manual vestuario 2 - Prosafe | Medicina e Segurança no Trabalho

Transcrição

manual vestuario 2 - Prosafe | Medicina e Segurança no Trabalho
Parte II
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
7
Empresa Modelo – Indústria do
Vestuário Roupa Feliz
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é uma empresa fictícia, composta por 95 funcionários e foi estruturada com base em dados reais. Apresenta modelos da CIPA (Capítulo
8), Mapa de Risco (Capítulo 9), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (Capítulo 10), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (Capítulo 11).
Conforme disposto na NR-28, é de responsabilidade do empregador a implantação destes
programas em sua empresa, estando ciente que podem ocorrer variações dos modelos
apresentados em decorrência de diferenças no processo produtivo, nas instalações, no número de funcionários, entre outras.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
8
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA)
8.1. Introdução
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), visa a segurança e saúde do trabalhador no seu ambiente laboral. A CIPA surgiu por recomendação da OIT no ano de 1921
e tornou-se uma determinação legal no Brasil adequando-se a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT instituída em 1943 no artigo 63. A CIPA é descrita pela NR-05 através da Portaria 3214 de 08 de junho de 1978, atualmente revisada pela Portaria 08 de 23 de fevereiro de 1999, retificada em 12 de julho de 1999.
8.2. Conceito
A CIPA pode ser conceituada através de sua própria sigla, descrita a seguir:
■ Comissão – é um grupo de pessoas encarregado de tratar de determinados assuntos.
■ Interna – limite da atuação da comissão, restrita a própria empresa.
■ Prevenção – é um conjunto de medidas antecipadas que visa evitar danos materiais
ou imateriais.
■ Acidentes – é um acontecimento casual, fortuito e imprevisto.
8.3. Objetivo
A CIPA tem como objetivo principal prevenir os acidentes e doenças decorrentes do trabalho, preservando a vida e a promoção da saúde do trabalhador.
8.4. Estrutura
Para a composição da CIPA, a empresa deve consultar os quadros I, II e III da NR-5, levando-se em consideração o número de funcionários e o grau de risco de suas atividades.
A seguir, observamos estes quadros resumidos e direcionados para indústria do vestuário.
O dimensionamento da CIPA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz deve ter uma comissão com um membro efetivo e outro suplente, de acordo com o seu número de funcionários (95).
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CIPA
Quadro 3 - Dimensionamento da CIPA (Adaptado da NR-5 – quadro I).
Grupos*
C4
Nº de membros da CIPA
Nº de empregados no
estabelecimento
Efetivos
Suplentes
0 a 19
–
–
20 a 29
–
–
30 a 50
1
1
51 a 80
1
1
81 a 100
1
1
101 a 120
1
1
121 a 140
1
1
141 a 300
2
2
301 a 500
2
2
501 a 1.000
2
2
1.001 a 2.500
3
3
2.501 a 5.000
5
4
5.001 a 10.000
6
4
Acima de 10.000
para cada grupo de 2.500
acrescente
1
1
* Conforme NR-05 no quadro de dimensionamento da CIPA, os grupos representados de C-1 à C-35 são as atividades econômicas dos grupos que estão
especificados pelo CNAE.
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz apresenta o CNAE 1812.0, enquadrando-se no
Grupo C-4, conforme os quadros 4 e 5.
Quadro 4 - Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA
(Adaptado da NR-5 – quadro II)
Grupo C-4 – Confecção
1811.2
62
1812.0
1813.9
1821.0
1822.8
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CIPA
Quadro 5 – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE),
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA.
(Adaptado da NR-5 – quadro III).
Descrição da Atividade
CNAE
Grupo
1811.2
Confecção de Peças Interiores do Vestuário
C4
1812.0
Confecção de Outras Peças do Vestuário
C4
1813.9
Confecção de Roupas Profissionais
C4
1821.0
Fabricação de Acessórios do Vestuário
C4
1822.8
Fabricação de Acessórios para Segurança Industrial e Pessoal
C4
Com as informações obtidas nos quadros I, II e III da NR-5, deve ser iniciado o processo
da eleição da CIPA, conforme o cronograma a seguir:
Quadro 6 – Cronograma de processo de eleição da CIPA
Dia
Ação
Observação
Convocação da eleição /
início
O empregador deve convocar eleições para a
escolha dos representantes dos empregados na
CIPA.
Constituição da comissão
eleitoral
O presidente e o vice presidente da CIPA vigente
devem constituir dentre seus membros uma
comissão eleitoral (CE), que será responsável pela
organização e acompanhamento do processo
eleitoral. Esta comissão deve ser formada no prazo
mínimo de 55 dias antes do término do mandato
em curso. Caso a empresa não tenha CIPA, a
comissão eleitoral deve ser formada pela empresa.
15o
Edital de publicação e
inscrição
O processo eleitoral deve observar as seguintes
condições:
• publicação e divulgação de edital, em locais de
fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de
cinqüenta e cinco dias antes do término do
mandato em curso,
• inscrição e eleição individual, sendo que o período
mínimo para inscrição será de quinze dias.
30o
Eleição
Realização da eleição.
Posse
A posse da nova comissão deve ser feita ao
término do mandato da CIPA atual. Nas empresas
que não possuem CIPA, a posse da eleita pode ser
imediata.
0 (Início)
5o
60
o
Nota: Todos os documentos relativos à eleição da CIPA, devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos.
