APL Agroindustria Familiar - Região Celeiro - AGDI

Transcrição

ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DOS EMPREENDIMENTOS LÁCTEOS - AGEL
PROPOSTA DE ARRANJO
PRODUTIVO LOCAL COREDE
CELEIRO
Autores:
Julio Cesar Paris – EMATER/RS-ASCAR
Tarcísio Samborski – IFFarroupilha- campus Santo Augusto
Fernanda Weber – UERGS
Valmor Machado Soares- AGEL
Jesson Marchesan – CODETER Território da Cidadania Noroeste Colonial
Paulo Roberto V. Goellner- Cooperfamiliar
Março de 2012
1
Associação Gaúcha dos Empreendimentos Lácteos – AGEL. Endereço Avenida Santa Rosa, n 1064,
Centro – Tenente Portela/RS. CX Postal 142. CEP: 98.500-000. E-mail [email protected] Fone
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Sumario
1. Processo de Elaboração do Plano de Desenvolvimento .......................
1
2. Contextualização e Caracterização do Arranjo ......................................
2
2.1 Caracterização econômica e institucional .......................................
2
2.2. Acesso aos Mercados Interno e Externo ........................................
25
2.3. Formação e Capacitação ................................................................
26
2.4. Coordenação e Cooperação ...........................................................
31
2.5. Investimento e Financiamento .........................................................
31
2.6. Tecnologia e Inovação ....................................................................
32
2.7. Sustentabilidade Ambiental .............................................................
32
2.8. Relações Sociais e Culturais ...........................................................
33
3. Ações Realizadas e Em Andamento ........................................................
35
4. Ações Previstas .......................................................................................
38
5. Desafios e Oportunidades de Desenvolvimento .....................................
39
6. Resultados Esperados ............................................................................
42
2
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1. Processo de Elaboração do Plano de Desenvolvimento
a) Processo de elaboração: como o Plano de Desenvolvimento foi elaborado.
O Projeto preliminar foi elaborado de forma coletiva, através da contribuição
de uma série de pessoas representantes das seguintes entidades: EMATER/RSASCAR. IFFarroupilha-Campus Santo Augusto, UERGS, Cooperfamiliar, AGEL e
CODETER Territ ório Noroeste Colonial
b) Atores:
Julio Cesar Paris – EMATER/RS-ASCAR
Tarcísio Samborski – IFFarroupilha- campus Santo Augusto
Fernanda Weber – UERGS
Valmor Machado Soares- AGEL
Jesson Marchesan – CODETER Território da Cidadania Noroeste Colonial
Paulo Roberto V. Goellner- Cooperfamiliar
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2. Contextualização e Caracterização do Arranjo
2.1. Caracterização econômica e institucional
A região Celeiro do Rio Grande do Sul é formada por 21 municípios com
participação significativa do setor agropecuário na economia e com uma renda per
capita pouco superior a metade da média estadual. Sua população tem decrescido a
cada ano, fruto do êxodo e da migração para outros centros urbanos ou novas
áreas de fronteira agrícola na região Centro-oeste e Norte do país. Para aqueles
que optaram por ficar na região, a reduzida oferta de empregos e poucas opções
de formação profissional limitam
o aumento da renda e a produtividade da
economia regional.
A região de abrangência do APL – Agroindústria Familiar da Região Celeiro é
composta por 21 municípios que integram a Região Noroeste Colonial do Rio
Grande do Sul e, segundo a Fundação de Economia e Estatística da Secretaria da
Educação e Planejamento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, apresenta
um PIB superior a US$ 1.200 mil, com uma participação de 3,05% no PIB estadual.
A principal atividade da Região é de serviços, destacando-se as vendas de
Comércio Atacadista que detém 62% do total do comércio, concentrando-se nos
Gêneros de Produtos Alimentícios (78,10%) e Químicos (15,27%). Já o Comércio
Varejista (38% do total) concentra-se nos gêneros Mercados e Supermercados
(16,10%), Combustíveis e Lubrificantes (14,31%), Veículos (11,30%) e Máquinas,
Aparelhos e Equipamentos Diversos (10,73%). Salienta-se ainda o setor
Agropecuário que ocupa a quarta posição no “ranking” da produção lavoreira,
representado principalmente pela soja, trigo, milho e mandioca, que somam,
respectivamente, 43,09%, 30%, 12% e 7,6% do V.B.P. das lavouras da região.
A composição da economia revela uma região de pouca industrialização,
com presença marcante da agropecuária, mas com baixa transformação de sua
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produção. A maioria dos empregos está na área de comércio/serviços, entretanto a
maior parte da força de trabalho é ocupada na agricultura, como pode ser
observado na tabela da demanda social do Ministério de Desenvolvimento Agrário
para os municípios da região, apresentada abaixo.
Tabela 1. Famílias de agricultura familiar e públicos especiais por município.
Município
Agricultores
Famílias
Terras
Pescadores
Familiares Assentadas
Indígenas
Barra do Guarita
327
0
2
0
Bom Progresso
398
0
0
0
Braga
623
19
0
0
Campo Novo
394
0
0
0
Chiapetta
405
151
1
0
Coronel Bicaco
860
37
0
0
Crissiumal
2.559
0
5
0
Derrubadas
947
0
0
0
1.033
0
10
0
Humaitá
719
0
2
0
Inhacorá
314
0
0
0
Miraguaí
1.155
0
1
0
534
0
0
0
1.065
16
0
1
Esperança do Sul
Nova Ramada
Redentora
3
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Santo Augusto
623
22
2
0
Sede Nova
570
0
0
0
1.116
0
0
0
541
0
2
1
Tenente Portela
1.737
0
0
1
Tiradentes do Sul
1.956
0
14
0
Três Passos
1.978
0
0
0
Vista Gaúcha
661
0
0
0
20.515
245
39
2
São Martinho
São Valério do Sul
Total
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Na Terra Indígena ( TI ) do Guarita, localizada nos municípios de Erval Seco,
Tenente Portela e Redentora, vivem 6.100 indígenas. Já na Terra Indígena do
Inhacorá, localizada em São Valério do Sul, existem mais 970 indígenas
residentes.O sítio eletrônico Portal Kaigang indica que a A TI Guarita é a mais
populosa do Estado do Rio Grande do Sul e dentre as comunidades rurais
existentes na região é a que mais necessita de apoio para construir projetos de
desenvolvimento que promovam a melhoria da qualidade de vida e o respeito à sua
condição cultural diferenciada. Salientamos esse aspecto da região porque os
indígenas participam do APL através da casa da farinha e de sua participação nas
produção de alimentos para o PAA, especialmente feijão e mandioca.
A presença marcante da agricultura familiar na região permite uma
distribuição de renda que estimula o comércio local, fato facilmente observado pelo
movimento no comércio das pequenas cidades nos dias de pagamento do leite.
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Apesar de estar distribuída entre os pequenos agricultores, a renda da região é
baixa, como pode ser visto na tabela seguinte.
Tabela 2. Renda per capita e renda média do chefe de família por município.
