Projetos de responsabilidade social apoiados pelas empresas
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Projetos de responsabilidade social apoiados pelas empresas
NOME DO ARTIGO -::- NOME DO AUTOR Projetos de responsabilidade social apoiados pelas empresas mineiras ou que possuem sedes em Minas Gerais Renato Sousa Samuel Moreno dos Reis Graduandos do 8º período de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas 63 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS Resumo Este artigo tem por objetivo investigar as organizações mineiras que possuem sedes no estado de Minas Gerais e/ou investem em projetos de responsabilidade social dentro das mais variadas áreas de atuação como o social, cultural, educacional, ambiental, socioambiental, sociocultural dentre outras. Embasado em pesquisas bibliográficas, podemos verificar vários conceitos do que realmente é sustentabilidade no contexto da Responsabilidade Social; o que mostrará às empresas, considerando não só o lado econômico, mas também o lado social que consequentemente agregará valor à sua marca e fortalecerá a sua imagem diante da comunidade e em seu entorno. PALAVRAS-CHAVE Responsabilidade Social, Comunicação, Sustentabilidade Abstract This article aims to investigate mining organizations that have offices in the state of Minas Gerais and / or invest in social responsibility projects within the various business areas such as social, cultural, educational, environmental, socio-environmental, sociocultural and others. Grounded in literature searches, we can see various concepts of sustainability that is really in the context of social responsibility, which show companies considering not only the economic side but also the social side that consequently add value to your brand and strengthen its image before the community and its surroundings. KEYWORDS Social Responsibility, Communication, Sustainability 64 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS Introdução Este artigo tem por objetivo investigar as organizações mineiras que possuem sedes no estado de Minas Gerais e/ou investem em projetos de responsabilidade social dentro das mais variadas áreas de atuação como o social, cultural, educacional, ambiental, socioambiental, sociocultural dentre outras. Sendo assim, estas empresas evidenciarão a importância de apoiarem os projetos que forem sustentáveis para garantir o bem estar de todos os seus públicos alvos trazendo para realidade atual o sucesso de uma dimensão organizacional. Embasado em pesquisas bibliográficas, podemos verificar vários conceitos do que realmente é sustentabilidade no contexto da Responsabilidade Social; o que mostrará às empresas, considerando não só o lado econômico, mas também o lado social que consequentemente agregará valor à sua marca e fortalecerá a sua imagem diante da comunidade e em seu entorno. Sustentabilidade no contexto da responsabilidade social O conceito de responsabilidade social se torna complexo quando levamos em conta que não existe uma formalização do grau de comprometimento das corporações, mas há uma liberdade de criação e da flexibilidade dessas ações. A ideia de responsabilidade social incorporada aos negócios é, portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, corporações se veem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações praticadas. As transformações socioeconômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas ao puro e exclusivo aumento dos lucros. Se de um modo o setor privado possui cada vez mais lugar de destaque na obtenção de riqueza, por outro lado é bem evidente que ,com grande poder, venha grande responsabilidade. O histórico da Responsabilidade Social evidenciou-se em 1919, de acordo com Toldo (2002), com a variável da responsabilidade social corporativa no julgamento na Justiça norte-americana no caso de Henry Ford, um dos presidentes acionista majoritário da Ford Motor Company, e seus outros acionistas liderados por John e Horace Dodge, que não aceitavam a ideia de Ford. No ano de 1916, explicando a realização de objetos sociais, Ford decidiu não distribuir parte do faturamento aos acionistas e investiu na produção, no aumento de ordenados e em fundo de reserva para diminuição esperada de receitas por causa da baixa dos preços dos automóveis. Claro que a Suprema Corte decidiu a favor de Dodge, entendendo que as empresas existem para o bem estar de seus acionistas e que os diretores têm de garantir o lucro, não podendo utilizá-lo para outros fins. Pelo fato das empresas terem de responder somente aos seus acionistas, as mesmas começaram a receber críticas durante a Segunda Guerra Mundial. Na mesma época, diversas alterações aconteceram nos Estados Unidos. Já em 1953, outro fato