- Centro Empresarial de São Paulo

Transcrição

- Centro Empresarial de São Paulo
EDIÇÃO No 43 | 2011
Entrevista:
Maílson da Nóbrega analisa
os rumos da nossa economia
A ideia é compartilhar
Seminário debate alternativas de mobilidade e soluções ambientais
Marcelo Navarro e Márcio Nigro são criadores do site Caronetas,
que estimula as pessoas a compartilharem seus carros
Foto: Ciete Silvério
No 43 | ANO 2011 |
| 1
2 |
| No 43 | 2011
GESTÃO
Conhecimento e inovação para a competitividade
NERII DOS SANTOS *
Nos últimos anos o governo brasileiro
tem implementado políticas de apoio à inovação, visando atingir um patamar superior
de desenvolvimento e de competitividade,
como é caso do Plano Brasil Maior, recentemente lançado.
A capacidade de inovar passou a ser
uma nova exigência do mundo globalizado,
que as empresas têm que incorporar como
competência organizacional. Infelizmente,
a maioria das empresas brasileiras ainda
não institucionalizou um processo de coleta,
análise e disseminação de informação, e de
sua transformação em conhecimento e vantagem competitiva.
Apenas uma pequena e restrita parcela
tem acesso às informações tecnológicas disponíveis nas diversas fontes e poucas são aquelas
que têm trabalhado efetivamente na perspectiva da utilização do conhecimento como fator
de produção, por meio da Inteligência Competitiva e da Gestão do Conhecimento.
É importante que as empresas desenvolvam uma postura voltada para a inovação e
destaquem em suas estratégias meios de maximizar seu processo de aprendizagem organizacional. O foco deve estar na identificação,
criação, armazenamento, compartilhamento,
disseminação e uso de conhecimentos. Esses
processos de conhecimento influenciarão o
futuro das empresas, por meio da inovação,
do desenvolvimento de novos produtos e da
abertura de novos mercados.
Se de fato o conhecimento é, atualmen-
te, o fator de produção mais importante da
nova economia, a chave para a competitividade de uma empresa, então, está na sua
capacidade de criar conhecimento, difundi-lo
na organização como um todo e incorporálo em seus produtos, processos e serviços
entregues a seus clientes.
* Neri dos Santos é
Dr. Ing. graduado em
Engenharia Mecânica
pela UFSC, mestre
pela Université de
Paris XIII, doutor pelo
Conservatoire National des Arts et Metiers (Paris, França) e
pós-doutorado em Engenharia do Conhecimento pela École Polytechnique de Montreal (Canadá).
Consultor Técnico da Knowtec- Inteligência Competitiva
(www.knowtec.com), Coordenador da atividade de pesquisa programada UE-KNOWTEC/EGC-UFSC.
No 43 | ANO 2011 |
| 3
32
CULTURA
TURISMO
SERVIÇOS
16
22
CONSUMO
8
14
ESPECIAL
ENTREVISTA
SUMÁRIO
24
O7 NOTAS | 12 TENDÊNCIAS | 20 EMPRESAS | 27 GUIA DE SERVIÇOS | 31 SAÚDE
EXPEDIENTE
Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
PRESIDENTE: Alaíde Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: EDIÇÃO
No 43 | SET/OUT/NOV DE 2011 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES: Rita Gallo, Davi Brandão, Reinaldo
Domingos, Roberto Shinyashiki e Waldemar Gaspar Jr. COMERCIALIZAÇÃO: Instituto Mimboé Tel: 5083-5094 FOTOS: Márcia D’Ambrósio
IMPRESSÃO: Companhia Lithographica Ypiranga CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco D
ASSESSORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) 3741-6685 /Fax: (11) 3741-5152. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS é
uma publicação do Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e
formadores de opinião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade
de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta
publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected]
4 |
| No 43 | 2011
A educação, outra vez, como prioridade
Você tem em mãos mais uma edição da revista Centro Empresarial SP News, feita para você. Ela traz o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, em entrevista exclusiva para falar da economia brasileira e mundial, com destaque
para a mais recente crise.
Apesar deste turbilhão, os indicadores mostram que vivemos,
felizmente, uma fase de grande mobilidade social no país. Nos
últimos dez anos, por exemplo, mais de 32 milhões de pessoas
ingressaram na classe C e estima-se que nos próximos anos mais
30 milhões irão pelo mesmo caminho. Fato que gera urgência em
resolver os problemas de educação, de acesso e da qualidade à
educação, de maneira a não deixar de suprir a demanda do mercado aquecido por trabalhadores qualificados e bem formados.
Diante da carência do sistema educacional brasileiro, as empresas
desenvolveram mecanismos para a formação complementar de
seus funcionários, como a Procter&Gamble, que aposta nos programas de estágio.
Em setembro, o Centro Empresarial de São Paulo, dentro da
sua parceira com o site Caronetas, realizará, para encerrar a comemoração do “Dia Mundial Sem Carro”, o primeiro evento de consumo colaborativo e transporte compartilhado do Brasil. Será um
seminário sob o tema “O poder do coletivo: consumo colaborativo
e transporte compartilhado em prol de cidades mais inteligentes
e sustentáveis”. O projeto existe desde fevereiro para difundir a
carona solidária, junto às empresas do condomínio e estimular
seus funcionários a usar a carona como forma segura que beneficia a cidade e seus moradores.
Para a tranquilidade de todos nós, o Centro Empresarial de
São Paulo investe na modernização e no uso da tecnologia
no quesito segurança. Os resultados, nos últimos anos, comprovam que o condomínio é um dos poucos locais da cidade
com índice de ocorrências próximo de zero. Trabalho que nos
dá confiança.
Boa leitura!
Alaide Quercia
Presidente da Panamby Empreendimentos e Participações
No 43 | ANO 2011 |
| 5
FINANÇAS |
Dicas para sair do endividamento
REINALDO DOMINGOS *
Segundo o Banco Central, nos últimos
12 meses a taxa de juros do cheque especial aumentou 16,8 pontos percentuais.
De março para abril, a taxa de juros dessa
modalidade de crédito, que já era alta, aumentou de 174,6% para 178,1% ao ano, acréscimo de 3,5 pontos percentuais. E o valor da
taxa varia bastante de banco para banco:
enquanto a menor taxa está em 1,96% ao
mês, há banco que cobra 10,09%. Isto é, um
assalariado trabalha 12 meses, recebe 13 salários, mas acaba ficando anualmente apenas com 11, porque dois deles são devorados
pelos juros do cheque especial.
O problema é que a grande maioria dos
correntistas do Brasil já recorreu ao menos
uma vez ao cheque especial. Usar essa linha de crédito sem conhecer em detalhes o
funcionamento do sistema, é uma das faces
do comportamento de risco financeiro mais
comum na cultura de endividamento.
Em meu novo livro “Livre-se das Dívidas” mostro como equilibrar as contas e sair
da inadimplência, faço importantes alertas
para as pessoas calcularem o impacto de
financiamentos (cartão de crédito, cheque
especial, financiamento da casa própria, do
carro, de eletrodomésticos, entre outros) em
seu orçamento, com dicas práticas do que
fazer antes de optar por uma linha de crédito e evitar o endividamento como também
orientações para quem já está endividado.
6 |
| No 43 | 2011
No caso do uso do cheque especial, a
primeira recomendação é o correntista nunca esquecer de que o dinheiro do cheque
especial pertence ao banco. E, a cada dia
que deixar de repor o dinheiro emprestado,
os juros estão correndo, aumentando cada
vez mais.
Recomendo cuidado com a expressão
“limite disponível”, utilizada pela maioria dos
bancos no extrato bancário, e que ajuda a
criar a ilusão de que todo dinheiro é do
correntista. Se necessário, imprima uma vez
por semana o extrato e escreva em azul MEU
DINHEIRO onde está o saldo real da pessoa,
e em vermelho DINHEIRO DO BANCO onde
aparece o valor disponível do limite.
O ideal é recorrer a essa linha de crédito
em casos de emergência e se tiver certeza
absoluta de que poderá repor a totalidade
do valor utilizado em curto período de tempo.
Mas se o uso do limite é inevitável, é fundamental saber exatamente a taxa de juros
cobrada pelo seu banco, compará-la com a
de outras instituições financeiras e fazer uma
escolha consciente. Também recomenda-se
pesquisar bancos que oferecem a opção de
uso do limite do cheque especial por 10 dias
sem nenhuma cobrança de juros.
Para aqueles que pensam que R$ 100
ou R$ 200 de juros por mês não é tão pesado assim, a sugestão é multiplicar o valor
por 12 meses. Só assim percebe-se que, na
verdade, se trata de R$ 1.200 ou R$ 2.400
ao ano, valor significativo que poderia ser
usado para viabilizar vários sonhos como
um final de semana em um hotel, uma viagem de avião etc.
Um cálculo que quase ninguém faz é o
de que, se você tem um rendimento mensal
equivalente ao limite do seu cheque especial e usa esse limite sempre, a cada oito
meses você está dando praticamente um
salário ao sistema financeiro.
* Reinaldo Domingos - Educador e Terapeuta financeiro. Também é autor dos livros “Terapia Financeira”
e “O Menino do Dinheiro” - (Editora Gente), e criador
da Metodologia DiSOP – Educação Financeira – Presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira
– (www.disop.com.br).
NOTAS |
Seminário sobre resíduos sólidos mostra que transformar lixo pode dar dinheiro
A transformação e beneficiamento do
lixo podem ser atividades rentáveis. Essa foi
a principal lição do 1o Seminário de Gestão de
Resíduos Sólidos, realizado no dia 28 de julho, no Centro Empresarial de São Paulo. Lideranças comunitárias, empresários, vereadores,
deputados e secretários municipais participaram do evento, que apresentou alternativas
tecnológicas em prol da sustentabilidade.
