O estudo de administrações de centros hípicos visando o emprego
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O estudo de administrações de centros hípicos visando o emprego
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO O ESTUDO DAS ADMINISTRAÇÕES DE CENTROS HÍPICOS, VISANDO O EMPREGO ESTRUTURAL NOS CENTROS HÍPICOS MILITARES TIAGO FERNANDEZ CARDOSO – 1º Ten Cav Rio de Janeiro 2010 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO O ESTUDO DAS ADMINISTRAÇÕES DE CENTROS HÍPICOS, VISANDO O EMPREGO ESTRUTURAL NOS CENTROS HÍPICOS MILITARES Tiago Fernandez Cardoso – 1º Ten Cav Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. Orientador Claudio Thompson Fernandes - Cap Cav( Pós-Graduado). Rio de Janeiro 2010 Cardoso, Tiago Fernandez Cardoso . O estudo das administrações de centros hípicos civis, visando o emprego estrutural nos centros hípicos militares./ Tiago Fernandez Cardoso – Rio de Janeiro, 2010. ---fl.; 29,7cm Monografia (Especialização em Equitação) – Escola de Equitação do Exército, 2010. Bibliografia: f.---1. Estudo das Hípicas Civis . 2. Estudo dos Centros Hípicos Militare. 3. Comparação entre as Hípicas Civis como os Centros Hípicos Militares. 4. Melhores modelos para os Centros Hípicos Militares. TIAGO FERNANDEZ CARDOSO – 1º Ten Cav O ESTUDO DAS ADMINISTRAÇÕES DE CENTROS HÍPICOS, VISANDO O EMPREGO ESTRUTURAL NOS CENTROS HÍPICOS MILITARES Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. Orientador: Claudio Thompson Fernandes - Cap Cav( Pós-Graduado). Aprovada em ___ de outubro de 2010 BANCA EXAMINADORA _____________________________________ - Cav _____________________________________ - Cav _____________________________________ - Cav AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, aos meus pais, por terem me incentivado a buscar a realização de um sonho, estar na EsEqEx. Ao Cel Soares por ter me incentivado quando recém chegado ao Regimento Andrade Neves a sempre estar montando, e ao Cel R/1 Paúra por me passar os conhecimentos necessários para que eu tivesse condições de cursar o presente ano letivo, por; Tendo, inclusive, deixado várias vezes seu interesse de lado para ajudar-me nos meus. Ao Cap Thompson, meu orientador, por ter mostrado quais eram os caminhos corretos a serem percorridos. Ao meu tio Gilson Ribeiro Cardoso, por ter colaborado com a minha monografia ao utilizar seu horário de descanso para visitar a Sociedade Hípica de Campinas, e colher informações importante para meu trabalho. Ao cavalo, animal pelo qual me fascinei e escolhi o presente tema, amigo e companheiro nas horas boas e ruins, animal que por um simples afago já se dá por conquistado. As minhas primeiras montadas que por força do destino já se foram, Coliseu e Hélade; E ao cavalo Guarani, com quem eu realmente aprendi a cuidar de um nobre amigo que precisa de atenção. RESUMO É de grande importância a manutenção de um elevado padrão de excelência gerencial nos centros hípicos militares, porém não é isso que se observa na maioria desses lugares. Há falta de pessoal com experiência nesse tipo de administração e falta de recursos, o que prejudica a busca por melhores condições de trabalho. Para que se possa verificar os erros e acertos cometidos pelos centros hípicos militares, ocorreu a idéia da realização de pesquisa em renomadas hípicas civis. Esse assunto merece atenção especial, pois sua aplicabilidade é grande, já que se verifica que muitas vezes as hípicas civis buscam soluções e criações inteligentes, não necessariamente de custo elevado. Portanto este trabalho busca, de forma objetiva e ilustrada, investigar aspectos peculiares a essa atividade e como empregá-los nos centros hípicos militares. Assim, um militar que venha assumir um centro hípico poderá com uma simples leitura deste documento adotar uma conduta para aperfeiçoar essa tarefa. Acredita-se que a colocação em prática desta monografia trará grandes benefícios para os centros hípicos militares, tanto para o bem-estar dos cavalos, quanto para os cavaleiros. O trabalho seguiu uma ordem simples e lógica, justamente para aquele militar que for colocar em prática essa atividade possa entender os conhecimentos expostos. Após a apresentação dos métodos de trabalho utilizados serão apresentadas as necessidades na estabulagem dos animais, abordando aspectos relativos a baias, necessidades de soltura, cocheiras e utilização das camas. O próximo passo demonstra quais pisos são ideais para o dia-dia do centro hípico e algumas necessidades gerais para a excelência desse local. Após isso, serão apresentados todos os aspectos veterinários, desde a apresentação das instalações, até sua aplicabilidade para a higidez dos animais. Em seguida são abordados os serviços gerais que devem ser prestados nos centros hípicos, pois sem eles se tornaria inviável a sustentação desses locais. Em todos os capítulos serão abordados exemplos retirados de hípicas civis, maior fonte de consulta do presente trabalho monográfico e razão de ser de sua realização. Além disso, buscou-se realizar pesquisa bibliográfica para embasar as hipóteses e afirmações esplanadas. Tudo isso, para que em futuro próximo nossos centros hípicos militares possam atingir um padrão de excelência em todos os aspectos dessa atividade. Palavras Chave: Centros Hípicos Militares – Centros Hípicos Militares Civis – Administração – Excelência Gerencial. RESUMEN Es de gran importancia el mantenimiento de un alto nivel de excelencia en la gestión de los centros de equitación militar, pero esto no es lo que se observa en la mayoría de estos lugares. La falta de personal con experiencia en este tipo de administración y la falta de recursos, es lo que dificulta la búsqueda de mejores condiciones de trabajo. Para poder determinar los aciertos y errores cometidos por los centros de equitación militares, ocurrió la idea de llevar a cabo investigaciones en centros de equitación civiles de renombre. Este problema merece una atención especial debido a su gran aplicabilidad ya que se verifica que las hípicas civiles utilizan recursos propios y creaciones inteligentes, no necesariamente de alto costo. Así, esto artículo pretende, de forma concisa e ilustrada verificar aspectos propios de esta actividad y cómo emplearlos en los centros de equitación militar. De esta forma, un militar que se llevar a un centro de equitación pueda con una simple lectura de este documento se adoptar una práctica para mejorar esta tarea. Se cree que la puesta en práctica de esta monografía se beneficiará enormemente los centros de equitación militar para el bienestar de los caballos y para los jinetes. El artículo siguió una orden simple y lógica, sólo para que el soldado que se ponga en práctica esta actividad pueda comprender los datos reflejados. Tras la presentación de los métodos de trabajo se presentarán las necesidades de estabulación de los animales, abordando cuestiones relativas a los puestos, las necesidades de liberación, los comederos y bebedores y el uso de camas. El siguiente paso demuestra cuales pisos son ideales para el díadía del centro ecuestre y algunas de las necesidades generales de la excelencia de este sitio. Después de eso, se mostrarán todos los aspectos veterinarios, desde la presentación de los locales hasta su aplicabilidad a la salubridad de los animales. Después nos centraremos en los servicios generales que se proporcionan en los centros de equitación, ya que sin ellos se convertiría en inviable apoyar estos locales. En todos los capítulos se examinarán ejemplos de centros de equitación civiles, la mayor fuente de consulta de esta monografía y la justificación de su realización. Además, se intentó llevar a cabo una investigación de la literatura para servir de base para las afirmaciones de esta investigación. Todo esto, para que en el futuro nuestros centros de equitación militar puedan alcanzar un nivel de excelencia en todos los aspectos de Palabras clave: Centros de Equitación MilitaresAdministración - Excelencia en la Gestión. esta actividad. Centros de Equitación Civiles- SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 9 2. MÉTODOS DE TRABALHO................................................................................. 