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6 SÉRIE 7 oANO - WordPress.com
Validade: 2014 – 2017
a
o
6 SÉRIE 7 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
HISTÓRIA
Ciências Humanas
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a SÉRIE/7o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
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Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
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Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
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Sumário
Orientação sobre os conteúdos do volume
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Situações de Aprendizagem 7
Situação de Aprendizagem 1 – O Feudalismo em suas relações sociais, econômicas,
políticas e religiosas 7
Situação de Aprendizagem 2 – As Cruzadas e os contatos entre as sociedades
europeias e orientais 17
Situação de Aprendizagem 3 – O Renascimento Comercial e Urbano 25
Situação de Aprendizagem 4 – O Renascimento Cultural e Científico
33
Situação de Aprendizagem 5 – Formação das Monarquias Europeias Modernas 40
Situação de Aprendizagem 6 – Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as práticas
das Monarquias absolutistas 47
Situação de Aprendizagem 7 – A Reforma e a Contrarreforma 53
Situação de Aprendizagem 8 – Expansão Marítima nos séculos XV e XVI 60
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 68
Gabarito 69
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
orientação sobre os conteúdos do VOLUME
Caro(a) professor(a),
Neste Caderno, trabalhamos oito temas,
organizados em Situações de Aprendizagem:
o Feudalismo em suas relações sociais, econômicas, políticas e religiosas; as Cruzadas
e os contatos entre as sociedades europeias e
orientais; o Renascimento Comercial e Urbano e o Renascimento Cultural e Científico; a
formação das Monarquias Europeias Modernas, os fundamentos teóricos do Absolutismo
e as práticas das Monarquias absolutistas; a
Reforma e a Contrarreforma; e a Expansão
Marítima nos séculos XV e XVI.
ao estabelecimento de relações entre conteúdo e atitudes que reconheçam os alunos como
agentes na construção do processo histórico.
Considere a possibilidade de realizar mudanças em cada Situação de Aprendizagem
para adequar as propostas à sua experiência
docente, ao seu atual grupo de alunos e às suas
condições de trabalho.
II. construir e aplicar conceitos das várias
áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de
processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações
artísticas;
Todas as atividades estão acompanhadas da identificação dos principais conceitos
trabalhados, das competências e habilidades
priorizadas, das estratégias e dos recursos que
podem ser utilizados, além de um roteiro para
a sua aplicação, e de propostas de avaliação.
Deve-se considerar, também, que as atividades propostas estão baseadas nas orientações para a área de História estabelecidas pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no
9.394/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s), principalmente no que se
refere: à inserção dos alunos na sua realidade social, valorizando o direito de cidadania
dos indivíduos; ao reconhecimento de que o
conhecimento histórico é interdisciplinar, e
a
As competências e habilidades a serem desenvolvidas nas Situações de Aprendizagem
deste Caderno, extraídas da matriz do Enema,
são as seguintes:
I. dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica;
III.selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações, representados de diferentes formas, para tomar
decisões e enfrentar situações-problema;
IV. relacionar informações representadas de
diferentes formas e conhecimentos disponíveis em diferentes situações para construir uma argumentação consistente;
V. recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de
propostas de intervenção solidária na
realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade
sociocultural.
Documento básico do Enem. Fonte: <http://portal.mec.gov.br/index.php?ltemid=3107.enem.br>. Acesso em: 31 jul. 2013. As
competências básicas da área enunciadas na “Matriz de Referências para o Enem 2009” encontram-se disponíveis em: <http://
download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2009/Enem2009_matriz.pdf>. Acesso em: 17 maio 2013.
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Nos quadros-resumo de cada Situação de
Aprendizagem proposta são detalhadas as habilidades específicas que se pretende desenvolver na relação com os conteúdos priorizados.
Além disso, nas Situações de Aprendizagem encontramos sugestões de avaliação, com
atividades de análise de documentos, produção e leitura de textos e atividades de múltipla
escolha. Essas sugestões poderão ser utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem
dos alunos. As respostas das atividades de
múltipla escolha poderão ser justificadas pelos alunos, o que possibilitará a observação da
argumentação e o entendimento das questões,
bem como a assimilação do conteúdo. Já as
atividades de análise de documento e leitura
e produção de textos poderão exercitar a capacidade de interpretação e encadeamento de
conhecimentos trabalhados sobre o período
que está sendo estudado.
Bom trabalho!
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Situações de Aprendizagem
Situação de Aprendizagem 1
O FEUDALISMO EM SUAS RELAÇÕES SOCIAIS,
ECONÔMICAS, POLÍTICAS E RELIGIOSAS
A Europa feudal era um mundo rural em
que a riqueza repousava na terra e a sociedade
era dominada pelos senhores feudais, que possuíam, ao mesmo tempo, poder econômico e
político. A concessão do feudo e o compromisso de suserania e vassalagem são dois elementos
fundamentais para entender o Feudalismo e a
sociedade que se organizou na Europa Ocidental entre os séculos IX e XIV, que se desenvolveu
a partir das estruturas do mundo romano e germânico, desde o processo das migrações bárbaras e do fim do Império Romano do Ocidente.
Conteúdos e temas: organização espacial do feudo, senhorio, Feudalismo, sistema de suserania e vassalagem, reserva senhorial, manso, sistema de três campos, servos, corveia, estamento e terras comunais.
Competências e habilidades: autonomia na busca de informações; utilização de argumentos históricos e
sistematização de conceitos e informações.
Sugestão de estratégias: aulas expositivas, estudo de documentos e textos, pesquisa em grupo, coleta e
sistematização de informações e apresentação e exposição de painel.
Sugestão de recursos: enciclopédias, livros de apoio didático, paradidáticos e dicionários, mídias eletrônicas, papel-cartão, cartolina, papel kraft ou kanson, lápis grafite, lápis de cor e canetinhas coloridas.
Sugestão de avaliação: apreensão dos conceitos e conteúdos, processo de trabalho e produto final.
Sondagem e sensibilização
É muito importante que você busque e valorize, por meio de questões muito simples, os
conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o tema.
As perguntas e respostas devem ser referência de motivação para suscitar a curiosidade
dos alunos. Assim, eles podem elaborar e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento
para a compreensão de processos históricos.
Como eles já estudaram a crise do Império Romano na 5a série/6o ano, é possível que
identifiquem as migrações dos povos bárba-
ros e a crise do Império Romano do Ocidente
como um dos fatores responsáveis pela formação do Feudalismo. Os alunos devem expor
aqui suas representações sobre o conceito de
Feudalismo, sendo provável que eles o associem às representações relacionadas a filmes
de cavaleiros, princesas e bruxas. Pode ser
também que o associem a trevas, ou a outras
características negativas.
Professor, estimule os alunos a formularem
hipóteses com base nas seguintes questões e
ajude-os, se necessário, a formular uma definição preliminar dos conceitos.
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1. O que podemos imaginar a respeito de um
período histórico que tem o nome de Idade Média?
2. Vocês já ouviram o termo “feudo”? Sabem
o que significa?
3. Quem eram os habitantes dos feudos?
4. Como vocês imaginam que era a vida das
pessoas na Idade Média?
5. O que mais vocês sabem ou imaginam fazer parte da Idade Média?
1a etapa
A primeira proposta é proporcionar aos alunos o entendimento inicial da estrutura da sociedade feudal com base na definição dos conceitos
que auxiliam na caracterização do período.
O texto a seguir está reproduzido no
Caderno do Aluno, na seção Leitura e
análise de texto. Solicite-lhes a leitura
e, em seguida, peça que respondam as questões:
1. Quais são os significados das palavras a seguir, presentes no texto? Para realizar essa
tarefa, além do texto, você pode também
pesquisar em seu livro didático ou na biblioteca, considerando que o significado das
palavras está relacionado ao contexto histórico que estamos estudando.
• Feudo: Era a unidade de produção do Feudalismo, também poderia ser um cargo ou título de nobreza, uma área
de terra, o direito de cobrar pedágio ou taxas pelo uso do
lagar ou do moinho. Era o tipo predominante de organização econômico-social durante a Idade Média, também
chamado senhorio ou domínio.
• Benefício: No direito feudal, concessão de terras, por parte de um suserano, como recompensa ou troca de algumas
obrigações do vassalo.
• Vassalo: Nobre que recebia o feudo e se obrigava a prestar
auxílio militar a seu suserano.
• Outorga: Concessão, permissão.
2. Escreva um pequeno texto apresentando o
papel das relações de suserania e vassalagem no feudalismo.
Os senhores feudais detinham poder sobre homens e sobre
terras, e para isso era necessário ter poder sobre o trabalho
das pessoas, para acumular riquezas. Nas cerimônias de relações de suserania e vassalagem, o vassalo – nobre que se
encomendava a outro nobre, ao qual devia fidelidade e obediência por toda a vida – recebia em troca proteção, habitação e alimentação. No caso da vassalagem, os benefícios que
as lutas pelo poder asseguravam explicavam e justificavam a
dependência entre o suserano e o vassalo.
O Feudalismo e os laços de suserania e
vassalagem
A expressão “feudalismo” ou “sistema
feudal”, para caracterizar a estrutura socioeconômica da Europa medieval, tem como
ponto de partida a designação da principal
unidade econômica do período, o feudo:
grande propriedade rural, base da organização econômico-social durante a Idade Média,
também chamado senhorio ou domínio. Essa
unidade de produção, predominantemente
agrícola, também poderia ser um cargo ou título de nobreza, uma área de terra, o direito
de cobrar pedágio ou taxas pelo uso do lagar
ou do moinho. Dessa forma, o feudo pode ser
compreendido também como um benefício
concedido através da outorga, isto é, uma permissão pelo qual o nobre, ao receber o feudo,
se obrigava a prestar auxílio militar a seu suserano, passando a ser vassalo.
As relações de suserania e vassalagem
davam estabilidade à sociedade feudal. O
contrato feudo-vassálico era estabelecido
por uma relação pautada na igualdade e na
reciprocidade, instituído em três atos: homenagem, fidelidade e investidura, todos
carregados de simbolismo. A submissão e
dependência do vassalo ao senhor feudal era
representada pelo ato do vassalo de se ajoelhar; a lealdade era simulada no juramento
sobre a Bíblia. E, por fim, a investidura selava a concessão do feudo. Desse modo, ambos estavam ligados por lealdades e subordinações, compromissos e dependência.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
A atividade Organizando uma linha do tempo, inserida no Caderno do Aluno, é acompanhada
pelo texto a seguir, que compõe a seção Leitura e análise de texto. Solicite aos alunos
que circulem as datas e séculos que aparecem
no texto e, em seguida, preencham a tabela
do Caderno do Aluno, relacionando o século, a data e os acontecimentos citados no documento.
A expressão Idade Média (Medium Aevum, em latim) foi utilizada inicialmente para dizer
que, entre o Império Romano e a Idade Moderna, houve um período intermediário. Nos séculos IV e V, diversos povos germânicos, chamados de “bárbaros” pelos romanos, conquistaram
a maior parte da Europa Ocidental e chegaram até a capital do Império Romano do Ocidente,
Roma, em 476, depondo o imperador Rômulo Augústulo. Esse fato assinala a queda do Império Romano do Ocidente e marca o início da Idade Média, uma longa etapa da história da humanidade, ou mais precisamente da Europa, entre os séculos V e XV, quando, em 1453, ocorreu
a queda de Constantinopla, com a invasão dos turcos otomanos.
© Photos.com/Thinkstock/Getty Images
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Segundo Jacques Le Goff, em sua obra
Para um novo conceito de Idade Média: tempo,
trabalho e cultura no Ocidente (1997), a Idade Média foi um período de grandes impulsos criadores intercalados de crises. Na Idade
Média, por exemplo, foram criados o moinho,
o livro a universidade, sem contar o desenvolvimento das cidades. Além disso, é importante lembrar aos alunos que a periodização
da História é um artifício, pois, diante da impossibilidade de abranger todo o passado da
humanidade, uma das soluções encontradas
pelos historiadores é a divisão em períodos,
para fins de estudo.
Outra atividade importante para
estimular nos alunos a reflexão é a
leitura e interpretação de imagens.
A partir da gravura reproduzida a seguir,
presente na seção Leitura e análise de imagem do Caderno do Aluno, solicite que eles
apontem e registrem no caderno os três elementos de uma cidade medieval que podem
ser observados, qual a importância das torres
e, tendo em vista os elementos identificados,
que título poderia ser atribuído à imagem.
Figura 1 – Michael Wolgemut e Wilhelm Pleydenwurff,
Magdeburg [cidade medieval fortificada], 1493, xilogravura.
In: SCHEDEL, Hartmann. Liber Chronicarum [Crônicas de
Nuremberg]. Nuremberg: Anton Koberger, 1493. p. 179 verso.
Em seguida, proponha a atividade
existente no Caderno do Aluno,
na seção Leitura e análise de texto, e com o auxílio do livro didático ou pesquisa na biblioteca ou em sites respondam as
questões inseridas no Caderno.
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A origem das palavras feudo e feudalismo
A palavra “feudal”, que vem de fief,
feodum, de origem germânica ou celta,
designa o direito de desfrutar qualquer
bem, geralmente terra, mas que podia ser
também o direito de cobrar uma taxa de
pedágio para passar em uma ponte ou
pelo uso de um moinho ou lagar, ou ainda
um título ou cargo que desse algum privilégio. O feudo não era uma propriedade
como conhecemos nos dias de hoje, mas
pode ser considerado uma forma de posse sobre alguns bens reais. Tudo o que se
relacionava a ele passou a ser chamado de
Feudalismo. A palavra “feudalismo” significa um conjunto de características econômicas, culturais, filosóficas, artísticas,
religiosas, entre outras, ligadas ao feudo.
Não se sabe o tamanho médio dos feudos, mas alguns documentos apresentam
medidas de 120 a 150 hectares1, unidade de
medida agrária correspondente a cem ares.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente
para o São Paulo faz escola.
1
1 hectare = 10 000 m2
Professor, após explicar as particularidades do período feudal, certifique-se de que os alunos compreenderam, solicitando que respondam as questões a seguir disponíveis na seção Lição de casa,
no Caderno do Aluno.
1. Pesquise em seu livro didático como ocorriam as concessões de terras no Feudalismo?
concedido em troca de obrigações, como a corveia, a talha,
a mão-morta e a banalidade.
2. Os senhores feudais tinham o direito de cobrar uma série de taxas dos servos e camponeses, em especial, a corveia, a talha, a
banalidade e a mão-morta. Escreva no espaço a seguir uma definição para cada um
desses impostos.
• Corveia: o senhor feudal podia cobrar a corveia pela condição de ser senhor da terra. A corveia consistia em reparar
muralhas, limpar chaminés e fossas, construir pontes e estradas, limpar canais, enviar mensagens e executar serviços de
transportes.
• Talha: imposto cobrado sobre a produção obtida no trabalho
dos camponeses e servos no manso servil. Os servos deviam
entregar uma quantidade fixa, determinada por seu senhor,
da colheita, de aves, ovos, mel e pequenos animais, de peças
tecidas em lã e linho e de produtos fabricados em madeira.
• Banalidade: era um imposto cobrado pela utilização do forno, do lagar, do moinho, do celeiro e de outros equipamentos
pertencentes ao senhor feudal. As banalidades podiam ser agrupadas em quatro tipos: as taxas pagas ao proprietário pelo uso
de diferentes equipamentos, os impostos pagos pela circulação
de mercadorias em estradas, as taxas de viagens e as multas judiciárias.
• Mão-morta: taxa cobrada sobre a herança da família.
3. No desenho da pirâmide social, identifique
a posição dos três estamentos da sociedade
feudal, destacando o clero, a nobreza e os
trabalhadores, como também suas respectivas funções.
• Clero: membros da Igreja. O papa, autoridade máxima da
Igreja Católica, seguido pelos cardeais, bispos e padres. Função: orar.
• Nobreza: possuíam títulos de nobreza hereditários. O rei era
o representante máximo e, em seguida, havia os duques, os
No século VII, as concessões de terra, não hereditárias, rece-
condes, os marqueses, os barões etc. e os cavaleiros. Função:
beram o nome de “precárias”. Mais tarde, no século XI, pas-
guerrear.
saram a chamar-se “benefícios” as terras cedidas a título de
posse, inicialmente como forma de remuneração por servi-
• Trabalhadores: camponeses, em sua maioria servos da gleba (componentes presos à terra), e vilões (componentes li-
ços prestados e, posteriormente, como forma de se aumen-
vres). Trabalhavam nas terras do senhor feudal.
tar o número de vassalos. Essa concessão criava obrigações
recíprocas entre os nobres que doavam as terras, os suseranos, e os vassalos, nobres que recebiam as terras. O feudo era
Caso considere interessante aprofundar o
tema, sugerimos ainda a questão a seguir:
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4. Como ocorria a cobrança de taxas nos feudos?
Havia ainda a corveia sobre a cobrança de produtos e gêneros. Por exemplo, os servos deviam entregar ao senhor feudal
cerca de 10% da colheita e uma quantidade fixa, determinada
por seu senhor, de aves, ovos, mel, pequenos animais e peças
tecidas de lã e linho e produtos fabricados de madeira.
2a etapa
A segunda proposta deste Caderno é trabalhar com a representação de um feudo por
meio da montagem de um painel ilustrado,
que será enriquecido com suas aulas expositivas, leituras de documentos, um roteiro de
pesquisa sobre o tema e outras experiências
adquiridas ao longo de suas atividades em
sala de aula.
A montagem do painel ilustrado, apresentando o cotidiano da sociedade feudal, tem por
objetivo encaminhar as reflexões dos alunos
para que eles percebam as permanências e rupturas na dinâmica do processo histórico e para
que compreendam algumas etapas do longo
processo de formação do Feudalismo.
Confirme se cada uma das etapas foi
compreendida por todos. Se possível, para
envolver os alunos na atividade, divida com
eles algumas decisões a respeito da elaboração do painel ilustrado, como os temas,
o cronograma e o critério para a formação
dos grupos.
Organize a divisão dos grupos segundo o
critério mais conveniente no momento. Mostre que o painel ilustrado tem como objetivo
apresentar representações do Feudalismo feitas em desenhos, com legendas explicativas
sobre os temas trabalhados.
Você poderá incentivar a pesquisa em
diferentes fontes de informações. Proponha, inicialmente, que os alunos façam um
levantamento dos termos relacionados à
Idade Média e os registrem em uma lista no
caderno. Assim os conhecimentos prévios
sobre o tema podem ser discutidos em classe e as dúvidas passam a ser questões para
pesquisa em livros especializados, no material didático e na biblioteca da escola ou da
comunidade.
É muito importante orientar os alunos
para que eles dividam as atividades entre os
componentes do grupo, considerando que a
pesquisa e a organização das tarefas são de
responsabilidade de todos os participantes.
Um dos princípios básicos para o trabalho
em equipe é que todos podemos oferecer algo
aos outros. Esse princípio, além de potencializar a aprendizagem cooperativa e estimular
a colaboração no grupo, irá desenvolver nos
alunos a afirmação e a confiança nas próprias habilidades.
Lembre aos alunos que, durante a montagem do painel, eles devem se preocupar com a
qualidade dos desenhos, mostrando os detalhes
das partes que compõem um feudo e preparando um texto para a apresentação na classe.
Vale ainda ressaltar a importância de oferecer situações por meio das quais os alunos
possam dar suas opiniões, envolvendo-se
de forma participativa, respeitosa e crítica.
Nesta etapa, é importante que você observe a capacidade dos alunos de transitar da
linguagem da História para a linguagem
artística, reconhecendo diferentes tipos de
discurso e sabendo usá-los de acordo com
o contexto.
O domínio de linguagens é muito importante para tornar o aluno um leitor competente do mundo, atribuindo significado a algo
– neste caso, informações de textos e imagens
sobre o Feudalismo.
Dominar linguagens implica trabalhar
com seus conteúdos nas dimensões de conjec-
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turas, proposições e símbolos. Ler e interpretar, apropriar-se do texto, estabelecer relações
entre suas partes e tratá-las como elementos
de um mesmo sistema – é isso o que se espera
do aluno.
elaboradas por eles serão simplificadas, afinal estamos tratando de alunos de 6a série/7o
ano. Ajude-os a privilegiar as informações
principais entre aquelas pesquisadas e que
se referem ao item proposto, como também a expandir as ideias quando necessário.
Lembre-os de que as perguntas têm como
objetivo orientar a pesquisa e algumas delas
encontram-se no Caderno do Aluno.
© Erich Lessing/Album/Latinstock
© Erich Lessing/Album/Latinstock
Logo a seguir você encontra alguns subsídios relacionados ao roteiro de pesquisa proposto aos alunos. Considere que as legendas
Figuras 2 e 3 – Calendário de horas: o primeiro quadro retrata a semeadura, e o segundo a colheita, Irmãos Limbourg, As mui ricas
horas do Duque de Berry, c. 1413-1489, guache sobre pergaminho. Museu Condé, Chantilly, França.
Professor, as duas ilustrações anteriores também estão dispostas no Caderno do
Aluno. Utilize-as como exemplo para que
os alunos observem os elementos que compõem a sociedade feudal. Ajude-os a perceber que a primeira imagem do calendário de
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
horas representa a colheita e a segunda, a
semeadura. Desperte nos alunos o interesse por esse tipo de registro e explique-lhes
que as imagens fazem parte da obra As mui
ricas horas de Duque de Berry. Durante o
fim da Idade Média, essa obra foi um instrumento utilizado para medir o tempo do
plantio e também como um breviário para
os leigos. Contudo, é importante ressaltar
como a nobreza da sociedade feudal se projetava, na medida em que a obra retrata os
elementos que compõem o cotidiano da sociedade.
Para o desenvolvimento do painel informativo, o texto a seguir, também
inserido na seção Leitura e análise de
textos, oferece subsídios para que os alunos construam as legendas nos desenhos ou nas imagens
da reserva senhorial, do manso servil, das terras
comunais, dos moinhos, dos celeiros, das oficinas
artesanais, dos fornos, dos estábulos e do castelo.
As partes do feudo
Por volta dos séculos IX e X, os feudos estavam divididos em três partes: o manso senhorial, que correspondia à parte das terras de uso do senhor feudal; o manso servil, correspondente às terras arrendadas pelos camponeses e servos; e uma terceira parte, as terras
comunais, que eram tanto dos senhores feudais quanto dos servos e camponeses.
Manso
Nome dado à divisão das villas – os mansi – que eram entregues aos camponeses pelo possuidor da terra a título de posse. O mansus variava de tamanho, dependendo da região ou da
condição de quem os recebia. Em geral, era calculado um tamanho necessário para abastecer
as necessidades de uma família.
Havia dois tipos de manso: o ser­vil e o senhorial. O detentor de um manso ser­vil estava
obrigado a prestar diversos serviços, entre eles trabalhar nas épocas de plantio e colheita,
prestar serviço de transporte e corveia semanal. O manso senhorial correspondia a cerca da
metade da terra cultivada e pertencia ao senhor feudal.
Terra comunal
Área que pertencia à reserva senhorial, mas podia ser utilizada pelos possuidores dos
mansi. Nesse local, onde havia bosques, prados, charnecas e regiões arenosas, os servos e
camponeses levavam seus animais para pastar, colhiam frutos silvestres e cortavam madeira
para utilizar nos fornos e nas construções, e os senhores, por sua vez, praticavam a caça. Das
terras comunais, os servos retiravam seu sustento, além dos recursos para cumprir as obrigações feudais.
Castelo
Era a residência fortificada do senhor feudal e tem sua origem na palavra latina castellum,
diminutivo de castrum, que significa “acampamento fortificado”. Era uma construção com
fins defensivos, protegida com muralhas, torres e fossos. Havia uma porta principal que, em
geral, se alcançava, na maior parte das vezes, por uma ponte levadiça, protegida com portões
gradeados de madeira e movimentada por roldanas e tornos.
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Havia ainda um pátio central, em torno do qual se distribuíam todas as dependências do
castelo, e, por último, um núcleo principal, que, em caso de perigo, poderia ser defendido de
forma independente. Uma das características dos castelos era o fato de possuírem poucas
janelas, substituídas por aberturas estreitas que proporcionavam um pouco de luminosidade
e favoreciam a defesa. Inicialmente, os castelos eram construídos de madeira e murados por
uma paliçada. Somente a partir do século XI começaram a ser edificados e rodeados de pedra.
Moinho
Engenho que se destinava à moagem, especialmente de cereais, composto de duas mós,
postas uma sobre a outra. A mó é uma pedra grande, circular, de pequena espessura, com
a qual se trituram grãos nos moinhos, girando-a sobre outra pedra. Os moinhos, na Idade
Média, eram movidos pelo vento ou pela água.
Aldeia
Povoação de pequena proporção, menor do que a villa, onde viviam os camponeses e servos, cujas casas, em geral, se agrupavam em volta da capela.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
3a e 4a etapas
Nestas duas etapas os alunos deverão organizar a preparação do painel ilustrado sobre o feudo, selecionando imagens e textos.
É muito importante que os alunos, tomando por base a pesquisa do material sobre as
partes do feudo, reúnam-se na classe para
apresentar aos colegas dos grupos o material
coletado e iniciar os registros, inicialmente
sob a forma de rascunho.
É muito importante colocar legendas para
os desenhos da reserva senhorial, do manso
servil, das terras comunais, de bosques, moinhos, celeiros, oficinas artesanais, fornos,
estábulos e castelos. Passe pelos grupos ou
chame-os à sua mesa para orientá-los na produção de textos e legendas, no uso dos espaços da folha de papel, no registro dos nomes
dos participantes, do professor e da disciplina,
e ainda na grafia, na organização do texto e
no uso de margens, legendas e títulos.
Após a avaliação do material, pode ser iniciada a montagem do painel ilustrado sobre
as partes do feudo, que poderá ser exposto na
classe ou em um dos corredores da escola, organizando uma faixa ou um cartaz em cartolina,
papel kraft ou sulfite com o título da exposição.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
Ao avaliar as etapas da Situação de Aprendizagem para a montagem do painel ilustrado
sobre as partes do feudo, você poderá observar as informações pesquisadas pelos alunos e
avaliar o nível de aprendizagem.
Ao longo do processo de ensino-aprendizagem, proponha revisões dos textos e dos
termos pesquisados e oriente as etapas para
que cada grupo possa selecionar os itens solicitados para a montagem do painel, organizar
o material, relacionar e interpretar dados.
O momento da produção escrita é muito
importante para que cada aluno consiga se
apropriar do estudo da origem e do significado dos termos “Idade Média”, “Feudalismo”
e “servidão” e para que possa identificar dife-
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rentes formas de representações e termos históricos. Para produzir um bom texto, é preciso
ler, reler e reescrever diferentes informações
sobre o assunto pesquisado, o que chamamos
de reescrita. Para que o texto fique claro, objetivo, coeso e coerente, é muito importante que
outra pessoa o leia e sugira alterações. Esse leitor pode ser um colega do grupo, de um outro
grupo ou da própria classe. Mostre aos alunos
que uma boa estratégia é pedir que os leitores
do texto em processo de produção registrem
suas dúvidas sobre o que está escrito, para verificar se o texto está compreensível e claro.
Ao final do processo de trabalho, como
forma de avaliar os progressos conceituais
da turma, convide-os a voltar aos registros
realizados no momento da Sondagem e sensibilização como forma de checar se houve
mudanças – e quais foram elas – no que se
refere aos conhecimentos sobre Idade Média.