Representantes da EFA Resíduos Sólidos
Ltda., empresa oriunda da comunidade do
Capão Redondo, apresentou diversas altenativas tecnológicas para transformar lixo em
dinheiro, com geração de emprego e promoção da qualidade de vida. Eles exibiram equipamentos, produtos ecologicamente corretos
e técnicas de processamento e beneficiamento de resíduos inservíveis. A reciclagem
Professor Jorge Tassi fez as apresentações do seminário
completa de entulho, sucata de automóveis,
pneus e lixo orgânico pode ser uma atividade altamente rentável, com 30% das receitas
destinadas para a área social. Além disso,
são promovidos cursos e capacitações para
as comunidades envolvidas no processo.
“A gestão de grandes ou pequenas
demandas de lixo orgânico está tomando
novos rumos. Podemos mudar a vida da
cidade, se transformarmos lixo em dinheiro, coisas velhas em empregos e qualidade
de vida”, afirmou o líder comunitário Jonas
Camisa Nova. “A comunidade da zona sul
dá um exemplo para São Paulo, pois saiu
na frente em organização e em eficácia. Em
breve, vamos conseguir ajudar muita gente
e melhorar a qualidade de vida”, ressaltou.
O vice presidente da EFA Resíduos Sólidos, Francisco Pereira Lima, mais conhecido
como Xicó, destacou que a empresa está
disponível para fazer parcerias, para levar o
modelo de negócio para outras regiões e
trabalhar efetivamente em nome do social.
No 43 | ANO 2011 |
| 7
ENTREVISTA
|
Desejos não
movem a economia
O ex-ministro da Fazenda
Maílson da Nóbrega, hoje
à frente da consultoria
Tendências, defende
reformas e afirma que o
crescimento econômico
não depende de nossa
vontade, mas de fatores
como eficiência e
produtividade
Por Rita Gallo
8 |
| No 43 | 2011
Revista Centro Empresarial SP News (RCESP):
Dr. Maílson da Nóbrega, o senhor considera que existe perigo de a inflação crescer
exageradamente este ano e em 2012, superando o teto da meta estabelecida pelo
governo? Na sua avaliação, qual a tendência
da inflação e por que ela subiu tanto no
início deste ano?
Mailson da Nóbrega (MN): Tudo indica que
há risco de a inflação ficar ligeiramente
acima do teto superior da meta para 2011,
que é de 6,5% para o IPCA. A estimativa da
Tendências é de 6,6%. Nada parecido com
o descontrole inflacionário do passado, mas
mesmo assim preocupante. Inflação mais
alta pode ampliar a indexação da economia
e tornar mais difícil e custoso trazê-la de
volta para a meta. A inflação subiu muito
no começo do ano pela conjugação de três
fatores. Primeiro, o aumento nos preços internacionais das commodities que Brasil exporta, com reflexos nos preços domésticos,
neste caso porque o governo não permitiu,
via compras de moeda estrangeira pelo
Banco Central e medidas administrativas,
que a valorização cambial funcionasse como
elemento compensador desse movimento
altista. Segundo, os excessivos gastos do
governo em 2010, que impulsionaram a demanda. Terceiro, a interrupção do ciclo de
alta da Selic por parte do Banco Central (BC),
em setembro de 2010.
RCESP: A política cambial é alvo de críticas,
principalmente do setor produtivo, pelos
prejuízos que traz à competitividade do
Brasil. O senhor considera que essa política
cambial deve ser modificada? Quais seriam
os pontos que deveriam ser mudados em e difíceis, como a introdução do critério de
relação ao câmbio?
idade para a aposentadoria, a equiparação
dos servidores públicos aos demais brasileiMN: O regime de câmbio flutuante já pro- ros nas regras de aposentadoria (por exemvou ser o melhor para a economia brasileira, plo, eliminar a aposentadoria pelo último
inclusive para o enfrentamento de crises de salário) e rever as normas sobre pensão por
origem externa. Não há o que modificar. morte. O Brasil é o único país em que o
Talvez se pudesse rever a política de per- cônjuge sobrevivente herda o valor integral
manente intervenção do Banco Central no da aposentadoria do segurado. Gastamos
mercado, pois elas não mais se justificam hoje 3% do PIB nessas pensões, mais do
pelo objetivo de evitar excessiva volatilidade que o gasto total com aposentadorias e
na taxa de câmbio. O BC está nitidamente pensões na China e na Coreia do Sul (2% e
atuando para evitar a valorização do real. 1,5%, respectivamente).
RCESP: Muito se fala sobre o excesso de gastos do governo federal. Na sua opinião houve
(e/ou continua a haver) gastos exagerados do
governo federal? Em caso de resposta positiva, o que pode ser feito para conter esse
excesso, sem que se traga grandes prejuízos
ao crescimento econômico?
RCESP: O governo tem adotado medidas
para refrear o crédito (as “macroprudenciais”)
e para reduzir o ritmo de valorização do real.
Na sua avaliação, essas medidas são efetivas? Se não, quais medidas deveriam ser
adotadas para reduzir o ritmo de crescimento do crédito e a sobrevalorização do real?
MN: Os gastos de custeio do governo federal cresceram perto de 10% ao ano em
média no governo Lula. Isso é excessivo
em qualquer lugar. É preciso rever essa
política, que se tornará insustentável em
algum momento. Não é possível podar os
excessos sem consequências na economia.
Os prejuízos surgiriam não dos cortes, mas
da continuidade dessa política, que nos levaria ou a ter inflação cada vez mais alta
ou a inibir o crescimento. O governo Dilma
reverteu em parte essa tendência ao promover cortes de R$ 50 bilhões nos gastos
de custeio. Mesmo assim, a despesa total
vai crescer entre 4% e 6% acima da inflação
em 2011. Medidas mais profundas e duradouras dependem de reformas complexas
MN: Embora ainda não tenham tido efeito
mais forte, essas medidas já provocaram
o arrefecimento do ritmo de expansão do
crédito, que deve crescer 15% este ano, em
comparação com 25% ou mais em anos
anteriores. Tais medidas não eliminam,
todavia, a necessidade de o Banco Central
continuar a elevar a taxa de juros (a Selic)
nos próximos meses, dados os riscos inflacionários, mesmo que provoque maior valorização do real. Aliás, o efeito da taxa de
juros no câmbio é a consequência natural
de um ciclo de alta na taxa de juros e contribui para arrefecer pressões inflacionárias.
A compensação para os exportadores deve
vir de medidas permanentes que ampliem
sua competitividade.
No 43 | ANO 2011 |
| 9
ENTREVISTA
|
RCESP: O Brasil parece ser um país com vergonha de crescer. O crescimento do País tem
altos e baixos, mas não se consegue elevar
a taxa média de crescimento nos últimos
anos. Na sua avaliação, por que essa situação perdura? Há maneiras de revertê-la?
MN: A questão não é essa. Nenhum país pode
ter vergonha de crescer. Acontece que não se
pode crescer acima de um certo potencial. A
economia não cresce segundo nossos desejos, mas em conformidade com suas possibilidades, sua capacidade de produção interna
e de importacão, para complementá-la. Se a
economia cresce acima desse nível (o “produto potencial”, na linguagem dos economistas),
gera desequilíbrios, particularmente inflação
e excessiva importação de bens e serviços.
Os altos e baixos dos últimos anos decorreram mais de crises internas ou externas e
menos de alterações de curto prazo naquele
potencial. A forma de evitar a volatilidade no
desempenho da economia é preservar a estabilidade econômica – o que temos conseguido
– e promover reformas que elevem o produto
potencial, isto é, aquelas que aumentem a eficiência da economia e gerem ganhos de produtividade, que constituem por excelência o
motor do crescimento. O cardápio de reformas
é conhecida e não precisa ser relembrado.
cessor nessa questão. Dificilmente teremos
uma reforma tributária digna desse nome,
por exemplo. Nossa projeção para o crescimento do PIB é de 3,9% e 3,7% em 2011 e
2012, respectivamente.
“Não corremos o risco
de crise de energia.
O custo, de fato,
vai subir no mundo
inteiro, mas não vai
haver crise.”
RCESP: Nos últimos anos, obras necessárias
para melhorar a infraestrutura do Brasil, como
as hidrelétricas de Santo Antonio, Jirau e Belo
Monte, têm atrasos nos seus cronogramas,
entre outros motivos, por restrições “ecológicas”, ou seja, por supostos danos que elas
possam causar ao meio ambiente. Até que
ponto o senhor considera que é possível balancear cuidados com o meio ambiente e a
RCESP: Como e em que prazo? Qual sua pre- necessidade de crescimento da economia?
visão para o crescimento do PIB em 2011 e
em 2012?
MN: Esses dois objetivos simultâneos têm
que ser perseguidos permanentemente. A
MN: Essas reformas, pela sua complexidade, experiência mostra que é possível, sim. Há
levam tempo para serem realizadas. Eu não exageros dos ambientalistas, mas ninguém
sou otimista nesse particular. O governo Dil- pode defender a realização dessas obras a
ma deve repetir o marasmo de seu ante- qualquer custo, sem considerar os seus res10 |
| No 43 | 2011
pectivos danos ao meio ambiente.
RCESP: A União Europeia e os Estados Unidos ainda padecem com os efeitos da crise
financeira que eclodiu em 2008. O senhor
acha que eles poderão reverter essa situação? Em que prazo? Na sua opinião, as
causas da crise -- como especulação financeira de altíssimo grau -- estão sendo “atacadas”?
MN: Ao que entendo, todos os esforços
foram empreendidos para lidar com esses
efeitos. Pode ter havido erros aqui e ali, mas
os governos dos países ricos alcançaram plenamente o objetivo de evitar o colapso do
sistema financeiro e a consequente repetição do drama da Grande Depressão dos
anos 1930. O problema agora é de outra
natureza. Tais esforços resultaram em uma
elevação excessiva do endividamento público, que se tornou insustentável na Grécia
e provavelmente também em Portugal e
na Irlanda. Esses países precisarão de um
perdão de parte de sua dívida pública. A
dificuldade é fazer isso sem que a crise
financeira ressurja, mas a reestruturação
terá que acontecer. O ideal é que aconteça
de forma ordenada e negociada e não de
maneira caótica e unilateral. Quanto à crise
financeira de 2008, são inúmeras as suas
causas. Não foi resultado de mera especulação financeira. Os governos têm agido no
sentido de rever seus instrumentos regulatórios para evitar que a crise se repita nos
termos em que ocorreu. Certamente haverá
outras no futuro, como tem sido o caso nos
três últimos séculos, mas certamente por
novas causas.