11 3. ESTABULAGEM..................................................................................................... 12 /3.1 O Cavalo na Baia................................................................................................. 12 3.2 A Necessidade da Soltura..................................................................................... 15 3.3 As Cocheiras........................................................................................................ 16 3.4 As Camas.............................................................................................................. 18 4. O COTIDIANO NO CLUBE HÍPICO................................................................... 21 /4.1 Os Pisos Ideais..................................................................................................... 21 4.2 A Necessidade de Manutenção das Pistas............................................................ 24 4.3 Necessidades Gerais de um Centro Hípico........................................................... 25 5. O CONTROLE VETERINÁRIO........................................................................... 29 /5.1 A Seção Veterinária ............................................................................................ 29 5.2 A Ferradoria.......................................................................................................... 29 5.3 O Controle dos Vetores Causadores de Doenças................................................. 30 5.4 Estrumeiras e Serviços de Compostagem............................................................. 33 6. SERVIÇOS GERAIS.............................................................................................. 34 /6.1 Reservas............................................................................................................... 34 6.2 Dos Serviços de Apoio aos Centros Hípicos........................................................ 34 7. CONCLUSÃO.. ....................................................................................................... 36 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 37 9. ANEXOS................................................................................................................... 39 9 1. INTRODUÇÃO A existência dos cavalos se confunde com a dos seres humanos. Animais de beleza e porte físico sem igual na natureza, não há quem não se encante com uma manada de cavalos em liberdade, galopando pelos campos como se estivessem brincando como crianças e só houvesse eles no mundo. Equinos são animais herbívoros, de fuga, corredores e granívoros. Essas características fazem com que o cavalo em liberdade se torne um animal atento, de difícil contato com o homem, que busca suas necessidades orgânicas na vegetação por onde pasta. Apesar da dificuldade de aproximação com esses animais, alguns estudos comprovam que a humanidade busca o contato com os solípedes, fato que se explana na obra de Xenofonte, que da equitação, sendo escrita a 3 AC. Há mais de 3000 anos atrás surgiram as grandes guerras na Europa Ocidental, fato que chamou a atenção dos militares para uma possível utilização desses animais para a obtenção da superioridade no combate ao adversário. Surge assim, na Idade Média, a equitação militar, que necessitava da domesticação através da doma, fazendo com que os cavalos estivessem em condições de rapidamente serem empregados nas batalhas. Assim, os comandantes militares começaram a pensar em um modelo de estabular equinos em suas bases militares. Durante essas guerras percebia-se uma evolução cada vez maior dos cavalos em batalha, fator que se tornou preponderante para as vitórias dos exércitos. Na Inglaterra apareceu uma forma interessante de treinamento, a “caça a raposas”, competição em que os nobres ingleses e seus cavalos precisavam saltar troncos, riachos, pequenos barrancos e outros obstáculos que os caçadores encontravam ao longo das florestas. Essa prova tornase a primeira modalidade conhecida de hipismo, que na Europa foi amplamente praticada, fazendo com que os cavalos deixassem de ser somente animais de arado, de carga e de guerra, passando a ser também um atleta. O fato de o cavalo começar a ser visto como um animal de esporte fazia com que sua estabulagem se aproximasse com a de um cavalo solto a campo, para que sua alimentação, seus membros e sua mente estivessem em harmonia, gerando melhores resultados para os animais. Assim, iniciam-se a criação dos centros hípicos locais reservados para que os cavalos pudessem viver e treinar para as provas a que seriam submetidos. Dentro desse contexto, a equitação militar eleva-se em qualidade de instalações e no desempenho para os esportes hípicos. Nos séculos XVII e XVIII nascem as renomadas escolas do ramo, como Versalhes (1680), Cavalaria de Saumur (1834) e a famosa 10 Espanhola de Viena (1735). Os militares passam a dominar não somente a arte da guerra equestre, mas também a se especializar nas técnicas de trato e nas formas de estabulagem em centros hípicos, VÁRIOS AUTORES(1999). Os militares no Brasil também foram responsáveis por trazerem a equitação para o país, bem como para os centros hípicos. Isso ocorreu a partir de setembro de 1922 por intermédio da Missão Militar Francesa, que foi implantada para passar conhecimentos sobre a arte equestre para os militares brasileiros. Essa Missão foi iniciada pelo Comandante Gippon auxiliado pelo Cmt De Paul, oficiais que se tornaram de extrema importância para a formação dos conceitos a serem aplicados em um centro hípico, JOUSSEAUME(1946). Baseado em tudo que os militares sempre fizeram pela equitação, é de grande importância que os centros hípicos militares sejam modelos de excelência gerencial, que os valores já arraigados na criação de cavalos não se percam e que as tropas possam acompanhar os avanços do tempo e as tecnologias que gerem o máximo de bem- estar para os cavalos. 11 2. MÉTODOS DE TRABALHO Para que o trabalho pudesse se desenvolver dentro da proposta prevista, os seguinte métodos foram utilizados: observação, entrevistas e entrega de questionários para secretarias de hípicas civis e para comandantes de centros hípicos, e através de pesquisa bibliográfica para que se pudesse criar o embasamento teórico dessa monografia. As hípicas que foram pesquisadas com visitas e pesquisas bibliográficas foram: Sociedade Hípica Brasileira – RJ, Sociedade Hípica de Campinas- SP, Clube Hípico de Santo Amaro- SP, Centro Hípico da Pedra Branca- RJ, e Haras Pegasus- RJ. Os Centros Hípicos que foram pesquisados foram Curso de Cavalaria e Seção de Equitação da AMAN- RJ, Centro Hípico do Rio de Janeiro- RJ, 2º RCG, EsEqEx, Centro Hípico do 13º RCMec. Além disso, foram enviados questionários para diversas Hípicas Civis, e para os Chefes de Centros Hípicos Militares, bem como entrevistas a funcionários da Hípica de Santo Amaro, e da Sociedade Hípica Brasileira. Vale-se lembrar que as idéias que serão defendidas nos próximos capítulos da monografia fazem referência a um Centro Hípico Militar padrão que se busca alcançar, para que seja possível chegar a excelência gerencial, através do estudo das administrações das hípicas civis. 