revelou ao pú65 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS blico a discussão sobre a colocação da empresa na comunidade e suas responsabilidades foi o caso A. P. Smith. Manufacturing Company contra seus acionistas que não aceitavam a doação de recursos financeiros à Universidade de Princeton. Na época a Justiça estabeleceu a lei da filantropia corporativa, apoiando que uma corporação poderia promover o desenvolvimento social. Segundo Toldo (2002), na década de 60, autores europeus se destacavam, argumentando sobre problemas sociais e suas prováveis soluções. Nos Estados Unidos as corporações já se preocupavam com questão ambiental e na divulgação de suas ações sociais. Na década de 70 iniciou a preocupação com o como e quando a empresa teria que responder por suas obrigações no campo social. Na época, a demonstração à sociedade das ações empresariais tornou-se relevante. De acordo com Tinoco (2001), a França foi pioneira no mundo em aderir a uma lei exigindo que as empresas tenham mais de 300 colaboradores a criar e expor o Balanço Social. Seu foco importante destina-se informar às pessoas o clima social na corporação, a evolução do feito em estabelecer as articulações da empresa na sociedade. Este balanço, de acordo com o autor, é corretíssimo, por excluir as coisas econômicas das coisas sociais. Na década de 90, já com uma participação maior dos autores no negócio da responsabilidade social, veio a discussão sobre os temas ética e moral nas corporações, o que contribuiu de modo significativo para a conceituação de responsabilidade social. 66 cado em um relatório da ONU. A proposta desta palavra “sustentabilidade” recebeu o principio de “atender as necessidades do presente sem comprometer que as gerações futuras atendem as suas próprias necessidades”. Desde então este principio tem se estendido como uma parceria entre organizações/empresas, estado/governo e sociedade civil. O termo Sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e social sem impactar com agressões o meio ambiente; utilizando os recursos naturais de maneira racional para que os mesmos se permaneçam no futuro. Isto é a conotação real de desenvolvimento sustentável. É necessário uma mudança o mais rápido possível antes que a situação de degradação ambiental piore. O Brasil deve parar com esta política do faz de conta, pois até o momento, nosso país só faz de conta que tem um regime rígido que finge punir quem degrada o meio ambiente. Consoante Fabio Feldmann (Consultor, advogado, administrador de empresas, secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças climáticas Globais e de Biodiversidade e fundador da Fundação SOS Mata Atlântica de São Paulo), muitas vezes fica bem nítido a impressão de que a sustentabilidade no Brasil ainda caminha em passos lentos. Pode-se afirmar que as corporações utilizam muita publicidade. Na maioria das vezes o que vemos se chama “greenwashing”, melhor dizendo, maquiagem ambiental. O autor do artigo ainda defende que se depender da publicidade que as empresas utilizam, não há como negar que atualmente todos são até mais que sustentáveis; PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS A expressão sustentabilidade tem início em 1987, quando este conceito foi colocado em um relatório da ONU. A proposta desta palavra “sustentabilidade” recebeu o principio de “atender as necessidades do presente sem comprometer que as gerações futuras atendem as suas próprias necessidades”. Desde então este principio tem se estendido como uma parceria entre organizações/empresas, estado/governo e sociedade civil. O termo Sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e social sem impactar com agressões o meio ambiente; utilizando os recursos naturais de maneira racional para que os mesmos se permaneçam no futuro. Isto é a conotação real de desenvolvimento sustentável. É necessário uma mudança o mais rápido possível antes que a situação de degradação ambiental piore. O Brasil deve parar com esta política do faz de conta, pois até o momento, nosso país só faz de conta que tem um regime rígido que finge punir quem degrada o meio ambiente. Em partes sim, pelo fato de que a sociedade hoje está exigindo dos governos e das empresas respostas claras às demandas de sustentabilidade, com ênfase nos aspectos socioambientais. Esta é a razão de tanta propaganda. Por outro lado, há que separar o joio do trigo, ou seja, criar mecanismos que assegurem efetivamente a incorporação da sustentabilidade no mundo empresarial, evitando assim que se esvazie o conteúdo efetivo da sustentabilidade, onde traz uma mudança radical no papel das empresas diante da sociedade. Não é suficiente gerar lucros para os acionistas e investidores de maneira geral, mas enfrentar