Faça aqui o do livro Capital (baixa

Transcrição

Faça aqui o do livro Capital (baixa
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Capital
São Paulo e seu
patrimônio arquitetônico
fotografias – Juan Esteves
organização – Antonio Carlos Abdalla
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Prédios da Rua Xavier de Toledo (Hotel Amália ao centro)
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Prédios da Rua XV de novembro – (Bolsa de Valores de São Paulo em primeiro plano)
A Brasilprev vê na arte uma imensa fonte de inspiração e apóia projetos que a valorizem nas suas mais variadas formas.
Assim, é com imenso prazer que levamos até você a história da cidade de São Paulo, traduzida no
livro Capital, realizado pela Atitude Brasil e patrocinado pela Brasilprev.
Marcada por duas formas de arte que têm muito em comum - a Arquitetura e a Fotografia - esta obra
revela, em belíssimas imagens, a incrível coleção de construções e histórias que passam desapercebidas no
dia-a-dia de todos nós que moramos, visitamos ou nos aventuramos pela terra da garoa.
Com seus contrastes e paradoxos, a cidade de São Paulo, que carinhosamente abriga a sede da
nossa empresa, tem muito a mostrar. Então, convidamos você a conhecê-la sob outra perspectiva
e esperamos que ela lhe inspire a pensar, planejar e colocar em prática os seus projetos de vida aqueles que nós, da Brasilprev, temos o orgulho de ajudar você a viabilizar.
Um abraço,
Brasilprev Seguros e Previdência
Como podemos compreender quem realmente somos? Que coisas nos identificam como povo, senão o reflexo das
construções que fazemos de nós mesmos? Nosso caráter se revela na edificação das nossas atitudes, na estética que
se manifesta na arquitetura sonhada e na nossa visão da realidade. Que há de mais concreto para exprimir nossa
história? Onde solidificamos os alicerces do nosso caráter? Há quem diga – acertadamente – que a arquitetura é
o espelho de uma sociedade. São Paulo não é exceção a essa regra. Quantos segredos guarda nosso patrimônio
arquitetônico, quanto sentimento se exprime na multifacetada arquitetura com que forjamos nossa capital?
Como resultado de uma guerra de tendências – como o ecletismo e o revivalismo – fomos moldando o caráter de
nossa cidade. Nascida e mantida como cidadela durante muito tempo, São Paulo recebeu no início de seu espantoso
crescimento a marca indelével daqueles que lutaram por uma forma de ser brasileiros – e, mais ainda, uma forma
de ser paulistanos – e buscaram traduzir em apenas um conceito ou movimento artístico essa identidade tão difícil
de se definir. Não, São Paulo precisava expressar toda a sua diversidade, toda a exuberância de seu pluralismo.
Assim se foi construindo, com o passar dos tempos, aquilo que chamamos de nossa cidade, representada pelas
belíssimas obras arquitetônicas que refletem a imensa beleza de seu povo. Rejeitamos o neoclássico na busca por
uma estética inteiramente nossa, algo que nos pudesse definir ou expressar nosso caráter. Foi na luta de nossos pais
que nos edificamos e nos concretizamos como cidade e como nação.
Foi gratificante para a Atitude Brasil desenvolver o atual projeto. Envolvemo-nos profundamente no
resgate daquilo que nossos antepassados guardaram, com tanto carinho, nas paredes deste nosso tesouro
arquitetônico. Buscamos desvendar os mistérios incrustados naquelas edificações que – em virtude da
correria que imprimimos ao nosso cotidiano – muitas vezes nos passam desapercebidas. Por igual motivo
não conseguimos ouvir os clamores da nossa história, que com vigor grita aos nossos olhos para ser notada.
É disto que nos regozijamos – de apresentar desnuda a nossa mais bela amante, aquela que tanto inspirou
escritores e compositores, que a tantos acolheu e permitiu ser chamada de “sua cidade”: nossa inesquecível
e amada São Paulo, em todo o esplendor ímpar de suas construções.
Atitude Brasil
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Capital. São Paulo. Patrimônio de todos.
“A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos,
em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa,
no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso,
a ele dedicamos nossa casa”.
Carta do Padre José de Anchieta aos seus superiores da Companhia de Jesus, na Europa Que cidade é esta, afinal? Onde fincamos raízes e estão nossas verdadeiras referências históricas, familiares e profissionais?
Referências afetivas, enfim? Não devemos nos esquecer de que São Paulo nasceu paupérrima e hoje é uma megalópole que
se mostra impressionante em imagem e grandeza. É fascinante e quase inacreditável constatarmos que há 100 ou 110
anos São Paulo ainda tinha áreas inteiras de construções rústicas coloniais (em pau-a-pique ou taipa de pilão), ruas
de terra batida e uma vida que transcorria pacata e arrastada como numa província qualquer, mal saída da infância
– longa, é verdade – e que caminhava, meio claudicante, para a maturidade.
Pois o Centro Histórico de São Paulo é depositário de rico passado e felizmente ainda preserva testemunhas importantes
da rápida urbanização e verticalização que transformou radicalmente a feição da cidade. É injustificável que um local que
reúne grande parcela do desenvolvimento citadino – com vários exemplares referenciais de arquitetura de todos os
períodos, equipamentos culturais ainda hoje únicos e festejados, órgãos de serviços e administração importantes e a
melhor rede de transporte urbano – permaneça quase esquecido, à parte da atualização dos equipamentos urbanos
e perdendo, dia após dia, moradores, profissionais e frequentadores numa concorrência desleal e obtusa com outros
núcleos da cidade, distantes, historicamente irrelevantes e afetivamente inexistentes.
São Paulo é, antes de tudo, sua região central. O espraiamento do núcleo urbano ocorreu em função do crescimento natural,
ou não, da cidade mas, de qualquer forma, o núcleo central constitui-se na principal referência de seus moradores. Todos
os outros bairros – ou novos centros, como se afirma comumente – surgiram já depois da fixação da cidade como centro
desenvolvimentista, que carrega o peso de ser “a cidade que nunca para” e “a cidade que mais cresce no mundo”. Um
equívoco, cujas graves consequências experimentamos no dia-a-dia da convivência com esta cidade que cresceu
– e cresce – desordenadamente, descaradamente contra toda lógica e regra de urbanismo. Se por um lado esse
crescimento acelerado possibilitou a São Paulo constar entre as maiores e mais importantes megalópoles do planeta,
por outro faz-nos pagar um preço régio, muito além do que seria razoável e prudente.
Mas, afinal, o que desencadeou o processo de decadência e debandada da região central, atualmente quase lançada à própria
sorte? À parte da sede insaciável pelo novo (comportamento esse incentivado rigorosa e constantemente pelo cultivo da
novidade a qualquer custo – muito mais no hemisfério ocidental, sempre ávido por resultados imediatos e consumistas),
pela especulação imobiliária desenfreada, pela necessidade, justificável ou não, de se ampliar a rede de serviços e moradias
para as classes A e B, pela perpetuação de administrações municipais omissas e pela falta de cultura geral, ocorre-me uma
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ideia ousada e, talvez, um tanto romântica: a de que por trás de grande parte desse desleixo pelo historicamente válido e esteticamente
reconhecido estão, como uma das causas (mas não a única, é claro), os modernistas históricos. Sim, eles mesmos, os que promoveram
a Semana de Arte Moderna de 1922 no Teatro Municipal, então ainda polo irradiador de cultura e influência na São Paulo timidamente
saída da idade infantil e recém-chegada à adolescência. Por quê? Porque os modernistas históricos foram principalmente iconoclastas
(como era necessário em um movimento de ruptura) e, valorizando talvez em demasia o estilo colonial (para ficarmos apenas na
arquitetura), atacaram de forma virulenta as outras escolas de arquitetura – o Neoclássico, o Republicano, o Art Nouveau, o Art Déco e
aquele que estava então em evidência, o Eclético. Intelectual e argumentativamente fortes, parece terem afundado todos os edifícios
não coloniais num verdadeiro remoinho, para serem destruídos de forma inclemente e rápida.
Vale lembrar que todos os modernistas tinham rica e profunda cultura europeia – francesa – e, posando de nacionalistas
exacerbados, talvez tenham errado na dose e causado um verdadeiro terremoto do qual pouco sobrou. Como forma de
compensação pelo estrago, esses revolucionários burgueses deixaram abertas as portas para um movimento que, ainda
hoje incompreendido, deixou belos exemplos arquitetônicos pela cidade – o Neocolonial. Ironicamente, também esta escola
neocolonial é hoje vítima da fúria das demolições e corre o risco de ficar limitada a uns parcos exemplares, quando até à
década de 1970 bairros inteiros tinham centenas de exemplares desse quase-experimentalismo, de interessante valor.
Considerando que o Movimento Modernista teve importância e repercussão nacionais, talvez isso possa servir de justificativa
para o fato de que por todo o Brasil as cidades tornaram-se feias, mergulhadas numa febre incontida de modernização,
transformadas num acúmulo de aleijões arquitetônicos, uma periferização (no mau sentido) generalizada e
incontrolável. Também uma excessiva valorização da chamada Arquitetura Moderna, a partir dos anos 1950, elegeu
de forma excludente e quase obcecada, certos ícones da arquitetura brasileira que – apesar de valorosos – não são
os únicos expoentes a serem reconhecidos e respeitados. Outro equívoco, fique claro.
Tudo isto de introdução serve para apresentar um livro que pretende dar noção do que a cidade de São Paulo colecionou de
bons exemplos de arquitetura. Mostrando construções ligadas à fundação da cidade (via de regra igrejas, compreensivelmente
mais fáceis de serem preservadas), algumas poucas moradias da elite, exemplos do início da verticalização, da arquitetura
bancária (muito interessante), dos grandes edifícios comerciais, residenciais e oficiais e passando por toda uma gama de
estilos, as fotografias do presente trabalho vão surpreender. Os trabalhos de Juan Esteves dão uma visão nova do que a
cidade guarda de beleza, que passa desapercebido de todos os que se aventuram na correria do dia-a-dia e não conseguem
perceber que – como em qualquer outra cidade do mundo (contrariamente à nossa, valorizadas e exploradas à
exaustão) – São Paulo tem muito a mostrar. Basta ampliarmos nosso campo de visão e procurarmos olhar – em
oposição a tanta feiúra e violência – com carinho, respeito e admiração para tantos e tantos prédios, habitados e
vividos pelos moradores desta cidade quase inumana, mas sempre a mesma, nascida em paupérrima e estreitíssima
casinha. Há muito para olhar e para se surpreender. Benvindos a esta viagem dos sentidos e lembranças!
São Paulo, abril de 2010
Antonio Carlos Abdalla
Andando pelo centro de São Paulo.
A arquitetura conta, a sua maneira, a história de uma cidade. Por meio de suas construções podemos
perceber também o quanto o homem evoluiu e o quanto não. Por maior que seja a falta de atenção, uma
pessoa não fica indiferente ao andar pelas ruas de Roma ou Paris, por exemplo. Os vestígios de suas antigas
civilizações chamam a atenção do transeunte inexoravelmente. Estão ali, expostos, clamam pelo nosso
olhar, buscam por alguém que escute novamente suas histórias.
A cidade de São Paulo não é muito diferente. Precisamos, em certos momentos, voltar à sua
arqueologia recente. Apesar de centenária, ao contrário da arquitetura italiana ou francesa, não está ali
protegida, destacada. Nossa “Capital” histórica reside, inerte, sobre diversas camadas, que nos afugentam
de sua percepção. Creio que a função da fotografia é penetrar esta trama e revelar o que a maioria não vê,
quase uma restauração de um objeto digno de ser preservado e estudado.