12 3. ESTABULAGEM 3.1 O CAVALO NA BAIA O cavalo, desde os primórdios da história mundial, principalmente ao longo das grandes guerras, sempre encantou o homem, levando-o a estabulá-lo. Logo, foram estudadas diversas formas para aproximar o cavalo do conforto proporcionado pela natureza, bem de proporcionar maior segurança dos animais e de seus proprietários, dificultando a probabilidade de roubo. Para esse modelo deu-se o nome de baia, uma forma retangular com cobertura e portão, que controla a entrada, a saída, o trabalho e o descanso dos animais, LAROUSSE (2006). Após séculos de existência e modificações, visando o aprimoramento do conforto dos animais, verifica-se que nos centros hípicos militares nem sempre essas baias seguem um padrão desejado, fruto muitas vezes da falta de conhecimento ou mesmo de estruturas antigas que são mantidas e por falta de meios não são modificadas. Visando que seja possível ocorrer uma aproximação dos modelos ideais, essa pesquisa começa relatando exatamente sobre isso, as baias, e como é a proposta do trabalho, faz-se necessário investigar como são essas baias em centros hípicos civis e militares e compará-los para que se possa traçar planos para desenvolver os centros hípicos militares. Comenta-se em livros como a Enciclopédia Larousse e diversos artigos da revista Horse Business que uma baia deve ter no mínimo 3 metros de largura por 3 metros de comprimento, com uma altura de 2,80 m, porém observa-se que em centros hípicos militares essas medidas diversas vezes não são respeitadas. Em conversa com um dos diretores de vila hípica foi relatado que a primeira coisa que alguém pensa em se associar na hípica observa é o tamanho das baias, seguido pelo seu estado de conservação, ventilação iluminação. Fig 1. Baia espaçosa do Clube Hípico de Santo Amaro – Fonte: o autor Sobre o último aspecto comentado, deve-se frisar a posição em que uma baia deve ficar para que possa tomar raios solares para poder produzir vitamina C, LAROUSSE (2006). Esse aspecto é bastante evidenciado no Clube Hípico de Santo Amaro, que possui tetos entre 13 os vãos de baias transparentes que permitem a entrada de luz solar. Essas são medidas que os centros hípicos militares poderiam melhor observar, não deixando que o sol bata nos lances mais ao centro do dispositivo. Outro aspecto negativo não observado por algumas organizações militares é o de possuir chão de paralelepípedos e sem uma leve inclinação, que contribui para o acúmulo de impurezas entre as frestas e dificulta o escorrimento da urina do animal. Esse tipo de piso não mais se vê em centros hípicos civis. Observa-se que na Escola de Equitação do Exército as instalações são mais modernas, sem erros em sua construção, com baias com leve inclinação, chãos lisos e ralos para o escoamento de água na entrada das baias, MENEZES (2006). Baias ventiladas também são extremamente importantes para que o cavalo viva sob condições amenas de temperatura. É preferível que um cavalo use capas de frio no inverno que utilizar baias que nos dias de forte calor o animal venha a transpirar e até mesmo dar coices na baia, pelo estresse causado pela alta temperatura. Assim, o ideal é que se planejem baias com frestas, janelas ou clarabóias posicionas no alto. Exemplos como esses são observados no Clube Hípico de Santo Amaro, na Hípica de Campinas e na Sociedade Hípica Brasileira, que além desses métodos de ventilação, também fazem ampla utilização do uso de ventiladores nos dias mais quentes, MENEZES (2006). Fig 2. Baia com janela da Sociedade Hípica Brasileira – Fonte: o autor É importante que exista uma ampla possibilidade de utilização de eletricidade nos lances de baias, algo que é muito pouco utilizado pelos militares em suas instalações, muitas vezes pela displicência em relação ao aspecto ventilação das baias. Deve - se lembrar que toda instalação elétrica dentro ou perto das baias tem de estar encapada e longe do alcance dos animais. 14 Fig 3. Ventilação através de instalação elétrica – Fonte: o autor Em Hípicas como o Clube Hípico Santo Amaro é possível ver construções em que os cavalos se comunicam diretamente ou através de grades entre as baias, diminuindo o estresse de baia, por eles não se sentirem tão aprisionados. Outra medida que pode ser utilizada para que o cavalo não se sinta tão aprisionado, não danifique a porta e não machuque seus membros inferiores é a colocação de ripas de madeira no vão do local do portão da baia quando esse estiver aberto. Esses tipos de construção foram encontrados em todos os centros hípicos civis pesquisados, fato que pode ser explicado por ser um modelo ideal considerado nos livros especializados sobre cavalos, como LAROUSSE (2006): “A porta de uma baia é composta por duas meias-portas sobrepostas, que funcionam como entrada quando as duas portas estão abertas ou como janela quando apenas a meia-porta superior está aberta. Salvo em caso de exceção (frio intenso, doença etc). Convém então proteger a borda superior da meia-porta de baixo com um ferro em U sem nenhum ângulo vivo. O papel desse tipo de arremate é evitar que o cavalo estrague a porta batendo ou esfregando o pescoço ou mordendo. E para que o animal não estrague a porta debaixo raspando o pé ou apoiando os joelhos”.. Logo, poderíamos deixar o portão aberto durante o dia e fechá-lo somente durante a noite, na hora em que o cavalo fosse descansar. Esses tipos de estabulagem dificilmente são encontrados em centros hípicos militares, porque dificilmente todos os meios estão disponíveis para confecção de portões desse tipo, porém a facilidade de confecção dessa baia não justifica a não existência dessas ripas. 15 Fig 4. Grades de comunicação entre os cavalos nas baias, e portão com duas portas e ripa de madeira. – Fonte: o autor Algo simples e muito pouco visto em hípicas militares é a colocação de argolas dentro da baia. Essa medida faz com que possa ser feito o trato controlado dos animais dentro da baia, bem como para realização de exames veterinários e tratamentos. Em hípicas civis, como a Sociedade Hípica de Campinas não foram encontradas baias sem essas argolas, pois todas estavam a uma média de 1,30m do chão, medida considerada ideal. É relevante lembrar que nenhum acessório que se coloque em uma baia machuque um cavalo, como pregos, arames ou pontas de madeira e ferros que estejam danificados. Assim, os centros hípicos militares devem evitar o improviso e estarem sempre prontos a realizar a manutenção de suas baias. 