problemas do mundo contemporâneo como o aquecimento global, esgotamento dos recursos naturais, desigualdade social. Ao invés de entenderem que a sustentabilidade empresarial passou a ser peça fundamental para a sobrevivência da organização e para o próprio planeta, muitos empresários creem que seja suficiente tornarem-se adeptos aos recursos em grandes propagandas, tendo o assunto como matéria do departamento de marketing ou comunicação. As organizações devem obrigatoriamente internalizar a dimensão que é a sustentabilidade nas suas atividades diárias, com visão de perspectivas para curto, médio e longo prazo, aceitando que devem exercer um papel totalmente estratégico em todos os campos citados anteriormente. Visto como consequência de uma boa tomada de decisão quanto à estratégia adotada pelas organizações em seus negócios, quando é criado algo voltado para sustentabilidade com a intenção de adquirir bens e serviços ,pode-se assegurar com isto que o consumidor está decidido por uma boa escolha adequada na visão, nos valores e na missão de seu cotidiano. O autor desse artigo afirmou que: mais uma vez saiu convencido de que o grande desafio da política do desenvolvimento sustentável é a aliança entre o setor empresarial cosmopolita (cidadão do universo) e a sociedade civil organizada, governantes comprometidos como o futuro, a academias científicas e sem esquecer a mídia que deve ter uma participação que possa mobilizar a massa. Uma vez estabelecida essa articulação, será possível disponibilizar aos cidadãos, consumidores, enfim, todos os atores de interesses, um nicho de opções que possa viabilizar uma 67 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS cidadania protegida pelos seus direitos e deveres. O balanço social é um instrumento de apoio à gestão. Ele vem se fortalecendo como importante elemento nas organizações. Este balanço visa tornar público a quantidade de investimentos sociais realizados pelas empresas, além de deixar visível seu grau de comprometimento social; agrega força à sua marca diante do seu público (colaborador, fornecedor, clientes e comunidade), com isso deixará evidente sua preocupação com a responsabilidade social. O Brasil possui várias leis de incentivos fiscais de âmbito federal, municipal e estadual que permitem aos empresários e cidadãos comuns destinarem uma parte de seus impostos devidos para ações que são relacionadas tanto na área social quanto cultural. As leis de isenção fiscal vêm reforçar a atuação de empresas na promoção de ações socioculturais. É possível propor a redução de imposto para o financiamento de projetos através da modalidade patrocínio, onde é concedido espaço para agregar valor à marca do patrocinador ,configurando assim marketing, ou doação que funciona como ato filantrópico por não haver associação ao nome do doador no projeto, onde o abatimento para imposto é maior. Resumindo: as Leis de Incentivos Fiscais servem para alavancar investimentos e contribuições à causas sociais via incentivo fiscal. Ei-las: • Leis Municipais: Uma extraordinária ferramenta de apoio a projetos sociais, as leis de incentivos têm como base a 68 renúncia fiscal pelo município em impostos como Imposto Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviço (ISS) e Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). A lei autoriza a transferência, por parte dos contribuintes municipais (pessoas físicas ou jurídicas), para projetos culturais de até 20% do valor devido dos impostos. Cada projeto pode ser instigado em até 85% do seu valor total, restando os outros 15% por conta do empreendedor. Todos os anos, entre Fevereiro e Março, é publicado um edital com os procedimentos de inscrição e participação dos projetos culturais. • Lei Rouanet/ Lei Federal: Lei de incentivo à cultura, popularmente chamada de Lei Rouanet, é conhecida principalmente por sua política de incentivos fiscais. Possibilita que cidadãos (pessoas físicas), empresas (pessoas jurídicas),direcionam parte do Imposto de Renda devido em ações voltadas para cultura. Sendo assim, além de obter como retornos benefícios fiscais sobre o valor do incentivo. Os apoiadores dessa lei fortalecem as iniciativas culturais que não se enquadram em programas do Ministério da Cultura (MINC). • Lei Estadual: Leis que utilizam isenção fiscal de impostos como o ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Serviços) para fomentar ações que ampliam benefícios no Estado. Os empreendedores que tiverem seus projetos aprovados e captados por meio da Lei Estadual de Incentivo são obrigados a prestar contas vindas da realização do mesmo, com toda a documentação PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS informações do balanço social, exigida pelo