a história da comunicação e dos meios

Transcrição

a história da comunicação e dos meios
A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DOS MEIOS
Produção: Prof. Fábio Figueirôa
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
Desde início dos tempos que o homem tenta se comunicar com os seus
semelhantes. A forma como ocorre essa comunicação vem variando ao
longo dos séculos. A linguagem vem evoluindo em paralelo com a espécie
humana. Se hoje, utilizamos a internet para nos comunicarmos por meio da
linguagem escrita, por exemplo, nos primórdios da humanidade, a
comunicação surgiu de várias maneiras.
Como o homem deixava os seus registros, através da linguagem escrita?
Na pré-história, ele desenhava seus
registros nas paredes das cavernas
Já milhões de anos depois, no Egito, os
egípcios criaram os hieróglifos
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
O compreendimento da fala veio da evolução do
hemisfério esquerdo do cérebro. O Homo
Erectus (400 mil anos atrás) não tinha o centro
de fala muito desenvolvido e comunicava-se
através de sussurros, gemidos e gestos. Para
COSTELLA, em “Comunicação: do grito ao
satélite” (2001), “a história da comunicação se
inicia no momento em que os integrantes de um
primitivo agrupamento humano começaram a
se entender por gritos, gestos com os quais
externaram intenções e indicaram objetos”.
Com o Homo Sapiens, fisicamente mais
adaptado para a produção da fala, veio também
uma grande evolução da linguagem e da fala.
Para além da linguagem e da fala, o homem
primitivo deixou-nos ainda outro legado, as
pinturas rupestres.
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
Em 3000 A.C., dá-se o surgimento da escrita
pelos Sumérios na Mesopotâmia sobre a forma
cuneiforme, a mais antiga língua humana
escrita conhecida. A sua invenção deve-se às
necessidades de administração na época
(cobrança de impostos, registros de cabeças de
gado, medidas de cereal, etc.). A escrita
cuneiforme é a designação geral dada a certos
tipos de escrita feitos com o auxílio de glifos em
formato de cunha. Apesar de tudo, a escrita
suméria era feita por símbolos que tinham um
significado. Logo depois e passando um pouco
pela influência da Suméria, surgem os
hieróglifos egípcios. Os hieróglifos egípcios
surgiram por volta do ano 3000 a.C., sendo
praticamente contemporâneos da escrita
cuneiforme dos sumerianos.
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
Somente em 1799, com a descoberta da Pedra
Roseta (uma pedra negra de basalto datada de
196 A.C. encontrada pelas tropas de Napoleão,
em Roseta, cidade do Egito), que continha
inscrições paralelas em grego e em caracteres
hieroglíficos egípcios, foi possível decifrar a
escrita egípcia, que era uma mistura de
símbolos de três tipos: caracteres figurativos,
cópia direta dos objetos (pictogramas);
caracteres simbólicos, que exprimiam por
vários
processos
as
idéias
abstratas
(logogramas ou ideogramas); e caracteres
fonéticos, que tinham um valor silábico ou
alfabético (fonogramas). Em outros termos, a
escrita era baseada em elementos que não lhe
davam independência em relação à linguagem
falada.
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
Só mais tarde surgiria um sistema que levasse
em conta unicamente a linguagem, isto é, que
lembrasse ao ouvido os sons significativos das
palavras, tomando em geral o som inicial da
palavra representada pelo pictograma ou
ideograma. Daí se chegou ao alfabeto e, depois,
à decomposição da sílaba em letras, com a
representação separada de cada som. Na
primeira metade do 2º milénio A.C. surgiram as
linguagens logo-silábicas na Anatólia, vale Indu
e China. Os Gregos, no ano de 800 A.C. é que
dão o passo de separar as consoantes das
vogais e chegam a um alfabeto completo.
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
a) A Linguagem oral e escrita
Com relação à escrita, COSTELLA destaca ainda
em “Comunicação: do grito ao satélite” que
“primordial na história da escrita foi a invenção,
há mais de cinco mil anos, da pictografia, ou
seja, a representação desenhada de objetos
concretos, figuras de animais entre outras,
formando em sucessão um relato coerente.
Com essa “revolução”, o homem venceu
definitivamente o tempo e o espaço. Esse novo
meio de comunicação permitiu a fixação do
conhecimento num substrato material – papiro,
pergaminho, cerâmica, papel, memória do
computador, mantendo disponível ao longo do
tempo pra sucessivas gerações, permitindo a
disseminação do conhecimento a distância”.
Antônio F. Costella, também escreveu
“O Controle da Informação no Brasil”
(1970), “Os Crimes Contra a Honra e
os Meios de Comunicação” (1971),
“Direito da Comunicação” (1976) e
“Legislação da Comunicação Social”
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
b) O aparecimento do papel
O papel foi feito pela primeira vez no ano de
105 D.C., na China. O material usado para a
manufatura do papel foi uma pasta de seivas e
tiras de bambu. O papel mais antigo ainda em
existência foi feito a partir de farrapos no ano
de 150 D.C.. Durante aproximadamente 500
anos a arte da manufatura do papel ficou
confinada à China, mas em 610 foi introduzida
no Japão e na Ásia Central no ano de 750. No
Egito, só a partir do ano de 900 é que passou a
ser produzido. Na Europa, o primeiro moinho
de papel foi estabelecido em Espanha no ano
de 1150. Durante os séculos que se sucederam
esta arte foi se espalhando pela Europa.
