trás a postura de “dar resposta ao solicitado”. É-nos exigido, agora, que sejamos pró-activos, que coloquemos todo o nosso “engenho e arte” em prol de um Municipalismo mais forte, mais eficiente, ainda mais próximo dos cidadãos. São eles o cerne da nossa existência. Os corpos técnicos das autarquias reservam gente com formação, com conhecimento, com capacidade. Essa vantagem deve ser potenciada, criando grupos de trabalho multidisciplinares capazes de enfrentar desafios e gerar sinergias. O que fazer? Coisas tão simples como orga- nizar e disponibilizar contactos, divulgar medidas de apoio e de incentivo ao empreendedorismo, promover acções de sensibilização e de formação sobre temas de interesse, criar projectos sociais de apoio a instituições, rentabilizar, em cada sector, recursos humanos e financeiros, enfim, ser capaz de fazer “mais com menos”, são pequenas grandes mudanças que farão a diferença. Cada um de nós poderá, assim, contribuir de forma positiva para a sustentabilidade do seu concelho, da sua região, do nosso país, sob pena de se esvaziarem as fre- guesias rurais, de vermos partir os mais qualificados, de popular a descrença e desconfiança nas instituições, de se generalizar o derrotismo. Um estado menos administrativo e mais social, capaz de fazer parte da solução e não do problema. Estaremos à altura? Eu acredito que sim. ■ • Ludovina Maria da Costa Lopes Margarido, Correspondente do Jornal de Oleiros na Guarda Técnica Superior da Câmara Municipal da Guarda AMBIENTE E VIDA FUTURA Jovens – para onde vamos… Joana Henriques Os jovens representam o futuro do nosso concelho e se não nos dão hipóteses que nos permitam estudar e trabalhar nele, é óbvio que temos que abandonar a nossa terra. Terá como principal consequência o envelhecimento da população. Como jovem estudante e residente neste concelho perguntome porque temos que estudar fora? Porque temos todos que nos cingir à área de Ciências e Tecnologias? Assisto cada vez mais à “fuga” de colegas que tiveram que sair para estudar fora do concelho, porque não há a área que queriam seguir. Quem suporta os custos que estudar fora da área de residência acarreta? Por vezes, isso nem é possível e vejo jovens que ingressam em cursos que não são as áreas pretendidas, só porque tem que ser. Todos sonhamos ser alguém no futuro, mas fora do nosso concelho, porque de outra forma não é possível. Não há expetativas que nos façam pensar em ficar. Assisto assim à desvalorização do interior do país, o que me entristece deveras, já que existe uma dificuldade extrema em fixar as populações jovens devido à inexistência de ofertas de estudo e também de emprego. É necessária a criação de programas de apoio à fixação de jovens, tanto a nível escolar como a nível la- boral, para que a nossa entrada no mercado de trabalho seja feita no nosso concelho e que para tal possamos contribuir com o nosso melhor. Não desejo estudar fora e muito menos emigrar, se o meu país gasta o dinheiro na minha formação, que seja cá que o meu trabalho dê frutos para o desenvolvimento social e económico. ■ 12 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO De “Olho” na Educação «Ellos mandan hoy… porque tú obedeces» Manuela Marques Escolhi esta frase de Albert Camus, que muitos conhecem e compreendem bem: o ensaísta, o filósofo, o escritor que a morte ceifou cedo demais, como ceifa a vida de outros que nem chegam a fazer jus aos versos de Camões, «e aqueles que por obras valerosas/Se vão da lei da morte libertando» (in, Os Lusíadas), mas que, de certa forma, imponente, deixam este mundo assinalado por algo novo, diferente, marcante! Esta frase que selecionei para título da minha reflexão comprova uma daquelas verdades que todos sabemos, vemos, falamos diariamente, até nos revoltamos interiormente com isso, porém seguimos a vida procedendo sempre de forma, contínua, àquilo que estamos habituados e para o qual julgamos não ver remédio ou simplesmente, perante os factos, não nos apetece mudar ou meramente porque obe- decer é muito mais fácil, simples, limpo e julgamos ser o mais correto a fazer… Vejamos como obedecer acontece tantas vezes que nem damos conta que quase ou mesmo completamente deixamos de ser donos da nossa vida, vontade e atitude. Começa em casa, na infância, na juventude, como uma forma de crescermos como cidadãos e aprendermos a respeitarmo-nos e a respeitar os outros, até que mais tarde entra na nossa vida, essa bendita obediência, como cidadãos quando temos de cumprir ordens do patrão e obedecemos cegamente em nome de um trabalho, que por vezes nem é o que gostamos de fazer, mas é o que aparece para unicamente receber uns trocos que facilitarão alguma independência…alguma, somente alguma…Como indivíduos que vivem numa determinada sociedade, temos regras às quais temos de obedecer para não sofrermos