órgão competente. Para que o projeto receba a promoção da lei, é necessário que o plano de isenção do mesmo passe por um processo de exame documental para receber um parecer interno e por sua vez externo e levado a aprovação por seus órgãos competentes que liberam o processo para a publicação e certificação de sua portaria que por sua vez permite a captação de recursos, seja como patrocínio ou doação. A gestão de recursos é feita ocorrendo à prestação de contas para que caso seja aprovada o processo é arquivado. Do contrário a não aprovação do projeto ocorrerá no encaminhamento para prestação de contas ao TCU - Tribunal de contas da União. Análise Para tornar público seus projetos de responsabilidade social, as empresas deixam visíveis seus graus de comprometimento no balanço social(um demonstrativo publicado todos os anos pela organização,integrando um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais voltados aos seus públicos de interesse como seus empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade). É considerado um instrumento estratégico para avaliar e aumentar o exercício da responsabilidade social corporativa. Os dados importantes citados nesse balanço são: a) valores monetários que foram investidos na intenção de trazer retornos à sociedade podem ser vistos no rol de b) publicações referentes aos projetos implantados pela organização na área social, variando de acordo com o modelo aplicado. O balanço social não está restrito somente às empresas particulares, pois é passível de utilização por ONGs, tendo em vista que podem fazer parte do escopo das políticas internas que a governa, sendo conveniente para a mesma realizar um demonstrativo de suas ações no âmbito social. O balanço social tem ainda como norteador a implantação de indicadores de desempenho ou desenvolvimento social, demonstrando a eficiência das estratégias e ações praticadas pela organização. Estes indicadores são, por exemplo: 1 - Indicadores humanos; 2 - Indicadores físicos; 3 - Indicadores monetários. De acordo com Zarpelon (2006), existem algumas metodologias ou modelos para a publicação deste Balanço social, que são: A. Inventário social = listam as ações tomadas pela organização, relativas ao contexto social; B. Relatório social = é promulgado verbalmente, de acordo com os objetivos e as tomadas de ações relativas ao contexto social; C. Contabilidade de Gestão de Pessoas = atribui valores monetários aos dispêndios com gestão de pessoas (treinamentos e qualidade de vida no trabalho); 69 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS D. Relatório de custos = lista todos os dispêndios relativos à Responsabilidade Social; E. Abordagem do Valor Agregado = realiza uma avaliação em relação ao valor agregado das ações voltadas para a Responsabilidade Social e repasse deste valor agregado para os seus stakeholders; F. Balanço de lucros e perdas sociais = equaciona os benefícios e custos relacionados com a Responsabilidade Social sobre o denominador comum de valores monetários. Conforme acompanhamos, existem leis que beneficiam com incentivo fiscal as organizações que trabalham com ações sociais, mas nem todos tornam publico ou disponibilizam a informação se foram beneficiados por leis de incentivo social tornando assim mais complexa a identificação e levantamento de dados. Importante ressaltar que todas as empresas apontadas neste artigo, só terão seus projetos patrocinados pelos governos federais, estaduais e municipais a partir do momento em que suas propostas estejam realmente casadas com a sustentabilidade através de documentações apresentadas pelas mesmas e só assim terão suas deduções fiscais devidamente realizadas. No Brasil, o balanço social não tem sua publicação regulamentada, mas, alguns projetos de lei ou regulamentação que tratam do Balanço Social seguem os trâmites nas esferas federal, estadual e municipal. Apesar de não ser obrigatória a publicação do Balanço Social no Brasil, de acordo pesquisas realizadas, pode-se perceber 70 que seis das grandes empresas apontadas no artigo disponibilizaram o balanço social do último ano (2011). A publicação do balanço deste ano (2012) provavelmente será no ano que vem (2013) quando acontecerá o encerramento de suas atividades. Baseado no levantamento de dados das organizações percebe-se que 40%, mais precisamente quatro das dez pesquisadas , apoiam projetos voltados para o social, assim como a FIAT que trabalha no desenvolvimento do povo com capacitação de lideranças locais; promovendo reuniões para discutir alternativas e assistências na melhoria da qualidade de vida destas regiões. Chegaram a 30% as entidades que voltam suas atenções para os problemas educacionais, como a integração, treinamentos de jovens