Esse pode ser um rico momento coletivo em
que os alunos, além de perceber o que aprenderam, poderão fazer uma interessante comparação entre as representações inicialmente
manifestas, muitas permeadas pelo imaginário midiático, e aquelas construídas pelo processo de pesquisa histórica.
Proposta de questões para avaliação
As questões a seguir estão incluídas na seção Você aprendeu?, no
Caderno do Aluno.
1. Explique o funcionamento do sistema de
três campos utilizado nos feudos.
aberto e tinha como regra a ação comunitária, pois todos os
possuidores de parcelas em uma folha praticavam o mesmo
tipo de cultura.
A necessidade de deixar uma parte dessas terras descansando para aumentar a produtividade deu origem ao sistema de três campos ou de rotação de culturas: dividia-se a
terra em três partes (folhas) e a cada três anos deixava-se
uma parte em pousio, nome dado às terras não cultivadas
por um período, com o objetivo de evitar seu esgotamento. Muitas vezes, nessa parte, colocava-se o gado para pastar, visando à adubação da terra. Enquanto isso, nas duas
outras, eram cultivados trigo, aveia, centeio e cevada.
2. Segundo a fórmula concebida pelo bispo Adalberão, no começo do século XI,
a casa de Deus era formada por três grupos: o dos que oravam, o dos que guerreavam e o dos que trabalhavam.
A sociedade à qual ele faz referência é denominada de:
a) urbana.
b) estamental.
c) rural.
d) comercial.
e) religiosa.
O bispo Adalberão, de Laon, descreveu a sociedade tripartida,
segundo uma hierarquia que durante o século XI acabaria por
se impor, que se encontrava dividida em três ordens: a dos
que oravam, a dos que combatiam e a dos que trabalhavam.
A sociedade feudal pode ser definida como estamental, na
medida em que as categorias eram claramente definidas
No feudo, unidade de produção do Feudalismo, a partir do
e não era comum a mobilidade social. As posições sociais
século XI iniciou-se a prática da adubagem das terras com es-
eram definidas a partir do nascimento, perpetuando-se os privilégios dos grupos específicos.
trume animal, o que levou à necessidade de conciliar a criação de bois, vacas e cavalos com a lavoura. Assim, em muitos
feudos, criou-se a necessidade de cultivar a terra dividindo-a
em “folhas”, nome dado a uma das partes em que se dividia o
campo a ser trabalhado pelo sistema de afolhamento. Nesse
sistema de duas folhas, uma ficava em descanso e a outra era
cultivada. O afolhamento estava ligado ao sistema de campo
3. A terra cedida a um nobre, cuja concessão
implicava o estabelecimento de vassalagem, recebia o nome de feudo, e o poder
exercido pelo senhor sobre os que habitavam suas terras recebia o nome de:
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a) vila.
b) gleba.
c) manso.
d) terras comunais.
e) senhorio.
A apropriação pelo grande proprietário rural do direito
de bando dá direito ao senhorio, cuja característica é a
lar a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média,
apresentando suas principais características.
A Alta Idade Média corresponde ao período que se estende dos séculos V ao X, no qual,
na Europa Ocidental, acentuaram-se as migrações dos chamados povos “bárbaros” em
áreas do antigo Império Romano do Ocidente
e intensificaram-se as atividades agrícolas, a
fragmentação política e territorial e a diminuição das atividades comerciais e urbanas.
usurpação de funções que antes eram públicas. O senhor
exerce poder sobre os que residem em suas terras, isto é,
em seu feudo.
4. A relação que mantinha os trabalhadores
presos à terra e subordinados a uma série
de obrigações em serviços e impostos estava baseada no(a):
A Baixa Idade Média corresponde ao período entre os séculos XI e XV, caracterizado
pelo renascimento do comércio e das cidades
na Europa Ocidental, pelas Cruzadas e pela
crise do Feudalismo.
a) servidão.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
b) colonato.
Livros
c) feudalismo.
D’HAUCOURT, Geneviève. A vida na Idade
Média. São Paulo: Martins Fontes, 1994. A
autora aborda a Idade Média a partir de três
domínios essenciais da História: tempo, trabalho e cultura.
d) campesinato.
e) escravidão.
A servidão é a condição jurídica do camponês que, por obrigações pessoais ou por dívidas, ficou impossibilitado de deixar a terra.
Proposta de Situação de
Recuperação
Professor, como atividade de recuperação,
você pode solicitar aos alunos que retomem a
atividade Organizando uma linha do tempo,
presente no Caderno do Aluno, aprofundando
o entendimento da periodização ao solicitar
a descrição do recorte temporal. Oriente-os a
traçar uma linha do tempo no caderno, demarcando o período que oficialmente corresponde
à Idade Média; em seguida, oriente-os a assina-
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito
de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa, 1997. A
obra do consagrado medievalista francês
aborda o nascimento da Europa a partir da
análise de monumentos, de documentos e
do cotidiano.
PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe.
História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Editora Unesp, 2000. Este
livro utiliza diversos documentos e fontes primárias da Idade Média.
RIORDAN, James. Rei Artur. São Paulo:
Ática, 2005. (O Tesouro dos Clássicos). Livro
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
voltado ao público juvenil, traz uma narrativa
da história do rei Artur, que, para defender o
seu reino, Camelote, e toda a Bretanha, passa
por muitas batalhas entre fadas, bruxas e outros seres míticos, acompanhado dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Filmes
Os filmes a seguir podem ser utilizados
para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos.
Merlin e a espada (Merlin and the sword). Direção: Clive Donner, 1985. 180 min. Sem classificação etária. A história do rei Artur e dos
Cavaleiros da Távola Redonda contada pelo
mago Merlin.
O incrível exército de Brancaleone (L’armata
Brancaleone) Direção: Mario Monicelli, 1966.
120 min. 14 anos. O filme é uma sátira aos
costumes da cavalaria medieval. O desastrado
Brancaleone é um cavaleiro que lidera um pequeno e esfarrapado exército em busca de um
feudo na Europa.
O nome da Rosa (The name of the rose).
Direção: Jean-Jacques Annaud, 1986. 131
min. 14 anos. Em 1327, um monge franciscano e um noviço chegam a um mosteiro no
Norte da Itália. Uma série de assassinatos
misteriosos acontece no mosteiro. O monge
começa a investigá-los, mas não acredita, diferentemente dos demais, que as mortes sejam obras do demônio. O Grão-Inquisidor
chega, decidido a torturar qualquer suspeito
de heresia. Como não gosta do monge franciscano, coloca-o como suspeito e trava-se
uma luta ideológica entre os dois, a qual retrata as oposições entre as mentalidades medieval e renascentista, que iriam caracterizar
os séculos seguintes.
Situação de Aprendizagem 2
As Cruzadas e os contatos entre as sociedades
europeias e orientais
Esta Situação de Aprendizagem, cujo
foco temático relaciona-se às Cruzadas, tem
como proposta metodológica a pesquisa
orientada de conceitos e imagens relacionadas ao tema, a leitura de textos e também
a produção de um álbum de figurinhas. A
palavra álbum, no sentido original empregado pelos romanos, era uma tabuinha onde
se escrevia a lista de senadores ou de ocupantes de outra função política. No sentido proposto neste Caderno, o álbum é um
livro, e as figurinhas apresentam pequenas
estampas coloridas, comercializadas em série, para ser coladas nele, a fim de divertir os
colecionadores.
O tema Cruzadas, em geral, é um dos fatos históricos mais conhecidos a respeito da
Idade Média, em razão de sua divulgação na
mídia, em jogos e ainda em matérias veiculadas em revistas e jornais, além do cinema.
Assim, a proposta de montagem de um álbum de figurinhas justifica-se porque o tema
comporta diversas possibilidades de pesquisa aliadas a atividades lúdicas, importantes
para o processo de ensino-aprendizagem nesta faixa etária.
Professor, a imagem a seguir está presente no Caderno do Aluno, no início da
Situação de Aprendizagem, acompanhada
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mos uma questão que procura verificar o
entendimento dos alunos sobre o assunto
abordado.
© Hemera Techonologies/Thinkstock/Getty Images
de um texto explicativo com o conteúdo
elementar sobre as Cruzadas. A partir da
leitura do texto e da imagem, apresenta-
Figura 4 – Representação de batalha das Cruzadas em vitral de uma igreja francesa.
Conteúdos e temas: surgimento das Cruzadas, Concílio de Clermont, Terra Santa, peregrinações, turcos
e Império Bizantino.
Competências e habilidades: compreender textos, interpretar dados e informações contidas em documentos históricos, relacionar essas informações entre si; selecionar e organizar dados representados de
diferentes formas, tomar decisões e enfrentar situações-problema.
Sugestão de estratégias: aula expositiva, análise de documentos e produção de álbum de figurinhas.
Sugestão de recursos: canetinhas, lápis de cor e folhas de sulfite ou papel-jornal tamanho A4.
Sugestão de avaliação: deve ser considerada a coleta do material de pesquisa, a seleção das imagens, a
organização dos temas para a montagem do álbum e as competências atitudinais, como colaboração e
solidariedade.
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Sondagem e sensibilização –
1a etapa
Na proposta da Situação de Aprendizagem, é importante que você busque e valorize
os conhecimentos prévios que os alunos detêm sobre o tema das Cruzadas.
A seguir, apresentamos algumas perguntas
que podem ser feitas aos alunos com a intenção de estimular a expressão das representações que eles possuem sobre o tema que será
desenvolvido:
ff Vocês já ouviram a expressão “Guerra
Santa”?
ff Que motivações geram esse tipo de conflito?
ff Vocês sabem citar exemplos de conflitos
que receberam o nome de Guerra Santa?
ff Na Idade Média ocorreu uma “Guerra
Santa” chamada Cruzadas. Vocês sabem
como os homens lutavam naquela época?
Após a Sondagem e sensibilização, apresente as etapas da proposta, esclarecendo dúvidas que possam ocorrer. É fundamental que
todos os alunos tenham clareza a respeito do
que será realizado para que, ao final, o trabalho possa apresentar resultados satisfatórios.
As perguntas e respostas devem ser utilizadas como motivadoras para iniciar a apresentação da proposta e despertar a curiosidade
sobre o tema em estudo. Estimule também
os alunos a elaborar perguntas, mostrando a
importância delas para compreender melhor
o assunto pesquisado para a montagem do
álbum.
Ao apresentar a proposta para os alunos,
oriente-os a fazer um levantamento de álbuns
de times de futebol, dentre outros, para que
verifiquem a estrutura do material e sua diagramação, elaborando um esboço a fim de
que, na fase seguinte, possam iniciar a montagem do álbum das Cruzadas.
Nesta etapa, os alunos desenvolverão
operações e processos sobre como levantar
hipóteses e verificá-las, codificar esquemas,
reproduzir, transformar e transpor conhecimentos, conceituar, memorizar e reaplicar conhecimentos.
Apresente o cronograma das atividades,
estabelecendo o prazo para a coleta do material, data de entrega e o critério para a organização dos grupos.
2a etapa
Considerando que os alunos já conhecem os conteúdos que serão tratados nesta
Situação de Aprendizagem, como também
a proposta metodológica, seria interessante a condução de uma aula expositiva que
propiciasse a abordagem de alguns conhecimentos e conceitos fundamentais no coletivo.
Professor, o texto a seguir está inserido, com a imagem do vitral, no
Caderno do Aluno. Na sequência
há uma atividade que solicita ao aluno a identificação dos três elementos da representação
de um cavaleiro que participava de uma Cruzada.
As Cruzadas foram expedições de caráter religioso e militar, organizadas pelos cristãos da Europa Ocidental durante a Idade Média para reconquistar Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Oito
Cruzadas oficiais partiram da Europa Ocidental, entre os anos de 1096 e 1270.
Em geral, a Cruzada era convocada e tinha sua data marcada por um papa, considerado pelos
cristãos a autoridade máxima da Igreja Católica. O financiamento dos recursos materiais provinha
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dos próprios participantes das Cruzadas, de impostos criados especialmente para esse fim, de senhores
feudais, que recebiam donativos de seus vassalos, e de verbas da Igreja, provenientes de donativos e
taxas pagas pelos fiéis ou, ainda, de empréstimos feitos a mercadores ou ordens religiosas.
O termo “Cruzadas”, como muitos outros utilizados na historiografia, não era conhecido no
momento histórico para o qual o empregamos. A expressão “Cruzadas” só passou a ser utilizada em
meados do século XIII. Os documentos medievais usam expressões como “peregrinação”, “Guerra
Santa”, “expedição da cruz” e “passagem”.
A origem do termo “Cruzada” está ligada ao fato de que seus participantes tinham uma cruz bordada nas roupas, por se considerarem “soldados de Cristo”.
Além das roupas bordadas com a cruz, diversas relíquias sagradas podiam ser utilizadas em uma
campanha convocada para uma Cruzada: réplicas da lança utilizada pelos soldados romanos durante
a crucificação de Cristo; o Santo Sudário, manto que segundo a tradição cristã teria servido de mortalha a Jesus e teria poder de cura e proteção; o cálice que teria sido usado na Última Ceia; e a Arca da
Aliança, que guardaria os dez mandamentos.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
A seguir, você encontra as sugestões de
conteúdos, organizados na forma de perguntas e respostas. Selecione o que achar mais
adequado, considerando o perfil da sua turma. Essa aula permitirá que os alunos partam
para a situação de pesquisa com noções básicas, o que, certamente, os auxiliará na seleção
das informações, possibilitando patamares de
maior complexidade no que se refere ao material a ser selecionado.
ff O que foi o Concílio de Clermont?
O Concílio de Clermont, cidade da França, reunido entre
18 e 28 de novembro de 1095, foi convocado pelo Papa Urbano II. Com a participação de cerca de 300 clérigos, foram
discutidos diversos temas, entre os quais os decretos contra
a investidura leiga e a venda de indulgências. Em uma sessão aberta no dia 27 de novembro, o Papa Urbano II fez um
chamamento público para ajudar os cristãos do Oriente e
conquistar a “Terra Santa”, salientando as dificuldades dos
peregrinos de visitarem Jerusalém e os obstáculos criados
pelos turcos para impedir que os “infiéis”, no caso os cristãos,
Professor, no Caderno do Aluno
há a seção Lição de casa em que é
solicitada a pesquisa no dicionário do significado da palavra “concílio”, e
outra questão solicitando que os alunos
busquem no livro didático informações sobre o Concílio de Clermont. Caso julgue necessário, ofereça aos alunos a explicação a
respeito do Concílio de Clermont.
entrassem em Jerusalém.
O Papa Urbano II, excelente orador, conseguiu resposta
imediata, pois prometia, em troca do atendimento de sua
convocação, a remissão das penalidades temporais dos
pecados. Cada membro da expedição usaria o sinal da
cruz, como símbolo de sua dedicação, o qual deveria ser
costurado em tecido vermelho no ombro de seu balandrau, veste com capuz e mangas largas usada sem cinto.
Caso algum membro desistisse ou não participasse, sofreria excomunhão.
ff Qual o significado da palavra “concílio”?
siásticos, especialmente bispos. Era presidida ou sancionada
ff Quais eram as armas utilizadas durante as
batalhas?
pelo papa para deliberar sobre questões de fé, costumes,
As armas dos participantes das Cruzadas eram muito variadas,
doutrina ou disciplina eclesiástica.
destacando-se:
A palavra “concílio” significa reunião de representantes ecle-
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• Besta – Arma com capacidade de perfurar armaduras e escudos de soldados e cavaleiros;
• Espada – Arma de lâmina comprida, pontiaguda, dotada
de um ou dois gumes, e um pequeno cabo pelo qual é empunhada. Utilizadas pelos cavaleiros e guerreiros medievais,
as espadas variavam muito de tamanho e forma, sendo mais
utilizadas as espadas de duas mãos;
• Adaga – Espada curta e larga;
• Lança – Arma constituída de uma longa haste que termina
ciem a reprodução ou desenho das imagens,
enumeração das páginas, margens e a finalização dos textos. Oriente os alunos a dobrar
as folhas de papel ao meio, no formato de
um álbum de figurinhas, com margens de um
centímetro e meio. A primeira página será a
capa, que poderá vir com o título, um desenho relacionado ao tema do álbum e os dados do grupo.
em uma peça pontiaguda de ferro, bronze ou osso, para ser
arremessada ou empunhada.
As armaduras utilizadas pelos cruzados eram feitas com os
materiais mais resistentes e avançados da época, como couro reforçado, placas e peles. O laudel era uma indumentária militar, com acolchoamento próprio para neutralizar os
golpes de espadas ou outros instrumentos cortantes.
3a e 4a etapas
A proposta é que os alunos pesquisem sobre os armamentos, a cidade de Jerusalém (a
“Terra Santa”) e outras curiosidades sobre
as Cruzadas e que organizem um álbum de
figurinhas sobre esses temas. Num primeiro
momento, auxilie-os na organização de um
roteiro de pesquisa, considerando o tema proposto: as Cruzadas, a cidade de Jerusalém e
os armamentos utilizados e outros aspectos
que deverão ser pesquisados e que integram
o tema.
Peça que eles façam um levantamento
dos álbuns de figurinhas que conhecem e
leve um exemplar para a sala de aula para
que seja analisado e discutido com os alunos
de que forma ele foi organizado, qual é a sua
estética, os tipos de letras e outros detalhes
que considerem importantes na sua composição. Essa análise deverá servir de referência para que os grupos decidam como será o
álbum de figurinhas que vão produzir. Também será preciso definir como as imagens ou
os desenhos serão reproduzidos.
Considerando as decisões tomadas coletivamente, é importante que os grupos ini-
Sugira aos alunos de oito a dez figurinhas
e motive-os para que todos contribuam com
a pesquisa realizada e que os assuntos sejam
diversificados; estejam atentos ao cronograma de trabalho acordado, em especial à data
de entrega e aos cuidados com a finalização
do álbum, garantindo uma estética caprichada para o álbum: com pequenas legendas sobre os aspectos que integram o tema,
como símbolo das Cruzadas, armaduras, armas, rotas das Cruzadas e seus participantes
(nobres, mercenários, arqueiros, peregrinos,
sacerdotes, sarracenos, mercadores, pregadores e templários), Jerusalém, as principais
Cruzadas etc. Solicite aos alunos que numerem as figurinhas e as páginas. Dentro das
possibilidades do grupo, organize-os de maneira que cada um faça desenhos sobre um
tema específico (armaduras, armas, principais Cruzadas), os quais poderão ser fotocopiados, de forma que as imagens possam
ser trocadas.
Organize uma exposição do material em
mesas ou carteiras de sala de aula, se possível, cobertas com papel kraft ou jornal, em
um dos corredores da escola.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
O resultado da avaliação deve ser um
diagnóstico completo do processo de aprendizagem e um estímulo aos alunos para que
eles próprios possam analisar seu desempenho. A avaliação só passa a ter significado
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se ela for capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por
parte do professor quanto do aluno, devendo ser um momento de reflexão para ambos,
podendo ser enriquecida com uma autoavaliação ao final da proposta, com os seguintes
itens:
1.Você participou das atividades propostas
para o trabalho em grupo?
2. Como você avalia a sua participação nas
diferentes etapas do trabalho: pesquisa,
coleta de materiais, produção de textos e
desenhos?
3. A diagramação dos espaços e a montagem
do álbum de figurinhas pelo grupo foram
satisfatórias?
Organize um levantamento dos pontos
relevantes para a montagem do álbum de figurinhas e discuta com os seus alunos a importância do trabalho em grupo.
Proposta de questões para avaliação
As questões sugeridas a seguir encontram-se na seção Você aprendeu? no Caderno do Aluno.
1. O Concílio de Clermont:
Urbano II (1095)
“Caríssimos irmãos, eu, Urbano, portando, pela misericórdia de Deus a tiara apostólica, e supremo pontífice de toda a terra, venho até vós, servidores de Deus, encarregado em desvendar-vos os
ensinamentos divinos [...]. É urgente socorrer aos nossos irmãos do Oriente que esperam a ajuda tão
necessária e tantas vezes já prometida. Os turcos e os árabes atacaram-lhes, assim como muitos dentre
vós ouviram os relatos, e invadiram as fronteiras da România até aquele local do mar Mediterrâneo
chamado o Braço de São Jorge, aumentando mais e mais as suas conquistas nos territórios cristãos,
eles já os venceram sete vezes em batalhas, matando ou fazendo grande número de prisioneiros,
destruindo as igrejas e devastando todo o país sob o domínio cristão [...]. Por isso eu vos instruo e
conjuro, não em meu nome, mas em nome do Senhor, vós os arautos de Cristo, a conclamar sem
cessar os Francos de todas as classes, caminhantes e cavaleiros, pobres e ricos, apressei-vos em assistir os adoradores de Cristo, porque ainda há tempo, e expulsar para longe das regiões onde impera
a nossa fé esta raça ímpia dos devastadores. Falo àqueles que estão presentes e clamo aos ausentes,
mas é Cristo quem ordena. Quanto àqueles que partirão para esta guerra santa, se perderem a vida,
seja durante a viagem por terra, seja atravessando os mares, seja combatendo os idólatras, todos
os seus pecados serão perdoados imediatamente, eu o ordeno em virtude da autoridade da qual fui
investido por Deus.”
Urbano II apud Foucher de Chartres. Histoire Les Croisades. Disponível em: <http://books.google.com.br/
books?id=TjInAQAAIAAJ&printsec=frontcover&dq=Foucher+de+Chartres>. Acesso em: 27 jun. 2013.
Tradução Célia Gambini.
No Concílio de Clermont, em 1095, quando o Papa Urbano II fez essa aclamação, a
quem ele se dirigia e por quê?
cristianismo, ocupavam Jerusalém, a “Terra Santa”. Vale observar que, basicamente, os camponeses, os servos e tam-
O papa Urbano II, ao fazer essa aclamação no Concílio de
Clermont, em 1095, dirigia-se “tanto aos pobres quanto aos
te os filhos de nobres que não eram primogênitos e não
tinham direito à herança paterna, foram os que participa-
ricos”, para combater os turcos seljúcidas que, segundo o
ram das Cruzadas.
bém os membros da nobreza empobrecida, e especialmen-
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
2. As Cruzadas, em geral, eram expedições de
caráter religioso e militar, organizadas pelos cristãos e convocadas pela autoridade
máxima da Igreja Católica, que recebe a
denominação de:
a) bispo.
b) abade.
c) padre.
d) jesuíta.
e) papa.
d) soldados da paz.
e) soldados da Salvação.
Os participantes das Cruzadas bordavam a cruz em suas roupas, pois consideravam-se soldados de Cristo.
As questões a seguir também podem ser
propostas aos alunos para aprofundar ou verificar a aprendizagem, de acordo com as necessidades de cada turma.
1. Qual a ligação do aumento populacional
ocorrido na Baixa Idade Média com o movimento das Cruzadas?
As inovações técnicas ocorridas nesse pe­ríodo, como o uso
A autoridade máxima da Igreja Católica é o papa e as demais
da charrua, o sistema de rotação de culturas e o método de
alternativas denominam outros membros da hierarquia ecle-
atrelagem animal, promoveram, desde o século X, mudanças
siástica a ele subordinados.
na alimentação, com maior consumo de leguminosas (ervilhas, feijão, grão-de-bico e lentilha), e isso foi um dos fatores
3. O objetivo religioso das Cruzadas era reconquistar a “Terra Santa”, por causa das
dificuldades impostas aos peregrinos para
visitar Jerusalém. Assinale, entre as alternativas seguintes, o grupo que foi convocado para participar das Cruzadas.
a) Muçulmanos.
b) Cristãos.
c) Judeus.
d) Árabes.
e) Turcos.
O grupo convocado para participar das Cruzadas foi os cristãos, que buscava tomar a “Terra Santa” dos muçulmanos.
4. Os participantes das Cruzadas tinham uma
cruz bordada em suas roupas, pois consideravam-se:
responsáveis pelo aumento populacional na Europa Ocidental. A expansão demográfica levou muitos camponeses a
deixarem de ter área mínima para a subsistência, vivendo da
caridade e de serviços que eventualmente apareciam. Muitos
desses cristãos atenderam à convocação do Papa Urbano II e
partiram para combater os “infiéis”.
A participação dos filhos de famílias nobres que não eram
primogênitos também foi bastante significativa, pois pelos
costumes de sucessão do Feudalismo, eles não recebiam o
senhorio, passando a ver nas Cruzadas uma possibilidade de
receberem feudos.
2. Durante a preparação da Terceira Cruzada (1189-1192), o papa autorizou vários
pregadores a percorrer a Europa Ocidental e estendeu a indulgência para aqueles
que, não podendo participar da Cruzada,
financiassem a ida de outras pessoas. A
palavra indulgência, citada no texto, significa:
a) salvação eterna.
a) soldados de Cristo.
b) privilégios feudais.
b) um exército.
c) aumento do senhorio.
c) soldados da esperança.
d) perdão dos pecados.
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e) contrato de vassalagem.
A negociação de indulgências, ou seja, do perdão, era uma
prática recorrente da Igreja Católica. No século XVI, ela provocou um importante cisma no interior da instituição, deno-
Propostas de Situações de
Recuperação
Proposta 1
minado Reforma Religiosa.
3. Após o discurso do Papa Urbano II em
Clermont, milhares de peregrinos se dispuseram a partir para Jerusalém, em abril
de 1096. Eram, principalmente, pequenos
cavaleiros, aventureiros, mendigos e maltrapilhos, razão pela qual a Cruzada foi
chamada de:
a) Cruzada dos Barões.
b) Cruzada das Crianças.
c) Cruzada Popular.
d) Cruzada de Fé.
e) Cruzada de Jerusalém.
A perspectiva da obtenção do perdão dos pecados mobilizou pessoas de diferentes estamentos a participar das
Cruzadas.
4. Em 1212, um movimento liderado por
um menino francês reuniu filhos de
camponeses, na crença de que poderiam
libertar Jerusalém. Graças à inocência
de seus participantes, muitos morreram
no caminho, foram escravizados ou sequestrados. Essa Cruzada recebeu o
nome de:
a) Cruzada da Juventude.
Peça aos alunos que selecionem dez palavras-chave sobre as Cruzadas e as anotem em
uma folha de monobloco, sulfite ou no próprio caderno. Em seguida, oriente-os para que
escrevam a palavra CRUZADAS no sentido
vertical. Peça que elaborem um diagrama, encaixando as palavras selecionadas em diversas
posições, contando o número de letras para
deixar os espaços em branco.
Para finalizar, oriente a troca, para que
cada aluno possa solucionar o diagrama de
palavras do colega.
Proposta 2
Solicite aos alunos que organizem as palavras selecionadas na atividade anterior em
um boxe, preferencialmente com lápis de cores
diferentes, e, em seguida, produzam um texto,
com um ou dois parágrafos, sobre as Cruzadas.
A produção de textos é uma importante
estratégia para favorecer o processo de recuperação. No texto, podem ser explicados os
principais temas trabalhados nas atividades.
Além disso, devem aparecer as palavras-chave
relativas aos temas e suas relações com as Cruzadas. As capacidades de selecionar, organizar
e relacionar termos referentes às Cruzadas
também poderão ser favorecidas na construção de uma argumentação consistente.
c) Cruzada das Crianças.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
d) Cruzada da Paz.
Livros
e) Cruzada da Salvação.
FRANCO JR., Hilário. A Idade Média –
Nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 1988. Livro que aborda o período
b) Cruzada dos Meninos.
As Cruzadas foram conflitos violentos que não pouparam
nem mesmo as crianças.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
entre os séculos V e XV, conhecido por Idade
das Trevas, Idade da Fé ou, com mais frequência, Idade Média.
