Anais III IC - Ano 2013 - IFPB

Transcrição

Anais III IC - Ano 2013 - IFPB
III ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E II ENCONTRO DE
PESQUISADORES DO IFPB CAMPUS SOUSA
12 DE DEZEMBRO DE 2013
COMISSÃO ORGANIZADORA
Portaria nº 59 de 13 de setembro de 2013)
Antônio Alves de Sousa Junior
Ednaldo Barbosa Pereira Junior
Eliezer da Cunha Siqueira
Francisco Roserlândio B. Nogueira
Hanniman Denizard C. Barbosa
Hugo Vieira
Inez Liberato Evangelista
Iris Braz da Silva Araújo
Juliana Gouveia de Amorim Nunes
Lúcia Mara Figueiredo
Manoel Barbosa Dantas
Maria Aparecida A. Sobreira Carvalho
Richardson Correia Marinheiro
COMITÊ TÉCNICO CIENTÍFICO
Ciências Exatas e da Terra
Hanniman Denizard Cosme Barbosa (Coordenador)
Ciências Biológicas
Eliane Queiroga de Oliveira (Coordenadora)
Engenharias
Hanniman Denizard Cosme Barbosa (Coordenador)
Ciências da Saúde
Richardson Correia Marinheiro (Coordenador)
Ciências Agrárias
Francisco Roserlândio Botão Nogueira, Hugo Vieira e Iris Braz da Silva Araújo
(Coordenadores)
Ciências Sociais Aplicadas
Aquiles Herbert Machado (Coordenador)
Ciências Humanas
Maria Aparecida A. Sobreira Carvalho (Coordenadora)
Linguística, Letras e Artes
Sayonara Abrantes de Oliveira (coordenadora)
APOIO TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO
Antônio Alves de Sousa Junior e Juliana Gouveia de Amorim Nunes
SUMÁRIO
CIÊNCIAS AGRÁRIAS ................................................................................ 04
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ............................................................................. 32
CIÊNCIAS DA SAÚDE ............................................................................... 35
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ................................................................ 40
CIÊNCIAS HUMANAS............................................................................... 51
ENGENHARIAS ........................................................................................ 58
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ................................................................ 69
CIÊNCIAS AGRÁRIAS
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
A literatura de cordel como instrumento pedagógico de apoio ao processo de
formação/educação com agricultoras e agricultores familiares da Paraíba
1
Francisco Jocélio C. Souza , Francisco Roserlãnido B. Nogueira
2*
1
Aluno do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email:[email protected],br*
Palavras-chave:
Agroecologia,
Introdução
O desenvolvimento de atividades de
formação com agricultoras e agricultores
familiares é um processo de educação que, para
ser eficiente exige diálogos cada vez mais
bilaterais entre a instituição de ensino e famílias
agricultoras, quando os conhecimentos científicos
apresentados como ideias não são apenas
transferidos, mas sim interagem com os saberes
locais,
gerando
um
novo
conhecimento,
culturalmente contextualizado. Nesta perspectiva
Nogueira (2013) cita que é possível adotar
elementos culturais –música, poesia, pintura,
teatro etc. – como material didático/pedagógico
para apoiar o processo de ensino-aprendizagem
e trazer novos rumos para a educação, sendo a
literatura de cordel um elemento que pode ser
usado nesse processo. Assim a literatura de
cordel significa o estudo da poesia rimada e
relação que aproxima pessoas e que pode
transformar a forma de seu pensamento para o
desenvolvimento e suas relações.
Metodologia
Cordel,
Educação,
Extensão
as quais são criados e manejados os animais,
sob um conjunto de fatores que levam esses
rebanhos a apresentarem baixa produtividade e
como as famílias podem fazer intervenções para
melhorar a forma de criação e/ou produção de
maneira geral em suas comunidades.
Quadro 1. Cordel “Os caminhos dos vermes
Na criação de animais
Sobre a qual vamos falar,
As mudanças alteraram
O manejo alimentar.
Devastada a caatinga,
Sobrou pouco pra pastar.
A diversidade nativa
Serve de alimentação,
Serve também de remédio,
Pois na sua composição
Tem algumas substâncias
Para a vermifugação.
FONTE: Nogueira 2013
Conclusões
A literatura de cordel como ferramenta
de suporte no processo de ensino aprendizagem
de famílias agricultoras permite a construção de
um novo conhecimento e amplia as suas relações
sócio-culturais.
Referências
A adoção do cordel como instrumento
pedagógico
para
apoiar
processos
de
formação/educação
com
agricultores
e
agricultoras familiares surgiu da necessidade de
mobilizar conhecimento para a melhoria da
produção de base agroecológica. Os cordéis
foram elaborados dentro da estrutura poética de
seis linhas com sete sílabas e rimas alternadas,
rimando o segundo verso com o quarto e sexto e
imagens ilustrativas que ajudam a estimular o
pensamento sobre o assunto abordado Os
folhetos tratam de temas que fazem parte do
cotidiano
dessas
famílias
como
vermes,
carrapatos e bem estar animal por exemplo.
NOGUEIRA, F. R. B. I Seminário Nacional de Educação em
Agroecologia, 2013. http://sneagroecologia.blogspot.com.br/
SILVA, S.P. et all. Encontro de vista, 5ª ed. UFRPE, 1985.
Agradecimentos
Ao CNPq processo
Resultados e Discussão
A literatura de cordel é apresentada como
um viés social que abrange inúmeros aspectos do
nordeste, SILVA (2013). As estrofes citadas no
quadro 1, trazem informações sobre as condições
4
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICAS DA PIMENTA MALAGUETA (Capsicum
frutescens) EM DIFERENTES TIPOS DE CONSERVA
1
Maria de F. Gomes , Miguel W. Andrade*², Raniere A. Queiroga², Damião J. Gomes², Heloiza C. Barreto³
1
Tecnóloga em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Técnicos administrativos do IFPB – Campus Sousa, e-mail*:[email protected];[email protected]
[email protected]
3
Professora de Agroindústria,Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: pimenta, conserva, análises.
Introdução
Algumas pimentas raramente são encontradas no
comércio, na forma de frutos in natura, pois o
processo de engarrafá-las no meio rural está se
tornando cada vez mais intenso. Em algumas
regiões com tradição no cultivo destas espécies,
existem pequenas indústrias que fazem o
processamento utilizando, principalmente, o álcool e
a cachaça (SANTOS et al., 2008). Na fabricação do
molho de pimenta não há uma prioridade com
relação à qualidade final do produto, pois os
fabricantes colocam no mercado um produto recémfabricado sem importar-se com as alterações
ocorridas ao longo do tempo. O trabalho aqui
apresentado
enfatiza
a
importância
de
desenvolvimento de um produto a base de pimenta,
onde a sua estabilidade possa estar de acordo com
os padrões físico-químicos e microbiológica de
forma a tender as expectativas do consumidor mais
exigente.
Metodologia
Elaborou-se o molho de pimenta malagueta
no Laboratório de processamento de frutas e
vegetais do setor da Agroindústria (IFPB). Foram
utilizados nos conservantes da pimenta, os
seguintes tratamentos: T1: vinagre; T2: aguardente
de cana-de-açúcar; T3: leite bovino e; T4: soro de
leite bovino. As pimentas foram selecionadas,
pesadas, lavadas com água potável, sanitizadas
com solução de hipoclorito de sódio 0,5ml/L, por 10
minutos e enxaguadas. Em seguida, as formulações
foram preparadas, adicionadas aos conservantes do
molho, acondicionadas em garrafas de vidro vedado
e esterilizado com água fervente por 10 minutos,
resfriados e rotulados. Foram realizadas análises
microbiológicas de rotina, visando verificar
contaminação. As análises físico-químicas foram
realizadas em triplicata, segundo a metodologia
descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005).
Os dados coletados foram analisados para a
determinação do desvio padrão, com o objetivo de
se verificar em qual tipo de conserva houve maior
variação em torno da média.
Resultados e Discussão
A pimenta em vinagre e em aguardente
apresentou o menor desvio padrão, quanto ao pH,
mostrando-se um produto estável ao longo do
tempo de observação. Os resultados das análises
microbiológicas durante o processo de fabricação
das conservas, nos quatro tratamentos expressos
no T0 indicaram a manipulação de alimentos em
ótimas condições higiênicas, por não apresentarem
contaminação. A conserva em leite expressou
condições desfavoráveis para a sua obtenção, pois
apresentou fermentação elevada e contaminação ao
longo do período de armazenamento. Os resultados
mostram uma estabilidade nas leituras de acidez,
em função do tempo das análises, com a ocorrência
de pouca variação em torno das leituras, com
exceção para o molho com vinagre e leite. Observase quanto ao pH, que a pimenta com vinagre e
aguardente apresentaram menor desvio em torno
da média, cujos valores foram de 3,44 e 5,44,
respectivamente. A conserva
de pimenta com
aguardente, que apresentou valor médio de 13,99
°Brix; muito próximo ao encontrado em outros
trabalhos com pimenta
Conclusões
Durante o período de análise físico-química,
o a pimenta em conserva de aguardente, foi a que
apresentou maior uniformidade e estabilidade nos
parâmetros acidez titulável e pH, respectivamente,
bem como o maior teor de sólidos solúveis
expressos em ° BRIX, sendo o mais indicado para
processos agroindustriais.
Referências
SANTOS, J.A.B.; SILVA, G.F.; OLIVEIRA, L. C. Avaliação dos
Capsaicinóides em Pimentas Malagueta. Revista Eletrônica da
FJAV. Ano I, nº 2, ISSN 1983-1285, 2008.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para
análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.
5
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
APROVEITAMENTO DO MIOLO DO CAULE DO MAMOEIRO COMO
MATÉRIA PRIMA NA FABRICAÇÃO DE DOCE EM CALDA
1
2
3
4
Francisca. A. Pereira , Mônica S. Guedes , Samara C. Sousa , Cleide S. Melo , Sônia P. A. Oliveira
*5
1
Francisca de Araujo Pereira , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Mônica Stefany Guedes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Samara Coura de Sousa, , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
4
Cleide Sarmento de Melo, , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
5
Sônia Paula Alexandrino de Oliveira , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]
Palavras-chave: Doce em calda, mamoeiro improdutivo, matéria-prima.
Introdução
O aproveitamento do caule do mamoeiro retirado de
plantas improdutivas ou que não produzem frutos de
valor comercial (plantas masculinas e femininas),
assim como plantas que estejam no final da
produção, na fabricação de doces seria uma das
alternativas práticas, fácil e lucrativa para a
complementação de renda familiar, além de ser uma
alternativa para diminuir os problemas fitossanitários
causados pelos resíduos gerados pelo desbaste das
plantas improdutivas.
Conhecimentos da gastronomia popular e regional
trazem o miolo do caule do mamoeiro como
excelente matéria prima para a fabricação de um
doce exótico, muito apreciado e de sabor muito
semelhante ao doce feito com o próprio mamão.
Por esses motivos, o trabalho teve como objetivo
desenvolver a formulação e traçar o perfil físicoquímico de doces produzidos com miolo extraído do
caule do mamoeiro.
Metodologia
Os caules coletados dos mamoeiros improdutivos
foram higienizados, descascados e o miolo obtido
foi ralado e submetido ao branqueamento antes de
ser utilizado. O miolo do caule do mamoeiro e o
doce foram submetidos à análises do pH, acidez,
cinzas, proteínas e umidade. Todas as análises
foram feitas em triplicata e determinadas conforme a
metodologia citada por Instituto Adolfo Lutz (2008).
Resultados e Discussão
Tabela 1. Características físico-químicas do
miolo do caule do mamoeiro e doce em calda de
miolo do caule do mamoeiro.
Acidez Proteínas Umidade Cinzas
*(%)
(%)
(%)
(%)
MIOLO 5,7±0,2 0,94±0,0 0,5 ±0,12 91,4±0,5 1,4±0,3
pH
DOCE 5,8±0,08 1,07±0,1
0,5±0,05
33,5±0,1 0,9±0,0
convencionais, visto que esse tipo de produto
somente é difundido na culinária regional, não
sendo até agora alvo de interesse cientifico e
tecnológico. No entanto, as características físicoquímicas do miolo do caule do mamoeiro são
bastante semelhantes a outro tipo de miolo extraído
do caule de plantas muito largamente industrializado
e consumido, o palmito (YUYAMA et al., 1999;
BERBARI et al., 2008; HIANE et al., 2011) o que
pode ser um indicativo da qualidade desse produto
como matéria-prima favorável na produção de
alimentos.Não há legislação vigente que defina os
Padrões de Identidade e Qualidade para os doces
produzidos com outras partes de plantas além dos
frutos.
Conclusões
De acordo com as características físico-químicas do
miolo do caule do mamoeiro, o mesmo é favorável a
sua utilização como matéria-prima alimentícia para
produção de doces e outros produtos. Verifica-se
também que o doce produzido a partir do miolo
extraído do caule do mamoeiro possui uma grande
chance de se expandir no mercado, principalmente
devido ao seu sabor e odor ser muito semelhante ao
do doce feito com mamão verde.
Referências
BERBARI, S. A. G.; PRATI, P., JUNQUEIRA, V. C. A. Qualidade
do palmito da palmeira real em conserva. Ciênc. Tecnol.
Aliment., Campinas, 28(Supl.): 135-141, dez. 2008
HIANEI, P.A; SILVA, V. C. F.; FILHO, M.M.R; RAMOS, M. I. L.;
CAMPOS, R. P.; Caracterização química do palmito guariroba
in natura e congelado. Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.6,
p.1082-1087, jun, 2011.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto
Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análise de
alimentos. 4. Ed., 1° Ed. Digital, São Paulo: IMESP, p. 1020.
2008
YUYAMA, L. K.O. ; AGUIAR, J. P.L.; YUYAMA, K. ; MACEDO, S.
H. M.; FÁVARO, D. I. T. ; AFONSO, C.; VASCONCELLOS, M.B.
A., Determinação de elementos essenciais e não essenciais
em palmito de pupunheira. Hortic. bras., v. 17, n. 2, jul. 1999.
*Acidez expressa em ácido cítrico
Há uma grande dificuldade no levantamento de
dados sobre as características físico-químicas de do
miolo e do doce feito com miolo de caule de
mamoeiro, assim como outros doces não
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III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
APROVEITAMENTO INTEGRAL DO LIMÃO TAITI (Citrus latifolia tanaka)
NA FABRICAÇÃO DE GELEIAS UTILIZANDO A PECTINA DA CASCA DA
LARANJA.
1
Luciana S. de Abreu , Milenne P. Alves², Heloiza C. Barreto*², João F. Neto 3, Raniere A. Queiroga³
1
Alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa (IFPB Sousa),
e-mail: [email protected]; [email protected]
² Professora do curso técnico em Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
– Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected];
3
Técnicos do setor de agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]
Palavras-chave:Limão,geleia,processamento
Introdução
O processamento do limão em forma de geléia tem
como finalidade aproveitar a fruta na sua totalidade
(casca e sumo),
e ainda utilizar um tipo de
pectina natural extraída da laranja, como forma de
oferecer ao consumidor um produto com
características naturais e nutritivas, uma vez que o
limão possui na sua composição algumas vitaminas
e minerais importantes para saúde. Várias
pesquisas têm demonstrado que a pectina, uma
fibra solúvel muito utilizada como geleificante na
indústria de doces e as cascas de frutas cítricas são
as maiores fontes de fibras solúveis. No caso da
laranja, as partes que compõem a pectina são: o
flavedo, parte externa e colorida da casca; o albedo,
porção interna e esbranquiçada e esponjosa da
laranja, gomos revestidos por uma membrana e
preenchidos por pequenos sacos de sucos e
sementes. (COELHO, 2008). Como forma de
aproveitar essas cascas, optou-se por extrair a
pectina desta fruta, e assim, utilizá-la na fabricação
das geléias. Utilizar o alimento em sua totalidade
significa mais do que economia pode-se dizer que
seria usar
os
recursos
disponíveis
sem
desperdícios, reciclando
e respeitando
a
natureza. (BRANDÃO, 1996 ). Desta forma, este
trabalho
teve
como
objetivo
aproveitar
integralmente o limão evitando o desperdício.
Metodologia
As frutas (limões) foram colhidas no setor de
fruticultura do Campus e transportadas para o setor
de processamento de frutas do IFPB Campus
Sousa, sendo submetido aos processos de
lavagem/desinfecção, depois cortado ao meio para
retirada do suco do qual foi feito as geleias tipo (1 e
2 ) e as cascas foram submetidas ao cozimento e
trituradas, para realização de outro tipo de geléia (2
e 3). Nos dois tipos de geléias, foi utilizada a pectina
natural da casca de laranja. Para o desenvolvimento
das geléias usou-se as seguintes formulações:
Tabela 1: Geléia tipo 1 geleia da casca do limão
F1
F2
Polpa da casca
do limão
50%
60%
Açúcar
50%
40%
Tabela 2: Geléia tipo 2 geleia do suco do limão
F3
F4
Suco do limão
50%
60%
Açúcar
50%
40%
Conclusões
O produto apresentou um boa aparência e textura
agradável, podendo ser uma alternativa de geração
de renda para a agricultura familiar uma vez que na
nossa região ainda não existe no comércio, esse
tipo de produto. O Trabalho destacou ainda, a
importância do aproveitamento integral do limão
evitando o desperdício.
Referências
BRANDÃO, C. I.; BRANDÃO, R. F. Alimentação Alternativa,
Centro de Pastoral Popular. Editora Redentorista. Brasília. 1996.
COELHO, M. T. PECTINA: Características e Aplicações em
Alimentos Dissertação de mestrado. Universidade Federal de
Pelotas, Pelotas. 1998.
7
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
AVALIAÇÃO DA Luffa operculata COMO CARRAPATICIDA SOBRE
Rhipicephalus (Boophilus) microplus
1
2
2
2
Francisco A. de S. Segundo , Roberta de A. M. S. Beltrão , Mônica S. de Sousa , Wellida K. L. Clementino ,
3
Inez L. Evangelista
1
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq e aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Voluntária de Iniciação Científica do CNPq e aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:
3
Professora de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: Luffa operculata, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, Carrapaticida.
Introdução
Os
carrapatos
da
espécie
Rhipicephalus
(Boophilus) microplus possuem grande importância
principalmente na bovinocultura, onde através de
sua ação vetora de doenças como a Babesiose e
Anaplasmose causam grandes prejuízos, assim
como o próprio tratamento para controle dos
carrapatos com carrapaticidas industrializados, isso
faz com que a procura pro tratamentos alternativos
por parte dos produtores aumente (COSTA et al.,
2011). A Luffa operculata conhecida como
cabacinha é distribuída por todo o território nacional
e é natural da região Nordeste. Objetivou-se no
trabalho avaliar a atividade carrapaticida da Luffa
operculata
sobre
Rhipicephalus
(Boophilus)
microplus.
Conclusões
Com a avaliação da Luffa operculata espera-se que
se possa determinar e caracterizar a eficácia do
produto utilizado popularmente como carrapaticida
servindo de ponto de partida ou para a
descaracterização do seu uso ou o direcionamento
para uma sequência de estudos direcionados a
farmacologia.
Referências
COSTA, V. M. M., RODRIGUES, A. L., MEDEIROS, J. M. A.,
LABRUNA, M. B., SIMÕES, S. V. D. & RIET-CORREA, F.
Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesquisa
Veterinária Brasileira. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e
Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande,
Campus de Patos. 31(3):239-243, março 2011.
Metodologia
Os frutos da Luffa operculata foram provenientes
de coleta em propriedades rurais da região do
sertão paraibano. As teleógenas dos carrapatos
foram coletadas de um animal especialmente
infestado para a pesquisa, onde as larvas não
possuíam doença alguma, o animal era mantido em
sombra com comida e água a vontade. O extrato da
Luffa operculata que foi utilizado foi obtido com
200g do fruto seco sem sementes, onde foi
submetido a maceração e o liquido extrator foi o
álcool etílico a 70%, as diluições foram feitas com
solução salina a 0,9% onde as concentrações
utilizadas foram de 0,5; 1,0; 10,0; 25,0; 50,0; até
100,0%. As teleógenas foram divididas em 7 grupos
onde 6 receberam as extrações de Luffa operculata
e 1 grupo recebeu um carrapaticida industrial, foram
avaliados dados como a eficiência reprodutiva,
eficiência do produto, período de postura, período
de incubação, período de eclosão e percentual de
eclosão de ovos.
8
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DA POLPA DO
MARACUJÁ-AMARELO APÓS DIFERENTES FORMAS DE
ARMAZENAMENTO
2
Rafael G. Batista¹, Janaína G. Santos¹, Heloiza C. Barreto*²; Oscar M. Haflle ; Pedro L. Filho
1
Estudantes do Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB-Sousa),
[email protected]; [email protected]
2
Professores do IFPB-Sousa, e-mail:* [email protected]; [email protected]
3
Técnico do setor de Agroindústria, IFPB – Campus Sousa, e-mail: [email protected].
3
e-mail:
Palavras-chave: Passiflora edulis, qualidade, pós-colheita, alimentos
Introdução
O maracujá-amarelo é a espécie mais conhecida e
a mais cultivada no Brasil, sendo responsável por
95% da produção nacional.. De acordo com Rossi
(1998), aproximadamente 65% da produção
brasileira é destinada ao mercado interno de frutas
frescas, e o restante, à produção de sucos
concentrados para o mercado interno e externo.
Geralmente utilizam-se as frutas de melhor
aparência externa para o mercado de frutos in
natura enquanto que os demais são destinados à
industrialização. A boa aceitação das frutas no
mercado depende da qualidade, expressa pelas
características visuais, tais como forma, tamanho e
cor, e estejam livres de manchas, injúrias ou danos
produzidos pelo ataque de pragas e doenças.
Porém, além do aspecto externo, outras
características menos visíveis são fatores de
equivalente importância, tais como o rendimento de
suco, o percentual de sólidos solúveis e acidez.
Nota-se a necessidade de avaliar as características
físico-químicas presentes na polpa de maracujá
congelada, pois vários estudos realizados com
polpas de diversos frutos indicam que mais de 50%
destas não se enquadram nos padrões para sucos,
conforme a legislação vigente, indicando a urgência
na elaboração dos PIQs (Padrões de Identidade e
Qualidade) para todos os tipos de polpas, a fim de
garantir ao consumidor produtos de qualidade
(Oliveira et al. 1999). Neste contexto, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a qualidade da polpa de
maracujá armazenada em diferentes condições, por
um período de 90 dias.
refrigeração (5-7ºC) e congelamento (-18 °C). Após
o período de armazenamento por etapas, os frutos e
polpas foram colocados em temperatura ambiente,
sendo realizado o processo de despolpamento dos
frutos inteiros e da polpa com sementes e as
amostras enviadas para os laboratórios de análises
de alimentos do campus.
Resultados e Discussão
Os resultados apresentados demonstram que
inicialmente tanto os frutos coletados e as polpas
elaboradas atenderam aos requisitos das boas
práticas de fabricação, uma vez que, não houve
contaminação microbiológica em nenhuma das
amostras. Até 60 dias, apenas os frutos e as polpas
congeladas do ponto de vista microbiológico podiam
ser consumidos sem nenhum dano a saúde. Após
60 dias, as polpas refrigeradas não atenderam os
requisitos satisfatórios de segurança alimentar,
sendo, portanto, imprópria para o consumo humano.
Já os frutos congelados mantiveram seus padrões
de qualidade. Com 90 dias após a colheita e a
elaboração das polpas, apenas os frutos
congelados apresentavam boas condições de
conservação, portanto, poderiam ser processados
de forma segura.
Conclusões
As polpas não demonstraram conservação eficiente
além de 60 dias. Apenas os frutos congelados
mantiveram suas características organolépticas e
microbiológicas legalmente aceitáveis.
Metodologia
Referências
As análises microbiológicas foram realizadas entre
junho e outubro do mesmo ano. Inicialmente os
frutos passaram por processos de lavagem e
desinfecção com cloro a 10%, selecionados e
separados conforme os tratamentos: 1- Polpa
congelada (testemunha); 2 - Frutos inteiros sob
refrigeração; 3 - Frutos inteiros sob congelamento;
4- Polpa com semente sob refrigeração; 5- Polpa
com semente congelada Os frutos e polpas,
ensacadas em polietileno transparente, foram
armazenados por 30, 60, 90 e 120 dias sob
ROSSI, A. R. Comercialização de maracujá. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO SOBRE A CULTURA DO MARACUJAZEIRO, 5.,
1998. Jaboticabal. Anais... Jaboticabal: Funep, 1998. p. 279-287.
OLIVEIRA, M. E. B.; BASTOS, M. S. R.; FEITOSA, T.; BRANCO,
M. A .A .C.; SILVA, M. G. G.Avaliação de parâmetros de
qualidade físico-químicos de polpas congeladas de acerola, cajá
e caju. Ciências e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 19, n.
3, 1999.
9
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA FARINHA DE CLADÓDIOS DA
PALMA (Opuntia fícus-indica)
1
1
2
3
Ítalo F. B. da SILVA , Alexandre BEZERRA. , Damião G. JÚNIOR ; Bruno A. A. SOUSA *
¹ Graduandos de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2*
Técnico do laboratório de análises microbiológicas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:
3
Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: farinha, cactáceas, alternativa alimentar.
Tabela 01. Caracterização físico-química da palma
Introdução
A palma forrageira, Opuntia fícus-indica (L.) Mill,
nativa do México, é uma cultura adaptada às
condições edafoclimáticas da região do semiárido
brasileiro (Schultz, 1943). Segundo Barbera (2001)
esta cactácea vem sendo utilizada mundialmente,
na alimentação humana, como fonte de energia, na
medicina, na indústria de cosméticos, dentre outros.
Conhecidos como verdura, os brotos da palma ou
raquetes (cladódios) podem ser usados para fazer
sucos, saladas, pratos guisados, cozidos e doces
(Inglese, 2001). No semiárido nordestino, a
utilização da palma na alimentação humana pode
ser uma alternativa eficaz para combater a fome e a
desnutrição nessa região. Desse modo, o
conhecimento das propriedades físico-químicas da
palma é importante para a caracterização do seu
múltiplo uso (Moura et al., 2009). Assim, visando o
aproveitamento da palma na alimentação humana, o
objetivo deste estudo foi avaliar fisico-quimicamente
a farinha da palma para uso posterior como
substituição parcial da farinha de trigo, na
elaboração de barra de cereais.
PARÂMETROS
MÉDIA
UMIDADE IN NATURA
UMIDADE APÓS
SECAGEM SOLAR (B.U.)
UMIDADE EM BASE
SECA (B.S.)
ACIDEZ TITULÁVEL
pH
CINZAS
Aw
°BRIX
87,2 %
9,03 %
7,48 %
4,5 %
4,83
13,77 %
0,51
5
O teor de umidade da farinha encontra-se dentro do
padrão estabelecido pelo MAPA (2005) que exige o
máximo de 15% de umidade em farinhas. A Aw
mostrou-se inferior a 0,60, faixa na qual ficam
reduzidas as chances de contaminação microbiana.
Conclusões
Os baixos níveis de umidade e Aw encontrados
para farinha desenvolvida são características de
produto altamente higroscópico, com alto potencial
de reidratação.
Metodologia
Referências
As amostras de palma foram obtidas do plantio
experimental de palma do IFPB-Campus Sousa. Os
cladódios foram levados para o setor de
processamento de frutas e hortaliças, onde foram
lavados em água corrente e sanitizados em solução
de hipoclorito de sódio (100ppm de cloro
ativo/15min), cortados manualmente em cubos
(aproximadamente 3cm) e branqueados em vapor
saturado fluente (100ºC/2min) seguidos de secagem
solar até umidade inferior a 15%, acompanhada
pela equação 01. A cada 24 horas era feita a
pesagem. Foram realizadas as análises físicoquímicas nos cladódios in natura e dos extratos
secos obtidos pelo processo de secagem solar, pela
metodologia do IAL, 2008. Toda a caracterização
físico-química foi realizada em três repetições em
triplicata.
BARBERA, GIUSEPPE. História e importância econômica e
agroecologia: cultivos e usos da palma forrageira. Paraíba:
SEBRAE/PB. 2001. p. 1-11.
BRASIL.Ministério da Saúde.Agência de Vigilância Sanitária.
Resolução Nº 263 de 22 de setembro de 2005. Regulamento
técnico para produtos de cereais, amidos, farinha e farelos. Diário
oficial da União, Brasília, DF, 23 de setembro, 2005a.
INGLESE, P., BASILE, F., AND M. SCHIRRA. Cactus pear fruit
production. University of California Press: Berkley and LA, CA;
London, England, p. 163-183. 2002.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto
Adolfo Lutz. Ed. São Paulo, v. 1, p. 533, 2008.
MOURA, L.B.; ROCHA, E. M. et al. Elaboração de produtos
alimentícios à base de palma (Opuntia ficus-indica) e do seu
fruto. Revista Verde, v.4, n.4, 2009.
SCHULTZ, R.A. Introdução ao estudo da botânica sistemática. 2
ed. Porto Alegre: Livraria O Globo, 1943. 562p.
PF=PI(100-Ui/100-Uf)
Ao IFPB-Campus Sousa pelo suporte financeiro.
Agradecimentos
Equação 1.
Resultados e Discussão
10
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS RECEBENDO SAL
FORRAGEIRO CONTENDO NÍVEIS DE FENO DE JITIRANA
Francisco Jocélio C. Sousa¹, Francisco Alípio de S. Segundo¹, Herbert Adames L. dos Santos¹, Eduardo
Santiago Beltrão², Daniel Cézar da Silva² *
1
Alunos do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus
Sousa,
Sousa-PB,
e-mail:
[email protected];
[email protected]; [email protected];
2
Professores do curso de medicina veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected] *
Palavras-chave: Consumo de Matéria Seca, Desempenho, Forragem Nativa, Merremia Aegyptia, Semiárido,
Suplemento
Mineral
Introdução
Os estudos sobre alimentação de
pequenos ruminantes vem buscando alternativas
que possam suprir as exigências nutricionais dos
rebanhos durante o período de estiagem. Uma
dessas alternativas é a utilização de sal forrageiro
que consiste na adição de plantas forrageiras
nativas ao sal mineral elevando seus níveis de
proteínas.
Segundo GONÇALVES et al.
(2008), o uso de leguminosas proteicas na
composição dos suplementos pode aumentar de
forma significativa o desempenho animal,
contribuindo para redução dos custos de
alimentação, sobretudo quando da utilização de
feno de forrageiras proteicas da caatinga. A
respeito dessas forrageiras a jitirana (Merremia
aegyptia
L.
Urban),
da
família
das
convolvuláceas, que é uma herbácea nativa da
caatinga nordestina, suculenta e com odor
agradável, tem ótima aceitação pelos animais,
surge no período chuvoso no nordeste brasileiro,
em
grandes
proporções,
e
apresenta
potencialidade forrageira, podendo ser utilizada
como componente do sal forrageiro.
O estudo do comportamento ingestivo
pode ser utilizado para determinação da
quantidade de nutrientes ingeridos pelo animal e
sua aceitabilidade, neste setindo, o objetivo da
pesquisa foi avaliar a inclusão de diferentes
níveis de feno de jitirana na composição de sal
forrageiro sobre o comportamento ingestivo de
ovinos mestiços da raça Santa Inês em
terminação.
Metodologia
A pesquisa foi conduzida no Setor de
Ovinocultura do Instituto Federal da Paraíba
(IFPB), Campus Sousa-PB. Avaliou-se o
comportamento ingestivo em ovinos recebendo
sal forrageiro contendo níveis de 25; 50 e 75% de
feno triturado de jitirana. A dieta basal foi
composta de grão de milho desentegrado, farelo
desoja e feno de capim tifton 85, formulado para
ganho médio diário de 200 g/dia segundo
recomendaçõees do NRC 2007. Utilizou-se 15
cordeiros mestiços da raça Santa Inês com seis a
sete meses de idade, castrados, com peso
corporal médio inicial de 23 kg, em bom estado
sanitário e nutricional, que foram distribuídos nos
tratamentos segundo delineamento de blocos
casualizados. Os animais foram alojados em
baias individuais com dimensoes 1 x 1,5 m,
sendo as dietas fornecidas as 8:00 e as 16:00 h,
o sal forrageiro fornecido apenas uma vez ao dia
e água ad libitum.
