Stella Maris - Faculdade de Educação da UFMG

Transcrição

Stella Maris - Faculdade de Educação da UFMG
Stella Maris: um periódico escolar como fonte para a história da
educação (São João del-Rei, 1938-1960)
Fabiana de Arruda*
Christianni Cardoso Morais**
RESUMO: O presente trabalho pretende estabelecer um diálogo entre a
História da Educação e a Semiótica para traçar métodos de utilização de
documentos iconográficos, em especial fotografias. Procuraremos demonstrar
como o periódico Stella Maris (publicado pelo Colégio N. Sr.ª das Dores em São
João del-Rei) pode ser tomado como importante fonte para a História da
Educação, principalmente para a análise de imagens fotográficas. As fotos
publicadas pelo jornal, tanto paradas quanto em movimento, permitem que o
cotidiano do Colégio seja, em parte, desvelado e nos dão mostra de como era
criada, naquele período histórico, uma representação da profissão docente entre
as mulheres.
PALAVRAS-CHAVE: imagens fotográficas; fontes documentais; profissão
docente.
ABSTRACT: The present work attempts to establish a dialogue between the
History of Education and Semiotics in order to find methods of utilizing
iconographic documents, especially photographs. We sought to demonstrate
how the serial Stella Maris (published by the College of Our Lady of Sorrows in
São João del-Rei) can be taken as an important source for the History of
Education, principally for the analysis of photographic images. The photos
published by the newspaper, as much static subjects as active, allow that the
everyday life of the College may be, at least in part, revealed and give us a idea
of the creation, in that historical period, of an image of the teaching profession
among women.
KEY WORDS: photograhic images; documentary sources; teaching profession.
*
Estudante do curso de História da Universidade Federal de São João del-Rei. [email protected]
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais, professora do Departamento das
Ciências da Educação da Universidade Federal de São João del-Rei. [email protected]
**
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O objeto de estudo desse trabalho é o periódico Stella Maris, com textos e
fotografias (paradas e em movimento), que constitui uma publicação do começo
do século XX do Colégio Nossa Senhora das Dores, fundado em 1898 na cidade
de São João del-Rei. A escolha do Stella Maris, sobretudo a compilação e análise
de suas fotografias, como base de nossa pesquisa, foi motivada pelo fato de as
representações iconográficas serem consideradas, nos últimos anos, como
extremamente importantes para a História da Educação. Daí a importância de
projetos que, além de uma análise textual, utilizem, prioritariamente, uma
análise iconográfica. Com efeito, não são somente os textos escritos, mas uma
pluralidade de documentos, dentre eles as imagens, que podem nos fornecer
dados relevantes para a pesquisa em História da Educação. Segundo PAIVA, as
reflexões sobre “a recepção, a apropriação e a exploração das imagens” (2004, p
32) têm sido cada vez mais exploradas nos últimos anos. As imagens
fotográficas ou de outra natureza têm sido tomadas não como mera ilustração
para os textos de historiadores, mas sim como fontes a serem analisadas com
uma metodologia específica. As fotografias podem ser transformadas como
fontes na medida em que se consiga identificá-las o suficiente para saber em
que tempo e em que espaço foram efetuadas. Importante ressaltar que “a
imagem não se esgota em si mesma. Isto é, há sempre muito mais a ser
apreendido, além daquido que é, nela, dado a ler ou a ver [...] há [...] lacunas,
silêncios e códigos que precisam ser decifrados, identificados e
compreendidos.” (PAIVA, 2004, p. 19). De acordo com BARROS, “em uma
perspectiva tradicional, a historiografia elegeu os documentos escritos para
registro e, nesses, fatos especiais, eventos, sem vinculá-los a um cotidiano”
(1992, p. 73). De outra forma, a partir de uma constante interlocução com os
historiadores dos Annales,
os prédios escolares expressam um conjunto de idéias, de sentidos
cimentados. As rotinas escolares, as práticas e livros didáticos, os rituais
acadêmicos, a condição de gênero, os eventos, os desfiles, as cerimônias, as
formaturas estão hoje sendo pensados, reconceituados e trabalhados numa
perspectiva abrangente, enquanto documento/monumentos da História da
Educação (1992, p. 76).
