2016marco - Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra

Transcrição

2016marco - Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
1941
2016
75
ANOS
Sede:Rua das Escolas Gerais, 82 – 1100-220 LISBOA
Tel./Fax 218 861 082 – [email protected]
www.casapampilhosadaserra.pt
Delegação:
Travessa de S. Pedro, nº 4
3320-236 Pampilhosa da Serra
A voz do regionalismo
Director:
Carlos Simões
— fundado em 1999 —
ANO XVII • N.º 201 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • MARÇO 2016
PAMPILHOSA DA SERRA COM
DESTACADA PRESENÇA NA BTL 2016
REGENERAÇÃO URBANA DA VILA
ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA
MUNICIPAL
Pág. 4
SÓNIA LUIS
PRESIDENTE DA SOCIEDADE UNIÃO
E PROGRESSO DE COVANCA
Pág. 3
APRESENTAÇÃO DO NOVO VÍDEO PROMOCIONAL
E O SEASIDE SUMMER SESSIONS 2016
MUNICÍPIO APRESENTA PROGRAMA
PORTUGAL 2020 ÀS COLETIVIDADES
«Todas as associações
regionalistas têm um
papel
fundamental
para o desenvolvimento
regional, porque são
estas associações que
estão próximas dos seus
habitantes das suas
aldeias, são elas que
sabem quais são as suas
necessidades» Pág. 10/11
A NÃO PERDER...
TAÇA DE PORTUGAL
DOWNHILL-2016
3
Pág. 3
3 LIMPAR TERRENOS
FLORESTAIS JUNTO ÀS
HABITAÇÕES É OBRIGATÓRIO
Pág. 14
ATÉ 15 DE ABRIL
3 TORNEIO FUTSAL INTER Pág. 5
COLETIVIDADES INICIA-SE A 9
DE ABRIL
Pág. 16
Jornal
“Serras da Pampilhosa”
Fundado em Junho de 1999
Ficha Técnica
Presidente:
José Ferreira
Director:
Carlos Simões
Sub-Director:
... .... ....
Redactores:
António Amaro Rosa
Aníbal Pacheco
Jorge Ramos
Colaboradores nesta edição:
Anselmo Lopes
Aristides B. Victor
António Barata Lopes
João Ramos
Luciano Reis
Manuel de Almeida
Paulo Almeida
Ramos Mendes
Zé Manuel
Paginação e Grafismo:
Beta Vicente
Sérgio Vicente
Montagem e Impressão:
Vigaprintes - Artes Gráficas, Lda.
Núcleo Empresarial
Quinta da Portela, n.º 38
Guerreiros – 2670-379 Loures
Telefone: 219 831 849
Fax: 219 830 784
E-mail: [email protected]
Propriedade:
Casa do Concelho da
Pampilhosa da Serra
Sede:
Rua das Escolas Gerais, n.º 82,
1100-220 Lisboa
Telefone:
218 861 082
E-mail:
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Distribuição:
Casa do Concelho da
Pampilhosa da Serra
Periodicidade:
Mensal
Tiragem:
1.500 exemplares
Depósito Legal n.º 228892/05
Inscrito no Instituto da Comunicação
Social sob o n.º 123.552
O Estatuto Editorial está
disponível para consulta em
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Todos os artigos são da exclusiva
responsabilidade dos seus autores e
não traduzem a opinião da Direcção
do Jornal e/ou dos órgãos sociais da
Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra.
2
Breves
U
EDITORIAL
ma boa parte das coletividades regionalistas do concelho de Pampilhosa da Serra
realiza as comemorações dos seus
aniversários de fundação durante os
primeiros quatro a cinco meses do
ano. Esta tradição que se vem mantendo faz parte da atividade destas associações, sendo para algumas o único
evento realizado, para além da sessão
da assembleia geral ordinária.
Sabendo que há coletividades
com maior atividade que outras, não
deixamos de saudar todas as que se
mantêm e desejar os parabéns pelos
seus aniversários.
Não raras vezes se ouvem críticas
a algumas direções de coletividades
regionalistas pelo facto da sua atividade se reduzir à realização do almoço
anual. Apesar de ser um facto, não
menosprezamos estas iniciativas, quer
se realizem na região de Lisboa, quer
seja na respetiva aldeia, porque representam momentos de confraternização e convívio que muitas vezes são
únicos no ano. É por vezes um dia em
que os familiares e amigos se encontram a única vez no ano, sendo só por
isso um louvável evento.
As saudades da terra natal e o desejo
de estar perto sua aldeia é um sentimento que assola os muitos pampilhosenses e descendentes que constituem uma vasta comunidade na região
da grande Lisboa, pelo que, estar no
almoço da coletividade da sua aldeia
é algo que está sempre na agenda de
muitos deles.
Um outro evento que já vem
também sendo tradição nos últimos anos é a presença do concelho
de Pampilhosa da Serra na Bolsa de
Turismo de Lisboa – BTL. Nesta
edição de 2016 o Município pampilhosense marcou mais uma vez destacada presença, levando até à capital um
pouco do território, dando a conhecer
a sua riqueza natural e paisagística,
divulgando assim as suas potencialidades turísticas. Os pampilhosenses em
Lisboa já se habituaram a ir até à FIL
para estar um pouco na sua Pampilhosa da Serra visitando o seu espaço
naquele certame.
Ao contrário do que se possa pensar,
as coletividades regionalistas não têm
como objetivo estatutário apenas a
realização dos seus almoços de aniversário. São associações que visam
essencialmente o desenvolvimento
das suas aldeias, pelo que podem ter
um papel importante no desenvolvimento do concelho como um todo.
Nesse sentido, a Câmara Municipal
tomou a louvável iniciativa de apresentar em Lisboa às coletividades, os
programas de apoio comunitário no
âmbito do Portugal 2020, no que diz
respeito aos projetos em que as coleti-
vidades podem ser beneficiárias. Nesta
reunião/jantar registámos com agrado
a presença de 64 associações, o que
pode revelar algum interesse por parte
dos seus dirigentes em desenvolver
projetos, motivados pelos apoios que
podem vir usufruir.
Sendo certo que os métodos tradicionais de angariação de fundos da
maioria das coletividades, designadamente, a quotização, sorteios e leilões,
vai tendo cada vez menos adesões e o
montante recolhido é cada vez menor,
o recurso aos apoios autárquicos e
aos fundos comunitários, surge como
únicas soluções, pelo que toda a informação acerca destes programas é bem
vindo.
O desaparecimento do nosso diretor Armindo Antunes continua a estar
bem marcado no nosso pensamento e
a sua ausência está em cada linha deste
editorial. A genialidade de alguém que
deu muito por este jornal e pelo concelho, foi reconhecida na Assembleia
Municipal de 20 de fevereiro, com a
aprovação por unanimidade de um
Voto de Louvor, por proposta conjunta do nosso redator em Pampilhosa da
Serra, Sr. José Manuel Dias Gonçalves
Almeida, da Casa do Concelho de
Pampilhosa da Serra e da Associação
de Combatentes de Pampilhosa da
Serra. Fica assim registada e confirmada pelos representantes dos pampilhosenses, as suas qualidades e grande
contribuição para o desenvolvimento
do concelho. Associamo-nos ainda ao
Voto de Pesar também aprovado e ao
minuto de silêncio em sua memória.
O Armindo Martins Antunes ficaria
certamente muito feliz por saber que
foi também aprovado que o Município
de Pampilhosa da Serra vai construir
um monumento em memória dos
Combatentes no ex-Ultramar, apoiando assim uma iniciativa da Associação
de Combatentes de Pampilhosa da
Serra, que também ajudou a criar.
Com as Mimosas e colorirem a
paisagem, e o surgimento das primeiras Cantarinhas e Cantarões nas
encostas das nossas serras, apesar do
frio já cheira a primavera quando o sol
surge envergonhado atrás das nuvens.
É a Pascoa que está ai.
É tempo de celebrar a vida, o amor
e a esperança, pois chegamos a esta
época maravilhosa que é a Páscoa! É
uma época de alegria para viver em
família. Mas acima de tudo, é importante lembrar que a Páscoa é a celebração do amor de Jesus por todos nós.
Ressureição de Jesus Cristo significa
viver novamente!
Para todos os leitores desejamos
uma vida feliz, com muita saúde e paz
com suas famílias. Feliz Páscoa!
O Director
Carlos Simões
INFORMAÇÃO: Faça o pagamento do Jornal “Serras”
e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária
para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23
“SERRAS DA PAMPILHOSA”
O NOSSO JORNAL
C
omo nos anos anteriores o
Município de Pampilhosa
da Serra apostou no
turismo, com presença na B.T.L.
2016 em Lisboa, onde teve um
stand sendo decerto um dos mais
visitados.
Conforme notícia neste jornal,
dia 2 de Março convidou todas
as coletividades do concelho para
uma reunião informativa, onde
compareceram 64 associações
e vários ilustres convidados,
seguindo-se um jantar.
No uso da palavra, o presidente
José Brito cumprimentou e
agradeceu a presença de todos, não
esquecendo como é seu costume
de agradecer a presença da
comunicação social, salientando a
importância que tem na divulgação
dos eventos e outras notícias e
artigos relativos ao concelho.
Registámos com agrado que,
referindo-se a este jornal, José Brito
disse - “O Serras da Pampilhosa
é o nosso Jornal”. Destas palavras
interpretamos que o município
reconhece o contributo do jornal
para o concelho, como sendo algo
feito por pampilhosenses para
servir a comunidade.
De facto, o jornal SERRAS já
conta com 17 anos de existência,
sendo o de maior longevidade
no concelho e irá certamente
continuar. Já é um jornal com
alguma implantação, que apesar
de sua mão-de-obra gratuita feito
por amadores, tem elevados custos
de impressão e correio, tendo
V
vindo a acumular saldo negativo.
Conforme relatório e contas da
Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra, em 2015 deu cerca de
6.000,00 euros de prejuízo, só não
sendo mais elevado devido ao
precioso apoio do município.
Mas se todos nós, comerciantes,
particulares e instituições, os que
pudessem, dessemos um pouco,
não era preciso muito, podíamos
ter um jornal forte e sem prejuízos,
deixando de ser só publicado
mensalmente, podendo até
tornar-se quinzenal, ou até talvez
semanal, o que daria origem a ter
um profissional, criando assim
mais um posto de trabalho, e para
além disso, contribuir assim para
uma maior e melhor divulgação do
concelho.
Para além de ser necessário os
atuais assinantes manterem em
dia o pagamento, é necessário
também ter mais assinantes.
A população do concelho e a
ele ligada é numerosa, embora
radicada noutros locais. Se todos
os que têm possibilidades dessem
um pouco colaborando com uma
assinatura anual, podíamos ter um
jornal mais forte e levar bem longe,
país e estrangeiro, o que se passa
em nosso concelho. É certamente
agradável para os pampilhosenses
que vivem longe, ter notícias da
sua terra e da sua região.
Com a certeza que seria bom
para todos, aqui fica o apelo.
Actualidade
PAMPILHOSA DA SERRA COM DESTACADA PRESENÇA NA BTL 2016
C
omo palco privilegiado para a divulgação do
concelho de Pampilhosa da Serra, nada melhor que a
Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL
2016, considerado o maior evento
de turismo a nível nacional e um
dos melhores a nível internacional,
certame que contou mais uma vez
com forte presença do Município
de Pampilhosa da Serra.
Este evento, realizado nos dias 2
a 6 de março, na FIL - Feira Internacional de Lisboa, contou com a
presença dos mais conceituados
operadores turísticos nacionais e
internacionais, sendo bastante visitado por profissionais da área turística e potenciais turistas, sendo
esta edição de 2016 a mais visitada
dos últimos anos, com uma subida
de público de 6% relativamente à
edição anterior, contando, segun-
do a organização, com mais de 77
mil visitantes.
A divulgação do concelho de
Pampilhosa da Serra esteve em
destaque na capital do país para
divulgar a sua riqueza natural e
paisagística, as praias fluviais galardoadas pela sua excelente qualidade, a singularidade dos percursos
Zé Manel
PÁSCOA É EM JANEIRO
ai decorrer no dia 26 de
março de 2016 o habitual percurso pedestre
PR4-PPS.
É no Caminho do Xisto de
Janeiro de Baixo que a Páscoa
ganha mais significado.
Vislumbre as encantadoras
paisagens serpenteadas pelo Rio
Zêzere e as cristas rochosas classificadas em Rede de Património
Mundial.
Trata-se de um percurso que
percorre toda a zona envolvente desta aldeia do xisto, aldeia
que fica situada nas margens do
Rio Zêzere, num cenário natural, onde é possível observar
as encantadoras paisagens e as
majestosas cristas quartzíticas,
classificadas pela UNESCO e
inseridas no Geoparque Naturtejo.
PROGRAMA
09H00 – Receção e distri-
buição do reforço alimentar,
com animação dos Bombos de
Dornelas do Zêzere ( Junto o Bar
da Praia Fluvial de Janeiro de
Baixo).
09H30 – Início do Percurso
PR4-PPS
12H30 – Almoço no Parque
de Merendas de Santo Cristo,
junto à Praia Fluvial de Janeiro
de Baixo
Animação musical durante a
tarde com o artista local Sérgio
Gonçalves.
Inscrições:
Junta de Freguesia de Janeiro
de Baixo
934 089 535 / 235 512 191 /
932 669 365
TAÇA DE PORTUGAL
DOWNHILL-2016
O
Município de Pampilhosa
da Serra organiza mais um
evento à escala nacional.
A Vila de Pampilhosa da Serra
vai receber nos próximos dias
2 e 3 de abril a Taça de Portugal
Downhill DHI 2016, prova inscrita
no calendário da UCI.
Uma prova organizada pelo
Município de Pampilhosa da
Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra
235 590 335
Custo: 6 Páscoas
Ficha de Inscrição
Programa Previsto:
Dia 02 de abril de
2016 (sábado) das
9h00 às 18h00 - Treinos
Dia 03 de abril de
2016
(domingo):
11h00 - Qualificação;
14h00- Final
Nome___________________________________________________________________________
Morada_________________________________________________________________________
Cód. Postal ___________ -________ ________________________________
Telef./Telemóvel_____________________
E-mail: ____________________________
Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”.
201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
Serra e pela Bike Associação de
Desporto e Aventura (B.A.D.A),
sob o lema “Pampilhosa da Serra
Inspira Natureza”, que conta ainda
com alguns parceiros, entre os
quais o Villa Pampilhosa Hotel, os
Bombeiros Voluntários locais, a
Federação Portuguesa de Ciclismo
e o Clube de BTT "Os Cremalheiras
Empenados".
Pampilhosa
da
Serra prepara-se assim
para viver mais um
grande
momento
desportivo,
numa
pista com um elevado
índice de dificuldade
e de espetacularidade,
onde são esperados
alguns dos melhores
pilotos nacionais e
internacionais.
pedestres e de BTT, a autenticidade e identidade das aldeias de
xisto, a gastronomia tradicional, o
artesanato, as tradições e cultura
local, entre outras potencialidades turísticas e património que o
concelho tem para oferecer a quem
o visita.
O Município de Pampilhosa da
Serra, com o lema "Pampilhosa da
Serra Inspira Natureza", e reconhecendo a importância estratégica
deste certame, apostou forte na sua
participação com a instalação do
seu stand, localizado em destaque
na entrada do pavilhão 2 da FIL.
Inspirado na arquitetura tradicional em xisto, o espaço da
Pampilhosa da Serra sobressaia e
agradava a todos os que por ali
passavam, detendo-se para observar as deslumbrantes paisagens do
concelho em grandes ecrãs que
transportavam os visitantes para o
território, associados aos sabores
tradicionais proporcionados pela
degustação preparada pelo Chef
Flávio Silva, do Villa Pampilhosa
Hotel.
Durante os dias do certame, o
Município de Pampilhosa da Serra
procurou cativar todos os que se
deslocaram à BTL 2016 para visitarem o seu território, fornecendo
informações sobre as possibilidades de alojamento, bem como
restaurantes e outros serviços
locais, com destaque para os diversos agentes turísticos que operam
no território. Destes, destacamos
o Villa Pampilhosa Hotel, uma
unidade hoteleira de excelência
caraterizada pelo seu conforto e
hospitalidade.
O diversificado programa desta
presença da Pampilhosa da Serra
na BTL, iniciou-se no dia 2,
contando na abertura com a visita
da senhora Diretora Regional da
Agricultura e Pescas do Centro,
Adelina Martins. Na inauguração
oficial do stand esteve presente o
Presidente do Turismo do Centro
de Portugal, Pedro Machado,
que, em visita pormenorizada, se
inteirou das reais potencialidades deste concelho de montanha
do interior centro, acompanhado por Jaime Soares ex-autarca e
presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e o presidente do
município de Mealhada. A receber
estas ilustres visitas estiveram os
autarcas pampilhosenses, liderados pelo Presidente do Município, José Brito, acompanhado pelo
vice-presidente Jorge Custódio e
vereadores Alexandra Tomé, João
Alves e Carlos Alegre e ainda os
presidentes das juntas de freguesia
do concelho, para além de vários
empresários e representantes de
coletividades e associações pampilhosenses. Na ocasião o presidente
José Brito deu as boas vindas a
todos e salientou que a riqueza
natural e as grandes potencialidades de desenvolvimento do
concelho através do turismo de
natureza, são uma realidade que
justifica cada vez mais uma aposta
forte do seu município. Por sua
vez, Pedro Machado considerou
que a Pampilhosa da Serra mere-
selfie e habilitar-se a um fim-de-semana para duas pessoas com tudo
incluído. Nos ecrãs instalados no
local foi posteriormente projetado o novo vídeo promocional do
concelho de Pampilhosa da Serra.
Naquele momento, pelo que nos
foi dado observar, o espaço de
exposição pampilhosense era um
dos mais visitados do certame.
O primeiro dia terminou com
um jantar de trabalho promovido
ce, de facto, uma atenção especial pelas suas especificidades e
um território onde as apostas no
turismo são de apoiar e incentivar.
Disse ser o turismo um fator de
convergência de territórios e de
pessoas, sendo o caso pampilhosense uma mais valia para toda a
região centro, considerando que
é a melhor região do país a nível
turístico.
Seguiu-se um brinde entre todas
as individualidades ao sucesso da
presença de Pampilhosa da Serra
e, conforme programado, tarde
prosseguiu com a degustação de
chocolates com sabores regionais
(mel, serpão e castanha), pelo
Chef Flávio Silva, do Villa Pampilhosa Hotel.
Sucesso também com a iniciativa “Selfie Spot”, com a disponibilização de um espaço no stand
decorado a preceito para tirar uma
pelo Município num restaurante da cidade, com a presença de
todos os membros do executivo,
os presidentes de junta de freguesia, algumas entidades e ilustres
individualidades ligadas ao concelho, e representantes do movimento associativo pampilhosense, contando-se 64 coletividades
presentes. O objetivo foi a apresentação do programa de apoio comunitário Portugal 2020, nos aspetos
em que as coletividades podem ser
beneficiarias e apresentar candidaturas no âmbito desse programa.
Neste jantar foi ainda apresentado a nova plataforma de internet do Município e o novo vídeo
promocional intitulado Ruralidade de Excelência.
Nos dias seguintes, o espaço da
Pampilhosa da Serra na BTL continuou a ter grande afluência de visitantes durante todos os dias, principalmente no sábado, dia 5, com
a presença da DJ Joana Perez e
outros DJ´s nacionais, que promoveram a 3ª edição do Festival de
Verão - Seaside Sunset Sessions'16,
a realizar na vila, nos dias 12 a 21
em agosto de 2016.
Quem passou pelo pavilhão 2
da FIL durante os dias da BTL,
não ficou certamente indiferente à presença da Pampilhosa da
Serra e ao seu espaço, transmitindo
imagem cativante que despertará a
vontade de visitar aquele território
que inspira natureza.
Carlos Simões
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
3
Actualidade
Actualidade
REGENERAÇÃO URBANA DA VILA ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
MUNICÍPIO APRESENTA PROGRAMA PORTUGAL 2020 ÀS COLETIVIDADES
o passado dia 20 de Fevereiro, realizou-se mais uma Assembleia Municipal. Eram 9h quando o digníssimo
Presidente da Assembleia, Sr. Prof. José Ramos
Mendes que coadjuvado pelos seus secretários
deu início aos trabalhos.
O Prof. José Ramos Mendes iniciou a sessão
com os cumprimentos e saudações a todos,
agradecendo os votos de melhoras que por
várias formas tinha sido objecto após a intervenção cirúrgica a que tinha sido sujeito. Agradeceu ainda ao 1º secretário seu substituto legal
e teceu elogios ao seu bom trabalho.
O período antes da ordem do dia consistiu
na aprovação por unanimidade da acta e leitura do expediente, do qual se salienta; Ofício
Presidente da Junta Freguesia de Pessegueiro
a justificar a ausência por motivos de saúde;
Ofício IGF dar conhecimento da auditoria ao
Município; Ofício Associação Combatentes,
saudação e informar da sua constituição; 2
jornais “A Voz das Misericórdias”.
Informou que tinha dado entrada um ofício
por parte do deputado José Manuel Dias
Gonçalves Almeida, ao qual se tinham associado a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
e a recém formada Associação de Combatentes de Pampilhosa da Serra, que propunha
um voto de louvor e de pesar pelo recente
falecimento do sr. Armindo Martins Antunes,
Director do Jornal "Serras da Pampilhosa". A
proposta descreveu as suas qualidades humanas, profissionais e regionalistas e foi aprovada
por unanimidade, com um minuto de silêncio.