Seivas
Tiras de bambu
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
b) O aparecimento do papel
Acompanhando o desenvolvimento da
inteligência humana, as representações gráficas
foram se tornando cada vez mais complexas,
passando desse modo a significar ideias. Este
desenvolvimento, ao permitir, também, um
crescente domínio das circunstâncias através
de utensílios por eles criados, levou o homem a
desenvolver suportes mais adequados para as
representações gráficas. Com esta finalidade, a
história registra o uso de tabletes de barro
cozido, tecidos de fibras diversos, papiros,
pergaminhos e, finalmente, papel.
Papiro
Tecidos de fibras
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
b) O aparecimento do papel
Este processo consistia em um cozimento forte
de fibras, após eram batidas e esmagadas. A
pasta obtida pela dispersão das fibras era
depurada e a folha, formada sobre uma peneira
era fixada sobre uma armação de madeira.
Conseguia-se formar a folha celulósica sobre
este molde, mediante uma submersão do
mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras
ou mediante o despejo da certa quantidade da
dispersão sobre o molde ou peneira. Precediase a secagem da folha, comprimindo-a sobre a
placa de material e deixando-a pendurada ao
ar.
Tecidos de fibras, fabricação
de papel na China
UNIDADE I
1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA
c) As primitivas formas de comunicação
Mesmo os povos mais primitivos que não desenvolveram uma linguagem
escrita, encontraram outros meios de se comunicar e enviar suas
mensagens.
Os índios americanos
utilizavam os sinais de fumaça.
Na África, os povos da época
utilizavam a linguagem dos sons,
naquele caso, a dos tambores.
Os índios brasileiros imitavam o canto
dos pássaros quando queriam
mandar mensagens entre si.
UNIDADE I
2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE
a) O surgimento da imprensa
Segundo McLuhan (Os meios de comunicação como extensão
do homem, 1964), o caminho do progresso humano deve ser
investigado a partir da evolução tecnológica ― os avanços
técnicos marcam as diversas fases e estágios de civilização.
Para ele, uma das maiores “mutações” da história da
civilização foi a invenção da imprensa com tipos móveis,
creditada a Gutenberg, em torno de 1450. Decorria o ano de Johannes Gutenberg (1390 a 1468),
1438, quando Gutenberg, ferreiro Alemão, desenvolveu a considerado o inventor da imprensa
prensa de Gutenberg que revolucionaria toda a impressão
dos documentos. Ele usava moldes de letras em chumbo,
embebidos em tinta e ordenados de maneira a formar o
texto pretendido. A necessidade de Gutenberg em criar uma
máquina que reproduzisse livros nasce em 1434, quando se
associou a um comerciante que o financiou para realizar a
impressão da bíblia. A imprensa de Gutenberg é uma
adaptação daquelas usadas para espremer o suco das uvas Um exemplar da Bíblia de Gutenberg,
na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava
na Biblioteca do Congresso, em
familiarizado, pois onde nasceu e viveu, está no vale de uma Washington. O primeiro livro impresso
por Gutenberg que se iniciou em 1450
região vinícola.
até mais ou menos 1455.
UNIDADE I
2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE
a) O surgimento da imprensa
O invento de Gutemberg barateou o livro,
tornando a cultura acessível a um maior número
de pessoas. Os livros manuscritos eram
caríssimos porque exigiam sempre o mesmo
trabalho, qualquer fosse o número de
exemplares produzidos. Com a tipografia, tudo
muda. Depois de feita a composição do texto
com os tipos de metal, infinitas cópias podiam
ser tiradas com o aproveitamento da mesma
mão-de-obra inicial, cujo custo vai se diluindo
nos exemplares sucessivos. Os periódicos
tipografados demandariam a formação de uma
experiência jornalística, que tem sua raiz na
implantação das linhas de correio.
A prensa de Gutenberg
UNIDADE I
2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE
b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios
O primeiro jornal regular de que se tem notícia
foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto
mandava colocar no Fórum Romano no século I.
A publicação, gravada em tábuas de pedra,
havia sido fundada em 59 A.C por ordem de
Júlio César, trazendo a listagem de eventos
ordenados pelo imperador. Na Roma Antiga e
no Império Romano, a Acta Diurna era afixada
nos espaços públicos, e trazia fatos diversos,
notícias militares, entre outros assuntos. É o
que podemos comparar hoje com os jornais
murrais de escola, repartições públicas e
instituições de ensino superior. O primeiro
jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado
como um panfleto manuscrito a partir de 713
D.C, em Pequim, na China.
Modelo da Acta Diurna com as
informações divulgadas pelo
imperador Julio Cesar.
UNIDADE I
2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE
b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios
Após a prensa de Gutenberg no século XV, na
baixa Idade Média, as folhas escritas com
notícias comerciais e econômicas eram muito
comuns nas ruas das cidades burguesas. Em
Veneza, na Itália, , as folhas eram vendidas pelo
preço de uma gazeta, moeda local, de onde
surgiu o nome de muitos jornais publicados na
Idade Moderna e na Contemporânea. Em 1500,
registrava-se a existência de oficinas de
impressão em mais de 200 cidades da Europa.