punições. Diariamente, tenho a sensação que passo horas a obedecer e às vezes nem sei a quem…Sei que cada vez mais penso que não quero obedecer a quem manda…e também já não sei muito bem quem manda, porque manda e qual o objetivo desse mandar. Só sei que o meu obedecer e o obedecer dos meus companheiros, compatriotas, amigos, concidadãos, o que lhe queiram chamar, parece ter chegado a um ponto em que há algo que paira no ar e nos obriga a analisar as questões seriamente e a tomar parte em determinadas atitudes menos passivas e mais ativas que sejam reveladoras de que quem manda, nem sempre está certo e que as regras impostas não parecem justas por não serem equitativas. Quantos de nós influenciados pela comunicação social, especialmente, e menos pelas nossas próprias cabeças e idealismo, não pensamos como seriam bom viver justamente, impondo por nós mesmos, a justiça, em vez dos tribunais corruptos? Não julgamos aqueles que lutam pelas suas liberdades e sofrem fisicamente e moralmente com isso. Antes, sentimos vergonha por aquilo que deveríamos fazer e por medo, indiferença, ou outro motivo menos digno não fazemos. Em casa, no trabalho, na vida diária, em convívio, estamos sempre a obedecer, e se por um lado vivemos na obediência saudável, natural, temos de ter cuidado com a obediência cega que nos pauta, nos últimos anos, perante situações sociopolíticas e laborais, estamos na era em que um comentário numa rede social implica um despedimento! Eles mandam hoje… porque tu obedeces. Ao pensar na profundidade destas palavras, vem a mim uma sensação de vazio… Parece que não somos nada, nem ninguém; parece-me que não sabemos, nem conseguimos fazer nada; afigura-se-me que também mais pessoas julgam estas palavras com a mesma sensação que eu. É verdade que nos dias que correm, há quem mande muito e mal, mas também há muito quem obedeça claramente, sem atuar convenientemente. Temos de perceber que em vez de atitudes dog- máticas, temos de agir e mostrar descontentamento perante tanta e tão séria injustiça. Ou será que estamos perdidos? Como docente, luto diariamente para levar os meus alunos, obedientes por educação, a saberem obedecer, mas também a saberem lutar pelos seus ideais, a saberem impor as suas ideias e a saberem lutar contra os seus medos para que a obediência cega seja meramente um mito de que se fala como tantos outros mitos, cuja importância se vai perdendo nos anais imemoriais da vida e do tempo. L’égalité, la fraternité, la liberté são valores cada vez mais longe das ignomínias que nos impõem. Que futuro deixaremos aos jovens, ou que futuro os nossos jovens garantirão? O homem sempre lutou pelos seus sonhos, pelas suas aspirações, e nós, os lusitanos fomos um grande herói coletivo "cantado" em estilo grandíloquo, porque o merecíamos. Oxalá esses tempos de glória nuca sejam meros lugarescomuns… ■ Um Olhar Jurídico – as Vítimas de crimes Vânia Costa Ramos O que pode uma vítima de um crime fazer? Que direitos tem? O que é um assistente em processo penal? São perguntas que surgiram, decerto, na mente dos portugueses que têm acompanhado as parangonas do último mês. Não escreverei sobre o que todos escreveram já. Porém, não podia deixar de contribuir para o esclarecimento deste tópico que me toca particularmente no dia-a-dia do meu trabalho como advogada. Vítima é toda aquela pessoa que, em consequência de um crime, foi directamente prejudicada ou afectada, quer a nível do seu corpo, saúde, honra ou património. Se a vítima faleceu, é menor ou não está no gozo das suas capacidades, pode ser representada pelos seus familiares mais directos. Também as empresas podem ser vítimas de crimes. Os processos penais visam apurar a responsabilidade de quem praticou um crime. As vítimas não estão, assim, no centro do processo. Isto não quer dizer que os seus interesses não possam ser tidos em conta no processo penal. Para fazerem valer os seus direitos, as vítimas podem participar mais ou menos activamente no processo, por várias formas. Em primeiro lugar, a vítima pode limitar-se a ser no processo mera testemunha. Por exemplo, alguém que foi vítima de um roubo à mão armada, pode intervir na fase de investigação e, posteriormente, na fase de julgamento,apenas para relatar o sucedido. Neste caso – “vítima-testemunha” – a intervenção da vítima é passiva. Ainda assim, deve estar ciente de que tem vários direitos: i) pode solicitar que as suas despesas de deslocação sejam reembolsadas; ii) pode solicitar medidas de protecção, caso tenha medo de que o autor do crime possa atentar contra a si por causa do testemunho; iii) se o tribunal não for no local da sua residência, pode pedir para ser ouvida por vídeoconferência durante o julgamento no tribunal perto da sua morada; iv) pode beneficiar de serviços de apoio à vítima (a nível psicológico, social); v) será informada se foi ou