De acordo com essa perspectiva, não somente os textos escritos, mas uma
pluralidade de documentos, dentre eles as imagens e, no presente trabalho,
especificamente as fotografias, podem se tornar fontes para a História da
Educação, uma vez que é possível
pensar a fotografia [...] como campo documental, como expressão de
monumentos, construídos por sujeitos sociais, em um esforço para impor ao
futuro determinada imagem de si próprios [...]. [Uma vez em que] a imagem na
fotografia expressa uma teia de relações, um campo de forças que atravessa a
produção daquela imagem (BARROS, 1992, p. 80). [Grifos do autor]
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Muitos pesquisadores têm trabalhado a dimensão imagética do espaço
numa perspectiva histórica. Dentre esses pode-se mencionar FARIA FILHO
(2000), VINÃO FRAGO & ESCOLANO (2001) e BUFFA & PINTO (2002). Há,
dentre os citados, historiadores da educação que se debruçam sobre as
fotografias dos espaços escolares priorizando sua dimensão física ou
arquitetônica. Acreditamos que essa relação entre a escolha do objeto de estudo
encontra-se, muitas vezes, relacionada ao fato de os prédios escolares
(principalmente das últimas décadas do século XIX e primeiras do XX) terem
sido construídos em diversas cidades brasileiras de forma a chamar a atenção
dos que por eles passavam por sua imponência, em lugares centrais, tornandose o que BARROS (2003) nomeou de “cartão postal”. Os trabalhos que tomam
como base as fotografias referentes aos sujeitos escolares são mais escassos.
Importante ressaltar, sob essa perspectiva, o de CIAVATTA (2003). Daí a
relevância do estudo que ora é apresentado, uma vez que prioriza as fotografias
das alunas e outros agentes escolares em diversos momentos do cotidiano do
Colégio Nossa Senhora das Dores.
Segundo Nailda BONATO, ao estudar o caso da Escola Profissional
Feminina do Distrito Federal, no início da Primeira República, o fotógrafo
procura enquadrar toda a cena que lhe interessa registrar. De acordo com a
autora, em muitas fotografias percebe-se a intenção do artista em revelar uma
certa hierarquia dos personagens retratados e o sucesso da instituição. “Por
mais neutra que possa parecer, a fotografia reflete o olhar, a postura do
fotógrafo diante da realidade a ser fotografada” (2004, p. 04). Seguindo a
perspectiva de Kossoy, BONATO entende ser
a atuação do fotógrafo um filtro cultural, tendo por base aspectos como a
eleição de um tema a ser fotografado e o seu respectivo tratamento estético, a
preocupação com a organização visual dos detalhes, a forma de utilização dos
recursos oferecidos pela tecnologia (2004, p. 04).
Como dito acima, a fotografia demorou a encontrar o seu lugar entre as
fontes históricas, sendo incorporada especialmente por Marc Bloch, um dos
fundadores da Revista dos Annales. Seguindo a perspectiva de Mauad,
OLIVEIRA e TAMBARA afirmam que o texto, para essa geração de
historiadores, ganhou contornos mais amplos e passou a incluir toda a
produção material e espiritual humana. (2004, p. 04). Entretanto, OLIVEIRA e
TAMBARA dizem que os documentos fotográficos, assim como as fontes
escritas, “requerem uma crítica externa e uma metodologia de trabalho, que
analise os diversos ângulos deste documento” ( 2004, p. 65) e que ainda hoje
verifica-se um certo preconceito com a utilização das fontes iconográficas em
pesquisas. Há dois motivos para que isso ocorra: um aprisionamento à tradição
escrita e as próprias dificuldades que o pesquisador encontra, entre as quais
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envolvem a realidade fotográfica e também a necessidade de outras fontes para
complementar a pesquisa.
A análise iconográfica tem o intuito de inventariar e classificar o
conteúdo da imagem, permanecendo no aspecto literal e descritivo. Sua
utilização no apoio à análise de informações escritas, sobretudo em periódicos,
é bastante relevante.
