Letras vivas

Transcrição

Letras vivas
Código Redação: 81
Aluno(a): Pedro Augusto Pavão Lima Zacaroni
Letras Vivas
Os rabiscos no papel me deixavam com medo. Enquanto aprendia a juntar as letras, me sentia inseguro, pois
elas pareciam difíceis de decifrar. Mas, pouco a pouco, fui ganhando confiança e acabei me tornando amigo delas.
A partir daí, para espanto dos meus pais, os livros passaram a ser o meu presente predileto de aniversário.
Descobri que com eles eu podia voar sem asas e ser transportado para épocas e lugares aonde eu jamais poderia ir
sozinho. Nos livros, imagine, cheguei a ter um elefante de estimação com a ajuda de Pedro Bandeira, a viver
experiências de alquimia com Paulo Coelho, e pude até experimentar, com Shakespeare, a dor do amor impossível de
Romeu e Julieta.
Mas, a leitura, além de ser uma experiência pessoal apaixonante, também tem grande valor social. Aprendi,
nas aulas de História, que a melhor maneira de registrar os acontecimentos sociais e passá-los para as próximas
gerações é através da escrita, dos livros. Portanto, lendo e conhecendo nossas memórias, aprendemos com o passado,
fazemos o presente e planejamos melhor o futuro.
Além disso, o bom livro é um ótimo professor, que diz tantas coisas sem falar uma palavra. E se você fica com
dúvida e faz uma pergunta, ele responde: “volte, leia novamente, use sua própria cabeça”. Por isso, ele traz
conhecimentos novos, educa e nos ajuda a mudar de ideia.
Minha professora leu para nós, em sala de aula, a biografia do Dr. Ben Solomon Carson, que inspirou o filme
Mãos Talentosas. A turma ficou emocionada e batemos palmas quando ela terminou.
Ele era um menino negro e pobre que vivia pelas ruas de Detroit. Sua mãe tinha pouco estudo e trabalhava de
empregada doméstica, mas era uma mulher corajosa que acreditava em mudanças. Quando Sonya percebeu que seu
filho estava indo muito mal na escola, passou a exigir que ele lesse e escrevesse dois relatórios, por semana, das
leituras feitas. E ainda tinha mais: era obrigado a lê-los em voz alta para ela.
“Inicialmente, a resolução de minha mãe me desagradou muito”, o Dr. Carson disse, “mas eu percebi que em
longo prazo era extremamente benéfica. Desenvolvi um apetite voraz pela leitura, e não demorou muito para eu
descobrir meu potencial intelectual”.
O estudante de notas vermelhas logo começou a melhorar. No ensino médio, se destacou como aluno
excelente e recebeu uma bolsa de estudo na famosa Universidade de Medicina Johns Hopkins, em Baltimore. Aos 33
anos de idade, era o mais jovem chefe de neurocirurgia infantil dos Estados Unidos. Tornou-se mundialmente
conhecido ao separar duas irmãs siamesas ligadas pela cabeça e ao tratar de crianças com graves problemas cerebrais
por meio de técnicas novas, que envolviam a remoção de partes do cérebro.
Sem dúvida, a leitura amplia a nossa maneira de ver as coisas ao redor, é útil para resolver problemas e
enfrentar os desafios do dia a dia. Ela nos tira do nosso “mundinho” e nos coloca num degrau acima de nós mesmos;
faz pessoas e sociedades melhores.
Acho, realmente, que as letras têm vida. Elas contam histórias e histórias são feitas por elas. Que a nossa seja
a próxima.

Documentos relacionados

Espíritos promoveram a separação das Siamesas

Espíritos promoveram a separação das Siamesas Las Auyamas. Unidas pelo fígado, apresentavam ainda deficiência cardíaca. Os médicos chegaram a admitir que teriam pouco tempo de vida. A mãe levou-as para casa, dizendo: "Estou certa de que tudo s...

Leia mais