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CIPA
Treinamento da CIPA
O treinamento da CIPA deve ser realizado no prazo de trinta dias após a data da posse
para as empresas que não possuem CIPA anterior. Nas empresas que já possuem, o
treinamento da nova comissão deve ser feito antes da sua posse.
As empresas que não se enquadram no quadro I da NR-5, devem promover treinamento
anual do responsável para o cumprimento das exigências legais.
O treinamento da CIPA deve ter a duração de 20 horas, distribuídas em até 8 horas
diárias durante o horário normal de trabalho. O conteúdo obrigatório mínimo do treinamento
deve atender o descrito no quadro 7.
Quadro 7 – Treinamento da CIPA (conteúdo obrigatório mínimo – NR-5 item 5.33).
Item
Conteúdo
Código da
Infração
Horas de
Treinamento
A
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem
como dos riscos originados do processo produtivo.
205.031-5/I2
2:00 h
B
Metodologia de investigação e análise de acidentes e
doenças do trabalho.
205.032-3/I2
2:00 h
C
Noções sobre acidentes e doenças do trabalho
decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa.
205.033-1/I2
3:00 h
D
Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção.
205.034-0/I2
2:00 h
E
Noções sobre as legislações trabalhista e
previdenciária relativas à segurança e saúde no
trabalho.
205.035-8/I2
3:00 h
F
Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas
de controle dos riscos.
205.036-6/I2
4:00 h
G
Organização da CIPA e outros assuntos necessários
ao exercício das atribuições da Comissão.
205.037-4/I2
4:00 h
* Horas de treinamento sugeridas, de acordo com as necessidades da empresa. O tempo de cada item pode ser modificado.
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CIPA
8.5. Modelos de Documentos
Apresentamos alguns modelos de documentos para serem utilizados na formação e estruturação da CIPA.
■ 8.5.1. Carta para Edital de Convocação
À SUB DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO
Cidade,
/
/
mês
ano
M
O
D
EL
O
dia
Coordenadoria das Relações do Trabalho
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam convocados os empregados da empresa Indústria do Vestuário Roupa
Feliz situada à Rua da Confecção, no 02 Bairro da Moda nesta cidade, para a eleição
dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA para gestão
de um ano. A eleição será realizada nas dependências da empresa, no
no
horário das 08:00 às 14:00h passando-se em seguida à respectiva apuração pela
Comissão Eleitoral composta pelo coordenador Blazer Xadrez e demais
componentes Sra. Calça de Moleton e a Sra. Camisa com bolso. O período para
inscrição dos candidatos será de quinze dias, do
a
/
dia
dia
mês
/
ano
no setor de Recursos Humanos.
Vestuário Vestido
Diretor de Recursos Humanos
Nota: Este edital deve ser enviado ao sindicato de classe da região em que a empresa se encontra. Exemplos:
Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST/SINDIROUPAS/SINDICAMISAS) - São Paulo;
Sindicato dos Confeccionistas da Baixada Santista – Santos;
Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST) – São José do Rio Preto.
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CIPA
■ 8.5.2. Ficha para convocação dos funcionários
CIPA GESTÃO
/
ano
dia
A
dia
/
mês
/
ano
M
O
D
EL
O
NO PERÍODO DE
ano
ESTARÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA
CANDIDATURA À ELEIÇÃO DA CIPA QUE SERÁ
REALIZADA NO PRÓXIMO
/
dia
/
mês
.
ano
OS INTERESSADOS DEVERÃO SE REGISTRAR
NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS NO
HORÁRIO DAS 08:00 AS 17:00h.
Vestuário Vestido
Diretor de Recursos Humanos
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CIPA
■ 8.5.3. Ficha para candidatura dos funcionários
Eleição CIPA GESTÃO
/
/
ano
ano
Registro de Candidatura
Inscrição nº
001
Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia
Apelido: Ligeirinho
Setor: Costura
Prontuário: 9020
/
/
Hora:
M
O
D
EL
O
Data da inscrição:
dia
mês
ano
1ª via funcionário
✁
Terno Pronto de Cambraia
Assinatura do candidato
Roupa de Trabalho
Assinatura do R.H.
Eleição CIPA GESTÃO
/
/
ano
ano
Registro de Candidatura
Inscrição nº
001
Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia
Apelido: Ligeirinho
Setor: Costura
Prontuário: 9020
Data da inscrição:
/
dia
/
mês
Hora:
ano
2ª via funcionário
Terno Pronto de Cambraia
Assinatura do candidato
Roupa de Trabalho
Assinatura do R.H.
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CIPA
■ 8.5.4. Relação dos candidatos a CIPA
Relação dos candidatos a CIPA Gestão
Número da
inscrição
Nome
Apelido
ano
/
ano
Setor
Veste Tudo de Linho
Administração Geral
002
Terno pronto de cambraia
Ligeirinho
Costura
003
Vestida de Noiva de Renda
Pé no altar
Costura
M
O
D
EL
O
001
004
Saia de Brim Plissada
Passadoria
005
Camisa de sarja
Expedição
006
Blusa de Frio Lã Acrílico
Branco
Estamparia/Silk-screen
007
Fraque de Tergal
Zé Bonitinho
Lavanderia
008
Mini Saia Jeans
Pequena
Bordado
009
Camisola de Seda
Soneca
Limpeza
010
Pijama Listrado de Algodão Zebra
Passadoria
011
Sobretudo e Lã
Almoxarifado
012
Avental de Brim
Embalagem
013
Roupão de Flanela
Embalagem
014
Calça Jeans
Azulão
Enfesto/corte
Nota: Esta ficha deve ser afixada nos locais de maior circulação de pessoas (refeitório, portaria de entrada, cartão de ponto).
