FLA0332 Uma História da Antropologia Brasileira

Transcrição

FLA0332 Uma História da Antropologia Brasileira
http://www.fflch.usp.br/da/antropologiahoje/UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
Programa para 2016
1. Disciplina: Uma História da Antropologia Brasileira (Antropologia no Brasil)
2. Código:FLA0332
3. Disciplina requisito ou indicação de conjunto:
4. Curso: Ciências Sociais
5. Créditos - Aula: 4
Trabalho: 4
Total: 8
6. Semestre em que será ministrada: 1º semestre de 2016
7. No. máximo de alunos por turma: 8. Justificativa: Sabe-se que a conformação do campo da antropologia no
9.
Brasil beneficiou-se, entre outras, de complexas dinâmicas de circulação e
intercâmbio de paradigmas e práticas científicas, profissionais e agências e
projetos governamentais que articularam redes acadêmicas transatlânticas
envolvendo centros de estudo estrangeiros, notadamente os EUA e a França.
A presença de pesquisadores estrangeiros no país e sua contrapartida, o
fluxo de alunos brasileiros para o exterior, foi fundamental para a definição
e/ou divulgação de modelos teórico-metodológicos, programas e projetos de
pesquisa, recortes temáticos e objetos de investigação, bem como
repercutiu na definição de fronteiras disciplinares e no processo de
profissionalização das ciências sociais brasileira. Em vista disso, o objetivo
deste curso é esmiuçar as dimensões intelectuais, institucionais e
profissionais de tal aspecto, a partir do exame de quatro frentes ou ciclos de
pesquisas: o estudo sobre as relações raciais na primeira metade do século
XX; o Convênio Bahia-Columbia, o ciclo de pesquisas da Unesco sobre
relações raciais e os estudos de comunidade.
Objetivos: Em decorrência da temática geral e dos quatro conjuntos acima
mencionados, o curso tem como objetivo, em primeiro lugar, apresentar aos
alunos de graduação em Ciências Sociais parte substantiva da produção
intelectual gerada por eles - qualificando as categorias e instâncias analíticas
centrais, os desafios teóricos perseguidos, os interlocutores privilegiados, as
leituras frequentadas e as influências recebidas. Em segundo lugar, discutir
os temas e objetos de pesquisa elegidos – por exemplo, preconceito e
discriminação racial; identidade étnica e caráter nacional; raça, estamento,
classe, casta; instituições e práticas religiosas católicas, afro-brasileiras e
caboclas; organização familiar e padrões de vida, processos de
modernização e desenvolvimento regional, projetos de intervenção pública.
Pretende-se, ainda, debater os contornos que a disciplina adquiriu
regionalmente, seus principais centros de formação e treinamento, sua
1
relação com disciplinas afins e tradições intelectuais locais e com os
interesses da política externa internacional.
10. Conteúdo: a) A antropologia do e no Brasil – Manuela Carneiro da Cunha,
Mariza Peirano, Sergio Miceli, Mariza Corrêa; Antonio Candido, Castro Faria;
b) a circulação internacional de ideias e as ciências sociais brasileiras Stocking Jr., Bosquetti, Bourdieu & Wacquant, Sansone, Jackson; b) os
estudos sobre as relações raciais no Brasil na primeira metade do século XX
– Raimundo Nina Rodrigues, Gilberto Freyre, Arthur Ramos, Donald Pierson,
Melville J. Herskovits, Octávio Costa Eduardo, Ruy Coelho, Renê Ribeiro; c)
o ciclo de pesquisas promovido pela Unesco: Florestan Fernandes, Roger
Bastide, Renê Ribeiro, Thales de Azevedo, Oracy Nogueira, Charles Wagley;
d) o Convênio Bahia-Columbia: Charles Wagley, Marvin Harris, Hutchinson;
e) os estudos de comunidade e seus críticos: Emilio Willems, Donald
Pierson, Charles Wagley, Eduardo Galvão; Oracy Nogueira, Florestan
Fernandes, Maria Sílvia de Carvalho Franco, Octávio Ianni, Klass Woortman,
etc.; e) antropologia mundial e internacionalização das ciências sociais no
Brasil – Lins Ribeiro, Thomaz, Lins Ribeiro & Trajano Filho; Velho; Scott,
Campos, Pereira; Rodrigues e Silva.