Renda
Per Capita (R$)
Renda Média do
Chefe de Família (R$)
Barra do Guarita
148,78
348,52
Bom Progresso
148,69
398,50
Braga
131,64
316,62
Campo Novo
174,66
432,84
Chiapeta
196,73
444,50
Coronel Bicaco
190,96
413,01
Crissiumal
183,35
418,50
Derrubadas
170,19
402,31
Esperança do Sul
129,47
301,48
Humaitá
222,02
494,21
Inhacorá
167,15
451,00
Miraguaí
133,97
304,84
Nova Ramada
223,24
496,14
Redentora
96,63
311,35
Santo Augusto
218,11
535,33
Município
5
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Sede Nova
195,11
477,48
São Martinho
242,61
604,89
128,58
326,45
Tenente Portela
180,43
469,65
Tiradentes do Sul
150,45
369,74
Três Passos
265,51
591,37
Vista Gaúcha
205,71
528,44
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
A renda média mensal dos chefes de família é bem inferior a média do Rio
Grande do Sul que é de R$ 799,85. Conforme pode ser observado no mapa do
rendimento médio do Rio Grande do Sul ( Figura 1 em anexo) a região como um
todo apresenta uma renda bem abaixo da média estadual ou nacional.
Diante
dessa situação, é comum a população mais jovem procurar outras regiões em
busca de empregos ou mesmo para realizar seus estudos. Situação que tem levado
à migração constante, com uma redução contínua da população da região como
podemos constatar na tabela abaixo
Tabela 3. População 2000 e 2007 e variação populacional por município
População
2000
População
2007
Variação
População
(2000 - 2007)
Barra do Guarita
2.987
2.947
-1,34
Bom Progresso
2.831
2.414
-14,73
Braga
4.198
3.825
-8,89
Município
6
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Campo Novo
6.721
5.577
-17,02
Chiapeta
4.481
4.059
-9,42
Coronel Bicaco
8.435
7.854
-6,89
Crissiumal
15.180
14.637
-3,58
Derrubadas
3.715
3.372
-9,23
Esperança do Sul
3.755
3.445
-8,26
Humaitá
5.228
4.909
-6,10
Inhacorá
2.378
2.283
-3,99
Miraguaí
5.034
4.820
-4,25
Nova Ramada
2.723
2.461
-9,62
Redentora
8.846
9.537
7,81
Santo Augusto
14.426
13.525
-6,25
Sede Nova
3.208
2.966
-7,54
São Martinho
6.321
5.838
-7,64
2.625
2.625
0,00
Tenente Portela
14.343
13.837
-3,53
Tiradentes do Sul
7.497
6.899
-7,98
Três Passos
24.656
23.182
-5,98
Vista Gaúcha
2.725
2.713
-0,44
152.313
143.725
- 5,64
Total
7
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Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000 e contagem da população em 2007.
Os dados apresentados servem de indicadores para a constatação que essa
região tem apresentado ao longo dos anos um decréscimo na sua economia, com
perda populacional significativa e que necessita aumentar a rentabilidade dos
negócios, especialmente os agropecuários, pois são a base da matriz produtiva e da
geração de riqueza da região. O aumento na oferta de crédito agrícola através das
políticas públicas do governo federal tem permitido o aporte de significativos
recursos na economia local, sendo que somente no campo da agricultura familiar
são estimados R$ 242.013.695,06 para os 34 municípios que compõe o Território da
Cidadania Noroeste Colonial, onde estão comtemplados todos os 21 municípios da
região Celeiro. Esse valor dá uma idéia aproximada da oferta de recursos públicos
para a dinamização da economia regional, entretanto, estimular novas atividades
que permitam agregar valor a produção agropecuária e gerar novos empregos é o
grande desafio regional.
Muitas lideranças apostam na atração de grandes empresas como estratégia
para resolver esse problema, mas uma breve análise histórica demonstra que a
região já teve agroindústrias ligadas ao setor cooperativo ( que aqui vamos chamar
de tradicional) e o setor privado, que foram deslocados para o Centro-Oeste, como
é o caso da fábrica de óleo de soja em Três Passos e os postos de resfriamento de
leite do antigo sistema da CCGL. Para fazer frente a essa problemática, desde a
década de 1990 que agricultores buscam organizar e diversificar a sua produção,
conseguindo melhores preços e melhorando a qualidade de seus produtos, pois
entendem que devem avançar nas etapas de armazenamento e processamento dos
produtos para melhorar sua participação no mercado.
a) Principais características da formação do APL:
O cooperativismo agropecuário ao ser criado e apoiado pelo Estado
Brasileiro universalizou interesses, congregando pequenos, médios e grandes
produtores. Hoje, mais de 60 anos depois da criação das primeiras cooperativas,
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com o modo capitalista de produção estabelecido na agropecuária, a hegemonia
dos grandes produtores nas instituições deixa os agricultores familiares com pouca
força para influenciar os rumos das cooperativas, obrigando-os a criar outras
cooperativas para defenderem seus interesses. Aos agricultores familiares da região
o leite foi durante o final dos anos 90 e o início desse século a alternativa produtiva
para geração de renda. Enquanto os médios e grandes produtores apostavam no
cultivo de grãos e recebiam todo apoio possível do arranjo institucional existente na
agricultura, aos agricultores familiares restou-lhes o abandono à própria sorte. As
cooperativas tritícolas que detinham grande parte do mercado do leite optaram por
concentrar suas atividades na cadeia de grãos e acabaram vendendo sua
participação no setor. A saída das cooperativas tritícolas do ramo leiteiro foi
diferenciada, mas invariavelmente significou a perda de espaço e atenção dedicada
aos agricultores familiares.
Diante desse cenário, restava à busca de uma alternativa para sua
viabilização enquanto produtores de leite fluido. A alternativa que se apresentou foi
à
constituição
de
grupos
e
cooperativas
para
comercialização
e/ou
agroindustrialização conjunta.Mas a atividade leiteira não é a única que é realizada
na região.Diversos produtos tradicionais, como mandioca, feijão, cana, erva
mate,trigo e criações diversas ( abelhas, suínos, gado bovino, frangos) são
produzidos e servem de matérias primas para as agroindústrias que buscam
abastecer os comércio local, seja nos mercado varejista existente ou na criação de
novos espaços como feiras livres.Recentemente, graças aos programas de compras
governamentais como o PAA e a merenda escolar, aumentou a demanada por
produtos elaborados, permitindo o surgimento ou ampliação se agroindústrias que
atendam essa necessidade.
b) Delimitação territorial do arranjo:
O APL está distribuído em todos os municípios da região Celeiro.
c) Segmentos econômicos:
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Os segmentos econômicos que compõe o Arranjo Produtivo Local da
Agroindústria familiar na região do Corede Celeiro são variados e distribuídos em
diversos empreendimentos que, conforme a classificação da CNAE – Classificação
Nacional de Atividades Econômicos estão assim distribuídos:
Na seção A, divisão 01, grupo 01.1,01.2,01.3,01.4,01.5, e 01.6 que
compreende em sua grande maioria, agricultores familiares que fornecem matérias
primas para as agroindústrias e também fornecedores de insumos como sementes
de forrageiras;
Na seção C , divisão 10, grupos 10,1,10.3,10.5,10.6,10.7,10.9 e na divisão
11 os grupos 11.1 e 11.2.
De forma indireta podemos encontrar fornecedores de máquinas, insumos e
serviços dentro dessa seção estão enquadrados nos grupos 25.1 e 25.2; 28.3, 33.1,
46.3, 47.1, 47.2, 47.3, 47.4, 47.5, 60.1, 64.2, 69.2, 71.1, 72.1, 72.2, 75.0, e 94.1.