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CIPA
■ 8.5.5. Cédula de Vota de Votação
Data:
Horário: das 8:00 as 14:00 h
Local: refeitório
Apuração: será realizada após a votação no refeitório
ELEIÇÃO CIPA GESTÃO
/
ano
M
O
D
EL
O
ano
Nome
Apelido
Veste Tudo de Linho
Setor
Administração Geral
Terno pronto de cambraia
Ligeirinho
Costura
Vestida de Noiva de Renda
Pé no altar
Costura
Saia de Brim Plissada
Passadoria
Camisa de sarja
Expedição
Blusa de Frio Lã Acrílico
Branco
Estamparia/Silk-screen
Fraque de Tergal
Zé Bonitinho
Lavanderia
Mini Saia Jeans
Pequena
Bordado
Camisola de Seda
Soneca
Limpeza
Pijama Listrado de Algodão Zebra
Passadoria
Sobretudo e Lã
Almoxarifado
Avental de Brim
Embalagem
Roupão de Flanela
Embalagem
Calça Jeans
Azulão
Enfesto/corte
Atenção: Você deve escolher apenas um candidato. Assinale com um X no
quadrado em frente ao nome do seu candidato. Assine a lista de presença.
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CIPA
■ 8.5.6. Lista de presença de votação
Lista de Presença de Votação da CIPA GESTÃO
Data
dia
/
mês
/
ano
/
ano
ano
Cargo
Camisa Embalada
Avental de Brim
Avental de Brim Azul
Avental Frente Única
Bermuda Alegre
Bermuda Amarela
Bermuda Enferma
Bermuda Jeans
Bermuda Rasgada
Blazer Xadrez
Blusa de Brim
Blusa de Frio Lã Acrílico
Blusa de Moletom
Bolso Furado
Calça de Algodão
Calça de Moletom
Calça jeans
Calça Justa
Calça Molhada
Calça Triste
Camisa Amassada
Camisa Boa
Camisa com Bolso
Camisa de Algodão
Camisa de Bolinha
Camisa de Flanela
Camisa de Força
Camisa de Futebol
Camisa de Gola Branca
Camisa de Listrinha
Camisa de Manga Curta
Camisa de Manga Longa
Camisa de Poliester
Camisa de Sarja
Camisa de Tricoline
Camisa Mista
Camisa Passada
Camiseta Branca
Camiseta Polo
Camisola Branca
Camisola de Seda
Casaco de Napa
Colete de Brim
Fraque de Tergal
Bordador
Etiquetador
Embalador
Costureiro
Costureiro
Revisor de Arremate
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
Conferente
Ajudante geral
Costureiro
Ajudante
Estampador
Costureiro
Operador de Máquina Especial
Costureiro
Costureiro
Enfestador
Office-boy
Costureiro
Operador de Máquina Especial
Passador
Costureiro
Operador de Máquina Especial
Gerente de produção
Conferente
Costureiro
Conferente
Revisor
Costureiro
Revisor
Encarregado de Estoque
Revisor de Arremate
Costureiro
Ajudante geral
Moldador/riscador
Auxiliar de Serviços Gerais
Ajudante
Diretor
Costureiro
Ajudante de Expedição
Ajudante geral
Cortador
Costureiro
Auxiliar de Lavanderia
Assinatura
M
O
D
EL
O
Nome
70
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CIPA
Cargo
Fronha Azul
Gravata Borboleta
Gravata de Bolinha
Gravata Lisa
Gravata Listrada
Jaqueta Jeans
Lenço Bordado
Lenço Vermelho
Lenço Xadrez
Lençol Branco
Luvas de Pelica
Meia de Flanela
Meia de Lã
Meia de Poliester
Meia Longa
Mini Saia Jeans
Paletó Microfibra
Pano de Chão
Pano de Copa
Pano Legal
Pijama Listrado de Algodão
Roupa Alegre
Roupa Amarrotada
Roupa de Trabalho
Roupa Faturada
Roupa Lavada
Roupa Malhada
Roupa Suja
Roupão de Flanela
Saco de Pano Alvejado
Saia de Brim Plissada
Saia Justa
Shorts Curto
Shorts Jeans
Sobretudo de Lã
Sobretudo de Microfibra
Tergal feliz
Terno Pronto de Cambraia
Terno Preto
Toalha de Banho
Toalha de Rosto
Tolha de Mesa
Uniforme Azul
Uniforme Legal
Veste Tudo de Linho
Vestida de Noiva de Renda
Vestido Estampado
Vestido Infantil
Vestido Negociado
Vestido Prestativo
Vestuário Vestido
Revisor de Tecido
Conferente
Ajudante
Estampador
Auxiliar de Almoxarifado
Estampador
Costureiro
Passador
Cortador
Revisor de Tecido
Bordador
Costureiro
Costureiro
Costureiro
Modelista
Bordador
Costureiro
Costureiro
Costureiro
Revisor
Passador
Pregador de Botão
Passador
Encarregado de Departamento Pessoal
Faturista
Auxiliar de Lavanderia
Auxiliar de Departamento Pessoal
Operador de Máquina Especial
Embalador
Passador
Passador
Secretária
Costureiro
Auxiliar de Corte
Auxiliar de Almoxarifado
Costureiro
Estilista
Costureiro
Ajudante
Costureiro
Costureiro
Ajudante
Recepcionista
Embalador
Auxiliar de Serviços Gerais
Conferente
Costureiro
Passador
Comprador
Ajudante
Diretor
Assinatura
M
O
D
EL
O
Nome
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CIPA
■ 8.5.7. Ata de eleição da CIPA
Ata de eleição da CIPA
/
ano
ano
Aos .......dias do mês de ..................... do ano de ..........., nas dependências da Indústria
do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção n.º02, Bairro da Moda nesta Capital, com
C.N.P.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, no local designado no edital de convocação, instalou-se a
mesa receptora e apuradora de votos. As 08:00h o Sr. Blazer Xadrez coordenador da
Comissão Eleitoral composta pela Sra. Calça de Moletom e a Sra. Camisa com Bolso declarou
iniciado os trabalhos. Durante a votação não foi verificado ocorrências a serem relatadas. As
14:00h o coordenador declarou encerrado o trabalho da eleição, verificando que através da
lista de presença compareceram e votaram 95 empregados (100% do total de funcionários),
M
O
D
EL
O
passando em seguida a apuração na presença de quantos desejassem.
Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado:
TITULAR
Nome: Terno Pronto de Cambraia
N.º de votos: 29
SUPLENTE
Nome: Pijama Listrado de Algodão
N.º de votos:19
Demais votados em ordem decrescente de votos:
Nomes:
N.º de votos:
Veste Tudo de Linho
14
Vestida de Noiva de Renda
10
Saia de Brim Plissada
9
Camisa de Sarja
4
Blusa de Frio Lã Acrílico
4
Fraque de Tergal
1
Mini Saia Jeans
1
Camisola de Seda
1
Sobre Tudo de Lã
1
Avental de Brim
0
Roupão de Flanela
0
Calça Jeans
0
Nulos e brancos
2
E para constar, o coordenador da mesa lavrou a presente Ata, assinada por ele, e pelos
demais componentes da comissão eleitoral.
Blazer Xadrez
Calça de Moletom
Camisa Com Bolso
(coordenador)
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CIPA
■ 8.5.8. Colocação dos eleitos por ordem de votação
ELEITOS DA CIPA GESTÃO
/
ano
ano
Titulares
Colocação
1º
Nome
Setor
Terno Pronto de Cambraia
Costura
no de votos
29
M
O
D
EL
O
Suplentes
Colocação
2º
Nome
Setor
Pijama Listrado de Algodão
Passadoria
no de votos
19
Demais Votados
Colocação
no de votos
Nome
Setor
3º
Veste Tudo de Linho
Adm. Geral
14
4º
Vestida de Noiva de Renda
Costura
10
5º
Saia de Brim Plissada
Passadoria
9
6º
Camisa de Sarja
Expedição
4
7º
Blusa de Frio Lã Acrílico
Silk-screen
4
8º
Fraque de Tergal
Lavanderia
1
9º
Mini Saia Jeans
Bordado
1
10º
Camisola de Seda
Limpeza
1
11º
Sobretudo de Lã
Almoxarifado
1
12º
Avental de Brim
Embalagem
0
13º
Roupão de Flanela
Embalagem
0
14º
Calça Jeans
Enfesto/Corte
0
Votos válidos : 93
Votos brancos: 01
Votos nulos: 01
Total de votos: 95
Nota: Esta relação deve ser fixada no quadro de avisos da empresa
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73
CIPA
■ 8.5.9. Lista de presença no treinamento da CIPA
ano
/
ano
M
O
D
EL
O
Gestão
Data:
/
dia
/
mês
ano
Conteúdo Programático:
Instrutor:
Horário do treinamento: Início: _______ Término: ______
ORDEM
01
02
03
04
74
NOME
ASSINATURA
Terno Pronto de Cambraia
Pijama Listrado de Algodão
Camisa de Algodão
Camisa de Manga Curta
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CIPA
■ 8.5.10. Ata de instalação e posse da CIPA
ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DA CIPA GESTÃO
/
Aos ..... dias do mês de .......... do ano de ...... nas dependências da Indústria do
Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, 02 Bairro da Moda nesta cidade
com C.N.P.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, reuniram-se o(s) Senhor(es) Diretor(es) da
empresa, bem como os demais presentes, para instalação e posse dos
componentes da CIPA. Foi declarado aberto os trabalhos lembrando a todos o
objetivo da reunião, quais sejam: instalação e posse dos componentes da CIPA
gestão
/
. Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados
ano
M
O
D
EL
O
ano
os representantes do empregador:
Titular:
Suplente:
Camisa de Algodão
Camisa de Manga Curta
Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos pelos
empregados:
Titular:
Suplente:
Terno Pronto de Cambraia
Pijama Listrado de Algodão
A seguir, foi designado para Presidente da instalada o Sr. Camisa de Algodão,
tendo sido escolhido entre os representantes eleitos pelos empregados o Sr. Terno
Pronto de Cambraia para Vice-Presidente. Os representantes do empregador e dos
empregados, em comum acordo, escolheram também o Sr. Terno Pronto de
Cambraia para Secretário da CIPA, sendo seu substituto o Sr. Camisa de Algodão.
Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da Sessão deu por encerrada a
reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA instalada será de um
ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e
aprovada, passa a ser assinada por mim secretário, pelo Presidente da CIPA e por
todos os representantes eleitos e designados inclusive os suplentes.