No 43 | ANO 2011 |
| 11
TENDÊNCIAS
|
Hora de investir na formação
Empresas apostam no desenvolvimento e capacitação profissional para superar apagão de mão de obra
Por Rita Gallo
Cerca de 32 milhões de pessoas já ingressaram na classe C nos últimos dez anos
e mais 30 milhões deverão seguir o mesmo
caminho nos próximos anos. “É um desafio
imenso em um país carente de educação
de boa qualidade”, diz Fábio Moraes, diretor
de educação financeira da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Educação de
boa qualidade no Brasil tem estreita relação
com a mão de obra que chega ao mercado todos os anos para atender a demanda
crescente que resulta do ritmo acelerado de
crescimento da economia.
Os especialistas mais pessimistas apostam em um “apagão” na mão de obra e
veem, em um futuro próximo, o Brasil tendo que enfrentar a falta de trabalhadores
qualificados. Fabiana Cassia Soares de Souza, gestora em Recursos Humanos, aponta
como principal solução para o problema o
investimento da iniciativa privada na qualificação dos empregados. “É importante salientar que, quanto maior o cargo, mais crescem as exigências de formação profissional.
É um verdadeiro funil”, explica a gestora.
As companhias brasileiras precisam de
executivos cada vez mais qualificados para
comandar. Essa é a exigência de um mercado mais competitivo, em que o controle
de custos ganha crescente importância. “É
menos uma questão técnica, e mais uma
12 |
| No 43 | 2011
Cresce o número de empresas que procuram cursos de Master in Business Administration (MBA) de pequena e longa duração
preocupação com a gestão de pessoas e
do negócio”, informou a Escola Superior
de Propaganda e Marketing (ESPM), em
São Paulo. De janeiro a junho deste ano,
a ESPM fechou contrato com 25 empresas
para realização de cursos de pequena e
longa duração, inclusive Master in Business
Administration (MBA).
Investir continuamente na formação
dos funcionários deve ser encarado pelas empresas como um investimento no
negócio. “A empresa precisa apostar, permanentemente, no desenvolvimento das
pessoas e na sua capacitação profissional.
É fundamental para o crescimento e até a
sobrevivência do negócio”, afirma Fabiana. A
gestora explica ainda que é importante que
as empresas tenham mecanismos de mensuração do investimento feito na formação
de seus funcionários. “Muitas companhias
não mensuram esses gastos e acabam concluindo que os investimentos em educação
são gastos sem retorno.”
Mesmo contando com os cursos oferecidos pelo Sistema S, que reúne entidades
como os serviços nacionais Senar (Aprendizagem Rural), Senac (Aprendizagem do
Comércio), Sesc (Serviço Social do Comércio)
Senai (Aprendizagem Industrial), Sesi (Serviço Social da Indústria), entre outros, é importante que empresas invistam na formação
de seus funcionários. “Essa decisão é, com
certeza, uma ferramenta de retenção dos
funcionários na empresa, além de significar
aumento de produtividade e da qualidade
do serviço prestado às companhias”, explica
Fabiana. Para que a educação permanente
dos funcionários esteja presente nas organizações, ela deve estar integrada aos planos
de metas e ser implementada pela área de
RH Estratégico das companhias.
No caso das multinacionais que desembarcam cada vez mais no Brasil, a oferta de
cursos está principalmente ligada ao idioma
e às ferramentas tecnológicas específicas
de cada companhia, que são normalmente
mais avançadas fora do País. “Geralmente,
ao chegar ao Brasil, as multinacionais trazem executivos sêniores que carregam com
eles conhecimento e know how da matriz,
mas a massa de trabalhadores é recrutada
dentro do País”, diz Fabiana.
Outro movimento destacado pela gestora é o retorno de mão de obra nacional
que estava trabalhando em outros países.
“Um bom exemplo foi a necessidade apresentada pelo setor de construção civil, nos
últimos anos, de trabalhadores qualificados,
que vêm sendo recrutados fora do Brasil”,
diz a gestora. Ela acrescenta ainda que “o
Brasil conta hoje com uma internacionalização das companhias, que ou chegam para
se instalar no País ou fazem parcerias com
as empresas locais”.
Gabriela Onofre, diretora de Assuntos Corporativos da P&G
No Centro Empresarial
A Procter&Gamble (P&G) investe pesado nos programas de estágio. É por meio
dele que a maioria dos profissionais entram
na empresa e acabam fazendo carreira. Segundo Gabriela Onofre, Diretora de Assuntos
Corporativos da P&G Brasil, a multinacional
conta com um programa de estágio onde
são pré-requisitos: ser estudante de qualquer formação; ter graduação prevista entre
Dezembro de 2012 e Julho de 2013; inglês
avançado ou fluente, o que é imprescindível;
e ter disponibilidade de 20 a 30 horas semanais para trabalhar. “A remuneração vai de
R$ 800 a R$ 1,6 mil, dependendo da carga
horária, que pode ser de 20 a 40 horas por
semana”, explica Gabriela.
A diretora conta ainda que os estagiários
têm como benefício o vale refeição; férias;
seguro de vida; desconto em produtos P&G;
estacionamento ou ajuda no transporte;
plano de saúde; plano odontológico; reembolso de atividades físicas, além de treinamentos constantes. “Na P&G, o desenvolvimento interno de talentos é uma prioridade
constante da companhia. A P&G é uma das
poucas empresas que permanecem com a
cultura de desenvolvimento interno. Não é
à toa que a P&G é reconhecida como uma
das três empresas que melhor formam líderes no mundo. A companhia investe nas
suas pessoas, e esse investimento começa
já no estagiário”, afirma a executiva.
Gabriela salienta ainda que o objetivo é
efetivar o estagiário no final do programa. “A
P&G tem uma taxa de 70% a 80% de efetivação de estagiários e conta com o programa
como forma de trazer a maior parte dos seus
novos talentos para a empresa”, afirma. Gabriela acrescenta que “justamente por causa disso,
o estagiário tem um plano de desenvolvimento estruturado e recebe desafios e responsabilidades importantes desde o primeiro dia”.
A diretora explica que na P&G os estagiários fazem a diferença, colaborando de fato
com os negócios da companhia”, afirma. Mais
informações no www.recrutamentopg.com.br .
No 43 | ANO 2011 |
| 13
ESPECIAL
|
Uma ideia para pegar carona
Seminário no Centro Empresarial debate consumo colaborativo e transporte compartilhado
Por Fernando Caldas
O site Caronetas e Centro Empresarial de
São Paulo iniciaram em fevereiro uma parceria para difundir a carona solidária. Desde
então, várias empresas já se cadastraram no
programa estimulando seus funcionários a
oferecer ou pegar carona, de forma segura,
por meio do site. A experiência vai fazer parte das reflexões da semana de mobilidade,
no primeiro evento de consumo colaborativo
do Brasil. Trata-se do seminário “O poder do
coletivo: consumo colaborativo e transporte
compartilhado em prol de cidades mais in-
14 |
| No 43 | 2011
teligentes e sustentáveis”, que acontece em
22 de setembro, a partir da 8h30, no Centro Empresarial de São Paulo, fechando a
programação comemorativa do Dia Mundial
Sem Carro.
O seminário, promovido em parceria
com o GT Mobilidade Nossa São Paulo, tem
entre os palestrantes Fabio Feldman (SOS
Mata Atlântica), o jornalista André Trigueiro, o secretário estadual de Meio Ambiente,
Bruno Covas, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o médico Paulo Saldiva e
Mauricio Broinzini, da Rede Nossa São Paulo. Craig Shapiro (Collaborative Fund) também falará sobre a tendência do consumo
colaborativo e transporte compartilhado no
mundo. Gui Brammer (DescolaAí/TerraCycle)
tratará do tema aluguel e reciclagem de
produtos. Fernanda Trujillo (Ponto de Contato) apresentará experiências de consumo colaborativo corporativo. Mauricio Villar
(Compartbike - USP), sobre bike sharing e
bicicletas no dia a dia, e Marcio Nigro, sobre
transporte compartilhado.
Caroneiros e caronetas
O site “Caronetas - Caronas Inteligentes”
(www.caronetas.com.br) foi criado pelos amigos Márcio Nigro, Aline Batista, Marcelo Navarro e Bruno Navarro. O sistema permite que as
pessoas interessadas em dar ou pegar carona
se encontrem e compartilhem os carros e os
custos de forma rápida, eficiente e segura.
A solução é simples. As pessoas se cadastram no Caronetas. Informam o CEP da
residência e do local de trabalho, os horários
de entrada e de saída, as placas dos veículos
e o dia de rodízio. Os donos de automóveis
recebem uma mensagem com o nome e
email dos usuários que podem compartilhar
rotas com ele. Os caroneteiros (passageiros),
por sua vez, são informados por email sobre
as caronas disponíveis e recebem o contato
dos caronistas.
A segurança dos participantes é garantida. Todos os usuários precisam pertencer ao
quadro de empresas cadastradas no site para
se habilitarem a integrar o projeto. O cadastro
dos usuários só pode ser concluído por meio
do email corporativo ou das chefias.
O sistema foi lançado em fevereiro no
Centro Empresarial de São Paulo e rapidamente recebeu a adesão de várias outras
partes da cidade. Hoje, o site já tem 650
empresas cadastradas e 11 mil usuários, espalhados por 19 estados brasileiros.
Segundo o idealizador do Caronetas,
Márcio Nigro, as pessoas estão se conscientizando de que precisam fazer algo para
minimizar o problema do trânsito e contribuir com ações em prol da sustentabilidade.