Coletou-se amostras dos
igredintes, dietas e sobras que atualmente estão
sendo analisadas no laboratório de alimentos do
IFPB campus Sousa, onde serao determinados
os teores de matéria seca (MS), e com base na
MS, proteína bruta (PB), fibra em detergente
neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA)
segundo metodologias descritas por SILVA e
QUEIROZ (2002).
Resultados e Impactos esperados
Espera-se com esse trabalho definir um
nível ótimo de inclusão do feno de jitirana na
composição do sal forrageiro para ovinos
mestiços da raça Santa Inês e contribuir para um
melhor desempenho produtivo desses animais.
Referências
GONÇALVES, G.S.; OLIVEIRA, G.J.C.; JAEGER, S.M.P.L. et
al. Desempenho de cordeiros alimentados com dietas
contendo sal forrageiro de espécies vegetais xerófitas.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n.12, p.2185-2190,
2008.
NATIONAL
RESEARCH
COUNCIL.
NRC.
Nutrient
requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids, and
new world camelids. Washington, D.C.: National Academy
Press, 2007. 362p.
SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de Alimentos: métodos
químicos e biológicos. 3.ed., Viçosa: UFV, 2002. 235p.
11
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Concentração de Fibrinogênio como Indicador no Diagnóstico de
Mastite em Ovelhas
1
2
Igor M. Dantas , Rodrigo F. Leite , Francisco R. B. Nogueira
*3,
Ana Valéria Mello S. Marques
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ;
2
Médico Veterinário, Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB.
Rua Presidente Tancredo Neves, s/n Jardim Sorrilândia, Sousa-PB, CEP: 588000-970, e-mail:
[email protected];
3
Médico Veterinário, Me., Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB.
Rua Presidente Tancredo Neves, s/n Jardim Sorrilândia, Sousa-PB, CEP: 588000-970, e-mail:
* [email protected].
Médico Veterinário, Dr.., Campus Sousa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB.
Rua
Presidente
Tancredo
Neves,
s/n
Jardim
Sorrilândia,
Sousa-PB,
CEP:
588000-970,
email:[email protected]
Palavras-chave:
mastite
ovina,
Introdução
Produzir conhecimentos de mastite em
ovelhas de corte é de grande necessidade.
Sendo necessário o desenvolvimento de técnicas
auxiliares no desenvolvimento de um diagnóstico
mais preciso e em fase inicial da afecção,
possibilitando com isso um prognóstico favorável.
Devido a concentração de fibrinogênio plasmático
tender a aumentar gradativamente de acordo
com o nível do processo inflamatório (COSTA, et
al. 2009). Foi avaliado o resultado das
concentrações desta proteína plasmática como
indicador de mastite em ovelhas.
fibrinogênio,
santa
Inês,
Dorper
respectivamente. Esta proteína também variou
significativamente em função dos achados de
alterações no tecido glandular, onde a maior
concentração média de fibrinogênio 600 mg/dl foi
encontrada nas ovelhas tinham nódulos grandes
em sua glândula mamária e reduziram a medida
que os nódulos diminuíram de tamanho.
Metodologia
Foram avaliadas 49 ovelhas das raças Santa
Inês, Dorper, ou mestiças resultante dos
cruzamentos entre as duas. Sendo realizado um
exame clínico geral de cada animal. Na avaliação
direta da glândula, utilizou-se os métodos de
inspeção e palpação, onde foram avaliados
principalmente a simetria e alteração do tecido
glandular, classificando como: sem alteração;
presença de nódulo pequeno, médio ou grande e
consistência aumentada ou diminuída.
A concentração de fibrinogênio plasmático foi
determinada através da técnica de precipitação
térmica (FEITOSA, 2008). O sangue obtido por
meio de venopunção na jugular, em tubos com
sistema
a
vácuo,
contendo
ácido
etilenodiaminotetracetato dissódico, sendo as
amostras imediatamente refrigeradas e assim
mantidas até a análise.
Resultados e Discussão
A concentração de fibrinogênio atingiu
maior média nas ovelhas que tiveram diagnóstico
de mastite clínica 412,3(+148,43), as com mastite
subclínica
e
saudáveis
apresentaram
346,46(+124,59) e 266,66(+108,4) de média,
.
Figura 1. Concentração do fibrinogênio
plasmático (mg/dl), em função das alterações nas
glândulas mamárias.
Conclusões
Os resultados da avaliação da concentração de
fibrinogênio plasmático ao serem cruzados com
exame clínico dos animais, permitiu diferenciar
melhor ovelhas saudáveis de ovelhas com
mastite em estágio inicial (subclínica) e de
ovelhas com mastite em estágio avançado
(clínico).
Referências
COSTA, N. D. A., SIMÃO, L. C. V., SANTOS, R. A. D.,
AFONSO, J. A. B., FAGLIARI, J. J., CARDOSO, E. D. C., ... &
MENDONÇA, C. L. D. (2009). Estudo do proteinograma e
dos minerais cobre, ferro e zinco no soro em ovelhas da
raça santa inês com mastite experimental por
staphylococcus aureus. Ciência Animal Brasileira, 1, 766771.
FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinaria: a
diagnostico. 2. ed. Sao Paulo:Roca, 2008. 754p.
arte
do
12
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO-AMARELO
ADUBADAS COM DIFERENTES DOSES DE FOSFATO NATURAL
Francisco R. A. Figueiredo¹, Oscar M. Hafle², Valéria M. Santos¹, Francisco I. Delfino³, Daciano M. Sousa¹
1
Estudantes do Curso de Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB Sousa),
e-mail: [email protected]
2
Professor do IFPB Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Técnico em Agropecuária do IFPB Sousa-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa, adubação, mudas.
Introdução
O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims. f.
flavicarpa) é a espécie mais conhecida e cultivada
no Brasil, sendo responsável por 95% da produção
nacional.
A prática da adubação é importante para o
desenvolvimento das mudas, pois essas crescem
rapidamente tornam-se vigorosas e resistentes
reduzindo os custos de produção (MENDONÇA et
al., 2007; TEIXEIRA et al., 2012). Onde, a sua
qualidade influencia no rápido desenvolvimento e
precocidade de produção da cultura.
Com base o exposto, o objetivo desse trabalho foi
avaliar o crescimento inicial de mudas de
maracujazeiro amarelo adubadas com diferentes
doses de fosfato natural.
Metodologia
O experimento foi conduzido no Setor de Produção
de Mudas do Instituto Federal da Paraíba - Campus
Sousa, no período de agosto a novembro de 2013,
em viveiro telado (tiposombrite 50% de passagem
de luz natural).
As mudas de maracujazeiro foram produzidas em
sacos de polietileno preto com capacidade de 1 litro,
contendo uma mistura de terra:areia:esterco bovino
(2:2:1 v/v), acrescidas de doses crescentes de
®
-1
Fosfato Natural Gafsa (0; 1,5; 3,0;4,5 e 6,0 g.L ),
misturando no substrato antes do enchimento dos
sacos e semeadura.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados, com quatro repetições, cinco
tratamentos e cinco plantas por parcela
experimental.
Aos 70 dias após a semeadura as plantas foram
removidas do recipiente e lavadas para a retirada do
substrato, sendo posteriormente analisada as
seguintes características: número de folhas (NF),
Comprimento da Parte Aérea (CPA), Comprimento
da raiz (CR), diâmetro do caule (DC), massa seca
da parte aérea (MSPA), massa seca da raiz (MSR)
e relação MSPA/MSR.
Os resultados foram submetidos à Análise de
Variância e Teste de Tukey (5%).
Resultados e Discussão
De acordo com a Análise de Variância verificou-se
que houve diferença significativa (Teste F a 5%),
para as variáveis CPA, CR, MSPA e MSR.
Para as variáveis CPA e CR os maiores valor
-1
observados foram no tratamento 3 (dose 3,0 g.L ),
onde as médias por planta foram, respectivamente,
34,25 e 24,75 cm de altura, correspondendo um
acréscimo de 16,30 e 17,02% acima da média geral
dos tratamentos.
Para as variáveis MSPA e MSR os maiores valor
-1
observados foram no tratamento 3 (dose 3,0 g.L ),
onde as médias por planta foram, respectivamente,
-1
14 e 7,5 g.planta , correspondendo um acréscimo
de 29,03 e 26,05% acima da média geral dos
tratamentos.
O fósforo na planta estimula o crescimento das
raízes, garantindo uma planta mais vigorosa e de
melhor qualidade.
Conclusões
As mudas de maracujá adubadas com diferentes
doses
de
fosfato
natural
responderam
positivamente,
portanto
o
tratamento
que
apresentou melhor resultado foram entre 3,0 a 4,5
-1
g.L .
Referências
MENDONÇA, V.; TOSTA, M. da S.; MACHADO, J.R.;
GOULART JÚNIOR, S.A.R.; TOSTA, J. da S.; BISCARO,
G.A. Fertilizante de liberação lenta na formação de mudas
de maracujazeiro “amarelo”. Revista Ciência e
Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 2, p. 344-348, 2007.
TEIXEIRA, F.J.V.; LIMA, M.F.P. de; PAIVA, J.C. de O.;
DANTAS, L.L. de G.R.; TOSTA, M. da S. Doses de
enxofre no desenvolvimento inicial de cajueiro comum.
Revista Agropecuária Científica no Semiárido, Patos, v. 8,
n. 4, p. 66-70, 2012.
Agradecimentos
Ao IFPB e ao CNPq por contribuir para o nosso
aprendizado e financiar a bolsa de pesquisa
(PIBITI/CNPq).
13
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
DESENVOLVIMENTO DAS MUDAS DOS DIFERENTES GENÓTIPOS DE
BANANEIRA PRODUZIDAS POR MICROPROPAGACÃO
Valéria M. Santos¹, Oscar M. Hafle², Daciano M.Sousa¹, Rodilma S. Almeida¹, Renato P.Santos¹
¹Estudantes do Curso de Tecnología en Agroecologia, Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa (IFPB-Sousa), email: [email protected]
2
Professor Orientador- IFPB-Sousa, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Musa sp, cultivares, viveiro,f ruticultura.
Introdução
A banana é a fruta mais consumida no mundo,
sendo cultivada de Norte a Sul do Brasil, porém
passam por sérios problemas fitossanitários
SEBRAE, 2010).
A instalação de um bananal usando mudas de boa
qualidade é fundamental para altas produtividades,
longevidade e lucratividade do empreendimento. As
plantas de bananeira micropropagadas necessitam
de um período de aclimatização em viveiros, onde
permanecem em recipientes com substratos até
atingirem o porte ideal para o transplantio no campo
(MARTINS et al, 2011).
A introdução de outros genótipos de bananeira na
Região
possibilitará
novas
perspectiva
de
exploração comercial de um fruto com elevado valor
econômico.
O objetivo desta pesquisa foi conhecer o
desenvolvimento vegetativo de mudas dos
diferentes genótipos de bananeira obtidas por
micropropagação.
Metodologia
O experimento foi conduzido em viveiro telado (tipo
sombrite 50%), no Setor de Fruticultura do Instituto
Federal de Educação, Ciência e TecnologiaCampus Sousa, no período de agosto a novembro
de 2013.
Foram avaliados os seguintes genótipos: 1-Pacovan
Ken, 2-PHIA-18, 3- Prata-Anã, 4-Prata Graúda, 5Grande Naine, 6-Maçã Comum, 7- Maçã Princesa,
8-Maçã Tropical, 9-Terra. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com 9
genótipos e quatro repetições, formando 36
parcelas, cada uma constituída por 5 plantas,
totalizando 180 plantas.
As mudas foram adquiridas na Embrapa – Mandioca
e Fruticultura (Cruz das Almas-BA), sendo
produzidas pelo método de micropropagação in
vitro.
Noventa dias após o transplantio das mudas nos
sacos plásticos, foram realizadas avaliações das
seguintes características: altura da planta (APL),
expressa em centímetros; diâmetro do pseudocaule
(DPS), em centímetros e número de folhas vivas
(NFV).
Os resultados foram submetidos à Análise de
Variância e Teste de Tukey (5%).
Resultados e Discussão
De acordo com a Análise de Variância verificou-se
que houve diferença significativa (Teste F a 5%),
para as variáveis: altura da planta (APL) e número
de folhas vivas (NFV).
Para a APL as médias variaram de 49,28 cm para o
genótipo Grand Nine até 92,75 cm para o genótipo
Terra. Para o NFV as médias variaram de 6,01
folhas para o genótipo Maçã Princesa até 8,25
folhas para o genótipo Prata Graúda.
As plantas estudadas apresentam grandes
diferenças relacionadas ao porte, podendo
apresentar-se desde o porte médio-baixo até o porte
alto, como é o caso dos genótipos Pacovan Ken e
Terra.
Para a DPS as médias variaram de 15,75 mm para
o genótipo PHIA-18 até 21,50 mm para o genótipo
Maçã Princesa.
Conclusões
As mudas de bananeira dos diferentes genótipos
apresntaram crescimento diferenciado, devido as
próprias características varietais. Todas as
cultivares (genótipos) tiveram boa aclimatrização
nas condições de viveiro telado 50% de iluminação
natural.
Referências
MARTINS, A.N.; SUGUINO, E.;
DIAS, N.M.S.;
PERDONÁ, J.P. Adição de torta de mamona em
substratos na aclimatação de mudas micropropagadas de
bananeira.
Revista Brasileira de Fruticultura,
Jaboticabal, v. 33, n.1, p. 198-207, março 20011..
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e
Pesquenas
Empresas.
Estudos
de
Mercados.
SEBRAE/ESPM. Setembro de 2010. 88p.
Agradecimentos
Ao IFPB e ao CNPq por contribuir para o nosso
aprendizado e financiar a bolsa de pesquisa
(PIBITI/CNPq).
14
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Efeito da salinidade no desenvolvimento da beterraba com e sem
cobertura morta
1
2
*3
Renato Paulo dos Santos , Semirames do Nascimento Silva , Eliezer da Cunha Siqueira , Dilamara
4
Bezerra de Medeiros
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Mestranda em Sistemas Agroindustriais, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal,
Pombal-PB, e-mail: [email protected];
3*
Professor de Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: *[email protected].
4
Graduanda em Tecnologia em Agroecologia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: Beterraba, salinidade, tolerância.
Introdução
Utilizada em diversas regiões semiáridas do
mundo, a beterraba (Beta vulgaris L.) é uma opção
para produção em condições de solos salinos, visto
que, além de se destacar por sua composição
nutricional, sobretudo em açúcares e pela forma de
consumo da raiz tuberosa ela se apresenta como
uma das hortaliças tolerantes a elevados teores de
sais (AQUINO et al., 2006)
Teve-se como objetivo avaliar o efeito da
salinidade no desenvolvimento da beterraba com e
sem cobertura morta.
Metodologia
O experimento foi realizado no Viveiro de Mudas
do IFPB Campus Sousa, localizado no município de
Sousa - Paraíba. O delineamento experimental
adotado foi o de blocos casualizados com quatro
repetições e cinco tratamentos denominados de: T1,
T2, T3, T4, T5, correspondendo, respectivamente a
salinidade: S1= 1,5; S2= 2,5; S3= 3,5; S4= 4,5; S5=
-1
5,5 dS m . As variáveis avaliadas foram: Peso das
Raízes (PR) e Massa Fresca da Parte Aérea
(MFPA).
Conclusões
Pode-se concluir que a salinidade afetou no
desenvolvimento
da
cultura
da
beterraba,
principalmente no crescimento das raízes.
A cobertura morta contribuiu para o crescimento e
desenvolvimento da beterraba, minimizando os
efeitos da salinidade na cultura.
Referências
AQUINO, L. A.; PUIATTI, M.; PEREIRA, P. R. G.; PEREIRA, F.
H. F.; LADEIRA, I. R.; CASTRO, M. R. S. Produtividade,
qualidade e estado nutricional da beterraba de mesa em função
de doses de nitrogênio. Horticultura Brasileira, v.24, p.199-203,
2006.
Agradecimentos
Agradecimentos ao IFPB Campus Sousa pelo
financiamento da bolsa, ao Ceará funcionário do
viveiro de mudas e todos os alunos e alunas que
contribuíram de forma direta e indireta no
desenvolvimento do projeto.
Resultados e Discussão
Verificou-se que a salinidade apresentou efeitos
sobre o desenvolvimento da beterraba. Foi
observado
que
houve
um
decréscimo
principalmente no crescimento das raízes da
beterraba, onde o tratamento 5 com o maior nível de
salinidade apresentou um efeito maior sobre a
cultura.
A massa fresca da parte aérea não sofreu efeitos
significativos pela salinidade. Onde a cobertura
morta minimizou os efeitos da salinidade no
crescimento da parte aérea.
15
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
EFEITO DA SUBSTITUIÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO POR CLORETO
DE POTÁSSIO NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FILÉS
DE PEITO DE FRANGO MARINADOS
1
2
Aline L. Batista ,Luana L.S. Estrela ; Sonnalle S.Costa
*3
1,2
Alunas de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
1
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ;
3
Professora do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: marinação, sal, redução, frango.
Introdução
O sal cloreto de sódio (NaCl), principal fonte de sal
da dieta, é amplamente utilizado na marinação de
cortes de aves como o peito de frango por suas
contribuições para o sabor e textura desses
produtos.
No entanto, o consumo excessivo de sódio está
diretamente relacionado com o aumento da
incidência da hipertensão arterial (WHO, 2010), o
que tem levado os pesquisadores a buscar reduzir o
teor de sal nos produtos alimentícios.
Assim, nesse estudo objetivou-se elaborar
marinados de frango com substituição parcial do
teor de cloreto de sódio por cloreto de potássio
(KCl), e avaliar a influência dos tratamentos sobre
as características físico-químicas dos marinados.
Metodologia
Os filés de peito de frango foram submetidos ao
processo de marinação por imersão mediante
proporção frango:salmoura de 1:2, a temperatura de
2° C, durante 8 horas, conforme metodologia
empregada por Lemos et. al (1999). Foram
elaborados os seguintes tratamentos: Controle
(100% NaCl), T1 (75% NaCl/25% KCl), T2 (62,5%
NaCl/37,5% KCl) e T3 (50% NaCl/50% KCl). O
delineamento
experimental
foi
inteiramente
casualizado e para cada tratamento, foram
marinados seis filés de peito de frango.
Após a drenagem por 30 minutos, foi calculado o
ganho de peso dos filés no processo (diferença
entre o peso dos filés antes e depois da marinação).
As análises físico-químicas de pH, umidade, cinzas
e proteínas dos marinados foram realizadas
conforme metodologia do Instituto Adolfo Lutz
(2008). Os dados foram submetidos à ANOVA e ao
Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade,
com o auxílio do programa Assistat versão 7,7 beta.
Resultados e Discussão
Os resultados das análises realizadas
marinados encontram-se na Tabela 1.
nos
Tabela 1- Parâmetros físico-químicos dos filés
marinados.
Parâmetros Controle
T1
T2
T3
GP (%)
Umidade (%)
19,84
a
76,23
a
73,65
ab
a
Cinzas (%)
2,38
Proteínas (%)
20,53
a
a
a
8,8
9,77
a
2,64
21,23
a
a
76,97
b
2,31
a
a
14,3
a
75,80
ab
2,34
a
19,05
21,02
a
pH
a
6,44
a
6,46
a
6,47
6,48
Aa
0,93
0,96
0,97
0,95
As médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem
estatisticamente entre si.
GP: Ganho de peso; Aa: Atividade de água
Os resultados demonstram que não houve diferença
significativa entre os tratamentos para a maioria dos
parâmetros avaliados, a exceção do teor de cinzas. Ainda
assim, quanto a este parâmetro, nenhum dos tratamentos
diferiu do controle.
Conclusões
Nenhum dos tratamentos diferiu do controle quanto
aos parâmetros analisados. Porém é necessário
estudar a aceitação sensorial dos produtos por
provadores para estabelecer qual o nível de
substituição mais adequado.
Referências
LEMOS, A.L.S.C.; D.R.M. Nunes, A.G. Viana. Optimization of
the still-marinating process of chicken parts. Meat Science
52. Campinas: Centro de Tecnologia de Carnes, Instituto de
Tecnologia de Alimentos,1999.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Creating an
enabling environment for population-based salt reduction
strategies: report of a joint technical meeting held by WHO and
the Food Standards Agency, United Kingdom. Geneva: World
Health Organization, 2010
ZENEBON,O.;PASCUET,N.S.;TIGLEA,P.
Métodos
físicoquímicos para análise de alimentos. Instituto Adolfo Lutz.
2008.Disponível
em:
<http://search.4shared.com/postDownload/p6oSszjj/normas_anali
ticas__instituto_a.html> Acesso em 24 nov 2013
Agradecimentos
Ao IFPB Campus Sousa pela disponibilidade dos
Laboratórios.
16
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
EFEITO DO PROCESSO DE DESIDRATAÇÃO OSMÓTICO-SOLAR EM
MAMÃO DA VARIEDADE FORMOSA (Carica papaya L.)
1
1
1
Josilândya P. SANTOS , Roberta O. S. WANDERLEY , Maria L. F. ALVES , Bruno A. A.SOUSA*2
¹Graduandos de Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: mamão, desidratação osmótica, secagem solar.
Tabela 1. Valores de Umidade e Massa do mamão
in natura e após DO.
Introdução
O cultivo do mamão (Carica papaya L.) é bastante
difundido, com uma produção mundial em 2011 de
11,8 milhões de toneladas, tendo o Brasil como o
segundo maior produtor, contribuindo com 15,7%
dessa produção ficando atrás da India (35%) (FAO,
2013). O mamão por ser um fruto climatérico e
muito perecível, apresenta rápido amadurecimento
após a colheita e consequente deterioração,
tornando-se imprescindível a busca de alternativas
econômicas para o aproveitamento do excedente de
sua produção (Oliveira, 2011). Nos países em
desenvolvimento o acúmulo de perdas na cadeia
produtiva de frutas chega ser de até 40% devido à
necessidade de uma melhor conservação (Palou, et
al.,1993). A desidratação osmótica (DO) é
considerada uma alternativa eficiente por obter um
produto de boa qualidade pela redução parcial de
sua umidade, pela pressão osmótica, sem mudança
de fase durante o processo (Lenart, 1996). Já o
beneficiamento dos produtos por secagem solar se
faz com baixo capital inicial, utilizando energia
térmica renovável, limpa, e de baixo custo na
desidratação. O objetivo deste estudo foi avaliar o
efeito da desidratação osmótico-solar no mamão da
variedade formosa (carica papaya l.)
Metodologia
Os mamões foram adquiridos no mercado local da
cidade de Sousa/PB na forma in natura, sendo
selecionados quanto aos atributos de tamanho,
maturação, cor e ausência de defeitos. Os frutos
foram lavados, sanitizados em água clorada
(150ppm/15min),
descascados,
retiradas
as
sementes e cascas. Após cortados em cubos e
branqueados em água a ebulição por 3min, foram
imersos em solução de sacarose a 50°Brix 1:5
(proporção fruto:soulção) por 120min, a temperatura
ambiente, seguidos de secagem solar até umidade
inferior a 25%. Foram realizadas análises de
umidade e calculados os percentuais de Perda de
Massa (Pp) e Ganho de Sólidos (GS). Onde,
Pp(%)=100x(Po-Pt)/Po
Equação 01
Gs(%)=100x(MSt)-(MSo)/Po
Equação 02
Produto
Mamão in natura
Mamão após DO
Peso (g)
1663,2954
1497,2720
Umidade (%)
88,4290
78,9238
Tabela 2. Perda de massa e ganho sólido do
mamão desidratado osmoticamente em soluções de
50°Brix.
Parâmetros
Perda de massa (Pp)
%
9,98
Ganho de sólidos (Gs)
0,57
Tabela 3. Massa final do mamão, após desidratação
osmótico-solar.
Mamão Desidratado
DO + Secagem Solar
Peso inicial
(g)
Peso final
(g)
1663,2954
519,7142
Observou-se que o mamão já teve seu peso inicial
reduzido somente com o pré-tratamento osmótico,
com 9,98% de diferença de peso. Aliado a um
mínimo ganho de sólidos, em torno de 0,57%.
Conclusões
É possível obter mamão por desidratação osmótica
seguida de secagem solar, com praticidade e baixos
custos. Além de ser um produto compacto, de valor
nutricional concentrado e com estabilidade no
armazenamento.
Referências
FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations.
FAO yearbook of forest products 2011, Roma 2013. Disponivel
em: < http://www.fao.org>. Último acesso em 20 de Novembro de
2013.
LENART, A. Osmo-convective drying of fruits and vegetables:
Technology and application. Drying Technology, v. 14, n. 2, p.
391 – 413, 1996.
PALOU, E.; LÓPEZ-MALO, A.; ARGAIZ, A.; WELTI, J. Osmotic
dehydration of papaya. Effect of syrup concentration. Revista
Española de Ciencia y Tecnologia de Alimentos, v. 33, n. 6, p.
621 – 630, 1993.
OLIVEIRA, M.: C.; B. Obtenção de banana passa por meio de
secagem via gaseificação de carvão vegetal. Viçosa, MG/, 2011.
70 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola)-programa
de Pós-graduação em Engenharia Agrícola –PPGEA,
Universidade Federal de Viçosa, 2011.
Agradecimentos
Ao IFPB-Campus Sousa pelo apoio logístico.
Resultados e Discussão
17
EFEITO DOS TEORES DE ÁLCOOL NA AVALIAÇÃO SENSORIAL DO LICOR DE UMBU-CAJÁ
(Spondia spp.)
1
2
2*
3
Bruno A. do Carmo , Diego de O. Lima , Jessica da S. Guedes , Josefranci M. de Farias , Francisca
3
Deuzenir M. Anselmo .
1
Graduando em Biotecnologia, Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró-RN.
2
Graduando em Engenharia de Alimentos, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa-PB.
³ Msc. em Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE.
Palavras-chave: Umbu-cajá, Licor, Análise Sensorial.
A
umbu-cajazeira
(Spondias
sp.),
pertence à família Anacardiaceae e ao gênero
Spondias, é uma frutífera nativa do Nordeste
brasileiro (LIMA et al., 2002a).
Alguns trabalhos (LIMA et al., 2002b) têm
sido realizados com o intuito de caracterizar física
e físico-quimicamente frutos de cajá-umbu,
estimulando o cultivo comercial em bases
tecnológicas modernas e incentivando as
indústrias de beneficiamento.
Neste contexto, o presente trabalho teve
como objetivo estudar o aproveitamento de frutos
de umbu-cajá na formulação de um licor e
determinando seu nível de aceitação.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado em 2010 no
Instituto Federal do Ceará, Campus Iguatu onde
os
frutos
foram
selecionados,
lavados,
sanitizados e despolpados. Para as formulações
dos licores foram utilizados para cada formulação
1kg de polpa, e 1L de cachaça 1:38ºGL (Licor
1), vodka 2:39ºGL (Licor 2) e álcool de cereal
(Licor 3) 3:40ºGL.
A avaliação sensorial com 80 provadores
não-treinados, utilizando-se uma Escala Hedônica
Estruturada (Meilgaard et al., 1991) de nove
pontos para a aceitação. Os dados da análise
sensorial de aceitação foram avaliados através de
análise de variância (ANOVA) e as médias foram
comparadas pelo teste de Tukey, com 5% de
significância. Os resultados estatísticos foram
tratados pelo programa SISVAR 5.0.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Resultados médios de aceitação das
formulações de licor de umbu-cajá
Aceitação
Global
Turbidez
Doçura
Sabor
Licor 1
6,88
a
4,04
a
5,12
a
4,22
a
Licor 2
7,48
a
4,04
a
4,86
a
3,66
a
Licor 3
7,18
a
3,93
a
4,65
a
3,88
a
Figura 1. Aceitabilidade (%) dos licores de umbu-cajá
para o atributo de Aceitação Global.
Aceitabilidade dos licores (%)
Introdução
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
76 %
Licor 1:38ºGL
83 %
79 %
Licor 2:39ºGL
Licor 3:40ºGL
CONCLUSÃO
O
umbu-cajá
apresentou
boas
características para o processamento de licor e
boa aceitabilidade.
O aproveitamento de frutos de umbu-cajá,
através da elaboração de licores de umbu-cajá,
deve ser uma alternativa e fonte complementar de
renda aos pequenos produtores, por ser um
produto promissor ao mercado e à agroindústria
pelo seu potencial tecnológico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Na tabela 1, encontram-se as médias obtidas
pela avaliação sensorial. Não houve diferença
significativa utilizando o teste de Tukey a 5%.
A Figura 1 apresenta os valores
encontrados para os licores formulados,
expressos em percentagem. Ela mostra que
todos os licores obtiveram boa aceitação em
relação ao atributo de aceitação global,
apresentando assim, um bom potencial para
consumo.
18
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ELABORAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E AVALIAÇÃO DO
RENDIMENTO DE QUEIJOS DE LEITE DE CABRA
1
2
2
2
Alexandre BESERRA , Renan P. PEREIRA , Girlayne C. A. MEDEIROS , Wellita A. SILVA , Jéssica V. F.
2
3
4*
SILVA , João F. NETO , Bruno A. A. SOUSA
¹ Graduando em Tecnologia de Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Tecnólogos em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected];
3*
Técnico do laboratório de processamento de leite e derivados, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:
4*
Professor e Pesquisador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: caprinocultura, coalho, bovino.
Tabela 1. Resultado das determinações.
Introdução
Queijos
O Brasil possui um rebanho caprino com cerca de
10,05 milhões de cabeças e produz anualmente 135
milhões de litros de leite de cabra, sendo o maior
produtor do continente americano (FAO, 2008). Em
geral, o leite de cabra é tradicionalmente consumido
nos centros urbanos por crianças ou idosos com
intolerância ao leite bovino, assim como, pela
população rural de baixa renda. O aproveitamento do
leite caprino seria mais racional na forma de leite
pasteurizado, leite UHT, leite em pó, queijos finos,
iogurtes, bebidas lácteas e doces, gerando
resultados mais satisfatórios economicamente (Curi
e Bonassi, 2007). Todavia, mesmo com o enorme
potencial do mercado lácteo caprino brasileiro, o país
apresenta uma mínima produção, apesar de possuir
extenso processamento de queijos como, por
exemplo, o de coalho, originalmente produzido com
leite de vaca, mas possível de ser fabricado com leite
de cabra (Egito & Laguna, 1999). Portanto, o objetivo
deste estudo foi elaborar, avaliar a caracterização
físico-química e o rendimento de queijos com leite de
cabras das raças Saanen e Parda Alpina.
Determinações
Coalho
Prato
Valor de pH
6,62±0,18
5,60±0,06
Acidez (%ácido lático)
0,04±0,01
0,38±0,01
61,47±0,20
60,47±0,19
Umidade (%)
38,53±0,20
39,53±0,19
Gorduras (%)
26,78±0,01
28,98±0,45
Cinzas (%)
5,34±0,26
3,55±0,10
Sólidos Totais (%)
Os valores de umidade e gordura estão de acordo
com o Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade dos Produtos Lácteos. O rendimento dos
queijos obtidos foi superior, na ordem de 12%, em
detrimento do queijo de leite bovino de 10%.
Conclusões
Os queijos obtidos seguem as especificações da
legislação, além de possuírem rendimentos
superiores ao queijo de leite bovino.
Referências
Metodologia
O leite foi adquirido na zona rural de Patos/PB.