Presidente da CIPA
Secretário
Camisa de Algodão
Terno Pronto de Cambraia
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75
CIPA
■ 8.5.11. Calendário das reuniões da CIPA
Calendário das reuniões da CIPA Gestão
/
ano
Reunião
DATA
1ª
/
dia
2ª
DIA DA SEMANA
/
mês
/
LOCAL
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
ano
/
mês
ano
M
O
D
EL
O
dia
HORÁRIO
ano
3ª
/
dia
4ª
/
dia
5ª
6ª
/
/
7ª
/
/
8ª
/
/
9ª
/
/
10ª
/
/
11ª
/
/
/
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
1ª quarta-feira do mês 09:00
Sala de reunião
ano
/
mês
Sala de reunião
ano
mês
/
dia
1ª quarta-feira do mês 09:00
ano
mês
dia
Sala de reunião
ano
mês
dia
1ª quarta-feira do mês 09:00
ano
mês
dia
Sala de reunião
ano
mês
dia
1ª quarta-feira do mês 09:00
ano
mês
dia
Sala de reunião
ano
mês
dia
76
/
/
1ª quarta-feira do mês 09:00
ano
mês
dia
12ª
/
mês
ano
Presidente da CIPA
Vice-Presidente da CIPA
Camisa de algodão
Terno Pronto de Cambraia
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
CIPA
■ 8.5.12. Certificados do treinamento da CIPA
CERTIFICADO DA EMPRESA GESTÃO
/
ano
ano
Certificamos que os funcionários Terno Pronto de Cambraia,
Pijama Listrado de Algodão, camisa de Algodão e Camisa de
Manga Curta, da Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentaram
o Curso sobre Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da
CIPA ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi
/
/
a
/
/
conforme
M
O
D
EL
O
realizado no período de
dia
mês
ano
dia
mês
ano
exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.
São Paulo, ........... de .......................... de ..............
Empregador
Responsável pelo Curso
CERTIFICADO DO TREINADO GESTÃO
/
ano
ano
Certificamos que o funcionário Terno Pronto de Cambraia da
Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentou o Curso sobre
Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da CIPA
ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi realizado
no período de
/
dia
/
mês
a
ano
/
dia
/
mês
conforme exigido
ano
na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.
Vestuário Vestido
Instrutor
Diretor de R.H.
Terno Pronto de Cambraia
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
77
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
9
Mapa de Risco
9.1. Introdução
O Mapa de Risco consiste num instrumento de responsabilidade da CIPA envolvendo os
trabalhadores e os empresários na solução dos possíveis riscos de acidentes do trabalho
que acarretam perdas humanas e econômicas.
9.2. Conceito
O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
9.3. Objetivo
O mapa de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer
o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, possibilitando a
troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua participação nas atividades de prevenção de segurança e saúde.
9.4. Estrutura
Na confecção do mapa de risco, é necessário conhecer inicialmente as instalações da
indústria para elaboração do arranjo físico. Deve ser consultado e os locais de trabalho avaliados. Para tanto, sugere-se dividir a fábrica em áreas de acordo com as diferentes etapas
do processo de produção.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
79
Mapa de Risco
Quadro 8 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo
com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.
Grupo 1
Verde
Grupo 2
Vermelho
Grupo 3
Marrom
Grupo 4
Amarelo
Grupo 5
Azul
Riscos
Físicos
Riscos
Químicos
Riscos
Biológicos
Riscos
Ergonômicos
Riscos de
Acidentes
Ruído
Poeira
Vírus
Levantamento e
transporte
manual de peso
Arranjo físico
inadequado
Vibração
Vapor
Bactérias
Exigência de
postura
inadequada
Máquina e
equipamento
sem proteção
Radiação
ionizante
Substância,
composto ou
produto químico
em geral
Fungos
Imposição de
ritmo excessivo
Ferramenta
inadequada ou
defeituosa
—
Ácaros
Trabalho em
turno e noturno
Iluminação
inadequada
Frio
—
Inseto vetor de
doença
infecciosa
(mosquito)
Jornada de
trabalho
prolongada
Queimadura
Calor
—
Roedor(rato):
vetor de doença
infecciosa
Monotonia e
repetitividade
Probabilidade
de incêndio
ou explosão
Outras situações
causadoras de
“stress” físico
e/ou psíquico
Armazenamento
inadequado
—
Outras situações
de risco que
poderão
contribuir para a
ocorrência de
acidentes
Radiação
não-ionizante
Umidade
—
—
—
—
—
Nota: Modificado de acordo com os possíveis riscos encontrados na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
Identificada a área onde os riscos ocupacionais existem, é necessário averiguar o grau
de desconforto que cada risco causa ao trabalhador durante sua atividade.
80
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Mapa de Risco
Com as informações obtidas, os riscos devem ser classificados conforme exemplificado
no quadro a seguir.
Quadro 9 – Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais.