Venho de uma família de arquitetos há três gerações. Arquitetura e fotografia tem muito em comum. Fotografia e
história mais ainda, lidam com a memória, com aquilo que deve ser mantido e, quase me torno a quarta geração.
Entretanto, as imagens que via em antigas coleções de revistas como Habitat e Módulo, ainda garoto, e mais tarde
a revista Projeto, me incutiram outros caminhos, que não o da construção, mas o da preservação pelo registro
imagético. Coisas na verdade não excludentes, mesmo quando documentais e artísticas.
O roteiro desta Capital tem muito de autoral. O uso do preto e branco remove a temporalidade dos edificios,
tornando-os mais palpáveis em suas nuances, em suas tonalidades, e principalmente na suas belíssimas
geometrias que beiram o dramático em sua acepção mais ampla. A remoção dos ruídos, que impedem a visão
clara, os tornou definitvamente mais legíveis e, em certos casos, renovados em seu esplendor original.
O centro histórico que observamos no perímetro traçado pelo curador Antonio Carlos Abdalla é compacto, resultado
de uma expansão violenta e não muito organizada. À medida que a cidade se verticalizou, esta compactação
aumentou ainda mais. Um desafio enorme para quem trabalha com luz e sombra, fundamentos básicos de
qualquer imagem, monocromática ou não, mas de certa forma extremamente prazeroso em sua busca.
Minha intenção foi produzir imagens que se tornassem próximas de seu registro memorialista, mas que não
perdessem a afinidade com o observador. Por isso a escolha de ângulos que salientassem mais as características
arquitetônicas e menos sua totalidade, que na verdade, seria impossivel vertê-la por um mero aparato ótico como
a câmera fotográfica. Aquele mesmo ângulo visto por qualquer pessoa que andasse pelas ruas, ou melhor por
aquele flâneur, buscando delicadas marcas entre um gigantesco bloco.
Aos edifícios abundantes em detalhes, esculturas, pórticos, platibandas, marquises e relevos, se somaram aqueles
ricos em sua simplicidade, frutos das mudanças radicais ao longo de décadas. Mostram como estas criações sairam
das pranchetas de seus autores. A arquitetura de Ramos de Azevedo e Oscar Niemeyer não são divergentes, pelo
contrário, se somam em caminhos que aquele que vive ou passa por São Paulo pode apreciar.
A imagem fotográfica nos fornece um privilégio de poucos. Aproxima detalhes, revela formas detrás de marquises
e de belíssimas esquadrias. Mostra que com diferentes luzes, temos também diferentes geometrias. Mas, acima
de tudo nos leva ao registro desta memória eletiva e igualmente afetiva. Uma promessa de preservação e de
lembranças, entre elas, que na frente destes edificios ou por suas magníficas portarias, passaram nossos familiares,
nossos amigos ou simplesmente anônimos que ajudaram a construir este patrimônio que se chama São Paulo.
Juan Esteves
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Igreja e Museu Beato José de Anchieta – Pátio do Colégio
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Catedral Metropolitana de Sant’Ana – Praça da Sé
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Catedral Metropolitana de Sant’Ana – Praça da Sé
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Abadia Beneditina de Nossa Senhora da Assunção – (Mosteiro de São Bento) – Largo de São Bento
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Igrejas de São Francisco e das Chagas do Seráfico Pai São Francisco (Ordem Terceira Franciscana) – Largo de São Francisco
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Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo) – Avenida Rangel Pestana
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Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte – Rua do Carmo
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Igreja de São Gonçalo – Praça João Mendes
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Igreja de Santo Antonio – Praça do Patriarca
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Igreja de Santa Ifigênia – Largo Santa Ifigênia
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Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos – Largo do Paiçandú
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Sobrado – Rua Roberto Simonsen
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Sobrado – Rua São Bento
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Sobrado – Rua São Bento
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Sobrado – Rua da Quitanda
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Sobrados – Rua São Bento
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Sobrado – Rua XV de Novembro
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Sobrado – Rua José Bonifácio
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Sobrados – Rua Roberto Simonsen
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Sobrado – Praça João Mendes
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Teatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo
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Teatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo
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Biblioteca Municipal Mário de Andrade – Rua Xavier de Toledo
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Prédio do Cinema Marabá – Av. Ipiranga
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Antigo Cine Marrocos – Rua Conselheiro Crispiniano
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Antigo Cine Olido – (Galeria Olido-Secretaria Municipal de Cultura) – Avenida São João
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Antiga Rádio Record – Rua Quintino Bocaiúva
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Antiga Rádio Record – Rua Quintino Bocaiúva
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Antigos Diários Associados e Museu de Arte de São Paulo MASP – Rua 7 de Abril
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Palacete São Paulo – Antiga Reitoria da UNESP – (Livraria) – Praça da Sé
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Escola de Comércio Alvares Penteado – Largo de São Francisco
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Antigo Grupo Escolar Miss Brow – (Escola Fazendária) – Rua do Carmo
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Antiga Escola Normal – (Escola Caetano de Campos-Secretaria de Estado da Educação) – Praça da República
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Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – Largo de São Francisco
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Antigo Correio Central – Rua Formosa com Avenida São João
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Antigo Correio Central – Rua Formosa com Avenida São João
86
Prédio Alexander Mackenzie – Antiga Light; Eletropaulo – (Shopping Light) – Rua Xavier de Toledo com Viaduto do Chá
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Edifício Saldanha Marinho
Automóvel Clube; FEPASA; Secretaria de Estado da Cultura (Tribunal Regional Federal e Secretaria Estadual de Segurança Pública) – Largo de São Francisco
90
Edifício da Antiga TELESP – (Telefônica) – Rua 7 de Abril
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Secretaria da Fazenda – Avenida Rangel Pestana
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Palácio da Justiça – Praça Clóvis Bevilacqua
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Secretaria da Justiça – Pátio do Colégio
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Secretaria da Justiça – Pátio do Colégio
100 Edifício Campos Salles – (Ministério Público Estadual) – Rua do Riachuelo
102 Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos – Pátio do Colégio
104 Antiga Bolsa de Valores de São Paulo – (Primeiro Tribunal de Alçada Civil) – Pátio do Colégio
106 Primeiro Tribunal de Alçada Civil – Pátio do Colégio
108 Fórum João Mendes Júnior – Praça João Mendes
110 Tribunal de Contas do Estado e anexo – Avenida Rangel Pestana
112 Antiga Casa Fretin – Rua da Quitanda
114 Antiga Casa Anglo-Brasileira Mappin – (Casas Bahia) – Praça Ramos de Azevedo
116 Galeria Nova Barão – ligação entre Rua Barão de Itapetininga e Rua 7 de Abril
118 Antigo Banco do Brasil – (Centro Cultural Banco do Brasil CCBB) – Rua Álvares Penteado
120 Antigo Banco do Brasil – (Centro Cultural BB) – Rua Álvares Penteado
122 Antigo Banco Alemão – (SPTrans) – Rua XV de Novembro
124 Antigo Banco de São Paulo – (Secretaria de Estado do Turismo) – Praça Antonio Prado
126 Antigo Banco de São Paulo – (Secretaria de Estado do Turismo) – Praça Antonio Prado
128 Antigo Banco Itaú – (Governo Estadual no Centro da Cidade e Banco Nossa Caixa) – Rua Boa Vista
130 Antigo Banco Português – (Academia de Ginástica) – Rua XV de Novembro
132 Antigo Banco do Comércio e Indústria (1) – (Bolsa de Valores do Brasil) – Rua XV de Novembro
134 Antigo Banco do Comércio e Indústria – COMIND (2) – (Faculdade Renascença de São Paulo UNIESP)– Largo do Café
136 Edificio Malvina Chammas Curi – (Caixa Econômica Federal CEF) – Rua Álvares Penteado
138 Caixa Econômica Federal – (Conjunto Cultural da Caixa) – Praça da Sé
140 Antiga Caixa Econômica Estadual – (Banco Nossa Caixa) – Rua XV de Novembro
142 Antigo Banco do Estado de São Paulo S/A BANESPA – (Edifício Altino Arantes) – Rua João Brícola
144 Antigo Citibank – Avenida São João
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Edifício Barão de Capanema – (UNIBANCO ao centro) – Rua Direita
148 Prédio – Rua Líbero Badaró
150 Edifício Martinelli – Rua São Bento
152 Prédio Sampaio Moreira – Rua Líbero Badaró
154 Casa Lutetia – (Fundação Armando Álvares Penteado FAAP - Centro) – Praça do Patriarca
156 Antigo Hotel Esplanada – (Votorantim) – Praça Ramos de Azevedo
158 Prédio – Rua Barão de Paranapiacaba
160 Casa das Arcadas – Rua Quintino Bocaiúva
162 Palacete Chavantes – Rua Benjamim Constant
164 Edifício York – Rua São Bento
166 Prédio Glória – Rua Conselheiro Crispiano
168 Casa Palmares – Rua Boa Vista
170 Prédio – Rua 11 de Agosto
172 Edifício Guinle – Rua Direita
174 Edifício Rolim – Praça da Sé
176 Hotel Rivoli – Rua Dom José de Barros
178 Antigo Hotel Atlântico – Avenida São João
180 Prédios – Rua Barão de Limeira
182 Palacete Victória – Rua Vitória
184 Prédio – Rua Dr. Falcão
186 Edifício Santa Elisa – Largo do Arouche
188 Prédio – Rua Senador Feijó
190 Edifício Álvares Penteado – Rua São Bento
192 Edifício Dr. Walther Seng – Rua Marconi
194 Prédio – Rua 3 de Dezembro
196 Edifícios Santa Lúcia e São Francisco – Rua Senador Feijó
198 Edifício Theotônio Negrão – Rua Álvares Penteado
Antigo Edifício Conde Francisco Matarazzo (Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo IRFM)
200 Antigo Banco do Estado de São Paulo BANESPA – (Prefeitura Municipal de São Paulo) – Viaduto do Chá
202 Prédio – Rua José Bonifácio
204 Edifício São Luiz – Praça da República
206 Edifício Santa Virgília e outros – Avenida São Luís
208 Antigo Hotel Othon e Edifício Cia. Paulista de Seguros – Rua Líbero Badaró
210 Edifícios Cia. Paulista de Seguros e Britania – Rua Líbero Badaró
212 Edifício Cia. Generali de Seguros – Rua Bráulio Gomes
214 Edifício Independência – (Bar Brahma) – Avenida Ipiranga
216 Edifício Vicentina – Rua Bráulio Gomes
218 Edifício COPAN – Avenida Ipiranga
220 Edifício Eiffel – Praça da República
222 Antigo Mariam Palace Hotel – Avenida Cásper Líbero
224 Condomínio Louvre – Avenida São Luís
226 Edifício Itália – Avenida Ipiranga
228 Edifício Andraus – Avenida São João
Igreja e Museu Beato José de Anchieta – Pátio do Colégio – pg.15
Marco de fundação da cidade. Em 1554 os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta eregiram uma capela no local. O conjunto atual é uma
reconstrução (década de 1970), pois a terceira construção, de 1681, ruiu em 1896. Na lateral, originalmente ocupada pelo Colégio dos Jesuítas
funcionou em prédios posteriores o Palácio dos Governadores, demolido em 1954. Fragmentos da igreja seiscentista integram a decoração
interna atual. Numa capela lateral há relíquias e um manto que pertenceu ao Pe. Anchieta. No pátio interno, preserva-se uma parede com quase
500 anos, feita pelo Pe. Afonso Brás com barro e óleo de baleia. O Museu Beato Anchieta reúne imaginária barroca dos sécs. XVII e XVIII, mapas,
relicários e um crucifixo, que supostamente pertenceu ao Beato. Há também uma maquete que mostra a antiga cidade de São Paulo.
de Ciências Sociais e Jurídicas, primeiro curso jurídico no Brasil. Em 1933 foi demolido o convento, que ainda estava em boas condições.