da periferia e o preparo destes para uma educação de qualidade. A FIAT, em seu projeto Árvore da Vida, realiza muitas ações sociais envolvendo a educação de jovem e aperfeiçoamento para adequação ao mercado de trabalho e ajudando-o no desenvolvimento social em 81 comunidades, nas quais uma média de 25% conseguem emprego antes do término do curso. Outro exemplo, a A&C desenvolve seu projeto com deficientes visuais trazendo-os a oportunidade de emprego no mercado de trabalho com a capacitação e ajuste de microcomputadores para obter mais qualifidade para o mercado de trabalho. As ações dos correios que disponibiliza sua estrutura e logística para campanhas, dentre elas a dos Papai Noel dos Correios, que estabelecem parcerias com escolas públicas, creches, abrigos, orfanatos e núcleos socioeducativos, mobilizando assim mais de 110 mil empregados dos Correios e respondendo pela entrega de 685.698 presentes. 10% focam na área da PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS cultura , segundo o balanço realizado. Não menos importante, mas 10% que são duas das dez apoiam os projetos no que diz respeito ao socioambiental.O motivo dessas corporações investirem em projetos ambientais é pelo fato do impacto que se causa ao meio ambiente quando se utiliza dos recursos naturais com a finalidade de obter resultados. De modo direto, a ação das empresas como Santander e Vivo fazem números impressionantes. O Banco Santander em um acumulado de 589 toneladas de baterias, e a Vivo com 23 milhões de equipamentos para a um destino correto como reaproveitamento ou reciclagem têm colaborado para diminuir a poluição do nosso solo. As empresas que ocupam 10% do total da pesquisa visam a área da cultura e promoção direta de sua marca em seus projetos. A Energisa demonstra sua marca no patrocínio de revitalização de centros culturais e promoção de eventos como teatro e artes. A empresa Vivo promove grandes eventos como o Conexão Vivo, que como exemplo, carrega a marca no nome do evento de música e privilegia os clientes para que possam participar de seus eventos. As corporações Belgo/Arcelor Mittal, e Copasa ocupam apenas 5% com ações voltadas para o Ambiental onde procuram exercer seus deveres e obrigações utilizando todos os recursos naturais como água, solo e ar sem denegrir o meio ambiente, levando em consideração o cuidado com as gerações futuras; mas nem por isso deixam de focar em outras áreas projetos de Responsabilidade Social. A Copasa( Companhia de Saneamento de Minas Gerais), por sua vez, além de atingir os 5% de investimentos em ações voltadas para o ambiente, atinge também 5% de projetos atrelados ao socioeconômico pelo fato de ter a missão de prover soluções em abastecimento de água, esgotos sanitários e resíduos sólidos, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconômico. No ano de 2011, a Copasa investiu na criação de programas de conscientização, preservação e desenvolvimento ambiental, investiu em pagamentos pela utilização dos recursos hídricos, em licenças ambientais, entre outros, como também em projetos e ações tendo como foco a preservação dos mananciais mineiros sempre de forma sustentável. Como disposto no gráfico, pode-se perceber que grande parte dos projetos de Responsabilidade Social são voltados para o coletivo, porém nos setores privados estão cobrando resultados dos investimentos realizados em suas ações sociais, já que não pretendem só liberar recursos financeiros. Pode-se observar que as organizações participantes desse artigo científico praticam o que realmente vem informado em sua identidade como compromisso, visão e valores que possibilitam o fortalecimento da marca e como recompensa; além das premiações obtém credibilidade de todos os envolvidos em cada projeto apoiado. De acordo com o Ipea, as 465 mil empresas que se envolvem com ação social no País investiram R$ 4,7 bilhões em 2000. Mesmo expressivo, o valor corresponde a apenas 0,4% do PIB. Podemos identificar junto com nossa pesquisa que a organização vem assumindo mais que um espaço destinado antes atribuído unicamente ao estado e assumindo uma postura colocando estas instituições como responsáveis à postura social na sociedade onde atua, assumindo características às vezes emancipadas ou em parceria 71 PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS com o estado, para a aceitação do individuo na sociedade a qual atua; tendo assim uma construção também da imagem de sua marca. Esta nova forma de gestão assume aspecto moderno e permite tratar a Responsabilidade Social como uma parte agora essencial as organizações sobre o ponto de vista da comunicação e com isso trabalhar a forma como a empresa é vista entre os mais variados públicos. Como o conceito de