Setor
Modelagem
Criação
Almoxarifado de
tecidos
Almoxarifado de
aviamentos
Enfesto e corte
Bordado
Riscos Ocupacionais
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e
dedos, e iluminação inadequada
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Risco físico – ruído e vibração
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos
Risco físico – ruído
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e
iluminação inadequada
Estamparia
(silk-screen)
Risco químico – n-hexano e tolueno
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – iluminação inadequada
Costura
Risco físico – vibração
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e
iluminação inadequada
Lavanderia
Acabamento
Risco físico – ruído
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Risco químico – n-hexano e tolueno
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos, dedos e olhos, e
iluminação inadequada
Passadoria
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – queimadura
Etiquetagem
(código barras)
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Embalagem
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – queda de caixas
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
81
Mapa de Risco
(continuação quadro 9)
Setor
Riscos Ocupacionais
Expedição
Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
Secretaria
Risco ergonômico – postura inadequada, monotonia e
repetitividade
Risco de acidente – iluminação inadequada
Diretoria
Risco ergonômico – postura inadequada
Departamento pessoal
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Compras
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Gerência
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Recepção
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Portaria
Risco ergonômico – postura inadequada
Vestiário feminino
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e escorregão
Vestiário masculino
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e escorregão
Refeitório
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e queimadura
Recebimento de
matéria prima
Produtos acabados
82
Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
Risco de acidente – quedas e entorses
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Ambulatório
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco biológico – vírus, fungos e bactérias
Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e
dedos, e quedas
Manutenção
Variável conforme atividade a ser desenvolvida por terceiros
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Mapa de Risco
Com os riscos identificados e classificados, inicia-se a elaboração gráfica do mapa de
risco sobre o arranjo físico da empresa por cores e círculos, conforme o grau de risco (pequeno, médio ou grande) e o tipo (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes).
O tamanho do círculo representa o grau do risco:
Risco Grande
Risco Médio
Risco Pequeno
A cor do círculo representa o tipo de risco.
físico
químico
biológico
ergonômico
acidente
Cada círculo deve ser desenhado ou colocado no desenho do arranjo físico no local correspondente onde existe o risco, anotando-se no seu interior o número de pessoas expostas à ele. É importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos de riscos. Caso ocorra diversos riscos de um só grupo no mesmo ponto de uma seção (como por
exemplo, risco ergonômico: postura inadequada e repetitividade), não é necessário colocar
um círculo para cada um desses riscos, colocando-se apenas um círculo, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade (pequeno, médio, grande).
Setor Etiquetagem
Repetitividade
1
Postura Inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
83
Mapa de Risco
Na existência de riscos de diferentes tipos
Setor Costura
num mesmo ponto com a mesma intensidade,
deve-se neste caso, dividir-se o círculo con-
Acidente
Físico
21
forme a quantidade de tipos de riscos existentes em 2, 3, 4 ou até 5 partes iguais. Cada
parte deve ter a sua respectiva cor, conforme
Ergonômico
a ilustração a seguir (este procedimento é
chamado de critério de incidência).
No caso dos riscos apresentarem intensidades diferentes, devem ser colocados círculos
dos tamanhos correspondentes.
Se o risco afetar uma seção inteira, uma
forma de representá-lo no mapa é colocá-lo no
Setor Etiquetagem
meio do setor, acrescentando setas em suas
bordas, indicando que aquele risco interfere
Postura
Inadequada
em todo o setor, como exemplificado a seguir.
Concluída a elaboração gráfica do mapa, a
CIPA pode preparar um relatório e encaminhálo ao responsável pela administração da área
Postura
Inadequada
1
de segurança e saúde no trabalho, para a sua
ciência e devidas providências. Este relatório
deve conter os riscos encontrados com a res-
Postura
Inadequada
pectiva posição no mapa, bem como as recomendações e as medidas sugeridas pelos próprios trabalhadores, para eliminar ou neutralizar as situações de risco de acidentes/doenças do trabalho.
O mapa deve ser revisado sempre que ocorrer modificações importantes que alterem a
representação gráfica (círculos) ou, no mínimo, anualmente, a cada nova gestão da CIPA.
Nota: O mapa de riscos deve ficar em local visível e de forma legível para alertar os trabalhadores ou visitantes para que conheçam quais os riscos a que estão expostos.
84
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Postura
Inadequada
9.5. Modelo de documento
■ 9.5.1. Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz
Postura
Inadequada,
Monotonia e
Repetitividade
Quedas,
Perfuração e/ou
Corte nos dedos
e mãos
Refeitório
Fungos e
Bactérias
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
2
3
1
Postura
Inadequada
Iluminação
Inadequada
Iluminação
Inadequada
Iluminação Inadequada
1
Vírus, Fungos
e Bactérias
W.C.
Ambulatório
Quedas e
Queimadura
Compras
Diretoria
1
Postura
Inadequada
Recepção
Depto.
Pessoal
Secretaria
Iluminação
Inadequada
1
Postura Inadequada
Portaria
Saída de Emergência
Costura
Área para
Manutenção
Saída de Emergência
Perfuração
nos dedos
e mãos.
Iluminação
Inadequada
Vibração
21
Vestiário
Masculino
Perfuração nos
dedos,mãos e olhos
Iluminação Inadequada
Quedas e
Escorregão
9
Perfuração nos dedos e mãos.
Iluminação Inadequada
n-hexano e
Tolueno
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada e
Repetitividade
3
Iluminação
Inadequada
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada e
Repetitividade
1
Postura
Inadequada
Araras
Metálicas
1
4
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Perfuração nos
dedos e mãos
6
Postura
Inadequada e
Levantamento
Manual de Peso
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Iluminação
Inadequada
2
Enfesto e corte
Estamparia
Bordado
Ruído e
Vibração
5
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Produtos
acabados
Almoxarifado
de tecidos
2
Postura
Inadequada
Quedas e
Entorses
4
Postura
Inadequada
Quedas e
Entorses
1
Postura
Inadequada
Almoxarifado
de aviamentos
Recebimento matéria-prima
Lavanderia
2
Etiquetagem
Expedição
Queimadura
Ruído
Perfuração e/ou cortes
nos dedos e mãos.