não deduzida acusação contra a pessoa suspeita de ter cometido o crime; v) pode ser acompanhada por advogado em qualquer acto processual e, se não tiver meios para pagar um advogado, pode solicitar na segurança social apoio judiciário para o efeito. Em segundo lugar, a vítima pode intervir no processo para solicitar uma indemnização pelos danos morais e materiais sofridos com o crime, como “parte civil”. Neste caso, a vítima deve, logo que seja ouvida, durante a fase de investigação, informar as autoridades de que tem intenção de deduzir pedido de indemnização civil no processo. Desta forma, a vítima garantirá que, caso o suspeito seja acusado da prática do crime, as autoridades informá-la-ão deste facto, começando então a correr um prazo para apresentar o pedido de indemnização e indicar as provas respectivas. Se o pedido de indemnização for superior a €5.000,00, é obrigatória a intervenção de um advogado. Se a vítima não tiver meios para custear um advogado, pode, também aqui, solicitar na segurança social apoio judiciário para o efeito. A “vítima-parte civil” não tem intervenção quanto ao objecto penal do processo propriamente dito. Por exemplo, se o Juiz, no final do julgamento, concluir que a pessoa que está a ser julgada não praticou o crime, a “vítima-parte civil” não tem o direito de recorrer quanto a esta conclusão. Embora possa discutir se, apesar da absolvição, tem o direito a ser indemnizada, torna-se mais difícil o exercício desse direito. Em terceiro e último lugar, a vítima pode ter uma intervenção proactiva no processo penal, contribuindo de forma positiva para o andamento do processo e para a recolha da prova e tendo interven- ção nos vários momentos-chave do processo. Para tal, terá de constituirse como assistente no processo. Para ser assistente, é necessário pagar uma taxa de justiça (neste momento, de €102,00) e constituir um advogado no processo. Também aqui quem não tiver meios pode, mais uma vez, solicitar o apoio judiciário na segurança social. A “vítima-assistente” tem de ser ouvida e dar a sua concordância se, por exemplo, durante a investigação, o Ministério Público decidir que, apesar de haver provas de que o suspeito cometeu o crime, para fazer justiça não será necessário leválo a julgamento, bastando levá-lo a cumprir determinadas obrigações (por exemplo, pedir desculpas à vítima, indemnizá-la pelos danos sofridos, efectuar trabalho cívico, ou pagar uma quantia a uma instituição de solidariedade). Se o Ministério Público não acusar o suspeito da prática do crime, a “vítima-assistente” pode também reclamar desta decisão para um Juiz de Instrução. Durante o julgamento, o advogado da “vítima-assistente” estará presente e pode apresentar provas, colocar questões e apresentar as suas alegações ao tribunal. E, se houver absolvição, a “vítimaassistente” pode recorrer. A vítima pode ser ao mesmo tempo assistente e parte civil, intervindo no processo penal em toda a sua extensão e pedindo que lhe seja atribuída uma in- demnização pelos danos sofridos. Qualquer vítima deve também ter presente que, em alguns crimes (ex.º: furto, negligência médica, dano) é necessário apresentar queixa no prazo de 6 meses. E, noutros (ex.º difamação ou furto em superfície comercial), é obrigatória a constituição como assistente num determinado prazo. Esclarecidas estas questões, perguntarão os leitores: que tipo de actuação devo então adoptar, se fui vítima de crime? As diferentes formas de intervenção têm objectivos distintos. Como tal, deve ponderar-se, caso a caso, qual a forma de intervenção mais adequada. Há diferentes variáveis a considerar: a complexidade do crime em causa, a fragilidade da vítima, a necessidade de apresentar pedido de indemnização civil, etc. Todas as vítimas têm direito a aconselhamento jurídico – seja por meios próprios, seja pedindo na segurança social a nomeação de advogado pago pelo Estado, quando não possam suportar os custos. E podem consultar um advogado apenas para decidir se e de que forma devem intervir no processo penal. O ideal será, pois, procurar sempre aconselhamento jurídico qualificado, para decidir como proceder. E fazê-lo o mais cedo possível, pois alguns direitos só podem ser exercidos dentro de um determinado prazo! ■ 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 13 Do Bosão de Higgs, ao Homem Moderno Joaquim Vitorino Vamos avançar no tempo desde o Big Bang há 13.7 mil milhões de anos, até à descoberta da partícula a que o Dr. Peter Higgs emprestou o nome, mas que também é conhecida como a partícula Divina por supostamente ser de todas as partículas com massa, a única que tem possibilidades de a transmitir às outras; sendo por isso apontada como a origem da formação do Universo e a mãe de toda a matéria cósmica existente; que nos terá conduzido ao puzzle da vida num processo lento e penoso, até