Foram elaborados queijos tipos Prato e Coalho, na
Usina Piloto de Laticínios do Departamento de
Agroindústria do IFPB–campus Sousa. Os
processamentos do queijo de coalho e do tipo
Prato seguiram a metodologia descrita por Furtado
& Lourenço, 1994. Realizaram-se as análises
físico-químicas de sólidos totais, cinzas, acidez,
pH, umidade e gorduras nas amostras dos queijos.
Todas as análises foram realizadas de acordo com
a metodologia proposta nos métodos físicoquímicos para análise de alimentos (IAL, 2008). O
rendimento queijeiro foi realizado em litros de
leite/Kg de queijo pela equação 01.
CURI, R. A.; BONASSI, I. A. Elaboração de um queijo análogo ao
pecorino romano produzido com leite de cabra e coalhada
congelados. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 1, p. 171176, 2007.
EGITO, A. S.; LAGUNA, L. E. Fabricação de queijo coalho com
leite de cabra. Sobral: Embrapa caprinos, 1999. 15 p. (Embrapa
Caprinos. Circular Técnica, 16).
FAO (2008) Disponível em: HTTP://faostat.fao.org/site/497/
defaritt. Asp. Acesso em: 14/05/2013.
FURTADO, M. M.; LOURENÇO NETO, J. P. M. Tecnologia de
queijos: Manual técnico para a produção industrial de
queijos.108p. São Paulo: Dipemar, 1994.
GOTTARDI, C. P. T.; MURICY, R. F.; CARDOSO, M.; SCHIMDT,
V. Qualidade higiênica de leite caprino por contagem de
coliformes e estafilococos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n.
3,p. 743-748, 2008.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto
Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análises de
alimentos. Ed. São Paulo, v. 1, p. 533, 2008.
Agradecimentos
R% = (Mq/ML) x 100
Equação 01
Ao IFPB-Campus Sousa pelo suporte financeiro.
Resultados e Discussão
19
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ENRIQUECIMENTO PROTEICO DE RESÍDUO DE CAJU MEDIANTE
FERMENTAÇÃO SEMI-SÓLIDA
1
2
3
4
Járicles N. Sousa , Franciélia O. Silva , Wallber C. Ferreira , Fábio A. Alves ,
5
Osvaldo S. Silva*
1
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluna do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
3
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
4
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
5
Professor de Bioengenharia, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus Pombal,
Pombal-PB, e-mail:*[email protected].
Palavras-chave: aproveitamento de resíduo, teor proteíco, ração animal.
Introdução
O caju é uma das frutíferas de maior
importância socioeconômica para a região
Nordeste, com aproveitamento agroindustrial
concentrado praticamente na elaboração de sucos,
doces, geléias e fermentados. Segundo Luciano et
al. (2011), isso perfaz apenas a utilização de 15%
da produção e beneficiamento do pedúnculo.
Atualmente, diversos são os produtos que têm sido
usados mediante a fermentação semi-sólida para
enriquecimento proteico (HOLANDA et al., 1996).
Visando o resíduo do caju como alternativa a esse
processo, desde que a deterioração do pedúnculo
ocasiona perdas excessivas no campo e na
indústria, seu aproveitamento racional e eficiente
através do aumento proteíco poderá dar resultados
satisfatórios para produção de alimentos (LUCIANO
et al., 2011). Seguindo este raciocínio, o presente
trabalho teve como objetivo enriquecer o bagaço do
pedúnculo de caju por via fermentativa.
Metodologia
O enriquecimento proteico do bagaço do
pedúnculo do caju foi processado por cultivo semisólido,
usando
concentração
da
levedura
Saccharomyces cerevisiae, Fermento Fleischmann
Royal. A concentração da levedura adicionada foi
de 12% com temperatura de cultivo á 33 °C em
estufa de circulação forçada de ar. Após a cinética
de fermentação, analisou-se a quantidade de
nitrogênio total pelo método de Kjeldahl, utilizando o
fator de conversão 6,25 conforme os procedimentos
analíticos do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005). E o
teor de sólidos solúveis (°BRIX) foi determinado
pela técnica de refratometria, com uso de
refratômetro digital.
Resultados e Discussão
Em um processo de fermentação semisólida, a fase sólida atua como fonte de nutrientes e
como suporte para o crescimento das células
microbianas. O resíduo de caju apresentou um teor
de sólidos solúveis no meio entre, 5,2 no tempo 0 e
de 3,4 ao final do experimento conforme ilustra a
FIGURA 1-A. Verificou-se um consumo elevado de
açúcar pela levedura nas primeiras 32 horas,
seguido de um período de estagnação, que se
manteve até o final do experimento. Paralelo à
cinética de fermentação verificou-se também um
aumento do conteúdo de proteínas (FIGURA 1-B)
nas primeiras 8 horas (6,4%) seguidas de um
período de estabilização, para então um novo
aumento após 56 horas de fermentação (7,7%).
Figura 1. Gráficos: (A) °BRIX em função do tempo de
fermentação (h); (B) Teor de proteínas (%) em função do
tempo de fermentação (h).
Nesse sentido os resultados obtidos nesse
experimento demonstram condições favoráveis a
esse tipo fermentação já que houve aumento
proteico do substrato.
Conclusões
Diante
dos
resultados
encontrados
podemos concluir que o processo fermentativo em
estado semi-sólido é viável para aumentar o teor de
proteína existente em resíduo de caju, agregando
assim, valor a um produto de descarte para
aproveitamento na dieta animal.
Referências
HOLANDA, J. S. de; OLIVEIRA, A. J. de; SALVIANO, L. M. C.;
FERREIRA, A. C.; Potencial proteico de pedúnculos de caju
enriquecidos por leveduras. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1996.
17p. (EMBRAPA-CNPAT. Boletim de Pesquisa, 19). Disponível
em:
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/420034/1/Bp
019.pdf. Acesso em: 05/05/2013;
IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas de Instituto Adolfo
Lutz. 4. ed. Brasília, 2005. v. 1, 1015 p.;
LUCIANO, R. C.; ARAÚJO, L. F.; AGUIAR, E. M.; PINHEIRO, L.
E.; NASCIMENTO. D. S do.; Revisão sobre a potencialidade do
pedúnculo do caju na alimentação animal. Tecnol. & Ciên.
Agropec., João Pessoa, v.5, n.3, p.53-59, set. 2011;
Agradecimentos
À UATA/CCTA, e aos colegas dos
Laboratórios de Bioquímica de Alimentos e de
Tecnologia de Sementes onde este trabalho foi
desenvolvido, por todo o apoio e pela contribuição.
20
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Exame físico do úbere e achados laboratoriais no leite de ovelhas com
mastite
1
2
3
Rodrigo F. Leite , Igor M. Dantas , Francisco R. B. Nogueira , Ana Valéria M. S. Marques
3
1
Médico Veterinário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Aluno do curso de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
3
Médicos Veterinários, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mails: [email protected] e [email protected]
Palavras-chave: Mastite, Ovelha, Exame físico, Exame microbiológico.
Introdução
Mastite é o processo inflamatório da glândula
mamária que possui etiologias variadas. Existe uma
diversidade de informações sobre a doença,
principalmente em bovinos. Entretanto, em ovinos
de corte, poucos estudos foram realizados
(Arsenault et al. 2008). O diagnóstico da mastite
nem sempre é fácil. Logo, associado aos achados
clínicos, a presença de micro-organismos nas
amostras de secreção láctea é fundamental para o
diagnóstico (Silva et. al. 2010). Portanto, o
objetivou-se com este trabalho estudar ovelhas com
mastite relacionando os achados do exame físico do
úbere com os resultados de testes microbiológicos
da secreção láctea.
Metodologia
Foram utilizadas 49 ovelhas das raças Santa Inês,
Dorper e mestiças do cruzamento entre estas,
distribuídas no município de Sousa-PB e CondadoPB. No exame físico do úbere, avaliou-se a simetria
das metades mamárias e a presença de nodulações
e/ou alterações na consistência do parênquima. As
alterações específicas do tecido glandular foram
classificadas como: Sem alteração; Presença de
nodulação pequena (1 a 3cm), média (3 a 5cm) ou
grande (acima de 5cm); e com consistência do
parênquima aumentada ou diminuída. A secreção
láctea foi analisada utilizando-se uma caneca de
fundo escuro para a detecção de mastite clínica. Foi
realizado o California Mastitis Test (CMT),
preconizado para bovinos, com o intuito de
diagnosticar mastite subclínica. As amostras de leite
foram remetidas ao Laboratório de Microbiologia do
Hospital Veterinário da Universidade Federal de
Campina Grande (HV/UFCG), para análise
microbiológica.
Resultados e Discussão
Foram examinadas 98 metades mamárias,
entretanto, foram obtidas 85 amostras de secreções
lácteas devido à ausência de produção em algumas
metades.
A
frequência
dos
resultados
do
exame
microbiológico variou em função do tipo de
alteração encontrada nas glândulas. As metades
com nódulos grandes tiveram a maior taxa de
isolamento 75% (3/4), seguidas pelas de
consistência aumentada com 55% (5/9). Já nas de
consistência diminuída foram 25% (1/4), nódulo
pequeno 30,43% (7/23) e nódulo médio 30% (3/10).
Ainda foram isolados micro-organismos em 31,43%
(11/35) das metades mamárias sem alteração física.
Marogna et al. (2010), estudando mastite em
ovelhas, verificaram uma taxa de isolamento de
81% nas secreções obtidas de glândulas com algum
sinal clínico. O mesmo observado por Silva et al.
(2010) que obtiveram isolamento microbiano em
71,4% das glândulas nas mesmas condições.
Conclusões
O exame físico da mama é de grande importância
para o diagnóstico da mastite possibilitando, de
forma relativamente rápida, a constatação da
presença da enfermidade. O diagnóstico laboratorial
também pode ser utilizado pois aumenta a acurácia
da avaliação.
Referências
Arsenault, J., Dubreuil, P., Higgins, R., Be’langer, D. Risk factors
and impacts of clinical and subclinical mastitis in
commercial meat-producing sheep flocks in Quebec,
Canada. Prev. Vet. Med. 87:373-393, 2008
Marogna, G., Rolesu, S., Lollai, S., Tola, S., & Leori, G. Clinical
findings in sheep farms affected by recurrent bacterial
mastites. Small Ruminant Research. 88:119-125, 2010.
Silva, N. S., Da Silveira, J. A. S., Pinheiro, C. P., De Sousa, M. G.
S., Oliveira, C. M. C., De Mendonça, C. L., Duarte, M. D., &
Barbosa, J. D. Etiologia e perfil de sensibilidade de bactérias
isoladas de ovelhas com mastite na região nordeste do
estado do Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira, 12:1043-1048,
2010.
21
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Germinação e Vigor de Sementes Crioulas de Milho (Zea mays L.) em
Função do Uso da Adubação Orgânica.
1
2
2
Maria José E. Pires Barbosa , Januária C. Sousa , Katiana de S. Vale , *Kátia Cristina de Oliveira
3
4
Gurjão ; Joserlan N. Moreira
1
Aluna de Iniciação Científica IFPB – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
Graduandas em Tecnologia em Agroecologia IFPB - Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:
[email protected];
3
Professora Orientadora - IFPB Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: *katgurjã[email protected]
4
Professor do Curso de Tecnologia em Agroecologia IFPB – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail:
[email protected]
2
Palavras-chave: Viabilidade, produção de sementes, agricultura familiar.
.
Introdução
A importância econômica do milho (Zea mays L.) é
caracterizada pelas diversas formas de sua
utilização, que vai desde a alimentação animal até a
1
indústria de alta tecnologia . O aproveitamento de
adubos orgânicos de origem animal é de
fundamental importância para o desenvolvimento e
crescimento das culturas exploradas pelos
pequenos produtores, em função dos seus baixos
custos e dos benefícios destes na melhoria da
fertilidade, conservação do solo e maior
aproveitamento dos recursos existentes na
2
propriedade . Diante da grande perda de sementes
crioulas por parte da agricultura familiar no Estado
da Paraíba, torna-se necessário a instalação de
campos de multiplicação de sementes crioulas,
como forma de resgate e preservação das mesmas,
com o compromisso de manter o estoque dos
Bancos de Sementes dos agricultores familiares.
Diante do exposto o trabalho teve como objetivo
avaliar a influência da adubação orgânica na
germinação e vigor de sementes crioulas de milho
(Zea mays L.).
Metodologia
O Trabalho foi realizado no viveiro de mudas da
Fazenda Experimental do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB),
Campus Sousa, perímetro Irrigado de São Gonçalo,
município de Sousa-PB. Foram utilizadas sementes
de milho oriundas de um campo de produção de
sementes
crioulas
cultivado
na
fazenda
experimental do IFPB - Campus Sousa, onde foi
utilizada, como fonte de adubação, esterco bovino
(EB). As sementes de milho foram oriundas do
banco de sementes do assentamento Frei Damião,
localizado no município de Cajazeira - PB. Foram
avaliadas a germinação (%), primeira contagem da
germinação (%), comprimento da parte aérea (cm) e
comprimento radicular (cm).
Pode-se observar que a adubação orgânica não
influenciou as variáveis estudadas de forma
significativa. Pode-se observar também que, apesar
de não apresentar diferenças significativas, o uso do
adubo orgânico influenciou a qualidade da semente
que apresentou 100% de germinação e
comprimento da parte aérea de 8,2 cm (Tabela 1)
Tabela 1. Valores médios da germinação, primeira
contagem da germinação, (CPR) e (CPA) de sementes de
milho crioulo, produzido sob efeito da adubação orgânica.
Sousa-PB, IFPB, 2012.
Tratamentos
Testemunha
Esterco
bovino
CV(%)
Germinação
(%)
99,00 a
Primeira
contagem
germinação (%)
83,00 a
100,00 a
81,00 a
CPR
(cm)
22,45
a
21,35
a
22,46
CPA
(cm)
7,50
a
8,20
a
7,85
1,42
9,23
*Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna
não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
Conclusões
A germinação, primeira contagem da germinação,
comprimento da parte radicular e comprimento da
parte aérea de sementes de milho crioulo não foram
afetados pelo uso da adubação orgânica na
produção de sementes.
Referências
1
DUARTE, J. de O. Introdução e importância econômica do
milho. In: CRUZ, J. C.; VERSIANI, R. P.; FERREIRA, M. T. R.
(Ed.). Cultivo do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo,
2000.
2
SANTOS, J.F. dos; GRANGEIRO, J.I.T.; BRITO, L.M.P.;
OLIVEIRA, M.M. de; OLIVEIRA M.E.C. de. Novas variedades de
caupi para a microrregião do Brejo Paraibano. Tecnol. & Ciên.
Agropec. João Pessoa, v.3, n.3, p.07-12, set. 2009.
Agradecimentos
Ao PIBICT do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba (IFPB)/Campus Sousa pelo auxílio
financeiro.
Resultados e Discussão
22
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
INFLUÊNCIA DO ENVOLTÓRIO DE QUITOSANA NA QUALIDADE DE
UVAS (Vitis labrusca L.) PÓS-COLHEITA ARMAZENADAS SOB
TEMPERATURA AMBIENTE.
1
1
2
2
Miriane M. Fernandes , Randerson H.J. Lucena , Marta S. Madruga , Evandro Leite de Souza Ingrid C. D.
3
Guerra
1
Aluno de Iniciação Científica, Universidade Federal da Paraíba – Campus João Pessoa, João Pessoa-PB,
e-mail: [email protected]; [email protected]
2
Professor, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa – PB. e-mail: [email protected];
[email protected]
3
Professor, Universidade Federal da Paraíba – Campus V – Mangabeira, João Pessoa – PB. e-mail:
[email protected]
Palavras-chave: Filme, frutas, revestimento.
Introdução
O desperdício pós-colheita de frutos pode
estar associado a má execução da colheita no
campo, tendo continuidade no seu transporte para
posterior comercialização e finalizando nos centros
atacadistas e varejistas, além da contribuição por
parte do consumidor, seja ele intermediário ou final.
(VILELA et al., 2003). Deste modo, torna-se
importante a busca por tratamentos que possam
aumentar a qualidade e vida de prateleira do fruto.
Uma provável possibilidade é a aplicação
do envoltório de quitosana, que pode ser obtida
através de uma reação de desacetilação da quitina
encontrada no exoesqueleto de artrópodes, como o
camarão,
apresentando
propriedades
antimicrobianas, antioxidantes, biocompatibilidade,
biodegradabilidade, além de não serem tóxicas.
(MARICATO, 2010).Com base no exposto, este
estudo objetivou avaliar parâmetros físico-químicos
de qualidade de uvas revestidas com filme de
quitosana em duas diferentes concentrações e
armazenadas sob temperatura ambiente.
Metodologia
A quitosana foi produzida de acordo com a
metodologia descrita por De Assis (2009). Duas
concentrações do gel foram elaboradas: T1 –
8mgQUI/mL e T2 – 4mgQUI/mL. As uvas foram
obtidas na Central de Abastecimento de João
Pessoa, higienizadas, enxaguadas e secas em
temperatura ambiente. Em seguida foram imersas
nos géis separadamente, colocadas para secar,
acondicionadas em caixas de polietileno e
armazenadas em BOD a 25º C. Um experimento
controle (sem adição de quitosana) foi realizado.
Nos tempos 0, 7 e 14 dias de armazenamento foram
avaliados a firmeza, acidez, pH e sólidos solúveis
de acordo com o descrito pela A.O.A.C (2000).
Resultados e Discussão
Os resultados estão expressos na Tabela 1.
Tabela 1 – Parâmetros de qualidade das uvas
revestidas durante armazenamento a 25º C.
Sólidos Solúveis
TRATAMENTOS
DIAS DE ARMAZENAMENTO
0
7
CONTROLE
12,11 bB±0,02
13,09aA±0,00
12,19bB±0,00
14
QUI 8mg/mL
14,16 aA±0,05
13,48bB±0,06
14,10aA±0,06
QUI 4mg/mL
12,10 bA±0,05
11,39cB±0,00
11,69cC±0,00
ACIDEZ(%)
TRATAMENTOS
DIAS DE ARMAZENAMENTO
0
7
CONTROLE
1,38 aA±0,05
1,45 aA±0,05
1,26 bB±0,04
14
QUI 8mg/mL
1,13bB±0,02
1,49 aA±0,02
1,02 cC±0,00
QUI 4mg/mL
1,12 bA±0,04
1,19 bA±0,06
1,13 aA±0,02
pH
TRATAMENTOS
DIAS DE ARMAZENAMENTO
0
7
CONTROLE
3,35 aA±0,01
3,27 aA±0,06
3,51 aB±0,01
14
QUI 8mg/mL
3,31aA±0,00
3,30 aA±0,01
3,53 aB±0,04
QUI 4mg/mL
3,26 aC±0,02
3,31 aB±0,00
3,42 bA±0,04
FIRMEZA
TRATAMENTOS
DIAS DE ARMAZENAMENTO
0
7
CONTROLE
6,72 aA±0,51
6,74 aA±0,51
5,54 aB±0,27
14
QUI 8mg/mL
5,38bA±0,25
6,17 aA±0,31
4,00 bB±0,53
QUI 4mg/mL
7,03 aA±0,44
6,71 aA±0,56
4,90 abB±0,40
Letras minúsculas diferentes na mesma coluna significam
diferença estatística (p<0,05) entre tratamentos pelo teste de
TuKey. Letras maiúsculas diferentes na mesma linha significam
diferença estatística (p<0,05) entre tempos de armazenamento
pelo teste de TuKey.
Conclusões
O revestimento de uvas com envoltório de quitosana
elaborado com 4mg/mL apresenta-se como uma
alternativa viável para reduzir as perdas sem alterar
os parâmetros de qualidade do fruto durante o
armazenamento.
Referências
VILELA, N. J.; LANA, M. M.; NASCIMENTO, E. F.; MAKISHIMA,
N. Perdas na comercialização de hortaliças em uma rede
varejista do Distrito Federal. Cadernos de Ciência &
Tecnologia, Brasília, v. 20, n. 3, p. 521-541, set./dez. 2003.
23
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
INTERAGINDO COM A COMUNIDADE: desenvolvendo ações educativas
através do aproveitamento de recursos naturais locais.
1
Emanoel G. Lins , Vandressa A. dos Santos¹, Adriana A. da S. Pereira¹, Heloiza C. Barreto*², Pedro Lima
Filho³,
1
Alunos de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected],[email protected],
²Professora de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: * [email protected];
Técnico do setor de Agroindústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: comunidade, processamentos, recursos naturais
Introdução
O curso técnico em agroindústria do IFPB –
Campus Sousa forma profissionais habilitados a
desempenhar atividades teóricas – práticas nas
áreas de processamento de alimento tais como:
processamento
de
frutas
e
hortaliças,
processamento
de
leite
e
derivados,
processamento de carnes e pescados e panificação,
de forma a atender às necessidades do mercado
em relação a indústria, seja na produção ou na
prestação de serviços, gestão e empreendedorismo.
Sendo assim, o instituto dispõe de profissionais e
alunos capacitados na ministração de treinamentos
básicos para a comunidade, oferecidos através de
projetos de extensão na área de agroindústria, o
que considera-se importante a participação dos
alunos neste trabalho, reforçando a aprendizagem
ao colocar em prática as atividades desenvolvidas
ao longo do curso. Neste contexto, o objetivo deste
trabalho foi oferecer a comunidade cursos básicos
na área agroindustrial de forma a despertar a
conscientização dos participantes quanto ao
empreendedorismo e a diminuição das perdas dos
recursos naturais ali existentes. Ações como essas
visam traçar as bases de um processo educativo
permanente, destinado a fazer do ato de produzir,
preparar o alimento e de alimentar-se uma cultura
promotora de saúde, bem estar, qualidade de vida,
geração de renda, cidadania e desenvolvimento
com sustentabilidade. (Cozinha BRASIL, SESI).
Metodologia
O projeto está sendo realizado no sítio olho
d’água do Frade, localizado na cidade de
Nazarezinho PB, utilizando as instalações da
associação comunitária. Foram oferecidos os
seguintes cursos: Processamento de Frutas,
processamento de Hortaliças, fabricação de
produtos de limpeza, e ainda o curso de
Aproveitamento de Alimentos que está sendo
realizado no momento. Inicialmente foi realizada a
inscrição com 20 participantes, um prévio
conhecimento das instalações onde os cursos
estão sendo desenvolvidos e um trabalho de
sensibilização e conscientização aos participantes
como forma de despertar o interesse na área. Os
cursos estão sendo ministrados por etapas,
obedecendo ao cronograma estabelecido no
trabalho.
Resultados e Discussão
De acordo com as atividades desenvolvidas até o
momento, alguns resultados já se tornam visíveis: a
comunidade
despertou
para
uma
melhor
conscientização de aproveitamento de recursos
naturais e por ser uma comunidade organizada
quanto
ao
empreendimento,
demonstraram
interesse no desenvolvimento de técnicas de
sustentação para o desenvolvimento local, através
de recursos naturais de maior disponibilidade que
são as frutas e hortaliças produzidas na região.
conclusões
O Trabalho destaca a importância da interação
IFPB – campus Sousa com a comunidade em
utilizar as atividades de extensão como processo
transformador no sentido de direcionar o ensino
tecnológico para a realidade sócio-econômico e
cultural da região, proporcionando assim, uma
mudança na vida social
e econômica dos
participantes.
Referências
COZINHA BRASIL, SESI - Serviço Social da Indústria, Conselho
Nacional. Alimente-se bem com R$ 1,00. Departamento
Regional de São Paulo; Pesquisa e desenvolvimento de receitas;
Diretoria de Alimentação. Julho 2004.
Agradecimentos
IFPB Campus Sousa, Associação comunitária de
Olho d’agua do Frade e Prefeitura Municipal de
Nazarezinho - PB.
24
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
MASTITE EM OVINOS: AVALIAÇÃO E DETERMINAÇÃO DOS ASPECTOS
PATOLOGICOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA
Flávia K L Maciel ¹, Roseane A Portela ²
*
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: Santa Inês , glândula mamária, mastite, crônica, aguda.
Introdução
Define-se mastite como a inflamação da glândula
mamária, caracterizada por alterações físicas,
químicas e bacteriológicas no leite e alterações no
tecido glandular (BLOOD & RADOSTITS, 1991). A
escassez de informações na literatura sobre a
glândula mamaria de ovinos quando comparada aos
dos bovinos, não significa que são menos
importantes, mas que são pouco estudadas. Para
os animais leiteiros, a mastite acarreta perdas na
produtividade direta e na produção de seus
derivados, para os animais destinados à corte
acarreta na baixa produção de leite da mãe para o
cordeiro. Deste modo a importância da mastite na
ovinocultura esta relacionada com os aspectos
econômicos
e
higiênicos
(BERGONIER
&
BERTHELOT 2003). Os poucos trabalhos já
relatados tiveram como objetivo dados importantes
para fundamentar a doença como a etiologia,
clinica, epidemiologia, mas falta muito a ser
esclarecido, principalmente sobre a fisiopatologia,
diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção.
Para o sucesso do controle da mastite em um
rebanho é fundamental a elucidação de todos esses
dados, realidade encontrada em rebanhos das
espécies bovina e caprina.
Metodologia
Foram utilizadas 11 ovelhas da raça Santa Inês do
rebanho do IFPB- Campus Sousa. Os animais
clinicamente estavam em diferentes períodos de
lactação, com comprometimento parcial ou total das
glândulas mamárias. Foram realizados exames das
glândulas mamarias pelo método de inspeção e
palpação seguindo a metodologia descrita, por
(FEITOSA 2008). As ovelhas foram submetidas à
mastectomia em seguida as glândulas foram
enquadradas em quatro quadrantes e avaliadas
macroscopicamente com consequente coleta de
tecido de cada quadrante. Os fragmentos foram
fixados em formol a 10% e enviadas para UFCG*
para o preparo de lâminas histológicas para
posterior observação na microscopia óptica. Os
achados macroscópicos e microscópicos serão
tabelados estatisticamente e confrontados com a
tabela de diagnóstico clinico e discutidos.
Os resultados ainda não foram totalmente
finalizados. O diagnóstico das formas aguda e
crônica da mastite é realizada considerando-se os
sinais clínicos, observando-se um aumento ou
diminuição do volume da glândula mamária. A
inspeção e palpação do úbere visam detectar
fibrose, edema inflamatório e atrofia do tecido
conjuntivo das glândulas mamarias (BOLSANELLO
et al., 2009). O tecido pode responder de várias
maneiras às agressões patológicas. Nem toda lesão
que se apresenta macroscopicamente endurecida é
um tecido fibrosado e nem todo tecido que está
amolecido é uma inflamação aguda, existem vários
parâmetros para se chegar a tal conclusão. Os
aspectos histológicos apresentados pelo tecido
frente a uma agressão sejam de glândula mamaria
ou outro tecido animal esclarecerá a reação tecidual
de uma fibrose, inflamação ou atrofia. (MAXIE 2007)
Conclusões
Os resultados observados até o momento atual nos
sugere que os achados nos exames clínicos e os
achados macroscópicos das glândulas mamárias
mastectomizadas foram condizentes com de mastite
crônica, mas é preciso observar os aspectos
histológicos para termos resultados comparativos
com os dados clínicos, macroscópicos e
histológicos.
Referências
BERGONIER, D., BERTHELOT, X. 2003. New advances in
epizootiology and control of ewe mastitis. Livestock Production
Science, v. 79, p. 1-16.
BLOOD, D.C., RADOSTITS, O.M. 1991 Clínica Veterinária.
7a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1263p.
BOLSANELLO R.X.; HARTMAN M.; DOMINGUES P.F.; MELLO
JÚNIOR A.Z.; LANGONI, H. 2009 Etiologia da mastite em
ovelhas Bergamácia submetidas à ordenha mecânica, criadas
em propriedade de Botucatu, Veterinaria Zootecnia, v.16, n.1,
p.221-227.
FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária:
diagnóstico. 2.ed. São Paulo:Roca, 2008. 754p.
a
arte
do
MAXIE, M.G. 2007. Pathology of Domestic Animals. 5. ed.
Sauders-Elesevier: Oxford, 110p.
Resultados e Discussão
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
25
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Ocorrência do vírus rábico e determinação das espécies de quirópteros
no distrito de São Gonçalo – Sousa/PB
1
2
2
2
Pablo J. Cavalcanti , Flávia T. Ribeiro , Mezulan L. D Mendes , Talles L. A. Ferreira , Inez L. Evangelista
1
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq e aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Voluntária de Iniciação Científica do CNPq e aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
3
Professora de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: Morcegos, Raiva, Zoonose
Introdução
A raiva é uma doença infecciosa, de etiologia viral e
caráter zoonótico, que causa uma encefalite aguda
em mamíferos. De alta transcendência e uma
letalidade de aproximadamente 100%, ainda é
considerada um grave problema de Saúde Pública
(Ministério da Saúde, 2012). Porém, a falta de
sistemas adequados de informação e vigilância
epidemiológica na maioria dos países, não permite
o conhecimento da real magnitude do problema
(BELLOTO, 2000). No Brasil até o mês de Junho do
ano de 2012 apenas 3 casos de raiva humana
foram registrados (Ministério da Saúde, 2009). Na
Paraíba entre o período de 2007 e 2010 foram
notificados 07 casos de raiva, dentre os locais
prováveis de infecção das epizootias de raiva
canina e felina nesse período se destacaram os
municípios de João Pessoa, Caturité, Salgado de
São Félix e Sousa (Ministério da Saúde, 2012). A
raiva apresenta 4 ciclos (urbano, rural, silvestre e
aéreo), sendo o morcego a única espécie capaz de
transitar por todos os ciclos (SOUZA, 2004).
Atualmente são conhecidas 1.120 espécies de
morcegos no mundo, sendo 167 espécies
conhecidas no Brasil das quais 53 foram registradas
no estado da Paraíba (FEIJÓ & LANGGUTH, 2011).
Araújo et., (2009) notificou que a raiva é endêmica
para morcegos no munícipio de Patos-PB. O
objetivo geral do estudo é determinar a presença do
vírus rábico em quirópteros bem como catalogar as
espécies de quirópteros existentes no munícipio de
Sousa-PB.
Metodologia
Os morcegos serão capturados com o auxílio de
redes de neblina do tipo “Mist Net”, medindo 2,5 mt
de altura por 7 m de comprimento, confeccionadas
em fio de seda/nylon de 20mm e com 4 prateleiras.
Serão realizadas 2 coletas mensais com inicio no
período do crepúsculo (por volta das 17h 30min)
permanecendo as redes abertas por um intervalo de
5 horas sendo checadas a cada 20 minutos. Para a
identificação das espécies a população amostra
será constituída de todos os quirópteros capturados
durante o período de Janeiro a Março de 2014. Para
a quantificação do vírus rábico será utilizada uma
prevalência estimada de 5%, um nível de confiança
de 95% e uma precisão desejada de 5% de todos
os
quirópteros
capturados
nas
coletas,
resguardando a importância ecológica dos
quirópteros na manutenção do equilíbrio ambiental.
Conclusões
O presente estudo permitirá o desenvolvimento de
estudos regionais, contribuindo com o fornecimento
de subsídios para estudos relacionados a formação
cientifica de recursos humanos no âmbito
acadêmico com a qualificação e aprendizagem de
técnicas e métodos de pesquisa relacionados às
espécies de quirópteros.
Referências
ARAÚJO, J.L.; Cordeiro, J.F.; Silva, M. L.; Gomes, A.A. Prevalência da
raiva em quirópteros na zona urbana de patos-pb, semi-árido do nordeste
brasileiro. In: VI Congresso de Iniciação Cientifica da UFCG
,
2009, Campina Grande – PB. VI Congresso de Iniciação Cientifica da
UFCG.
BELLOTO, A. J. Situação da raiva no mundo e as perspectivas de
eliminação da raiva transmitida pelo cão na América Latina. In:
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RAIVA, 2000, São Paulo.
