boletim cooperativista

Transcrição

boletim cooperativista
O
B O L E T I M
interesse c'os jovens e das mulheres
e b r e n o v e s p e r s p e c t i v a s ao
Movimento Cccperelivo Português
COOPERATIVISTA
COORDENADO
POR
kedwrção e Adn inistrrção
R. do C r u c i f i x o , l 1 6 - 4 ° - J
LISBOA
Comp. e lirp na Tip Machado, Lda.
ALMADA
A N T Ó N I O
SÉRGIO
N.° 46
J U L H O 1957
DISTRIBUIÇÃO
GRATUITA
A s c o m e m o r a ç õ e s do «Dia I n t e r n a c i o n a l da C o o p e r a ç ã o »
declaração
(Aliança
Oooperaiioa
(interna
— Horizonte ciona l
N o 3 5 . ° dia Cooperativo Internacional, a A l i a n ç a Cooperativa Internacional,
m nome das suas o r g a n i z a ç õ e s filiadas e dos 120 m i l h õ e s de cooperadores em 39
'aíses, declara :
Q u e a prosperidade e o bem estar social podem ser conseguidos através d u m a
e x t e n s ã o sem restrições da c o o p e r a ç ã o , tanto dentro duma n a ç ã o como entre as
nações;
Q u e as p r i v a ç õ e s sofridas por m i l h õ e s de homens, mulheres e c r i a n ç a s , m a l
alimentadas, com m á s h a b i t a ç õ e s e deficientemente educadas, nos países subdesenvolvidos, podem ser aliviadas, pelas N a ç õ e s U n i d a s , através do desenvolvimento
da ajuda m ú t u a , dentro da qual as nações podem d i v i d i r os seus recursos técnicos,
c i e n t í f i c o s e materiais;
Q u e o f u t u r o da humanidade pode ser assegurado e enriquecido se os governos, em vez de promoverem uma política de a m e a ç a s m ú t u a s com armas de crescente terror e poder destrutivo, colaborarem pacificamente no emprego da energia
nuclear para o bem estar h u m a n o .
120 MILHÕES de cooperadores e
suas f a m í l i a s , de mais de 40 p a í ses, c o m e m o r a r a m , em 6 e 7 de
Julho o Dia Internacional
da Cooperação,
A s s i m , os povos de t o das as latitudes
expressaram,
mais u m a vez, a sua c o n v i c ç ã o esclarecida de que o c o o p e r a t i v i s m o
é u m a poderosa a r m a p a c í f i c a ,
c o n t r i b u i n d o eficazmente para
e m a n c i p a ç ã o e c o n ó m i c a e educaç ã o c í v i c a populares. Hoje j á n ã o
é p o s s í v e l dizer-se que o cooperat i v i s m o é u m m i t o ; pelo c o n t r á r i o , representa um processo
vivo
para a r e s o l u ç ã o dos problemas
económico-sociais
diversos, car a c t e r í s t i c o s de cada r e g i ã o do
Globo.
Em todo o Mundo, hoje é o dia consagrado à confraternização dos
cooperativistas. Também em Portugal, nós, os cooperadores portugueses, nos havíamos de reunir para festejar o advento do movimento
cooperativista, movimento que de ano para ano mais se enraíza, mais
se difunde e engrandece.
Mas o que é que caracteriza o cooperativismo? De que força intrínseca é ele possuidor que firmemente o impulsiona e o faz crescer
em todos os continentes, em todas as latitudes, sob todos os ambientes, quer nos mais propícios, quer nos que poderemos considerar de
menos favoráveis?
NO P A Í S , as c o m e m o r a ç õ e s alcanç a r a m u m a e x p a n s ã o jamais vista. Mas para a l é m do que se realizou, devemos salientar o trabalho o r g â n i c o , colectivo e de contacto c o m as massas que o precedeu. Se as C o m i s s õ e s Centrais de
Propaganda da Ú n i c o ope — a do
N o r t e e a do Sul,—empreenderam
e c o o r d e n a r a m todo u m c o n j u n t o
de actividades, n ã o podemos esquecer as tarefas desenvolvidas,
na base, pelas D i r e c ç õ e s das Cooperativas, c o m o apoio decidido
das C o m i s s õ e s de Senhoras, juvenis ou culturais. Isto significa que
o Movimento tem uma e s f r u í u r a
profundamente
representativa.
A sua c a r a c t e r í s t i c a é a c o l a b o r a ç ã o
c o n t r a a e x p l o r a ç ã o do h o m e m pelo
h o m e m . A sua f o r ç a reside nos p r ó p r i o s f u n d a m e n t o s h u m a n i t á r i o s , nos
o b j e c t i v o s de e m a n c i p a ç ã o e igualdade
dos homens na v i d a e c o n ó m i c a e social. E o agrado c o m que os povos o
a c e i t a m e adoptam prova-o o caminho
p e r c o r r i d o desde h á pouco mais de u m
século.
F o i e m 24 de Dezembro de 1844, que
u m grupo de o p e r á r i o s de Rochedale,
e m I n g l a t e r r a , n ã o obstante as i n f r u t í feras tentativas anteriores a b r i r a m a
sua l o j a cooperativa. F o r a m eles os
p r i m e i r o s que estabeleceram os p r i n c í p i o s que h a v i a m de fazer l e i e perdur a r . Confiantes, de e s p í r i t o aberto e ge-
NÃO É JA a l t u r a de se pensar na
r e a l i z a ç ã o de u m mais amplo Festival Cooperativo,
que inclua t a m b é m pique-nique, campismo e outras modalidades desportivas, exp o s i ç õ e s , recitais, teatro, concertos, c o n f e r ê n c i a s e r e u n i õ e s de d i rigentes? N ã o cabe à a c ç ã o coop e r a t i v a empreender t ã o s ó actividade p r o f u n d a no campo e c o n ó mico ; é indispensável
também
que se desenvolva no sentido da
d e m o c r a t i z a ç ã o do desporto
e da
c u í í u r a . E h o j e o m o v i m e n t o já
pode c o m p o r t a r tais empreendimentos, como d e m o n s t r a r a m as
recentes c o m e m o r a ç õ e s .
A l o c u ç ã o da D i r e c ç ã o da U N I C O O P E
9
^
9
na c o n c e n t r a ç ã o dos C o o p e r a t i v i s t a s
na quinta da Cooperativa Piedense em Corroios
(Continua na G
0
pcig.) .
Era este o ambiente no Acampamento
da Quinta de Corroios
éBf Vida das
Cooperativas
Ao criar esta Secção,
o Boletim Cooperativista pretende
tornar
mais estreito
o seu contacto
com as várias Coopera tivas e mais vvo o reluto das suas muitas
actividades.
Pede,
para
isso,
a todas
as cooperativas
que
adquiram
o hábito de nos enviar regularmente
n iticias de interesse
sobre a sua vida, para que esta Secção
possa
ser o
espelho
das iniciativos
varias a levur a efeito, quer pelas direcções,
quer pelas Comissões
Culturais,
Femininas
ou
outras.
Começamos
dando
aqui comentários
aos relatórios
das gerências
do ano transacto,
donde extraímos
conclusões muito proveitosas
sobre a eoolucão
das v irias sociedades,
na sua esmagadora
maioria em nítida ascensão
felizmente.
Pedimos,
por isso, a todas as Cooperativas,
que não nos enviaram
ainda os Relatórios
de I9õ6, que o façam logo que
possível
PIEDENSE
Acabamos de l e r o R e l a t ó r i o e Contas da g e r ê n c i a de 1956 da Cooperativ a Piedense. É u m documento impressionante da grandeza e do desenvolvim e n t o assombroso desta a d m i r á v e l inst i t u i ç ã o que, para bem do Cooperativism o e encorajamento de todos n ó s , segue sempre e m f r e n t e , n u m a caminhada segura e b r i l h a n t e , acompanhada
pelo grupo agora j á numeroso das suas
i r m ã s mais progressivas. *
S ã o tantas as facetas da sua actividade e é t a l a diversidade dos s e r v i ç o s
que presta aos seus associados que d i f i c i l m e n t e poderemos dar a q u i u m a
ideia. No entanto, n ã o podemos deixar
de r e g i s t a r alguns dados dos mais expressivos :
Número
de sócios:
i.443
(mais 255
que no ano a n t e r i o r ) .
Movimento
de Vendas:
T o t a l do cons u m o — 1 2 . 4 6 8 contos (mais 3.259),
que no ano a n t e r i o r referente à s seguintes s e c ç õ e s : Bar, Barbearia, Carv o a r i a , D r o g a r i a , Apanha de Malhas,
L u g a r de f r u t a s , h o r t a l i ç a e c r i a ç ã o ,
Mercearia, Padaria, Panos, Sapataria,
Talho e Salsicharia, V i n h o s , Sala de D i v e r s õ e s e Jogos.
Percentagem de r e t o r n o : 10% (1.247
contos).
S e r v i ç o s iniciados nesta
gerência:
D i s t r i b u i ç ã o ao d o m i c í l i o ; S e c ç ã o de
f r u t a 3 e h o r t a l i ç a (início da exploraç ã o a g r í c o l a da Quinta de Santa M a r t a
de C o r r o i o s ) .
S e r v i ç o s culturais:
E x p o s i ç õ e s , conf e r ê n c i a s , cinema, m ú s i c a coral, festas
do N a t a l (para 600 c r i a n ç a s ) . Grupo
Cénico Infantil.
B i b l i o t e c a : 13.135 s a í d a s de l i v r o s .
Cursos de d a c t i l o g r a f i a e de corte.
S e r v i ç o s sociais: 3.442 consultas m é dicas a s ó c i o s e f a m i l i a r e s (4 m é d i c o s ) ;
9.776 s e r v i ç o s de enfermagem. 11
s u b s í d i o s de f u n e r a l (1.000S00 cada)
Campanha anti-tuberculosa—1.983 m i croradiografias. S e r v i ç o permanente e
g r a t u i t o de v a c i n a ç ã o a n t i - v a r i ó l i c a e
anti-diftérica.