Em se tratando de estudos feitos por diferentes observadores, é possível
que se encontre variados pontos de vista, o que se torna um problema.
Contudo, OLIVEIRA e TAMBARA afirmam que isso não ocorre apenas com
esse tipo de fonte, visto que o pesquisador em diversas áreas irá confrontar-se
com respostas condizentes às suas representações, seu passado e sua formação.
Passando a relatar a história do Colégio N. Srª das Dores, pode-se
afirmar que esta se encontra imbricada à da Santa Casa de Misericórdia de São
João del-Rei. Portanto, faz-se necessário, primeiramente, caracterizar o processo
de constituição desse estabelecimento de saúde. Na Vila de São João del-Rei o
tratamento da saúde dos presos e doentes pobres foi, a princípio, feito pela
Irmandade de São Miguel e Almas, fundada em 1716. No ano de 1783, segundo
o Sr. Luiz de Mello Alvarenga, o Ermitão Manoel de Jesus Fortes criou a Casa de
Caridade. Em 31 de outubro de1816 foi dada a Provisão Régia para a criação da
Santa Casa da Misericórdia, que iniciou seus trabalhos a 31 de janeiro de 1817.
A Santa Casa da Misericórdia de São João del-Rei tinha como finalidade tratar
dos doentes e presos pobres, recolher e criar as crianças órfãs. De sua fundação
até o ano de 1819, a Santa Casa só abrigava doentes internados na condição de
pobres e indigentes. A partir de agosto do mesmo ano, de acordo com uma
reunião da Mesa Administrativa, ficou a mesma Casa responsável em atender
os chamados doentes “pensionistas”, no intuito de conseguir verbas para
manter os tratamentos dos doentes pobres. A criação dos “expostos”, que era
legada à Câmara Municipal, passou, a partir de 1832, a ser de responsabilidade
da Santa Casa, ficando a Câmara comprometida a repassar 1/6 de seus
rendimentos anuais para auxiliar na manutenção dos órfãos. Em 21 de agosto
de1870 foi inaugurado o prédio do Recolhimento das Expostas, que tinha a
finalidade de abrigar, educar e preparar as órfãs sob todos os aspectos da vida
moral e espiritual. No ano de 1887 a Câmara Municipal determinou o
fechamento da Roda dos Expostos, assim como o fornecimento de remédios e
assistência médicas aos presos pobres. Portanto, ficou a cargo da Santa Casa a
manutenção das órfãs alocadas no Asilo das Expostas, o que deveria ser feito
com recursos próprios.
Em 1889 as Irmãs Vicentinas vieram da França para São João del-Rei com
a atribuição de organizar o funcionamento e manter a Santa Casa (tendo como
Madre Superiora a Irmã Matricon). Deram também início ao projeto de
construção de um novo prédio para o Recolhimento das Expostas, assim como
um colégio que arrecadaria fundos para a manutenção das órfãs.
O Acervo da Santa Casa foi organizado e descrito durante a execução do
projeto Levantamento, organização e classificação dos documentos e obras raras dos
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arquivos e bibliotecas de São João del-Rei e Tiradentes, desenvolvido em 1996 sob
coordenação da Professora Titular aposentada Lucy G. Fontes Hargreaveas(da
Escola de Ciência da Informação da UFMG), na época pesquisadora visitante
pela FAPEMIG, e outros profissionais e bolsistas da então FUNREI (atual UFSJ).
Há disponível na Internet um Guia de Fontes dos documentos da
instituição que pode ser encontrado no endereço http://www.ufsj.edu.br
(procurar: pesquisa – laboratórios – Laboratório de Conservação de Papel). Esse
corpus possui 142 códices e 6.439 documentos avulsos, referentes à Santa Casa,
como termos e deliberações da mesa administrativa, relatórios anuais, receita e
despesa, esmolas e pedidores, aluguéis de casas e escravos, óbitos e batizados,
registros de expostos, farmácia, conhecenças e sepultamentos, atestados de
óbito, correspondências, cartas de alforria, relações de pensionistas e
pagamentos, guias de internação, receituário etc. No mês de julho de 1996
foram encontrados nos porões do Colégio Nossa Senhora das Dores os
documentos avulsos pertencentes à Santa Casa. Essa documentação se
encontrava sob a custódia do Colégio Nossa Senhora das Dores porque o
mesmo fazia parte do conjunto arquitetônico da Santa Casa.