ANAIS... São Paulo: Instituto Pasteur, 2000. P. 20-21.
FEIJÓ, J. A.; LANGGUTH, A. Lista de quirópteros da Paraíba, Brasil
com 25 novos registros. Chiroptera Neotropical, v. 17, p. 1055-1062,
2011.
KNOBEL, D. L.; CLEAVELAND, S.; COLEMAN, P. G.; FÈVRE, E.
M.; MELTZER, M. I.; MIRANDA, M. E. G. Re-evaluating the burden
of rabies in África and Ásia. Bulletin of the world health organization,
v. 5, p. 321-400, 2005
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília. Mapas
da Raiva no Brasil, 2012.
SOUZA, A. M. Controle da raiva animal em Aparecida de Goiânia. In:
2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, 2004. Belo
Horizonte. Anais... Belo Horizonte – MG.
Agradecimentos
IFPB/Campus Sousa, ao CNPq .
26
3
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
O MEDICO VETERINÁRIO COMO PROMOTOR DA SAÚDE HUMANA:
AÇÕES INFORMATIVAS EM FEIRAS LIVRES
1
1
1
2
Edla I. de S. Costa , Francisco A. de S. Segundo , Morgana A. Cavalcante , Roseane de A. Portela *
1
Alunos de Extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected];
2
Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail:* [email protected]
Palavras-chave: Feiras livres, saúde humana, inspeção, Paraíba, Sousa.
Introdução
O médico veterinário tem participação em todas as
etapas da produção da proteína animal, isso faz
com que também possua grande participação na
segurança da saúde humana. O veterinário
promove essa segurança através da fiscalização na
comercialização da proteína animal para o publico
consumidor (MENEZES, 2005), seja atuando na
vigilância sanitária ou atuando como responsável
técnico do estabelecimento de abate de animais, ou
ainda na criação e sanidade dos animais (CFMV,
2012). Porém a fiscalização no abate de animal e
nos pontos de comercialização é insuficiente e até
ausente, principalmente nas pequenas cidades.
Outro agravante é a deficiência histórica quanto à
conscientização e o sentido critico na venda e na
compra de produtos cárneos. Sendo assim, esses
dois fatos podem refletir negativamente na saúde
dos consumidores cárneos, haja vista que várias
doenças podem ser disseminadas através do
consumo de produtos de baixa qualidade ou
impróprios para consumo. Então se objetivou
conscientizar os comerciantes e consumidores de
produtos cárneos sobre a importância de se obter
produtos cárneos de qualidade. Visando com esta
alternativa, uma saída para driblar as falhas
operacionais por parte da fiscalização e garantir que
os consumidores e comerciantes possam ter acesso
às informações sobre os critérios importantes a
serem seguidos na hora da venda e compra de
produtos
cárneos.
Objetiva-se
também
a
desmistificação que o medico veterinário atua só na
cura de doenças dos animais e que o papel do
medico veterinário pode ter ação direta na saúde
humana.
Metodologia
A conscientização do consumidor e comerciante
está sendo realizados através de ações informativas
desenvolvidas em feiras livres onde acontece a
comercialização
de
produtos
cárneos
nos
municípios de Sousa e de Cajazeiras, ambos no
estado da Paraíba. As ações nas feiras consistem
em comunicação interpessoal, entrega de panfletos
autoexplicativos (Figura 1), comunicação em massa
com o auxilio de caixa de som que trazem
informações sobre a devida importância para os
critérios, como a procedência, aspecto (coloração,
consistência), odor, cuidados no transporte,
manipulação e conservação e preparo dos produtos
na hora da venda e compra dos produtos cárneos.
Está sendo incluído anúncio em radio local,
quinzenalmente, com dicas semelhantes a
explicitadas nas feiras. A avaliação do alcance das
informações para com o público alvo será realizada
através de entrevistas e aplicação de questionários
nos locais das ações durante os dois últimos meses
do cronograma de execução do projeto.
FIGURA
1
Panfletos
autoexplicativo
confeccionados para distribuição aos consumidores
e vendedores nas feiras livres.
Conclusões
Apesar dos resultados não terem sido totalmente
concluídos. Conclui-se que as ações informativas
através da conscientização dos consumidores e
comerciantes podem ser fundamentais para instruir
cidadãos formadores de opinião. Os Consumidores
e comerciantes de produtos cárneos que aceitam as
informações podem validar a ação e se tornarem
cada vez mais exigente. Em fim que a sociedade
diante do papel exercido possa perceber a
indispensável atuação do medico veterinário para a
inspeção de produtos cárneos e promoção da saúde
humana.
Referências
Conselho Federal de Medicina Veterinária. Disponível em:
<http://www.cfmv.org.br/>. Acesso em: 20 de dezembro. 2012.
MENEZES, C. C. F. A importância do Médico Veterinário na
Saúde Pública. 2005. 54f. Dissertação (Monografia) – Faculdade
de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Ceará,
Fortaleza, 2005.
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
27
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
QUALIDADE DE MELANCIAS ‘CRIMSON SWEET’ CULTIVADAS EM ROTAÇÃO COM DIFERENTES
ADUBOS VERDES.
Daciano M. de Sousa¹; Oscar M. Hafle²; Valéria M. dos Santos¹; Ednaldo B. Pereira Júnior²; Francisco I.
Delfino³; Francisco Romário A. Figueiredo¹
1
Aluno do curso superior Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
– Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email:[email protected];
3
Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: adubação, biomassa, leguminosas, orgânica, fruticultura
.
Introdução
A adubação verde é a prática de se
incorporar, ao solo, o tecido vegetal não
decomposto, visando manter ou aumentar a
fertilidade do solo. (NASCIMENTO e SILVA, 2004).
Em razão disso, o conhecimento sobre o
efeito da incorporação de leguminosas no
crescimento, produção e qualidades de melancias
deve ser regionalizado e até mesmo localizado para
que a escolha da melhor espécie recaia naquela
com maior potencial de produção de fitomassa e de
reciclagem de nutrientes
O objetivo deste estudo foi avaliar a
qualidade de melancias ‘Crimson Sweet’ cultivadas
em rotação com diferentes adubos verdes, nas
condições irrigadas na Região do Alto Sertão
Paraibano.
Metodologia
O experimento foi conduzido na Fazenda
Experimental do Instituto Federal da Paraíba,
Campus Sousa (IFPB-Sousa).
O delineamento experimental utilizado foi
em blocos casualizado com seis tratamentos (T 1=
sem leguminosas (vegetação espontânea), T 2=
mucuna-preta, T3= crotalária juncea, T4= feijão
vigna, T5= guandú-anão, T6= guandu comum), com
quatro repetições.
Trinta dias após a incorporação dos adubosverdes foi realizada a semeadura da melancia da
cultivar ‘Crimson Sweet’, em covas espaçadas de
1,5m entre plantas e 2m entre linhas. As variáveis
analisadas foram: massa fresca e seca de cada
espécie leguminosa (Mg/ha); e da melancia: peso
médio dos frutos (kg), diâmetros longitudinal e
transversal do fruto (cm), espessura da casca (cm),
sólidos solúveis (ºBrix) e acidez titulável (%).
entre as espécies, não diferindo das demais, exceto
a testemunha.
Com relação ao comportamento da
melancia sob diferentes leguminosas pode perceber
que as variáveis PES, DLF, DTF, CAS e ACD foi
influenciada pelo tratamento (CRO). Com relação ao
BRX considerado como fator importante na
comercialização e aceitabilidade da melancia,
tomou um comportamento diferente das demais
variáveis, onde o tratamento FEV apresentou valor
médio bem superior as demais leguminosas
testadas.
Conclusões
Nas condições em que o experimento foi
conduzido é possível afirmar que:
A crotalária foi a espécie que apresentou os
melhores resultados nas características de
produção de massa fresca e seca, sendo que os
piores foram obtidos nas parcelas sem leguminosas
(vegetação espontânea), indicando que este
tratamento é o menos indicado nas práticas de
manejo do solo.
Observando o comportamento da melancia
sob diferentes leguminosas pode perceber que as
variáveis PES, DLF, DTF, CAS e ACD foi
influenciada pelo tratamento (CRO). Com relação ao
BRX considerado como fator importante na
comercialização e aceitabilidade da melancia,
tomou um comportamento diferente das demais
variáveis, onde o tratamento FEV apresentou valor
médio bem superior às demais leguminosas
testadas.
Referências
NASCIMENTO, J.T.; SILVA, I. de F. da. Avaliação
quantitativa e qualitativa da fitomassa de
leguminosas para uso como cobertura de solo.
Ciência Rural, v. 34, n. 3, p. 947-949, 2004.
Resultados e Discussão
A análise de variância mostrou diferenças
significativas entre os tratamentos para as variáveis,
exceto para a espessura da casca.
Com relação a massa fresca e seca o teste
de Tukey (5%) mostrou diferenças entre os
tratamentos, sendo a crotalária a mais produtiva
Agradecimentos
Ao IFPB por contribuir para o nosso
aprendizado e financiar o projeto de pesquisa.
28
29
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MARACUJÁ-AMARELO SOB
DIFERENTES FORMAS DE CONDUÇÃO DAS PLANTAS
3
Rodilma S. Almeida¹, Francisco I. Delfino , Everaldo M. Gomes², Valéria M. Santos¹, Oscar M. Hafle²
1
Aluno do curso superior Tecnologia em Agroecologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
– Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB.
3
Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail:
Palavras-chave: Passiflora edulis, podas de formação, produção, fruticultura
.
Introdução
A fruticultura é tida como uma das atividades mais
importantes para agricultura brasileira com destaque
para o maracujazeiro (Passiflora edulis) que é uma
cultura originária de regiões tropicais, principalmente da
América Latina.
Por ser uma planta trepadeira, precisa de um
sistema de sustentação para sua condução, sendo
tradicionalmente utilizados: latada ou caramanchão,
espaldeira vertical com um, dois ou três fios de arame,
espaldeira em T e espaldeira em cruz (Silva, et al.,
2004). Dos sistemas de condução existentes a
espaldeira vertical é a mais utilizada, por ser de fácil
construção e proporcionar boas condições para
realização dos tratos culturais (Melo Júnior et al.,
2012).
As pesquisas envolvendo os sistemas de condução
na produção, produtividade e qualidade do
maracujazeiro, ainda são bastante escassas Portanto,
esse trabalho pretende obter informações sobre a
produção,
produtividade e qualidade dos frutos
maracujá sobre diferentes formas de condução.
De acordo com a análise de variância, foram
detectadas diferenças significativas para diâmetro
longitudinal, diâmetro transversal e porcentagem do
suco, para as demais características avaliadas não
houve diferença significativa (Teste F a 5%).
Na Tabela 1 observa-se que o tratamento 3
(espaldeira vertical com um fio de arame) produziu
frutos com maior diâmetro transversal, diâmetro
longitudinal e maior porcentagem do suco. No entanto
no que se refere a espessura da casca, peso do fruto,
peso da casca, peso da semente, peso do suco, brix,
ph e acidez não se diferenciaram entre os tratamentos.
Tabela 1- Valores de Diâmetro Longitudinal, Diâmetro
Transversal, Espessura da Casca, Peso do Fruto, Peso da
Casca, Peso do Suco, Porcentagem de Suco, pH e Acidez do
frutos de maracujazeiro nos diferentes tratamentos.
TRAT
DL
(cm)
DT
(cm)
ESP.
CASCA
(mm)
PESO
(g)
P.CASCA
PESO
SUCO
PESO.
SEM
%DE
SUCO
BRIX
PH
1
87.09 a
71.51 a
7.93 a 227,52 a 149.63 a 49.68 a 28.21 a 21.74 a
2
96.05 ab
80.94 ab
6.69 a 240.86 a 151.37 a
3
99.46 b
87.24 b
7.44 a 247.78 a 138.90 a 70.43 a 31.53 a 29.27 b 13.58 a 3.00 a
6.13 a
Metodologia
Média
94.20
79.90
7.35
79.38
146.63
61.02
31.07
25.20
13.75
3.03
6.00
O experimento foi conduzido no setor de
fruticultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia-Campus Sousa, no período de março a
junho de 2013. Os frutos foram colhidos dos
maracujazeiros conduzidos em espaldeira vertical com
um, dois e três fios de arame. A colheita foi realizada
semanalmente. Para a avaliação das características
físicas e químicas do fruto em laboratório foram
utilizados frutos (4 por amostra) de 8 plantas de cada
tratamento, totalizando 96 frutos.
Inicialmente, foram feitas as seguintes medidas:
massa do fruto (g), utilizando-se balança digital;
diâmetros longitudinal e transversal (mm) medindo;
comprimento e largura, usando paquímetro digital.
Os frutos foram cortados na região equatorial e
foram feitas quatro medidas de espessura da casca
(mm), com paquímetro digital. A polpa bruta (com
sementes) foi pesada e em seguida o suco foi obtido,
batendo-se a polpa no liqüidificador, sem danificar as
sementes, passando em seguida por peneira de malha
fina e medindo-se o peso em balança digital. Os
resultados foram submetidos à Análise de Variância e
Teste de Tukey (5%).
DMS
10.48
12.45
2.11
238.72
41.78
32.94
19.79
6.27
1.99
0.23
1.26
13.67 a 3.07a
ACIDEZ
6.07 a
62.6 a 33.46 a 24.59 ab 14.00 a 3.01 a 5,80 a
Conclusões
1- Plantas conduzidas com um fio de arame
apresentaram
frutos
com
maiores
diâmetros
longitudinais e transverrsal e maior porrcentagem de
suco; 2- A espaldeira vertical além do menor custo de
implantação é recomndada para o plantio do
maracujazeiro-amarelo para os pomares de Sousa-PB.
Referências
SILVA, H. A; CORRÊA, L. S. ; BOLIANI, A. C. Efeitos do
sistema de condução, poda e irrigação na produção do
maracujazeiro
doce.
Rev.
Bras.
Frutic. vol.26 no.3 Jaboticabal Dec. 2004.
MELO JÚNIOR, H. B; ALVES, P. R. B; MELO, B; DUARTE, I.
N, TEIXEIRA, L, M. Produção do maracujazeiro amarelo sob
diferentes sistemas de condução. Enciclopédia biosfera,
Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15; p. 1 4 1 3.
2012
Agradecimentos
Ao IFPB por contribuir para o nosso aprendizado e
financiar o projeto de pesquisa.
Resultados e Discussão
30
31
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Coalizão entre macacos prego (cebus libidinosus, Spix 1823) como
manutenção de poder e reciprocidade na partilha de alimentos
Eduardo A. Rufino
1
1
Aluno da Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected];
Palavras-chave: Coalizão, Macacos-prego, Poder, Partilha de Alimentos.
Introdução
Alianças entre dois membros de um grupo
podem gerar coalizões contra outro membro. Esses
conflitos, tanto internos quanto externos, podem
ocorrer em muitos contextos, como competição de
recursos limitados (TRIVERS, 1972; CLUTTONBROCK, 1986), insatisfação ou desacordo sobre
decisões (VAN SCHAIK, VAN NOORDWIJK, 1986)
ou monopolização de alimentos, entre outras coisas.
Isso pode determinar importantes relações sociais
entre indivíduos, e de valores de sobrevivência
(ROMERO, CASTELLANOS, DE WAAL, 2011).
Nesse estudo, nos investigamos coalizões entre
macacos-prego
(cebus
libidinosus,
Groves
2001,2005), e os resultados dessas coalizões para
o entender da estrutura social da colônia estudada,
bem como os processos de cooperação,
competição, coalizões para a obtenção de
alimentos, realização de partilha entre os indivíduos
que realizaram a coalizão ou autoapropriação dos
alimentos por um deles.
partilha de alimentos. Isso acontece quando a
coalizão é, na verdade, estimulada pelo acesso aos
alimentos que não fazem parte da dieta diária da
colônia. Portanto, aqueles que estão localizados no
ranking mais elevado da hierarquia do grupo
tendem a se beneficiar da comida, muitas vezes
tomando-as de indivíduos com baixa hierarquia com
ajuda de outros, havendo assim uma divisão.
Conclusões
Sendo assim, o estudo revelou que dado à
estrutura social dos macacos-prego, quando existe
uma coalizão entre indivíduos de posição mais alta
no grupo, há entre eles uma ação de reciprocidade
na partilha de alimentos, privilegiando ambos os
partícipes, e não apenas um. Essa divisão atua
como uma possível recompensa, tanto pela
manutenção do poder, como também em resposta
do envolvimento do indivíduo recrutado, e do
período no qual ambos passam juntos, socialmente.
Referências
Metodologia
Nós conduzimos observações de um grupo de
macacos-prego cativos, que habitam no parque
zoobotânico Arruda Câmara (Bica), localizado na
cidade de João Pessoa, Paraíba, entre junho de
2013 até a data presente. O grupo é composto de 9
indivíduos (n = 2 machos, n = 3 fêmeas e n = 4
infantes). A coleta de dados foi realizada a partir de
um método chamado “classificação de traços”, com
o qual nos permitiu observar e registrar o
comportamento dos macacos-prego, em termos de
duração e frequência das atividades, tentando
analisar comportamentos padrões (FREEMAN,
GOSLING, SCHAPIRO, 2011).
Resultados e Discussão
Nosso estudo demonstrou que coalizões
não
só
são
muito
importantes
para
o
estabelecimento da dominância em um grupo, mas
também no estabelecimento de relações sociais (DE
WAAL, 2007) que poderão gerar reciprocidade e/ou
DE WAAL, Frans B. M. Chimpanzees Politics: power and sex
among apes. Ed. 25th anniversary edition. Baltimore: The Johns
Hopkins University Press, 2007.
FREEMAN, Hani; GOSLING, Samuel D; SCHAPIRO, Steven J.
Comparation of methods for assessing personality in nonhuman
primates. In: WEISS, Alexander; KING, James E; Murray,
Lindsay. (Org.). Personality and Temperament in Nonhuman
Primates. London: Sringer, 2011, p. 17-40. (Developments in
Primatology: Progress and Prospects).
ROMERO, Teresa, CASTELLANOS, Miguel A. DE WAAL, Frans
B. M. Post-Conflict Affiliation by Chimpanzees with Aggressors:
Other-Oriented Versus Selfich Political Strategy. PLoS One, July
20, 2011, Volume 6, Issue 7, p. 1-6.
TRIVERS, RL (1972) Parental investment and sexual selection.
In: Campbell B, ed. Sexual Selection and the Descendent of Man.
Chicago: Aldine, p. 136-179.
VAN SCHAIK, C P, VAN NOORDWIJ MA (1986) The hidden cost
of sociality: intra-group variation in feeding strategies in Sumatran
Long-tailed macaques (Macaca fascicularis). Behaviour 99: 296315.
32
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
OCORRÊNCIA DE PARASITOSES GASTRINTESTINAIS EM BEZERROS
NO SEMIÁRIDO PARAIBANO
1
2
Nívea Rayanna L. Lima , Larissa Raquel R. C. Corolino , Amélia Lizziane Leite Duarte
*3
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: Verminose, hemintos, ruminantes.
Introdução
As infestações por verminoses estão
ligadas ao manejo deficiente dos animais,
pastagens, qualidade da água, manejo sanitário,
uso irracional de anti helmínticos e descontrole das
separações
de
animais
por
faixa
etária
(SILVA,1984).
O conhecimento das parasitoses é
indispensável para a formulação de programas
eficientes de controle. Este estudo teve como
objetivos estabelecer a prevalência de helmintos
gastrintestinais em bezerros e identificar aspectos
de controle relacionados a estas infecções em
propriedades do Município de Sousa (Paraíba).
Metodologia
Para este estudo, foram avaliados bezerros
com idade de até 18 meses em 12 propriedades
rurais da microrregião de Sousa, localizados na
mesorregião do Sertão Paraibano no período de
seca. Foram aplicados questionários para obtenção
de informações sobre o manejo sanitário e alimentar
utilizado. A colheita de amostras de fezes foi
realizada diretamente da ampola retal em todos os
animais e estas analisadas através da técnica de
contagem de ovos por grama de fezes (OPG)
descrita por GORDON & WHITLOCK (1939).
administração de antihelminticos era variada (com
intervalos de 2, 6 e 12 meses) e o resultado do OPG
entre estas foi semelhante.
Conclusões
Há
leve
incidência
de
parasitismo
gastrintestinal nos bezerros da região de Sousa no
período de seca e esta se deve, provavelmente,
devido ao clima desfavorável à sobrevivência das
larvas de helmintos.
Referências
Silva, D.J. Controle dos helmintos gastrintestinais em
bovinos jovens.Tese (Mestre em ciências em
Medicina
veterinária -Parasitologia Veterinaria). Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, Itaguaí. 1984.
GORDON, H.M.C.L. & WHITLOCK, H.V. A new technique for
counting nematode eggs in sheep faeces. Journal of
Commonwealth Science Industry Organization, v.12, n. 1, p.
50-52, 1939.
VIEIRA, L. S. Alternativas de controle da verminose
gastrintestinal dos pequenos ruminantes. Circular Técnica.
Sobral: EMBRAPA/CAPRINOS, 10p., 2003.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Programa PIBICT do
IFPB Campus Sousa pela concessão da bolsa de
estudos.
Resultados e Discussão
Foram
observados
principalmente
a
presença de ovos de Strongylus sp. na maioria das
propriedades, além de ovos de parasitas da família
Trichostrongyloidea, Eimeria sp., e Moniezia sp.
De maneira geral, os exames resultaram em
ocorrência baixa de parasitoses e este resultado se
deve provavelmente aos longos períodos de seca
do semi-árido que não favorecem à sobrevivência
dos parasitos no meio ambiente, assim como já
verificado por VIEIRA (2003) em outra região do
Nordeste Brasileiro.
Na maioria das propriedades os bezerros
eram criados em regime semi-extensivo, sem
nenhuma orientação técnica e a freqüência de
33
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
PERCEPÇÃO AMBIENTAL DO BIOMA CAATINGA POR ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO NA CIDADE DE PATOS – PB.
*1
Telma G. R. Alves , Marília F. Silva
*2
1
Licenciada em Geografia e pós graduada em Educação Ambiental pela FIP - Faculdades Integradas de Patos; E-mail:
[email protected].
2
Licenciada em Ciências Exatas, com habilitação em Química (UEPB); Aluna pós graduanda em Gestão Pública pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB; E-mail: [email protected].
Palavras-chave: educação, conservação, biodiversidade.
Introdução
A Caatinga é um bioma exclusivamente
brasileiro, que possui várias espécies endêmicas,
ou seja, que só ocorrem nesta região. Mesmo sendo
tão importante, segundo alguns estudiosos
(TABARELLI e SILVA, 2003), esta passa por
alterações e deterioração ambiental provocado pelo
uso insustentável dos seus recursos naturais, o que
tem causado a extinção de espécie únicas e
acelerado o processo de desertificação.
As
escolas
têm
uma
grande
responsabilidade no processo de desmistificação da
Caatinga, pois, de acordo Araújo e Sobrinho (2009),
a Educação não pode restringir o seu papel à mera
transmissão de informações.
Diante disso, objetiva-se fazer uma análise
da percepção dos alunos do ensino médio sobre o
bioma caatinga, tendo em vista o pouco
conhecimento que se tem deste bioma tão
importante para a região Nordeste e para a
biodiversidade brasileira.
Metodologia
A pesquisa adota o método indutivo como
método de abordagem, através de um questionário
com 7 questões abertas e uma entrevista abordando
às definições da caatinga, à educação ambiental
importância econômica, e ainda, o uso sustentável da
mesma.
O presente estudo envolveu 30 alunos do 3º
Ano do Ensino, sendo 15 da rede pública de ensino e
15 da rede privada, todos localizados na cidade de
Patos, estado da Paraíba (PB).
A escolha por este nível de ensino se deve
ao fato de que eles estão concluindo o ensino médio,
no qual podem ter tido oportunidade de estudar temas
referentes à Caatinga.
Resultados e Discussão
Observa-se que apesar desses alunos
residirem em uma microrregião onde o bioma é
Caatinga, alguns não consegue identificá-la,
principalmente os alunos da rede pública.
O quadro 1 sistematiza as palavras que
traduzem as representações que os alunos têm da
Caatinga. Como pode-se perceber todas as
palavras evocadas pelos alunos referem às
características deste bioma.
Quadro 1: Representação que alunos de escolas
da rede pública e privada de ensino têm da
caatinga.
Palavras Evocadas
Comparativo
Rede Pública Rede Privada Rede
Rede
Pública Privada
Quente
Nordeste
1
10
Seco
Pecuária
2
1
Sertão
Sertão
4
5
Diversificado
Preservação
2
1
Vegetação
Seca
8
11
No entanto, os alunos afirmaram na
entrevista que não conseguem perceber a presença
do homem neste bioma, esquecendo a relação que
existe entre o homem e o meio ambiente.
Assim, os alunos sentem a necessidade
de estudar o bioma Caatinga, mas ao mesmo tempo
não sabem o que este significa e para que ele
serve, nem tampouco quais os benefícios que ele
oferece a sociedade.
Conclusões
Analisando o resultado deste trabalho,
percebe-se que os alunos sentem a necessidade de
que este tema seja mais trabalhado em sala de aula
e em aulas de campo. Em especial os alunos da
rede pública, pois estes são os que menos
conhecem o bioma Caatinga.
Sugere-se que os professores procurem
relacionar os conteúdos de suas disciplinas com
questões do bioma Caatinga, para que os alunos
sejam capazes de ter uma percepção ambiental
deste bioma da nossa região, reconhecendo assim
sua importância de uma maneira sustentável, e
ainda, usufruindo de todos os benefícios que ele
nos proporciona.
Referências
ARAÚJO, Carla Souza e SOBRINHO, José Falcão. O Bioma
Caatinga no entendimento dos alunos da rede pública de ensino
da cidade de Sobral, Ceará. In: Revista Homem, Espaço e
Tempo. Sobral: UVA, março de 2009 - ISSN 1982-3800.
TABARELLI, Marcelo e SILVA, José M. C. d. Ecologia e
conservação da Caatinga. Ed. Universitária da UFPE: Recife,
2003.
34
CIÊNCIAS DA SAÚDE
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Análise antropométrica de estudantes do IFPB Campus Sousa
1
1
1
1
Frankley M. de Oliveira , Bruno N. de Oliveira* , Waldiram B. A. de Souza* , Erik J. B. de Carvalho* ,Wesley
2
C. Ramalho
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Professor de Educação Física, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: capacidades físicas, saúde, estudante.
Introdução
As medidas antropométricas podem ser fator
importante para avaliação/alerta de saúde, na
dinâmica atual faz-se uma relação direta de um bom
estado antropométrico com as práticas de atividade
física, dessa forma nas últimas décadas a pratica
regular de atividade física tem sido estimulada como
busca de estilo de vida saudável. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (2004), a prática
regular de atividade física reduz o risco de mortes
prematuras, doenças do coração, acidente vascular
cerebral, câncer de cólon, de mama e diabetes tipo
II além de atuar na prevenção ou redução da
hipertensão arterial e prevenção do ganho de peso.
A prática da atividade física pode ser um fator
primordial para manter-se com bons níveis
antropométricos. Nesse contexto a busco do estilo
de vida saudável é crescente a cada dia, fica
evidenciado na literatura dos inúmeros benefícios
que se têm quando utiliza-se de parâmetros
saudáveis no dia a dia. O objetivo do presente
estudo é fazer uma analise do perfil antropométrico
dos acadêmicos do IFPB – Campus Sousa-PB
Metodologia
Este trabalho caracteriza-se como um estudo
descritivo. Para a coleta de dados antropométricos
utilizou-se a Porcentagem de Gordura Corporal
(%G) pelo método de dobras cutâneas, a
Circunferência da Cintura (CC), Estatura, Índice de
Massa Corporal (IMC) e Peso Corporal. A análise
das variáveis seguiram os padrões e normativas
descritas por Guedes & Guedes (2006).
Participaram da pesquisa 45 jovens estudantes dos
cursos superiores e técnicos do IFPB – Campus
Sousa. Para a análise dos dados foi utilizado à
estatística descritiva (Frequência / Média / Desvio
Padrão / Coeficiente de Variação) por meio do
programa Assitat 7.7 beta e Epinfo 7.0.
Montes Claros. Observou-se que a maioria dos
pesquisados (85%) apresentam Índice de Massa
corporal (IMC) dentro dos níveis considerados
normais e que a maioria (56%) dos pesquisados
apresentam baixo risco coronariano quando
analisado através da Relação Cintura Quadril (RCQ)
Corroborando com estes resultados a tabela 1
apresenta o perfil antropométrico dos estudantes do
Instituto Federal de Educação, Ciências e
Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa.
Tabela 1. Dados
antropométricas
descritivos
das
análises
Média
DP
CV
%G
12,35
± 3,75
30,40
CC
76,44
± 6,22
8,14
Estatura
1,70
± 0,05
3,43
Idade
19,66
± 4,96
25,24
IMC
21,88
± 2,43
11,14
Peso Corporal
63,42
± 8,09
12,77
Conclusões
Este estudo possibilitou demonstrar através da
análise do perfil antropométrico dos estudantes do
Instituto Federal do Campus Sousa, apresentam-se
satisfatórios
Referências
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para
avaliação em educação física. Barueri: Manole, 2006.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio financeiro do IFPB – Campus
Sousa às atividades de pesquisa, extensão e ensino
do Curso de Licenciatura em Educação Física.
Resultados e Discussão
Em uma analise do perfil antropométrico realizado
por Santos et. al. 2011 em acadêmicos do Curso de
Educação Física da Universidade Estadual de
35
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Avaliação das capacidades físicas relacionadas à saúde de estudantes
do sertão paraibano
1
1
1
1
Frankley M. de Oliveira , Lucas V. Lima* , Tamara A. N. Vital* , Janaina F. de Oliveira* , Wesley C. Ramalho
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Professor de Educação Física, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: capacidades físicas, saúde, estudante.
Introdução
Hoje, em pleno século XX, se perguntarmos às
pessoas que têm acesso à informação se exercício
físico regular faz bem à saúde, talvez encontremos
um
grande
percentual
que
responda
afirmativamente. Existem cada vez mais dados
demonstrando que o exercício, a aptidão e a
atividade física estão relacionados com a
prevenção, com a reabilitação de doenças e com a
qualidade de vida. Pesquisadores nas áreas de
exercício físico, Educação Física e de Medicina do
Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa
epidemiológica, já demonstraram que tanto a
inatividade física como a baixa aptidão física são
prejudiciais à saúde. Portanto o objetivo deste
estudo foi avaliar as capacidades físicas
relacionadas à saúde de estudantes do IFPB camus
Sousa-PB.
Metodologia
Este trabalho caracteriza-se como um estudo
descritivo. Analisou-se o Índice de Massa Corporal
(IMC), a Composição Corporal (peso gordo, magro
e ideal), a Capacidade Aeróbia (VO2), a Resistencia
Muscular Localizada (RML peitoral e abdominal) e o
IAC de 39 jovens do sexo masculino (19,66 ± 4,96),
discentes dos cursos técnicos e superiores do
Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa. A
escolha dos participantes da pesquisa foi realizada
de forma aleatória. A metodologia de análise das
variáveis seguiram os padrões e normativas
descritas por Guedes & Guedes (2006). Para a
análise dos dados foi utilizado à estatística
descritiva (Frequência / Média / Desvio Padrão /
Coeficiente de Variação) por meio do programa
Assitat 7.7 beta.
Resultados e Discussão
Petroski et al. (2011) avaliou a aptidão física
relacionada à saúde de 627 adolescentes (266
rapazes e 361 moças), de 14 a 17 anos. Não
atingiram os critérios mínimos à saúde: composição
corporal 25 %; flexibilidade 40,8 %; força/resistência
muscular 98,5 %, e, aptidão cardiorrespiratória 35,4
%. Na classificação geral, nos três testes motores,
foi observada alta proporção de adolescentes
(masculino 99,6 % e feminino 100 %).