_______. As Cruzadas. São Paulo: Brasiliense,
1981. (Primeiros Passos). Apresenta de forma
concisa a história das Cruzadas.
Site
Brasil Escola – Cruzadas. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/historiag/
cruzadas.htm>. Acesso em: 17 maio 2013. O
site tem muitos conteúdos de todas as disciplinas do currículo. No endereço indicado há
um texto introdutório sobre os objetivos das
Cruzadas, sua definição e motivações.
Filme
Cruzada (Kingdom of heaven). Direção:
Ridley Scott. EUA, 2005. 144 min. 12 anos.
O filme é ambientado em 1186, durante a
Segunda e a Terceira Cruzadas, e retrata a
violência dos conflitos e os embates religiosos.
Situação de Aprendizagem 3
O Renascimento comercial e urbano
O Feudalismo, em geral, é apresentado como
uma imagem de quase imobilidade, desprovida
de comércio, sendo cada região produtora da
quase totalidade dos bens de que necessitava.
Assim, a Situação de Aprendizagem tem
como proposta principal mostrar a relevância
do comércio para o crescimento urbano do
período.
© Universal History Archive/Getty Images
Esta Situação de Aprendizagem focaliza
os fatores que podem ser apontados como
desencadeadores do Renascimento Comercial e Urbano, ocorrido na Baixa Idade
Média. A pesquisa orientada e a leitura de
textos são as metodologias escolhidas, assim
como a produção de uma ficha informativa
que contenha os principais conteúdos trabalhados.
Figura 5 – Hendrick Van Steenwyck (o Elder), [Vista de um mercado local. Em cidade portuária, donas de
casa compram alimentos e mercadorias nacionais.], c.1500-1603, óleo sobre madeira. Coleção particular.
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Conteúdos e temas: Renascimento Urbano e Comercial, burgos, comércio, mercadores, rotas de comércio, feiras medievais, corporações de ofício, arado e charrua.
Competências e habilidades: compreender textos, interpretar dados e informações contidos em documentos históricos; relacionar informações representadas de diferentes formas; construir argumentação
consistente.
Sugestão de estratégias: aulas expositivas, pesquisa, leitura de documentos, produção de textos e montagem da ficha informativa.
Sugestão de recursos: enciclopédias, livros de apoio didático e dicionários, mídias, montagem da ficha
informativa, folha de monobloco, sulfite ou o próprio caderno.
Sugestão de avaliação: enfatizar as etapas do processo de trabalho na avaliação dos conceitos e conteúdos aprendidos e do produto final.
Sondagem e sensibilização –
1a etapa
A primeira aula poderá ser utilizada para sondagem, sensibilização, apresentação da proposta
da atividade, seleção dos itens para a montagem
da ficha informativa sobre o Renascimento Comercial e Urbano, destacando as corporações de
ofício, os mercadores, as novas técnicas agrícolas
e a importância das feiras medievais, incluindo,
ao final, uma pequena conclusão.
Professor, o texto a seguir está
no início da Situação de Aprendizagem, na seção Leitura e análise do texto do Caderno do Aluno, trata-se
de um texto explicativo sobre o Renascimento Comercial e Urbano, que aborda o
comércio na Europa, desde as origens da
economia feudal até as mudanças ocorridas
a partir do século X, especialmente o desenvolvimento do transporte marítimo e a formação das companhias.
As migrações dos povos denominados “bárbaros” pelos romanos ocasionaram obstáculos
ao comércio. Mas, ainda que a produção fosse destinada quase exclusivamente para a subsistência, pois os feudos eram autossuficientes e a economia, fechada e voltada para satisfazer às
necessidades locais, o comércio existiu em pequena escala e nunca deixou de existir. No feudo,
produziam-se alimentos, velas, sabões, carroças, tecidos e roupas.
Desde o século X, a Europa Ocidental passou por diversas mudanças, e o comércio marítimo, em
especial na ligação entre o Mar do Norte e a Península Itálica, permitia manter contato com o Oriente,
o que possibilitou lucros para investimentos comerciais. Nas cidades, o comércio terrestre aumentou
com a formação de companhias (palavra que quer dizer “partilha do pão”, ou seja, dividir os lucros
proporcionais aos participantes, em geral, membros de uma mesma família que se associavam para
aumentar a riqueza), resultando no aumento dos investimentos.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Assim, a utilização da palavra “renascimento” para designar “nascer de novo”, a respeito
do setor comercial, deve ser utilizada com muito cuidado, para não transmitir a ideia de imobilidade, em geral associada à Idade Média.
Faça um levantamento entre os alunos,
perguntando que significado eles atribuem à
palavra “renascimento”. Inicialmente, registre
na lousa os diferentes significados mencionados por eles. Em seguida, pergunte quais são
os conhecimentos prévios que eles possuem
a respeito da palavra “urbano” e sobre a origem da palavra urbs, que em latim significa
“cidade”. Essa atividade consta do Caderno
do Aluno, onde, oportunamente, poderão ser
registradas as respostas. Ao final da Situação
de Aprendizagem, retome o significado das
palavras para verificar como a leitura de textos, as aulas e a pesquisa foram importantes
para que seus alunos conseguissem relacionar
informações a fim de compreender processos históricos. Apresente a proposta da ficha
informativa, esclarecendo a importância do
registro dos fatores que estimularam as atividades mercantis, com dados sobre os fatores
que podem ser considerados importantes para
o Renascimento Comercial e Urbano, ocorrido na Baixa Idade Média.
Após a Sondagem e sensibilização, apresente as etapas da proposta, esclarecendo dúvidas
que possam ocorrer. É fundamental que todos
os alunos tenham clareza a respeito da proposta para que, ao final do trabalho, consigam estabelecer relações entre Feudalismo, Cruzadas
e Renascimento Urbano e Comercial.
Ao apresentar a proposta aos alunos, é
muito importante deixar claro que os dados
devem ser anotados em forma de itens, destacando-se os títulos e pequenas explicações sobre cada um desses tópicos com base em uma
breve síntese, tendo, ao final, a conclusão.
Peça aos alunos que elaborem um esboço
da ficha informativa. Esse momento pode ser
coletivo, com registros na lousa, para a montagem do modelo da ficha informativa por todos os alunos.
Nesta fase, os alunos desenvolverão operações e processos, como levantar e verificar
hipóteses, codificar esquemas, reproduzir,
transpor conhecimentos e conceituar, memorizar e reaplicar conhecimentos.
Professor, na seção Lição de casa do
Caderno do Aluno, há dois textos
que oferecem subsídios para que o
aluno compreenda as transformações ocorridas na sociedade medieval durante o período,
motivadas pela mobilidade social que a vida
nas cidades e o comércio proporcionaram. Verifique-os a seguir e solicite a leitura para que
os alunos possam desenvolver as atividades.
Atraídos pela cidade
A Europa Ocidental, na Idade Média, era composta de uma imensa população rural, que vivia no
campo, em aldeias. Esses camponeses prestavam serviços aos senhores e não podiam locomover-se
livremente. Viviam uma vida de privações, cheia de agruras e poucas perspectivas.
Quando as cidades começaram a se desenvolver, a partir do século XI, ainda que de forma lenta e
gradual, elas passaram a oferecer muitas possibilidades para esses camponeses. Nas cidades, eles podiam se dedicar a afazeres menos duros do que o trabalho agrícola. Os ofícios urbanos compreendiam
uma infinidade de atividades que iam da alfaiataria à carpintaria, passando pelo corte de cabelos.
Para um camponês, a perspectiva de tornar-se um artesão era uma atração muitas vezes irresistível.
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Não era fácil, nem permitido, se desligar da região senhorial no campo. Além disso, o recém-chegado à cidade não sabia nenhum ofício. Mas a fuga era sempre possível. Em particular, nem todos
os jovens tinham como trabalhar na terra e a ida para a cidade podia ser uma maneira de resolver o
problema da falta de terras nas aldeias e nos feudos. Para facilitar a aprendizagem de um ofício, havia
as corporações, que não só defendiam os interesses desses novos indivíduos urbanos, mas funcionavam
como uma espécie de escola para os novatos.
Porém, não eram apenas os camponeses que aspiravam à urbanidade, mas também os próprios senhores, em especial os filhos mais jovens, que não tinham direito à herança paterna. Para esses jovens, a
vida urbana era uma maneira de escapar da situação em que viviam e de conseguir trabalho. Nas cidades,
podiam se dedicar aos negócios, que começavam a florescer, ou podiam se voltar para os serviços públicos,
que também retomavam fôlego.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
A origem da palavra burgo
As cidades, desde a Antiguidade, localizavam-se em pequenas elevações, às margens de um rio. Isso
permitia que o assentamento urbano fosse mais facilmente defendido por uma muralha. Os atacantes
vinham de baixo, deviam subir ladeiras e acabavam se defrontando com uma muralha, da qual os moradores podiam arremessar todo tipo de coisas para impedir a tomada da cidade. Por isso, já os celtas
e germanos chamavam suas cidades de “elevações”: dunum, em celta, e burg, em germânico. Assim,
Lugdunum, hoje Lyon, na França, era a “elevação de Lug”, e Teutoburgo, na atual Alemanha, “elevação teuta ou alemã”. Portanto, os antigos romanos já conheciam a palavra burg, que acabou sofrendo
mudanças para burgus.
Na Alta Idade Média, o latim era a língua escrita dominante e os documentos referiam-se às cidades com diversas palavras: algumas antigas e clássicas, como urbs e civitas, mas também burgus
(principalmente para se referir àquelas cidades das regiões em que as populações falavam línguas de
origem germânica).
A partir do século XI, pouco a pouco, as línguas locais foram sendo usadas na escrita. Elas eram as
línguas do povo por oposição à língua culta, o latim. Em inglês e alemão, burg passou a ser escrito para
designar cidade, como Peterborough (“burgo de Pedro”) ou Estrasburgo (“burgo da estrada”). Nas
regiões de língua românica, passou-se a utilizar, nos documentos escritos, as palavras cidade, ciudad,
cité e città, todas elas derivadas do termo latino civitas.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
Para ampliar e fixar o entendimento dos
alunos, os textos são seguidos por atividade.
O primeiro solicita que os alunos pesquisem
o significado de alguns termos referentes ao
período, como ofícios urbanos, alfaiataria,
carpintaria, urbanidade e corporações. No
texto subsequente, outra atividade busca trabalhar a capacidade de interpretação e sín-
tese, apresentando a raiz da palavra burgo,
elucidando que o termo já era utilizado por
diferentes povos.
2a e 3a etapas
Para o desenvolvimento desta Situação de
Aprendizagem será importante que você abor-
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
de com os alunos os conteúdos que aparecerão
descritos a seguir, na forma de questões. Convém selecionar, dentre aquelas descritas nas
respostas, as informações mais significativas
em relação aos temas propostos nesta Situação, considerando a faixa etária dos alunos.
tas associavam-se às suas respectivas corporações, organizadas
sempre com base em normas e regulamentos, especialmente
religiosos, cujo objetivo era proteger os pequenos produtores,
regulando a concorrência entre eles, estabelecendo padrões de
qualidade para os produtos, organizando a compra de matérias-primas em condições mais favoráveis e até mesmo realizando
publicidade daquilo que se produzia.
Inicie a aula expositiva e escreva,
na lousa, a sistematização das informações que deverão compor a
ficha informativa, apontando para cada assunto seus aspectos preliminares. No entanto,
diga aos alunos que eles deverão complementar os dados por meio da pesquisa, sugerida
no Caderno do Aluno, seção Pesquisa individual. Está inserido um exemplo de ficha informativa sobre as mudanças das técnicas
agrícolas, que poderá ajudar os alunos a formularem suas próprias fichas, sistematizando
os conteúdos pertinentes ao tema.
Para entrar em uma corporação, havia uma série de exigências e um longo processo de formação, exigindo-se que o
interessado iniciasse suas atividades como aprendiz em uma
oficina de um mestre no ofício, devendo, ao final, demonstrar competência na profissão escolhida.
ff Feiras medievais: definição da expressão;
os principais locais em que se realizavam;
em que época do ano; quais produtos eram
comercializados; quais eram as principais
feiras medievais.
As feiras – reuniões de vendedores ambulantes, peregrinos
e camponeses em determinados locais, épocas e horários –
eram organizadas nos centros urbanos, podendo ser anuais
Ao orientar os alunos a complementarem as
informações por meio da pesquisa, conforme
solicitação do Caderno do Aluno, você poderá solicitar que a realizem em sala de aula ou
no acervo escolar, conforme seu critério. Nessa
idade, explorar o próprio livro didático é um
importante exercício, já que estimula a sua utilização como fonte de pesquisa. Diga aos alunos
que devem buscar as informações nos capítulos
que tratem sobre o Renascimento Comercial e
Urbano. A seguir, há sugestões para as respostas dos alunos na confecção das fichas.
ff Corporações de ofício: significado da expressão; os tipos e membros; as funções e
exemplos de corporações de ofício.
ou ocorrer por ocasião de festas religiosas.
As famosas feiras medievais, como a de Champagne, realizavam-se em uma praça, onde os mercadores colocavam à venda
produtos vindos de praticamente toda a Europa e de partes do
Oriente. Os interessados, a partir das amostras, adquiriam os produtos, que podiam ser entregues por encomenda ou retirados
pelos compradores nos armazéns em que ficavam estocados.
Desde o início da Idade Média, as autoridades ofereciam alojamentos, proteção e cunhavam moedas especialmente para as
atividades comerciais realizadas nesses encontros.
A terceira etapa pode ser destinada à pesquisa em grupo, formando parcerias colaborativas, pois pesquisar, para alunos da 6a série/7o
ano, pode ser uma atividade desafiadora.
nos países saxônicos, eram associações profissionais. A partir
ff Ficha informativa sobre o Renascimento
Comercial e Urbano.
do século X, passaram a ser, por excelência, a organização
• Os burgos multiplicaram-se próximos das novas rotas de
dos artífices e de pequenos mercadores.
comércio: encruzilhadas, margens dos rios e regiões das
O morador de uma cidade medieval, para exercer qualquer atividade, tinha de se filiar a uma delas, caso contrário seria expulso
feiras.
da cidade. Assim, tendeiros (fabricantes de tendas), bufarinheiros
tomou impulso com as atividades artesanais urbanas.
(vendedores ambulantes de mercadorias de pouco valor), tecelões, ourives, padeiros, pedreiros, escrivães, cambistas e retalhis-
• As Cruzadas estimularam o crescimento comercial e urbano, pois possibilitaram o contato direto entre os mercadores
As corporações de ofício, ou guildas, como eram chamadas
• O aumento da população ocorrido a partir do século XI
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europeus e os produtos orientais.
• O comércio pelo Mediterrâneo fortaleceu as atividades
comerciais com o Oriente e possibilitou o aparecimento de
novas cidades ligadas ao comércio, como Gênova e Pisa, na
refletidas na linguagem (por exemplo, culta,
vulgar, camponesa e urbana) e à sintaxe, que
permitem observar o uso articulado das frases
e as diversas nuanças de sentido delas.
atual Itália, e Bremen e Lübeck, na atual Alemanha.
• As feiras – reuniões de vendedores ambulantes, peregrinos
e camponeses em determinados locais, épocas e horários –
eram organizadas nos centros urbanos, podendo ser anuais
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
ou ocorrer por ocasião de festas religiosas.
• As rotas de comércio, entre os séculos XIII e XIV, interligaram diversas cidades europeias, africanas e asiáticas.
• O renascimento comercial e o urbano estão interligados
por diversos fatores, com destaque para as Cruzadas, as feiras,
o comércio pelo Mediterrâneo, entre outros.
4a etapa
Ao final, você poderá organizar uma roda
com os alunos, para que os grupos apresentem o resultado das informações registradas,
destacando os pontos relevantes sobre o Renascimento Urbano e Comercial.
Aproveite a socialização para estimular os
alunos a complementarem os seus registros
com base na participação dos colegas, além de
enfatizar a importância do momento para tirar eventuais dúvidas que ainda possam existir sobre o tema.
Professor, para o desenvolvimento das atividades que trabalham com documentos históricos, é necessário que os alunos tenham clareza da
importância da utilização do documento para o
historiador. A seu critério, apresente aos alunos
as informações contidas no texto a seguir:
O documento escrito foi definido tradicionalmente como um texto escrito à disposição
do historiador. Ele deve ser analisado em três
sentidos: quanto ao vocabulário, que permite
o estudo das palavras utilizadas, em particular
de seu contexto de utilização; quanto à morfologia, que permite analisar o sentido exato das
frases; e até mesmo quanto às classes sociais
Ao avaliar as etapas da Situação de
Aprendizagem para a elaboração da Ficha
informativa sobre o Renascimento Comercial
e Urbano, você poderá observar as informações pesquisadas e a organização das ideias
na ficha. Para isso, é importante estimular a
leitura atenta e a produção escrita cuidadosa,
inclusive com a revisão do texto para corrigir
eventuais problemas. Ao final do processo de
trabalho, como forma de avaliar o progresso
conceitual, estimule os alunos a reler as fichas e compartilhar com os colegas, de modo
a observar diferentes modos de elaboração
de uma ficha.
Proposta de questões para avaliação
As atividades a seguir estão incluídas na seção Você aprendeu? no Caderno do Aluno.
1. Trabalhando com documento.
O aparecimento de um burgo novo: Bruges (século XIII)
“Para satisfazer os hábitos e as necessidades dos moradores do castelo, logo começaram a afluir diante da porta, junto à ponte
do castelo, negociantes, e depois mercadores
de artigos de valor, em seguida taberneiros,
depois hospedeiros que se dedicaram a construir casas e preparar alojamentos, para oferecer alimentação e albergue para aqueles que
mantinham negócios com o príncipe durante
suas frequentes estadias naquele local, e que
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buscavam o abrigo que não podiam encontrar
no castelo. Eles diziam: ‘Vamos à ponte’, e as
habitações tornaram-se ali tão numerosas que
logo se transformaram em uma grande cidade, que conserva ainda na linguagem vulgar o
nome de ponte, pois Brugghe significa ponte na
língua local.”
3. O chamado Renascimento Urbano, ocor­
rido entre os séculos XI e XIII, atingiu
uma pequena parte da sociedade da Idade Média. Mais de 80% da população
continuou a viver no campo, o que caracterizava essa sociedade como agrária
feudal.
Jean Lelong. Apud L. A. Warckoenig. Histoire de
la Flandre et de ses institutions civiles et politiques.
Disponivel em: <http://books.google.com.br/books?
id=wcQWAAAAQAAJ&pg=PA>. Acesso em: 27 jun.
2013. Tradução Célia Gambini.
Vários fatores podem ser considerados responsáveis pelo crescimento das cidades.
Assinale aquele que não pode ser considerado desencadeador do crescimento das cidades na Baixa Idade Média.
a) A partir da leitura do documento, pesquise o significado das palavras apresentadas.
Castelo – lugar fortificado, em geral, para defender uma região territorial.
Taberneiro – proprietário de taberna, que era o estabelecimento
de venda, especialmente de vinhos, queijo e outros produtos.
Mercador – aquele que compra para revender, por atacado
a) O crescimento demográfico.
b) As feiras medievais.
c) O aumento da circulação de moedas.
d) As migrações bárbaras.
ou varejo.
e) O sistema de rotação de culturas.
Hospedeiro – que ou aquele que hospeda; acolhimento de
Os fatores desencadeadores do crescimento demográfico
pessoas com ou sem remuneração.
ocorrido na Baixa Idade Média estão relacionados ao Renas-
b) Apresente argumentos, a partir do documento, que comprovem ou não a seguinte afirmativa: “A cidade de Bruges
foi planejada”.
A leitura do documento apresenta informações importantes para a argumentação de que a cidade de Bruges não
foi planejada, mas “nasceu” na entrada do castelo, onde se
instalaram negociantes que não eram admitidos no interior
da praça. Os mercadores precisavam de locais para armazenar seus produtos, para se hospedar e para se alimentar,
pois não moravam no domínio senhorial. Em seguida, instalaram-se no local os taberneiros e, depois, os hospedeiros.
É importante ressaltar que o documento nos mostra que a
cidade, na atual Bélgica, recebeu o nome de Bruges, que
significa “ponte”.
2. Qual é o significado da palavra burguês?
Originalmente, o termo “burguês” referia-se ao morador do
burgo; com o tempo, passou a designar os habitantes da cidade, especialmente os comerciantes e mercadores.
cimento Urbano e Comercial.
4. As feiras medievais eram realizadas uma ou
duas vezes por ano, principalmente nas regiões de contato entre o Mar Mediterrâneo
e o Mar do Norte. As mais famosas foram
as de Champagne, especialmente a partir
do século XII.
A região onde estava localizada a feira de
Champagne corresponde atualmente a que
país europeu?
a) Alemanha.
b) França.
c) Portugal.
d) Holanda.
e) Espanha.
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O espaço geográfico onde era realizada a feira de Champagne
localizava-se na atual França.
5. Os mercadores europeus da Baixa Idade
Média, em especial os italianos, para melhor organizar seus negócios, iniciaram
uma série de medidas para conseguir mais
lucros e dar mais segurança às suas atividades. Entre essas atividades não podemos
destacar:
a) letras de câmbio.
b) seguros marítimos.
c) contrato de vassalagem.
d) contratos de seguros.
e) grupos de caravanas.
Para dar mais segurança aos seus negócios, os mercadores
organizaram um sistema que incluía letras de câmbio, seguros marítimos, além de caravanas terrestres para transporte
de mercadorias e valores.
Proposta de Situação de
Recuperação
dez conceitos considerados importantes em
relação ao tema principal, ou seja, o Renascimento Comercial e Urbano. Oriente-os a definir os conceitos de forma objetiva. Faça a
correção coletiva deles de forma a sanar qualquer dúvida que paire sobre os significados.
Discuta com os alunos as possíveis relações entre o ditado e o momento histórico em
estudo. Estimule-os a utilizar os conceitos trabalhados no início desta proposta. Ajude-os a
estabelecer oralmente as possíveis relações até
que demonstrem apropriação das principais
possibilidades relacionais. Conduza a reflexão
oral no sentido de aproximar os alunos das diferenças de perspectiva de vida dentro de um
feudo, circunscrito por muralhas e regras rígidas em relação às novidades trazidas pela urbanização, como a multiplicação de relações
comerciais e culturais. Fique atento para não
reproduzir preconceitos, como o de estagnação, em relação à Idade Média. Enfatize as
diferenças em relação ao mundo feudal e as
mudanças trazidas pelo Renascimento Comercial e Urbano, as quais inserem novidades
que transformam a vida do homem naquele
momento histórico.
A compreensão do conteúdo trabalhado
nesta Situação de Aprendizagem é muito importante para que o aluno possa relacionar as atividades comerciais com as Cruzadas, o aumento
demográfico e o Renascimento Comercial.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
Como fechamento deste momento de revisão de conteúdos, peça aos alunos que redijam
um texto que tenha como título este antigo ditado alemão: “O ar da cidade torna o homem
livre”. Oriente-os a utilizar os conceitos trabalhados e a explicar as razões que levaram a população urbana a relacionar esse ditado com a
vida nas cidades.
PAIS, Marco Antônio de Oliveira. O despertar da Europa: a Baixa Idade Média. São
Paulo: Atual, 1992. (História Geral em Documentos). Apresenta documentos sobre o
surgimento das cidades e o fortalecimento do
comércio.
Solicite aos alunos que revisem as anotações realizadas no decorrer desta Situação de
Aprendizagem com a finalidade de selecionar
Livros
CHAUÍ, Marilena. As filosofias políticas. In:
Iniciação à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010,
p. 337-353. O capítulo é indicado para aprofundar o tema da política até o século XVI.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Situação de Aprendizagem 4
O Renascimento Cultural e Científico
O tema Renascimento é uma constante
nos currículos de História, tendo ligações
com o Humanismo e a Reforma da Igreja
Católica, que produziram mudanças significativas no comportamento e no sistema
de valores de vários segmentos sociais na
Europa Ocidental. Muitos dos nomes e das
obras desse período são bastante conhecidos, com destaque especial para a Mona
Lisa, de Leonardo da Vinci.
Conteúdos e temas: Renascimento italiano, antropocentrismo, racionalismo, naturalismo, individualismo, mecenato e valores da Antiguidade clássica greco-latina.
Competências e habilidades: compreender processos sociais utilizando conhecimentos históricos; identificar diferentes formas de representação de fatos históricos; compreender a importância do patrimônio
cultural.
Sugestão de estratégias: pesquisa, leitura de documentos, produção de textos e montagem de ficha informativa, aula expositiva e elaboração de biografias.
Sugestão de recursos: enciclopédias, livros de apoio didático e mídia eletrônica.
© Gianni Degli Ortis/Corbis/Latinstock
Sugestão de avaliação: processo de pesquisa e as biografias elaboradas.
Sondagem e sensibilização –
1a etapa
O texto destacado no box a seguir
está inserido no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de
texto, no início da Situação de Aprendizagem, ao lado da reprodução de Mona Lisa,
de autoria de Leonardo da Vinci. Professor,
nesse contexto, analisar a biografia desses artistas é um importante exercício de busca do
conhecimento e estabelecimento de relações,
para que os alunos comecem a entender o
sentido histórico e cultural do Renascimento.
Para oferecer aos alunos o primeiro contato com as manifestações artísticas do período,
há no Caderno do Aluno duas atividades e a
seção Lição de casa, que buscam aproximar os
alunos do tema.
Figura 6 – Leonardo da Vinci, Mona Lisa,
1503-1507, óleo sobre madeira, 77 cm × 53
cm, Museu do Louvre, Paris.
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O Renascimento Cultural e Científico, verificado a partir da Baixa Idade Média, possibilitou diversas mudanças na percepção sobre o próprio ser humano e suas capacidades. As cidades italianas, especialmente Veneza, Florença, Roma, Milão e Nápoles, atraíram pintores, escritores, escultores, arquitetos
e homens da ciência, devendo-se a eles importantes obras que marcaram o Renascimento.
Por diversas razões, a Itália passou a ser um dos centros produtores de grandes obras de arte, com destaque para as artes plásticas, arquitetônicas e literárias. Atualmente, podemos encontrar nesse país obras
de artistas como Michelangelo Buonarroti, Rafael Sanzio e Leonardo da Vinci, e algumas das obras mais
famosas do Renascimento, como os afrescos no teto da Capela Sistina, no Vaticano.
Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.
Apresente aos alunos as imagens da Mona
Lisa, pintada por Leonardo da Vinci, e do
teto da Capela Sistina, de autoria de Michelangelo. Peça que, inicialmente, façam uma
descrição detalhada do que estão vendo e
que registrem as suas observações. Lembre-os de que devem estar atentos para a temática da obra, suas cores, luminosidade e
contrastes e que o registro deve ser o mais
detalhado possível.
© Photos.com/Thinkstock/Getty Images
Partindo dessas informações, e lembrando
que alguns dos principais motivos que levam
os seus alunos a estudar História são a curiosidade e a vontade de conhecer o passado,
inicie a proposta comentando que algumas
produções artísticas do período que vamos
trabalhar – o Renascimento – são consideradas obras-primas, e que ainda hoje despertam
enorme fascínio sobre as pessoas, levando turistas do mundo inteiro à sua visitação.