responsabilidade é novo e muito moderno, tem-se intensificado cada vez mais e nossa pesquisa deixa evidente que a participação da iniciativa privada é muito bem vista e apoiada pelo poder publico e pela sociedade civil. A iniciativa privada tem se utilizado desta oportunidade para conversar com seus públicos, deixar clara a participação social e assumir como sendo sua obrigação o cuidado com a cultura da responsabilidade social das empresas. A crescente competitividade e a importância do relacionamento com os seus diversos públicos, levaram os conceitos de responsabilidade social e com ele o de sustentabilidade a ser uma estratégia de comunicação e administração de grande valor as mais diversas empresas. Empresas investem na área social De acordo com o Presidente da organização não-governamental Parceiros da Vida, especializada em comunicação de marketing para o terceiro setor, Fernando Credidio (também é articulista das revistas Melhor – 72 Vida & Trabalho, Filantropia, Voluntariado & Terceiro Setor, Marketing Cultural, Junção e do jornal Essência Social). Abordar a importância de as empresas adotarem políticas de responsabilidade social, nos dias de hoje, seria redundante, haja vista que as organizações – sejam elas de qualquer setor ou porte - sabem que não podem mais contar, apenas, com a qualidade de seus produtos e serviços como garantia de sobrevivência, porque tal atributo passou a ser uma exigência natural do mundo competitivo. Essa necessidade, entretanto, tem levado muitas corporações a adotarem estratégias equivocadas quando não oportunistas - na intenção de demonstrarem para os diferentes públicos com os quais se relacionam – os chamados stakeholders – a preocupação com o papel que desempenham em favor das comunidades onde atuam, além de gerarem e pagarem impostos. O primeiro erro está no desconhecimento do verdadeiro significado da expressão marketing social e de seu limite de atuação. Credidio afirma ainda que: Ao contrário do que vem sendo difundido, inclusive pela mídia, marketing social não é uma estratégia mercadológica adotada por uma empresa com o objetivo de vender mais produtos ou serviços. Não é, também, o conjunto de ações tomadas visando a melhoraria ou o reforço da imagem institucional (goodwill). Marketing social não é, principalmente, um instrumento que possibilite a uma corporação associar sua marca a causas sociais. Marketing social é um instrumento de gestão originado na década de 60, no setor da saúde pública, nos Estados Unidos. É, isto PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS sim, o conjunto de estratégias e ações devidamente planejadas para a inserção de programas realizados para a promoção de mudança social, por meio do emprego das técnicas do marketing convencional, o que se pode dizer é que o autor de uma ação ou campanha de marketing social é, todavia, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos ou um órgão governamental, o que não quer dizer que uma organização não possa desenvolver ações sob esse escopo. Isso pode ocorrer desde que ela foque única e necessariamente a multiplicação das soluções e dos impactos sociais no que diz respeito à adoção de comportamentos, atitudes e práticas que fortalecem a implantação de políticas públicas, a promoção de causas sociais relevantes e a transformação social, sem que tal conduta esteja agregada a ganhos de imagem, à revitalização da marca ou com a intenção ainda que perdido, de aumentar sua participação de mercado. Quando bem usado, o marketing de causa social é um poderoso instrumento estratégico de posicionamento, pois, quando bem utilizado algumas técnicas do marketing tradicional, consegue-se associar a marca de uma empresa a uma questão ou causa social. O objetivo dessa parceria é que todos os atores são beneficiados: as empresas, pelo aumento de vendas de seus produtos e/ou serviços e pela capitalização de imagem graças, principalmente, à exposição por meio de mídias espontâneas; as entidades, por meio da divulgação de suas causas atraindo mais voluntários e maior volume de recursos; pra finalizar, a sociedade, como principal beneficiada dessas ações. Como se pode perceber a muito ainda o que ser feito, principalmente no sentido de que as corporações assumam completamente o papel de agentes sociais no processo de desenvolvimento, levando em consideração que a Responsabilidade Social é muito mais que uma poderosa ferramenta de gestão ou de fortalecimento de imagem e que deve estar injetado no DNA corporativo e ser, sobre tudo, uma vocação da empresa visando traduzir-se, independente e acima de qualquer causa, fazer do Brasil um país justo, com menos desigualdades e, sobretudo, mais solidário. 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