Ao assumir a Santa Casa, as Irmãs constataram que a mesma passava por
dificuldades financeiras. A construção do Colégio Nossa Senhora das Dores,
uma instituição particular, foi o meio a partir do qual as Vicentinas puderam
manter o funcionamento do referido estabelecimento de saúde. Conhecido na
cidade como “O Gigante Azul”, o referido colégio foi construído com dinheiro
arrecadado pelas Irmãs. Sua conclusão se deu em 1898, tendo sido inaugurado
no dia 15 de setembro do mesmo ano. Tinha capacidade para abrigar cem
alunas internas e mais outras tantas externas, sendo referência na região no que
diz respeito à formação primária, “ginasial” e “secundária” do sexo feminino.
Atualmente o Colégio Nossa Senhora das Dores não pertence à Santa
Casa. As Irmãs deixaram sua direção em 1962. O estabelecimento de ensino foi
vendido em julho deste ano para a Ordem de São Vicente de Paula, que o
arrendou a terceiros, em regime de comodato. Essa instituição escolar existe até
hoje. Trata-se ainda de uma escola particular que oferece Pré-Escola (03 a 06
anos de idade) e os níveis Fundamental e Médio de ensino, nos turnos matutino
e vespertino.
Visto o processo de constituição do referido Colégio, partimos para o
nosso objetivo, que é demonstrar como o periódico Stella Maris pode ser tomado
como uma importante fonte para historiadores da educação, priorizando
aqueles que analisam imagens fotográficas. Existem exemplares dos anos IX ao
XII; XXXI e XXXII, correspondentes aos seguintes intervalos de tempo: 19381952 e 1960-1963. Além de textos das alunas, professoras ou de autoridades
eclesiásticas, lendas, contos com fundo moral católico etc., o periódico contém
fotografias de excursões feitas pelas estudantes (ao Rio de Janeiro, Petrópolis,
São Paulo, Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana etc.), das horas de recreio,
cenas de peças teatrais, de bailados, de apresentações de orfeões (coros), de
jogos de vôlei, ginástica recreativa e de desfiles pelas ruas da cidade em datas
comemorativas (07 de setembro, procissões, aniversário do Colégio, semana
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eucarística). Há também fotos das alunas na escada em frente ao Colégio, que
normalmente eram tiradas após o retorno das viagens.
As fotografias permitem conhecer algo do cotidiano da instituição, bem
como suas atividades: os passeios culturais, as vitórias no esporte, a beleza
estética dos bailados, peças e coros. Verifica-se ainda no periódico Stella Maris
fotografias das turmas de concluintes em seus uniformes do dia-a-dia e das
alunas que se destacavam em suas classes no último ano de estudos, as
“formandas homenageadas”. As fotos eram seguidas de pequenas
autobiografias e, em alguns casos, frases elogiosas das professoras acerca dessas
alunas, apelidos pelos quais eram conhecidas na turma etc.
Até o presente momento foram analisados os jornais publicados entre
1938 e 1963. Os dados fotográficos e de outras imagens publicadas no periódico
foram contabilizados, descritos e podem ser observados nos quadros que se
seguem:
NÚMERO
01
02
03
04
MESES
Março/Abril
Maio
Junho/Julho
Agosto
05
Setembro
06
Outubro/
Novembro/
Dezembro
Stella Maris, Ano IX, 1938
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Não há.
Não há.
“Jesus zelator” (p. 02).
Foto de vista parcial de SJDR: homenagem ao
centenário da cidade (p. 01);
Foto do interior da Igreja Matriz (p. 02);
Foto do trecho da avenida Rui Barbosa (SJDR; p. 07).
Não há.