Figura 7 – Michelangelo Buonarroti, A Criação de Adão, c. 1511, afresco, Capela Sistina, Vaticano.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Após a realização dos registros a
respeito das características das
obras, explique aos alunos que
uma das maneiras de compreender a produção de um artista é conhecendo o contexto
sócio-histórico em que este se inse­re, ou seja, a
época em que viveu, como foi a sua vi­da, a que
grupo social pertencia, qual a sua formação
etc. Por esses motivos, no Caderno do Aluno
há a proposição da atividade de pesquisa da
biografia dos três artistas mencionados no
texto do início da Situação de Aprendizagem,
seguida do registro e apresentação dos resultados. Oriente os alunos a buscar o significado
da palavra “biografia” e, em seguida, registrá-la no Caderno. Segundo o Dicionário Houaiss
da língua portuguesa, biografia é:
quais temas religiosos estavam sempre presentes. Michelangelo pintou afrescos, técnica que
envolve decorar paredes e tetos previamente
revestidos com um preparado especial, como
no teto da Capela Sistina, no atual Estado do
Vaticano, esculpindo, ainda, obras de grande
encantamento, como Pietá e Moisés.
“narração oral, escrita ou visual, dos fatos particulares das várias fases da vida de
uma pessoa ou personagem.”
Leonardo da Vinci (1452-1519) – Nasceu na
pequena cidade de Vinci, perto de Florença,
centro intelectual da Itália. Logo cedo, mostrou excepcional habilidade na Geometria, na
música e nas Artes. Reconhecendo essas suas
capacidades, seu pai, Piero da Vinci, mostrou
os desenhos do filho a Andrea del Verrocchio:
pintor, escultor, arquiteto, matemático, cientista, músico e inventor, estudou plantas, pássaros e a anatomia do corpo humano. O grande
mestre da Renascença ficou encantado com o
talento de Leonardo e tornou-o seu aprendiz,
ligando o jovem de apenas 20 anos ao núcleo de
pintores e estudiosos de Florença. Entre suas
obras destacam-se a Mona Lisa e A última ceia.
Dicionário Houaiss da língua portuguesa
(edição eletrônica). Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
Sugerimos que a pesquisa seja realizada em
sala de aula sob a sua supervisão. Você pode
levar livros para que os alunos pesquisem ou
conduzi-los ao acervo escolar, o que pode ser
uma ótima oportunidade para discutir estratégias de localização de livros em uma biblioteca. Ajude-os a selecionar as informações
relevantes para a compreensão da vida do
biografado e do seu contexto sócio-histórico.
Neste momento, mais importante do que
a quantidade de informações é destacar aos
alunos a qualidade delas. Por exemplo, saber quantos filhos um artista teve é pouco
relevante diante da informação relativa à sua
formação acadêmica. Aproveite para discutir
esses critérios.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) – Escultor, pintor e arquiteto, criador de obras nas
Rafael Sanzio (1483-1520) – Pintor que
se dedicou a representar cenas da mitologia greco-romana e obras religiosas, destacando-se por suas representações de figuras
humanas, que sugerem a sensação de movimento. Aos 11 anos, Rafael tornou-se aprendiz de Pietro Perugino. Entre suas principais
obras destacam-se Abraão e os três moços, A
ressurreição de Cristo, A Sagrada Família e
Transfiguração.
2a etapa
Peça aos alunos que, com base na pesquisa
do material sobre os representantes do Renascimento italiano, reúnam-se em grupos para
trocarem os materiais coletados e começarem
os registros, ainda em forma de rascunho.
Oriente-os a observar a concordância do texto
e a consultar um dicionário sempre que tiverem
dúvida sobre o sentido das palavras. Passe pelos
grupos, auxiliando-os na produção dos textos.
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3a etapa
Após a avaliação do material, reúna a classe, preferencialmente em uma roda, para que
possa haver a troca de informações com os colegas, sempre sob sua orientação.
forneceu as bases da retomada dos autores e valores da Antiguidade. O contato com o Império Bizantino, por parte das
cidades e da Igreja, favoreceu a leitura dos autores gregos antigos, como Aristóteles e Platão (século IV a.C.), assim como
a valorização dos objetos antigos que vinham à luz, como estátuas e moedas.
Isso tudo servia de inspiração para os primeiros renascen-
4a etapa
Durante as aulas, é muito importante que
os alunos tenham algumas informações sobre o tema em estudo, para que possam entender o contexto histórico em que ocorreu
o Renascimento Cultural. Você pode escolher o momento mais adequado para uma
aula expositiva que aborde os conteúdos
que aqui aparecem organizados em forma
de questões. Selecione as informações mais
condizentes com as características da sua
turma para ministrar a sua aula. Em seguida, você pode solicitar a eles que realizem
as questões como lição de casa, para serem
corrigida na próxima aula.
1. Por que o Renascimento Cultural surgiu
primeiro na Itália?
tistas. Por exemplo, a leitura de Virgílio (século I a.C.) e
de Homero (século IX a.C.), ainda que em tradução latina,
ajudou Dante Alighieri (1265-1321) a escrever A Divina
Comédia. Surgido na Itália, o Renascimento seria levado
ao resto da Europa também pelo influxo da Igreja e do comércio.
2. Qual a importância das obras da Antiguidade clássica para os artistas do Renascimento?
O Renascimento fundou-se na redescoberta dos autores
antigos. Durante a Alta Idade Média, até o século XI, os
autores antigos só eram lidos nos aposentos da Igreja, em
especial nos monastérios, com fins teológicos e apologéticos.
A vida urbana favoreceu a expansão da leitura, mas foi apenas
com o comércio e com a abertura da Igreja para os novos
fluxos econômicos que se expandiu o interesse pelos autores antigos. Esses autores, pagãos, com temas pouco ou nada
afeitos à religião católica, começaram a ser lidos, pode-se
A Península Itálica abrigava a sede da Igreja Católica, com os
dizer, há mais de mil anos.
Estados Pontifícios e seu centro na cidade de Roma. A Igreja
O crescimento das cidades levou, por exemplo, à leitura do
era a grande instituição intelectual do mundo medieval, detentora das tradições que remontavam à Antiguidade greco-
arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.). Graças a isso, foi introduzida a noção de cidade planejada e quadriculada, que
-romana.
havia sido comum na Grécia e em Roma, que os renascen-
Na Igreja, eram guardados, copiados e estudados os tratados
tistas iriam generalizar na Europa e que depois seria trans-
dos autores antigos, como Aristóteles (século IV a.C.) e Cícero (século I a.C.), bastiões da cultura antiga, incorporados à
plantada para a América hispânica. Sem Vitrúvio, não haveria,
teologia católica. Não havia instituição mais dotada cultural-
rim, uma das primeiras, ou Madri, outra cidade totalmente
mente nem mais rica e poderosa do que a Igreja.
planejada.
O Renascimento iniciou-se, então, no seio dessa instituição
Os artistas renascentistas foram os introdutores de Vitrúvio e do
e espalhou-se pelas cidades da Península Itálica, que, embora não submetidas ao controle direto dos Estados Pontifícios,
novo urbanismo, assim como foram os que se inspiraram nos antigos as suas proporções para fundar a arte de sua época. O princí-
vivenciavam e promoviam o renascimento econômico do
pio antigo era de que tudo deve ser proporcional, como o corpo
Mediterrâneo. O comércio com o Oriente e com a Europa
humano. Essa ideia deu as bases de toda a arte da época.
Ocidental passava pela costa italiana, e para ela fluíam muitas
riquezas.
Também a literatura foi influenciada pelos autores dos gêneros literários antigos. A épica de Homero e Virgílio, desa-
Essa junção de prosperidade econômica e riqueza cultural
parecida, ressurgiu em obras como Os Lusíadas, de Luís de
portanto, as cidades europeias fora das muralhas, como Tu-
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Camões (1572). Quase sempre, as obras antigas eram lidas
imperial. A publicação de uma enciclopédia como a His-
em latim, mesmo as gregas, que eram traduzidas para a lín-
tória natural, de Plínio, o antigo (século I d.C.), foi funda-
gua culta da época.
mental para a renovação da ciência no século XV.
3. Como a mentalidade do Renascimento
Cultural se refletiu nas novas formas de
pensamento?
5. Qual foi a reação da Igreja Católica diante
das ideias renascentistas?
Tudo parecia mudar no Renascimento. Durante séculos,
campou a retomada dos antigos. O exemplo mais acabado
estiveram no centro das preocupações Deus e as discus-
dessa absorção e simbiose foi a construção da Basílica de São
sões teológicas. Era o teocentrismo e as discussões sobre
Pedro, em Roma.
temas como o sexo dos anjos (algo considerado sério). A
A Igreja rompeu com a tradição de preservar as relíquias e resolveu pôr abaixo a antiga igreja que estava no local onde São
leitura dos antigos trouxe outra visão, centrada no ser humano, o Humanismo, que buscava descobrir tudo sem recorrer a Deus como explicação direta ou imediata. Mesmo
A Igreja Católica, em um primeiro momento, abraçou e en-
Pedro teria sido crucificado e enterrado. Em seu lugar, mandou
Deus, quando foi objeto de atenção, estava submetido à
erguer uma imensa basílica, diretamente inspirada na Antiguidade, tanto na forma arquitetônica como na decoração interior.
lógica do pensamento racional de matriz grega e latina. A
Seria apenas com o avanço do Protestantismo e com a rea-
mentalidade renascentista abriu-se para uma infinidade de
ção católica, na Contrarreforma, que a Igreja tomaria uma
temas e questões que se haviam apresentado na Antiguidade e que eram novidade à época. Os antigos já conside-
posição contrária a diversos preceitos renascentistas que a
ravam a Terra esférica, assim como procuravam as causas
A Inquisição, instituição medieval em estado letárgico, foi recriada, e a leitura dos antigos passou a ser restringida. Tardaria
lógicas dos fenômenos naturais. O urbanismo antigo ser-
haviam inspirado por décadas.
viu de inspiração para uma verdadeira revolução na ma-
séculos para que a Igreja voltasse a abraçar a tradição clássica,
neira de conceber a vida na cidade, com o planejamento
mas a Basílica de São Pedro permanece como testemunho
urbano. Nunca mais o mundo seria o mesmo.
perene do engajamento da Igreja com o Renascimento e a
4. Qual foi a importância da imprensa para o
avanço da ciência?
retomada dos valores antigos.
5a etapa
A invenção da imprensa foi crucial para as transformações
do Renascimento. A cópia manual das obras, como sempre
se havia feito desde a Antiguidade, limitava enormemente
a difusão dos livros. A descoberta de um sistema mecânico de reprodução da escrita representou uma revolução
completa.
Multiplicavam-se as cópias de um livro, que se tornava
disponível em muitos lugares ao mesmo tempo. O Renascimento foi impulsionado pela publicação dos autores
antigos cujos trabalhos antes ficavam restritos a poucos
exemplares manuscritos em mosteiros.
Cícero e Aristóteles, para citar dois dos pensadores antigos
mais famosos, assim como o arquiteto Vitrúvio, tornaram-se acessíveis para muito mais gente, espalhando-se por
toda a Europa na língua franca da época, o latim. Não fosse
a imprensa, não teria havido Madri, pois foi a publicação
de Vitrúvio e comentadores que permitiu que a monarquia espanhola propusesse a construção de uma capital
É muito importante destinar tempo no seu
planejamento para a correção das tarefas, estimulando a participação dos alunos e a sua
corresponsabilidade na condução da aula.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
Ao avaliar as etapas da Situação de
Aprendizagem, você poderá observar os conhecimentos adquiridos e aferir o nível de
aprendizado do aluno neste momento de sua
formação. No desenvolvimento das propostas, acompanhe o processo de aprendizagem
dos alunos, localizando dificuldades, propondo retomadas e fazendo mudanças se necessário. É neste momento que você poderá
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acompanhar, de forma sistemática, os dados
pesquisados para o registro das biografias
solicitadas, procurando, de modo gradativo,
conduzir o aluno ao processo de criação e registro de dados biográficos.
b) espanholas.
Proposta de questões para avaliação
e) italianas.
c) portuguesas.
d) alemãs.
As cidades que são consideradas referências no Renascimen-
As questões a seguir estão inseridas
na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno.
1. O individualismo, expresso em muitas obras
renascentistas, representa a capacidade de
cada um de alcançar o sucesso e o fracasso,
opondo-se a ideias de coletivismo da Idade
Média. Explique o individualismo como um
dos valores contemplados pelo Renascimento Cultural ocorrido na Europa Ocidental.
Na Idade Média, acreditava-se que o destino dos homens e
mulheres estava ligado a sua origem, segundo a vontade de
Deus. No Renascimento, ganhou força a ideia do empenho e
do mérito individual, sendo cada homem ou mulher responsável por seu sucesso ou fracasso, o que reforçaria o individualismo em oposição ao coletivismo.
2. O franciscano Roger Bacon, que viveu durante o século XIII, escreveu a seguinte frase:
“Parem de ser dominados por dogmas e autoridades; olhem para o mundo!”. Explique o
racionalismo a partir dessa maneira de pensar.
O pensamento renascentista, contrapondo-se à forte religiosidade da Idade Média, defendia que o conhecimento
deveria ser produzido com base na observação e na experimentação. A proposta não era romper com a fé, mas
buscar explicações para os acontecimentos baseando-se
na razão e na ciência, não aceitando somente as explicações da Igreja.
3. O Renascimento Cultural é o melhor exemplo das mudanças culturais ocorridas entre
os séculos XV e XVI e teve como referências principais as cidades:
a) francesas.
to Cultural estão localizadas na Itália.
4. Michelangelo Buonarroti (1475-1564), importante escultor, pintor e arquiteto, tornou-se muito conhecido por causa de seus
afrescos na Capela Sistina, onde apresentou um painel de pintura com várias passagens bíblicas, desde a criação do mundo e
do homem até o juízo final, retratando
mais de 400 figuras humanas. A Capela
Sistina localiza-se:
a) em Milão.
b) no Vaticano.
c) em Roma.
d) em Florença.
e) em Veneza.
A Capela Sistina, no Vaticano, integra uma das obras-primas
renascentistas mundialmente famosas.
5. Os filósofos do Renascimento consideravam que o homem era a mais importante
criatura de Deus, uma vez que, por intermédio da razão, podia esclarecer muitas
informações e, por sua perspicácia, podia
inventar outras tantas. Assim, o homem
tornava-se mais próximo do mundo espiritual, característica que conhecemos
como:
a) antropocentrismo.
b) teocentrismo.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
d) dogmatismo.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
e) realista.
Livros
c) humanismo.
O humanismo propunha uma nova educação, baseada na
razão, na crítica e na observação da natureza.
Proposta de Situação de
Recuperação
Apresente aos alunos o seguinte quadro de
conceitos, expressões e nomes:
Renascimento
Racionalismo
Dogmatismo
Igreja Católica
Comércio
Urbanização
Itália
Cultura
Mentalidade
Ciência
Imprensa
Prosperidade econômica
Individualismo
Vida urbana
Michelangelo
Leonardo da Vinci
Antiguidade Clássica
Rafael Sanzio
Humanismo
Produção artística
Oriente os alunos a formar frases historicamente corretas. Para cada frase poderão ser
utilizados três conceitos ou termos. Peça que
escrevam cinco afirmações corretas e completas estabelecendo relações históricas e que
utilizem as palavras como estão apresentadas
no quadro. Peça-lhes que grifem nas frases os
termos utilizados, destacando-os.
ACKER, Tereza Van. Renascimento e humanismo – O homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI. São Paulo: Atual,
1992. (História Geral em Documentos). A
autora aborda o movimento renascentista
sob a ótica da história das mentalidades. A
coleção reproduz documentos e obras renascentistas do século XIV ao XVI que podem ser um importante recurso visual para
as aulas.
OLIVIERI, Antonio Carlos. O Renascimento.
São Paulo: Ática, 1991. O autor apresenta a
transição da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da mudança de mentalidade
expressa em documentos variados, além de
mapas e obras de arte.
QUEIROZ, Tereza Aline Pereira de. Cidades renascentistas. São Paulo: Atual, 2005.
O livro apresenta diferentes aspectos do
Renascimento, ilustrados pela ação de dois
personagens: um é pintor, o outro, banqueiro e comerciante.
Filme
Agonia e êxtase (The agony and the ecstasy).
Direção: Carol Reed. EUA, 1965. 138 min.
12 anos. Filme baseado no livro de Irwing
Stone sobre Michelangelo, destacando os
conflitos entre o artista e seu mecenas, papa
Júlio II.
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Situação de Aprendizagem 5
Formação das monarquias europeias modernas
A quinta Situação de Aprendizagem, referente ao tema da formação das Monarquias
Nacionais, visa à análise da formação de Portugal e da Reconquista da Península Ibérica,
utilizando como estratégia situações de pesquisa, sistematização de informações, síntese
de texto e trabalho em duplas.
Desde que aconteceu a queda do Império
Romano do Ocidente, a Europa testemunhou
o surgimento de Estados fracos e submetidos
ao poder de membros da nobreza, os senhores feudais. Ao mesmo tempo, esses poderes
foram controlados pela Igreja, que tinha poderes universalistas.
A partir do início do século V, a Europa Ocidental deixou de fazer parte de um Estado único, o Império Romano, e isso devido, sobretudo,
às migrações dos povos germânicos. Assim, os
reinos bárbaros ou germânicos instalaram-se
pela Europa, predominantemente no campo,
exercendo cada qual um poder limitado aos seus
domínios. O latim, língua escrita e utilizada pelo
clero, convivia com as línguas faladas derivadas
dos dialetos germânicos ou do latim falado pela
população. O clero regular, em especial os monges beneditinos, viviam em mosteiros dedicados
à oração e à preservação do conhecimento.
A produção de uma síntese de texto sobre
o tema possibilitará ao aluno abordar os conteúdos desta Situação de Aprendizagem de
forma mais clara e objetiva, colaborando para
que ele aprenda a distinguir as informações
principais daquelas consideradas secundárias.
Esta Situação de Aprendizagem foi planejada para ocorrer após duas aulas sobre o
desenvolvimento do tema Formação de Portugal e deve contemplar os seguintes tópicos:
ff Portugal no fim da Idade Média;
ff A Península Ibérica nos séculos VIII a
XIII;
ff A Reconquista da Península Ibérica;
ff A Formação das Monarquias Europeias
Modernas;
ff A herança dos mouros em Portugal;
ff A unificação de Portugal.
Nesta Situação de Aprendizagem são priorizados conteúdos relativos à formação dos
Estados Nacionais, desenvolvidos por meio
de leitura de textos e de mapas, aulas expositivas e análise de imagens.
Conteúdos e temas: Península Ibérica: da dominação moura à reconquista cristã; os reinos ibéricos medievais; formação e independência do Estado português.
Competências e habilidades: compreender e utilizar conceitos; identificar e descrever fenômenos históricos; selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados; enfrentar situações-problema; reconhecer
transformações temporais.
Sugestão de estratégias: leitura de textos, seleção de conceitos e ideias-chave e elaboração de uma síntese
de texto; trabalho em dupla.
Sugestão de recursos: papel sulfite, almaço ou jornal e mapa.
Sugestão de avaliação: elaboração de texto relacionado à imagem (mapa).
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Sondagem e sensibilização
Professor, no Caderno do Aluno, iniciamos a Situação de Aprendizagem com
um texto que mobiliza os conhecimentos
prévios dos alunos ao relacionar o descobrimento do Brasil e os países da Península
Ibérica, convidando os alunos a pensar sobre as origens de Portugal, com a formação
das monarquias europeias da Época Moderna. Após o texto, há uma atividade de
pesquisa com termos que serão amplamente
utilizados nesta Situação de Aprendizagem.
Sugira a seus alunos que observem o
mapa atual da Europa (destaque do continente europeu no planisfério) que se encontra no Caderno do Aluno. Em seguida, peça
que localizem Portugal e Espanha. Diga a
eles que a formação dos Estados português e
espanhol está intimamente relacionada a um
processo chamado Reconquista cristã. Em
seguida, peça que pesquisem, em um dicionário, o significado da palavra “reconquista”,
registrando-o no Caderno. Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a, a palavra
“reconquistar” significa recuperar uma área
através de conquista, tornar a conquistar; reconquista é, por sua vez, discriminada como
ato ou efeito de reconquistar. Em seguida,
faça o mesmo para a expressão “Monarquias
Nacionais”.
Depois da tarefa, pergunte aos alunos se
eles sabem ou imaginam:
1. O que estava sendo reconquistado?
2. Quem estava realizando a reconquista?
3.Contra quem ela estava ocorrendo e por
quê?
Será importante organizar na lousa as respostas dadas por seus alunos, orientando o
registro dessas informações no Caderno do
a
Aluno para posterior comparação com o tema
estudado. Caso os alunos demonstrem não ter
nenhuma referência a respeito do tema, aproveite a oportunidade para introduzir noções preliminares que contextualizem o que será tratado.
1a e 2a etapas
Após a realização da Sondagem e sensibilização, apresente a proposta de desenvolvimento da síntese de texto. Devido à idade
dos alunos, cabe aqui um importante esclarecimento de que síntese de texto visa à sele­
ção das ideias principais e a sua organização
de forma sequenciada, seguindo a lógica do
próprio texto de referência. A síntese também
busca estabelecer as relações entre os conceitos
estudados, ligados por palavras ou até mesmo
frases. Mostre que as sínteses facilitam a aprendizagem dos diversos conhecimentos, além de
exercitar a leitura e a produção de textos. Para
melhor compreensão simule na lousa uma síntese a partir de um fragmento de texto ou apresente um exemplo pronto aos alunos. Aqui não
importa o assunto abordado, mas a compreensão do que se espera que seja desenvolvido.
Apresente um texto sobre a formação de
Portugal, que pode ser retirado do livro didático ou selecionado por você de um material de apoio sobre o tema. No Caderno do
Aluno há um texto sobre a Península Ibérica
que menciona sua formação histórica, desde
a ocupação na Antiguidade até a unificação
dos reinos cristãos pela Reconquista no século XV. Marque o tempo necessário para a
leitura individual do texto, solicitando que
grifem as ideias centrais e as palavras-chave.
Em seguida, oriente seus alunos para que
apresentem à classe as ideias centrais ou principais do texto, as frases mais importantes e o
título atribuído, anotando-os na lousa. Peça
que registrem essas informações no Caderno
e organize na lousa uma síntese do texto.
Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Edição eletrônica. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
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Na aula seguinte, selecione um segundo
texto do livro didático ou do seu material de
apoio e organize os alunos, preferencialmente,
em duplas. Peça que registrem o tema do texto no caderno e escrevam em poucas palavras
as informações retiradas do material lido, selecionando as palavras-chave e as ideias centrais, para que possam organizar a síntese do
mesmo. É muito importante que durante a
Situação de Aprendizagem você estimule os
alunos a rever os conceitos estudados, apresentando os eventos mais importantes sobre
a formação de Portugal, mostrando em que
pontos há necessidade de rever os temas e em
quais passagens as duplas construíram conceitos claros sobre o tema em estudo. Ao final,
todas as duplas devem entregar suas sínteses
de texto para que você avalie. As sínteses poderão ser registradas no Caderno do Aluno,
onde também há um roteiro para a atividade,
na seção Síntese de texto.
Para concluir os trabalhos, convide os
alunos a revisar os registros realizados no
momento da Sondagem e sensibilização.
Como lição de casa, peça que reelaborem
respostas às perguntas feitas naquele momento, justificando-as.
Os Estados Nacionais
No final do século VIII, a quase totalidade dos antigos territórios do Império Romano do Ocidente
faziam parte do Império Carolíngio. O rei franco Carlos Magno tinha ampliado seus domínios pes­
soais através da guerra e foi reconhecido pela Igreja Católica Romana como um imperador cristão. No
entanto, durante o século IX, o Império Carolíngio – que parecia unificado pelo poder do imperador
– passou por uma crise que provocou várias mudanças na Europa Ocidental. Essa crise era devida a
fatores internos e externos. As conquistas territoriais carolíngias tinham sido possíveis graças a uma
aliança pessoal entre o rei e seus guerreiros, e implicava fidelidade e reciprocidade entre eles. Depois da
morte de Carlos Magno e de seu filho e sucessor Luis, o Piedoso, os territórios da família passaram a
ser disputados pelos herdeiros, cada um deles apoiado por um grupo de nobres guerreiros, interessados
em ampliar seus poderes pessoais. Dissolvia-se assim a unidade de poder pessoal conseguida por Carlos Magno, que se baseava na partilha do poder com os senhores locais, os vassalos. Para aprofundar
ainda mais o processo de fragmentação do poder, a Europa sofreu invasões pelo Norte – dos povos
escandinavos, chamados vikings – e pelo Sul, dos mouros que invadiram a Península Ibérica, já no século VIII, realizando incursões na Península Itálica e outras regiões do Mediterrâneo. Essa crise, com
a fragmentação do poder e a privatização crescente da defesa – pois não existia um exército real capaz
de defender tantas frentes –, acelerou a formação do Feudalismo.
Nos séculos XI e XII, as sociedades feudais da Europa Ocidental passaram a expandir-se econômica
e territorialmente. O “renascimento do comércio e das cidades” foi uma de suas expressões, as Cruzadas
e a Reconquista Cristã da Península Ibérica foram outras. Esses movimentos provocaram mudanças
econômicas e sociais como a ascensão dos burgueses, que passaram a participar dos jogos de poder
antes monopolizados pelos grandes senhores feudais e pelo clero. Estes últimos buscavam ampliar seus
domínios, conquistando terras e fiéis além dos territórios da Europa Ocidental já partilhados. Ao mesmo tempo, as realezas fortaleciam-se e institucionalizavam-se: os reis faziam valer seus direitos transformando seus vassalos em súditos, e ganhavam o apoio das camadas de comerciantes e artesãos, além de
auxiliar na repressão aos movimentos sociais de camponeses e outros trabalhadores.
Foi nesse contexto de expansão econômica e territorial, de lutas sociais e políticas, que se estabeleceram as bases dos Estados europeus modernos. Sua constituição foi um longo processo, que variou
de região para região. Alguns Estados só foram unificados no século XIX, como Alemanha e Itália,
enquanto outros, como Portugal, foram pioneiros, constituindo-se entre os séculos XII e XIII.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
A história dos Estados ibéricos é bem particular. Devemos lembrar que a Hispânia fazia parte do
Império Romano desde o século III a.C. e que, após a queda de Roma, vários povos germânicos – como
os visigodos e os suevos, entre os séculos V e VIII – estabeleceram-se na região. Esses povos organizaram
realezas baseadas no poder pessoal e foram dominados pela Igreja e pelos senhores feudais. No século
VIII, em meio a disputas sucessórias, um grupo entre os visigodos aliou-se aos mouros, liderados por
uma elite guerreira. Em 711, tropas mouras ingressaram na península e, percebendo o grau de desintegração do poder visigótico, impuseram-se como senhores da região, que só deixou de fazer parte do
mundo árabe-muçulmano – como província do Império ou como califado independente – quando o
processo de “Reconquista Cristã” encerrou-se, com a conquista de Granada, em 1492.
Os grupos cristãos que não aceitaram o domínio mouro refugiaram-se nas regiões montanhosas ao
Norte, as Astúrias. Enquanto a maior parte da península esteve sob o domínio mouro – que dinamizou as
cidades e sua relação com o campo, inserindo a península no circuito comercial mediterrânico –, as regiões
do Norte permaneceram agrárias e dependentes da guerra para manter o domínio sobre esses territórios.