Melhoramentos diversos: Compra de
u m aparelho G a l v a n o c a u t é r i o , u m f i cheiro e u m r a d i a d o r e l é c t r i c o — p a r a o
posto m é d i c o ; c o m p r a de u m a b a l a n ç a
a u t o m á t i c a e diversas outras m á q u i n a s
de e s c r i t ó r i o e de b a l c ã o ; a q u i s i ç ã o de
u m a camioneta de carga para a d i s t r i b u i ç ã o d o m i c i l i á r i a . Finalmente, compra, p o r 800 contos da Quinta da A r gena e m Corroios.
A C o m i s s ã o C u l t u r a l l e v o u a efeito
u m b e l í s s i m o p r o g r a m a de festas do
seu a n i v e r s á r i o , de que demos n o t í c i a .
Realizou-se, t a m b é m p o r i n i c i a t i v a da
d i n â m i c a C o m i s s ã o C u l t u r a l , u m inter e s s a n t í s s i m o curso de P a r t o sem Dor,
d i r i g i d o pelo Dr. Pedro M o n j a r d i n o . E
f o i ainda a Piedense que t o m o u sobre
si a m a i o r parte do trabalho de o r g a n i z a ç ã o das festas do D i a I n t e r n a c i o n a l
2
da C o o p e r a ç ã o , realizadas recentemente na sua Quinta.
Com base no seu p i n h a l e m C o r r o i o s
acaba de organizar-se, c o m o m a i o r sucesso, u m a S e c ç ã o de Campismo.
Esta grande Cooperativa, que s ó à
sua p a r t e requisita mais de 1/5 da t i r a g e m do nosso B o l e t i m ( u m para cada
s ó c i o , no que d á u m m a g n í f i c o exemplo), e e s t á sempre, c ô n s c i a das suas
responsabilidades, na p r i m e i r a linha do
m o v i m e n t o de Unidade Cooperativa,
merece de todos os Cooperativistas a
m a i o r a d m i r a ç ã o , u m sincero agradecimento pela obra realizada, e toda a
c o l a b o r a ç ã o que nos p e ç a m os seus d i rigentes.
F o i resolvido p o r unanimidade a p o i a r
a a c ç ã o do A t e n e u Cooperativo pela f i l i a ç ã o do Mealheiro naquela Sociedade
como s ó c i o colectivo, e subsidiando a.
a f i x a ç ã o dó seu cartaz de propaganda
c o o p e r a t i v a e m 2 e l é c t r i c o s de L i s b o a
durante u m ano; e ainda a u t o r i z a r a
D i r e c ç ã o a elevar o c a p i t a l da Cooper a t i v a na Unicoope de 1.000S00 para
5.000S00, « s o b r e t u d o » , segundo o rel a t ó r i o , « p a r a exemplo e e s t í m u l o de
outras c o o p e r a t i v a s » .
AGRÍCOLA DE S I L V E S
Pelo r e l a t ó r i o da g e r ê n c i a de 1 9 5 6 ^ ^
verifica-se que esta j o v e m c o o p e r a t i v l ^ r
a g r í c o l a , apenas c o m 2 anos de e x i s t ê n cia, e s t á t r i l h a n d o caminho seguro e
L O R D E L O DO OURO
m o s t r a n d o i n e g á v e l vitalidade. InscreA Cooperativa H u m a n i t á r i a de Todas veram-se durante o ano 118 novos s ó as Classes é h o j e a mais i m p o r t a n t e cios que elevaram a p o p u l a ç ã o associacooperativa de consumo do N o r t e , e t i v a para u m t o t a l de 433.
F o i j á adquirido p o r 50.000S00 u m
u m a das maiores e mais progressivas
do p a í s . De acordo c o m o R e l a t ó r i o da terreno para i n s t a l a ç ã o da f u t u r a sede
G e r ê n c i a do ú l t i m o ano, o t o t a l de ven- social e estabelecimentos c o m p l e m e n das aos associados subiu a 3.030 con- tares. A Cooperativa c o m p r o u t a m b é m
tos, o que equivale a u m aumento so- u m novo t r a c t o r c o m atrelado e matebre o ano transacto de quase 600 con- r i a l de l a v o u r a , bem como u m m o l d e
tos. Registou-se a f i l i a ç ã o de quase 200 m e t á l i c o de t o r r õ e s para a l f a r r o b e i r a s .
novos s ó c i o s , c o n s e q u ê n c i a sobretudo E, devido à grande p r o c u r a de s e r v i ç o s
da e x t e n s ã o do transporte ao d o m i c í l i o p o r parte dos associados, sente-se j á a
que esta Cooperativa p r a t i c a h á bas- necessidade de a d q u i r i r novas m á q u i tante tempo. O b ó n u s ao consumo man- nas.
teve-se no b o m n í v e l de 6%. A solidez
F o r a m prestados s e r v i ç o s no v a l o r
e c o n ó m i c a da Cooperativa é-nos de- de 167 contos, e a d i r e c ç ã o , à f r e n t e da
monstrada, p o r exemplo, pelo montan- qual continua o dedicado cooperativiste de A c t i v o D i s p o n í v e l : mais de 250 ta sr. Manuel Joaquim Ramos, p ô d e j á
contos, entre Caixa e D e p ó s i t o s à Or- pela p r i m e i r a vez p r o p o r a d i s t r i b u i ç ã o
dem.
de b ó n u s à p r o d u ç ã o .
Temos, p o r f i m , o m a i o r prazer em.
Deve ainda salientar-se a actividade
do seu Corpo Cénico e S e c ç ã o Recreati- t r a n s m i t i r a todas as cooperativas d ^ f e
va e C o m i s s ã o de Propaganda Cultural, p a í s as efusivas s a u d a ç õ e s c o o p e r a t ^ ^
testemunho das p r e o c u p a ç õ e s
cultu- vistas dos nossos amigos de Silves, que
r a i s e educativas do seus e s f o r ç a d o s e x p r i m e m no seu r e l a t ó r i o a vontade
de o fazer p o r meio do nosso o seu
dirigentes.
«Boletim Cooperativista».
MEALHEIRO DOS CONFERENTES MARÍTIMOS
U m a pequena cooperativa e m f r a n c o
progresso. O t o t a l de vendas aumentou
em 2 anos mais de 60 contos e o n ó n u s
d i s t r i b u í d o f o i de 5%. O seu m o v i m e n to consiste sobretudo de vendas a c r é dito.
O Fundo de Solidariedade, interessant í s s i m a iniciativa, aumentou as suas
disponibilidades de 60 contos em 1954,
para 139 contos e m 1956, e d i s t r i b u i u
s ó na ú l t i m a g e r ê n c i a s u b s í d i o s de
d o e n ç a , sinistro no trabalho, inabilidade e f u n e r a l no v a l o r de 19.990S00.
Na ú l t i m a Assembleia Geral Ordinár i a f o r a m eleitos os seguintes corpos
gerentes: Mesa da Assembleia G e r a l :
A l b e r t o Couto e Santos, Joaquim B .
Serra, A n t ó n i o S i m õ e s Jr. D i r e c ç ã o —
J o s é de Sousa, H u m b e r t o dos A n j o s ,
A m é r i c o Ribeiro, A n t ó n i o Mendes, A n t ó n i o P. Fernandes, A r m a n d o Dias e
Carlos Martins. Conselho-Fiscal — Carlos Silva, Francisco M . Silva, L u í s Per e i r a , Jorge B a r r a l .
ECONOMIA
EMANCIPADOR A
Continua esta modesta sociedade em
seguro m o v i m e n t o ascensional. Segundo o R e l a t ó r i o da g e r ê n c i a de 1956, o
n ú m e r o de s ó c i o s passou de 79 a 90, o
v o l u m e de t r a n s a c ç õ e s a u m e n t o u de 33
contos, atingindo 325.160S00, sobre o
qual se d i s t r i b u i u u m b ó n u s de 4%.
A ú l t i m a Assembleia Geral elegeu o »
seguintes corpos gerentes: Mesa da
Assembleia G e r a l — A n t ó n i o
Antunes,
J o s é N . Baptista, H o r á c i o Marques,
J o s é de A l m e i d a , J o s é dos S. Pereira,
A m a d e u P. dos Santos. D i r e c ç ã o — A l v a r o Beato, Pedro R. Henriques, A b e l
Capote, R a u l Martins, A l b e r t o M . da.
E i r a , J o a q u i m Salvado. Conselho Fisc a l — S i l v é r i o F. de Melo, J a n u á r i o E .
T o m á s , V e n t u r a R. L i q u i t a , J o s é M~
Ponciano, A d r i a n e de Sousa, J o s é A .
Machado.
CRÉDITO S O C I A L
POVEIRO
Esta Cooperativa de crédito da Póvoa
(Continua
na pàff.
seguinte)
Como um celebre actor de cinema escolheu
C
«
Dida
das
(Continuação
Em Março de 1956, quando os cooperadores receberam a visita de Marlon Brando, haviam-se
eles entendido tão bem na empresa que os dois
únicos recalcitrantes que ainda restavam em
São Tomás vieram filiar-se na Cooperativa, que
compreende, assim, a totalidade dos artesãos da
povoação.
O célebre actor de cinema entreteve-se longamente com eles. Foi receb.do cm seus lares humildes com uma cordial hospitalidade que vivamente o comoveu; pôde informar-se sobre os
seus problemas e aspirações para o futuro imediato. Marlon Brando compreendeu como a cooperação bem entendida e oportunamente aplicada pode transformar a vida de um agrupamento
humano, abrindo-lhe o caminho que permitiria
aos seus membros o gozar uma existência mais
feliz, baseada sobre a independência financeira.
Um verdadeiro milagre. Um milagre que o bem
conhecido cineasta se propôs materializar cm um
filme, cujo principal papel será representado por
ele próprio.