Tabela 4. Cooperativas da agricultura familiar
Cooperativa
Municípios de abrangência
Nº
associad
os
Produção
anual em
mil litros
de leite
Braga, Redentora, Coronel Bicaco e
Miraguaí
212
2.400
Cooperfamiliar
Tenente Portela
453
1.618,4
Coopertempo
Tenente Portela
150
3.600
Vista Gaúcha
90
3.360
Copperguarita
Barra do Guarita
40
960
CooperYucumã
Derrubadas
370
9.480
Cooperar
Coopervista
10
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Comprol
São Martinho
89
4.800
Coopercris
Crissiumal
480
18.000
Cooperfontenova*
Crissiumal
150
----
Coopercorá
Inhacorá
108
680
Cooperarchi
Chiapetta
120
9.600
São Valério
82
2.040
Coopervalério
Coopaf**
Humaitá, Sede Nova e Campo Novo
Coopaf-Sul**
Tiradentes do Sul
*Cooperfontenova – Possui 26 agroindústrias associadas a cooperativas.
** Coopaf, Coopaf-Sul – Em formação
Em relação ao volume comercializado,utilizamos apenas o produto leite ,
pois é aquele possui maior participação
no valor bruto da produção das
cooperativas, com a seguinte distribuição;
Tabela 5. Valor Bruto Produção das Cooperativas
Cooperativa
Valor Bruto da Produção
Cooperar
R$ 1.680.000
Cooperfamiliar
R$ 1.132.800
Coopertempo
R$ 2.520.000
Coopervista
R$ 2.352.000
Copperguarita
R$ 672.000
CooperYucumã
R$ 6.636.000
Comprol
R$ 3.360.000
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Coopercris
R$ 12.600.000
Cooperfontenova
R$ 780.000
Coopercorá
R$ 476.000
Cooperarchi
R$ 6.720.000
Coopervalério
R$ 1.428.000
Total
R$ 40.356.800,00
Fonte: Informações coletadas com lideranças das cooperativas.
Figura 1: Distribuição geografica das cooperativas da Agricultura Familiar.
Diante da dificuldade em termos de tempo, recursos financeiros e humanos
para conseguir a adesão de todas as agroindústrias ao projeto do APL, optou-se por
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formalizar a adesão, nesse momento, das cooperativas da agricultura familiar da
região. Essas cooperativas já possuem uma série de atividades em conjunto,
caracterizam-se por realizarem a comercialização do leite fluido de seus
associados, com um grau relativo de agroindustrialização entre elas. O Escritório
Regional de Ijuí da EMATER/RS, em seis anos de acompanhamento dos preços
recebidos, constatou que a estratégia de comercialização conjunta foi responsável
pelo acréscimo aproximado de 30% no preço recebido pelos pequenos produtores
organizados, em comparação com similares não organizados. Recentemente, ao
apresentar para o Colegiado do Território Noroeste Colonial o diagnóstico realizado
junto aos agricultores atendidos pelo projeto de ATER territorial, o responsável pelo
projeto na empresa mostrou que em uma das microrregiões (Tenente Portela) os
preços mínimo e máximo por litro de leite pago aos produtores em municípios sem
organização cooperativa variavam de 50 centavos de reais até 78 centavos de reais,
quando em municípios que possuíam cooperativas o valor mudava para 55
centavos de reais e 80 centavos de reais para não associados e de 61 centavos e
84 centavos de reais para os cooperados. Os dados demonstram que essas
instituições além de melhorarem o preço de seus cooperados, causam um aumento
no preço pago para os agricultores que residem na área de ação da cooperativa,
mesmo que não pertençam ao seu quadro social, pois acabam forçando um preço
pago ao produtor maior que em locais onde não existem organizações cooperativas.
Observa-se pelo quadro do faturamento das cooperativas
que esse fenômeno
apesar de não ter sido avaliado até o momento, parece ser significativo no aumento
da renda dos produtores de leite.
Em relação ao comportamento futuro, essas cooperativas encontram-se em
expansão em termos de aumento de produção e melhoria na infraestrutura de
serviços prestados ao produtor.Todas controlam o frete,com a
Cooperfamiliar,
Cooperar, Comprol, Cooperarchi e Coopercorá possuindo frota própria de
caminhões e as demais terceirizam com empresas parceiras.
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No setor de lácteos, a atividade agroindustrial das cooperativas da
agricultura familiar é realizada em agroindústrias próprias (Comprol) ou de parceiros
e associados ( Vily Grün, Vitaleite,Queijaria Portelense, CooperA1, Coopec, Promilk)
e nos postos de resfriamento de leite de Chiapetta e em processo de implantação a
Central Celeiro Yucumã que será um posto de resfriamento e processamento de
lácteos que vai reunir a produção da Cooperar, Cooperfamiliar, Coopertempo,
Coopervista, Cooperguarita e Cooperyucumã.
As agroindústrias de base familiar segundo levantamento realizado pela
EMATER/RS-ASCAR totalizam até o momento 152 empreendimentos nas mais
variadas atividades. A idéia é integrar o maior número dessas agroindústrias no
APL.Em anexo vamos apresentar uma lista das agroindústrias por município.
Tabela 6. Relação Agroindústrias da região Celeiro
Município
Agroindústria
Atividade
SANTO AUGUSTO
Ag. Embutidos Antonow e Cia Ltda
embutidos/abate
SANTO AUGUSTO
Ag. Abatedouro Salvatti
abate bovino
SANTO AUGUSTO
Ag. Coopercana
cachaça/melado
SANTO AUGUSTO
Ag. Ivete Varini
panificados
SANTO AUGUSTO
Ag. Moresco
ovos de codorna
SANTO AUGUSTO
Ag. Grupo de mulheres
panificados
SANTO AUGUSTO
Ag. vinhos/sucos
vinhos/sucos
CORONEL BICACO
Ag. Taimbé
panificados
CORONEL BICACO
Ag. Teresinha Pazinatto
massas
CORONEL BICACO
Ag. Schunemann
melado
CORONEL BICACO
Ag. Ângelo Salete
cerealista/moinho
14
55 3551 2614
CORONEL BICACO
Ag. Joacir Novaz Saldanha
Melado
CORONEL BICACO
Ag. Santi
Aguardente/licor
CORONEL BICACO
Ag. Alceu Hermel
Laticínios
Chiapetta
Associação dos Reassentados de
Chiapeta – ARCHI
posto de leite
Chiapetta
Ag. Romilda Weinheimer
Panificados
Chiapetta
Ag. Valci Thonzach
Panificados
Chiapetta
Ag. Valci Thonzach
vinhos/sucos
Chiapetta