Iluminação Inadequada
Passadoria
Fungos e
Bactérias
Postura
Inadequada
Gerência
Queda de
caixas
Vestiário
Feminino
1
Modelagem
Postura Inadequada
e Repetitividade
Embalagem
Quedas e
Escorregão
Ruído
20
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Fungos e
Bactérias
3
Iluminação
Inadequada
n-hexano e
Tolueno
Rua da Confecção, 99
Criação
Acabamento
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada
1
Postura Inadequada e
Levantamento
Manual de Peso
W.C.
1 Portaria
Postura
Inadequada
Iluminação
Inadequada
caldeira
Risco
Grande
Riscos Físicos
Riscos Químicos
Risco
Médio
Risco
Pequeno
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Extintor
Riscos de Acidentes
Hidrante
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
85
Mapa de Risco
■ 9.5.2. Setor de Risco da Indústria do Vestuário
Roupa Feliz
Estamparia
n-hexano e
Tolueno
3
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Iluminação
Inadequada
Risco
Grande
Risco
Médio
Risco
Pequeno
Riscos
Físicos
Riscos
Químicos
Extintor
Hidrante
Riscos
Biológicos
Riscos
Ergonômicos
Riscos
de Acidentes
86
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
10
Programa de prevenção de
riscos ambientais (PPRA)
10.1. Introdução
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) consiste em avaliar os possíveis
riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, bem como, estabelecer um plano e
cronograma de ações para melhoria das situações encontradas, além de servir de subsídio
para o PCMSO.
10.2. Conceito
É um programa de higiene, segurança e saúde ocupacional que apresenta um plano de
implantação e manutenção para gestão dos riscos ambientais nos locais de trabalho.
10.3. Objetivo
O programa tem como objetivo primordial a preservação da saúde e qualidade de vida
de seus funcionários através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
10.4. Estrutura
O PPRA é um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo desenvolvimento do programa, principalmente, com o PCMSO.
Podemos considerar como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
(NR-9.1.5) encontrados nos locais de trabalho, que de acordo com sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à saúde do trabalhador.
Observação: Para um estudo mais detalhado, estamos considerando os riscos de acidentes e ergonômicos a título de complementação deste trabalho, obedecendo a determinação desta Norma Regulamentadora com relação ao mapa de risco como complemento.
■ Risco Físico – o mais comum encontrado no ambiente de trabalho foi o ruído.
■ Risco Químico – pode-se encontrar de diversas formas no ambiente de trabalho,
tais como: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo.
■ Risco Biológico – os mais presentes nos locais de trabalho são: vírus, fungos
e bactérias.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
87
PPRA
■ Risco ergonômico – este fator de risco pode ser responsável pelo desconforto de
alguns trabalhadores no posto de trabalho.
■ Risco de acidente – a baixa iluminância foi um dos fatores encontrados que pode ocasionar acidentes como: corte e/ou perfuração nas mãos e dedos, e quedas de materiais.
Este Programa ficará disponível na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz para
ser consultado e acompanhado pelo responsável da mesma (Sr. Diretor Vestuário Vestido), dos membros da CIPA, médico do trabalho, equipe de segurança e saúde no trabalho
e aos trabalhadores.
10.5. Modelos de Documentos
Este modelo de PPRA contém princípios que atendem as necessidades da empresa
Indústria do Vestuário Roupa Feliz com os seguintes itens:
10.5.1.
Carta de apresentação (1a e 2a via)
10.5.2.
Capa
10.5.3.
Introdução e objetivo
10.5.4.
Apresentação
10.5.5.
Perfil da empresa
10.5.6.
Planejamento anual
10.5.7.
Fluxograma de processos da produção
10.5.8.
Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz
10.5.9.
Descritivo de funções e reconhecimento de riscos ocupacionais
10.5.10. Avaliação ambiental
10.5.10.1.Equipamentos e metodologia
10.5.10.2.Resultados
10.5.11. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação
10.5.12. Cronograma de ações do PPRA para empresa Indústria do Vestuário
Roupa Feliz
10.5.13. Conclusão
88
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ 10.5.1. Carta de apresentação (1ª via)
Cidade,
/
dia
/
mês
.
ano
INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ.
At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido
M
O
D
EL
O
Vimos por meio desta encaminhar o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange
ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma
aprovado por V. Sª, em reunião datada em
/
dia
/
mês
.
ano
O programa deverá ser revisto anualmente e sempre que houver
mudança no processo de trabalho, arranjo físico, maquinário, exposição
a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos que
se fizerem necessários.
Atenciosamente,
Colete de Lã
Engenheiro de Segurança
1a via – Diretor da empresa
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
89
PPRA
■ 10.5.1. Carta de apresentação (2ª via)
Cidade,
/
dia
/
mês
.
ano
INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ.
At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido
M
O
D
EL
O
Vimos por meio desta encaminhar o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange
ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma
aprovado por V. Sª, em reunião datada em
/
dia
/
mês
.
ano
O programa deverá ser revisto anualmente e sempre que houver
mudança no processo de trabalho, arranjo físico, maquinário, exposição
a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos que
se fizerem necessários.
Atenciosamente,
Colete de Lã
Engenheiro de Segurança
2a via – Protocolo de cópia recebida
90
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ 10.5.2. Capa
PPRA
M
O
D
EL
O
PROGRAMA DE PREVENÇÃO
DE RISCOS AMBIENTAIS
INDÚSTRIA DO
VESTUÁRIO
ROUPA FELIZ
/
MÊS
ANO
A
/
MÊS
ANO
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
91
PPRA
■ 10.5.3. Introdução e Objetivo
A Norma Regulamentadora no 09 (NR-09) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.
