Anais III IC - Ano 2013 - IFPB
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Anais III IC - Ano 2013 - IFPB
III ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E II ENCONTRO DE PESQUISADORES DO IFPB CAMPUS SOUSA 12 DE DEZEMBRO DE 2013 COMISSÃO ORGANIZADORA Portaria nº 59 de 13 de setembro de 2013) Antônio Alves de Sousa Junior Ednaldo Barbosa Pereira Junior Eliezer da Cunha Siqueira Francisco Roserlândio B. Nogueira Hanniman Denizard C. Barbosa Hugo Vieira Inez Liberato Evangelista Iris Braz da Silva Araújo Juliana Gouveia de Amorim Nunes Lúcia Mara Figueiredo Manoel Barbosa Dantas Maria Aparecida A. Sobreira Carvalho Richardson Correia Marinheiro COMITÊ TÉCNICO CIENTÍFICO Ciências Exatas e da Terra Hanniman Denizard Cosme Barbosa (Coordenador) Ciências Biológicas Eliane Queiroga de Oliveira (Coordenadora) Engenharias Hanniman Denizard Cosme Barbosa (Coordenador) Ciências da Saúde Richardson Correia Marinheiro (Coordenador) Ciências Agrárias Francisco Roserlândio Botão Nogueira, Hugo Vieira e Iris Braz da Silva Araújo (Coordenadores) Ciências Sociais Aplicadas Aquiles Herbert Machado (Coordenador) Ciências Humanas Maria Aparecida A. Sobreira Carvalho (Coordenadora) Linguística, Letras e Artes Sayonara Abrantes de Oliveira (coordenadora) APOIO TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO Antônio Alves de Sousa Junior e Juliana Gouveia de Amorim Nunes SUMÁRIO CIÊNCIAS AGRÁRIAS ................................................................................ 04 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ............................................................................. 32 CIÊNCIAS DA SAÚDE ............................................................................... 35 CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ................................................................ 40 CIÊNCIAS HUMANAS............................................................................... 51 ENGENHARIAS ........................................................................................ 58 CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ................................................................ 69 CIÊNCIAS AGRÁRIAS III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa A literatura de cordel como instrumento pedagógico de apoio ao processo de formação/educação com agricultoras e agricultores familiares da Paraíba 1 Francisco Jocélio C. Souza , Francisco Roserlãnido B. Nogueira 2* 1 Aluno do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email:[email protected],br* Palavras-chave: Agroecologia, Introdução O desenvolvimento de atividades de formação com agricultoras e agricultores familiares é um processo de educação que, para ser eficiente exige diálogos cada vez mais bilaterais entre a instituição de ensino e famílias agricultoras, quando os conhecimentos científicos apresentados como ideias não são apenas transferidos, mas sim interagem com os saberes locais, gerando um novo conhecimento, culturalmente contextualizado. Nesta perspectiva Nogueira (2013) cita que é possível adotar elementos culturais –música, poesia, pintura, teatro etc. – como material didático/pedagógico para apoiar o processo de ensino-aprendizagem e trazer novos rumos para a educação, sendo a literatura de cordel um elemento que pode ser usado nesse processo. Assim a literatura de cordel significa o estudo da poesia rimada e relação que aproxima pessoas e que pode transformar a forma de seu pensamento para o desenvolvimento e suas relações. Metodologia Cordel, Educação, Extensão as quais são criados e manejados os animais, sob um conjunto de fatores que levam esses rebanhos a apresentarem baixa produtividade e como as famílias podem fazer intervenções para melhorar a forma de criação e/ou produção de maneira geral em suas comunidades. Quadro 1. Cordel “Os caminhos dos vermes Na criação de animais Sobre a qual vamos falar, As mudanças alteraram O manejo alimentar. Devastada a caatinga, Sobrou pouco pra pastar. A diversidade nativa Serve de alimentação, Serve também de remédio, Pois na sua composição Tem algumas substâncias Para a vermifugação. FONTE: Nogueira 2013 Conclusões A literatura de cordel como ferramenta de suporte no processo de ensino aprendizagem de famílias agricultoras permite a construção de um novo conhecimento e amplia as suas relações sócio-culturais. Referências A adoção do cordel como instrumento pedagógico para apoiar processos de formação/educação com agricultores e agricultoras familiares surgiu da necessidade de mobilizar conhecimento para a melhoria da produção de base agroecológica. Os cordéis foram elaborados dentro da estrutura poética de seis linhas com sete sílabas e rimas alternadas, rimando o segundo verso com o quarto e sexto e imagens ilustrativas que ajudam a estimular o pensamento sobre o assunto abordado Os folhetos tratam de temas que fazem parte do cotidiano dessas famílias como vermes, carrapatos e bem estar animal por exemplo. NOGUEIRA, F. R. B. I Seminário Nacional de Educação em Agroecologia, 2013. http://sneagroecologia.blogspot.com.br/ SILVA, S.P. et all. Encontro de vista, 5ª ed. UFRPE, 1985. Agradecimentos Ao CNPq processo Resultados e Discussão A literatura de cordel é apresentada como um viés social que abrange inúmeros aspectos do nordeste, SILVA (2013). As estrofes citadas no quadro 1, trazem informações sobre as condições 4 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICAS DA PIMENTA MALAGUETA (Capsicum frutescens) EM DIFERENTES TIPOS DE CONSERVA 1 Maria de F. Gomes , Miguel W. Andrade*², Raniere A. Queiroga², Damião J. Gomes², Heloiza C. Barreto³ 1 Tecnóloga em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Técnicos administrativos do IFPB – Campus Sousa, e-mail*:[email protected];[email protected] [email protected] 3 Professora de Agroindústria,Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: pimenta, conserva, análises. Introdução Algumas pimentas raramente são encontradas no comércio, na forma de frutos in natura, pois o processo de engarrafá-las no meio rural está se tornando cada vez mais intenso. Em algumas regiões com tradição no cultivo destas espécies, existem pequenas indústrias que fazem o processamento utilizando, principalmente, o álcool e a cachaça (SANTOS et al., 2008). Na fabricação do molho de pimenta não há uma prioridade com relação à qualidade final do produto, pois os fabricantes colocam no mercado um produto recémfabricado sem importar-se com as alterações ocorridas ao longo do tempo. O trabalho aqui apresentado enfatiza a importância de desenvolvimento de um produto a base de pimenta, onde a sua estabilidade possa estar de acordo com os padrões físico-químicos e microbiológica de forma a tender as expectativas do consumidor mais exigente. Metodologia Elaborou-se o molho de pimenta malagueta no Laboratório de processamento de frutas e vegetais do setor da Agroindústria (IFPB). Foram utilizados nos conservantes da pimenta, os seguintes tratamentos: T1: vinagre; T2: aguardente de cana-de-açúcar; T3: leite bovino e; T4: soro de leite bovino. As pimentas foram selecionadas, pesadas, lavadas com água potável, sanitizadas com solução de hipoclorito de sódio 0,5ml/L, por 10 minutos e enxaguadas. Em seguida, as formulações foram preparadas, adicionadas aos conservantes do molho, acondicionadas em garrafas de vidro vedado e esterilizado com água fervente por 10 minutos, resfriados e rotulados. Foram realizadas análises microbiológicas de rotina, visando verificar contaminação. As análises físico-químicas foram realizadas em triplicata, segundo a metodologia descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005). Os dados coletados foram analisados para a determinação do desvio padrão, com o objetivo de se verificar em qual tipo de conserva houve maior variação em torno da média. Resultados e Discussão A pimenta em vinagre e em aguardente apresentou o menor desvio padrão, quanto ao pH, mostrando-se um produto estável ao longo do tempo de observação. Os resultados das análises microbiológicas durante o processo de fabricação das conservas, nos quatro tratamentos expressos no T0 indicaram a manipulação de alimentos em ótimas condições higiênicas, por não apresentarem contaminação. A conserva em leite expressou condições desfavoráveis para a sua obtenção, pois apresentou fermentação elevada e contaminação ao longo do período de armazenamento. Os resultados mostram uma estabilidade nas leituras de acidez, em função do tempo das análises, com a ocorrência de pouca variação em torno das leituras, com exceção para o molho com vinagre e leite. Observase quanto ao pH, que a pimenta com vinagre e aguardente apresentaram menor desvio em torno da média, cujos valores foram de 3,44 e 5,44, respectivamente. A conserva de pimenta com aguardente, que apresentou valor médio de 13,99 °Brix; muito próximo ao encontrado em outros trabalhos com pimenta Conclusões Durante o período de análise físico-química, o a pimenta em conserva de aguardente, foi a que apresentou maior uniformidade e estabilidade nos parâmetros acidez titulável e pH, respectivamente, bem como o maior teor de sólidos solúveis expressos em ° BRIX, sendo o mais indicado para processos agroindustriais. Referências SANTOS, J.A.B.; SILVA, G.F.; OLIVEIRA, L. C. Avaliação dos Capsaicinóides em Pimentas Malagueta. Revista Eletrônica da FJAV. Ano I, nº 2, ISSN 1983-1285, 2008. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 5 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa APROVEITAMENTO DO MIOLO DO CAULE DO MAMOEIRO COMO MATÉRIA PRIMA NA FABRICAÇÃO DE DOCE EM CALDA 1 2 3 4 Francisca. A. Pereira , Mônica S. Guedes , Samara C. Sousa , Cleide S. Melo , Sônia P. A. Oliveira *5 1 Francisca de Araujo Pereira , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Mônica Stefany Guedes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Samara Coura de Sousa, , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 4 Cleide Sarmento de Melo, , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 5 Sônia Paula Alexandrino de Oliveira , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected] Palavras-chave: Doce em calda, mamoeiro improdutivo, matéria-prima. Introdução O aproveitamento do caule do mamoeiro retirado de plantas improdutivas ou que não produzem frutos de valor comercial (plantas masculinas e femininas), assim como plantas que estejam no final da produção, na fabricação de doces seria uma das alternativas práticas, fácil e lucrativa para a complementação de renda familiar, além de ser uma alternativa para diminuir os problemas fitossanitários causados pelos resíduos gerados pelo desbaste das plantas improdutivas. Conhecimentos da gastronomia popular e regional trazem o miolo do caule do mamoeiro como excelente matéria prima para a fabricação de um doce exótico, muito apreciado e de sabor muito semelhante ao doce feito com o próprio mamão. Por esses motivos, o trabalho teve como objetivo desenvolver a formulação e traçar o perfil físicoquímico de doces produzidos com miolo extraído do caule do mamoeiro. Metodologia Os caules coletados dos mamoeiros improdutivos foram higienizados, descascados e o miolo obtido foi ralado e submetido ao branqueamento antes de ser utilizado. O miolo do caule do mamoeiro e o doce foram submetidos à análises do pH, acidez, cinzas, proteínas e umidade. Todas as análises foram feitas em triplicata e determinadas conforme a metodologia citada por Instituto Adolfo Lutz (2008). Resultados e Discussão Tabela 1. Características físico-químicas do miolo do caule do mamoeiro e doce em calda de miolo do caule do mamoeiro. Acidez Proteínas Umidade Cinzas *(%) (%) (%) (%) MIOLO 5,7±0,2 0,94±0,0 0,5 ±0,12 91,4±0,5 1,4±0,3 pH DOCE 5,8±0,08 1,07±0,1 0,5±0,05 33,5±0,1 0,9±0,0 convencionais, visto que esse tipo de produto somente é difundido na culinária regional, não sendo até agora alvo de interesse cientifico e tecnológico. No entanto, as características físicoquímicas do miolo do caule do mamoeiro são bastante semelhantes a outro tipo de miolo extraído do caule de plantas muito largamente industrializado e consumido, o palmito (YUYAMA et al., 1999; BERBARI et al., 2008; HIANE et al., 2011) o que pode ser um indicativo da qualidade desse produto como matéria-prima favorável na produção de alimentos.Não há legislação vigente que defina os Padrões de Identidade e Qualidade para os doces produzidos com outras partes de plantas além dos frutos. Conclusões De acordo com as características físico-químicas do miolo do caule do mamoeiro, o mesmo é favorável a sua utilização como matéria-prima alimentícia para produção de doces e outros produtos. Verifica-se também que o doce produzido a partir do miolo extraído do caule do mamoeiro possui uma grande chance de se expandir no mercado, principalmente devido ao seu sabor e odor ser muito semelhante ao do doce feito com mamão verde. Referências BERBARI, S. A. G.; PRATI, P., JUNQUEIRA, V. C. A. Qualidade do palmito da palmeira real em conserva. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(Supl.): 135-141, dez. 2008 HIANEI, P.A; SILVA, V. C. F.; FILHO, M.M.R; RAMOS, M. I. L.; CAMPOS, R. P.; Caracterização química do palmito guariroba in natura e congelado. Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.6, p.1082-1087, jun, 2011. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 4. Ed., 1° Ed. Digital, São Paulo: IMESP, p. 1020. 2008 YUYAMA, L. K.O. ; AGUIAR, J. P.L.; YUYAMA, K. ; MACEDO, S. H. M.; FÁVARO, D. I. T. ; AFONSO, C.; VASCONCELLOS, M.B. A., Determinação de elementos essenciais e não essenciais em palmito de pupunheira. Hortic. bras., v. 17, n. 2, jul. 1999. *Acidez expressa em ácido cítrico Há uma grande dificuldade no levantamento de dados sobre as características físico-químicas de do miolo e do doce feito com miolo de caule de mamoeiro, assim como outros doces não 6 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa APROVEITAMENTO INTEGRAL DO LIMÃO TAITI (Citrus latifolia tanaka) NA FABRICAÇÃO DE GELEIAS UTILIZANDO A PECTINA DA CASCA DA LARANJA. 1 Luciana S. de Abreu , Milenne P. Alves², Heloiza C. Barreto*², João F. Neto 3, Raniere A. Queiroga³ 1 Alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa (IFPB Sousa), e-mail: [email protected]; [email protected] ² Professora do curso técnico em Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]; 3 Técnicos do setor de agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected] Palavras-chave:Limão,geleia,processamento Introdução O processamento do limão em forma de geléia tem como finalidade aproveitar a fruta na sua totalidade (casca e sumo), e ainda utilizar um tipo de pectina natural extraída da laranja, como forma de oferecer ao consumidor um produto com características naturais e nutritivas, uma vez que o limão possui na sua composição algumas vitaminas e minerais importantes para saúde. Várias pesquisas têm demonstrado que a pectina, uma fibra solúvel muito utilizada como geleificante na indústria de doces e as cascas de frutas cítricas são as maiores fontes de fibras solúveis. No caso da laranja, as partes que compõem a pectina são: o flavedo, parte externa e colorida da casca; o albedo, porção interna e esbranquiçada e esponjosa da laranja, gomos revestidos por uma membrana e preenchidos por pequenos sacos de sucos e sementes. (COELHO, 2008). Como forma de aproveitar essas cascas, optou-se por extrair a pectina desta fruta, e assim, utilizá-la na fabricação das geléias. Utilizar o alimento em sua totalidade significa mais do que economia pode-se dizer que seria usar os recursos disponíveis sem desperdícios, reciclando e respeitando a natureza. (BRANDÃO, 1996 ). Desta forma, este trabalho teve como objetivo aproveitar integralmente o limão evitando o desperdício. Metodologia As frutas (limões) foram colhidas no setor de fruticultura do Campus e transportadas para o setor de processamento de frutas do IFPB Campus Sousa, sendo submetido aos processos de lavagem/desinfecção, depois cortado ao meio para retirada do suco do qual foi feito as geleias tipo (1 e 2 ) e as cascas foram submetidas ao cozimento e trituradas, para realização de outro tipo de geléia (2 e 3). Nos dois tipos de geléias, foi utilizada a pectina natural da casca de laranja. Para o desenvolvimento das geléias usou-se as seguintes formulações: Tabela 1: Geléia tipo 1 geleia da casca do limão F1 F2 Polpa da casca do limão 50% 60% Açúcar 50% 40% Tabela 2: Geléia tipo 2 geleia do suco do limão F3 F4 Suco do limão 50% 60% Açúcar 50% 40% Conclusões O produto apresentou um boa aparência e textura agradável, podendo ser uma alternativa de geração de renda para a agricultura familiar uma vez que na nossa região ainda não existe no comércio, esse tipo de produto. O Trabalho destacou ainda, a importância do aproveitamento integral do limão evitando o desperdício. Referências BRANDÃO, C. I.; BRANDÃO, R. F. Alimentação Alternativa, Centro de Pastoral Popular. Editora Redentorista. Brasília. 1996. COELHO, M. T. PECTINA: Características e Aplicações em Alimentos Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. 1998. 7 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa AVALIAÇÃO DA Luffa operculata COMO CARRAPATICIDA SOBRE Rhipicephalus (Boophilus) microplus 1 2 2 2 Francisco A. de S. Segundo , Roberta de A. M. S. Beltrão , Mônica S. de Sousa , Wellida K. L. Clementino , 3 Inez L. Evangelista 1 Bolsista de Iniciação Científica do CNPq e aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Voluntária de Iniciação Científica do CNPq e aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: 3 Professora de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: Luffa operculata, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, Carrapaticida. Introdução Os carrapatos da espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus possuem grande importância principalmente na bovinocultura, onde através de sua ação vetora de doenças como a Babesiose e Anaplasmose causam grandes prejuízos, assim como o próprio tratamento para controle dos carrapatos com carrapaticidas industrializados, isso faz com que a procura pro tratamentos alternativos por parte dos produtores aumente (COSTA et al., 2011). A Luffa operculata conhecida como cabacinha é distribuída por todo o território nacional e é natural da região Nordeste. Objetivou-se no trabalho avaliar a atividade carrapaticida da Luffa operculata sobre Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Conclusões Com a avaliação da Luffa operculata espera-se que se possa determinar e caracterizar a eficácia do produto utilizado popularmente como carrapaticida servindo de ponto de partida ou para a descaracterização do seu uso ou o direcionamento para uma sequência de estudos direcionados a farmacologia. Referências COSTA, V. M. M., RODRIGUES, A. L., MEDEIROS, J. M. A., LABRUNA, M. B., SIMÕES, S. V. D. & RIET-CORREA, F. Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesquisa Veterinária Brasileira. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos. 31(3):239-243, março 2011. Metodologia Os frutos da Luffa operculata foram provenientes de coleta em propriedades rurais da região do sertão paraibano. As teleógenas dos carrapatos foram coletadas de um animal especialmente infestado para a pesquisa, onde as larvas não possuíam doença alguma, o animal era mantido em sombra com comida e água a vontade. O extrato da Luffa operculata que foi utilizado foi obtido com 200g do fruto seco sem sementes, onde foi submetido a maceração e o liquido extrator foi o álcool etílico a 70%, as diluições foram feitas com solução salina a 0,9% onde as concentrações utilizadas foram de 0,5; 1,0; 10,0; 25,0; 50,0; até 100,0%. As teleógenas foram divididas em 7 grupos onde 6 receberam as extrações de Luffa operculata e 1 grupo recebeu um carrapaticida industrial, foram avaliados dados como a eficiência reprodutiva, eficiência do produto, período de postura, período de incubação, período de eclosão e percentual de eclosão de ovos. 8 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DA POLPA DO MARACUJÁ-AMARELO APÓS DIFERENTES FORMAS DE ARMAZENAMENTO 2 Rafael G. Batista¹, Janaína G. Santos¹, Heloiza C. Barreto*²; Oscar M. Haflle ; Pedro L. Filho 1 Estudantes do Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB-Sousa), [email protected]; [email protected] 2 Professores do IFPB-Sousa, e-mail:* [email protected]; [email protected] 3 Técnico do setor de Agroindústria, IFPB – Campus Sousa, e-mail: [email protected]. 3 e-mail: Palavras-chave: Passiflora edulis, qualidade, pós-colheita, alimentos Introdução O maracujá-amarelo é a espécie mais conhecida e a mais cultivada no Brasil, sendo responsável por 95% da produção nacional.. De acordo com Rossi (1998), aproximadamente 65% da produção brasileira é destinada ao mercado interno de frutas frescas, e o restante, à produção de sucos concentrados para o mercado interno e externo. Geralmente utilizam-se as frutas de melhor aparência externa para o mercado de frutos in natura enquanto que os demais são destinados à industrialização. A boa aceitação das frutas no mercado depende da qualidade, expressa pelas características visuais, tais como forma, tamanho e cor, e estejam livres de manchas, injúrias ou danos produzidos pelo ataque de pragas e doenças. Porém, além do aspecto externo, outras características menos visíveis são fatores de equivalente importância, tais como o rendimento de suco, o percentual de sólidos solúveis e acidez. Nota-se a necessidade de avaliar as características físico-químicas presentes na polpa de maracujá congelada, pois vários estudos realizados com polpas de diversos frutos indicam que mais de 50% destas não se enquadram nos padrões para sucos, conforme a legislação vigente, indicando a urgência na elaboração dos PIQs (Padrões de Identidade e Qualidade) para todos os tipos de polpas, a fim de garantir ao consumidor produtos de qualidade (Oliveira et al. 1999). Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da polpa de maracujá armazenada em diferentes condições, por um período de 90 dias. refrigeração (5-7ºC) e congelamento (-18 °C). Após o período de armazenamento por etapas, os frutos e polpas foram colocados em temperatura ambiente, sendo realizado o processo de despolpamento dos frutos inteiros e da polpa com sementes e as amostras enviadas para os laboratórios de análises de alimentos do campus. Resultados e Discussão Os resultados apresentados demonstram que inicialmente tanto os frutos coletados e as polpas elaboradas atenderam aos requisitos das boas práticas de fabricação, uma vez que, não houve contaminação microbiológica em nenhuma das amostras. Até 60 dias, apenas os frutos e as polpas congeladas do ponto de vista microbiológico podiam ser consumidos sem nenhum dano a saúde. Após 60 dias, as polpas refrigeradas não atenderam os requisitos satisfatórios de segurança alimentar, sendo, portanto, imprópria para o consumo humano. Já os frutos congelados mantiveram seus padrões de qualidade. Com 90 dias após a colheita e a elaboração das polpas, apenas os frutos congelados apresentavam boas condições de conservação, portanto, poderiam ser processados de forma segura. Conclusões As polpas não demonstraram conservação eficiente além de 60 dias. Apenas os frutos congelados mantiveram suas características organolépticas e microbiológicas legalmente aceitáveis. Metodologia Referências As análises microbiológicas foram realizadas entre junho e outubro do mesmo ano. Inicialmente os frutos passaram por processos de lavagem e desinfecção com cloro a 10%, selecionados e separados conforme os tratamentos: 1- Polpa congelada (testemunha); 2 - Frutos inteiros sob refrigeração; 3 - Frutos inteiros sob congelamento; 4- Polpa com semente sob refrigeração; 5- Polpa com semente congelada Os frutos e polpas, ensacadas em polietileno transparente, foram armazenados por 30, 60, 90 e 120 dias sob ROSSI, A. R. Comercialização de maracujá. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE A CULTURA DO MARACUJAZEIRO, 5., 1998. Jaboticabal. Anais... Jaboticabal: Funep, 1998. p. 279-287. OLIVEIRA, M. E. B.; BASTOS, M. S. R.; FEITOSA, T.; BRANCO, M. A .A .C.; SILVA, M. G. G.Avaliação de parâmetros de qualidade físico-químicos de polpas congeladas de acerola, cajá e caju. Ciências e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 19, n. 3, 1999. 9 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA FARINHA DE CLADÓDIOS DA PALMA (Opuntia fícus-indica) 1 1 2 3 Ítalo F. B. da SILVA , Alexandre BEZERRA. , Damião G. JÚNIOR ; Bruno A. A. SOUSA * ¹ Graduandos de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2* Técnico do laboratório de análises microbiológicas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: 3 Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: farinha, cactáceas, alternativa alimentar. Tabela 01. Caracterização físico-química da palma Introdução A palma forrageira, Opuntia fícus-indica (L.) Mill, nativa do México, é uma cultura adaptada às condições edafoclimáticas da região do semiárido brasileiro (Schultz, 1943). Segundo Barbera (2001) esta cactácea vem sendo utilizada mundialmente, na alimentação humana, como fonte de energia, na medicina, na indústria de cosméticos, dentre outros. Conhecidos como verdura, os brotos da palma ou raquetes (cladódios) podem ser usados para fazer sucos, saladas, pratos guisados, cozidos e doces (Inglese, 2001). No semiárido nordestino, a utilização da palma na alimentação humana pode ser uma alternativa eficaz para combater a fome e a desnutrição nessa região. Desse modo, o conhecimento das propriedades físico-químicas da palma é importante para a caracterização do seu múltiplo uso (Moura et al., 2009). Assim, visando o aproveitamento da palma na alimentação humana, o objetivo deste estudo foi avaliar fisico-quimicamente a farinha da palma para uso posterior como substituição parcial da farinha de trigo, na elaboração de barra de cereais. PARÂMETROS MÉDIA UMIDADE IN NATURA UMIDADE APÓS SECAGEM SOLAR (B.U.) UMIDADE EM BASE SECA (B.S.) ACIDEZ TITULÁVEL pH CINZAS Aw °BRIX 87,2 % 9,03 % 7,48 % 4,5 % 4,83 13,77 % 0,51 5 O teor de umidade da farinha encontra-se dentro do padrão estabelecido pelo MAPA (2005) que exige o máximo de 15% de umidade em farinhas. A Aw mostrou-se inferior a 0,60, faixa na qual ficam reduzidas as chances de contaminação microbiana. Conclusões Os baixos níveis de umidade e Aw encontrados para farinha desenvolvida são características de produto altamente higroscópico, com alto potencial de reidratação. Metodologia Referências As amostras de palma foram obtidas do plantio experimental de palma do IFPB-Campus Sousa. Os cladódios foram levados para o setor de processamento de frutas e hortaliças, onde foram lavados em água corrente e sanitizados em solução de hipoclorito de sódio (100ppm de cloro ativo/15min), cortados manualmente em cubos (aproximadamente 3cm) e branqueados em vapor saturado fluente (100ºC/2min) seguidos de secagem solar até umidade inferior a 15%, acompanhada pela equação 01. A cada 24 horas era feita a pesagem. Foram realizadas as análises físicoquímicas nos cladódios in natura e dos extratos secos obtidos pelo processo de secagem solar, pela metodologia do IAL, 2008. Toda a caracterização físico-química foi realizada em três repetições em triplicata. BARBERA, GIUSEPPE. História e importância econômica e agroecologia: cultivos e usos da palma forrageira. Paraíba: SEBRAE/PB. 2001. p. 1-11. BRASIL.Ministério da Saúde.Agência de Vigilância Sanitária. Resolução Nº 263 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinha e farelos. Diário oficial da União, Brasília, DF, 23 de setembro, 2005a. INGLESE, P., BASILE, F., AND M. SCHIRRA. Cactus pear fruit production. University of California Press: Berkley and LA, CA; London, England, p. 163-183. 2002. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Ed. São Paulo, v. 1, p. 533, 2008. MOURA, L.B.; ROCHA, E. M. et al. Elaboração de produtos alimentícios à base de palma (Opuntia ficus-indica) e do seu fruto. Revista Verde, v.4, n.4, 2009. SCHULTZ, R.A. Introdução ao estudo da botânica sistemática. 2 ed. Porto Alegre: Livraria O Globo, 1943. 562p. PF=PI(100-Ui/100-Uf) Ao IFPB-Campus Sousa pelo suporte financeiro. Agradecimentos Equação 1. Resultados e Discussão 10 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS RECEBENDO SAL FORRAGEIRO CONTENDO NÍVEIS DE FENO DE JITIRANA Francisco Jocélio C. Sousa¹, Francisco Alípio de S. Segundo¹, Herbert Adames L. dos Santos¹, Eduardo Santiago Beltrão², Daniel Cézar da Silva² * 1 Alunos do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Professores do curso de medicina veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected] * Palavras-chave: Consumo de Matéria Seca, Desempenho, Forragem Nativa, Merremia Aegyptia, Semiárido, Suplemento Mineral Introdução Os estudos sobre alimentação de pequenos ruminantes vem buscando alternativas que possam suprir as exigências nutricionais dos rebanhos durante o período de estiagem. Uma dessas alternativas é a utilização de sal forrageiro que consiste na adição de plantas forrageiras nativas ao sal mineral elevando seus níveis de proteínas. Segundo GONÇALVES et al. (2008), o uso de leguminosas proteicas na composição dos suplementos pode aumentar de forma significativa o desempenho animal, contribuindo para redução dos custos de alimentação, sobretudo quando da utilização de feno de forrageiras proteicas da caatinga. A respeito dessas forrageiras a jitirana (Merremia aegyptia L. Urban), da família das convolvuláceas, que é uma herbácea nativa da caatinga nordestina, suculenta e com odor agradável, tem ótima aceitação pelos animais, surge no período chuvoso no nordeste brasileiro, em grandes proporções, e apresenta potencialidade forrageira, podendo ser utilizada como componente do sal forrageiro. O estudo do comportamento ingestivo pode ser utilizado para determinação da quantidade de nutrientes ingeridos pelo animal e sua aceitabilidade, neste setindo, o objetivo da pesquisa foi avaliar a inclusão de diferentes níveis de feno de jitirana na composição de sal forrageiro sobre o comportamento ingestivo de ovinos mestiços da raça Santa Inês em terminação. Metodologia A pesquisa foi conduzida no Setor de Ovinocultura do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus Sousa-PB. Avaliou-se o comportamento ingestivo em ovinos recebendo sal forrageiro contendo níveis de 25; 50 e 75% de feno triturado de jitirana. A dieta basal foi composta de grão de milho desentegrado, farelo desoja e feno de capim tifton 85, formulado para ganho médio diário de 200 g/dia segundo recomendaçõees do NRC 2007. Utilizou-se 15 cordeiros mestiços da raça Santa Inês com seis a sete meses de idade, castrados, com peso corporal médio inicial de 23 kg, em bom estado sanitário e nutricional, que foram distribuídos nos tratamentos segundo delineamento de blocos casualizados. Os animais foram alojados em baias individuais com dimensoes 1 x 1,5 m, sendo as dietas fornecidas as 8:00 e as 16:00 h, o sal forrageiro fornecido apenas uma vez ao dia e água ad libitum. Coletou-se amostras dos igredintes, dietas e sobras que atualmente estão sendo analisadas no laboratório de alimentos do IFPB campus Sousa, onde serao determinados os teores de matéria seca (MS), e com base na MS, proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) segundo metodologias descritas por SILVA e QUEIROZ (2002). Resultados e Impactos esperados Espera-se com esse trabalho definir um nível ótimo de inclusão do feno de jitirana na composição do sal forrageiro para ovinos mestiços da raça Santa Inês e contribuir para um melhor desempenho produtivo desses animais. Referências GONÇALVES, G.S.; OLIVEIRA, G.J.C.; JAEGER, S.M.P.L. et al. Desempenho de cordeiros alimentados com dietas contendo sal forrageiro de espécies vegetais xerófitas. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n.12, p.2185-2190, 2008. NATIONAL RESEARCH COUNCIL. NRC. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids, and new world camelids. Washington, D.C.: National Academy Press, 2007. 362p. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de Alimentos: métodos químicos e biológicos. 3.ed., Viçosa: UFV, 2002. 235p. 11 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Concentração de Fibrinogênio como Indicador no Diagnóstico de Mastite em Ovelhas 1 2 Igor M. Dantas , Rodrigo F. Leite , Francisco R. B. Nogueira *3, Ana Valéria Mello S. Marques 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ; 2 Médico Veterinário, Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB. Rua Presidente Tancredo Neves, s/n Jardim Sorrilândia, Sousa-PB, CEP: 588000-970, e-mail: [email protected]; 3 Médico Veterinário, Me., Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB. Rua Presidente Tancredo Neves, s/n Jardim Sorrilândia, Sousa-PB, CEP: 588000-970, e-mail: * [email protected]. Médico Veterinário, Dr.., Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB. Rua Presidente Tancredo Neves, s/n Jardim Sorrilândia, Sousa-PB, CEP: 588000-970, email:[email protected] Palavras-chave: mastite ovina, Introdução Produzir conhecimentos de mastite em ovelhas de corte é de grande necessidade. Sendo necessário o desenvolvimento de técnicas auxiliares no desenvolvimento de um diagnóstico mais preciso e em fase inicial da afecção, possibilitando com isso um prognóstico favorável. Devido a concentração de fibrinogênio plasmático tender a aumentar gradativamente de acordo com o nível do processo inflamatório (COSTA, et al. 2009). Foi avaliado o resultado das concentrações desta proteína plasmática como indicador de mastite em ovelhas. fibrinogênio, santa Inês, Dorper respectivamente. Esta proteína também variou significativamente em função dos achados de alterações no tecido glandular, onde a maior concentração média de fibrinogênio 600 mg/dl foi encontrada nas ovelhas tinham nódulos grandes em sua glândula mamária e reduziram a medida que os nódulos diminuíram de tamanho. Metodologia Foram avaliadas 49 ovelhas das raças Santa Inês, Dorper, ou mestiças resultante dos cruzamentos entre as duas. Sendo realizado um exame clínico geral de cada animal. Na avaliação direta da glândula, utilizou-se os métodos de inspeção e palpação, onde foram avaliados principalmente a simetria e alteração do tecido glandular, classificando como: sem alteração; presença de nódulo pequeno, médio ou grande e consistência aumentada ou diminuída. A concentração de fibrinogênio plasmático foi determinada através da técnica de precipitação térmica (FEITOSA, 2008). O sangue obtido por meio de venopunção na jugular, em tubos com sistema a vácuo, contendo ácido etilenodiaminotetracetato dissódico, sendo as amostras imediatamente refrigeradas e assim mantidas até a análise. Resultados e Discussão A concentração de fibrinogênio atingiu maior média nas ovelhas que tiveram diagnóstico de mastite clínica 412,3(+148,43), as com mastite subclínica e saudáveis apresentaram 346,46(+124,59) e 266,66(+108,4) de média, . Figura 1. Concentração do fibrinogênio plasmático (mg/dl), em função das alterações nas glândulas mamárias. Conclusões Os resultados da avaliação da concentração de fibrinogênio plasmático ao serem cruzados com exame clínico dos animais, permitiu diferenciar melhor ovelhas saudáveis de ovelhas com mastite em estágio inicial (subclínica) e de ovelhas com mastite em estágio avançado (clínico). Referências COSTA, N. D. A., SIMÃO, L. C. V., SANTOS, R. A. D., AFONSO, J. A. B., FAGLIARI, J. J., CARDOSO, E. D. C., ... & MENDONÇA, C. L. D. (2009). Estudo do proteinograma e dos minerais cobre, ferro e zinco no soro em ovelhas da raça santa inês com mastite experimental por staphylococcus aureus. Ciência Animal Brasileira, 1, 766771. FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinaria: a diagnostico. 2. ed. Sao Paulo:Roca, 2008. 754p. arte do 12 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO-AMARELO ADUBADAS COM DIFERENTES DOSES DE FOSFATO NATURAL Francisco R. A. Figueiredo¹, Oscar M. Hafle², Valéria M. Santos¹, Francisco I. Delfino³, Daciano M. Sousa¹ 1 Estudantes do Curso de Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB Sousa), e-mail: [email protected] 2 Professor do IFPB Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Técnico em Agropecuária do IFPB Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa, adubação, mudas. Introdução O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa) é a espécie mais conhecida e cultivada no Brasil, sendo responsável por 95% da produção nacional. A prática da adubação é importante para o desenvolvimento das mudas, pois essas crescem rapidamente tornam-se vigorosas e resistentes reduzindo os custos de produção (MENDONÇA et al., 2007; TEIXEIRA et al., 2012). Onde, a sua qualidade influencia no rápido desenvolvimento e precocidade de produção da cultura. Com base o exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento inicial de mudas de maracujazeiro amarelo adubadas com diferentes doses de fosfato natural. Metodologia O experimento foi conduzido no Setor de Produção de Mudas do Instituto Federal da Paraíba - Campus Sousa, no período de agosto a novembro de 2013, em viveiro telado (tiposombrite 50% de passagem de luz natural). As mudas de maracujazeiro foram produzidas em sacos de polietileno preto com capacidade de 1 litro, contendo uma mistura de terra:areia:esterco bovino (2:2:1 v/v), acrescidas de doses crescentes de ® -1 Fosfato Natural Gafsa (0; 1,5; 3,0;4,5 e 6,0 g.L ), misturando no substrato antes do enchimento dos sacos e semeadura. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, cinco tratamentos e cinco plantas por parcela experimental. Aos 70 dias após a semeadura as plantas foram removidas do recipiente e lavadas para a retirada do substrato, sendo posteriormente analisada as seguintes características: número de folhas (NF), Comprimento da Parte Aérea (CPA), Comprimento da raiz (CR), diâmetro do caule (DC), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca da raiz (MSR) e relação MSPA/MSR. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância e Teste de Tukey (5%). Resultados e Discussão De acordo com a Análise de Variância verificou-se que houve diferença significativa (Teste F a 5%), para as variáveis CPA, CR, MSPA e MSR. Para as variáveis CPA e CR os maiores valor -1 observados foram no tratamento 3 (dose 3,0 g.L ), onde as médias por planta foram, respectivamente, 34,25 e 24,75 cm de altura, correspondendo um acréscimo de 16,30 e 17,02% acima da média geral dos tratamentos. Para as variáveis MSPA e MSR os maiores valor -1 observados foram no tratamento 3 (dose 3,0 g.L ), onde as médias por planta foram, respectivamente, -1 14 e 7,5 g.planta , correspondendo um acréscimo de 29,03 e 26,05% acima da média geral dos tratamentos. O fósforo na planta estimula o crescimento das raízes, garantindo uma planta mais vigorosa e de melhor qualidade. Conclusões As mudas de maracujá adubadas com diferentes doses de fosfato natural responderam positivamente, portanto o tratamento que apresentou melhor resultado foram entre 3,0 a 4,5 -1 g.L . Referências MENDONÇA, V.; TOSTA, M. da S.; MACHADO, J.R.; GOULART JÚNIOR, S.A.R.; TOSTA, J. da S.; BISCARO, G.A. Fertilizante de liberação lenta na formação de mudas de maracujazeiro “amarelo”. Revista Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 2, p. 344-348, 2007. TEIXEIRA, F.J.V.; LIMA, M.F.P. de; PAIVA, J.C. de O.; DANTAS, L.L. de G.R.; TOSTA, M. da S. Doses de enxofre no desenvolvimento inicial de cajueiro comum. Revista Agropecuária Científica no Semiárido, Patos, v. 8, n. 4, p. 66-70, 2012. Agradecimentos Ao IFPB e ao CNPq por contribuir para o nosso aprendizado e financiar a bolsa de pesquisa (PIBITI/CNPq). 13 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa DESENVOLVIMENTO DAS MUDAS DOS DIFERENTES GENÓTIPOS DE BANANEIRA PRODUZIDAS POR MICROPROPAGACÃO Valéria M. Santos¹, Oscar M. Hafle², Daciano M.Sousa¹, Rodilma S. Almeida¹, Renato P.Santos¹ ¹Estudantes do Curso de Tecnología en Agroecologia, Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB-Sousa), email: [email protected] 2 Professor Orientador- IFPB-Sousa, e-mail: [email protected] Palavras-chave: Musa sp, cultivares, viveiro,f ruticultura. Introdução A banana é a fruta mais consumida no mundo, sendo cultivada de Norte a Sul do Brasil, porém passam por sérios problemas fitossanitários SEBRAE, 2010). A instalação de um bananal usando mudas de boa qualidade é fundamental para altas produtividades, longevidade e lucratividade do empreendimento. As plantas de bananeira micropropagadas necessitam de um período de aclimatização em viveiros, onde permanecem em recipientes com substratos até atingirem o porte ideal para o transplantio no campo (MARTINS et al, 2011). A introdução de outros genótipos de bananeira na Região possibilitará novas perspectiva de exploração comercial de um fruto com elevado valor econômico. O objetivo desta pesquisa foi conhecer o desenvolvimento vegetativo de mudas dos diferentes genótipos de bananeira obtidas por micropropagação. Metodologia O experimento foi conduzido em viveiro telado (tipo sombrite 50%), no Setor de Fruticultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e TecnologiaCampus Sousa, no período de agosto a novembro de 2013. Foram avaliados os seguintes genótipos: 1-Pacovan Ken, 2-PHIA-18, 3- Prata-Anã, 4-Prata Graúda, 5Grande Naine, 6-Maçã Comum, 7- Maçã Princesa, 8-Maçã Tropical, 9-Terra. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 9 genótipos e quatro repetições, formando 36 parcelas, cada uma constituída por 5 plantas, totalizando 180 plantas. As mudas foram adquiridas na Embrapa – Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA), sendo produzidas pelo método de micropropagação in vitro. Noventa dias após o transplantio das mudas nos sacos plásticos, foram realizadas avaliações das seguintes características: altura da planta (APL), expressa em centímetros; diâmetro do pseudocaule (DPS), em centímetros e número de folhas vivas (NFV). Os resultados foram submetidos à Análise de Variância e Teste de Tukey (5%). Resultados e Discussão De acordo com a Análise de Variância verificou-se que houve diferença significativa (Teste F a 5%), para as variáveis: altura da planta (APL) e número de folhas vivas (NFV). Para a APL as médias variaram de 49,28 cm para o genótipo Grand Nine até 92,75 cm para o genótipo Terra. Para o NFV as médias variaram de 6,01 folhas para o genótipo Maçã Princesa até 8,25 folhas para o genótipo Prata Graúda. As plantas estudadas apresentam grandes diferenças relacionadas ao porte, podendo apresentar-se desde o porte médio-baixo até o porte alto, como é o caso dos genótipos Pacovan Ken e Terra. Para a DPS as médias variaram de 15,75 mm para o genótipo PHIA-18 até 21,50 mm para o genótipo Maçã Princesa. Conclusões As mudas de bananeira dos diferentes genótipos apresntaram crescimento diferenciado, devido as próprias características varietais. Todas as cultivares (genótipos) tiveram boa aclimatrização nas condições de viveiro telado 50% de iluminação natural. Referências MARTINS, A.N.; SUGUINO, E.; DIAS, N.M.S.; PERDONÁ, J.P. Adição de torta de mamona em substratos na aclimatação de mudas micropropagadas de bananeira. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n.1, p. 198-207, março 20011.. SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pesquenas Empresas. Estudos de Mercados. SEBRAE/ESPM. Setembro de 2010. 88p. Agradecimentos Ao IFPB e ao CNPq por contribuir para o nosso aprendizado e financiar a bolsa de pesquisa (PIBITI/CNPq). 14 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Efeito da salinidade no desenvolvimento da beterraba com e sem cobertura morta 1 2 *3 Renato Paulo dos Santos , Semirames do Nascimento Silva , Eliezer da Cunha Siqueira , Dilamara 4 Bezerra de Medeiros 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Mestranda em Sistemas Agroindustriais, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 3* Professor de Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: *[email protected]. 4 Graduanda em Tecnologia em Agroecologia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: Beterraba, salinidade, tolerância. Introdução Utilizada em diversas regiões semiáridas do mundo, a beterraba (Beta vulgaris L.) é uma opção para produção em condições de solos salinos, visto que, além de se destacar por sua composição nutricional, sobretudo em açúcares e pela forma de consumo da raiz tuberosa ela se apresenta como uma das hortaliças tolerantes a elevados teores de sais (AQUINO et al., 2006) Teve-se como objetivo avaliar o efeito da salinidade no desenvolvimento da beterraba com e sem cobertura morta. Metodologia O experimento foi realizado no Viveiro de Mudas do IFPB Campus Sousa, localizado no município de Sousa - Paraíba. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados com quatro repetições e cinco tratamentos denominados de: T1, T2, T3, T4, T5, correspondendo, respectivamente a salinidade: S1= 1,5; S2= 2,5; S3= 3,5; S4= 4,5; S5= -1 5,5 dS m . As variáveis avaliadas foram: Peso das Raízes (PR) e Massa Fresca da Parte Aérea (MFPA). Conclusões Pode-se concluir que a salinidade afetou no desenvolvimento da cultura da beterraba, principalmente no crescimento das raízes. A cobertura morta contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da beterraba, minimizando os efeitos da salinidade na cultura. Referências AQUINO, L. A.; PUIATTI, M.; PEREIRA, P. R. G.; PEREIRA, F. H. F.; LADEIRA, I. R.; CASTRO, M. R. S. Produtividade, qualidade e estado nutricional da beterraba de mesa em função de doses de nitrogênio. Horticultura Brasileira, v.24, p.199-203, 2006. Agradecimentos Agradecimentos ao IFPB Campus Sousa pelo financiamento da bolsa, ao Ceará funcionário do viveiro de mudas e todos os alunos e alunas que contribuíram de forma direta e indireta no desenvolvimento do projeto. Resultados e Discussão Verificou-se que a salinidade apresentou efeitos sobre o desenvolvimento da beterraba. Foi observado que houve um decréscimo principalmente no crescimento das raízes da beterraba, onde o tratamento 5 com o maior nível de salinidade apresentou um efeito maior sobre a cultura. A massa fresca da parte aérea não sofreu efeitos significativos pela salinidade. Onde a cobertura morta minimizou os efeitos da salinidade no crescimento da parte aérea. 15 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa EFEITO DA SUBSTITUIÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO POR CLORETO DE POTÁSSIO NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FILÉS DE PEITO DE FRANGO MARINADOS 1 2 Aline L. Batista ,Luana L.S. Estrela ; Sonnalle S.Costa *3 1,2 Alunas de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus 1 Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ; 3 Professora do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: marinação, sal, redução, frango. Introdução O sal cloreto de sódio (NaCl), principal fonte de sal da dieta, é amplamente utilizado na marinação de cortes de aves como o peito de frango por suas contribuições para o sabor e textura desses produtos. No entanto, o consumo excessivo de sódio está diretamente relacionado com o aumento da incidência da hipertensão arterial (WHO, 2010), o que tem levado os pesquisadores a buscar reduzir o teor de sal nos produtos alimentícios. Assim, nesse estudo objetivou-se elaborar marinados de frango com substituição parcial do teor de cloreto de sódio por cloreto de potássio (KCl), e avaliar a influência dos tratamentos sobre as características físico-químicas dos marinados. Metodologia Os filés de peito de frango foram submetidos ao processo de marinação por imersão mediante proporção frango:salmoura de 1:2, a temperatura de 2° C, durante 8 horas, conforme metodologia empregada por Lemos et. al (1999). Foram elaborados os seguintes tratamentos: Controle (100% NaCl), T1 (75% NaCl/25% KCl), T2 (62,5% NaCl/37,5% KCl) e T3 (50% NaCl/50% KCl). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e para cada tratamento, foram marinados seis filés de peito de frango. Após a drenagem por 30 minutos, foi calculado o ganho de peso dos filés no processo (diferença entre o peso dos filés antes e depois da marinação). As análises físico-químicas de pH, umidade, cinzas e proteínas dos marinados foram realizadas conforme metodologia do Instituto Adolfo Lutz (2008). Os dados foram submetidos à ANOVA e ao Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, com o auxílio do programa Assistat versão 7,7 beta. Resultados e Discussão Os resultados das análises realizadas marinados encontram-se na Tabela 1. nos Tabela 1- Parâmetros físico-químicos dos filés marinados. Parâmetros Controle T1 T2 T3 GP (%) Umidade (%) 19,84 a 76,23 a 73,65 ab a Cinzas (%) 2,38 Proteínas (%) 20,53 a a a 8,8 9,77 a 2,64 21,23 a a 76,97 b 2,31 a a 14,3 a 75,80 ab 2,34 a 19,05 21,02 a pH a 6,44 a 6,46 a 6,47 6,48 Aa 0,93 0,96 0,97 0,95 As médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem estatisticamente entre si. GP: Ganho de peso; Aa: Atividade de água Os resultados demonstram que não houve diferença significativa entre os tratamentos para a maioria dos parâmetros avaliados, a exceção do teor de cinzas. Ainda assim, quanto a este parâmetro, nenhum dos tratamentos diferiu do controle. Conclusões Nenhum dos tratamentos diferiu do controle quanto aos parâmetros analisados. Porém é necessário estudar a aceitação sensorial dos produtos por provadores para estabelecer qual o nível de substituição mais adequado. Referências LEMOS, A.L.S.C.; D.R.M. Nunes, A.G. Viana. Optimization of the still-marinating process of chicken parts. Meat Science 52. Campinas: Centro de Tecnologia de Carnes, Instituto de Tecnologia de Alimentos,1999. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Creating an enabling environment for population-based salt reduction strategies: report of a joint technical meeting held by WHO and the Food Standards Agency, United Kingdom. Geneva: World Health Organization, 2010 ZENEBON,O.;PASCUET,N.S.;TIGLEA,P. Métodos físicoquímicos para análise de alimentos. Instituto Adolfo Lutz. 2008.Disponível em: <http://search.4shared.com/postDownload/p6oSszjj/normas_anali ticas__instituto_a.html> Acesso em 24 nov 2013 Agradecimentos Ao IFPB Campus Sousa pela disponibilidade dos Laboratórios. 16 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa EFEITO DO PROCESSO DE DESIDRATAÇÃO OSMÓTICO-SOLAR EM MAMÃO DA VARIEDADE FORMOSA (Carica papaya L.) 1 1 1 Josilândya P. SANTOS , Roberta O. S. WANDERLEY , Maria L. F. ALVES , Bruno A. A.SOUSA*2 ¹Graduandos de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: mamão, desidratação osmótica, secagem solar. Tabela 1. Valores de Umidade e Massa do mamão in natura e após DO. Introdução O cultivo do mamão (Carica papaya L.) é bastante difundido, com uma produção mundial em 2011 de 11,8 milhões de toneladas, tendo o Brasil como o segundo maior produtor, contribuindo com 15,7% dessa produção ficando atrás da India (35%) (FAO, 2013). O mamão por ser um fruto climatérico e muito perecível, apresenta rápido amadurecimento após a colheita e consequente deterioração, tornando-se imprescindível a busca de alternativas econômicas para o aproveitamento do excedente de sua produção (Oliveira, 2011). Nos países em desenvolvimento o acúmulo de perdas na cadeia produtiva de frutas chega ser de até 40% devido à necessidade de uma melhor conservação (Palou, et al.,1993). A desidratação osmótica (DO) é considerada uma alternativa eficiente por obter um produto de boa qualidade pela redução parcial de sua umidade, pela pressão osmótica, sem mudança de fase durante o processo (Lenart, 1996). Já o beneficiamento dos produtos por secagem solar se faz com baixo capital inicial, utilizando energia térmica renovável, limpa, e de baixo custo na desidratação. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da desidratação osmótico-solar no mamão da variedade formosa (carica papaya l.) Metodologia Os mamões foram adquiridos no mercado local da cidade de Sousa/PB na forma in natura, sendo selecionados quanto aos atributos de tamanho, maturação, cor e ausência de defeitos. Os frutos foram lavados, sanitizados em água clorada (150ppm/15min), descascados, retiradas as sementes e cascas. Após cortados em cubos e branqueados em água a ebulição por 3min, foram imersos em solução de sacarose a 50°Brix 1:5 (proporção fruto:soulção) por 120min, a temperatura ambiente, seguidos de secagem solar até umidade inferior a 25%. Foram realizadas análises de umidade e calculados os percentuais de Perda de Massa (Pp) e Ganho de Sólidos (GS). Onde, Pp(%)=100x(Po-Pt)/Po Equação 01 Gs(%)=100x(MSt)-(MSo)/Po Equação 02 Produto Mamão in natura Mamão após DO Peso (g) 1663,2954 1497,2720 Umidade (%) 88,4290 78,9238 Tabela 2. Perda de massa e ganho sólido do mamão desidratado osmoticamente em soluções de 50°Brix. Parâmetros Perda de massa (Pp) % 9,98 Ganho de sólidos (Gs) 0,57 Tabela 3. Massa final do mamão, após desidratação osmótico-solar. Mamão Desidratado DO + Secagem Solar Peso inicial (g) Peso final (g) 1663,2954 519,7142 Observou-se que o mamão já teve seu peso inicial reduzido somente com o pré-tratamento osmótico, com 9,98% de diferença de peso. Aliado a um mínimo ganho de sólidos, em torno de 0,57%. Conclusões É possível obter mamão por desidratação osmótica seguida de secagem solar, com praticidade e baixos custos. Além de ser um produto compacto, de valor nutricional concentrado e com estabilidade no armazenamento. Referências FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. FAO yearbook of forest products 2011, Roma 2013. Disponivel em: < http://www.fao.org>. Último acesso em 20 de Novembro de 2013. LENART, A. Osmo-convective drying of fruits and vegetables: Technology and application. Drying Technology, v. 14, n. 2, p. 391 – 413, 1996. PALOU, E.; LÓPEZ-MALO, A.; ARGAIZ, A.; WELTI, J. Osmotic dehydration of papaya. Effect of syrup concentration. Revista Española de Ciencia y Tecnologia de Alimentos, v. 33, n. 6, p. 621 – 630, 1993. OLIVEIRA, M.: C.; B. Obtenção de banana passa por meio de secagem via gaseificação de carvão vegetal. Viçosa, MG/, 2011. 70 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola)-programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola –PPGEA, Universidade Federal de Viçosa, 2011. Agradecimentos Ao IFPB-Campus Sousa pelo apoio logístico. Resultados e Discussão 17 EFEITO DOS TEORES DE ÁLCOOL NA AVALIAÇÃO SENSORIAL DO LICOR DE UMBU-CAJÁ (Spondia spp.) 1 2 2* 3 Bruno A. do Carmo , Diego de O. Lima , Jessica da S. Guedes , Josefranci M. de Farias , Francisca 3 Deuzenir M. Anselmo . 1 Graduando em Biotecnologia, Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró-RN. 2 Graduando em Engenharia de Alimentos, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa-PB. ³ Msc. em Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE. Palavras-chave: Umbu-cajá, Licor, Análise Sensorial. A umbu-cajazeira (Spondias sp.), pertence à família Anacardiaceae e ao gênero Spondias, é uma frutífera nativa do Nordeste brasileiro (LIMA et al., 2002a). Alguns trabalhos (LIMA et al., 2002b) têm sido realizados com o intuito de caracterizar física e físico-quimicamente frutos de cajá-umbu, estimulando o cultivo comercial em bases tecnológicas modernas e incentivando as indústrias de beneficiamento. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar o aproveitamento de frutos de umbu-cajá na formulação de um licor e determinando seu nível de aceitação. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado em 2010 no Instituto Federal do Ceará, Campus Iguatu onde os frutos foram selecionados, lavados, sanitizados e despolpados. Para as formulações dos licores foram utilizados para cada formulação 1kg de polpa, e 1L de cachaça 1:38ºGL (Licor 1), vodka 2:39ºGL (Licor 2) e álcool de cereal (Licor 3) 3:40ºGL. A avaliação sensorial com 80 provadores não-treinados, utilizando-se uma Escala Hedônica Estruturada (Meilgaard et al., 1991) de nove pontos para a aceitação. Os dados da análise sensorial de aceitação foram avaliados através de análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, com 5% de significância. Os resultados estatísticos foram tratados pelo programa SISVAR 5.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1. Resultados médios de aceitação das formulações de licor de umbu-cajá Aceitação Global Turbidez Doçura Sabor Licor 1 6,88 a 4,04 a 5,12 a 4,22 a Licor 2 7,48 a 4,04 a 4,86 a 3,66 a Licor 3 7,18 a 3,93 a 4,65 a 3,88 a Figura 1. Aceitabilidade (%) dos licores de umbu-cajá para o atributo de Aceitação Global. Aceitabilidade dos licores (%) Introdução 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 76 % Licor 1:38ºGL 83 % 79 % Licor 2:39ºGL Licor 3:40ºGL CONCLUSÃO O umbu-cajá apresentou boas características para o processamento de licor e boa aceitabilidade. O aproveitamento de frutos de umbu-cajá, através da elaboração de licores de umbu-cajá, deve ser uma alternativa e fonte complementar de renda aos pequenos produtores, por ser um produto promissor ao mercado e à agroindústria pelo seu potencial tecnológico. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Na tabela 1, encontram-se as médias obtidas pela avaliação sensorial. Não houve diferença significativa utilizando o teste de Tukey a 5%. A Figura 1 apresenta os valores encontrados para os licores formulados, expressos em percentagem. Ela mostra que todos os licores obtiveram boa aceitação em relação ao atributo de aceitação global, apresentando assim, um bom potencial para consumo. 18 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ELABORAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DE QUEIJOS DE LEITE DE CABRA 1 2 2 2 Alexandre BESERRA , Renan P. PEREIRA , Girlayne C. A. MEDEIROS , Wellita A. SILVA , Jéssica V. F. 2 3 4* SILVA , João F. NETO , Bruno A. A. SOUSA ¹ Graduando em Tecnologia de Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Tecnólogos em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3* Técnico do laboratório de processamento de leite e derivados, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: 4* Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: caprinocultura, coalho, bovino. Tabela 1. Resultado das determinações. Introdução Queijos O Brasil possui um rebanho caprino com cerca de 10,05 milhões de cabeças e produz anualmente 135 milhões de litros de leite de cabra, sendo o maior produtor do continente americano (FAO, 2008). Em geral, o leite de cabra é tradicionalmente consumido nos centros urbanos por crianças ou idosos com intolerância ao leite bovino, assim como, pela população rural de baixa renda. O aproveitamento do leite caprino seria mais racional na forma de leite pasteurizado, leite UHT, leite em pó, queijos finos, iogurtes, bebidas lácteas e doces, gerando resultados mais satisfatórios economicamente (Curi e Bonassi, 2007). Todavia, mesmo com o enorme potencial do mercado lácteo caprino brasileiro, o país apresenta uma mínima produção, apesar de possuir extenso processamento de queijos como, por exemplo, o de coalho, originalmente produzido com leite de vaca, mas possível de ser fabricado com leite de cabra (Egito & Laguna, 1999). Portanto, o objetivo deste estudo foi elaborar, avaliar a caracterização físico-química e o rendimento de queijos com leite de cabras das raças Saanen e Parda Alpina. Determinações Coalho Prato Valor de pH 6,62±0,18 5,60±0,06 Acidez (%ácido lático) 0,04±0,01 0,38±0,01 61,47±0,20 60,47±0,19 Umidade (%) 38,53±0,20 39,53±0,19 Gorduras (%) 26,78±0,01 28,98±0,45 Cinzas (%) 5,34±0,26 3,55±0,10 Sólidos Totais (%) Os valores de umidade e gordura estão de acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos. O rendimento dos queijos obtidos foi superior, na ordem de 12%, em detrimento do queijo de leite bovino de 10%. Conclusões Os queijos obtidos seguem as especificações da legislação, além de possuírem rendimentos superiores ao queijo de leite bovino. Referências Metodologia O leite foi adquirido na zona rural de Patos/PB. Foram elaborados queijos tipos Prato e Coalho, na Usina Piloto de Laticínios do Departamento de Agroindústria do IFPB–campus Sousa. Os processamentos do queijo de coalho e do tipo Prato seguiram a metodologia descrita por Furtado & Lourenço, 1994. Realizaram-se as análises físico-químicas de sólidos totais, cinzas, acidez, pH, umidade e gorduras nas amostras dos queijos. Todas as análises foram realizadas de acordo com a metodologia proposta nos métodos físicoquímicos para análise de alimentos (IAL, 2008). O rendimento queijeiro foi realizado em litros de leite/Kg de queijo pela equação 01. CURI, R. A.; BONASSI, I. A. Elaboração de um queijo análogo ao pecorino romano produzido com leite de cabra e coalhada congelados. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 1, p. 171176, 2007. EGITO, A. S.; LAGUNA, L. E. Fabricação de queijo coalho com leite de cabra. Sobral: Embrapa caprinos, 1999. 15 p. (Embrapa Caprinos. Circular Técnica, 16). FAO (2008) Disponível em: HTTP://faostat.fao.org/site/497/ defaritt. Asp. Acesso em: 14/05/2013. FURTADO, M. M.; LOURENÇO NETO, J. P. M. Tecnologia de queijos: Manual técnico para a produção industrial de queijos.108p. São Paulo: Dipemar, 1994. GOTTARDI, C. P. T.; MURICY, R. F.; CARDOSO, M.; SCHIMDT, V. Qualidade higiênica de leite caprino por contagem de coliformes e estafilococos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n. 3,p. 743-748, 2008. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análises de alimentos. Ed. São Paulo, v. 1, p. 533, 2008. Agradecimentos R% = (Mq/ML) x 100 Equação 01 Ao IFPB-Campus Sousa pelo suporte financeiro. Resultados e Discussão 19 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ENRIQUECIMENTO PROTEICO DE RESÍDUO DE CAJU MEDIANTE FERMENTAÇÃO SEMI-SÓLIDA 1 2 3 4 Járicles N. Sousa , Franciélia O. Silva , Wallber C. Ferreira , Fábio A. Alves , 5 Osvaldo S. Silva* 1 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluna do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 3 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 4 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 5 Professor de Bioengenharia, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail:*[email protected]. Palavras-chave: aproveitamento de resíduo, teor proteíco, ração animal. Introdução O caju é uma das frutíferas de maior importância socioeconômica para a região Nordeste, com aproveitamento agroindustrial concentrado praticamente na elaboração de sucos, doces, geléias e fermentados. Segundo Luciano et al. (2011), isso perfaz apenas a utilização de 15% da produção e beneficiamento do pedúnculo. Atualmente, diversos são os produtos que têm sido usados mediante a fermentação semi-sólida para enriquecimento proteico (HOLANDA et al., 1996). Visando o resíduo do caju como alternativa a esse processo, desde que a deterioração do pedúnculo ocasiona perdas excessivas no campo e na indústria, seu aproveitamento racional e eficiente através do aumento proteíco poderá dar resultados satisfatórios para produção de alimentos (LUCIANO et al., 2011). Seguindo este raciocínio, o presente trabalho teve como objetivo enriquecer o bagaço do pedúnculo de caju por via fermentativa. Metodologia O enriquecimento proteico do bagaço do pedúnculo do caju foi processado por cultivo semisólido, usando concentração da levedura Saccharomyces cerevisiae, Fermento Fleischmann Royal. A concentração da levedura adicionada foi de 12% com temperatura de cultivo á 33 °C em estufa de circulação forçada de ar. Após a cinética de fermentação, analisou-se a quantidade de nitrogênio total pelo método de Kjeldahl, utilizando o fator de conversão 6,25 conforme os procedimentos analíticos do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005). E o teor de sólidos solúveis (°BRIX) foi determinado pela técnica de refratometria, com uso de refratômetro digital. Resultados e Discussão Em um processo de fermentação semisólida, a fase sólida atua como fonte de nutrientes e como suporte para o crescimento das células microbianas. O resíduo de caju apresentou um teor de sólidos solúveis no meio entre, 5,2 no tempo 0 e de 3,4 ao final do experimento conforme ilustra a FIGURA 1-A. Verificou-se um consumo elevado de açúcar pela levedura nas primeiras 32 horas, seguido de um período de estagnação, que se manteve até o final do experimento. Paralelo à cinética de fermentação verificou-se também um aumento do conteúdo de proteínas (FIGURA 1-B) nas primeiras 8 horas (6,4%) seguidas de um período de estabilização, para então um novo aumento após 56 horas de fermentação (7,7%). Figura 1. Gráficos: (A) °BRIX em função do tempo de fermentação (h); (B) Teor de proteínas (%) em função do tempo de fermentação (h). Nesse sentido os resultados obtidos nesse experimento demonstram condições favoráveis a esse tipo fermentação já que houve aumento proteico do substrato. Conclusões Diante dos resultados encontrados podemos concluir que o processo fermentativo em estado semi-sólido é viável para aumentar o teor de proteína existente em resíduo de caju, agregando assim, valor a um produto de descarte para aproveitamento na dieta animal. Referências HOLANDA, J. S. de; OLIVEIRA, A. J. de; SALVIANO, L. M. C.; FERREIRA, A. C.; Potencial proteico de pedúnculos de caju enriquecidos por leveduras. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1996. 17p. (EMBRAPA-CNPAT. Boletim de Pesquisa, 19). Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/420034/1/Bp 019.pdf. Acesso em: 05/05/2013; IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas de Instituto Adolfo Lutz. 4. ed. Brasília, 2005. v. 1, 1015 p.; LUCIANO, R. C.; ARAÚJO, L. F.; AGUIAR, E. M.; PINHEIRO, L. E.; NASCIMENTO. D. S do.; Revisão sobre a potencialidade do pedúnculo do caju na alimentação animal. Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.5, n.3, p.53-59, set. 2011; Agradecimentos À UATA/CCTA, e aos colegas dos Laboratórios de Bioquímica de Alimentos e de Tecnologia de Sementes onde este trabalho foi desenvolvido, por todo o apoio e pela contribuição. 20 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Exame físico do úbere e achados laboratoriais no leite de ovelhas com mastite 1 2 3 Rodrigo F. Leite , Igor M. Dantas , Francisco R. B. Nogueira , Ana Valéria M. S. Marques 3 1 Médico Veterinário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Aluno do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 3 Médicos Veterinários, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mails: [email protected] e [email protected] Palavras-chave: Mastite, Ovelha, Exame físico, Exame microbiológico. Introdução Mastite é o processo inflamatório da glândula mamária que possui etiologias variadas. Existe uma diversidade de informações sobre a doença, principalmente em bovinos. Entretanto, em ovinos de corte, poucos estudos foram realizados (Arsenault et al. 2008). O diagnóstico da mastite nem sempre é fácil. Logo, associado aos achados clínicos, a presença de micro-organismos nas amostras de secreção láctea é fundamental para o diagnóstico (Silva et. al. 2010). Portanto, o objetivou-se com este trabalho estudar ovelhas com mastite relacionando os achados do exame físico do úbere com os resultados de testes microbiológicos da secreção láctea. Metodologia Foram utilizadas 49 ovelhas das raças Santa Inês, Dorper e mestiças do cruzamento entre estas, distribuídas no município de Sousa-PB e CondadoPB. No exame físico do úbere, avaliou-se a simetria das metades mamárias e a presença de nodulações e/ou alterações na consistência do parênquima. As alterações específicas do tecido glandular foram classificadas como: Sem alteração; Presença de nodulação pequena (1 a 3cm), média (3 a 5cm) ou grande (acima de 5cm); e com consistência do parênquima aumentada ou diminuída. A secreção láctea foi analisada utilizando-se uma caneca de fundo escuro para a detecção de mastite clínica. Foi realizado o California Mastitis Test (CMT), preconizado para bovinos, com o intuito de diagnosticar mastite subclínica. As amostras de leite foram remetidas ao Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG), para análise microbiológica. Resultados e Discussão Foram examinadas 98 metades mamárias, entretanto, foram obtidas 85 amostras de secreções lácteas devido à ausência de produção em algumas metades. A frequência dos resultados do exame microbiológico variou em função do tipo de alteração encontrada nas glândulas. As metades com nódulos grandes tiveram a maior taxa de isolamento 75% (3/4), seguidas pelas de consistência aumentada com 55% (5/9). Já nas de consistência diminuída foram 25% (1/4), nódulo pequeno 30,43% (7/23) e nódulo médio 30% (3/10). Ainda foram isolados micro-organismos em 31,43% (11/35) das metades mamárias sem alteração física. Marogna et al. (2010), estudando mastite em ovelhas, verificaram uma taxa de isolamento de 81% nas secreções obtidas de glândulas com algum sinal clínico. O mesmo observado por Silva et al. (2010) que obtiveram isolamento microbiano em 71,4% das glândulas nas mesmas condições. Conclusões O exame físico da mama é de grande importância para o diagnóstico da mastite possibilitando, de forma relativamente rápida, a constatação da presença da enfermidade. O diagnóstico laboratorial também pode ser utilizado pois aumenta a acurácia da avaliação. Referências Arsenault, J., Dubreuil, P., Higgins, R., Be’langer, D. Risk factors and impacts of clinical and subclinical mastitis in commercial meat-producing sheep flocks in Quebec, Canada. Prev. Vet. Med. 87:373-393, 2008 Marogna, G., Rolesu, S., Lollai, S., Tola, S., & Leori, G. Clinical findings in sheep farms affected by recurrent bacterial mastites. Small Ruminant Research. 88:119-125, 2010. Silva, N. S., Da Silveira, J. A. S., Pinheiro, C. P., De Sousa, M. G. S., Oliveira, C. M. C., De Mendonça, C. L., Duarte, M. D., & Barbosa, J. D. Etiologia e perfil de sensibilidade de bactérias isoladas de ovelhas com mastite na região nordeste do estado do Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira, 12:1043-1048, 2010. 21 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Germinação e Vigor de Sementes Crioulas de Milho (Zea mays L.) em Função do Uso da Adubação Orgânica. 1 2 2 Maria José E. Pires Barbosa , Januária C. Sousa , Katiana de S. Vale , *Kátia Cristina de Oliveira 3 4 Gurjão ; Joserlan N. Moreira 1 Aluna de Iniciação Científica IFPB – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; Graduandas em Tecnologia em Agroecologia IFPB - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Professora Orientadora - IFPB Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: *katgurjã[email protected] 4 Professor do Curso de Tecnologia em Agroecologia IFPB – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Palavras-chave: Viabilidade, produção de sementes, agricultura familiar. . Introdução A importância econômica do milho (Zea mays L.) é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a 1 indústria de alta tecnologia . O aproveitamento de adubos orgânicos de origem animal é de fundamental importância para o desenvolvimento e crescimento das culturas exploradas pelos pequenos produtores, em função dos seus baixos custos e dos benefícios destes na melhoria da fertilidade, conservação do solo e maior aproveitamento dos recursos existentes na 2 propriedade . Diante da grande perda de sementes crioulas por parte da agricultura familiar no Estado da Paraíba, torna-se necessário a instalação de campos de multiplicação de sementes crioulas, como forma de resgate e preservação das mesmas, com o compromisso de manter o estoque dos Bancos de Sementes dos agricultores familiares. Diante do exposto o trabalho teve como objetivo avaliar a influência da adubação orgânica na germinação e vigor de sementes crioulas de milho (Zea mays L.). Metodologia O Trabalho foi realizado no viveiro de mudas da Fazenda Experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Sousa, perímetro Irrigado de São Gonçalo, município de Sousa-PB. Foram utilizadas sementes de milho oriundas de um campo de produção de sementes crioulas cultivado na fazenda experimental do IFPB - Campus Sousa, onde foi utilizada, como fonte de adubação, esterco bovino (EB). As sementes de milho foram oriundas do banco de sementes do assentamento Frei Damião, localizado no município de Cajazeira - PB. Foram avaliadas a germinação (%), primeira contagem da germinação (%), comprimento da parte aérea (cm) e comprimento radicular (cm). Pode-se observar que a adubação orgânica não influenciou as variáveis estudadas de forma significativa. Pode-se observar também que, apesar de não apresentar diferenças significativas, o uso do adubo orgânico influenciou a qualidade da semente que apresentou 100% de germinação e comprimento da parte aérea de 8,2 cm (Tabela 1) Tabela 1. Valores médios da germinação, primeira contagem da germinação, (CPR) e (CPA) de sementes de milho crioulo, produzido sob efeito da adubação orgânica. Sousa-PB, IFPB, 2012. Tratamentos Testemunha Esterco bovino CV(%) Germinação (%) 99,00 a Primeira contagem germinação (%) 83,00 a 100,00 a 81,00 a CPR (cm) 22,45 a 21,35 a 22,46 CPA (cm) 7,50 a 8,20 a 7,85 1,42 9,23 *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Conclusões A germinação, primeira contagem da germinação, comprimento da parte radicular e comprimento da parte aérea de sementes de milho crioulo não foram afetados pelo uso da adubação orgânica na produção de sementes. Referências 1 DUARTE, J. de O. Introdução e importância econômica do milho. In: CRUZ, J. C.; VERSIANI, R. P.; FERREIRA, M. T. R. (Ed.). Cultivo do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2000. 2 SANTOS, J.F. dos; GRANGEIRO, J.I.T.; BRITO, L.M.P.; OLIVEIRA, M.M. de; OLIVEIRA M.E.C. de. Novas variedades de caupi para a microrregião do Brejo Paraibano. Tecnol. & Ciên. Agropec. João Pessoa, v.3, n.3, p.07-12, set. 2009. Agradecimentos Ao PIBICT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)/Campus Sousa pelo auxílio financeiro. Resultados e Discussão 22 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa INFLUÊNCIA DO ENVOLTÓRIO DE QUITOSANA NA QUALIDADE DE UVAS (Vitis labrusca L.) PÓS-COLHEITA ARMAZENADAS SOB TEMPERATURA AMBIENTE. 1 1 2 2 Miriane M. Fernandes , Randerson H.J. Lucena , Marta S. Madruga , Evandro Leite de Souza Ingrid C. D. 3 Guerra 1 Aluno de Iniciação Científica, Universidade Federal da Paraíba – Campus João Pessoa, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected] 2 Professor, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa – PB. e-mail: [email protected]; [email protected] 3 Professor, Universidade Federal da Paraíba – Campus V – Mangabeira, João Pessoa – PB. e-mail: [email protected] Palavras-chave: Filme, frutas, revestimento. Introdução O desperdício pós-colheita de frutos pode estar associado a má execução da colheita no campo, tendo continuidade no seu transporte para posterior comercialização e finalizando nos centros atacadistas e varejistas, além da contribuição por parte do consumidor, seja ele intermediário ou final. (VILELA et al., 2003). Deste modo, torna-se importante a busca por tratamentos que possam aumentar a qualidade e vida de prateleira do fruto. Uma provável possibilidade é a aplicação do envoltório de quitosana, que pode ser obtida através de uma reação de desacetilação da quitina encontrada no exoesqueleto de artrópodes, como o camarão, apresentando propriedades antimicrobianas, antioxidantes, biocompatibilidade, biodegradabilidade, além de não serem tóxicas. (MARICATO, 2010).Com base no exposto, este estudo objetivou avaliar parâmetros físico-químicos de qualidade de uvas revestidas com filme de quitosana em duas diferentes concentrações e armazenadas sob temperatura ambiente. Metodologia A quitosana foi produzida de acordo com a metodologia descrita por De Assis (2009). Duas concentrações do gel foram elaboradas: T1 – 8mgQUI/mL e T2 – 4mgQUI/mL. As uvas foram obtidas na Central de Abastecimento de João Pessoa, higienizadas, enxaguadas e secas em temperatura ambiente. Em seguida foram imersas nos géis separadamente, colocadas para secar, acondicionadas em caixas de polietileno e armazenadas em BOD a 25º C. Um experimento controle (sem adição de quitosana) foi realizado. Nos tempos 0, 7 e 14 dias de armazenamento foram avaliados a firmeza, acidez, pH e sólidos solúveis de acordo com o descrito pela A.O.A.C (2000). Resultados e Discussão Os resultados estão expressos na Tabela 1. Tabela 1 – Parâmetros de qualidade das uvas revestidas durante armazenamento a 25º C. Sólidos Solúveis TRATAMENTOS DIAS DE ARMAZENAMENTO 0 7 CONTROLE 12,11 bB±0,02 13,09aA±0,00 12,19bB±0,00 14 QUI 8mg/mL 14,16 aA±0,05 13,48bB±0,06 14,10aA±0,06 QUI 4mg/mL 12,10 bA±0,05 11,39cB±0,00 11,69cC±0,00 ACIDEZ(%) TRATAMENTOS DIAS DE ARMAZENAMENTO 0 7 CONTROLE 1,38 aA±0,05 1,45 aA±0,05 1,26 bB±0,04 14 QUI 8mg/mL 1,13bB±0,02 1,49 aA±0,02 1,02 cC±0,00 QUI 4mg/mL 1,12 bA±0,04 1,19 bA±0,06 1,13 aA±0,02 pH TRATAMENTOS DIAS DE ARMAZENAMENTO 0 7 CONTROLE 3,35 aA±0,01 3,27 aA±0,06 3,51 aB±0,01 14 QUI 8mg/mL 3,31aA±0,00 3,30 aA±0,01 3,53 aB±0,04 QUI 4mg/mL 3,26 aC±0,02 3,31 aB±0,00 3,42 bA±0,04 FIRMEZA TRATAMENTOS DIAS DE ARMAZENAMENTO 0 7 CONTROLE 6,72 aA±0,51 6,74 aA±0,51 5,54 aB±0,27 14 QUI 8mg/mL 5,38bA±0,25 6,17 aA±0,31 4,00 bB±0,53 QUI 4mg/mL 7,03 aA±0,44 6,71 aA±0,56 4,90 abB±0,40 Letras minúsculas diferentes na mesma coluna significam diferença estatística (p<0,05) entre tratamentos pelo teste de TuKey. Letras maiúsculas diferentes na mesma linha significam diferença estatística (p<0,05) entre tempos de armazenamento pelo teste de TuKey. Conclusões O revestimento de uvas com envoltório de quitosana elaborado com 4mg/mL apresenta-se como uma alternativa viável para reduzir as perdas sem alterar os parâmetros de qualidade do fruto durante o armazenamento. Referências VILELA, N. J.; LANA, M. M.; NASCIMENTO, E. F.; MAKISHIMA, N. Perdas na comercialização de hortaliças em uma rede varejista do Distrito Federal. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 20, n. 3, p. 521-541, set./dez. 2003. 23 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa INTERAGINDO COM A COMUNIDADE: desenvolvendo ações educativas através do aproveitamento de recursos naturais locais. 1 Emanoel G. Lins , Vandressa A. dos Santos¹, Adriana A. da S. Pereira¹, Heloiza C. Barreto*², Pedro Lima Filho³, 1 Alunos de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected],[email protected], ²Professora de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]; Técnico do setor de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: comunidade, processamentos, recursos naturais Introdução O curso técnico em agroindústria do IFPB – Campus Sousa forma profissionais habilitados a desempenhar atividades teóricas – práticas nas áreas de processamento de alimento tais como: processamento de frutas e hortaliças, processamento de leite e derivados, processamento de carnes e pescados e panificação, de forma a atender às necessidades do mercado em relação a indústria, seja na produção ou na prestação de serviços, gestão e empreendedorismo. Sendo assim, o instituto dispõe de profissionais e alunos capacitados na ministração de treinamentos básicos para a comunidade, oferecidos através de projetos de extensão na área de agroindústria, o que considera-se importante a participação dos alunos neste trabalho, reforçando a aprendizagem ao colocar em prática as atividades desenvolvidas ao longo do curso. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi oferecer a comunidade cursos básicos na área agroindustrial de forma a despertar a conscientização dos participantes quanto ao empreendedorismo e a diminuição das perdas dos recursos naturais ali existentes. Ações como essas visam traçar as bases de um processo educativo permanente, destinado a fazer do ato de produzir, preparar o alimento e de alimentar-se uma cultura promotora de saúde, bem estar, qualidade de vida, geração de renda, cidadania e desenvolvimento com sustentabilidade. (Cozinha BRASIL, SESI). Metodologia O projeto está sendo realizado no sítio olho d’água do Frade, localizado na cidade de Nazarezinho PB, utilizando as instalações da associação comunitária. Foram oferecidos os seguintes cursos: Processamento de Frutas, processamento de Hortaliças, fabricação de produtos de limpeza, e ainda o curso de Aproveitamento de Alimentos que está sendo realizado no momento. Inicialmente foi realizada a inscrição com 20 participantes, um prévio conhecimento das instalações onde os cursos estão sendo desenvolvidos e um trabalho de sensibilização e conscientização aos participantes como forma de despertar o interesse na área. Os cursos estão sendo ministrados por etapas, obedecendo ao cronograma estabelecido no trabalho. Resultados e Discussão De acordo com as atividades desenvolvidas até o momento, alguns resultados já se tornam visíveis: a comunidade despertou para uma melhor conscientização de aproveitamento de recursos naturais e por ser uma comunidade organizada quanto ao empreendimento, demonstraram interesse no desenvolvimento de técnicas de sustentação para o desenvolvimento local, através de recursos naturais de maior disponibilidade que são as frutas e hortaliças produzidas na região. conclusões O Trabalho destaca a importância da interação IFPB – campus Sousa com a comunidade em utilizar as atividades de extensão como processo transformador no sentido de direcionar o ensino tecnológico para a realidade sócio-econômico e cultural da região, proporcionando assim, uma mudança na vida social e econômica dos participantes. Referências COZINHA BRASIL, SESI - Serviço Social da Indústria, Conselho Nacional. Alimente-se bem com R$ 1,00. Departamento Regional de São Paulo; Pesquisa e desenvolvimento de receitas; Diretoria de Alimentação. Julho 2004. Agradecimentos IFPB Campus Sousa, Associação comunitária de Olho d’agua do Frade e Prefeitura Municipal de Nazarezinho - PB. 24 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa MASTITE EM OVINOS: AVALIAÇÃO E DETERMINAÇÃO DOS ASPECTOS PATOLOGICOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA Flávia K L Maciel ¹, Roseane A Portela ² * 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: Santa Inês , glândula mamária, mastite, crônica, aguda. Introdução Define-se mastite como a inflamação da glândula mamária, caracterizada por alterações físicas, químicas e bacteriológicas no leite e alterações no tecido glandular (BLOOD & RADOSTITS, 1991). A escassez de informações na literatura sobre a glândula mamaria de ovinos quando comparada aos dos bovinos, não significa que são menos importantes, mas que são pouco estudadas. Para os animais leiteiros, a mastite acarreta perdas na produtividade direta e na produção de seus derivados, para os animais destinados à corte acarreta na baixa produção de leite da mãe para o cordeiro. Deste modo a importância da mastite na ovinocultura esta relacionada com os aspectos econômicos e higiênicos (BERGONIER & BERTHELOT 2003). Os poucos trabalhos já relatados tiveram como objetivo dados importantes para fundamentar a doença como a etiologia, clinica, epidemiologia, mas falta muito a ser esclarecido, principalmente sobre a fisiopatologia, diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção. Para o sucesso do controle da mastite em um rebanho é fundamental a elucidação de todos esses dados, realidade encontrada em rebanhos das espécies bovina e caprina. Metodologia Foram utilizadas 11 ovelhas da raça Santa Inês do rebanho do IFPB- Campus Sousa. Os animais clinicamente estavam em diferentes períodos de lactação, com comprometimento parcial ou total das glândulas mamárias. Foram realizados exames das glândulas mamarias pelo método de inspeção e palpação seguindo a metodologia descrita, por (FEITOSA 2008). As ovelhas foram submetidas à mastectomia em seguida as glândulas foram enquadradas em quatro quadrantes e avaliadas macroscopicamente com consequente coleta de tecido de cada quadrante. Os fragmentos foram fixados em formol a 10% e enviadas para UFCG* para o preparo de lâminas histológicas para posterior observação na microscopia óptica. Os achados macroscópicos e microscópicos serão tabelados estatisticamente e confrontados com a tabela de diagnóstico clinico e discutidos. Os resultados ainda não foram totalmente finalizados. O diagnóstico das formas aguda e crônica da mastite é realizada considerando-se os sinais clínicos, observando-se um aumento ou diminuição do volume da glândula mamária. A inspeção e palpação do úbere visam detectar fibrose, edema inflamatório e atrofia do tecido conjuntivo das glândulas mamarias (BOLSANELLO et al., 2009). O tecido pode responder de várias maneiras às agressões patológicas. Nem toda lesão que se apresenta macroscopicamente endurecida é um tecido fibrosado e nem todo tecido que está amolecido é uma inflamação aguda, existem vários parâmetros para se chegar a tal conclusão. Os aspectos histológicos apresentados pelo tecido frente a uma agressão sejam de glândula mamaria ou outro tecido animal esclarecerá a reação tecidual de uma fibrose, inflamação ou atrofia. (MAXIE 2007) Conclusões Os resultados observados até o momento atual nos sugere que os achados nos exames clínicos e os achados macroscópicos das glândulas mamárias mastectomizadas foram condizentes com de mastite crônica, mas é preciso observar os aspectos histológicos para termos resultados comparativos com os dados clínicos, macroscópicos e histológicos. Referências BERGONIER, D., BERTHELOT, X. 2003. New advances in epizootiology and control of ewe mastitis. Livestock Production Science, v. 79, p. 1-16. BLOOD, D.C., RADOSTITS, O.M. 1991 Clínica Veterinária. 7a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1263p. BOLSANELLO R.X.; HARTMAN M.; DOMINGUES P.F.; MELLO JÚNIOR A.Z.; LANGONI, H. 2009 Etiologia da mastite em ovelhas Bergamácia submetidas à ordenha mecânica, criadas em propriedade de Botucatu, Veterinaria Zootecnia, v.16, n.1, p.221-227. FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: diagnóstico. 2.ed. São Paulo:Roca, 2008. 754p. a arte do MAXIE, M.G. 2007. Pathology of Domestic Animals. 5. ed. Sauders-Elesevier: Oxford, 110p. Resultados e Discussão III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa 25 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Ocorrência do vírus rábico e determinação das espécies de quirópteros no distrito de São Gonçalo – Sousa/PB 1 2 2 2 Pablo J. Cavalcanti , Flávia T. Ribeiro , Mezulan L. D Mendes , Talles L. A. Ferreira , Inez L. Evangelista 1 Bolsista de Iniciação Científica do CNPq e aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Voluntária de Iniciação Científica do CNPq e aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 3 Professora de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: Morcegos, Raiva, Zoonose Introdução A raiva é uma doença infecciosa, de etiologia viral e caráter zoonótico, que causa uma encefalite aguda em mamíferos. De alta transcendência e uma letalidade de aproximadamente 100%, ainda é considerada um grave problema de Saúde Pública (Ministério da Saúde, 2012). Porém, a falta de sistemas adequados de informação e vigilância epidemiológica na maioria dos países, não permite o conhecimento da real magnitude do problema (BELLOTO, 2000). No Brasil até o mês de Junho do ano de 2012 apenas 3 casos de raiva humana foram registrados (Ministério da Saúde, 2009). Na Paraíba entre o período de 2007 e 2010 foram notificados 07 casos de raiva, dentre os locais prováveis de infecção das epizootias de raiva canina e felina nesse período se destacaram os municípios de João Pessoa, Caturité, Salgado de São Félix e Sousa (Ministério da Saúde, 2012). A raiva apresenta 4 ciclos (urbano, rural, silvestre e aéreo), sendo o morcego a única espécie capaz de transitar por todos os ciclos (SOUZA, 2004). Atualmente são conhecidas 1.120 espécies de morcegos no mundo, sendo 167 espécies conhecidas no Brasil das quais 53 foram registradas no estado da Paraíba (FEIJÓ & LANGGUTH, 2011). Araújo et., (2009) notificou que a raiva é endêmica para morcegos no munícipio de Patos-PB. O objetivo geral do estudo é determinar a presença do vírus rábico em quirópteros bem como catalogar as espécies de quirópteros existentes no munícipio de Sousa-PB. Metodologia Os morcegos serão capturados com o auxílio de redes de neblina do tipo “Mist Net”, medindo 2,5 mt de altura por 7 m de comprimento, confeccionadas em fio de seda/nylon de 20mm e com 4 prateleiras. Serão realizadas 2 coletas mensais com inicio no período do crepúsculo (por volta das 17h 30min) permanecendo as redes abertas por um intervalo de 5 horas sendo checadas a cada 20 minutos. Para a identificação das espécies a população amostra será constituída de todos os quirópteros capturados durante o período de Janeiro a Março de 2014. Para a quantificação do vírus rábico será utilizada uma prevalência estimada de 5%, um nível de confiança de 95% e uma precisão desejada de 5% de todos os quirópteros capturados nas coletas, resguardando a importância ecológica dos quirópteros na manutenção do equilíbrio ambiental. Conclusões O presente estudo permitirá o desenvolvimento de estudos regionais, contribuindo com o fornecimento de subsídios para estudos relacionados a formação cientifica de recursos humanos no âmbito acadêmico com a qualificação e aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa relacionados às espécies de quirópteros. Referências ARAÚJO, J.L.; Cordeiro, J.F.; Silva, M. L.; Gomes, A.A. Prevalência da raiva em quirópteros na zona urbana de patos-pb, semi-árido do nordeste brasileiro. In: VI Congresso de Iniciação Cientifica da UFCG , 2009, Campina Grande – PB. VI Congresso de Iniciação Cientifica da UFCG. BELLOTO, A. J. Situação da raiva no mundo e as perspectivas de eliminação da raiva transmitida pelo cão na América Latina. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RAIVA, 2000, São Paulo. ANAIS... São Paulo: Instituto Pasteur, 2000. P. 20-21. FEIJÓ, J. A.; LANGGUTH, A. Lista de quirópteros da Paraíba, Brasil com 25 novos registros. Chiroptera Neotropical, v. 17, p. 1055-1062, 2011. KNOBEL, D. L.; CLEAVELAND, S.; COLEMAN, P. G.; FÈVRE, E. M.; MELTZER, M. I.; MIRANDA, M. E. G. Re-evaluating the burden of rabies in África and Ásia. Bulletin of the world health organization, v. 5, p. 321-400, 2005 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília. Mapas da Raiva no Brasil, 2012. SOUZA, A. M. Controle da raiva animal em Aparecida de Goiânia. In: 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, 2004. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte – MG. Agradecimentos IFPB/Campus Sousa, ao CNPq . 