“A carona é mobilidade
aliada ao consumo
colaborativo”
(Márcio Nigro, coordenador do site
Caronetas - Caronas Inteligentes
www.caronetas,com.r)
Mas, além disso, há também outras vantagens ao compartilhar o transporte. A carona
quebra a monotonia dos trajetos e permite a divisão de custos com combustível e
estacionamento. As pessoas que dirigem
acompanhadas também correm menos, o
que evita acidentes e, consequentemente,
as despesas com seguros.
“Existe uma grande ociosidade no transporte particular. Mais de 90% dos carros
circulam com apenas um pessoa. Se houver a disposição de abrir essas vagas nos
automóveis, poderemos deixar de ter nas
ruas 5 milhões de veículos e passar a ter
2,5 milhões apenas. Tudo isso sem gastar
um centavo do poder público e com grandes vantagens econômicas e ambientais”,
diz Nigro.
O objetivo do site é facilitar as conexões. Segundo o seu idealizador, na medida em que for reunida uma massa de
dados suficiente para informar sobre os
mais diversos trechos, será possível atingir
maior capilaridade com rotas para a cidade inteira. Desse modo, as pessoas poderão compartilhar, além dos trajetos para o
trabalho ou para casa, outras rotas, como,
por exemplo, a ida ao aeroporto, a um
shopping ou a um restaurante no horário
de almoço.
O jornalista Gilberto Dimenstein, um ativo entusiasta do Caronetas, escreveu: “É um
sinal de burrice urbana cada um ir no seu
carro, contaminado a cidade, quando poderiam compartilhar o veículo, já que fazem
rotas semelhantes. Ideias assim podem
hoje parecer exóticas, mas é apenas uma
questão de tempo.”
Nada mais apropriado do que o Dia
Mundial Sem Carro para difundir essa
ideia e propagar novos conceitos de consumo e modos de vida. “A carona é mobilidade aliada ao consumo colaborativo”,
sintetiza Nigro.
No 43 | ANO 2011 |
| 15
SERVIÇOS |
Segurança e conforto
Centro Empresarial alia modernização tecnológica e qualificação profissional na área de segurança
A preocupação com segurança faz parte
do dia a dia dos cidadãos e das empresas.
Para o Centro Empresarial de São Paulo não
é diferente. Embora seja considerado uma
ilha de segurança, com um histórico que não
registra nenhuma ocorrência grave ao longo de décadas, o condomínio mantém uma
política sistemática de investimentos e de
modernização nessa área.
Afinal, o complexo é formado por um
conglomerado de empresas, distribuídas em
sete blocos, onde circulam diariamente mais
de 20 mil pessoas. Suas as atividades se
desenvolvem 24 horas por dia. A movimentação de gente, cargas e valores supera a
da maioria das cidades brasileiras.
Responsável pelo Departamento de Segurança, Adauto Luiz Silva diz que o Centro
Empresarial tem uma configuração física que
auxilia muito sua segurança. O condomínio
16 |
| No 43 | 2011
é voltado para dentro e existem apenas três
saídas. “Para as pessoas acessarem a saída
do condomínio, a partir de qualquer área
comum, é preciso andar mais de cem metros. E todo percurso é vigiado por agentes
de segurança e sistemas de circuito fechado
de televisão, que tem mais de 200 câmeras
monitoradas por uma central. Isso desestimula qualquer pretensão criminosa.”
Controle de acesso
No ano passado, foi concluída a instalação do novo sistema de controle de acesso.
Desde então, a entrada nos blocos só pode
ser feita por pessoas autorizadas pelas empresas. Todos passam necessariamente por
catracas e pelas câmeras do circuito fechado
de televisão. Os registros identificam quem
entrou, quando entrou e quem autorizou.
Segundo Silva, as empresas gerem com au-
tonomia as autorizações de entradas e saídas de pessoas em suas dependências e o
serviço de segurança do condomínio oferece
a retaguarda do controle.
Na parte externa do condomínio, vigilantes e porteiros cuidam dos portões de entrada e das áreas de estacionamento, com suas
4,5 mil vagas. Carros e motocicletas fazem a
ronda permanentemente, monitorando as
entradas e a movimentação dos veículos nessas áreas. Internamente, dois segways revezam-se na ronda. Ágil, rápido e eficiente, esse
equipamento oferece bastante segurança
aos homens que trabalham com ele e permitem uma visualização de cima das áreas e
dos movimentos. Apresentam-se rapidamente em todos os lugares em que são necessários, principalmente quando chamados a
acompanhar operações de carros fortes, que
atendem os bancos.
O fator humano
“Aprendemos que, na área de segurança,
o investimento em novas tecnologias é vital.
Todavia, seria totalmente inócuo, se não tivéssemos o capital humano integrado a esses
recursos e interagindo com o público”, afirma
Alvino José de Oliveira, diretor da Panamby
Empreendimentos, empresa que administra o
Centro Empresarial.
Mais de 50 agentes de segurança treinados são responsáveis pela dinâmica da circulação no condoínio. Uma equipe muito experiente, visto que a média de tempo de serviço
desse pessoal é alta. Mais de 50% trabalha no
condomínio há mais de seis anos. “Isso significa conhecimento das rotinas do centro e dos
usuários que circulam nele diariamente e ca-
pacidade de identificar pessoas e movimentos
estranhos”, diz Silva.
Para completar o quadro, existe um corpo
de bombeiros civis, cujo efetivo trabalha 24 horas por dia, nas ações preventivas de incêndio,
fiscalizando as empresas do condomínio, suas
instalações e dispositivos de segurança. Preparados em primeiros socorros, fazem o atendimento de emergência nas ocorrências de acidentes ou mal súbito que acometam pessoas
que circulam no condomínio, encaminhando os
casos mais graves para hospitais da região, por
meio de uma ambulância. Fazem também o
transporte de pessoas com deficiência desde os
portões de entrada até os blocos onde estão localizadas as empresas em que elas trabalham.
Tudo o que acontece dentro do condomínio tem a presença dos seguranças. Desde a execução de uma obra, uma filmagem,
um evento ou uma atividade, há sempre o
suporte e o monitoramento de profissionais.
Desse modo, garante-se um lugar seguro e
com liberdade total para as pessoas desenvolverem sua atividade, sem qualquer risco.
“Já temos um padrão de segurança invejável. Procuramos fazer com que os mecanismos
utilizados para incrementá-la ainda mais não
tragam desconforto. Nosso desejo é tornar a
vida do usuário menos complexa”, conclui Silva.
Alívio depois do sufoco
Adauto Luiz Silva, do Departamento de Segurança
Um episódio recente mostra como o trabalho da segurança está próximo das pessoas. Uma funcionária de um banco instalado no Centro Empresarial passou por uma
situação inusitada. Ela pagou a um cliente
R$ 3 mil. Este recebeu o dinheiro e saiu da
agência. Momentos depois, a caixa notou
que a operação não havia sido registrada
no sistema. Desesperada, tentou localizar
o cliente, mas não conseguiu, pois sequer
sabia o nome da pessoa.
Ela teve a ideia de pedir ajuda ao Departamento de Segurança do condomínio.
Um supervisor foi designado para auxiliá-la.
Ela passou, então, informações sobre as características físicas e detalhes do cliente e o
horário em que este passou pelo banco. Por
meio das imagens gravadas pelo circuito
fechado de televisão, ela identificou a pessoa. O supervisor conseguiu então reunir as
imagens do trajeto feito pelo cliente e do
momento exato em que este passou pelo
controle de acesso de um dos blocos. A partir daí, foi fácil saber o nome, a empresa e
o telefone do cliente. Bastou uma ligação
apenas para que a caixa solucionasse o problema e se livrasse de um enorme prejuízo.
No 43 | ANO 2011 |
| 17
18 |
| No 43 | 2011
No 43 | ANO 2011 |
| 19
EMPRESAS
|
São Paulo ganha o primeiro
espaço interativo dedicado à audição
Espaço Phonak – Tecnologia em Audição está aberto para o público desde o dia 10 de junho
Fotos e texto: ADS Comunicação Corporativa
20 |
| No 43 | 2011
Os profissionais de saúde e a população
em geral já têm à disposição um espaço
diferenciado e dedicado aos cuidados com
a saúde auditiva. Chamado de Espaço Phonak- Tecnologia em Audição, é o único do
País que utiliza o conceito de interatividade
com o objetivo de aproximar e ampliar a
discussão em torno da audição e da prevenção e soluções para a perda auditiva. Com
um atendimento personalizado feito por
fonoaudiólogas, o local oferece experiências
sensoriais aos visitantes.
O Espaço está localizado à Avenida Rebouças, em uma casa de dois andares, com
um auditório denominado Sound Experience Room, onde são desenvolvidas ações
educacionais num ambiente high tech com
organização de palestras e debates sobre
tecnologias disponíveis e soluções para
melhorar a qualidade de vida de quem já
possui perda auditiva. Estes debates envolvem profissionais de saúde, estudantes e
professores, universitários e grupos de terceira idade.
No showroom, totens interativos chamam a atenção do público para a necessidade de cuidar melhor da audição. Um
piano pretende transformar o local num
ambiente agradável de incentivo à troca de
informações. Destaque para as informações
do Hear the World – uma iniciativa mundial
da Phonak cuja proposta é justamente chamar a atenção do público para a necessidade de cuidar da saúde auditiva. Entre os
embaixadores do Hear the World estão os
A fonoaudióloga Marilisa Zavagli, Ronnie Von e Pedro Stern na cerimônia de inauguração do Espaço Phonak, na avenida Rebouças
cantores Annie Lennox, Billy Idol, Lenny Kravitz e Bryan Adams. No Brasil, os apresentadores Ana Maria Braga e Ronnie Von.
Outra exclusividade no Espaço Phonak
é a área de demonstração da produção digital de um aparelho auditivo intra-aural. O
processo parte de um molde do ouvido do
usuário, digitalizado para uma imagem 3D,
garantindo alta precisão, pois dispensa o
sistema manual.
Exposição a sons nocivos
De acordo com Marilisa Zavagli, fonoaudióloga e diretora de marketing da Phonak do Brasil, “no mundo, hoje, estima-se
que pelo menos 800 milhões de pessoas sofram com uma perda auditiva. Esse
número deverá crescer para 1,1 bilhão até
2015”, alerta.