O digníssimo Presidente da Câmara, Sr. José
Brito usou então da palavra, para cumprimentar todos os presentes e desejar as melhoras
do Presidente da Assembleia Municipal. Disse
então que o Município se associava a tudo
o que era dito na proposta e complementou
classificando o Sr. Armindo de um devotado trabalhador, um regionalista, um amigo de
Pampilhosa da Serra. Continuou para dizer
todas as colectividades para dar a conhecer um
conjunto importante de oportunidades que no
seu entender as colectividades podem usufruir.
Continuou para informar a assembleia que
no momento presente já está em funcionamento o “MY DOC”, algo que permite aligeirar
muito do expediente do Município, e mais
importante ainda irá permitir uma relação
muito próxima entre os Munícipes e os serviços do Município, uma vez que de agora em
diante os Munícipes pode consultar via internet os processos sem terem de se deslocar,
garantindo assim melhor comodidade e celeridade tão preciosos para todos.
Antes de terminar informou toda a assembleia que o novo Centro de Saúde está pronto,
quer em termos de mobiliário, quer em termos
de pessoal, falta no entanto acertar a mudança
em definitivo.
A terminar a sua intervenção deixou uma
vez mais os seus sentimentos pelo falecimento
dos pampilhosenses Armindo Antunes e Rui
Vicente.
Foi então dada a palavra aos deputados.
Usou da palavra o deputado César Oliveira,
que cumprimentou e desejou bom ano a
todos os presentes na Assembleia Municipal,
e de seguida propôs-se fazer um balanço do
ano transacto, tendo como ponto de partida
o plano de actividades. Disse que segundo
esse mesmo plano os seus eixos eram a Acção
social; educação; turismo, todos eles com o
objectivo de promover o bem estar dos Pampilhosenses assim como ser uma resposta directa
aos seus problemas.
Disse que na sua opinião o balanço final foi
francamente positivo, uma que o Município
na pessoa do seu responsável máximo, sr. José
brito, tem como imagem de marca a qualidade,
a aposta na imagem do concelho, algo que
facilmente se comprova, por exemplo, na criação e aposta no conceito “Inspira”. Referiu-se
ao evento “Pampilhosa Inspira Natal” e clas-
omo visão para a Pampilhosa da Serra, foi apresentado que num horizonte
temporal até 2020, “O concelho
deverá afirmar-se como um território de baixa densidade sustentável
que valoriza as suas especificidades
e recursos naturais como mais-valias
competitivas”.
que o Concelho de Pampilhosa da Serra recentemente tinha ficado mais pobre pois que em
pouco tempo tinha perdido dois relevantes
pampilhosenses. Lembrou a Assembleia de
outro pampilhosense, o Sr. Rui Vicente, referindo a morte repentina e prematura de um
grande amigo da sua terra - Malhada do Rei
- para o qual também deixou palavras de sentimento e de agradecimento pelo que fez pela
sua terra, e por consequência pelo Concelho de
Pampilhosa da Serra.
Na continuação da sua intervenção, informou a assembleia sobre os processos jurídicos em curso. Assim: -campo de futebol sem
alterações; -processo PINWELLS, existe um
relatório com pedido de indemnização pela
sua deslocalização. Sobre este foi feita avaliação
e foi requerida uma segunda perícia, antes da
audiência final; A decorrer na normalidade
estão as seguintes acções: -Compartes Soeirinho (plantação de eucaliptos); -baldios de
Fajão e Castanheira; -Compartes Porto Castanheiro; Finalmente e relativamente à Antena
CIRESP o Município conseguiu que fosse
pago à Freguesia de Fajão todos os valores
desde o início da sua instalação não autorizada.
Foi com prazer que informou toda a assembleia que foram liquidados todos os empréstimos, pelo que no momento o Município não
tem dívidas.
O Exmo. Sr. José Brito teceu considerações
elogiosas pela forma como o Concelho de
Pampilhosa da Serra se ia fazer representar na
BTL, sob a responsabilidade do Vice Presidente, Eng. Jorge Custódio. Informou ainda
que o Município tem intenção de reunir com
sificou a organização de perfeita, algo que era
sem dúvida motivo de orgulho. O facto de ter
feito a diferença nos detalhes, e que dava para
perceber que tinha conseguido juntar todas as
forças do Concelho, por forma a que todas elas
colaborassem no acontecimento com enorme
empenho e significativa grandeza.
A terminar deixou votos que a inspiração
continue, uma vez que com isso o Concelho de
Pampilhosa da Serra, continuará a crescer e ser
um motivo de orgulho para todos.
O Deputado António Caetano, cumprimentou todos os presentes, e de seguida
congratulou-se pelas melhoras do Presidente
da Assembleia Municipal. Disse que concordava em absoluto com as palavras do orador anterior. Antes de terminar a sua intervenção referiu
que sabia que as Minas da Panasqueira tinham
sido readquiridas pelos anteriores proprietários
e que isso era um pormenor, que faria toda a
diferença, uma vez que os actuais proprietários
tinham intenção de alterar o “modo operandi”,
sendo que o lado mais visível, está a ser o encetar novamente os contactos para contratar os
trabalhadores anteriormente dispensados. Isso
por si só era motivo de esperança que melhores
dias se avizinham para os pampilhosenses que
trabalhavam nas Minas da Panasqueira.
Foi então o momento de se entrar no
período da ordem do dia, foi dada a palavra
ao Município na pessoa do Exmo. Sr. Presidente da Câmara, José Brito. Começou a sua
intervenção para dizer que ficou sensibilizado
pelas palavras ditas anteriormente. No entanto
realçou que o mérito é de todos, Freguesias,
Instituições, Pampilhosenses. Esse mesmo
N
4
mérito é fruto de um árduo trabalho conjunto
entre todos. No caso do evento “Pampilhosa
Inspira Natal” disse que esta foi a segunda vez
e é para continuar, senão melhor pelo menos
igual. Até porque a TVI já manifestou interesse
em voltar, e sobre o mesmo disse que também
ele não encontrava palavras para expressar o
orgulho que sentia na forma como o evento
tinha decorrido.
Iniciou-se então o esclarecimento das obras
mais importantes que estão em curso. O
presidente deu a informação que as obras de
rectificação e alargamento da estrada Municipal Camba - Ceiroco decorriam em bom
ritmo; Iniciou-se a rectificação e alargamento
da estrada Portela do Fojo - Vilar; Reposição
de pavimento em Malhada do Rei; Limpeza de
bermas e estradas nas Freguesias Pessegueiro
e Fajão - Vidual; Novo arruamento e acesso
à antiga escola primária de Porto da Balsa;
Novo arruamento e muro de consolidação
em Dornelas do Zêzere; Selagem da estrada
Pescanseco - Alto de Fajão.
No que diz respeito à cultura, também o
executivo apresentou um conjunto de importantes iniciativas, das quais se realça, “Pampilhosa Inspira Natal”. Este evento conseguiu
bater o recorde nacional de audiências o que é
bem demonstrativo do seu sucesso. Destaca-se
ainda o evento “Carnaval e Enterro do Entrudo”, o qual encheu as ruas da vila com centenas de foliões, e contou com a participação
das Juntas de Freguesias, comunidade escolar,
associações, grupos informais e cidadãos da
comunidade local. Transmitiu os parabéns ao
Grupo de Teatro e aos responsáveis pelo cortejo de crianças, e de uma forma geral a todos os
que colaboraram.
Merece inteiro e justo destaque a aposta
feita pelo Município no ciclo de teatro “Mise
en Scène” que contou com a participação do
Grupo Cultural e Recreativo de Pampilhosa
da Serra com a peça “Um Morto Bem Vivo”,
que foi um comprovado sucesso para além das
peças “Pai Natal Orquestra” e “Pelintras...Mas
Felizes”. Ainda à a destacar a iniciativa “Seniores
ao Teatro” que consiste em promover a vinda
de idosos ao teatro.
Ainda nas actividades culturais, referiu o
enorme êxito que foi a exposição “315 Anos
de Musica, 315 de História”, exposição levada
a cabo pelo “nosso” Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense. Informou ainda, que o
Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense
tinha levado a cabo o Concerto de Natal e que o
mesmo teve como resultado um enorme êxito.
No que às tecnologias de informação e
comunicação diz respeito, salienta-se o seguinte: Espaço Internet e Informática Sénior.
Já na Educação foram várias as iniciativas
promovidas pelo Município, tais como: Dia
Nacional do Pijama; Oferta de Presentes de
Natal à comunidade educativa; Coaching com
os professores do 1º ciclo; EPIS; Ludoteca.
Nas Actividades radicais e desporto, destaca-se: Acções Trilhos Rur@l_idades; CSI-Corpo, Saúde e Imagem; Actividade Desportiva;
Ginástica Sénior; Fit & Fun Kids.
Foi com visível amargura que informou a
digníssima assembleia que o Programa Escolhas tinha chegado ao fim no nosso Concelho.
Este programa ao longo dos três anos de execução, envolveu 361 crianças/jovens, 134 famílias, 250 elementos da comunidade e realizou
7076 sessões.
Antes de terminar informou a assembleia
que o Município irá levar a cabo a construção
do monumento em memória dos Pampilhosenses que faleceram no ex-ultramar.
Terminada que foi a apresentação, o Deputado César de Oliveira, interviu para perguntar
se relativamente ao “Programa Escolhas” era
possível fazer e dar a conhecer um balanço
global do mesmo. Questionou o Município se
existiam alternativas que contrariassem o fim
do mesmo.
O Sr. Presidente, Sr José Brito respondeu
para dizer que tinha esperança que sim, e que
nesse sentido foram encetados contactos. Informou no entanto que a decisão foi recentemente
alterada ao âmbito das actividades, e inclusive
à forma e ao rigor de julgar que terem sido
alterados, o que influenciou significativamente
a classificação obtida pelo Município. Aproveitou aliás para lamentar profundamente essa
mesma classificação. Salientou o muito traba-
lho desenvolvido e afirmou que brevemente a
Dra. Alexandra iria dar conhecimento e visibilidade ao trabalho efectuado ao longo dos três
últimos anos.
O Deputado Jorge Pires, cumprimentou
todos os presentes, e uma vez que se tratava
da primeira sessão do ano, desejou bom ano
para todos. Focou o centro de saúde e referiu
que a sua construção se deve ao sr. Presidente,
lançando o repto de que o novo centro de
saúde tivesse o nome “José Brito” (sugestão).
Na resposta o digníssimo presidente agradeceu mas rejeitou liminarmente tal sugestão
e disse que enquanto estiver nas funções não
aceita tal distinção, uma vez que no seu entender apenas cumpre com o seu dever enquanto
responsável e representante máximo de todos
os Pampilhosenses.
Foi então à votação a ajuda de 50 mil euros
à Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra,
para que a mesma pudesse adquirir terrenos
e um armazém, para dessa forma prestar um
melhor serviço aos seus fregueses. A proposta
foi aprovada por maioria, existindo apenas uma
abstenção, do presidente da Junta de Freguesia
de Pampilhosa da Serra.
A terminar elucidou a assembleia sobre a
Área de Regeneração Urbana da Vila, sendo
que o que a proposta e limitação está em apreço, mas que incidirá principalmente na parte
mais antiga da vila, e que tendo em conta
o apoio do quadro comunitário. O Município tinha intenção de requalificar os edifícios:
Mercado Municipal; Casa do Dr. Afonso; Estaleiros Antigos; Cabecinho; Parque Autocaravanas. O Sr. Presidente, Sr. José Brito informou a
Assembleia que o programa comunitário oferece incentivos para requalificação dos seus bens
residenciais e apelou aos proprietários para
aproveitarem esta oportunidade.
Em relação aos subsídios que a Câmara
atribuiu, destacam-se: Associação Empresarial
e Serviços de Pampilhosa da Serra, 18.000
euros; Associação dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, 20.000 euros;
Projecto Trilhos Ruralidades, de que a Associação é gestora, 8.000 euros; Grupo Fraternidade Musical Pampilhosense (compra de
um instrumento), 2.900 euros; Associação de
Combatentes, 1000 euros; Grupo Cultural
e Recreativo de Pampilhosa da Serra, 9.000
euros; BIKE-Associação de Desporto Aventura, 9.950 euros.
Seguiu-se a tomada de posse do Conselho Municipal de Segurança de Pampilhosa da
Serra, o qual é assim constituído:
Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Alberto Pacheco Brito
Dias; Vice-presidente da Câmara. Eng. Jorge
Alves Custódio; Presidente da Assembleia
Municipal, Prof: José Ramos Mendes; Presidente da Junta de Freguesia de Pampilhosa da
Serra, Nuno Miguel Marques Nunes Almeida;
Representante do Ministério Público, Procuradora-Adjunta, Dra. Sabina de Jesus Pereira
Santos; Representante da Guarda Nacional
Republicana; Comandante dos Bombeiros
Voluntários, Marco Alexandre Duarte Alegre;
Representante dos Serviços de Protecção Civil,
Eng. Sandra Sofia Miguel Chora Custódio;
Representante da Administração Regional de
Saúde do Centro, Dr. António Queimadela
Batista; Representante da Santa Casa da Misericórdia, João Custódio dos Santos; Representante da Associação Empresarial e de Serviços
de Pampilhosa da Serra, João dos Santos Alves;
Representante da Escola Básica e Secundária
Escalada de Pampilhosa da Serra, Dr. Ricardo
Ferreira da Silva; Representante da Associação
de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere,
Manuel Gonçalves Isidoro; Representante da
Assembleia Municipal, António Luís Pereira
Caetano; e Representante da Cáritas Diocesana de Coimbra, Dra. Mariana Goes Pinheiro Figueiredo; e Representante das Juntas de
Freguesia, Eng. Anabela Martins, eleita por
voto secreto e que teve a totalidade dos votos.
No Período Aberto ao Público, interviu o
deputado António Caetano, para reforçar as
reticências que sentia relativamente ao facto de
o “Programa Escolhas” ter terminado, uma vez
que ficou demonstrado que a Pampilhosa foi
prejudicada, quis manifestar o total desagrado,
quando um projecto passou de bom a mau por
outros interesses menos transparentes.
Interviu de seguida o primeiro secretário
João Santos Neves, que iniciou a sua intervenção cumprimentando todos os presentes, para
logo de seguida dizer que a mesma era na qualidade de Munícipe, disse que tinha intenção de
contratar uma técnica, mas que quando contactou os serviços municipais para concorrer ao
auxílio que o Municipio dá nestes casos, foi
informado de desconhecimento sobre o assunto por parte destes. Mas estando ele informado
conseguiu mais tarde obter a informação que
desejava. Chamando a atenção que tal pode
não acontecer com um munícipe menos bem
informado, e que no seu entender o Município tinha de ter em atenção estes pequenos
detalhes para assim prestar um melhor serviço
a todos. Referiu que por vezes os colaboradores e responsáveis na limpeza da vila, não o
fazem com a assiduidade que lhe parecia ideal,
uma vez que por vezes passa algum tempo até
regressarem a um local. Terminou para dizer
que subscrevia por inteiro as palavras do deputado César Oliveira.
Na resposta a esta intervenção o Presidente
anotou os alertas e salientou que o Município
tem sempre o objectivo de melhorar a aposta
na limpeza das ruas, pelo que iria informar-se e agir em conformidade com esse mesmo
objectivo.
Deu a conhecer um novo programa de
incentivo e auxílio e desafiou as Comissões de
Melhoramentos a aproveitarem esta importante iniciativa.
Lançou repto, para todos estarem presentes
na BTL, que seria inaugurada no próximo dia
2, convidando todos os Presidentes de Junta e
Membros da Assembleia Municipal a estarem
presentes. Informou uma vez mais que era
intenção do Município promover uma reunião,
com 2 elementos por colectividade e comunicação social, tendo como objectivo principal a
apresentação de diversos programas e incentivos levados a cabo pelo Município.
Terminou para agradecer toda a colaboração
e para dizer que cada vez mais sente força para
continuar a trabalhar na resolução dos problemas dos Pampilhosenses.
Terminou a sessão o digníssimo presidente
da mesa, Prof. José Ramos Mendes, destacando que a mesma encerrava em harmonia,
como sempre, e agradeceu a disponibilidade,
empenho e interesse nos assuntos e no pensar
nas soluções, por parte de todos os Membros
da Assembleia. Deixou uma palavra ao invocar quem trabalhou na comunicação social
no “Correio da Serra”, e lembrou um nome,
a sra. Otília (mãe do Deputado Jorge pires).
Associou-se a tudo o que foi dito e até aos silêncios, dizendo “pois que há silêncios que falam”.
Agradeceu a todos e desejou bom regresso a
todos os presentes.
Paulo Almeida
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
C
Aproveitando a presença em Lisboa
para participação na Bolsa de Turismo
de Lisboa – BTL 2016, no dia 2 de
março, o Município de Pampilhosa
da Serra convidou as coletividades e
associações representantes da vasta
comunidade pampilhosense radicada na região da capital, para um
Jantar/Reunião de trabalho, realizado
no restaurante Caravela de Ouro, em
Algés.
O propósito desta reunião foi a
apresentação do Programa Portugal 2020 às coletividades e restantes
entidades do concelho, que apesar de
radicados fora do território de Pampilhosa da Serra, podem vir a desenvolver projetos nas suas aldeias que
possam ser apoiadas no âmbito destes
programas de apoio.
Estiveram presentes todos os
membros do executivo camarário, os
presidentes de junta de freguesia e
algumas entidades e individualidades
ligadas ao concelho, designadamente,
o Presidente do Supremo Tribunal
de Justiça, Juiz Conselheiro António
Henriques Gaspar, e o seu chefe de
gabinete Juiz Desembargador Luís
Lameiras. Estiveram ainda o Doutor
José Brás, vice-presidente da Associação de Juristas de Pampilhosa da Serra
e membro da Sociedade Portuguesa
de Criminologia, figuras do desporto
como Aurélio Pereira, Carlos Pereira, António Fernandes (campeão de
xadrez) e Dr. António Gaspar (fisioterapeuta da seleção), os empresários
António Robalo (Pollux), Carlos
Teixeira (Seaside), Rui Olivença
(Villa Pampilhosa e Marcolux), Paulo
Fernandes da ADXTUR e outros ilustres convidados, sendo a sala maioritariamente composta por representantes do movimento associativo
pampilhosense, contando-se 64 coletividades presentes.
Neste jantar de trabalho, após as
boas vindas apresentadas pelo vice-presidente Engº Jorge Custódio a
todos os presentes, a autarquia através da empresa de assessoria Sociedade Portuguesa de Inovação – SPI,
fez a apresentação dos programas de
financiamento no âmbito do Portugal 2020, no que pode ser aplicável a
atividade das coletividades, podendo
constituir oportunidades de projetos
a realizar no concelho de Pampilhosa
da Serra.
A apresentação foi dividida em
quatro partes, sendo que na primeira foram evidenciados os principais
desafios do concelho. Como visão
para a Pampilhosa da Serra, num horizonte temporal até 2020, foi definido
que “O concelho deverá afirmar-se como
um território de baixa densidade sustentável que valoriza as suas especificidades e recursos naturais como mais-valias
competitivas”. Como principais características e desafios, foram identificados ao nível da população, a tendência
para o envelhecimento e diminuição
populacional. Ao nível do emprego,
a falta de atividades económicas geradoras de emprego, existindo contudo uma variedade de produtos locais
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
com potencial de exploração. No
que diz respeito à qualidade de vida,
salienta-se a diversidade e qualidade
da rede de equipamentos de ensino,
desporto e cultura e o elevado potencial turístico e interesse paisagístico.
Na segunda parte da apresentação
foi descrita a estrutura operacional do
Portugal 2020 e os seus programas.
Do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego – POISE, que
tem como enquadramento o reforço
da integração das pessoas em risco
de pobreza e o combate à exclusão
social, foram destacadas as prioridades de investimento em que as coletividades são beneficiárias, que são: A
integração sustentável dos jovens no
mercado de trabalho; a adaptação à
mudança dos trabalhadores, empresas e empresários; a inclusão ativa,
inclusivamente com vista a promover
oportunidades iguais e a participação
ativa e melhorar a empregabilidade;
e a melhoria do acesso a serviços
sustentáveis, de grande qualidade
de terras agrícolas e não agrícolas;
Instalação de sistemas agroflorestais;
Restabelecimento da floresta afetada por agentes bióticos, abióticos ou
acontecimentos catastróficos (p.e.
pragas, doenças, invasão por plantas
exóticas, incêndios florestais); Melhoria da resiliência do valor ambiental e
do valor económico das florestas.
Na terceira parte foram apresentados os apoios municipais com interesse para as coletividades e possíveis
investimentos destas. Destes destacamos: Nas zonas industriais disponibilização de lotes de terreno a 0,01€/
m2 e disponibilização de pavilhões
para arrendamento; Redução no
Imposto Municipal Sobre Imóveis;
Incentivo à criação de emprego pelas
associações com sede no concelho,
através da atribuição de um subsídio
não reembolsável de 5.000 €, por cada
posto de trabalho criado; O Apoio à
Natalidade a conceder às famílias pelo
nascimento de cada filho (1.500€
para o primeiro e segundo filho, e de
e a preços comportáveis, incluindo
cuidados de saúde e serviço sociais de
interesse geral.
Acerca do Programa Operacional
Sustentabilidade e Eficiência No Uso
de Recursos – POSEUR, foi informado que tem como objetivo implementar um modelo de desenvolvimento
com menor consumo de recursos
naturais e energéticos, e ao mesmo
tempo gerar novas oportunidades
de emprego, de criação de riqueza e
de reforço do conhecimento. Neste
programa foi destacada como prioridade de investimento para as coletividades, a promoção da eficiência
energética e da utilização de energias
renováveis.