A missão cooperativa do Bureau Internacional
do Trabalho, enviado a São Tomás, compreende actualmente três pessoas, sob a direcção do
Sr. Reginald K. Karper, técnico em educação
cooperativa. Os outros dois são os srs. Joseph
Thompson, americano e conselheiro do comércio
atacadista cooperativo, e o sr. Krishanappa Ramaiah, especialista em matéria de administração
cooperativa.
O sr. Joseph Thompson, em uma carta recentemente enviada ao Cooperative Builder, escreveu, entre outras coisas: «O nosso trabalho desenvolvc-se muito bem, ainda que no momento
lentamente. Mas é oportuno assinalar que a autoridade encarregada da planificação económica do
país vem de incorporar aos seus trabalhos os
principais lineamentos da lei sobre a cooperação
a qual não se contenta, apenas, com criar um
verdadeiro clima cooperativo, mas prevê a concessão de créditos importantes para ajudar a
criação de um armazém grossista e de um Banco cooperativo».
O sr. Thompson termina dizendo, a propósito de Marlon Brando: «Eu acredito que ele
seja muito sincero. É-o, e é certamente um artista e um homem de negócio; mas é também
formado de uma espécie de consciência social
que nós-outros, cooperadores, gostaríamos de
achar em todo o mundo». Isso seria, então, um
milagre completo!
Cooperativas
oA ESPERANÇA» C O O P E R A T I V A DO PESSOAL DO SERVIÇO DE INCÊNDIOS DE
LISBOA
Conta esta s i m p á t i c a a s s o c i a ç ã o c o m
a
A A l i a n ç a Cooperativa I n t e r n a c i o n a l
f o i f u n d a d a e m L o n d r e s e m 1895. com o u m a a s s o c i a ç ã o das u n i õ e s cooperativas nacionais, sociedades que p r o c u r a m p r o m o v e r u m sistema n ã o l u c r a t i v i s t a de p r o d u ç ã o e c o m é r c i o organizado, segundo os interesses de toda a
comunidade e baseado n u m a ajuda v o luntária e mútua.
Compreende 77 o r g a n i z a ç õ e s e m 3 9 '
paises e o t o t a l dos seus m e m b r o s f i liados a t r a v é s das o r g a n i z a ç õ e s nacionais excede 120 m i l h õ e s . O m a i o r n ú m e r o destes m e m b r o s pertence à s cooperativas de consumo, mas as m o d a l i dades de cooperativismo a g r í c o l a , de
c r é d i t o , de p r o d u ç ã o i n d u s t r i a l t a m b é m e s t ã o bem representadas.
O seu f i m é propagar os p r i n c í p i o s e
m é t o d o s cooperativos e p r o m o v e r rel a ç õ e s e c o n ó m i c a s a m i g á v e i s entre as
o r g a n i z a ç õ e s cooperativas de todos os
tipos n ã o s ó nacionais como i n t e r n a cionais.
Ela p r o m o v e , p o r i n t e r m é d i o de org a n i z a ç õ e s auxiliares de c o m é r c i o banc á r i o e seguros, r e l a ç õ e s comerciais e
financeiras entre cooperativas dos d i ferentes paises, de m a n e i r a a h a b i t u á -los a exercer no mercado m u n d i a l , do
mesmo modo que no p r ó p r i o p a í s , ao
mesmo tempo u m a b e n é f i c a i n f l u ê n c i a
quer para os consumidores quer para
os produtores.
Ela organiza congressos internacionais, p r o m o v e o ensino e o estudo dos
p r i n c í p i o s cooperativos e trabalhos de
i n v e s t i g a ç ã o , publica f o l h e t o s e colabora i n t i m a m e n t e com as N a ç õ e s Unidas,
assim como c o m as entidades internacionais que p r o c u r a m alargar a i m p o r t â n c i a da c o o p e r a ç ã o .
O seu ó r g ã o oficial é a « R e v i s t a da
C o o p e r a ç ã o I n t e r n a c i o n a l » , publicada
mensalmente e m i n g l ê s , f r a n c ê s e alemão.
O trabalho i d e o l ó g i c o da A l i a n ç a t a m b é m se manifesta na c e l e b r a ç ã o anual,
em Julho, do Dia I n t e r n a c i o n a l da Cooperação.
FOZ C O DOURO
No último
nkmero
houve,
como
se
depreendia
do próprio
texto,
itgralhai)
na verba do volume
de transacção
desta Cooperativa,
a qual atingiu
1.500
contos
(e não 1.000) no ano de 1956.
da 2." pá/?.)
de V a r z i m , que c o m e ç o u recentemente
a r e q u i s i t a r t a m b é m o nosso B o l e t i m ,
v e m acompanhando o r i t m o geral de
progresso que e s t á , felizmente, caracterizando o M o v i m e n t o Cooperativo e m
P o r t u g a l . Durante 1956 quase duplicou
a sua massa associativa que, apesar de
representar ainda u m n ú m e r o modesto (cerca de seis dezenas), subscreveu
j á u m capital de 380 contos. T ê m aumentado todas as rubricas do M o v i mento, b e m como os resultados.
O « C r é d i t o Social P o v e i r o » r e s o l v e u
e m assembleia geral apoiar o t r a b a l h o
de d i v u l g a ç ã o do A t e n e u Cooperativo,
requisitando as suas e d i ç õ e s , e f i l i a n do-se como s ó c i o colectivo. Deve ainda destacar-se o seu gesto de i n d i c a r
u m a numerosa lista de pessoas e assoc i a ç õ e s da sua v i l a para envio do Bolet i m , c o n t r i b u i n d o para o f u t u r o alargam e n t o da « L i g a dos A m i g o s do Bolet i m C o o p e r a t i v i s t a » e p a r a a propagaç ã o dos nossos p r i n c í p i o s .
é
Aliança
cooperativa
Internacional
um milagre de c o o p e r a ç ã o para assunto de um filme
Esta notícia soubemo-la nós por um artigo de
Fabra Ribas que, publicado [icla primeira vez na
revista La Cooperation, de Basileia, vimos transcrito e traduzido na excelente publicação da instituição dos nossos amigos brasileiros do Centro
Nacional de Estudos Cooperativos: o Arco íris.
Passou-se o caso com o actor Marlon Brando,
•que viajava pela Ásia meridional à procura de
um assunto que servisse de exemplificação do
auxílio prestado pelas Nações Unidas aos países
subdesenvolvidos.
Ao deixar Manila, declarou Marlon Brando
que uma das coisas que mais vivamente o havia
impressionado durante a sua estada nas Ilhas
Filipinas era uma olaria cooperativa de São
Tomás, constituída com a ajuda de técnicos do
Bureau Internacional do Trabalho.
A vila de São Tomás está situada a 40 km.
ao norte de Manila. O único ganha pão dos habitantes, desde tempos imemoriais, é a cerâmica, louças de barro, vasos de flores, manilhas
de terra-cota, objectos de arte, etc. Os habitantes—30 famílias ao todo—haviam-se tornado devedores de um usurário, cujas exigências
lhes permitiam, apenas, comer. Pela intervenção
um amigo dos oleiros de São Tomás, rcsinte em Manila, o Departamento do Comércio
dos Estados Unidos dirigiu-se ao Bureau Internacional do Trabalho, solicitando-lhe ajuda. O Bureau enviou logo o sr. Krisahanappa Ramaiah,
técnico indiano em matéria de cooperação.
Não foi muito fácil a tomada de contacto com
os interessados. Declararam simplesmente, ao
seu visitante, que rão era de conselhos técnicos
que precisavam, mas da soma de 100.000 pesos
filipinos, equivalente a 5.000 dólares, para poderem pagar as suas dívidas.
Sem por isso se desanimar informou o Sr. Ramaiah os oleiros, com toda a franqueza, que não
lhes poderia fornecer dinheiro e se entregou ao
estudo minucioso da situação financeira. Depois
de pacientes cálculos chegou a mostrar que a soma que cada indivíduo pagava ao credor representava um juro de 100 a 800% ao ano. Levou os artesãos a organizarem-se em cooperativa
artesanal, que evitaria a luta entre eles para
a baixa dos preços e lhes permitiria a amortização gradual de todas as dívidas. O sr. Ramaiah
conquistou depressa a confiança dos seus interlocutores e pôde facilmente ajudá-los a constit u i r uma cooperativa em boa e devida forma.
^ ^ T u d o isso se passou cm Setembro de 1955.
que
ALMADENSE
Comisão Feminina da Piedense em acção
no Festival de Corroios
794 filiados, e o seu v o l u m e de vendas, sempre crescente, r e g i s t o u na ger ê n c i a de 1956 o t o t a l de 2.348 contos.
O b ó n u s ao consumo f o i de 4%.
Esta Cooperativa, recentemente f i l i a da na UNICOOPE, t e m contado, a l é m do
auxilio dos dirigentes do B . S. B . , c o m
a zelosa a d m i n i s t r a ç ã o dos seus directores, e a d e d i c a ç ã o e a c o m p e t ê n c i a
p r o f i s s i o n a l do seu gerente, sr. Oliveira
G u i m a r ã e s , desde h á m u i t o s anos devotado s e r v i d o r da Sociedade.
A Comissão
Cultural
da
Cooperativa
Almadense
tem
registado
intensa
e
muito interessante
actividade.
Entre
as suas iniciativas c o n í a - s e
uma c o n f e r ê n c i a que há pouco ali realizou o Pro!. António
Sérgio,
na qual
salientou
a importância
do
Cooperativismo no programa
de industria
ização
do p a í s , a t r a v é s da melhoria
do poder
de compra
da população
e, por
consequência,
do alargamento
do
mercado
interno.
Também
em 30 de Junho loi
inaugurada na sede da Cooperativa
a 1.» Exposição
de Artes Plásticas,
organizada,
por aquela Comissão
Cultural e que se
destina
a ter os melhores
efeitos
na
e d u c a ç ã o e s t é t i c a dos associados.
Felicitamos
a Comissão
pelo seu i r a balho, do qual teremos
sempre
muito
prazer em dar noticias.