chegarmos ao topo da escala animal representada pelo Homem moderno. Esta teoria não colocará de parte que o homem poderá ter surgido num acidente do percurso evolutivo ou num dano colateral no caminho da evolução. A existência desta partícula que começou a ser estudada pelos investigadores da Física Teórica há mais de 50 anos, está longe de ser considerada a única transmissora da matéria cósmica que terá estado no início de tudo; os Cientistas estão divididos sobre o “sucesso” desta investigação que está longe de uma conclusão, e receiam que a notícia tenha sido precipitada tendo apenas como objetivo, a entrega do prémio Nobel a dois investigadores no final da sua carreira. Dois dos Ilustres Professo- res de Física Teórica no Imperial College de Londres partilham esta opinião. Vamos parar no ano de 1859 menos de um décimo de milésimo de segundo na escala cósmica até aos dias de hoje, quando Darwin publicou a evolução das espécies; é justo também aqui referir um outro investigador que um ano antes em 1858, também publicou sobre este apaixonante tema de seu nome Alfred Wallace; 13 anos mais novo que Darwin a quem regularmente informava, sempre que tinha novidades neste campo. Darwin teve como reconhecimento pelo trabalho a medalha (wollaston), entregue pela Sociedade Geológica de Londres nesse ano em que apresentou a sua teoria sobre as espécies; na minha modesta opinião este reconhecimento deveria ter sido entregue a Alfred Wallace que para além de biólogo era naturalista, geógrafo e antropólogo, mas Darwin era Inglês e filho do médico da Corte; Wallace nasceu em Gales e isso marcou a diferença. Wallace ainda ganhou algumas medalhas mas todo o reconhecimento e notoriedade foi para o Inglês. O investigador Wallace sem tirar algum mérito a Darwin, foi para mim neste campo da investigação o maior dos seus contemporâneos. Darwin estava convicto que o homem aparece por mero acidente no percurso evolutivo; partilho uma opinião um pouco diferente e não estou só; que é estarmos a cumprir um programa pré definido há provavelmente biliões de anos. Wallace em algumas das entrevistas da época reconhece ter sido Yucátan a grande viragem evolutiva do “programa” pelo que situa a evolução do Homo Sapiens não a 5 mas a 65 milhões de anos atrás, o que estou plenamente de acordo. Mas vamos aos tempos anteriores ao Big Bang em que não existia tempo nem espaço, e tudo cabia na palma de uma mão; ou melhor não era mais do que o caroço de uma cereja, um nada absoluto e a inércia era total; mas então quem acionou o detonador? Os investigadores do CERN nunca irão responder a esta pergunta; esse enigma está longe da ciência de hoje poder decifrar o porquê, de sermos inseridos no (programa) e a que propósito ou desígnio; o homem vai esperar milhares de anos, até ter acesso a esse conhecimento; até esse dia teremos que cuidar de nós e preservar o nosso habitat que é o planeta Terra. A situação em que se encontra o berço da nossa civilização é preocupante, temos que nos redimir da agressão que infligimos ao nosso planeta, onde chegamos ao topo da hierarquia animal, com todo o respeito que devemos ter pelos nossos companheiros de viagem que são as outras espécies que connosco partilham o nosso habitat. Nós os humanos somos os responsáveis pela deterioração do ambiente, em particular nos últimos 300 anos quando eclodiu a primeira revolução industrial. O tempo que nos resta para atenuar o mal que temos feito entrou em contagem decrescente e estamos entregues a nós próprios; medidas urgentes terão que ser to- Partícula dívina madas ou países inteiros terão que se deslocar em busca de água e alimento, um drama de consequências imprevisíveis que quando começa é extremamente difícil de parar, e não haverá qualquer ajuda do exterior; isto não é futurologia fantasiosa de um livro de Erich Von Daniken ou Jacques Bergier, o autor de (despertar dos mágicos) com extraterrestres em nosso auxílio. Tufões e furacões como o Catrina, e mais recentemente nas Filipinas com ventos de 300 quilómetros hora e chuvas diluvianas por todo o lado, a que juntamos os “rombos” na camada de ozono e também os misteriosos Sink holes, que são buracos enormes que estão a aparecer no solo terrestre um pouco por toda a parte; são avisos que não se têm tido em linha de conta; no momento em que estou a escrever, ocorre uma frente fria “Big Freeze” nos EUA que pode colocar as Cidades de Detroit e St. Louis a 50 graus negativos. Vamos dar uma oportunidade aos nossos descendentes para que daqui a 120 gerações (3000 anos) estejam preparados para viverem neste planeta; ou em caso de o terem que abandonar por qualquer motivo alheio á sua vontade o poderem fazer; pois nessa altura terão ao seu dispor tecnologia suficiente para partir. Muitos certamente terão que ficar para trás, mas a espécie Humana terá alguma probabilidade de sobreviver. As futuras gerações ao saberem que todo o esforço na proteção do ambiente foi a pensar nelas e na sobrevivência da nossa espécie, e de muitas outras que connosco coabitam o nosso Planeta, terão um enorme orgulho em serem nossos descendentes.