No que concerne ao Programa de
Desenvolvimento Rural – PDR 20142020, foram os presentes informados que tem como principio, apoiar
o setor agroflorestal e a produção de
bens transacionáveis, dirigido a agentes diretamente envolvidos na criação de valor, assente numa eficiente
gestão dos recursos. As medidas em
que coletividades são beneficiárias,
são: O apoio á prevenção contra agentes bióticos e abióticos; Florestação
5.000€ a partir do terceiro filho, valor
em vales de compras no concelho);
Oferta de manuais escolares do 1º ao
12º ano; Bolsas de estudo para alunos
que ingressem no ensino superior;
Prémio para o melhor aluno de cada
ano; Programa Conversa de Avós
para promoção do envelhecimento
ativo nas freguesias, com Informática
Sénior, Ginástica Sénior e Alfabetização; e Benefícios fiscais para imóveis
na Área de Intervenção Urbana de
Pampilhosa da Serra.
Na última parte, foi apresentado
o Projeto CLDS-3G “Pampilhosa Ativa”, em execução no concelho
desde 4 de janeiro deste ano, que tem
como finalidade. “Promover a inclusão social dos cidadãos através de ações
a executar em parceria, por forma a
combater a pobreza persistente e a exclusão social, num território que se assume
como alvo de alguma vulnerabilidade
no que se refere a nível de desemprego e
envelhecimento”. Como eixo de intervenção com interesse para as coletividades
salientou-se o “Eixo 3 – Capacitação
da comunidade e das instituições”, que
na sua ação 16, prevê a criação ou
revitalização das associações e fomentar o associativismo local, durante os
próximos 3 anos através das seguintes
atividades:
• Promover ações no âmbito do
Programa Portugal 2020;
• Criação de equipa de apoio técnico às coletividades para a elaboração
de planos de ação, candidaturas e
atividades;
• Revitalização de um autocarro
(cedido pelo Município) para a dinamização de atividades com jovens,
com o objetivo de diminuir comportamentos de risco;
• Criação de uma base de dados
relativamente ás Coletividades e
Associações concelhias;
• Revitalização da Associação de
Pais e da Associação Juvenil Trilhos
Com_Sentido.
Neste jantar de trabalho, foi já dado
o primeiro passo com a distribuição
de questionários para recolha de
dados das coletividades e associações
presentes, a ser enviado para o projeto
que tem sede no Edifício Monsenhor
Nunes Pereira, na vila.
Pelo Engº Nuno Bandeira foi
apresentado de seguida a nova página de internet do Município, com
nova tecnologia denominada Mynet
Serviços Online. Informou tratar-se
de uma plataforma que permitirá a
prestação de serviços digitais, e cujo
objetivo é contribuir para a desburocratização e aproximação dos serviços
aos munícipes, disponível em www.
cm-pampilhosadaserra.pt .
Antes de se iniciar a refeição, foi
ainda feita a apresentação oficial do
novo vídeo promocional do concelho de Pampilhosa da Serra, intitulado Ruralidade de Excelência, contando
com a participação de muitos ilustres
pampilhosenses presentes na sala. Um
vídeo bem concebido sendo do agrado de todos provocando forte aplauso
na sala..
José Brito usou da palavra e lançou
o repto às coletividades para “agarrarem” as oportunidades que os programas apresentados podem proporcionar, referindo que este novo quadro
de apoio não tem como objetivo principal os apoios para obras e construção
de infraestruturas. Referiu que agora
chegou a hora de apostar na floresta
e no turismo, sendo a maior aposta
para o futuro a criação de emprego e
fixação de pessoas. Incentivou as coletividades a apostarem mais no imaterial, preservar e valorizar o que existe
e criar emprego nas aldeias. Lembrou
que existe um Gabinete Florestal que
pode dar apoio a projetos, tal como
um Gabinete de apoio ao empresário. Afirmou que “o tempo do dinheiro
para grandes obras já lá vai, temos que
apostar nas pessoas e na riqueza que
temos, e tudo fazer para ajudar a população através da criação de postos de
trabalho”. Rematou reforçando a ideia
que as coletividades têm um papel
importante na criação de emprego,
disponibilizando o município para
colaborar com o movimento associativo, lançando o desafio para que as
coletividades se unam em projetos
conjuntos, sendo que neste aspeto a
Casa do Concelho pode ter um papel
importante.
Encerrou a sua intervenção o presidente do município, José Brito, salientando a importância crescente do
concelho de Pampilhosa da Serra no
contexto nacional. Considerou que
a aposta realizada pela autarquia na
promoção do turismo no concelho
através da BTL 2016, não deveria ser
considerada como apenas uma despesa do município, mas sim ser encarada
como um investimento, do qual se
espera retorno futuro para o desenvolvimento do concelho. Deixou um
agradecimento a todos os presentes
pela presença e a todos os que participaram e colaboraram na realização do
novo vídeo promocional de Pampilhosa da Serra.
Após as intervenções seguiu-se um
agradável jantar, com a sala repleta de
pampilhosenses, sendo também uma
oportunidade para rever conterrâneos e amigos, que ali estavam juntos
movidos pelo desenvolvimento da
sua terra.
Carlos Simões
5
Regionalismo
VALE DERRADEIRO COMEMOROU 48 ANOS DA SUA UNIÃO
R
ealizou-se no domingo, dia
28 de fevereiro de 2016, pelas
13:00 horas, na Quinta do
Barco, em Alverca, a comemoração do
48º aniversário da União e Progresso
de Vale Derradeiro (Cabril).
Mantendo a tradição, a direção
desta coletividade reúne anualmente os associados, familiares e amigos
num grande almoço de convívio para
comemorar o aniversário da fundação, contando este ano com a presença de cerca de centena e meia de
pessoas.
Na mesa de honra esteve a presidir Carlos Simões, na qualidade de
presidente da assembleia geral, sendo
acompanhado por José Ferreira,
presidente da Casa do Concelho
de Pampilhosa da Serra, por João
Niza da Confederação Portuguesa de
Coletividades, por Anabela Martins,
presidente da Junta de Freguesia
de Cabril e sua filha, por António
Lopes Machado, diretor do jornal A
Comarca de Arganil e por José Francisco, sócio fundador e presidente do
conselho fiscal.
Foram muitas as coletividades
congéneres ali representadas, fruto
da simpatia que os valederradeirenses
espalham pela região. Assim, além
das instituições já referidas, registámos a presença das coletividades de
Ponte de Fajão, Fajão, Castanheira
da Serra, Covanca, Camba, Ceiroco, Gralhas, Porto da Balsa, Sobral
Bendito e Janeiro de Baixo.
Como é habitual nestes eventos,
várias pessoas tiveram oportunidade
de transmitir o seu apreço pela colectividade em festa, iniciando o período de intervenções o presidente da
assembleia-geral, Carlos Simões, que
deu as boas vindas a todos, passando
de imediato a palavra ao presidente
da direção da coletividade anfitriã,
Sérgio Trindade.
O presidente começou por cumprimentar os membros da mesa de
honra, os representantes das coletividades congéneres e todos os presentes, agradecendo a presença naquele
momento festivo. Leu de seguida
algumas cartas enviadas por instituições e personalidades convidadas
que transmitiram os parabéns à colectividade e votos de muitos sucessos.
Lembrou de seguida o trajeto e
obra da União e Progresso de Vale
Derradeiro ao longo dos 48 anos,
afirmando que na mesma sempre
militaram grandes regionalistas que
se destacaram pela sua dedicação,
humildade, perseverança e muito
trabalho. Deu exemplo do que conseguiram construir e hoje existe em
Vale Derradeiro, designadamente, a
estrada que liga a aldeia à Estrada
Rolão – Fajão, a estrada que liga aos
Ribeiros, a eletrificação, a construção da Capela, a instalação de rede
de água canalizada ao domicílio,
o primeiro tanque de rega, a Casa
6
de Convívio e o atual tanque de
combate a incêndios. Disse ser sua
convicção que em Vale Derradeiro,
os Homens e Mulheres sempre trabalharam arduamente e discretamente
em prol da sua terra, com o coração
e mente aberta, sempre em nome
do melhoramento da sua aldeia.
Disse que da sua parte, tudo fará pelo
desenvolvimento de Vale Derradeiro,
seguindo os ensinamentos dos seus
antepassados, colocando sempre em
primeiro lugar o interesse coletivo
da aldeia.
Continuou Sérgio Trindade,
agradecendo em nome de todos
os valederradeirenses o apoio dado
pela Junta de Freguesia do Cabril
e, pela sua presidente Engª Anabela
Martins, pelo trabalho desenvolvido
não só pela aldeia, mas também pela
maneira como alterou o rumo que a
Freguesia do Cabril levava. Deixou
também um sentido agradecimento
ao Município de Pampilhosa da Serra
pela ajuda e disponibilidade do seu
presidente José Brito e dos restantes
vereadores.
.Anunciou e convidou os presentes
para o já tradicional Encontro das
Coletividades Fajaenses/Vidualenses
e Amigas, a ter lugar no dia 11 de
Junho 2016, em Fajão no recinto da
Nª. Srª da Guia, sendo este ano a
11ª edição, mantendo como único
objetivo a promoção do convívio e o
reforço dos laços de amizade entre as
aldeias da região.
Seguidamente foi agraciado com
o Diploma de Sócio Benemérito o
Sr. Alfredo Gonçalves de Almeida.
Nas palavras do presidente, aquela
era uma merecida e singela homenagem pública, a alguém que é um
cidadão solidário e generoso, amante
da sua região natal. Disse ser alguém
que estava sempre disponível para
estender a mão, compreendendo
como ninguém a importância de,
no momento certo, ter uma atenção,
um gesto que faz a diferença, sendo
certamente um amante do progresso
das nossas serras. O associado distinguido, após receber o diploma das
mãos do presidente da mesa, dirigiu
algumas palavras de agradecimento
à direção e o aplauso dos presentes.
A encerrar a sua intervenção Sérgio
Trindade evocou a memória de Aires
Fernandes Almeida e de Armindo
Antunes, como duas figuras que nos
deixaram recentemente, deixando
muita saudade como exemplos de
dedicação ao regionalismo.
Dada a palavra às coletividades,
iniciou a congénere de Covanca,
que pela voz de José Simões, deu os
parabéns aos valederradeirenses pelo
aniversário e por ali terem uma boa
moldura humana. Deixou mensagem de apelo à união entre todos
os valederradeirenses, agradecendo
de seguida a simpatia com que foi
surpreendido momentos antes pela
direção e pelos presentes, no seu dia
de anos, com a oferta de um bolo de
aniversário, tendo toda a sala cantado
os parabéns.
José João pela coletividade de
Camba, salientou a ligação antiga
que a sua aldeia tem com os valederradeirenses, António Almeida por
Ceiroco, Arménio Ramos pela Ponte
de Fajão e Lourdes Maia por Porto
da Balsa, alinharam pelo mesmo
diapasão na mensagem de parabéns e
palavras de elogio e incentivo à coletividade aniversariante.
Pela Liga de Fajão interveio Isaura
Fernandes, que, após os cumprimentos aos membros da mesa e coletividades, afirmou ser Vale Derradeiro
um aldeia pequena mas grande nas
pessoas e com grandes regionalistas.
Agradeceu o apoio dado à sua Liga
por alguns deles. Considerou ser
importante o intercâmbio mantido
pela coletividade em festa, mobilizando sempre grande número de
elementos para participar em eventos
de outras coletividades.
Isaura Fernandes lembrou ainda o
falecido diretor do Serras, Armindo
Antunes, notando-se ali a sua falta.
Terminou lançando o desafio às coletividades presentes para se realizar
uma homenagem ao diretor atual,
Carlos Simões.
A este propósito, interveio de
seguida Ana Simões, que após parabenizar a coletividade e seus associados pelo aniversário, evocou a
palavra “União” que consta da sua
bandeira, para incentivar os valederradeirenses a praticar essa mesma
união. Mostrou-se muito agradada
e sensibilizada por terem cantado
os parabéns ao seu pai José Simões,
sendo que toda a família estava ali
presente também em união, fazendo
todo o sentido juntarem-se naquele dia, naquele local. Em resposta a
Isaura Fernandes, disse que Carlos
Simões, seu irmão abdicou de parte
da sua vida em prol do regionalismo,
seguindo os passos do seu pai, tendo
assim a sua vida condicionada, sendo
importante saber parar.
De seguida Marco Almeida usou
da palavra começando por afirmar
ser uma pessoa honesta, verdadeira
e direta, considerando muito justa
a distinção a Alfredo Almeida pela
contribuição que deu para a construção do tanque de combate a
incêndios na aldeia. Deu também os
parabéns a José Simões pelo aniversário e também por ser um grande
regionalista.
Referindo-se ao momento atual da
coletividade, Marco Almeida disse
que para além de ser importante
lembrar os antepassados, é também
igualmente importante lembrar
os que fazem muito pela aldeia no
presente, como era o caso de Paulo
Regionalismo
RECONHECIMENTO AOS FUNDADORES DA SOCIEDADE UNIÃO E
PROGRESSO DE COVANCA
S
Almeida. Testemunhou que o seu
trabalho continua a ser realizado em
prol da aldeia e por isso deveria ser
lembrado e respeitado. Pediu um
aplauso para todos os que trabalham
pela sua terra. A terminar incentivou
a direção e deixou um abraço amigo
da congénere de Janeiro de Baixo.
O associado fundador Abel Carlos
de Almeida, depois de saudar os
presentes apresentou os cumprimentos da família M. Batista e de
António Catraia. Evocou a história da coletividade, concretamente
melhoramentos como foram a construção de pontões sobre a ribeira, e
a construção da Capela, sendo nessa
época muito difícil angariar financiamento valendo a grande união entre
todos. Salientou o exemplo do sócio
benemérito Alfredo Almeida, e disse
outros haver como Paulo Almeida
que patrocinou a vinda de rancho
folclórico em alguns convívios anteriores.
Pela Confederação Portuguesa de
Coletividades, João Niza transmitiu as felicitações da entidade que
representava, salientando de seguida
a importância do movimento associativo para o desenvolvimento das
regiões e bem estar das populações.
Disse ter ficado curioso para conhecer Vale Derradeiro e a Pampilhosa
da Serra. Como agradecimento da
simpatia com que foi ali acolhido
deixou lembrança da Confederação.
José Ferreira deixou mensagem de
parabéns em nome da Casa concelhia, felicitando a mesa e a presidente
da junta de freguesia de Cabril. Referiu-se à importância do regionalismo
ao longo do tempo, passando os dirigentes por grandes sacríficos na luta
pelo desenvolvimento das aldeias
com os melhoramentos essenciais,
sendo que atualmente as facilidades
são maiores para o que contribuem
muito os novos meios de comunicação e informação. Considerou que
todos devem fazer um esforço para
dignificar o regionalismo e a grande obra do passado. Referindo se
a Casa, lembrou também a partida
do diretor do Serras, como um bom
amigo e incentivador para que fosse
o atual presidente. Informou que
tinha já sido nomeado em reunião de
direção, Carlos Simões como o novo
diretor do jornal, tecendo algumas
considerações elogiosas a seu respeito. Terminou apelando á participação
de todos nas comemorações dos 75
anos da Casa do Concelho e nos
eventos a realizar, sendo o próximo o
Torneio de Futsal Inter-coletividades.
Vinda de Cabril onde deixou um
cenário de manto branco de neve, a
presidente de junta Anabela Martins
interveio para agradecer as palavras
e o esforço da coletividade para o
desenvolvimento da sua aldeia, da
freguesia e do concelho. Manifestou
a disponibilidade da junta e de si
própria para apoiar a coletividade
na sua atividade. Deu os parabéns e
desejou muitos mais anos de existência,
A finalizar Carlos Simões apresentou os cumprimentos a todos os
presentes e deu os parabéns à colectividade pelo aniversário e atividade
em prol do desenvolvimento da sua
aldeia e sua região, considerou a UP
de Vale Derradeiro, como uma das
coletividades mais ativas no meio
regionalista pampilhosense. Abordou o problema do despovoamento
da região, sendo aquela aldeia um
exemplo da falta de pessoas. “Temos
que repensar os objetivos do regionalismo e adaptar e canalizar os nossos
esforços para os problemas da atualidade.” disse Carlos Simões. Reforçou
a importância da UNIÃO de todos
os valederradeirenses, estando disponível para promover essa união, na
medida em que todos são importantes e necessários.
Disse ser para si uma honra ter sido
eleito para presidente da assembleia
geral, que, apesar de não ser da aldeia,
a servirá o melhor que puder.
Terminou apelando para a participação no leilão e chamou à atenção
para o espetáculo que se com a atuação do Grupo de Concertinas “Os
Serranitos”, seguindo-se o bolo de
aniversário no final da tarde.
Pela voz de Arménio Ramos e
depois Carlos Simões, realizou-se um
bem animado e produtivo leilão, e de
seguida todos puderam dançar com
música tradicional da Pampilhosa da
Serra., com “Os Serranitos” a terem
uma atuação de grande nível.
A festa terminou após cantar os
parabéns à coletividade e a José
Simões, o estourar do champanhe e
partir o bolo de aniversário.
Os nossos votos de muitos anos
cheios de sucessos e que Vale Derradeiro continue e ser uma aldeia onde
perdure a união, e se goste de viver e
visitar.
egundo os organizadores, este
ano atingiu número recorde
de participação o almoço
de convívio da Sociedade União e
Progresso (SUPC), comemorando
os 48 anos de fundação, realizado no
dia 6 de Março de 2016, no salão da
Quinta Valenciana, em Fernão Ferro.
Para cantar os parabéns a esta
coletividade regionalista daquela
bonita aldeia pampilhosense da
freguesia de Fajão-Vidual, no coração
do Alto Ceira, e participar neste dia
de festa, disseram presente cerca
de 170 covanquenses e amigos,
motivados também pelo convívio e
reencontro com familiares e amigos.
O encontro estava marcado para
as 12:30 horas, com um buffet de
entradas e aperitivos servidos
num salão amplo, bem decorado
e renovado. No almoço que se
seguiu, pudemos ver a presidir
à mesa de honra o Presidente da
Assembleia Geral da coletividade
em festa, Alfredo Luís, ladeado
Gralhas, Porto da Balsa, Vale Serrão
e Sobral de Baixo.
Após o almoço foi apresentada pelo
presidente Alfredo Luís mensagem
de boas vindas, agradeceu a presença
de todos, em especial às entidades e
coletividades ali representadas.
De seguida, em nome da
coletividade anfitriã, dirigiu-se a
todos os presentes a presidente da
direção, Sónia Luís, que iniciou
a sua intervenção com vários
agradecimentos, nomeadamente
à imprensa regional, casa
concelhia, Liga de Fajão e a todas
as coletividades ali representadas.
Mostrou-se orgulhosa e feliz por ver a
sala cheia, o que era sinal inequívoco
do amor que muitas pessoas t~em
pela sua terra. Informou que na
próxima assembleia geral a realizar
dia 26 de março, irá haver lugar á
eleição de novos corpos gerentes,
apelando para que apresentem listas.
Disse estar naquela função para
ajudar a Covanca porque a aldeia
por vice presidente da Casa do
Concelho de Pampilhosa da Serra
e esposa, por Eugénio Costa em
representação da Confederação
Portuguesa das Coletividades
de Cultura Recreio e Desporto
(CPCCRD), Sónia Luís, presidente
da direção, Carlos Simões, diretor
do Jornal Serras da Pampilhosa,
António Lopes Machado diretor
do jornal “A Comarca de Arganil”,
Isaura Fernandes pela Liga de Fajão,
e pelos elementos da direção da
SUPC, Marco Luís, José Simões,
João Francisco, Cátia Francisco,
Paula Camba e Ricardo Cunha do
conselho fiscal.
Para além das entidades
atrás referidas, foram várias as
coletividades congéneres que se
fizeram representar, nomeadamente
das aldeias de Vale Derradeiro,
Camba, Castanheira da Serra,
Ceiroco, Ponte de Fajão, Fajão,
merece, destacando e agradecendo
a presença da delegação que veio de
Covanca com 10 elementos e a todos
os ajudaram na organização e que
ofereceram prendas para o leilão que
se iria seguir.
Após esta intervenção a presidente
chamou para junto da mesa de
honra os associados fundadores para
receberem uma salva e Diploma
alusivo, sendo assim reconhecidos
publicamente pela sua entrega à
coletividade e ao engrandecimento
da sua aldeia. Os associados
chamados por ordem alfabética
foram: Belmiro Francisco, César
Francisco Pereira Simão, José Pereira
Simões, José Marques João, Manuel
Francisco de Jesus, Maria do Céu
Paulo Francisco de Jesus, Maria de
Lurdes Pereira Brás e Natália Pereira
Simão, tendo todos sido fortemente
ovacionados.
Como sinal de reconhecimento
o esforço dedicado à coletividade,
prescindindo de parte do seu
tempo e da sua vida, ato de deve ser
reconhecido por todos, assim como
o apoio dos seus colegas de direção.
A terminar incentivou a direção
a continuar e salientou o facto de
ali estarem 170 pessoas, o que na
sua opinião era um grande sinal de
vitalidade. Pediu apoio para a Sónia
e união de todos, porque essa união é
importante em aldeias tão pequenas.
Pela
Confederação
de
Coletividades, Eugénio Costa deixou
os agradecimentos e parabéns
em nome da instituição. Para os
homenageados deixou mensagem
de elogio e reconhecimento, assim
como um forte incentivo à direção.
Pela Casa do Concelho de
Pampilhosa da Serra, o seu vice
presidente António Barata Lopes,
saudou a SUPC e desejou os
parabéns e os maiores sucessos.
Agradeceu o convite á sua instituição
e colocou-a ao dispor para apoio.