Para esse
eleito estimamos
uma mais intima
colabo
ração com o nosso
Boletim,
3
Ás
Comemorações
do Dia
f m torno da Ideia da Aliança
Cooperativa International
por
ANTÓNIO
SÉRGIO
Assim como considero a estrutura económico-social cooperativa o verdadeiro
regime d e m o c r á t i c o e nacional.o verdadeiro governo do povo pelo povo, assim creio
que u m amplo f u n c i o n a m e n t o da A l i a n ç a Cooperativa Internacional seria a verdadeira política internacional, porque feita directamente entre nações, e n ã o entre
governos. T e m havido a t é hoje no M u n d o política intergovernamental, n ã o política internacional. A o que sempre me pareceu, a antiga Sociedade das N a ç õ e s era
u m a Sociedade de Governos, e n ã o u m a Sociedade de N a ç õ e s , e morreu por ter
sido u m a Sociedade de Governos, e n ã o de N a ç õ e s ; e a actual O r g a n i z a ç ã o das
N a ç õ e s Unidas é uma D e s o r g a n i z a ç ã o de Governos Desunidos, e por isso pouca
utilidade p o d e r á ter para os povos. A t r a v é s dos órgãos governativos actuais, i d ê n t i cos aos do passado, n ã o h a v e r á uma verdadeira política entre nações, mas política
entre fracções de n a ç õ e s . Pelo c o n t r á r i o , as relações entre as F e d e r a ç õ e s nacionais
das cooperativas de consumo p o d e r ã o ser verdadeiras relações internacionais. H a v e r á u m a o r g a n i z a ç ã o internacional ( e n ã o só intergovernamental) quando o com é r c i o exterior dos vários povos se fizer entre as respectivas F e d e r a ç õ e s nacionais
de cooperativas, p o r i n t e r m é d i o de u m Banco Cooperativo Internacional. Estamos
longe ainda da realização desta ideia? É p o s s í v e l ; mas devemos pensar nela constantemente, suponho eu.
Tata um delegado
E m r e p r e s e n t a ç ã o da Junta, de Compras do Norte,
o delegado
Fernando
Cunha, tez no Festival
Cooperativo,
a
seguinte
intervenção:
Prezados
camaradas,
Cooperativistas
do Sul
Em nome da Junta de Compras do Norte e, por conseguinte,
em nome da quase totalidade das
Cooperativas Nortenhas, trago até
vós as suas efusivas saudações,
consubstanciadas numa colaboração permanente, efectiva e prática por que estamos dispostos a fazer todos os sacrifícios.
do ftorie
b é m social e cultural,
em suma,
uma
via para a emancipação
do povo.
Quero t a m b é m chamar a a t e n ç ã o par a a necessidade da m a n u t e n ç ã o da
Unidade do M o v i m e n t o Cooperativista
em P o r t u g a l porque s ó assim é que ele
pode s i n g r a r e t r i u n f a r , libertando-nos
a todos daqueles que t ê m p o r lema a
e x p í o r a ç ã o do homem
peo
homem.
P o r f i m , cumpre-me agradecer e m
m e u nome e dos colegas que me acompanharam todas as a t e n ç õ e s que nos
t ê m sido dispensadas.
N ã o tenho palavras que possam exp r i m i r a alegria que sinto pela magnitude desta m a n i f e s t a ç ã o . R e a l i z a ç õ e s
desta natureza, que m u i t o h o n r a m
q u e m as leva a cabo, servem de incent i v o valioso para quem as observa.
Isto mais u m a vez v e m demonstrar a
justeza do caminho t r a ç a d o no sentido
da c r i a ç ã o de C o m i s s õ e s de t o d a a esno Piqúe-Nique:
o Prof.
pécie, essencialmente
de jovens, i n - Três cooperadores
Graça
cluindo raparigas, que e r g u e m sobre si Antonio Sérfíio, sua bsposa e Rodrigues
c o m as tarefas de c a r á c t e r a c e s s ó r i o
mas, t a m b é m , fundamentais, quer a sua
1)1
í u n ç ã o seja social, c u l t u r a l ou recreativa.
D i s t r i b u i ç ã o do n ú m e r o de a s s o c i a d o s
J á agora aproveito a oportunidade de
pelas
diferentes modalidades cooperativas
estar a ser ouvido, n ã o s ó pelos d i r i gentes das Cooperativas como pelos
Tipo de sociedades
Total de membros
seus p r ó p r i o s s ó c i o s , para f a l a r sobre a
necessidade que existe de todos se i n Socied. de consumo
65.600.000
teressarem activamente pelos probleSociedades a g r í c o l a s
15 200.000
mas das suas Cooperativas, compareSociedad. de c r é d i t o
cendo a todas as suas r e a l i z a ç õ e s (As57.000.000
sembleias Gerais, C o n f e r ê n c i a s , RepreSociedades de conss e n t a ç õ e s , etc.) pois que s ó assim é
trução e habitação
2.000.000
que as suas actividades t e r ã o viabilidaSocied.
de
p
r
o
d
u
ç
ã
o
de e s ó assim é que as Cooperativas
indust. e artesanal
s e r ã o o que os seus s ó c i o s q u e r e m :
850.000
am meio eliciente
para a elevação
não
Socied. tipo diverso
6.000.000
s ó do seu nível e c o n ó m i c o , mas tam4
Inter
MENSAGEM
do» cooperativistas portugueses
aos cooperativistas brasileiros
«Ligados
por afinidades
comuns
como sejam: a língua em que os dois povos falam e se entendem
cordealmente:
os costumes
e as tradições
enraizadas
através de séculos e
permanentemente
vinculadas
vos espíritos de
portugueses
e brasileiros, factos difíceis de ser alterados oil sequer iludidos,
na passagem
do
35.° dia «Dia Internacional
da Cooperação»,
os cooperativistas
portugueses
reunidos
nas cidades de ]Asboa e Porto
em sessões comemorativas,
saúdam
os
seus companheiros
que no Brasil
trabalham e militam
dentro do mesmo
ideal
de emancipação
económica.
Dia consagrado à Cooperação,
formulam nesta data, os cooperativistas
dcsl^^
lado do Atlântico,
os seus
melhores
mais íntimos votos, no sentido de verem
cada vez mais próspero e mais
enriquecido o movimento
cooperativo
do Brasil.
Através do «Centro
Nacional
de Estudos Cooperativos»
e do seu órgão de
imprensa,
a revista «Arco íris-» e ainda
da sua Secção blumineiise,
é vontade de
lodos nós, cooperativistas
portugueses,
que esta mensagem
seja conhecida
em
todo o amplo e fecundo
território
brasileiro.
As C o m i s s õ e s de Propaganda de í isboa
e Porro da U N I C O O P K ( U n i ã o Cooperativa Abastecedora).
UNIDADE
Integrado no festival comemorativo do Dia Internacional da
Cooperação, realizado no dia 7 de
Julho, na Quinta de Santa Martj^.
de Corroios, a Dra. Lúcia N o b : ^
em representação da Comissão
Central de Propaganda da Unicoope (Sul) e do Boletim Cooperativista, dirigiu aos cooperadores presentes uma alocução, de
que publicamos uns breves extractos :
« A q u i estamos em massa representando a vitalidade do m o v i m e n t o cooperativo p o r t u g u ê s , solidarizando-nos
c o m os 120 m i l h õ e s de cooperadores
que na Europa, na Ásia, e m Á f r i c a , na
A m é r i c a e Oceania h o j e igualmente se
r e ú n e m para celebrar f e s t i v a e f r a t e r nalmente o dia da C o o p e r a ç ã o — o dia
escolhido para publicamente e x t e r i o r i zarmos a f r a t e r n i d a d e dos nossos sentimentos para c o m todos os homens.
P o r isso, ao apelo da C o m i s s ã o Cent r a l de Propaganda da Unicoope (Sul)
n ó s viemos (...) expressar a solidariedade que une cada u m de n ó s e cada
u m a das nossas cooperativas ao m o v i mento o r g â n i c o cooperativo p o r t u g u ê s ,
ao B o l e t i m Cooperativista (...)
y i e m o s a f i r m a r a nossa c o n f i a n ç a n o *
p r i n c í p i o s cooperativos
quer
como
agentes da nossa e m a n c i p a ç ã o e c o n ó (Continita na pagina 6)
acional
da
C o o p e r a ç ã o
Extraordinárias c o m e m o r a ç õ e s
do
Dia Internacional da C o o p e r a ç ã o
As c o n i e m o r a ç õ e s do Dia Internacional
da Cooperação,
levadas a efeito no
p a í s , tiveram especial significado pelas suas p r o p o r ç õ e s e p r o f u n d i d a d e . A b r i lhante sessão do N o r t e (oi eminentemente proveitosa, quer pelos aspectos práticos
salientados nas c o n f e r ê n c i a s , quer ainda pelo interesse que despertaram. N o S u l , o
P i q u e n i q u e t a m b é m transcendeu os limites tradicionais, no promover u m convívio entre mais de 5.000 cooperadores, e ao trazer-lhes teatro e canções que dos
anseios do povo partiram.
n o País
Excelente sessão no Porto
A i n d a que sem o b r i l h a n t i s m o e g r a n diosidade das r e a l i z a ç õ e s do Sul, o N o r te quis t a m b é m assinalar o Dia I n t e r nacional da C o o p e r a ç ã o , organizando,
p o r i n t e r m é d i o das Juntas de Compras
e da Coop, do Povo Portuense
uma
s e s s ã o c o m e m o r a t i v a no s a l ã o n o b r e
desta sociedade.