Durante o século XVI, os centros mais
produtivos eram as cidades universitárias e as
cidades comerciais. Veneza continou sendo a
capital da imprensa, seguida de Paris, Frankfurt,
entre outras.
Modelo de máquinas de impressão
de periódicos no século XVI.
UNIDADE I
2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE
b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios
A primeira publicação impressa periódica
regular (semanal) aparece em 1605, Antuérpia,
na Bélgica. Os primeiros periódicos em alemão
são fundados em 1609. Em 1615, surge o
Frankfurter
Journal,
primeiro
periódico
jornalístico, também semanal e em alemão. O
primeiro jornal em português foi fundado em
1641, em Portugal, era A Gazeta, de Lisboa,
durante o reinado de Dom João IV. A primeira
revista, em estilo Almanaque foi o Journal des
Savants (Diário dos Sábios), fundado na França
em 1665. É a mais antiga revista científica da
Europa. O primeiro número apareceu em Paris,
sob a forma de um boletim de 12 páginas.
Jornal A Gazeta de Lisboa
A primeira revista, Journal des
Savants (Diário dos Sábios)
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios - Surgimento
Uma das primeiras referências históricas a uma comunicação‚ a clássica
história bíblica da pomba solta por Noé, de sua arca, após o término do
dilúvio, a qual retornou à arca trazendo no bico um ramo verde significando
que as águas haviam baixado, renascendo, assim, a vida sobre a Terra. A
dificuldade naqueles tempos era como redigir e remeter as mensagens.
Inicialmente foram gravadas em placas de pedra, de argila ou madeira. Com
a invenção do papel, a comunicação foi facilitada, porém as mensagens
eram poucas devido ao fato que as pessoas letradas, isto é, as que sabiam
escrever, eram poucas. Torna-se difícil se situar, com exatidão, quando e
onde foram implantados os serviços de correios, havendo citações
históricas diversas de sua origem (Europa, Egito, China, etc. ). A partir do
século XIII, a família Tasso obteve o direito de transportar cartas em sua
região natal (Bérgamo, na Itália) e posteriormente a praticamente toda a
Europa Continental. Os Tassos se uniram à família Torres e tornaram-se uma
organização com regularidade e confiabilidade em seus serviços. Foram eles
os precursores do correio em moldes profissionais e a organização durou
até o inicio do século XIX, na Europa.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios - Surgimento
As primeiras mensagens eram em
pergaminho enrolados e depois começaram
a tomar a forma das cartas precursoras, até
chegarmos
ao
envelope.
As
correspondências anteriores à criação do
selo postal são denominadas de cartas
precursoras, sendo usualmente constituídas
por uma única folha de papel,
convenientemente dobrada, apresentando
a forma de um retângulo alongado no
sentido horizontal, forma esta que
permanece até hoje. Numa das faces se
escrevia o texto da carta propriamente dita
e na outra, após a dobragem, se escrevia o
nome do destinatário, endereço e se
colocavam as marcas postais.
Modelo de envelope de carta
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios – Surgimento - Brasil
Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao
Brasil em 1500, surgiu a primeira
correspondência oficial ligada ao País a
qual, escrita por Pero Vaz de Caminha e
enviada ao Rei de Portugal, relatava com
notório entusiasmo o descobrimento de
uma nova terra. Com este acontecimento,
eternizado na história brasileira, estava
sendo escrita a primeira página do
surgimento dos correios no Brasil.
A primeira carta do Brasil, escrita por
Pero Vaz de Caminha.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios – Surgimento - Brasil
Oficialmente o correio foi criado no Brasil
em 1663, com a criação do Correio-mor do
Mar ao tempo de D. João VI. Em 1798 foi
criado o Correio Marítimo para o Brasil, com
viagens regulares entre Portugal e Brasil e
os correios terrestres, para distribuição para
as cidades do interior. Em 1808, com a
transferência da corte portuguesa para o
Brasil novos regulamentos foram baixados e
em 1829, já independente, o Brasil teve o
seu Regulamento do Correio do Império do
Brasil. O correio para o exterior era
praticado por meio de Portugal e o correio
interno, através dos rios e de mensageiros
especiais, a pé, a cavalo e, posteriormente,
por ferrovias.
A entrega de cartas era feita por meio
de mensageiros a pé ou a cavalo.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios – Surgimento - Brasil
Hoje, os 40 anos da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, instituída em 20 de
março de 1969, no bojo de uma série de
reformas estruturais da Administração
Pública Federal, impulsionadas pelos
Decretos-Lei n.º 200 e 236, de 25 e 28 de
fevereiro de 1967, que criava o Ministério
das Comunicações e flexibilizava o Código
Brasileiro de Comunicações.
A entrega de cartas era feita por meio
de mensageiros a pé ou a cavalo.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
a) Os Correios – Surgimento - Brasil
Das
mensagens iniciais,
simbólicas,
gravadas em pedra, até as mensagens
atuais, informatizadas, via satélite, muito
tempo se passou, aperfeiçoando-se o
sistema, criando-se linguagens diversas,
sistemas de transporte e tipos de
correspondência.