Diversas pessoas sofrem de estresse ou
de outras doenças, sem saber que muitas
vezes as causas estão relacionadas à perda
auditiva. “Estamos cada vez mais conectados, a audição está sendo usada o tempo
todo. Antes, existia apenas o telefone fixo.
Agora, tem celular e todos os outros aparelhos eletrônicos que, juntos, podem expor os
ouvidos a sons nocivos”, explica Marilisa.
O Espaço Phonak aceita grupos de visitação de estudantes, universitários, terceira idade ou público em geral que tenha
interesse no tema. Para agendar as visitas
monitoradas, basta entrar em contato pelo
telefone (11) 3063-2505. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das
8h às 18h e aos sábados, das 8h às 12h. O
endereço é Av. Rebouças, 2.881, Pinheiros,
São Paulo.
No 43 | ANO 2011 |
| 21
CONSUMO
|
Escritórios com mais verde
Assucena Tupiassú
A consultora de paisagismo
Assucena Tupiassú explica
como levar beleza e saúde
aos locais de trabalho
Fotos: Fernando Caldas
Plantas em escritórios? Sim, elas criam
ambientes de trabalho mais agradáveis e
estimulam o rendimento e a produtividade
das pessoas que estão em volta delas. A
consultora de paisagismo do Centro Empresarial de São Paulo, Assucena Tupiassú, é
uma entusiasta do cultivo de plantas nos
locais de trabalho. Ela acredita que compartilhar os cuidados com elas ajuda a fortalecer as relações entre colegas de trabalho.
Mas, para isso, é preciso considerar algumas
características dos espaços onde elas serão
colocadas e os tipos selecionados.
A quantidade de luz no ambiente, de
preferência a luz natural, é fator fundamental para o cultivo das plantas. “Sempre reco-
22 |
| No 43 | 2011
mendamos colocar os vasos bem perto das
janelas. O ar condicionado também afeta as
condições, pois diminui muito a umidade no
ambiente. Considerar o espaço para a planta se desenvolver é crucial. É muito comum
as pessoas esquecerem que a planta vai
crescer e ocupar um certo espaço, e não hesitam em plantá-la em um vaso pequeno,
com prejuízos futuros.”
Para saber qual tipo de planta é mais
adequado, é necessário responder algumas
perguntas: Qual a quantidade de luz que
existe no ambiente? Qual a umidade do ar?
Existe ar condicionado? Qual o pé direito do
local? Como é a ventilação do ambiente? Qual
o espaço disponível para o desenvolvimento
das plantas (altura e largura)? Serão utilizados
vasos, jardineiras ou jardins internos (qual o
espaço para o desenvolvimento das raízes)?
Qual a verba disponível para a compra de
plantas? Como será feita a manutenção?
Respondidas estas perguntas, pode-se
então fazer a escolha das plantas. Assucena sugere uma lista delas: Licuala, Chamaedorea, Ráfis, Areca, Dracenas, Ficus,
Árvore-da-felicidade, Filodendros, Lança-desão-jorge, Comigo-ninguem-pode, Chefleras,
Acalifa, Coléus, Fatsia, Falsa-arália, Cordiline,
Bocárnia, Pleomele, Pacová, Espada-de-sãojorge, Calatéias, Marantas, Bogônias, Pileias,
Tradescantias, Peperomias, Heras, Fitônia,
Clorofito, Aspargos, Asplênio, Samambaias,
Violeta, Lírio-da-paz, Afelandra, Bromélias,
Orquídeas, Anturio, Ciclamen, Prímula, Gloxínea, Calceolária, Cinerária, Maria-sem-vergonha, Flor-de-maio, Ripsális, Aglaonema,
Grama-preta, Lança-de-são-jorge, Zâmia.
Algumas outras exigem mais luminosidade
como a Fênix, Croton e Iresine.
Para cada planta selecionada, o mais
importante é conhecer quais são as suas
necessidades. Algumas plantas gostam de
mais claridade outras, de menos. Umas de
mais água, outras, de menos. Umas se desenvolvem melhor com terra arenosa, algumas, com composto orgânico, e outras, com
terra argilosa. Segundo Assucena, “a boa
seleção para um ambiente de escritório é
feita com plantas com as mesmas necessidades. É importante selecionar espécies
compatíveis em um mesmo ambiente. Lembrando de as colocar em vasos adequados e
as maiores sempre atrás das menores”.
As plantas crescem para cima e para os
lados. Não é difícil encontrar um canteiro com
esses diferentes elementos agrupados. Além
de ocorrer uma competição entre as plantas,
o canteiro fica muito poluído esteticamente.
Os cuidados
Quando estão em ambientes internos, as
plantas não recebem o tratamento natural,
como a chuva e adubação feita com as quedas
das folhas. Assim, é necessário regar, adubar,
limpar e aproveitar a beleza das plantas.
Para regar, é preciso tomar alguns cuidados. Assucena Tupiassú diz que é melhor
pecar pela falta de água do que pelo excesso. Para a maioria das plantas, quando
ficam por um período não muito longo sem
água, há recuperação ao serem regadas. Já
o excesso de água provoca o apodrecimento das raízes e a recuperação é irreversível.
O acúmulo de água no fundo do vaso ou
da floreira também pode provocar o apodrecimento das raízes. Para que isto não ocorra, é
preciso colocar, na parte inferior do vaso, uma
camada de argila expandida, cacos de telha
ou pedriscos, até, aproximadamente, 1/6 da
altura do recipiente. É preciso tomar cuidado
para não tampar a saída da água.
Antúrio
Ambientes purificados
Escritórios fechados, sem janelas abertas ou luz natural, são normalmente tomados por substâncias tóxicas lançadas no ar
por impressoras, ar condicionado, aquecedores, carpetes e material de limpeza. Estudos científicos, inclusive desenvolvidos pela
Nasa, comprovam que algumas espécies
podem purificar o ar dessas substâncias e
desestressar os espaços que ocupam.
“Ao contrário do que se pensa e se fala,
baseado no senso comum, ter uma planta
em casa ou em escritórios não faz mal à
saúde. Muito pelo contrário, elas são responsáveis pela limpeza do ambiente. A vegetação filtra e até mesmo neutraliza muitos
poluentes, como, por exemplo, o formaldeídeo; tolueno; xileno; benzeno; monóxido de
carbono; e até mesmo alguns metais-pesados”, diz Assucena Tupiassú.
Azaleia
Bromélia
No 43 | ANO 2011 |
| 23
TURISMO |
Check in gourmet:
uma invasão de aromas e sabores nos empreendimentos hoteleiros
Por Davi Brandão
Fotos: Divulgação
Sugestões gastronômicas
entram no check list dos
clientes que buscam hotéis
para viagens de negócios
ou diversão
Restaurante Badebec, no Sheraton São Paulo WTC Hotel
No disputado mercado hoteleiro, que
nos últimos anos passou por diversas transformações, a preocupação de executivos e
gerentes não esbarra somente no atendimento em hospedaria. Diferente de décadas passadas, os empreendimentos apostam na diversidade dos serviços oferecidos,
uma exigência para a garantia da satisfação
e da fidelização da clientela.
Além das boas acomodações e da presteza de uma boa brigada de funcionários,
uma das apostas da rede hoteleira nos últimos anos é a gastronomia. Espaços aconchegantes, decorações diferenciadas, menus
especiais, profissionais renomados, são algumas das estratégias adotadas pelo setor para
atender os hóspedes, como também para receber àqueles que não estão hospedados.
24 |
| No 43 | 2011
Com 15 anos de experiência no mercado,
dos quais 13 com atuação no Grupo Accor,
Marc Balanger observa que a gastronomia
sempre teve uma participação importante
para um hotel. “Este conceito gourmet está
associado em especial aos hotéis cinco estrelas”, explica Balanger, que atualmente
responde pela gerência geral do Hotel Pullman São Paulo, no bairro do Ibirapuera.
No empreendimento, o destaque gastronômico fica para o restaurante It, inaugurado
recentemente, com menu elaborado pelo
chef Willian Carvalho, que privilegia a cozinha
contemporânea. “Nossa proposta é criar um
identidade própria ao espaço. Oferecer bom
atendimento ao não hóspede é uma tendência de mercado, tendo em vista que os clientes hospedados, por vezes, buscam a cozinha
de restaurantes externos, até mesmo para
passear pela cidade”, avalia Balanger.
Segundo o executivo, diversos são os
fatores importantes para um restaurante
dentro de um hotel: a escolha de um bom
chef de cozinha; a brigada de serviços; o
ambiente; a decoração; e uma agenda de
atividades renovável. “Um serviço que teve
uma evolução extraordinária pelos empreendimentos hoteleiros. Avalio que a próxima tendência será um atendimento personalizado para o hóspede, com adaptação de
cardápio ao gosto do cliente”, conclui.
Nova experiência
Destaque com atendimento em lojas
dentro de shoppings e rua, o Badebec, da
empresaria Lourdes Bottura também aposta na hotelaria, com atendimento especial a
clientela do badalado Sheraton São Paulo
WTC Hotel, na zona sul da capital paulista. Na cozinha, o chef Marcelo Ozzi prepara
receitas que trazem ingredientes selecionados, métodos de cozimentos refinados em
pratos sofisticados e de paladares ímpares.
Entre os destaques da cozinha, que busca inspiração na mistura de comida brasileira e contemporânea, estão pratos como
Arroz Camponês (Arroz carnaroli, com shimeji, shitake, funghi chileno, funghi porcini e
panceta) ou o Entrecôte Trigueiro (Entrecôte
ao creme de cogumelos, acompanhado de
purê de aipim e cinta folhada de aspargos)
e ainda Salmão Colorido (Salmão grelhado
ao teriake de laranja, acompanhado de cremoso de batata e tempurá de vegetais).
Na decoração, destaque para as cores
quentes, como o vermelho queimado e
também para a seleção de quadros com os
beijos mais famosos do cinema e da história.