O c a r á c t e r nitidamente c u l t u r a l deste
acto, aliado ao tempo
desagradável
que fez na noite de 6 de Julho, n ã o
f o r a m de m o l d e a a t r a i r à r u a de Cam õ e s o n ú m e r o de pessoas que era de
i
O içar das
:
Bandeiras
•••
•
Nacional
•
e da
Aliança
no Festival
:
na quinta
da
Cooperativa
Piedense
•
{
tf
f
•••••
•••
m
Mais de 5.000 cooperai ores reuniram-se no Sul
— Quem p a r t i c i p o u no Pique-nique reat a d o na quinta da Cooperativa Pied e n s e e v i u o grande n ú m e r o de j o vens a actuarem, quer na o r g a n i z a ç ã o ,
q u e r nos encontros desportivos, ou na
r e p r e s e n t a ç ã o t e a t r a l e no c o r o ; quem
observou o interesse e entusiasmo post o e m tudo pelos dirigentes; quem, enf i m , v i u a imensa alegria e verdadeira
c o n f r a t e r n i z a ç ã o entre mais de 5.000
cooperadores—conclue que as comemorações foram um êxito!
Se a C o m i s s ã o Central de Propaganda da Ú n i c o ope, do Sul, p o r i n c u m b ê n cia da D i r e c ç ã o da Unicoope, empreendeu estas c o m e m o r a ç õ e s , no sentido
de realizar u m festejo para as grandes
massas das nossas a s s o c i a ç õ e s , e m L i s boa e arredores, isso t e r i a sido imposs í v e l se n ã o houvesse, em p r i m e i r o l u gar, o apoio i n c o n d i c i o n a l das direcç õ e s de todas as Cooperativas, mas
t a m b é m das suas c o m i s s õ e s c u l t u r a i s ,
de jovens e de senhoras. P a r t i c u l a r mente se deve agradecer à s Cooperativas da m a r g e m ao Sul do Tejo, i n c l u i n do j á se v ê a Piedense, c u j a D i r e c ç ã o e
Comissão Cultural tornaram possível,
m u i t o e m especial, o que se l e v o u a
efeito.
Com o acampamento, na tarde de 6
d e Julho, dos campistas de cooperativ a s , e à noite o o m o f o g o do campo, as
duas dezenas de jovens campistas der a m início à s c o m e m o r a ç õ e s do Sul.
A l é m da Piedense, v i e r a m t a m b é m da
Cooperativa de S a c a v é m .
A p a r t i r das 8 horas da m a n h ã do
dia 7, viam-se grands n ú m e r o de cooperadores e suas f a m í l i a s a encaminharem-se para a quinta, e m Santa M a r t a
de Corroios, uns vindo a p é , outros de
camioneta, outros ainda integrados e m
e x c u r s õ e s . V i n h a m da Cova da Piedade, A l h o s Vedros, Seixal, A m o r a , Barreiro S a c a v é m , B r a ç o de Prata, Lisboa,
A l m a d a e Pragal. F o i u m e s p e c t á c u l o
nunca v i s t o !
À s 11 horas, ao toque de clarins e
uma largada de pombos, procedeu-se
ao i ç a r das bandeiras das Cooperativas,
perante m i l h a r e s de pessoas. A s bandeiras nacional e da A l i a n ç a Cooperativa I n t e r n a c i o n a l f o r a m i ç a d a s respectivamente pelos entusiastas batalhadores da nossa causa J ú l i o Duarte, como
d i r e c t o r da Unicoope, e Vasconcelos,
como delegado da Junta de Compras
das Cooperativas do N o r t e , a p ó s o que
se seguiu o encontro entre dirigentes.
F o i , e n t ã o , a oportunidade excelente
para que os i n ú m e r o s dirigentes presentes enaltecessem a obra do m o v i m e n t o o r g â n i c o , a i n i c i a t i v a da ampla
festa que estava a decorrer; salientas(Continua na página./)
desejar quer pelo significado do acontecimento, quer pela categoria das pessoas que nele p a r t i c i p a r a m . Mesmo assim, estiveram representadas quase
todas as Cooperativas do P o r t o , n ã o
faltando t a m b é m m u i t o s daqueles amigos que j á estamos habituados a v e r
em s e s s õ e s como esta.
P r e s i d i u a este acto o nosso amigo
sr. I n á c i o Santos Viseu, que se fez r o dear do representante das Juntas de
Compras, sr. L u í s C é s a r de Lemos e
pelo Eng. a g r ó n o m o , Ex." " Sr. Paula da
Costa.
A p ó s algumas palavras do presidente da mesa, A l b e r t o A l v e s Carneiro diss e r t o u sobre o significado do dia e suas
r a z õ e s h i s t ó r i c a s , procedendo no f i n a l
à l e i t u r a de duas mensagens, u m a da
A l i a n ç a Cooperativa I n t e r n a c i o n a l e out r a dos cooperativistas
portugueses
aos seus i r m ã o s do Brasil.
Seguiu-se no uso da palavra o sr. dr.
Fernando F e r r e i r a da Costa, o qual f o cou aspectos m u i t o i m p o r t a n t e s do desenvolvimento do m o v i m e n t o cooperat i v o p o r t u g u ê s , pondo-o em c o n f r o n t o
c o m o de outros paises.
P r o f u n d o conhecedor destes assuntos, pois tens-nos estudado «in l o c o »
n ã o s ó e m P o r t u g a l como no estrangeiro, este nosso querido amigo f e z
u m a s í n t e s e do que considera as tarefas principais e p r ó x i m a s do nosso m o v i m e n t o , que deseja v e r solidamente
(Continua nalpágina 7 )
1
5
eiíocução
da
«ítnicoope»
UNIDADE
(ContlnuHçSc:'
da 4 * pHginalr-
mica, quer como r e f o r m a d o r e s de m e n talidade, substituindo o e s p í r i t o de*
c o m p e t i ç ã o — q u e h o j e impera—pelo deneroso, de vontade c l a r i v i d e n t e , estac o l a b o r a ç ã o . E para este aspecto de rebeleceram os p r i n c í p i o s cooperativisf o r m a de mentalidade, de e l e v a ç ã o dc<
tas que nunca é demais e n u n c i a r :
n í v e l m o r a l e c u l t u r a l , daquela a u t ê n 1. ° — A d e s ã o l i v r e ;
t i c a e d u c a ç ã o que t e m e m v i s t a eman2 . ° — Controle d e m o c r á t i c o ( u m v o t o
cipar os homens, dando-lhes a n o ç ã o
p o r pessoa);
das suas responsabilidades e da sua
3. ° — D i s t r i b u i ç ã o dos excedentes aos
liberdade, e m que andam e m p e n h a d o »
s ó c i o s , na p r o p o r ç ã o das suas transacgrande n ú m e r o dos nossos d i r i g e n t e »
ções;
e associados, n ó s chamamos a p a r t i c u 4. ° — Interesse l i m i t a d o ao c a p i t a l ;
É i n d i s p e n s á v e l que os cooperadores lar a t e n ç ã o de todos v ó s para a i m p o r 5. ° — N e u t r a l i d a d e p o l í t i c a e r e l i g i o s a ; compreendam a necessidade de se t o r - t â n c i a i n c a l c u l á v e l da c o l a b o r a ç ã o das
6. ° — Venda a p r o n t o ;
n a r e m m i l i t a n t e s activos, ao mesmo jovens e das mulheres na v i d a das nos7 . ° — M e l h o r i a do n í v e l de v i d a .
tempo colaboradores e controladores sas cooperativas. A existência
de coN ã o obstante a m o f a , a o p o s i ç ã o de das a d m i n i s t r a ç õ e s das suas cooperati- missões
culturais
e comissões
lemini© o n t r á r i o s e t a m b é m daqueles c u j a vas. E quanto m a i o r f o r a c o l a b o r a ç ã o nas não é hoje só uma questão
de méc o n d i ç ã o social estes p r i n c í p i o s favo- e o c o n t r o l e j u n t o das a d m i n i s t r a ç õ e s , todo de trabalho
que pode ou não set a n t o mais estas s e n t i r ã o a necessida- gTiir-se, porque
r e c i a m , a ideia v i n g o u e cresceu.
os resultados
serão o&
Os amigos ingleses, sempre o t ê m de- de de c u m p r i r e fazer respeitar mais mesmos.
m o n s t r a d o , s ã o empreendedores tena- estas s e n t i r ã o a necessidade de cumSe a vitalidade das cooperativas sob
zes. E m 1863 j á t i n h a m fundado o ar- p r i r e fazer respeitar os p r i n c í p i o s e os o p o n t o de vista e c o n ó m i c o e s t á na sua
m a z é m grossista c o o p e r a t i v o ; e m 1869 objectivos do c o o p e r a t i v i s m o organi- boa e s ã a d m i n i s t r a ç ã o , sob o ponto de
f u n d a v a m a sua U n i ã o Cooperativa de- zado.
v i s t a de convivio social, da i r r a d i a ç ã o
dicada à d i f u s ã o e e d u c a ç ã o cooperatiÊ tempo de fazer acompanhar a pro- dos p r i n c í p i o s cooperativos e do seu
v i s t a . É curioso n o t a r que p r i m e i r o paganda dos p r i n c í p i o s e dos b e n e f í c i o s enraizamento, e s t á na c o n s c i ê n c i a que
f u n d a r a m o a r m a z é m e s ó seis anos de- do cooperativismo c o m o exemplo v i v o deles t i v e r m o s , n ó s as m u l h e r e s que
pois a U n i ã o d i f u s o r a . Isto demonstra e p r á t i c o das o r g a n i z a ç õ e s . É tempo de somos especialmente as
educadoras
s ó p o r si, o e s p í r i t o p r á t i c o que presi- nos t o r n a r m o s menos sonhadores e dos nossos f i l h o s e os jovens que a m j ^
d i u à f u n d a ç ã o do c o o p e r a t i v i s m o : co- mais realizadores. É tempo de c e r t i f i - n n ã t e r ã o nas suas m ã o s a respom^^B
m e ç a r a m p o r c r i a r o exemplo, para de- car que t a m b é m é p o r i n é r c i a p r ó p r i a bilidade de o r g a n i z a ç ã o das nossas sopois d i f u n d i r a f ó r m u l a .
que temos caminhado devagar. Ser ciedades.