Imagem de “Jesus zelator” (p. 01);
Foto em movimento das excursionistas (professoras
e alunas) na Barra da Tijuca- RJ (p. 02);
Foto parada de quatro alunas sentadas na escada
frontal do referido Colégio (p. 07);
Foto parada das integrantes da diretoria do
Conselho de Estudantes de 1938 (p. 08);
Foto parada do professor José Lopes de Faria (p.09);
Foto em movimento das alunas em uma excursão ao
Corcovado- RJ (p. 11);
Foto parada das alunas que compunham o grupo de
diplomandas desse ano (p. 12);
Foto parada das alunas do terceiro ano normal de
1939 (p. 15);
Foto em movimento do primeiro e segundo anos
normal em aula de educação física (p. 16);
Foto parada das representantes da diretoria do
Grêmio litero-esportivo “Alberto Magalhães” (p.
16);
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Foto em movimento de um jogo de vôlei realizado
numa excursão a Petrópolis-RJ: “Nossa Senhora das
Dores x Santa Isabel” (p. 17);
Imagem de “Maria Imaculada” (p. 20).
NÚMERO
MESES
01
Março/Abril
02
Maio
03
04
Junho
Julho
05
06
Agosto
Setembro
07
08
Outubro
Novembro
NÚMERO
MESES
02
Abril
04
Junho
05
Julho
06
Agosto
07
Setembro
Stella Maris, Ano X, 1939
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Foto parada do Papa “Pio XI”, em homenagem à
sua memória (p. 01);
Foto parada do padre Ottoni, que faleceu no fim
de novembro de 1938 (p. 02).
Imagem de Maria Imaculada (a mesma presente
no exemplar do encerramento do ano letivo de
1938 – p. 01).
Não há.
Imagem de São Vicente de Paula (acompanhado
de uma criança – p. 01).
Imagem de Maria (com vários anjos – p. 01).
Imagem de N. Sra. das Dores (p. 01);
Foto do Colégio N. Sra. das Dores (p. 03).
Foto parada das excursionistas ao RJ (p. 02).
Imagem de Jesus Cristo (p. 01);
Foto parada do Pe. Osvaldo de Fonseca Torga
(paraninfo das diplomandas de 1939 – p. 01);
Imagem de Maria Imaculada (p. 02);
Fotos paradas das 47 diplomandas de 1939,
organizadas em ordem alfabética. Destaca-se a
oradora (p. 02 a 16).
Stella Maris, Ano XI, 1940
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Não há.
Foto parada dos times de vôlei “Blanc” e “Chaud”
homenageando a Irmã Blanchot (p. 01);
Foto em movimento do jogo acima referido (p.
02).
Imagem de São Vicente de Paula (acompanhado
de uma criança – p. 02).
Foto parada de D. Silvério (p. 01);
Imagem de Maria (com vários anjos – p. 03).
Foto em movimento do desfile do dia 07 de
setembro (p. 01);
Imagem de N. Sra. das Dores (p. 02);
Foto da Capela de N. Sra. das Dores (p. 03);
Foto da fachada principal do Colégio N. Sra. das
Dores (p. 04).
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08
09
Outubro
Novembro
NÚMERO
MESES
01
Março
02
Abril
03
Maio
04
Junho
05
Julho
06
07
Agosto
Setembro
NÚMERO
MESES
05
Dezembro
Foto parada do Pe. Eugênio Pasquier (p.01).
Foto parada das alunas sentadas na escada frontal
do Colégio, ao regressarem de excurssão ao RJ (p.
01).
Stella Maris, Ano XII, 1941
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Foto parada do Cônego Antônio Carlos Rodrigues
(p. 01);
Foto parada das professoras de 1940 (p. 02).
Foto parada de Getúlio Vargas (comemoração do
dia 19 de Abril – p. 01);
Foto parada do Pe. Eugênio Pasquier (p.02);
Imagem de Tiradentes (p. 03).
Imagem de Maria (p. 01);
Foto parada do Pe. Aristides Clemente (p. 02).
Imagem de Jesus Cristo (p. 01);
Foto parada do Cônego Modesto de Paiva (p. 02).
Imagem de São Vicente de Paula (acompanhado
de uma criança – p. 01).
Imagem de Maria (com vários anjos – p. 01).