Diferentemente do estudo de Petroski os resultados
encontrados neste estudo foram satisfatórios
apresentando para circunferência da cintura:
97,44% apresentaram uma CC normal com cerca
de 2,56% com CC elevado IAC: dos avaliados
78,95% apresentaram um IAC classificado em
moderado, 2,63% ideal e 18,42 com excesso de
peso. IMC: Eutróficos 82,05%, Magreza I 5,13%,
Magreza II 2,56%, Sobrepeso 10,26% RML ABD:
Abaixo da média 10,26%; Acima média 2,56%;
excelente 2,56%; fraco 82,05%; média 2,56%. RML
PEI: Abaixo da média 20,51%; Acima média
15,38%; excelente 7,69%; fraco 35,90%; média
20,51% VO2: boa 28,21%, excelente 30,77%, fraca
5,13%, muito fraca 10,26%, regular 23,08%,
superior 2,56%.
Tabela 1. Dados descritivos das Capacidades
físicas relacionadas à saúde
Média
DP
CV
IAC
22,37
± 2,62
11,75
IMC
21,88
± 2,43
11,14
Peso Gordo
8,01
± 3,28
40,97
Peso Magro
65,18
± 7,05
10,81
Peso Ideal
55,41
± 5,99
10,81
RML Abdominal
23,66
± 7,71
32,59
RML Peitoral
21,94
± 9,44
43,01
VO2
46,33
± 12,97
27,99
Conclusões
Os estudantes apresentaram bons índices AFRS.
Neste sentido, acredita-se que seja de fundamental
importância de intervenções direcionadas à
população em idade escolar para que se
mantenham assim.
Referências
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para
avaliação em educação física. Barueri: Manole, 2006.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio financeiro do IFPB – Campus
Sousa às atividades de pesquisa, extensão e ensino
do Curso de Licenciatura em Educação Física.
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
36
2
37
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
UMA FORMA LUDOPEDAGÓGICA DE APRENDER PARASITOLOGIA
1
2
2
Larissa Raquel C. Carolino , Nívea Rayanna L. Lima , Ariadne de Barros Carvalho , Paulo Wbiratan L.
2
*3
da Costa , Amélia Lizziane L. Duarte
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluno voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected];
3
Professor de Medicina Veterinária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: Educação em saúde, enteroparasitoses, teatro lúdico, prevenção.
Introdução
Sabe-se que as parasitoses têm como seu
alvo preferencial o público infantil, então existe a
necessidade de atividades voltadas para a
educação nesta faixa etária. TOSCANI et al. (2007)
acrescenta que o processo educativo deve ser
adequado às capacidades cognitivas de cada fase
do desenvolvimento, num ambiente prazeroso,
propiciando uma relação direta entre os conteúdos e
o seu dia-a-dia. O teatro é um dos caminhos para
que as instituições de ensino e os educadores
possam atingir uma integração entre todos os
membros da comunidade escolar de forma criativa,
produtiva e participativa (PCN, 1997 apud ALVES,
2010).
Este trabalho foi desenvolvido com intuito de
orientar ou alertar as crianças da zona rural de
Sousa (PB) sobre práticas diárias de prevenção
contra as parasitoses.
Metodologia
Este trabalho contou com a participação de 5
alunos do Curso de Medicina Veterinária do IFPB
(Campus Sousa), que, para tornar o tema acessível
ao público infantil, utilizaram uma peça de teatro
onde a palhaça Alegria apresenta seus amigos
animais da fazenda e relatam práticas erradas de
higiene do seu proprietário Júlio (Figura 1).
Ao final da apresentação as crianças foram
questionadas utilizando um jogo de certo e errado
sobre os principais ensinamentos expostos.
deletérias à saúde e que mantêm um grande
contato com os animais de companhia, assim como
alertado anteriormente por NEVES, D.P. (2000).
Conclusões
A peça teatral é uma forma de abordagem
que têm se mostrado eficaz para a demonstração
de
procedimentos
preventivos
contra
às
parasitoses, já que as crianças ao fim da
apresentação, conseguiam julgar os hábitos
incorretos e corrigi-los.
Referências
ALVES, E. C. TEATRO: UM OLHAR LÚDICO À FACE DO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL. In: II Jornada Pedagógica Do
Lalupe – Olhar multidisciplinar sobre a ludicidade, Anais...10,
2010, Ponta Grossa.
NEVES, D.P., Relação parasito-hospedeiro. In: Parasitologia
humana.10.ed. São Paulo: Atheneu, 2000b.cap.2, p.4-9.)
TOSCANI, N.V.; SANTOS, A. J. D.; SILVA, L. L. M.; TONIAL, C.
T.; CHAZAN, M.; WIEBBELLING, A M P.; MEZZARI, A.
Development and analysis of an educational game for children
aiming prevention of parasitological diseases. Interface comunic., Saúde, Educ., v.11, n.22, p.281-94, mai/ago 2007.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao PROBEXT do IFPB
Campus Sousa pela concessão da bolsa de estudos
e às escolas Municipais e Estaduais dos Núcleos I,
II e III que contribuíram imensamente na realização
deste projeto.
Resultados e Discussão
As visitas às escolas começaram no mês de
Novembro do corrente ano e atendeu até o
momento 580 crianças da rede pública de ensino
infantil da cidade de Sousa – PB, incluindo
especialmente as escolas localizadas nos distritos
de São Gonçalo e Núcleos I, II e III.
Na avaliação do entendimento da peça, o
jogo de certo e errado, houve participação ativa das
crianças e estas conseguiram julgar corretamente
os hábitos higiênico-sanitários e corrigi-los de modo
a evitar as parasitoses.
Projetos como este são importantes já que a
população infantil constitui o grupo mais suscetível
às enteroparasitoses e às suas conseqüências
38
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
VETAMIGAA: VETERINÁRIO - ATENDIMENTO MÉDICO INDISPENSÁVEL
AO GRANDE AMIGO ANIMAL
1
Anderson L. Alves¹, Ayellysson A. das Neves , Roseane A. Portela
2*
1
Alunos de Extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]; [email protected]
2
Professor de Medicina Veterinária , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: * [email protected]
Palavras-chave: assistência técnica, manejo, extensão, Paraíba, Sousa.
Introdução
Para se conseguir um rebanho sadio e produtivo, o
produtor deve adotar as práticas de um manejo
sanitário aliado a uma boa nutrição e seleção do
rebanho (Domingos & Langoni, 2001). No município
de Sousa há pequenas propriedades rurais que são
sitiantes que dependem da comercialização de leite
e derivados provenientes das criações de animais,
sobretudo bovinos, mas também caprinos e ovinos.
Muitos deles possuem apenas renda suficiente para
gastos fixos e em épocas críticas essa renda é
insuficiente para lidar com as adversidades da
região principalmente com assistência veterinária.
Em situações presenciais percebe-se que o
produtor procura essencialmente pontos de vendas
de produtos agrícolas e medicamentos veterinários
em busca de solucionar problemas na sua criação.
Essa realidade ocorre por restrita condição
financeira ou por cultura (costume). Se baseando
nessa problemática o projeto VETAMIGAA tem
como objetivo central a orientação aos pequenos
produtores rurais, com melhoria no manejo,
estruturação zootécnica, tratamento e prevenção de
doenças e quando necessária à realização de
exames laboratoriais. Objetiva-se ainda, expor a
sociedade de Sousa o papel do médico veterinário e
divulgar o curso de medicina veterinária. Estimular
os estudantes do IFPB- Campus Sousa a
desenvolver projetos similares e oportunizar novas
ideias de extensão para que a sociedade seja
beneficiada.
Metodologia
Foi feito um mapeamento das pequenas
propriedades rurais de Sousa e vizinhança. Foram
escolhidas três propriedades através de entrevistas
e o consentimento do produtor rural.
As
propriedades
estão
sendo
visitadas
pelos
acadêmicos e ocasionalmente pela orientadora,
para auxiliar e acompanhar a realidade do produtor
rural. As ações na propriedade consistem em clínica
veterinária, exames parasitológicos e quaisquer
atividades
profissionais
requisitadas
pelo
proprietário ou equipe do projeto, em comum
consentimento e sem gasto financeiro para o
produtor. Semanalmente nas rádios e em redes
sociais, estão sendo divulgadas notas sobre o curso
de medicina veterinária e ações do médico
veterinário na assistência técnica. E ainda próximo
ao termino do projeto serão apresentadas as ações
desenvolvidas no projeto aos estudantes locais do
IFPB- Sousa de todas as áreas afins e uma visita ao
IFPB com familiares interessados dos produtores
rurais com apresentação dos cursos das áreas
agropecuárias.
Resultados e Discussão
Os resultados ainda não foram totalmente
finalizados. Percebem-se até o presente muitas
dificuldades para a execução das atividades na
propriedade ocasionada por resistência a abertura
de ações construtivas e omissão de problemas na
criação. Em um estudo Riet – Correa et al. (2013)
demonstrou que no decorrer de dois anos, os
produtores aceitam a implantação de nova
tecnologias, desde que estas sejam gradativamente
implantadas e adequadas
aos sistemas de
produção. Talvez ainda seja precoce essa
oportunidade de abertura que precisamos na
propriedade, necessitando de mais tempo para esta
conclusão. As demais execuções do projeto estão
ocorrendo como esperado.
Conclusões
Até o momento pode-se concluir que a inovação do
projeto para a sociedade e produtores provoca
incertezas. São notórias as indagações duvidosas e
a pouca abertura dos produtores para as ações do
projeto. Porém a principal abertura que se esperava
foi alcançada que foi a entrada dos acadêmicos e
da veterinária nas propriedades. Essa conclusão é a
certeza que muitas ações positivas podem ser
efetivadas com a certeza que serão em longo prazo.
Referências
Domingues, P.F.; Langoni, H. 2001. Manejo sanitário animal. Rio
de Janeiro: EPUB.
Riet-Correa B. et al. 2013. Sistemas produtivos de caprinocultura
leiteira no semiárido paraibano: caracterização, principais
limitantes e avaliação de estratégias de intervenção. Pesq. Vet.
Bras. 33(3):345-352.
39
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
A INSERÇÃO DE AULAS PRÁTICAS NO COTIDIANO ESCOLAR
1
José Hugo Lins de Figueiredo , Albaneide Fernandes Wanderley
2
1
Aluno de Iniciação Científica-EM, Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, Universidade Federal de
Campina Grande – Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected]
2
Professora de Química, Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, Universidade Federal de Campina Grande –
Campus Cajazeiras, Cajazeiras-PB, , e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: abordagem invetigativa, química experimental
Introdução
A aprendizagem efetiva dos conceitos no ensino de
ciências da natureza requer um programa que
contemple teoria e prática. No ensino de química os
experimentos contribuem para o desenvolvimento
dos conceitos básicos, pois a aula experimental é
um instrumento de ensino eficiente por facilitar a
visualização e compreensão de fenômenos.
Hofstein e Lunetta (2003) relatam que uma
abordagem investigativa implica em planejar a
investigação, interpretar e comunicar os resultados,
levando os alunos a propor, discutir, decidir ao
contrário do que ocorrem na abordagem tradicional.
Para que o conteúdo possa ser aprendido é preciso
que sejam adequados a sua realidade e que tenham
sentido para os mesmos, desta forma, é
fundamental saber para que serve determinados
conteúdos e qual a sua aplicação (ZABALA, 1999).
Neste trabalho será desenvolvido um manual
didático pedagógico, com a finalidade de inserir
aulas práticas no cotidiano escolar, tornando a
aprendizagem em química mais efetiva e prazerosa.
Um diagnóstico sobre a percepção dos alunos em
relação ao ensino de Química e a relação desta
ciência com atividades experimentais foi traçado.
Metodologia
A pesquisa foi realizada em três turmas do ensino
médio da Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras,
no município de Cajazeiras, estado da Paraíba, ao
decorrer do ano letivo de 2013. Participaram da
pesquisa 86 alunos com faixa etária entre 15 e 19
anos. Para seleção dos experimentos, foi levado em
consideração o tempo de realização dos
experimentos e sua relação com os conteúdos
ministrados em sala de aula.
Em uma abordagem investigativa, foi aplicado ao
grupo de amostragem, um questionário com o
objetivo de avaliar o interesse na disciplina e sua
relação com o cotidiano do aluno, bem como a sua
compreensão de conceitos científicos após
participação em aulas experimentais.
Resultados e Discussão
A seleção dos experimentos foi bastante cuidadosa,
de acordo com o programa ministrado no ensino
médio. A maioria dos reagentes utilizados nas aulas
experimentais possui baixa toxicidade. O capítulo
introdutório relata com clareza as normas de
segurança que devem ser conhecidas ao manusear
os reagentes e equipamentos em um laboratório de
química. As aulas práticas foram ministradas em
grupos de 25 alunos, e o tema de cada aula
relacionava-se ao conteúdo ministrado em sala de
aula. Dados obtidos a partir das respostas do
questionário revelaram a que cerca de 90% dos
alunos acredita que as aulas práticas são capazes
de tornar as aulas atrativas, despertando o interesse
científico. Cerca de 80% do grupo de amostragem
afirmaram a eficiência das aulas experimentais na
aprendizagem do conteúdo ministrado em sala de
aula, na abordagem teórica.
Figura 1. Resposta dos alunos ao avaliar a socialização
do conhecimento de química somente com aulas teóricas.
Conclusões
Em busca de uma nova perspectiva, entende-se
que a partir do diagnóstico realizado através desta
pesquisa, o ensino de Química deve passar por
planejamento que privilegie a atividade prática,
levando o aluno a uma reflexão crítica do mundo e o
envolvimento deste com os conteúdos ministrados
em sala.
Referências
Hofztein, A P, Lunetta, V; The laboratoscience education:
Foundation for the twenty-first century. Science Education, V. 88,
p.28-54. 2003.
Zabala, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em
aula. Porto Alegre: ARTMED, p19.1999. p19
Agradecimentos
A UFCG, pela concessão bolsa PIBIC-EM.
40
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Avaliação da viscosidade cinemática de biodiesel e blendas com Diesel
segundo a especificação da ANP
1
2
3
4
Kelvin C. de Araújo , Romário de L. Oliveira , Hanniman D. C. Barbosa , Manoel B. Dantas* , Antônio G.
5
Souza
1,2
Discentes do Curso de Licenciatura em Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected];
3,4
Professores de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected];
5
Professor de Química, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail:
[email protected].
Palavras-chave: Biodiesel de mamona, misturas, Diesel
Introdução
A viscosidade do biodiesel aumenta com o
comprimento da cadeia carbônica, grau de
saturação, presença de triacilglicerídeo e produtos
da degradação oxidativa, ocasionando a deposição
1,2
de resíduos nas partes internas do motor . Estes
contaminantes podem, portanto, ser monitorados
indiretamente através da determinação da
viscosidade cinemática a 40 ºC. A norma EN 14214
(EN ISO 3104) estabelece um intervalo aceitável de
2 -1
3,5 a 5,0 mm .s , ASTM D6751 (D 445) permite um
2 -1
intervalo de 1,9 a 6,0 mm .s e a ANP com limite
2 -1
aceitável de 3,0 a 6,0 mm .s . Inserido nesse
contexto, este trabalho teve como objetivo geral
avaliar a viscosidade cinemática das misturas de
biodiesel e das blendas com o Diesel através do
ensaio mencionado pela Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
provocou um leve aumento na viscosidade
cinemática do Diesel, mas não excedendo o limite
especificado pela norma vigente. A Tabela 1 ilustra
o efeito da adição do BES, BEM e BSMX sobre a
viscosidade cinemática do Diesel.
Tabela 1. Valores de viscosidade cinemática para o
BES, BEM e suas BSMX (BSM10, BSM20, BSM30,
BSM50) com o Diesel.
2 -1
Biodiesel e
Viscosidade cinemática mm .s
blendas
(40 °C)
com Diesel
B5
B20
BES
3,40
3,54
BSM10
3,45
3,55
BSM20
BSM30
BSM50
BEM
DIESEL
Metodologia
As blendas (BSMX) de biodiesel etílico de soja
(BES) e biodiesel etílico de mamona (BEM) foram
preparadas pela adição de 10, 20, 30 e 50% (v/v) de
BEM ao BES, sendo denominadas de BSM10,
BSM20, BSM30 e BSM50, respectivamente. As
blendas (BSMX – onde X é a percentagem de BEM
na blenda) utilizadas neste trabalho foram
preparadas em proporções volumétricas utilizando
vidrarias apropriadas. As misturas foram preparadas
misturando-se diesel tipo “Diesel Interior” com BES,
BEM e suas BSMX nas percentagens de biodiesel
de 5% (B5) e 20% (B20) em volume. Em seguida foi
realizado o ensaio de viscosidade cinemática
segundo a especificação da ANP.
Resultados e Discussão
A viscosidade cinemática é um dos problemas mais
evidentes do biodiesel de mamona, pois se trata de
um dos ésteres de óleos vegetais mais viscosos. A
viscosidade cinemática do biodiesel etílico de
2 -1
mamona foi 14,58 mm .s superior cerca de três
2 -1
vezes a do biodiesel etílico de soja (4,50 mm .s ), o
que já era esperado, haja vista as ligações de
hidrogênio existentes devido a presença do
grupamento hidroxila na cadeia graxa ricinoléica. A
adição de blendas com maior teor de mamona
3,45
3,46
3,48
3,60
3,67
3,77
3,89
4,43
3,31
Conclusões
Os resultados comprovaram que, embora o
biodiesel etílico de mamona apresente viscosidade
acima do limite, proporções destes podem ser
adicionadas ao Diesel, mantendo o mesmo dentro
2 -1
do limite aceitável de 3,0 a 6,0 mm .s .
Referências
1
KNOTHE, G. Dependence of biodiesel fuel properties on the
structure of fatty acid alkyl esters. Fuel Processing Technology,
86: 1059-1070, 2005.
2
LÔBO, I. P.; FERREIRA, S. L. C.; CRUZ, R. S. Biodiesel:
parâmetros de qualidade e métodos analíticos. Química Nova,
32(6): 1596-1608, 2009.
Agradecimentos
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba – IFPB/Campus Sousa, ao
Laboratório de Combustíveis e Materiais da
Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
41
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM
CULTIVO DE MILHO (ZEA MAYS) CRIOULO
1
2
2
R.S.ALMEIDA ; H.VIEIRA ; K.O.GURJÃO ; S.N.SILVA
3
1
Tecnológa em Agroecologia- IFPB-Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected] ;
Professores do IFPB Campus Sousa, [email protected] ;[email protected];
3
Tecnóloga em Agroecologia - IFPB Campus Sousa; Mestranda em Sistemas Agroindustriais - UFCG Campus de
Pombal
2
Palavras-chave: sementes crioulas, fertilidade, crescimento vegetativo.
.
Introdução
As pesquisas envolvendo o modo de
aplicação de adubos orgânicos e a produtividade de
culturas agrícolas, em particular a do milho na
região semiárida nordestina, ainda são incipientes.
O rendimento da cultura do milho é afetado pela
disponibilidade de água nutriente no solo, os quais
estão relacionados com o pH (FANCELLI &
DOURADO NETO 2000).
Em razão disso a adubação orgânica tem a
capacidade de melhorar a drenagem e a aeração do
solo, incrementa a capacidade de armazenamento
de água, amplia os níveis de nutrientes e a
população de microrganismos benéficos ao solo e à
planta, estimulando o desenvolvimento radicular
(MALAVOLTA et al., 2006).
A partir dessa necessidade de melhorar a
produção de sementes, o presente trabalho
objetivou se em avaliar o desempenho de
variedades milho crioulo cultivadas sob diferentes
fontes de adubação orgânica.
Metodologia
O experimento foi conduzido na Fazenda
Experimental do Instituto Federal da Paraíba,
Campus Sousa (IFPB-Sousa).
O experimento foi implantado com o
delineamento em blocos casualizados, com 3
blocos, 4 tratamentos e 3 repetições sendo : T1
testemunha, T2 esterco bovino, T3 esterco ovino e
T4 húmus.
Foram realizadas as seguintes avaliações:
altura da planta, relação entre altura da espiga e
altura da planta, número de espigas viáveis,
produtividade, comprimento de espiga e diâmetro da
espiga.
Resultados e Discussão
A tabela 2 demostra os resultados da
análise de variância que evidencia o efeito
significativo para a variável, peso de espiga sem
palha, ao contrário das variáveis, (CEP)
comprimento de espigas com palha, (DEP) diâmetro
de espigas com palha, (AP) altura da planta, (AI1º)
altura de inserção da primeira espiga, (N°EV/PL)
número de espigas viáveis por planta, (ESP/CP)
peso de espiga com palha, que não demonstraram
efeito de significância.
No teste Tukey a 5% foi observado no peso
de espigas com palha uma diferença significativa
com o tratamento que utilizou esterco de ovino.
Conclusões
A fonte com esterco ovino expressou
melhor resultado com 31,9 (t/ha) para a espiga sem
palha.
A
adubação
orgânica
não
afetou
significativamente a altura da planta, altura de
inserção da primeira espiga e número de espigas
viáveis.
Referências
FANCELLI, A, L, NETO, D,D
Agropecuária. 2000 p. 360
Produção de Milho Guaíba
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do
estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2.ed.
Piracicaba: POTAFOS. 319 p. 2006.
Agradecimentos
Ao professor e orientador Hugo Vieira pela
orientação durante o projeto e ao IFPB por contribuir
para que fosse possível a execução do projeto.
42
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE DO
LEITE DE COCO CONDENSADO
1
1
1
2
Maria do Desterro Santos Braga , Angela Maria de Sousa , João Ferreira Neto , Diego Ernani
2
3
Leite Bezerra , Íris Braz da Silva Araújo*
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa/PB. E-mail: [email protected]
2
Participante voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa/PB.
3
Professor Orientador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa/PB.
INTRODUÇÃO
A industrialização do coco é uma maneira
prática e eficiente de aproveitar a sua
produção, facilitando a sua comercialização
nas mais diversas formas. O leite de coco é
um dos produtos derivados do coco mais
demandados, de baixo custo e alto valor
nutricional, principalmente por conter teores
significativos de ácidos graxos, proteínas,
açúcares e água (GERVAJIO, 2005;
CARVALHO, 2007). A fim de agregar valor
à polpa do coco e ofertar aos consumidores
um produto inovador e sem lactose, o leite
vegetal de coco uma vez submetido a
concentrações maiores de sacarose e
seguindo o processamento tecnológico
adequado de remoção parcial de água
poderia ser transformado em um leite de
coco condensado. Portanto, o objetivo
desta pesquisa consistiu em desenvolver
leite de coco condensado avaliando seus
parâmetros físicos de qualidade.
METODOLOGIA
Foram elaborados leites de coco variando
em três tratamentos, em função do teor de
xarope de glicose: T1 (15%), T2 (20%) e T3
(25%). Os demais insumos utilizados foram
o leite de coco, amido de milho e
espessante carboximetilcelulose. O leite de
coco foi obtido sob prensagem a quente
(80ºC). A mistura foi levada para
concentração em tachos até que o brix
atingisse valores próximos a 55ºBrix. Os
tratamentos foram submetidos a análises
de atividade de água em aparelho medidor
específico, pH em pHmetro de bancada e
acidez total, por volumetria (IAL, 2008).
Todas as análises foram realizadas em
duplicata. As médias foram submetidas a
ANOVA e comparadas pelo teste de Tukey
(p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os
tratamentos
não
apresentaram
diferenças significativas em nenhum dos
parâmetros analisados. Para a acidez total,
foi observado que mesmo após a
concentração do leite de coco todos os
tratamentos
apresentaram
valores
inferiores ao limite máximo permitido pela
legislação, que é de 5% (BRASIL, 2000).
Os tratamentos apresentaram médias
próximas a 3%. Com relação ao pH, os
tratamentos apresentaram resultados em
torno de 5,8, sendo inferiores aos
encontrados por Brondi et al. (2008) em
amostras comerciais de leite condensado.
A atividade de água das amostras
encontrou-se em torno a 0,85, semelhante
ao valor encontrado por Francischini et al.
(2011). Portanto, apesar de a variação na
fonte de açúcar não provocar diferenças
nos parâmetros estudados, os tratamentos
foram semelhantes aos resultados obtidos
em leites condensados convencionais.
CONCLUSÕES
O leite de coco condensado apresentou-se
como um produto inovador com parâmetros
físicos semelhantes ao leite condensado,
podendo ser uma potencial alternativa para
os consumidores intolerantes à lactose.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução - RDC nº 83, de 15 de setembro de 2000.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para Fixação de
Identidade e Qualidade de Leite de Coco. Diário
Oficial
da
União.
Disponível
em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/83_00rdc.ht
m>. Acesso em: 19 out. 2012.
BRONDI, J. Z.; FERRÃO, S. P. B.; SAMPAIO, A. P. A.
M.; PINTO, W. R. J.; CALDAS, R. E.; XAVIER, I. R.
Avaliação
Físico-química de diferentes marcas de leite
condensado.
2008.
Disponível
em:
<
http://www.sovergs.com.br/site/higienistas/trabalhos/1
0222.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2013.
CARVALHO, M. R. A. C. G. P.; COELHO, N. R. A.
Leite de coco: aplicações funcionais e tecnológicas.
Estudos. v. 36, n. 5/6, p. 851-865, 2009.
FRANCISCHINI, J. D.; CASAL, H. A.; FREITAS, D. A.;
FERREIRA, A. M.; PEREIRA, J. P. F. OLIVEIRA, L. N.
SILVA, P. H. F. Qualidade e segurança de leite
condensado: teor de umidade e atividade de água.
Nutrire, v. 36, p. 163-164, 2011.
GERVAJIO, G. C. Fatty Acids and Derivatives from
Coconut Oil. In: Bailey’s Industrial Oil and Fat
Products. 6. ed. Vol. 6. John Wiley & Sons, 2006.
43
AVALIAÇÃO SENSORIAL DE PATÊ DE FRANGO COM
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE GORDURA POR AMIDO E INULINA
1
1
2
2
Glauco Medeiros Ramos , Maria Érica da Silva Oliveira , José Allan Medeiros de Andrade ,
2
3
Damião Junior Gomes , Íris Braz da Silva Araújo*
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa/PB. E-mail: [email protected]
2
Participante voluntário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa/PB.
3
Professor Orientador, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa/PB.
INTRODUÇÃO
Um desafio atual da indústria de carnes
consiste em elaborar produtos cárneos que
aproveitem subprodutos do abate e que
tenham menor teor de gordura, a qual deve
ser substituída por fontes nutritivas que
confiram a mesma qualidade do produto
original. Componentes vegetais são
excelentes opções para substituir a
gordura, tais como o amido e os
frutooligossacarídeos
(FOS),
muito
estudados atualmente e que trazem
benefícios à saúde humana, a exemplo da
inulina (GALVAN et al., 2011). O amido é a
fonte de reserva mais importante dos
vegetais. Pode ser encontrado em raízes,
sementes
e
tubérculos
(RIBEIRO;
SERAVALLI, 2007). No presente estudo
objetivou-se desenvolver patês de frango
substituindo parcialmente a gordura vegetal
adicionada à formulação por amido de
milho e inulina.
METODOLOGIA
Foram desenvolvidos sete tratamentos de
patês de frango, em função do teor de
gordura vegetal, amido de milho e inulina:
T1 (100% gordura vegetal), T2 (100%
amido), T3 (100% inulina), T4 (50%
gordura vegetal + 50% amido), T5 (50%
amido + 50% inulina), T6 (50% gordura
vegetal + 50% inulina), T7 (gordura, amido
e inulina em partes iguais). Todas as
amostras antes de serem submetidas aos
testes
sensoriais
foram
avaliadas
microbiologicamente segundo os padrões
da RDC n.12 (BRASIL, 2001). Os patês de
frango foram submetidos à testes
sensoriais com painel não treinado,
formados por consumidores potenciais (54
julgadores), conforme especificado por
Meilgaard et al. (1991). Os atributos
avaliados foram aparência, aroma, sabor e
textura. O teste de aceitação realizou-se
com uma escala hedônica de categoria
verbal de nove pontos. As médias obtidas
foram submetidas à ANOVA e comparadas
pelo teste de Tukey (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todas as amostras encontraram-se dentro
dos
padrões
microbiológicos
legais
vigentes. Quanto à aparência dos patês, os
tratamentos T3 e T6 foram iguais
estatisticamente, apresentando médias
referentes
ao
conceito
“gostei
regularmente” (7,0). A inulina foi o fator que
mais
influenciou
positivamente
na
aparência dos patês. No atributo aroma, os
atributos 2, 4 e 7 foram estatisticamente
iguais, apresentando maiores médias, as
quais variaram de 6,6 a 7,2. Dinon e
Devitte (2011), substituindo gordura em
mortadelas, verificaram que poderia
adicionar até 0,1% de carragena e pectina
sem afetar negativamente o aroma do
produto. maiores quantidades de inulina
favoreceram também a textura dos patês,
pois as maiores médias ocorreram nos
tratamentos 6 e 3. O mesmo efeito foi
observado para o sabor dos patês, cujas
médias variaram de 5,5 (T7) a 7,7 (T6),
semelhantes às obtidas por Dinon e Devitte
(2011) em mortadelas com baixo teor de
gordura.
CONCLUSÕES
Dentre os fatores estudados para substituir
gordura, a inulina foi a que teve maior
influência positiva sobre os patês de
frango, trazendo melhores resultados dos
parâmetros sensoriais analisados, sem
alterar a qualidade do produto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12,
de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento
Técnico sobre padrões microbiológicos para
alimentos. Diário Oficial da União, 2001.
DINON, S.; DEVITTE, S. L. Mortadela adicionada de
fibras e com substituição parcial da gordura por
carragena e pectina. Monografia. Curso de
Graduação
em
Tecnologia
em
Alimentos.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
UTFPR. Medianeira, 2011.
GALVAN, A. P.; ROSA, G.; BACK, J.; LIMA, D. P;
CORSO, M. P. Aceitação Sensorial de Linguiça Tipo
Toscana com Teor Reduzido de Gordura e Adição de
Pectina e Inulina. Revista Ciências Exatas e
Naturais.v.13, n.3, 2011.
MEILGAARD, M.; CIVILLE, G.V.; CARR, B.T.
Sensory Evaluation Techniques.London, CRP
Press, Inc. 1991. 287p.
44
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
CINÉTICA DE FERMENTAÇÃO DO HIDROLISADO DA FARINHA DE
MANDIOCA
1
2
3
4
Járicles da N. Sousa , Franciélia de O. Silva , Wallber C. Ferreira , Reginaldo F. Sulino ,
5
Adriano S. Silva*
1
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluna do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
3
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
4
Aluno do Curso de Engenharia de Alimentos, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG, Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
5
Professor de Tecnologia da Produção de Bebidas, Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos, CCTA, UFCG,
Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail:* [email protected].
Palavras-chave: farinha de mandioca, produção de etanol, fermentação.
Introdução
A mandioca é uma cultura amplamente utilizada na
produção de diversos tipos de produtos, dos quais
se destacam a farinha e o álcool, o qual pode ser
consumido sob a forma de bebida (tiquira) ou como
combustível. Quando utilizada para a obtenção de
bebidas esta matéria-prima, rica em amido,
necessita ser hidrolisada por ácidos minerais ou
enzimas para que se obtenha açúcares
fermentescíveis, dentre estes glicose, maltose, etc.
O presente trabalho teve como objetivo estudar a
cinética de fermentação do hidrolisado da farinha de
mandioca.