Pierre Lévy, em
Cibercultura (2000), diz que “as funções de
troca de mensagens encontram-se entre as
mais importantes e mais usadas do
ciberespaço”.
Atualmente, as mensagens chegam
em uma velocidade impressionante,
graças à internet.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
b) O Telégrafo
Em 1837, os telégrafos, aparelhos usados
na transmissão de mensagens gráficas a
partir de códigos, foram inventados pelos
americanos Joseph Henry e Samuel Morse,
em 1835. Samuel Morse foi o primeiro a
introduzir as linhas telegráficas no mundo
inteiro, baseadas no sistema de pontos e
traços na codificação das mensagens. O
telégrafo recorria a um código inventado
por Morse, denominado código Morse,
constituído por traços e pontos. O telégrafo
funciona através da transmissão de
eletricidade com duração diferenciada. Do
lado do receptor o sinal é registado numa
tira de papel que vai rolando.
Samuel Morse: inventor do código
Morse e do Telégrafo.
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
b) O Telégrafo
Os telégrafos, embora fossem substituídos
posteriormente pelos telefones e outros
meios de comunicação, foram muito
importantes para sua época, suas linhas se
alastraram no mundo inteiro no século XIX,
chegando ao Brasil somente em 1852.
O alfabeto e os números traduzidos
pelo código Morse
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
c) O Telefone
Historicamente, Alexander Graham Bell é
considerado o inventor do telefone,
contudo existem indícios que apontam
como legítimo inventor Antonio Meucci,
fato este que foi reconhecido em 11 de
junho de 2002 quando o Congresso dos
Estados Unidos aprovou a resolução nº 269,
na qual se reconheceu como o inventor do
telefone. Então, Graham Bell pode ser
considerado o aperfeiçoador do telefone. O
telefone
é
um
dispositivo
de
telecomunicações
desenhado
para
transmitir sons por meio de sinais elétricos.
Graham Bell: inventor ou
aperfeiçoador do telefone?
UNIDADE I
3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS
c) O Telefone
O dispositivo foi inventado por volta de
1860 por Meucci que o chamou de
eletrofonecado. Há muita controvérsia
sobre a invenção do telefone, sendo esta
geralmente atribuída a Alexander Graham
Bell. A primeira demonstração pública
registrada da invenção de Meucci teve lugar
em 1860 e sua descrição publicada num
jornal em Nova Iorque. No Brasil os
primeiros telefones foram instalados no Rio
de Janeiro. Em 1883 a cidade contava com
cinco centrais telefônicas, cada uma com
capacidade para 1.000 linhas, também
funcionava a primeira linha interurbana,
ligando o Rio a Petrópolis.
Aparelho de telefone no início do seu
nascimento.
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES
a) O Rádio
Na segunda metade do século XIX, após a descoberta da eletricidade por
Benjamin Franklin e o dinamarquês Hans Christian, como um meio
condutor para a transmissão de mensagens à distância, criou-se dois
importantes meios de comunicação que deram início ao rádio no mundo:
o telégrafo e o telefone. A tecnologia surgiu na virada do século XIX, diante
da necessidade de comunicação à distância, através da invenção de
aparelhos que transmitiam sons por ondas de radiofreqüência, a exemplo
do telégrafo aperfeiçoado e do telefone, patenteado por Graham Bell,
aparelho que transformava as vibrações da voz humana em forma de sons.
Os primeiros sinais de emissão e receptação de sons, produzidos pela
radioeletricidade, tiveram suas origens em diversos países da Europa e no
resto do mundo, através das experiências científicas desenvolvidas por
seus audaciosos inventores. Na França, a partir de 1910, a Torre Eiffel já
funcionava em perfeitas condições, para a transmissão de sinais e horários
meteorológicos. Nos Estados Unidos, no início do século XX, Lee de Forest
inventa um emissor que produz onda regular e, em 1908, realiza do alto da
Torre Eiffel, uma transmissão que é captada em Marselha.
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E
SATÉLITES
a) O Rádio
Em 1910, é realizada a transmissão ao vivo do
concerto de Enrico Caruzo, no Metropolitan
Opera House, em Nova Iorque. A voz de
Caruzo foi captada por vários radioamadores.
Em 1919, acontece a inauguração da primeira
emissora regular em Roterdã. Os Estados
Unidos, que em 1921 tinha quatro emissoras,
têm 382 no final de 1922 e sete milhões de
receptores em 1927. “Nos Estados Unidos, em
outubro de 1921 foram registradas 12 novas
emissoras; em novembro, mais 9; em
dezembro, outras 9. Em janeiro de 1922, 26
novas emissoras entravam no ar” (CALABRE,
2002).
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E
SATÉLITES
a) O Rádio
O rádio viria a ser a forma mais divulgada de
comunicação para massas. (broadcasting). O
rádio em si não teve um inventor único, sendo
este um contributo de vários cientistas: James
Maxwell contribuiu com a teoria das ondas
eletromagnéticas. Rudolf Hertz foi o primeiro a
gerar essas ondas eletricamente. Em 1896 o
italiano Guglielmo Marconi transmitiu sinais a
uma distância de aproximada de 1,6 km. Um
ano após estava a transmitir para um barco a
29 km da costa. Em 1899 estabeleceu
comunicação comercial entre a Inglaterra e a
França. Ao fazer um sinal de rádio atravessar o
oceano Atlântico em 1901, mostrou ao mundo
o potencial da sua invenção.