Ag. João Hoffmann
amendoim
Chiapetta
Ag. Elisandra de Almeida
queijos
Chiapetta
Ag. Municipal
abate gado
Chiapetta
Ag. Municipal
abate frangos
Chiapetta
Ag. Municipal
abate peixes
INHACORÁ
Ag. Moinho
farinhas
SÃO VALÉRIO DO SUL
Ag. Rubem Grossmann
melado
Ag.. Santa Teresinha
Panificados
Ag. Speroni
cana
Ag. Moinho
moinho
SÃO MARTINHO
Ag. COMPROL
laticínios
SÃO MARTINHO
Ag. Queijos NH
laticínios
SÃO MARTINHO
Ag. Vera Tengaten
panificados
SÃO MARTINHO
Ag. Rapadura
rapaduras
SÃO MARTINHO
Ag. Hensel
melado
15
55 3551 2614
SÃO MARTINHO
Ag. Pizza
Massa
CAMPO NOVO
Ag. Abate de frangos
Carnes
CAMPO NOVO
Ag. Erva Mate Real
Erva Mate
CAMPO NOVO
Ag. Martineli
Pescado
CAMPO NOVO
Ag. Helio Pozzatto
Cana
CAMPO NOVO
Ag. Moacir Pozzatto
Cana
CAMPO NOVO
Ag. Jorge Kunsler
Cana
CAMPO NOVO
Ag. Erva mate Tradição
Erva Mate
BARRA DO GUARITA
Ag. Erondina Kovalski
Panificação
BARRA DO GUARITA
Agr. Abate e Embutidos
Carnes
BARRA DO GUARITA
Agr. Cana Verde Guaritense
Melado
BARRA DO GUARITA
Ag. Aleixo e Almir Peffer
queijo/frango
BRAGA
Ag. Luiz Franscico Bolfe
Cana
BRAGA
Ag. José Derli Sopram
cana
BRAGA
Ag. Roberto Silvino Ramos
cana
DERRUBADAS
Ag. Abatedouro
Abate
DERRUBADAS
Ag. Betio
Laticínio
DERRUBADAS
Ag. K.S. Embutidos
Embutidos
DERRUBADAS
Ag. Melado
Melado
DERRUBADAS
Ag. Mulheres
Panificação
DERRUBADAS
Ag. Associação Apicultores
mel
DERRUBADAS
Ag. Abate peixe
Carnes
DERRUBADAS
Ag. Ovos
Ovos
16
55 3551 2614
DERRUBADAS
Ag. Antônio Barsual
cachaça
DERRUBADAS
Ag. Eloi Piassuck
açucar
DERRUBADAS
Ag. Delci Giacominni
cachaça
DERRUBADAS
Ag. Fábio Rigodanzo
cana
DERRUBADAS
Ag. Pedro Sele
cana
MIRAGUAÍ
Ag. Moinho
Farinhas
MIRAGUAÍ
Ag. Afonso Pinho
melado
MIRAGUAÍ
Ag. Afonso Glienke
panificados
MIRAGUAÍ
Ag. Raimundo Hepp
frangos
MIRAGUAÍ
Ag. Abatedouro de Aves
frangos
REDENTORA
Ag. Turra
vinhos
REDENTORA
Ag. Familiar Turra (Nara)
panificados
REDENTORA
Ag. Cleusa
panificados
REDENTORA
Ag. Paulo Ardenghi
panificados
REDENTORA
Ag. Irani Langner
panificados
REDENTORA
Ag. Franscisco Formentini
Laticínios
REDENTORA
Ag. Abatedouro
abate
REDENTORA
Ag. Mauri Maçalai
Melado
REDENTORA
Ag. Orlando Fernandes
Cachaça
REDENTORA
Ag. Sadi Ferrari
mel
REDENTORA
Ag. de Melado
melado
TENENTE PORTELA
Ag. Embutidos Franceschi
Embutidos
TENENTE PORTELA
Ag. Fátima Salla
Embutidos
17
55 3551 2614
TENENTE PORTELA
Ag. João
Embutidos
TENENTE PORTELA
Clóvis Fleck
Queijos
TENENTE PORTELA
Ag. Fábio Jebeluska
Mel
TENENTE PORTELA
Ag. Sandro e Fábio Bolson
Laticínio
TENENTE PORTELA
Ag. José Alberto
Abate Peixes
TENENTE PORTELA
Ag. Júlio Frezze
Abatedouro
TENENTE PORTELA
Ag. Gilmar Beuren
Ovos
TENENTE PORTELA
Ag. Central Cooperativas
Laticínio
TENENTE PORTELA
Ag. Agroindústria Portelense
Laticínio
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Ovos
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Peixes
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Frango
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Panificação
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Polpa de frutas
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Mandioca
TENENTE PORTELA
Ag. Cooperfamiliar
Cerealista
TENENTE PORTELA
Ag. Valdino Kirch
moinho
TENENTE PORTELA
Ag. Gastão Schepp
Melado
TENENTE PORTELA
Ag. Guerra
Sucos
TENENTE PORTELA
Ag. Guerra
Doces
TENENTE PORTELA
Ag. Gross
Melado/álcool
TENENTE PORTELA
Ag. Sorveteria Gross
sorvete
TENENTE PORTELA
Ag. Jorge Vargas
Melado
18
55 3551 2614
TENENTE PORTELA
Ag. Hilário Allas
Conservas
TENENTE PORTELA
Ag. Machado
rapadura (Machado)
TENENTE PORTELA
Ag. Vinhos Carijó
Vinhos
VISTA GAÚCHA
Ag. Darcísio Luiz Patatt
Panificação
VISTA GAÚCHA
Ag. Milton Ferri
Melado
VISTA GAÚCHA
Ag. Vinhos
Vinhos
VISTA GAÚCHA
Ag. Ivandro Pivatto
Melado
VISTA GAÚCHA
Ag. Abatedouro
abate
VISTA GAÚCHA
Ag. Iogurte
Iogurte
BOM PROGRESSO
Ag. De Embutidos
embutidos
BOM PROGRESSO
Ag. Óleos essenciais
óleos essenciais
BOM PROGRESSO
Ag. laticínios Recker
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Grun Willy - Darci C. Scherner
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Grun Willy - Gilberto Voigt
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Grun Willy - Carlos Nass
Scherner
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Grun Willy - Nilo Arnemann
Sobrinho
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Grun Willy - Tarcisio Roque
Scheeren
laticinios
CRISSIUMAL
Ag. Lucca - Celita F. Rambo
polpas
CRISSIUMAL
Ag. Lucca - Olivia K. Lucca
polpas
CRISSIUMAL
Ag. Rodrigo Rambo Lucca
polpas
CRISSIUMAL
Ag. Hubner
cachaça
19
55 3551 2614
CRISSIUMAL
Ag. Hunsche
rapadura
CRISSIUMAL
Ag. Antenor Paulo Fockink
moinho
CRISSIUMAL
Ag. Ilaine Marli Gosenheimer
Feldens
CRISSIUMAL
Ag. Mario Jose Kolling
CRISSIUMAL
Arno Theno Lanz
CRISSIUMAL
Ag. Janete Cristina Eger
CRISSIUMAL
Ag. Marcos Klafke Zimmermann
CRISSIUMAL
Ag. Tarcisio Zimmermann
CRISSIUMAL
Ag. Cristiane Pott Ritter
CRISSIUMAL
Ag. Luiz Antonio Bourscheidt
CRISSIUMAL
Ag. Weber - Conservas Pepino
CRISSIUMAL
Ag. Weber – Vinhos
CRISSIUMAL
Ag. Embutidos Vô Pedro
CRISSIUMAL
Ag. Embutidos Saci
CRISSIUMAL
Ag. Abatedouro Petry
CRISSIUMAL
Ag. Abatedouro São Pedro
CRISSIUMAL
Ag. Abatedouro Boni
CRISSIUMAL
Ag.Mel
CRISSIUMAL
Ag. Laticínios
CRISSIUMAL
Ag. Entreposto ovos
CRISSIUMAL
Ag. Melado Torner
CRISSIUMAL
Ag. Melado Uhry
mel
abate frangos
20
55 3551 2614
CRISSIUMAL
Ag. Moinho
CRISSIUMAL
Ag. Bolacha
CRISSIUMAL
Ag. Panificação
CRISSIUMAL
Ag. Cachaça
CRISSIUMAL
Ag. Peixe
CRISSIUMAL
Ag. Cachaça
CRISSIUMAL
Ag. Massas
CRISSIUMAL
Ag. Ovos de Codorna
CRISSIUMAL
Ag.Cachaça
CRISSIUMAL
Ag. Padaria
CRISSIUMAL
Ag. Açogueiro
CRISSIUMAL
Ag. Hortigranjeiros
CRISSIUMAL
Ag. Massas
ESPERANÇA DO SUL
Ag. Abatedouro
abate/embutidos
ESPERANÇA DO SUL
Ag. Laticínios Santa Mônica
laticinios
ESPERANÇA DO SUL
Ag. De Panificados