3.2 A NECESSIDADE DA SOLTURA Segundo LAROUSSE (2006) é sempre bom lembrar que o cavalo, sendo um animal de grandes espaços, vive numa baia como um prisioneiro dentro de uma cela. Se ficar confinado por muito tempo, pode adoecer ou tornar-se abatido. Não é a toa que ele fica feliz quando é solto, pois sente a necessidade de horizontes mais vastos do que as quatro paredes da baia e de exercitar músculos inativos por muito tempo. Assim ele se torna uma montaria difícil, quando não perigosa, se for mantido preso por muito tempo. Após pesquisa feita em hípicas civis, foi verificado um problema que aflige nossos centros hípicos que é a falta de área para realizar a soltura dos animais. Segundo o Sr Emílio, funcionário do Clube Hípico de Santo Amaro, para solucionar essa deficiência da falta de área de soltura a hípica interrompe suas atividades hípicas nos meses de dezembro, janeiro e 16 fevereiro e estabelece um rodízio de férias de seus funcionários e dos cavalos. Logo, os proprietários levam seus cavalos para as fazendas, sítios ou áreas especializadas para essas férias dos animais. A partir daí, os cavalos aproveitam para estabelecer laços com a natureza, a liberdade e a abundância dos pastos de qualidade. Apesar de não ser a forma ideal para a soltura dos cavalos, as férias dos animais é uma forma encontrada para garantir o bem estar dos eqüinos. Fig 5. Áreas de soltura do Haras Pegasus – Fonte: http://www.haraspegasus.com.br. Nos centros hípicos militares da Região Sudeste é possível destacar somente a AMAN, que com sua grande invernada e abundância de potreiros consegue fazer sua soltura diária dos animais. Já os demais centros hípicos não conseguem realizar a soltura pela falta de áreas livres. Infelizmente, torna-se inviável o deslocamento dos animais para áreas especiais de soltura em qualquer época do ano, devido à funcionalidade dos animais para o Exército, o que torna de extrema importância que os militares se esforcem na construção de áreas de soltura para os piquetes, permitindo aos animais o convívio, o exercício espontâneo e a sensação de pastoreio, mesmo que a grama rala precise ser suplementada com feno ou capineira. 3.3 AS COCHEIRAS Uns dos momentos mais importantes relacionados aos cuidados com o cavalo estão no momento do pagamento de ração, feno e da distribuição de água na baia em seus cochos. Se for levada à sua máxima simplicidade, a feitura de um cocho consiste basicamente na construção de um recipiente de concreto ou de plástico, colocando-o à disposição dos animais tanto na altura das espáduas, como no chão. 17 Outros aspectos devem ser levados em consideração nas cocheiras, que puderam ser observados em todos os centros hípicos civis estudados para a elaboração deste trabalho. Primeiramente, todos os centros hípicos tinham seus cochos de água e ração separados na baia para que os animais pudessem se movimentar sem sujarem nem molharem a água e a ração. Pequenos cuidados como esse evitam que os animais bebam água contaminada por restos de ração e que no caso de sobra desse produto os cavalos ingiram ração molhada, fermentada ou que venha provocar cólicas. Sempre que possível, como ocorre na Sociedade Hípica Brasileira, os cochos devem ser colocados na parede frontal da baia, para que se facilite a observação de quem está passando para verificar alterações com os animais. Outro aspecto observado, principalmente na Sociedade Hípica de Campinas, é a utilização de cochos móveis para a ração. Esse tipo de cocho facilita a limpeza desse recipiente, mantendo a higiene da baia. Outros tipos de cochos, principalmente os utilizados nos centros hípicos militares, são os de concreto. Esses dificultam a manutenção, pois não podem ser lavados, estando sujeitos a deteriorização do material de alvenaria e acúmulo de restos de ração em suas frestas, podendo vir a machucar a cabeça do cavalo. Em relação aos cochos de água, é muito importante que essa seja servida à vontade, fresca e limpa a todo o tempo na baia. Por isso algumas hípicas utilizam sistemas automáticos de bebedouros para a distribuição de água. O que chamou a atenção foi um sistema utilizado em parte das baias da Sociedade Hípica de Campinas, feito com o uso de vasos comunicantes. O primeiro sistema é o mais eficiente, porém a sua instalação e manutenção são consideradas muito caras para os centros hípicos militares. Logo, o sistema de vasos comunicantes torna-se muito interessante para ser colocado nas baias. No Regimento Andrade Neves - RJ, o sistema de vasos comunicantes foi implantado e segundo o Comandante do 2º Esquadrão Hipomóvel, Cap Lavarda, a melhora no fornecimento e manutenção dos cochos se tornou muito mais fácil e eficiente. Esse sistema deveria ser implantado nos centros hípicos militares, pois todas as baias teriam pontos de água, evitando que em algum momento haja cavalos desidratados. 18 Fig 6. Cochos de água automáticos – Fonte: o autor. Por fim podemos citar a utilização das manjedouras. Fato curioso é que a maioria dos centros hípicos não as possui, preferindo o pagamento de volumes em redes ou até mesmo no chão, o que distrai o cavalo. 3.4 AS CAMAS Numa baia é essencial que o cavalo disponha de uma cama quente e limpa para que haja conforto e isolamento e impeça que os seus cascos se deformem por estarem muito tempo numa superfície dura, OLIVEIRA (2010). Na escolha do material, o fator mais importante é o conforto e a segurança do animal. As outras considerações, como o custo, limpeza do cavalo e do material da cama devem ser vistos como secundárias. Apesar de os cavalos serem capazes de dormir em pé, muitas vezes eles gostam de se deitar. Senão houver 19 uma cama apropriada, prejudicará as articulações. Uma cama molhada torna-se fria e pode queimar a pele do animal. Apesar de o custo não ser o fator principal a ser observado, é sabido que uma cama de serragem de madeira branca pode sair muito cara. No Clube Hípico de Santo Amaro, Sociedade Hípica Brasileira é utilizado em abundância esse tipo de cama, porém o que foi observado e considerado interessante é a utilização no Clube Hípico de Santo Amaro de uma máquina de produzir serragem. Esse tipo de máquina existe na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), o que facilita a utilização de serragem na Academia, fazendo com que somente os cavalos de instrução fiquem sem cama, como relatou o 1º Ten Lemos, Chefe da Seção Hipomóvel do Curso de Cavalaria da AMAN. Outros tipos de cama podem ser utilizados como: palha de arroz, bagaço de cana, areia, cama de papel, e pavimentos sintéticos. Todos esses tipos possuem vantagens e desvantagens. Em seqüência, há uma descrição de cada um desses tipos, segundo LESCHONSKI (2000): - Bagaço de cana: não é muito usada entre as hípicas e haras de grande porte e possui uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem é que seu custo é baixo em comparação a outros materiais. Em contrapartida, sua conservação é difícil, principalmente no que diz respeito à limpeza e à eliminação dos restos, precisando muitas vezes ser usada na compostagem da própria hípica. - Palha de arroz: a palha de arroz tem as mesmas características do bagaço de cana, com a vantagem de ser mais fácil de limpar. - Areia: pode ser comparada pela facilidade do uso com a serragem, pois essa pode ser lavada e reutilizada. Além de preservar de forma saudável o casco dos cavalos, também não produz tanta amônia. É muito usada no Nordeste, mas nem sempre recomendada uma vez que em várias regiões sua origem sejam os bancos de areia naturais. - Papel: no Brasil não é freqüente, mas são encontrados jornais cortados em tiras, são relativamente baratos. Limpos são uma espécie de palha esterilizada, útil para cavalos alérgicos às palhas. Porém, quando molhados pela urina começam a se decompor e são invadidos por fungos. -Pavimentos sintéticos: muito comuns nos Estados Unidos, principalmente nos regimentos de polícia montada, na forma de placas de borracha. Esse é um tipo de material que só há pouco tempo está presente nos estábulos brasileiros. Pavimentos resistentes têm 20 pouca necessidade de reposição e possuem a vantagem de serem fáceis de limpar. Porém acumulam umidade o que causa problemas aos cascos, como dermatites de contato. Por conta disso, muitos criadores optam por colocar serragem ou outro tipo de material por cima do piso. Devido aos custos, os militares deixam todos seus cavalos com cama, buscando alternativas, como já realizado no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado (13º RCMec), onde se utiliza o bagaço de cana, devido à abundância do material na região em todas as baias de seu Centro Hípico. Outra medida que poderia ser tomada pelos militares é a aquisição de uma máquina de picotar papel, que seria uma boa alternativa em caso de falta de dinheiro. Apesar de não ser o modo ideal, ajudaria para que todos os animais tivessem direito a cama, já que todas as Hípicas civis pesquisadas dão prioridade a serragem branca. 