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES
b) O Cinema
Em 1895, os irmãos Lumiére criam o cinematógrafo
que possibilitava a gravação de imagens em
movimento, através da gravação sucessiva de várias
imagens consecutivas. O cinematógrafo era bastante
versátil, pois permitia gravar e projectar os filmes. Os
primeiros filmes do mundo foram gravados pelos
irmãos Lumiére e exibidos em Paris. A primeira
exibição pública ocorre em 28 de dezembro de 1895,
no Grand Café, em Paris. “A saída dos operários das
usinas Lumière”, “A chegada do trem na estação”, “O
almoço do bebê” e “O mar” são alguns dos filmes
apresentados. As produções são rudimentares, em
geral documentários curtos sobre a vida cotidiana,
com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao
ar livre.
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E
SATÉLITES
c) A TV
Foi
impulsionada
pela
invenção
do
cinematógrafo. Não se lhe consegue atribuir
um inventor por ter tido contributos de várias
origens. A emissão televisiva começou em
1936,
na
Inglaterra,
mas
o
seu
desenvolvimento foi refreado por falta de
tecnologia disponível. Só após empresas como
a EMI, a BBC e a RCA perceberem o potencial
da televisão e dos lucros que esta tecnologia
poderia dar é que investiram no
desenvolvimento das tecnologias de suporte
ao desenvolvimento da televisão. Após a fase
inicial, e passado alguns anos, todo o lar tinha
uma televisão.
Aparelho de TV no início das
transmissões no mundo.
Atualmente, a TV já chegou até na
palma da mão, através do celular.
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E
SATÉLITES
c) Os Satélites
Para Costella, a comunicação eletrônica foi o
resultado de pesquisas que resultaram nessa
inovação. O homem foi desenvolvendo formas
de transmitir sinais, sons e imagens por meio
de equipamentos eletro-eletrônicos, tanto
pelo emprego de fios quanto pelo uso da onda
eletromagnética. A comunicação espacial
começa a surgir com a construção dos
satélites. Atualmente estão em órbita satélites
de comunicações, científicos e militares. Os
satélites de comunicações são os que
retransmitem sinais entre pontos distantes da
Terra. Estes satélites servem para retransmitir
dados, sinais de televisão, rádio ou mesmo
telefone.
Satélite enviado ao espaço para o
desenvolvimento das comunicações
UNIDADE I
4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E
SATÉLITES
c) Os Satélites
O primeiro satélite artificial foi o Sputnik,
lançado pela União Soviética em 4 de outubro
de 1957. O lançamento colocou a URSS na
frente da corrida espacial e iniciou a corrida
espacial. Pesando cerca de 84 kg foi feito pelos
russos e emitia sons em determinadas
freqüências. Meses depois os americanos
lançaram seu primeiro satélite, o Explorer 1,
que só pesava 14 kg e foi capaz de descobrir o
Cinturão de Van Allen, um cinturão magnético
que protege a Terra da radiação solar.
Satélite Sputnik (Russo).
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
a) Os primeiros jornais e revistas – fase inicial
 No dia 1 de junho de 1808 nasce o primeiro jornal
distribuído no Brasil (Correio Brasiliense). Hipólito da
Costa (patrono da imprensa brasileira). O Correio
Brasiliense era um jornal mensal, considerado crítico e
clandestino. A Administração colonial portuguesa impede
a tipografia e o jornalismo. Circulou de 1 de junho de 1808
a 1 de dezembro de 1822, contando 175 números,
agrupados em 29 volumes, editados durante 14 anos e 7
meses. Através dele, remetido clandestinamente para o
Brasil, Hipólito da Costa defendia idéias liberais como a de
uma monarquia constitucional e o fim da escravidão.
 Já no dia 10 de setembro de 1808, nasce o primeiro
jornal editado no Brasil (Gazeta do Rio de Janeiro). Com a
chegada de D. João VI no Brasil, vindo de Portugal,
instalou-se as oficinas da Impressão Régia. Inaugura-se
definitivamente a imprensa no país.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
a) Os primeiros jornais e revistas – fase inicial
 1811 (Jornal Idade d’Ouro do Brasil) - Editado na Bahia.
 1812 (As Variedades - Primeira revista impressa no
Brasil) (O Cruzeiro, Realidade).
 1821 (Semanário Cívico) - Editado na Bahia.
 1821 (Jornal Diário Constitucional da Bahia) - Editado
na Bahia.
 Jornais - O Reververo Constitucional Fluminense;
Reclamação do Brasil; Correio do Rio de Janeiro; Aurora
Pernambucana.
 1825 (Diário de Pernambuco) - Jornal mais antigo da
América Latina.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
b) Da tipografia artesanal à industrial – fase da
consolidação
 Em 1880, nasce a 2.ª fase da imprensa brasileira. Nessa
época, surgiram os maiores investimentos, maior
renovação gráfica e consumo de papel (cresce tiragem).
 Entre 1890 e 1910, surgem as máquinas rotativas
(rapidez, perfeição na impressão, reduz o trabalho). A
partir daí, acontece a transformação da tipografia
artesanal em indústria gráfica.