As cadeiras estampadas com o floral estilo
liberty tornam o ambiente aconchegante. O
bar iluminado com cúpulas de tecido dá um
especial toque de sofisticação ao espaço.
“Um restaurante de hotel precisa ter charme, elegância e uma cozinha de contrastes,
que expressa em seus ingredientes diversas
nacionalidades”, afirma Lourdes.
Filé com redução de vinho do porto, purê de mandioquinha e rúcula
Novo chef
Com intuito de repaginar sua gastronomia e fazer da experiência de comer ainda
mais deliciosa, a Rede Dois Santos buscou
no mercado o premiado Chef Volmar Zocche, para promover uma incursão à culinária
ítalo-brasileira. Formado pela Academia de
Cozinha Italiana, Zocche acumula experiências fabulosas em seu currículo, como montar restaurantes na Sardenha e no Egito,
além de projetos sociais com adolescentes
e jovens, implantando a Escola de Cozinha
profissionalizante. “Gastronomia é viajar
pelo mundo para descobrir novos sabores,
novos ingredientes, para agradar todo tipo
de cliente”, afirma o chef.
Com um cardápio que alia charme e diversidade, Zocche conseguiu unir o melhor
da culinária italiana, a exemplo do Ravioli
Artesanal de mussarela com pomodoro
fresco, azeitonas e manjericão; com pratos
típicos da culinária brasileira, como a Galinha
Caipira com quiabo. O que a Rede Dois Santos procura com a parceria é aliar o know
how de Zocche com sua já consagrada arte
em servir bem, e proporcionar aos hóspedes
uma experiência gastronômica e de relaxamento em seus empreendimentos.
No 43 | ANO 2011 |
| 25
TURISMO
|
Um pouco do Japão e da Índia nas dependências do Grand Palladium Imbassaí Resort & Spa, resort de luxo no norte da Bahia pertencente à cadeia espanhola Fiesta Hotel Group
Enologia
A cidade de Campos do Jordão, conhecida pelo charme da estação de inverno e
pelo clima e arquitetura europeia, dispõe de
um empreendimento regado de encantos,
o Blue Mountain Hotel, que permite ao hóspede uma viagem enogastronômica, com
uma irresistível gastronomia e uma impressionante cave de vinhos e queijos.
Esculpida em pedra, a Cave está localizada na parte subterrânea do hotel, cuja
profundidade e proximidade com a Mata
Atlântica local oferecem a temperatura e a
umidade ideais para o amadurecimento e a
conservação das mais de 1.800 garrafas de
vinho. Divididas em aproximadamente 175
rótulos, a carta de vinhos oferece variedades
das principais regiões produtoras, desde as
tradicionais europeias – como Bordeaux, Borgonha, Alsácia, Rhône, Venêto e Toscana, en-
26 |
| No 43 | 2011
tre outras – às que despontam como novas
potências do Novo Mundo – como Uruguai,
Nova Zelândia, Austrália e África do Sul.
Com um espaço especial para degustações, decorado da mesma forma rústica e
encantadora, com mesas em madeira de lei
e um agradável deck com vista para a Mata
Atlântica, que circunda o hotel. Destaque na
agenda de atividades do empreendimento,
são as degustações gratuitas realizadas
aos sábados, que incluem queijos, pães e
quatro tipos de vinhos. Além de educar o
paladar, os encontros também contam com
um fundo didático, no qual os participantes
aprendem de forma descontraída sobre viticultura, os diversos tipos de vinhos, suas regiões produtoras e técnicas de degustação.
gião de Imbassai, norte da Bahia, também
é possível encontrar um pouco do Japão e
da Índia, nas dependências do Grand Palladium Imbassaí Resort & Spa, resort de luxo
pertencente à cadeia espanhola Fiesta Hotel Group, que sugere aos hóspedes uma
vila gastronômica com restaurantes que vão
além dos buffets que podem ser encontrados em hotéis espalhados por todo o país.
Parte do sistema all inclusive do empreendimento, os restaurantes Sumptuori, Boghali e Bahia & Braza oferecem uma viagem
visual, olfativa e degustativa com o melhor
das culinárias japonesas, indianas e o famoso
churrasco gaúcho. O clima vai desde a decoração dos ambientes que seguem os padrões
clássicos de cada local, até às roupas utilizadas pelos garçons. Os menus também ofeDestaque nordestino
recem uma enorme variedade de entradas,
Em meio ao cenário paradisíaco da re- pratos principais e sobremesas típicas.
Sob medida
O camiseiro Denys Souza ensina como escolher camisas com estilo, elegância e distinção
Camisas não são meros acessórios. Precisam ter personalidade e estilo. Denys Souza, camiseiro de padrão internacional que
costura sob medida para seus clientes, dá
algumas dicas para escolher bem. Primeiramente, devem ser feitas com tecido 100%
algodão, ou com linho. As fibras naturais
deixam o tecido “respirar” e permitem a troca de calor com o corpo.
Na camisaria nacional, Denys Souza prefere o Popeline, Tricoline, Cambraia, Oxford,
todos 100% algodão. Na camisaria importada, o Voil Suisso, Cambraia de Linho Belga,
Tricolene e Popeline Italiano, Inglês Thomas
Mason, todos 100% algodão, Egiziano com
fios 120, 170 e o extraordinário fio 200.
Quanto à escolha dos tecidos e das cores, existem várias padronagens. O importante é saber escolher a opção que mais
combina com o seu perfil e, principalmente, com a ocasião. Pode-se ir do preto ao
branco, passando pelos tons de azul, lilás
ou rosa, mas não adianta usar determinada
camisa ou cor só porque está na moda. O
ideal é começar pelas camisas lisas e com
cores claras e suaves. Dê preferência ao
branco básico e ao azul claro.
Muitas pessoas perguntam: “Ainda se usa
monogramas nas camisas?” Para Denys, essa é
uma questão muito pessoal, mas a resposta é
sim, se isso combinar com o estilo da pessoa.
Denys Souza
www.denysouza.com.br
Dicas de Denys Souza
Independente de ser camisas prontas
ou sob medida, o importante é estar atento
a certos pontos:
Opte pelo colarinho adequado ao seu
rosto e na medida certa do seu pescoço. O
ideal é que esteja com um dedo de folga
para não te apertar muito e nem deixar
muita sobra caso use com gravata.
Punhos simples (com botão) ou duplos
(para abotoaduras). O punho da camisa ideal deve ter 5 cm a mais que a medida exata
do seu punho.
Olhe no espelho e repare se os ombros
da camisa estão proporcionais ao seu corpo. Uma dica para saber onde termina seu
ombro é apalpar com a mão seu ombro até
sentir aquele osso, quase na ligação onde
começa seu braço.
O ideal é que não sobre nem falte tecido nessa região do corpo. Do contrário ou
você vai ficar desconfortável usando uma
camisa apertada ou poderão aparecer algumas pregas quando estiver com paletó
ou casaco.
Solte o botão do punho da camisa,
estique o braço e repare no comprimento
da manga da sua camisa. O ideal é que o
punho esteja uns 2 ou 3 cm abaixo do seu
pulso (com as mãos fechadas).
Sem seguir modismos ou tendências
que ultimamente sugerem camisas justas
demais, o ideal é que o corte da camisa
esteja próximo ao seu corpo. Observe, que
foi dito próximo, e não colado ao seu corpo.
Desta forma você pode se movimentar sem
perder a elegância.
Seguindo esses passos, o risco de errar
na hora de escolher o modelo da camisa
será quase zero.