11. Métodos utilizados: O curso transcorrerá por meio de aulas expositivas e
de seminários. Além da exposição e discussão dos argumentos analíticos
centrais de cada uma das obras selecionadas, os seminários têm como
objetivo estabelecer a relação da obra com a trajetória intelectual do autor e
com o contexto histórico, institucional e teórico no qual ambos se inserem.
Será utilizada em sala de aula documentação primária (prospectos,
correspondência, fotografias e demais documentação de ordem acadêmica),
coligida pelo responsável pela disciplina em pesquisa em andamento, bem
como materiais provenientes do Projeto História da Antropologia no Brasil
(PHAN), depositados no Arquivo Edgard Leuenroth, na Unicamp.
12. Atividades discentes: seminários e trabalhos escritos, a serem realizados
dentro e fora de sala de aula.
13. Carga horária: 4 h/semanais
Aulas teóricas: 2h
Aulas práticas:
Seminários: 2h
Outros:
13. Critérios de avaliação da aprendizagem: provas individuais, seminários
e trabalhos finais.
14. Normas de recuperação (critérios de aprovação e épocas de realização
das provas ou trabalhos). Provas escritas e trabalhos coletivos. Atividades a
serem realizada no período fixado pelo calendário da Faculdade para as
atividades de recuperação.
15. Bibliografia básica:
APPADURAI, Arjun. “Theory in Anthropology: Center and Periphery” In:
Comparative Studies in Society and History. Vol. 28, Nº 2, (Apr., 1986).
ARAÚJO, Ricardo Benzaquen. Guerra e paz. Casa-grande e senzala e a obra de
Gilberto Freyre dos anos 30. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
2
ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. “A imagem do negro na obra de
Florestan Fernandes”. In: SCHWARCZ, Lilia K. Moritz & QUEIROZ, Renato da
Silva (orgs.) Raça e Diversidade. São Paulo, EDUSP/Estação Ciência, 1996.
________. (1997), “Dilemas do Brasil moderno: a questão racial na obra de
Florestan Fernandes”. In: Idéias, 4 (1/2), jan./dez.,Campinas.
___________ & GARCIA, Sylvia Gemignani. (2003), Florestan Fernandes,
mestre da sociologia moderna. Brasília, Paralelo 15.
AZEVEDO, Thales. As Elites de Cor: um estudo de ascensão social. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1951.
________. As Ciências Sociais na Bahia: notas para sua história. Salvador:
Universidade Federal da Bahia, 1984.
________. “Primeiros mestres da Antropologia nas Faculdades de Filosofia” In:
Anuário Antropológico/1982. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro;
Fortaleza: Edições Universidade Federal do Ceará, 1984.
AZEVEDO, Thales e WAGLEY, Charles. “Sobre o método de campo em
comunidades” In: Revista do Museu Paulista, N.S., 5, São Paulo, 1951.
BASTIDE, Roger e FERNANDES, Florestan. Brancos e negros em São Paulo:
ensaio sociológico sobre aspectos da formação, manifestações atuais e efeitos
do preconceito de cor na sociedade paulistana. São Paulo: Global, 2008.
BOSQUETTI, Anna. L’espace culturel transnational. Paris: Nouveau Monde
Éditions, 2010.
BOURDIEU, Pierre. “A identidade e a representação: elementos para uma
reflexão crítica sobre a ideia de região“ In:_______. O poder simbólico. Lisboa:
Edições 70, 2014.
BOURDIEU, Pierre & Wacquant, Loïc. In: “Sobre as artimanhas da razão
imperialista” In: Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, vol. 24, n.1, 2002.
CANDIDO, Antonio. “A sociologia no Brasil” In: Tempo Social, vol. 18, n.1,
2006.
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. “Oracy Nogueira e a Antropologia
no Brasil: o estudo do estigma e do preconceito racial” In: Revista Brasileira de
Ciências Sociais, nº 31, ano 11, junho, 1996.