Panificados
HUMAITÁ
Ag. Abatedouro
abate suíno/bov
HUMAITÁ
Ag. Abatedouro
abate suíno/bov
HUMAITÁ
Ag. De panificados
panificados
HUMAITÁ
Ag.Entreposto ovos
ovos
HUMAITÁ
Ag. Mandioca
HUMAITÁ
Ag. Vinhos
vinhos
SEDE NOVA
Ag. de vinho Leichtweis
vinhos
21
55 3551 2614
SEDE NOVA
Ag. Vinhos Benetti (Valdormiro)
vinhos
SEDE NOVA
Ag. Erva Mate
erva mate
SEDE NOVA
Ag. Nelson Ritter
TIRADENTES DO SUL
Ag. Abatedouro
abate
TIRADENTES DO SUL
Ag. Laticínios
Laticínios
TIRADENTES DO SUL
Ag. Posto de Leite
resfriar
TIRADENTES DO SUL
Ag. Panificados Esquina Limeira
panificados
TIRADENTES DO SUL
Ag. de Melado
melado
TIRADENTES DO SUL
Ag. Entreposto ovos
ovos
Fonte: EMATER/RS-ASCAR – Regional Ijui
g) Estimativa da participação percentual do APL no total da região e nos respectivos
setores do estado:
Na região celeiro encontram-se distribuídas 20.515 famílias nos 21
municípios, estas famílias compõem uma população total de 143.725 pessoas.
O levantamento apresentado pela Emater/RS-Ascar, aponta para a
existência de 152 agroindústrias distribuídas em todos os municípios da região
celeiro, variando a freqüência em que ocorrem em cada município o que demonstra
que alguns municípios destacam-se nos investimentos em agroindústrias. De modo
geral estes empreendimentos são caracterizados como familiares, estimamos que
estejam envolvidas diretamente em média 4 pessoas/agroindústria, nas atividades
de processamento das matérias primas totalizando 608 pessoas diretamente
envolvidas.
Dentre as 12 cooperativas participantes do arranjo, encontram-se 2.344
associados o que implica em 11,45% das famílias residentes no meio rural,
22
55 3551 2614
vinculadas as cooperativas, estima-se ainda que outras 5,0 % estejam vinculados
as agroindústrias, o que totalizaria algo em torno de 16,45% de famílias
As relações econômicas das agroindústrias que compõem o arranjo com
outros setores da economia são as tradicionalmente reconhecidas, principalmente
com agropecuária na aquisição e/ou fornecimento de matérias-prima, das empresas
fornecedoras de insumos agropecuários e de bens de consumo intermediário, do
comércio varejista e atacadista para comercialização de produtos, além, além dos
chamados mercados institucionais compostos pelas escolas, hospitais e presídios.
Uma boa estimativa da produção comercializada entre as 152 agroindústrias
e 12 cooperativas, pode chegar a um valor bruto da produção de no mínimo R$ 40
milhões, sendo que a renda gerada após descontados o consumo intermediário,
fretes, depreciações é apropriado pelas famílias que compõem estas formas
organizativas de produção dentro do arranjo.
h) Instituições de Apoio:
UNIJUÍ,
UERGS,
IFFarroupilha-campus
Santo
Augusto,
FAISA,
AMUCELEIRO, COREDE CELEIRO, Território Noroeste Colonial, EMATER/RSASCAR, Rede Pesquisa Desenvolvimento – REDE LEITE, Pólo UAB – Três Passos,
ACAMRECE, ROTA YUCUMÃ, SDR, 21ª CORDENADORIA DE EDUCAÇÃO,
CRESOL, SICREDI, BANCO DO BRASIL, BANRISUL, MPA, FETAG,
FETRAF,
MAB, ONG ABRACE, SEBRAE.
i) As agroindústrias
Como vimos anteriormente, tabela 6, o COREDE possui grande quantidade
de agroindustrias familiares, em sua maioria, resultado de politicas publicas de
incentivo, o que caraqcteriza um certo grau de emprededorismo por parte dos
agricultores. Porem se faz necess’ario em muitos casos de um sistema de inspeção
estadual ou federal para vendas em outros municipios, assim como a formação de
uma rede de comercio e distribuição destes produtos.
23
55 3551 2614
j) Programas governamentais:
Os programas governamentais que são utilizados no APL são o Pronaf;
Pronat, Mais Alimentos, SEAF, PAA; SUASA; ATER, Merenda Escolar, Leite gaúcho,
Programa Sabor Gaúcho, Programa Gaúcho do Cooperativismo Rural ( Recoop RS,
Fundo de aval, Extensão Cooperativa, Acompanhamento da Gestão, Reformulação
do Fundopem, Troca operação, apoio a geração/distribuição de energia limpa),
Troca-troca de sementes, RS Mais Igual, Territórios da Cidadania.
2.2 Acessos aos Mercados Internam e Externo
a) As empresas do APL vendem para o mercado interno, apenas em
períodos de maior oferta de produto, parte pode ser destinado ao leite em pó,
produto que é exportado.
b) Além do leite fluido resfriado, produto que apresenta maior volume de
produção, são produzidos ainda feijão, mandioca, conservas, doces, embutidos,
bebidas, açúcar mascavo, ovos, carnes, pescado,, panificados e massas,
artesanato indígena e colonial, frutas, verduras e legumes.
c) Perfil de distribuição dos produtos:
– aproximadamente 90 % do volume de produção de leite fluido é vendido
para indústria após a resfriação..
Comércio varejista: estima-se que 80 % dos outros produtos das
agroindústrias são vendidos ao comércio varejista.
Consumidor final: apenas 20 % dos outros produtos das agroindústrias são
vendidos ao consumidor final em feiras, feiras livres ou venda direta.
d) Marca do APL:
24
55 3551 2614
Existem diversas marcas do APL. Destacam-se as coletivas como a Fonte
Nova e DALACTO e diversas
marcas individuais, de propriedade das
agroindústrias.As marcas Fonte Nova e DALACTO possuem registro, das outras
desconhece-se essa informação.
e) Destino das vendas do APL segundo o local (%):
A maior parte da produção é vendida no mercado local e regional. Poucos
produtos são comercializados para outros Estados como Santa Catarina e Paraná e
em menor número para exportação como é o caso da cachaça.
f) Onde estão localizados os principais concorrentes das empresas do APL:
Os principais concorrentes no campo da produção de leite encontram-se no
exterior, pois o leite é um dos produtos mais subsidiados do mundo favorecem
práticas de concorrências desleais. Em relação aos outros produtos, os
concorrentes localizam-se em outras regiões do Estado ou do país.