26 3 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa O MEDICO VETERINÁRIO COMO PROMOTOR DA SAÚDE HUMANA: AÇÕES INFORMATIVAS EM FEIRAS LIVRES 1 1 1 2 Edla I. de S. Costa , Francisco A. de S. Segundo , Morgana A. Cavalcante , Roseane de A. Portela * 1 Alunos de Extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:* [email protected] Palavras-chave: Feiras livres, saúde humana, inspeção, Paraíba, Sousa. Introdução O médico veterinário tem participação em todas as etapas da produção da proteína animal, isso faz com que também possua grande participação na segurança da saúde humana. O veterinário promove essa segurança através da fiscalização na comercialização da proteína animal para o publico consumidor (MENEZES, 2005), seja atuando na vigilância sanitária ou atuando como responsável técnico do estabelecimento de abate de animais, ou ainda na criação e sanidade dos animais (CFMV, 2012). Porém a fiscalização no abate de animal e nos pontos de comercialização é insuficiente e até ausente, principalmente nas pequenas cidades. Outro agravante é a deficiência histórica quanto à conscientização e o sentido critico na venda e na compra de produtos cárneos. Sendo assim, esses dois fatos podem refletir negativamente na saúde dos consumidores cárneos, haja vista que várias doenças podem ser disseminadas através do consumo de produtos de baixa qualidade ou impróprios para consumo. Então se objetivou conscientizar os comerciantes e consumidores de produtos cárneos sobre a importância de se obter produtos cárneos de qualidade. Visando com esta alternativa, uma saída para driblar as falhas operacionais por parte da fiscalização e garantir que os consumidores e comerciantes possam ter acesso às informações sobre os critérios importantes a serem seguidos na hora da venda e compra de produtos cárneos. Objetiva-se também a desmistificação que o medico veterinário atua só na cura de doenças dos animais e que o papel do medico veterinário pode ter ação direta na saúde humana. Metodologia A conscientização do consumidor e comerciante está sendo realizados através de ações informativas desenvolvidas em feiras livres onde acontece a comercialização de produtos cárneos nos municípios de Sousa e de Cajazeiras, ambos no estado da Paraíba. As ações nas feiras consistem em comunicação interpessoal, entrega de panfletos autoexplicativos (Figura 1), comunicação em massa com o auxilio de caixa de som que trazem informações sobre a devida importância para os critérios, como a procedência, aspecto (coloração, consistência), odor, cuidados no transporte, manipulação e conservação e preparo dos produtos na hora da venda e compra dos produtos cárneos. Está sendo incluído anúncio em radio local, quinzenalmente, com dicas semelhantes a explicitadas nas feiras. A avaliação do alcance das informações para com o público alvo será realizada através de entrevistas e aplicação de questionários nos locais das ações durante os dois últimos meses do cronograma de execução do projeto. FIGURA 1 Panfletos autoexplicativo confeccionados para distribuição aos consumidores e vendedores nas feiras livres. Conclusões Apesar dos resultados não terem sido totalmente concluídos. Conclui-se que as ações informativas através da conscientização dos consumidores e comerciantes podem ser fundamentais para instruir cidadãos formadores de opinião. Os Consumidores e comerciantes de produtos cárneos que aceitam as informações podem validar a ação e se tornarem cada vez mais exigente. Em fim que a sociedade diante do papel exercido possa perceber a indispensável atuação do medico veterinário para a inspeção de produtos cárneos e promoção da saúde humana. Referências Conselho Federal de Medicina Veterinária. Disponível em: <http://www.cfmv.org.br/>. Acesso em: 20 de dezembro. 2012. MENEZES, C. C. F. A importância do Médico Veterinário na Saúde Pública. 2005. 54f. Dissertação (Monografia) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2005. III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa 27 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa QUALIDADE DE MELANCIAS ‘CRIMSON SWEET’ CULTIVADAS EM ROTAÇÃO COM DIFERENTES ADUBOS VERDES. Daciano M. de Sousa¹; Oscar M. Hafle²; Valéria M. dos Santos¹; Ednaldo B. Pereira Júnior²; Francisco I. Delfino³; Francisco Romário A. Figueiredo¹ 1 Aluno do curso superior Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email:[email protected]; 3 Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: adubação, biomassa, leguminosas, orgânica, fruticultura . Introdução A adubação verde é a prática de se incorporar, ao solo, o tecido vegetal não decomposto, visando manter ou aumentar a fertilidade do solo. (NASCIMENTO e SILVA, 2004). Em razão disso, o conhecimento sobre o efeito da incorporação de leguminosas no crescimento, produção e qualidades de melancias deve ser regionalizado e até mesmo localizado para que a escolha da melhor espécie recaia naquela com maior potencial de produção de fitomassa e de reciclagem de nutrientes O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de melancias ‘Crimson Sweet’ cultivadas em rotação com diferentes adubos verdes, nas condições irrigadas na Região do Alto Sertão Paraibano. Metodologia O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Instituto Federal da Paraíba, Campus Sousa (IFPB-Sousa). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizado com seis tratamentos (T 1= sem leguminosas (vegetação espontânea), T 2= mucuna-preta, T3= crotalária juncea, T4= feijão vigna, T5= guandú-anão, T6= guandu comum), com quatro repetições. Trinta dias após a incorporação dos adubosverdes foi realizada a semeadura da melancia da cultivar ‘Crimson Sweet’, em covas espaçadas de 1,5m entre plantas e 2m entre linhas. As variáveis analisadas foram: massa fresca e seca de cada espécie leguminosa (Mg/ha); e da melancia: peso médio dos frutos (kg), diâmetros longitudinal e transversal do fruto (cm), espessura da casca (cm), sólidos solúveis (ºBrix) e acidez titulável (%). entre as espécies, não diferindo das demais, exceto a testemunha. Com relação ao comportamento da melancia sob diferentes leguminosas pode perceber que as variáveis PES, DLF, DTF, CAS e ACD foi influenciada pelo tratamento (CRO). Com relação ao BRX considerado como fator importante na comercialização e aceitabilidade da melancia, tomou um comportamento diferente das demais variáveis, onde o tratamento FEV apresentou valor médio bem superior as demais leguminosas testadas. Conclusões Nas condições em que o experimento foi conduzido é possível afirmar que: A crotalária foi a espécie que apresentou os melhores resultados nas características de produção de massa fresca e seca, sendo que os piores foram obtidos nas parcelas sem leguminosas (vegetação espontânea), indicando que este tratamento é o menos indicado nas práticas de manejo do solo. Observando o comportamento da melancia sob diferentes leguminosas pode perceber que as variáveis PES, DLF, DTF, CAS e ACD foi influenciada pelo tratamento (CRO). Com relação ao BRX considerado como fator importante na comercialização e aceitabilidade da melancia, tomou um comportamento diferente das demais variáveis, onde o tratamento FEV apresentou valor médio bem superior às demais leguminosas testadas. Referências NASCIMENTO, J.T.; SILVA, I. de F. da. Avaliação quantitativa e qualitativa da fitomassa de leguminosas para uso como cobertura de solo. Ciência Rural, v. 34, n. 3, p. 947-949, 2004. Resultados e Discussão A análise de variância mostrou diferenças significativas entre os tratamentos para as variáveis, exceto para a espessura da casca. Com relação a massa fresca e seca o teste de Tukey (5%) mostrou diferenças entre os tratamentos, sendo a crotalária a mais produtiva Agradecimentos Ao IFPB por contribuir para o nosso aprendizado e financiar o projeto de pesquisa. 28 29 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MARACUJÁ-AMARELO SOB DIFERENTES FORMAS DE CONDUÇÃO DAS PLANTAS 3 Rodilma S. Almeida¹, Francisco I. Delfino , Everaldo M. Gomes², Valéria M. Santos¹, Oscar M. Hafle² 1 Aluno do curso superior Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB. 3 Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: Palavras-chave: Passiflora edulis, podas de formação, produção, fruticultura . Introdução A fruticultura é tida como uma das atividades mais importantes para agricultura brasileira com destaque para o maracujazeiro (Passiflora edulis) que é uma cultura originária de regiões tropicais, principalmente da América Latina. Por ser uma planta trepadeira, precisa de um sistema de sustentação para sua condução, sendo tradicionalmente utilizados: latada ou caramanchão, espaldeira vertical com um, dois ou três fios de arame, espaldeira em T e espaldeira em cruz (Silva, et al., 2004). Dos sistemas de condução existentes a espaldeira vertical é a mais utilizada, por ser de fácil construção e proporcionar boas condições para realização dos tratos culturais (Melo Júnior et al., 2012). As pesquisas envolvendo os sistemas de condução na produção, produtividade e qualidade do maracujazeiro, ainda são bastante escassas Portanto, esse trabalho pretende obter informações sobre a produção, produtividade e qualidade dos frutos maracujá sobre diferentes formas de condução. De acordo com a análise de variância, foram detectadas diferenças significativas para diâmetro longitudinal, diâmetro transversal e porcentagem do suco, para as demais características avaliadas não houve diferença significativa (Teste F a 5%). Na Tabela 1 observa-se que o tratamento 3 (espaldeira vertical com um fio de arame) produziu frutos com maior diâmetro transversal, diâmetro longitudinal e maior porcentagem do suco. No entanto no que se refere a espessura da casca, peso do fruto, peso da casca, peso da semente, peso do suco, brix, ph e acidez não se diferenciaram entre os tratamentos. Tabela 1- Valores de Diâmetro Longitudinal, Diâmetro Transversal, Espessura da Casca, Peso do Fruto, Peso da Casca, Peso do Suco, Porcentagem de Suco, pH e Acidez do frutos de maracujazeiro nos diferentes tratamentos. TRAT DL (cm) DT (cm) ESP. CASCA (mm) PESO (g) P.CASCA PESO SUCO PESO. SEM %DE SUCO BRIX PH 1 87.09 a 71.51 a 7.93 a 227,52 a 149.63 a 49.68 a 28.21 a 21.74 a 2 96.05 ab 80.94 ab 6.69 a 240.86 a 151.37 a 3 99.46 b 87.24 b 7.44 a 247.78 a 138.90 a 70.43 a 31.53 a 29.27 b 13.58 a 3.00 a 6.13 a Metodologia Média 94.20 79.90 7.35 79.38 146.63 61.02 31.07 25.20 13.75 3.03 6.00 O experimento foi conduzido no setor de fruticultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia-Campus Sousa, no período de março a junho de 2013. Os frutos foram colhidos dos maracujazeiros conduzidos em espaldeira vertical com um, dois e três fios de arame. A colheita foi realizada semanalmente. Para a avaliação das características físicas e químicas do fruto em laboratório foram utilizados frutos (4 por amostra) de 8 plantas de cada tratamento, totalizando 96 frutos. Inicialmente, foram feitas as seguintes medidas: massa do fruto (g), utilizando-se balança digital; diâmetros longitudinal e transversal (mm) medindo; comprimento e largura, usando paquímetro digital. Os frutos foram cortados na região equatorial e foram feitas quatro medidas de espessura da casca (mm), com paquímetro digital. A polpa bruta (com sementes) foi pesada e em seguida o suco foi obtido, batendo-se a polpa no liqüidificador, sem danificar as sementes, passando em seguida por peneira de malha fina e medindo-se o peso em balança digital. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância e Teste de Tukey (5%). DMS 10.48 12.45 2.11 238.72 41.78 32.94 19.79 6.27 1.99 0.23 1.26 13.67 a 3.07a ACIDEZ 6.07 a 62.6 a 33.46 a 24.59 ab 14.00 a 3.01 a 5,80 a Conclusões 1- Plantas conduzidas com um fio de arame apresentaram frutos com maiores diâmetros longitudinais e transverrsal e maior porrcentagem de suco; 2- A espaldeira vertical além do menor custo de implantação é recomndada para o plantio do maracujazeiro-amarelo para os pomares de Sousa-PB. Referências SILVA, H. A; CORRÊA, L. S. ; BOLIANI, A. C. Efeitos do sistema de condução, poda e irrigação na produção do maracujazeiro doce. Rev. Bras. Frutic. vol.26 no.3 Jaboticabal Dec. 2004. MELO JÚNIOR, H. B; ALVES, P. R. B; MELO, B; DUARTE, I. N, TEIXEIRA, L, M. Produção do maracujazeiro amarelo sob diferentes sistemas de condução. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15; p. 1 4 1 3. 2012 Agradecimentos Ao IFPB por contribuir para o nosso aprendizado e financiar o projeto de pesquisa. Resultados e Discussão 30 31 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Coalizão entre macacos prego (cebus libidinosus, Spix 1823) como manutenção de poder e reciprocidade na partilha de alimentos Eduardo A. Rufino 1 1 Aluno da Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; Palavras-chave: Coalizão, Macacos-prego, Poder, Partilha de Alimentos. Introdução Alianças entre dois membros de um grupo podem gerar coalizões contra outro membro. Esses conflitos, tanto internos quanto externos, podem ocorrer em muitos contextos, como competição de recursos limitados (TRIVERS, 1972; CLUTTONBROCK, 1986), insatisfação ou desacordo sobre decisões (VAN SCHAIK, VAN NOORDWIJK, 1986) ou monopolização de alimentos, entre outras coisas. Isso pode determinar importantes relações sociais entre indivíduos, e de valores de sobrevivência (ROMERO, CASTELLANOS, DE WAAL, 2011). Nesse estudo, nos investigamos coalizões entre macacos-prego (cebus libidinosus, Groves 2001,2005), e os resultados dessas coalizões para o entender da estrutura social da colônia estudada, bem como os processos de cooperação, competição, coalizões para a obtenção de alimentos, realização de partilha entre os indivíduos que realizaram a coalizão ou autoapropriação dos alimentos por um deles. partilha de alimentos. Isso acontece quando a coalizão é, na verdade, estimulada pelo acesso aos alimentos que não fazem parte da dieta diária da colônia. Portanto, aqueles que estão localizados no ranking mais elevado da hierarquia do grupo tendem a se beneficiar da comida, muitas vezes tomando-as de indivíduos com baixa hierarquia com ajuda de outros, havendo assim uma divisão. Conclusões Sendo assim, o estudo revelou que dado à estrutura social dos macacos-prego, quando existe uma coalizão entre indivíduos de posição mais alta no grupo, há entre eles uma ação de reciprocidade na partilha de alimentos, privilegiando ambos os partícipes, e não apenas um. Essa divisão atua como uma possível recompensa, tanto pela manutenção do poder, como também em resposta do envolvimento do indivíduo recrutado, e do período no qual ambos passam juntos, socialmente. Referências Metodologia Nós conduzimos observações de um grupo de macacos-prego cativos, que habitam no parque zoobotânico Arruda Câmara (Bica), localizado na cidade de João Pessoa, Paraíba, entre junho de 2013 até a data presente. O grupo é composto de 9 indivíduos (n = 2 machos, n = 3 fêmeas e n = 4 infantes). A coleta de dados foi realizada a partir de um método chamado “classificação de traços”, com o qual nos permitiu observar e registrar o comportamento dos macacos-prego, em termos de duração e frequência das atividades, tentando analisar comportamentos padrões (FREEMAN, GOSLING, SCHAPIRO, 2011). Resultados e Discussão Nosso estudo demonstrou que coalizões não só são muito importantes para o estabelecimento da dominância em um grupo, mas também no estabelecimento de relações sociais (DE WAAL, 2007) que poderão gerar reciprocidade e/ou DE WAAL, Frans B. M. Chimpanzees Politics: power and sex among apes. Ed. 25th anniversary edition. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007. FREEMAN, Hani; GOSLING, Samuel D; SCHAPIRO, Steven J. Comparation of methods for assessing personality in nonhuman primates. In: WEISS, Alexander; KING, James E; Murray, Lindsay. (Org.). Personality and Temperament in Nonhuman Primates. London: Sringer, 2011, p. 17-40. (Developments in Primatology: Progress and Prospects). ROMERO, Teresa, CASTELLANOS, Miguel A. DE WAAL, Frans B. M. Post-Conflict Affiliation by Chimpanzees with Aggressors: Other-Oriented Versus Selfich Political Strategy. PLoS One, July 20, 2011, Volume 6, Issue 7, p. 1-6. TRIVERS, RL (1972) Parental investment and sexual selection. In: Campbell B, ed. Sexual Selection and the Descendent of Man. Chicago: Aldine, p. 136-179. VAN SCHAIK, C P, VAN NOORDWIJ MA (1986) The hidden cost of sociality: intra-group variation in feeding strategies in Sumatran Long-tailed macaques (Macaca fascicularis). Behaviour 99: 296315. 32 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa OCORRÊNCIA DE PARASITOSES GASTRINTESTINAIS EM BEZERROS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO 1 2 Nívea Rayanna L. Lima , Larissa Raquel R. C. Corolino , Amélia Lizziane Leite Duarte *3 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: Verminose, hemintos, ruminantes. Introdução As infestações por verminoses estão ligadas ao manejo deficiente dos animais, pastagens, qualidade da água, manejo sanitário, uso irracional de anti helmínticos e descontrole das separações de animais por faixa etária (SILVA,1984). O conhecimento das parasitoses é indispensável para a formulação de programas eficientes de controle. Este estudo teve como objetivos estabelecer a prevalência de helmintos gastrintestinais em bezerros e identificar aspectos de controle relacionados a estas infecções em propriedades do Município de Sousa (Paraíba). Metodologia Para este estudo, foram avaliados bezerros com idade de até 18 meses em 12 propriedades rurais da microrregião de Sousa, localizados na mesorregião do Sertão Paraibano no período de seca. Foram aplicados questionários para obtenção de informações sobre o manejo sanitário e alimentar utilizado. A colheita de amostras de fezes foi realizada diretamente da ampola retal em todos os animais e estas analisadas através da técnica de contagem de ovos por grama de fezes (OPG) descrita por GORDON & WHITLOCK (1939). administração de antihelminticos era variada (com intervalos de 2, 6 e 12 meses) e o resultado do OPG entre estas foi semelhante. Conclusões Há leve incidência de parasitismo gastrintestinal nos bezerros da região de Sousa no período de seca e esta se deve, provavelmente, devido ao clima desfavorável à sobrevivência das larvas de helmintos. Referências Silva, D.J. Controle dos helmintos gastrintestinais em bovinos jovens.Tese (Mestre em ciências em Medicina veterinária -Parasitologia Veterinaria). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Itaguaí. 1984. GORDON, H.M.C.L. & WHITLOCK, H.V. A new technique for counting nematode eggs in sheep faeces. Journal of Commonwealth Science Industry Organization, v.12, n. 1, p. 50-52, 1939. VIEIRA, L. S. Alternativas de controle da verminose gastrintestinal dos pequenos ruminantes. Circular Técnica. Sobral: EMBRAPA/CAPRINOS, 10p., 2003. Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa PIBICT do IFPB Campus Sousa pela concessão da bolsa de estudos. Resultados e Discussão Foram observados principalmente a presença de ovos de Strongylus sp. na maioria das propriedades, além de ovos de parasitas da família Trichostrongyloidea, Eimeria sp., e Moniezia sp. De maneira geral, os exames resultaram em ocorrência baixa de parasitoses e este resultado se deve provavelmente aos longos períodos de seca do semi-árido que não favorecem à sobrevivência dos parasitos no meio ambiente, assim como já verificado por VIEIRA (2003) em outra região do Nordeste Brasileiro. Na maioria das propriedades os bezerros eram criados em regime semi-extensivo, sem nenhuma orientação técnica e a freqüência de 33 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa PERCEPÇÃO AMBIENTAL DO BIOMA CAATINGA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA CIDADE DE PATOS – PB. *1 Telma G. R. Alves , Marília F. Silva *2 1 Licenciada em Geografia e pós graduada em Educação Ambiental pela FIP - Faculdades Integradas de Patos; E-mail: [email protected]. 2 Licenciada em Ciências Exatas, com habilitação em Química (UEPB); Aluna pós graduanda em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB; E-mail: [email protected]. Palavras-chave: educação, conservação, biodiversidade. Introdução A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, que possui várias espécies endêmicas, ou seja, que só ocorrem nesta região. Mesmo sendo tão importante, segundo alguns estudiosos (TABARELLI e SILVA, 2003), esta passa por alterações e deterioração ambiental provocado pelo uso insustentável dos seus recursos naturais, o que tem causado a extinção de espécie únicas e acelerado o processo de desertificação. As escolas têm uma grande responsabilidade no processo de desmistificação da Caatinga, pois, de acordo Araújo e Sobrinho (2009), a Educação não pode restringir o seu papel à mera transmissão de informações. Diante disso, objetiva-se fazer uma análise da percepção dos alunos do ensino médio sobre o bioma caatinga, tendo em vista o pouco conhecimento que se tem deste bioma tão importante para a região Nordeste e para a biodiversidade brasileira. Metodologia A pesquisa adota o método indutivo como método de abordagem, através de um questionário com 7 questões abertas e uma entrevista abordando às definições da caatinga, à educação ambiental importância econômica, e ainda, o uso sustentável da mesma. O presente estudo envolveu 30 alunos do 3º Ano do Ensino, sendo 15 da rede pública de ensino e 15 da rede privada, todos localizados na cidade de Patos, estado da Paraíba (PB). A escolha por este nível de ensino se deve ao fato de que eles estão concluindo o ensino médio, no qual podem ter tido oportunidade de estudar temas referentes à Caatinga. Resultados e Discussão Observa-se que apesar desses alunos residirem em uma microrregião onde o bioma é Caatinga, alguns não consegue identificá-la, principalmente os alunos da rede pública. O quadro 1 sistematiza as palavras que traduzem as representações que os alunos têm da Caatinga. Como pode-se perceber todas as palavras evocadas pelos alunos referem às características deste bioma. Quadro 1: Representação que alunos de escolas da rede pública e privada de ensino têm da caatinga. Palavras Evocadas Comparativo Rede Pública Rede Privada Rede Rede Pública Privada Quente Nordeste 1 10 Seco Pecuária 2 1 Sertão Sertão 4 5 Diversificado Preservação 2 1 Vegetação Seca 8 11 No entanto, os alunos afirmaram na entrevista que não conseguem perceber a presença do homem neste bioma, esquecendo a relação que existe entre o homem e o meio ambiente. Assim, os alunos sentem a necessidade de estudar o bioma Caatinga, mas ao mesmo tempo não sabem o que este significa e para que ele serve, nem tampouco quais os benefícios que ele oferece a sociedade. Conclusões Analisando o resultado deste trabalho, percebe-se que os alunos sentem a necessidade de que este tema seja mais trabalhado em sala de aula e em aulas de campo. Em especial os alunos da rede pública, pois estes são os que menos conhecem o bioma Caatinga. Sugere-se que os professores procurem relacionar os conteúdos de suas disciplinas com questões do bioma Caatinga, para que os alunos sejam capazes de ter uma percepção ambiental deste bioma da nossa região, reconhecendo assim sua importância de uma maneira sustentável, e ainda, usufruindo de todos os benefícios que ele nos proporciona. Referências ARAÚJO, Carla Souza e SOBRINHO, José Falcão. O Bioma Caatinga no entendimento dos alunos da rede pública de ensino da cidade de Sobral, Ceará. In: Revista Homem, Espaço e Tempo. Sobral: UVA, março de 2009 - ISSN 1982-3800. TABARELLI, Marcelo e SILVA, José M. C. d. Ecologia e conservação da Caatinga. Ed. Universitária da UFPE: Recife, 2003. 34 CIÊNCIAS DA SAÚDE III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Análise antropométrica de estudantes do IFPB Campus Sousa 1 1 1 1 Frankley M. de Oliveira , Bruno N. de Oliveira* , Waldiram B. A. de Souza* , Erik J. B. de Carvalho* ,Wesley 2 C. Ramalho 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor de Educação Física, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: capacidades físicas, saúde, estudante. Introdução As medidas antropométricas podem ser fator importante para avaliação/alerta de saúde, na dinâmica atual faz-se uma relação direta de um bom estado antropométrico com as práticas de atividade física, dessa forma nas últimas décadas a pratica regular de atividade física tem sido estimulada como busca de estilo de vida saudável. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2004), a prática regular de atividade física reduz o risco de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon, de mama e diabetes tipo II além de atuar na prevenção ou redução da hipertensão arterial e prevenção do ganho de peso. A prática da atividade física pode ser um fator primordial para manter-se com bons níveis antropométricos. Nesse contexto a busco do estilo de vida saudável é crescente a cada dia, fica evidenciado na literatura dos inúmeros benefícios que se têm quando utiliza-se de parâmetros saudáveis no dia a dia. O objetivo do presente estudo é fazer uma analise do perfil antropométrico dos acadêmicos do IFPB – Campus Sousa-PB Metodologia Este trabalho caracteriza-se como um estudo descritivo. Para a coleta de dados antropométricos utilizou-se a Porcentagem de Gordura Corporal (%G) pelo método de dobras cutâneas, a Circunferência da Cintura (CC), Estatura, Índice de Massa Corporal (IMC) e Peso Corporal. A análise das variáveis seguiram os padrões e normativas descritas por Guedes & Guedes (2006). Participaram da pesquisa 45 jovens estudantes dos cursos superiores e técnicos do IFPB – Campus Sousa. Para a análise dos dados foi utilizado à estatística descritiva (Frequência / Média / Desvio Padrão / Coeficiente de Variação) por meio do programa Assitat 7.7 beta e Epinfo 7.0. Montes Claros. Observou-se que a maioria dos pesquisados (85%) apresentam Índice de Massa corporal (IMC) dentro dos níveis considerados normais e que a maioria (56%) dos pesquisados apresentam baixo risco coronariano quando analisado através da Relação Cintura Quadril (RCQ) Corroborando com estes resultados a tabela 1 apresenta o perfil antropométrico dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa. Tabela 1. Dados antropométricas descritivos das análises Média DP CV %G 12,35 ± 3,75 30,40 CC 76,44 ± 6,22 8,14 Estatura 1,70 ± 0,05 3,43 Idade 19,66 ± 4,96 25,24 IMC 21,88 ± 2,43 11,14 Peso Corporal 63,42 ± 8,09 12,77 Conclusões Este estudo possibilitou demonstrar através da análise do perfil antropométrico dos estudantes do Instituto Federal do Campus Sousa, apresentam-se satisfatórios Referências GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física. Barueri: Manole, 2006. Agradecimentos Agradecemos o apoio financeiro do IFPB – Campus Sousa às atividades de pesquisa, extensão e ensino do Curso de Licenciatura em Educação Física. Resultados e Discussão Em uma analise do perfil antropométrico realizado por Santos et. al. 2011 em acadêmicos do Curso de Educação Física da Universidade Estadual de 35 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Avaliação das capacidades físicas relacionadas à saúde de estudantes do sertão paraibano 1 1 1 1 Frankley M. de Oliveira , Lucas V. Lima* , Tamara A. N. Vital* , Janaina F. de Oliveira* , Wesley C. Ramalho 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor de Educação Física, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: capacidades físicas, saúde, estudante. Introdução Hoje, em pleno século XX, se perguntarmos às pessoas que têm acesso à informação se exercício físico regular faz bem à saúde, talvez encontremos um grande percentual que responda afirmativamente. Existem cada vez mais dados demonstrando que o exercício, a aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção, com a reabilitação de doenças e com a qualidade de vida. Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina do Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa epidemiológica, já demonstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde. Portanto o objetivo deste estudo foi avaliar as capacidades físicas relacionadas à saúde de estudantes do IFPB camus Sousa-PB. Metodologia Este trabalho caracteriza-se como um estudo descritivo. Analisou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), a Composição Corporal (peso gordo, magro e ideal), a Capacidade Aeróbia (VO2), a Resistencia Muscular Localizada (RML peitoral e abdominal) e o IAC de 39 jovens do sexo masculino (19,66 ± 4,96), discentes dos cursos técnicos e superiores do Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa. A escolha dos participantes da pesquisa foi realizada de forma aleatória. A metodologia de análise das variáveis seguiram os padrões e normativas descritas por Guedes & Guedes (2006). Para a análise dos dados foi utilizado à estatística descritiva (Frequência / Média / Desvio Padrão / Coeficiente de Variação) por meio do programa Assitat 7.7 beta. Resultados e Discussão Petroski et al. (2011) avaliou a aptidão física relacionada à saúde de 627 adolescentes (266 rapazes e 361 moças), de 14 a 17 anos. Não atingiram os critérios mínimos à saúde: composição corporal 25 %; flexibilidade 40,8 %; força/resistência muscular 98,5 %, e, aptidão cardiorrespiratória 35,4 %. Na classificação geral, nos três testes motores, foi observada alta proporção de adolescentes (masculino 99,6 % e feminino 100 %). Diferentemente do estudo de Petroski os resultados encontrados neste estudo foram satisfatórios apresentando para circunferência da cintura: 97,44% apresentaram uma CC normal com cerca de 2,56% com CC elevado IAC: dos avaliados 78,95% apresentaram um IAC classificado em moderado, 2,63% ideal e 18,42 com excesso de peso. IMC: Eutróficos 82,05%, Magreza I 5,13%, Magreza II 2,56%, Sobrepeso 10,26% RML ABD: Abaixo da média 10,26%; Acima média 2,56%; excelente 2,56%; fraco 82,05%; média 2,56%. RML PEI: Abaixo da média 20,51%; Acima média 15,38%; excelente 7,69%; fraco 35,90%; média 20,51% VO2: boa 28,21%, excelente 30,77%, fraca 5,13%, muito fraca 10,26%, regular 23,08%, superior 2,56%. Tabela 1. Dados descritivos das Capacidades físicas relacionadas à saúde Média DP CV IAC 22,37 ± 2,62 11,75 IMC 21,88 ± 2,43 11,14 Peso Gordo 8,01 ± 3,28 40,97 Peso Magro 65,18 ± 7,05 10,81 Peso Ideal 55,41 ± 5,99 10,81 RML Abdominal 23,66 ± 7,71 32,59 RML Peitoral 21,94 ± 9,44 43,01 VO2 46,33 ± 12,97 27,99 Conclusões Os estudantes apresentaram bons índices AFRS. Neste sentido, acredita-se que seja de fundamental importância de intervenções direcionadas à população em idade escolar para que se mantenham assim. Referências GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física. Barueri: Manole, 2006. Agradecimentos Agradecemos o apoio financeiro do IFPB – Campus Sousa às atividades de pesquisa, extensão e ensino do Curso de Licenciatura em Educação Física. III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa 36 2 37 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa UMA FORMA LUDOPEDAGÓGICA DE APRENDER PARASITOLOGIA 1 2 2 Larissa Raquel C. Carolino , Nívea Rayanna L. Lima , Ariadne de Barros Carvalho , Paulo Wbiratan L. 2 *3 da Costa , Amélia Lizziane L. Duarte 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluno voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: Educação em saúde, enteroparasitoses, teatro lúdico, prevenção. Introdução Sabe-se que as parasitoses têm como seu alvo preferencial o público infantil, então existe a necessidade de atividades voltadas para a educação nesta faixa etária. TOSCANI et al. (2007) acrescenta que o processo educativo deve ser adequado às capacidades cognitivas de cada fase do desenvolvimento, num ambiente prazeroso, propiciando uma relação direta entre os conteúdos e o seu dia-a-dia. O teatro é um dos caminhos para que as instituições de ensino e os educadores possam atingir uma integração entre todos os membros da comunidade escolar de forma criativa, produtiva e participativa (PCN, 1997 apud ALVES, 2010). Este trabalho foi desenvolvido com intuito de orientar ou alertar as crianças da zona rural de Sousa (PB) sobre práticas diárias de prevenção contra as parasitoses. Metodologia Este trabalho contou com a participação de 5 alunos do Curso de Medicina Veterinária do IFPB (Campus Sousa), que, para tornar o tema acessível ao público infantil, utilizaram uma peça de teatro onde a palhaça Alegria apresenta seus amigos animais da fazenda e relatam práticas erradas de higiene do seu proprietário Júlio (Figura 1). Ao final da apresentação as crianças foram questionadas utilizando um jogo de certo e errado sobre os principais ensinamentos expostos. deletérias à saúde e que mantêm um grande contato com os animais de companhia, assim como alertado anteriormente por NEVES, D.P. (2000). Conclusões A peça teatral é uma forma de abordagem que têm se mostrado eficaz para a demonstração de procedimentos preventivos contra às parasitoses, já que as crianças ao fim da apresentação, conseguiam julgar os hábitos incorretos e corrigi-los. Referências ALVES, E. C. TEATRO: UM OLHAR LÚDICO À FACE DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL. In: II Jornada Pedagógica Do Lalupe – Olhar multidisciplinar sobre a ludicidade, Anais...10, 2010, Ponta Grossa. NEVES, D.P., Relação parasito-hospedeiro. In: Parasitologia humana.10.ed. São Paulo: Atheneu, 2000b.cap.2, p.4-9.) TOSCANI, N.V.; SANTOS, A. J. D.; SILVA, L. L. M.; TONIAL, C. T.; CHAZAN, M.; WIEBBELLING, A M P.; MEZZARI, A. Development and analysis of an educational game for children aiming prevention of parasitological diseases. Interface comunic., Saúde, Educ., v.11, n.22, p.281-94, mai/ago 2007. Agradecimentos Os autores agradecem ao PROBEXT do IFPB Campus Sousa pela concessão da bolsa de estudos e às escolas Municipais e Estaduais dos Núcleos I, II e III que contribuíram imensamente na realização deste projeto. Resultados e Discussão As visitas às escolas começaram no mês de Novembro do corrente ano e atendeu até o momento 580 crianças da rede pública de ensino infantil da cidade de Sousa – PB, incluindo especialmente as escolas localizadas nos distritos de São Gonçalo e Núcleos I, II e III. Na avaliação do entendimento da peça, o jogo de certo e errado, houve participação ativa das crianças e estas conseguiram julgar corretamente os hábitos higiênico-sanitários e corrigi-los de modo a evitar as parasitoses. Projetos como este são importantes já que a população infantil constitui o grupo mais suscetível às enteroparasitoses e às suas conseqüências 38 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa VETAMIGAA: VETERINÁRIO - ATENDIMENTO MÉDICO INDISPENSÁVEL AO GRANDE AMIGO ANIMAL 1 Anderson L. Alves¹, Ayellysson A. das Neves , Roseane A. Portela 2* 1 Alunos de Extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected] 2 Professor de Medicina Veterinária , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected] Palavras-chave: assistência técnica, manejo, extensão, Paraíba, Sousa. Introdução Para se conseguir um rebanho sadio e produtivo, o produtor deve adotar as práticas de um manejo sanitário aliado a uma boa nutrição e seleção do rebanho (Domingos & Langoni, 2001). No município de Sousa há pequenas propriedades rurais que são sitiantes que dependem da comercialização de leite e derivados provenientes das criações de animais, sobretudo bovinos, mas também caprinos e ovinos. Muitos deles possuem apenas renda suficiente para gastos fixos e em épocas críticas essa renda é insuficiente para lidar com as adversidades da região principalmente com assistência veterinária. Em situações presenciais percebe-se que o produtor procura essencialmente pontos de vendas de produtos agrícolas e medicamentos veterinários em busca de solucionar problemas na sua criação. Essa realidade ocorre por restrita condição financeira ou por cultura (costume). Se baseando nessa problemática o projeto VETAMIGAA tem como objetivo central a orientação aos pequenos produtores rurais, com melhoria no manejo, estruturação zootécnica, tratamento e prevenção de doenças e quando necessária à realização de exames laboratoriais. Objetiva-se ainda, expor a sociedade de Sousa o papel do médico veterinário e divulgar o curso de medicina veterinária. Estimular os estudantes do IFPB- Campus Sousa a desenvolver projetos similares e oportunizar novas ideias de extensão para que a sociedade seja beneficiada. Metodologia Foi feito um mapeamento das pequenas propriedades rurais de Sousa e vizinhança. Foram escolhidas três propriedades através de entrevistas e o consentimento do produtor rural. As propriedades estão sendo visitadas pelos acadêmicos e ocasionalmente pela orientadora, para auxiliar e acompanhar a realidade do produtor rural. As ações na propriedade consistem em clínica veterinária, exames parasitológicos e quaisquer atividades profissionais requisitadas pelo proprietário ou equipe do projeto, em comum consentimento e sem gasto financeiro para o produtor. Semanalmente nas rádios e em redes sociais, estão sendo divulgadas notas sobre o curso de medicina veterinária e ações do médico veterinário na assistência técnica. E ainda próximo ao termino do projeto serão apresentadas as ações desenvolvidas no projeto aos estudantes locais do IFPB- Sousa de todas as áreas afins e uma visita ao IFPB com familiares interessados dos produtores rurais com apresentação dos cursos das áreas agropecuárias. Resultados e Discussão Os resultados ainda não foram totalmente finalizados. Percebem-se até o presente muitas dificuldades para a execução das atividades na propriedade ocasionada por resistência a abertura de ações construtivas e omissão de problemas na criação. Em um estudo Riet – Correa et al. (2013) demonstrou que no decorrer de dois anos, os produtores aceitam a implantação de nova tecnologias, desde que estas sejam gradativamente implantadas e adequadas aos sistemas de produção. Talvez ainda seja precoce essa oportunidade de abertura que precisamos na propriedade, necessitando de mais tempo para esta conclusão. As demais execuções do projeto estão ocorrendo como esperado. Conclusões Até o momento pode-se concluir que a inovação do projeto para a sociedade e produtores provoca incertezas. São notórias as indagações duvidosas e a pouca abertura dos produtores para as ações do projeto. Porém a principal abertura que se esperava foi alcançada que foi a entrada dos acadêmicos e da veterinária nas propriedades. Essa conclusão é a certeza que muitas ações positivas podem ser efetivadas com a certeza que serão em longo prazo. Referências Domingues, P.F.; Langoni, H. 2001. Manejo sanitário animal. Rio de Janeiro: EPUB. Riet-Correa B. et al. 2013. Sistemas produtivos de caprinocultura leiteira no semiárido paraibano: caracterização, principais limitantes e avaliação de estratégias de intervenção. Pesq. Vet. Bras. 33(3):345-352. 39 CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa A INSERÇÃO DE AULAS PRÁTICAS NO COTIDIANO ESCOLAR 1 José Hugo Lins de Figueiredo , Albaneide Fernandes Wanderley 2 1 Aluno de Iniciação Científica-EM, Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected] 2 Professora de Química, Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, , e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: abordagem invetigativa, química experimental Introdução A aprendizagem efetiva dos conceitos no ensino de ciências da natureza requer um programa que contemple teoria e prática. No ensino de química os experimentos contribuem para o desenvolvimento dos conceitos básicos, pois a aula experimental é um instrumento de ensino eficiente por facilitar a visualização e compreensão de fenômenos. Hofstein e Lunetta (2003) relatam que uma abordagem investigativa implica em planejar a investigação, interpretar e comunicar os resultados, levando os alunos a propor, discutir, decidir ao contrário do que ocorrem na abordagem tradicional. Para que o conteúdo possa ser aprendido é preciso que sejam adequados a sua realidade e que tenham sentido para os mesmos, desta forma, é fundamental saber para que serve determinados conteúdos e qual a sua aplicação (ZABALA, 1999). Neste trabalho será desenvolvido um manual didático pedagógico, com a finalidade de inserir aulas práticas no cotidiano escolar, tornando a aprendizagem em química mais efetiva e prazerosa. Um diagnóstico sobre a percepção dos alunos em relação ao ensino de Química e a relação desta ciência com atividades experimentais foi traçado. Metodologia A pesquisa foi realizada em três turmas do ensino médio da Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, no município de Cajazeiras, estado da Paraíba, ao decorrer do ano letivo de 2013. Participaram da pesquisa 86 alunos com faixa etária entre 15 e 19 anos. Para seleção dos experimentos, foi levado em consideração o tempo de realização dos experimentos e sua relação com os conteúdos ministrados em sala de aula. Em uma abordagem investigativa, foi aplicado ao grupo de amostragem, um questionário com o objetivo de avaliar o interesse na disciplina e sua relação com o cotidiano do aluno, bem como a sua compreensão de conceitos científicos após participação em aulas experimentais. Resultados e Discussão A seleção dos experimentos foi bastante cuidadosa, de acordo com o programa ministrado no ensino médio. A maioria dos reagentes utilizados nas aulas experimentais possui baixa toxicidade. O capítulo introdutório relata com clareza as normas de segurança que devem ser conhecidas ao manusear os reagentes e equipamentos em um laboratório de química. As aulas práticas foram ministradas em grupos de 25 alunos, e o tema de cada aula relacionava-se ao conteúdo ministrado em sala de aula. Dados obtidos a partir das respostas do questionário revelaram a que cerca de 90% dos alunos acredita que as aulas práticas são capazes de tornar as aulas atrativas, despertando o interesse científico. Cerca de 80% do grupo de amostragem afirmaram a eficiência das aulas experimentais na aprendizagem do conteúdo ministrado em sala de aula, na abordagem teórica. Figura 1. Resposta dos alunos ao avaliar a socialização do conhecimento de química somente com aulas teóricas. Conclusões Em busca de uma nova perspectiva, entende-se que a partir do diagnóstico realizado através desta pesquisa, o ensino de Química deve passar por planejamento que privilegie a atividade prática, levando o aluno a uma reflexão crítica do mundo e o envolvimento deste com os conteúdos ministrados em sala. Referências Hofztein, A P, Lunetta, V; The laboratoscience education: Foundation for the twenty-first century. Science Education, V. 88, p.28-54. 2003. Zabala, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: ARTMED, p19.1999. p19 Agradecimentos A UFCG, pela concessão bolsa PIBIC-EM. 40 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Avaliação da viscosidade cinemática de biodiesel e blendas com Diesel segundo a especificação da ANP 1 2 3 4 Kelvin C. de Araújo , Romário de L. Oliveira , Hanniman D. C. Barbosa , Manoel B. Dantas* , Antônio G. 5 Souza 1,2 Discentes do Curso de Licenciatura em Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected]; 3,4 Professores de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected]; 5 Professor de Química, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: Biodiesel de mamona, misturas, Diesel Introdução A viscosidade do biodiesel aumenta com o comprimento da cadeia carbônica, grau de saturação, presença de triacilglicerídeo e produtos da degradação oxidativa, ocasionando a deposição 1,2 de resíduos nas partes internas do motor . Estes contaminantes podem, portanto, ser monitorados indiretamente através da determinação da viscosidade cinemática a 40 ºC. A norma EN 14214 (EN ISO 3104) estabelece um intervalo aceitável de 2 -1 3,5 a 5,0 mm .s , ASTM D6751 (D 445) permite um 2 -1 intervalo de 1,9 a 6,0 mm .s e a ANP com limite 2 -1 aceitável de 3,0 a 6,0 mm .s . Inserido nesse contexto, este trabalho teve como objetivo geral avaliar a viscosidade cinemática das misturas de biodiesel e das blendas com o Diesel através do ensaio mencionado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). provocou um leve aumento na viscosidade cinemática do Diesel, mas não excedendo o limite especificado pela norma vigente. A Tabela 1 ilustra o efeito da adição do BES, BEM e BSMX sobre a viscosidade cinemática do Diesel. Tabela 1. Valores de viscosidade cinemática para o BES, BEM e suas BSMX (BSM10, BSM20, BSM30, BSM50) com o Diesel. 2 -1 Biodiesel e Viscosidade cinemática mm .s blendas (40 °C) com Diesel B5 B20 BES 3,40 3,54 BSM10 3,45 3,55 BSM20 BSM30 BSM50 BEM DIESEL Metodologia As blendas (BSMX) de biodiesel etílico de soja (BES) e biodiesel etílico de mamona (BEM) foram preparadas pela adição de 10, 20, 30 e 50% (v/v) de BEM ao BES, sendo denominadas de BSM10, BSM20, BSM30 e BSM50, respectivamente. As blendas (BSMX – onde X é a percentagem de BEM na blenda) utilizadas neste trabalho foram preparadas em proporções volumétricas utilizando vidrarias apropriadas. As misturas foram preparadas misturando-se diesel tipo “Diesel Interior” com BES, BEM e suas BSMX nas percentagens de biodiesel de 5% (B5) e 20% (B20) em volume. Em seguida foi realizado o ensaio de viscosidade cinemática segundo a especificação da ANP. Resultados e Discussão A viscosidade cinemática é um dos problemas mais evidentes do biodiesel de mamona, pois se trata de um dos ésteres de óleos vegetais mais viscosos. A viscosidade cinemática do biodiesel etílico de 2 -1 mamona foi 14,58 mm .s superior cerca de três 2 -1 vezes a do biodiesel etílico de soja (4,50 mm .s ), o que já era esperado, haja vista as ligações de hidrogênio existentes devido a presença do grupamento hidroxila na cadeia graxa ricinoléica. A adição de blendas com maior teor de mamona 3,45 3,46 3,48 3,60 3,67 3,77 3,89 4,43 3,31 Conclusões Os resultados comprovaram que, embora o biodiesel etílico de mamona apresente viscosidade acima do limite, proporções destes podem ser adicionadas ao Diesel, mantendo o mesmo dentro 2 -1 do limite aceitável de 3,0 a 6,0 mm .s . Referências 1 KNOTHE, G. Dependence of biodiesel fuel properties on the structure of fatty acid alkyl esters. Fuel Processing Technology, 86: 1059-1070, 2005. 2 LÔBO, I. P.; FERREIRA, S. L. C.; CRUZ, R. S. Biodiesel: parâmetros de qualidade e métodos analíticos. Química Nova, 32(6): 1596-1608, 2009. Agradecimentos Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB/Campus Sousa, ao Laboratório de Combustíveis e Materiais da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. 41 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM CULTIVO DE MILHO (ZEA MAYS) CRIOULO 1 2 2 R.S.ALMEIDA ; H.VIEIRA ; K.O.GURJÃO ; S.N.SILVA 3 1 Tecnológa em Agroecologia- IFPB-Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ; Professores do IFPB Campus Sousa, [email protected] ;[email protected]; 3 Tecnóloga em Agroecologia - IFPB Campus Sousa; Mestranda em Sistemas Agroindustriais - UFCG Campus de Pombal 2 Palavras-chave: sementes crioulas, fertilidade, crescimento vegetativo. . Introdução As pesquisas envolvendo o modo de aplicação de adubos orgânicos e a produtividade de culturas agrícolas, em particular a do milho na região semiárida nordestina, ainda são incipientes. O rendimento da cultura do milho é afetado pela disponibilidade de água nutriente no solo, os quais estão relacionados com o pH (FANCELLI & DOURADO NETO 2000). Em razão disso a adubação orgânica tem a capacidade de melhorar a drenagem e a aeração do solo, incrementa a capacidade de armazenamento de água, amplia os níveis de nutrientes e a população de microrganismos benéficos ao solo e à planta, estimulando o desenvolvimento radicular (MALAVOLTA et al., 2006). A partir dessa necessidade de melhorar a produção de sementes, o presente trabalho objetivou se em avaliar o desempenho de variedades milho crioulo cultivadas sob diferentes fontes de adubação orgânica. Metodologia O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Instituto Federal da Paraíba, Campus Sousa (IFPB-Sousa). O experimento foi implantado com o delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos, 4 tratamentos e 3 repetições sendo : T1 testemunha, T2 esterco bovino, T3 esterco ovino e T4 húmus. Foram realizadas as seguintes avaliações: altura da planta, relação entre altura da espiga e altura da planta, número de espigas viáveis, produtividade, comprimento de espiga e diâmetro da espiga. Resultados e Discussão A tabela 2 demostra os resultados da análise de variância que evidencia o efeito significativo para a variável, peso de espiga sem palha, ao contrário das variáveis, (CEP) comprimento de espigas com palha, (DEP) diâmetro de espigas com palha, (AP) altura da planta, (AI1º) altura de inserção da primeira espiga, (N°EV/PL) número de espigas viáveis por planta, (ESP/CP) peso de espiga com palha, que não demonstraram efeito de significância. No teste Tukey a 5% foi observado no peso de espigas com palha uma diferença significativa com o tratamento que utilizou esterco de ovino. Conclusões A fonte com esterco ovino expressou melhor resultado com 31,9 (t/ha) para a espiga sem palha. A adubação orgânica não afetou significativamente a altura da planta, altura de inserção da primeira espiga e número de espigas viáveis. Referências FANCELLI, A, L, NETO, D,D Agropecuária. 2000 p. 360 Produção de Milho Guaíba MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba: POTAFOS. 319 p. 2006. Agradecimentos Ao professor e orientador Hugo Vieira pela orientação durante o projeto e ao IFPB por contribuir para que fosse possível a execução do projeto. 42 AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE DO LEITE DE COCO CONDENSADO 1 1 1 2 Maria do Desterro Santos Braga , Angela Maria de Sousa , João Ferreira Neto , Diego Ernani 2 3 Leite Bezerra , Íris Braz da Silva Araújo* Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. E-mail: [email protected] 2 Participante voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. 3 Professor Orientador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. INTRODUÇÃO A industrialização do coco é uma maneira prática e eficiente de aproveitar a sua produção, facilitando a sua comercialização nas mais diversas formas. O leite de coco é um dos produtos derivados do coco mais demandados, de baixo custo e alto valor nutricional, principalmente por conter teores significativos de ácidos graxos, proteínas, açúcares e água (GERVAJIO, 2005; CARVALHO, 2007). A fim de agregar valor à polpa do coco e ofertar aos consumidores um produto inovador e sem lactose, o leite vegetal de coco uma vez submetido a concentrações maiores de sacarose e seguindo o processamento tecnológico adequado de remoção parcial de água poderia ser transformado em um leite de coco condensado. Portanto, o objetivo desta pesquisa consistiu em desenvolver leite de coco condensado avaliando seus parâmetros físicos de qualidade. METODOLOGIA Foram elaborados leites de coco variando em três tratamentos, em função do teor de xarope de glicose: T1 (15%), T2 (20%) e T3 (25%). Os demais insumos utilizados foram o leite de coco, amido de milho e espessante carboximetilcelulose. O leite de coco foi obtido sob prensagem a quente (80ºC). A mistura foi levada para concentração em tachos até que o brix atingisse valores próximos a 55ºBrix. Os tratamentos foram submetidos a análises de atividade de água em aparelho medidor específico, pH em pHmetro de bancada e acidez total, por volumetria (IAL, 2008). Todas as análises foram realizadas em duplicata. As médias foram submetidas a ANOVA e comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os tratamentos não apresentaram diferenças significativas em nenhum dos parâmetros analisados. Para a acidez total, foi observado que mesmo após a concentração do leite de coco todos os tratamentos apresentaram valores inferiores ao limite máximo permitido pela legislação, que é de 5% (BRASIL, 2000). Os tratamentos apresentaram médias próximas a 3%. Com relação ao pH, os tratamentos apresentaram resultados em torno de 5,8, sendo inferiores aos encontrados por Brondi et al. (2008) em amostras comerciais de leite condensado. A atividade de água das amostras encontrou-se em torno a 0,85, semelhante ao valor encontrado por Francischini et al. (2011). Portanto, apesar de a variação na fonte de açúcar não provocar diferenças nos parâmetros estudados, os tratamentos foram semelhantes aos resultados obtidos em leites condensados convencionais. CONCLUSÕES O leite de coco condensado apresentou-se como um produto inovador com parâmetros físicos semelhantes ao leite condensado, podendo ser uma potencial alternativa para os consumidores intolerantes à lactose. REFERÊNCIAS BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 83, de 15 de setembro de 2000. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite de Coco. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/83_00rdc.ht m>. Acesso em: 19 out. 2012. BRONDI, J. Z.; FERRÃO, S. P. B.; SAMPAIO, A. P. A. M.; PINTO, W. R. J.; CALDAS, R. E.; XAVIER, I. R. Avaliação Físico-química de diferentes marcas de leite condensado. 2008. Disponível em: < http://www.sovergs.com.br/site/higienistas/trabalhos/1 0222.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2013. CARVALHO, M. R. A. C. G. P.; COELHO, N. R. A. Leite de coco: aplicações funcionais e tecnológicas. Estudos. v. 36, n. 5/6, p. 851-865, 2009. FRANCISCHINI, J. D.; CASAL, H. A.; FREITAS, D. A.; FERREIRA, A. M.; PEREIRA, J. P. F. OLIVEIRA, L. N. SILVA, P. H. F. Qualidade e segurança de leite condensado: teor de umidade e atividade de água. Nutrire, v. 36, p. 163-164, 2011. GERVAJIO, G. C. Fatty Acids and Derivatives from Coconut Oil. In: Bailey’s Industrial Oil and Fat Products. 6. ed. Vol. 6. John Wiley & Sons, 2006. 43 AVALIAÇÃO SENSORIAL DE PATÊ DE FRANGO COM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE GORDURA POR AMIDO E INULINA 1 1 2 2 Glauco Medeiros Ramos , Maria Érica da Silva Oliveira , José Allan Medeiros de Andrade , 2 3 Damião Junior Gomes , Íris Braz da Silva Araújo* Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. E-mail: [email protected] 2 Participante voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. 3 Professor Orientador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa/PB. INTRODUÇÃO Um desafio atual da indústria de carnes consiste em elaborar produtos cárneos que aproveitem subprodutos do abate e que tenham menor teor de gordura, a qual deve ser substituída por fontes nutritivas que confiram a mesma qualidade do produto original. Componentes vegetais são excelentes opções para substituir a gordura, tais como o amido e os frutooligossacarídeos (FOS), muito estudados atualmente e que trazem benefícios à saúde humana, a exemplo da inulina (GALVAN et al., 2011). O amido é a fonte de reserva mais importante dos vegetais. Pode ser encontrado em raízes, sementes e tubérculos (RIBEIRO; SERAVALLI, 2007). No presente estudo objetivou-se desenvolver patês de frango substituindo parcialmente a gordura vegetal adicionada à formulação por amido de milho e inulina. METODOLOGIA Foram desenvolvidos sete tratamentos de patês de frango, em função do teor de gordura vegetal, amido de milho e inulina: T1 (100% gordura vegetal), T2 (100% amido), T3 (100% inulina), T4 (50% gordura vegetal + 50% amido), T5 (50% amido + 50% inulina), T6 (50% gordura vegetal + 50% inulina), T7 (gordura, amido e inulina em partes iguais). Todas as amostras antes de serem submetidas aos testes sensoriais foram avaliadas microbiologicamente segundo os padrões da RDC n.12 (BRASIL, 2001). Os patês de frango foram submetidos à testes sensoriais com painel não treinado, formados por consumidores potenciais (54 julgadores), conforme especificado por Meilgaard et al. (1991). Os atributos avaliados foram aparência, aroma, sabor e textura. O teste de aceitação realizou-se com uma escala hedônica de categoria verbal de nove pontos. As médias obtidas foram submetidas à ANOVA e comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO Todas as amostras encontraram-se dentro dos padrões microbiológicos legais vigentes. Quanto à aparência dos patês, os tratamentos T3 e T6 foram iguais estatisticamente, apresentando médias referentes ao conceito “gostei regularmente” (7,0). A inulina foi o fator que mais influenciou positivamente na aparência dos patês. No atributo aroma, os atributos 2, 4 e 7 foram estatisticamente iguais, apresentando maiores médias, as quais variaram de 6,6 a 7,2. Dinon e Devitte (2011), substituindo gordura em mortadelas, verificaram que poderia adicionar até 0,1% de carragena e pectina sem afetar negativamente o aroma do produto. maiores quantidades de inulina favoreceram também a textura dos patês, pois as maiores médias ocorreram nos tratamentos 6 e 3. O mesmo efeito foi observado para o sabor dos patês, cujas médias variaram de 5,5 (T7) a 7,7 (T6), semelhantes às obtidas por Dinon e Devitte (2011) em mortadelas com baixo teor de gordura. CONCLUSÕES Dentre os fatores estudados para substituir gordura, a inulina foi a que teve maior influência positiva sobre os patês de frango, trazendo melhores resultados dos parâmetros sensoriais analisados, sem alterar a qualidade do produto. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, 2001. DINON, S.; DEVITTE, S. L. Mortadela adicionada de fibras e com substituição parcial da gordura por carragena e pectina. Monografia. Curso de Graduação em Tecnologia em Alimentos. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Medianeira, 2011. GALVAN, A. P.; ROSA, G.; BACK, J.; LIMA, D. P; CORSO, M. P. Aceitação Sensorial de Linguiça Tipo Toscana com Teor Reduzido de Gordura e Adição de Pectina e Inulina. Revista Ciências Exatas e Naturais.v.13, n.3, 2011. MEILGAARD, M.; CIVILLE, G.V.; CARR, B.T. Sensory Evaluation Techniques.London, CRP Press, Inc. 1991. 287p. 44 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa CINÉTICA DE FERMENTAÇÃO DO HIDROLISADO DA FARINHA DE MANDIOCA 1 2 3 4 Járicles da N. Sousa , Franciélia de O. Silva , Wallber C. Ferreira , Reginaldo F. Sulino , 5 Adriano S. Silva* 1 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluna do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 3 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 4 Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 5 Professor de Tecnologia da Produção de Bebidas, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail:* [email protected]. Palavras-chave: farinha de mandioca, produção de etanol, fermentação. Introdução A mandioca é uma cultura amplamente utilizada na produção de diversos tipos de produtos, dos quais se destacam a farinha e o álcool, o qual pode ser consumido sob a forma de bebida (tiquira) ou como combustível. Quando utilizada para a obtenção de bebidas esta matéria-prima, rica em amido, necessita ser hidrolisada por ácidos minerais ou enzimas para que se obtenha açúcares fermentescíveis, dentre estes glicose, maltose, etc. O presente trabalho teve como objetivo estudar a cinética de fermentação do hidrolisado da farinha de mandioca. Metodologia A farinha de mandioca foi obtida no comércio local da cidade de Pombal-PB. A hidrólise ácida da farinha foi realizada com uma solução a 1% de H2SO4, sendo o processo conduzido em autoclave a 121ºC por 1 hora. Posteriormente, o hidrolisado foi neutralizado com CaCO3 até o caldo apresentar pH 5. O caldo obtido foi diluído de forma a se ter três concentrações em ºBrix (10, 14,5 e 19,4) em três reatores de 3L. Para a fermentação utilizou-se fermento biológico seco (Saccharomyces cerevisiae) de panificação. Durante a fermentação foram coletadas alíquotas de 50mL e estas foram analisadas quanto ao teor alcoólico, ºBrix e crescimento celular. Resultados e Discussão O estudo cinético (Figura 1) mostra que após 21 horas a fermentação do reator 1 não se concretizou, mantendo-se constante seu teor de sólidos solúveis em 18 °Brix e produção de apenas 1 °GL, não ocasionando o consumo do substrato pela levedura. Dentre os três reatores avaliados, ao final da cinética de fermentação o reator 3 foi o que apresentou maior produção de etanol (3,25 °GL), seguido do reator 2 (2,65 °GL). Figura 1. Gráficos: (A) Contagem de Células, (B) Teor Alcoólico (°GL) e (C) ºBrix em função do tempo de fermentação (horas). Conclusões Do estudo cinético de fermentação aplicado ao caldo hidrolisado da farinha de mandioca, concluiuse que para os reatores 2 e 3, o processo de produção etanólica foi mais adequado e eficiente ao substrato do processo de fermentação. Referências COSTA, M. R.; Estudo comparativo das hidrólises ácida e enzimática de matérias-primas amiláceas visando a obtenção de etanol. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química), Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL. 2010, 22 p.; IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas de Instituto Adolfo Lutz. 4. ed. Brasília, 2005. v. 1, 1015 p.; Agradecimentos À UATA/CCTA, e aos colegas dos Laboratórios de Bioquímica de Alimentos e Processamento de Frutas e Hortaliças onde este trabalho foi desenvolvido, por todo o apoio e contribuição. 