Disse que a Casa está em ano de
comemorar os seus 75 anos, tendo
vários eventos previstos, desde logo
o torneio de futsal inter-coletividades
que se vai realizar em abril e maio.
Convidou todos a participar nestas
comemorações. Manifestou o seu
voto de louvor a Armindo Antunes
que nos deixou um exemplo de valor
e de trabalho, especialmente no
jornal Serras da Pampilhosa, sendo
agora substituído por Carlos Simões
a quem desejou o maior sucesso.
Disponibilizou ainda o grupo
etnográfico da Casa concelhia, quer
seja o rancho folclórico, quer seja o
grupo de concertinas Os Serranitos
ou o grupo de Bombos. Encerrou
com um Viva à Pampilhosa da Serra.
Sandra Gonçalves pediu a palavra
para, em nome dos jovens de
Covanca, enaltecer o trabalho da
direção e as suas realizações durante
o mandato, em especial á presidente
Sónia, que foi surpreendida naquele
momento com a entrada do seu
Bolo de Aniversário na sala, com
todos a cantar os parabéns pelos
seu aniversário completado no dia
anterior.
Também José Simões, interveio em
nome dos sócios fundadores para dar
os parabéns à direção pelo trabalho
realizado, e dar um agradecimento
especial à delegação que veio da
aldeia.
A encerrar este período de
discursos interveio o presidente da
assembleia geral Alfredo Luís, que
se desdobrou em agradecimentos
pelas mensagens ali deixadas pelos
oradores anteriores. Destacou o
trabalho dos associados fundadores
e todos os que foram distinguidos.
Agradeceu a presença de Lopes
Machado do jornal “A Comarca
de Arganil”, e também prestou
a sua homenagem a Armindo
Antunes, diretor do jornal “Serras da
Pampilhosa” que faleceu deixando a
marca de um homem sempre pronto
para ajudar, desejando que esteja a
descansar em paz. Para o novo diretor
Carlos Simões teve palavras de
incentivo e de reconhecimento das
suas qualidades. Também elogiou
Isaura Fernandes a quem classificou
de “Professora do Regionalismo” e
alguém que nunca vira a cara à luta.
Prosseguiu a sua intervenção para
apelar à presença dos associados
na próxima assembleia geral, onde
as eleições são importantes para a
continuidade da coletividade. Disse
que todos têm direitos e deveres, pelo
que devem participar e apresentar
listas. “A Covanca merece o melhor
e, por ela, temos que dar tudo” , disse
Alfredo Luís a encerrar.
Pela voz de José Gonçalves,
realizou-se um grande leilão de
excelentes ofertas, onde estavam
iguarias vindas de Covanca. Foram
angariados preciosos fundos para
fazer face aos melhoramentos na
aldeia, alcançando-se preciosa
quantia.
Logo de seguida entrou no
salão o Grupo de Concertinas “Os
Serranitos”, da Casa do concelho,
que brindaram os presentes
com extraordinária atuação,
proporcionando animado baile à
moda da nossa terra.
No final da tarde chegou o
momento de cantar os parabéns
e apagar as velas dos 48 anos da
coletividade, e partir um delicioso
bolo, selado com um brinde e desejos
de muitos anos de atividade e sucesso.
Carlos Simões
Carlos Simões
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
aos associados mais antigos a
coletividade decidiu pela primeira
vez atribuir emblemas e diplomas
aos associados com mais de 25 anos,
tendo sido nesta comemoração
agraciados os 30 associados mais
antigos.
Seguidamente usou da palavra
Isaura Fernandes, em representação
da Liga de Fajão, que após os
cumprimentos aos membros da
mesa lembrou a perda de Armindo
Antunes que ali esteve no ano anterior
com a sua esposa. Deu os parabéns à
coletividade pelo aniversário e pela
sala cheia de amigos, enalteceu a
coragem e capacidade de trabalho
de Sónia Luís, esperando que ela
continue à liderar a direção no
próximo mandato. Lembrou ainda
o grande regionalista Herculano
Paulo para quem pediu uma salva
de palmas. Terminou anunciando
o almoço de aniversário do Grupo
Unidos e Progresso de Gralhas, no dia
3 de abril, na Universidade Lusófona,
e uma realização de sucesso do
regionalismo, convidando todos
para o 11º Encontro Convívio das
Coletividades Fajaenses e Amigas,
que se realizará em Fajão, no dia 12
de junho, um Domingo em fim-desemana grande. Disse ainda ser
intenção de algumas coletividades
realizar um almoço de homenagem
a Carlos simões no dia 29 de maio,
em Lisboa.
Várias
coletividades
ali
representadas quiseram também
associar-se à festa e transmitir
de viva voz o apoio à congénere
aniversariante. Assim, todos
salientaram a notável história e obra
realizada pela SUPC desde a sua
fundação e deixaram mensagens
de incentivo e apoio. Intervieram
Arménio Ramos por Ponte de Fajão,
António Almeida por Ceiroco, João
Pedro por Castanheira da Serra, Luís
Barata pela coletividade de Camba
que deixou mensagem de incentivo
à presidente Sónia e apresentou os
cumprimentos de Vale Derradeiro
e José Adrião por Porto da Balsa,
e tendo este ultimo evocado os
grandes melhoramentos em Covanca
e os grandes leilões que traduziam
a grande união existente. Em Porto
da Balsa disse estar a ser recuperada
a velha escola, pedindo o apoio
de todos para fazer face á avultada
despesa. Convidou para o almoço
da sua aldeia a realizar dia 8 de maio,
também na Universidade Lusófona.
Marco Almeida, na qualidade
de
associado
apresentou
os
cumprimentos
dos
valederradeirenses.
Salientou
também a coragem da presidente e
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
7
ActualidadeOpinião
Actualidade FOZ DO RIBEIRO COMEMORA O 37º ANIVERSÁRIO
F
oi no passado dia 13 de
Março, que a Comissão de
Melhoramentos da Foz do
Ribeiro, levou a cabo as comemorações
do seu trigésimo sétimo aniversário.
O palco escolhido foi as instalações
da Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra em Lisboa, e num dia
ensolarado de inverno teve então lugar
mais um simpático evento, este bem
no coração de Lisboa. Contando com
perto de 80 convivas que com muita
simpatia e alegria foram chegando,
e desde logo trazendo consigo boas
memórias e outras tantas histórias
que aqui e ali se iam ouvindo, e quase
sempre acompanhadas de umas fortes
gargalhadas.
Cerca das 13h e após a chegada da
Presidente da Junta de Freguesia do
Cabril, Eng. Anabela Martins, teve
então início o almoço que consistiu num
saborosíssimo cozido à portuguesa.
A Mesa de Honra era constituída
pela já referida Presidente da Junta
de Freguesia de Cabril, Eng. Anabela
Martins e sua filha Daniela, Presidente
da Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra Sr. José Ferreira, Presidente
da Direcção da Colectividade em
festa, Sr. Henrique Nunes, da RDP Sr.
Jaime Carvalho, Luís Martins esposo
da Presidente da Junta de Freguesia
do Cabril e ainda alguns membros
directivos da colectividade em festa.
Logo após o almoço foram todos
presenteados com o novo vídeo de
promoção ao Concelho de Pampilhosa
da Serra, que amiúde conquistou todos
na sala, até porque nele participam
várias pessoas da Freguesia do Cabril
e um natural da Foz do Ribeiro (o
que deixou a todos orgulhosos), refiro-
me ao Sr. António Gaspar (durante
muitos anos fisioterapeuta da Selecção
Nacional de Futebol).
Após esse bonito momento foi
então tempo para se ouvirem algumas
palavras, e para o efeito começou o
Presidente da Direcção Sr. Henrique
Barata Nunes, que iniciou por
cumprimentar e agradecer a todos a sua
presença, em especial a da Presidente
da Junta de Freguesia de Cabril e do
Presidente da Casa do Concelho de
Pampilhosa da Serra. Continuou para
dizer que a direcção tinha recebido
resposta ao convite endereçado ao
Exmo. Sr. Presidente da Câmara, Sr.
José Brito, nele era transmitido que
por afazeres anteriormente assumidos
não lhe era possível estar presente,
enviando contudo sinceros votos de
que as comemorações de mais um
aniversário corressem bem e assim
associando-se às mesmas. Juntamente
enviou também carta para informar a
direcção de dois dos principais eventos
que vão ter lugar em Pampilhosa da
Serra, referindo-se ao festival de
gastronomia e festas do Concelho, que
irão ocorrer entre os dias 12 a 15 de
Agosto, e o já muito famoso Festival
Sunset SEASIDE que irá ocorrer nos
dias 19 a 20 de Agosto, e para o qual
convidava e desafiava todos a estarem
presentes.
Em seguida o Sr. Presidente da
Direcção, disse que considerava por
demais importante evocar a memória
dos que já partiram, e para tal pediu que
fosse por todos respeitado um minuto
de silêncio.
Após esse emotivo momento,
informou que logo em seguida se iria
realizar o leilão, e que também iria ter
WALKING WEEKEND
O
primeiro Festival de Caminhadas chega a Pampilhosa
da Serra nos dias 22, 23 e
24 de abril e traz três dias de muita
animação com percursos pedestres
temáticos, música, workshops, gastronomia serrana e a certeza de encon-
8
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
trar uma ruralidade de excelência.
Percursos pedestres temáticos – “
Flora e Fauna na aldeia de xisto de
Fajão”, a “Rota Villa Pampilhosa” e a
grande novidade “Walking dead na
aldeia de Pessegueiro” - Workshops/
Sessões de Esclarecimento sobre
Turismo de Natureza e
Rural, Primeiros Socorros, Nutricionismo e
Construção de Bastões de
Caminhada e Degustação
de Gastronomia Serrana,
são apenas algumas, entre
muitas outras maravilhas
que poderá desfrutar ao
longo deste festival.
Marque já na sua agenda e esteja atento ao site
– www.cm-pampilhosadaserra.pt – e ao facebook
- www.facebook.com/
camaramunicipaldapampilhosadaserra - do Município onde, será lançado
brevemente o programa
completo e os procedimentos para as inscrições.
Não percam esta oportunidade.
lugar a Assembleia Geral Ordinária
onde era intenção que se aprovasse
o Relatório e Contas. Assinalou que
os Corpos Gerentes já eleitos em
Dezembro iriam então tomar posse
nesse mesmo momento.
Terminou a sua intervenção dizendo
que a força da comissão é a força
dos seus associados e uma vez mais
agradeceu a presença e apoio de todos.
Foi então a vez de intervir o Presidente
da Casa do Concelho de Pampilhosa da
Serra, Sr. José Ferreira. Também iniciou
a sua intervenção cumprimentando
todos e agradecendo o convite de que
a Casa do Concelho tinha sido alvo.
Continuou para saudar todos por mais
um aniversário, congratulando-se por
os directores da colectividade em festa
terem decidido fazê-lo nas instalações
da Casa Concelhia, algo que para ele
era motivo para redobrada satisfação.
Salientou que no corrente ano a Casa
do Concelho de Pampilhosa da Serra
festejava os seus 75 anos, e referiu um
pouco da sua história, nomeadamente
que tinha sido fundada em 1941,
numas instalações no Intendente,
tendo mais tarde sido mudada para
a Rua da Fé, e que finalmente nos
últimos anos se tinha fixado nas actuais
instalações. Foi com visível orgulho
que falou no importantíssimo trabalho
dos que lhe antecederam, quando
com visão e muito esforço lutaram
para que as actuais instalações fossem
propriedade própria, evitando assim
que ocorressem preocupações de
desmedidos aumentos de rendas que
a ocorrerem obrigariam a nova procura
de instalações e dando o exemplo de
tantas colectividades por esse nosso
país que se vêem a braços com essse
mesmo problema.
Falou que é com enorme prazer
que as referidas instalações estão à
disposição de todos para que aí realizem
os seus eventos, e a terminar informou
todos os presentes que no próximo
domingo, dia 20, se irá realizar o almoço
de aniversário do Rancho Folclórico da
Casa do Concelho e que o Almoço da
Casa do Concelho se irá realizar no
dia 5 de Junho. Desde logo convidou
todos a estarem presentes, deixou os
seus votos para que a colectividade em
festa e seus directores continuem as
suas actividades e com isso ajudem a
desenvolver o “nosso” Concelho.
Por último foi a vez de usar a palavra
a Presidente da Junta de Freguesia
de Cabril, Eng. Anabela Martins.
A Presidente da Junta iniciou o seu
discurso para cumprimentar todos
e comentar as imagens que tinham
sido projectadas momentos antes,
das festas de Foz do Ribeiro que
ocorrerão no segundo fim de semana
de Julho. E como não podia deixar de
ser desde logo convidou a todos para
estarem presentes nas mesmas.
A terminar agradeceu ao associado
sr. Pedro a ajuda que presta à Junta
com a sua colaboração, inclusive na
participação e troca de ideias sempre
com o objectivo de melhorar a
salientado que a Freguesia do Cabril
tinha uma contribuição bem vincada
nas mesmas, quer com figuras públicas
e bem conhecidas da Freguesia do
Cabril, quer com algumas magníficas
paisagens. Referiu que todos
contribuímos e somos importantes
para a promoção do Concelho de
Pampilhosa da Serra, convidando
todos a visitarem o Concelho.
Continuou para dizer que já
tinha falado com os dirigentes da
colectividade e agendado algumas
acções que eram necessárias em Foz
do Ribeiro. Mostrou disponibilidade
particular e como responsável da
Junta de Freguesia para falar com os
mordomos e assim ajudar na realização
Freguesia do Cabril.
Teve então lugar o animado e
participado leilão que foi efectuado
pelo sr. Américo, e no final deste houve
ainda lugar ao sorteio de prémios,
cujos felizes contempladas foram D.
Fernanda (1ª prémio) e D. Teresa (2º
prémio).
Quanto a mim, agradeço a forma
simpática como fui recebido e deixo
desde já votos para continuação de
bom trabalho à digna direcção da
Comissão de Melhoramentos da Foz
do Ribeiro.
1º EDIÇÃO TOUR OF PORTUGAL
R
ealizou-se na passada semana
em Pampilhosa da Serra, dias
4,5 e 6 de março, a 1º Edição
Tour of Portugal. Um evento promovido pelo Portugal Offroad com o
apoio do Município de Pampilhosa
da Serra, que contou com a presença
de cinquenta participantes de nacionalidade inglesa.
Tratou-se de uma prova de navegação com a duração de três dias, onde
os participantes tiveram a oportunidade de percorrer os principais cami-
Regionalismo
nhos rurais deste Concelho, ao longo
de cerca de 400 km de terra batida.
Esta prova contou com a participação de vários pilotos internacionais
entre os quais Mário Patrão, vencedor
da classe maratona no último dakar,
Bruno Martins, campeão nacional de
UTV e a inglesa Patsi Quick participante finalista em 12 Dakares .
Ao longo deste evento os participante ficaram alojados no Villa
Pampilhosa Hotel e tiveram ainda a
oportunidade de saborear algumas
Manuel de Almeida
das iguarias de excelência que este
concelho tem para oferecer.
A cerimónia de encerramento e
entrega de prémios das diversas categorias contou com a presença do
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José
Brito.
A organização faz um balanço
muito positivo desta 1º edição Tour
of Portugal, ficando patente a vontade
de dar continuidade à mesma.
DIA DA INTERNET MAIS SEGURA
A
abordagem dos temas da
internet mais segura e da
segurança digital culminou
em Pampilhosa da Serra no dia 14
de março.
Na sequência do repto lançado pela
Direção-Geral da Educação, responsável nacional pela comemoração
do “Dia da Internet Mais Segura”, o
Município de Pampilhosa da Serra
aderiu à iniciativa através da dinamização de várias atividades.
Com o objetivo de sensibilizar para
questões relacionadas com a Segurança Digital, foram promovidas nos
dias 24 e 25 de fevereiro várias atividades junto das crianças do 1º CEB
do Centro Educativo de Dornelas
do Zêzere e das crianças e jovens do
ATL/COJ da Cáritas Diocesana de
Coimbra, em Pampilhosa da Serra.
Na semana de 29 de fevereiro a 4
de março, a comunidade sénior que
frequenta as aulas de Informática nas
Freguesias, trabalhou o tema da Segurança na Internet, tendo a oportunidade de refletir sobre um assunto
cada vez mais pertinente na sociedade
atual.
A adesão do Município a esta iniciativa teve também uma sessão dirigida às crianças do 1º CEB da Escola
Básica e Secundária Escalada, Pampilhosa da Serra, no âmbito
das Atividades de Enriquecimento Curricular.
9
Entrevista
SÓNIA LUIS,
PRESIDENTE DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DE COVANCA
«O nosso principal objetivo foi centrado na união da aldeia que infelizmente se foi
perdendo ao logo dos tempos. É um objetivo que não está cumprido, embora possa
dizer que hoje está melhor do que esteve antes de abraçarmos este projeto»
Entrevista
«Pensamos que seria uma mais-valia para todo o concelho um autocarro a
percorrer a serra e levar as pessoas junto dos serviços»
HISTORIAL DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DA COVANCA
Sónia Luís pertence a um grupo cada vez mais numeroso de mulheres dirigentes no movimento associativo pampilhosense, mostrando nesta
entrevista ser uma acérrima defensora do desenvolvimento da aldeia de onde é oriunda. Para a nossa entrevistada a melhoria da qualidade de vida
da população de Covanca é uma luta à qual se entrega de corpo e alma, colocando os objetivos da sua direção no mesmo plano da sua vida pessoal.
Sónia Luís demonstra ser uma “mulher de armas” que conduz com mão firme a sua equipa por forma atingir os objetivos a que se propõe,
trabalhando com orgulho, faz da União o seu principal lema.
Carlos Simões
Serras da Pampilhosa – Como
caracteriza o grupo que hoje
dirige os destinos da Sociedade
União e Progresso de Covanca
(SUPC)? Teve dificuldades para
encontrar elementos para formar
este grupo?
Sónia Luís – É um grupo
magnifico foram pessoas que
se disponibilizaram desde do
primeiro dia e que teve como
principal objetivo não deixar cair
o que foi criado pelas gerações
que nos antecederam e que
fundaram a SUPC, bem como
a manutenção das tradições que
vêm de gerações em gerações e
que consideramos como padrões
fundamentais para a formação
cultural e cívica dos nossos
filhos. Quanto às dificuldades, há
sempre resistências iniciais em
assumir um compromisso efetivo.
Todos nós temos as nossas vidas
profissionais e pouco tempo
para as nossas famílias, mas o
amor pela nossa aldeia e o apoio
da nossa família direta, sem o
qual não seria possível assumir
uma dedicação tão efetiva, acaba
por deixar que tudo se consiga
conjugar.
Serras da Pampilhosa – Em
que estado é que atual Direção da
SUPC encontrou a associação?
Sónia Luís – Infelizmente
esta Direção encontrou a SUPC
apenas com uma comissão de
gestão. Sabemos que é muito
difícil para uma Direção
chegar ao fim do seu mandato
e não existirem novas listas de
candidatura. A produtividade,
quando estamos à frente duma
direção durante anos e anos,
muitas das vezes sem sentir o
retorno do esforço, acaba por ser
desmotivante e é imperativo que
se pare um pouco e entrem novas
10
ideias e novas motivações, para
que a aldeia possa beneficiar das
valências de todos nós e de tudo
o que temos para dar.
Serras da Pampilhosa – Que
realizações têm sido levadas
a cabo pela associação? Que
balanço faz da gestão efetuada
pela vossa equipa diretiva?
Sónia Luís – Fizemos tudo
o que podíamos ter feito nesta
fase, fomos eleitos em setembro
de 2014, ou seja, tivemos
2015 em pleno. Realizámos o
almoço comemorativo do 47.º
aniversário que foi um êxito,
estiveram presentes cerca de 160
pessoas. Fizemos um convívio
em Covanca, na Páscoa, que
foi igualmente um êxito e onde
estiveram presentes associados,
familiares e amigos de outras
aldeias vizinhas. Realizámos
a nossa festa anual de Agosto
em Covanca. A realização desta
festa foi um orgulho para todos
os covanquenses. Recebemos
artistas de renome nacional
e fomos falados positivamente
em todo o concelho. Eu, como
presidente da Direção, nunca
senti a Covanca tão unida e feliz.
As famílias estavam juntas, todas
as casas tinham pessoas. Foi
uma grande alegria para todos
os covanqueses. O balanço só
pode ser positivo, o lema da
nossa aldeia é a união e isso foi
conseguido.
Serras da Pampilhosa
– Quantos associados tem
a comissão atualmente? A
cobrança de quotas é eficaz ou
essa não é uma prioridade?
Sónia Luís – Atualmente temos
254 associados. A cobrança de
quotas por vezes não é eficaz,
porque não existem contactos
dos associados atualizados e não
temos como os contactar para
receber as mesmas. É um aspeto
a melhorar e sobre o qual vamos
fazer incidir os nossos esforços.
A SUPC, como qualquer
organização sem fins lucrativos
sobrevive de ajudas, donativos e
quotizações. E por esse motivo
será uma das nossas prioridades
conseguir efetuar cobranças
eficazmente.
Serras da Pampilhosa – As
instalações da SUPC na aldeia
têm conhecido vida própria e de
forma regular?
Sónia Luís – Neste momento
o bar da Casa de Convívio em
Covanca abre diariamente para
os habitantes e quem nos visita
poderá tomar uma bebida,
almoçar ou jantar, sendo uma
mais-valia para a nossa aldeia.
Temos também um apartamento
na nossa Casa do Convívio pronta
a albergar quem nos visita.
Serras da Pampilhosa – Têm
página na internet? Quando
surgiu? Considera importante
para a associação?