Metodologia
A farinha de mandioca foi obtida no comércio local
da cidade de Pombal-PB. A hidrólise ácida da
farinha foi realizada com uma solução a 1% de
H2SO4, sendo o processo conduzido em autoclave a
121ºC por 1 hora. Posteriormente, o hidrolisado foi
neutralizado com CaCO3 até o caldo apresentar pH
5. O caldo obtido foi diluído de forma a se ter três
concentrações em ºBrix (10, 14,5 e 19,4) em três
reatores de 3L. Para a fermentação utilizou-se
fermento
biológico
seco
(Saccharomyces
cerevisiae) de panificação. Durante a fermentação
foram coletadas alíquotas de 50mL e estas foram
analisadas quanto ao teor alcoólico, ºBrix e
crescimento celular.
Resultados e Discussão
O estudo cinético (Figura 1) mostra que após 21
horas a fermentação do reator 1 não se concretizou,
mantendo-se constante seu teor de sólidos solúveis
em 18 °Brix e produção de apenas 1 °GL, não
ocasionando o consumo do substrato pela levedura.
Dentre os três reatores avaliados, ao final da
cinética de fermentação o reator 3 foi o que
apresentou maior produção de etanol (3,25 °GL),
seguido do reator 2 (2,65 °GL).
Figura 1. Gráficos: (A) Contagem de Células, (B) Teor
Alcoólico (°GL) e (C) ºBrix em função do tempo de
fermentação (horas).
Conclusões
Do estudo cinético de fermentação aplicado ao
caldo hidrolisado da farinha de mandioca, concluiuse que para os reatores 2 e 3, o processo de
produção etanólica foi mais adequado e eficiente ao
substrato do processo de fermentação.
Referências
COSTA, M. R.; Estudo comparativo das hidrólises ácida e
enzimática de matérias-primas amiláceas visando a obtenção de
etanol. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química), Centro
de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Alagoas,
Maceió, AL. 2010, 22 p.;
IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas de Instituto Adolfo
Lutz. 4. ed. Brasília, 2005. v. 1, 1015 p.;
Agradecimentos
À UATA/CCTA, e aos colegas dos Laboratórios de
Bioquímica de Alimentos e Processamento de
Frutas e Hortaliças onde este trabalho foi
desenvolvido, por todo o apoio e contribuição.
45
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Determinação do índice de acidez de misturas de biodiesel/Diesel
1
2
3
4
Romário de L. Oliveira , Kelvin C. de Araújo , Samuel G. Bitu , Francisco Eduardo A. Rodrigues , Manoel B.
5
Dantas*
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluno do Curso de Licenciatura em Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Técnico do Laboratório de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected];
4,5
Professores de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected] e [email protected].
Palavras-chave: Biodiesel de gergelim, ANP, misturas de biodiesel.
Introdução
No Brasil, diferentes espécies possuem potencial
para serem utilizadas como matérias-primas na
produção de biodiesel, tais como soja, mamona,
girassol, gergelim, entre outros. O gergelim
(Sesamum indicum L.) é uma espécie oleaginosa,
resistente à seca e apta em zonas áridas e
semiáridas, prosperando em regiões de alta
temperatura, baixa altitude e iluminação solar
abundante. As sementes de gergelim fornecem um
óleo muito rico em ácidos graxos insaturados, oleico
1
(média de 47%) e linoleico (média de 41%) . O
biodiesel pode ser usado puro (B100) ou misturado
ao Diesel em motores do ciclo Diesel. A proporção é
expressa através da nomenclatura B2, B5, B20 e
B50 representando uma concentração de 2, 5, 20 e
50% de biodiesel no Diesel. O uso de 5% de
biodiesel no Diesel tornou-se obrigatório desde
janeiro de 2010, assumindo no mercado total uma
1
demanda de 2,4 bilhões (L/ano) . Inserido nesse
contexto, este trabalho teve como objetivo geral
obter o biodiesel de gergelim por meio da reação de
transesterificação via rota etílica/metílica e
homogênea alcalina, preparar as misturas
biodiesel/Diesel nas proporções de 10%(B10), 20%
(B20), 30% (B30) e 50% (B50) e caracterizá-las
utilizando o ensaio mencionado pela Resolução nº
07/2008 da ANP.
O rendimento experimental de acordo com a
estequiometria da reação de transesterificação foi
de 96,4% para o biodiesel metílico e de 88% para o
biodiesel etílico. Estes dados qualificam o óleo de
gergelim como uma fonte alternativa para produção
de biodiesel. O índice de acidez para o biodiesel e
suas misturas com o Diesel em ambas as rotas,
permaneceu dentro do padrão estabelecido pela
-1
ANP, ficando abaixo de 0,5 mgKOH.g (Tabela 1).
Tabela 1. Valores de índice de acidez para o
biodiesel de gergelim e suas misturas com Diesel.
-1
Misturas de
Índice de acidez (mgKOH.g )
biodiesel com
Rota Metílica
Rota Etílica
Diesel
B5
0,13
0,14
B10
0,19
0,14
B20
0,13
0,15
B50
0,13
0,13
B100
0,14
0,14
Conclusões
Conclui-se que o gergelim é uma fonte alternativa
para a produção de biodiesel, visto que o biodiesel e
suas misturas apresentaram respostas satisfatórias
em relação ao índice de acidez,
Referências
Metodologia
1
A obtenção do biodiesel foi realizada através da
reação
de
transesterificação,
usando
rota
etílica/metílica e catalisador básico – KOH, segundo
metodologia descrita por Barros e colaboradores
2
(2009) . As misturas foram preparadas misturandose “Diesel Interior” com biodiesel etílico e metílico
de gergelim nas percentagens de biodiesel de 5%
(B5), 10% (B10), 20% (B20) e 50% (B50) em
volume. Em seguida foi realizado o ensaio de índice
de acidez segundo a Resolução nº 07/2008 da
2
ANP .
BARROS, A. J. M.; DANTAS, M. B.; MORAIS, R.S.; FIRMINO,
P.T.; SILVA, A. C.; SOUZA, A. G.; STRAGEVITCH, L. Estudo
Térmico e Caracterização Físico-Química do Óleo e Biodiesel
Etílico de Gergelim. In: II CONGRESSO DA REDE BRASILEIRA
DE TECNOLOGIA DE BIODIESEL, 2009.
2
DANTAS, M.B. Blendas de Biodiesel: Propriedades de Fluxo,
Estabilidade Térmica e Oxidativa e Monitoramento Durante
Armazenamento. 2010. 115p. Tese (Doutorado em Química) Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal
da Paraíba, João Pessoa, 2010.
Agradecimentos
Ao PIBICT do IFPB - Campus Sousa, pelo incentivo
à pesquisa e pelo auxílio financeiro.
Resultados e Discussão
46
47
Modificação da viscosidade do PCPET após tratamento ácido ou básico
1
2
3
4
Hanniman D. C. Barbosa , Romário de L. Oliveira , Manoel B. Dantas , Oziel O. Silva , Kelvin C. Araujo
5
1
Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected];
2
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB,
e-mail: [email protected];
4
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected] ;
5
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: viscosidade, polímeros, PCPET.
Introdução
O Politereftalato de Etileno pós-consumo (PCPET) é um
polímero que apresenta uma alta reciclabilidade, mas o
desafio esta em isentar o polímero dos contaminantes
adquiridos durante o processo de consumo e descarte,
para que o processo de reciclagem possa ser realizado.
A viscosidade é um dos parâmetros fundamentais para
o processamento do polímero. Ela é afetada pela
presença de contaminantes durante o processo de
reciclagem. Para melhorar o processamento, soluções
de limpeza (ácidas, básicas e neutras), podem ser
usadas para remoção das impurezas. Essas soluções
não podem afetar as propriedades físicas dos
polímeros, pois reduzirá a reciclabilidade do polímero.
O objetivo desse trabalho é averiguar o comportamento
da viscosidade ao submeter massas poliméricas a
diferentes concentrações de ácido e base.
Metodologia
Medidas da viscosidade nas soluções das amostras de
PCPET, antes e após a etapa de limpeza química,
foram conduzidas visando determinar a viscosidade
intrínseca dessas soluções, que tiveram suas massas
poliméricas tratadas em soluções de hidróxido de sódio
e ácido sulfúrico, num tempo de exposição de 10
minutos. Foram usadas amostras de 10 gramas de
PCPET para cada tratamento e um volume de 500 ml
de solução de limpeza.
Usou-se a norma ASTM D 4603 (Método de Teste
Padrão para Determinar a Viscosidade Inerente de Poli
(Tereftalato de Etileno)-PET. Este método permite
determinar a viscosidade intrínseca de uma amostra de
PET. As medidas de viscosidade foram conduzidas em
um viscosímetro do tipo Ubbelhode U 4944 2KRK (=
0,75 mm). Uma mistura de solventes composta de
fenol/tetracloroetano em uma razão de 6:4 em massa foi
necessária para preparar as soluções de PCPET. Os
PCPET´s foram previamente triturados visando acelerar
a solubilização e secos em estufa de secagem por 6 h a
70 ºC para evitar a degradação do polímero. A
concentração de polímero foi de 0,2475-0,2525 g/100
mL. Cada amostra de polímero foi dissolvida na mistura
de solventes a 125-130 ºC e após completa
solubilização, cada solução foi filtrada, colocada no
viscosímetro e as medidas conduzidas a 30 C.
A viscosidade intrínseca [] foi calculada a partir de
uma única medida da viscosidade relativa usando a
relação de Billmeyer abaixo (Billmeyer,1949).
Onde:
r = t/to
t = tempo de fluxo médio da solução, em segundos,
to = tempo de fluxo médio do solvente puro (mistura dos
solventes), em segundos,
C = concentração da solução polimérica em g/dL.
Resultado e discussão
De acordo com os dados apresentados na Tabela 1 fica
evidenciado que a viscosidade relativa (r), viscosidade
intrínseca ([]) do PcPET1, praticamente, não foram
afetadas quando a limpeza química do polímero foi
conduzida nas soluções de NaOH e H2SO4 com
concentrações molares de 0,2 por um período de
exposição de 10 minutos. Por outro lado, a limpeza
conduzida nas soluções de NaOH e H2SO4, com
concentrações acima de 0,2 molar por 10 minutos,
atuaram na cisão de cadeia do polímero especialmente
para o caso onde concentração de 1,0 molar foi
empregada.
PcPET
Propried
ade
PcPET1 NaOH
PcPET1 H2SO4
Concentração
Molar
Concentração
Molar
0,2
0,6
1,0
0,2
0,6
1,0
r
1,3956
1,39
50
1,39
46
1,35
06
1,39
70
1,39
40
1,33
56
[]
0,6978
0,69
69
0,69
62
0,62
62
0,69
99
0,69
53
0,60
19
Tabela 1: Viscosidade intrínseca e relativa do PCPET sem tratamento
e com tratamento.
Conclusões
O PCPET submetido ao tratamento com soluções de
hidróxido de sódio e ácido sulfúrico não apresenta
alteração na viscosidade em concentrações menores
que 0,6 molar e exposição de 10 min. Em
concentrações de exposição de 1 molar o ácido
sulfúrico é um agente hidrolisante mais eficiente.
Referências
BILLMEYER, F.W. Methods for estimating intrinsic viscosity. Journal of
Polymer Science, v. 4, p. 83-86, 1949.
ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS.
Standard Test Method for Determining Inherent Viscosity of
Poly(Ethylene Terephthalate) (PET) / ASTM D4603, Philadelphia, v.
8.1, 1994.
[] = 0,25(r – 1 + 3 ln r)/C
48
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
O USO DE RECURSOS DIDÁTICOS NAS AULAS DE QUÍMICAS PARA
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
*1
2
3
Silva F. Marília , Souza C. Soraia , Alves R. G. Telma .
1
Licenciada em Ciências Exatas, com habilitação em Química (UEPB); Aluna pós graduanda em Gestão Pública pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB; E-mail: [email protected].
2
Doutora em Química; Profª e Coord. do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Exatas da Universidade Estadual da
Paraíba - UEPB - Campus VII - Patos/PB. E-mail: [email protected].
3
Licenciada em Geografia e pós graduada em Educação Ambiental pela FIP - Faculdades Integradas de Patos; E-mail:
[email protected].
Palavras-chave: Deficiente visual, recursos didáticos, ensino de química.
Introdução
Martins (2008) assegura que a educação
deveria ser a porta para os deficientes visuais se
adequarem a uma nova realidade de vida.
Realidade com qualidade, respeito e dignidade, pois
o cerne da escola é desenvolver, e educar seus
conteúdos de acordo com as questões sociais,
aprovando um censo crítico e uma conscientização
construtiva, valorizando assim a cultura e o
exercício de cidadania para todos.
A deficiência visual é uma limitação que
pode ser dividida em cegueira total e visão
subnormal. A cegueira total inclui as pessoas que
apresentam desde ausência total de visão até a
perda da percepção luminosa. Já a visão subnormal
abrange as pessoas que apenas são capazes de
ver vultos e alguma percepção ou projeção
luminosa.
O presente trabalho tem como proposta o
desenvolvimento e a aplicação de recursos
didáticos, particularmente para as aulas de Química,
no ensino médio, destinado a deficientes visuais,
uma vez que estas adaptações didáticas são
utilizadas como ferramenta para uma aprendizagem
mais significativa.
Metodologia
A metodologia aplicada adota os moldes de
uma pesquisa de campo com o intuito de sustentar
os resultados do estudo teórico-bibliográfico, de
cunho experimental para confecção de materiais
didáticos e de pesquisa-ação para a realização de
uma apresentação com o objetivo de avaliar esses
materiais adaptados.
A investigação do objeto do estudo
desenvolveu-se no âmbito de um Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
(IFPB), localizado na cidade de João Pessoa – PB,
em outubro de 2012.
Resultados e Discussão
Os resultados da pesquisa indicaram que
através de materiais simples e de baixo custo é
possível desenvolver recursos didáticos adaptados
para ensinar conteúdos de Química para alunos
deficientes visuais.
Entre os recursos didáticos desenvolvidos
encontram-se dois recursos didáticos: a cartilha
para se trabalhar o preenchimento de orbitais e os
estados físicos da água. Ambos os recursos
didáticos foram construídos através de materiais
simples e de baixo custo, onde estes foram
avaliados por duas alunas com deficiência visual
como mostra a Figura 1.
Figura 1. Apresentação oral dos recursos didáticos
confeccionados.
Conclusão
Assim, conclui-se que o desenvolvimento e
a aplicação desses recursos didáticos tendem a
aumentar a interação entre o conhecimento
conduzindo a um caminho saudável de simplificação
da consolidação do processo de aprendizagem
desses alunos que, por conseguinte, sugere uma
aproximação da concretização dos anseios da
educação inclusiva, além de fornecer orientações
metodológicas a professores de alunos com
deficiência visual.
Referências
MARTINS, Vicente. Quem Necessita de Educação Especial?
Disponível em: http://www.ibc.gov.br/. Acesso em 20 de agosto
de 2013.
Agradecimentos
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia da Paraíba - Campus João Pessoa por
permitir a realização da pesquisa.
49
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
USO DA INFORMÁTICA COMO AUXÍLIO NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
1
2
Mirna Carelli Oliveira Maia , Taiza Maciel Diniz , Maria Martins Formiga
3
1
Professora de Informática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Monteiro, Monteiro-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluna de Iniciação Científica do Curso Técnico Subsequente em Suporte e Manutenção em Informática, Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Monteiro, Monteiro-PB.
2
Assistente de Alunos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Monteiro,
Monteiro-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Informática, Informática na educação, Informática adaptativa, PNE, Educação Inclusiva.
Introdução
O uso de ferramentas computacionais está se
tornando comum para auxiliar tarefas do nosso
cotidiano. Essa situação também acontece nas
atividades do processo de Ensino-Aprendizagem
nas escolas. Alguns programas especialistas
aumentam o contato do aluno com o professor e
com o conteúdo visto em sala de aula. A vantagem
do uso desse tipo de ferramenta é que a casa do
aluno passa a ser uma extensão da sala de aula
aumentando o tempo que ele está dedicado aos
estudos. Em situações especiais, esse uso pode ser
ainda mais interessante. Não é fora do comum,
encontrarmos um aluno em sala que está com o
braço engessado ou tem deficiência na mobilidade
dos membros superiores e não consegue escrever.
Isto acaba prejudicando o seu desempenho,
principalmente quando é necessário utilizar o
caderno para realizar exercícios ou copiar assuntos
do quadro.
Este trabalho faz parte de um conjunto de atividades
que vem sendo realizada no Campus Monteiro do
IFPB pela Comissão Permanente para Acompanhar
o desenvolvimento Psicopedagógico dos Alunos
Portadores de Necessidades Especiais – PNEs [1].
A proposta deste trabalho é que o uso de
ferramentas computacionais e de materiais de aula
digitais ajudem na melhoria do desempenho de
alunos PNE.
Embora seja minoria um número relativamente
pequeno, a presença do perfil desses alunos requer
cuidado, cautela e preparação por parte dos
professores e dos técnicos para assuntos
educacionais. Diversos setores e profissionais
dedicaram tempo e disposição para melhorar o
acompanhamento dos PNEs no Campus.
Metodologia
Essa pesquisa foi realizada em 4 etapas:
pesquisa,
foi
necessário
determinar
as
características e dificuldades que os alunos
estavam encontrando no dia-dia em sala de aula;
 Diante dos problemas encontrados pelos
alunos por dificuldade motora, foi realizado uma
pesquisa para localizar equipamentos que
poderiam ser úteis na sala de aula;
 Solicitação de equipamentos especiais para
adaptação do uso de computadores pelos alunos
PNEs;.
Resultados e Discussão
Como resultado deste trabalho, a lista de
equipamentos de informática que foi entregue e
solicitada à direção para auxiliar os alunos PNEs
nas tarefas do dia-dia em sala de aula ou na
biblioteca.
A utilização desses equipamentos especiais, facilita
o uso do computador por esses alunos e abre um
leque de opções com ferramentas que podem
melhorar o seu desempenho escolar.
Conclusões
O uso de recursos computacionais facilita o dia a
dia das pessoas. Entretanto, há situações que é
necessário um equipamento especial para ter
acesso a esses recursos. Pessoas com problemas
de mobilidade, temporária ou permanente, precisam
de computadores que auxiliem o uso dos recursos
que a informática permite acessar. Esse trabalho
apresenta uma lista desses equipamentos
especiais.
Referências
[1]. Projeto De Implantação Do Núcleo De Atendimento Às
Pessoas Com Necessidades Específicas NAPNE. IFPB
Monteiro, Maio de 2012.
 Pesquisa bibliográfica para conhecer as
pesquisas na área de Educação Inclusiva;
 Definição do perfil dos alunos PNEs no
Campus Monteiro. Para realização dessa
50
1
CIÊNCIAS HUMANAS
ANALISANDO O IMPACTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS NO INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA
1
2
3
4
Amanda G. Pedrosa , José L. V. Sousa , Francisca B. A.Lins , Maria S. L. Buarque ,Maria A. A. S.
*5
Carvalho
1
Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
3
Pedagoga, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected]
4
Pedagoga, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected]
5*
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: * [email protected]
Introdução
Esta
investigação
tem
como
objeto
compreender o impacto do Programa de
Integração da Educação Profissional Técnica
de Nível Médio ao Ensino Médio na
Modalidade de Educação de Jovens e AdultosPROEJA que vêm sendo implementado pelo
Instituto Federal da Paraíba- Campus Sousa,
situado na região Nordeste do Brasil. Mais
especificamente, pretendemos explorar a
experiência considerando a perspectiva dos
alunos egressos da instituição, buscando
compreender os sentidos atribuídos ao seu
processo de fortalecimento e sua relação com
o percurso histórico do curso a partir dos seus
princípios, estratégias, obstáculos e desafios.
O fortalecimento é compreendido como um
processo que tem relação com um sentido de
competência pessoal e vontade de atuar no
espaço público, sendo fundamental no
processo de desenvolvimento de um trabalho
que crie vida. Um trabalho em que o sujeito é
capaz de reproduzir a sua existência,
primeiramente física e biológica, como
também cultural, social, estética, simbólica,
afetiva (FRIGOTTO, 2010). O conceito de
fortalecimento é definido por Montero (2003)
como o processo em que as pessoas
desenvolvem conjuntamente capacidades e
recursos para controlar sua situação de vida,
atuando de maneira comprometida, consciente
e crítica, para chegar à transformação de sua
realidade, transformando-se ao mesmo tempo
a si mesmos. A educação que favorece o
fortalecimento dos sujeitos retoma a alegria de
viver que para Sawaia (2009) é a base da
liberdade que desbloqueia as forças
reprimidas da subjetividade, superando as
paixões tristes que anulam a potencia de vida,
destruindo as relações que sustentam a
servidão.
Metodologicamente utilizamos o enfoque da
pesquisa qualitativa, especificamente da
hermenêutica crítica (Bosi & Mercado, 2007),
realizando um grupo focal com professores.
Não foi possível realizar o grupo focal com
alunos egressos pelo número insuficiente de
sujeitos para este procedimento. O material
discursivo foi gravado, transcrito e organizado
em uma rede interpretativa, estando em fase
de análise. O projeto foi submetido ao Comitê
de Ética em Pesquisa do IFPB, sendo
aprovado com o número do CAAE:
11036713.9.0000.5185.
Considerações
Esperamos contribuir para avaliação de
programas que considerem a subjetividade
dos sujeitos, reconhecendo o conceito de
fortalecimento, surgido na práxis da psicologia
comunitária,
como
fundamental
no
enriquecimento do campo da educação.
Referências
BOSI, M. L. M. & MERCADO, F. J. Pesquisa qualitativa de
serviços de saúde. (2ª.ed.). Petrópolis, RJ: Vozes,
2007.
FRIGOTTO, G. A dupla face do trabalho: Criação e
destruição da vida. In FRIGOTTO, G. & CIAVATTA,
M. (orgs.) A Experiência do Trabalho e a educação
básica. Rio de Janeiro, Ed. Lamparina, 2010.
MONTERO, M. Teoría e práctica de la psicología
comunitaria: la tensión entre comunidad y sociedad.
Buenos Aires: Paidós, 2003.
SAWAIA, B. B. Psicologia e desigualdade social: uma
reflexão sobre liberdade e transformação social.
Psicologia & Sociedade. 21 (3): 364-372, 2009.
Agradecimentos
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
Científica e Tecnológica, PIBIC-EM/CNPq.
Metodologia
51
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
A idéia contemporânea do “relacionar-se”: redes sociais e relações
humanas à luz de Zygmunt Bauman
Lucas S. Fernandes¹
2
Emmanoel de Almeida Rufino
1
Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB, e-mail:
[email protected];
2
Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB),
Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Relações Humanas, Redes Sociais, Contemporaneidade, Bauman.
Introdução
Nosso trabalho visa refletir como a
contemporânea ascensão das redes sociais afetou
positiva e negativamente os princípios das relações
humanas, diante das praticidades geradas pelas
tecnologias da informação (especialmente a
internet, com suas redes sociais), que, neste caso,
promovem uma nova forma de produção de sentido
relacional por parte dos indivíduos.
Discutiremos ainda as problemáticas que
também entraram em cena com o estouro desse
novo mundo virtual que, em escala global, integra
tantos indivíduos ao mesmo tempo em que os
segregam. Para pensarmos essa e outras
controvérsias face ao problema anunciado da
relação entre emergência tecnológico e qualidade
das relações humanas, chamaremos à reflexão
Zygmunt Bauman.
Metodologia
Em sua totalidade, o estudo foi realizado
através de pesquisa bibliográfica. As análises foram
fundamentalmente estruturadas sobre as bases
epistêmicas do sociólogo Zygmunt Bauman.
Resultados e Discussão
Num mundo onde cada vez mais estamos
interconectados, onde as fronteiras geográficas
foram suprimidas através da expansão das
tecnologias de informação/comunicação, é cada vez
mais urgente que pensemos formas de maturar as
relações humanas.
É irônico (senão trágico) notarmos que,
apesar de tanta ciência e tecnologia, da facilidade
comunicativa de que dispomos através dos novos e
versáteis instrumentos de informação, ainda
notemos
tanta
dificuldade
de
transformar
comunicação em diálogo. Apesar do número
vertiginoso de acessos e trocas de mensagens nas
redes sociais não é difícil percebermos – no mundo
real das relações humanas – certa selvageria das
pessoas ou uma apatia relacional generalizada, tão
grave quanto um ciberbullyng, por exemplo.
Não deveríamos estar mais aptos aos
desafios que florescem nos contatos do cotidiano,
nos encontros com o diferente, na troca de ideias?
Esse contexto nos faz suspeitar que, para termos
um verdadeiro progresso da humanidade, não basta
que
façamos
grandes
investimentos
em
desenvolvimento de softwares, hardwares e demais
tecnologias que facilitem nossas tarefas do dia a
dia. Uma sociedade não pode se considerar mais ou
menos civilizada por possuir uma quantidade maior
ou menor de máquinas e sistemas de alta
tecnologia. Para Bauman, essa é – aliás – uma das
perigosas falácias do “progresso” contemporâneo,
que devem ser suprimidas, ao preço de
liquefazermos o sentido básico das relações
humanas: a aproximação sensível do outro.
Conclusões
A guisa de conclusão, nosso estudo revelou
que, apesar do atual boom das redes sociais
estimuladas pela progressão quantitativa dos meios
de
comunicação,
ancorados
pelas
novas
tecnologias da informação, existe (sim!) uma
estranha diminuição qualitativa de relações e
vínculos humanos fundados na dialogicidade, na
empatia real (que transpassa a virtualidade, apesar
dela). A sociedade abraçou a promessa de
facilitação relacional subsidiada pelos aparatos
tecnológicos e os encarou, equivocadamente, como
meio de cárcere virtual,consciente e inconsciente. A
facilidade de manipular interesses e ações por trás
de uma tela de computador e a rotatividade de
vínculos disponíveis a novas “amizades” são alguns
dos pontos que sinalizam para a insensibilização
frente ao outro. Seguindo Bauman, as relações
virtuais estão seguindo a dinâmica de um mundo
globalizado pela ideia de que tudo e todos devem
ser tratados como mercadorias, que tão logo
percam a novidade e ofereçam problemas, devem
ser descartados.
Referências
BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Trad. de Carlos
Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2007.
RUFINO, Emmanoel de Almeida. Zygmunt Bauman
e a emergência da vida líquido-moderna. Revista
Litterarius (Santa Maria/RS), v. 7, p. 131-148, 2008.
52
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
AVANÇOS E RETROCESSOS DAS RELAÇÕES HUMANAS
CONTEMPORÂNEAS DIANTE A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Francisco Ribeiro dos Santos Júnior
2
Emmanoel de Almeida Rufino
1
1
Aluno de Iniciação Científica PIBIC-EM (CNPQ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB),
Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected]
Palavras-chave: tecnologias, ser-humano, sociedade, relações humanas.
Introdução
Este estudo visa conhecer e repensar os
avanços e retrocessos da capacidade relacional dos
indivíduos
contemporâneos
em
face
do
florescimento das avançadas tecnologias da
informação, num estudo cujo foco é a discussão do
binômio comunicação-diálogo, tomando como chave
de leitura o conceito de experiência de Walter
Benjamin. Diante disso, visamos possibilitar a
compreensão dos aspectos positivos e negativos do
atual uso das tecnologias da informação pelos
indivíduos, almejando pensar suas verdadeiras
funções e vantagens para a promoção de uma vida
humana mais digna.
Metodologia
A metodologia do presente estudo se funda
em pesquisas bibliográficas que tangem a relação
entre as novas tecnologias da comunicação e as
relações humanas, tendo como eixo epistemológico
– para problematizar esta temática – a abordagem
do conceito benjaminiano de experiência.
Resultados e Discussão
A tecnologia, definida basicamente
como o uso de técnicas e do conhecimento para
aperfeiçoar e/ou facilitar o trabalho com a arte, a
resolução de um problema ou a execução de uma
tarefa específica é mais antiga do que imaginamos,
pois vem desde os povos primitivos. Ela vem
crescendo esse tornando cada vez mais essencial à
vida humana.
É perceptível que em meio à explosão
tecnológica que nos possibilita o acesso às mais
diversas informações, as relações humanas ficam
cada vez mais decadentes e frágeis. Um dos
motivos dessa fragilidade e decadência é a falta da
experiência, termo que, segundo Jorge Larrosa
aponta para “o que nos passa, o que nos acontece,
o que nos toca. Não o que se passa, não o que
acontece, ou o que toca” (2002, p. 21).
Com
um
mundo
constantemente
bombardeado de informações (Cf. TOURAINE,
2002, p. 99), deixamos de experienciar cada coisa
que nos acontece devido ao fato de logo termos que
fazer coisas sempre novas, tamanha a celeridade
da dinâmica própria da vida globalizada e dos
estímulos dela dimanados, o que provoca uma
insensibilidade coletiva no âmbito das relações
humanas, apesar de tantas tecnologias que nos
“servem” de mediação comunicativa. Vemos isso
quando comparamos as pessoas de hoje às de um
passado recente, que apesar de não disporem de
meios tecnológicos de comunicação (que rompem
as difíceis barreiras do tempo e do espaço),
conseguiam – mais facilmente – maturar
verdadeiras relações dialógicas. Onde está o
problema? Para Benjamin, no modo como nos
servimos da tecnologia. Instrumentos como a
internet, a televisão, celulares e computadores, têm
um lado muito positivo, principalmente no que
aponta a facilidade de acesso à informação. Mas
por outro lado, tendem a afastar caso não sejam
tomadas como meio, mas como fim da
comunicação.
Conclusões
Colocadas em segundo plano, as relações
sociais estão ficando cada vez mais de lado por
causa dessa evolução constante da tecnologia e a
tal, nos deixando menos sociaveis. É necessário
que as pessoas reflitam sobre a utilização da
mesma, uma vez que como dito, são essenciais e
também que passem a viver intensamente cada
momento que transcorre em nossas vidas.
Referências
BENJAMIN, Walter. Magia, técnica, arte e política:
ensaios sobre literatura e história da cultura. Vol. I.
Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo:
Brasiliense, 1985.
BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência
e o saber de experiência. Trad. de João Wanderley
Geraldi. Revista Brasileira de Educação, nº 19,
2002.
TOURAINE, Alain. Critique de La modernité. Paris:
Fayard, 2002.
53
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Da mecanicista ciência “moderna” ao pensamento sistêmico da ciência
da complexidade: novos horizontes
Mariana Monteiro Linhares¹
2
Emmanoel de Almeida Rufino
1
Aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa-PB, e-mail:
[email protected]
2
Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB),
Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Ciência Moderna, Complexidade, Contemporaneidade, Pensamento sistêmico.
Introdução
Nosso estudo parte de uma revisitação à
Idade Moderna, tentando captar a essência do
espírito “moderno” de pensar/fazer ciência em seu
processo de consolidação sócio-cultural, prefaciado
pelo Renascimento. Da exposição dos pressupostos
de sua emergência, partiremos à reflexão das
causas e conseqüências de sua crise (entre o
século XIX e o XX d. C.).
Para
refletir
e
redimensionar
os
pressupostos de legitimação e crise da ciência
moderna, floresce – atualmente – uma nova postura
reflexiva sobre a ciência que aponta para uma
mudança significativa no modo como a mesma
compreende a realidade e sua ação nela: a
tendência ao pensamento sistêmico paralelo à
noção de complexidade. A presente pesquisa busca
desvelar os horizontes dessas novas perspectivas
científicas, na aurora do século XXI.
Metodologia
A metodologia deste estudo se funda em
pesquisas
bibliográficas,
tendo
como
eixo
epistemológico a abordagem dos conceitos de
ciência moderna, pensamento sistêmico e ciência
da complexidade.
Resultados e Discussão
O século XXI nasceu no seio da crise dos
paradigmas próprios à racionalidade moderna e da
consequente decepção quanto às suas promessas.
A crise se instalou e passamos a questionar o ideal
de que a ciência é o único conhecimento válido,
capaz de explicar e produzir o mundo sob a
promessa do progresso inevitável da civilização (Cf.
DESCARTES, 2006, p. 102). Diante da crise da
ciência moderna, emerge nos últimos anos as
noções de pensamento sistêmico e complexo.