21 4. O COTIDIANO NO CLUBE HÍPICO 4.1. OS PISOS IDEAIS Neste capítulo será abordado um assunto de grande relevância, que é o tipo de piso para cada tipo de atividade. Assim, serão abordados os pisos ideais desde a saída do cavalo da baia, com a passagem pelo trabalho, até o momento em que esse vai para o merecido banho. Vale a pena frisar que as hípicas civis buscam a excelência nesses aspectos por intermédio de suas próprias administrações, já que isso foge do controle do proprietário tendo em vista que é de responsabilidade única desses estabelecimentos a aquisição e manutenção de serviços de alta qualidade. A colocação de ferraduras nos cascos dos animais é feita por material basicamente metálico. Algo considerado muito interessante foi verificado no Clube Hípico de Santo Amaro, quando foi observado a utilização de pavimentos sintéticos, pisos emborrachados desde a porta da baia até a saída do lance dessas. Em questionamento feito para um dos tratadores do Clube Hípico de Santo Amaro, o Sr Sebastião Pereira, que trabalha em um mesmo lance de baias há 13 anos, esse material emborrachado está no mesmo local há pelo menos 4 anos, o que comprova a durabilidade desse tipo de animal. Quando perguntado a ele sobre a importância desse tipo de material, respondeu que antes de ser colocado viu cavalos saírem nervosos de dentro da baia e escorregar, causando ferimentos. Relatou também que cavalos árdegos quando palanqueados do lado de fora da baia tendem a querer estancar o bussal. Esse piso emborrachado diminui o desespero do animal, o que faz com que ele se acalme rapidamente. Nos centros hípicos militares não é encontrado esse tipo de material na saída das baias. Motivo para isso é seu alto custo, cerca de R$ 30,00/m2, pela empresa Cype Ingenieros 2010, porém se for contabilizado a durabilidade do emborrachado, é possível pensar que haverá economia em outros setores, como aumento da vida útil da ferradura (desgastando menos o casco e poupando as articulações) e a possibilidade da diminuição de lesões (o que traria economia com o uso de medicamentos veterinários). Assim, seria de grande valia que os centros hípicos atentassem para a aquisição desses pavimentos, o que seria um salto de qualidade no trato dos animais. Comentando um pouco mais sobre esses pisos emborrachados, dentro da mesma teoria já citada, cabe lembrar a importância desse material em uma ferradoria, nas baias- tanques (local do banho) e seções veterinárias. Nesses locais aumenta-se a periculosidade, devido o manejo invasivo dos cavalos, que podem se assustar. Nesses casos, um piso emborrachado contribui para aumentar a segurança dos equinos. 22 Em alguns lugares, como na EsEqEx e na AMAN esses pisos já são utilizados nesses locais, restando somente estendê-lo para a frente das baias. Porém, em outros centros hípicos militares esse material é inexistente, mas deveria ser adquirido para que problemas não venham a ocorrer, ameaçando a saúde dos animais. Fig 7. Pavimentos sintéticos na frente das baias – Fonte: o autor. Outros pisos de vital importância são os de trabalho. Existem basicamente dois tipos de piso para esse tipo de atividade, que são os de areia e os de grama. Porém esses dois tipos devem ser destrinchados, pois a aquisição do material correto e a manutenção dessas pistas poderão evitar problemas futuros para a saúde dos animais. Ao se falar sobre uma pista de salto de areia ou grama, não se deve esquecer que ela deve ser fofa, sem pedras, cascalhos ou sujeiras, MOREIRA(2004). Outra medida que não pode ser esquecida é a funcionalidade do sistema de drenagem da pista para que não ocorra um fato semelhante ao de 2009, no Centro Hípico do 13º RCMec- Pirassununga, durante o Concurso Anhanguera, quando dois dias de chuvas fizeram com que a pista de salto se transformasse em uma grande poça de água, prejudicando os sistemas de irrigação e as pistas cobertas. Segundo MOREIRA (2004) uma pista de areia deve ser cercada, onde o sistema de drenagem segue a regra do piso de terra batida com filtros, ou seja, a camada mais profunda deve ser de britas, seguida por uma camada de carvão vegetal e por cima desta a camada de tela plástica, para quando for jogada a areia por cima, esta não irá causar entupimento do sistema. O sistema de drenagem para esta é o de “espinha de peixe” e o ideal é que seja limpo 23 a cada 10 anos, uma vez que será necessária a interdição da pista por aproximadamente 2 a 3 meses ou até que esteja em boas condições de drenagem. Sua vantagem está em ser de fácil manutenção e conservação. Após esse exemplo ocorrido no 13º RCMec é também possível citar um exemplo ocorrido na Sociedade Hípica Brasileira, que sediou o Concurso Internacional Athina Onassis, em 2009, onde as fortes chuvas da época prejudicaram muito a pista de salto, mostrando uma deficiência em sua drenagem. Por ser uma um Grande Centro Hípico, obras foram realizadas na pista para que em 2010 esse problema não viesse a prejudicar o decorrer dessa competição. Os Jogos Pan-Americanos realizados em 2007 trouxeram grande benefício para o 2º RCG, pois foram realizadas grandes obras em seu Centro Equestre e foram feitas pistas do mais alto padrão, incluindo pisos de fibra de poliéster, caulim e areia na sua parte superficial. Esse piso especial e de exigência internacional é inviável para todos os centros hípicos militares sirvam de exemplo, já que todos os pisos de uma hípica civil são feitos com os máximos detalhes, escolhendo tipos de areia que absorvam bem a umidade, reduzindo a poeira e dificultando a compactação. Fig 8. Piso de fibra de poliéster, caulim e areia – Fonte: o autor. A pista de grama também deve possuir um sistema de drenagem idêntico ao da pista de areia. Sua superfície somente muda colocando-se terra preta e grama por cima, ao invés de areia. Sua vantagem está em ser uma pista de piso tradicional, devendo ser mais leve ao pisoteio do cavalo. No Clube Hípico de Santo Amaro a pista utilizada é de tifton 419, grama ideal para esse tipo de piso, MENEZES (2002). Um problema muito comum em pisos de grama que a Sociedade Hípica de Campinas conseguiu combater foi o fato de que em períodos sem chuvas o piso se tornava muito duro. 24 Assim foi colocada areia fina sobre toda área da pista, o que a tornou mais macia diminuindo o número de afecções nos cascos dos animais que ali trabalhavam e os problemas nas articulações. Portanto, essa é uma medida barata que poderia ser implantada pelos centros hípicos militares, elevando em muito o padrão de trabalho dos cavalos do Exército, pois o piso ideal faz com que o cavalo fique mais concentrado, reduzindo a possibilidade de o cavalo sentir algum tipo de dor. 4.2 A NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DAS PISTAS Esse item trata exclusivamente da manutenção das pistas, tanto de sua irrigação como na conservação dos pisos por meio de maquinário. Uma manutenção preventiva e diária das pistas evita que essas se danifiquem que haja perda de