Nessa ocasião, foram encontrados ossos humanos misturados à argamassa e se concluiu que as paredes do antigo convento tinham servido
de sepulcro para os frades. As arcadas (que integravam o claustro do convento colonial) tornaram-se o símbolo da Faculdade de Direito.
Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo) – Avenida Rangel Pestana – pg.25
Em 1592, Frei Antônio de São Paulo Pinheiro fundou a Igreja do Carmo, em terras doadas por Brás Cubas que ficavam num outeiro sobre
a várzea do Tamanduateí. Quatro anos mais tarde, edificou-se o convento dos carmelitas. O prédio era dividido em velho e novo, “sendo
que o antigo edifício ressentia-se da pressa que tiveram os religiosos de o edificar, pois foi o mesmo muito mal construído, fazendo-se
mais tarde uma edificação moderna, ou o novo convento, como era denominado, contendo o mesmo um vasto dormitório, dividido em
oito celas”. Uma nova igreja foi construída em 1804. Nessa igreja eram realizadas as mais suntuosas festas do período Colonial e Imperial,
especialmente a procissão da Sexta-Feira Santa. A cerimônia era tão impressionante que os homens vestidos de centuriões romanos
chegavam a ser agredidos pela multidão. O Convento do Carmo tornou-se um centro religioso muito forte no período colonial, com
numerosos bens, conforme indica um relatório do século XVIII. No século seguinte, o convento apresentava sinais de decadência. Em 1836,
como conseqüência das leis anticlericais anteriormente impostas pela política portuguesa do Marquês de Pombal, era habitado apenas
por dois religiosos. Em 1927, a Igreja do Carmo teve construídas novas torres, projetadas pelo Escritório Ramos de Azevedo, mas, no ano
seguinte, o governo estadual desapropriou e demoliu o conjunto para a construção da Rangel Pestana. Uma nova igreja e convento foram construídos,
com projeto do arquiteto polonês radicado no Brasil Georg Przyrembel na Rua Martiniano de Carvalho, na Bela Vista. Esta nova igreja possui todos os
altares barrocos, a imaginária e as alfaias da igreja original, com arquitetura exemplar Neocolonial e é, talvez, a mais bela da capital.
Em 1775 foi edificada a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, contígua ao convento e que sobreviveu no local até hoje. Em
2009-2010 passou por importante processo de restauração que revelou no forro do altar mor as pinturas de Frei Jesuíno
do Monte Carmelo. Possui, também, o conjunto de dezoito painéis provenientes do antigo Recolhimento de Santa Teresa,
expostos no corredor lateral da igreja, assim como um rico acervo de bens móveis.
Catedral Metropolitana de Sant’Ana – Praça da Sé – pgs.16-19
É a oitava maior igreja do mundo e possui o mais importante órgão de São Paulo, com 10 mil tubos. O Marco Zero da cidade, na praça fronteiriça
é de 1934, e de onde partem todas as medições de distâncias entre a Capital e o resto do Estado. Neste local, em 1591, o cacique Tibiriçá mandou
erguer o primeiro templo católico de São Paulo. Sua construção original era em taipa de pilão. A reconstrução Neogótica que conhecemos só
começou a ser construída em 1913 e suas últimas catorze torres foram erguidas depois do ano 2000. Inspirada nas igrejas medievais europeias
a Catedral da Sé foi projetada pelo alemão Maximillian Hehl e consagrada durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, em 1954.
Abadia Beneditina de Nossa Senhora da Assunção – (Mosteiro de São Bento) – Largo de São Bento – pgs.20-21
O conjunto beneditino está no local da antiga taba do cacique Tibiriçá. A fundação do Mosteiro de São Bento data de 1598. O terreno era o
mais bem localizado, depois do local do Colégio dos Jesuítas, pois estava no alto de um morro, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.
A capela original foi dedicada a São Bento e, depois, em 1620, a Nossa Senhora de Montserrat. Depois de 100 anos a igreja passou a se
chamar Nossa Senhora da Assunção. Em 1998 a Abadia e seus prédios completaram 400 anos de ocupação ininterrupta no mesmo local.
Vale lembrar que conjunto jesuíta do Pátio do Colégio passou por várias transformações e entre 1765 e 1932 abrigou o Palácio do Governo.
O mosteiro teve como fundador um certo Simão Luís, nascido em São Vicente. Mudou-se para o Planalto depois de ter sua família vitimada
pelos índios antropofágicos do litoral. Entrou para a História como Frei Mauro Teixeira. Discípulo do Pe. Anchieta, Simão conheceu o cacique
Tibiriçá e, anos depois, construiu a capela original que foi conservada, durante algum tempo, sob seus cuidados. As imagens de São Bento
e Santa Escolástica, do Frei Agostinho de Jesus, datam desta época. Em 1900 Dom Miguel Kruse assume como abade do mosteiro e, com
atividade ímpar, inicia um novo período na história de São Paulo. Primeiro dotou o mosteiro de um bom colégio secundário. Surge assim, em
1903, o Colégio de São Bento. Logo após, em 1908, funda uma Faculdade de Filosofia, a primeira do Brasil. É também de iniciativa daquele
abade a construção de uma nova igreja e um novo mosteiro. Em 1910 tem início a nova construção, com projeto do arquiteto Richard
Berndl, alemão de Munique. Em 1914 estava finalizado o conjunto beneditino que conhecemos hoje, dos mais significativos marcos da
cidade. O prédio foi construído segundo os postulados da escola alemã de Beuron, interessante movimento de integração entre arquitetura,
pintura e artes decorativas. Os restos mortais do bandeirante Fernão Dias Paes estão enterrados na igreja.
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Igrejas de São Francisco e das Chagas do Seráfico Pai São Francisco (Ordem Terceira Franciscana) – Largo de São Francisco – pg.23
Esta é a igreja mais antiga da cidade. Fundada em 1647, a construção é em taipa de pilão. À direita está a igreja da Ordem Terceira Franciscana
e à esquerda a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A fachada, recentemente restaurada, mantém o frontão e as janelas de
linhas curvas, características da arquitetura colonial. O forro de madeira tem pinturas religiosas (um tanto primitivas, mas de inegável valor
artístico e documental) e a talha dourada do altar mor merece atenção. A igreja da Ordem Terceira é de 1676 e tem risco de São Frei Galvão.
A talha dourada desta igreja, barroca, é a mais significativa da cidade. Em 1828, o governo requisitou o edifício dos religiosos para Academia
Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte – Rua do Carmo – pg.27
Foi construída em taipa de pilão de 1810, com decoração rústica. Fica no início do antigo Caminho da Serra e seus sinos anunciavam a
chegada de personalidades ilustres vindas do litoral. Com quase 200 anos e depois de um longo período de decadência e abandono, o
templo foi restituído ao seu estilo original, o barroco colonial paulista, entre 2007 e 2009. Possui imaginária e mobiliário originais. No teto,
sobre o altar, foi restituída uma pintura que estava coberta por camadas de tinta e totalmente esquecida: trata-se de uma cena da Assunção
de Maria, coroada pela Santíssima Trindade. Ao lado da igreja foi construída uma casa para abrigar os bispos da cidade, durante a época da
construção da catedral neogótica. Esta ainda existe e depois de tornar-se um cortiço, está abandonada.
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Igreja de São Gonçalo – Praça João Mendes – pg.29
Construída pela Irmandade de Nossa Senhora de Conceição e de São Gonçalo no século XVIII no antigo Largo da Cadeia. Inicialmente,
de aspecto modesto foi sendo alterada no decorrer dos anos com o auxílio do governo e de particulares. As intervenções ocorreram
principalmente durante a segunda metade do século XIX. Construída com alinhamento, em terreno irregular, seus dois pavimentos
são marcados externamente por linhas horizontais. Os arremates do frontão e da torre única são em suaves linhas curvas. Sobre
a capela-mor foi feita uma cúpula com lanternim. A decoração do interior, com numerosa imaginária, possui talhas, afrescos e
retábulos e não forma um conjunto uniforme. Os retábulos laterais e outras peças são originários de outras igrejas.
Igreja de Santo Antonio – Praça do Patriarca – pg.31
Construída originalmente em 1592 em terreno deixado em testamento por Afonso Sardinha. Nesse documento, escrito em linguagem
simples e afetuosa, o donatário informa ter deixado “à ermida de Santo Antonio”, além do terreno, mais “dois cruzados”. A ermida sediou a
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, esquecida nos tempos coloniais, e menos significativa que a dos Homens
Pretos. A igreja foi reedificada em 1717, novamente em 1747 e ainda, pela última vez, em 1899. No atual templo, uma placa indica
o agradecimento à família do Conde Prates, que ajudou a última reconstrução. Também esta igreja passou, em 2009-2010, por amplo
trabalho de restauração, revelando, entre outras coisas, uma importante pintura primitiva e tipicamente paulista no teto do altar mor.
conservado com os materiais originais – como a escada, em madeira torneada, e os pisos em tacos, com desenhos
variados. Em 1885, o arquiteto italiano Cláudio Rossi refez o projeto de sua fachada, adotando o estilo neoclássico.
Sobrado – Rua São Bento – pg.41
Casa residencial da elite do período da 1ª República modernizada na década de 1920 em estilo Art Nouveau.
Igreja de Santa Ifigênia – Largo Santa Ifigênia – pg.33
A igreja original é do século XVII. Em 1794 foi assumida pela Irmandade de Santa Ifigênia e Santo Elesbão, de negros
alforriados. Data desse ano a reconstrução da ermida. Popular entre os negros, Santa Ifigênia era uma princesa de Noba,
parte da antiga Etiópia. Foi martirizada depois de convertida ao Cristianismo por São Mateus. A igreja possuía um
cemitério contíguo. Todo o conjunto original foi consumido pelo tempo e pelo progresso. A própria igreja foi demolida
em 1905 e reerguida em 1912, em estilo Neoromânico. Desde 1938 está sob os cuidados da Congregação do Santíssimo
Sacramento e desde 1958 é a Basílica do Santíssimo Sacramento. Suas pinturas internas são de Benedicto Calixto.
Sobrado – Rua da Quitanda – pgs.42-43
Antiga casa residencial da elite paulistana, provavelmente do período da 1ª República (final do século XIXprimeira década do século XX).
Sobrados – Rua São Bento – pgs.44-45
Conjunto de três sobrados, de 1897, originalmente neoclássicos. Devem ter sido modernizadas na segunda década do
século XX, sendo ricamente ornamentadas com medalhões, carrancas e balaustradas. Outros exemplos do período em
que a área central era o local das residências de famílias ricas.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos – Largo do Paiçandú – pg.35
A Irmandade dos Homens Pretos construiu sua igreja original no século XVIII no antigo Largo do Rosário (hoje Praça
Antonio Prado). O templo foi demolido em 1903, pelo então prefeito Antonio Prado, que promoveu a desapropriação do
terreno em benefício do irmão, Martinico Prado. Foi construído no local, em 1911, o primeiro prédio de escritórios da
cidade, que foi a sede local do Citibank e do jornal O Estado de São Paulo, Com projeto de Ramos de Azevedo o prédio
passou por várias alterações e hoje é sede BM&F-Bovespa. Uma nova igreja foi construída no Largo do Paiçandú e é,
provavelmente, a primeira da cidade construída em estilo Neoromânico, inaugurando uma nova fase nas construções
religiosas da cidade. Possui interiormente fragmentos de antigas talhas e imaginária. Os vitrais são portugueses.