02 fotos em movimento de desfile de 07 de
setembro (em ângulos diferentes – p. 01);
Imagem de N. Sra. das Dores (p. 03);
Foto do Colégio N. Sra. das Dores em
comemoração à festa de 15 de setembro (p. 04).
Stella Maris, Ano XII, 1952
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Foto parada das professoras (p. 01);
Foto parada das alunas da 4.ª série ginasial (p. 01);
Foto parada de 03 alunas (p. 05);
Foto parada de 05 alunas (p. 06);
Foto parada de 06 alunas (p. 07);
Foto parada de 05 alunas na grade frontal do
Colégio (p. 08);
Foto parada de 05 alunas (p. 09);
Foto parada de 05 alunas (p. 10);
Foto parada de 06 alunas da 4.ª série e 02 Irmãs (p.
11);
Foto parada de 05 alunas da 4.ª série (p. 12);
Foto parada de 06 alunas da 4.ª série (p. 12);
02 fotos paradas das alunas em excursão ao RJ (p.
13);
Foto parada das alunas na excursão acima
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referida (p. 14);
Imagem de N. Sr.ª das Graças (p. 15);
Foto parada de 04 alunas (p. 15);
Foto parada de 06 alunas (p. 15);
Foto do Colégio N. Sra. das Dores (p. 20).
NÚMERO
01 (1960)
02
03
04
05
06
01 (1961)
02
04
05
06
01 (1962)
02
03
Stella Maris, Ano XXXI, 1960 a 1962
MESES
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Abril
Não há.
Abril
Não há.
Maio/Junho
Não há.
Agosto
Não há.
Setembro
Imagem
de
São
Vicente
de
Paula
(acompanhado de uma criança – p. 01).
Novembro
Não há.
Março
Não há.
Maio
Foto parada de D. Delfim Guedes (p. 02).
Agosto/Setembr Não há.
o
Outubro/
Não há.
Novembro
Novembro
Não há.
Junho
Não há.
Agosto
Foto parada da Irmã Eunice Rocha (p. 03).
Outubro
Não há.
NÚMERO
MESES
01
Junho
Stella Maris, Ano XXXII, 1963
FOTOGRAFIAS/IMAGENS/PÁGINAS
Foto parada do Papa João XXIII em homenagem
ao seu falecimento (p. 01).
Numa constante interlocução com a História da Educação e a Semiótica,
após a descrição e indexação dos dados, busca-se refletir sobre esse corpus
documental como importante para a História da Educação. A partir de uma
classificação inicial das fotografias, percebemos que alguns “temas” ou séries se
repetem.
Dentre as 104 fotografias analisadas até o momento, contabilizamos 09 de
prédios, como o próprio Colégio ou outros espaços públicos da cidade e 95 de
agentes escolares (professores, diretores e alunas) e de pessoas homenageadas.
Dessas 95 fotografias de pessoas, 86 encontram-se em poses paradas e apenas 09
em movimento. As alunas são os sujeitos escolares mais fotografados, havendo
delas 71 imagens paradas e 09 em movimento. Essa disparidade entre os
números revela-nos o quanto a prática de fotografar pessoas em movimento era
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pouco utilizada no momento histórico vivido, dadas as dificuldades técnicas
existentes.
A respeito das fotografias paradas, percebemos que a maioria dos
fotografados encontra-se na posição diagonal. Assim, com as técnicas do
período, os fotógrafos utilizavam mais dessa posição para que aproveitasse a
luz, dando a noção de profundidade desejada. A Semiótica é utilizada nessa
pesquisa como um instrumento para abordar as imagens, “a fim de descobrir
como [as mesmas] produzem sentido” (PENN, 2002, p. 319). Para a análise
semiótica de imagens paradas, PENN afirma que o pesquisador deve valer-se
de um conhecimento cultural específico para entender a mensagem das
imagens e, quando possível, construir uma metodologia, a qual deve se basear
em “uma matriz de todos os elementos identificados, e conferir se as relações
recíprocas entre cada par de elementos foi ao menos considerada” (2002, p.