Estruturaram-se ao Norte vários reinos cristãos. O Reino das Astúrias, o primeiro deles, originou
os reinos de Leão, Castela, Navarra, Aragão e Galícia. Seus reis recebiam o apoio de cavaleiros cristãos da Borgonha e de outras regiões da atual França, que procuravam conquistar terras e se tornarem
grandes senhores feudais. Foi esse movimento que recebeu o nome de “Reconquista Cristã”: de fato,
tratou-se do processo de expulsão militar dos mouros e de conquista territorial, além de uma “reconquista” de natureza exclusivamente religiosa.
No século XI, o Reino de Leão, com o rei Afonso VI, destacou-se como centro da Reconquista.
Entre outros cavaleiros, Raimundo e Henrique de Borgonha participaram das guerras, e receberam
recompensas, tornando-se vassalos do rei. Raimundo recebeu o Condado da Galícia e casou-se com
a filha primogênita do rei, enquanto Henrique recebeu o condado Portucalense e casou-se com outra
filha de Afonso, Tereza. Como vassalo de seu sogro, Henrique continuou as conquistas territoriais ampliando o Condado. Quando o rei morreu, ocorreram disputas entre os nobres de Leão e do Condado
Portucalense, que se tornava cada vez mais independente.
Os sucessores de Henrique e Raimundo herdaram essas lutas: os descendentes do primeiro se negavam
a prestar homenagem aos do segundo. Assim, Afonso Henriques, do Condado Portucalense, foi coroado
rei, lutou para se manter independente da nobreza de Leão e Castela, e deu continuidade às conquistas
territoriais para o Sul, anexando terras ao patrimônio da Coroa. Dessa forma, a nobreza do Sul e a
burguesia das cidades apoiavam os reis da Dinastia de Borgonha para manterem a autonomia do Reino.
A afirmação de Portugal como um reino unificado e independente ocorreu ligada ao processo de
Reconquista, desenvolvido por meio das guerras de conquista territorial, e também das doações feudais, originando realezas rivais e lutas de independência. O século XIV foi decisivo nesse processo. Em
1383, iniciou-se em Lisboa um movimento que ficou conhecido como Revolução de Avis: com a morte
do último rei da dinastia de Borgonha, Dom Fernando, o trono português ficou sem herdeiros diretos,
e poderia ser ocupado por parentes castelhanos do rei. Assim, a disputa dinástica confundiu-se com
a luta pela independência: a burguesia e a nobreza do sul de Portugal apoiaram Dom João, mestre de
Avis e irmão bastardo do falecido rei. O movimento armado foi vitorioso: depois da Batalha de Aljubarrota, vencida pelos partidários de Avis, este foi coroado Dom João I, rei de Portugal.
Após a vitória sobre Castela, Portugal conquistou todo o sul da península, criando condições para o processo de expansão marítima iniciado em 1415, com a conquista de Ceuta, no Norte da África. O movimento
estenderia o Império português da África aos demais continentes, desde a América até a Ásia e a Oceania.
O restante da Península Ibérica teria uma trajetória muito diversa. Enquanto o pequeno reino de Portugal
mantinha-se independente e relativamente homogêneo, os outros reinos ibéricos foram absorvidos pelos castelhanos, mas mantiveram suas próprias línguas e características. A união de Fernando e Isabel, além de unificar
Leão e Castela, criou um Estado imperial, a Espanha. O modelo imperial espanhol do final do século XV partia
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da criação de um reino unificado que, no entanto, permitia a cada antigo reino manter seus foros (fueros), usos,
costumes e língua, com a sobreposição do castelhano e do Estado espanhol. O Estado Nacional espanhol era um
modelo novo, e seus monarcas foram influenciados pelo Renascimento na formulação de suas políticas. A capital
do Império foi criada ex nihilo, Madri, bem no centro da Península Ibérica. A introdução do planejamento urbano, vindo da Itália renascentista, significou a adoção do quadriculado como traçado urbano, propagado pelas
antigas cidades ibéricas. Em geral, a parte antiga das cidades estava em elevações, onde se erguia a catedral,
como foi o caso, entre tantos outros, de Santiago de Compostela. A catedral e a cidade antiga, com suas ruas
medievais tortuosas, ficavam nas colinas, e os castelhanos ergueram uma cidade nova na área baixa, símbolo
do novo reino espanhol.
Os processos de formação do Estado Nacional foram, portanto, muito diferentes em Portugal e na Espanha. Enquanto Portugal manteve-se unido, falando apenas uma língua, com suas cidades de matriz medieval, a Espanha formou-se como império: suas regiões mantiveram línguas, instituições e costumes próprios e
suas cidades assumiram um caráter de dualidade, com uma parte medieval e outra renascentista e imperial.
Figura 8 – ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. p. 18.
Mapa sem indicação da escala cartográfica, e sem orientação do norte geográfico.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
Em uma síntese de texto, o importante é
estabelecer relações entre os conceitos liga-
dos ao tema central, neste caso, a formação
de Portugal. A seguir, são apresentadas ideias
importantes para trabalhar o tema, mas vale
ressaltar que as possibilidades de organização
da síntese de texto são múltiplas e você poderá
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acrescentar, a partir de seus interesses e objetivos, outras informações ao material selecionado por seus alunos. No Caderno do Aluno, há
orientações para o aluno realizar a síntese do
texto. Auxilie-os na seleção de um texto sobre
a formação de Portugal como Monarquia Nacional em um livro didático, ou em outra fonte
que considerar oportuna.
algarismo, álcool. Em árabe, “al” equivale ao nosso artigo “o”,
como Alcorão ou “O Corão”, livro sagrado dos muçulmanos.
Podemos destacar também: azeite, azulejo, arroz, laranja,
abóbora, tapete, oxalá, xadrez, javali, garrafa, entre outras.
2. Explique por que os habitantes da Península Ibérica chamaram de Reconquista as
batalhas contra os mouros.
A expressão “Reconquista” é utilizada para indicar a retomada
A formação de Portugal
ff Grande parte da Península Ibérica, no século VIII, era dominada por mouros.
ff Os reinos cristãos ocupavam as terras ao
Norte: Leão, Castela, Navarra e Aragão.
ff A partir do século XI, os cristãos ibéricos
começaram as lutas de Reconquista.
ff O rei de Castela e Leão, Afonso VI, com
o apoio dos nobres da França, conquistou terras dos mouros.
ff No século XII, os exércitos do nobre Afonso Henriques, senhor do Condado Portucalense, conquistaram Lisboa (1147).
ff Em 1179, Portugal foi reconhecido pelo
Papa como monarquia independente.
Proposta de questões para a avaliação
As questões sugeridas a seguir encontram-se na seção Você aprendeu? no Caderno do Aluno.
1. Pesquise em dicionários, enciclopédias, sites de busca e em seu livro didático palavras da língua portuguesa que têm origem
árabe, mostrando a influência da ocupação
dos mouros na Península Ibérica, entre
os séculos VIII e XIII. Para enriquecer a
pesquisa, anote o significado das palavras
e faça desenhos ou coloque imagens para
ilustrá-las.
As palavras do português que têm origem árabe geralmente
são identificadas com o prefixo al, por exemplo: alfinete, alface, alicate, almofada, algodão, aldeia, alfaiate, almoxarifado,
das terras que eram dos cristãos e passaram a ser dominadas
pelos mouros, a partir do século VIII. Em geral, o termo está
presente na historiografia cristã. Já os muçulmanos chamaram a mesma luta pela Península Ibérica de Guerra Santa.
3. O domínio da Península Ibérica pelos mouros, iniciado entre os anos de 711 e 725,
não foi aceito de forma pacífica e desencadeou um conjunto de campanhas militares
que recebeu o nome de Reconquista. Dessa Reconquista originaram-se as seguintes
monarquias europeias:
a) França e Espanha.
b) Portugal e Inglaterra.
c) Portugal e Espanha.
d) Áustria e França.
e) França e Portugal.
As campanhas militares dos cristãos da Península Ibérica contra os mouros originaram as monarquias europeias de Portugal e da Espanha.
4. Entre os reinos cristãos da Península Ibérica
do século VIII, destacam-se os que estavam
localizados ao Norte, nas regiões montanhosas. Marque a alternativa que não corresponde ao reino cristão desse período:
a) Navarra.
b) Castela.
c) Leão.
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d) Aragão.
e) Granada.
Granada foi a última região a ser reconquistada pelos cris-
e) Andaluzia.
tãos, em 1492.
Entre as alternativas dadas, estão os reinos cristãos do norte
da Península Ibérica do século VIII, com exceção da Andaluzia, região localizada ao Sul.
5. Assinale o último local reconquistado pelos
cristãos, em 1492, na Península Ibérica.
Proposta de Situação de
Recuperação
Peça aos alunos que organizem uma linha do tempo, ressaltando os acontecimentos
mais importantes da formação de Portugal e
da Reconquista.
a) Castela.
b) Valência.
Em seguida, faça um levantamento das
principais palavras-chave estudadas nesta Situação de Aprendizagem e apresente-as aos
alunos. Oriente-os a anotar o significado de
cada uma.
c) Lisboa.
d) Madri.
Sugestões de datas
711 a 725
Grande
parte da Península
Ibérica estava sendo
ocupada pelos
mouros, vindos
especialmente da
Mauritânia, África.
1139
O nobre
Afonso
Henriques
declarou a
Independência
do Condado
Portucalense.
1142
Castela
reconheceu a
independência
do Condado
Portucalense.
1383-1385
Revolução
de Avis.
1415
Conquista
de Ceuta,
cidade do
Norte da
África, que
estava sob o
domínio dos
mouros.
1492
Queda de
Granada.
Sugestões de temas
Península Ibérica, mouro, muçulmano e Islamismo.
ff Península Ibérica – região localizada no sudoeste da Europa e habitada por povos que os gregos
chamavam Iberos.
ff Mouro – designação dada ao antigo habitante árabe-berbere do Norte da África; mourejar (trabalhar muito) e mourisco (estilo artístico muçulmano da Península Ibérica) derivam de mouro.
ff Muçulmanos – seguidores da religião fundada pelo profeta Mohammed (Maomé) no início do século
VII, que também recebe o nome de Islamismo ou Islão.
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Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
Livros
PERLMAN, Alina. Diário de Portugal: uma
conversa de bar, uma mesa, uma investigação
histórica. São Paulo: DCL, 2003. Em férias
com os pais em Portugal, Rui e Lucinha visitam lugares como Lisboa, Évora, Sintra e
Estoril, interessam-se pela his­tória dos judeus que viveram na Península Ibérica no periências
ríodo da Inquisição. As expe­
vivenciadas pelos irmãos são registradas em
um diário. A autora utiliza fatos ve­rí­dicos
que permitem aos jovens leitores compreender esse período histórico e, além disso, discutir tolerância, diferenças religiosas, entre
outros assuntos.
YAZBEK, Mustafá. A Espanha muçulmana.
São Paulo: Ática, 1993. Neste livro, o autor
discute sobre a invasão da cidade de Toledo
pelas tropas do rei cristão Afonso VI e os aspectos mais importantes dos oito séculos em
que os árabes ocuparam territórios da Península Ibérica.
Filmes
Chegança dos mouros. Documentário da TVE
da Bahia. Direção: Josias Pires Neto. Brasil,
2000. 30 min. Sem classificação etária. Retrata
as festas dos “cristãos e mouros” de Caravelas
e Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia, que
relembram as guerras de Reconquista.
Diário de um novo mundo. Direção: Paulo
Nascimento. Brasil, 2005. 92 min. Sem classificação etária. Em 1752, um navio cruza o
Atlântico. Um dos passageiros, Gaspar de
Froés, médico e escritor, registra em seu diário
as dificuldades da viagem ao Brasil e a luta
entre as Coroas de Castela e Portugal.
Lutas de cristãos e mouros. Documentário da
TVE da Bahia. Direção: Josias Pires Neto.
Brasil, 2000. 30 min. Sem classificação etária.
Mostra uma manifestação cultural inspirada
na saga marítima portuguesa e nas lutas medievais entre cristãos europeus e muçulmanos.
Situação de Aprendizagem 6
os fundamentos teóricos do Absolutismo e as
práticas das monarquias absolutistas
Esta Situação de Aprendizagem prioriza
estudos sobre o Absolutismo e suas teorias
sobre o poder absoluto do soberano que resultaram, em parte, das convulsões derivadas da Reforma Protestante e da
Contrarreforma católica, no século XVI. O
protestantismo, especificamente, fundava-se
na liberdade in­dividual, como se cada fiel
fosse o próprio sacerdote. Lutero negava a
santidade do clero e dessa forma questionava
seus privilégios e autoridade exclusiva para
interpretar a Bíblia. Todos tinham condições
de compreender a palavra divina, sem precisar de intermediários. As congregações luteranas seriam, então, uma reunião espontânea
e autônoma de fiéis, sem submissão a uma
estrutura hierárquica tal como a Igreja Católica impunha e que havia prevalecido na Europa até aquele momento. Embora a
autonomia proposta pelo protestantismo
fosse, na origem, religiosa, ela desafiava, de
forma direta, as estruturas de poder que
eram o alicerce das sociedades europeias. Havia, portanto, uma crítica à ordem vigente
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por parte dos homens dos séculos XVI e
XVII, fundamentada por importantes teóricos. No Caderno do Aluno há uma atividade
de leitura e análise de texto que introduz os
alunos à temática desta Situação de Aprendizagem. Ela aborda a pesquisa sobre os significados da palavra “Absolutismo” e da
expressão “teóricos do Absolutismo”.
ff das influências em sua formação;
ff do contexto familiar;
ff do contexto religioso etc.
Como estratégia, propõe-se a organização
de fichas com as biografias de Jacques Bossuet
e Thomas Hobbes. As biografias podem ser
um interessante instrumento para análise do
contexto sócio-histórico de produção de atores históricos a partir da compreensão:
A seguir, os pré-requisitos curriculares necessários para esta Situação de Aprendizagem:
ff da sua inserção em um segmento social específico, parte integrante da complexidade
constitutiva de uma época;
Nessa perspectiva, é importante discutir
com os alunos que tipo de informação biográfica pode contribuir para a contextualização
de um autor e da sua obra.
ff Idade Média;
ff Europa Ocidental;
ff Absolutismo;
ff Estado Nacional;
ff Monarquia;
ff Teoria do direito divino dos reis;
ff Estado Absolutista.
Conteúdos e temas: as monarquias absolutistas e os fundamentos teóricos do Absolutismo.
Competências e habilidades: selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados; compreender e utilizar
conceitos; descrever contextos históricos específicos.
Sugestão de estratégias: aulas expositivas e pesquisa de biografias em enciclopédias, livros didáticos e de
apoio didático.
Sugestão de recursos: fichas de cartolina, sulfite, papel jornal ou papel-cartão.
Sugestão de avaliação: processo de pesquisa e texto biográfico.
Sondagem e sensibilização
Para o desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem, é necessário trabalhar previamente com os alunos conceitos expressos nos
parágrafos seguintes.
Os pensadores do Absolutismo tentaram
justificar a centralização política por meio de
teorias que explicassem o bom funcionamento
da sociedade. Uma primeira corrente procurou
explicar o poder pelo direito natural, inspirando-se, de alguma maneira, no ius gentium dos
antigos latinos. Segundo os jusnaturalistas,
como eram chamados, haveria leis universais
que deveriam governar os Estados em suas relações com os súditos e com os outros Estados.
A segunda corrente fundava suas considerações no direito divino dos reis, uma teoria de
origem medieval, que considerava os reis ungidos por Deus. As duas teorias, contudo, consideravam que o poder deveria estar nas mãos de
um único senhor – em uma autocracia. O soberano devia ter poder absoluto e inconteste, daí
o nome Absolutismo. Entre os teóricos destacaram-se Thomas Hobbes e Jacques Bossuet.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Para o Absolutismo, a fonte do poder era
divina, e o próprio monarca absolutista estava,
teoricamente, submetido ao poder de Deus,
por meio da Igreja, que funcionava como
intermediária necessária entre a divindade
e o soberano. Os dois absolutismos, o baseado no contrato social e o assentado no direito
divino dos reis, tinham fundamentos muito diferentes, mas levavam ao mesmo tipo de justificativa do poder absoluto.
O monarca francês que foi considerado
o maior dos reis absolutos foi Luis xiv, que
governou entre 1643 e 1715. Depois de ter ascendido ao poder ainda criança e de deixar o
governo nas mãos de “ministros”, Luis xiv
assumiu efetivamente o poder e reorganizou o
Estado para servir à monarquia absoluta. De
fato, ele não considerava ser necessário prestar
contas nem a Deus. Seu governo foi marcado
pela construção do suntuoso palácio de Versalhes, pela teatralização do poder que lá ocorria,
pela repressão aos huguenotes (os calvinistas
franceses) e por várias lutas com as demais
potências europeias com o objetivo de afirmar
seu poder dentro e fora das fronteiras francesas. Considera-se que seu governo constituiu o
auge do Absolutismo francês, mas que custou
o aprofundamento de tensões sociais, religiosas
e políticas que prepararam na França as condições para a revolução de 1789.
A partir de meados do século XVII e no
século XVIII, os monarcas absolutistas europeus passaram a incorporar às suas práticas
alguns dos princípios do racionalismo iluminista que, como um movimento amplo, participou da crítica e proposição de supressão
do poder absolutista. O Despotismo Esclarecido foi, em certo sentido, uma adaptação ou
aggiornamento do poder absoluto ao racionalismo crescente do Iluminismo. Sem abdicar
do poder inconteste, os soberanos procuraram acolher as ideias racionalistas, introduzindo, em alguns casos, a tolerância religiosa,
a liberdade de expressão e de imprensa; reco-
nheceram o direito de propriedade e favoreceram o desenvolvimento das artes, das ciências
e da educação. Havia, contudo, muitas diferenças entre os governantes. Alguns, como o
imperador José II, da Áustria, apesar de manter o poder centralizado, aceitavam a ideia de
contrato social, desenvolvida muito antes por
Hobbes. Outros monarcas levaram a cabo,
por meio de decretos, o fim da servidão. O
Despotismo Esclarecido foi usado, em grande
parte, contra os interesses da Igreja Católica,
na medida em que o racionalismo não precisava fundar-se na tradição, nem precisava defender os privilégios da religião católica.
O Absolutismo foi um regime para o qual
grande parte das Monarquias europeias modernas se encaminhou. Muitos países europeus
organizaram seus Estados na época em que os
reis tinham, teoricamente, poderes ilimitados.
Os regimes absolutistas europeus variaram no
tempo e no espaço. Na Inglaterra, por exemplo, o Absolutismo foi substituído por regimes
parlamentares, com as revoluções do século
XVII (em 1640, a Revolução Puritana e, em
1688, a Revolução Gloriosa), mas o grande
paradigma da mudança foi a Revolução Francesa, de 1789. Alguns regimes absolutistas persistiram na Europa até o século XX, como no
caso da Rússia czarista, cujo Absolutismo só
foi abolido com a Revolução de 1917.
1a etapa
Para introduzir o trabalho com a biografia
histórica, você poderá perguntar aos alunos
quais informações eles têm sobre o que é uma
biografia e que tipo de dados ela deve conter.
Liste na lousa as ideias dos alunos e aproveite
a oportunidade para discutir a relevância de
cada aspecto apontado.
Em seguida, apresente a eles o projeto relativo à produção de biografias. É recomendável apresentá-lo à equipe pedagógica, visando
ampliar áreas do conhecimento envolvidas na
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Situação de Aprendizagem. Neste caso, considere especialmente o trabalho associado à disciplina
Língua Portuguesa, em função da importância
do contato dos seus alunos com as diferentes
modalidades textuais, que estimulam a escrita de
textos diferenciados, coesos e coerentes.
2a a 3a etapa
Posteriormente, apresente aos alunos a proposta de aprendizagem
sobre o Absolutismo, a partir de
pequenas biografias de Jacques Bossuet e
Thomas Hobbes. Será muito importante levantar os principais conceitos dos pensamentos dos autores, relacionando-os à biografia
de cada um. Selecione os grupos, organize o
cronograma das Situações de Aprendizagem e
encaminhe o roteiro da pesquisa biográfica
dos teóricos que trataram do poder absoluto.
Você poderá solicitar alguns dados comuns
para a organização das biografias, como:
ff ano de nascimento e falecimento;
ff lugar em que viveu;
ff contexto político e religioso da época;
ff principais atividades e formação (onde
estudou e como foi a sua vida de estudante);
ff principais obras;
ff teorias que defendia;
ff curiosidades sobre cada um.
Organize os grupos de alunos para iniciar
as leituras e pesquisas em enciclopédias, no
livro didático e em sites especializados sobre
o tema, organizando fichas em papel-cartão,
sulfite ou jornal com as informações recolhidas e um retrato ou pintura sobre a pessoa que
está sendo pesquisada. Finalize a Situação de
Aprendizagem, solicitando a apresentação
dos dados pesquisados em uma roda de discussão sobre as teorias defendidas por esses
pensadores e encaminhando perguntas para
os diferentes grupos, para que haja participação de todos os seus alunos.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
As biografias produzidas nesta Situação de
Aprendizagem serão resultado das pesquisas
realizadas em enciclopédias, livros didáticos
e de apoio didático, sites especializados, informações contidas neste Caderno e em suas
aulas expositivas, visando ao desenvolvimento
da competência leitora dos alunos a partir da
análise da escrita do gênero biografia histórica.
Vale ressaltar que um dos principais objetivos
da produção biográfica é a compreensão do
contexto histórico-social em que o biografado
se insere, a partir das discussões sobre o Absolutismo e a teoria do direito divino dos reis.
O grande teórico do jusnaturalismo foi
Thomas Hobbes (1588–1679). Para Hobbes,
dois eram os impulsos humanos: o medo da
morte e o desejo de poder. Sendo assim, os
seres hu­manos, deixados à mercê das próprias
paixões, seriam levados aos comportamen­tos
mais contrários à vida em sociedade, propensos à violência, à brutalidade e mesmo à
misantropia ou ao egoísmo. Deixados livres,
os homens viveriam em guerra permanente
e, portanto, com insegurança e falta de perspectivas. A solução, portanto, só poderia ser
a formulação de um contrato social que deixasse a autoridade em uma única pessoa, que
garantisse a segurança de todos os súditos. O
soberano absoluto teria a força para aplacar
os egoísmos individuais e coletivos e estabeleceria a paz, trazendo segurança para todos.
Segundo a teoria de Hobbes, o autocrata poderia ser um rei, mas poderia ser também um
governante escolhido para governar – um ditador. O fundamento do poder não estaria na
tradição, mas na conveniência de se ter um
soberano absoluto, para o bem de todos.
Jacques-Bénigne Bossuet (1627–1704), bispo
francês, pode ser considerado como o sistematizador de uma solução católica para os dilemas
da época. Grande conhecedor do grego e do
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latim, Bossuet estudou com os jesuítas e buscou
na tradição o fundamento do poder absoluto
dos reis, que remontaria ao período dos antigos soberanos de Israel ungidos por Deus, Davi
e Salomão. Também os governantes romanos e
depois os reis medievais exerciam o poder por
graça de Deus. Dessa forma, rebelar-se contra o
poder do rei significava revoltar-se contra Deus.
A Monarquia Absolutista de direito divino devia, portanto, guiar e proteger a sociedade.
Proposta de questões para a avaliação
As questões sugeridas a seguir encontram-se no Caderno do Aluno,
na seção Trabalhando com texto e
imagem.
1. Leia o documento, e em seguida, responda
as perguntas.
c) Como o autor do documento justifica a
origem do poder absolutista?
Jacques Bossuet, importante teórico do Absolutismo, justificava a origem do poder do rei pela teoria do direito divino
dos reis, que dizia que o rei recebia o poder de Deus e, portanto, era seu representante na Terra.
Com base no enunciado, espera-se que o aluno consiga compreender o papel dos vários agentes sociais no processo histórico e interpretar dados a partir de um documento escrito.
d) Os reis absolutistas utilizavam-se da
“teoria do direito divino” para justificar o poder que exerciam sobre seus súditos. Pesquise em seu livro didático as
principais características dessa teoria e
registre no espaço a seguir.
Peça aos alunos que pesquisem no próprio livro didático,
estimulando-os a ver esse material como fonte de pesquisa
permanente. Diga-lhes também que façam registros autorais, evitando a simples cópia. As respostas devem justificar
o poder dos reis; o rei, segundo a “teoria do direito divino”,
estava acima da sociedade e da Igreja; a religião do rei determinava a dos seus súditos; a teoria justificava as perseguições
religiosas a quem se opunha à religião do monarca. O rei era
considerado, então, o representante de Deus na Terra.
2. Observe a imagem a seguir. Trata-se de
uma pintura do século XVIII que retrata o
rei da França, Luís XIV, que ficou conhecido pela frase: “O Estado sou eu”.
© Universal Images Group/Getty Images
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus
representantes na Terra. Consequentemente,
o trono real não é o trono de um homem,
mas o próprio trono de Deus. Resulta de
tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que
atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio.
[...] O Poder real é absoluto. O Príncipe não
precisa dar conta de seus atos a ninguém.”
BOSSUET, Jacques. Política tirada da Sagrada Escritura, 1670/1680. In: Coletânea de documentos históricos
para o 1o grau. São Paulo: SEE/CENP, 1980. p. 79.
a) Quem é o autor desse documento?
O autor do documento é Jacques Bossuet, bispo francês, que
era o professor do filho de Luís XIV.
b) Que título você daria para esse documento?
Com base nos estudos de textos, das pesquisas e de sua aula
expositiva, o aluno terá condições de dar um título relacionado ao documento, justificando, por exemplo, o direito divino
dos reis e o poder real e absoluto ou o poder absoluto do rei.
Figura 9 – Hyacinthe Rigaud,
Luís XIV, 1701, óleo sobre tela, 277 cm
× 194 cm.
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a) Observe e descreva os elementos que
constituem a imagem.
e) A Constituição, que garantia os direitos
individuais.
A pintura, de 1701, que retrata o rei Luís XIV com trajes de
Os símbolos da Monarquia são a coroa, o cetro, a espada e o
sua coroação, chama a atenção por seus detalhes. Por exem-
trono. A Constituição é um símbolo da democracia.
plo, o manto de pele de arminho, que representa proteção
e pureza, bordado com flores-de-lis, símbolo da monarquia
francesa; o cetro em sua mão representa o poder político; a
coroa, do lado esquerdo, símbolo da realeza; e o trono, que
revela o lugar da autoridade do rei.
b) Por que o “Sol” foi o símbolo escolhido
para representá-lo?
2. A partir dos séculos xvii e xviii, as práticas absolutistas passaram por modificações inspiradas no racionalismo iluminista. Caracterize essas práticas.
Sem abdicar do poder inconteste, os soberanos procuraram
acolher as ideias racionalistas, introduzindo, em alguns casos,
a tolerância religiosa, a liberdade de expressão e de imprensa;
O rei Luís XIV adotou o “Sol” como símbolo, pois ele, como
além do direito de propriedade, favorecendo o desenvolvi-
rei da França, irradiava luz (e poder) a todos os que estavam à
mento das artes, das ciências e da educação.
sua volta: nação, corte e súditos.
c) A frase dita por Luís XIV, “O Estado
sou eu”, demonstra um sistema político
centralizado ou descentralizado? Justifique sua resposta.
3. No Absolutismo europeu, o poder do monarca era transmitido de um rei para outro
por meio de:
a) eleição.
O rei Luís XIV é considerado por muitos estudiosos como o re-
b) aclamação.
presentante máximo do Absolutismo. Sua afirmação “O Estado
c) hereditariedade.
sou eu” revela um sistema político centralizado, e demonstra
que o poder do rei estava acima da Igreja e da sociedade.