■ Joaquim Vitorino - Astrónomo Amador Vermelha PS: A todos os Jovens apaixonados pela Física e Biologia. CRÓNICAS DE LISBOA Passagem de Ano, o Momento Mágico? Serafim Marques Economista Um ano, como movimento de translação da Terra, é um período de muitas referências e que influencia a vida neste planeta, umas da natureza e outras que dizem respeito à organização das sociedades. Por exemplo a contagem do ano civil, económico e fiscal, etc e que, nos países “ocientalizados”, se inicia em 1 de Janeiro e finda em 31 de Dezembro. Obviamente que o período de mudança (passagem de ano), só se vê nos ponteiros dos relógios, mas aqueles minutos ou segundos, é um “tempo mágico” ou simbólico, e, em torno dele, se organizam festas, algumas duma certa extroversão, como se de algo palpável se verificasse naquela “hora mágica”. Apropriado também por outros interesses socioeconómicos (turísticos, por exemplo), a “festa” faz crescer o consumo de bens e serviços e assume muita importância, pela adesão, cada vez mais dos cidadãos e consumidores. São as sociedades hedonistas a apropriar-se desse “tempo de fronteira do ano”, e esta apropriação consumista tem retirado genuinidade às manifestações e há mesmo alguma histeria em torno dessas festas, como se desses minutos ou segundos mágicos dependesse a felicidade de cada um e da humanidade! Pura ilusão. “Desejo-te umas boas saídas e umas boas entradas “ – expressão muito utilizada em vez de :“ Desejo-te um Bom Ano de 2014, cheio de saúde, paz, amor, solidariedade, etc “, pela ordem e importância que cada um atribui a estes valores. Confesso que prefiro utilizar, com sinceridade, a segunda expressão, porque é ela que, de facto, tem mais importância e ultrapassa a “passagem de ano”, como festa efémera e de curta duração, ao contrário dos 365 dias que cada um desejará viver segundo aqueles valores. Aquele período mágico deveria servir para fazermos uma introspecção e balanço do ano a findar e também elencar objectivos de vida para um novo período que se iniciará. Esta projecção continuaria nas primeiras horas e dias do Novo Ano. Em tudo isto, seja no balanço passado seja na previsão/desejos futuros, conta muito a nossa vontade e atitudes, bem como as muitas relações que alimentamos, no campo familiar, social, profissional, porque ninguém vive sozinho neste mundo e a nossa vida assenta numa grande interdependência e, assim, seremos muito daquilo que fizermos e pelo qual lutarmos. Com esta envolvente mágica da “festa da passagem de ano”, seria difícil alhearmos-nos, pelo que a solução é “alinharmos” num programa que melhor se adeqúe à nossa personalidade, poder de compra e “modus vivendi”, pelo que a preparação da “festa” pode começar bem cedo no calendário ou no próprio dia e pode ser influenciada por pequenos ou grandes acontecimentos que acabem por estragar o evento. Apesar de não ser supersticioso, parece que o “treze” do ano que acabou se virou contra mim, tais os factos que me aconteceram no último dia. Logo pela manhã, alguns mal entendidos, apesar do pedido de desculpa, geraram algum stress conjugal. Depois e usufruindo, por cerca de três horas, o prazer de tomar conta da minha princesa de vinte meses, queimei-me na mão, quando lhe preparava o almoço. De qualquer modo, continuava com os preparativos da “festa”, um jantar e ceia, a dois e em ambiente caseiro, que seria abrilhantada com os respectivos programas televisivos, até que um sintoma de mau estar e temendo complicações do foro cardíaco, me fez ir até ao respectivo hospital, deixando a comida na mesa e ali passei cerca de quatro horas nos exames de despiste da patologia que há muitos anos me vitimou. A “hora mágica” aproximava-se, a passos largos, mas a minha maior preocupação centrava-se no diag- nóstico médico e pouco me preocupavam as festas, porque a saúde e a vida valem muito mais do que todas as festas do mundo. Até uma enfermeira, talvez stressada por estar escalada naquele dia, me “magoou”, pela forma menos correcta como exerceu o seu poder. Mas, por fim e já muito próximo da meia-noite, a médica, com uma simpatia pouco usual, ainda mais naquela noite, e competente na abordagem médico/ doente, veio dizer-me que, de acordo com os episódios relatados e os respectivos exames, os sintomas não se enquadravam no foro cardíaco (enfarte agudo do miocárdio ou angina de peito), pelo que me senti logo mais aliviado nas dores, que me atormentaram e persistiram. Disse-lhe que o meu último dia do ano tinha sido um dia de “pouca sorte”, a que ela me respondeu que eu o estava a terminar da melhor forma, porque o diagnóstico