No 43 | ANO 2011 |
| 27
Shopping
Panamby
BANCOS
Tudo isso você encontra no
Centro Empresarial de São Paulo
BANCO DO BRASIL
SANTANDER
BRADESCO
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
CITIBANK
HSBC BANK DO BRASIL
ITAÚ
PERSONNALITE ITAÚ
ITAÚ
Bloco A - Piso Shopping
Bloco D - Piso Shopping
Corredor E-G/Piso Shopping
Bloco G - Jardim
Bloco F - Piso Shopping
Corredor D-G/Piso Shopping
Corredor E-G/Piso Shopping
Bloco E - Piso Shopping
Corredor D-G/Piso Shopping
3741-8981
3741-6999
3741-6230
3503-3150
2122-8171
3741-6190
3003-4828
3741-5566
4004-1053
ALIMENTAÇÃO
CAFETERIA, CHOPPERIAS, LANCHONETES E DOCERIAS
BORBA`S
Bloco B - Piso Shopping
CACAU SHOW
Bloco C - Piso Shopping
CAFÉ DA PRAÇA
Galleria - Piso Shopping
CARMINE´S
Galleria - Piso Shopping
CASA DO PÃO DE QUEIJO
Bloco F - Piso Shopping
CHARLOTTE
Corredor F-G/Piso Shopping
CHOPP BRAHMA
Corredor G-F - Piso Shopping
DOCERIA VIVI
Bloco B - Piso Shopping
KOPENHAGEN
Galleria - Piso Shopping
McDONALD`S
Bloco F - Piso Shopping
SUBWAY
Bloco F - Piso Shopping
UNO & DUE
Corredor B-G/Piso Shopping
VILA CAFÉ
Corredor F-G/Piso Shopping
YOGOFRESH
Bloco G - Piso Shopping
3741-3300
3741-6624
3741-1130
3748-0383
3741-1933
3741-1566
3741-5291
3741-5425
3741-9884
3741-2100
3741-2400
3741-3322
3741-1414
3741-8890
CONVENIÊNCIA
EXECUTIVE TOBACCO
MONTSOU
NUTRIX
Corredor C-G/Piso Shopping
Corredor F-G/Piso Shopping
Corredor F-G/Piso Shopping
3741-2442
3741-6724
3741-3555
28 |
| No 43 | 2011
RESTAURANTES
AQUARIUS
Bloco F - Piso Shopping
ARAK
Corredor F-G/Piso Shopping
CULT GASTRONOMIA
Bloco A - Piso Shopping
DAISSUKI
Corredor A-G/Piso Shopping
DAN RESTAURANTES
Corredor A-B/Piso Shopping
GOSTINHO BRASILEIRO
Corredor A-B/Piso Shopping e G/Piso Panamby
JIN JIN
Corredor G-A - Piso Shopping
LE POINT
Bloco B - Piso Shopping
LIVERPOOL
Corredor A-B/Piso Shopping
MAANAIM
Bloco F - Piso Shopping
MONTANA GRILL EXPRESS
Bloco F - Piso Shopping
OLIVA
Corredor B-G/Piso Shopping
PANDA INN
Corredor A-B/Piso Shopping
PHILADELPHIA BUFFET
Corredor A-B/Piso Shopping
SABORINI
Corredor A-G/Piso Shopping
SANTE
Corredor B-G/Piso Shopping
VIA PASTA
Bloco F - Piso Shopping
ZARAPEUSTA
Bloco F - Piso Shopping
3741-9596
3741-6777
3741-2154
3741-6389
3741-1515
3741-1616
3741-4755
3741-2600
3741-2141
3741-1466
2122-8161
3741-5451
3741-1313
3741-2221
3741-3200
3741-1133
3741-1207
3741-2765
LOJAS
ACADEMIA
CURVES ACADEMIA (fem)
MONDAY ACADEMIA
AGÊNCIA DE TURISMO/CÂMBIO
CVC
IDOIL VIAGENS
SOL CORRETORA
Bloco A - Piso Shopping
Piso Panamby
3741-1900
3747-7730
RE-CICLO DE CARTUCHOS
JOALHERIA
BLUE SPIRIT
Bloco G - Piso Shopping
3741-9858
Corredor G-E - Piso Shopping
3741-3899
Bloco B - Piso Shopping
Corredor D-G - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
3747-7122
3741-1820
3748-1020
LIVROS, REVISTAS E PAPELARIA
ART & MAGAZINE
MTM PAPELARIA
Bloco C - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
3741-6734
3741-2522
Área Externa
3741-6100
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS
LOCALIZA RENT A CAR
UNIDAS RENT A CAR
Bloco A - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
2122-8093
3741-5065
Corredor G-F - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
3741-2282
3741-4971
LOTÉRICAS
WINNER LOTERIAS
Bloco C - Piso Shopping
3741-8221
Bloco G - Piso Shopping
3741-7889
CALÇADOS E BOLSAS
BAGUNCINHA
GATA & SAPATO
NÔMADE
ZATTA
Bloco G-C - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
Bloco G - Piso Shopping
3741-8330
3741-4441
3741-5523
3741-7888
CELULAR
CELLULAR MIX/TIM
VIVO
Bloco G - Piso Shopping
Bloco G - Piso Shopping
5853-2351
3741-3584
MODA
BAGUNCINHA (INFANTIL)
BARRED´S (FEM)
COLOMBO (MASC)
DENYSOUZA (GERAL)
DRESS UP (FEM)
FATTO A MANO (MASC)
FUSK (GERAL)
HERING (GERAL)
PEÇA ÚNICA (FEM)
SIGNAL FLAG (FEM)
SIMULASSÃO (FEM)
WELL (UNISSEX)
Corredor C-G/Piso Shopping
Galleria - Piso Shopping
Corredor C-G/Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco G - Piso Shopping
Galeria - Piso Shopping
Corredor C-G/Piso Shopping
Galleria - Piso Shopping
Galleria - Piso Shopping
Bloco B - Piso Shopping
3741-8330
3741-6593
3741-8859
3747-7371
3741-2955
3741-1500
3747-7022
3741-2999
3741-9388
3741-2445
3741-1494
3741-5378
CHAVEIRO, CARIMBOS E SAPATARIA
SAPATARIA DO FUTURO
Bloco C - Piso Shopping
3741-6880
MODA ÍNTIMA
BASIC WEAR
Corredor C-G - Piso Shopping
3741-6102
Bloco F - Piso Shopping
3741-5065
AUTOMOTIVOS
AUTO POSTO META
BIJUTERIAS E ACESSÓRIOS
K`DOURO
MORANA
BRINQUEDO
MAGICAL KID´S STORE
CINE, FOTO, SOM ÓTICA
ÓTICA ORTIZ
PHOTO CENTER
Corredor D-G/Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
3741-8607
3741-2175
PRESENTES
TUTTI QUANTI
COPIADORA E GRÁFICA
COPY BOX
Bloco F - Piso Shopping
3748-0872
PRODUTOS NATURAIS
MUNDO VERDE
Corredor G-A - Piso Panamby
3741-5004
CORREIOS, DESPACHOS E ENTREGAS
CORREIOS
HELD TRANPORTES URGENTES
VARIGLOG
Bloco A - Piso Shopping
Bloco C - Piso Panamby
Bloco A - Piso Shopping
3741-3028
3741-2456
3741-4455
RELOJOARIA
RELOJOARIA KAIRÓS
Bloco G - Piso Shopping
3741-5300
SAÚDE
AÇÃO DENTAL
CLIDEC (Odonto)
CLÍNICA DE OLHOS
NÚCLEO DE SAÚDE INTEGRADA
Bloco C - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco F - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
5853-3040
3741-8555
3741-1017
3741-9977
SEGUROS E PREVIDÊNCIA
MAPFRE VERA CRUZ SEGUROS
Bloco G - Piso Shopping
3741-3809
SUPLEMENTOS ALIMENTARES
SNC
Galeria - Piso Shopping
3748-9978
ESTACIONAMENTO VISITANTE
ESTAPAR
Estacionamento
ESTÉTICA E MEDICINA ALTERNATIVA
CLEAN
Bloco G - Piso Shopping
ELLO´S CABELEIREIROS
Bloco A - Piso Shopping
VITA CORPUS
Corredor G-B - Piso Shopping
3741-5073
3741-1100
3747-7202
3741-1910
FARMÁCIA E PERFUMARIA
DROGA ALETA
FARMALIFE
O BOTICÁRIO
THAYTI PRESENTES
Bloco G - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
Bloco C - Piso Shopping
Galleria - Piso Shopping
3741-4440
3741-6599
3741-4526
3741-6244
IDIOMAS
MAYFAIR
Bloco G - Piso Shopping
3741-1000
INFORMÁTICA
PHOTO CENTER
Bloco C - Piso Shopping
3741-2175
Anuncie
5083-5094
No 43 | ANO 2011 |
| 29
ATITUDE
|
Mantenha a
sua mente pronta
para o sucesso
ROBERTO SHINYASHIKI *
30 |
| No 43 | 2011
você não jogar fora
“ Enquanto
seus velhos conceitos e crenças,
‘‘
Há alguns meses um amigo me telefonou e marcamos uma
conversa. No encontro, ele disse que havia fechado sua empresa
porque estava sem trabalho, que tudo estava muito difícil, havia
muita concorrência, e que, na verdade, ele achava que não tinha
vocação para ser empresário.
Mas o que mais me chamou a atenção foram suas ideias, que
estavam totalmente fora da realidade do mundo dos negócios.
Percebi sua angústia e vi que ele conteve as lágrimas. E então
desabafou e confessou que havia vendido todo o seu patrimônio,
que estava com dívidas, e, no final, pediu para eu ajudá-lo a se recolocar no mercado de trabalho.
Meu coração estava estraçalhado, pois era triste ver uma pessoa que
eu admirava tanto naquela situação! E me perguntei: como alguém como
ele pode ter sofrido uma queda tão vertiginosa na vida?
Disse ao meu amigo que iria ajudá-lo a se recolocar, mas que antes ele precisaria aprender a ver como as empresas e os profissionais
pensam e agem para ter sucesso no mundo de hoje.
Sugeri que ele deixasse de lado alguns hábitos e crenças que
já não tinham utilidade e que não estavam mais adequados à sua
nova realidade. Contei a ele uma pequena história, para exemplificar
o que eu estava dizendo:
“Um monge chamou seu discípulo e, juntos, foram tomar chá.
Depois de algum tempo de conversa, o mestre percebeu que o discípulo não estava compreendendo o que ele ensinava.
A mente do discípulo estava cheia de conceitos e crenças que iam
contra o que o mestre estava dizendo, e por isso ele não compreendia.
Em um dado momento, o mestre resolveu que tomariam vinho.
Apanhou sua xícara e jogou fora o chá. Depois, encheu-a com vinho.
Então, ordenou ao discípulo que fizesse o mesmo.
Enquanto tomavam o vinho, o mestre explicou pausadamente:
‘Para beber vinho em uma xícara cheia de chá é necessário primeiro
não vai colocar em sua mente
os novos aprendizados
jogar fora o chá para então colocar o vinho’.
Pois assim é também com sua mente. Enquanto você não jogar
fora seus velhos conceitos e crenças, não vai colocar nela o que
estou lhe ensinando.”
Ele sorriu, sinalizando que havia entendido minha mensagem.
Aceitou a proposta que lhe fiz e começamos a trabalhar.
Meu novo livro, “Problemas? Oba!”, é sobre tudo o que ensinei ao
meu amigo, para que ele entendesse as estratégias usadas pelos
grandes empresários e executivos de sucesso. E, principalmente, para
que nunca mais ele precisasse buscar desesperadamente um emprego, e sim passasse a fazer as melhores escolhas para sua carreira.
Como sempre, espero, além de meu amigo, ajudar você também a realizar todos os seus objetivos de vida!
Um grande abraço,
* Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de livros,
entre eles: A revolução dos campeões, Os segredos dos campeões,
O sucesso é ser feliz, Heróis de verdade e Tudo ou nada. (www.
shinyashiki.com.br)
SAÚDE EM GOTAS
|
Respirar,
correr e dormir
Por Rita Gallo
Cuidado com o ronco!
Noites mal dormidas causadas pelo ronco podem ter consequências perigosas para
a saúde. Companheiro de longa data de
muitos homens e mulheres, o ronco pode
ser definido como um ruído produzido de
forma involuntária pela vibração de alta frequência de estruturas da boca e outras que
estão envolvidas na respiração. Uma causa
frequente do ronco é a respiração bucal, que
também pode estar associada a cessações
com intervalo da respiração, a chamada apneia do sono.