COELHO, Ruy. Os Caraíbas Negros de Honduras. São Paulo: Editora
Perspectiva; CESA – Sociedade Científica de Estudos da Arte, 2002.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. “O que é isso que chamamos de
Antropologia brasileira?“ In: __________. Sobre o Pensamento Antropológico.
Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro; Brasília, CNPQ, 1988.
CASTRO FARIA, Luiz. “A Antropologia no Brasil. Depoimento sem compromisso
de um militante em recesso” In:__________. A Antropologia no Brasil:
espetáculo e excelência. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/ Editora Tempo Brasileiro,
1993a.
____________. “Uma antropologia social tupiniquim?” In:_______. A
Antropologia no Brasil: espetáculo e excelência. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/
Editora Tempo Brasileiro, 1993b.
CONSORTE, Josildeth. “Thales de Azevedo: desaparece o último dos pioneiros
dos antropólogos brasileiros de formação médica” In: Manguinhos, Volume III
(1), 1996.
3
CORRÊA, Mariza. História da Antropologia no Brasil (1930-1960), testemunhos.
São Paulo: Vértice, Editora dos Tribunais; Campinas: Editora da Universidade
de Campinas, 1987.
___________. “A antropologia no Brasil (1960-1980)” In: MICELI, S. (Org.).
História das Ciências Sociais no Brasil. v.2. São Paulo: Editora Sumaré, 1995a.
___________. “História da antropologia no Brasil – Projeto da Unicamp” In:
História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, vol. 2, nº 2, jul./Out.,
1995b.
____________. As Ilusões da Liberdade - A Escola Nina Rodrigues e a
antropologia no Brasil. Bragança Paulista: Editora da Universidade São
Francisco, 2001.
____________. Antropólogas & antropologia. Belo Horizonte, Editora da UFMG,
2003.
____________. Traficantes do simbólico & outros ensaios sobre a história da
antropologia. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013.
CUNHA, Manuela Carneiro. Antropologia do Brasil: mito, história e etnicidade.
São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.
FIGUEIREDO, Regina Érika Domingos de. Histórias de uma Antropologia da “boa
vizinhança”: um estudo sobre o papel dos antropólogos nos programas
interamericanos de assistência técnica e de saúde no Brasil e no México (19421960). Tese de doutorado. IFCH, Unicamp, 2009.
FERNANDES, Florestan. Investigação etnológica no Brasil e outros ensaios.
Petrópolis: Editora Vozes, 1975.
____________. A integração do negro na sociedade de classes: ensaio de
interpretação sociológica. Vol. 1. São Paulo: Editora Globo, 2008.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. São Paulo: Global Editores, 2006.
GALVÃO, Eduardo. Santos e Visagens: um estudo da vida religiosa de Itá,
Amazonas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1955.
GOLDMAN, Marcio; NEIBURG, Federico. “Da nação ao império: a guerra e os
estudos do caráter nacional” In: L’ESTOILE, Benoît de; NEIBURG, Federico;
SIGAUD, Lygia (orgs.) Antropologia, Impérios e Estados Nacionais. Rio de
Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ, 2002.
GUIMARÃES, Antônio Sergio Alfredo. “’Baianos’ e ‘paulistas’: duas ‘escolas’ nos
estudos brasileiros de relações raciais?” In: ________. Racismo e Anti-racismo
no Brasil. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo; Ed. 34,
1999.
_________. “Comentários à correspondência entre Melville Herskovits e Arthur
Ramos – 1935-1941” In: PEIXOTO, Fernanda Arêas; PONTES, Heloisa;
SCHWARZ, Lilia Moritz (orgs.) Antropologias, Histórias, Experiências. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2004.
_________. “O Projeto UNESCO na Bahia” In: PEREIRA, Cláudio Luiz;
SANSONE, Livio (orgs.) Projeto UNESCO no Brasil: textos críticos. Salvador:
EDUFBA, 2007.
HARRIS, Marvin. Town and country in Brazil. New York: AMS Press, 1956.