Acerca do pensamento sistêmico se
entende um modo holístico de compreensão da
realidade, tomada, por sua vez, como campo
privilegiado para uma ciência da complexidade, cuja
investigação depende da concepção não-linear dos
fenômenos, da quebra do dualismo cartesiano e do
determinismo newtoniano, da ideia da criatividade
como princípio do universo (Cf. PRIGOGINE, 2009,
p. 8). Pensar de modo sistêmico (abarcando a
complexidade dos fenômenos) – advoga Fritjof
Capra – é aceitar que o conhecimento da realidade
pressupõe a compreensão de sua complexidade, de
modo bem diferente do que sustentou, por exemplo,
o dualismo cartesiano. Na verdade, o pensamento
sistêmico tem suas raízes nas ideias (anunciadas
pelos biólogos organísmicos durante o início do
século XX) de que “as propriedades essenciais de
um organismo, ou sistema vivo, são propriedade do
todo, que nenhuma parte possui” de modo que
“surgem das interações e das relações entre as
partes” (CAPRA, 2006, p. 40).
Conclusões
Se a ciência moderna “manipula as coisas,
mas renuncia habitá-las” (2004, p. 13), como
pontuou Maurice Merleau-Ponty, cabe ao século
XXI abandonar as premissas de dominação que
engessam o conhecimento da complexidade da
vida. Apesar das – ainda presentes – amarras da
ciência à economia e a política, dentro dela se abre
um conjunto de reflexões que se dispõem a
acompanhar as demandas deste século. O
pensamento sistêmico e a noção de ciência da
complexidade inauguram novas perspectivas que
prometem romper com toda lógica de uso científico
da técnica que prostitua a natureza e desconsidere
a polissemia dos sistemas vivos e não-vivos que
integram o universo. Estas novas ideias abrem boas
vias para o verdadeiro progresso da ciência, que,
para tal, não deve se abster da relação com o
pensamento humanístico.
Referências
CAPRA, Fritjof. A teia da vida. Trad. de Newton R.
Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 2006.
DESCARTES, René. Discurso do Método. Trad. de
Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2006.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito.
São Paulo: Ed. Cosac, 2004.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 4. ed. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
PRIGOGINE, Ilya. Ciência, razão e paixão. 2. ed.
São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009.
54
ESPAÇO JOVEM: FORTALECENDO VÍNCULOS, VIVENDO A INCLUSÃO
1
2
3
4,
Maria F. B. Sousa , Aline L. Brito , Juliana G. A. Nunes , Adriano C. Mendes Maria A. A. S.
*5
Carvalho
1
Aluna de extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected].
2
Aluna de extensão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected].
3
Jornalista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected]
4
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: [email protected]
5*
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, SousaPB, e-mail: * [email protected]
Introdução
O Projeto Espaço Jovem buscou contribuir
para a educação na perspectiva inclusiva
agregando conhecimentos e valores morais,
despertando o adolescente para as questões
relacionadas à convivência com as diferenças,
aceitação de si mesmo e do outro na
construção de relações mais afetivas e
solidárias. Para Bonetti (2006) a escola como
espaço da multiplicidade se expressa como
meio político cultural, pois implica na garantia
do direito de beneficiar a todo aluno os bens
culturais da sociedade enquanto direito éticopolítico.
Metodologia
O projeto tem como base a formação de um
grupo de 15 adolescentes multiplicadores de
uma Escola Estadual do município de Sousa,
Paraíba. Foram realizadas oficinas de
identidade e valor pessoal, comunicação e
cidadania, educação inclusiva, oficinas de
rádio e pintura em telha. Após as oficinas os
adolescentes criaram uma rede de informação
entre seus pares. Para dar suporte ao trabalho
realizamos encontros com as famílias e
servidores da escola para discutir a educação
para a convivência.
Resultados e Discussão
A escola apresentava uma visão negativa do
adolescente ao mesmo tempo em que os
adolescentes compartilhavam um sentimento
de desvalorização, inibição e medo do novo.
Diante
desta
realidade
o
projeto
redimensionou o foco para o desenvolvimento
do valor pessoal e poder pessoal dos
adolescentes visando superar a apatia e
dificuldade de assumir compromisso. Para
Góis (2003) o valor pessoal é um sentimento
de valor intrínseco, de sentir-se capaz de
viver, de gostar de si mesmo, acreditar na sua
capacidade de conviver e realizar trabalho. O
poder pessoal é a capacidade de influir na
construção de relações saudáveis, buscando o
crescimento de si e do outro, e a
transformação da realidade. No diálogo entre
os adolescentes e a gestão da escola
aconteceu a mudança da visão do adolescente
enquanto sujeito de direitos e co-autor das
mudanças.
Conclusões
Desenvolvendo espaços de trocas e de
solidariedades se configurou o protagonismo
juvenil na escola, na capacidade de superar as
relações que segregam e excluem o diferente.
As modificações perpassam também o IFPB
campus Sousa quando se organiza uma
equipe interdisciplinar que assume na
condução das oficinas a educação como um
ato político libertador que se contrapõe à
concepção bancária de educação.
Referências
BONETI, Rita Vieira de Figueiredo. O ato pedagógico
como possibilidades de prazer, engajamento e significado:
possibilidades de inclusão no contexto da exclusão social.
Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 6, n.17, p.11-20,
jan./abr. 2006.
GÓIS, Cezar Wagner de L. Noções de Psicologia
Comunitária. Fortaleza: Editora Viver, 1993.
Agradecimentos
Ao Programa Institucional de Bolsas de
Extensão do IFPB.
55
1
MOTIVAÇÃO EM SALA DE AULA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
1
2
3
4
Maria A.D. Sousa , Kelvin C. Araujo , Aline , Hanniman D. C. Barbosa ,Maria A. A. S. Carvalho
*5
1
Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
2
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected]
3
Aluna de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Sousa, Sousa-PB, e-mail: [email protected]
4
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: [email protected]
5*
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa, Sousa-PB, email: * [email protected]
Introdução
O termo motivação deriva do verbo latino
movere (mover) que dá impulso, mobiliza para
a ação. A motivação no contexto escolar tem
sido avaliada como um determinante crítico do
nível e da qualidade da aprendizagem e do
desempenho dos estudantes. Um estudante
motivado mostra-se ativamente envolvido no
processo de aprendizagem, engajando-se e
persistindo
em
tarefas
desafiadoras,
despendendo esforços, usando estratégias
adequadas, buscando desenvolver novas
habilidades de compreensão e de domínio.
Apresenta entusiasmo na execução das
tarefas e orgulho acerca dos resultados de
seus
desempenhos,
podendo
superar
previsões baseadas em suas habilidades ou
conhecimentos prévios (GUIMARÃES, 2004).
Esta pesquisa tem como foco a revisão de
literatura sobre a motivação de estudantes no
processo de aprendizado, as variáveis que
interferem no seu desenvolvimento e as
estratégias que o professor pode utilizar para
seu desenvolvimento. A investigação nasce de
um grupo de professores e estudantes do
curso de Licenciatura em Química do IFPBCampus Sousa no desenvolvimento de
conhecimentos e métodos que superem a
visão bancária da educação que dá maior
ênfase à transmissão de conteúdos e à
memorização de fatos, símbolos, nomes,
fórmulas, deixando de lado a construção do
conhecimento químico e o cotidiano.
Metodologia
palavras-chave: motivação, alunos, escola,
motivação discente, motivação intrínseca,
motivação extrínseca.
Considerações
A motivação tornou-se um problema de ponta
em educação, pela simples constatação de
que, em paridade de outras condições, sua
ausência representa queda de investimento
pessoal de qualidade nas tarefas de
aprendizagem
(BUROCHOVITCH
e
BZUNECK, 2009). Estes autores acrescentam
que à medida que aumenta o tempo de estudo
os problemas de motivação se tornam mais
complexos e profundos, por terem raízes
naqueles que se originaram nas séries iniciais
e por sofrerem influência das novas exigências
dos diferentes tipos de disciplinas, aliadas às
características evolutivas do aluno. Diante
deste fato reiteramos a importância desta
investigação na formação de professores dos
cursos de licenciatura, em que a iniciação
científica se configura na busca de respostas
aos desafios do cotidiano, que nasce das
angústias de sala de aula.
Referências
BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (orgs.). A
motivação do aluno: contribuições da psicologia
contemporânea. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
GUIMARÃES, R, E, S.O estilo motivacional do professor e
a motivação intrínseca dos estudantes: Uma perspectiva
da teoria da autodeterminação. Psicologia: Reflexão e
Crítica, 17(2), PP 1443-150, 2004.
A metodologia usada neste projeto é a de um
estudo de revisão bibliográfica com base em
revistas e livros sobre motivação do aluno.
Utilizamos como critério de seleção do
material
bibliográfico:
livros
nacionais
publicados nos últimos dez anos (2003-2013)
e periódicos nacionais classificados pela
CAPES, nas áreas de educação e psicologia
com os estratos indicativos de qualidade A1,
A2, B1 e B2. Os periódicos serão selecionadas
dentre as publicações dos últimos cinco anos
(2009 a 2013) que tenham algumas destas
56
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
O que Platão tem a nos dizer sobre o “jeitinho brasileiro”?
Emmanoel A. Rufino
1
1
Professor do IFPB – Campus Sousa, Doutorando em Educação (UFPB), Mestre em Filosofia (UFPB),
Licenciado em Filosofia (INSAF/PE), e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Cultura, Civilidade, Jeitinho brasileiro, Platão.
Introdução
Estudar as bases filosóficas da nossa
experiência
cultural
sempre
nos
reserva
contribuições reflexivas de renovada inspiração,
seja porque aí encontramos os alicerces racionais
que sustentam a estrutura do nosso modus vivendi,
seja porque, apesar dos séculos que separam o
tempo presente do tempo de pensadores como
Sócrates, Aristóteles e Platão, ainda encontramos
uma profunda atualidade de suas contribuições
teóricas. Cabe ao pesquisador imergir no
pensamento deles e buscar intersecções temáticas,
das quais derivem respostas – e o mais importante:
perguntas – que renovem o fôlego de intervenção
da realidade social, por sua vez carente de eixos
norteadores, tamanha a sua atual complexidade e o
ritmo de sua ampliação.
A proposta textual que aqui dispomos elege
Platão como um desses pensadores da filosofia
clássica, cuja atualidade reflexiva nos é desafiadora.
Apesar dos muitos estudos a ele dedicados, seu
pensamento está longe de ser esgotado,
principalmente quando percebemos que muitas das
nossas questões já se encontravam semeadas no
solo fértil de sua mente, direta ou indiretamente
contempladas em suas mais de trinta obras.
Obviamente, o tema do presente estudo – a saber,
o “jeitinho brasileiro” – é um dos casos específicos
desses temas que ele não abordou diretamente,
mas que podem muito bem ser refletidos à luz do
vasto campo epistemológico do seu filosofar. No
caso específico do “jeitinho brasileiro”, podemos
citar ao menos três eixos norteadores que de Platão
dimanam com respaldo incontestável para uma
crítica séria e inquiridora: política, ética e educação.
Transitando no âmago dessas provocações,
embasaremos nossas reflexões sobre uma
interrogação primaz: o que Platão tem a nos dizer
sobre o nosso “jeitinho” brasileiro de ser, enquanto
sujeitos sociais?
Metodologia
A metodologia do presente estudo se
modula em pesquisas bibliográficas, tendo como
método (eixo epistemológico) a abordagem do
pensamento ético-político de Platão, enviesada à
ideia de “jeitinho brasileiro”, conforme referências
bibliográficas.
Resultados e Discussão
Tão conhecido como o Corcovado ou as
belas praias nordestinas é o “jeitinho brasileiro” de
ser. Esse comportamento semeia uma cultura de
exceções, onde a regra é marginal diante da crença
de que tudo é possível, desde que se saiba qual o
“jeitinho” certo para se achar a exceção conveniente
para se navegar nas estruturas sociais, mesmo que
para isso seja preciso descarregar um clichê
intimidador como um “você sabe com quem está
falando?!”.
Se pudesse discursar para todos os
brasileiros, Platão certamente advertiria para os
perigos desse imaginário cultural, pois para ele, isso
revela uma baixeza da alma, que é um grande
obstáculo para quem deseja abraçar de modo
definitivo a totalidade das coisas humanas e divinas.
Além disso, deixaria o sábio conselho de que
quanto mais elevadas forem as virtudes, menos o
indivíduo deverá usá-las para a sua conveniência.
Em outras palavras, ninguém deve se aproveitar de
sua condição elevada em relação aos demais para,
em benefício próprio, desconsiderá-los, humilhá-los,
submetê-los a si.
Conclusões
Se o “jeitinho brasileiro” edifica a lógica do
relativismo social, da cultura das exceções, da lei do
mais esperto, postulando criar – com isso – uma
ética centrada no indivíduo, muito próxima do que
propunha a maioria dos sofistas da época de Platão,
esse filósofo – em especial – nos mostra que
nenhum projeto sócio-político pautado em
pressupostos relativistas e individualistas tende ao
êxito. A propósito, sob os fundamentos acima
citados, uma democracia tende a se transformar
numa verdadeira demagogia, já que teoricamente é
concebida a partir da ideia de bem comum.
Referências
DAMATTA, Roberto. O que faz do Brasil, Brasil?
São Paulo: Agir, 2002.
PLATÃO. República. Trad. de J. Guinsburg. São
Paulo: Perspectiva, 2006.
RUFINO, Emmanoel de Almeida. Conselhos de
Platão: o pensamento platônico sobre temas de
ontem, de hoje e de sempre. João Pessoa: Edição
do autor, 2013.
57
ENGENHARIAS
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SALSICHAS COMERCIALIZADAS EM DIFERENTES
ESTABELECIMENTOS DO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS-PB.
Maria G.C.Santos*¹, Celene A. Santos*², Juliana M.L. Santos ¹, Janilda. G.J.Rodrigues ¹, Edilene
S.Silva¹
1
Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III,
Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]
1 Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus
III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]
1
Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III,
Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]
1
Aluno de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias – Campus III,
Bananeiras-PB, e-mail: lenesantos_23@hotmail
2
Professora de graduação, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciência Humanas, Sociais e Agrárias –
Campus III, Bananeiras-PB, e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Salsicha, Microbiológica, Contaminação.
Introdução
A salsicha é um produto cárneo emulsionado,
podendo ser fonte de micro-organismos patogênicos
devido a sua composição, porém por ser um
produto de baixo custo, curto tempo de preparo e
grande
aceitabilidade
houve
um
aumento
significativo da sua produção (FORTUNA &
FRANCO, 2005). A salsicha apresenta como
ingredientes
obrigatórios
os
seguintes
componentes: carnes das diferentes espécies de
animais de açougue, conforme designação do
produto, observando a definição estabelecida no
Coldex Alimimentarius e sal. O presente trabalho
tem
como objetivo
analisar a
qualidade
microbiológica das salsichas
comercializada no
município de Bananeiras- PB.
Metodologia
Foram coletadas 2 (duas) amostras sendo ambas
embaladas à vácuo e comercializadas a granel,
feitas de frango ambas de mesma marca, em dois
mercados situados na cidade de Bananeiras PB.
Sendo que esses estabelecimentos têm como
público-alvo consumidores de baixa renda. As
análises microbiológicas foram realizadas no
Laboratório de Microbiologia de alimentos da
Universidade Federal da Paraíba – UFPB Campus
III, Bananeiras-PB. Atendendo o disposto na
Instrução Normativa nº 62, do MAPA.
Resultados e Discussão
Em todas as amostras coletadas foram encontrada
a presença de coliformes totais e termotolerantes,
em
quantidades
insuficientes
para
causar
transtornos aos consumidores. A presença de
Salmonella, S. aureus, C. perfringens, não foram
identificados.
Em todas as amostras coletadas foram encontrada
a presença de coliformes totais e termotolerantes,
em
quantidades
insuficientes
para
causar
transtornos aos consumidores. A presença de
Salmonella, S. aureus, C. perfringens, não foram
identificados.
Figura 1. Análises Microbiológicas da salsicha a granel.
Amostras
Parâmetros
A*
B**
C.Sulfito Redutor(UFC/g) ******
<10
<10
Coliformes 45ºC (NMP/g) ****
<10
<10
S. coagulase positiva(UFC/g) *****
<1
<1
Salmonella spp /25g (UFC/g) ******
Aus.*****
Aus.*****
Fontes: Dados de pesquisas.
*A: amostra da 1º Mercado;
**B: amostra da 2º Mercado;
****NMP/g: número mais provável por grama;
*****Ausência em 25g
******UFC/g: unidade formadora de colônias por grama.
Conclusões
Conclui-se que as salsichas comercializadas nos
diferentes mercados da cidade de Bananeiras - PB
estão aptas para consumo mais não se podem
deixar os cuidados com a manipulação e higiene do
local.
Referências
FORTUNA J. L.; FRANCO R. M. Uma revisão epidemiológica das
principais alterações microbiológicas em produtos cárneos
embutidos. Revista Higiene Alimentar. 2005; v.19, n.129, p.35-42
BAPTISTA, P.; VENÂNCIO, A. Os perigos para a segurança
alimentar no processamento de alimentos. 1ª ed. Guimarães:
Forvisão, 2003.
58
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
DESENVOLVIMENTO DE SEMÁFOROS COM CONTROLE DE
LUMINOSIDADE
1
José Venício Silva Santos , José Alves do Nascimento Neto
*2
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected];
2
Professor da área de Indústria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
*
Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected];
Palavras-chave: semáforos, eficiência energética, sensor de luminosidade.
Introdução
Em virtude da elevada importância que os
semáforos
apresentam
para
o
apropriado
funcionamento do trânsito, torna-se necessário um
projeto adequado para o fornecimento de energia
elétrica a estes dispositivos. Neste sentido,
apresentamos a substituição das lâmpadas
convencionais utilizadas nos semáforos por LED’s
de alto brilho, os quais apresentam eficiência
energética e vida útil superior àquelas comumente
utilizadas. Este trabalho tem como objetivo
implementar uma solução para otimizar a potência
de semáforos, ajustando a sua intensidade de luz,
de acordo com a luminosidade do ambiente, através
do uso de sensores de luminosidade.
Figura 1. Semáforo acionado durante o dia.
Metodologia
No que diz respeito ao desenvolvimento do sistema,
utilizou-se uma matriz de LED’s RGB (Red, Green,
Blue), que é um dispositivo composto por diversos
LED’s conectados entre si internamente, juntamente
com um sensor de luminosidade (LDR – resistor
dependente de luz) e um Microcontrolador Arduino
Uno para realizar o controle dos dispositivos. O
sensor de luminosidade tem como função monitorar
a
luminosidade
do
ambiente,
alterando
automaticamente sua resistência interna de acordo
com o aumento ou redução da incidência de luz no
local. A partir disso, o sensor envia um sinal elétrico
para o Arduino que por sua vez desativa a metade
dos LED’s que estavam anteriormente acesos,
diminuindo assim a intensidade de luz emitida pelo
semáforo e consequentemente reduzindo o
consumo de energia elétrica do mesmo.
Resultados e Discussão
Para evidenciar a solução proposta pode-se
observar nas figuras 1 e 2 uma representação do
semáforo em funcionamento, onde durante o
período do dia com alta intensidade luminosa o
semáforo deve apresentar um brilho mais intenso
em relação ao período noturno, para assim garantir
o contraste mínimo necessário para o conforto dos
transeuntes, o que compreende os pedestres e os
motoristas.
Figura 2. Semáforo acionado durante a noite.
Conclusões
Em vista dos aspectos apresentados, percebe-se
que a solução exposta neste trabalho proporcionou
além do controle de luminosidade dos semáforos,
uma forma eficiente de minimizar o seu consumo de
energia elétrica, o que reflete diretamente na
redução de custos e viabiliza o uso de fontes
alternativas de energia.
Referências
1. YUKI, H. S., Projeto de Controlador Inteligente para Semáforo.
Campinas, 2008. Monografia para o curso de Engenharia de
Controle e Automação-Faculdade de Engenharia MecânicaUniversidade Estadual de Campinas, 2008.
59
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CAMPUS DE POMBAL.
1
2
3
4
Glaucio de M. Sousa , Ricélia Maria M. Sales , Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Rilda G. da
5
Silva .
1
Aluno do curso de Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal,
Pombal-PB, e-mail: [email protected];
2
Geógrafa Professora Assistente III Doutoranda em Recursos Naturais( UFCG - Campina Grande), Universidade
Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
3
Aluno do curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal,
Pombal-PB, e-mail: [email protected];
4
Aluna do curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal,
Pombal-PB, e-mail: [email protected];
5
Aluna do curso de Agronomia, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB, e-mail:
[email protected];
Palavras-chave: Água, Potabilidade, Qualidade.
Introdução
Segundo Capobianco (2007) a água é um recurso
natural de valor inestimável. Mais que um insumo
indispensável à produção e um recurso estratégico
para o desenvolvimento econômico, ela é vital para
a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e
químicos, que mantêm em equilíbrio os
ecossistemas. Para a determinação da qualidade da
água existe um documento oficial decretado pelo
Ministério da Saúde - PORTARIA Nº 518, de 25 de
março de 2004 – que estabelece os procedimentos
e responsabilidades relativos ao controle e vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade.
Neste estudo, o objetivo principal foi avaliar a
qualidade da água da UFCG, Campus Pombal, de
acordo com o processo de análise dos padrões de
potabilidade seguindo os parâmetros da Portaria
518 e as conclusões alcançadas a partir da
observação dos gráficos.
Metodologia
Nesse estudo, foram coletadas amostras de sete
bebedouros da UFCG, Campus Pombal, entre o
período de 27 de fevereiro a 03 de março de 2013 sendo citados a seguir: bebedouro 1, bebedouro 2,
bebedouro 3, bebedouro 4, bebedouro 5, bebedouro
6 e o bebedouro 7.
Essas amostras foram coletadas nos recipientes
adequados e, na sequência, identificadas, datadas e
armazenadas no laboratório de água da UFCG,
Campus Pombal onde foi feita as análises físicoquímicas.
A determinação do pH, oxigênio dissolvido, da
amônia, da cor, da turbidez, da quantidade tanto de
nitrito, como de nitrato foi feita através dos devidos
métodos de analise de cada um desses parâmetro.
Resultados e Discussão
Para comprovar o qualitativo dos dados, através das
amostras dos sete bebedouros, foram criados
gráficos para cada parâmetro que envolve o padrão
de potabilidade da água com o seu valor mínimo e
máximo permitido de acordo com a Portaria 518 do
Ministério da Saúde. A Figura 1 apresenta os
valores da turbidez para as amostras analisadas.
Os resultados obtidos apresentaram para a turbidez
valores entre 8,08 NTU e 18,8 NTU (Figura 1),
sendo estes superiores aos da Portaria 518, tendo
em vista que o valor máximo permitido é de 5 NTU.
Figura 1. Valores obtidos da turbidez.
Conclusões
Através das analises, permitisse concluir que as
amostras coletadas nos bebedouros da UFCG
Campus Pombal, deferem dos padrões de
potabilidade estabelecidos pela Portaria 518.
Apesar da obtenção de índices que ultrapassam os
valores permitidos, não podemos atingir as
conclusões de potabilidade, pois é necessário
analisar outros parâmetros físicos químicos,
principalmente microbiológicos para definir a
qualidade da água analisada.
Referências
CAPOBIANCO, João Paulo Ribeiro. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA.
Ética
de
uso
da
água.
2007
Disponível
em:<http://www.mundovestibular.com.br/articles/569/1/IMPORTA
NCIA DA AGUA/ Paacutegina1.html.>Acesso em: 01 março de
2013.
Central do aprendiz. Potencial hidrogeniônico. Disponível em:
http://www.centraldoaprendiz.com.br/agua_alcalina.html.>
Acesso em: 06 maio de 2013.
60
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ELABORAÇÃO DE BISCOITOS TIPO COOKIES UTILIZANDO GRÃOS
INTEGRAIS E AÇÚCAR MASCAVO
1
2
3
3
Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho , Neide marques C. Vieira , Márcia V. Souto , Paloma R. M. da Silva
*4
1
Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade
Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected];
2
Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN;
Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail:[email protected];
3,4
Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail:
[email protected]; [email protected];
*4
Aluna de Nutrição, Universidade Integrada de Patos – Patos-PB, email: [email protected].
Palavras-chave: Alimento functional, cereais, biscoitos,fibra alimentar, farinha de trigo integral.
Introdução
Resultados e Discussão
A procura por alimentos saudáveis advém do desejo
das pessoas de melhorarem a sua qualidade de
vida, com isso as indústrias alimentícias enfrentam
o desafio de produzirem alimentos seguros e
promotores da saúde. Pensando em novas
tendências, a incorporação de ingredientes que
apresentem propriedades funcionais nos alimentos
tem sido alvo de pesquisas nos dias atuais.
Os biscoitos são produtos aceitos e consumidos por
ampla faixa etária da população, apresentando as
vantagens e facilidade de consumo e de longa
estabilidade ao armazenamento. Portanto, a
proposta deste trabalho foi elaborar biscoitos tipo
cookie utilizando diferentes concentrações de grãos
integrais e açúcar mascavo.
O resultado da análise da composição físicoquímica dos biscoitos tipo cookies está descrita na
Figura 1 apresentada abaixo.
Metodologia
O trabalho foi realizado no Laboratório de
Tecnologia
de
Grãos
e
Cereais,
UFCG/UATA/Pombal-PB, onde o produto foi
formulado e em seguida foi realizada a
caracterização físico-química do biscoito. Foram
elaboradas três formulações, onde amostra F1 foi
elaborada utilizado 44,44% de farinha de trigo +
grãos integrais, sendo 22,22% (350g) de farinha de
trigo integral e 22,22% (350g) de grãos integrais
(aveia, gergelim e amaranto), e houve a adição de
14,98% (236g) de açúcar mascavo; a segunda
variável, a F2 foi formulada com 28,83% (420g) de
farinha de trigo integral, 19,12% (280g) de grãos
integrais (aveia, gergelim e amaranto) e 8,10%
(118g) de açúcar mascavo F1; já na F3, foram
adicionados 36,60% (490g) de farinha de trigo
integral, 15,69% (210g) grãos integrais (aveia,
gergelim e amaranto) e não houve adição de açúcar
mascavo. Os cookies formulados foram submetidos
à avaliação físico-química para determinação dos
parâmetros umidade, cinzas, proteínas, lipídios e
açúcares totais
Formulações
Variáveis
F1
F2
F3
Umidade
9,75 ± 0,36 c
11,61 ± 0,44 a
10,62 ± 0,13 b
Proteínas
8,87 ± 0,09 a
9,03 ± 0,18 a
8,80 ± 0,24 a
Lipídeos
13,73 ± 0,40 a
13,45 ± 0,39 a
13,54 ± 0,15 a
Cinzas
4,88 ± 0,00 a
4,89 ± 0,00 a
4,89 ± 0,00 a
Açúcares totais
60,28 ± 0,01
a
50,87 ± 0,16
b
33,43 ± 0,04 c
Em se tratando dos resultados, não foi encontrada
diferença significativa (p<0,05) entre as formulações
para os parâmetros: cinzas, lipídeos e teor de
proteína, a umidade variou entre 9,75% a 11,61%
para as formulações F1 e F2 respectivamente. O
teor de carboidratos totais diferiu significativamente
(p ≤ 0,05) entre os cookies, variando de F3 =
33,43% à F1 = 60,28%. Esta diferença era
esperada, visto que intencionalmente houve a
redução de 50% do açúcar mascavo na formulação
F2 e de 100% deste açúcar em F3, ao comparar
estas formulações a F1.
Conclusões
Ficou evidenciado que a incorporação de farinha e
grãos integrais na formulação de biscoitos tipo
cookie é interessante comercialmente, gerando
produtos
de
elevada
aceitabilidade
pelos
consumidores.
Referências
SÃO PAULO. Instituto Adolfo Lutz. Métodos FísicoQuímicos para análise de Alimentos.São Paulo.
IV Edição,2008.
CAUVAIN,
STANLEY
P.
Tecnologia
da
panificação. 2. ed. Barueri, SP: Malone, 2009.
61
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ELABORAÇÃO DE DOCE DE OVO
1
2
3
4
Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Dory Lany A. Dantas , Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho
1,2,3
Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail:
[email protected] ; [email protected]; [email protected].
4
Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade
Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected] ;
5
Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN;
Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail: [email protected] ;
Palavras-chave: ovo, doce em calda, elaboração.
Introdução
Os ovos são produtos de fácil acesso para
população, devido seu baixo custo, sendo um
ingrediente de alta importância na culinária
brasileira e muito útil na indústria de transformação.
Os ovos são importantes constituintes da
alimentação, podendo contribuir para melhorar a
dieta de pessoas de baixa renda, contendo alto teor
de proteína de excelente qualidade, gorduras,
vitaminas e minerais. Além de ser uma importante
reserva de nutrientes, também contém substâncias
promotoras de saúde e preventivas de doença.
Muitas atividades biológicas têm sido associadas
aos componentes dos ovos, incluindo sua atividade
antibacteriana, antiviral e modulação do sistema
imunológico, evidenciando o elo dieta-saúde,
ressaltando assim, a importância do consumo de
ovos na prevenção e tratamento de doenças.
Segundo a legislação brasileira vigente, “doce em
calda” é definido como o produto obtido de frutas
inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou
caroços, com ou sem cascas, cozidas em água e
açúcar, envasadas em lata ou vidro e submetidas a
tratamento térmico adequado. Esse trabalho tem
como objetivo elaborar um doce de ovo em calda,
pois além de ser um produto inovador é um produto
de baixo custo e aproveitando todos os nutrientes
presentes nos ovos.
Metodologia
O trabalho segue passando por etapas de
avaliação. Inicialmente a preparação do doce foi
realizada de forma caseira apenas para testes.
Tabela 1. Ingredientes utilizados na formulação.
Ovos
12 und.
Rapadura
Água Potável
1 L.
Cravo
Canela
1und.
e a gosto
formação do mel, em outro recipiente separou-se às
claras e bateu-se até o ponto de neve. Logo após,
misturou-se as gemas, seguindo o batimento até
ficarem firmes. Com o mel pronto, colocou-se para
cozinhar a mistura dos ovos, não mexendo para não
desmanchar as postas que se formarão. Em
seguida adicionaram-se os condimentos.
Os próximos passos para a conclusão do trabalho é
realizarmos as análises microbiológicas, físicoquímica e sensorial, para determinarmos sua
composição e o índice de aceitação desse novo
produto por parte dos consumidores.
Conclusões
Resultados de pesquisas vêm mostrando que o ovo
é considerado um dos alimentos mais completos da
natureza, tanto devido a sua variedade em
nutrientes como por seu elevado grau de utilização
por nosso organismo. É considerado o alimento de
maior valor biológico, contendo todos os
aminoácidos essenciais necessários à nutrição
humana, sendo assim uma nova alternativa de se
aproveitar os nutrientes com a elaboração deste
produto. Durante o armazenamento, podem ocorrer
algumas mudanças nas características físicas,
microbiológicas e químicas. Essas mudanças
dependem das condições de armazenamento dos
ovos e seus derivados, devido a isso análises
futuras serão realizadas para determinarmos a
viabilidade da produção do doce de ovo.
Referências
DONATO, D.C.Z., GANDRA, E.R.S., GARCIA, P.D.S.R., REIS,
C.B.M., GAMEIRO, A.H. A QUESTÃO DA QUALIDADE NO
SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO OVO. In SOBER 47°
“Congresso ‘‘Sociedade Brasileira de Economia, Administração e
Sociologia Rural” Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009.
CNNPA. Conselho Nacional de Normas e Padrões para
Alimentos. Normas técnicas especiais. Resolução n° 12, de 24
de julho de1978.