O ortodontista e ortopedista facial da
Köhler Ortofacial, Gerson Köhler, explica que
nos estudos dos distúrbios respiratórios do
sono, como o ronco e a apneia, o diagnóstico
e o tratamento da respiração bucal é imprescindível. “A população brasileira está ficando
mais velha e a respiração bucal tem se tornado cada vez mais frequente, o que gera
consequências que podem prejudicar a qualidade de vida, provocar alterações incapacitantes com elevado risco do surgimento de
doenças e até mortalidade. As doenças mais
comuns são as cardiovasculares”, aponta.
De acordo com Gerson, que também
é especialista em Ortopedia Funcional dos
Maxilares, a respiração bucal mina progressivamente a saúde geral, já que causa alterações fisiológicas e efeitos bioquímicos
nocivos no organismo. “Em um passado
recente a respiração bucal não costumava
ser levada em consideração quanto aos potenciais danos que poderia causar à saúde.
Em adultos esta respiração incorreta pode
acarretar o avanço progressivo de doenças
crônicas, como apneias obstrutivas e o diabetes tipo 2”, alerta.
Köhler afirma que as técnicas mais utilizadas para o tratamento do ronco são a
utilização de aparelhos intrabucais, utilizados para dormir e que tem como objetivo
ampliar o espaço da orofaringe, ou o uso do
CPAP, uma espécie de máscara que injeta
o ar positivamente pressurizado durante o
sono do paciente. “O problema é que nem
todos conseguem se adaptar o uso destes
aparelhos ou da máscara. E há restrições
quanto ao uso destas técnicas em quem
possui disfuncionalidades nas articulações
temporomandibulares”, observa.
Corrida
A cada dia mais pessoas aderem a um
esporte bastante acessível: a corrida de rua.
A explicação para esse aumento significativo é simples: a corrida só exige um par
de tênis adequado e boa saúde para ser
praticada. Para Márcio Marega, fisioterapeuta e coordenador do Programa Antisedentarismo do Hospital Israelita Albert Einstein
(HIAE), há ainda outra explicação para o fato:
“As pessoas estão mais conscientes da necessidade de adotar atividades físicas e a
corrida é uma boa opção porque é fácil de
começar.”
A socialização que o esporte traz também motiva os praticantes. Correr em grupos e treinar constantemente leva os corredores a participar de inúmeras competições.
A Federação Paulista de Atletismo (FPAM)
realiza vários trabalhos em conjunto com a
Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo do
Governo de São Paulo, como o projeto piloto chamado “Circuito de Provas Pedestres”,
ou “Corrida da Família”, onde centenas de
jovens praticam a modalidade em cidades
do interior do Estado.
No 43 | ANO 2011 |
| 31
CULTURA |
Agenda Cultural
Conheça a programação das casas de espetáculos que estão próximas ao Centro Empresarial de São Paulo
HSBC BRASIL
R. Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo, SP – Tel: 4003-1212
X JAPAN
Dia 11/9
Horário: 18h
THE AUSTRALIAN BEE GEES
Dia 16/9
Horário: 22h
LENINE
Dia 17/9
Horário: 22h
PRIMAL SCREAM
24/9
Horário: 22h
ALL YOU NEED IS LOVE
Dia 1/10
Horário: 22h
Fotos: Divulgação
ORQUESTRA BUENA VISTA SOCIAL CLUB
Com participação da cantora
Omara Portuondo
Dia 20/10
Horário: 21h30
CUT COPY
Dia 21/10
Horário: 22h
SAXON
Call to Arms Tour
Dia 22/10
Horário: 22h
ALCIONE
Show Duas faces
Dia 28/10
Horário: 22h
Lenine
CREDICARD HALL
Av. Nações Unidas 17.955, Santo Amaro, SP Tel: (11) 2846-6000
ZÉ RAMALHO
Dia 17/9
Horário: 22h
PATATI PATATA
Dias 8 e 9/10
Horário: 15h e 18h / 11h e 15h
ROUPA NOVA
Dias 23 e 24/10
Horário: 22h
EXALTASAMBA
Dias 3, 4 e 5/10
Horário: a definir
JORGE e MATEUS
Dias 30/9, 1 e 2/10
Horário: 22h e 20h
32 |
Fotos: Divulgação
Jorge e Mateus
| No 43 | 2011
TEATRO ALFA
Endereço: R. Bento Branco de Andrade Filho, no 722, Santo Amaro.. – Tel: (11) 5693-4000
Fotos: Divulgação
MOMIX
Dias 30 de Setembro a 02 de Outubro,
04 a 09 de Outubro.
Horários:
Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sábados, 21h.
Sextas-Feiras, 21h30.
Domingos, 18h.
O MOMIX é uma companhia de teatro e dança, que se mantém no caminho constante
da inovação criativa com suas técnicas ilusionistas, uma companhia que celebra as formas,
imagens, emoções e informações em todos os seus espetáculos. Composta por bailarinos,
acrobatas e ilusionistas, apresenta no palco um mundo de imagens surrealistas através do
corpo humano e de uma grande e encantadora composição de luzes, sombras, cenários,
projeções, adereços e humor.
AKRAM KHAN COMPANY
Dias 13 e 14 de outubro (Vertical Road),
15 e 16 de outubro (Gnosis)
Horários:
Quinta-feira e sábado, 21h
Sexta-feira, 21h30
Domingo, 18h
SASHA WALTZ & GUESTS
Dias 29 e 30 de outubro
Horários:
Sábado, 21h
Domingo, 18h
Akram Khan apresenta-se pela primeira vez no Brasil. Nascido em Londres, de uma
família originária de Bangladeshi, ele começou dançar aos sete anos e estudou com o
renomado bailarino e professor de Kathak, Sri Pratap Pawar. Vertical Road é a nova produção contemporânea da Akram Khan Company. Ele traz artistas da Ásia, Europa e Oriente
Médio para apresentar esse espetáculo que acabou de receber o The Age Critics Award no
Melbourne International Arts Festival de 2010.
CIA DE DANÇA DEBORAH COLKER
Dias 9, 10, 11, 14, 15, 16, 17 e 18 de setembro
Horários:
Quarta, quinta-feira e sábado, 21h
Sexta-feira, 21h30 | Domingo, 18h
Sábado, dia 17, 17h e 21h
Horário: 22h
No 43 | ANO 2011 |
| 33
CONVERSAÇÃO
|
“Eu queria ser famoso
como o Audálio”
WALDEMAR GASPAR JUNIOR *
Caetano não tuita, não orkuta, não facebooka, não bloga. Caetano nem sequer
celula. Caetano não precisa usar nenhuma
linguagem virtual para ser visível na mídia,
nenhuma rede social para ostentar-se no
best da coluna social. A única rede social de
Caetano deve ser a rede de balanço de sua
casa na Bahia. Caetano não é um virtual por
si. Caetano é um virtuose por todos.
Caetano é novidade de ontem. Caetano é
memória de futuro. Caetano é notícia eterna.
Caetano descansa a celebridade quando quer
descansá-la e acorda a voz pública quando quer
acordá-la. É livre como livre é sua poesia, sua música, seu canto, suas contestações, suas defesas
conceituais. Seus seguidores seguem o seu rastro pelo mesmo vestígio de independência que
segue sua música, “O Quereres”: “Onde pisas o
chão, minha alma salta e ganha liberdade na
amplidão”. Caetano sente e sempre pressentiu
que para ser livre e famoso não é preciso ser livre
da fama, mas é preciso ser livre na fama.
Queria eu ser um cantor de fado para
cantar em Alfama e ter minha fama aplaudida pelo meu fado. Queria ser um cantor ou
uma cantora como Etta James Brown, como
Nina Simone Bittencourt de Oliveira, como
Ray Charles Aznavour, como Nat King Cole
Porter, como Roberto Carlos Gardel, como
34 |
| No 43 | 2011
Erasmo Carlos Santana, como Billy Paul McCartney, como João Gilerto Gilbert Bécaud,
como Carly Simon & Garfunkel, como Elton
John Lennon, como Jackie Wilson Simonal,
como DjaVan Morrison, como Angela Maria
Bethânia, como Brian Wilson Pickett, como
Willie Nelson Gonçalves. Queria ser a junta
do que é possível juntar, o canto de quem
é possível cantar, o dueto dos nomes duetados. Queria ser todos os acústicos revelados.
Querer é crer que a fama pode ser sua
no gosto do espelho, seu e do outro. Querer
é uma possibilidade que faz bem a aspiração de ser o eu e o outro. Todos os quereres
são desprendidos porque são auto-autorizados e são alcançados porque são soltos. A
fama autêntica só é conquistada quando a
busca do que se quer é a busca do seu melhor. The Best of the Best.
A pérola se esconde no ostracismo de
uma ostra até se mostrar no sensacionalismo de um pescoço. Daí fica famosa. É
incontestável que é essa a fama assumida
pela conquista, pela característica do belo
em ser notável custe o que custar.
Para ser ilimitado na contabilidade da
fama é preciso pensar por conta própria e
poder pagar a sua própria conta mesmo
quando ultrapassar todo o seu limite. A
fama não é o limite. A fama é consequência
do conquistado. “O que inspira a inspiração
é a birra da transpiração.”
Enquanto sem calça na calçada, um
bêbado mendiga o sexo com as estrelas,
na parede da posteridade de um botequim
paulistano, há um pôster cantado de um
poema de Adoniran. Jamais esqueci. Ouviase Iracema no Bar da Carmela, no Bixiga, na
voz de Elis e na declamação de Adoniran.
Era 1978. O jornalista Audálio Dantas assistia e bebia este samba session, invejável e
inolvidável. Nessa época eu queria ser famoso como o Audálio.
* Waldemar Gaspar Junior | Jornalista, publicitário,
consultor de Comunicação Empresarial, escritor, diretor geral de Criação e Gestão de Projetos do Instituto Mimboé de Arquitetura e Construção Humana |
e.mail: [email protected]
No 43 | ANO 2011 |
| 35

Documentos relacionados