45 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Determinação do índice de acidez de misturas de biodiesel/Diesel 1 2 3 4 Romário de L. Oliveira , Kelvin C. de Araújo , Samuel G. Bitu , Francisco Eduardo A. Rodrigues , Manoel B. 5 Dantas* 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluno do Curso de Licenciatura em Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Técnico do Laboratório de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 4,5 Professores de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected]. Palavras-chave: Biodiesel de gergelim, ANP, misturas de biodiesel. Introdução No Brasil, diferentes espécies possuem potencial para serem utilizadas como matérias-primas na produção de biodiesel, tais como soja, mamona, girassol, gergelim, entre outros. O gergelim (Sesamum indicum L.) é uma espécie oleaginosa, resistente à seca e apta em zonas áridas e semiáridas, prosperando em regiões de alta temperatura, baixa altitude e iluminação solar abundante. As sementes de gergelim fornecem um óleo muito rico em ácidos graxos insaturados, oleico 1 (média de 47%) e linoleico (média de 41%) . O biodiesel pode ser usado puro (B100) ou misturado ao Diesel em motores do ciclo Diesel. A proporção é expressa através da nomenclatura B2, B5, B20 e B50 representando uma concentração de 2, 5, 20 e 50% de biodiesel no Diesel. O uso de 5% de biodiesel no Diesel tornou-se obrigatório desde janeiro de 2010, assumindo no mercado total uma 1 demanda de 2,4 bilhões (L/ano) . Inserido nesse contexto, este trabalho teve como objetivo geral obter o biodiesel de gergelim por meio da reação de transesterificação via rota etílica/metílica e homogênea alcalina, preparar as misturas biodiesel/Diesel nas proporções de 10%(B10), 20% (B20), 30% (B30) e 50% (B50) e caracterizá-las utilizando o ensaio mencionado pela Resolução nº 07/2008 da ANP. O rendimento experimental de acordo com a estequiometria da reação de transesterificação foi de 96,4% para o biodiesel metílico e de 88% para o biodiesel etílico. Estes dados qualificam o óleo de gergelim como uma fonte alternativa para produção de biodiesel. O índice de acidez para o biodiesel e suas misturas com o Diesel em ambas as rotas, permaneceu dentro do padrão estabelecido pela -1 ANP, ficando abaixo de 0,5 mgKOH.g (Tabela 1). Tabela 1. Valores de índice de acidez para o biodiesel de gergelim e suas misturas com Diesel. -1 Misturas de Índice de acidez (mgKOH.g ) biodiesel com Rota Metílica Rota Etílica Diesel B5 0,13 0,14 B10 0,19 0,14 B20 0,13 0,15 B50 0,13 0,13 B100 0,14 0,14 Conclusões Conclui-se que o gergelim é uma fonte alternativa para a produção de biodiesel, visto que o biodiesel e suas misturas apresentaram respostas satisfatórias em relação ao índice de acidez, Referências Metodologia 1 A obtenção do biodiesel foi realizada através da reação de transesterificação, usando rota etílica/metílica e catalisador básico – KOH, segundo metodologia descrita por Barros e colaboradores 2 (2009) . As misturas foram preparadas misturandose “Diesel Interior” com biodiesel etílico e metílico de gergelim nas percentagens de biodiesel de 5% (B5), 10% (B10), 20% (B20) e 50% (B50) em volume. Em seguida foi realizado o ensaio de índice de acidez segundo a Resolução nº 07/2008 da 2 ANP . BARROS, A. J. M.; DANTAS, M. B.; MORAIS, R.S.; FIRMINO, P.T.; SILVA, A. C.; SOUZA, A. G.; STRAGEVITCH, L. Estudo Térmico e Caracterização Físico-Química do Óleo e Biodiesel Etílico de Gergelim. In: II CONGRESSO DA REDE BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE BIODIESEL, 2009. 2 DANTAS, M.B. Blendas de Biodiesel: Propriedades de Fluxo, Estabilidade Térmica e Oxidativa e Monitoramento Durante Armazenamento. 2010. 115p. Tese (Doutorado em Química) Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2010. Agradecimentos Ao PIBICT do IFPB - Campus Sousa, pelo incentivo à pesquisa e pelo auxílio financeiro. Resultados e Discussão 46 47 Modificação da viscosidade do PCPET após tratamento ácido ou básico 1 2 3 4 Hanniman D. C. Barbosa , Romário de L. Oliveira , Manoel B. Dantas , Oziel O. Silva , Kelvin C. Araujo 5 1 Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected]; 2 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 4 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ; 5 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: viscosidade, polímeros, PCPET. Introdução O Politereftalato de Etileno pós-consumo (PCPET) é um polímero que apresenta uma alta reciclabilidade, mas o desafio esta em isentar o polímero dos contaminantes adquiridos durante o processo de consumo e descarte, para que o processo de reciclagem possa ser realizado. A viscosidade é um dos parâmetros fundamentais para o processamento do polímero. Ela é afetada pela presença de contaminantes durante o processo de reciclagem. Para melhorar o processamento, soluções de limpeza (ácidas, básicas e neutras), podem ser usadas para remoção das impurezas. Essas soluções não podem afetar as propriedades físicas dos polímeros, pois reduzirá a reciclabilidade do polímero. O objetivo desse trabalho é averiguar o comportamento da viscosidade ao submeter massas poliméricas a diferentes concentrações de ácido e base. Metodologia Medidas da viscosidade nas soluções das amostras de PCPET, antes e após a etapa de limpeza química, foram conduzidas visando determinar a viscosidade intrínseca dessas soluções, que tiveram suas massas poliméricas tratadas em soluções de hidróxido de sódio e ácido sulfúrico, num tempo de exposição de 10 minutos. Foram usadas amostras de 10 gramas de PCPET para cada tratamento e um volume de 500 ml de solução de limpeza. Usou-se a norma ASTM D 4603 (Método de Teste Padrão para Determinar a Viscosidade Inerente de Poli (Tereftalato de Etileno)-PET. Este método permite determinar a viscosidade intrínseca de uma amostra de PET. As medidas de viscosidade foram conduzidas em um viscosímetro do tipo Ubbelhode U 4944 2KRK (= 0,75 mm). Uma mistura de solventes composta de fenol/tetracloroetano em uma razão de 6:4 em massa foi necessária para preparar as soluções de PCPET. Os PCPET´s foram previamente triturados visando acelerar a solubilização e secos em estufa de secagem por 6 h a 70 ºC para evitar a degradação do polímero. A concentração de polímero foi de 0,2475-0,2525 g/100 mL. Cada amostra de polímero foi dissolvida na mistura de solventes a 125-130 ºC e após completa solubilização, cada solução foi filtrada, colocada no viscosímetro e as medidas conduzidas a 30 C. A viscosidade intrínseca [] foi calculada a partir de uma única medida da viscosidade relativa usando a relação de Billmeyer abaixo (Billmeyer,1949). Onde: r = t/to t = tempo de fluxo médio da solução, em segundos, to = tempo de fluxo médio do solvente puro (mistura dos solventes), em segundos, C = concentração da solução polimérica em g/dL. Resultado e discussão De acordo com os dados apresentados na Tabela 1 fica evidenciado que a viscosidade relativa (r), viscosidade intrínseca ([]) do PcPET1, praticamente, não foram afetadas quando a limpeza química do polímero foi conduzida nas soluções de NaOH e H2SO4 com concentrações molares de 0,2 por um período de exposição de 10 minutos. Por outro lado, a limpeza conduzida nas soluções de NaOH e H2SO4, com concentrações acima de 0,2 molar por 10 minutos, atuaram na cisão de cadeia do polímero especialmente para o caso onde concentração de 1,0 molar foi empregada. PcPET Propried ade PcPET1 NaOH PcPET1 H2SO4 Concentração Molar Concentração Molar 0,2 0,6 1,0 0,2 0,6 1,0 r 1,3956 1,39 50 1,39 46 1,35 06 1,39 70 1,39 40 1,33 56 [] 0,6978 0,69 69 0,69 62 0,62 62 0,69 99 0,69 53 0,60 19 Tabela 1: Viscosidade intrínseca e relativa do PCPET sem tratamento e com tratamento. Conclusões O PCPET submetido ao tratamento com soluções de hidróxido de sódio e ácido sulfúrico não apresenta alteração na viscosidade em concentrações menores que 0,6 molar e exposição de 10 min. Em concentrações de exposição de 1 molar o ácido sulfúrico é um agente hidrolisante mais eficiente. Referências BILLMEYER, F.W. Methods for estimating intrinsic viscosity. Journal of Polymer Science, v. 4, p. 83-86, 1949. ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Standard Test Method for Determining Inherent Viscosity of Poly(Ethylene Terephthalate) (PET) / ASTM D4603, Philadelphia, v. 8.1, 1994. [] = 0,25(r – 1 + 3 ln r)/C 48 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa O USO DE RECURSOS DIDÁTICOS NAS AULAS DE QUÍMICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL *1 2 3 Silva F. Marília , Souza C. Soraia , Alves R. G. Telma . 1 Licenciada em Ciências Exatas, com habilitação em Química (UEPB); Aluna pós graduanda em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB; E-mail: [email protected]. 2 Doutora em Química; Profª e Coord. do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Exatas da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB - Campus VII - Patos/PB. E-mail: [email protected]. 3 Licenciada em Geografia e pós graduada em Educação Ambiental pela FIP - Faculdades Integradas de Patos; E-mail: [email protected]. Palavras-chave: Deficiente visual, recursos didáticos, ensino de química. Introdução Martins (2008) assegura que a educação deveria ser a porta para os deficientes visuais se adequarem a uma nova realidade de vida. Realidade com qualidade, respeito e dignidade, pois o cerne da escola é desenvolver, e educar seus conteúdos de acordo com as questões sociais, aprovando um censo crítico e uma conscientização construtiva, valorizando assim a cultura e o exercício de cidadania para todos. A deficiência visual é uma limitação que pode ser dividida em cegueira total e visão subnormal. A cegueira total inclui as pessoas que apresentam desde ausência total de visão até a perda da percepção luminosa. Já a visão subnormal abrange as pessoas que apenas são capazes de ver vultos e alguma percepção ou projeção luminosa. O presente trabalho tem como proposta o desenvolvimento e a aplicação de recursos didáticos, particularmente para as aulas de Química, no ensino médio, destinado a deficientes visuais, uma vez que estas adaptações didáticas são utilizadas como ferramenta para uma aprendizagem mais significativa. Metodologia A metodologia aplicada adota os moldes de uma pesquisa de campo com o intuito de sustentar os resultados do estudo teórico-bibliográfico, de cunho experimental para confecção de materiais didáticos e de pesquisa-ação para a realização de uma apresentação com o objetivo de avaliar esses materiais adaptados. A investigação do objeto do estudo desenvolveu-se no âmbito de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), localizado na cidade de João Pessoa – PB, em outubro de 2012. Resultados e Discussão Os resultados da pesquisa indicaram que através de materiais simples e de baixo custo é possível desenvolver recursos didáticos adaptados para ensinar conteúdos de Química para alunos deficientes visuais. Entre os recursos didáticos desenvolvidos encontram-se dois recursos didáticos: a cartilha para se trabalhar o preenchimento de orbitais e os estados físicos da água. Ambos os recursos didáticos foram construídos através de materiais simples e de baixo custo, onde estes foram avaliados por duas alunas com deficiência visual como mostra a Figura 1. Figura 1. Apresentação oral dos recursos didáticos confeccionados. Conclusão Assim, conclui-se que o desenvolvimento e a aplicação desses recursos didáticos tendem a aumentar a interação entre o conhecimento conduzindo a um caminho saudável de simplificação da consolidação do processo de aprendizagem desses alunos que, por conseguinte, sugere uma aproximação da concretização dos anseios da educação inclusiva, além de fornecer orientações metodológicas a professores de alunos com deficiência visual. Referências MARTINS, Vicente. Quem Necessita de Educação Especial? Disponível em: http://www.ibc.gov.br/. Acesso em 20 de agosto de 2013. Agradecimentos Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus João Pessoa por permitir a realização da pesquisa. 49 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa USO DA INFORMÁTICA COMO AUXÍLIO NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 1 2 Mirna Carelli Oliveira Maia , Taiza Maciel Diniz , Maria Martins Formiga 3 1 Professora de Informática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Monteiro, Monteiro-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluna de Iniciação Científica do Curso Técnico Subsequente em Suporte e Manutenção em Informática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Monteiro, Monteiro-PB. 2 Assistente de Alunos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Monteiro, Monteiro-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: Informática, Informática na educação, Informática adaptativa, PNE, Educação Inclusiva. Introdução O uso de ferramentas computacionais está se tornando comum para auxiliar tarefas do nosso cotidiano. Essa situação também acontece nas atividades do processo de Ensino-Aprendizagem nas escolas. Alguns programas especialistas aumentam o contato do aluno com o professor e com o conteúdo visto em sala de aula. A vantagem do uso desse tipo de ferramenta é que a casa do aluno passa a ser uma extensão da sala de aula aumentando o tempo que ele está dedicado aos estudos. Em situações especiais, esse uso pode ser ainda mais interessante. Não é fora do comum, encontrarmos um aluno em sala que está com o braço engessado ou tem deficiência na mobilidade dos membros superiores e não consegue escrever. Isto acaba prejudicando o seu desempenho, principalmente quando é necessário utilizar o caderno para realizar exercícios ou copiar assuntos do quadro. Este trabalho faz parte de um conjunto de atividades que vem sendo realizada no Campus Monteiro do IFPB pela Comissão Permanente para Acompanhar o desenvolvimento Psicopedagógico dos Alunos Portadores de Necessidades Especiais – PNEs [1]. A proposta deste trabalho é que o uso de ferramentas computacionais e de materiais de aula digitais ajudem na melhoria do desempenho de alunos PNE. Embora seja minoria um número relativamente pequeno, a presença do perfil desses alunos requer cuidado, cautela e preparação por parte dos professores e dos técnicos para assuntos educacionais. Diversos setores e profissionais dedicaram tempo e disposição para melhorar o acompanhamento dos PNEs no Campus. Metodologia Essa pesquisa foi realizada em 4 etapas: pesquisa, foi necessário determinar as características e dificuldades que os alunos estavam encontrando no dia-dia em sala de aula; Diante dos problemas encontrados pelos alunos por dificuldade motora, foi realizado uma pesquisa para localizar equipamentos que poderiam ser úteis na sala de aula; Solicitação de equipamentos especiais para adaptação do uso de computadores pelos alunos PNEs;. Resultados e Discussão Como resultado deste trabalho, a lista de equipamentos de informática que foi entregue e solicitada à direção para auxiliar os alunos PNEs nas tarefas do dia-dia em sala de aula ou na biblioteca. A utilização desses equipamentos especiais, facilita o uso do computador por esses alunos e abre um leque de opções com ferramentas que podem melhorar o seu desempenho escolar. Conclusões O uso de recursos computacionais facilita o dia a dia das pessoas. Entretanto, há situações que é necessário um equipamento especial para ter acesso a esses recursos. Pessoas com problemas de mobilidade, temporária ou permanente, precisam de computadores que auxiliem o uso dos recursos que a informática permite acessar. Esse trabalho apresenta uma lista desses equipamentos especiais. Referências [1]. Projeto De Implantação Do Núcleo De Atendimento Às Pessoas Com Necessidades Específicas NAPNE. IFPB Monteiro, Maio de 2012. Pesquisa bibliográfica para conhecer as pesquisas na área de Educação Inclusiva; Definição do perfil dos alunos PNEs no Campus Monteiro. Para realização dessa 50 1 CIÊNCIAS HUMANAS ANALISANDO O IMPACTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA 1 2 3 4 Amanda G. Pedrosa , José L. V. Sousa , Francisca B. A.Lins , Maria S. L. Buarque ,Maria A. A. S. *5 Carvalho 1 Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 3 Pedagoga, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected] 4 Pedagoga, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected] 5* Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: * [email protected] Introdução Esta investigação tem como objeto compreender o impacto do Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e AdultosPROEJA que vêm sendo implementado pelo Instituto Federal da Paraíba- Campus Sousa, situado na região Nordeste do Brasil. Mais especificamente, pretendemos explorar a experiência considerando a perspectiva dos alunos egressos da instituição, buscando compreender os sentidos atribuídos ao seu processo de fortalecimento e sua relação com o percurso histórico do curso a partir dos seus princípios, estratégias, obstáculos e desafios. O fortalecimento é compreendido como um processo que tem relação com um sentido de competência pessoal e vontade de atuar no espaço público, sendo fundamental no processo de desenvolvimento de um trabalho que crie vida. Um trabalho em que o sujeito é capaz de reproduzir a sua existência, primeiramente física e biológica, como também cultural, social, estética, simbólica, afetiva (FRIGOTTO, 2010). O conceito de fortalecimento é definido por Montero (2003) como o processo em que as pessoas desenvolvem conjuntamente capacidades e recursos para controlar sua situação de vida, atuando de maneira comprometida, consciente e crítica, para chegar à transformação de sua realidade, transformando-se ao mesmo tempo a si mesmos. A educação que favorece o fortalecimento dos sujeitos retoma a alegria de viver que para Sawaia (2009) é a base da liberdade que desbloqueia as forças reprimidas da subjetividade, superando as paixões tristes que anulam a potencia de vida, destruindo as relações que sustentam a servidão. Metodologicamente utilizamos o enfoque da pesquisa qualitativa, especificamente da hermenêutica crítica (Bosi & Mercado, 2007), realizando um grupo focal com professores. Não foi possível realizar o grupo focal com alunos egressos pelo número insuficiente de sujeitos para este procedimento. O material discursivo foi gravado, transcrito e organizado em uma rede interpretativa, estando em fase de análise. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do IFPB, sendo aprovado com o número do CAAE: 11036713.9.0000.5185. Considerações Esperamos contribuir para avaliação de programas que considerem a subjetividade dos sujeitos, reconhecendo o conceito de fortalecimento, surgido na práxis da psicologia comunitária, como fundamental no enriquecimento do campo da educação. Referências BOSI, M. L. M. & MERCADO, F. J. Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. (2ª.ed.). Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. FRIGOTTO, G. A dupla face do trabalho: Criação e destruição da vida. In FRIGOTTO, G. & CIAVATTA, M. (orgs.) A Experiência do Trabalho e a educação básica. Rio de Janeiro, Ed. Lamparina, 2010. MONTERO, M. Teoría e práctica de la psicología comunitaria: la tensión entre comunidad y sociedad. Buenos Aires: Paidós, 2003. SAWAIA, B. B. Psicologia e desigualdade social: uma reflexão sobre liberdade e transformação social. Psicologia & Sociedade. 21 (3): 364-372, 2009. Agradecimentos Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica e Tecnológica, PIBIC-EM/CNPq. Metodologia 51 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa A idéia contemporânea do “relacionar-se”: redes sociais e relações humanas à luz de Zygmunt Bauman Lucas S. Fernandes¹ 2 Emmanoel de Almeida Rufino 1 Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB), Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected] Palavras-chave: Relações Humanas, Redes Sociais, Contemporaneidade, Bauman. Introdução Nosso trabalho visa refletir como a contemporânea ascensão das redes sociais afetou positiva e negativamente os princípios das relações humanas, diante das praticidades geradas pelas tecnologias da informação (especialmente a internet, com suas redes sociais), que, neste caso, promovem uma nova forma de produção de sentido relacional por parte dos indivíduos. Discutiremos ainda as problemáticas que também entraram em cena com o estouro desse novo mundo virtual que, em escala global, integra tantos indivíduos ao mesmo tempo em que os segregam. Para pensarmos essa e outras controvérsias face ao problema anunciado da relação entre emergência tecnológico e qualidade das relações humanas, chamaremos à reflexão Zygmunt Bauman. Metodologia Em sua totalidade, o estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica. As análises foram fundamentalmente estruturadas sobre as bases epistêmicas do sociólogo Zygmunt Bauman. Resultados e Discussão Num mundo onde cada vez mais estamos interconectados, onde as fronteiras geográficas foram suprimidas através da expansão das tecnologias de informação/comunicação, é cada vez mais urgente que pensemos formas de maturar as relações humanas. É irônico (senão trágico) notarmos que, apesar de tanta ciência e tecnologia, da facilidade comunicativa de que dispomos através dos novos e versáteis instrumentos de informação, ainda notemos tanta dificuldade de transformar comunicação em diálogo. Apesar do número vertiginoso de acessos e trocas de mensagens nas redes sociais não é difícil percebermos – no mundo real das relações humanas – certa selvageria das pessoas ou uma apatia relacional generalizada, tão grave quanto um ciberbullyng, por exemplo. Não deveríamos estar mais aptos aos desafios que florescem nos contatos do cotidiano, nos encontros com o diferente, na troca de ideias? Esse contexto nos faz suspeitar que, para termos um verdadeiro progresso da humanidade, não basta que façamos grandes investimentos em desenvolvimento de softwares, hardwares e demais tecnologias que facilitem nossas tarefas do dia a dia. Uma sociedade não pode se considerar mais ou menos civilizada por possuir uma quantidade maior ou menor de máquinas e sistemas de alta tecnologia. Para Bauman, essa é – aliás – uma das perigosas falácias do “progresso” contemporâneo, que devem ser suprimidas, ao preço de liquefazermos o sentido básico das relações humanas: a aproximação sensível do outro. Conclusões A guisa de conclusão, nosso estudo revelou que, apesar do atual boom das redes sociais estimuladas pela progressão quantitativa dos meios de comunicação, ancorados pelas novas tecnologias da informação, existe (sim!) uma estranha diminuição qualitativa de relações e vínculos humanos fundados na dialogicidade, na empatia real (que transpassa a virtualidade, apesar dela). A sociedade abraçou a promessa de facilitação relacional subsidiada pelos aparatos tecnológicos e os encarou, equivocadamente, como meio de cárcere virtual,consciente e inconsciente. A facilidade de manipular interesses e ações por trás de uma tela de computador e a rotatividade de vínculos disponíveis a novas “amizades” são alguns dos pontos que sinalizam para a insensibilização frente ao outro. Seguindo Bauman, as relações virtuais estão seguindo a dinâmica de um mundo globalizado pela ideia de que tudo e todos devem ser tratados como mercadorias, que tão logo percam a novidade e ofereçam problemas, devem ser descartados. Referências BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Trad. de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007. RUFINO, Emmanoel de Almeida. Zygmunt Bauman e a emergência da vida líquido-moderna. Revista Litterarius (Santa Maria/RS), v. 7, p. 131-148, 2008. 52 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa AVANÇOS E RETROCESSOS DAS RELAÇÕES HUMANAS CONTEMPORÂNEAS DIANTE A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA Francisco Ribeiro dos Santos Júnior 2 Emmanoel de Almeida Rufino 1 1 Aluno de Iniciação Científica PIBIC-EM (CNPQ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB), Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected] Palavras-chave: tecnologias, ser-humano, sociedade, relações humanas. Introdução Este estudo visa conhecer e repensar os avanços e retrocessos da capacidade relacional dos indivíduos contemporâneos em face do florescimento das avançadas tecnologias da informação, num estudo cujo foco é a discussão do binômio comunicação-diálogo, tomando como chave de leitura o conceito de experiência de Walter Benjamin. Diante disso, visamos possibilitar a compreensão dos aspectos positivos e negativos do atual uso das tecnologias da informação pelos indivíduos, almejando pensar suas verdadeiras funções e vantagens para a promoção de uma vida humana mais digna. Metodologia A metodologia do presente estudo se funda em pesquisas bibliográficas que tangem a relação entre as novas tecnologias da comunicação e as relações humanas, tendo como eixo epistemológico – para problematizar esta temática – a abordagem do conceito benjaminiano de experiência. Resultados e Discussão A tecnologia, definida basicamente como o uso de técnicas e do conhecimento para aperfeiçoar e/ou facilitar o trabalho com a arte, a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa específica é mais antiga do que imaginamos, pois vem desde os povos primitivos. Ela vem crescendo esse tornando cada vez mais essencial à vida humana. É perceptível que em meio à explosão tecnológica que nos possibilita o acesso às mais diversas informações, as relações humanas ficam cada vez mais decadentes e frágeis. Um dos motivos dessa fragilidade e decadência é a falta da experiência, termo que, segundo Jorge Larrosa aponta para “o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca” (2002, p. 21). Com um mundo constantemente bombardeado de informações (Cf. TOURAINE, 2002, p. 99), deixamos de experienciar cada coisa que nos acontece devido ao fato de logo termos que fazer coisas sempre novas, tamanha a celeridade da dinâmica própria da vida globalizada e dos estímulos dela dimanados, o que provoca uma insensibilidade coletiva no âmbito das relações humanas, apesar de tantas tecnologias que nos “servem” de mediação comunicativa. Vemos isso quando comparamos as pessoas de hoje às de um passado recente, que apesar de não disporem de meios tecnológicos de comunicação (que rompem as difíceis barreiras do tempo e do espaço), conseguiam – mais facilmente – maturar verdadeiras relações dialógicas. Onde está o problema? Para Benjamin, no modo como nos servimos da tecnologia. Instrumentos como a internet, a televisão, celulares e computadores, têm um lado muito positivo, principalmente no que aponta a facilidade de acesso à informação. Mas por outro lado, tendem a afastar caso não sejam tomadas como meio, mas como fim da comunicação. Conclusões Colocadas em segundo plano, as relações sociais estão ficando cada vez mais de lado por causa dessa evolução constante da tecnologia e a tal, nos deixando menos sociaveis. É necessário que as pessoas reflitam sobre a utilização da mesma, uma vez que como dito, são essenciais e também que passem a viver intensamente cada momento que transcorre em nossas vidas. Referências BENJAMIN, Walter. Magia, técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Vol. I. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985. BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Trad. de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, nº 19, 2002. TOURAINE, Alain. Critique de La modernité. Paris: Fayard, 2002. 53 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Da mecanicista ciência “moderna” ao pensamento sistêmico da ciência da complexidade: novos horizontes Mariana Monteiro Linhares¹ 2 Emmanoel de Almeida Rufino 1 Aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB), Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected] Palavras-chave: Ciência Moderna, Complexidade, Contemporaneidade, Pensamento sistêmico. Introdução Nosso estudo parte de uma revisitação à Idade Moderna, tentando captar a essência do espírito “moderno” de pensar/fazer ciência em seu processo de consolidação sócio-cultural, prefaciado pelo Renascimento. Da exposição dos pressupostos de sua emergência, partiremos à reflexão das causas e conseqüências de sua crise (entre o século XIX e o XX d. C.). Para refletir e redimensionar os pressupostos de legitimação e crise da ciência moderna, floresce – atualmente – uma nova postura reflexiva sobre a ciência que aponta para uma mudança significativa no modo como a mesma compreende a realidade e sua ação nela: a tendência ao pensamento sistêmico paralelo à noção de complexidade. A presente pesquisa busca desvelar os horizontes dessas novas perspectivas científicas, na aurora do século XXI. Metodologia A metodologia deste estudo se funda em pesquisas bibliográficas, tendo como eixo epistemológico a abordagem dos conceitos de ciência moderna, pensamento sistêmico e ciência da complexidade. Resultados e Discussão O século XXI nasceu no seio da crise dos paradigmas próprios à racionalidade moderna e da consequente decepção quanto às suas promessas. A crise se instalou e passamos a questionar o ideal de que a ciência é o único conhecimento válido, capaz de explicar e produzir o mundo sob a promessa do progresso inevitável da civilização (Cf. DESCARTES, 2006, p. 102). Diante da crise da ciência moderna, emerge nos últimos anos as noções de pensamento sistêmico e complexo. Acerca do pensamento sistêmico se entende um modo holístico de compreensão da realidade, tomada, por sua vez, como campo privilegiado para uma ciência da complexidade, cuja investigação depende da concepção não-linear dos fenômenos, da quebra do dualismo cartesiano e do determinismo newtoniano, da ideia da criatividade como princípio do universo (Cf. PRIGOGINE, 2009, p. 8). Pensar de modo sistêmico (abarcando a complexidade dos fenômenos) – advoga Fritjof Capra – é aceitar que o conhecimento da realidade pressupõe a compreensão de sua complexidade, de modo bem diferente do que sustentou, por exemplo, o dualismo cartesiano. Na verdade, o pensamento sistêmico tem suas raízes nas ideias (anunciadas pelos biólogos organísmicos durante o início do século XX) de que “as propriedades essenciais de um organismo, ou sistema vivo, são propriedade do todo, que nenhuma parte possui” de modo que “surgem das interações e das relações entre as partes” (CAPRA, 2006, p. 40). Conclusões Se a ciência moderna “manipula as coisas, mas renuncia habitá-las” (2004, p. 13), como pontuou Maurice Merleau-Ponty, cabe ao século XXI abandonar as premissas de dominação que engessam o conhecimento da complexidade da vida. Apesar das – ainda presentes – amarras da ciência à economia e a política, dentro dela se abre um conjunto de reflexões que se dispõem a acompanhar as demandas deste século. O pensamento sistêmico e a noção de ciência da complexidade inauguram novas perspectivas que prometem romper com toda lógica de uso científico da técnica que prostitua a natureza e desconsidere a polissemia dos sistemas vivos e não-vivos que integram o universo. Estas novas ideias abrem boas vias para o verdadeiro progresso da ciência, que, para tal, não deve se abster da relação com o pensamento humanístico. Referências CAPRA, Fritjof. A teia da vida. Trad. de Newton R. Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 2006. DESCARTES, René. Discurso do Método. Trad. de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2006. MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. São Paulo: Ed. Cosac, 2004. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. PRIGOGINE, Ilya. Ciência, razão e paixão. 2. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009. 54 ESPAÇO JOVEM: FORTALECENDO VÍNCULOS, VIVENDO A INCLUSÃO 1 2 3 4, Maria F. B. Sousa , Aline L. Brito , Juliana G. A. Nunes , Adriano C. Mendes Maria A. A. S. *5 Carvalho 1 Aluna de extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. 2 Aluna de extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. 3 Jornalista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected] 4 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected] 5* Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: * [email protected] Introdução O Projeto Espaço Jovem buscou contribuir para a educação na perspectiva inclusiva agregando conhecimentos e valores morais, despertando o adolescente para as questões relacionadas à convivência com as diferenças, aceitação de si mesmo e do outro na construção de relações mais afetivas e solidárias. Para Bonetti (2006) a escola como espaço da multiplicidade se expressa como meio político cultural, pois implica na garantia do direito de beneficiar a todo aluno os bens culturais da sociedade enquanto direito éticopolítico. Metodologia O projeto tem como base a formação de um grupo de 15 adolescentes multiplicadores de uma Escola Estadual do município de Sousa, Paraíba. Foram realizadas oficinas de identidade e valor pessoal, comunicação e cidadania, educação inclusiva, oficinas de rádio e pintura em telha. Após as oficinas os adolescentes criaram uma rede de informação entre seus pares. Para dar suporte ao trabalho realizamos encontros com as famílias e servidores da escola para discutir a educação para a convivência. Resultados e Discussão A escola apresentava uma visão negativa do adolescente ao mesmo tempo em que os adolescentes compartilhavam um sentimento de desvalorização, inibição e medo do novo. Diante desta realidade o projeto redimensionou o foco para o desenvolvimento do valor pessoal e poder pessoal dos adolescentes visando superar a apatia e dificuldade de assumir compromisso. Para Góis (2003) o valor pessoal é um sentimento de valor intrínseco, de sentir-se capaz de viver, de gostar de si mesmo, acreditar na sua capacidade de conviver e realizar trabalho. O poder pessoal é a capacidade de influir na construção de relações saudáveis, buscando o crescimento de si e do outro, e a transformação da realidade. No diálogo entre os adolescentes e a gestão da escola aconteceu a mudança da visão do adolescente enquanto sujeito de direitos e co-autor das mudanças. Conclusões Desenvolvendo espaços de trocas e de solidariedades se configurou o protagonismo juvenil na escola, na capacidade de superar as relações que segregam e excluem o diferente. As modificações perpassam também o IFPB campus Sousa quando se organiza uma equipe interdisciplinar que assume na condução das oficinas a educação como um ato político libertador que se contrapõe à concepção bancária de educação. Referências BONETI, Rita Vieira de Figueiredo. O ato pedagógico como possibilidades de prazer, engajamento e significado: possibilidades de inclusão no contexto da exclusão social. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 6, n.17, p.11-20, jan./abr. 2006. GÓIS, Cezar Wagner de L. Noções de Psicologia Comunitária. Fortaleza: Editora Viver, 1993. Agradecimentos Ao Programa Institucional de Bolsas de Extensão do IFPB. 55 1 MOTIVAÇÃO EM SALA DE AULA: UMA REVISÃO DE LITERATURA 1 2 3 4 Maria A.D. Sousa , Kelvin C. Araujo , Aline , Hanniman D. C. Barbosa ,Maria A. A. S. Carvalho *5 1 Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 2 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 3 Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] 4 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected] 5* Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: * [email protected] Introdução O termo motivação deriva do verbo latino movere (mover) que dá impulso, mobiliza para a ação. A motivação no contexto escolar tem sido avaliada como um determinante crítico do nível e da qualidade da aprendizagem e do desempenho dos estudantes. Um estudante motivado mostra-se ativamente envolvido no processo de aprendizagem, engajando-se e persistindo em tarefas desafiadoras, despendendo esforços, usando estratégias adequadas, buscando desenvolver novas habilidades de compreensão e de domínio. Apresenta entusiasmo na execução das tarefas e orgulho acerca dos resultados de seus desempenhos, podendo superar previsões baseadas em suas habilidades ou conhecimentos prévios (GUIMARÃES, 2004). Esta pesquisa tem como foco a revisão de literatura sobre a motivação de estudantes no processo de aprendizado, as variáveis que interferem no seu desenvolvimento e as estratégias que o professor pode utilizar para seu desenvolvimento. A investigação nasce de um grupo de professores e estudantes do curso de Licenciatura em Química do IFPBCampus Sousa no desenvolvimento de conhecimentos e métodos que superem a visão bancária da educação que dá maior ênfase à transmissão de conteúdos e à memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas, deixando de lado a construção do conhecimento químico e o cotidiano. Metodologia palavras-chave: motivação, alunos, escola, motivação discente, motivação intrínseca, motivação extrínseca. Considerações A motivação tornou-se um problema de ponta em educação, pela simples constatação de que, em paridade de outras condições, sua ausência representa queda de investimento pessoal de qualidade nas tarefas de aprendizagem (BUROCHOVITCH e BZUNECK, 2009). Estes autores acrescentam que à medida que aumenta o tempo de estudo os problemas de motivação se tornam mais complexos e profundos, por terem raízes naqueles que se originaram nas séries iniciais e por sofrerem influência das novas exigências dos diferentes tipos de disciplinas, aliadas às características evolutivas do aluno. Diante deste fato reiteramos a importância desta investigação na formação de professores dos cursos de licenciatura, em que a iniciação científica se configura na busca de respostas aos desafios do cotidiano, que nasce das angústias de sala de aula. Referências BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (orgs.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. GUIMARÃES, R, E, S.O estilo motivacional do professor e a motivação intrínseca dos estudantes: Uma perspectiva da teoria da autodeterminação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(2), PP 1443-150, 2004. A metodologia usada neste projeto é a de um estudo de revisão bibliográfica com base em revistas e livros sobre motivação do aluno. Utilizamos como critério de seleção do material bibliográfico: livros nacionais publicados nos últimos dez anos (2003-2013) e periódicos nacionais classificados pela CAPES, nas áreas de educação e psicologia com os estratos indicativos de qualidade A1, A2, B1 e B2. Os periódicos serão selecionadas dentre as publicações dos últimos cinco anos (2009 a 2013) que tenham algumas destas 56 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa O que Platão tem a nos dizer sobre o “jeitinho brasileiro”? Emmanoel A. Rufino 1 1 Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB), Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected] Palavras-chave: Cultura, Civilidade, Jeitinho brasileiro, Platão. Introdução Estudar as bases filosóficas da nossa experiência cultural sempre nos reserva contribuições reflexivas de renovada inspiração, seja porque aí encontramos os alicerces racionais que sustentam a estrutura do nosso modus vivendi, seja porque, apesar dos séculos que separam o tempo presente do tempo de pensadores como Sócrates, Aristóteles e Platão, ainda encontramos uma profunda atualidade de suas contribuições teóricas. Cabe ao pesquisador imergir no pensamento deles e buscar intersecções temáticas, das quais derivem respostas – e o mais importante: perguntas – que renovem o fôlego de intervenção da realidade social, por sua vez carente de eixos norteadores, tamanha a sua atual complexidade e o ritmo de sua ampliação. A proposta textual que aqui dispomos elege Platão como um desses pensadores da filosofia clássica, cuja atualidade reflexiva nos é desafiadora. Apesar dos muitos estudos a ele dedicados, seu pensamento está longe de ser esgotado, principalmente quando percebemos que muitas das nossas questões já se encontravam semeadas no solo fértil de sua mente, direta ou indiretamente contempladas em suas mais de trinta obras. Obviamente, o tema do presente estudo – a saber, o “jeitinho brasileiro” – é um dos casos específicos desses temas que ele não abordou diretamente, mas que podem muito bem ser refletidos à luz do vasto campo epistemológico do seu filosofar. No caso específico do “jeitinho brasileiro”, podemos citar ao menos três eixos norteadores que de Platão dimanam com respaldo incontestável para uma crítica séria e inquiridora: política, ética e educação. Transitando no âmago dessas provocações, embasaremos nossas reflexões sobre uma interrogação primaz: o que Platão tem a nos dizer sobre o nosso “jeitinho” brasileiro de ser, enquanto sujeitos sociais? Metodologia A metodologia do presente estudo se modula em pesquisas bibliográficas, tendo como método (eixo epistemológico) a abordagem do pensamento ético-político de Platão, enviesada à ideia de “jeitinho brasileiro”, conforme referências bibliográficas. Resultados e Discussão Tão conhecido como o Corcovado ou as belas praias nordestinas é o “jeitinho brasileiro” de ser. Esse comportamento semeia uma cultura de exceções, onde a regra é marginal diante da crença de que tudo é possível, desde que se saiba qual o “jeitinho” certo para se achar a exceção conveniente para se navegar nas estruturas sociais, mesmo que para isso seja preciso descarregar um clichê intimidador como um “você sabe com quem está falando?!”. Se pudesse discursar para todos os brasileiros, Platão certamente advertiria para os perigos desse imaginário cultural, pois para ele, isso revela uma baixeza da alma, que é um grande obstáculo para quem deseja abraçar de modo definitivo a totalidade das coisas humanas e divinas. Além disso, deixaria o sábio conselho de que quanto mais elevadas forem as virtudes, menos o indivíduo deverá usá-las para a sua conveniência. Em outras palavras, ninguém deve se aproveitar de sua condição elevada em relação aos demais para, em benefício próprio, desconsiderá-los, humilhá-los, submetê-los a si. Conclusões Se o “jeitinho brasileiro” edifica a lógica do relativismo social, da cultura das exceções, da lei do mais esperto, postulando criar – com isso – uma ética centrada no indivíduo, muito próxima do que propunha a maioria dos sofistas da época de Platão, esse filósofo – em especial – nos mostra que nenhum projeto sócio-político pautado em pressupostos relativistas e individualistas tende ao êxito. A propósito, sob os fundamentos acima citados, uma democracia tende a se transformar numa verdadeira demagogia, já que teoricamente é concebida a partir da ideia de bem comum. Referências DAMATTA, Roberto. O que faz do Brasil, Brasil? São Paulo: Agir, 2002. PLATÃO. República. Trad. de J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2006. RUFINO, Emmanoel de Almeida. Conselhos de Platão: o pensamento platônico sobre temas de ontem, de hoje e de sempre. João Pessoa: Edição do autor, 2013. 57 ENGENHARIAS III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SALSICHAS COMERCIALIZADAS EM DIFERENTES ESTABELECIMENTOS DO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS-PB. Maria G.C.Santos*¹, Celene A. Santos*², Juliana M.L. Santos ¹, Janilda. G.J.Rodrigues ¹, Edilene S.Silva¹ 1 Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected] 1 Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected] 1 Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected] 1 Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: lenesantos_23@hotmail 2 Professora de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected] Palavras-chave: Salsicha, Microbiológica, Contaminação. Introdução A salsicha é um produto cárneo emulsionado, podendo ser fonte de micro-organismos patogênicos devido a sua composição, porém por ser um produto de baixo custo, curto tempo de preparo e grande aceitabilidade houve um aumento significativo da sua produção (FORTUNA & FRANCO, 2005). A salsicha apresenta como ingredientes obrigatórios os seguintes componentes: carnes das diferentes espécies de animais de açougue, conforme designação do produto, observando a definição estabelecida no Coldex Alimimentarius e sal. O presente trabalho tem como objetivo analisar a qualidade microbiológica das salsichas comercializada no município de Bananeiras- PB. Metodologia Foram coletadas 2 (duas) amostras sendo ambas embaladas à vácuo e comercializadas a granel, feitas de frango ambas de mesma marca, em dois mercados situados na cidade de Bananeiras PB. Sendo que esses estabelecimentos têm como público-alvo consumidores de baixa renda. As análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Microbiologia de alimentos da Universidade Federal da Paraíba – UFPB Campus III, Bananeiras-PB. Atendendo o disposto na Instrução Normativa nº 62, do MAPA. Resultados e Discussão Em todas as amostras coletadas foram encontrada a presença de coliformes totais e termotolerantes, em quantidades insuficientes para causar transtornos aos consumidores. A presença de Salmonella, S. aureus, C. perfringens, não foram identificados. Em todas as amostras coletadas foram encontrada a presença de coliformes totais e termotolerantes, em quantidades insuficientes para causar transtornos aos consumidores. A presença de Salmonella, S. aureus, C. perfringens, não foram identificados. Figura 1. Análises Microbiológicas da salsicha a granel. Amostras Parâmetros A* B** C.Sulfito Redutor(UFC/g) ****** <10 <10 Coliformes 45ºC (NMP/g) **** <10 <10 S. coagulase positiva(UFC/g) ***** <1 <1 Salmonella spp /25g (UFC/g) ****** Aus.***** Aus.***** Fontes: Dados de pesquisas. *A: amostra da 1º Mercado; **B: amostra da 2º Mercado; ****NMP/g: número mais provável por grama; *****Ausência em 25g ******UFC/g: unidade formadora de colônias por grama. Conclusões Conclui-se que as salsichas comercializadas nos diferentes mercados da cidade de Bananeiras - PB estão aptas para consumo mais não se podem deixar os cuidados com a manipulação e higiene do local. Referências FORTUNA J. L.; FRANCO R. M. Uma revisão epidemiológica das principais alterações microbiológicas em produtos cárneos embutidos. Revista Higiene Alimentar. 2005; v.19, n.129, p.35-42 BAPTISTA, P.; VENÂNCIO, A. Os perigos para a segurança alimentar no processamento de alimentos. 1ª ed. Guimarães: Forvisão, 2003. 58 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa DESENVOLVIMENTO DE SEMÁFOROS COM CONTROLE DE LUMINOSIDADE 1 José Venício Silva Santos , José Alves do Nascimento Neto *2 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor da área de Indústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus * Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected]; Palavras-chave: semáforos, eficiência energética, sensor de luminosidade. Introdução Em virtude da elevada importância que os semáforos apresentam para o apropriado funcionamento do trânsito, torna-se necessário um projeto adequado para o fornecimento de energia elétrica a estes dispositivos. Neste sentido, apresentamos a substituição das lâmpadas convencionais utilizadas nos semáforos por LED’s de alto brilho, os quais apresentam eficiência energética e vida útil superior àquelas comumente utilizadas. Este trabalho tem como objetivo implementar uma solução para otimizar a potência de semáforos, ajustando a sua intensidade de luz, de acordo com a luminosidade do ambiente, através do uso de sensores de luminosidade. Figura 1. Semáforo acionado durante o dia. Metodologia No que diz respeito ao desenvolvimento do sistema, utilizou-se uma matriz de LED’s RGB (Red, Green, Blue), que é um dispositivo composto por diversos LED’s conectados entre si internamente, juntamente com um sensor de luminosidade (LDR – resistor dependente de luz) e um Microcontrolador Arduino Uno para realizar o controle dos dispositivos. O sensor de luminosidade tem como função monitorar a luminosidade do ambiente, alterando automaticamente sua resistência interna de acordo com o aumento ou redução da incidência de luz no local. A partir disso, o sensor envia um sinal elétrico para o Arduino que por sua vez desativa a metade dos LED’s que estavam anteriormente acesos, diminuindo assim a intensidade de luz emitida pelo semáforo e consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica do mesmo. Resultados e Discussão Para evidenciar a solução proposta pode-se observar nas figuras 1 e 2 uma representação do semáforo em funcionamento, onde durante o período do dia com alta intensidade luminosa o semáforo deve apresentar um brilho mais intenso em relação ao período noturno, para assim garantir o contraste mínimo necessário para o conforto dos transeuntes, o que compreende os pedestres e os motoristas. Figura 2. Semáforo acionado durante a noite. Conclusões Em vista dos aspectos apresentados, percebe-se que a solução exposta neste trabalho proporcionou além do controle de luminosidade dos semáforos, uma forma eficiente de minimizar o seu consumo de energia elétrica, o que reflete diretamente na redução de custos e viabiliza o uso de fontes alternativas de energia. Referências 1. YUKI, H. S., Projeto de Controlador Inteligente para Semáforo. Campinas, 2008. Monografia para o curso de Engenharia de Controle e Automação-Faculdade de Engenharia MecânicaUniversidade Estadual de Campinas, 2008. 59 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CAMPUS DE POMBAL. 1 2 3 4 Glaucio de M. Sousa , Ricélia Maria M. Sales , Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Rilda G. da 5 Silva . 1 Aluno do curso de Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 2 Geógrafa Professora Assistente III Doutoranda em Recursos Naturais( UFCG - Campina Grande), Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 3 Aluno do curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 4 Aluna do curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 5 Aluna do curso de Agronomia, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; Palavras-chave: Água, Potabilidade, Qualidade. Introdução Segundo Capobianco (2007) a água é um recurso natural de valor inestimável. Mais que um insumo indispensável à produção e um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico, ela é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos, que mantêm em equilíbrio os ecossistemas. Para a determinação da qualidade da água existe um documento oficial decretado pelo Ministério da Saúde - PORTARIA Nº 518, de 25 de março de 2004 – que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Neste estudo, o objetivo principal foi avaliar a qualidade da água da UFCG, Campus Pombal, de acordo com o processo de análise dos padrões de potabilidade seguindo os parâmetros da Portaria 518 e as conclusões alcançadas a partir da observação dos gráficos. Metodologia Nesse estudo, foram coletadas amostras de sete bebedouros da UFCG, Campus Pombal, entre o período de 27 de fevereiro a 03 de março de 2013 sendo citados a seguir: bebedouro 1, bebedouro 2, bebedouro 3, bebedouro 4, bebedouro 5, bebedouro 6 e o bebedouro 7. Essas amostras foram coletadas nos recipientes adequados e, na sequência, identificadas, datadas e armazenadas no laboratório de água da UFCG, Campus Pombal onde foi feita as análises físicoquímicas. A determinação do pH, oxigênio dissolvido, da amônia, da cor, da turbidez, da quantidade tanto de nitrito, como de nitrato foi feita através dos devidos métodos de analise de cada um desses parâmetro. Resultados e Discussão Para comprovar o qualitativo dos dados, através das amostras dos sete bebedouros, foram criados gráficos para cada parâmetro que envolve o padrão de potabilidade da água com o seu valor mínimo e máximo permitido de acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde. A Figura 1 apresenta os valores da turbidez para as amostras analisadas. Os resultados obtidos apresentaram para a turbidez valores entre 8,08 NTU e 18,8 NTU (Figura 1), sendo estes superiores aos da Portaria 518, tendo em vista que o valor máximo permitido é de 5 NTU. Figura 1. Valores obtidos da turbidez. Conclusões Através das analises, permitisse concluir que as amostras coletadas nos bebedouros da UFCG Campus Pombal, deferem dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 518. Apesar da obtenção de índices que ultrapassam os valores permitidos, não podemos atingir as conclusões de potabilidade, pois é necessário analisar outros parâmetros físicos químicos, principalmente microbiológicos para definir a qualidade da água analisada. Referências CAPOBIANCO, João Paulo Ribeiro. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA. Ética de uso da água. 2007 Disponível em:<http://www.mundovestibular.com.br/articles/569/1/IMPORTA NCIA DA AGUA/ Paacutegina1.html.>Acesso em: 01 março de 2013. Central do aprendiz. Potencial hidrogeniônico. Disponível em: http://www.centraldoaprendiz.com.br/agua_alcalina.html.> Acesso em: 06 maio de 2013. 60 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ELABORAÇÃO DE BISCOITOS TIPO COOKIES UTILIZANDO GRÃOS INTEGRAIS E AÇÚCAR MASCAVO 1 2 3 3 Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho , Neide marques C. Vieira , Márcia V. Souto , Paloma R. M. da Silva *4 1 Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 2 Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN; Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail:[email protected]; 3,4 Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail: [email protected]; [email protected]; *4 Aluna de Nutrição, Universidade Integrada de Patos – Patos-PB, email: [email protected]. Palavras-chave: Alimento functional, cereais, biscoitos,fibra alimentar, farinha de trigo integral. Introdução Resultados e Discussão A procura por alimentos saudáveis advém do desejo das pessoas de melhorarem a sua qualidade de vida, com isso as indústrias alimentícias enfrentam o desafio de produzirem alimentos seguros e promotores da saúde. Pensando em novas tendências, a incorporação de ingredientes que apresentem propriedades funcionais nos alimentos tem sido alvo de pesquisas nos dias atuais. Os biscoitos são produtos aceitos e consumidos por ampla faixa etária da população, apresentando as vantagens e facilidade de consumo e de longa estabilidade ao armazenamento. Portanto, a proposta deste trabalho foi elaborar biscoitos tipo cookie utilizando diferentes concentrações de grãos integrais e açúcar mascavo. O resultado da análise da composição físicoquímica dos biscoitos tipo cookies está descrita na Figura 1 apresentada abaixo. Metodologia O trabalho foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Grãos e Cereais, UFCG/UATA/Pombal-PB, onde o produto foi formulado e em seguida foi realizada a caracterização físico-química do biscoito. Foram elaboradas três formulações, onde amostra F1 foi elaborada utilizado 44,44% de farinha de trigo + grãos integrais, sendo 22,22% (350g) de farinha de trigo integral e 22,22% (350g) de grãos integrais (aveia, gergelim e amaranto), e houve a adição de 14,98% (236g) de açúcar mascavo; a segunda variável, a F2 foi formulada com 28,83% (420g) de farinha de trigo integral, 19,12% (280g) de grãos integrais (aveia, gergelim e amaranto) e 8,10% (118g) de açúcar mascavo F1; já na F3, foram adicionados 36,60% (490g) de farinha de trigo integral, 15,69% (210g) grãos integrais (aveia, gergelim e amaranto) e não houve adição de açúcar mascavo. Os cookies formulados foram submetidos à avaliação físico-química para determinação dos parâmetros umidade, cinzas, proteínas, lipídios e açúcares totais Formulações Variáveis F1 F2 F3 Umidade 9,75 ± 0,36 c 11,61 ± 0,44 a 10,62 ± 0,13 b Proteínas 8,87 ± 0,09 a 9,03 ± 0,18 a 8,80 ± 0,24 a Lipídeos 13,73 ± 0,40 a 13,45 ± 0,39 a 13,54 ± 0,15 a Cinzas 4,88 ± 0,00 a 4,89 ± 0,00 a 4,89 ± 0,00 a Açúcares totais 60,28 ± 0,01 a 50,87 ± 0,16 b 33,43 ± 0,04 c Em se tratando dos resultados, não foi encontrada diferença significativa (p<0,05) entre as formulações para os parâmetros: cinzas, lipídeos e teor de proteína, a umidade variou entre 9,75% a 11,61% para as formulações F1 e F2 respectivamente. O teor de carboidratos totais diferiu significativamente (p ≤ 0,05) entre os cookies, variando de F3 = 33,43% à F1 = 60,28%. Esta diferença era esperada, visto que intencionalmente houve a redução de 50% do açúcar mascavo na formulação F2 e de 100% deste açúcar em F3, ao comparar estas formulações a F1. Conclusões Ficou evidenciado que a incorporação de farinha e grãos integrais na formulação de biscoitos tipo cookie é interessante comercialmente, gerando produtos de elevada aceitabilidade pelos consumidores. Referências SÃO PAULO. Instituto Adolfo Lutz. Métodos FísicoQuímicos para análise de Alimentos.São Paulo. IV Edição,2008. CAUVAIN, STANLEY P. Tecnologia da panificação. 2. ed. Barueri, SP: Malone, 2009. 61 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ELABORAÇÃO DE DOCE DE OVO 1 2 3 4 Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Dory Lany A. Dantas , Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho 1,2,3 Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail: [email protected] ; [email protected]; [email protected]. 