 Desenvolvimento da tipografia: a máquina de papel, a
prensa mecânica, a prensa rotativa e a linotipo.
Impressão mecânica de
linotipos. Eram enormes
máquinas de escrever.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
c) A fotografia como recurso gráfico e informativo
 Em 1840, a fotografia chega no Brasil. Em meados
de 1900, a fotografia foi utilizada pela primeira vez
em a Revista da Semana. Ocorre então, o impacto da
fotografia no jornalismo, com dimensão ilustrativa e
informativa. A imprensa coloca a fotografia como algo
que escreve ou vale mais que mil palavras. A
fotografia se exprime no contexto da notícia. Apogeu
da fotografia surge a partir dos anos 20.
d) A era da charge ao humor
 Época dos Pasquim, onde a imprensa vivia sobre
perseguição e a censura do império.
 1822 - jornal O Macaco Brasileiro (calúnia, críticas).
 1952 - Binômio.
 1969 - Nasce o Pasquim (deboche, irreverência). Esses
jornais resgatam o humor, a charge e a caricatura. (jornais
que criticavam o governo).
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE
MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
e) Os primeiros anúncios em cores
 A partir de 1910, os jornais cultivam a sedução da
cor e passam a utilizar primeiro os cabeçalhos em
vermelho ou azul. O colorido era apenas de uma só
cor.
 Em 1914, o Jornal do Brasil inova e coloca na sua
última página nas edições ao domingo, o colorido
 Em 1915, o Estado de São Paulo cria na sua
primeira página, anúncios em cores, produzidos por
agência de publicidade. Projeta então, o mercado de
publicidade, organizado por agências. Parte daí, o
reconhecimento da função profissional do corretor
de anúncios. Hoje, publicitário.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.1 A Mídia Impressa no Brasil
f) A nova face do jornal – uma revolução gráfica e
tecnológica
 Na década de 50, a 1.ª página era formada por
anúncios, artigos, caricaturas e desenhos. Cederam lugar
à grande fotografia e a uma ordem hierárquica de
assuntos conforme seu valor jornalístico.
 Surge novo conceito de notícia (LEAD) e um novo
design que retificam padrões editoriais e gráficos.
 Aquisição de novos equipamentos - Grandes jornais (O
Estado de São Paulo e o Correio da Manhã) - Ingresso
definitivo da propaganda.
 A maioria das redações dispõe máquinas de escrever
aos jornalistas. Antes, eles escreviam a mão.
 Introdução do Editor - Decisões de fechamento do
jornal.
 Introdução dos computadores e editoração eletrônica.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso
a) Os primeiros jornais
De acordo com o trabalho da professora aposentada do curso de
Jornalismo da UFMT, Sônia Zaramella, jornais impressos circularam em
Mato Grosso há 165 anos. A chegada da tipografia no Estado ocorre em
1839. Diferente da instalação da Imprensa Régia no Rio de Janeiro em
1808, custeada integralmente pela Coroa, a introdução da técnica
tipográfica em Mato Grosso ocorreu com a contribuição financeira de sua
população da época. Contudo, a tipografia comprada com o dinheiro
arrecadado junto à comunidade, bem como seu vínculo administrativo,
ficou com a Assembléia Provincial, que se encarregou também do
conteúdo dos impressos. Assim, 30 anos depois de instalada no Brasil, a
tipografia chegava a Mato Grosso com a ajuda financeira popular. Nasce a
“Tipographia Provincial de Mato Grosso”, na qual foi impresso o primeiro
jornal de Cuiabá, lançado no dia 14 de agosto de 1839, com o nome de
Themis Matogrossense. Em virtude de divergências políticas, a publicação
encerra-se em 1840.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso
a) Os primeiros jornais
Em 28 de outubro de 1840 assumiu a Presidência da
Província de Mato Grosso o Cônego José da Silva
Guimarães. Ele reorganizou a Tipographia Provincial,
o que viabilizou o retorno do jornal na capital, desta
vez com o nome de Cuyabano Official, a partir de 30
de julho de 1842. Esse novo jornal impresso pela
Tipographya teve, um ano depois, o nome trocado
para O Cuyabano, que circulou até julho de 1845.
Dois anos depois, no governo do Tenente Coronel
Ricardo José Gomes Jardim, em 2 de junho de 1847, o
jornal lançado pela Tipographia ganha o nome de
Gazeta Cuyabana.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso
a) Os primeiros jornais
A Tipographia Provincial foi arrematada por José
Leite Penteado e, já na condição de oficina tipográfica
particular, logo imprimiu e fez circular um novo jornal,
o Echo Cuiabano, identificado por Pedro Rocha Jucá
em “A Imprensa Oficial em Mato Grosso” (1986),
como o primeiro periódico particular de Mato Grosso.
Editado a partir de 2 setembro de 1848, o novo
veículo impresso, já de caráter privado, tinha um
formato de 26,5 centímetros de altura por 15,5
centímetros de largura, um pouco menor que os
jornais oficiais anteriores, publicando, entre outras
informações, os atos e a legislação oficial.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso
a) Os primeiros jornais
No dia 4 de outubro
de 1868 foi editado
o primeiro número
do o jornal A
Situação, talvez o
de maior duração
nesse período na
Província, pois
sobreviveu até a
Proclamação da
República em 1889,
completando 21
anos de existência.