Sobrado – Rua XV de Novembro – pg.47
Antiga Casa Garraux, de propriedade de Alexandre Thiollier. Construída nos últimos anos do Império, a prédio teve em 1896,
acréscimo de um terceiro pavimento. Foi ornamentado com um grupo escultórico, de natureza simbólica. A fachada do imóvel está
bem conservada, embora o térreo esteja totalmente desfigurado. A residência, nos andares superiores, destinava-se certamente
ao proprietário da casa comercial do térreo. Foi projetada por engenheiros italianos.
Sobrado – Rua Roberto Simonsen – pg.37
Aqui funcionou a primeira delegacia de São Paulo. Abrigou em tempos recentes o Núcleo de Referência Arqueológica de São
Paulo. Vizinha do Solar da Marquesa de Santos e separada pelo Beco do Pinto, a Casa nº 1 pertence ao sitio histórico da fundação
da cidade. Do século XIX, a casa atual está sobre fundações de taipa de pilão de outra residência, do século XVI. É o último
remanescente paulistano feito à semelhança dos chalés suíços (caracterizados pelos telhados de duas águas), que surgem na
cidade por volta de 1870, com as primeiras manifestações do ecletismo. Em 1884 o imóvel foi adquirido pelo governo estadual,
tendo abrigado, de 1910 a 1970, a Polícia Estadual. Transferido para o Município em 1979, foi restaurado a partir de projeto de
restauração do Departamento do Patrimônio Histórico. Em 2009-2010 passou por um novo processo de restauração.
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Sobrado – Rua São Bento – pg.39
Construído em 1881 por Elias Pacheco Chaves – rico fazendeiro de café. E 1899 ele construiu e se mudou para
a casa que hoje é o Palácio dos Campos Elíseos e transformou a sua antiga residência em sede da empresa
Prado Chaves & Cia. Ltda. Pertenceu depois à família Portella e foi sublocada. O edifício, um dos primeiros a
utilizar alvenaria de tijolos, tem estilo eclético e possui três pavimentos. O rico acabamento em seu interior está
Sobrado – Rua José Bonifácio – pg.49
De uso misto tinha comércio no térreo e residência nos dois pavimentos superiores. Foi construída em 1898 com projeto
em esquina, integrado originalmente por dois imóveis, tinha um “canto cortado”, solução prevista no padrão municipal
então em vigor. Fachada típica do estilo eclético.
Sobrados – Rua Roberto Simonsen – pg.51
Construções habitacionais, produtos de reformas posteriores à construção original. Com 8 a 12 residências e térreo de
uso comercial. Consideradas das mais belas construções do centro histórico, pertence ao patrimônio da Caixa Econômica
Federal. Em uma dos sobrados funcionou a primeira policlínica da cidade.
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Sobrado – Praça João Mendes – pg.53
Em estilo Neoflorentino da década de 1920, atualmente sede da Região Central da Livraria Saraiva.
Antigo Cine Marrocos – Rua Coselheiro Crispiniano– pgs.62-63
Inaugurado em 1951, com 1.870 lugares, em estilo mourisco foi o mais luxuoso cinema de São Paulo. Tinha um chafariz no saguão, rodeado
de mosaicos e se para parte dos paulistanos era o mais chique da cidade, para outros era o mais cafona. Foi sede do Festival Internacional
de Cinema de São Paulo quando das comemorações do IV Centenário da cidade, em 1954. Atualmente está conservado, mas desativado. É
visado por grandes companhias de exibição que desejam restaurá-lo e instalar várias salas de cinema, como foi realizado no Cine Marabá.
Teatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo– pgs.54-57
Projeto dos arquitetos Ramos de Azevedo, Domiziano e Cláudio Rossi. O Teatro Municipal tem estilo eclético, considerado arrojado
para a época. Recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas e barrocos. No interior
possui muitas obras de arte como bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos
e mármores. São Paulo vivia a ascensão da cultura cafeeira e de sua elite, mas acabara de perder, num incêndio em 1898, o antigo
Teatro São José – palco das suas principais manifestações artísticas. Era importante construir um novo espaço à altura das grandes
companhias estrangeiras, que já visitavam habitualmente a cidade. Iniciaram-se as obras em 1903 e após oito anos de trabalho
o novo teatro foi inaugurado com ópera Hamlet, de Ambroise Thomas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional
dos grandes espetáculos. A partir de então apresentaram-se ali nomes como Ana Pavlova, Arthur Rubinstein, Arturo Toscanini,
Claudio Arrau, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Enrico Caruso, Guiomar Novaes, Isadora Duncan, Magdalena Tagliaferro, Margot
Fonteyn, Maria Callas, Mykail Baryshnikov, Nijinsky, Rudolf Nureyev, Vivien Leigh, entre muitos outros. A famosa Semana de
Arte Moderna de 1922 foi organizada nesse prédio. Três grandes restaurações marcaram as mudanças e renovações do Teatro: a
primeira em 1951 com o arquiteto Tito Raucht quando criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o
órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, foi dirigida pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura,
que restaurou novamente o prédio e implantou estruturas e equipamentos mais modernos e a terceira, entre 2009 e 2010, novamente vai
fazer uma restauração detalhada da parte artística da construção e implantar novos equipamento.
Antigo Cine Olido – (Galeria Olido - Secretaria Municipal de Cultura) –Avenida São João – pg.65
O prédio original do antigo Cine Avenida foi demolido na década de 1950 o novo prédio do posterior Cine Olido foi
inaugurado em 1957. Em 2004, a Prefeitura de São Paulo transformou a Galeria Olido em um centro cultural e instalou
ali a Secretaria Municipal de Cultura.
Antiga Rádio Record – Rua Quintino Bocaiúva – pgs.66-69
Desde meados do século XIX a série de lojas da Rua Direita era iniciada pela Casa Lebre, fundada por Joaquim Lopes Lebre, o futuro
Conde de São Joaquim, e seu irmão, João Lebre. Funcionando numa propriedade do Barão de Tietê a Casa Lebre sobreviveu por
décadas. Em 1906 a casa foi demolida para dar lugar a um moderno prédio, construído pelo engenheiro Eduardo M Gonçalves e
inaugurado em 1910, como nova sede da mesma Casa Lebre. O prédio é uma preciosidade, remanescente do período em que a
Rua Direita era a mais elegante de São Paulo. Com frentes para três ruas, recebeu apurado acabamento. O projeto é do arquiteto
alemão Augusto Fried (Wurtemberg/Alemanha, 1857), mesmo autor do antigo prédio do Colégio Alemão Porto Seguro, na Praça
Roosevelt. O prédio ficou conhecido por ter sido a sede a Rádio Record, a partir dos anos 1930.
Antigos Diários Associados e Museu de Arte de São Paulo MASP – Rua 7 de Abril – pg.71
Em vez das obras de arte, a antiga sede do MASP hoje abriga uma agência bancária e empresas de telemarketing.
Quando o jornalista Assis Chateaubriand decidiu criar o museu, em 1947, o prédio (que foi sede dos Diários
Associados) ainda estava em construção.
Biblioteca Municipal Mário de Andrade – Rua Xavier de Toledo – pg.59
Fundada em 1925 e aberta ao público no ano seguinte a Biblioteca Municipal funcionou durante 15 anos na Rua Sete
de Abril 37. Com o aumento do acervo foi transferida para novo prédio, projetado pelo francês Jacques Pillon na Rua da
Consolação 94 e inaugurado em 1942 pelo então prefeito da cidade, Prestes Maia. Recebeu o nome do escritor modernista
Mário de Andrade a partir de 1960. Possui um dos acervos mais expressivos do país, destacando-se as seções de mapas,
obras raras, microfilmes e periódicos. São aproximadamente 350 mil volumes em livros e 11 mil títulos de periódicos. A
Biblioteca Circulante é uma extensão da Mário de Andrade e funciona numa casa do início do século na própria Rua da
Consolação, conhecida como Chácara Lane. Para empréstimos, existem cerca de 50 mil livros.
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Prédio do Cinema Marabá – Av. Ipiranga – pg.61
Inaugurado em 1944, com projeto e construção da Sociedade Construtora Duarte. O filme que abriu suas portas foi: Desde Que
Partiste (com Claudette Colbert e Jennifer Jones). Era um dos grandes endereços da chamada Cinelândia de São Paulo, concentrada
na região das Avenidas São João e Ipiranga, além do Largo do Paiçandú e Praça da República. Foi o cinema escolhido para o
lançamento de O Cangaceiro, primeiro longa-metragem da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, ícones do cinema brasileiro.
Reinaugurado em 2009, com cinco novas salas, o Multiplex PlayArte Marabá é primeiro com esse conceito a operar na região
central paulistana. O projeto de restauração privilegiou a fachada, o foyer e parte do balcão.
Palacete São Paulo – Antiga Reitoria da UNESP – (Livraria) – pg.73
É o segundo prédio mais antigo da região da Sé. Concluído em 1924 e construído pelo engenheiro N. Dale Caiuby. Faz parte do
conjunto de prédios das primeiras décadas do século XX, existente ainda quase intactos no lado par da Praça da Sé. A edificação
é arrematada por mansarda de telhas de ardósia e uma cúpula, na esquina. Foi propriedade de Hildebrando Cintra; sediou as
Delegacias de Ensino da Secretaria da Educação e esteve abandonado por um largo período até ser transformado na Reitoria da
Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). Atualmente sedia a editora e a livraria da universidade.
Escola de Comércio Álvares Penteado – Largo de São Francisco– pgs.74-75
O Palácio do Comércio é sede da Escola de Comércio Álvares Penteado. Construído em 1908, em estilo Art Nouveau (na variante
austríaca do estilo – Jugendstil) pelo arquiteto sueco Karl Wilhelm Ekman (que também projetou a residência da família em
Higienópolis, a Vila Penteado. Hoje a casa integra o patrimônio da Faculdade de Arquitetura da USP). Foi restaurado em 2002.
235
Antigo Grupo Escolar Miss Brow – (Escola Fazendária) – Rua do Carmo – pgs.76-77
Outro exemplo dos poucos edifícios Art Nouveau ainda existentes na cidade.
material reciclado de outra construção). A nova construção no local, o Prédio Alexander Mackenzie teve projeto assinado pelos arquitetos
norte-americanos Preston e Curtis, e sua construção ocorreu entre 1925 e 1929. Projetado como sede da Light (empresa de origem
canadense antecessora da atual Eletropaulo Metropolitana) o edifício teve seu projeto desenvolvido em duas etapas. A primeira
fase ­aquela cuja fachada mais extensa é no Viaduto do Chá ­foi concluída em 1929 e executada pelo Escritório Técnico Ramos de
Azevedo. A segunda fase, voltada para a Rua Formosa, construída em 1941, tem autoria do escritório Severo&Villares (sucessor de
Ramos de Azevedo). Nessa etapa, foi projetada uma torre que acabou não sendo construída.