As questões a seguir encontram-se na
seção Você aprendeu?.
1. A grande maioria dos reis absolutistas encomendava retratos para que sua imagem
ficasse conhecida nos diferentes locais do
seu reino. Nesses retratos, eram colocados
vários símbolos da Monarquia.
Assinale o item que não corresponde a um
dos símbolos da monarquia absolutista.
a) A coroa, que simbolizava a soberania e
a dignidade do rei.
b) O cetro, sinal de autoridade e força.
c) A espada, símbolo militar.
d) O trono, local que marca o centro do
poder político.
d) golpe de Estado.
e) nomeação.
A transmissão do poder no Absolutismo era feita por hereditariedade, ou seja, sucessão familiar.
Propostas de Situações de Recuperação
Proposta 1
Escreva na lousa os seguintes grupos de palavras ou expressões, para que os alunos possam compor frases historicamente corretas.
ff Absolutismo – rei – origem divina;
ff Monarquia – hereditariedade – vitaliciedade;
ff Absolutismo – centralização política – Estado Nacional.
Proposta 2
Outra possibilidade de recuperação é analisar a sociedade do período absolutista. O estudo desse tema reveste-se de importância na
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medida em que permite aos alunos conhecer a
estrutura social das monarquias em que prevalecia o Absolutismo.
Você pode orientar seus alunos para que
relembrem as noções relativas ao Absolutismo e à teoria do direito divino dos reis. De
posse desses dados, peça que organizem uma
pesquisa em livros didáticos, apoio didático,
enciclopédias ou textos de apoio selecionados sobre os três grupos sociais dos reinos
absolutistas: clero, nobreza e Terceiro Estado, composto por camponeses, artesãos,
comerciantes e burgueses. O texto histórico
final deve conter:
ff o nome do grupo social (clero, nobreza e
trabalhadores: camponeses, artesãos, comerciantes e burgueses);
ff as condições sociais em que vivia a maioria
da população;
ff as razões de a grande maioria da população viver em péssimas condições, em especial os camponeses, sobre os quais recaíam
altos impostos, importantes para a manutenção dos gastos do clero e da nobreza.
Explique aos alunos que textos históricos são escritos com linguagem formal e
conceitual e que as afirmações precisam ser
justificadas.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
Livro
HOBBES, Thomas. O Leviatã. São Paulo:
Rideel, 2005. Publicado em 1651, em um período de agitação política, discute a relação
do homem com seu soberano absoluto, sob o
argumento da obediência à autoridade. É considerada uma das obras mais importantes da
filosofia política.
Filme
O filme a seguir pode ser utilizado para a
preparação das aulas, mas é importante que
você observe e se atenha à classificação etária
antes de indicá-lo aos alunos.
Elisabeth. Direção: Shekhar Kapur. Inglaterra,
1998. 125 min. 14 anos. A história da rainha
Elisabeth I, que assumiu o trono inglês em um
período conturbado e decidiu sacrificar a vida
para enfrentar as ameaças ao seu reinado.
Situação de Aprendizagem 7
A Reforma e a Contrarreforma
Esta Situação de Aprendizagem, referente
ao estudo do tema da Reforma e da Contrarreforma, tem como estratégia a elaboração da
síntese de um conteúdo, a partir da construção
de proposições que englobem frases do texto,
hierarquizando as ideias que o compõem. Sobre isso, convém registrar que as especialistas
Teresa Colomer e Anna Camps, autoras da
obra Ensinar a Ler, Ensinar a Compreender, da
editora Artmed, desenvolveram importantes
pesquisas no Departamento de Didática da
Língua Portuguesa da Universidade de Barce-
lona, apresentando aos seus leitores uma valiosa estratégia de aprendizagem, sob a forma
de resumo hierarquizado.
A seguir, os pré-requisitos curriculares
necessários para esta Situação de Aprendizagem:
ff Reforma;
ff Indulgências;
ff Concílio de Trento;
ff Martinho Lutero;
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ff Predestinação;
ff Luteranismo;
ff Contrarreforma;
ff Index.
Conteúdos e temas: Reforma; indulgências; Concílio de Trento; Martinho Lutero; predestinação; luteranismo; Contrarreforma; Index.
Competências e habilidades: compreender processos sociais; selecionar, organizar e interpretar dados e
informações; desenvolver sínteses.
Sugestão de estratégias: elaboração de um resumo hierarquizado.
Sugestão de recursos: textos.
Sugestão de avaliação: diferentes etapas do resumo hierarquizado e o produto final.
Sondagem e sensibilização
Para a realização da Situação de Aprendizagem, será muito importante o trabalho
prévio de alguns conteúdos, conforme as seguintes informações.
Reforma e Contrarreforma
A Igreja Católica Apostólica Romana foi a
instituição predominante na Europa Ocidental durante toda a Idade Média. Numa época
em que as realezas eram frágeis, os senhores
feudais poderosos, e a massa da população
predominantemente rural estava subordinada
a eles, a Igreja cumpria funções propriamente
religiosas, mas também de organização e justificação da ordem social e política. Podemos
dizer que os outros poderes instituídos subordinavam-se aos da Igreja e do papa, ou, pelo
menos, que o predomínio do último resultava
de alianças e tensões em relação aos outros.
A Cristandade – entendida como a comunidade de cristãos – havia iniciado sua formação no Oriente, onde o cristianismo nasceu.
Mas, já no Alto Império Romano, espalhou-se por várias regiões, do Ocidente e do Oriente. Nesse processo o bispo de Roma e o de
Constantinopla disputaram, com os demais
chefes de comunidades pioneiras na conversão ao cristianismo, a primazia sobre os fiéis.
A instituição do papado não eliminou as tensões entre o bispo de Roma e o patriarca de
Constantinopla e, no século XI, essas disputas, ampliadas pelas formas de religiosidade
diferenciadas, culminaram com a separação
entre a igreja Católica Apostólica Romana,
dirigida pelo papa, e a Igreja Ortodoxa Grega,
encabeçada pelo patriarca.
No Ocidente, ao longo de toda a Idade
Média, várias heresias ou diferentes formas de
cristianismo que escapavam à ortodoxia permaneceram questionando a pretensão universalista do poder eclesiástico. Com o avanço da
vida urbana e as demais mudanças da Baixa
Idade Média, a religiosidade passou por importantes transformações. A busca da pureza
da vida cristã levou ao desenvolvimento de
uma doutrina herética chamada catarismo,
organizada numa espécie de igreja paralela,
que não se subordinava ao clero católico. Para
enfrentá-la, o papado incentivou o estabelecimento de inquisições locais, uma espécie de
instituição religiosa para corrigir erros doutrinais e que acabou, na modernidade, sendo
um poderoso instrumento de controle religioso, social e político. Outra de suas expressões
foi dirigida pela Igreja para o movimento das
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Cruzadas que, como expedições religiosas e
militares que pretendiam libertar a Terra Santa
do domínio muçulmano, poderiam canalizar
as tensões sociais ligadas ao desenvolvimento
da vida urbana e das dificuldades enfrentadas
pela aristocracia feudal nesse período. Apesar
de inicialmente diminuir essas tensões, as Cruzadas acabaram por alimentar vários questionamentos à Igreja Católica e, nos séculos XIII
e XIV, outras heresias contribuíram para minar o poder do clero hierarquizado.
No século XIV, multiplicaram-se os movimentos de contestação à Igreja Católica
Apostólica Romana. Em termos concretos,
várias críticas eram formuladas pelos próprios
membros da Igreja, em relação ao papel da
leitura da Bíblia. Para salvar-se, os fiéis sempre dependiam da Igreja, não importando que
fossem ignorantes do próprio texto bíblico. O
grande precursor dessa crítica foi John Wycliff
(1320-1384), teólogo de Oxford, que traduziu
a Bíblia para o inglês pela primeira vez. Era
um desafio direto aos ensinamentos da Igreja,
que não encorajavam a leitura e muito menos
a tradução da Bíblia. Como outros críticos da
Igreja nos séculos anteriores, Wycliff questionava a riqueza do alto clero e defendia a po-
breza. Também a vida monástica foi atacada.
Outro precursor foi Jan Huss (1369-1415), reformista boêmio executado na fogueira como
herege. Huss, além de inspirar-se em Wycliff,
combatia as Cruzadas e a venda de indulgências pela Igreja.
A divisão do papado também contribuiu
para o enfraquecimento da Igreja, com o
Papado de Avignon (1308-1378) e o Grande
Cisma (1378-1415). O novo e decisivo ataque
surgiu no início do século XVI, em novo contexto, graças à difusão do livro impresso. A
imprensa permitiu que fossem publicados livros em muitos exemplares, algo antes impossível, tornando realista a proposta de Wycliff,
que defendia a divulgação ampla da Bíblia,
traduzida para a língua falada.
Professor, o texto a seguir está inserido na seção Leitura e análise de
textos, para que os alunos possam
elaborar uma síntese com base no significado
das frases do texto, hierarquizando as ideias
que o compõem. Este exercício pretende fazer
que os alunos verifiquem a importância da leitura para o processamento de informações de
um texto escrito, visando sua interpretação.
As reformas religiosas
O principal movimento reformista começou no interior da própria Igreja Católica. O monge Martinho Lutero, em 1517, propôs que a venda de indulgências, ou seja, do perdão aos pecados, fosse
discutida. Depois, rompeu com Roma e fundou as bases do protestantismo, que, em linhas gerais, são
as seguintes: a alfabetização dos fiéis para leitura da Bíblia, possibilitando a interpretação pessoal das
Escrituras; a eliminação de toda a estrutura clerical, ou seja, não haveria mais papas, arcebispos, bispos ou qualquer outro título hierárquico.
As igrejas protestantes não tinham imagens de santos, pois consideravam seu culto algo supersticioso e contrário ao monoteísmo (crença em um só Deus). O latim deixou de ser utilizado nas cerimônias
religiosas, e a confissão e a comunhão foram abolidas.
O protestantismo foi combatido pela Igreja Católica, com a excomunhão dos hereges, ou seja,
daqueles que passaram a seguir esses novos preceitos. Mesmo assim, ele ganhou o apoio de alguns
membros da Igreja Católica, que viram na nova orientação religiosa uma maneira de se livrar do poder
do clero.
Os nobres alemães também aderiram ao protestantismo, o que acabou por deflagrar vários conflitos entre católicos e protestantes, uma vez que o Imperador alemão Carlos V era católico. A partir
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daí, os preceitos protestantes inspiraram o surgimento de novas religiões por toda a Europa, como o
calvinismo.
Diante desse avanço do protestantismo em diversos reinos europeus, a Igreja convocou o Concílio
de Trento (1545-1563), a fim de discutir os rumos da Igreja e tratar de questões que iam das indulgências à perda de fiéis para a Reforma. Os cardeais participantes do Concílio reafirmaram os principais
dogmas questionados pelos protestantes: a salvação dos fiéis por ações e pela fé, a comunhão, o culto
aos santos, as procissões e a veneração da Virgem Maria. Além disso, encomendaram a elaboração
de um catecismo, com os principais ensinamentos tradicionais da Igreja, e reviram a organização da
Igreja. As ordens religiosas foram importantes para a consolidação da reação católica, especialmente
a Companhia de Jesus, ordem missionária que tinha como objetivo a catequese. Todo esse processo foi
chamado de Contrarreforma.
Os conflitos entre católicos e protestantes, nessas circunstâncias, se intensificaram ao longo da segunda metade do século XVI. Seguiram-se muitas guerras motivadas pela religião, a começar pelas
ocorridas na França entre 1562 e 1598. Foram muitos os massacres nas batalhas entre católicos e
huguenotes, como eram chamados os protestantes franceses. Um deles ocorreu em 24 de agosto de
1572, Dia de São Bartolomeu, quando milhares de huguenotes foram massacrados por forças reais.
Os conflitos na França só foram superados quando Henrique IV (1589-1610), para ascender ao trono,
converteu-se ao catolicismo, ao mesmo tempo que permitiu, pelo Édito de Nantes, que os protestantes
praticassem sua religião livremente.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Professor, verifique a seu critério o complemento ao texto do Caderno do Aluno,
apresentando o posicionamento de outras monarquias diante do quadro religioso.
Na Espanha, o grande defensor da fé católica foi Felipe II (1556-1598). A Espanha propôs-se a combater as potências protestantes, a
começar pela Inglaterra, onde o rei Henrique
VIII tinha se tornado o chefe da Igreja Anglicana, que mantinha elementos da doutrina
e da organização católica, mas não se subordinava ao papa. Em 1588, foi montada uma
imensa Armada para invadir as Ilhas Britânicas e reinstalar o catolicismo. A derrota
dos espanhóis significou também o recuo dos
católicos no contexto europeu. Em seguida,
a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) opôs
protestantes e católicos em terras germânicas.
Ao final, foi reconhecido que cada Estado alemão poderia ter a religião que fosse escolhida
pelo seu soberano, o que não significava uma
liberdade religiosa, pois os súditos deveriam
seguir a religião do governante. Portanto, o
período de guerras entre católicos e protestantes durou de 1517 a 1648, ainda que as tensões
persistissem pelos séculos seguintes, com alguns conflitos chegando ao século XX, como
na Irlanda.
1a e 2a etapas
Inicie a apresentação do tema sobre a Reforma e a Contrarreforma Católica, perguntando aos alunos o significado da palavra
“reforma” e em que contexto, em geral, eles
têm contato com esse vocábulo. Analise o significado da palavra para depois relacioná-la
ao contexto histórico que será trabalhado.
O texto a seguir está inserido na seção Leitura e análise de texto do
Caderno do Aluno. Trata-se de um
texto introdutório que você poderá ler com os
alunos.
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próprias igrejas despojaram-se das imagens de santos, pois
Com o fim do Império Romano, a Igreja
Católica exerceu posição de destaque desde o
início do século V d.C. Sem um Estado forte,
como havia sido o romano, a Igreja passou a
ser referência universal. O próprio nome da
Igreja demonstra isso, pois a palavra “católico” significa, em grego, “universal” ou, literalmente, “de todos”.
As mudanças ocorridas na Baixa Idade
Média provocaram diversas transformações
no contexto sociocultural da Europa Ocidental, alterando a concepção dos homens quanto à vida cristã e culminando com a Reforma
e a Contrarreforma.
Elaborado especialmente para o
São Paulo faz escola.
se considerava o seu culto algo supersticioso e contrário ao
monoteísmo. O latim deixou de ser utilizado nas cerimônias
religiosas, e a confissão e a comunhão foram abolidas. Essa
revolução foi combatida pela Igreja, de início com os meios
tradicionais, a começar pela excomunhão dos hereges. No
entanto, o movimento ganhou o apoio de alguns grupos,
que viram na nova doutrina religiosa uma maneira de livrar-se do poder do clero. A adesão da nobreza alemã ao protestantismo levou a uma verdadeira guerra entre protestantes
e católicos, estes liderados pelo Imperador alemão Carlos V.
Outros pregadores inspiraram-se em Lutero e criaram igrejas
reformadas nos mais diversos lugares da Europa.
Contrarreforma: diante dos avanços do protestantismo em
diversos reinos europeus, a Igreja convocou o Concílio de
Trento (1545-1563), a fim de discutir os rumos da Igreja e tratar de questões que iam das indulgências à perda de fiéis para
a Reforma. Os cardeais participantes do Concílio reafirmaram os principais dogmas questionados pelos protestantes:
a salvação dos fiéis por ações e pela fé, a comunhão, o cul-
Em seguida, solicite aos alunos registrem
as respostas para as questões apresentadas:
1. Grife a segunda frase do texto e escreva no
espaço a seguir a principal característica do
Estado a que a frase está fazendo referência.
to aos santos, as procissões e a veneração da Virgem Maria.
Além disso, encomendaram a elaboração de um catecismo
e reviram a organização da Igreja. As ordens religiosas foram
importantes para a consolidação da reação católica, especialmente a Companhia de Jesus, ordem missionária que
tinha como objetivo a catequese.
“Sem um Estado forte, como havia sido o romano, a Igreja
passou a ser referência universal.” A frase faz menção à “teoria
do direito divino” dos reis e à fragmentação do poder político na Idade Média, aliada à extensão da influência da Igreja
Católica sobre todos os grupos sociais e territórios.
2. Pesquise em um dicionário o significado
da palavra “reforma” e registre-o no espaço a seguir.
Reformar significa modificar, adaptar, alterar. Estimule os alunos a buscar o significado da palavra no dicionário.
3. Explique o significado histórico dos termos Reforma e Contrarreforma.
Reforma protestante: principal movimento reformista, começou no interior da própria Igreja Católica. O monge
Martinho Lutero, em 1517, propôs que a venda de indulgências fosse discutida. Depois, rompeu com Roma e fundou as
bases do protestantismo: alfabetização dos fiéis para leitura
da Bíblia e a eliminação de toda a estrutura clerical. Suas
Em seguida, mostre que no Brasil não
somos obrigados a seguir uma religião. Podemos escolher aquela que queremos professar, seguir mais de uma doutrina religiosa ou
não seguir nenhuma. Mostre que na Europa
Ocidental da Idade Média predominava uma
visão religiosa do mundo que, juntamente com o poder material e político do clero
católico, implicavam que a religião fosse um
critério para a organização da sociedade.
Professor, no Caderno do Aluno há a proposta que os alunos intitulem uma imagem
e construam um texto sobre a Reforma e a
Contrarreforma com base nos conhecimentos
adquiridos no início da Situação de Aprendizagem e da reprodução da obra Lutero afixa
as 95 teses na Catedral de Wittenberg, do artista plástico Hugo Vogel.
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3a etapa
Selecione um texto do livro didático, de
apoio didático ou de um especialista sobre a
Reforma e a Contrarreforma e estabeleça uma
leitura orientada. A primeira etapa envolve a
criação de um resumo hierarquizado. No Caderno do Aluno encontramos uma sugestão
para estruturação desse resumo, bem como
o texto As reformas religiosas, que poderá ser
utilizado para a atividade. Peça a cada aluno,
inicialmente, que sublinhe as partes do texto
que considere importantes e depois apresente uma explicação sobre os critérios utilizados para selecionar as ideias centrais. Procure
acompanhar o desenvolvimento da proposta,
identificando eventuais dificuldades que os
alunos tenham em selecionar ideias principais.
Faça perguntas cujo objetivo seja induzir às
ideias que se deseja destacar, para ajudá-los a
realizar o que foi pedido.
Para que eles possam compor um resumo
hierarquizado, oriente a divisão das informações do texto em diferentes partes, separadas por
uma letra, para preparar o esquema do texto.
Em seguida, seus alunos terão de escrever, com
as próprias palavras, duas ou três frases com detalhes importantes do texto lido, para cada parte selecionada, dando o máximo de informações
sobre a mesma com o mínimo de palavras.
A.Contrarreforma ou Reforma
Católica
1 –Reação da Igreja Católica contra a expansão do protestantismo.
2 –Ocorreu em função da rápida difusão das
ideias protestantes.
B.Concílio de Trento
1 –Convocado pelo Papa Paulo III, em 1545.
2 –Recebeu este nome por ter ocorrido na
cidade de Trento, na Itália.
3 –Confirmou a manutenção dos sete sacramentos e do celibato, pôs fim à venda das
indulgências, tornou obrigatório o uso
do latim na missa, fortaleceu os tribunais
da Santa Inquisição e criou o Index.
Proposta de questões para a avaliação
As questões sugeridas a seguir encontram-se no Caderno do Aluno,
na seção Lição de casa.
1. Os antecedentes da Reforma começaram a
aparecer durante a Idade Média. Apresente
dois fatores considerados importantes para as
críticas feitas à Igreja Católica nesse período.
Utilizando os estudos realizados nesta Situação de Aprendiza-
Essa estratégia pode ser utilizada com diferentes textos, dando ênfase à habilidade de síntese.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
Ao final da Situação de Aprendizagem,
espera-se que seus alunos consigam organizar
o resumo hierarquizado sobre a Reforma e a
Contrarreforma, a partir do texto que você
selecionou. A seguir, um exemplo de resumo
hierarquizado sobre a Contrarreforma ou Reforma Católica, que poderá ser utilizado em
uma de suas aulas sobre o tema abordado.
gem, espera-se que o aluno apresente entre os fatores que favoreceram críticas à Igreja Católica o abandono dos ideais dos
primeiros cristãos, como a valorização da humildade, a crença
na igualdade entre todos, a prática da caridade e a boa conduta
moral, lembrando que poucos membros do alto clero viviam de
acordo com estes princípios, que estavam na origem do cristianismo.
2. Ao estudar as decisões tomadas pelo
Concílio de Trento, verifica-se que a
Contrarreforma procurou eliminar, principalmente, os fatores que geravam as críticas mais duras contra a Igreja Católica,
proibindo a venda de indulgências e rea-
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firmando o princípio de que a salvação se
dava pela fé e pelas boas obras. Explique
por que essas decisões foram tomadas no
Concílio de Trento.
O Concílio de Trento, em 1545, ao impedir a venda de indulgências, buscou mostrar o fim de uma prática de corrupção na Igreja Católica, mas o princípio da salvação pela
fé e pelas boas obras garantiria a continuidade das doações
de seus fiéis.
As questões a seguir encontram-se
na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno.
1. O documento de Martinho Lutero, que criticava algumas práticas da Igreja Católica,
ficou conhecido como “95 teses” e foi afixado na catedral de Wittenberg, localizada na:
a) Alemanha.
b) Holanda.
d) calvinismo.
e) absolutismo.
A doutrina religiosa fundada por Lutero foi o luteranismo.
3. Martinho Lutero, ao propor uma nova
Igreja, incentivou a discussão do Evangelho com seus fiéis e, para isso, traduziu a
Bíblia para o alemão, pois, até aquele momento, ela só era conhecida no idioma oficial da Igreja Católica. Esse idioma era o:
a) inglês.
b) francês.
c) italiano.
d) português.
e) latim.
O idioma oficial da Igreja Católica era o latim.
c) Grã-Bretanha.
Propostas de Situações de
Recuperação
d) França.
Proposta 1
e) Espanha.
Com base nos estudos realizados nesta Situação de Aprendizagem, solicite aos alunos
que retomem os conteúdos estudados, a partir de leituras dos textos e a seleção de ideias
centrais e palavras-chave. Em seguida, peça
que elaborem dez frases, apresentando os
principais acontecimentos da Reforma e da
Contrarreforma, anotando-as no caderno. O
estudo desse tema reveste-se de importância
na medida em que permite conhecer um dos
principais momentos da chamada transição
da Idade Média para a Idade Moderna.
Martinho Lutero afixou as “95 teses” na Catedral de Wittenberg, na Alemanha.
2. O monge Martinho Lutero, em sua doutrina religiosa, utilizou como lema a frase da
epístola de São Paulo, “pela fé sereis salvos”, para afirmar que a salvação dos fiéis
não dependia das indulgências (o perdão
dos pecados concedido pelo papa aos católicos) nem da confissão dos pecados. A
doutrina religiosa fundada por Martinho
Lutero ficou conhecida como:
a) catolicismo.
b) luteranismo.
c) mercantilismo.
Proposta 2
Solicite aos alunos que selecionem dez
palavras-chave sobre a Reforma e a Contrarreforma e organizem pequenos textos explicativos sobre cada uma delas. Você poderá
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orientá-los para que, através da pesquisa, relembrem aspectos da crise da Igreja Católica,
em especial, os conceitos relativos à Reforma: 95 Teses, Catedral de Wittenberg, Index,
indulgências, luteranismo, Contrarreforma,
Concílio de Trento, latim e Bíblia.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
Livros
LUIZETTO, Flávio. Reformas religiosas. São
Paulo: Contexto, 1991. (Repensando a História). O livro mostra o movimento da Reforma e
a participação da população.
VEIGA, Luiz Maria. A Reforma Protestante.
São Paulo: Ática, 1992. (O Cotidiano da História). No livro, a Reforma Protestante é contada a partir da história dos irmãos Hermann
e Lund.
Filme
O homem que não vendeu sua alma. Direção:
Fred Zinnemann. Inglaterra, 1966. 120 min.
Livre. No século XVI, Henrique VIII decidiu se divorciar de Catarina de Aragão para
se casar com Ana Bolena. Ante a recusa de
Thomas Morus – autor da Utopia – de anular
o casamento, o rei rompeu com a Igreja Católica e se pôs à frente da Igreja na Inglaterra,
como chefe do anglicanismo.
Situação de Aprendizagem 8
Expansão Marítima nos séculos XV e XVI
Esta Situação de Aprendizagem refere-se
aos estudos do tema “Expansão Marítima
nos séculos XV e XVI”. Como estratégia,
propõe-se a elaboração de uma história em
quadrinhos, que pode ser uma interessante
ferramenta didática em sala de aula.
A seguir, os pré-requisitos curriculares
necessários para esta Situação de Aprendizagem:
ff A reconquista da Península Ibérica;
ff A formação de Portugal;
ff A Revolução de Avis;
ff A conquista de Ceuta;
ff Os instrumentos de orientação dos navegadores;
ff As rotas de navegação de Cristóvão Colombo, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama
e Pedro Álvares Cabral;
ff O cotidiano a bordo das naus.
Conteúdos e temas: comércio com o Oriente; o desenvolvimento técnico da época; rotas de navegação.
Competências e habilidades: selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações; relações
entre diferentes fatos e processos.
Sugestão de estratégias: elaboração de história em quadrinhos.
Sugestão de recursos: revistas em quadrinhos, papel sulfite, jornal ou kanson, régua, lápis grafite e
coloridos.
Sugestão de avaliação: processo de trabalho e produto final.
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Sondagem e sensibilização
A Europa ficou, por séculos, isolada. As
invasões germânicas que haviam posto fim
ao Império Romano, no século V d.C., resultaram na fragmentação do continente em
pequenos reinos. As incursões dos muçulmanos, vindos das margens meridionais do Mar
Mediterrâneo, no século VIII, contribuíram
para acelerar a posterior divisão do poder,
fortalecendo os laços feudais e a vida rural.
Outras invasões se seguiram, como os ataques dos mongóis de Gêngis Khan, no século XII, e, por fim, dos otomanos, a partir do
final do século XIII.
O comércio com o Oriente nunca deixou
de existir, mas só voltou a ser importante a
partir do renascimento das cidades europeias,
na Baixa Idade Média. Vinham do Oriente a
seda e as especiarias, sendo as cidades italianas de Gênova e Veneza as grandes potências
ocidentais que controlavam essas rotas. Tudo
isso começou a mudar com o avanço dos turcos otomanos, ao ameaçarem as rotas mediterrâneas para o Oriente. A queda do Império
Bizantino, com a tomada de Constantinopla,
em 1453, representou um duro golpe para as
ligações comerciais e foi um importante estímulo para que outros caminhos para o Oriente fossem buscados.
O comércio de especiarias orientais estava nas mãos dos comerciantes italianos,
tanto antes como depois da expansão otomana. Isso também foi um fator importante para que outros tentassem rotas
alternativas para a Ásia. A saída parecia
estar no Atlântico, e os portugueses estavam em condições privilegiadas para isso.
Em primeiro lugar, Portugal havia se mantido como uma monarquia coesa e pouco
afetada pelas guerras que devastavam outras potências, como a Inglaterra e a França, por exemplo, que se enfrentaram, entre
1337 e 1453, na chamada Guerra dos Cem
Anos. Também em virtude dessas mesmas
guerras continentais, as antigas rotas marítimas do Mar do Norte e Báltico ficaram
prejudicadas, favorecendo, dessa forma, as
alternativas atlânticas, em particular nas
costas portuguesas. Desse modo, as grandes
beneficiárias foram as cidades portuárias,
Lisboa e Porto. As rotas atlânticas sempre
foram mais perigosas, temidas e difíceis.