médico era bom para mim e que deveria sentir-me feliz por isso. Agradecilhe tudo o que fez por mim, como sempre faço em todas as situações, mas especialmente neste tipo de interacção e desejei-lhe um Bom Ano cheio de coisas boas. Fiz o mesmo às enfermeiras e demais pessoal com quem me cruzei, incluindo os porteiros do hospital e saí. Reconfortado com o resultado e com aquelas palavras, entrei no carro, estacionado em frente ao hospital, e dirigi-me para casa, sem pressas, apesar das ruas e estradas desertas e com algum nevoeiro à mistura, que me transmitiam uma sensação de medo e paz. Cheguei a casa poucos minutos antes da “hora mágica”, onde a mesa, farta quanto bastava, me esperava, e ainda a tempo de assistir, via televisão, aos festejos da “passagem de ano”, em diversos locais. Faltou-me tempo e paz, para fazer o balanço do ano findo e interiorizar, com as doze passas, os desejos para o Novo Ano, pelo que as fiz já na nova data. A tv mostrou-me, já em pleno “primeiro de Janeiro”, as muitas e variadas festas que ocorreram, desde os confins do mundo e onde são diferentes os fusos horários, até aos locais bem perto de nós. Deram voz a muitas e variadas manifestações pessoais, mas, na frente dum microfone, muitos são aqueles que perdem o bom senso e e deles saem muitas “baboseiras”, mas destacando-se, contudo, uma jovem que, com palavras sensatas, disse que: “O Bom Ano seria muito daquilo pelo qual lutássemos e fizéssemos e que não ficássemos sempre à espera do esforço dos outros ou das benesses do país”. Como seria bom, se muitos de nós tivéssemos as mesmas atitudes perante o trabalho, estudo, etc., como temos perante as festas. Portugal seria melhor, garantidamente. ■ 14 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO Dr. Manuel João Vieira Advogado, anti-fascista, fundador da seção de Castelo Branco do Partido Socialista, Manuel João Vieira foi no tempo da ditadura, candidato pelo distrito pela oposição. Participou no Congresso de Aveiro, jornada de reflexão da oposição e foi eleito e participou como deputado Constitucional em 1975, onde foi autor de alguns capítulos, na área da justiça, da Constituição aprovada em 1976. Foi ainda presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco, durante alguns mandatos e foi mandatário no distrito de Castelo Branco das duas candidaturas de Manuel Alegre à Presidência da República. O Jornal de Oleiros apresenta sentidas condolências à Família e Amigos. JUSTIFICAÇÃO ------ Certifico que, por escritura lavrada hoje, iniciada a folha 63, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 87 - E, do Cartório Notarial a Sra Da. Maria Marques Alves Faleceu dia 24 de Janeiro a Mãe do Presidente da Câmara de Oleiros, Dr. Fernando Jorge. Tinha 78 anos e era natural da Silvosa. O Funeral realizou-se no dia 25 de Janeiro no Cemitério de Paiágua e foi acompanhada por uma multidão de Amigos imensa. À Família enlutada, o Jornal de Oleiros, Direcção e Colaboradores, apresentam sentidas condolências, aproveitando para agradecer a pedido do Dr. Fernando Jorge, todo o apoio que recebeu nesta hora muito difícil. Agradecimento ao Hospital Amato Lusitano Exerci mais de 30 anos a profissão de Médico no Hospital de Castelo Branco, quando cheguei era Director o Oleirense Dr.Fernando Dias de Carvalho, hoje figura incontornável da Medicina Portuguesa. meu cargo, sito na Avenida José Augusto de Carvalho, na vila de Arganil: ------ ANTÓNIO VENTURA BRAZ e mulher ETELVINA GONÇALVES DA SILVA, casados sob o regime da comunhão geral, residentes em Cepos, 3300-222 Cepos, outorgaram escritura de justificação, por usucapião, por não terem título, do prédio rústico, composto por terra de pinhal e mato, sita ao Penedo do Paio, freguesia de Cambas, concelho de Oleiros com a área de nove mil e novecentos metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Luís Barateiro, do nascente com Viso (limite do concelho), do sul com herdeiros de Álvaro Gonçalves Almeida e do poente com Caminho, inscrita na respetiva matriz sob o artigo 731, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial. --------------------------------- Que já estão na posse deste imóvel (do qual desconhecem a proveniência matricial), há mais de vinte anos por ter sido adjudicado à justificante mulher, na partilha a que procederam com os restantes interessados, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, por óbito de Acácio Gonçalves da Silva, viúvo, residente em Orvalho, Janeiro de Cima. ------Está conforme. -------------------------Arganil, 09 de janeiro de 2014. A Notária, _____________________________________________ (Filipa Maria Marques de Azevedo Maia) Registo/Fatura-Recibo nº 02/17/001/2014. Forças de circunstância levaram-me a fazer um interregno da minha actividade profissional. A Especialidade Médica que abracei obrigava a que todos os