Em uma panela adicionou-se a água e a rapadura,
para a preparação do mel, deixou-se ferver até a
62
*5
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
ELABORAÇÃO DE HAMBÚRGUER BOVINO COM ADIÇÃO DE INULINA COMO
SUBSTITUTO DE GORDURA
1
2
3
3
Quézia O. Gomes , Raimundo B. Filho , Neidemarques C. Vieira , Márcia V. Souto , Paloma R. M. da Silva
*4
1
Engenheira de Alimentos – CREA nº 1013272, Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade
Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB, e-mail: [email protected];
2
Técnico do Laboratório de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Macaíba – RN;
Mestrando em Tecnologia Agroalimentar – UFPB, e-mail:[email protected];
3,4
Aluno de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal-PB e-mail:
[email protected]; [email protected];
*4
Aluna de Nutrição, Universidade Integrada de Patos – Patos-PB, email: [email protected].
Palavras-chave: Alimento funcional.Produtos cárneos. Substituição de gordura
Introdução
A demanda dos consumidores por produtos que
sejam saborosos, visualmente atrativos e que, ao
mesmo tempo visem à saúde e o bem-estar, é um
desafio para a indústria de alimentos. A chave para
obter sucesso no desenvolvimento de produtos com
baixo teor de gordura fundamenta-se no princípio de
considerar cada alimento individualmente e estar
atento às propriedades dos ingredientes com
capacidade de substituir gorduras disponíveis no
mercado, assim como de suas técnicas de
aplicação. Em produtos cárneos, a inulina constituise em um ingrediente com bom potencial de
aplicação em função de suas propriedades
tecnológicas adequadas para substituição de açúcar
ou gordura, como agente de corpo e no
desenvolvimento de propriedades de textura, com
baixo valor calórico. Esta pesquisa avaliou a
viabilidade da elaboração de hambúrguer bovino
com adição de inulina como ingrediente funcional
prebiótico e substituto de gordura,bem como a sua
avaliação microbiológica.
Metodologia
A matéria-prima utilizada foi carne bovina, corte
acém (carne magra do dianteiro bovino) e
processada no Laboratório de Tecnologia de
Produtos de Origem Animal, UFCG/UATA/Pombal
PB. Foram formuladas três amostras de
hambúrgueres bovinos e as variáveis referidas
foram a adição de gordura suína e de inulina. A
amostra F1 representa a formulação padrão, com
gordura e sem adição de inulina; a F2 foi formulada
com 50% de gordura e 50% de inulina; já na F3, não
houve a adição de gordura, sendo 100% desta
substituída por inulina. A carne bovina foi triturada
em moedores, após a moagem, os ingredientes
foram misturados à carne manualmente. Em
seguida, toda a massa foi prensada e modelada em
hamburgueira manual. As análises microbiológicas
das amostras de hambúrguer refrigeradas foram
realizadas no laboratório de Microbiologia de
Alimentos da UFCG/UATA/Pombal-PB, de acordo
com as técnicas descritivas na Instrução Normativa
nº 62 de 26 agosto de 2003 do Ministério da
Agricultura, sendo estas realizadas para Salmonella
o
sp., Coliformes a 45 C e Staphylococcus coagulase
positiva, com base nos padrões microbiológicos da
RDC nº 12 de 02 de Janeiro de 2001.
Resultados e Discussão
Tabela 1. Médias dos resultados das análises
microbiológicas dos hambúrgueres bovinos padrão
e adicionados de inulina em substituição a gordura.
Coliformes
Staphylococcus
a 45°C
Coagulase
Salmonella
Formulações
(NMP/g)
sp/25g
Positiva
(UFC/g)
(UFC/g)
F1
2,3 x 10²
Ausente
4,0 x 10²
F2
3,6 x 10²
Ausente
4,2 x 10²
F3
2,1 x 10²
Ausente
4,1 x 10²
Padrões
microbiológicos
5 x 10³
Ausente/25g
5,0 x 10³
De acordo com esses resultados, os hambúrgueres
formulados estavam dentro dos padrões aceitáveis
para consumo humano, de acordo com a Resolução
RDC n° 12 da Agência Nacional da Vigilância
Sanitária.
Conclusões
Portanto a adição de inulina é uma alternativa para
a redução de gordura em hambúrguer bovino, sem
prejudicar suas características sensoriais, além de
elaborar um produto com propriedades funcionais.
Referências
HAULY, M. C. O., MOSCATTO, J. A. Inulina e Oligofrutoses: uma
revisão sobre propriedades funcionais, efeito prebiótico e
importância na indústria de alimentos. Semina: tech. Ex 23
(2002), 105–118.
HEDRICK, H.B.; ABERLE, E.D.; FORREST, J.C.; JUDGE, M.D.;
MERKEL, R. A.“ Princípios da Ciência da Carne. 3ed.
Dubuque: kendall/hunt Publishing Company, 1994.354p
RODRÍGUEZ, R.; JIMÉNEZ, A.; FERNÁNDEZ-BOLAÑOS, J.;
GUILLÉN, R.; HEREDIA, A. Fibra dietéticaa partir de
produtosvegetais
comofonte
deingredientes
funcionais.
Tendências em Tecnologia e Ciência dos Alimentos,v.17, p.
3-15, 2006.
63
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
IMPLEMENTAÇÃO E VIABILIDADE DE BIODIGESTOR NA ESCOLA
MUNICIPAL AUGUSTO DOS ANJOS J. PESSOA-PB
1
2
3
Raoni Pinheiro G. de Souza , José Gomes P. Filho , Marcos Antonio G. Pequeno , Williams da Silva G. de
4
5
Lima e Marco Aurélio R. de Melo*
1
Aluno, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected];
Aluno, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected];
3
Mestre, Universidade Federal da Paraíba – Campus I, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected];
4
Professor Biogeoquímica, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: [email protected];
5
Professor Química, Faculdade Internacional da Paraíba, João Pessoa-PB, e-mail: * [email protected].
2
Palavras-chave: Biodigestor. Escola, Biogás, Educação Ambiental
Introdução
Atualmente, uma das problemáticas em termos
ambientais é a grande quantidade de residuos
gerados pela população e, que são descartados por
1
dia, sem destino final inadequado .
Uma das propostas para mitigar este tipo de
impacto, é a destinação adequada dos resíduos
redirecionando-os
para
tratamento
em
2
biodigestores . Este tipo de tratamente resulta na
produção de biogás, composto principalmente por
metano e pode ser usado na geração de gás de
cozinha e energia elétrica, além de biofertilizante,
rico em nitrogênio.Este trabalho objetiva a
implementação de um biodigestor na Escola
Municipal Augusto dos Anjos para destinar a
transformação dos resíduos sólidos em gás e
biofertilizante.
Metodologia
A escolha do biodigestor a ser implementado na
Escola Municipal Augusto dos Anjos, se dará de
acordo com a realidade apresentada na região, e
levando em consideração as condições de
funcionamento do biodigestor, bem como as
condições e realidade social, econômico e cultural
do entorno da Escola.
Observou-se o uso continuo da cozinha, que
diariamente disponibiliza de 3 a 5 refeições, que
beneficiam mais de 900 alunos e funcionários, que
são diretamente beneficiados por estas refeições,
tendo em vista que esta unidade escolar, esta
lotada em uma região e beneficia pessoas de baixa
renda. Estimando-se uma geração de resíduos de
20 à 25 Kg/dia, visando descarte diário de restos
alimentares, é viável o uso de um biodigestor de
fluxo contínuo, sendo os melhores resultados
4
mostrados na literatura , os modelos Chinês e
Indiano. Além de serem os mais econômicos em
sua construção, praticidade de manuseio, não
requererem mão-de-obra especializada, podem ser
construídos
em
tamanhos
adequados
as
necessidades do local e podendo ser utilizados
como substrato, a própria matéria disponível no
local.
Resultados e Discussão
Elaborou-se a construção de um biodigestor na
Escola de 20 metros cúbicos com vazão necessária
para que possa ser operado com uma taxa de
3
carregamento orgânico de 20 kg/m /dia. Com essa
proporção e o uso de restos alimentares, pretendese chegar ao um rendimento diário de
3
aproximadamente 7 a 10 m³ de biogás/dia . Esta
demanda seria o suficiente para alimentar a cozinha
da Escola nos três turnos.
Conclusões
Estima-se em termos de economia de energia, a
produção de biogás tornará a Escola em parte
autossuficiente. Outrossim, será implantado dentro
da pesquisa a conscientização de educação
ambiental, capacitando o corpo docente e discente,
buscando subsidios para uma aplicabilidade no
universo acadêmico.
Referências
1. FERREIRA, Júlio César Benfenatti; SILVA, Jadir Nogueira da,
Biodigestor: aplicações e potencialidades. Um estudo
de caso do IFMG campus Bambuí, II Semana de Ciência e
Tecnologia do IFMG, Bambuí, MG, 2009.
2. PEDERIVA, Andre Cristiano; SPILLARI, Thiago Rafael;
MOLIN, Anderson Dal; POLACINSKI, Édio; Gestão
Ambiental: Análise de viabilidade e dimensionamento
de um biodigestor para geração de energia elétrica e
biofertilizante, 2a Semana Internacional das Engenharias
da Fahor, Horizontina, RS, 2012.
3. JABBOUR, Charbel José Chiappetta; SANTOS, Fernando
César Almada, Evolução da Gestão Ambiental na
Empresa: uma Taxonomia Integrada a Gestão da
Produção e de Recursos Humanos, Gestão e Produção,
v.13, n.3, p.435-448, 2006.
4. GASPAR, Rita Maria Bedran Leme; Utilização de
Biodigestores em Pequenas e Médias Propriedades
Rurais, com Ênfase na Agregação de Valor: Um Estudo
de Caso na Região de Toledo-PR, Florianópolis-PR, 2003.
Agradecimentos
À FPB - Faculdade Internacional da Paraíba e a
Escola Municipal Augusto dos Anjos pelo apoio
concedido.
64
65
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
Programação no ambiente Visualg para softwares de química
1
2
3
4
Hanniman D. C. Barbosa , Romário de L. Oliveira , Manoel B. Dantas , Oziel O. Silva , Kelvin C. Araujo
1
Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected];
2
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected];
3
Professor de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected];
4
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected] ;
5
Aluno de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa,
Sousa-PB, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: soluções, software, visual, concentração.
Introdução
O Visualg é um programa que edita, interpreta
e executa algoritmos com uma linguagem próxima
do português estruturado como um programa
normal de computador. O Visualg é um programa
que não depende de DLLs, OCXs ou outros
componentes (TONET, 2007).
Esse software apresenta uma interface de fácil
assimilação e comandos em português, que
facilitam a programação por profissionais de todas
as áreas do conhecimento (TONET, 2007).
Na área de química os cálculos envolvendo
concentração molar e massavolume são comuns,
em função das suas aplicações cotidianas. O
desenvolvimento de um programa que possa
calcular essas concentrações a partir de dados
básicos pode ajudar estudantes e profissionais de
laboratórios nas suas atividades acadêmicas, hora
como ferramenta de checagem para estudantes ou
como ferramenta de agilidade funcional.
Metodologia
O programa de cálculo de concentrações foi
realizado no ambiente de programação do
visualizador de algoritmos do Visualg 2.0. Foram
definidas três variáveis de entrada (volume da
solução, massa molar e massa do soluto) em
unidades do sistema internacional (SI). Em seguida
os dados são tratados pelas equações de
molaridade e massa por volume.
Resultados e Discussão
A etapa inicial da programação foi a estruturação
das variáveis, vol (volume da solução) massa
(massa do soluto) e mm (massa molar do soluto) e
definição das variáveis como sendo números reais,
, conforme figura 1.
Após definição das variáveis, o algoritmo foi
estruturado para solicitar cada variável definida e
gravada, através do comando “leia”, conforme figura
2.
Figura 2.: Estrutura do programa.
A interface do programa solicita do usuário os dados
para cálculo das concentrações molar e
massavolume, conforme figura 3. Após inserir os
dados o comando “limpatela” é utilizado para retirar
os dados e apresentar as concentrações.
Figura 3: Execução do algoritmo
Conclusões
O ambiente de programação Visualg apresenta uma
interface que facilita o processo de programação,
principalmente para profissionais que não são da
área de informática e possibilita uma vasta
aplicação na resolução de problemas na área de
química.
Referências
Tonet, B. Manual de programação em ambiente Visualg. Caxias
do Sul, 1ª Ed, 2007.
Figura 1 – Entrada das variáveis de programa.
66
5
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO DE FRITURA PROVENIENTE DO RU,
PARA A PRODUÇÃO DE SABÃO ECOLÓGICO
Jackson A. Medeiros¹, Mário C. Lima², Keliane L. Silva², Diego D. Marques³, Max R. Quirino
4
1
Aluno de Iniciação Científica, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail:
[email protected];
²Voluntários do projeto, Universidade federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB. e-mail:
[email protected];
³
Químico do Laboratório de Química, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB. e-mail:
[email protected];
4
Professor do DCBS, Universidade Federal da Paraíba – Campus III, Bananeiras-PB, e-mail:
[email protected];
Palavras-chave: Resíduo agroindustrial, Meio Ambiente, sabão.
Introdução
O descarte do óleo usado nas frituras pode
significar problemas ao meio ambiente gerando a
poluição. A sociedade não esta apta para realizar o
descarte correto deste resíduo e o seu descarte
acaba sendo o ralo da pia, ou no terreno vazio ao
lado de sua casa. Segundo a Sabesp, 1 litro de óleo
contamina o equivalente a 20.000 de litros de água
de acordo com cálculos formulados pela instituição.
Um resíduo de difícil descarte é o óleo de
fritura além de não possuir destinação correta e
nem tratamento, ao atingir o solo tem a capacidade
de impermeabilizá-lo, dificultando a água chegar até
o lençol freático (TEXEIRA, 2004).
A transformação do óleo em sabão é a
forma mais recomendável para o reaproveitamento
desses óleos. O sabão é produzido através da
reação conhecida como saponificação que é a
reação química que ocorre através da mistura de
um lipídeo com uma base forte.
Metodologia
O trabalho foi realizado no laboratório de
química da UFPB - Campus III e foi elaborado uma
mistura oleaginosa sobre o óleo de partida, Foram
feitas análises físico-químicas seguindo os métodos
do Instituto Adolfo Luts (2008), essas para verificar
as características das amostras, desenvolveu-se
duas formulações diferenciando a quantidade de
óleo de fritura e acrescentou-se dependendo da
proporção óleo de soja em sua constituição.
Resultados e Discussão
Efetuando uma vistoria das análises
presentes no gráfico 1, vimos que o (IS) da mistura
oleaginosa foi menor do que a do óleo de fritura,
identificando a presença de ácidos graxos com o
maior peso molecular, já o (IP) também mostrou-se
menor na mistura sendo um bom resultado se
pensarmos em substâncias oxidantes presentes na
constituição do mesmo; o (II) foi maior na segunda
amostra identificando quantidades maiores de
insaturações e podendo-se notar que o óleo
aquecido tem menor número de duplas ligações
devido à quebra das mesmas pelo o calor; com
base nas análises foi possível desenvolver duas
formulações de sabão, salientando que os sabões
desenvolvidos ficaram dentro dos padrões da
Anvisa.
Tabela 1. Resultados das Análises físico-químicas
para as diferentes proporções de óleo.
Índice de saponificação (KOH/g)
256,64
200,8
Índice de iodo Wijs
58,49
76,64
Índice de peróxido (meq/Kg)
6,970
4,460
100% óleo de fritura
50% óleo de fritura e 50% óleo de soja
Conclusões
Foi possível melhorar as condições físicoquímicas com a adição de uma mistura no óleo de
partida, e os sabões produzidos ficaram dentro das
normas vigentes salientando o quanto é importante
o desenvolvimentos de novas alternativas para
preservação do meio ambiente e para nossa
condição de vida. Esse trabalho mostra como
pequenas ações podem refletir positivamente no
meio ambiente e no desenvolvimento de novas
tecnologias,
proporcionando
a
sociedade
alternativas verdes para o destino correto deste
resíduo.
Referências
TEXEIRA, A. C. Lixo ou rejeitos reaproveitáveis? Revista eco 21,
ano XIV, Edição 87, Fevereiro 2004.
SABESP. Programa de Reciclagem de Óleo de Fritura da
Sabesp.
Acesso
em:<http://site.sabesp.com.br/uploads/file/asabesp_doctos/progra
ma_reciclagem_oleo_completo.pdf>.
67
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
SISTEMA DE CONTROLE DE ACESSO UTILIZANDO CÓDIGO DE
BARRAS
1
Marcely D. Silva , José A. do N. Neto
2*
1
Aluno de Iniciação Científica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus
Cajazeiras, Cajazeiras-PB, e-mail: [email protected];
2
Professor, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Cajazeiras, CajazeirasPB, e-mail: * [email protected].
Palavras-chave: Sistema produtivo, código de barras, tecnologia.
Introdução
Este projeto consiste na elaboração de um sistema
de validação de solicitação de serviços através de
códigos de barras, que compreende desde a
geração do código de barras até o uso para o
controle de equipamentos a partir de uma senha
codificada no próprio código de barras até a
permissão de utilização do serviço. Inicialmente a
solução aqui proposta consiste no controle do
gerenciamento de acesso chaves a partir da leitura
de um código de barras válido. No caso do controle
de acesso temos apenas um dispositivo controlado,
que seria a abertura e fechamento do acesso.
Metodologia
Foram estudadas as técnicas de codificação da
informação e associação a uma representação em
códigos de barras e as estratégias de
armazenamento de códigos de barras com a
plataforma Arduino;
A interface de comunicação utilizada entre os
sistemas de controle de acesso e os equipamentos
controlados foi um buffer construído através de
circuito transistorizado e um relé, assim separando
a parte de controle da parte de potência.
O sistema projeto foi implementado e assim, o
mesmo foi validado a partir da construção de um
protótipo, o que incluiu a geração do código de
barras com informação codificada, leitura e
habilitação do equipamento selecionado pelo
usuário;
Figura 1. Esquema do projeto realizado.
Conclusões
Considerando o fato de que a produção códigos de
barras tem um custo relativamente baixo, espera-se
que esta tecnologia permaneça presente no
mercado ainda por bastante tempo, tendo em vista
que estes códigos podem ser gerados a partir de
softwares gratuitos e impressão em pequena
superfície de papel comum. Sua aplicabilidade vai
desde a catalogação de produtos para estoque, ao
controle de acesso a serviços e máquinas.
Pode-se afirmar que a tecnologia que promete
substituir o código de barras é a tecnologia a RFID,
embora esta tecnologia esteja em pleno
desenvolvimento e seu custo vem caindo ao longo
dos anos, da mesma forma a tecnologia de
codificação por códigos de barras está sendo
barateada, o que torna atrativa a sua utilização.
Referências
Resultados e Discussão
1.
No micro controlador foi implementado um código
em linguagem de programação ‘C’, que faz a
comunicação entre o scanner óptico, e um cartão de
memória para armazenamento de dados em um
arquivo do tipo ‘txt’. Quando a informação lida pelo
scanner for valida o acesso ao serviço é liberado, e
os dados do usuário são salvos no cartão de
memória.
Todo o processo foi realizado a partir da plataforma
Arduino, sendo o mesmo, o “cérebro” do projeto, de
maneira que o mesmo analisa o código de barras
lido e processa a decisão de bloquear ou permitir o
acesso ao claviculário.
2.
3.
Arduino.
Disponível
em
http://www.arduino.cc/
acessado em 06/07/2012.
História Micro controlador. Disponível em http://eletronica.blogspot.com.br/2008/07/histria
microcontrolador.html 02/06/2013.
SILVA, M. D.; BERTINO, W. S. P.; NETO, J. A. N.
Código de barras no controle de acesso a
maquinas e serviços. In: VII CONGRESSO NORTE
NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 2012,
Tocantins.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao IFPB pelo apoio ao
projeto através de uma bolsa concedida ao primeiro
autor vinculado ao programa PIBICT.
68
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE
LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE POMBAL, PB.
1
2
3
Yaroslávia F. Paiva , Leidiana E. Xavier , Everton V. da Silva , Alfredina dos S. Araújo
4
1,2
Alunas de Iniciação Científica, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, Pombal-PB,
e-mail: [email protected]; [email protected];
3
Técnico do Laboratório de Microbiologia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus
Pombal, Pombal-PB, e-mail: [email protected];
4
Professora de Microbiologia de Alimentos, Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal,
Pombal-PB , e-mail: [email protected].
Palavras-chave: higiene, alimentação, microbiologia
Introdução
se fora dos padrões estabelecidos, devido a
Os alimentos vendidos nas ruas representam um
presença de coliformes com valores médios de
problema de saúde pública, pois, salvo algumas
1,1x10 NMP/g, podendo ter sido ocasionado pela
exceções, são preparados e vendidos sem as
falta de higiene pessoal dos manipuladores ou na
mínimas condições de higiene, podendo conter
sanitização das frutas.
microrganismos contaminantes e potencialmente
Já nos resultados das mãos, tábuas e espátulas
patogênicos, colocando em risco a saúde dos
pode-se identificar a presença de Stapylococcus
consumidores.
spp com valores de 0,045 x10 , 1,12 x10 e 9,18
A
higiene
pessoal
dos
3
3
3
3
manipuladores, do ambiente de trabalho e dos
x10
utensílios utilizados são os itens imprescindíveis
microrganismo
para
contaminação pós-processamento ou das condições
a
obtenção
de
uma
alimentação
sem
UFC/g respectivamente. A presença desse
serve
como
indicador
de
contaminação e de boa qualidade.
de santificação de superfícies em contato com
Este estudo tem como objetivo avaliar as condições
alimentos.
higiênico-sanitárias da produção de alimentos na
Após o diagnóstico e orientações feitas aos
lanchonete universitária da UFCG, Campus Pombal.
manipuladores quanto à correta higienização dos
alimentos
Metodologia
resultados
e
o
cuidado
para
as
ao
manipulá-los,
amostras
os
analisadas
Foi feita a coleta de amostras das mãos dos
encontraram-se dentro dos padrões estabelecidos
manipuladores, tábua e espátula com o auxílio de
na RDC n. 12 de 2003.
swabs e da salada de fruta, adquiridas nas mesmas
condições
de
oferta
para
consumo,
sendo
Conclusões
imediatamente transportadas ao Laboratório de
Conclui-se que das amostras analisadas da salada
Microbiologia
caixa
a qual foi coletada após o diagnóstico inicial
isotérmica. As amostras foram analisadas quanto à
encontravam- se dentro dos padrões estabelecidos
contagem de coliformes a 35ºC e 45ºC, Salmonela
pela legislação, comprovando assim a importância
sp. e Staphylococcus spp, conforme metodologia
da realização de treinamento e orientação dos
descrita no Lanara (1981).
responsáveis pela manipulação dos alimentos.
de
Alimentos/UFCG,
em
Resultados e Discussão
Referências
Os resultados da análise para a salada de fruta
LANARA. Métodos analíticos para controle de produtos de
origem animal e seus ingredientes: métodos microbiológicos.
Brasília-DF, 1981.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Resolução nº 12 de 02 de janeiro de 2001. Disponível
em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_01rdc.htm
coletada antes da aplicação do diagnóstico com
relação a maioria dos microrganismos encontraram-
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
69
III Encontro de Iniciação Científica e II Encontro de Pesquisadores do IFPB/Campus Sousa
A CRIAÇÃO DE EMPREGOS VERDES COMO FORMA DE COMBATE À
POBREZA E DE PROMOÇÃO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Williã Taunay de Sousa
1
1
Graduado em Direito, Pós -graduando em Direitos Humanos –Universidade Federal de Campina Grande, Pós graduando em Gestão Pública Municipal–Universidade Estadual da Paraíba, Sousa-PB,
e-mail:
[email protected];
Palavras-chave: Empregos Verdes, Pobreza, Desenvolvimento Sustentável.
Introdução
Os empregos verdes são oriundos de uma
economia verde preocupada com a criação de
empregos decentes e a manutenção de direitos e
garantias fundamentais da sociedade. Para a
PNUMA (2009, p. 05) “os Empregos verdes são
aqueles que reduzem o impacto ambiental de
empresas e de setores econômicos para níveis que,
em última análise, sejam sustentáveis”. Não existe
povo ou nação rica tendo a pobreza como uma de
suas realidades. Vários setores da economia
poderiam auto-sustentar os seus trabalhadores,
gerando renda e dignidade para os mesmos. O
trabalho mostra que vale a pena investir nessas
ideias mostrando que, nos países onde houve
investimentos, os resultados foram animadores. A
conta disso é imperioso que se relacionem
atividades que tenham como condão a promoção da
atividade econômica, relativa ao trabalho do
cidadão, com a perspectiva de proteção e promoção
da justiça ambiental e ao desenvolvimento
sustentável, como as atividades de agricultura;
recuperação do meio ambiente; distribuição da
água; manutenção da rede de esgotos; energias
renováveis; turismo.
Metodologia
Torna conveniente abordar de maneira dedutiva o
tema, contando com métodos adequados para
aferição das informações sobre as premissas
oferecidas
pelo
Direito
Ambiental
e
as
circunstâncias que envolvem a geração de
empregos, a redução da pobreza e a igualdade
social. Como procedimento metodológico, lança-se
mão do método histórico, para entender a situação
do desenvolvimento sustentável e sua figuração
atual. Para analisar a complexidade do tema, coloca
em uso o método monográfico e, ainda, o
estatístico, observando as variáveis contidas em
pesquisas realizadas por órgãos mundiais,
tangendo as relações de emprego e economia.
Resultados e Discussão
Energias Renováveis: Um dos principais programas
de investimento em energias renováveis que deu
certo foi o Grameen Shakti. O programa consiste
em uma promoção as tecnologias de energia
renovável para a população rural, dos países
emergentes, com o intuito de proteger o meio
ambiente e, ao mesmo tempo, melhorar os padrões
de vida da população.
Pessoas de baixa renda captavam microcréditos a
juros baixos junto ao Banco Grameen, através da
Empresa Grameen Shakti, responsável pela
comercialização de serviços e utilitários a base de
energia solar, instalavam em suas casas sistemas
solares caseiros, onde poderiam explorar de alguma
atividade econômica ou poderiam, ao menos,
melhorarem o índice de poluição que saiam de suas
casas. A manutenção dos equipamentos, também
serviu para gerar mais emprego e renda.
Outros setores como o uso correto da água e do
saneamento básico adequado, a agricultura
baseada no esverdeamento da propriedade rural e o
turismo, fazem desta uma realidade animadora para
perspectivas futuras.
Conclusões
Até o momento o objetivo do trabalho foi alcançado,
uma vez que consegue mostrar que existem setores
da atividade econômica preocupados com a
preservação do meio ambiente, fortes na geração
de empregos e na inclusão social, em busca de um
desenvolvimento econômico sustentável.
Referências
MAJUMBER, A. Bangladesh’s rural poor tap the power of the
sun. International Herald Tribune, Bangladesh, ago. 2009.
Disponível em: <
http://www.greeneconomycoalition.org/glimpses/grameen-shaktibangladesh >. Acesso em: 12 mar. 2013.
PNUMA, OIT, OIE, CSI. Empregos Verdes: Trabalho Decente
em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono,
Brasília, 2009.
UNEP. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a
Erradicação da Pobreza: Síntese para Tomadores de Decisão.
GreenEconomy. Disponível em: <www.unep.org/greeneconomy>.
Acesso em: 10 nov. 2013.
WHO/UNICEF. Progress on sanitation and drinking-water –
2010 Update. Joint Monitoring Programme on Water Supply and
Sanitation entitled, ONU, 2010. Disponível em:
<http://www.who.int/water_sanitation_health/publications/978924
1563956/en/index.html>. Acesso em: 12 mar. 2013.
70
OFERTA E DEMANDA POR EDUCAÇÃO NO IFPB – CAMPUS
SOUSA
1
2
Frank W. A. Carvalho (1Professor do IFPB – Campus Sousa); Élida Ramalho da Silva ; Maria E.
3
4 2
da S. Oliveira ; Aline F. de Queiróz ( ,3,4Alunas do IFPB – Campus Sousa / Curso de Tecnologia de
Alimentos)
Introdução:.
Os índices de desenvolvimento humano
dos diversos países indicam o nível de
discrepância entre as condições de bemestar
das
populações
dos
países
desenvolvidos e a dos países em
desenvolvimento. Nos países menos
desenvolvidos, especificamente no caso do
Brasil, ressalta-se a grande concentração
de renda e os baixos investimentos em
setores como saúde, educação, habitação
dentre outros. De acordo com BECKER
(1990), o processo de crescimento de um
país está diretamente relacionado ao nível
de investimentos feitos em capital humano.
Considera-se, portanto, a relevância desta
Instituição para o município de Sousa e
para o Estado da Paraíba, tendo em vista a
grande vocação agropecuária dos mesmos
e a contribuição que a referida Instituição
tem dado às comunidades inseridas dentro
de sua área de abrangência. A revisão de
literatura permite constatar que poucos
trabalhos têm sido realizados até o
momento, à exceção de CARVALHO
(1999), que estudou o mercado de
educação na Escola Agrotécnica Federal
de Iguatu – CE, para identificar os aspectos
sociais e econômicos que influenciam a
procura e a oferta do ensino técnico de
nível médio no país, ou seja, que
identifiquem as variáveis que interferem
diretamente na estrutura desse mercado.
Se se leva em conta a grande semelhança
entre
as
Instituições
Federais,
os
resultados do estudo que se pretende
realizar no Instituto Federal da Paraíba –
Campus Sousa poderão ser úteis para
fundamentar
políticas
educacionais,
visando o melhor desempenho do ensino
técnico profissional no Brasil. Pretende-se,
neste estudo, identificar e estimar a oferta e
a demanda por educação técnica no
Instituto Federal da Paraíba – Campus
Sousa.
efetuar medidas de variáveis e agregados
econômicos;
estimar
parâmetros
pertencentes às relações constituídas pela
teoria econômica; formular hipóteses a
respeito do comportamento da realidade;
submeter à prova, com base na realidade,
teorias fornecidas pela economia; e
finalmente, construir novas teorias. O
modelo matemático proposto é de
equações simultâneas, pois, de acordo
com CRESPO (1997), as duas equações,
demanda
e
oferta,
determinam
simultaneamente
as
duas
variáveis
endógenas (número de vagas e taxa paga
pelo estudante). O Método dos mínimos
quadrados de 2 estágios (MQ2E), de
acordo com KOUTSOYANNIS (1977), é o
mais apropriado para sistemas de
equações simultâneas, sendo que este
método procura retirar da variável
endógena de determinada equação o
componente que está correlacionando o
termo perturbação.
Referências:.
BECKER, G. S. Human capital, fertility, and
economic growth, Journal of Political
Economy, The University of Chicago, v.98,
o
N 5, Chicago, 1990.
CARVALHO, F. W. A. Estrutura do
Mercado de Educação nas Escolas
Agrotécnicas Federais: o caso da Escola
Agrotécnica Federal de Iguatu – Ceará.
1999. 81f. Dissertação (Mestrado em
Economia Rural). Universidade Federal do
Ceará (UFC), Fortaleza-CE, 1999.
CRESPO, J. E. Q. Análise estrutural do
mercado de exportação do açúcar
brasileiro, Fortaleza, UFC/DEA, p.28-35,
1997. (Dissertação de Mestrado).
KOUTSOYANNIS,
A.
Theory
of
Econometrics:
an
introductory
º
exposition of econometric method, 2 Ed,
Harper & Row Publishers, 1977.
Agradecimentos:.
Metodologia:.
À orientação mensurativa
deste trabalho dá-se o nome de método
econométrico, que é um método de análise
quantitativa da economia, capaz de permitir
uma relação entre conhecimento teórico e
comportamento da realidade, objetivando:
Ao IFPB – Campus Sousa pela bolsa
concedida à estudante Élida Ramalho da
Silva como apoio para a realização do
presente trabalho.
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