HERSKOVITS, Melville. “O Negro no Novo Mundo” In: União Cultural Brasil –
Estados Unidos (São Paulo). A vida intelectual nos Estados Unidos. São Paulo:
Editora Universitária, 1942.
4
________. Pesquisas etnológicas na Bahia. Publicações do Museu da Bahia.
Salvador: Secretaria de Educação e Saúde, 1943.
__________. “Estrutura Social do Candomblé Afro-Brasileiro” In: Boletim do
Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisa Social. Nº 3, Recife, 1954.
HERSKOVITS, Melville J.; LYNTON, Ralph; REDFIELD, Robert “Memorandum for
the Study of Acculturation” In: American Anthropologist, 38, 1936.
HUTCHINSON, Harry William. Village and Plantation Life in Northeastern Brazil.
Seattle: University of Washington Press, 1957.
JACKSON, Luiz Carlos. “Divergências teóricas, divergências políticas: a crítica
da USP aos ‘estudos de comunidade’ In: Cadernos de Campo, vol. 18, nº 18,
2009.
KANTOR, Irís; MACIEL, Daniel. & SIMÕES, Júlio. A Escola Livre de Sociologia e
Política. Anos de Formação: 1933-1953. Depoimentos. São Paulo: Escuta,
2001.
KOFFES, Suely. (1996). “As pedras e o arco: os estudos de comunidade e a
atualidade de antigas questões” In: FALEIROS, Maria Isabel L. e CRESPO,
Regina Aída (Orgs.) Humanismo e Compromisso, São Paulo, Editora Unesp.
LIMONGI, Fernando. “A Escola Livre de Sociologia e Política em São Paulo” In:
MICELI, Sergio (Org.) História das Ciências Sociais no Brasil. Volume 2. São
Paulo, Editora Sumaré: FAPESP, 2001.
MAIO, Marcos Chor. “O Brasil no concerto das nações: a luta contra o racismo
nos primórdios da Unesco” In: História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de
Janeiro: vol. 5, nº 2, Julho/Outubro, 1998.
_________. “O Projeto Unesco e a agenda das ciências sociais no Brasil dos
anos 40 e 50” In: Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 14, nº 41, 1999a.
__________. “Tempo controverso: Gilberto Freyre e o Projeto Unesco”. In:
Tempo Social. São Paulo, 11(1), maio de 1999, 1999b.
__________. “O Projeto Unesco: ciências sociais e credo racial brasileiro” In:
Revista USP, 46, jun./ago., São Paulo, 2000.
__________. “’Abrindo a caixa-preta’: o Projeto Unesco de Relações Raciais”
In: PEIXOTO, Fernanda; PONTES, Heloisa; SCHWARCZ, Lilia Moritz (Orgs.)
Antropologias, histórias, experiências. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.
MAIOR SOUTO, Heraldo. “René Ribeiro (1914-1990)” In: Ciência & Trópico.
Recife: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisa Social. Vol. 19, nº. 1, jan/jul,
1991.
MICELI, Sergio (Org.) História das Ciências Sociais no Brasil. Volume 2. São
Paulo, Editora Sumaré: FAPESP, 2001.
____________. “Condicionantes do Desenvolvimento das Ciências Sociais” In:
MICELI, Sergio (Org.) História das Ciências Sociais no Brasil, vol. 1. 2ª Edição.
São Paulo: Editora Sumaré, 2001.
____________. (Org.) O que ler nas ciências sociais brasileira (1970-1995).
Antropologia, 1. São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES,
1999.
MOTA, Roberto. “Renê Ribeiro” In: Anuário Antropológico, 90. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, nº 1993.
____________. “Gilberto Freyre, Renê Ribeiro e o Projeto UNESCO” In:
PEREIRA, Cláudio Luiz; SANSONE, Livio (orgs.) Projeto UNESCO no Brasil:
textos críticos. Salvador: EDUFBA, 2007.
5
NOGUEIRA, Oracy. “Os estudos de comunidade no Brasil” In: Revista de
Antropologia. Vol. 3, nº 2, 1955.
_________. Tanto preto quanto branco: estudo de relações raciais, T.A
Queirós, São Paulo, 1985.