Nos 21 anos de
circulação do jornal O
Popular, observa-se que
o fator determinante
para mudança de sua
linha editorial – a favor
ou contra o governo –
foi a publicidade oficial,
ou seja, quando se
encarregava da
publicação de atos
oficiais da Província
estava a favor e quando
perdia essa publicidade
fazia oposição.
UNIDADE II
1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso
b) A imprensa hoje
Atualmente, os três principais jornais diários são: Diário de Cuiabá (o mais
antigo em circulação com 40 anos de história), A Gazeta (o mais lido) e
Folha do Estado (recentemente passou por uma reforma no visual
gráfico).
UNIDADE II
2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
2.1 O Rádio no Brasil
a) As primeiras transmissões radiofônicas
 Na obra “Jornal, história e técnica: a história da
imprensa brasileira” (1990), Juarez Bahia aponta que
as primeiras transmissões radiofônicas iniciadas no
Brasil ocorreram, oficialmente, em 7 de setembro de
1922, no Rio de Janeiro, em comemoração ao
Centenário da Independência. “Foi transmitido o
discurso do Presidente Epitácio Pessoa... Utilizado um
transmissor de 500 watts de potência, colocado no
Corcovado... Dias depois, transmitidas óperas
diretamente do Teatro Municipal do Rio de Janeiro”.
Presidente Epitácio Pessoa
UNIDADE II
2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
2.1 O Rádio no Brasil
a) A fase de implantação
 No dia 20 de abril de 1923, acontece a instalação
da radiodifusão no Brasil. Começa a funcionar a Rádio
Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquette
Pinto e Henry Morize, de Cunho educativo.
b) O rádio comercial
 Em 1931, o comprometimento com os “reclames”
(anúncios daquele tempo) para garantir a
sobrevivência.
 No dia 1 de março de 1932, a publicidade é
permitida através de decreto. A introdução de
mensagens comerciais transfigura imediatamente o
rádio: de educativo, erudito, cultural passa a
transformar-se em popular. Voltado ao lazer e à
diversão.
Roquete Pinto na juventude
Roquete Pinto escutando
rádio nos últimos anos de vida
UNIDADE II
2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
2.1 O Rádio no Brasil
c) O radiojornalismo
 A época de ouro do Rádio brasileiro. No dia 28 de agosto de 1941, nasce “O
Repórter Esso”, “O Grande Jornal Falado Tupi”, “O Matutino Tupi”.
 Com o surgimento da TV (1950) acontece no fim da “época de ouro”. Os
profissionais do rádio vão para a TV. Imita os quadros do rádio e leva a
publicidade.
 Em vez das novelas de rádio e brincadeiras de auditório: notícias e serviços de
utilidade pública. Impulso do radiojornalismo.
 Em 1954, a Rádio Bandeirantes de São Paulo torna-se pioneira no sistema
intensivo de noticiário.
 Em 1959, acelera corrida do radiojornalismo brasileiro. Mais atuante. Ao vivo.
As reportagens eram feitas fora dos estúdios e dá início as unidades móveis.
Agilizando a transmissão da informação
 Na década de 60, ocorre a operacionalização das primeiras emissoras FM. A
primeira emissora brasileira a explorar o serviço foi a Rádio Imprensa no Rio de
Janeiro (década de 70).
UNIDADE II
2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
2.2 O Rádio em Mato Grosso
a) O rádio hoje
As principais rádios FM de Cuiabá são: Rádio Industrial de Várzea Grande 93,3 (Joven Pan FM) ; Cidade FM - 94,3 ; Mega 95 FM - 95,9 (antiga Cuiabana
FM) ; Rádio 99,1 FM, Rádio Vila Real de Cuiabá/Gazeta FM - 99,9 ; Band FM 101,1 ; Rede Aleluia FM - 101,9 ; Senado FM - 102,5 ; Frequencia para
Emissoras Comunitárias - 105,9 ; Rádio Evangélica Educativa Nazareno FM 107,9
UNIDADE II
3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE
MASSA
3.1 A TV no Brasil
a) Concepções históricas
 18 de setembro de 1950, acontece a inauguração
oficial da 1.ª emissora no Brasil (TV Difusora, depois TV
Tupi de São Paulo). Pioneira na América Latina.
 O primeiro programa teve a direção de Cassiano
Gabus Mendes, com a colaboração dos artistas:
Mazzaropi, Walter Forster, Lia de Aguiar, Hebe Camargo,
Lolita Rodrigues, entre outros.
 Janeiro de 1951, nasce a segunda emissora (TV Tupi do
Rio).
 Os primeiros seis meses de TV: três horas de
programação diária (das 19 às 22 horas). Filmes,
espetáculos de auditório e noticiário.
Cassiano Gabus Mendes
UNIDADE II
3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
3.1 A TV no Brasil
b) Os primeiros programas e telejornais
 Em 1950, entra no ar o primeiro telejornal brasileiro
(Imagens do dia). Nasceu junto com a TV Tupi de São
Paulo.
 O Repórter Esso, sai do rádio e vai para a TV em 17 de
junho de 1953.