Depois da r e v o l u ç ã o francesa de cooperador é acima de tudo c o n t r i b u i r
S ã o as C o m i s s õ e s Juvenis
quer
mas1848, o m o v i m e n t o estende-se ao con- c o m a q u o t a parte de e s f o r ç o , o m b r o a culinas,
quer mixtas
cu/as actividadestinente, mas é de 1895 a 1914 oue be- o m b r o c o m os companheiros, para en- s ã o naturalmente representativas dos
n e f i c i a de grande impulso na Europa.
E m 1895, é fundada, e m Londres, a
A l i a n ç a Cooperativa I n t e r n a c i o n a l . E
apesar de todos os retardamentos, ocasionados pelas crises e c o n v u l s õ e s da
E u r o p a e do Mundo, uma e s t a t í s t i c a i n dicava, e m 1810, a e x i s t ê n c i a de 8.000
sociedades
cooperativas,
agrupando
q u a t r o m i l h õ e s de m e m b r o s e m treze
p a í s e s da Europa. E. e m 1935, anunOutro
aspectociava que em 33 p a í s e s se c o n t a v a m
37.076 sociedades de consumo c o m 55
do
pique-niquc
m i l h õ e s de m e m b r o s , transaccionando
u m t o t a l de 1.857 m i l h õ e s de libras
cooperativo
(cerca de 148,5 m i l h õ e s de contos)
u m a p r o d u ç ã o p r ó p r i a de 25 m i l h õ e s ,
e os seus a r m a z é n s p o r grosso t i n h a m
m o v i m e n t a d o 1.614 m i l h õ e s de libras
(cerca de 129 m i l h õ e s de contos).
E a onda cresceu: A A . C. I . apontad o s , em 1956, o n k m e r o de 120 m i l h õ e s de cooperadores associados em
410.000 cooperativas e estas agrupadas em 77 o r g a n i z a ç õ e s à escala nacion a l ou regional.
grandecer e a p e r f e i ç o a r o m o v i m e n t o interesses da juventude, que
hão-de
chamar e interessar
grandes massas deCooperativista.
e práticas
cooA todos os que ainda n ã o passaram jovens pelos princípios
A a d e s ã o dos trabalhadores portugueses ao cooperativismo n ã o f o i das mais pelas a d m i n i s t r a ç õ e s das cooperativas, perativas.
t a r d i a s : p o r 1876, fundaram-se as p r i - quer activamente quer coadjuvando-as,
Mas o m o v i m e n t o cooperativo o r g â m e i r a s cooperativas, das quais ainda n ó s vos anunciamos que a p r á t i c a
floresce a Caixa E c o n ó m i c a O p e r á r i a . a d m i n i s t r a t i v a das sociedades coopera- nico p o r t u g u ê s conta que as C o m i s s õ e s
H á 80 anos. Mas se n ã o f o m o s dos mais tivas é a u t ê n t i c a escola de civismo e Femininas sejam t a m b é m pela sua actir e t a r d a t á r i o s , temos sido dos mais mo- de conhecimentos
gerais, onde
se vidade c u l t u r a l centros de a p e r f e i ç o a rosos. Das nossas cooperativas, umas aprende a equacionar os problemas de mento intelectual e p r o f i s s i o n a l que
feneceram outras v i v e r a m a t é h á pou- cada u m c o m os dos companheiros de p o d e r ã o v i r a f o m e n t a r a c r i a ç ã o de
cos anos numa apatia confrangedora.
cooperação.
trabalho, onde se cultiva verdadeira novas f o r m a s de
Tentativas de agrupamento se esbo- f r a t e r n i d a d e social.
As mulheres, t a m b é m vos e x o r t a m o s
Que todas as Cooperativas e t o d o s
ç a r a m e f r u s t a r a m a t é one, recentemente, se v i u nascer a UNTCOOPE, ú l - a que rasguem a doce e s e r á f i c a c o r t i - n ó s cooperadores colaboremos c o m t o t i m a tentativa de o r g a n i z a ç ã o coopera- na com que se pretende r e s t r i n g i r o da a nossa boa vontade c o m t o d o o
t i v i s t a à escala nacional. S e r á talvez de â m b i t o do mundo à s paredes do p r ó - nosso entusiasmo c o m o B o l e t i m Coop e r g u n t a r porque n ã o v i n g a r a m as ten- p r i o l a r e vos lembramos que os vos- perativo. 0 Boletim
é das
Cooperativas
tativas anteriores, ainda que, decerto, sos problemas sociais n ã o s ã o exclusi- e delas espera todo o estimulo,
todo onascidas da m e l h o r boa vontade dos vos, s ã o problemas gerais que p o d e r ã o apoio. A unidade actual do
movimento'
iniciadores? P o r f a l t a de e s p í r i t o rea- ser resolvidos ou m i n o r a d o s a t r a v é s cooperativo
orgânico
português
develizador? Porque o ambiente t e m p r o p i - da c o o p e r a ç ã o . V ó s sois as verdadeiras -se em parte à a c ç ã o do Boletim
que a
ciado i n t r o m i s s õ e s alheias e nocivas ao b e n e f i c i á r i a s do cooperativismo e ten- todos nos tem unido. A volta dele permovimento?—A par de outras, estas des oportunidade de o v e r i f i c a r .
maneçamos
unidos, emendando
com tocausas s e r ã o talvez r e s p o n s á v e i s .
No Dia I n t e r n a c i o n a l da C o o p e r a ç ã o , da a nossa lealdade
e boa vontade
©•
bem,
amQuer sejam, quer n ã o , é tempo de a todos os cooperativistas, a todas as que ne7e estiver de menos
pliando-o, tornando-o
o espelho da nosc u l t i v a r entre as massas associadas das co operadoras,
cooperativas o sentido organizador e
aspirações.
A UNICCOPE Saúda-vcs sa vida e das nossas
(Continuação
*
6
da 1." pãg.)
empreendedor e sobretudo fazer desp e r t a r e p r e d o m i n a r o cuidado do cont r o l e associativo as p r ó p r i a s massas
associadas na o r g â n i c a de cada cooper a t i v a e do m o v i m e n t o e m geral. Este
d e v e r á ser o t r a b a l h o c u l t i v a d o r da
Unicoope, o r g a n i z a ç ã o cooperativa que
pretende ser nacional, p e r t e n ç a das
cooperativas, dos m e m b r o s das cooperativas.
I s cooperativas de consumo
não s ã o p a s s i v a s d o l i c e n ç a
de estabelecimento comercial e Industrial
A s Cooperativas de Consumo, quansdo, quer e s t a t u à r i a m e n t e quer na p r á :tica da sua vida, transaccionam e x c l u s i v a m e n t e c o m os seus associados, n ã o
p o d e m ser encaradas como empresas
comerciais n e m as suas Eedes ou locais
de d i s t r i b u i ç ã o aos s ó c i o s como estabelecimentos.
P o r t a l r a z ã o , verifica-se quanto a
-elas i s e n ç ã o da l i c e n ç a de estabelecimento.
Que assim é, di-lo expressa e concludentemente o a c ó r d ã o p r o f e r i d o pelo
T r i b u n a l da R e l a ç ã o de Lisboa e m 22-5-56 nos autos de pretensa transgress ã o fiscal a d m i n i s t r a t i v a levantados à
Cooperativa « F a m í l i a E c o n ó m i c a da
.Mina de S. D o m i n g o s » cuja parte decis ó r i a a seguir t r a n s c r e v e m o s :
«A r e c o r r i d a , como e s t á provado, s ó
i a z f o r n e c i m e n t o s aos s ó c i o s e certo e
que, ao constituir-se, o que teve em
v i s t a f o i e l i m i n a r o especulador mer-cantil, ou seja o i n t e r m e d i á r i o entre a
-oferta e a p r o c u r a de m e r c a d o r i a .
^ J ? e l o que pode dizsr-se que c o m p r a r
^ • p r c a d o r i a para a r e c o r r i d a é o mesm o que c o m p r á - l a para os s ó c i o s . É
c e r t o que no r e l a t ó r i o de f l s . 50, como
n o a r t . 20 dos Estatutos, se fala e m
l u c r o s , mas d a í n ã o pode concluir-se
q u e a Cooperativa p r a t i q u e actos de índole especulativa, pois esses falados l u c r o s nao s ã o mais de que o resultado
da impossibilidade de antecipadamente
»e poder calcular a percentagem exact a que deve acrescer ao p r e ç o das comp r a s para o custeio das despesas que
t ê m de fazer-ss antes da entrega dos
g é n e r o s aos associados, e é p o r isso
que o excesso apurado depois de f e i tas as n e c e s s á r i a s d e d u ç õ e s é entregue
aos s ó c i o s . P o r tudo isto pois entende-e que a ora r e c o r r i d a n ã o exerce qualquer actividade c o m e r c i a l ou indust r i a l e p o r isso n ã o e s t á sujeita ao pagamento de l i c e n ç a p o r c u j a f a l t a f o i
-autuada.
Consequentemente
nega-se
p r o v i m e n t o ao recurso e confirma-se
i n t e i r a m e n t e a douta s e n t e n ç a r e c o r r i da.»
0
Preparação fécnica
do pessoal das cooperativas
O sr. dr. Ferreira
da. Costa—ag-ora ení r e nós—propôs-se
organizar
um
curso
(para o pessoal das Coperativas
de consumo do Norte, olerta. que a Junta de
Compras
acolheu
com o maior
entusiasmo e que vai procurar
pôr em prática ainda este ano.
Estamos
certos
que todas as Cooperativas
vão dar a esta importante
iniciativa
a sua melhor
colaboração,
fazendo
com que participem
dela
todos
<ni a maior parte dos sócios
empregados. Se bem que destinado
especiaJjcnente ao pessoal,
a assistência
a este
curso é de recomendar a todos os dirigentes,
porquanto
serão versados
nele
.assuntos
da maior
importância
para
quantos
se interessam
pelo
progresso
jdas
Cooperativas.