_________. Preconceito de marca. As relações raciais em Itapetininga. São
Paulo: Edusp: 1998.
OLIVEIRA, Nemuel da Silva; Maio, Marcos Chor. “Estudos de Comunidade e
ciências sociais no Brasil”. Sociedade e Estado (UnB), v. 26, p. 521-550, 2011.
OLIVEIRA, Waldir Freitas. “Os Estudos Africanistas na Bahia dos anos 30” In:
OLIVEIRA, Waldir Freitas; COSTA LIMA, Vivaldo [organizadores]. Cartas de
Édison Carneiro a Arthur Ramos: de 4 de janeiro de 1936 a 6 de dezembro de
1938. São Paulo: Corrupio, 1987.
PEIRANO, Mariza G.S. Uma antropologia no plural: três experiências
contemporâneas. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1992.
___________. “Antropologia no Brasil (alteridade contextualizada)” In: Miceli,
Sergio. (Org.) O que ler na Ciência Social Brasileira (1970- 1995). São Paulo:
IDESP. Antropologia, v. 1, 1999.
____________. “In this context” In: PEIXOTO, Fernanda; PONTES, Heloisa e
SCHWARCZ, Lilia. (Orgs.). Antropologia, histórias e experiências. Belo
Horizonte, Editora da UFMG, 2004.
PALLAIS-BURKE, Maria Lúcia. Gilberto Freyre, um vitoriano nos trópicos. São
Paulo: Editora da UNESP, 2005.
PEIXOTO, Fernanda Arêas. Diálogos brasileiros: uma análise da obra de Roger
Bastide. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
___________. “Franceses e Norte-americanos nas Ciências Sociais Brasileira
(1930 - 1960) In: MICELI, Sergio (Org.) História das Ciências Sociais no Brasil.
v.1. São Paulo: Editora Sumaré, 2001.
PEIXOTO, Fernanda Arêas; SIMÕES, Júlio Assis. “A Revista de Antropologia e
as ciências sociais em São Paulo: notas sobre uma cena e alguns debates” In:
Revista de Antropologia. São Paulo, Volume 46, nº 2, julho-dezembro de 2003.
PEREIRA, Cláudio; SANSONE, Lívio (orgs.) Projeto Unesco no Brasil: textos
críticos. Salvador, EDUFBA, 2007.
PEREIRA DA SILVA, Isabela Oliveira. De Chicago a São Paulo: Donald Pierson
no mapa das ciências sociais (1930-1950). Tese de doutorado defendida na
PPGAS/USP, 2013.
PIERSON, Donald. Brancos e Pretos na Bahia: estudo de contato racial.
Biblioteca Pedagógica Brasileira: Brasiliana. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1945.
__________. Cruz das Almas. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1966.
RAMOS, Arthur. O negro brasileiro: etnografia religiosa. São Paulo: Ed.
Nacional, 1940.
REDFIELD, Roberto. Civilização e Cultura de Folk. São Paulo: Livraria Martins
Editora Ltda., 1946.
RIBEIRO, Gustavo Lins; TRAJANO FILHO, Wilson. O campo da antropologia no
Brasil. Rio de Janeiro, Brasília, Editora Contracapa, ABA, 2004.
___________. “Antropologias Mundiais. Cosmopolíticas, Poder e Teoria em
Antropologia” In: Série Antropologia da Universidade de Brasília, Universidade
de Brasília, v. 379, 2005.
6
RIBEIRO, Gustavo Lins; ESCOBAR, A. (orgs.) Antropologias Mundiais.
Transformações da disciplina em sistemas de poder. Brasília: Editora da
UnB/Letras Livres, 2012.
_________. “Brazilian Anthropology Away from Home” In: American
Anthropologist, v. 116, 2014.
RIBEIRO, René. Religião e Relações Raciais. Rio de Janeiro: Ministério da
Educação e Cultura, 1956.
_________. Cultos Afro-brasileiros do Recife. Um estudo de ajustamento social.
Série Estudos e Pesquisas. Recife: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas
Sociais; MEC, 1978.
_________. Antropologia da Religião e outros estudos. Recife: Editora
Massangana, 1982.