Antiga Escola Normal – (Escola Caetano de Campos-Secretaria de Estado da Educação) – Praça da República– pg.79
O Colégio Caetano de Campos (até 1946, Escola Normal), foi construído após a proclamação da República e, inaugurado em 1894, pretendeu
ser uma síntese dos ideais republicanos na área da educação. No local pretendia-se a construção de uma igreja, mas o governador da
Província de São Paulo, Francisco Rangel Pestana, decidiu-se pela construção da escola, modelo de ensino público e laico. Primeira Escola
Normal do Estado, o Caetano de Campos tinha por objetivo formar professores que se encarregariam da disseminação dos conhecimentos
necessários ao Progresso (de ideal Positivista), inscrito na nova bandeira do país. Tudo em oposição à prática de ensino anterior (individual, com
preceptores educando a aristocracia e de conteúdo religioso). Pelo prédio, projetado por Ramos de Azevedo, passaram, na condição de alunos, Mário
de Andrade, Cecília Meireles, Sérgio Buarque de Holanda, Guiomar Novaes, Sérgio Milliet e Lygia FagundesTelles, entre muitos outros. A escola subsistiu
bravamente até 1976, quando o prédio quase foi demolido, para dar lugar a uma estação do metrô. A reação da opinião pública conseguiu manter
em pé o edifício. A escola, porém, foi desmembrada e transferida para a Aclimação e a Praça Roosevelt. Ambas resolveram manter o nome histórico.
Edifício Saldanha Marinho – Antigo Automóvel Clube; FEPASA; Secretaria de Cultura – (Secretaria Estadual de
Segurança Pública; Tribunal Regional Federal) – Largo de São Francisco – pgs.88-89
Trata-se de um dos mais marcantes exemplos do Art Déco da cidade. Erguido nos anos 1930, com projeto de Elisário
Bahiana e Dácio de Moraes, para ser sede do Automóvel Club da cidade, foi adquirido ainda em obras, pela Companhia
Paulista de Estradas de Ferro.
Edifício da Antiga TELESP – (Telefônica) – Rua 7 de Abril – pg.91
Construído por Severo & Villares em 1945.
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – Largo de São Francisco – pgs.80-81
Em 1828, no antigo Convento de São Francisco, foi fundado o primeiro curso jurídico do Brasil. O antigo prédio colonial foi
demolido em 1933 e um novo edifício, com projeto do criador do estilo Neocolonial Ricardo Severo, foi inaugurado em 1938,
ainda incompleto. Do antigo prédio colonial restaram As Arcadas (que eram o claustro do convento), logo transformadas no símbolo da
Faculdade de Direito da USP. A relação de importantes nomes que estudaram nas Arcadas e quase impossível de ser organizada.
Secretaria da Fazenda – Avenida Rangel Pestana – pg.93
Palácio Clóvis Ribeiro, construído em 1950.
Antigo Correio Central – Rua Formosa com Avenida São João – pgs.82-85
Coincidindo com um período de grande expansão dos serviços postais em 1922 foi inaugurado este marco da arquitetura eclética
de São Paulo – um projeto marcante do Escritório Técnico Ramos de Azevedo (era um grande empreendimento daquele momento
e recebia comissões das grandes obras públicas do período da República Velha. Como em outros casos bastante freqüentes, quem
projetava os prédios eram auxiliares de Ramos de Azevedo, neste caso seu sócio Domiziano Rossi e provavelmente também de
Felisberto Ranzini, ambos italianos). O prédio ocupou o terreno entre a recém alargada Avenida São João e a Rua do Seminário,
onde antes se situavam o Mercadinho da Rua São João e o Seminário das Educandas – primeira instituição de ensino para
moças em São Paulo. A fachada obedece à divisão clássica de embasamento, corpo e coroamento e possui estatuária e relógio
magníficos. Toda serralheria foi executada pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
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Prédio Alexander Mackenzie – Antiga Light; Eletropaulo – (Shopping Light) – Rua Xavier de Toledo com Viaduto do Chá – pgs.86-87
Originalmente neste local ficava o Novo Teatro São José, que substituiu o primeiro Teatro São José, localizado na Praça João Mendes e
destruído por um incêndio, em 1898. Foi o mais imponente teatro paulistano e, em 1917, também foi destruído por um grande incêndio.
Restaram as paredes e decorações externas (como colunas gregas, esculturas e vitrais). Todo esse material (importado) foi arrematado
pelo comerciante português Francisco de Castro que o utilizou na construção de sua residência da Rua Martiniano de Carvalho, na Bela
Vista (a quase totalmente abandonada Vila Itororó aberta em 1922 e primeira obra de engenharia brasileira feita quase totalmente de
Palácio da Justiça – Praça Clóvis Bevilaqua – pgs.94-95
Com a promulgação da Constituição em 1891 surgiu o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em razão do crescimento
demográfico e da expansão do judiciário paulista, fez-se necessária a construção de uma sede para abrigar o novo tribunal,
até então instalado em casas precárias no centro de São Paulo. O arquiteto Ramos de Azevedo foi incumbido do projeto, mas
devido a problemas burocráticos e à demolição do quartel da cavalaria instalado no local, somente em 1920 foi lançada a pedra
fundamental do prédio. A maioria dos operários empregados na construção do prédio era de imigrantes italianos e espanhóis.
A presença de grandes espaços tornou a obra pioneira no uso de estruturas metálicas. Sua fachada foi inspirada no Palácio da Justiça de
Roma, com acabamentos luxuosos e ornamentados com figuras, cariátides e símbolos do judiciário. Começou a funcionar em 1933.
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Secretaria da Justiça – Pátio do Colégio – pgs.96-99
Projetado por Ramos de Azevedo entre 1881 e 1891. Tem arquitetura em estilo neoclássico e originalmente abrigou Secretaria da
Fazenda e do Tesouro. Desde então já foi ocupado pela Caixa Econômica Estadual, Tribunal de Alçada e atualmente pela Secretaria
da Justiça. Apesar de ter passado por algumas reformas principalmente na década de 1950, não sofreu grande descaracterização é
possível encontrar vestígios de pinturas decorativas por quase todos os ambientes dos prédios, demonstrando que era amplamente
ornamentado. A qualidade e riqueza da pintura, é proporcional à importância dos ambientes do prédio. Assim, a área nobre é
feita de materiais mais caros - em grande parte com tinta a óleo cuidadosamente aplicada, havendo inclusive detalhes folheados
Antiga Casa Anglo-Brasileira Mappin – (Casas Bahia) – Praça Ramos de Azevedo – pg.115
Com arquitetura de Elisário Bahiana, o mesmo que projetou o Viaduto do Chá e o Jockey Club, a construção é de 1936-1939. O conhecido
prédio da Praça Ramos não foi construído para abrigar uma loja de departamentos, mas sim para ser a sede do Banco do Estado de São
Paulo S/A (BANESPA). A diretoria do BANESPA considerava o prédio distante do centro financeiro da cidade, concentrado nas ruas XV de
Novembro e Boa Vista. Foi realizada uma permuta com um antigo prédio da Praça Antonio Prado (onde hoje é a Torre do BANESPA) que
pertencia à Santa Casa de Misericórdia que, assim, é hoje a proprietário do edifício da Praça Ramos. A Casa Anglo Brasileira (Mappin) foi
fundada em 1774 na cidade de Sheffield, na Inglaterra, e trazida para o Brasil pelos irmãos Walter e Hebert Mappin funcionando inicialmente
na Rua XV de Novembro e, a partir de 1919 na Praça do Patriarca (onde hoje está o edifício do UNIBANCO). Antecipou o conceito de shopping
center, reunindo produtos de diversos tipos em um único local. A loja na Praça Ramos se tornou referência da marca. A loja atendia principalmente
a aristocracia cafeeira. Nesta época somente a elite freqüentava o estabelecimento, que foi o primeiro a introduzir vitrines de vidro na fachada para
atrair os consumidores. Em 1929 – com a grande crise financeira mundial – a produção de café (e toda sua civilização) perdeu força e foi o Mappin o
precursor do crediário, oferecendo aos clientes fazerem suas compras a prazo. No início da década de 1930, o Mappin colocou etiquetas com preços
nos produtos em suas vitrines. Para a época, foi uma atitude ousada, mas era uma estratégia para atingir consumidores de uma classe mais popular.
Mudou-se para o conhecido prédio da Praça Ramos em 1939. A loja teve um fim melancólico com a decretação de sua falência em 1999.
a ouro e vários trechos pintados à mão livre. Nas áreas menos nobres a decoração, embora de ótima qualidade e coerente com
o conjunto, é mais simples. No terceiro andar, acrescentado posteriormente, não foi encontrado nenhum vestígio de decoração.
Edifício Campos Salles – (Ministério Público Estadual) – Rua do Riachuelo – pg.101
Dos melhores exemplos da arquitetura eclética paulistana o prédio foi construído na década de 1930 e tem detalhes
decorativos marcantes.
Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos – Pátio do Colégio – pg.103
Planejado para integrar os prédios de órgãos oficiais estaduais no entorno do Pátio do Colégio – onde estava o Palácio do
Governador – este edifício é um bom exemplo do ecletismo na arquitetura e foi construído na década de 1930.
Antiga Bolsa de Valores de São Paulo – (Primeiro Tribunal de Alçada Civil) – Pátio do Colégio – pgs.105-107
Outro marco arquitetônico do conjunto de prédios do Pátio do Colégio. Originalmente foi a sede da Bolsa de Valores de São Paulo,
e era conhecido como Palácio do Café. Abrigou depois a Secretaria Estadual da Agricultura e desde 1977 sedia o 1º Tribunal de
Alçada Civil. Pórtico dórico monumental no embasamento, e coroamento com duas semi-cúpulas. Com ornatos inspirados na
arquitetura maia, foi construído pelo Escritório Técnico Ramos de Azevedo e Severo&Villares.
Galeria Nova Barão – ligação entre Rua Barão de Itapetininga e Rua 7 de Abril – pg.117
Única galeria do centro a céu aberto, com dezenas de lojas. O segundo pavimento, chamado de Rua Nova Barão Alta tem um
jardim. Possui obras do artista plástico Bramante Buffoni.
Fórum João Mendes Júnior – Praça João Mendes – pg.109
A Praça João Mendes já abrigou a Câmara Municipal e a Assembléia Legislativa até 1937. A praça fronteiriça tem o nome de Doutor João
Mendes de Almeida – paulistano ilustre, jurista renomado, político, jornalista e líder abolicionista – e o prédio do Fórum recebeu o nome
de seu filho – também jurista conceituado, diretor da Faculdade de Direito da USP e Ministro do Supremo Tribunal Federal. Projetado e
construído pelo Escritório Técnico Ramos de Azevedo Engenharia, Arquitetura e Construções – Severo&Villares, em colaboração com a
Diretoria de Obras Públicas do Estado de São Paulo. A história do prédio tem início em 1941 quando, atendendo a sugestões do Presidente
do Tribunal de Apelação, o Governo do Estado entrou em entendimentos com a Prefeitura do Município, a fim de desapropriar uma área nas cercanias
do Palácio da Justiça. As obras iniciaram-se apenas em 1945, com término previsto pra 1947. No entanto, a abertura aconteceu somente em 1956.
Banco do Brasil (Centro Cultural Banco do Brasil CCBB) – Rua Álvares Penteado– pgs.119-121
Prédio projetado por Hippolyto Gustavo Pujol e construído em 1901 para ser a primeira agência do Banco do Brasil. Seguindo o
ecletismo vigente na época, caracteriza-se pela mescla de várias tendências arquitetônicas. Os detalhes decorativos reportam ao
período cafeeiro como o chão de mosaico esmaltado, os afrescos, lustres, arandelas em latão e vidros originais. A construção foi
restaurada e reformada para abrigar o Centro Cultural Banco do Brasil, inaugurado em 2001.