material pelos ventos e que ocorra a incidência de irregularidades, como a formação de rampas ou até mesmo que o piso venha a ficar fofo demais prejudicando as articulações dos cavalos. Após pesquisas realizadas em hípicas civis, pode ser verificado que elas possuem sistemas automatizados de irrigação. Clubes Hípicos de Santo Amaro possuem um sistema de irrigação antigo, porém a preocupação com o tipo de material que foi usado faz com que sua durabilidade seja extensa. O material utilizado pelo 2º RCG inicialmente parecia ser de grande qualidade, porém os diversos vazamentos e canos estourados durante os anos de 2008 e 2009 mostraram que o sistema de irrigação possuía diversas falhas. Por isso, é possível afirmar que é mais importante que se busque formas eficientes e duradouras de irrigação do que grandes tecnologias que deterioram com o tempo. Em relação ao maquinário, deve-se relatar que todos os centros hípicos possuem trator para que seja passado com uma prancha à retaguarda, em todas as pistas, diariamente. Esse procedimento faz com que a pista esteja sem buracos e que ele possa redistribuir a areia que por algum motivo acumulou em algum ponto da pista. Na maioria dos centros hípicos existem tratores aptos a realizar essa atividade, porém a gama de eventos das unidades dificulta a utilização desse material, principalmente por causa da falta de manutenção. Outro veículo de grande importância que nem mesmo as hípicas civis possuem rolos compressores que servem para compactar a areia das pistas para que ela não fique muito fofa. A Sociedade Hípica Brasileira e a de Campinas, segundo resposta dos questionários, alugam esse material para as competições. Para os centros hípicos militares o pedido de cooperação pode ser feito para as unidades de Engenharia, que possuem rolos compressores, o que reduziria o custo das unidades e manteria as pistas em elevado estado de conservação. 25 Semanalmente, nas Hípicas civis ocorre a manutenção das canaletas que devem cercar as pistas para que o escoamento da água ocorra de forma contínua e impeça o acúmulo de água na pista e impeça a perda de material dentro das canaletas. 4.3 NECESSIDADES GERAIS DE UM CENTRO HÍPICO Nos item anterior foi abordado especificamente sobre a necessidade de manutenção das pistas. Agora, as necessidades gerais para que um centro hípico possa funcionar com todas as suas atribuições pré-estabelecidas serão esplanadas de forma que os centros hípicos militares possam se aproximar ao máximo das hípicas civis. Durante pesquisas realizadas nos centros hípicos civis, alguns aspectos foram reparados. Alguns aspectos devem ser considerados: - Redondel: necessário para o trabalho de baixo com cavalos, todo centro hípico deve ter um ou mais redondéis para que os animais não precisem ser rodados nas pistas e venham a danificá-las. Na Sociedade Hípica Brasileira e no Clube Hípico de Santo Amaro existem locais cobertos para a realização desse tipo de atividade. Nessa primeira hípica citada os tetos desses redondéis são de palha, medida simples que poderia ser adotada pelos centros hípicos militares. Outro tipo de redondel interessante encontrado é o conhecido como andador de cavalos. Esse tipo de instrumento também pode ser encontrado na EsEqEx, porém o que os difere é a cobertura existente nos andadores das hípicas civis, devido ao aumento e a conservação dos equipamentos eletrônicos. Fig 9 . Redondel automático e Redondel tipo Tapiri– Fonte: o autor. - Palanques para Cavalos: essencial para o trato dos cavalos, diversos são os tipos de palanques observados nas hípicas civis; o que foi observado é que mesmo em espaços pequenos, sem possibilidade de colocar palanques grandes, eles são postos para facilitar a 26 vida de tratadores e cavaleiros. Mais importante que uma forma específica de um palanque é adaptá-lo ao determinado local de trabalho. Fig 10. Exemplos de palanques para amarração de cavalos– Fonte: o autor. - Locais de Banho: importantes em qualquer hípica, eles podem ser simples desde que tenham boas duchas e que as mangueiras não ofereçam perigo para os animais se machucarem ou estragá-las, principalmente que possuam pisos de borracha para que os cavalos não venham escorregar durante o banho. Fig 11. Local de banho com piso emborrachado e mangueiras resistentes Fonte: o autor. - Embarcadouro: esse tipo de local é necessário para que os caminhões sem rampas ou que as rampas fiquem muito íngremes possam realizar o transporte de animais. 27 - Lixeiras: um fato observado em todas as hípicas civis estudadas é a excessiva presença de lixeiras em seus estabelecimentos, sejam elas de seleta coletivas ou normais; isso comprova que em todo lugar de elevado nível deve priorizar a boa organização e a limpeza. Esse modelo ainda infelizmente não ocorre nos centros hípicos militares. Faltam grandes lixeiras, e o que ocorre é que em grandes eventos ou até mesmo no dia-dia é possível encontrar muito lixo espalhado pelos centros hípicos, o que é prejudicial para cavalos e seres humanos, devido a doenças que a falta dessas pode trazer. Fig 12. Lixeiras espalhadas pelo centro hípico - Fonte: o autor. - Material de Pista: como todo centro hípico civil, os centros hípicos militares devem se preocupar em ter todo o material necessário para a realização de provas de salto, adestramento e CCE e mantê-los em condições de uso. Tudo que puder ser aproveitado para facilitar o transporte desse material deve ser utilizado, como por exemplo, um reboque para transporte utilizado no Clube Hípico de Santo Amaro. Fig 13. Reboque para carregar material de pista - Fonte: o autor. 28 - Casa de Obstáculos: infelizmente alguns centros hípicos militares ainda perceberam a importância da existência desse tipo de local; na Sociedade Hípica Brasileira, um grande galpão serve para guardar e conservar principalmente o material de prova; esse tipo de local pode ser muito simples e por isso é possível considerá-lo um local fácil de construir, empregando militares. Fig 14. Modelo de casa de obstáculos - Fonte: o autor. 29 5. O CONTROLE VETERINÁRIO 5.1 A SEÇÃO VETERINÁRIA. Todo centro hípico precisa de uma seção veterinária bem estruturada, com veterinários competentes, para que todos os cuidados com a prevenção, controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além do controle da alimentação dos cavalos. Assim, durante pesquisa realizada nos centros hípicos foi possível verificar a grande preocupação que as hípicas possuem relacionadas às medidas veterinárias. Como exemplo da busca pela excelência nessas seções, considero a utilização de pisos emborrachados em toda a seção, fato que acontece na EsEqEx e locais dentro do centro hípico que trabalhem com materiais veterinários e farmácias veterinárias, como ocorre no Clube Hípico de Santo Amaro. Outro elemento muito interessante que foi visto no Clube Hípico de Santo Amaro é a utilização de bretes com tábuas acolchoadas de proteção entre os vão, evitando que algum cavalo mais árdego venha a se machucar por colocar um dos membros entre esses vãos. Por fim o último aspecto a ser explorado é bastante empregado nos centros hípicos militares, como a utilização de baias específicas para cavalos que estejam em tratamento veterinário, que devem ficar sob observação. Esse aspecto veterinário é muito abrangente, vai além de tratar os animais, pois deve também cuidar para que os cavalos estejam sempre bem ferrados; que o centro hípico esteja o máximo afastado dos vetores causadores de doenças e que possam cuidar das estrumeiras e dos serviços de compostagem. Fig 15. Brete com tábuas nas laterais, ideal para proteção dos cavalos - Fonte: o autor. 