2.3 Formação e Capacitação
a) Na ausência de dados precisos, a partir da dos dados oficiais pode-se
inferir que os trabalhadores do APL na sua maioria possuem o ensino fundamental
ou ensino médio, destacando-se os dirigentes das cooperativas ou agroindústrias
com formação em nível técnico ou superior. Saliente-se a iniciativa pioneira
realizada pelas cooperativas e a empresa EMATER/RS-ASCAR na execução do
programa ATER Territorial, quando as cooperativas selecionaram os produtores que
apresentavam maiores deficiências na produção e a empresa ofereceu assistência
técnica para essas famílias.Esse tem sido o grande diferencial dessa organização,
a inclusão produtiva de famílias pobres, excluídas do processo de integração com
as grandes agroindústrias.
b) possuem formação continuada obtiveram
através de cursos de
qualificação ofertados pela extensão rural oficial, instituições de ensino ou pelo
25
55 3551 2614
SEBRAE e SENAR.Os técnicos são formados nas instituições da região ou de
regiões circunvizinhas, como os colégios de Frederico Westphalen e Palmeira das
Missões.Quem possui curso superior realizou na sua maioria nas intituições
comunitárias da região ( UNIJUI e URI), UERGS e faculdades que oferecem cursos
a distância.
c) Instituições e Cursos ofertados
a) Instituto Federal Farroupilha- Campus Santo Augusto
a.1) Cursos técnicos oferecidos:
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Técnico em Alimentos
Anual
35
Técnico em Agropecuária
Anual
35
Técnico em Administração
Anual
35
Técnico em Informática
Anual
35
a.2) Cursos Superiores
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Tecnólogo em Alimentos
Anual
35
Tecnólogo em Agronegócio
Anual
35
b) UERGS
26
55 3551 2614
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Gestão Ambiental
Anual
40
Tecnólogo em Agroindústria
Anual
40
Anual
40
Pós-Graduação
em
Agroecologia
e
Segurança Alimentar
c) Pólo UAB – Três Passos
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Educação do campo
Anual
30
Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento
Anual
30
Rural
d) UNIJUI - Campus Três Passos
Curso
Administração
Tipo de oferta
Nº de vagas
Anual
35
e) FAISA
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Administração
Anual
35
Contabilidade
Anual
35
27
55 3551 2614
f) CRES Bom Progresso
Curso
Técnico em Agropecuária
Tipo de oferta
Nº de vagas
Anual
60
g) Escola Estadual Jorge Feliciano Dalberto - Redentora
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Tecnico em Contabilidade
Anual
35
h) Instituto Estadual de Educação Maria Cristina – Humaitá
Curso
Técnico em Administração
i)
Tipo de oferta
Nº de vagas
Anual
35
Escola Ponche Verde - Crissiumal
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Técnico em Contabilidade
Anual
35
j) Escola Érico Verísssimo –Três Passos
Curso
Técnico em Comércio
Tipo de oferta
Anual
Nº de vagas
35
28
55 3551 2614
k) Escola Cléa Salete Dalberto – Tenente Portela
Curso
Tipo de oferta
Nº de vagas
Anual
60
Técnico em Informática
l) Centro de Treinamento de Agricultores - Cetreb – Bom Progresso
Curso
Tipo de
Nº de
oferta
vagas
Boas Práticas de fabricação – 40 horas
Trimestral 20
Gestão da Produção do Leite – 40 horas
Bimestral
20
Processamento artesanal de carne suína-embutidos - 40 horas Bimestral
20
Panificação e massas- 40 horas
Trimestral 20
Processamento artesanal do pescado – 32 horas
Semestral 20
Processamento artesanal de leite
Bimestral
Básico de Fruticultura – 40 horas
Semestral 20
20
e) Proposta e demanda de capacitação
Temas
- Cursos de cooperativismo para lideranças ( 35 vagas) 5 turmas
- Pós-graduação Segurança Alimentar e Agroecologia (40 vagas) Anual
- Cursos de gestão da produção (35 vagas) 5 turmas
- Cursos de gestão contábil de cooperativas (35 vagas) 5 turmas
29
55 3551 2614
- Curso de Boas Práticas de Fabricação (35 vagas) 5 turmas
- Curso de Tecnologia de Laticínios (35 vagas) 5 turmas
- Curso de Tecnologia de Derivados Cárneos (35 vagas) 5 turmas
- Curso de Tecnologia de Cereais e Panificação (35 vagas) 5 turmas
- Curso de Tecnologia de Frutas e Hortaliças (35 vagas) 5 turmas
- Curso de Controle da Qualidade da Cadeia do Leite (rastreabilidade)35
vagas (5 turmas)
- Curso de Operadores de Caldeiras 35 vagas (2 turmas)
2.4 Coordenação e Cooperação
a) As empresas do arranjo, especialmente as cooperativas, desde o ano de
2005 estão reunidas num fórum regional das cooperativas. Além desse fórum,
participam da setorial da agricultura familiar no programa Territórios da Cidadania,
onde a partir das bases de serviços organizaram um encontro estadual com mais
de 110 cooperativas em Ijui no ano de 2011. Além dessa organização mais setorial e
política, organizam-se na Associação Gaucha
de Empreendimentos Lácteos –
AGEL desde o ano de 2008, onde 17 cooperativas buscam congregar, orientar e
assistir, instruir e estimular a cooperação entre as empresas associadas, no tocante
a organização empresarial, prospecção de novos mercados e clientes, eficiência na
aquisição
de
produtos,
mercadorias
e
serviços,
auxílio
na
produção
e
comercialização de bens e serviços, publicidade conjunta, registro de marca e nome
comercial, avaliação de questões de natureza ambiental, logística comercial,
administrativa e jurídica. A AGEL registrou a marca DALACTO no INPI, mas sofreu
uma ação contestatória por parte da Nestlé, o que atrasou a utilização da mesma na
comercialização dos produtos.
30
55 3551 2614
g) Relações com organizações locais:
As cooperativas tem em sua cultura o fomento e apoio a iniciativas culturais
que visem integração de seu quadro social com a comunidade do entorno, bem
como buscam iniciativas de fomento ao comercio justo e solidário.
2.5 Investimento e Financiamento
a) Tendência recente do desempenho econômico das empresas do APL:
As Cooperativas da Agricultura Familiar tem tido um grande incremento nos
últimos anos, devido principalmente a adesão aos programas governamentais de
políticas publicas como PAA e PNAE.
Com a estruturação dos Postos de Resfriamento e Industrialização de leite
em andamento em Tenente Portela teremos um ganho significativo no poder de
barganha perante grandes empresas compradoras assim como será possível
entregar leite e derivados aos mercados institucionais e formais.
b) Em quais, das seguintes áreas, as empresas do APL têm investido:
No último período os investimentos tem se concentrado na instalação da
planta da Central Yucumã e investimentos em logística de transportes, uma vez que
quase que a totalidade dos fretes estão em mãos de terceiros.