332). A compreensão das fotografias paradas como uma produção de sentido de
um determinado tempo e um determinado espaço de formação de profissionais
da educação é importante na medida em que se percebe uma materialidade
impregnada de um discurso específico, que pode ser entendido e explicado.
Dessa forma, a noção de neutralidade da fotografia, de “espelho do real”, é
questionada. Procuramos desmistificar esse processo de “naturalização” da
fotografia como “decalque do real”, considerando que a imagem fotográfica é
uma elaboração do vivido, podendo se constituir como um importante
componente de construção cultural (VIDAL, 1998, p. 76). As fotografias paradas
em questão são pensadas como um conjunto “paradigmático” de imagens
perenes, “clássicas”, signos que podem e devem ser decifrados para que se
compreenda, futuramente, como foi construída, dentro desse espaço de
formação de docentes, uma representação do “ideal de ser professora”. As
posturas se encontram repletas de intencionalidade: um modo de ver
materializado e exposto que “alfabetizava” o olhar daquelas que ingressavam
no colégio, daqueles que mantinham contato com o periódico publicado ou as
profissionais ali formadas. Ou seja, tornar explícito que aquelas imagens não
são “neutras”, que se pretendia construir, no período em que as imagens foram
efetuadas, uma identidade profissional da qual as futuras professoras deveriam
se apropriar. Esse “habitus profissional” precisava ser refletido no próprio modo
das alunas se apresentarem, ou seja, a subjetividade tornava-se objetiva no
modo de se vestir, pentear, sorrir (ou não) e de olhar para a câmera. Assim,
pode-se perceber que as professoras formadas no Colégio N. Sr.ª das Dores
distinguiam-se das demais mulheres a partir de certos atributos que
informavam que as profissionais da educação pertenciam a um lugar social
hierarquicamente superior às iletradas ou pouco letradas. Em muitas imagens
do periódico, percebemos que a pose das personagens e a distribuição dos
objetos que constituem o cenário desejado pelo fotógrafo ou pelas fotografadas
eram cuidadosamente pensados e articulados. Assim foram feitas as fotos
paradas. Não há indícios, até o presente momento, dos autores das fotografias
(fotógrafos) e nem da maneira como eram contratados.
Já no caso das 09 fotos em movimento, os personagens parecem mais a
vontade, como se estivessem sido surpreendidos pelo fotógrafo, principalmente
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nos momentos de prática esportiva oferecidos pelo Colégio tanto no seu interior
quanto nas excurssões. O vôlei aparece como o esporte mais fotografado e
divulgado pelo Stella Maris.
Observamos também no periódico jogos de advinhações, charadas,
piadas. Entretanto, é importante observar que todas as brincadeiras e
descontrações se fundamentavam na moral e nos “bons costumes” da Religião
Católica.
Além das fotografias, encontram-se nos periódicos 19 imagens de
variados santos e santas importantes para as vicentinas e apenas uma imagem
de Tiradentes. As imagens de santos eram publicadas em quase todos os
exemplares, em especial as de Nossa Senhora das Dores e de São Vicente de
Paula, confirmando a religiosidade regente na educação dada àquelas
estudantes.
No caso de falecimento de pessoas ligadas ao Colégio e de seus
familiares, o anúncio era feito através do periódico, fornecendo informações do
dia do falecimento, do local e horário do sepultamento.
Como dito acima, percebe-se a freqüência de fotos em homenagem às
pessoas consideradas no momento como as mais importantes da cidade,
sobretudo do Colégio. Dentre esses, os padres estavam entre os mais
homenageados. Nota-se a presença de textos referentes às datas consideradas
historicamente importantes do mês em questão, como dia 21 de abril (dia de
Tiradentes), 07 de setembro (Independência do Brasil) etc.