Serviços Clinicos necessitassem do apoio do meu Serviço Médico. Não só por isso, mas também, fui-me apercebendo que os diagnósticos que os meus colegas faziam estavam de acordo com os exames complementares de diagnóstico que prescreviam. Poderia dizer-se simplesmente que o Quadro Clínico do Hospital de Castelo Branco (Hoje Hospital Amato Lusitano, por sugestão e trabalho desse Grande Homem e Médico CastelBranco da Silveira), estava recheado de uma equipa médica de excelência. A minha muito querida mãe faleceu neste Hospital na passada 6ªfeira. Não ficaria bem comigo próprio se não fizesse publicamente um agradecimento, simples mas muito sentido. E embora muitos outros profissionais merecessem uma referência, mas a equipa da UCIP (Unidade de Cuidados Intensivos), com os Drs João Gabriel, João Frederico, João Freixo, Paulo Costa e Nulita Lourenço, a equipa de Enfermagem liderada pelo Enfº Chefe Fernando Martinho e todo o pessoal de acção médica são merecedores do nosso respeito e admiração, não só pela competência profissional, mas também pela humanidade que deles transborda e o carinho com que tratam os doentes. Bem hajam. Também ao Serviço de Patologia Clinica nas Dras Mariana Martins e Maria Tavares pelo seu empenho, esforço e dedicação um Grande Obrigado, assim como toda a equipa de Radiologia que foram inexcedíveis e ao meu Grande amigo e colega Ernesto Rocha que sempre me amparou nos momentos mais dificies da minha vida, aquele grande abraço. Como é bom ter amigos assim. Para todos os outros amigos que não referi, perdoem-me e acreditem que sempre podem contar comigo. Muito Grato, Fernando M. Jorge PRETENDE COMERCIAIS (M/F) Requisitos: - Carta de condução - Espírito de Equipa - Disponibilidade de horário Enviar curriculum vitae + foto em resposta ao anúncio nº 100 Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros Telefone 962567362 2014 FEVEREIRO Jornal de OLEIROS 15 CONTACTOS ÚTEIS • Câmara Municipal – 272 680 130 • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 • Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170 • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 • G.N.R – 272 682 311 PODE ENCONTRAR O SEU JORNAL EM: • OLEIROS Papelaria JARDIM • ESTREITO (OLR) O seu Consultor Imobiliário em Oleiros Café “O LAPACHEIRO” • PROENÇA-A-NOVA Avenida do Colégio, nº 1 António Nunes Tabacaria do Centro Consultor Imobiliário • CASTELO BRANCO 925 663 258 Papelaria ABC Papelaria Xapati E-mail: [email protected] Papelaria Mil Ideias Sobre Seguros, Mediação de Seguros, Lda Quiosque do Intermarché Portela, nº 6, 6160-401 Oleiros email: [email protected] Telefone 272 682 090 Fax 272 682 088 Papelarias Mil Ideias LOJA 1: Rua Ruivo Godinho, nº 35 r/c esq. LOJA 2: Fórum Castelo Branco loja 0.23 Cupão de Assinatura • AMEIXOEIRA (OLR) Estação de Serviço • COVILHÃ Pedro Luz - Quiosque Rua Gen. Humberto Delgado • VILA DE REI q Nacional q Europa 15,00€ 25,00€ q Apoio (valor livre) Tertúlia Papelaria • LISBOA Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 Ficha técnica Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira www.jornaldeoleiros.com Nome................................................................................................. Morda.................................................................................................... Localidade..................................Código Postal .......... - ..................... Contr. nº. ...................................... Telefone ................................... Data ......./............./................... Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante................................... Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixo Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643 para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643 Ass..................................................................................................... ___________________________________________________________ Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Câmaras Municipais de • PENAMACOR Telefone: (00351) 922 013 273 Papelaria Tabacaria Sampaio Rua Reinaldo dos Santos, 12-C Jardins da Parede Papelaria Resumos Diários • BELMONTE • IDANHA-A-NOVA • VILA VELHA de RÓDÃO • SERTÃ Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Director-Adjunto: José Lagiosa Presidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques, Paulo Marques, Jornalista (Mação, Vila de Rei, Sertã, Oleiros e Vila Velha de Rodão) • Colaboradores Especializados: Eduardo Lyon de Castro (Vila de Rei) • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros • Editado por: Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www. jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro , Vânia Ramos, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos da América, Vania Costa