_________. “Tempo de experiência” In: Revista de Ciências Sociais. Fortaleza:
Departamento de Ciências Sociais e Filosofia da Universidade Federal do Ceará,
v. 14-15, nº1/2, 1983/1984.
RODRIGUES, Lea Carvalho; SILVA, Isabelle Braz Peixoto da (orgs.) Saberes
locais, experiências transnacionais: Interfaces do saber antropológico.
Fortaleza: ABA Publicações, 2014.
RODRIGUES, Raimundo Nina. Os africanos no Brasil. 4ª ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1976.
SANSONE, Lívio. “Estados Unidos e Brasil no Gantois: o poder e a origem
transnacional dos Estudos Afro-Brasileiros” In: Revista Brasileira de Ciências
Sociais. São Paulo: ANPOCS, vol. 27, nº 79, junho de 2012, 2012.
__________. “Da África ao Afro: uso e abuso da África entre os intelectuais e
na cultura popular brasileira durante o século XX”. In: Afro-Ásia. Bahia, nº 27
(2009).
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e
questão racial no Brasil -1870-1930. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.
___________. “Questão racial e etnicidade”. In: MICELI, Sergio (Org.) O que
ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo, IDESP, Antropologia,
v.1, 1999.
SCOTT, Perry; CAMPOS, Roberta Bivar C.; PEREIRA, Fabiana (orgs.) Rumos da
antropologia no Brasil e no mundo: geopolíticas disciplinares. Pernambuco/
Brasília: Editora da UFPE/ABA, 2014.
STOCKING JR., George W. “Ideas and institutions in American Anthropology:
toward a history of the interwar period” In: _______. The ethnographer’s
magic and other essays in the history of anthropology. Wisconsin: The
University of Wisconsin Press, 1992.
THOMAZ, Omar Ribeiro. “Sentidos da internacionalização da antropologia no
Brasil”. In: RIBEIRO, Gustavo Lins; FERNANDES, Ana Maria; MARTINS, Carlos
Benedito; TRAJANO FILHO, Wilson (Orgs.). As Ciências Sociais no Mundo
Contemporâneo: revisões e prospecções. Brasília: Letras Livres/Editora da UnB,
2011.
VELHO, Gilberto. “O próximo e o distante” In: VELHO, Gilberto (organização e
introdução).
Quatro
viagens.
Antropólogos
brasileiros
no
exterior.
Comunicações do PPGAS. Rio de Janeiro: Museu Nacional, UFRJ, nº 6, Junho
de 1995.
7
VILA NOVA, Sebastião. “René Ribeiro: sua produção intelectual” In: Ciência &
Trópico. Recife: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisa Social. Vol. 24, nº. 2,
jul/dez, 1996.
__________. Donald Pierson e a Escola de Chicago na sociologia brasileira:
entre humanistas e messiânicos. Lisboa: Vega, 1998.
VILLAS BOAS, Glaucia. “De Berlim a Brusque, de São Paulo a Nashville: a
sociologia de Emílio Willems entre fronteiras” In: Tempo Social. São Paulo, 12
(2), novembro de 2000.
WAGLEY, Charles; AZEVEDO, Thales; COSTA PINTO, Luis de Aguiar. Uma
pesquisa sobre a vida social no estado da Bahia. Salvador: Publicações do
Museu do Estado, n. 11, 1950.
WAGLEY, Charles (Ed.). Race and class in rural Brazil: a Unesco study.
Paris/New York: Unesco, Columbia University Press, 1952.
________. Uma comunidade amazônica: estudo do homem nos trópicos. Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
YELVINGTON, Kevin. A. “Melville J. Herskovits e a institucionalização dos
Estudos Afro-Americanos” In: PEREIRA, Cláudio Luiz; SANSONE, Livio (orgs.)
Projeto UNESCO no Brasil: textos críticos. Salvador: EDUFBA, 2007.
WILCOX, Clifford. Robert Redfield and the development of American
Anthropology. Lexington Books: 2006.
16. Professor: Rodrigo Martins Ramassote (Pós-Doutorado); Prof.
Fernanda Peixoto (Supervisora).
8