Nossas primeiras análises sugerem que a publicação do periódico Stella
Maris tinha a intenção de produzir uma representação do Colégio e das alunas
que se tornariam professoras, tanto a partir dos textos, quanto das fotografias
publicadas. Essa representação nos mostra, através das fotografias, mulheres
sérias, comedidas, bem vestidas e penteadas, na maioria das vezes com um
certo ar de contentamento, principalmente dentre as que iam se formar. Pessoas
organizadas, com forte formação religiosa e, ao mesmo tempo, que mostravam
sua saúde e força física através da prática de esportes. Preparadas para se tornar
boas professoras, esposas e mães, capazes de realizar funções consideradas
importantes para o sexo feminino. Essa representação está intimamente ligada
com o momento histórico vivido, no qual as mulheres começavam a fazer parte
da cena pública e a ingressar mais fortemente no mundo do trabalho, mas ao
mesmo tempo não deixavam totalmente o lar e seus afazeres domésticos.
Dessa forma, numa análise da materialidade do jornal em seus variados
aspectos, especialmente estudando as representações iconográficas, procuramos
demonstrar como essa fonte pode contribuir para os historiadores que
pretendem entender a cultura e a escolarização feminina em Minas Gerais.
Simultaneamente ajudar a compreender, num estudo que irá relacionar o
contexto interno do Colégio com o contexto externo, dado pela sociedade da
época, o processo de relativa emancipação feminina então vivido.
Finalizando, a fotografia pode ser transformada em documento para a
História da Educação ao ser considerada não apenas como ilustração, mas como
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um discurso social e historicamente construído. Discurso diferente dos
documentos escritos e que merece um tratamento especial, pois pertence a uma
lógica específica, que tanto ilumina quanto obscurece o passado ao qual se
reporta, que inclui e exclui os agentes históricos (BARROS, 2003).
FONTES:
Stella Maris, São João del-Rei, Anos IX-XII; XXXI e XXXII, 1938-1952, 1960-1963.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, Luiz de Mello. Efemérides da Santa Casa da Misericórdia de São João
del-Rei. (mimeo).
BARROS, Armando Martins de. A escola nas práticas discursivas ao olhar:
sociabilidade e educação na cidade do Rio de Janeiro ao início do século XX. In:
GONDRA, José et. al (orgs.). Educação no Brasil: história, cultura e política.
Bragança Paulista: EDUSF, 2003. (Estudos CDAPH. Série Historiografia). p. 287309.
___. Práticas de pesquisa e fontes em História da Educação. Palestra. II
Congresso de Pesquisa e Ensino em História da Educação em Minas Gerais.
Uberlândia, 06 a 09/maio/2003.
___. O tempo da fotografia no espaço da História: poesia, monumento ou
documento? In: NUNES, Clarice (org.). O passado sempre presente. São Paulo:
Cortez, 1992. (Col. Questões da Nossa Época; v. 4). p. 69-85.
BONATO, Nailda Marinho da Costa. A escola profissional para o sexo feminino
através da imagem fotográfica. ANPED, 27.ª, 2004, Caxambu (CD-ROM).
BUFFA, Ester & PINTO,
Gelson de Almeida. Arquitetura e educação.
Organização do espaço e propostas pedagógicas dos grupos escolares paulistas,
1893/1971. São Paulo: EDUFSCAR/INEP, 2002.
CIAVATTA, Maria. A Escola do Trabalho – a fotografia como fonte histórica. In:
GONDRA, José et. al (orgs.). Educação no Brasil: história, cultura e política.
Bragança Paulista: EDUSF, 2003. (Estudos CDAPH. Série Historiografia). p. 311332.
FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Dos pardieiros aos palácios. Passo Fundo:
EDUPF, 2000.
OLIVEIRA, M.ª Augusta M. de; TAMBARA, Elomar. A imagem fotográfica
como fonte para a pesquisa em História da Educação. ANAIS DO CONGRESSO
BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, III, Curitiba, 2004.
PAIVA, Eduardo França. História e imagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
(Col. História &...).
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PENN, Gemma. Análise semiótica de imagens paradas. In: BAUER, Martin W;
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Vozes, 2002. p. 319-364.
VIDAL, Diana G. A fotografia como fonte para a historiografia educacional
sobre o século XIX: uma primeira aproximação. In: FARIA FILHO, Luciano
Mendes de (org.). Educação, modernidade e civilização. Belo Horizonte: Autêntica,
1998. p. 73-87.
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subjetividade. A arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
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