2.6 Tecnologia e Inovação
Outro projeto importante existente na região é o Projeto Rede Leite que
participam a EMBRAPA Pecuária Sul, EMBRAPA Clima Temperado, Unijui, Unicruz,
IFFarroupilha, FEPAGRO, CESNOR-UFSM, COTRISA e COOPEFAMILIAR cujo
objetivo principal é contribuir para o fortalecimento e viabilidade da agricultura
familiar, a partir da geração de conhecimento em um processo de integração entre
pesquisadores, extensionistas e agricultores. Para tanto, busca-se observar e
31
55 3551 2614
constatar a realidade, para gerar conjuntamente alternativas e soluções visando à
melhoria dos processos em nível de produtor rural e dos produtos oriundos dessas
atividades, principalmente o leite.
2.8 Sustentabilidade Ambiental
Segundo o Censo Agropecuário de 2006, onde mostra claramente que na
agricultura familiar existe mais preservação, mais cobertura florestal e mais respeito
ao meio ambiente. Mostra também que produz mais e com mais eficiência, sem
necessariamente destruir nosso entorno.
Esta constatação se deve as praticas de cultivo amplamente utilizadas pela
agricultura familiar, como a produção de leite a pasto, minimizando a entrada de
insumos externos, a utilização dos resíduos como fertilizantes. Estas e outras
praticas não são minimizam custos produtivos como evitam a degradação
ambiental. Cabe lembrar que as ações de ATER em andamento no território
difundem estas praticas conservacionistas entre seus assistidos, sócios das
cooperativas.
Além das praticas já citadas podemos afirmar que o Governo Federal vem
tomando uma série de iniciativas legais para facilitar a vida dos agricultores e
proteger o meio ambiente entre elas, enviou ao Congresso Nacional, no dia 5 de
junho de 2009 o projeto de Lei nº. 5.487/2009, que Institui a Política Nacional dos
Serviços Ambientais, e o Programa Federal de Pagamento por Serviços
Ambientais; Publicou no dia 8 de setembro de 2009 as Instruções Normativas 03,
04 e 05; Assinou no dia 10 de dezembro o decreto nº. 7.029 que institui o Programa
Federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, chamado de
"Programa Mais Ambiente" e remeteu resolução ao Conselho Nacional do Meio
Ambiente - Conama, reconhecendo a Agricultura familiar com prestadora de
relevante serviço de interesse social.
32
55 3551 2614
Nas agroindústrias do arranjo praticas semelhantes são aplicadas , pois os
resíduos são absorvidos nas propriedades e/ou entorno.
2.8 Relações Sociais e Culturais
Nas décadas de setenta e oitenta a agricultura familiar base da economia da
região passou por significativas mudanças o que desencadeou o êxodo rural e
transformações no setor produtivo primário e na economia dos pequenos
municípios da região. Já na década de noventa algumas iniciativas surgiam como
forma de enfrentar tais problemas, uma delas foi o inicio do processo de
agroindustrialização e a diversificação de atividades e de renda. Tais iniciativas
começaram e já enfrentaram problemas como a comercialização.
A partir desta realidade passam a ser realizadas nos municípios do Território
feiras voltadas à exposição e venda de produtos, sendo apontada como uma forma
tornar conhecidos os produtos locais melhorando a relação em produtores e
consumidores e a imagem dos produtos e a auto estima da comunidade e descobrir
potencialidades de produção e de mercado. Com isso surgiu no ano de 2000 a
primeira edição do evento chamado de MOSTRA DOS PRODUTOS DA NOSSA
TERRA, com a participação de 37 expositores de quatro municípios da microrregião
de Tenente Portela.
Outra iniciativa foi a Agroceleiro, realizada em Três Passos, que tem dentre
os principais objetivos fazer da preservação do Meio Ambiente fonte inesgotável de
apoio ao desenvolvimento e aumento de produtividade do Setor Primário de
produção. Através de parceria com cinco universidades públicas e particulares,
outras instituições voltadas para o ensino e empresas o que há de mais inovador no
setor do agronegócio. Com palestrantes com formação e experiência voltada para o
desenvolvimento, sustentabilidade, tecnologia e gestão abordando temáticas de
interesse público. A Agroceleiro busca encurtar as distâncias entre o produtor rural
33
55 3551 2614
e as novas tecnologias em equipamentos, genética, gestão do agronegócio e
sustentabilidade.
34
55 3551 2614
3. Ações Realizadas e Em Andamento
Ação
Descrição
Estudo
da Estudo
realizado
Cadeia
do visando compreender
Feijão
a Cadeia do Feijão no
território
Estudo
da Estudo
realizado
Cadeia
da visando compreender
Fruticultura
a
Cadeia
da
Fruticultura
no
território
Estudo
da Estudo
realizado
Cadeia
do visando compreender
Leite
a Cadeia da Leite no
território
PAA
Programa
de
Aquisição
de
Alimentos
PNAE
Programa Nacional de
Alimentação Escolar
Programa
Redes
de
Cooperação
Programa
Território da
Cidadania
Organizar as cadeias
por
segmento
produtivo.
Promover o debate
para
construir
alternativas
de
desenvolvimento
regional
Projeto
Petrobras
Trabalha a inclusão
social e geração de
renda para 600
pessoas na Terra
Indígena do Guarita e
entorno
Assistir
4000
agricultores
no
território
Noroeste
Colonial
Assistir
330
agricultores em 21
ATERTerritorial
ATERTerritorial
Público Alvo
Coordenação
Indígenas e Território
da
Agricultores
Cidadania
Familiares
Execução
Assessoria
Contratada
Agricultores
Familiares
Território
Cidadania
da
Assessoria
Contratada
Agricultores
Território
Familiares e Cidadania
Cooperativas
da
Assessoria
Contratada
Agricultores
e
Famílias
em estado de
miséria
Agricultores
Familiares e
Escolas
Pequenas e
médias
empresas
Municípios
do COREDE
Médio
Alto
Uruguai
e
parte
do
COREDE Rio
da Várzea
Indígenas e
Agricultores
Familiares
Cooperativas,
CONAB/MDS
Cooperativas
Cooperativas e
Coordenadoria
de Educação
Governo
do
Estado - SDPI
Cooperativas
UNIJUÍ
Governo
Federal- MDA
Entidades
Regionais
Cooperfamiliar
Cooperfamiliar
Cooperativas EMATER
e Agricultores
Familiares
Cooperativas Cooperfamiliar
e Agricultores
EMATER
Cooperfamiliar
35
55 3551 2614
municípios
do
Território
Noroeste
Colonial
Plano
de Planejamento
Desenvolvim Estratégico
para
ento
desenvolvimento do
Territorial
Território
da
Cidadania Noroeste
Colonial
Programa
Programa Estadual de
Leite Gaúcho Fortalecimento
da
bacia Leiteira
Rede Leite
Rede de Pesquisa e
Desenvolvimento da
bacia Leiteira
Familiares
34
municípios
Território
Cidadania
da
Cooperativas
e Agricultores
Familiares
Cooperativas Entidades
de
e Agricultores ensino,
Familiares
pesquisa
e
extensão
Plano
de Planejamento
Duas
Território
da
Desenvolvim Estratégico
para Comunidade Cidadania
ento
desenvolvimento das s Indígenas
Territorial
terras indígenas do
Indígena
Guarita e Ynhacorá
Central
de Construção de posto Cooperativas Cooperfamiliar,
Cooperativas de resfriamento e e Agricultores Coopertenpo,
Yucumã
Industrialização
de Familiares de Cooperguarita,
leite
10
Coopervista
e
municípios
Cooperyucumã
Programa
- RECOP-RS
Cooperativas Programa
Gaúcho do - Fundo de Aval do
Gaúcho
do
Cooperativis Cooperativismo
Cooperativismo
mo Rural
Programa
de
Rural
Extensão Cooperativa
– PEC/RS
- Programa
de
Acompanhamento da
gestão
- Programa
PróCooperação
- Programa de Apoio
a geração/Distribuição
de Energia Limpa
- Reformulação do
FUNDOPEM
Programa
Programa Estadual de Cooperativas SDR/Governo
Irrigando a fomento à Agricultura e Agricultores do Estado
Agricultura
Familiar
Familiares
Familiar
Governo
Federal,
Estadual e
Municipal e
entidades
Entidades de
ensino,
pesquisa e
extensão
Governo
Federal,
Estadual e
Municipal e
entidades
Cooperfamiliar,
Coopertenpo,
Cooperguarita,
Coopervista e
Cooperyucumã
Governo do
Estado, BRDE,
Banrisul e
Badesul
Governo do
Estado
36
55 3551 2614
Rede Brasil
Rural
BB-DRS
Programa da
Agroindústria
Familiar
Selo Sabor
Gaúcho
Visa
fortalecer
a
Agricultura
Familiar
aproximando produtor
e consumidor final
Programa
de
Desenvolvimento
Rural Sustentável
Programa
de
Assistência Técnica e
Apoio
a
Agroindústrias
Programa
de
Apoio
a
Agroindústrias
Cooperativas MDA
e Agricultores
Familiares
MDA/Governo
Federal
Cooperativas Banco do Brasil
, Entidades e
Associados
Cooperativas SDR/ Governo
, Entidades e do Estado
Associados
Cooperativas e
Agencias do BB
Cooperativas SDR/ Governo
, Entidades e do Estado
Associados
SDR/ Governo
do Estado
SDR/ Governo
do Estado
37
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4. Ações Previstas
a) Denominação:
Implantação de um Sistema de Informação de Gestão (SIG) na AGEL
b) Descrição:
Um sistema de informação composto por todos os componentes que
recolhem,
manipulam
e
disseminam
dados
ou
informação.