Sónia Luís – Sim temos uma
página no Facebook. Esta surgiu
há alguns anos atrás criada como
uma página pessoal através de
um nosso associado. Em 2014
existiu a necessidade de criar
uma página oficial da SUPC. Esta
página é muito importante. Tem
sido fundamental na divulgação
da nossa atividade, tem amizades
por quase todo o mundo, onde
as pessoas ficam deslumbradas
pelas nossas paisagens, cultura
e tradições. Podem ainda ver
muitas fotografias, ficam a saber
as atividades a decorrer, os
eventos e as notícias da nossa
aldeia.
Serras da Pampilhosa – Que
projetos tencionam realizar num
futuro a curto e médio prazo?
Sónia Luís – Quando iniciámos
o nosso mandato apresentámos
um plano de trabalho para dois
mandatos, ou seja, para quatro
anos. As próximas eleições serão
em Março. Se continuarmos,
certamente que seguiremos o
plano de trabalho apresentado,
como reabilitar a escola primária
de forma existir um local onde
as pessoas poderão pernoitar
e aproveitar as nossas belas
paisagens, e reconstruir o nosso
poço do calço, onde todos
poderão aproveitar o nosso
PERFIL
SÓNIA MARINA PEREIRA
LUÍS, nasceu a 5 de março
de 1976 em Lisboa, sendo
filha de Alfredo Luiz (natural
de Covanca) e de Teresa de
Jesus Pereira Luís (natural de
Covanca). É casada e mãe de
dois filhos. Possui um Mestrado
em Serviço Social e trabalha
na Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias.
maravilhoso rio. Existem muitos
projetos para realizar, mas estão
condicionadas às verbas/apoios
que poderemos receber.
Serras da Pampilhosa – Têm
recebido algum apoio com vista
à realização dos vossos projetos?
Sónia Luís – Sim, por parte da
Junta de Freguesia Fajão-Vidual,
Câmara Municipal de Pampilhosa
da Serra e de algumas empresas
como a Delta Cafés, Seaside,
Dyrup, sem nunca esquecer dos
nossos associados e amigos, pois
sem a sua colaboração nada seria
possível.
Serras da Pampilhosa –
Têm parcerias com outras
instituições?
Sónia Luís – Sim temos,
com a Casa de Concelho da
Pampilhosa da Serra, em Lisboa,
e a Confederação Portuguesa
das Coletividades de Cultura,
Recreio e Desporto
Serras da Pampilhosa – Quais
têm sido as maiores dificuldades
sentidas pela SUPC?
Sónia Luís – As maiores
dificuldades
sentidas
a
nível
socioeconómico
e
CORPOS SOCIAIS DA SOCIEDADE UNIÃO E
PROGRESSO DA COVANCA
Assembleia - Geral
Presidente: Alfredo Luiz
Vice – Presidente: Carlos Simões
Secretário: Paula Nunes
dependente do poder local
são fundamentalmente as
acessibilidades da população
aos serviços públicos. A maioria
dos residentes em Covanca não
tem veículo próprio de forma a
deslocar-se ao médico, finanças,
segurança social, correios,
farmácia e outros. Sendo a
maioria das pessoas reformadas
e com reformas baixas, elas por
vezes não têm meios financeiros
para o fazer. Por outro lado, estão
dependentes da “boa vontade” a
troco de algum valor. Covanca é
a última aldeia do concelho de
Pampilhosa da Serra, mas é uma
das aldeias com mais população.
Pensamos que seria uma maisvalia para todo o concelho um
autocarro a percorrer a serra
e levar as pessoas junto dos
serviços mencionados. A nível
exclusivamente local, as nossas
dificuldades centram-se na união
da aldeia. É difícil agradar a toda a
gente. O nosso principal objetivo
foi centrado na união da aldeia
que infelizmente se foi perdendo
ao logo dos tempos. É um
objetivo que não está cumprido,
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
Direção
Presidente: Sónia Luís
Vice-Presidente: Marco Luís
Tesoureiro: João Francisco
2.º Secretário: Paula Camba
embora possa dizer que hoje está
melhor do que esteve antes de
abraçarmos este projeto.
Serras da Pampilhosa – E
quais são as vossas prioridades
para o futuro?
Sónia Luís – As nossas
prioridades são sempre as
pessoas. O bem-estar de quem
vive na aldeia e a criação de
condições para que as novas
gerações não esqueçam as
suas raízes. Assumimos como
lema o bem-estar de todos os
covanquenses, não deixando cair
no esquecimento todo o trabalho
realizado pelas anteriores
direções, bem como as tradições
e valores que nos foram incutidas
pelos nossos avós e pais. E
são estes valores e tradições
que temos que transmitir aos
nossos filhos, de forma a darem
continuidade do nosso trabalho.
Serras da Pampilhosa –
Em que medida considera
a ação das associações
regionalistas importante para
o desenvolvimento da região?
Como antevê o futuro do
regionalismo?
Sónia Luís – Todas as associações regionalistas têm um papel
fundamental para o desenvolvimento regional, porque são estas
associações que estão próximas
dos seus habitantes das suas
aldeias, são elas que sabem quais
são as suas necessidades. E como
todos sabemos, estas associações
juntas têm poder junto das autarquias locais. O nosso trabalho é
de continuidade: a transmissão
de tradições e valores às novas
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
1.º Vogal: José Pereira Simões
2.º Vogal: Cátia Francisco
Delegado da Direção em Covanca
José Gonçalves
Conselho Fiscal
Presidente: Ricardo Cunha
Secretário: Fernando Silva
Relator: Ana Rita Luís
gerações, para que um dia sejam
elas orgulhosamente a prosseguir o nosso caminho. Eu estou
a seguir um caminho que o meu
pai já fez, mas não sou a primeira
nem a única. Muitos outros o
fizeram antes de mim e espero
que muitos outros o venham a
fazer depois. Para além disso, as
associações cada vez mais têm
como competências a proximidade ao povo, deixando o alerta
para o que são as responsabilidades das autarquias locais.
Serras da Pampilhosa – Em
que medida a Casa do Concelho
de Pampilhosa da Serra poderia
ajudar a SUPC?
Sónia Luís – A Casa de Concelho de Pampilhosa da Serra
tem sido uma mais-valia para
todas as associações do concelho, quer a nível de atividades
lúdicas, quer como publicações regionais e mesmo como
ajuda administrativa. Em minha
opinião, seria muito útil que a
Casa de Concelho de Pampilhosa da Serra proporcionasse
uma reunião mensal em Lisboa
com um representante da Câmara Municipal da Pampilhosa da
Serra e/ou da junta de freguesia
e com as associações, de forma
a auscultar as suas necessidades.
E porquê em Lisboa? Porque é
onde reside a maior parte dos
dirigentes associativos, tornando
estas reuniões mais frequentadas
e consequentemente dinamizadoras e produtivas a nível global
para todo o concelho de Pampilhosa da Serra, trocando sinergias
e aprendizagem.
1968 Fundação da colectividade
1970 Concedido Alvará pelo Governo
Civil de Lisboa
Aprovação dos Estatutos
Escritura de constituição
1971 Abertura de estrada para a Covanca
Construção e arranjo do arruamento
principal
1972 Inicio dos pedidos e contactos
oficiais com a Companhia Eléctrica das
Beiras e com a Câmara Municipal de
Pampilhosa da Serra, para instalação da
Rede de Electricidade em Covanca.
Inicio do estudo, e contactos com as
autarquias para construção dos arruamentos de Covanca.
1973 Beneficiação da Rede de Abastecimento de Água.
1976 Pedido à Câmara Municipal a
construção da estrada Barragem do Alto
Ceira –Malhada Chã.
Inicio da instalação da Rede Eléctrica de
Alta Tensão.
1977 Inauguração da Rede de Electricidade em Covanca.
Abertura do concurso para construção
dos arruamentos em Covanca.
1978-79 Construção da estrada Covanca – Vilar.
Efectuado novo pedido para construção
da estrada da Barragem do Alto Ceira a
Covanca.
Construção de arruamentos e Adro da
Capela.
1980 Melhoramentos na Rede de Abastecimento Público de Água.
Inicio das diligências para a construção
de um Cemitério.
Inicio do estudo e formalização do pedido à Câmara Municipal, para a construção da Ponte da Cascalheira (acesso ao
concelho de Arganil).
1981 Inicio do estudo para calcetamento das ruas.
Efectuado um peditório pela população para a construção de uma Casa de
Convívio.
1982 Aprovado em Assembleia Geral a
alteração dos estatutos.
1983 Aprovada a criação da Secção
Desportiva.
Pedido orçamento para calcetamento
das ruas da aldeia.
1986 Abertura do concurso para construção da Casa de Convívio.
1987-90 Construção e Inauguração da
Casa de Convívio de Covanca, com Bar,
Salão de Festas, Posto Médico, Sala da
Direcção, residência da professora, sala
de reuniões e sala de jogos.
1991 Melhoramentos nos arruamentos
e na Poça Longa.
1992 Criação da Secção Desportiva e
Cultural.
1993-95 Construção de novo reservatório de água e reforço da captação.
1996 Pedido de alcatroamento da estrada da Barragem – Covanca.
Efectuada terraplanagem do terreno
para o Recinto Polidesportivo.
Melhoramento de caminhos e arruamentos.
1997 Construção de furos de captação
de água para rede pública.
Construção do Cemitério de Covanca.
1998 Apresentação de projecto do Polidesportivo.
Construção de nova Capela.
1999 1º Lugar no Torneio Inter Aldeias
em futebol de 5.
Pedido á Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, diligências no sentido de
se realizarem consultas por um Médico
em Covanca.
A Câmara Municipal entregou à colectividade o edifício da antiga escola primária.
Inauguração do alcatroamento das estradas de acesso a Covanca e região do Alto
Ceira.
Apresentação de um projecto para uma
pousada, “Casa Abrigo” , no edifício da
antiga escola.
2000 1º lugar no torneio Inter Aldeias
em futebol de 11.
2º lugar no torneio Inter Aldeias em
futebol de 5 (veteranos).
Levantamento topográfico do local do
Recinto Polidesportivo.
Participação no arranjo da zona de
pic-nic na Barragem do Alto Ceira.
Entrega da exploração da rede de abastecimento público de água à Câmara
Municipal de Pampilhosa da Serra.
Melhoramentos no Campo de Futebol
do Cabeço do Vilar.
2001 Assinatura da escritura do terreno
do Recinto Polidesportivo.
Melhoramentos e aquisição de equipamentos de hotelaria e outros para a Casa
de Convívio.
Abertura de novos caminhos para
propriedades e para o Rio Ceira.
Criação de uma página na Internet.
2002 Reconstrução do reservatório de
água da rede pública e reforço da captação.
Construção e melhoramento de caminhos e escadarias na aldeia de Covanca.
Alargamento da estrada e pontão junto
à Barroca.
Nova terraplanagem do terreno do
Recinto Polidesportivo.
Reconstrução de três pontões.
Construção da Ponte do Chão da Obra.
2003 Apresentação e aprovação em AG
do projeto da “Casa das Azinheiras” para
turismo rural.
Acção de alfabetização de idosos em
Covanca.
2004 Apresentação do projeto do
Recinto polidesportivo
Aprovação de novos estatutos
Colaboração com a Câmara Municipal
na construção do Saneamento Básico
e ETAR
Colaboração com a Câmara Municipal
na construção da Rede de Abastecimento de águas
2005 Aprovação do Regulamento
Interno
Instalação e funcionamento de Posto
Médico com visita periódica de médico
Inauguração do Recinto polidesportivo
e Recinto de festas
Entrega da candidatura a declaração de
Instituição de Utilidade pública
2006 Recuperação de infraestruturas
danificadas pelas cheias
2007 Construção de casas de banho no
Recinto de festas
2008 Início do processo de remoção
de ruínas de casas velhas no centro da
aldeia
2009 SUPC declarada Instituição de
Utilidade Pública;
Início da remoção das ruínas no centro
da aldeia para construção de zona de
lazer
Acolhimento do 4.º Encontro Convívio
das Coletividades Fajaenses e Amigas
2010 Construção da Piscina de Covanca
2011 Conclusão das obras da Piscina,
Balneários e áreas circundantes;
Entrada em funcionamento da Internet
Wireless em Covanca
2012 Conclusão do largo de Santa
Barbara no centro da aldeia;
Conclusão do Heliporto do Alto Ceira
Instalação de antena rede móvel Vodafone 3G
2014 Manutenção da Casa de Convívio
de Covanca e sua Reabertura
2015 Manutenção do Polidesportivo
Manutenção da “Casa da Professora”
Contactos:
Sede: Casa de Convívio de Covanca,
Rua António Paulo de Jesus, Covanca,
3320-079 Pampilhosa da Serra
Delegação: Rua das Escolas Gerais, 82
-1100 -220 Lisboa
Correio eletrónico: supcovanca1@
gmail.com/
Sítio na Internet: www.facebook.com/
supcovanca.
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PAMPILHOSA DA SERRA
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
N
os termos do Capitulo IV,
Secção II, alínea b), nº 2 do
artigo 22º, e nº 1 do artigo
23º do Compromisso da Santa Casa de
Misericórdia de Pampilhosa da Serra,
convoco a Assembleia-geral para reunião
ordinária a realizar no dia 05 do mês
de Abril, pelas 18h30m, na SALA DE
CONVÍVIO DA MISERICÓRDIA
(ERPI Lar – Sede), sita na Rua Rangel
de Lima, nº 104, com a seguinte:
ORDEM DE TRABALHOS
1. Tomar conhecimento da Ata
nº4/2015 da Assembleia-geral, sessão
ordinária de 30 de Novembro de 2015;
2. Apreciação, discussão e aprovação
do Relatório de Atividades e Contas do
Exercício do ano económico de dois
mil e quinze e Parecer do Órgão de
Fiscalização;
3. Atribuição do Titulo de Benemérito
da Irmandade da Misericórdia ao Irmão
Senhor Rui Manuel Almeida Cortês
Olivença, conforme estipulado no artigo
38º, nº 1 do Compromisso;
4. Ratificação da deliberação
da Assembleia-geral anterior, para
autorização da venda do artigo rústico
nº 12388;
5. Tratar de quaisquer outros assuntos
de interesse para a Instituição.
Se á hora marcada não estiverem
presentes mais de metade dos Associados
com direito a voto, a Assembleia-geral
funcionará, em segunda convocatória,
meia hora mais tarde com qualquer
número de sócios presentes.
Agradece-se a presença de todos os
Irmãos, não só para participarem nos
trabalhos da Assembleia, mas também
para que tomem conhecimento, quer da
evolução da instituição, bem como dos
seus atuais problemas.
Pampilhosa da Serra, 01 de março
de 2016
O Presidente da Assembleia Geral
João Manuel de Matos Ramos
11
RegionalismoOpinião
A PROPÓSITO DA PUBLICAÇÃO DO MEU ORÇAMENTO & PLANO/2016
PRÓXIMO LIVRO, O VALE DA TENTAÇÃO - UM PROJECTO DE CONTINUIDADE
J
á vai para muito tempo que mantenho
o hábito de registar tudo o que me
parece que pode vir a ter interesse
literário. Registo episódios que me
despertam a atenção, anedotas pouco
comuns, ou outras pequenas historietas
que em princípio não interessam a mais
ninguém.
Nos meus apontamentos constam
várias anedotas tradicionais que fui
ouvindo aos meus pais e avós, e sempre
tive um carinho especial por elas.
Também fui registando certas tradições e
ocorrências de outros tempos, sem saber
muito bem o que fazer com elas.
Por outro lado, recorrentemente ao
evocar certos episódios da minha infância
em Vale Serrão - como acontece às vezes
nas conversas entre amigos - fui ouvindo
a sugestão de escrever algo sobre isso.
Contudo, nunca levei esses comentários
a sério; a razão é simples, não tenho gosto
ou curiosidade por literatura de pendor
autobiográfico, nem entendo que o
meu caso particular possa ter qualquer
interesse para os leitores.
Numa outra vertente também sou um
estudioso dos vários tipos de cognição,
e dentro desses temas interesso-me
especialmente pela memória.
Em paralelo, e sem ter a intenção de
escrever já um romance como O Vale da
Tentação - mas sabendo que numa altura
qualquer o escreveria - fui ensaiando um
tipo de composição que pudesse simular
o processo de codificação e recuperação
de memórias praticado pelos contadores
de histórias tradicionais.
Então, mais ou menos há dois anos,
cruzei-me com um conto de origem
romena relacionado com a confecção de
papas de milho. A fim de não levantar
véus sobre o conteúdo do livro, não o
vou reproduzir agora! Refiro apenas que
entendi que o seu tema poderia servir
como o eixo em torno do qual giraria toda
a acção do romance.
Depois tratou-se de inventar as
personagens e os lugares da acção;
pretendi que fosse tudo ficcionado porque
sabia que quanto à verosimilhança na
caracterização dos ambientes, isso estava
eu em condições de garantir. Os leitores
mais atentos e conhecedores não deixarão
de reconhecer pequenas descrições e
episódios que evocam a nossa terra.
Sei que vou ser objecto de muitas
críticas, ou porque não fui exaustivo, ou
porque deturpei um episódio ou outro,
ou ainda porque exagerei este ou aquele
pormenor. Mas a literatura não é nem
Antropologia, nem História, e a liberdade
criativa tem de ser um imperativo
inegociável. Por outro lado, um romance
ou tem uma intenção de universalidade,
ou a sua qualidade está comprometida.
Sendo assim, o autor está sempre perante
a tarefa de partir de um mundo para
criar outro igualmente possível, mas de
natureza virtual.
O Vale da Tentação foi escrito numa
linguagem extremamente despojada, a
razão é a seguinte: O leitor tem de se
concentrar na reconstrução sequenciada
da narrativa, não lhe é dada a possibilidade
de adoptar uma atitude passiva.
Estou ciente que nem todas as
personagens serão do agrado geral,
algumas gerarão desconforto ou mesmo
repulsa. Mas não é essa a função da arte?
Gerar a perplexidade e a inquietação;
enfim aquele estado de alma que nos
faz olhar para as coisas por outras
perspectivas? Por outro lado, certamente
ninguém estaria interessado em ler
duzentas páginas plenas de previsibilidade
e rotina. Algum excesso as personagens
têm de ter, ou então não pertenceriam ao
reino da arte!
Nesta primeira nota devo referir que
tive muitos apoios para poder publicar
este trabalho, de entre eles destaco a
Câmara Municipal de Pampilhosa da
Serra que através da Exma. Senhora
Vereadora da Cultura Alexandra Tomé,
e do Exmo. Sr. Presidente José Brito.
Desde a primeira hora têm estado comigo
dando-me um apoio com o qual eu não
contava, mas que por isso mesmo tem
sido muito encorajador. Para eles o meu
incondicional bem haja.
O livro é, a exemplo do primeiro,
editado pelas Edições Parsifal e
distribuído pelo Clube do Autor. A partir
do dia 14 de Abril estará em todas as
livrarias, e aí começa realmente a sua vida.
Ora, para além de apoios institucionais,
tem de se dizer que não há autores sem
leitores. É por isso que desde já agradeço
a quem tiver a amabilidade de o ler que
me ajude na tarefa de o divulgar. A melhor
publicidade é a que vai da boca para o
ouvido, olhos nos olhos, e esse é o único
caminho que me interessa percorrer.
António Lopes
António Lopes, nasceu em 1964
na aldeia de Vale Serrão, concelho de
Pampilhosa da Serra,.
Em 1970, a sua família muda-se
para Lisboa. Após a licenciatura em
Filosofia pela Universidade Católica,
inicia uma carreira de docência.
Em 2003, a constante vontade de
aprender fá-lo regressar à universidade,
para estudar processos cognitivos e
as suas dinâmicas evolucionárias na
área dos valores. O resultado é um
mestrado em Filosofia Social e Política,
pela Universidade Nova de Lisboa.
Atualmente é professor de Filosofia
no ensino secundário. O livro “Como
se fosse a última vez “ foi a sua primeira
obra.
N
uma época em que o país se
continua a debater, sabe-se
lá até quando, com graves
problemas de natureza económica e
financeira que afectam as famílias e,
de modo sensível, a gestão do poder
local, designadamente em concelhos
como o nosso, é necessária disciplina
na gestão dos recursos e rigor na
seriação dos projectos considerados
prioritários, tendo sempre por
meta, para além da satisfação
das necessidades da população,
o crescimento e a afirmação do
município nas mais diversas áreas.
E tudo se tornou mais difícil com a
aplicação da Lei dos Compromissos
que, face ao endividamento de
muitas câmaras, que não a nossa, veio
determinar novas regras tendentes a
restringir a acção das autarquias no
capítulo da assunção de despesas.
É o que me parece transparecer do
Orçamento e das Grandes Opções
do Plano para 2016, dois importantes
documentos que constituem a base
da administração municipal para o
corrente ano e que já mereceram a
aprovação da Assembleia Municipal
no exercício das atribuições que a lei
lhe confere. Trata-se de documentos
norteados por um conjunto de
princípios básicos que é necessário
ter em conta e que, no fundamental,
se ajustam a objectivos que têm a
ver com a qualidade de vida dos
munícipes, designadamente no que
respeita à coesão social, à economia,
emprego, cultura e desenvolvimento.
Uma
comparação
destes
documentos orçamentais com os
dos anos recentes deixa perceber
a continuidade da dinâmica e
do esforço que o executivo tem
vindo a fazer para conseguir uma
situação financeira mais favorável
e equilibrada. Mas continua a
persistir a ocorrência de alguns
factores externos de sinal negativo
que escapam ao seu controlo, tais
como o agravamento do fenómeno
da diminuição da população e a
crise social e financeira que faz
redobrar os esforços no sentido da
compatibilização dos recursos com
as necessidades de desenvolvimento.