Esperamos
dar j& no próximo
númeT O do «Boletim»
intormes
detalhados
desta iniciativa,
há tanto tempo
sugerida e que iinalmente
se
materializa..
—C.
A sessão no Porto
A R E U N I Ã O NO / U L
(Continuação da página 5)
sem o c a r á c t e r c o l e c t i v o da nossa
a c ç ã o e a c t u a ç ã o ; chamassem a atenç ã o para a necessidade de f o r m a ç ã o de
novos d i r i g e n t e s ; e apelassem
para
m a i o r p a r t i c i p a ç ã o dos jovens e senhoras nas tarefas cooperativas.
Depois p r ó p r i a m e n t e do pique-nique,
iniciou-se o b a i l e ; e, mais tarde, a parte c u l t u r a l do p r o g r a m a , j á c o m a p r e s e n ç a do P r o f . A n t ó n i o S é r g i o e espoO terceiro o r a d o r da noite f o i o E x .
sa, e de mais cooperadores que chegaSr. Eng. a g r ó n o m o Bento Meireles L e i v a m a toda a h o r a .
te de Castro, da E s t a ç ã o A g r á r i a do
A p ó s a d e c l a m a ç ã o de poesias p o r t u P o r t o , u m grande apaixonado pela terr a e activo defensor da a p l i c a ç ã o do guesas p o r jovens cooperadores e s i m m é t o d o cooperativo aos diferentes ra- patizantes, sucederam-se as i n t e r v e n ç õ e s de delegados. P r i m e i r o , f o i lida a
m o s da A g r i c u l t u r a .
Mensagem da A l i a n ç a Cooperativa I n J á o o u v í r a m o s a quando da Exposi- ternacional, p o r Rodrigues G r a ç a . E m
ç ã o A g r í c o l a do N o r t e , tendo o seu segundo lugar, J o s é M o r e i r a l e u a M e n t r a b a l h o desta n o i t e resultado n u m a sagem a d i r i g i r ao m o v i m e n t o b r a s i l e i ó p t i m a e elucidativa l i ç ã o acerca do r o , feliz e oportuna i n i c i a t i v a da Com o v i m e n t o cooperativo p o r t u g u ê s no m i s s ã o de Propaganda da Unicoope, do
campo.
N o r t e . A m b a s as mensagens f o r a m
C o m e ç a n d o p o r u m r á p i d o bosquejo m u i t o aplaudidas.
h i s t ó r i c o , referiu-se seguidamente ao
Com m u i t o agrado, f o r a m o u v i d a s
que no nosso p a í s se t e m feito e v a i fat a m b é m as i n t e r v e n ç õ e s do delegado
zendo com v i s t a à o r g a n i z a ç ã o dos proda Junta de Campos do N o r t e , F e r n a n dutores a g r í c o l a s , citando p o r m e n o r i do Cunha, c o m u m a s a u d a ç ã o de conzadamente alguns casos de i m p o r t a n f i a n ç a no progresso do M o v i m e n t o ; d a
tes cooperativas, cujo c o n t r i b u t o para
Dr." L ú c i a N o b r e que, e m nome de C.
o m e l h o r a m e n t o da p r o d u ç ã o e justa
de Propaganda da Unicoope, do Sul,
d i s t r i b u i ç ã o de b e n e f í c i o s ressaltou,
apelou no sentido de se c r i a r e m ou demanifestando, p o r f i m , a e s p e r a n ç a de
senvolverem as actividades das c o m i s que este i m p o r t a n t e m o v i m e n t o pross õ e s culturais, de jovens e de senhosiga para bem dos p r o d u t o r e s e dos
ras, e apontando o papel do « B o l e t i m »
consumidores.
adentro do M o v i m e n t o ; e, f i n a l m e n t e ,
A p ó s o seu i m p o r t a n t e trabalho, f o i D e s i d é r i o Costa, d i r e c t o r da Unicoope,.
passado u m f i l m e , gentilmente cedido disse do significado do a v a n ç o cooperapela D i r e c ç ã o Geral dos S e r v i ç o s A g r í - t i v o no estrangeiro e no nosso pais.
colas, sobre a c o n s t i t u i ç ã o de u m a cooA a s s i s t ê n c i a v i u c o m interesse a r e p e r a t i v a a g r í c o l a na Holanda, que i n teressou v i v a m e n t e toda a a s s i s t ê n c i a . p r e s e n t a ç ã o do «Sísifo» e a M o r t e » , pelo Grupo de Teatro Popular da C. E c o E depois do sr. Santos V i s e u t e r
n ó m i c a O p e r á r i a , dirigido p o r H u m b e r agradecido aos oradores a sua p a r t i c i t o d'Avila, i n f a t i g á v e l defensor do teap a ç ã o na s e s s ã o deu esta p o r encerrat r o para o povo, e cujos jovens actoda.
J r s é de Castro
res p r o v a r a m , mais u m a vez, do q u e
h á a esperar da c o l a b o r a ç ã o da j u v e n tude.
A finalizar as c o m e m o r a ç õ e s fez-se
o
u
v i r c o m m u i t o agrado o coro da
Publicamos neste n ú m e r o as contas referentes à saída do «Indicador Coopera- Academia dos A m a d o r e s de Música, d i rigido pelo c o m p o s i t o r P r o f . L o p e s
tivo» correspondente ao ano de 1956.
c a n ç õ e s populaIniciativa interessante, a sua utilidade G r a ç a , apresentando
foi reconhecida a seguir ao seu apareci- res portuguesas.
Pode dizer-se—todos o sentem — que
mento.
A provar tal a f i r m a ç ã o , poderemos, se foi u m a v e r d a d e i r a j o r n a d a cooperatij . /. c
tal se julgar indispensável dar à publici- vista,
dade os incitamentos elogiosos dirigidos à
150t00
Cooperativa do Povo Portuense, e, aos O Lar E c o n ó m i c o
70iOO
elementos que coordenaram todos os tra- Soe. Editora Norte
balhos que permitiram a c o n f e c ç ã o do
Exemplares adquiridos
«Indicador».
Cooperativas
Seguindo o exemplo do ano findo, a Lordelo do Ouro
45$00
Junta de Compras das Cooperativas do Sacavenense
2- $5Q
isorte, voltou a solicitar, daquela Coopera- B r a ç o de T u t a
75$00
tiva nortenha, a saída de uma nova e d i ç ã o . Maquinistas e Fogueiros . . . .
75SOO
Acolhido favoravelmente o pedido, po- F u n c i o n á r i o s P ú b l i c o s
15S0Õ
demos anunciar que está para breve o A r r á b i d a
15$00
aparecimento da circular a dirigir à s Ramalde
SOjOOCooperativas do País, esperando os orga- Moreira da Maia
60$00
nizadores do «Indicador:», que todas as Trabalhadores de Portugal . . .
50S00
d i r e c ç õ e s , animadas do melhor espírito Trabalhadores Foz do Dou o . . lõOSOO
de c o o p e r a ç ã o , prestem, com a maior so- Ateneu
lõlOO
licitude, os esclarecimentos que lhes s ã o H a b i t a ç õ e s E c o n ó m i c a s . . . .
4$50'
pedidos, na referida circular.
Pro. Seguros
57S50Pedreiros
455S0ORECEITA
Piedense
63$0O
Destaques
Dr. Fernando Costa
20t00
Edificadora Previdente
70$00
Cooperativas:
Total
3.037$50
Trabalhadores de Portugal . . . 120$00
DESPESA
Trabalhadores F do Douro. . . 195100
I m p r e s s ã o de 1.000 exemplares . 2.160SGO
Popular de Moreira da Maia . .
2»0i00
65$00Lordelo doOuro
200SOO 300 sacos
131S00Piedense
2í>0S00 650 circulares
Selos postais
154$ 10^
Económica de Lamego
70$00
PedreirosPortuenses
450500
Total
2500$10Povo Portuense
220$00
Saldo
557$40
(Continuação da página 5)
e s t r u t u r a d o , pois s ó assim p o d e r á enf r e n t a r as responsabilidades de t o d a a
o r d e m que se lhe v ã o deparando. E com o fecho das suas palavras, sempre
objectivas, ofereceu a sua c o l a b o r a ç ã o
à Junta de Compras do N o r t e para a
e f e c t i v a ç ã o de u m curso c o m v i s t a à
p r e p a r a ç ã o t é c n i c a e t e ó r i c a do pessoal
das cooperativas de consumo.
m o
Indicador cooperativo
,
1
7
Acima de tudo a pureza dos princípios
por
Alberto
da C o o p
Alves
Carneiro
do Pcvo Pcnuense
E s t á dentro das a t r i b u i ç õ e s do «Boletim
Cooperativista.»,
pertencendo
mesmo
ao . n ú m e r o das suas mais urgentes e i n d i s p e n s á v e i s actividades, o prestar
a máx i m a a t e n ç ã o , esclarecendo e vincando
concretamente,
a detinição
dos
princípios
cooperativos.
Trabalhar
em lavor da pureza
daqueles, contribuindo
para que não
possam
ser deturpados
ou encaminhados
para
certos
desvios
considerados
perniciosos, tanto do agrado de quem
procura
aproveitar-se
dos mesmos
para a obtenç ã o de estudados
e premeditados
Uns,
é assumir
uma posição
mais que deténs
vel.
Tão simpático
papel cabe bem a este
órgão de
Imprensa.
•
A propósito
do desenvolvimento
que
no Pais está atingindo
o
movimento
cooperativo
tacto que leva ao
«arreigado convencimento
em que
estamos
de que só pela cooperação
poderá
a
L a v o u r a vir a adquirir
a situação
que
mereceu,
di-lo uma passagem
de um
relatório
de uma Federação
de
Grémios
da Lavoura,
correspondente
ao
ano
lindo.
Procura
a d i r e c ç ã o que assina esse
documento—lê-se
também—«esclarecer
desde j á que a cooperação
não se atinge só através
da clássica
cooperativa
liberal,
de associação
volunt
ria, pois
em muitos
casos e nomeadamente
nos
meios
menos propensos
ã
Associação,
como s ã o os nossos
meios
rurais,
há
tórmuas
de cooperação
que
sobejamente
têm demonstrado
a sua eficácia e supez'ioridadex.