Banco Alemão – (SPTrans) – Rua XV de Novembro – pgs.122-123
O Brasilianische Bank für Deutschland é um prédio de estilo neo-românico, então em moda entre os alemães. Construção de 1897,
tem fachada original que subsiste parcialmente em meio a acréscimos posteriores (a ala da Rua Três de Dezembro, de autoria de
Augusto Fried, datado entre 1910 e 1914 e o acréscimo de um terceiro andar, de 1963). O Banco funcionava no térreo e os dois
pavimentos superiores eram ocupados por uma residência, provavelmente do diretor da instituição. A fachada é de blocos de
granito lavrado – das primeiras em São Paulo. Foi projetado e construído por Guilherme Krug & Filhos. No período da 2ª Guerra
Mundial, depois do afastamento do Brasil das forças do Eixo, o prédio foi alvo de vandalismo, ficando parcialmente destruído.
Tribunal de Contas do Estado e anexo – Avenida Rangel Pestana – pg.111
Edifício pouco reconhecido, com arquitetura e volumetria equilibradas, construído na década de 1960.
Antiga Casa Fretin – Rua da Quitanda– pg.113
Prédio construído em 1886, abrigou a histórica Casa Fretin entre 1924 e 2001. Essa importante casa comercial não foi fundada,
como se costuma divulgar, por Louis Fretin, cujo negócio era hotéis.
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Antigo Banco de São Paulo – (Secretaria de Estado de Turismo) – Praça Antonio Prado – pgs.124-127
Construído em 1938 para sede do Banco é o mais importante exemplar paulistano do Art Déco. Projetado pelo arquiteto Álvaro Botelho
por encomenda dos proprietários do banco, a família Almeida Prado, o Banco de São Paulo foi comprado pelo BANESPA em 1973 e, depois,
passou para o patrimônio do Estado. A maioria dos edifícios desse estilo de São Paulo têm ornamentação austera, geralmente limitada à
entrada. O prédio do Banco de São Paulo é exceção. Se a fachada ostenta rica ornamentação, seu interior se revela espetacular. Ao passar
Caixa Econômica Federal – (Conjunto Cultural da Caixa) – Praça da Sé – pgs.138-139
Em 1939, o presidente Getúlio Vargas e o interventor estadual Ademar de Barros inauguraram a nova sede da Caixa Econômica
Federal de São Paulo. O prédio foi construído no local da antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos. A construção teve início em
1935, com projeto do escritório de arquitetura Albuquerque Longo. Era a época do Estado Novo e os prédios públicos deviam
refletir a pujança do Brasil do período. O prédio foi construído com os melhores materiais e teve acabamento primoroso. O grande
destaque da fachada é o esplêndido pórtico jônico monumental, de granito negro Piracaia. Andar entre as suas colunas nos
reporta a um templo grego clássico. A fachada é arrematada por cornija denticulada. O halll tem formato octogonal e o antigo
salão de atendimento ao público é dominado por gigantesco vitral do artista milanês Henrique Zucca. O teto do salão, de forma
abobadada, é uma grande clarabóia com vitrais multicoloridos. A caixilharia e ferragens, executadas pelo Liceu de Artes e Ofícios
de São Paulo são Art Déco. Há granitos de várias origens, colunas em aço escovado e piso de madeira de lei.
a porta giratória, deparamos com o suntuoso saguão monumental. O piso é de mosaico de pastilhas de cerâmica esmaltada e dourada, é
um trabalho assinado pelo italiano Ferdinando Gennari. As luminárias e arandelas são de alabastro. No centro do saguão, mesas de granito maciço,
decoradas com cristais, onde se realizavam as transações. No mezanino, uma surpresa: o salão nobre decorado não em estilo Art Déco, mas em estilo
clássico, com colunas coríntias de madeira de lei. O piso é de tacos de diferentes tons. Todo o acabamento é do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. O
prédio foi incluído em catálogos internacionais de arquitetura e está quase inteiramente preservado, mas infelizmente subutilizado.
Antigo Banco Itaú – (Governo Estadual no Centro da Cidade e Banco Nossa Caixa) – Rua Boa Vista – pg.129
Antiga sede do London and River Plate Bank. Projetado e construído por Lindemberg, Alves e Assumpção em 1912. É
exemplo do estilo Neogótico – muito em voga no século XIX – bem utilizado em prédios comerciais.
Antigo Banco Português – (Academia de Ginástica) – Rua XV de Novembro – pg.131
O prédio é de 1919, projetado pelo Escritório Ramos de Azevedo para abrigar a sede do Banco Português do Brasil. Seguindo a
tradição do estilo tão caro aos portugueses, tem um estilo Neomanuelino, adaptado, é claro, às funções do prédio. É estilo pouco
comum na cidade. O Banco Português do Brasil foi fundado por José Júlio Pereira de Morais, um português radicado no Rio de
Janeiro. O banco foi incorporado pelo Banco Itaú em 1973. A fachada no térreo tem três portas em arco de dois centros, separadas
por duas colunas de granito vermelho com capitéis dourados e nas extremidades há duas pilastras com capitéis em estilo coríntio.
A porta central é maior que as laterais, encimada por um frontão profusamente ornamentado com medalhão e guirlandas. O primeiro
andar tem balcão com balaustrada em toda sua extensão, que se projeta ao centro num arco sustentado por mísulas. Este andar possui
três janelas com frontões em arco abatido nas janelas laterais, sendo que na janela central o frontão é em forma de circunflexo, bem mais
elaborado. Os andares superiores têm cada um sete janelas em arco pleno sustentado por colunas bojudas. A fachada é arrematada por um
frontão barroco ladeado por dois pináculos. A fachada foi restaurada em 2001-2002. O terraço foi transformado num jardim.
Antiga Caixa Econômica Estadual – (Banco Nossa Caixa) – Rua XV de Novembro – pg.141
Projetado pelo Escritório Técnico Ramos de Azevedo, o edifício começou a ser construído em 1941, para sede do
Instituto Brasileiro do Café. Com a 2ª Guerra Mundial, o dinheiro minguou e as obras se arrastaram, com sucessivas
interrupções, por uma década inteira. Só em 1951 os trabalhos recomeçam plenamente e o prédio ficou pronto.
Restaurado entre 2002 e 2004 seus caixilhos tiveram a cor verde original recuperada e as ferragens em latão da
porta de vidro principal polidas. O piso, de granito, e as paredes e pilares, de mármore, também foram restaurados,
mantendo as tonalidades originais e os desenhos dos veios das pedras.
Antigo Banco do Estado de São Paulo S/A BANESPA – (Edifício Altino Arantes) – Rua João Brícola – pg.143
Prédio projetado por Plínio Botelho do Amaral e construído pela firma Camargo e Mesquita. Levou oito anos para se construído e
foi inaugurado em junho de 1947. É todo em concreto armado e tem 35 andares. Durante 20 anos foi o prédio mais alto da cidade.
É clara a referência a um ícone entre os arranha-céus, o Empire State Building, de Nova York. Mesmo deixando de ser a sede do
banco estadual, privatizado em 2000, continuou a ser conhecido como Torre do BANESPA – local aberto à visitação e com uma das
mais espetaculares vistas panorâmicas da cidade. Seu saguão principal tem paredes de mármore de 16 metros de altura e piso de
granito decorado com brasões em bronze. O quinto andar – onde funcionava a presidência do banco – teve o acabamento feito
pelo Liceu de arte e Ofícios de São Paulo com lambris, mobiliário e lustres em materiais nobres.
Antigo Banco do Comércio e Indústria (1) – (Bolsa de Valores do Brasil) – Rua XV de Novembro – pg.133
A atual sede da BOLSA é edifício da década de 1940, construído em estilo neoclássico. O prédio tem mármores italianos, obras de
arte, móveis clássicos, uma biblioteca e dois auditórios. Originalmente pertencia ao Comind e em 1985 passou a abrigar a Bolsa
de Valores, após a liquidação extrajudicial do Banco.
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Antigo Banco do Comércio e Indústria – COMIND (2) – (Faculdade Renascença de São Paulo UNIESP)– Largo do Café – pg.135
O edifício é pequeno mas muito bem proporcionado e instalado num terreno de esquina. Pela volumetria tem aspecto
imponente, com frontão de granito no estilo de um arco do triunfo.
Antigo Citibank – Avenida São João – pg.145
Prédio construído nos anos 1950, com arquitetura moderna até hoje.
Edificio Malvina Chammas Curi – (Caixa Econômica Federal CEF) – Rua Álvares Penteado – pg.137
Construído em 1911, foi a primeira agência da Caixa Econômica Federal da cidade. Projetado por Ramos de Azevedo. Teve
a fachada restaurada nos anos 2000 e os detalhes da pintura original, dos elementos artísticos em ardósia, peças em
granito e em cobre foram conservados. Internamente, também foi feita a recuperação de colunas e paredes em mármore
aurora pérola. Foi a antiga sede do Banco Ítalo-Belga.
Edifício Barão de Capanema – (UNIBANCO ao centro) – Rua Direita – pg.147
No local ficava a casa do Barão de Iguape (e não do Barão de Capanema, como o nome atual faz pensar). Demolida no início do século
XX dei lugar a um prédio Neoclássico que viria a ser a sede da Casa anglo-Brasileira (Mappin). Em 1956 o edifício foi demolido para a
construção do prédio de aço e vidro que, juntamente com o prédio Conde Prates (na esquina do Viaduto do Chá com Rua Líbero Badaró)
passou a ser um símbolo da cidade moderna de São Paulo, As linhas esguias do edifício, muito alto para o local, causam impacto até hoje.
241
Prédio – Rua Líbero Badaró – pg.149
Construído em 1912 com sete andares, a Casa Médici foi notável pelo emprego pioneiro de concreto armado em um edifício
exclusivo de escritórios e de salas comerciais. Esboçava-se aqui não apenas um novo gabarito para a cidade como, também,
uma nova forma de ocupação de seu espaço. Mesmo não apresentando a dimensão assustadora e vertiginosa do arranha-céu norteamericano e levando em conta o provincianismo de São Paulo o prédio despertou uma sensação de progresso e avanço técnico, fazendo
com que toda e qualquer edificação com mais de seis pavimentos fosse considerada, por técnicos e leigos, um exemplar de arranha-céu.
Fundação Armando Álvares Penteado instalou ali sua sede no Centro, para atividades culturais. Infelizmente, o prédio
é dividido com mais dois proprietários, sendo que cada um deles pintou a fachada à sua maneira, o que prejudicou a
unidade do edifício. A pior restauração ocorreu no bloco da esquina com a Rua São Bento, onde até a mansarda foi pintada
(mansardas não são pintadas). O terceiro bloco do prédio é de propriedade do Banco do Brasil.