Mas a verdade é que o nosso
município, embora afectado por tais
contrariedades, continua na linha
duma política prudencial tanto no
que respeita à previsão das receitas
para 2016 como no rigor da aplicação
dos dinheiros públicos de modo a ir
ao encontro das necessidades mais
prementes dos munícipes. Em tal
perspectiva, são de salientar algumas
medidas de natureza financeira que
perseguem esse objectivo, tais como
a decisão de fixar as taxas do IMI, um
imposto que não cessa de aumentar
em grande número de concelhos,
no limite mínimo estabelecido pelo
Código do Imposto Municipal
sobre Imóveis e a redução das taxas
máximas do imposto concernente
aos imóveis destinados a habitação
própria e permanente, medida esta
que irá abranger parte significativa
dos agregados familiares.
Sabendo-se que um Orçamento,
como a própria designação sugere,
não é um mero exercício de natureza
previsional das receitas e das
despesas a arrecadar ou a despender,
na medida em que se reveste de
muita importância como garante da
transparência da gestão autárquica,
habilitando o executivo a dar resposta
adequada aos problemas a enfrentar
no decurso do ano a que diz respeito.
Em
termos
gerais,
o
Orçamento/2016 mostra que as
receitas correntes, que vinham
diminuindo desde 2010 e que
se acentuou em 2013, retomam a
partir daí uma trajectória positiva.
Tomando por base de cálculo o ano
de 2013, a sua evolução mostra um
crescimento de 11,2% em 2014,
de 11,3% em 2015 e em 2016 essa
tendência sobe para 11,9%, uma
sequência de indicadores que vão
confirmando um comportamento
positivo. Pelo contrário, as receitas
de capital apresentam uma evolução
negativa desde 2011, o que terá
fundamentalmente a ver com
a crise e a redução dos quadros
comunitários. De facto, nos últimos
4 anos esta variação de sinal negativo
assume contornos preocupantes,
na medida em que têm implicações
directas na redução da capacidade
de investimento do município.
Fazendo a comparação dos valores
desta rubrica com o ano de 2013,
nota-se que em 2014 as receitas de
capital baixaram 40,3%, em 2015
diminuíram 62,0% e a previsão para
este ano mostra uma quebra de
70,5% em relação à base considerada.
No capítulo das despesas, estamos
perante um certo equilíbrio nos
dados relativos ao período de 2013
a 2016, embora com ligeiras quebras
em 2014 e 2015 mas com uma
evolução positiva em 2016, ano em
que as despesas correntes superam
os valores verificados em 2013 em
3,8%. Já no que se refere às despesas
de capital, a sua trajectória é negativa
desde 2010, com maior incidência a
partir de 2011, mantendo essa quebra
nos anos seguintes em evidente
sintonia com a quebra das receitas de
capital relativas ao mesmo período.
Uma breve
análise das
Grandes
Opções do
Plano (GOP)
para 2016
revela que
o objectivo
“funções
sociais”
absorve uma considerável fatia da
verba global, o que mostra uma linha
de continuidade nas preocupações
do executivo neste importante
sector, em que se destacam os
programas de acção social, protecção
do meio ambiente e conservação
da natureza, bem como as áreas
da cultura e do desporto, recreio
e lazer. Os programas dedicados à
satisfação de necessidades básicas
da população como o saneamento
e o abastecimento de água não são
esquecidos nos projectos previstos
para o corrente ano, mas em volume
crescentemente menos expressivo
em virtude de estes sectores terem
já atingido um grau de execução
que coloca o concelho no número
daqueles que mais progrediram
nesta matéria.
No programa das “funções
económicas”, nas GOP para
2016 destaca-se a construção e
beneficiação de arruamentos em
diversas povoações, merecendo
especial realce pela sua importância
e esforço financeiro que envolve, o
projecto de reabilitação do mercado
municipal. Igualmente, o que é de
saudar, o programa do turismo é
contemplado com diversos projectos
ligados a este importante sector de
modo a dar continuidade ao esforço
de criar condições com o objectivo
da promoção externa do concelho
num domínio que se afigura vital
para o seu desenvolvimento.
A terminar estas considerações,
parece poder concluir-se que o
Orçamento e as Grandes Opções
do Plano para 2016 reflectem a
preocupação social do executivo
camarário, elegendo esta área como
uma das bandeiras da sua acção e que
se encontra apostado em continuar a
desenvolver o concelho de modo
a que os pampilhosenses possam
desfrutar de melhores condições
de vida, tanto através de acções de
apoio aos jovens e à maternidade
como de ajuda a combater a solidão
dos idosos dinamizando actividades
adequadas à sua idade e anseios.
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ALMOÇO E ASSEMBLEIA GERAL DA UNIÃO PROGRESSIVA DE VALE SERRÃO
V
ai realizar-se no próximo dia
24 de Abril de 2016 o almoço de convívio comemorativo dos 60 anos da fundação da
coletividade, na Casa de Convívio,
em Vale Serrão.
A ementa vai ser o tradicional
cozido á portuguesa, e promete ser
uma tarde de alegre convívio entre
os que quiserem e puderem estar
presentes.
As festividades começarão com
missa na nossa capela pelas 11.00
horas celebrada pelo Pároco de
Pampilhosa da Serra.
12
Pelas 13.00h terá início o nosso
almoço, que á semelhança de anos
anteriores, constituí o ponto alto
da celebração e fraterno convívio
entre Valserensenses, convidados e
visitantes.
Haverá lugar durante o almoço
a uma cerimónia de homenagem a
três ilustres sócios da nossa coletividade, sendo eles o Sr. Américo Barata Lopes, o Sr. José Lopes Pereira, e
um terceiro que será surpresa.
Como também, apesar do
ambiente de festa, é necessário
também algum trabalho teremos
pelas 17.00 horas a Assembleia
Geral da coletividade onde serão
analisadas as contas do ano transato, orçamento para o corrente ano
e discutidos assuntos de interesse
geral para a nossa terra e para o
regionalismo serrano.
Mas o programa não acaba aqui,
continuaremos a confortar os
nossos estômagos com um delicioso caldo verde feito com couve
das nossas Serras, com acompanhamento de febras de porco. Apesar
de o tempo ser de crise queremos
que os presentes saiam de estômago
e espirito confortados.
Como não poderia deixar de
ser, e as celebrações não ficariam
completas, teremos a actuação
de artistas das nossas Serras não
havendo ainda programa definido.
Como podem verificar é um
programa que promete um dia em
cheio, basta que compareçam e que
se façam acompanhar de familiares
e amigos. Prometemos um dia de
diversão, convívio e animação.
Podem inscrever-se para os
seguintes endereços ou telefones,
até dia 20 de abril:
Barata Lopes: 91 877 60 66 / 96
895 01 06 ou [email protected]
Pedro Pereira: 93 909 10 14 ou
[email protected]
Fernando Santos: 96 309 00 05
ou [email protected]
Élia Rocha: 93 3506958 ou elia.
[email protected]
Cristina Gonçalves: 96 606 49
23 ou [email protected]
Coletividade:
[email protected]
António Barata Lopes
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
13
RegionalismoActualidade
EVENTOS DE COLETIVIDADES
LIMPAR TERRENOS FLORESTAIS JUNTO ÀS
REGIONALISTAS PAMPILHOSENSES HABITAÇÕES É OBRIGATÓRIO ATÉ 15 DE ABRIL
É
habitualmente durante o primeiro semestre de
cada ano que as coletividades regionalistas realizam as suas assembleias gerais, os seus almoços
de aniversário e outros eventos, principalmente na
região da grande Lisboa. Assim, até ao momento
chegou ao nosso conhecimento o agendamento dos
seguintes eventos:
25 março – Liga de Melhoramentos da Póvoa
da Raposeira – 8:30 h, Torneio de Sueca, Almoço e
Lanche na Casa de Convívio;
25 março – Comissão de Melhoramentos do
Esteiro – Assembleia Geral – 17 horas, na Casa de
Convívio de Esteiro;
25, 26 e 27 março – Comissão de Melhoramentos
da Póvoa – Festa de Páscoa na Aldeia – Convívio,
espetáculo, animação, Noites da TV Póvoa e Grupo
Geração 3.
26 março - Liga Melhoramentos Aldeia Fundeira
– 13 horas, almoço de convívio e à tarde a atuação dos
grupos de concertinas “Os Serranitos” e “Concertinas
da Corredoura”;
26 março - Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba – 12:30 horas – Almoço de Convívio de Páscoa, na Casa de Convívio de Camba;
26 março – Comissão de Melhoramentos de
Ceiroquinho – 13:00 horas -. Almoço de anual restaurante “O Pascoal”, em Fajão.
26 março - Sociedade União e Progresso de
Covanca – 12:30h – Almoço de Convívio de Páscoa
em Covanca; 15:00 horas - Assembleia Geral – na
Casa de Convívio de Covanca;
26 março – Comissão de Melhoramentos de
Esteiro – 17 horas – Lanche de Convívio e baile abrilhantado pelo agrupamento musical “Sons do Zêzere”
de Dornelas do Zêzere;
26 março - União Progressiva de Machio de Baixo
– 13:00 h – Almoço de Páscoa e Inauguração da renovada Casa Recreativa de Machio de Baixo;
26 março - Comissão de Melhoramentos de
Aldeia do Meio – Festa-Bailarico de Páscoa na aldeia,
22:00 horas;
02 abril – Início do Torneio de Futsal Inter-filiadas
da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, a realizar em Lisboa, em recinto a designar;
03 abril – Grupo Unidos e Progresso de Gralhas
– Assembleia geral – 9:30 horas – e Almoço de aniver-
sário – 12:30 h – Cantina da Universidade Lusófona,
Campo Grande, Lisboa;
10 abril – Feriado Municipal de Pampilhosa da
Serra
10 abril – III Encontro de Concertinas da Casa do
Concelho de Pampilhosa da Serra, 15:00 horas
10 abril – Liga de Melhoramentos de Janeiro
de Baixo – Almoço Anual – 13:00 horas, no Grupo
Sportivo Adicense, em Alfama. Assembleia Geral no
mesmo local, 15:00 horas.
17 abril – Sociedade Recreativa e Progresso Ceiroquense (Ceiroco – Fajão) – Almoço de aniversário, no
restaurante Cordeiro, em Corroios;
24 abril - União Progressiva de Vale Serrão –
Comemoração dos 60 anos de fundação: 11:00h
-Missa, 13:00 h - Almoço de Convívio, 17:00 h –
Assembleia Geral, seguido de convívio com caldo
verde, febras e música para dançar.
8 maio - Comissão Associativa de Melhoramentos
de Porto da Balsa – 12:30 h – Almoço de Convívio, na
cantina da Universidade Lusófona, Lisboa;
15 maio - Comissão de Melhoramentos de Castanheira da Serra – 12:30 h – Almoço de aniversário, na
cantina da Universidade Lusófona, Lisboa, atuação do
grupo “Os Serranitos;
29 maio – Almoço de Homenagem a Carlos
Simões, 12:30 h, na Quinta Valenciana, Fernão Ferro;
01 junho - Comemorações dos 75 anos de fundação da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra;
05 junho - Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra – 12:30 h – Almoço comemorativo do 75º
aniversário da Casa e do 17º Aniversário do Jornal
“Serras da Pampilhosa”, na sede, Alfama, Lisboa;
12 junho - 11º Encontro Convívio de Coletividades Fajaenses e amigas – 12:00 h – no recinto
de festas de Nª. Srª. da Guia, em Fajão.
Outros eventos de outras coletividades se
realizarão durante 2016, que serão divulgados
após receção dessa informação (enviar por email
para [email protected]).
Não faltem. A vossa participação é a motivação para que o associativismo regionalista seja
cada vez mais forte e interventivo. Apoiem o
movimento regionalista.
Carlos Simões
ALMOÇO E ASSEMBLEIA GERAL DA
LIGA DE MELHORAMENTOS DE
JANEIRO DE BAIXO
Dia 10 de Abril de 2016 - 13:00 h
No Grupo Sportivo Adicense
Rua de São Pedro, 20-20A – Lisboa
Alfama – junto ao Museu do Fado
Vem conviver e confraternizar
connosco neste grande dia
Preço: 15,00€ (não sócios) –
13,50€ (sócios com quotas em dia)
Crianças: Grátis (até aos 5 anos) –
50% (dos 5 aos 10)
Inscrições até dia 31 de março para:
Carlos Espirito Santo – 934 262 878 ou
Michael Marques - 936 162 765
ASSEMBLEIA GERAL
– CONVOCATÓRIA –
Assembleia Geral da Liga de
Melhoramentos de Janeiro de Baixo,
que terá lugar no mesmo dia pelas
15:00 horas, com a seguinte ordem
14
de trabalhos:
1. Apreciação, discussão e votação
do Relatório e Contas da Direção,
relativo ao ano de 2015, e apresentação do Parecer do Conselho Fiscal;
2. Apresentação e discussão de
qualquer assunto de interesse para
a coletividade, bem como para o
desenvolvimento e qualidade de vida
da população da Freguesia de Janeiro
de Baixo e da região.
Não havendo, à hora marcada
número suficiente de associados a
Assembleia geral poder funcionar,
esta terá lugar meia hora depois, com
qualquer número de associados e
com a mesma ordem de trabalhos.
A Liga de Melhoramentos de
Janeiro de Baixo
E
m áreas de floresta vulneráveis a
incêndios florestais, é comum encontrarmos habitações isoladas ou em
pequenos aglomerados populacionais,
como é o caso de muitas aldeias no concelho
de Pampilhosa da Serra.
Conforme podemos constatar no terri-
tório do concelho e da região, existe uma
proporção significativa de proprietários
dessas habitações que nem sempre atuam de
forma preventiva para proteger a sua habitação, nem tão pouco cumprem o estipulado
na lei, relativamente ao controlo do coberto
vegetal que ocupa o terreno em redor da sua
habitação, e a carga de combustível lenhoso
que lhe está associado.
Segundo a Autoridade Nacional das
Florestas ( ANF, 2011), o não cumprimento
do disposto no n.º 2 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, contribui para agravar a vulnerabilidade dos seus
bens e haveres ao fogo, assim como implica a
sujeição ao pagamento de avultadas coimas.
Este Decreto-Lei estipula que é obrigatório proceder à gestão de combustíveis numa
faixa mínima de 50 metros à volta das edificações ou instalações (habitações, estaleiros,
armazéns, oficinas, fábricas ou outros equipamentos) inseridas nos espaços rurais. Esta
faixa é medida a partir da alvenaria exterior
da edificação.
São obrigados a fazer a gestão de combustíveis nesta faixa, todos os proprietários,
arrendatários, usufrutuários e entidades que
detenham terrenos inseridos nestas áreas.
Em caso de incumprimento, a câmara
municipal notifica as entidades responsáveis
pelos trabalhos. Verificado esse incumprimento, a câmara municipal poderá ainda
realizar os trabalhos de gestão de combustível, com a faculdade de se ressarcir, desencadeando os mecanismos necessários ao
ressarcimento da despesa efetuada.
De acordo com a mesma legislação, é
obrigatório por parte da entidade responsável da rede viária (estradas e caminhos),
providenciar a limpeza de uma faixa lateral
não inferior a 10 metros, sendo aconselhável manter essa faixa no acesso particular à
edificação.
Defesa da Floresta Contra Incêndios, aprovado em 2008, define a instalação desta faixa
de proteção em redor das aldeias, nomeadamente das habitações, estaleiros, armazéns,
oficinas, parques e polígonos, aterros sanitários, parques de campismo, equipamentos
de recreio ou outras edificações inseridas em
áreas florestais.
São também obrigados a fazer a gestão de
combustíveis nesta faixa, todos os proprietários, arrendatários, usufrutuários e entidades que detenham terrenos inseridos nestas
áreas.
Verificando-se, até ao dia 15 de Abril de
cada ano, o incumprimento desta obrigação,
compete à câmara municipal a realização
dos trabalhos de gestão de combustível, com
a faculdade de se ressarcir, desencadeando
os mecanismos necessários ao ressarcimento da despesa efetuada, podendo, mediante protocolo, delegar esta competência nas
juntas de freguesia.
Os proprietários e outros produtores
florestais são obrigados
a facultar os necessários acessos às entidades responsáveis pelos
trabalhos de gestão de
combustível, sendo essa
intervenção precedida de
aviso a afixar no local dos
trabalhos, num prazo não
inferior a 10 dias.
Os incumprimentos
do previsto no referido
decreto-lei constituem
contraordenações puníveis com coima, de 140
a 5.000 euros, no caso de
pessoa singular, e de 800 a 60.000 euros, no
caso de pessoas coletivas.
Se possui edifícios em áreas florestais ou
com ela confinantes, limpe o terreno em
redor para sua segurança e dos seus bens,
evitando ainda sanções desnecessárias.
Para mais esclarecimentos consultar a
legislação, e o Manual de Gestão de Combustíveis para proteção de edificações, disponível
em http://www.icnf.pt/portal/agir/boapratic/resource/doc/dfci/man-gest-combu
os seguintes pressupostos:
1.º - O coberto arbóreo deve sempre que
possível ter copas que se distanciem entre si
pelo menos 4 m e ter a base das copas à altura mínima de 4 m. Em árvores com altura
inferior a 8 m a desramação deverá ser até
metade da sua altura;
2.º - Deverá ser construída uma zona
pavimentada de 1 a 2 m de largura, em torno
da edificação;
3.º - Nos 10 m adjacentes à edificação (até
20 m nas situações de maior declive) deverá
ser criada uma faixa desprovida de combustível, constituindo uma faixa de interrupção
de combustível. Esta faixa poderá ter, excecionalmente, alguns exemplares arbóreos ou
arbustivos isolados, desde que estejam a
mais de 5 m da edificação, sejam regados e
pertençam a espécies pouco inflamáveis e
não estabeleçam continuidade horizontal e
vertical de combustível;
4.º - Esta faixa de 10 m deverá estar livre
de quaisquer outras acumulações de matéria
combustível, como lenha, madeira, etc.
5.º - Durante o período crítico só é permitido o empilhamento de produtos resultantes de corte ou extração (estilha, rolaria, madeira, cortiça e resina) desde que
seja salvaguardada uma Faixa de Gestão de
Combustíveis (FGC) de 50 m em seu redor.
Nesta FGC os primeiros 10 m não podem
conter vegetação;
6.º - Deverão ser removidas as ervas secas,
folhas mortas, caruma dos pinheiros e ramos
que se encontram no chão, na cobertura dos
edifícios, caleiras, algerozes e passadiços de
madeira;
7.º - Os combustíveis arbustivos não
deverão exceder 2.000 m3 por hectare na
presença de copado arbóreo, devendo ser
garantida a descontinuidade horizontal dos
combustíveis ao longo dos 50 m da FGC;
8º - Manter afastado da habitação produtos altamente inflamáveis (a mais de 50
metros) ou em compartimento isolado;
9º - Ao longo da estrada de acesso particular a uma edificação deverá ser feita uma
FGC superior a 10 m para cada um dos
lados. Assim, em caso de incêndio florestal,
a edificação, bem como as pessoas que nela
permanecem, estarão mais protegidas pois a
FGC permite não só um acesso mais eficaz
dos veículos de combate, bem como uma
possibilidade de fuga de emergência mais
segura a partir da edificação.
10º - Após a criação da FGC deve assegurar a sua manutenção para manter a sua habitação protegida. A regularidade da limpeza
da faixa vai depender do desenvolvimento
da vegetação.
Bibliografia:
• A limpeza e manutenção da faixa de
gestão de combustíveis (ANF, 2011)
Para se conhecer melhor as obrigações
legais para limpeza dos terrenos, deverá ser
consultado o anexo ao Decreto-Lei 17/2009
de 14 de Janeiro. Mas, regra geral, aplicam-se
CULTURA POPULAR
AGRICULTURA/AZEITE
Nota de
Abertura
É minha intenção com esta
coluna, intitulada «Cultura
Popular» ter a
oportunidade de publicar no Serras
da Pampilhosa artigos sobre tradições e costumes populares, que
têm por objecto o estudo da cultura
das nossas comunidades e dos seus
aspectos fundamentais, integrados no
quadro da temática etnográfica, que
passarão por sectores vários da abordagem, como a ergologia, tecnologia,
costumes sociais e profissionais, usos
e costumes, crença popular, literatura
popular, alimentação e ciência popular, entre outros.
Nesses artigos sigo uma metodologia, baseada numa perspectiva de
etnografia passiva, ramo que não altera em nada a evolução da vida de uma
comunidade, apenas pretendendo
retratar o balanço da sua vida cultural,
no sentido da sua prática e memória
nos enriquecer a todos.
Por outro lado cada artigo será
destinado a uma temática precisa,
onde tomarei a liberdade de integrar
a forma de Narradores. Imaginemos
o autor desta coluna um Etnógrafo
que está a fazer um Levantamento
Enográfico, por várias zonas do País,
para além do concelho de Pampilhosa da Serra. Cada Narrador descreve essa actividade, de acordo com a
memória colectiva que recebeu da
sua localidade de origem, embora não
a identifique aqui.
Os relatos são baseados em estudos
de casos verídicos, de acordo com a
Disciplina e/ou Módulo de Enografia que tenho lecionado em várias
Universidades Séniores e Cursos de
Formação Profissional.
TEMA: O AZEITE
Carlos Simões
No caso dos aglomerados populacionais
(aldeias), esta faixa de proteção estende-se até pelo menos 100 metros, devendo a
sua limpeza ser realizada até ao dia 15 de
Abril de cada ano. No caso do concelho de
Pampilhosa da Serra, o Plano Municipal de
CulturaOpinião
ANF (2011).Gestão de Combustíveis para Proteção
de Edificações - Manual. Lisboa. ANF- Autoridade Florestal
Nacional, Direção Nacional para a Defesa da Floresta. 2ª ed.,
48 pp.