O Atlântico, à diferença do Mediterrâneo,
apresentava correntes fortes, de mar aberto,
o que alimentava toda uma série de lendas
sobre monstros marinhos. Os portugueses,
com seus barcos pesqueiros de longa data,
utilizados na pesca do bacalhau na Terra
Nova (mais ou menos nas costas do Canadá atual), eram os que melhor conheciam o
Oceano Atlântico.
Além disso, estavam bem posicionados
para buscar uma rota para a Ásia pela costa da África, pois haviam vencido os mouros,
conquistando Ceuta em 1415 e dando um
passo decisivo rumo à expansão pela costa
africana. Os portugueses já haviam conseguido expulsar os mouros, no início do século
XIII, enquanto na Andaluzia espanhola isso
só ocorreria em 1492, quando os muçulmanos
foram expulsos de Granada.
Assim, os portugueses investiram no avanço em direção ao sul da costa africana, acabando por circum-navegar o continente e chegar à
Índia. Esse processo tardou algumas décadas,
pois as Índias foram atingidas por essa rota
apenas em 1498, por Vasco da Gama. Isso
tudo foi possível graças aos avanços náuticos
dos portugueses, com suas caravelas, naus e
instrumentos de navegação – adaptados, em
sua maioria, de antigas invenções, como a
bússola e o astrolábio.
O avanço, contudo, foi carregado de consequências. Os portugueses descobriram e
colonizaram ilhas atlânticas, em especial a
Madeira e São Tomé e Príncipe, onde im-
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plantaram a indústria de cana-de-açúcar,
ainda no século XV. O cultivo da cana se deu
por meio de concessões e da introdução da
mão de obra escrava africana, antecipando
o sistema de engenhos que iria florescer no
Brasil quase um século depois. Isso significou a implantação de uma indústria rendosa. Associada à expansão marítima pelo
Atlântico Sul, a exploração do açúcar viria
a fortalecer as crescentes rendas portuguesas com o comércio. Enfim, em 1500, os
portugueses conseguiram chegar ao continente americano.
A outra potência marítima nascente era
a Espanha, em processo de unificação, sob o
comando de Castela. Contudo, na Espanha,
esse processo foi lento e bastante diferente
do caso português. Os antigos reinos medievais, com seus costumes, línguas e tradições,
foram incorporados à recém-criada Espanha de Fernando e Isabel – os chamados
“Reis católicos” – em 1492. Os espanhóis
estavam em condições menos favoráveis do
que os portugueses para desenvolver a navegação oceânica. Não tinham grandes portos
atlânticos e sua frota comercial estava baseada no Mediterrâneo, com águas interiores muito mais calmas e conhecidas do que
as atlânticas. Além disso, os portugueses
dominavam toda a costa atlântica africana,
impedindo qualquer avanço nessa direção.
A solução encontrada pelos espanhóis foi
o recrutamento de navegadores italianos.
O genovês Cristóvão Colombo foi o mais
destacado e destemido, ao propor à Coroa
espanhola uma viagem não pela circum-navegação do continente africano, como
propunham os portugueses e a tradição da
Antiguidade, mas um caminho radicalmente novo: a travessia do Atlântico, sempre
rumo ao poente, com o objetivo de chegar
ao Oriente.
O genovês já havia proposto aos portugueses essa rota, em 1485, mas estes a rejeita-
ram, pois confiavam na saída pela África. No
ano seguinte, fez a mesma proposta à rainha
Isabel de Castela, que consultou seus conselheiros. Eles se manifestaram contrários ao
projeto, pois estimavam que a distância para
a China era muito grande, sendo impossível
vencê-la. Graças ao apoio dos mercadores,
especialmente de Vicente Yañez Pinzón, em
1492, após a vitória sobre os mouros, os
reis de Castela e Aragão decidiram dar uma
chance ao navegador. Colombo chegou ao
que pensou ser a Índia em 12 de outubro de
1492, abrindo, com isso, as portas para a
Expansão Marítima espanhola.
As expansões marítimas de Portugal e
Espanha teriam características muito diferentes. Os portugueses eram mestres navegadores e consideravam-se voltados para
o mar. Seus poetas, como Luís de Camões,
autor de Os Lusíadas (1572), descreveram
a saga de um povo de navegantes, graças
aos quais fundaram feitorias e cidades em
três continentes, América, África e Ásia,
sempre à beira-mar. Sua capital, Lisboa,
foi associada ao grande navegador mítico
da Grécia Antiga, Ulisses. Lisboa, a antiga Olissipo, seria a “cidade de Ulisses”,
fundada no extremo-ocidente do mundo
habitado. O nome do país, Portugal, já estabelece ligação ao Porto e ao mar. Dessa
forma, os portugueses dominaram o Atlântico Sul por quatro séculos e se aliaram,
desde a Idade Média, à outra única potência que também se definia como marítima,
a Inglaterra.
Os espanhóis, unificados sob o domínio
dos castelhanos do interior da Península Ibérica, sempre se posicionaram como potência
terrestre. A navegação foi deixada a cargo de
estrangeiros contratados e, depois da chegada à América, ela continuou a ser subsidiária à visão de império terrestre dos
espanhóis, que penetraram no novo continente em busca de riquezas. A administra-
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
ção colonial espanhola também ficava no
interior, em Sevilha e Madri, não na costa.
No continente americano, da mesma forma,
a administração foi estabelecida na cidade
do México, com muitas sedes administrativas no interior, como Bogotá e Cuzco. Enquanto Os Lusíadas, de Camões, pintavam
os portugueses como navegantes, Miguel
de Cervantes revelava o caráter interiorano
hispânico no seu Dom Quixote de la Mancha (1605). Por fim, os espanhóis foram inimigos acérrimos das potências marítimas:
Portugal, Inglaterra e Países Baixos, tendo
sofrido derrotas náuticas notáveis, como no
caso da destruição da sua Armada no Canal
da Mancha, em 1588.
1a etapa
Professor, no início da Situação
de Aprendizagem no Caderno do
Aluno, o texto a seguir possui caráter introdutório, e está sendo utilizado
como atividade de Leitura e análise de texto,
seguido por três atividades que visam aproximar os alunos do período histórico estudado
nesta Situação.
A Expansão Marítima resultou de acontecimentos ocorridos na Europa Ocidental,
com destaque para a centralização política
decorrente da formação das Monarquias Nacionais, a aliança entre o rei e a burguesia, a
política econômica dos Estados Modernos, e
o Mercantilismo. Em resumo, caracterizou-se
por ser um grande empreendimento econômico, político, social, militar e religioso.
As viagens marítimas eram muito arriscadas e estudos feitos por especialistas têm
mostrado que muitos viajantes da época dos
descobrimentos enfrentaram os mares sem a
garantia de chegada ao fim da viagem.
Elaborado especialmente para o
São Paulo faz escola.
Professor, a fim de despertar o interesse
dos alunos, você pode orientá-los a pesquisar as grandes navegações e a sintetizar em
um texto as informações pesquisadas sobre
como era o cotidiano a bordo das naus durante as viagens, conforme indicado na seção Lição de casa do Caderno do Aluno.
Na sequência, há uma atividade com
sugestão de pesquisa para confecção de legendas das imagens relacionadas ao tema:
astrolábio, bússola, quadrante, balestilha,
caravela, sextante, portulano, vela latina;
você poderá sugerir outros itens, tais como
monstros marinhos, mar, marinheiros, estrela polar e frota. Há também uma atividade de leitura de um mapa com a rota
utilizada pelos navegadores, que e solicita
aos os alunos que redijam um texto informativo sobre a rota realizada por cada um.
Na aula prevista, discuta o significado desses termos de forma a iniciar a caracterização do contexto da Expansão Marítima dos
séculos XV e XVI.
Posteriormente, apresente a proposta
da organização de uma história em quadrinhos, a partir de estudos sobre o tema. Organize um cronograma para que os alunos
ampliem a pesquisa sobre o tema proposto
e estabeleça critérios para a organização
dos grupos. A composição deve respeitar o
limite de quatro a cinco participantes.
2a a 4a etapa
Solicite a reunião dos grupos para iniciar o contato com outros materiais de pesquisa que se encontram no acervo escolar.
Você poderá orientá-los a identificar fragmentos de texto que sejam relevantes, reler
informações, buscar dados suplementares e
utilizar o dicionário. Desta forma, eles poderão ampliar o repertório sobre o tema e
localizar um recorte específico para a história em quadrinhos.
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Será importante que os alunos levem para
a sala de aula revistas de história em quadrinhos, a fim de analisar sua estrutura. Se considerar necessário, leve você mesmo e mostre
à classe a estrutura que, em geral, é usada
em sua formatação. Uma das aulas previstas
poderá ser utilizada para explicar que as histórias em quadrinhos têm como elementos
principais os personagens, o tempo, o espaço
e a ação e, para isso, é necessário identificar
alguns elementos com a moldura da história,
chamada de quadro. Cada quadrinho corresponde a uma cena, formando em seu conjunto
uma história sequencial.
Nesta Situação de Aprendizagem, é importante delimitar o número de quadros que irão
compor as cenas, que podem estar organizadas entre oito e dez quadrinhos. Para facilitar
a estrutura narrativa do texto, como nos mostra Djota Carvalho em A educação está no gibi
(2006), sugira que organizem um rascunho da
história, baseando-se na escolha do tema. Saliente aos alunos a importância da criação das falas
dos personagens nos chamados balões. Mostre,
ainda, que há diversos tipos de balões, como,
por exemplo, o da fala, do sussurro, do grito e
do pensamento, e que um recurso muito interessante é colorir o balão. Há, também, outras
formas para representação dos sons, sendo uma
das mais comuns o do barulho de alguma coisa
batendo: blan.
Outro recurso utilizado nas histórias em
quadrinhos é transportar para um objeto o sentido de uma palavra ou frase, dando a ela um
sentido figurado – que é a figura de linguagem
conhecida como metáfora. Em geral, nas histórias em quadrinhos, as metáforas são visuais e indicam um sentimento ou acontecimento, como,
por exemplo, o coração saltar pela boca de um
marinheiro que vai avisar ter visto sinais de terra.
Não se esqueça de solicitar aos alunos para desenhar representações características na composição das cenas, como nuvens, sol, estrelas, água,
aves, matas, montes e outras embarcações.
Oriente o trabalho nos grupos para seleção
de cenas, diálogos, criação das personagens e
finalização da história em quadrinhos. Oriente seus alunos para que selecionem diversos
personagens que poderão compor cenas, pensando situações em que eles estiverem envolvidos, por exemplo, uma viagem para buscar
uma nova rota de comércio; isso irá ajudá-los
a compor as diferentes cenas da história. Verifique os rascunhos, dando sugestões antes que
sejam passados para as folhas de sulfite, papel
kanson, jornal ou cartão.
Finalize a Situação de Aprendizagem com
uma apresentação das histórias em quadrinhos.
Avaliação da Situação de
Aprendizagem
Ao final da Situação de Aprendizagem, espera-se que seus alunos tenham conseguido criar
histórias em quadrinhos a partir dos estudos
realizados sobre as Grandes Navegações, mostrando a compreensão da proposta e a produção como recurso didático. Esse instrumento de
avaliação é muito importante, pois possibilita a
você e ao aluno a utilização de diferentes instrumentos de aprendizagem no ensino de História.
Os resultados serão diversos, pois cada grupo
poderá ter um eixo temático para compor a
sua história, como o imaginário europeu sobre
os monstros marinhos, o cotidiano a bordo das
naus, as viagens dos diferentes navegadores etc. O
que vale ressaltar é que, certamente, o resultado
será muito rico para o processo de aprendizagem
dos alunos, mostrando a importância da criatividade dos “roteiristas”, do domínio de outras
áreas do conhecimento e da língua portuguesa.
Sugira aos alunos que troquem as histórias em
quadrinhos com seus colegas de sala de aula,
para que todos possam conhecer os quadrinhos
produzidos. Será interessante analisar as leituras
e avaliar a originalidade das histórias, a pesquisa
para a construção da narrativa e a criatividade
das imagens. Finalmente, você pode montar uma
exposição das revistas, doando-as depois para a
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biblioteca da escola, para que outros alunos possam ter contato com o material produzido.
Proposta de questões para a avaliação
A próxima questão encontra-se no
Caderno do Aluno, na seção Lição
de casa.
Figura 11 – Canela em pau.
1. Peça aos seus alunos que levem à sala de
aula pequenas amostras de pimenta-do-reino, cravo, gengibre, cominho, açafrão
e canela, embaladas em saquinhos plásticos transparentes. Marque uma das suas
aulas para que os alunos possam organizar a montagem de um painel coletivo com
a definição de especiarias e sua utilidade.
Oriente a pesquisa no livro didático, em enciclopédias e materiais de apoio didático. A
tarefa será importante, pois possibilitará a
seus alunos conhecer alguns dos temperos
vindos de regiões da Índia, do Sudeste asiático e da África, utilizados no século XV
pelos europeus.
A canela, casca seca de uma árvore do sul da Índia, era
muito utilizada por seu aroma perfumado, especialmente
© Theresa Raffetto/StockFood/
Latinstock
em doces.
Figura 12 – Cravo.
As especiarias correspondem a um conjunto de produtos,
predominantemente vegetais vindos de regiões da Índia, do
O cravo é usado como tempero desde a Antiguidade, e o bo-
Sudeste asiático e da África, utilizados no século XV pelos europeus.
tão de sua flor seca era usado na China, não só como condientre outras coisas, prevenir o mau hálito. Viajantes árabes
vendiam cravos na Europa, ainda no Império Romano.
© Arco Images GmbH/Alamy/Glow
Images
© Jacek/Kino
mento para doces, mas também como medicamento, para,
Figura 13 – Gengibre.
Figura 10 – Pimenta-do-reino.
A pimenta-do-reino era utilizada nos séculos XV e XVI prin-
O gengibre é uma planta asiática difundida no mundo todo a
partir da Época Moderna graças às grandes navegações. Teve
cipalmente para disfarçar o gosto da carne, conservada sem
sempre muitos usos medicinais, além de alimentares. No período moderno, serviu para curar muitas doenças na Ásia, na
sal, e melhorar seu sabor.
Europa e no continente americano.
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gadores voltavam das viagens, e muitas lendas e seres fantásticos povoavam o imaginário a respeito do Oceano Atlântico:
monstros marinhos, como se pode observar na imagem presente no Caderno do Aluno, ímãs que puxavam as embarcações para o fundo e precipícios, por isso o nome Tenebroso,
que significa coberto de trevas, obscuro e desconhecido.
Figura 14 – Cominho.
O cominho é uma planta cujas sementes são usadas em
grãos, como especiaria, tanto na cozinha como na cura de
a) espanhol.
planta rejuvenescedora.
b) genovês.
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doenças. Seu alto teor de cálcio contribuiu para sua fama de
2. Em 1492, o navegador Cristóvão Colombo
comandou uma esquadra, a serviço do rei
da Espanha, com o objetivo de chegar ao
Oriente navegando em direção ao Oeste. O
navegador Colombo era:
c) português.
d) holandês.
e) inglês.
Cristóvão Colombo era genovês.
Figura 15 – Açafrão.
O açafrão é uma especiaria com aplicações medicinais e,
como a maioria das especiarias, é usada desde a Antiguidade.
De cor amarela, de onde parece derivar o nome (que significaria “amarelado”), foi muito usado na culinária oriental, da
Pérsia ao mundo árabe.
As questões a seguir encontram-se
na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno.
1. O Oceano Atlântico, no período das Grandes Navegações, era chamado de “Mar Tenebroso”. Explique as razões desse nome
em um pequeno texto.
Os europeus já navegavam em mares internos como o
Mediterrâneo, mas não possuíam tecnologia suficiente para
atravessar o oceano aberto. Não sabiam, portanto, o que haveria além do Oceano Atlântico. Inicialmente, poucos nave-
3. Um dos instrumentos mais importantes
para os navegadores era a bússola, composta de uma agulha magnética que aponta sempre para o Norte. Difundido pelos
árabes e aperfeiçoado pelos europeus, esse
instrumento é de origem:
a) chinesa.
b) egípcia.
c) portuguesa.
d) espanhola.
e) holandesa.
A bússola, segundo a maior parte dos estudiosos, é de origem
chinesa.
4. Portugal foi o primeiro Estado Nacional a
envolver-se com grandes expedições marítimas, e vários fatores foram importantes
para o pioneirismo português. Assinale a
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
alternativa que não contribuiu para a Expansão Marítima portuguesa.
tuação de Aprendizagem será importante para
incentivar as habilidades de leitura e escrita.
a) A burguesia enriquecida e atuante de
Portugal.
Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
compreensão do tema
b) A centralização do poder.
c) A existência de bons portos.
d) A falta de unidade política.
e) A posição geográfica.
A falta de unidade política dificultaria o pioneirismo português
Livros
AMADO, Janaína. Magia das especiarias: a
busca de especiarias e a expansão marítima.
São Paulo: Atual, 2001. (Nas Ondas da História). A autora analisa a relação entre o mundo
das especiarias e a expansão marítima.
na Expansão Marítima, atividade ousada autorizada politicamente pelo Estado e parcialmente financiada por este também.
Propostas de Situações de
Recuperação
Proposta 1
Uma possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema Grandes Navegações
é a organização de uma lista de instrumentos de
navegação. Oriente os alunos para que pesquisem no livro didático, em enciclopédias, dicionários ou materiais de apoio didático informações
e imagens sobre a bússola, o astrolábio, a ampulheta e o quadrante. Em seguida, peça que seus
alunos registrem as informações em um papel-cartão, kraft ou em uma cartolina, colando ao
lado uma imagem, para expor em um painel na
sala de aula ou no corredor da escola.
Proposta 2
Oriente a organização de um guia de curiosidades sobre as Grandes Navegações. Segundo o
Dicionário Houaiss da língua portuguesaa, curiosidade é o desejo de ver, ouvir, conhecer alguma
coisa, geralmente nova, original e pouco conhecida. Ao pesquisar sobre as Grandes Navegações, seus alunos selecionarão curiosidades para
registrar no caderno ou em uma cartolina. A Sia
AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz
Carlos. Colombo e a América: quinhentos anos
depois. 4. ed. São Paulo: Atual, 1992. (História Geral em Documentos). Neste volume: o
projeto de Colombo, o sonho de uma grande
viagem às Índia, os sucessos e fracassos das
viagens do navegador, os habitantes das Américas, cartas, documentos e ilustrações sobre
as expedições de Colombo.
CARVALHO, Djota. A educação está no gibi.
Campinas: Papirus, 2006. A obra apresenta
excelentes recursos para a utilização da história em quadrinhos na sala de aula.
Filmes
Cristóvão Colombo: a aventura do descobrimento
(Christopher Columbus: the discovery). Direção:
Jonh Glen. EUA, 1992. 120 min. Sem classificação etária. Nesse filme você poderá conhecer
melhor as expedições de Colombo, desde seu sonho de navegar para as Índias até a chegada à
América depois de diversas intempéries.
Marco Polo – viagens e descobertas. (Marco
Polo). Direção: Hugo Fregonese. Itália, 1961.
90 min. Sem classificação etária. A vida do
viajante veneziano que salvou a filha do
Grande Khan das mãos de marginais.
Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Edição eletrônica. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
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QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO
Volume 2
Volume 1
FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a Série/6o Ano
6a Série/7o Ano
7a Série/8o Ano
8a Série/9o Ano
– Sistemas sociais e culturais de notação de tempo
ao longo da história
– As linguagens das fontes históricas
– A vida na Pré-história e
a escrita
– Os suportes e os instrumentos da Escrita
– Civilizações do Oriente
Próximo
– África, o berço da humanidade
– Heranças culturais da
China e trocas culturais
em diferentes épocas
– O Feudalismo
– As Cruzadas e os contatos entre as sociedades
europeias e orientais
– Renascimento Comercial e Urbano
– Renascimento Cultural
e Científico
– Formação das Monarquias Nacionais Europeias Modernas (Portugal, Espanha, Inglaterra
e França)
– Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as
práticas das Monarquias
Absolutistas
– Reforma e Contrarreforma
– Expansão Marítima
nos séculos XV e XVI
– O Iluminismo
– A colonização inglesa e
a Independência dos Estados Unidos da América (EUA)
– A colonização espanhola e a Independência
da América espanhola
– A Revolução Industrial inglesa
– Revolução Francesa e
expansão napoleônica
– A família real no Brasil
– A Independência do
Brasil
– Primeiro Reinado no
Brasil
– Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX
– Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
– Revolução Russa e stalinismo
– A República no Brasil
– Nazifascismo
– Crise de 1929
– Segunda Guerra Mundial
– O Período Vargas
– A vida na Grécia
Antiga
– A vida na Roma
Antiga
– O fim do Império
Romano
– As civilizações do Islã
(sociedade e cultura)
– Império Bizantino e o
Oriente no imaginário
medieval
– As sociedades maia,
asteca e inca
– Conquista espanhola
na América
– Sociedades indígenas
no território brasileiro
– O encontro dos
portugueses com os
povos indígenas
– Tráfico negreiro e
escravismo africano no
Brasil
– Ocupação holandesa
no Brasil
– Mineração e vida
urbana
– Crise do Sistema
Colonial
– Período Regencial no
Brasil
– Movimentos sociais e
políticos na Europa no
século XIX
– O liberalismo e o
nacionalismo
– A expansão territorial
dos EUA no século XIX
– Segundo Reinado no
Brasil
– Economia cafeeira
– Escravidão e
abolicionismo
– Industrialização,
urbanização e imigração
– Proclamação da
República
– Os nacionalismos na
África e na Ásia e as
lutas pela independência
– Guerra Fria
– Populismo e ditadura
militar no Brasil
– Redemocratização no
Brasil
– Os Estados Unidos da
América após a Segunda
Guerra Mundial
– Fim da Guerra Fria e
Nova Ordem Mundial
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
GABARITO
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
O feudalismo em suas relações sociais, econômicas, políticas e religiosas
Leitura e análise de texto (CA, p. 7)
1.
Século
Data
Acontecimento
V
476
Queda de Roma, capital do Império Romano do Ocidente
XV
1453
Queda de Constantinopla, capital do
Império Romano do Oriente
Quadro 1.
Leitura e análise de imagem (CA, p. 8)
mo”, significa um conjunto de características econômicas,
1. Muralhas, castelo e torre de vigilância.
culturais, filosóficas, artísticas e religiosas, entre outras, liga-
2. As torres tinham função militar e defensiva. Nas torres, ficavam
das ao feudo.
os vigias que mantinham a segurança sobre a área do castelo,
e era onde também se guardavam os bens preciosos.
Leitura e análise de texto (CA, p. 12)
3. Estimule a observação da gravura. Destaque os elementos que
Explique aos alunos que eles devem levar em conta o con-
compunham a paisagem de uma cidade medieval fortificada,
teúdo do texto, para representá-lo através do desenho de três
como torre de vigilância, muralhas e castelo, para que os alunos possam criar um título com base nesses elementos.
campos de produção agrícola. Aproveite a oportunidade para
trabalhar a organização espacial da produção gráfica dos alunos
e para mostrar a importância da elaboração de uma legenda que
Leitura e análise de texto (CA, p. 9-10)
seja clara e coerente com o objetivo proposto pela atividade.
1. Grande propriedade rural dividida em três partes: a terra explorada diretamente pelo senhor; os mansos, terras entregues
aos camponeses para cultivo; e as terras comunais (bosques e
prados, por exemplo).
2. Entre outros, o texto se refere aos seguintes bens: terra, ponte,
moinho e lagar.
3. Para produzir a definição de um termo histórico, é preciso ler,
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
As Cruzadas e os contatos entre as sociedades
europeias e orientais
Leitura e análise de texto e imagem (CA, p. 18-19)
Sugestão de elementos presentes na representação: armadura, espada, escudo, capacete, cota de malha (armadura de couro
reler e reescrever diferentes informações sobre o assunto pesquisado, o que chamamos de reescrita. O momento da produção
retorcido ou de metal).
escrita é muito importante para que cada aluno consiga se apro-
Lição de casa (CA, p. 20)
priar do estudo da origem e do significado de diferentes termos
3. Durante a preparação da Terceira Cruzada (1189-1192), o papa
históricos, como o da palavra “feudalismo”, por exemplo.
autorizou vários pregadores a percorrer a Europa Ocidental e
As palavras terminadas com o sufixo -ismo geralmente representam um conjunto mais ou menos relacionado a de-
estendeu a indulgência, ou seja, o perdão dos pecados, para
terminado pensamento, princípio religioso, político, filosó-
aqueles que, não podendo participar da Cruzada, financiassem a ida de outras pessoas, o que aumentou o número de
fico ou artístico etc. No caso específico da palavra “feudalis-
participantes nesse movimento.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
O Renascimento Comercial e Urbano
do século XI, tendo como referencial as mudanças ocorridas nas
Leitura e análise de texto (CA, p. 26-27)
palavra “burgo”, portanto, discuta com os alunos as alterações
1. Faça um levantamento entre os alunos, perguntando que
significado eles atribuem à palavra “renascimento”. Muitos
ocorridas na Europa Ocidental a partir do século XI e, se necessário, solicite outras pesquisas.
consideram o significado de renascimento como “nascer de
1 - As elevações eram chamadas pelos germânicos de burg;
novo”, “crescer de novo”, “recuperar forças”, “entrar em processo de recuperação”.
2 - As cidades localizavam-se em elevações;
2. A palavra “urbano” origina-se do latim urbs, que significa “cidade”. A partir do século XI, ainda que de forma lenta e gradu-
cidades. As informações do texto estão relacionadas à origem da
3 - A língua escrita (latim) passou a referir-se à cidade como
burgus;
4 - Burg passou a designar a cidade.
al, as cidades passaram a oferecer muitas possibilidades para
seus habitantes, os chamados ofícios urbanos, como a carpin-
Pesquisa individual (CA, p. 30-32)
taria, a alfaiataria, a padaria e as perfumarias. A essa palavra es-
Ficha informativa: o Renascimento Comercial e Urbano
tão relacionadas expressões como: urbanização, urbanidade,
urbanismo, urbanizado, urbanizar.
3. Resposta pessoal. Tomando por base o texto, mostre aos alunos
atividades artesanais urbanas.
tato com o Oriente, o que possibilitou, entre outros fatores, o
• As Cruzadas estimularam o crescimento comercial e urbano,
pois possibilitaram o contato direto entre os mercadores europeus e os produtos orientais.
fortalecimento do comércio. Esses dados nos mostram que a
utilização da palavra “renascimento” para designar “nascer de
• O aumento da população ocorrido a partir do século XI tomou impulso com o aumento da produção de alimentos e as
que, desde o século X, a Europa Ocidental passou por diversas
mudanças, e o comércio marítimo, em especial na ligação entre o Mar do Norte e a Península Itálica, permitia manter con-
• Os burgos multiplicaram-se próximos das novas rotas de comércio: encruzilhadas, margens dos rios e regiões das feiras.
• O comércio pelo Mediterrâneo fortaleceu as atividades
novo” em relação ao setor comercial deve ser utilizada com
comerciais com o Oriente e possibilitou o aparecimento de
cuidado, pois o comércio sempre existiu em pequena escala.
novas cidades ligadas ao comércio, como Gênova e Pisa, na
4. As modificações nas técnicas agrícolas tiveram como consequência o aumento da produção de alimentos e das condições
atual Itália, e Bremen e Lübeck, na atual Alemanha.