Manifestamos, p o r esta f o r m a , a nossa absoluta
discordância
com
semelhante afirmação,
dada a sua
inconsistência.
É para nós completamente
ignorado
outro
processo
de se fazer
cooperação livre, por vontade
própria
dos interessados,
de defesa séria do
consumidor, que não seja, como
inteligentemente,
concretamente
nos aponta
o
Prol Domingo
Bo-rea, da
Universidade
de Buenos Aires, ao afirmar:—«A
cooperativa
é uma associação
de pessoas,
e c o n ó m i c a e social, essencialmente
económica,
livre, neutral,
altamente
moral, que tem por objecto
o
desenvolvimento
de uma acção concreta,
intensa
e constante,
de defesa económica
dos
seus membros,
sob os diversos
pontos
de vista da produçno,
do consumo,
do
crédito
e do seguro,
e'iminando
o lucro, porque
limita
a remuneração
do
capital,
e repartindo
proporciona'mente, como retorno,
entre os associados,
os b e n e f í c i o s realizados
e líquidos,
provenientes
dos excedentes
de
recepção
ou dos excedentes
de retenção,
segundo os
casosn.
Como
poderão
outros
organismos
constituídos
sob formalidades
legais e
destinados
a outros fins, por sinal bem
distintos,
furtar-se
à s suas f u n ç õ e s especificas de «orientação
e
disciplina
das actividadesn
que
representam?
Tal nunca poderã
suceder.
Afirma-se
no documento
em
referência que a esses organismos
de ciasse
íícompeíe-JJjes fornecer
mercadorias,
à
s e m e l h a n ç a de uma cooperativa
de
compra
(?); auxiliar
os associados na
venda e c o í o c a ç ã o dos seus
produtos,
tal como
uma cooperativa
de
venda
(?); possuir armazéns,
celeiros,
adegas,
maquinas
e animais, bem como
montar
serviços
e i n s í a í a ç õ e s de interesse com u m dos agremiados, para e x e r c í c i o
de f u n ç õ e s e o b t e n ç ã o de finalidades,
8
m u i t o semelhantes
à s cooperativas de
t r a n s f o r m a ç ã o ; ) (?).
Isso é seguir caminho
perfeitamente
errado; mais, é criar uma confusão
tremenda, inesplicàvel
no espírito
das pessoas que, indiferentes
ao princípio
do
associativismo
por desleixo
umas,
por
ignorância
outras, baralhando
lamentavelmente
os papéis que cabem
desempenhar à s colectividades, cujos fins não
admitem
dúvidas
quanto
aos
seus
objectivos.
Esclarecer,
afirmar
propósitos
claramente
definidos,
eis a missão
que reputamos
de maior valia a ievar-se p o r
diante através
do «Boletim
Cooperativista)).
M
N
D
0
i
COOPERATIVO
Miança Cooperativa
Internacional
E m Fevereiro passado esteve reunida a C o m i s s ã o Central da A . C. I . e d i versas s u b - c o m i s s õ e s para a p r e c i a ç ã o
dos r e l a t ó r i o s a apresentar ao p r ó x i m o
Congresso.
O delegado sueco apresentou u m t r a balho sobre «A C o o p e r a ç ã o no Desenv o l v i m e n t o E c o n ó m i c o Mundial e a
P a z » e o representante da U . R. S. S.
u m o u t r o , tratando « C o m é r c i o Cooper a t i v o I n t e r n a c i o n a l : suas dificuldades
e possibilidades e o alargamento de
contactos c o m v i s t a a t r o c a de exper i ê n c i a s nas actividades c o o p e r a t i v a s » .
F o i aprovada u m a s u g e s t ã o a apresentar ao Conselho E c o n ó m i c o e Social
da ONU sobre os graves problemas do
Médio Oriente.
A U n i ã o das Sociedades Cooperativas
de Consumo da P o l ó n i a pediu a aprovaç ã o da sua a d e s ã o , declarando estar j á
a sua o r g a n i z a ç ã o c o n f o r m e os estatutos da A . C. I . e m v i r t u d e das m o d i f i c a ç õ e s operadas na v i d a p o l í t i c a do
seu p a í s .
FINLÂNDIA
O Parlamento f i n l a n d ê s a p r o v o u u m a
lei destinada a combater as p r á t i c a s comerciais especulativas a que se dedicam a l i , como em todo o Mundo, os
c a r t é i s capitalistas. A s s i m f o i criada
uma R e p a r t i ç ã o Especial dos C a r t é i s
que c o n t r o l a r á todas as suas actividades. Esta l e i f o i ' a d o p t a d a p o r s u g e s t ã o
da U n i ã o Progressista das Cooperativas Finlandesas.
Deste modo se v ê n ã o ser o Cooperat i v i s m o u m tipo de e s t r u t u r a e c o n ó m i ca abandonada a si m s s m o e apenas de
interesse local. Nos paises mais evol u í d o s ele t e m de f a c t o u m a i n f l u ê n c i a
m u i t o grande na vida e c o n ó m i c a tomando assento e m v á r i a s C o m i s s õ e s
Superiores E c o n ó m i c a s e Sociais. Essa
i n f l u ê n c i a é já h o j e t ã o grande que a
A. C. I . t e m assento permanente no
Conselho E c o n ó m i c o e Social das Naç õ e s Unidas.
A
C o o p e r a t i v a «A S a c a v e n e n s e *
visita a s C o o p e r a t i v a s d o N o r t e
5
No sentido de c o n t r i b u i r para u r a
m a i o r conhecimento e e x p a n s ã o d o
c o o p e r a t i v i s m o , r e s o l v e u a Cooperativa «A S a c a v e n e n s e » l e v a r a efeito, de
11 a 1 5 de A g o s t o , u m a e x c u r s ã o ao
P o r t o , c u j a finalidade essencial s e r á a
de v i s i t a r todas as cooperativas da cap i t a l do N o r t e , seus arredores, e, ainda, quaisquer outras que p o r v e n t u r a
se e n c o n t r e m espalhadas pelo caminhe
a percorrer.
«A S a c a v e n e n s e » , c o m o f i m de tornar mais p r o f í c u a e e l u c i d a t i v a a visita
projectada, d i r i g i u ao sr. A l b e r t o Alves
Carneiro, i l u s t r e dirigente da Cooper a t i v a do Povo Portuense, u m pedido para ser na v i s i t a à s cooperativas
da cidade i n v i c t a o cicerone da e x c u r
s ã o que, composta de setenta pessoas,
t e r á a a c o m p a n h á - l a o presidente d a
Assembleia Geral, sr. Cecílio Campos.
Desejando fazer dessa e x c u r s ã o uma.
ú t i l e valiosa j o r n a d a de propaganda,
os dirigentes da Cooperativa «A Sacav e n e n s e » , certos de que a sua i n t e n ç ã o
s e r á plenamente compreendida, f o r a m
ainda pedir o a u x í l i o do A t e n e u Cooper a t i v o , sob a f o r m a de f o l h e t o s divulgadores do c o o p e r a t i v i s m o cruc s e r ã o
p r o f u s a m e n t e d i s t r i b u í d o s durante j<K
do o t r a j e c t o .
^fP
CHIPRE
N5o obstante as agitadas c o n d i ç õ e s
politicas e m que se v i v e nesta ilha do
M e d i t e r r â n e o , a vida das cooperativas
continua e m f r a n c a prosperidade.
A s suas 234 cooperativas de consum o , c o m u m a p o p u l a ç ã o associativa de
135.000 pessoas, efectuou, em 1955,
vendas no v a l o r de 160 m i l contos. Ent r e t a n t o , o Banco Central Cooperative
— i n s t i t u i ç ã o que, j u n t a m e n t e c o m uma
F e d e r a ç ã o das Cooperativas, encontram o s sempre na base do progresso de
qualquer m o v i m e n t o cooperativo—concedeu e m p r é s t i m o s no v a l o r de 90 m i l
contos, tendo sido o v o l u m e de depósitos de 60 m i l contos.
ESTADOS
UNIDOS
A m a i o r r e f i n a r i a cooperaHva de pet r ó l e o — a National Cooperative Refiner y Association—refinou,
em
1955,
25.300 b a r r i s p o r dia e vendeu 37 m i l h õ e s de d ó l a r e s de p r o d u t o s (cerca^^
u m m i l h ã o e cem m i l contos'). <raB
7% que no ano a n t e r i o r . A cooperat^ra
d i s t r i b u i u , em 1956, cerca de 140 m i l
contos de r e t o r n o à s 6 cooperativas
regionais que s ã o seus associados.
DINAMARCA
Neste p a í s , onde o cooperativismo
abrange u m vasto campo dentro da est r u t u r a e c o n ó m i c a e tanto t e m c o n t r i b u í d o para o elevado n í v e l de vida do
povo d i n a m a r q u ê s , existe u m a U n i ã o
das Lavandarias Cooperativas na q u a í
e s t ã o filiadas 13 cooperativas, havendo m a i s 11 que se aprestam para se
t o r n a r e m m e m b r o s da U n i ã o .
A s Lavandarias Cooperativas, constit u í d a s p o r donas de casa, l a v a r a m , em
1956, 6,5 m i l h õ e s de p e ç a s de roupa.
NIGERIA
Esta c o l ó n i a inglesa de Á f r i c a é u m a
daquelas onde o cooperativismo mais
se t e m desenvolvido contando cerca de
1.100 cooperativas c o m 65.000 associados que, na sua quase totalidade,
são indígenas.
É curioso salientar a e x i s t ê n c i a de
57 cooperativas apenas c o n s t i t u í d a s
p o r mulheres, e o papel que elas t ê m
desempenhado dentro do m o v i m e n t o
cooperativo.
(Coligido
pelo Ateneu
Cooperativo)