5.2 A FERRADORIA 30 Segundo MOREIRA (2004) este é um cuidado muito importante com o qual devemos sempre nos preocupar. Para o cavalo um dos piores problemas que pode acontecer provém da má colocação de ferraduras, podendo causar danos irreparáveis para o cavalo e para o criador. Muito poderia ser dito, mas esse trabalho vai atentar para como funciona e o que é necessário ter em um centro hípico militar. Primeiramente, um fato que deve ser observado é o tamanho de uma ferradoria, pois estando localizada em uma área pequena, pode ocorrer que em algum momento do processo de ferragem algum cavalo se estresse, levando perigo para outros animais e para os próprios ferradores e tratadores que estejam auxiliando. Em Hípicas como as de Campinas e o Clube Hípico de Santo Amaro, as ferradorias ficam localizadas em grandes galpões. Mais um ponto a ser observado é a necessidade de pavimentos sintéticos nas ferradorias, para evitar que algum descontrole de um animal facilite que ele escorregue e caia no chão, machucando-o. É interessante também que sejam colocados troncos isolados na ferradoria a fim de que cavalos que não deixam ser ferrados facilmente possam ser amarrados nesses troncos, como os utilizados nas hípicas civis. Esses troncos são muito empregados por essas hípicas devido ao elevado número de garanhões existentes nesses locais. Fig 16. Tronco para contenção dos animais, ideal para ferrar cavalos árdegos - Fonte: o autor. 5.3 O CONTROLE DOS VETORES CAUSADORES DE DOENÇAS Nesse item será abordado como é feito o controle de vetores causadores de doenças como o controle de moscas, ratos e pombos. “Hoje, mais do que nunca, se evidenciam os cuidados que o homem deve ter com as questões de meio ambiente”. CANTO (2000) 31 As moscas transmitem inúmeras doenças e sua proliferação pode ser evitada através de medidas simples. O objetivo é alertar os centros hípicos militares para a necessidade de adotar algumas medidas sanitárias que possam interferir positivamente na administração preventiva dos resíduos nesses centros. A primeira medida adotada em centro hípico civis, como o Haras Pegasus trata do controle da mistura esterco, urina e a cama do cavalo. É de grande importância que a retirada desse material seja retirado e feito de forma correta, inviabilizando a formação das larvas. Esse controle em alguns centros hípicos militares já possui grande eficiência, como na EsEqEx. Mais uma vez, a limpeza das instalações é primordial para o sucesso de uma hípica. Essa limpeza, que inclui o piso das baias, corredores e imediações serve para evitar o acúmulo de cama úmida, esterco ou até mesmo ração. Assim, seria uma forte medida para afastar as moscas dos estábulos. Apesar de todos os esforços, com a limpeza e controle da mistura estrume, urina e cama, a presença de cavalos bem como o calor atrai as moscas. Logo um exemplo eficiente utilizado no Clube Hípico de Santo Amaro é a utilização de armadilhas para esses insetos. Essas armadilhas além de eficientes são ecológicas não levando nenhum risco para a saúde dos animais. Essa seria uma medida barata e eficiente para ser colocada em prática nos centros hípicos militares. Fig 17. Armadilhas para as moscas - Fonte: o autor. Os ratos compreendem um grupo de mais de três mil espécies ao redor do mundo. Todas convivem com os seres humanos. A identificação da espécie é muito importante para a escolha correta dos métodos de controle e do raticida empregado GONÇALVES (2000). 32 Por possuírem hábitos noturnos, os ratos muitas vezes não são percebidos durante as atividades diárias. Mas é possível perceber o estrago que fazem durante a noite se for feita uma verificação diária nos depósitos de ração. Para que as hípicas possam controlar essa praga algumas medidas são tomadas nesses estabelecimentos. Como foi observado na Sociedade Hípica Brasileira, primeiramente o local deve se mantido limpo, sem entulhos aglomerações de material e sempre higienizado. É necessário que a ração nos depósitos esteja sobre estrados e que esses estrados sobre tambores para dificultar o acesso desses animais e cobrir a ração com lona. Pode-se também armazenar esse material em pequenas reservas de aço, material que os ratos não conseguem roer para chegar até os grãos. Outra medida interessante observada em todas as hípicas é a presença de inúmeros gatos, que ajudam a controlar a presença de ratos no centro hípico. Esse tipo de medida já é utilizada na EsEqEx e seria muito bom se todos os centros hípicos militares adotassem a presença desses animais. Fig 18. Presença de inúmeros gatos nas hípicas - Fonte: o autor. Os pombos vivem em quase todos os tipos de ambientes, especialmente onde vive o homem. Eles se alimentam de grãos, sementes e de alimentos fornecidos pelo homem. Por motivo da grande presença de grãos nas hípicas, esse controle é muito difícil de fazer, pois esses sempre voltariam para conseguir mais grãos. Exemplifica-se o Clube Hípico de Santo Amaro, onde foram colocados fios de "nylon” esticados presos por ganchos nas bordas laterais das paredes que circundam o lance de baias. Estes fios ficam a uma altura suficiente para que esses animais não consigam chegar 33 perto dos cochos com uma angulação, pois pombos não gostam de pousar em superfícies inclinadas. Fig 19. Modo ideal de utilização dos fios de nylon - Fonte: o autor. 5.4 ESTRUMEIRAS E SERVIÇOS DE COMPOSTAGEM Nesse subitem será abordado o aspecto relativo ao que fazer com o estrume e camas que já não estão em boas condições. Após pesquisa realizada em hípicas civis e centros hípicos militares foi verificado que a utilização de estrumeiras para depósito desse material ainda é o mais utilizado. Segundo OLIVEIRA (2008), no sistema de estrumeiras, os dejetos são amontoados em uma construção, geralmente fechada por todos os lados e com apenas uma entrada pequena para que possam ser despejados os dejetos, sem nenhum tipo de tratamento, causando mau cheiro pela liberação de gases, ficando nesse local até que sua capacidade esteja quase completa, ficando disponibilizados aos interessados na sua apanha. Apesar de ser o método utilizado por hípicas civis, uma forma ecologicamente correta, simples e sem impacto ambiental é o serviço de compostagem, que ainda pode gerar recursos para o centro hípico. Por herança dos Jogos Pan-Americanos de 2007, a EsEqEx adquiriu esse tipo de serviço, pioneiro no Exército Brasileiro, que segue padrões internacionais de grandes hípicas e de fácil implantação. 34 6. SERVIÇOS GERAIS 6.1 DEPENDÊNCIAS Nos centros hípicos civis pesquisados foi observado que algumas dependências são necessárias. A primeira a ser citada é a necessidade de um escritório, que segundo MOREIRA (2004) é fundamental no centro hípico para planejamento e organização das atividades de atendimento, acertos de contas, telefonemas, enfim, tudo o que seja relacionado às atividades administrativas e organizacionais de um centro. Outro ponto que é muito forte nas Hípicas civis sãos os quartos de cela. Algo inclusive que é muito valorizado na Sociedade Hípica Brasileira, por falta de espaço no Clube Hípico de Santo Amaro existem grandes quartos de cela, onde um coartilheiro toma conta de todo material de diversos cavaleiros ali presentes. Em locais como o 2º RCG a falta dessas reservas de material é iminente, pois não é compatível com o número de baias existente. Por isso, inclusive, esses grandes quartos de cela seriam uma boa solução imediata para esse problema. Fig 20. Quartos de sela pequenos, porém bem aproveitados - Fonte: <http: //www.haraspegasus.com.br>. . Para que os freqüentadores das hípicas tenham grande conforto em suas atividades elas possuem vestiários e banheiros modernos e equipados. Esse é um aspecto que os centros militares ainda se apresentam sujos e sem manutenção. Por fim, a utilização de arquibancadas em volta das pistas faz com que provas possam ser realizadas, contribuindo para a presença de público nos centros hípicos. 