CMPS (2008). Plano Municipal de Defesa da Floresta
Contra Incêndios de Pampilhosa da Serra. Plano de Acção.
Pampilhosa da Serra: Comissão Municipal de Defesa da Floresta
Contra Incêndios.
Diário da República, 1.ª série, nº 9, de 14 de Janeiro de 2009.
Decreto-Lei n.º 17/2009, Sistema de Defesa da Floresta contra
Incêndios. Acedido em 9 de março de 2016. Disponível em
http://dre.pt/pdf1s/2009/01/00900/0027300295.pdf
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
Primeiro Narrador
Começa a apanha da azeitona,
muitas vezes de forma comunitária,
saindo em grupo em direcção aos
olivais. O grupo, por vezes cantava e
tocava o buzio. Era um trabalho difícil, com chuva e frio, principalmente
porque a maioria dos olivais se situavam em encostas muito acentuadas.
Quando chegavam, e se estava
muito frio, precisavam de fazer uma
fogueira para se aquecerem e começarem a trabalhar. As mulheres estendiam os panos debaixo das oliveiras e
os homens subiam às oliveiras, através
de escadas ou subiam por si nas partes
mais baixas.
As mulheres apanhavam a azeitona
que ia caindo, juntando-a e limpando-a de folhas o melhor que podiam.
Quando terminavam uma oliveira
passavam à seguinte, repetindo-se o
ritual. Ao fim do dia ensacavam a
azeitona e regressavam.
Junto ao lagar havia umas “tulhas”,
numeradas onde iam colocar a azeitona até chegar a sua vez de ser moída
no lagar.
Antes de a levarem ainda tinham
que a limpar, ou seja retirar-lhe as
folhas o mais possível. A melhor
maneira era atirá-las ao ar para as
folhas voarem. Nesses tempos os
terrenos eram todos aproveitados e
escolhidos para plantar o que achavam mais apropriado. Nos terrenos
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
mais planos plantavam-se os cereais.
Agricultores com sabedoria!
Segundo Narrador
O azeite provém da azeitona, que é
o fruto da oliveira.
Pelo fim do outono/princípio do
inverno, a azeitona é colhida (atualmente por meios mecânicos), no
entanto vou descrever o modo como
se processava, nos tempos da minha
meninice, ou seja manualmente.
Porque a quantidade de oliveiras
de cada família não era muito grande,
ajudavam-se uns aos outros. Juntando-se em grupos, entre familiares ou
os amigos, que eram mais próximos
e cada dia colhiam, manualmente, a
azeitona de um dos elementos, até
acabar, passando depois para o próximo e assim sucessivamente, até ao
último do grupo.
Quando chegavam ao olival, faziam
uma fogueira, para se aquecer e cozinharem as refeições. Assavam chouriças e morcelas e comiam com pão,
bebendo vinho, da sua produção.
Subindo a altas escadas de madeira, que encostavam às oliveiras, de
maneira a terem segurança, ripavam
as azeitonas que caiam sobre panos,
toldos, que antes tinham sido estendidos debaixo da oliveira, de modo a
que a azeitona fosse o menos possível
para a terra.
Destes toldos era escolhida, por
mulheres, alguma da melhor azeitona
(a mais grossa e mais sã) para ser tratada e conservada, e assim fazer parte
da alimentação das famílias durante
o ano.
Escolhida e limpa de folhas, (para
o que se utilizava o vento) a restante
era ensacada, para depois seguir para
o lagar.
Estes “ranchos” de homens e
mulheres, apesar do muito frio que
se faz sentir nessa época do ano, andavam sempre contentes, cantando
ao desafio entre todos e contando
anedotas. Divertiam-se muito!
Ao fim do dia, as sacas de azeitona
eram transportadas em carros de bois
para casa dos proprietários e quando
acabasse a colheita, iam para os lagares
onde era moída em mós de pedra, por
um aparelho de rosca, que era manobrado por uma junta de bois, tal a
força necessária para o esmagamento.
A massa obtida era espalhada por
umas placas de juta (as ceiras) e espremida, para retirar o azeite que era
encaminhado para as caldeiras de
água a ferver, sendo depois separado
o azeite, que segundo o grau de maturação da azeitona e do tempo em que
esteve em tulha, dava um grau de
acidez mais, ou menos elevado.
Nas ceiras ficavam os caroços e
as cascas moídas. Era o bagaço que
servia para alimentar os porcos, etc.
A operação a seguir era a medição
do azeite correspondente a cada um.
Vinha um homem do lagar chamar
a minha avó, para assistir à medição
e se calhava em época de eu estar
a passar uns dias com ela, pedia-lhe
para me levar, porque para além de eu
gostar de ver toda aquela azáfama, já ia
a contar com o “petisco”…
Levávamos fatias de pão centeio
que encostadas às portas das caldeiras, ficavam umas torradas maravilhosas, que depois eram regadas com o
azeite, tirado diretamente da caldeira.
As chamadas tibornas, que eram um
manjar dos deuses. Eram partilhadas
DITOS E FACTOS
com o pessoal do lagar.
O pagamento do trabalho do lagar
era feito com azeite, que depois o
proprietário do lagar vendia.
Não havia pagamento ao pessoal da
colheita e apanha, pois que se pagava
com o trabalho em comum.
Normalmente as filhoses do Natal,
já eram fritas em azeite novo e as batatas com o bacalhau da ceia de Natal
temperadas com ele, para o que se
usavam as almotolias.
Algumas pessoas ainda usavam o
azeite para iluminar as casas, tendo
candeias, para esse efeito.
Embora tenha nascido e vivido
numa vila, sempre gostei da vida da
aldeia e por isso, sempre que tinha
férias, pedia aos meus pais para me
deixarem ir para junto da minha avó.
É da aldeia e da convivência com as
suas gentes, que guardo boas memórias, como acima descrevo.
Terceiro Narrador
Na minha terra e arredores há
muitos olivais. Daí produzir-se muita
azeitona.
Passo a explicar o processo desde a
apanha até chegar ao azeite.
Em Novembro os donos dos olivais
contratam ranchos ali das redondezas
para a apanha da azeitona. De manhã
cedo vão os carros de bois com o
pessoal e os preparativos que são os
toldos, as sacas, as varas e os cestos. Ao
chegarem ao olival as mulheres estendem os toldos em volta das oliveiras
e os homens começam a varejar a
azeitona para cima dos toldos. Depois
enchem-se as sacas para se porem no
carro de bois à tarde. Depois da azeitona estar apanhada vai para o lagar.
Chegada a azeitona ao lagar começa
a azáfama de a transformar em azeite.
Leva muitas voltas. Tiram-se as folhas.
A azeitona é lavada, indo para uma
prensa onde é pisada. O líquido corre
para cima dumas ceras que são prensadas; corre para um tanque onde leva
mais voltas e depois é que vai para as
talhas grandes. Depois de todo este
processo os donos vão buscar o azeite
que lhes pertence.
Também há a cura da azeitona para
comida. Depois de bem escolhida,
umas azeitonas são retalhadas ou
inteiras, outras são pisadas. Depois
são escaldadas duas vezes. Ficam a
seguir em água fria algum tempo para
largarem o ácido que amarga muito.
Passado esse tempo finaliza-se com
um tempero que é sal, louro, erva
que se apanha no campo e há quem
ponha rodelas de laranjas e estão
prontas para irem à mesa.
Agora vou falar sobre o que se aproveita do caroço e a pel da azeitona, isto
é, transforma-se o que se chama, bagaço que serve para alimentar os porcos.
As oliveiras todos os anos são
desramadas para darem boa azeitona.
Há várias qualidades de oliveiras no
nosso país. Há muitas oliveiras centenárias. Hoje as oliveiras até adornam
as nossas rotundas.
Quarto Narrador
É Novembro e a azeitona está pronta para ser apanhada.
Debaixo das oliveiras, estendem-se
os panos. Os homens com varas de
madeira, batem nos ramos, a azeitona
cai, as mulheres com as mãos “engadanhadas” com o frio, apanham-na e
ensacam, mas, antes limpam-nas das
folhas.
F
oi
com
profunda
consternação que recebi
a notícia do falecimento
do director do nosso Jornal,
Armindo Antunes, homem
íntegro dotado de qualidades de
carácter e cidadania ímpares e um
pampilhosense dinâmico, atento
e dedicado às causas do nosso
concelho e suas instituições e
lídimo lutador pelo seu progresso
e condições de bem estar das suas
gentes. Prova disso são os vários
cargos que exerceu na vertente do
Regionalismo, especificamente
nos órgãos sociais da Casa do
Concelho, em Lisboa, com
destaque para as funções de
Director do nosso jornal “Serras
da Pampilhosa”, cargo que exerceu
até a morte o vir agora arrebatar,
quando ainda muito havia a
esperar de si. Prova disso é também
todo o seu esforço e contributo no
desenvolvimento e modernização
da sua aldeia natal, Póvoa da
Raposeira da freguesia de UnhaisO-Velho. Prova disso é ainda todo
o seu labor nas várias instituições
que serviu quer como dirigente
quer como simples associado. Já
neste período de doença que o
viria a vitimar, ainda teve força
e entusiasmo para participar em
actividades culturais promovidas
pela Autarquia, com quem sempre
colaborou e manteve relações
amistosas, e para encabeçar a
constituição da novel Associação
dos Combatentes do Ultramar
naturais do nosso concelho, uma
homenagem a todos os jovens
pampilhosenses que, no tempo
da Guerra Colonial, expuseram
as suas vidas pela Pátria, alguns
dos quais vindo mesmo a perdêlas. Foi sócio fundador, tinha
destinado o cargo de Presidente,
mas infelizmente já não chegou a
tomar posse.
O Armindo era um verdadeiro
lutador na plena acepção da
palavra. Lutou por causas nobres
e lutou até à exaustão pela própria
vida.
Mas o Armindo era também
um amigo de peito para todos
os seus amigos, no número dos
quais me incluo. Conhecemo-nos
no início da década de sessenta,
quando assumi a paroquialidade
da freguesia de Unhais-o-Velho e
logo se estabeleceu uma relação
de sincera amizade entre nós e sua
família, sem esquecer o seu irmão
João, então ainda miúdo, para mim
o Joãozito, infelizmente também
ele já falecido há anos, ainda muito
novo. Pouco
tempo depois, o
Armindo partiu
para o Ultramar
onde cumpriu o
serviço militar
e por lá ficou
até regressar às
origens. Mantivemos contacto
através de correspondência
particular, ainda que rara, mas
sobretudo através do jornal do
concelho “Correio da Serra”
entretanto criado. Fiz parte da
equipa fundadora chefiada pelo
então Arcipreste da Pampilhosa,
o saudoso Padre Carlos Borges
das Neves e fui chefe de redacção,
aí mantendo uma crónica com o
título de “Ditos e Factos”.Um dos
leitores assíduos era o Armindo
que muitas vezes me enviava
comentários amistosos ditados
pela sua amizade. Estes “Ditos
e Factos” foram a génese dos
que agora escrevo para o nosso
“Serras”. O Armindo o exigiu num
dos nossos encontros: - “tem que
começar a escrever uns “Ditos
e Factos” para o nosso jornal
“Serras da Pampilhosa”. Aceitei o
desafio. Um pedido de um amigo
é uma ordem. Muita pena tenho
de ele já não os ler a partir de
agora. Continuam connosco a
sua memória, o seu exemplo e o
seu espírito de lutador. A mim,
pessoalmente, marcaram-me esse
espírito, essa força e essa esperança
de vencer. Ele compreendeu que
todos somos aprendizes da dor,
que ela é a grande mestra da vida
e que só o sofrimento poderá
dizer da nossa grandeza de alma
e do valor do nosso coração. Por
isso, lutou e não tombou como
um derrotado. Partiu como um
vencedor, apesar do calvário que
foram para si particularmente
estes dois últimos anos de vida.
Pelo que foi, por tudo o que fez
de bom na vida ao serviço dos seus
concidadãos bem merece uma
justa homenagem, pelo menos na
sua terra natal.
A minha aqui fica nestas singelas
mas sinceras linhas. Descansa em
paz, Armindo.
Ao mesmo tempo quero que
elas sejam também uma presença
amiga junto da Lisete, sua
viúva, dos filhos, netos e demais
familiares, a cuja dor me associo
e a quem envio as mais sentidas
condolências.
Fazem fogueiras, para se aquecerem e, assam peixe do rio, ou sopas de
peixe com pão.
No final da tarde, vai-se pela linha
do comboio, as sacas vão assim num
carro de mão que desliza no carril do
comboio a caminho do lagar.
O meu avô, Lagareiro, no Inverno,
recebe as azeitonas que vão chegando e mete-as em talhas, identificadas
com números. Lá dentro as máquinas trabalham, as ceiras deixam sair o
suco das azeitonas, ficando lá dentro
o bagaço.
Ao lado, a fogueira aquece as tubagens e aquece o pão para molhar com
azeite, a conhecida tiborna. Chegam
as férias escolares do Natal. Lá vou
eu com um cesto de verga, levar o
almoço: sopa de feijão com couve,
para regar com o azeite novo e comer
com sardinha ou bacalhau assado nas
brasas… Que cheirinho!!!
No final da época encerra-se o
Lagar até ao próximo ano.
Hoje o Lagar é Museu.
Ramos Mendes
Luciano Reis
15
Opinião
Cultura
LIMPEZA DAS RIBEIRAS E A PESCA A PENSAR NA PAMPILHOSA DA SERRA
DESPORTIVA. QUE FUTURO?
28. TURISMO
vos que os façam permanecer mais a Pampilhosa
H
á já vários anos que, acompanhado por um grupo de três
amigos também de origem
serrana, faço os possíveis para, no dia
um de março, data de abertura da pesca
desportiva à truta, pegar no equipamento
de pesca e rumar ao encontro dos cursos
de água da nossa Serra. Um hábito que
se vai mantendo, ano após ano, apesar
das limitações físicas que a marcha do
tempo nos impõe, atendendo ao meio
hostil que temos que enfrentar, constituído por correntes de água, vegetação
densa, penhascos escorregadios e açudes
escarpados.
O que nos move não é a quantidade de
exemplares capturados, o que só muito
raramente acontece, mas essencialmente
usufruir do convívio com velhos amigos
como o são as serranias, os rios, as ribeiras
e os riachos. Talvez uma forma singular de contrariar a agitação citadina com
que somos confrontados a cada dia. Pena
é que os acessos, repletos de vegetação
selvagem, se vão tornando cada dia mais
inacessíveis, dificultando a passagem dos
pescadores e obstruindo o habitat dos
salmonídeos. Sem uma ação de limpeza
constante, a natureza daninha vai crescendo descontroladamente, tornando-se
mais notória à medida que as aldeias
serranas se vão despovoando.
Este ano não foi exceção. Bem cedo, há
hora combinada partimos com destino
inicial ao rio Ceira, seguindo posteriormente ao encontro de outros locais mais
próximo da vila da Pampilhosa, tentando
tanto quanto possível fugir às zonas de
pesca concessionada, para as quais não
estávamos documentados. Por via disso,
avançámos para uma zona de pesca livre
que se situa a montante da ribeira do
Carrimá, seguindo em direção à nascente:
Cavaleiros, Casal Novo, Mata e Ponte de
Fajão. Durante este percurso, que iniciámos por volta das sete horas e sob um frio
de rachar comprovado no enorme manto
de geada que cobria de branco todo o vale
do Ceira, movimentámo-nos com alguma dificuldade, devido à proliferação de
acácias e salgueiros que, à semelhança das
zonas concessionadas, vão invadindo não
só as margens como também as linhas de
água. Não capturámos qualquer exemplar, mas convivemos de perto com três
lontras, por sinal bem alimentadas, que
indiferentes à nossa presença passavam à
lupa o leito do rio em busca da refeição.
Cruzámo-nos ainda com um pescador
do nosso escalão etário, impelido para
aquelas andanças por motivo idêntico ao
nosso e que nos chamou a atenção para
a ausência de pescadores que, em anos
anteriores, eram habituais na abertura da
pesca.
Não se trata de uma questão de rebeldia contra as concessões de pesca. Longe
disso. Apenas discordamos da sua implementação porque ainda não encontrámos nenhuma vantagem neste tipo de
regimes. Nem para os desportistas, nem
para o ambiente, nem tão pouco para as
espécies. A menos que se façam repovoamentos e se limpem as ribeiras, tanto nos
lotes destinados à pesca, como nas zonas
de abrigo ou desova, as concessões não
terão, em nossa opinião, qualquer mais-valia. Até lá, que nos perdoem os concessionários e simpatizantes deste sistema,
mas nós só destacamos burocracia a que
se juntam mais licenças para além das
exigidas pelo ICNF. O que afasta, como
antes era costume, praticantes vindos de
localidades distantes, da prática desportiva e do convívio nos estabelecimentos
comerciais.
Aproveitando o dia solarengo que
entretanto ia temperando o ar gélido que
soprava de nordeste, seguimos em direção
à Pampilhosa da Serra, mais propriamente com destino às ribeiras de Pescanseco,
a seguir Praçais, depois Carvalho e por
fim Pessegueiro. Todas elas apresentavam
um excelente caudal para a prática de
pesca desportiva à truta. Mas, lamentavelmente, salvo pequenas extensões junto às
praias fluviais, a vegetação vai assumindo
proporções quase impenetráveis que não
possibilitam minimamente o acesso às
margens das ribeiras e muito menos aos
seus leitos.
Apesar da adversidade com que nos
confrontámos e que revela uma desertificação galopante, regressámos a casa
com o sentimento de um dia de salutar
convívio com a natureza rude e agreste.
Sem esquecer o excelente almoço que é,
nas atuais circunstâncias, um dos melhores motivos para visitar a nossa Serra.
Mas, ainda assim, cientes de que estará
próximo o tempo de arrumar o material
de pesca, como o vêm fazendo muitos
pescadores com quem nos cruzávamos
noutras temporadas.
Aristides B. Victor
Nestas minhas reflexões tenho
procurado sugerir algumas ideias que
possam contribuir para o desenvolvimento do concelho da Pampilhosa da
Serra, defendendo iniciativas empresariais, associativas e particulares que
se conjuguem com as ações que já são
desenvolvidas no terreno, sobretudo
pelo Município, que tem conseguido criar parcerias e envolver alguns
empresários e figuras de destaque
numa colaboração assinalável.
Mas se tivesse que eleger um
atividade ancora, certamente que o
TURISMO estaria na primeira linha
das minhas escolhas.
Realizou-se recentemente mais
uma Bolsa de Turismo de Lisboa,
onde a Pampilhosa da Serra teve de
novo uma representação excecional,
que nos deve orgulhar. O Município
está de parabéns, mas para que os
resultados sejam ainda melhores é
muito importante que cada um de
nós pense no que pode fazer para dar
o seu contributo.
As potencialidades são enormes e
recordo as apresentações que foram
feitas no 2.º Congresso Pampilhosense (em 2005) e o estudo da Universidade Lusófona que já então apontava
um conjunto de ações, nos seguintes
domínios:
• Diversificação da oferta turística.
• Criação de unidades hoteleiras e
de empreendimentos turísticos.
• Equipamentos, serviços e atividades de apoio ao turismo.
A construção do Villa Pampilhosa
Hotel veio, sem dúvida, aumentar a
qualidade da oferta turística e criar
condições para levar ao concelho
visitantes com mais poder económico. Nunca é demais saudar a família Olivença, pelo investimento e
dedicação que têm colocado nesta
infraestrutura. Mas tenho pena que
ainda não tenham aparecido um
conjunto de iniciativas empresariais,
com envolvimento financeiro muito
menor e que poderiam:
a) Por um lado, gerar atividades
ocupacionais para os utentes do
Hotel, criando programas alternati-
tempo no território;
b) Por outro lado, aproveitar exatamente esses clientes potenciais para
desenvolver o seu próprio negócio.
A área da restauração, a começar
pela própria vila da Pampilhosa da
Serra, deve encarar o Hotel como um
parceiro que lhes traz mais cliente e
nunca como um concorrente.
A animação turística, que pode
ser desenvolvida, desde uma pessoa
a trabalhar por conta própria (por
exemplo, com uma carrinha de transporte de turistas para lhes mostrar
o concelho, com um veículo todo o
terreno para lhes mostrar os locais
mais incríveis que não se veem da
estrada nacional, ou com um pequeno barco na albufeira do Cabril), até
uma pequena ou média empresa que
organize programas de um dia que
gerem nos clientes a vontade de voltar
ou recomendar essa experiência aos
amigos e conhecidos.
As aldeias de xisto de Fajão e Janeiro de Baixo e os percursos pedestres já
existentes, são bons exemplos a reproduzir noutros locais do território. Mas
é importante, e penso que urgente,
criar mais oferta e eventualmente
diferente. O potencial dos nossos rios,
o ar puro e o contacto com a natureza serrana e os eventos gastronómicos que as associações regionalistas
sabem organizar, mas que precisam
de ser transformados em rotinas, para
grupos de dimensão variada, podem
transformar-se em atividades economicamente sustentáveis e geradoras
de emprego.
O desporto é outra componente
fundamental para atrair turistas. O
ideal seria voltarmos a ter o Rali de
Portugal ou conseguir a passagem da
Volta a Portugal em Bicicleta pelo
nosso território. Sabemos que não
é fácil, mas acredito que ainda teremos eventos com essa dimensão. Mas
enquanto isso não acontece é importante continuar a levar ao território as
provas de BTT e outras que têm gerado dinâmicas interessantes. Uma palavra de reconhecimento para o nosso
campeão de xadrez que também tem
contribuído para a dar a conhecer
MIMOSA – A INVASORA DE ENGANADORA BELEZA II
da Serra, com o
evento que aí tem
tido lugar.