• As feiras – reuniões de vendedores ambulantes, peregrinos
de saúde da população. Desse modo, houve um aumento po-
e camponeses em determinados locais, épocas e horários –
pulacional que contribuiu não somente com o crescimento
eram organizadas nos centros urbanos, podendo ser anuais
urbano, como também com o crescimento do comércio.
ou ocorrer por ocasião de festas religiosas.
Lição de casa (CA, p. 27-28)
2. • Ofícios urbanos: atividades ligadas ao espaço da cidade,
• As rotas de comércio, entre os séculos XIII e XIV, interligaram
diversas cidades europeias, africanas e asiáticas.
• O renascimento comercial e o urbano está interligado por
como alfaiataria, carpintaria, barbearia etc.
diversos fatores, com destaque para as Cruzadas, as feiras, o
• Alfaiataria: oficina ou loja – de um alfaiate – em que se cosem ou se costuram peças de vestuário.
comércio pelo Mediterrâneo, entre outros.
• Carpintaria: ofício de carpinteiro, o artesão que trabalha
com madeira na construção de estruturas e moradias.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
O Renascimento Cultural e Científico
• Urbanidade: comportamento relacionado à convivência no
Leitura e análise de texto (CA, p. 37-38)
espaço urbano, que envolve atitudes e modo de vida nas cidades.
1. Michelangelo Buonarroti, Rafael Sanzio e Leonardo da Vinci.
2. • Renascimento Cultural e Científico: a expressão refere-se à
• Corporações: grupos de pessoas organizadas em uma asso-
retomada de textos, valores e imagens da Antiguidade clássica
ciação do mesmo ofício.
greco-romana, por parte dos homens do final da Idade Média.
Fugindo do controle religioso da Igreja, tomaram os antigos
Leitura e análise de texto (CA, p. 29)
como modelo, a partir dos quais criaram sua literatura, arte e
Professor, observe que o desafio desta atividade será identificar
ciência. No campo da cultura, houve o resgate das obras antigas de filósofos como Platão e Aristóteles, de oradores como
fatos e acontecimentos ocorridos na Europa Ocidental a partir
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
Cícero, de biógrafos como Plutarco. Na área da ciência, foram
habitada por povos que os gregos chamavam de iberos – foi
valorizados os textos de geometria, matemática e geografia,
feita por cristãos ibéricos que ocupavam as terras ao Norte,
que procuravam um conhecimento experimental do mundo.
onde estavam os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão.
• Baixa Idade Média: período da Idade Média correspondente aos séculos XI a XV, em que ocorreram diversas mudanças,
Os territórios foram reconquistados dos mouros, designação
entre elas crescimento populacional, progressos técnicos, as
qual derivam os termos “mourejar” (trabalhar muito) e “mourisco” (estilo artístico muçulmano da Península Ibérica).
dada ao povo árabe-berbere habitante do Norte da África, da
Cruzadas e o aumento da produção agrícola, graças à utilização de novas técnicas, como a rotação trienal.
b) Monarquias Nacionais são regimes políticos baseados no po-
• Afrescos: um tipo de pintura sobre parede com base de ges-
der do rei. Surgem na Europa com o Renascimento comercial
so ou argamassa, generalizado pelas pinturas murais do Re-
e urbano e têm por característica a centralização política e
nascimento. A pintura era feita com pigmentos à base de água
a busca da expansão do poder real por meio do domínio de
sobre a argamassa ainda fresca. O nome “afresco” refere-se ao
rotas de comércio e territórios. Tal advento é consequência
fato de que os pigmentos são colocados antes de a argamassa
da crise do feudalismo e integra as transformações que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
secar, a qual absorve e fixa esses pigmentos.
Lição de casa (CA, p. 38-39)
• Racionalismo: movimento que propunha o uso da razão e
Leitura e análise de texto (CA, p. 47-48)
1. Peça aos alunos que leiam as palavras que destacaram e o signi-
da ciência.
ficado que encontraram, como forma de verificar se realizaram
• Humanismo: os filósofos do Renascimento consideravam
adequadamente a atividade. Como os termos podem variar, a
que o homem era a mais importante criatura de Deus, uma
correção coletiva da atividade se faz necessária e é uma boa
oportunidade de socializar diferentes termos entre os alunos.
vez que, por intermédio da razão, podia esclarecer muitas
informações e, por sua perspicácia, podia inventar outras
2. Este exercício busca mostrar aos alunos que a estrutura de um
tantas. Assim, o homem tornava-se mais próximo do mundo
texto é muito importante e que neste caso em especial a ideia
espiritual. Humanismo também é o nome dado a um movimento cultural e literário do final da Idade Média e início da
central é traduzida por uma frase que apresenta a mensagem
Moderna, marcando a transição entre a cultura medieval e o
Renascimento, baseado na retomada da cultura clássica, na
centrais, os alunos vão compreender a relação entre o conteúdo e a estrutura do texto, assim como as ideias secundárias,
observação da natureza e no estudo das línguas e das ciências.
que possibilitam ao leitor dominar o tema central e, por con-
que o autor pretende levar a seus leitores. Ao destacar as ideias
seguinte, redigir um título para o texto.
• Antropocentrismo: visão do mundo segundo a qual o ser
humano ocupa a posição central no universo; do grego antropos, homem.
3. Sugestão de título: A Reconquista e a formação de Portugal e
Espanha.
• Teocentrismo: visão do mundo segundo a qual Deus ocupa
a posição central do universo.
Leitura de mapas (CA, p. 48)
1. Os alunos deverão identificar dois títulos: (1) A Reconquista da
Península Ibérica (1080-1492) e (2) A Península Ibérica hoje.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
Formação das Monarquias Europeias Modernas
Trabalhando com dicionário (CA, p. 46)
Os dicionários e as enciclopédias são importantes instrumentos de pesquisa para identificação das palavras desconhecidas e
2.
a) Os alunos precisam reconhecer que os períodos retratados
em cada um dos mapas são: 1150, século XII; 1275, século
XIII; e hoje, século XXI. Além disso, espera-se que eles reconheçam que a coleção de mapas retrata o período de 1080
possibilitam a ampliação do vocabulário. Nesta atividade, peça
(século XI) a 1492 (século XV), que representa a duração da
aos alunos que registrem o significado dos termos selecionados
Reconquista da Península Ibérica.
e a fonte de pesquisa das palavras relacionadas ao tema que estamos estudando.
b) Os reinos de Portugal, Leão e Castela, Navarra, Aragão e os
a) A Reconquista dos territórios que hoje correspondem à Pe-
aparecem os mesmos reinos cristãos, e os domínios muçulmanos se restringem ao Reino Mouro de Granada. No mapa
nínsula Ibérica – região localizada no Sudoeste da Europa e
domínios muçulmanos no mapa de 1150. No mapa de 1275
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atual, “A Península Ibérica Hoje”, aparecem os territórios de
Portugal e da Espanha.
c) Nos mapas, as referências a “cristãos” e a “muçulmanos” indicam que, além de uma disputa territorial, também havia divergência de origem religiosa entre cristãos e muçulmanos.
d) A ampliação do domínio cristão e a gradual expulsão dos mu-
• Em 1179, Portugal foi reconhecido pelo papa como Monarquia independente.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as
práticas das Monarquias absolutistas
çulmanos da Península Ibérica, com a tomada de Granada,
Leitura e análise de texto (CA, p. 56)
último reduto muçulmano na Península Ibérica.
1. O Absolutismo pode ser considerado a forma de poder
3. A Guerra de Reconquista terminou em 1492, marcada pelo
característica do Estado Moderno. Se na Idade Média a in-
processo de expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica,
fluência real era limitada e os nobres e o clero detinham
que resultou na formação dos reinos cristãos que originaram
parcela considerável de força, o período moderno viu a
Portugal e Espanha.
consolidação do poder absoluto do rei. Mesmo no caso
dos pensadores católicos, que enfatizavam a tradição me-
Síntese de texto (CA, p. 49-50)
dieval, o poder absoluto era uma novidade e representa-
1. Ajude os alunos a selecionar no livro didático um texto sobre
va a forma de Estado que subsistiria até o limiar da época
como ocorreu a formação de Portugal. É preciso orientá-los para:
contemporânea, quando seriam instituídos regimes parla-
• registrar as referências bibliográficas do livro que contém o
mentares, que poriam fim ao poder absoluto. O ocaso do
texto escolhido;
Absolutismo variou de país a país. O primeiro a sair do po-
• listar as ideias centrais e as palavras-chave do texto;
der absoluto para a forma contemporânea de Estado, fun-
• destacar os conceitos;
dada na representação parlamentar, foi a Inglaterra, com
• sintetizar as ideias principais, seguindo a lógica estruturadora
a Revolução Gloriosa (1688), mas o grande paradigma da
do texto;
mudança foi a Revolução Francesa (1789). Alguns regimes
• centrar-se no que for essencial em termos de informação
absolutistas persistiram na Europa até o século XX: na Rússia
para compor a síntese.
czarista, esse tipo de governo só foi abolido com a Revolução Russa (1917).
b) Para o desenvolvimento do tema Formação de Portugal, é
muito importante contemplar as seguintes ideias centrais:
2. A expressão surgiu por causa dos pensadores do Absolu-
• Portugal no fim da Idade Média;
tismo, que tentaram resolver questões relativas à centrali-
• A Península Ibérica nos séculos VIII a XIII;
zação política por meio de teorias que demonstrassem o
• A Reconquista da Península Ibérica;
bom funcionamento da sociedade. Uma primeira escola
• A herança dos árabes em Portugal;
procurou explicar o poder por meio do Direito Natural, que
• A unificação de Portugal.
se inspirava, de alguma maneira, no antigo ius gentium dos
Palavras-chave: Península Ibérica, árabes, reinos cristãos,
mouros, Leão, Castela, Navarra e Aragão. Conceitos: Formação e Unificação de Portugal.
antigos latinos. Segundo os jusnaturalistas, como eram chamados, leis universais deveriam governar os Estados em suas
relações com os súditos e com os outros Estados. A segun-
c) Sugestão de uma síntese de texto: Formação de Portugal
da escola fundava suas considerações no direito divino dos
• Grande parte da Península Ibérica, no século VIII, era dominada por árabes.
reis, uma teoria de origem medieval, que considerava os reis
• Os reinos cristãos ocupavam as terras ao Norte: Leão, Caste-
como ungidos por Deus. Ambas as teorias, contudo, consideravam que o poder deveria estar na mão de um único
la, Navarra e Aragão.
senhor. O soberano deveria ter poder absoluto e inconteste,
• A partir do século XI, os cristãos ibéricos começaram as lutas
daí o nome Absolutismo. Entre eles destacaram-se Thomas
de Reconquista.
Hobbes e Jacques Bossuet.
• O rei de Castela e Leão, Afonso VI, com apoio dos nobres da
França, conquistou terras dos muçulmanos.
Pesquisa em grupo (CA, p. 57-58)
• No século XII, os exércitos do nobre Afonso Henriques, senhor do Condado Portucalense, conquistaram Lisboa (1147).
1. As biografias de dois dos principais teóricos do Absolutismo,
Jacques Bossuet e Thomas Hobbes, serão um interessante
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
instrumento para a compreensão do contexto sócio-históri-
lica e introduziram-se o catecismo (1568), o missal tridentino
co desses autores:
(1570) e uma edição revisada da Bíblia em latim (Vulgata Cle-
• sua inserção em um segmento social específico, parte inte-
mentina, de 1592). O combate ao protestantismo foi muito
grante da complexidade constitutiva de uma época;
fortalecido pelo Concílio de Trento.
• influências em sua formação;
• contexto familiar;
• contexto religioso etc.
Leitura e análise de imagem (CA, p. 65-66)
A imagem apresenta Lutero afixando as 95 Teses na porta da
Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Peça aos alunos que ob-
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
A Reforma e a Contrarreforma
servem a imagem e, com base nas informações históricas sobre a
Pesquisa individual (CA, p. 64-65)
Sugestão: Lutero e as 95 Teses.
Reforma e a Contrarreforma, escrevam um título.
a) Indulgência: é o perdão dos pecados cometidos na vida terrena, concedido aos cristãos pela autoridade máxima da Igreja
Católica, o papa, mediante a compra da indulgência.
Resumo hierarquizado (CA, p. 66-69)
Nesta atividade, o objetivo é levar os alunos a elaborar uma
b) Index: o Index Librorum Prohibitorum, ou Index (“Índice dos
síntese do texto sobre a Reforma, tendo como modelo a estrutura
Livros Proibidos” ou “Lista dos Livros Proibidos”), foi criado
de um resumo hierarquizado. Para facilitar, retome com eles as
como uma das medidas do Concílio de Trento (1545-1563),
etapas para a montagem de um resumo hierarquizado:
com base em uma lista de livros de leitura proibida para os
1. Martinho Lutero.
católicos, que incluía obras inteiras ou algumas cujas páginas
1.1.Em 1517, propôs a discussão sobre a venda de indulgências.
deveriam ser retiradas; sua suspensão pela Igreja só ocorreu
1.2.Rompeu com Roma depois de ser excomungado e fundou as
em 1966, quatro séculos depois.
c) Martinho Lutero: nascido na Alemanha em 1483, tornou-se
bases do protestantismo.
2. As propostas do protestantismo.
monge da ordem agostiniana e, em 1507, foi ordenado padre.
2.1.Alfabetização dos fiéis para a leitura da Bíblia.
É considerado o precursor da Reforma na Europa, ao questionar discussões sobre a venda de indulgências e alguns dogmas
2.2.Fim do sacerdócio.
da Igreja Católica. Em 1517, afixou na Catedral de Wittenberg
2.3.Não utilização do latim, fim da confissão e da comunhão em
seus cultos.
uma carta com 95 teses criticando a venda de indulgências pela
3. A Contrarreforma.
Igreja. Então, foi excomungado pelo papa Leão X e expulso da
3.1.Reação da Igreja Católica contra o avanço do protestantismo.
Igreja Católica. Na ocasião, refugiou-se no castelo de Frederico
3.2.Convocação do Concílio de Trento (1545-1563).
da Saxônia, onde iniciou a tradução da Bíblia do latim para o
3.3.Reafirmação dos dogmas da Igreja Católica.
alemão. Faleceu em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos.
3.4.Elaboração de um catecismo.
d) Predestinação: conceito teológico que gerou inúmeras controvérsias, em particular na história do cristianismo. Em geral,
3.5.Criação da Companhia de Jesus.
4. Os conflitos entre católicos e protestantes.
a predestinação significa que Deus tudo sabe e prevê e que
4.1.Batalhas entre católicos e huguenotes.
alguns estão predestinados à salvação e outros, à perdição.
4.2.Massacre de São Bartolomeu (24 de agosto de 1572).
Constitui parte importante de movimentos reformistas, como
4.3.Henrique IV (1589-1610) converteu-se ao catolicismo, mas
o calvinismo.
e) Concílio de Trento: a palavra “concílio” significa reunião, conselho, assembleia; neste caso, trata-se de uma reunião de au-
permitiu a liberdade religiosa aos protestantes pelo Édito de
Nantes.
assuntos relacionados à doutrina da Igreja. Ante o avanço do
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
Expansão Marítima nos séculos XV e XVI
protestantismo, a Igreja Católica convocou um concílio em
Leitura e análise de texto (CA, p. 72)
Trento, cidade italiana, de 1545 a 1563, para rever as doutrinas
2. Entre os fatores fundamentais que podem ser considerados
e práticas, de modo a enfrentar os movimentos reformistas.
desencadeadores da Expansão Marítima ocorrida nos séculos
Foram tomadas medidas contra a corrupção na Igreja Cató-
XV e XVI podemos destacar: a centralização política decorrente
toridades católicas presidida pelo papa, em que se discutem
73
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da formação das Monarquias Nacionais, a aliança entre o rei e
mitia determinar a latitude entre o ponto de partida e o lugar
a burguesia, a política econômica dos Estados Modernos e o
onde estava o barco, tomando-se por base a altura da Estrela
Mercantilismo.
3. Sugestão de título: A Europa Ocidental e a Expansão Marítima.
Polar ou de um astro qualquer ao cruzar o meridiano do lugar.
Lição de casa (CA, p. 72-74)
medir em graus a altura que une o horizonte ao astro e, dessa
Esta pesquisa tem como objetivo buscar informações sobre o
cotidiano a bordo das naus durante as viagens marítimas, que po-
• A balestilha é um instrumento para navegação náutica, fundamental para a Expansão Marítima moderna, utilizado para
forma, determinar os pontos cardeais.
dem ser apresentadas em tópicos, segundo os temas pesquisados.
• A caravela foi o tipo de embarcação que permitiu as grandes viagens oceânicas da época moderna. Desenvolvida pelos
Como curiosidade, conte aos alunos que cada tripulante
portugueses, pesava entre 50 e 100 toneladas e tinha cerca de
tinha direito a uma cota mensal de alimentos, e apenas ao
30 metros de comprimento. Com dois a quatro mastros, era
capitão e aos comandantes era permitido consumir ovelhas e
pequena para os padrões modernos, mas conseguiu seguir
galinhas levadas na viagem. A água doce era armazenada em
tonéis e, em geral, por causa do tempo, ficava com gosto horrível e cheiro fétido, e para melhorar seu sabor misturava-se
viagens por todo o mundo e cruzar águas profundas.
• O sextante é um instrumento náutico usado para medir a
abertura angular entre a vertical de um astro e o horizonte
vinho. As caravelas passaram por várias mudanças ao longo do
para fins de posicionamento do navio no globo. Um sistema
tempo e, usualmente, possuíam a seguinte estrutura: quilha,
de dupla reflexão, formado por um espelho móvel e um espelho fixo, permite fazer coincidir as imagens do horizonte visual
casco, convés, proa, popa, tolda, mastro grande, verga, vela latina grande, leme, amarras, âncora, cabos, amurada, mastro da
e do objeto observado. O sextante marítimo permite realizar
mezena e vela latina.
A tripulação das embarcações era formada por várias pessoas
medições angulares com exatidão.
• O portulano é um antigo sistema de localização de portos
de diferentes origens sociais, que desempenhavam uma série de
(daí o nome “portulano”) feito em uma representação gráfica
atividades. Suas funções eram as de capitão-mor, capitão, piloto,
ou figurada, aperfeiçoado e utilizado pelos portugueses desde
guarda, barbeiro, timoneiro, cartógrafo, veleiro, marujos, comerciantes, religiosos, carpinteiros, ferreiros, pajens e grumetes, em
o século XIII. Anterior às medições de longitudes e latitudes,
esse sistema permitia a navegação apenas com o uso de bússola e foi importante para as viagens costeiras.
geral garotos responsáveis pela limpeza do convés, por içar as
velas e cuidar da organização das cordas, entre outras funções.
• A vela latina era uma vela triangular ou quadrangular, com um
dos lados preso em mastro, e trabalhava no sentido proa-popa.
Pesquisa individual (CA, p. 74-78)
A inclinação dessa vela permitia navegar contra o vento, o que
1. • O astrolábio é um antigo instrumento astronômico utiliza-
foi fundamental para as grandes navegações oceânicas.
do para localizar o Sol e as estrelas no céu. Ao se colocarem
2. Novamente, sugerimos que os alunos sejam estimulados a
os componentes móveis em determinada data, a posição dos
pesquisar em seu livro didático. Como consequência das
astros estará representada. O astrolábio marítimo servia para
Grandes Navegações, eles deverão apontar a descoberta de
determinar a latitude de um barco no mar, por meio da medida da altitude do Sol ao meio-dia e da altitude meridiana
novos territórios e a ampliação da noção geográfica de mundo, o aumento dos domínios reais, a descoberta de novos po-
de uma estrela cuja trajetória era conhecida. Permitia viagens
vos, desconhecidos para os europeus, e também a obtenção
de novas riquezas.
marítimas em alto-mar.
• A bússola é o instrumento que define a direção dos pontos
3. • Bartolomeu Dias. Em 1487/1488, o navegador português
cardeais, e a sua agulha sempre indica o polo magnético do
Bartolomeu Dias conseguiu dobrar o Cabo das Tormentas,
que depois recebeu o nome de Cabo da Boa Esperança.
Hemisfério Norte. Originalmente uma invenção chinesa, foi
aperfeiçoada pelos portugueses para o uso em navegação: ao
• Vasco da Gama. Em 1498, Vasco da Gama, contornando o continente africano, descobriu um novo caminho para as Índias.
• Pedro Álvares Cabral. Capitão-mor da expedição marítima
ampliar o número de divisões de 24 para 36, aumentou-se a
sua precisão.
• O quadrante, um instrumento náutico antigo, de 1460, era
portuguesa que partiu no dia 9 de março de 1500 da Praia
usado para calcular a altura dos astros. Com formato de um
do Restelo, às margens do Rio Tejo, em Lisboa. A frota, composta de 13 embarcações, tinha como objetivos fundar feito-
quarto de círculo, marcava graus de 0 a 90. O quadrante per-
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História – 6ª série/7º ano – Volume 1
rias, efetivar novas ocupações e ampliar os negócios com o
as personagens, o tempo, o espaço e a ação e, para isso, é ne-
Oriente. Afastou-se da rota de Vasco da Gama, direcionando-
cessário identificar alguns elementos, como a moldura, chamada
-se para o Sudoeste, e chegou ao litoral de Porto Seguro em
de quadro. Cada quadrinho corresponde a uma cena e, em seu
22 de abril de 1500.
conjunto, eles formam uma história sequencial.
• Cristóvão Colombo. Navegador genovês (da cidade de Gênova) que embarcou no Porto de Palos, na Espanha, em 3 de
cenas, que podem ser desenhadas em oito a dez quadrinhos. Para
agosto de 1492. Buscava encontrar uma nova rota de comér-
facilitar a estrutura narrativa do texto, sugira que organizem um
cio para as Índias; navegando a oeste, acreditava que chegaria
rascunho da HQ baseado na escolha do tema.
Nesta atividade, é muito importante delimitar o número de
ao Oriente. No dia 12 de outubro de 1492, chegou a um novo
Em um segundo momento, oriente o trabalho das duplas
continente, onde aportou em uma ilha das Antilhas, chamada
para seleção de cenas, diálogos, criação das personagens e finalização da HQ. Uma técnica muito eficaz para a organização das
pelos nativos de Guanaani, e retornou para a Espanha acreditando ter descoberto um novo caminho para as Índias.
Pesquisa em grupo (CA, p. 79-80)
personagens que poderão compor as cenas – por exemplo, uma
viagem em busca de uma nova rota de comércio – é utilizar as diversas situações em que elas estão envolvidas. Essas personagens
Peça aos alunos que se reúnam em duplas para escolher um
poderão ser tiradas de recortes prontos, que ajudarão a formar
tema sobre a Expansão Marítima, que deverá ser utilizado para a
as diferentes cenas da história. Verifique os rascunhos dos alunos,
produção de uma história em quadrinhos (HQ). Será importante
dando sugestões e elogiando as iniciativas tomadas pelos grupos,
que os alunos levem HQs para a sala de aula para analisar a estrutura delas. Se for necessário, leve uma HQ para a classe e mos-
antes que sejam passados para as folhas de sulfite, papel kanson,
tre a sequência como, em geral, elas são organizadas. É preciso
papel-jornal ou papel-cartão. Finalize a atividade com uma apresentação das HQs, que, após avaliação, poderão ser expostas no
fazê-los notar que essas histórias têm como elementos principais
mural da classe ou da escola.
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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL
NOVA EDIÇÃO 2014-2017
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB
Coordenadora
Maria Elizabete da Costa
Diretor do Departamento de Desenvolvimento
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva
Diretora do Centro de Ensino Fundamental
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Profissional – CEFAF
Valéria Tarantello de Georgel
Coordenadora Geral do Programa São Paulo
faz escola
Valéria Tarantello de Georgel
Coordenação Técnica
Roberto Canossa
Roberto Liberato
Suely Cristina de Albuquerque Bomfim
EQUIPES CURRICULARES
Área de Linguagens
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli
Ventrela.
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Silveira.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes
Nogueira.
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa,
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
Área de Matemática
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros,
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley
Aparecido Cornatione.
Área de Ciências da Natureza
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e
Rodrigo Ponce.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e
Maria da Graça de Jesus Mendes.
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.
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Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos
Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.
Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Meira de Aguiar Gomes.
Área de Ciências Humanas
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e
Teônia de Abreu Ferreira.
Área de Ciências da Natureza
Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Santana da Silva Alves.
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso,
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy
Fernandez.
Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO
PEDAGÓGICO
Área de Linguagens
Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia
Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista
Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia
Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza,
Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena
Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de
Campos e Silmara Santade Masiero.
Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz,
Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina
Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda
Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso,
Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar
Alexandre Formici, Selma Rodrigues e
Sílvia Regina Peres.
Área de Matemática
Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis
Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi,
Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia,
Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan
Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello,
Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi,
Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,
Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Luís Prati.
Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino,
Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Plana Simões e Rui Buosi.
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Área de Ciências Humanas
Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
e Sonia Maria M. Romano.
História: Aparecida de Fátima dos Santos
Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Tânia Fetchir.
Apoio:
Fundação para o Desenvolvimento da Educação
- FDE
CTP, Impressão e acabamento
Esdeva Indústria Gráfica Ltda.
08/11/13 14:48
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
EDITORIAL 2014-2017
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
Presidente da Diretoria Executiva
Antonio Rafael Namur Muscat
Vice-presidente da Diretoria Executiva
Alberto Wunderler Ramos
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
À EDUCAÇÃO
Direção da Área
Guilherme Ary Plonski
Coordenação Executiva do Projeto
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gestão Editorial
Denise Blanes
Equipe de Produção
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier,
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo,
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e
Tiago Jonas de Almeida.
CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS
CONTEÚDOS ORIGINAIS
Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
Martins e Renê José Trentin Silveira.
COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS
CADERNOS DOS ALUNOS
Ghisleine Trigo Silveira
Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
Sérgio Adas.
CONCEPÇÃO
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini
(coordenadora) e Ruy Berger (em memória).
AUTORES
Linguagens
Coordenador de área: Alice Vieira.
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami
Makino e Sayonara Pereira.
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti,
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles
Fidalgo.
LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
González.
História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
Raquel dos Santos Funari.
Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
Schrijnemaekers.
Ciências da Natureza
Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
José Luís Marques López Landeira e João
Henrique Nogueira Mateos.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e
Yassuko Hosoume.
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e
Vanessa Leite Rios.
Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado.
Matemática: Nílson José Machado, Carlos
Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz
Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério
Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e
Walter Spinelli.
Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design
Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).
Ciências Humanas
Coordenador de área: Paulo Miceli.
Caderno do Gestor
Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Felice Murrie.
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas
* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são
indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no
Caderno do Professor para apoiar na identificação das
atividades.
HISTORIA_CP_6s_Vol1_2014.indd 80
S239m
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; história, ensino
fundamental – anos finais, 6ª série/7º ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini;
equipe, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli, Paulo Miceli, Raquel dos Santos
Funari. - São Paulo: SE, 2014.
v. 1, 80 p.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
ISBN 978-85-7849-538-1
1. Ensino fundamental anos finais 2. História 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Silva,
Diego López. III. Silva, Glaydson José da. IV. Bugelli, Mônica Lungov. V. Miceli, Paulo. VI. Funari, Raquel
dos Santos. VII. Título.
CDU: 371.3:806.90
31/10/13 14:26
Validade: 2014 – 2017
a
o
5 SÉRIE 6 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
ARTE
Linguagens

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