Antigo Hotel Esplanada – (Votorantim) – Praça Ramos de Azevedo – pg.155
Inaugurado durante os anos loucos – a década de 1920, o Hotel Esplanada tornou-se símbolo do apogeu da era da elite do café. Aberto ao
público em 1923 foi o desfecho de um processo de urbanização do flanco oeste do vale do córrego do Anhangabaú, iniciado em 1892 com
a construção do primeiro Viaduto do Chá, e até então timidamente ocupado pela freguesia de Santa Ifigênia. Ao mesmo tempo, foi aberta a
Rua Barão de Itapetininga, logo tomada por ricas residências de notáveis da época. Apesar da progressiva ocupação da cidade nova, o Vale
do Anhangabaú permanecia como um enclave rural, separando-a do triângulo histórico (centro antigo). Um pouco depois da inauguração
do Teatro Municipal, começa a ser implantado um plano de melhoramentos da cidade de autoria do urbanista francês J. A. Bouvard, o qual
propunha, entre outras coisas, a construção do Viaduto Santa Ifigênia e a transformação do Vale do Anhangabaú em parque. Nesta área
modelada, a mais nobre da cidade de então, que seria construído o hotel, com frente para a Praça Ramos de Azevedo (na época, chamada
Esplanada do Teatro) e a lateral leste para o parque do Anhangabaú. Inaugurado um ano após a Semana de Arte Moderna de 1922, o
Esplanada inicia sua curta carreira de glamour, hospedando companhias de ópera ou homens de negócios. Grandes bailes se realizaram
em seus salões e muita bebida foi servida no concorrido American Bar. Nessa época, conta-se, a elite paulistana se encontrava no hotel
para, entre outras coisas, fumar ópio em locais especialmente preparados, decorados no estilo de tendas árabes. No início dos anos 1960 foi
reformado internamente para abrigar os escritórios centrais do Grupo Votorantin. A fachada, embora quase que inalterada, foi prejudicada
com a retirada injustificada de ornamentos e uma entristecedora pintura cinza uniforme, que não respeitou as características originais, tal
qual foram idealizadas pelos arquitetos franceses Viret e Marmorat – os mesmos que projetaram o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Edifício Martinelli – Rua São Bento– pgs.150-151
O Conde Giuseppe Martinelli resolveu realizar de uma forma diferente o sonho frustrado de se tornar arquiteto, construindo um
prédio que fosse um tributo à cidade que o adotara. Para isso vendeu toda a sua frota de navios e em 1924 deu início à construção
de um prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno de sua propriedade na então área mais nobre da capital, entre
as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger. Enquanto isso,
Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez
maior – de 12 passou para 14, depois 18 e em 1928 chegou a 20 andares. Nessa época o próprio Martinelli já havia assumido o
projeto arquitetônico, e, não se satisfazendo em fiscalizar diariamente as obras, também trabalhava como pedreiro – retomando
assim a profissão que exercera na juventude na Itália – e demonstrava enorme prazer em ensinar aos operários mais jovens os macetes
da profissão.Quando o prédio atingiu 24 andares, foi embargado, por não ter licença e desrespeitar as leis municipais – havia um grande
debate na época sobre a conveniência ou não de se construir prédios altos na cidade. A questão foi parar nos tribunais e assumiu contornos
políticos, sendo aproveitada pela oposição para fustigar Martinelli e a prefeitura municipal. A questão foi resolvida por uma comissão
técnica que garantiu que o prédio era seguro e limitando a altura do prédio a 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30
andares e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel fizera no topo de sua torre.
É o símbolo mais marcante da verticalização da cidade, espantoso representante à altura dos arranha-céus nova-iorquinos.
Prédio – Rua Barão de Paranapiacaba – pg.159
Prédio comercial em estilo francês, projetado por Guilherme Molfatti em 1951. O hall de entrada possui vitrines, que servem como
mostruário de peças aos comerciantes do prédio. Sua fachada foi totalmente restaurada em meados de 1999, e sua estrutura interna foi
adaptada para a instalação de dois novos elevadores, com objetivo de atender à demanda comercial das lojas ali instaladas.
Prédio Sampaio Moreira – Rua Líbero Badaró – pg.153
Projeto relacionado à arquitetura eclética paulista, o edifício é de autoria dos arquitetos Christiano Stockler e Samuel das Neves.
Entre 1924 e 1929 (quando foi inaugurado o Edifício Martinelli) foi o mais alto da cidade. É considerado o primeiro prédio de
grande porte na cidade, também dos primeiros do país a apresentar tal tipologia. Desde sua inauguração, o edifício abriga em seu
pavimento térreo a Mercearia Godinho – tradicional estabelecimento comercial de São Paulo, fundado em 1890 na Praça da Sé, depois
instalado no atual endereço, com suas prateleiras de imbuia e instalações originais. È chamado de avô dos arranha-céus de São Paulo.
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Casa Lutetia – (Fundação Armando Álvares Penteado FAAP - Centro) – Praça do Patriarca – pg.155
A Praça do Patriarca é uma das mais novas do centro de São Paulo – começou a ser aberta em 1912, com a demolição da
extremidade da quadra entre as ruas São Bento, Direita, Miguel Couto e Líbero Badaró, e só foi concluída em 1926. No novo
alinhamento com a Rua da Quitanda, surgiram 2 magníficos prédios - um deles o Edifício Lutetia. Projeto de Ramos de Azevedo
e propriedade de Armando Álvares Penteado, cujo o monograma é visto em todo prédio. O prédio da Praça do Patriarca não
podia deixar de espelhar essa influência francesa, revelada no próprio nome Lutetia (a cidade romana que depois se transforma
em Paris). Coroamento com falsa mansarda, esplendidamente ornamentado com medalhões, guirlandas, cornijas e balcões de
ferro batido. O interior do edifício mantém as características originais, entre as quais os elevadores importados. Em 2004 a
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Casa das Arcadas – Rua Quintino Bocaiúva – pgs.160-161
Em estilo neoclássico. Ficou escondido atrás de cartazes de publicidade. De propriedade da Fundação Armando Alvares Penteado, a Casa
das Arcadas foi construída na segunda metade da década de 1920 por Siciliano & Silva Escritório Técnico de Construções. O nome Casa das
Arcadas surgiu em decorrência dos arcos que formam a ornamentação da fachada externa – nos dois primeiros pavimentos – e também
em alusão aos advogados que mantinham escritórios no local, formados pela faculdade de Direito do Largo São Francisco (as Arcadas). O
local continua a ser ocupado pela famosa loja de calçados Fidalga, inaugurada na década de 1930, assim como por prestadores de serviços
e estabelecimentos comerciais de diversas áreas. Constituída basicamente de argamassa, elementos decorativos, granitos vermelhos,
esquadrias, guarda-corpos e portas em ferro e vidro, a fachada da Casa das Arcadas sofreu tanto com a deterioração do tempo como com
as intervenções realizadas pelo comércio local. Um excelente projeto de restauração avaliou e removeu todas as descaracterizações, como
revestimentos de azulejos, lambris de alumínio, displays expositivos de mercadorias feitos em ferro e vidro, bandeiras de chapa metálica/
alvenaria e vigas de concreto executadas para suporte de anúncio. Também foi executada a argamassa de revestimento com o mesmo tipo
Edifício Rolim – Praça da Sé – pgs.174-175
Outra obra projetada por Hippolyto Gustavo Pujol. O edifício, apesar de quase desconhecido dos paulistanos, é dos mais originais
da cidade. Construído no final da década de 1920, há elementos no prédio que claramente remetem ao Modernismo Catalão.
Pujol era carioca de nascimento mas descendente de família da Catalunha, o que pode justificar a menção. De sua torre (fechada
ao público) pode-se imaginar haver uma das mais impressionantes vistas panorâmicas da cidade.
de material utilizado na época em que foi construído, obtido através de testes laboratoriais, seguindo a volumetria e formato dos elementos
originais encontrados. Rejuntes foram refeitos, oxidações foram removidas e processos de corrosão, interrompidos. A fachada passou por
uma limpeza com jateamento de água, remoção mecânica e química de resíduos e pintura com tinta látex.
Palacete Chavantes – Rua Benjamim Constant – pgs.162-163
O Palacete Chavantes foi construído por Alexandre Ribeiro Marcondes Machado em 1933. Alexandre foi mais conhecido como o escritor
Juó Bananére, um dos precursores do Modernismo, que usou e abusou do Macarronismo, como exemplo de sua escrita, que se intitulava
“Barbieri i giurnaliste mais universale, é també du Cubatô”, membro da “Gademia Paulista de Letteras”, sócio do Palestra Intalia. O prédio foi
propriedade da família do senador Peixoto Gomide e construído entre os anos de 1926 e 1930, pela firma Sampaio & Machado Engenheiros
Construtores. A fachada está bem conservada. O pórtico de entrada representa, em alto relevo, uma colheita de café. Ao lado, sob colunas,
uma figura grega representando os Atlantis, símbolos de força. Os elevadores, de fabricação alemã, foram dos primeiros instalados na cidade.
Hotel Rivoli – Rua Dom José de Barros – pg.177
Construção de esquina, da década de 1920, em estilo eclético, com uma pequena torre coberta.
Antigo Hotel Atlântico – Avenida São João – pg.179
Três prédios, construído pelos fazendeiros Oscar Souza Pinto e Oscar Ferreira Souza Pinto, na década de 1920, tinham o objetivo de
servir de fonte de renda para as futuras gerações da família. Com a crise de 1929, o avô do atual proprietário vendeu uma parte do
imóvel para quitar o financiamento de um banco alemão. Para a instalação de um complexo residencial os cinco andares, o térreo
e o terraço, os prédios passaram por restauração e requalificação atuais mantendo as escadas de mármore, os salões em granilite
decorado e as portas em pinho de Riga. Os quartos foram transformados em 60 apartamentos.
Edifício York – Rua São Bento – pg.165
A característica mais marcante da fachada são os Atlantis, símbolos de força.
Prédio Glória – Rua Conselheiro Crispiano – pgs.166-167
É exemplo dos prédios comerciais de alto nível e foi construído em 1928. Pertenceu ao Doutor Samuel Ribeiro, até então sócio da
família Guinle. O projeto foi de Albuquerque e Longo e a construção do Escritório Ramos de Azevedo. Construído no estilo Luís XVI,
o Glória é um dos prédios mais elegantes e refinados do centro, com destaque para suas fachadas, encimadas por mansardas, e o
magnífico hall e entrada, de mármore, com painéis de madeira de lei e detalhes em bronze.
Prédios – Rua Barão de Limeira – pg.181
Construído nos anos 1920-1930 é ótimo exemplo das transformações sociais e da criatividade do período, do sincretismo
das fachadas e diversidade dos materiais utilizados. São alguns dos primeiros traços de verticalização da cidade e evidenciam
problemas urbanos da época. O encarecimento da moradia, a debilidade do sistema de transportes e a diversificação social
explicam sua construção entre o centro da cidade e o bairro da Luz, pólos econômicos da São Paulo de então. O edifício de três
andares tem revestimento que leva mica ou pó de vidro em sua composição, cintilando quando exposto à luz. É material frágil
e difícil limpeza. Não resiste ao monóxido de carbono. O edifício foi projetado e construído pelo Escritório Albuquerque e Longo
para Samuel Ribeiro, sócio da família Guinle. Apesar de possuir um processo de tombamento recentemente foi reformado e teve
alteradas várias características. Os azulejos azulados das duas pequenas cúpulas no alto do prédio também foram retirados.
Casa Palmares – Rua Boa Vista – pg.169
Em estilo similar ao Prédio Glória e aberto em 1922 é igualmente projeto do Escritório Ramos de Azevedo.
Prédio – Rua 11 de Agosto – pgs.170-171
O relógio da antiga Casa Marcel Kahn (de peças e consertos de relógios) é a marca deste prédio. O relojoeiro Camillo Monte Santo
certa vez contou: “o relógio está aí desde 1935 e ficou parado por mais de 20 anos. Foi restaurada em 2002. Tinha o mecanismo
desgastado e agora funciona com uma espécie de cérebro eletrônico... Antes, o relógio ficava na altura da rua. Em 1965, foi mudado para
perto da janela do primeiro andar porque havia risco de ser vandalizado ali embaixo...”. Um reduto nostálgico, pouco visitado.
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Edifício Guinle – Rua Direita – pg.173
Hippolyto Gustavo Pujol projetou o prédio em 1913 é a construção é pioneira por ter sido o primeiro prédio em concreto armado
do Brasil. Lê-se no livro Pujol-Concreto e Arte, de André Balsamante Caram: “Os testes estruturais foram realizados pelo Gabinete
de Resistência de Materiais da Escola Politécnica, embrião do atual IPT. Quando foi inaugurado no final dos anos 1910 o edifício
era um dos pontos dominantes do Centro Velho, visto desde o Parque Dom Pedro.”