Ramos (Jurista) • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Correspondente em Castelo Branco: José Lagiosa, email:[email protected]; Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:[email protected]; Zona Oeste: Joaquim Vitorino, email: [email protected] • Catarina Fernandes (Lisboa) • Idanha-a-Nova: Carmo Barroso, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] * João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros. 16 Jornal de OLEIROS 2014 FEVEREIRO Castelo branco capital da literatura durante três dias Festival Literário constitui enorme êxito Acabou a festa. Para o ano há mais. Este é seguramente o sentimento que fica no encerramento do 2º Festival Literário de Castelo Branco que teve lugar de 5 a 7 de fevereiro. Foram três dias intensos de visitas a escolas e de sessões com os leitores. Dezassete autores portugueses, autores locais e autores de projeção nacional e internacional foram, o coração, a cabeça e o estomago, deste festival que é já uma referência e caminha para vir a ser o principal festival literário do interior do país. Esta edição voltou a ter como público primordial a população escolar, atraindo inúmeros jovens estudantes ao longo das sessões que decorreram nas comunidades escolares concelhias. Nas 4 sessões abertas à comunidade, uma em Alcains, as restantes em Castelo Branco, as três noturnas receberam ainda animação cultural, demonstrativas do trabalho realizado por artistas e grupos albicastrenses. Foi o caso do grupo de alunos da Escola José Sanches de Alcains e S. Vicente da Beira que interpretaram, em Alcains e em Castelo Branco, uma adapta- ção do Manifesto Anti-Leitura da autoria de José Fanha, e no encerramento a Orquestra Viola Beiroa, um projeto que dá continuidade ao trabalho feito desde o ano passado, na primeira edição do festival, para salvar e preservar a viola beiroa, que estava ameaçada e tendia a desaparecer. No final do festival, Jornal de Oleiros não deixou de ouvir a opinião do comissário do certame, José Pires, afinal de contas, a alma do festival que instado a fazer uma apreciação do festival e da avaliação das expetativas em relação à participação do público, disse “os três tipos de público corresponderam. O público escolar, o público comunitário e o público da periferia. Eu vou explicar: os miúdos das escolas, como se esperava, foram de uma participação, de uma atividade, de um desafio, que mais uma vez, os surpreendeu. O público em Castelo Branco, mesmo com a chuva, com as noites muito pouco simpáticas, não deixou de estar presente em qualquer uma das sessões e o público da periferia, gentes de Alcains, onde se pensou que pudesse ser uma sessão menos participada, afinal responderam de forma igual. Portanto achamos que o festival correspondeu àquilo que esperavam dele”. De seguida José Pires adiantaria que, face à intervenção do presidente da Câmara Municipal, Luís Correia e apesar de “nunca nada pode ser dado como garantido, agora que há vontade política, há vontade da estrutura, da equipa dos programadores em continuar com o festival e aprofundar mais, fazer dele o principal festival do Interior, em prosseguir. Só por uma infelicidade não haverá 3ª edição. O presidente indicou esse caminho”. No final questionado a definir o festival numa única palavra, depois de pensar breves instantes, disse: “Sinceridade”. No seguimento da homenagem a António Salvado, no final da 1ª edição do Festival Literário de Castelo Branco, também agora nesta 2ª edição, a organização decidiu homenagear mais um autor com ligações a Castelo Branco. Este ano o comtemplado foi Carlos Correia, que por razões de saúde não pode estar presente. No entanto a homenagem não deixou de ser prestada, tendo cabido a José Pires, comissário do festival e a Fernando Paulouro, amigo de longa data, as intervenções correspondentes ao momento que registamos. Semáforo OLEIROS Afirma-se . Tanto em tão pouco tempo Escolas recuperadas, Curso Superior a caminho, obras na Circular Exterior, questões de saúde controladas com enormes mais valias, médicos no Estreito, etc, etc. Em tão pouco tempo...é obra. A Fábrica avança O Comendador José Santos Marques estava tranquilo no dia 3 de Fevereiro na apresentação dos primeiros produtos que vão ser fabricados. Até já viu empregados de Oleiros a trabalhar. Tinha razão para estar feliz e os Oleirenses que amam Oleiros, também. O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais emblemáticos de Oleiros. O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais. Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si! O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita! Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida GPS: 39.9157, -7.907
Documentos relacionados
Edição de Setembro de 2014
"Não há Democracia sem imprensa livre" o de o t i r t Dis anc r B lo aste
Leia mais