Já em tempos
tive um sonho,
que infelizmente não consegui concretizar e que
passava pela transformação de uma
Comissão de Iniciativas Turísticas
(que chegou a ser criada em 2004)
num projeto empresarial focado nas
aldeias da margem direita do Zêzere
ao longo da barragem do Cabril, de
cuja apresentação destaco as seguintes ideias força:
- Criação de uma Rota Turística,
que poderia ser alargada às restantes zonas do concelho (Fajão, Santa
Luzia, Janeiro de Baixo, etc.);
- Potenciar o património natural
(beleza paisagística do Vale do Zêzere);
- Valorizar o património arquitetónico e revitalizar a gastronomia local;
- Incentivar atividades e produtos
endógenos de interesse turístico;
- Promover as tradições musicais e
culturais;
- Desenvolver a experiência e a
qualidade na organização de eventos;
- Potenciar e dinamizar as infraestruturas coletivas existentes nas várias
localidades (muitas delas fechada na
maior parte do ano);
- Motivar e formar recursos humanos (acrescentaria agora “, atraindo
profissionais interessados em enfrentar novos desafios”);
- Apoiar iniciativas privadas e coletivas de interesse turístico (a Casa da
Professora, em Maria Gomes foi um
exemplo com algum sucesso);
- Seguir os melhores exemplos de
qualidade e dimensão (os passeios de
barco, o golfe e a hotelaria eram alvos
motivadores).
Não existe um único modelo de
desenvolvimento possível, mas parece-me que é muito importante incentivar a criação de empresas vocacionadas para a atividade turística, que
apostem na qualidade e inovação,
procurando ganhar dimensão, através
de parcerias com operadores turísticos e empresas similares de outras
regiões do país e dos espaços económicos em que Portugal se integra
(União Europeia, Países Lusófonos,
etc.).
É preciso acreditar e seguir o exemplo dos empresários e outros pampilhosenses de sucesso, que nas suas
áreas de atuação souberam conquistar o prestígio que já tem ajudado
a Pampilhosa da Serra, quando são
identificados com as suas origens.
Sem menosprezo para todos os
outros, dou como exemplos o Tony
Carreira e o Acácio Teixeira (Seaside).
Mais uma vez, termino sem querer
tirar conclusões, já que o meu objetivo é tão-somente provocar reflexões
e motivar quem seja capaz e tenha
vontade de ajudar construir um futuro risonho para o concelho da Pampilhosa da Serra.
Até á próxima.
É
um elemento recente na
paisagem de Pampilhosa da
Serra a deslumbrante beleza das Mimosas em flor, que nos
primeiros meses do ano dão colorido as encostas e vales desta região
serrana do interior do país.
Os pampilhosenses e os visitantes
do território do concelho assistem
aparentemente indiferentes a esta
“invasão de colorido amarelo” que, por
causar agradável sensação, parece ser
tolerada pelas populações, embora
esta espécie exótica provoque graves
impactos ecológicos e socioeconómicos.
O artigo publicado na edição anterior acerca desta temática abordou a
origem australiana desta espécie e a
sua introdução fora do seu habitat
natural, designadamente na Europa e em particular no nosso país e
região, bem como a forma como
vem aumentando a área ocupada.
Nesta edição continuamos a abordar esta problemática, apresentando a caracterização desta espécie, e
os fatores que potenciam a invasão
dos ecossistemas, com a consequente diminuição da biodiversidade e
degradação de paisagens como as do
concelho de Pampilhosa da Serra.
Caracterização da Espécie
A Acacia é o maior género da
subfamília Mimosoideae e o segundo
maior da família Fabaceae (Leguminosae) e inclui cerca de 1.200 espécies de árvores e arbustos
O nome de Acacia tem origem no
grego akakia, que significa pontiagudo ou espinho, porque muitas espécies deste género são espinhosas. Na
Austrália, as espécies deste género
são comumente conhecidas como
wattles, e por todo mundo são mais
conhecidas como acácias ou mimosas.
Segundo Paiva (1999), a descrição da Mimosa, de nome científico
Acacia dealbata, foi publicada em
1822 pelo botânico alemão Heinrich Friederich Link, possivelmente a partir de uma planta cultivada.
A Acacia dealbatta Link. pode ser
caracterizada como um arbusto ou
árvore de pequeno porte e tronco
ereto, geralmente com 12 a 15 m
de altura, podendo excecionalmente
atingir 30 m, com folhagem perene e
copa cónica ou arredondada.
Apresenta rebentos foliares brancos, cremes ou dourados, aveludados, e folhas herbáceas bipinuladas
de cor verde-azulada ou prateada,
recompostas, com 10-26 pares de
pínulas, por sua vez com 20-50 pares
de folíolos. As flores são pentâmeras, amarelo-douradas, perfumadas,
reunidas em capítulos de 5 a 6 mm
de diâmetro. Os frutos são vagens
castanho-avermelhadas, com 5 a 8
cm de comprimento, que contêm as
sementes que se libertam para o solo
após maturação.
Os espécimes de Acacia dealbata
(mimosa) têm uma longevidade no
Anselmo Lopes
Breve nota: Por lapso, no texto
anterior (sobre “Memórias do Regionalismo”) apareceu escrito que
conheci o amigo Armindo Antunes
em 2014, mas de facto o que queria
escrever era Setembro de 2004.
16
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
seu habitat nativo que não ultrapassa os 70 anos. O seu crescimento é
rápido na fase juvenil, podendo ser
superior a 1 - 1,5 metros de altura
por ano, estão adaptados a habitats
com climas temperados com precipitação média anual entre os 600 e
os 1000 mm, tendo boa tolerância
ao frio e ao gelo, com rebentos que
sobrevivem a temperaturas até -7,5°
C.
Características potenciadoras de
invasão de ecossistemas
Características comuns das espécies exóticas invasoras são a reprodução e crescimento rápido, alta
capacidade de disseminação, capacidade de se adaptar fisiologicamente
às novas condições, capacidade de
sobreviver numa grande variedade
de disponibilidade de nutrientes
numa ampla gama de condições
ambientais. A invasão de ecossistemas por espécies exóticas, surge
devido ao facto de estas não terem
predadores naturais e concorrentes,
tal como tinham no seu ambiente
nativo que normalmente controlavam a sua população.
Podemos afirmar a capacidade
de invasão que a Mimosa possui se
deve a diversos atributos biológicos que podemos dividir em quatro
categorias principais: capacidade de
tirar vantagens das perturbações;
plasticidade fenotípica; reprodução
vegetativa; e alelopatia.
As perturbações dos ecossistemas podem ser de diferentes tipos e
intensidades. São exemplos a intervenção humana na movimentação
de solos na abertura de estradas ou
aceiros, o fogo, ou perturbações
naturais como derrocadas ou cheias,
são comuns e generalizadas na maioria dos ecossistemas, tal como se
verifica em Pampilhosa da Serra,
constatando-se que os locais não
perturbados são menos vulneráveis
à invasão, pelo que, existe a possibilidade de as espécies invasoras tirarem vantagem das perturbações nos
habitats para os invadir. Além disso,
a Mimosa depende muito do revolvimento do solo, que favorece o seu
estabelecimento e brotamento. Por
outro lado, as acácias precisam de
fogo para germinar e se disseminar.
A perturbação do habitat pode
resultar na desagregação física da
superfície do solo e na exposição
do solo à luz e a maiores oscilações
de temperatura, o que aumenta a
disponibilidade de alguns nutrientes. Esta disponibilidade pode favorecer espécies de rápido crescimento
como a Mimosa e promover a sua
dominância, conduzindo à invasão.
Por outro lado, a perturbação do
habitat pode conduzir à exclusão
das espécies nativas durante longos
períodos de tempo, condicionando
os mecanismos naturais de regeneração. A perturbação pode ainda
interferir com os bancos de sementes de Mimosa que persistem no
solo ao longo de um período dilatado de tempo, o que pode explicar o repentino aparecimento de
uma população invasora após uma
perturbação, como por exemplo
após um incêndio florestal, situação
infelizmente recorrente no concelho
de Pampilhosa da Serra.
A Mimosa é altamente resiliente
a incêndios florestais. O sucesso da
sua regeneração é potenciado após
um incêndio florestal, quer por via
da germinação das sementes, quer
por multiplicação vegetativa, sendo
uma das primeiras espécies a surgir
após um episódio de fogo, visto que
facilita a germinação das sementes de
casca dura. A sua presença mantém-se no tempo com um importante
banco de sementes no solo, onde
aguarda o ciclo seguinte de perturbação e regeneração.
Esta espécie tem ainda a capacidade para alterar o seu crescimento
e desenvolvimento, em resposta a
alterações no ambiente. Ao alterar
parâmetros fisiológicos em resposta
às condições ambientais, as Mimo-
efeitos alelopáticos, definidos como
a interação negativa de uma planta
sobre outra, através da libertação de
compostos químicos no ambiente,
permitindo assim à Mimosa tornar-se invasora bem-sucedida.
A floração da Mimosa parece estar
relacionada com um aumento de
capacidade fitotóxica, que coincide
no tempo com a época de germinação de sementes de outras espécies do sub-bosque nativo, o que
aumenta o seu caráter alelopático. As
substâncias fitotóxicas são libertadas
pelas folhas e flores, são dissolvidas
e arrastadas para o solo pela água da
chuva que interceta as flores da planta, particularmente as que se encontram caídas e em decomposição à
superfície do solo.
Podemos destacar que a Mimosa
possui como principais características potenciadoras de invasão, o seu
desenvolvimento preferencial é em
ecossistemas localizados em terrenos frescos dos vales, solos siliciosos, zonas montanhosas, margens de
cursos de água e de vias de comu-
rurais do interior como é o concelho de Pampilhosa da Serra, são
uma consequência das transformações socioeconómicas que levaram
ao despovoamento e ao abandono
das terras agrícolas e florestais. Este
abandono provocou um considerável aumento da biomassa combustível no ecossistema, devido à redução de pastoreio e recolha de lenha,
levando ao aumento do número e
dimensão dos incêndios florestais,
sendo esta uma perturbação que
potenciou a invasão por espécies
como a Mimosa.
Na próxima edição faremos uma
descrição dos impactos ecológicos e
socioeconómicos que decorrem da
invasão de ecossistemas vulneráveis
como os que existem no território
do concelho de Pampilhosa da Serra.
Por: Carlos Simões1
Fotos do autor
_______________
1 Geógrafo. Licenciado em Geografia e Desenvolvimento pela Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias; Mestre em Gestão do Território, especialização em Recursos Naturais e Ambiente, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa.
Bibliografia:
sas são capazes de se adaptar a uma
variedade de ambientes e, assim,
utilizar uma gama mais ampla de
habitats. As alterações climáticas
globais podem estar a reforçar o
seu potencial invasor, aumentando
assim as áreas suscetíveis à colonização.
Para além da reprodução por
sementes, a expansão de Mimosa, é
potenciada pelo fato de possuir um
sistema radicular (raízes) com capacidade de brotamento, o que resulta
na formação de lançamentos aéreos
a certa distância da planta original e
a capacidade de se reproduzir vegetativamente através da formação de
rebrotamentos que surgem da touça
ou da raiz depois de ser efetuado
um corte ou dano, dando à planta
uma alta capacidade para resistir a
maioria dos tipos de controlo mecânico. A sua invasão rápida de novos
ambientes pode ser facilitada pela
grande capacidade de crescimento
por reprodução vegetativa.
A reprodução poderá ainda ser
por via seminal, pela produção elevada de sementes que se acumulam no
solo, permanecendo viáveis durante muitos anos. As sementes são
dispersas por animais, sobretudo por
pássaros e formigas, por vezes por
ventos fortes, o que leva à formação
de focos de invasão dispersos e afastados das áreas invadidas. Contudo, a maioria acumula-se debaixo
da copa da árvore onde se formam
bancos de sementes numerosos.
As sementes podem permanecer
viáveis no solo durante muito tempo
havendo uma estimativa que aponta
para um período de viabilidade que
pode atingir 300 a 400 anos.
No solo, a Mimosa tem também
nicação, tornando-se potencialmente invasora em terrenos alterados,
principalmente após os incêndios
florestais, por ausência de inimigos e
espécies competidoras naturais.
A invasão dos ecossistemas por
plantas exóticas lenhosas em áreas
Fernandes, M. (2008) Recuperação Ecológica
de Áreas Invadidas por Acacia dealbata Link no
Vale do Rio Gerês: Um Trabalho de Sísifo? Dissertação de Mestrado, UTAD, Vila Real.
Marchante, H., Morais, M., Freitas, H. &
Marchante, E. (2014). Guia prático para a identificação de Plantas Invasoras em Portugal. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
207 pp.
Marchante, E. (2007). Invasion of Portuguese
coastal dunes by Acacia longifolia : impacts on soil
ecology. Tese de doutoramento. Universidade
de Coimbra.
Paiva, J. (1999). Acacia Mill. In: S. Castroviejo (coord.) Flora Iberica. Plantas Vasculares de
la Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. VII (I),
Leguminosae. pp. 11-25. Madrid: Real Jardín
Botánico.
Simões, Carlos (2015). A Degradação da
paisagem e a sua perceção após invasão pela espécie Acacia dealbata Link. O caso da Região do
Alto Ceira. Dissertação de Mestrado. Lisboa:
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa.
17
Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
Desporto
RICKY FOI O MOTOR DE UMA VITÓRIA JUSTA
LAGARES DA BEIRA 2 - 3 PAMPILHOSENSE
22ª Jornada da Divisão de Honra
AF Coimbra
Complexo Desportivo de Lagares
da Beira
Assistência: cerca de 100 espectadores
Árbitro: Renato Carvalho
Assistentes: Diogo Santos e António
Henriquez
Ao intervalo: 1-1
Pampilhosense: João Pedro, Tavares (Galego 45m), Carlos Lima,
Carapau, Rabeca, David Gonçalves, Gravata, Flávio Salgado, Ricky,
Ratana (David Lopes 70m) e Valada (Figueiredo 92m).
Suplentes não utilizados: Folhas,
Nuno Batista, Cristiano e Ricardo
Almeida
Treinador: Carlos Alegre
Lagares da Beira: Pantanal, André,
Paulo Lopes, Rola, Diogo (Coutinho 71m), Hugo, Pedro Batista,
Nuno Cunha, João Costa (Luís
Rodrigues 80m), João Paulo e Gírio.
Suplentes não utilizados: Bruno,
João Campos e José Vitorino.
Treinador: João Bernardo
DIAL
FABRICO DE PASTELARIA E PADARIA PARA REVENDA
35 anos ao serviço dos clientes
Gerência de Paulo Simão
RUA SABINO DE SOUSA Nº 5 – A/B
1900-370 LISBOA
TELEFONES 218132523/218128086
Ação disciplinar:
Amarelos: Rabeca 58m e David
Lopes 82m (Pampilhosense);
Nuno Cunha 61m e Paulo Lopes
57m e 90m (Lagares da Beira)
Amarelos por acumulação: Paulo
Lopes 90m (Lagares da Beira).
Golos: Ricky 13m e 67m e Ratana 63m (Pampilhosense); Nuno
Cunha 21m e Luís Rodrigues 81m
(Lagares da Beira).
O Pampilhosense queria em
Lagares da Beira conquistar o
primeiro triunfo fora da segunda volta, isto depois da excelente
campanha realizada na primeira
metade do campeonato na condição de visitante. Com os três
pontos amealhados a equipa serrana subiria algumas posições e ficaria mais confortável na tabela. Do
outro lado estava um Lagares da
Beira em posição difícil na tabela,
mas sem perder em casa há quatro
Classificação:
jornadas, o que fazia acreditar a
equipa de que a manutenção ainda
seria possível. Para atingir esse
objetivo os três pontos deste jogo
eram fundamentais.
A equipa do Pampilhosense entrou
bem no encontro ao impor o seu jogo
e, resultado disso, aos 13m chegou
à vantagem no marcador depois de
Ratana servir Ricky e este, com um
remate cruzado, a bater Pantanal.
Mas a partir daqui o Pampilhosense
baixou as guardas, e o Lagares da
Beira não se fez rogado para tomar
as rédeas do desafio. E foi sem grande surpresa que, ao 21m, a equipa
da casa chegou a igualdade, depois
de um cruzamento da esquerda de
Hugo com Nuno Coelho a concluir
ao segundo poste. O Pampilhosense ainda tentou reagir, no minuto
seguinte, com Valada a cruzar e Ricky
a chegar ligeiramente atrasado para a
emenda. Mas era o Lagares da Beira
a criar as melhores ocasiões e, aos
32m, o segundo golo esta próximo
de acontecer. Na sequência de um
pontapé de canto Gravata a salvou
a sua equipa sobre a linha de golo!
Antes dos final do primeiro tempo,
aos 42m, nova jogada de perigo para
a baliza de João Pedro, através de um
ataque rápido com Hugo a entrar
na grande área, pela esquerda, mas
rematar ao lado desperdiçando uma
boa ocasião para o Lagares da Beira.
A segunda parte foi cheia de incidências e momentos de perigo juntos
das balizas, primeiramente na de
Pantanal. A equipa pampilhosense
entrou forte, com outra cara, e isso
ficou bem patente logo na bola de
saída com Ratana a cruzar da esquerda e Valada a cabecear para Pantanal executar uma grande defesa. Aos
50m foi Galego a receber um passe
em profundidade e, sozinho
na esquerda,
a rematar por
cima. Pouco
depois, aos
58m, Flávio
Salgado cobra
um livre direto
mas Pantanal
volta a estar
em evidência
com uma boa
intervenção. A
pressão serrana
era tal que, aos
61m, vai forçar
o Lagares da
Beira a cometer
uma grande penalidade, Ratana foi
chamado a converter mas Pantanal
respondeu com mais uma bela defesa. A equipa serrana não desmoralizou com o penalti desperdiçado nem
com o guarda-redes adversário que
parecia estar em tarde inspirada. Prova
disso foi, aos 63m, o excelente passe
de Ricky que deixou Ratana isolado
e, desta feita, o jogador serrano não
desperdiçou nem Pantanal foi capaz
de impedir o golo pampilhosense. A
vantagem da equipa de Pampilhosa
da Serra foi dilatada pouco depois,
aos 67m, com Ricky a cavalgar desde
da linha lateral, entrar na grande área
e fazer, com tranquilidade, o 3-1 para
a sua equipa. Com vantagem de
dois golos o Pampilhosense tentou
controlar o adversário, adversário esse
que arriscou tudo no ataque e começar a dar algum trabalho a João Pedro
através de um futebol mais direto. Os
da casa vão mesmo conseguir reduzir
o marcador para a diferença mínima,
aos 81m, depois de um pontapé de
canto, um cabeceamento à trave e, no
meio da confusão, o recém-entrado
Luís Rodrigues a empurrar para o
fundo das redes. Este lance deu maior
alento ao Lagares da Beira, que até
final ainda dispôs de uma ocasião de
perigo, na sequência de um livre a
que, de novo, Luís Rodrigues surgiu a
cabecear valendo João Pedro a efetuar
uma boa intervenção. Mas até final o
Pampilhosense não deixou fugir os
três pontos.
O Pampilhosense entrou bem e
marcou cedo, mas depois deixou que
o Lagares da Beira impusesse o seu
ritmo conseguindo chegar a igualdade, resultado com que se chegou ao
intervalo. A segunda parte foi diferente, o Pampilhosense entrou forte,
impos o seu jogo, e chegou a uma
vantagem de dois golos de forma
Lagares da Beira 2-3 Pampilhosense
Ançã FC 2-2 Académica OAF B
Próxima Jornada:
Académica OAF B – Carapinheirense
Vigor Mocidade – Cova Gala
União FC – Febres
Sourense – Os Águias
Eirense – Penelense
Poiares – Vinha da Rainha
Condeixa – Lagares da Beira
Pampilhosense – Ançã FC
Jorge Ramos
INFANTIS
PAMPILHOSENSE 3 - 1 AC. GÂNDARAS
17ª Jornada Campeonato de
Infantis Série A AFC
Pampilhosense 3-1 Ac. Gândaras
Resultados:
Lousanense 3-2 Poiares
Oliv. Hospital 1-2 Tabuense
Góis 1-6 Nogueirense
Atl. Arganil 1-3 COJA
Próxima Jornada:
Ac. Gândaras – Oliv. Hospital
Poiares – Tourizense
Nogueirense – Lousanense
COJA – Góis
Tabuense – Atl. Arganil
Classificação:
JUVENIS
PAMPILHOSENSE 2 - 3 AROUCE PRAIA
17ª Jornada Campeonato de
Juvenis Série A AFC
Resultados:
Oliv. Hospital 0-3 Poiares
Pampilhosense 2-3 Arouce Praia
Tabuense 1-0 Tourizense
Góis 0-3 Nogueirense
COJA 6-0 Atl. Arganil
Lousanense 17-0 Mirandense
Classificação:
Próxima Jornada:
Lousanense – Oliv. Hospital
Arouce Praia – Poiares
Tourizense – Pampilhosense
Nogueirense – Tabuense
Atl. Arganil – Góis
Mirandense – COJA
natural. Depois tentou controlar um
Lagares da Beira que nunca se deu
por vencido.
Apesar de o jogo ter momentos de
difícil análise, o trio de arbitragem
teve um trabalho positivo.
Resultados:
Carapinheirense 2-0 Vigor Mocidade
Cova Gala 1-1 União FC
Febres 0-5 Sourense
Os Águias 1-3 Eirense
Penelense 2-0 Poiares
Vinha da Rainha 3-3 Condeixa
CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA
19

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