 1959, criação do VT (Vídeo-Tape).
 Em 21 de abril de 1960, o telejornalismo utiliza o VT
(inauguração de Brasília).
 Telejornais da história de TV brasileira (‘Jornal da
Vanguarda’ - TV Excelsior - Rio, 1962 - ‘Show de Notícias’ TV Excelsior - São Paulo, 1963 - ‘Jornal Nacional’ - Rede
Globo de Televisão - Rio de Janeiro, 1969, primeiro
programa gerado em rede nacional da TV brasileira.
 1972 - TV em cores - Festa da Uva em Caxias do Sul.
1º dia da TV Tupi
A família brasileira se
reúne para assistir TV
UNIDADE II
3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
3.2 A TV em Mato Grosso
a) A TV hoje
As três principais emissoras de TV na atualidade são:
TV Centro América (afiliada da Globo), Cidade Verde
(afiliada do SBT, mas há notícias de que passará a ser
da Band) e Record Cuiabá (afiliada da Record
e principal concorrente da TV Centro América).
UNIDADE III
1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO
As últimas formas de comunicação como a
informática, a telemática e o ciberespaço são citadas
por COSTELLA (2001). Sobre a informática, Costella
enfatiza que “informática é o nome que se deu à
tecnologia do tratamento automático e lógico da
informação com o emprego dos eficientes
computadores”. A telemática é a denominação que
se dá ao fenômeno do computador se comunicar
com outro por meio do telefone. Telemática,
portanto, entende-se como “conjunto de técnicas e
serviços que associam as telecomunicações e a
informática”. COSTELLA diz: “É nesse palco que se
apresentam as redes mundiais de telecomunicações,
dentre as quais a Internet é a artista principal do
espetáculo”.
UNIDADE III
1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO
“O espaço virtual no qual circulam as informações
transmitidas pela Internet é conhecido por
“ciberespaço” que oferece aos usuários, 24 horas por
dia, a qualquer momento, a possibilidade real de
receber informações jornalísticas, ler e copiar texto
de muitos livros (e-books), ouvir música, assistir a
filmes e, ainda mais, participar de reuniões de
trabalhos através das videoconferências, transferir
arquivos inteiros, fazer compras (e-commerce),
praticar jogos interativos, participar de grupos de
discussão (chats), e exercitar um correio eletrônico
(e-mail), que permite, sem necessidade de carteiros,
trocar correspondências à velocidade do instante”,
COSTELLA (2001).
UNIDADE III
1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO
a) O surgimento do computador
- De acordo com Pierre Lévy, em Cibercultura (2000), “os primeiros
computadores (calculadoras programáveis capazes de armazenar os
programas) surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1945”.
- Reservados aos militares para cálculos científicos, seu uso civil começa a
disseminar nos anos 60.
b) O surgimento da internet
- A Internet nasceu em 1969 nos EUA e denominava-se originalmente
ARPAnet. Pertencia ao Departamento de Defesa dos EUA e interligava
laboratórios de pesquisa. Devido á Guerra Fria era pretendida uma rede em
que os seus pontos não fossem dependentes uns dos outros. Surgiu então o
conceito central de internet, uma rede onde se B deixar de funcionar, A, C e D
comunicam-se normalmente.
- Sendo assim, a internet não tem nenhum centro de comando nem nenhum
entroncamento. Só em 1987, é que a Internet deixou de estar restrita ao
ambiente científico e passou a ser liberalizada para uso comercial nos EUA.
UNIDADE III
1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO
b) O surgimento da internet
- Em 1992 deu-se o “boom” do acesso à internet. Hoje em
dia, centenas de milhares de pessoas põem todos os dias
nova informação na internet. Hoje em dia, sobre a internet
usam-se inúmeros serviços, entre os quais:
1 - A WWW, que nasceu em 1991, na Suíça com o
propósito de interligar computadores de laboratório e
documentos de forma facilmente acessível, hoje é muito
usada para navegar através das inúmeras
páginas
presentes na internet.
2 - O correio electrônico ou e-mail que é o recurso mais
antigo e que possibilita o envio de mensagens de um
ponto para outro do Mundo de forma rápida e acessível.
3 - O IRC, criado em 1988 na Finlândia e que hoje serve
para pessoas de todo o mundo e idades comunicarem em
tempo real numa comunicação de duas vias ao preço de
uma chamada local. E que hoje já existem as salas de batepapo, skype, msn, etc.
UNIDADE III
1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O
CIBERESPAÇO
“Os meios de comunicação, em si mesmos, não
são nem bons, nem maus. São úteis, do mesmo
modo que a roda, o avião ou a energia nuclear.
(...) Os meios de comunicação serão aquilo que
o ser humano fizer deles. Essa é a grande, a
imensa, a grave responsabilidade: saber utilizar
as potencialidades dos novos engenhos para o
bem”, COSTELLA (2001).
"As novidades podem assustar, as ligações com
as tradições seculares são difíceis de ser
rompidas, tanto assim que para muitos
expoentes do mundo cultural italiano do final
do século XV era uma coisa ignóbil colocar um
livro impresso na própria biblioteca“,
GIOVANNINI (Evolução na comunicação: do
sílex ao silício, 1987).