Palacete Victória – Rua Vitória – pgs.182-183
Este prédio complementa o prédio descrito na legenda anterior. As duas edificações funcionam como um imenso portal e, juntas,
permitem imaginar uma estética interessantíssima da cidade, infelizmente pouco valorizada.
Prédio – Rua Dr. Falcão – pg.185
Prédio residencial, de estilo Neogótico inglês, foi construído na década de 1920 com projeto de Cristiano das Neves.
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Edifício Santa Elisa – Largo do Arouche – pgs.186-187
Residencial, exemplo bem acabado do Art Déco, o prédio é excelente registro da década de 1930. Infelizmente foi recentemente
pintado e tendo sua camada original de mica ou pó de vidro coberto por pintura de extremo mau gosto.
Antigo Edifício Conde Francisco Matarazzo (Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo IRFM) – Antigo Banco do Estado de
São Paulo BANESPA – (Prefeitura Municipal de São Paulo) – Viaduto do Chá – pgs.200-201
Construído pelo Conde Francisco Matarazzo II para sede das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, o maior conglomerado de indústrias
do Brasil. O arquiteto italiano Vittorio Morpurgo projeta o novo prédio e outro patrício, Marcello Piacentini (um dos arquitetos oficiais do
posteriormente chamado estilo EUR – Exposição Universal de Roma, de 1942 –, diretamente ligado à arquitetura fascista, incentivada
por Mussolini) também participa do projeto, que foi inaugurado em 1939. Com linhas sóbrias, dimensões colossais, pilares altíssimos,
mármores, mosaicos, espelhos o prédio (e o conceito de sua construção) pretendia reproduzir a grandeza do Império Romano. O efeito é
surpreendente, magnífico. O prédio passou a ser propriedade do Banco do Estado de São Paulo que nele instalou serviços, diretorias e o Museu e a
Biblioteca do BANESPA - complexo cultural freqüentado por anos por milhares de visitantes. Na década de 1990 o edifico foi tombado internamente
– iniciativa inédita – visando sua preservação e conservação e impedindo, dessa forma que fosse mais um alvo de reformas modernizantes, que
teriam descaracterizado o conjunto. Com a privatização do banco, em 2004 o prédio passou a ser a sede da Prefeitura Municipal de São Paulo.
Prédio – Rua Senador Feijó – pg.189
Construído nos anos 1930, em estilo Art Déco, originalmente destinava-se para uso misto, com o térreo ocupado por comércio e
os cinco pavimentos com 20 apartamentos residenciais. Convertido em hotel até o c. 2001. Está planejada sua transformação em
um edifício residencial de quarenta e cinco apartamentos.
Edifício Álvares Penteado – Rua São Bento – pg.191
Construído nos anos 1930, em estilo Art Déco, sempre foi ocupado por atividades comerciais. O portal de entrada é muito
interessante com um medalhão do Conde Penteado no centro.
Prédio – Rua José Bonifácio – pg.203
Recentemente restaurado, é uma construção para fins comerciais, da década de 1930.
Edifício Dr. Walther Seng – Rua Marconi – pgs.192-193
Art Déco de 1939, teve projeto e construção da Sociedade Arnaldo Maia Lello LTDA Arquitetos.
Prédio – Rua 3 de Dezembro – pg.195
Art Déco, foi construído na década de 1930.
Edifício São Luiz – Praça da República – pgs.204-205
Projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon em 1944, foi lanejado para moradia de classe abastada, e o arquiteto – por vezes
considerado dos pioneiros da arquitetura moderna em São Paulo – não hesitou em adotar um estilo classicizante afrancesado
– flagrante oposição à arquitetura comercial do centro da cidade. Pilon demonstra, dessa forma, uma espécie de conveniente
adesão aos princípios do ecletismo tipológico, ao diferenciar claramente a arquitetura de seus edifícios de escritórios da de suas
obras residenciais, para as quais preconizava uma arquitetura de estilo. O prédio pode ser visto como o que inaugurou a onda de
edifícios residenciais neoclássicos atendendo a um gosto mais conservador.
Edifícios Santa Lúcia e São Francisco – Rua Senador Feijó – pg.197
Ambos foram construídos na década de 1930 no estilo dominante do período, o Art Déco. O Santa Lúcia tem acabamento mais
requintado, com frisos decorativos realmente dignos de atenção.
Edifício Santa Virgília e outros – Avenida São Luís – pg.207
Percebe-se neste conjunto da década de 1950, certa influência do Art Nouveau austríaco, principalmente nos detalhes decorativos.
A imponência de sua altura é ressaltada pelos pilares que separam os caixilhos e pelo corpo que se destaca do centro da fachada.
Os gradis de ferro colocados em frente das janelas marcam as divisões dos pavimentos e foram desenhados com predominância
da linha reta; apenas o gradil do segundo andar recebe decoração floral - diferenciando-se dos demais e salientando o avanço
da fachada. No primeiro andar, a fachada recebe uma ostentação decorativa mais trabalhada que não tira o caráter elegante arquitetura.
Edifício Theotônio Negrão – Rua Álvares Penteado – pg.199
Outro bom exemplo do estilo Art Déco dos anos 1930, é sede da Associação de Advogados de São Paulo.
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Antigo Hotel Othon – (Edifício Cia. Paulista de Seguros) – Rua Líbero Badaró – pg.209
Inaugurado em 1954, no IV Centenário da cidade e fechado recentemente, em 2009, o Othon abrigou hóspedes ilustres como Nat
King Cole, o Príncipe Akihito (hoje Imperador do Japão), entre uma imensa lista de outros destaques. Entre as décadas de 1950
e 1970, era freqüentado pela elite política paulistana. O grande painel de Burle Marx que havia no saguão de entrada foi retirado
para depois ser reinstalado em outra unidade da rede hoteleira. A Prefeitura de São Paulo tem tentado uma negociação para a
compra do prédio e sua utilização como anexo do Edifício Matarazzo, sede atual da Administração Municipal.
Edifícios Cia. Paulista de Seguros e Britania – Rua Líbero Badaró – pg.211
A volumetria dos dois grandes prédios, ambos da década de 1950, é marca inconfundível dessa região da cidade.
Antigo Mariam Palace Hotel – Avenida Cásper Líbero – pg.223
Edifício com Prêmio Nacional de Arquitetura de 1942, O Marian é um Hotel de época e um dos primeiros conceitos de
moradia temporária com a praticidade dos atuais flats.
Edifício Cia. Generali de Seguros – Rua Bráulio Gomes – pg.213
Inaugurado em 1938 como sede da Assicurazioni Generali.
Condomínio Louvre – Avenida São Luís – pgs.224-225
Projetado por João Artacho Jurado na década de 1950. Com 25 andares residenciais, no topo há uma área de lazer
(pequena piscina e local para caminhadas). Com sua fachada de pastilhas rosa e azuis compõe-se de quatro blocos de
edifícios na frente e cinco atrás.
Edifício Independência – (Bar Brahma) – Avenida Ipiranga – pgs.214-215
Fundado pelo alemão Henrique Hillebrecht em 1948 no mesmo prédio onde funcionou a Boate e Confeitaria Marabá, o Bar logo se tornou
o ponto de encontro de músicos, poetas, intelectuais, políticos e empresários. Circularam por aqui personalidades da política como Ademar
de Barros, Jânio Quadros e Fernando Henrique Cardoso; e também da música como Adoniran Barbosa, Orlando Silva, Ari Barroso e Vicente
Celestino. Entre as décadas de 1950 e 1960, a repressão política fez com que o Bar fosse palco de debates entre os estudantes da Faculdade
de Direito do Largo São Francisco, além de ponto de negócios para os fazendeiros do interior. Fechado desde o início da década de 1990,
devido ao processo de decadência social do centro, o Bar reabriu em 1997 com o nome de São João 677 – durou um ano e seu fechamento,
no final do ano de 1998, deixou os freqüentadores órfãos, encerrando cinco décadas de boemia misturada à história e à cultura de São
Paulo. Poucos anos depois, em 2001 o ponto retornou à cena com honras e glórias. Arrematada pelos empresários Alvaro Aoás e Luis
Marcelo Lacerda, a casa passou por uma restauração completa sem perder toda a magia dos traços arquitetônicos originais.
Edifício Itália – Avenida Ipiranga – pg.227
O nome oficial do prédio é Circolo Italiano. É o segundo maior edifício da cidade de São Paulo e do Brasil em altura, com 165 metros de
altura distribuídos em 46 andares. A idealização do edifício ficou a encargo da colônia italiana em São Paulo, através do Circolo Italiano,
cuja sede situava-se no terreno. Sua construção tinha grande importância simbólica para a colônia pois representava a ascensão social e
econômica dos imigrantes italianos. Em 1953, a construtora Otto Meinberg deu início aos planos de sua construção com o convite para
alguns arquitetos para participarem da concorrência de elaboração do projeto para o prédio. A disputa foi realizada com os arquitetos Franz
Heep, Gio Ponti e Gregori Warchavchik. Apesar de parecer o menos indicado para o trabalho, Heep venceu a concorrência (afinal, Ponti era
italiano e Warchavchik havia estudado em Roma). O projeto começou a ser construído no início da década de 1960, terminando em 1965.
Edifício Andraus – Avenida São João – pg.229
Com projeto de proporções perfeitas e elegância o prédio foi finalizado em 1962 e apenas dez depois foi cenário de um
incêndio que marcou o início da reforma radical nos códigos de segurança em edificações de todo o mundo. É símbolo
silencioso e marcante da pujança da cidade de São Paulo.
Edifício Vicentina – Rua Bráulio Gomes – pg.217
Em 1946 foi inaugurada aqui a Construtora Anhanguera Ltda., primeira empresa no ramo da construção civil constituída
pela dupla João e Aurélio Artacho Jurado.
Edifício COPAN – Avenida Ipiranga – pg.219
Projetado por Oscar Niemeyer, foi inaugurado durante as comemorações do IV Centenário da cidade, em 1954. Considerada a maior
estrutura de concreto armado do Brasil possui 1160 apartamentos distribuídos em seis blocos, talvez o maior edifício residencial da
América Latina. A execução do projeto foi entregue a Carlos Lemos. A conclusão do edifício residencial levou quinze anos. Apesar de o
edifício estar totalmente fora da sua concepção original, podendo ser atribuída a Niemeyer somente a forma exterior, continua sendo
um marco referencial da maior importância para a cidade, persistindo como um dos símbolos da modernidade urbana do Centro Velho.
Edifício Eiffel – Praça da República – pg.221
É um edifício residencial projetado por Oscar Niemeyer em 1953 e inaugurado em 1956. O prédio, com duas abas laterais,
possui os primeiros apartamentos duplex (54 unidades de dois, três e quatro dormitórios), uma novidade na época.
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250 Prédios da Rua XV de Novembro (2)
Ficha técnica
Capital. São Paulo e seu patrimônio arquitetônico
Fotografias e tratamento de imagens: Juan Esteves
Edição de imagens: Juan Esteves e Antonio Carlos Abdalla
Organização e texto: Antonio Carlos Abdalla
Revisão de texto de abertura: Antonio Paulo Carrozzo
Pesquisa e legendas: Denise Lorch
Projeto gráfico: Moacir Samea
Produção e coordenação: Atitute Brasil - Marta Rocha e Vani Canal
252 Prédios da Rua Marconi com 7 de abril
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