4 Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected] ; 5 Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN; Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail: [email protected] ; Palavras-chave: ovo, doce em calda, elaboração. Introdução Os ovos são produtos de fácil acesso para população, devido seu baixo custo, sendo um ingrediente de alta importância na culinária brasileira e muito útil na indústria de transformação. Os ovos são importantes constituintes da alimentação, podendo contribuir para melhorar a dieta de pessoas de baixa renda, contendo alto teor de proteína de excelente qualidade, gorduras, vitaminas e minerais. Além de ser uma importante reserva de nutrientes, também contém substâncias promotoras de saúde e preventivas de doença. Muitas atividades biológicas têm sido associadas aos componentes dos ovos, incluindo sua atividade antibacteriana, antiviral e modulação do sistema imunológico, evidenciando o elo dieta-saúde, ressaltando assim, a importância do consumo de ovos na prevenção e tratamento de doenças. Segundo a legislação brasileira vigente, “doce em calda” é definido como o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem cascas, cozidas em água e açúcar, envasadas em lata ou vidro e submetidas a tratamento térmico adequado. Esse trabalho tem como objetivo elaborar um doce de ovo em calda, pois além de ser um produto inovador é um produto de baixo custo e aproveitando todos os nutrientes presentes nos ovos. Metodologia O trabalho segue passando por etapas de avaliação. Inicialmente a preparação do doce foi realizada de forma caseira apenas para testes. Tabela 1. Ingredientes utilizados na formulação. Ovos 12 und. Rapadura Água Potável 1 L. Cravo Canela 1und. e a gosto formação do mel, em outro recipiente separou-se às claras e bateu-se até o ponto de neve. Logo após, misturou-se as gemas, seguindo o batimento até ficarem firmes. Com o mel pronto, colocou-se para cozinhar a mistura dos ovos, não mexendo para não desmanchar as postas que se formarão. Em seguida adicionaram-se os condimentos. Os próximos passos para a conclusão do trabalho é realizarmos as análises microbiológicas, físicoquímica e sensorial, para determinarmos sua composição e o índice de aceitação desse novo produto por parte dos consumidores. Conclusões Resultados de pesquisas vêm mostrando que o ovo é considerado um dos alimentos mais completos da natureza, tanto devido a sua variedade em nutrientes como por seu elevado grau de utilização por nosso organismo. É considerado o alimento de maior valor biológico, contendo todos os aminoácidos essenciais necessários à nutrição humana, sendo assim uma nova alternativa de se aproveitar os nutrientes com a elaboração deste produto. Durante o armazenamento, podem ocorrer algumas mudanças nas características físicas, microbiológicas e químicas. Essas mudanças dependem das condições de armazenamento dos ovos e seus derivados, devido a isso análises futuras serão realizadas para determinarmos a viabilidade da produção do doce de ovo. Referências DONATO, D.C.Z., GANDRA, E.R.S., GARCIA, P.D.S.R., REIS, C.B.M., GAMEIRO, A.H. A QUESTÃO DA QUALIDADE NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO OVO. In SOBER 47° “Congresso ‘‘Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural” Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009. CNNPA. Conselho Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Normas técnicas especiais. Resolução n° 12, de 24 de julho de1978. Em uma panela adicionou-se a água e a rapadura, para a preparação do mel, deixou-se ferver até a 62 *5 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa ELABORAÇÃO DE HAMBÚRGUER BOVINO COM ADIÇÃO DE INULINA COMO SUBSTITUTO DE GORDURA 1 2 3 3 Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho , Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Paloma R. M. da Silva *4 1 Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 2 Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN; Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail:[email protected]; 3,4 Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail: [email protected]; [email protected]; *4 Aluna de Nutrição, Universidade Integrada de Patos – Patos-PB, email: [email protected]. Palavras-chave: Alimento funcional.Produtos cárneos. Substituição de gordura Introdução A demanda dos consumidores por produtos que sejam saborosos, visualmente atrativos e que, ao mesmo tempo visem à saúde e o bem-estar, é um desafio para a indústria de alimentos. A chave para obter sucesso no desenvolvimento de produtos com baixo teor de gordura fundamenta-se no princípio de considerar cada alimento individualmente e estar atento às propriedades dos ingredientes com capacidade de substituir gorduras disponíveis no mercado, assim como de suas técnicas de aplicação. Em produtos cárneos, a inulina constituise em um ingrediente com bom potencial de aplicação em função de suas propriedades tecnológicas adequadas para substituição de açúcar ou gordura, como agente de corpo e no desenvolvimento de propriedades de textura, com baixo valor calórico. Esta pesquisa avaliou a viabilidade da elaboração de hambúrguer bovino com adição de inulina como ingrediente funcional prebiótico e substituto de gordura,bem como a sua avaliação microbiológica. Metodologia A matéria-prima utilizada foi carne bovina, corte acém (carne magra do dianteiro bovino) e processada no Laboratório de Tecnologia de Produtos de Origem Animal, UFCG/UATA/Pombal PB. Foram formuladas três amostras de hambúrgueres bovinos e as variáveis referidas foram a adição de gordura suína e de inulina. A amostra F1 representa a formulação padrão, com gordura e sem adição de inulina; a F2 foi formulada com 50% de gordura e 50% de inulina; já na F3, não houve a adição de gordura, sendo 100% desta substituída por inulina. A carne bovina foi triturada em moedores, após a moagem, os ingredientes foram misturados à carne manualmente. Em seguida, toda a massa foi prensada e modelada em hamburgueira manual. As análises microbiológicas das amostras de hambúrguer refrigeradas foram realizadas no laboratório de Microbiologia de Alimentos da UFCG/UATA/Pombal-PB, de acordo com as técnicas descritivas na Instrução Normativa nº 62 de 26 agosto de 2003 do Ministério da Agricultura, sendo estas realizadas para Salmonella o sp., Coliformes a 45 C e Staphylococcus coagulase positiva, com base nos padrões microbiológicos da RDC nº 12 de 02 de Janeiro de 2001. Resultados e Discussão Tabela 1. Médias dos resultados das análises microbiológicas dos hambúrgueres bovinos padrão e adicionados de inulina em substituição a gordura. Coliformes Staphylococcus a 45°C Coagulase Salmonella Formulações (NMP/g) sp/25g Positiva (UFC/g) (UFC/g) F1 2,3 x 10² Ausente 4,0 x 10² F2 3,6 x 10² Ausente 4,2 x 10² F3 2,1 x 10² Ausente 4,1 x 10² Padrões microbiológicos 5 x 10³ Ausente/25g 5,0 x 10³ De acordo com esses resultados, os hambúrgueres formulados estavam dentro dos padrões aceitáveis para consumo humano, de acordo com a Resolução RDC n° 12 da Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Conclusões Portanto a adição de inulina é uma alternativa para a redução de gordura em hambúrguer bovino, sem prejudicar suas características sensoriais, além de elaborar um produto com propriedades funcionais. Referências HAULY, M. C. O., MOSCATTO, J. A. Inulina e Oligofrutoses: uma revisão sobre propriedades funcionais, efeito prebiótico e importância na indústria de alimentos. Semina: tech. Ex 23 (2002), 105–118. HEDRICK, H.B.; ABERLE, E.D.; FORREST, J.C.; JUDGE, M.D.; MERKEL, R. A.“ Princípios da Ciência da Carne. 3ed. Dubuque: kendall/hunt Publishing Company, 1994.354p RODRÍGUEZ, R.; JIMÉNEZ, A.; FERNÁNDEZ-BOLAÑOS, J.; GUILLÉN, R.; HEREDIA, A. Fibra dietéticaa partir de produtosvegetais comofonte deingredientes funcionais. Tendências em Tecnologia e Ciência dos Alimentos,v.17, p. 3-15, 2006. 63 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa IMPLEMENTAÇÃO E VIABILIDADE DE BIODIGESTOR NA ESCOLA MUNICIPAL AUGUSTO DOS ANJOS J. PESSOA-PB 1 2 3 Raoni Pinheiro G. de Souza , José Gomes P. Filho , Marcos Antonio G. Pequeno , Williams da Silva G. de 4 5 Lima e Marco Aurélio R. de Melo* 1 Aluno, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; Aluno, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Mestre, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; 4 Professor Biogeoquímica, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected]; 5 Professor Química, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: * [email protected]. 2 Palavras-chave: Biodigestor. Escola, Biogás, Educação Ambiental Introdução Atualmente, uma das problemáticas em termos ambientais é a grande quantidade de residuos gerados pela população e, que são descartados por 1 dia, sem destino final inadequado . Uma das propostas para mitigar este tipo de impacto, é a destinação adequada dos resíduos redirecionando-os para tratamento em 2 biodigestores . Este tipo de tratamente resulta na produção de biogás, composto principalmente por metano e pode ser usado na geração de gás de cozinha e energia elétrica, além de biofertilizante, rico em nitrogênio.Este trabalho objetiva a implementação de um biodigestor na Escola Municipal Augusto dos Anjos para destinar a transformação dos resíduos sólidos em gás e biofertilizante. Metodologia A escolha do biodigestor a ser implementado na Escola Municipal Augusto dos Anjos, se dará de acordo com a realidade apresentada na região, e levando em consideração as condições de funcionamento do biodigestor, bem como as condições e realidade social, econômico e cultural do entorno da Escola. Observou-se o uso continuo da cozinha, que diariamente disponibiliza de 3 a 5 refeições, que beneficiam mais de 900 alunos e funcionários, que são diretamente beneficiados por estas refeições, tendo em vista que esta unidade escolar, esta lotada em uma região e beneficia pessoas de baixa renda. Estimando-se uma geração de resíduos de 20 à 25 Kg/dia, visando descarte diário de restos alimentares, é viável o uso de um biodigestor de fluxo contínuo, sendo os melhores resultados 4 mostrados na literatura , os modelos Chinês e Indiano. Além de serem os mais econômicos em sua construção, praticidade de manuseio, não requererem mão-de-obra especializada, podem ser construídos em tamanhos adequados as necessidades do local e podendo ser utilizados como substrato, a própria matéria disponível no local. Resultados e Discussão Elaborou-se a construção de um biodigestor na Escola de 20 metros cúbicos com vazão necessária para que possa ser operado com uma taxa de 3 carregamento orgânico de 20 kg/m /dia. Com essa proporção e o uso de restos alimentares, pretendese chegar ao um rendimento diário de 3 aproximadamente 7 a 10 m³ de biogás/dia . Esta demanda seria o suficiente para alimentar a cozinha da Escola nos três turnos. Conclusões Estima-se em termos de economia de energia, a produção de biogás tornará a Escola em parte autossuficiente. Outrossim, será implantado dentro da pesquisa a conscientização de educação ambiental, capacitando o corpo docente e discente, buscando subsidios para uma aplicabilidade no universo acadêmico. Referências 1. FERREIRA, Júlio César Benfenatti; SILVA, Jadir Nogueira da, Biodigestor: aplicações e potencialidades. Um estudo de caso do IFMG campus Bambuí, II Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG, Bambuí, MG, 2009. 2. PEDERIVA, Andre Cristiano; SPILLARI, Thiago Rafael; MOLIN, Anderson Dal; POLACINSKI, Édio; Gestão Ambiental: Análise de viabilidade e dimensionamento de um biodigestor para geração de energia elétrica e biofertilizante, 2a Semana Internacional das Engenharias da Fahor, Horizontina, RS, 2012. 3. JABBOUR, Charbel José Chiappetta; SANTOS, Fernando César Almada, Evolução da Gestão Ambiental na Empresa: uma Taxonomia Integrada a Gestão da Produção e de Recursos Humanos, Gestão e Produção, v.13, n.3, p.435-448, 2006. 4. GASPAR, Rita Maria Bedran Leme; Utilização de Biodigestores em Pequenas e Médias Propriedades Rurais, com Ênfase na Agregação de Valor: Um Estudo de Caso na Região de Toledo-PR, Florianópolis-PR, 2003. Agradecimentos À FPB - Faculdade Internacional da Paraíba e a Escola Municipal Augusto dos Anjos pelo apoio concedido. 64 65 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa Programação no ambiente Visualg para softwares de química 1 2 3 4 Hanniman D. C. Barbosa , Romário de L. Oliveira , Manoel B. Dantas , Oziel O. Silva , Kelvin C. Araujo 1 Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 2 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 3 Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; 4 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ; 5 Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]. Palavras-chave: soluções, software, visual, concentração. Introdução O Visualg é um programa que edita, interpreta e executa algoritmos com uma linguagem próxima do português estruturado como um programa normal de computador. O Visualg é um programa que não depende de DLLs, OCXs ou outros componentes (TONET, 2007). Esse software apresenta uma interface de fácil assimilação e comandos em português, que facilitam a programação por profissionais de todas as áreas do conhecimento (TONET, 2007). Na área de química os cálculos envolvendo concentração molar e massavolume são comuns, em função das suas aplicações cotidianas. O desenvolvimento de um programa que possa calcular essas concentrações a partir de dados básicos pode ajudar estudantes e profissionais de laboratórios nas suas atividades acadêmicas, hora como ferramenta de checagem para estudantes ou como ferramenta de agilidade funcional. Metodologia O programa de cálculo de concentrações foi realizado no ambiente de programação do visualizador de algoritmos do Visualg 2.0. Foram definidas três variáveis de entrada (volume da solução, massa molar e massa do soluto) em unidades do sistema internacional (SI). Em seguida os dados são tratados pelas equações de molaridade e massa por volume. Resultados e Discussão A etapa inicial da programação foi a estruturação das variáveis, vol (volume da solução) massa (massa do soluto) e mm (massa molar do soluto) e definição das variáveis como sendo números reais, , conforme figura 1. Após definição das variáveis, o algoritmo foi estruturado para solicitar cada variável definida e gravada, através do comando “leia”, conforme figura 2. Figura 2.: Estrutura do programa. A interface do programa solicita do usuário os dados para cálculo das concentrações molar e massavolume, conforme figura 3. Após inserir os dados o comando “limpatela” é utilizado para retirar os dados e apresentar as concentrações. Figura 3: Execução do algoritmo Conclusões O ambiente de programação Visualg apresenta uma interface que facilita o processo de programação, principalmente para profissionais que não são da área de informática e possibilita uma vasta aplicação na resolução de problemas na área de química. Referências Tonet, B. Manual de programação em ambiente Visualg. Caxias do Sul, 1ª Ed, 2007. Figura 1 – Entrada das variáveis de programa. 66 5 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO DE FRITURA PROVENIENTE DO RU, PARA A PRODUÇÃO DE SABÃO ECOLÓGICO Jackson A. Medeiros¹, Mário C. Lima², Keliane L. Silva², Diego D. Marques³, Max R. Quirino 4 1 Aluno de Iniciação Científica, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]; ²Voluntários do projeto, Universidade federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB. e-mail: [email protected]; ³ Químico do Laboratório de Química, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB. e-mail: [email protected]; 4 Professor do DCBS, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]; Palavras-chave: Resíduo agroindustrial, Meio Ambiente, sabão. Introdução O descarte do óleo usado nas frituras pode significar problemas ao meio ambiente gerando a poluição. A sociedade não esta apta para realizar o descarte correto deste resíduo e o seu descarte acaba sendo o ralo da pia, ou no terreno vazio ao lado de sua casa. Segundo a Sabesp, 1 litro de óleo contamina o equivalente a 20.000 de litros de água de acordo com cálculos formulados pela instituição. Um resíduo de difícil descarte é o óleo de fritura além de não possuir destinação correta e nem tratamento, ao atingir o solo tem a capacidade de impermeabilizá-lo, dificultando a água chegar até o lençol freático (TEXEIRA, 2004). A transformação do óleo em sabão é a forma mais recomendável para o reaproveitamento desses óleos. O sabão é produzido através da reação conhecida como saponificação que é a reação química que ocorre através da mistura de um lipídeo com uma base forte. Metodologia O trabalho foi realizado no laboratório de química da UFPB - Campus III e foi elaborado uma mistura oleaginosa sobre o óleo de partida, Foram feitas análises físico-químicas seguindo os métodos do Instituto Adolfo Luts (2008), essas para verificar as características das amostras, desenvolveu-se duas formulações diferenciando a quantidade de óleo de fritura e acrescentou-se dependendo da proporção óleo de soja em sua constituição. Resultados e Discussão Efetuando uma vistoria das análises presentes no gráfico 1, vimos que o (IS) da mistura oleaginosa foi menor do que a do óleo de fritura, identificando a presença de ácidos graxos com o maior peso molecular, já o (IP) também mostrou-se menor na mistura sendo um bom resultado se pensarmos em substâncias oxidantes presentes na constituição do mesmo; o (II) foi maior na segunda amostra identificando quantidades maiores de insaturações e podendo-se notar que o óleo aquecido tem menor número de duplas ligações devido à quebra das mesmas pelo o calor; com base nas análises foi possível desenvolver duas formulações de sabão, salientando que os sabões desenvolvidos ficaram dentro dos padrões da Anvisa. Tabela 1. Resultados das Análises físico-químicas para as diferentes proporções de óleo. Índice de saponificação (KOH/g) 256,64 200,8 Índice de iodo Wijs 58,49 76,64 Índice de peróxido (meq/Kg) 6,970 4,460 100% óleo de fritura 50% óleo de fritura e 50% óleo de soja Conclusões Foi possível melhorar as condições físicoquímicas com a adição de uma mistura no óleo de partida, e os sabões produzidos ficaram dentro das normas vigentes salientando o quanto é importante o desenvolvimentos de novas alternativas para preservação do meio ambiente e para nossa condição de vida. Esse trabalho mostra como pequenas ações podem refletir positivamente no meio ambiente e no desenvolvimento de novas tecnologias, proporcionando a sociedade alternativas verdes para o destino correto deste resíduo. Referências TEXEIRA, A. C. Lixo ou rejeitos reaproveitáveis? Revista eco 21, ano XIV, Edição 87, Fevereiro 2004. SABESP. Programa de Reciclagem de Óleo de Fritura da Sabesp. Acesso em:<http://site.sabesp.com.br/uploads/file/asabesp_doctos/progra ma_reciclagem_oleo_completo.pdf>. 67 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa SISTEMA DE CONTROLE DE ACESSO UTILIZANDO CÓDIGO DE BARRAS 1 Marcely D. Silva , José A. do N. Neto 2* 1 Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected]; 2 Professor, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Cajazeiras, CajazeirasPB, e-mail: * [email protected]. Palavras-chave: Sistema produtivo, código de barras, tecnologia. Introdução Este projeto consiste na elaboração de um sistema de validação de solicitação de serviços através de códigos de barras, que compreende desde a geração do código de barras até o uso para o controle de equipamentos a partir de uma senha codificada no próprio código de barras até a permissão de utilização do serviço. Inicialmente a solução aqui proposta consiste no controle do gerenciamento de acesso chaves a partir da leitura de um código de barras válido. No caso do controle de acesso temos apenas um dispositivo controlado, que seria a abertura e fechamento do acesso. Metodologia Foram estudadas as técnicas de codificação da informação e associação a uma representação em códigos de barras e as estratégias de armazenamento de códigos de barras com a plataforma Arduino; A interface de comunicação utilizada entre os sistemas de controle de acesso e os equipamentos controlados foi um buffer construído através de circuito transistorizado e um relé, assim separando a parte de controle da parte de potência. O sistema projeto foi implementado e assim, o mesmo foi validado a partir da construção de um protótipo, o que incluiu a geração do código de barras com informação codificada, leitura e habilitação do equipamento selecionado pelo usuário; Figura 1. Esquema do projeto realizado. Conclusões Considerando o fato de que a produção códigos de barras tem um custo relativamente baixo, espera-se que esta tecnologia permaneça presente no mercado ainda por bastante tempo, tendo em vista que estes códigos podem ser gerados a partir de softwares gratuitos e impressão em pequena superfície de papel comum. Sua aplicabilidade vai desde a catalogação de produtos para estoque, ao controle de acesso a serviços e máquinas. Pode-se afirmar que a tecnologia que promete substituir o código de barras é a tecnologia a RFID, embora esta tecnologia esteja em pleno desenvolvimento e seu custo vem caindo ao longo dos anos, da mesma forma a tecnologia de codificação por códigos de barras está sendo barateada, o que torna atrativa a sua utilização. Referências Resultados e Discussão 1. No micro controlador foi implementado um código em linguagem de programação ‘C’, que faz a comunicação entre o scanner óptico, e um cartão de memória para armazenamento de dados em um arquivo do tipo ‘txt’. Quando a informação lida pelo scanner for valida o acesso ao serviço é liberado, e os dados do usuário são salvos no cartão de memória. Todo o processo foi realizado a partir da plataforma Arduino, sendo o mesmo, o “cérebro” do projeto, de maneira que o mesmo analisa o código de barras lido e processa a decisão de bloquear ou permitir o acesso ao claviculário. 2. 3. Arduino. Disponível em http://www.arduino.cc/ acessado em 06/07/2012. História Micro controlador. Disponível em http://eletronica.blogspot.com.br/2008/07/histria microcontrolador.html 02/06/2013. SILVA, M. D.; BERTINO, W. S. P.; NETO, J. A. N. Código de barras no controle de acesso a maquinas e serviços. In: VII CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 2012, Tocantins. Agradecimentos Os autores agradecem ao IFPB pelo apoio ao projeto através de uma bolsa concedida ao primeiro autor vinculado ao programa PIBICT. 68 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE POMBAL, PB. 1 2 3 Yaroslávia F. Paiva , Leidiana E. Xavier , Everton V. da Silva , Alfredina dos S. Araújo 4 1,2 Alunas de Iniciação Científica, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Técnico do Laboratório de Microbiologia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected]; 4 Professora de Microbiologia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB , e-mail: [email protected]. Palavras-chave: higiene, alimentação, microbiologia Introdução se fora dos padrões estabelecidos, devido a Os alimentos vendidos nas ruas representam um presença de coliformes com valores médios de problema de saúde pública, pois, salvo algumas 1,1x10 NMP/g, podendo ter sido ocasionado pela exceções, são preparados e vendidos sem as falta de higiene pessoal dos manipuladores ou na mínimas condições de higiene, podendo conter sanitização das frutas. microrganismos contaminantes e potencialmente Já nos resultados das mãos, tábuas e espátulas patogênicos, colocando em risco a saúde dos pode-se identificar a presença de Stapylococcus consumidores. spp com valores de 0,045 x10 , 1,12 x10 e 9,18 A higiene pessoal dos 3 3 3 3 manipuladores, do ambiente de trabalho e dos x10 utensílios utilizados são os itens imprescindíveis microrganismo para contaminação pós-processamento ou das condições a obtenção de uma alimentação sem UFC/g respectivamente. A presença desse serve como indicador de contaminação e de boa qualidade. de santificação de superfícies em contato com Este estudo tem como objetivo avaliar as condições alimentos. higiênico-sanitárias da produção de alimentos na Após o diagnóstico e orientações feitas aos lanchonete universitária da UFCG, Campus Pombal. manipuladores quanto à correta higienização dos alimentos Metodologia resultados e o cuidado para as ao manipulá-los, amostras os analisadas Foi feita a coleta de amostras das mãos dos encontraram-se dentro dos padrões estabelecidos manipuladores, tábua e espátula com o auxílio de na RDC n. 12 de 2003. swabs e da salada de fruta, adquiridas nas mesmas condições de oferta para consumo, sendo Conclusões imediatamente transportadas ao Laboratório de Conclui-se que das amostras analisadas da salada Microbiologia caixa a qual foi coletada após o diagnóstico inicial isotérmica. As amostras foram analisadas quanto à encontravam- se dentro dos padrões estabelecidos contagem de coliformes a 35ºC e 45ºC, Salmonela pela legislação, comprovando assim a importância sp. e Staphylococcus spp, conforme metodologia da realização de treinamento e orientação dos descrita no Lanara (1981). responsáveis pela manipulação dos alimentos. de Alimentos/UFCG, em Resultados e Discussão Referências Os resultados da análise para a salada de fruta LANARA. Métodos analíticos para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes: métodos microbiológicos. Brasília-DF, 1981. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 12 de 02 de janeiro de 2001. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_01rdc.htm coletada antes da aplicação do diagnóstico com relação a maioria dos microrganismos encontraram- CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 69 III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa A CRIAÇÃO DE EMPREGOS VERDES COMO FORMA DE COMBATE À POBREZA E DE PROMOÇÃO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Williã Taunay de Sousa 1 1 Graduado em Direito, Pós -graduando em Direitos Humanos –Universidade Federal de Campina Grande, Pós graduando em Gestão Pública Municipal–Universidade Estadual da Paraíba, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; Palavras-chave: Empregos Verdes, Pobreza, Desenvolvimento Sustentável. Introdução Os empregos verdes são oriundos de uma economia verde preocupada com a criação de empregos decentes e a manutenção de direitos e garantias fundamentais da sociedade. Para a PNUMA (2009, p. 05) “os Empregos verdes são aqueles que reduzem o impacto ambiental de empresas e de setores econômicos para níveis que, em última análise, sejam sustentáveis”. Não existe povo ou nação rica tendo a pobreza como uma de suas realidades. Vários setores da economia poderiam auto-sustentar os seus trabalhadores, gerando renda e dignidade para os mesmos. O trabalho mostra que vale a pena investir nessas ideias mostrando que, nos países onde houve investimentos, os resultados foram animadores. A conta disso é imperioso que se relacionem atividades que tenham como condão a promoção da atividade econômica, relativa ao trabalho do cidadão, com a perspectiva de proteção e promoção da justiça ambiental e ao desenvolvimento sustentável, como as atividades de agricultura; recuperação do meio ambiente; distribuição da água; manutenção da rede de esgotos; energias renováveis; turismo. Metodologia Torna conveniente abordar de maneira dedutiva o tema, contando com métodos adequados para aferição das informações sobre as premissas oferecidas pelo Direito Ambiental e as circunstâncias que envolvem a geração de empregos, a redução da pobreza e a igualdade social. Como procedimento metodológico, lança-se mão do método histórico, para entender a situação do desenvolvimento sustentável e sua figuração atual. Para analisar a complexidade do tema, coloca em uso o método monográfico e, ainda, o estatístico, observando as variáveis contidas em pesquisas realizadas por órgãos mundiais, tangendo as relações de emprego e economia. Resultados e Discussão Energias Renováveis: Um dos principais programas de investimento em energias renováveis que deu certo foi o Grameen Shakti. O programa consiste em uma promoção as tecnologias de energia renovável para a população rural, dos países emergentes, com o intuito de proteger o meio ambiente e, ao mesmo tempo, melhorar os padrões de vida da população. Pessoas de baixa renda captavam microcréditos a juros baixos junto ao Banco Grameen, através da Empresa Grameen Shakti, responsável pela comercialização de serviços e utilitários a base de energia solar, instalavam em suas casas sistemas solares caseiros, onde poderiam explorar de alguma atividade econômica ou poderiam, ao menos, melhorarem o índice de poluição que saiam de suas casas. A manutenção dos equipamentos, também serviu para gerar mais emprego e renda. Outros setores como o uso correto da água e do saneamento básico adequado, a agricultura baseada no esverdeamento da propriedade rural e o turismo, fazem desta uma realidade animadora para perspectivas futuras. Conclusões Até o momento o objetivo do trabalho foi alcançado, uma vez que consegue mostrar que existem setores da atividade econômica preocupados com a preservação do meio ambiente, fortes na geração de empregos e na inclusão social, em busca de um desenvolvimento econômico sustentável. Referências MAJUMBER, A. Bangladesh’s rural poor tap the power of the sun. International Herald Tribune, Bangladesh, ago. 2009. Disponível em: < http://www.greeneconomycoalition.org/glimpses/grameen-shaktibangladesh >. Acesso em: 12 mar. 2013. PNUMA, OIT, OIE, CSI. Empregos Verdes: Trabalho Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono, Brasília, 2009. UNEP. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza: Síntese para Tomadores de Decisão. GreenEconomy. Disponível em: <www.unep.org/greeneconomy>. Acesso em: 10 nov. 2013. WHO/UNICEF. Progress on sanitation and drinking-water – 2010 Update. Joint Monitoring Programme on Water Supply and Sanitation entitled, ONU, 2010. Disponível em: <http://www.who.int/water_sanitation_health/publications/978924 1563956/en/index.html>. Acesso em: 12 mar. 2013. 70 OFERTA E DEMANDA POR EDUCAÇÃO NO IFPB – CAMPUS SOUSA 1 2 Frank W. A. Carvalho (1Professor do IFPB – Campus Sousa); Élida Ramalho da Silva ; Maria E. 3 4 2 da S. Oliveira ; Aline F. de Queiróz ( ,3,4Alunas do IFPB – Campus Sousa / Curso de Tecnologia de Alimentos) Introdução:. Os índices de desenvolvimento humano dos diversos países indicam o nível de discrepância entre as condições de bemestar das populações dos países desenvolvidos e a dos países em desenvolvimento. Nos países menos desenvolvidos, especificamente no caso do Brasil, ressalta-se a grande concentração de renda e os baixos investimentos em setores como saúde, educação, habitação dentre outros. De acordo com BECKER (1990), o processo de crescimento de um país está diretamente relacionado ao nível de investimentos feitos em capital humano. Considera-se, portanto, a relevância desta Instituição para o município de Sousa e para o Estado da Paraíba, tendo em vista a grande vocação agropecuária dos mesmos e a contribuição que a referida Instituição tem dado às comunidades inseridas dentro de sua área de abrangência. A revisão de literatura permite constatar que poucos trabalhos têm sido realizados até o momento, à exceção de CARVALHO (1999), que estudou o mercado de educação na Escola Agrotécnica Federal de Iguatu – CE, para identificar os aspectos sociais e econômicos que influenciam a procura e a oferta do ensino técnico de nível médio no país, ou seja, que identifiquem as variáveis que interferem diretamente na estrutura desse mercado. Se se leva em conta a grande semelhança entre as Instituições Federais, os resultados do estudo que se pretende realizar no Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa poderão ser úteis para fundamentar políticas educacionais, visando o melhor desempenho do ensino técnico profissional no Brasil. Pretende-se, neste estudo, identificar e estimar a oferta e a demanda por educação técnica no Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa. efetuar medidas de variáveis e agregados econômicos; estimar parâmetros pertencentes às relações constituídas pela teoria econômica; formular hipóteses a respeito do comportamento da realidade; submeter à prova, com base na realidade, teorias fornecidas pela economia; e finalmente, construir novas teorias. O modelo matemático proposto é de equações simultâneas, pois, de acordo com CRESPO (1997), as duas equações, demanda e oferta, determinam simultaneamente as duas variáveis endógenas (número de vagas e taxa paga pelo estudante). O Método dos mínimos quadrados de 2 estágios (MQ2E), de acordo com KOUTSOYANNIS (1977), é o mais apropriado para sistemas de equações simultâneas, sendo que este método procura retirar da variável endógena de determinada equação o componente que está correlacionando o termo perturbação. Referências:. BECKER, G. S. Human capital, fertility, and economic growth, Journal of Political Economy, The University of Chicago, v.98, o N 5, Chicago, 1990. CARVALHO, F. W. A. Estrutura do Mercado de Educação nas Escolas Agrotécnicas Federais: o caso da Escola Agrotécnica Federal de Iguatu – Ceará. 1999. 81f. Dissertação (Mestrado em Economia Rural). Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, 1999. CRESPO, J. E. Q. Análise estrutural do mercado de exportação do açúcar brasileiro, Fortaleza, UFC/DEA, p.28-35, 1997. (Dissertação de Mestrado). KOUTSOYANNIS, A. Theory of Econometrics: an introductory º exposition of econometric method, 2 Ed, Harper & Row Publishers, 1977. Agradecimentos:. Metodologia:. À orientação mensurativa deste trabalho dá-se o nome de método econométrico, que é um método de análise quantitativa da economia, capaz de permitir uma relação entre conhecimento teórico e comportamento da realidade, objetivando: Ao IFPB – Campus Sousa pela bolsa concedida à estudante Élida Ramalho da Silva como apoio para a realização do presente trabalho. 71