6.2 DOS SERVIÇOS DE APOIO AOS CENTROS HÍPICOS Muitas das necessidades de serviços de apoio já foram citadas durante este trabalho. Outras ainda não foram exemplificadas. Primeiramente falaremos do pessoal que deve ser empregado. Em Hípicas civis existem funcionários contratados para realizar os trabalhos 35 diários da Hípica, que incluem pessoas responsáveis por limpar as baias e retirar material para o local da compostagem. Fato interessante foi observado no Clube Hípico de Santo Amaro, com a utilização de muares com simples carroças reduzindo o esforço diminuindo o esforço dos funcionários. Essa seria uma boa solução para os centros hípicos, pois pouparia o reduzido pessoal do Exército destinado a esse fim, principalmente aqueles empregados nesses centros. Fig 21. Utilização de muares para os serviços gerais das hípicas - Fonte: o autor. Outro aspecto importante é que dentro do pessoal da pista existam elementos especializados na realização de serviços de carpintaria, inclusive com todo o maquinário necessário. Esse tipo de trabalho é muito utilizado na Sociedade Hípica de Campinas e no Clube Hípico de Santo Amaro. Fig 22. Serviço de carpintaria ideal - Fonte: o autor. 36 7. CONCLUSÃO Durante muito tempo a equitação foi um esporte em que os militares possuíam os melhores cavalos, cavaleiros e instalações. Porém a moto-mecanização da Cavalaria fez com que a tropa hipomóvel diminuísse em grande escala essa atividade no âmbito Exército Brasileiro. Enquanto isso, a sociedade civil se aproximou muito dos esportes equestres, levando-a ao profissionalismo. Assim, muitos dos centros hípicos militares que eram referência em excelência gerencial se tornaram ultrapassados, de forma que não se observa mais o máximo de aproveitamento das possibilidades desses locais. Em contrapartida, as hípicas civis se modernizaram e se tornaram os melhores locais para se alojar cavalos em centros urbanos. Apesar de o número de tropas hipomóveis haver diminuído, sua importância segue inquestionável dentro da Força Terrestre. Por isso, este trabalho teve como objetivo fazer com que os comandantes de organizações militares e de centros hípicos militares atentem para a excelência gerencial em suas administrações. Este trabalho visa uma padronização futura para os centros hípicos do Exército para que toda a Força esteja alinhada em um pensamento: o bem-estar dos cavalos, o máximo aproveitamento dos recursos humanos e materiais e a busca pela auto-suficiência dos centros hípicos. Dessa forma, este trabalho levantou que os centros hípicos militares não possuem uma padronização em suas administrações, pois ainda estão deficientes em diversos pontos que foram abordados nesta Monografia. Logo é possível concluir que é procedente realizar uma comparação entre as hípicas civis e os centros hípicos militares, pois essas organizações civis na maioria das vezes utilizam idéias modernas ainda não acessíveis pela maioria das organizações militares do Exército Brasileiro. 37 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUSATO, A. A cama de seu cavalo. Hipismo Brasil. Disponível em:<http:www.hipismobrasil.com.br>. Acesso em 25 de ago. 2010. CANTO, J, I. Controle biológico de moscas. Horse Business. Ed 60. 36-38p. 2000. CENTRO HÍPICO DA PEDRA BRANCA. Site do Centro Hípico da Pedra Branca. Disponível em <http: //www.centrohipicodapedrabranca.com.br>. Acesso em 15 de ago. 2010. CHELMINSKI, L, V. Os centros hípicos. Rio de Janeiro. 19p, 2003. FALLANTE, H. 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MINISTÉRIO DA DEFESA. Lei 6.880 de 09/12/1980. Estatuto dos militares. Brasília. 58p. 1980. MOREIRA, F, S. A organização dos centros hípicos militares do Brasil. Rio de Janeiro. 55p, 2004. OLIVEIRA, F. P. M. de; HUNZIKER, R; LESCHONSKI, C. Já pro banho. Horse Business. Ed 63. 34-35p, 2000. OLIVEIRA, R, B, de. A utilização do sistema de compostagem nas Unidades do Exército Brasileiro. Rio de Janeiro. 28p, 2008. 38 OLIVEIRA, T. A cama do cavalo. Mundo dos Animais. Disponível em: <http: //www.mundodosanimais.com.br>. Acesso em 25 de ago 2010. PACCOLA, W. Urgente! Horse Business. Ed 64. 36-39p, 2000. PREÇO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL SINTÉTICO. CYPE INGENIEROS. Disponível em<http: //www.farogeradordeprecos.info>. Acesso em 15 de Ago 2010. PRIETO, R. Hora do banho. Horse Business. V.02, n. 8. 40-46p, 1994. STABILE, M. Cavalo livre X cavalo confinado. Horse Business. Ed 56. 34-36p, 1999. TAVARES, A, P. Escola de Equitação do Exército, uma nova visão organizacional. Rio de Janeiro. 120p. 2006. VARIOS AUTORES. Centre Sportif D’equitation Militaire. Armee de Terre. Fontainebleau. 18p,1999. VARIOS AUTORES. Larousse dos cavalos. Larousse do Brasil. São Paulo. 287p, 2006. 39 ANEXO A QUESTIONÁRIO ACERCA DO ESTUDO ESTRUTURAL DOS CENTROS HÍPICOS CIVIS, VISANDO O EMPREGO NOS CENTROS HÍPICOS MILITARES, PARA AS HÍPICAS CIVIS O presente documento tem por finalidade verificar quais são os procedimentos utilizados pelos centros hípicos civis no que diz respeito as suas estruturas, para que as possibilidades de implementação e melhoramentos estruturais nos centros hípicos militares. Nome do entrevistado: Nome do Centro Hípico: Função que desempenha na ocasião: 1. Como são gerados os recursos para a manutenção e modernização freqüente do centro hípico? 2. Quais são os aspectos considerados mais importante para que o cavalo se sinta com o máximo conforto ? 3. Sua hípica utiliza muares para serviços gerais?Se sim, como são utilizados e como são feitas as suas domas. 4. Existe um padronização entre os diferente lances de baias? 5. Como funciona o serviço de veterinária e ferradoria? 6. A cama para os cavalos é obrigatória?Existe uma cama padrão? 7. Qual a preocupação da hípica para com suas pistas? 8. Qual a preocupação da hípica para com os cochos ? 9. São utilizados pisos emborrachados na hípica?porque? 10. Qual a preocupação da hípica para com o controle de vetores? 11. Como funcionam os serviços gerais da hípica? 40 ANEXO B QUESTIONÁRIO ACERCA DO ESTUDO ESTRUTURAL DOS CENTROS HÍPICOS CIVIS, VISANDO O EMPREGO NOS CENTROS HÍPICOS MILITARES, PARA OS CHEFES DE CENTRO HÍPICOS MILITARES O presente documento tem por finalidade verificar quais são os procedimentos e as dificuldades que ocorrem nos Centros Hípicos Militares. Nome do entrevistado: Nome do Centro Hípico: Função que desempenha: 1. Como são gerados os recursos para a manutenção e modernização freqüente do centro hípico? 2. Quais são os aspectos considerados mais importantes para que o cavalo se sinta com o máximo conforto? 3. Quais são as maiores dificuldades que ocorrem no Centro Hípico? 4. Existe uma padronização de procedimentos entre os diferentes lances de baias? 5. Como funciona o serviço de veterinária e ferradoria? 6. A cama para os cavalos é obrigatória? Existe uma cama padrão? 7. Qual a preocupação para com suas pistas? 8. Qual a preocupação para com os cochos? 9. São utilizados pisos emborrachados no centro hípico? Por quê? 10. Qual a preocupação da hípica para com o controle de vetores? 11. Como funcionam os serviços gerais do Centro Hípico?