Incluem-se
tipicamente hardware, software, pessoas, sistemas de comunicação como linhas
telefônicas, e os dados propriamente ditos. As atividades envolvidas incluem a
introdução de dados, processamento dos dados em informação, armazenamento
de ambos, e a produção de resultados, como relatórios de gestão
c) Impacto:
Contribuir na dinamização e transparência na entidade, oferecendo suporte de
gestão aos dirigentes e associados.
d) Coordenação: AGEL
e) Execução: Técnicos da AGEL.
f) Resultado esperado:
Apresentar aos gestores e associados um sistema que de suporte funcional à
decisão
e ao
planejamento
estratégico,
monitoramento
de
desempenho,
documentação do desenvolvimento histórico e perspectivas de evolução da APL.
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5. Desafios e Oportunidades de Desenvolvimento
Descreva os principais potenciais e oportunidades que justifiquem a inclusão do
APL no Programa Estadual:
a) O arranjo caracteriza-se pela sua capilaridade em todos os municípios da região,
pelo esforço de inclusão produtiva de famílias que estão abandonadas pelas
cooperativas tradicionais, pela regulação do preço do produto leite, pela distribuição
dos ganhos da atividade diretamente aos agricultores, pelo desenvolvimento de
novos produtos, pela criação ou disputa de novos mercados e um reforço na cultura
regional através de produtos com traços característicos da culinária e tradição
alimentar local.
b) Pontos positivos: Grande número de agricultores envolvidos, famílias com baixa
produção e boa capacidade de expansão produtiva, cooperativas com grande
legitimidade junto a sua base, bom número de instituições que apoiam o arranjo,
possibilidade de ampliação e qualificação da oferta de produtos, mercados locais e
institucionais pouco explorados.
Pontos negativos: formação de lideranças, gestão contábil e administrativa com
sérias deficiências, pouco capital de giro, dificuldade de acesso a políticas públicas,
dívidas das cooperativas, volume pequeno de produção em alguns sócios.
c) Obstáculos a serem superados: melhorar volume e qualidade dos produtos,
ações de compra de insumos e venda de produtos de forma coletiva, melhorar a
gestão das cooperativas.
d) Desafios a serem alcançados: saneamento financeiro das cooperativas, melhoria
na logística de recolhimento, funcionamento do posto de resfriamento e
agroindústria, consolidação da marca no mercado regional.
39
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e) Oportunidades a serem conquistadas. Ampliar a participação nas compras
governamentais, especialmente PAA e alimentação escolar.
Abaixo a Matriz FOFA realizada no planejamento estratégico realizado pela AGEL:
1.
2.
3.
4.
Mão-de-obra qualificada;
Fortalece agricultura familiar
Posição geográfica
As pequenas cooperativas
são responsáveis por R$
0,10 a R$ 0,15 a mais por
litro de leite;
5. Boa convivência;
6. Sabem produzir;
7. Domínio da atividade.
FRAQUEZAS
OPORTUNIDADES
1.
2.
3.
4.
Entrega rápida;
Formação da Rede;
Buscar novas parcerias;
Aumentar o poder de
barganha;
5. Tradição no mercado;
6. Fortalecimento da relação com
os fornecedores;
7. Aumentar a fatia de mercado;
8. Possibilidade de organização;
9. Negociação em conjunto;
10. Parceria com fornecedores;
11. Projeto Plataforma;
12. O leite é um ganho mensal
para a agricultura familiar;
13. Troca de informações;
14. Assistência técnica grupal.
AMEAÇAS
EXTERNO – NÃO ESTÁ SOB O CONTROLE DA
EMPRESA
INTERNO – ESTÁ SOB O CONTROLE DA EMPRESA
FORÇAS
40
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1. Fazer parcerias;
2. Baixo poder de barganha
3. Treinamento dos associados;
4. Mudança de paradigma;
5. Comprometimento do grupo;
6. Manter os associados;
7. Preço dos insumos;
8. Falta de consenso;
9. Entender o mercado;
10. Falta de articulação dos
pequenos produtores;
11. Falta de resfriamento do leite
12. Setor complicado;
13. Melhoria das informações;
14. Falta de caminhões para o
frete;
15. Logística tanto na coleta
como na entrega do produto;
16. Venda de leite in natura;
17. Qualidade do Leite;
18. Sanidade animal;
19. Baixo capital de giro.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Falta de capital de giro;
Falta da política para o setor;
Baixa no preço do leite;
Concorrência desleal;
Competitividade desleal de
preços;
Oportunismo dos freteiros;
Assédio das grandes
corporações;
Extensão Rural;
Crise mundial.
41
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6. Resultados Esperados
A partir deste APL espera-se estruturar e fortalecer as organizações da
Agricultura Familiar em torno dos preceitos do Comercio Justo e Solidário..
_______________________________
Fernanda Weber
UERGS
_______________________________
Jesson Marchesan
CODETER Território da Cidadania Noroeste Colonial
______________________________
Julio Cesar Paris
EMATER/RS-ASCAR
_______________________________
Paulo Roberto V. Goellner
Cooperfamiliar
_______________________________
Tarcísio Samborski
IFFarroupilha- campus Santo Augusto
_______________________________
Valmor Machado Soares
AGEL
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APL Agroindustria Familiar - Região Celeiro - AGDI

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