O objetivo do PPRA é desenvolver ações que visem a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, elaborando um cronograma em relação as suas metas e prioridades. O cumprimento deste é de responsabilidade do empregador.
■ 10.5.4. Apresentação
O desenvolvimento do PPRA esta sob a responsabilidade do Engenheiro de Segurança
do Trabalho, Sr. Colete de Lã. Este programa foi acompanhado pelo gerente de produção Sr.
Camisa de Algodão.
■ 10.5.5. Perfil da empresa
Razão Social:
Indústria do Vestuário Roupa Feliz
Proprietário:
Feliz Roupa dos Santos
Endereço:
Rua da Confecção No 99
CEP:
99999 – 999
Telefone:
( 0XX – 99 ) 999-9999
Fax:
( 0XX – 99 ) 999-9999
e-mail
[email protected]
CNPJ:
99.999.999 / 9999 – 99
Inscrição Estadual:
999.999.999 – 999
Atividade
Confecção de outras peças do vestuário
CNAE* (NR-04):
18.12-0
Grau de Risco:
02
No Funcionários:
95
Horário de Trabalho:
De segunda a sexta-feira das 07:20 às 17:30h
01 hora de almoço e 15 min de descanso à tarde
CIPA No (NR-05):
92
0999999/9999
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Eleição:
dia
mês
ano
dia
mês
ano
Posse:
Titulares:
Empregador: 01........................Empregados: 01
Suplentes:
Empregador: 01........................Empregados: 01
Área do Terreno:
1.600 m2
Área Construída:
800 m2
Piso:
Predominantemente em concreto, algumas partes com
revestimento.
Parede:
Alvenaria.
Cobertura:
Telhado com telhas fibrocimento intercaladas com
telhas translúcidas de policarbonato.
Aeração:
Natural e auxiliada por ventilação forçada.
Iluminação:
Natural e artificial
*Classificação Nacional de Atividade Econômica
■ 10.5.6. Planejamento Anual
Este programa contém as seguintes etapas:
Antecipação e reconhecimento dos riscos ambientais
A antecipação envolveu a análise das instalações, métodos e processos de trabalho
identificando os riscos potenciais. O processo de reconhecimento avaliou qualitativamente
e quantitativamente os riscos ambientais encontrados.
Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle
As prioridades e metas de avaliação e controle dos riscos devem ser desenvolvidos ao
longo do período de 12 meses de vigência deste programa.
Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores
Foi realizada a avaliação quantitativa dos riscos existentes, com o intuito de controlar a
exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensi-
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
93
PPRA
onando a exposição do trabalhador. Além disso, esta etapa procurou subsidiar a indicação
das medidas de controle.
Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia
Para os setores da empresa que apresentaram riscos potenciais à saúde dos trabalhadores, foram sugeridas medidas de controle a serem implantadas conforme o cronograma
deste. Tais medidas visam eliminar ou reduzir os agentes prejudiciais à saúde existentes no
ambiente de trabalho.
Monitoramento da exposição aos riscos
Deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um determinado risco, com o objetivo de introduzir novas medidas de controle ou modificar as existentes, sempre que necessário.
Registro e divulgação dos dados
Os dados deste programa devem ser mantidos pela empresa por um período mínimo de
20 anos, devendo estar disponível aos trabalhadores ou seus representantes e às autoridades competentes.
Cabe ao empregador informar os trabalhadores sobre os riscos ambientais existentes no
local de trabalho e sobre as medidas de controle necessárias.
Este programa deverá ser apresentado e discutido com os membros da CIPA.
94
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ 10.5.7. Fluxograma de Processos de Produção
administração
criação e
modelagem
compras
almoxarifado
enfesto
corte
estamparia
etiquetagem/
distribuição
bordado
costura
acabamento
passadoria
conferência e
etiquetagem
embalagem
expedição
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
95
PPRA
Através do fluxograma do processo de produção da Indústria do Vestuário Roupa Feliz,
observa-se que suas atividades produtivas iniciam-se a partir da criação dos modelos pelos
estilistas e a confecção da peça piloto. Esta peça é encaminhada à administração para
aprovação e verificação da aceitação no mercado consumidor. Com a aceitação da peça piloto (mostruário), o setor de compras é acionado para a aquisição da matéria prima necessária para a confecção dos pedidos (tecidos e aviamentos). A matéria prima é recebida, e
no almoxarifado o tecido é inspecionado através da máquina revisadeira, que após a aprovação é enfestado, cortado e etiquetado. De acordo com a ordem de serviço, as peças cortadas são encaminhadas aos setores que efetuarão serviços específicos. Ao término da
montagem, as peças são revistas no setor de acabamento e encaminhadas para o setor de
passadoria, conferência final e etiquetagem. No setor de embalagem ocorre a separação
das peças, encaminhando-as ao setor de expedição que distribui de acordo com os pedidos
realizados pelos lojistas e diversos clientes.
96
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
■ 10.5.8. Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz
Recepção
Secretaria
Refeitório
Diretoria
89
95
91
96
Ambulatório
Criação
Acabamento
86
55 56 57 58 59 60
43
54 53 52 51 50
61
45 46 47 48 49
39 40 41
Saída de Emergência
44
36 37 38
Modelagem
88
62
63
87
33 34 35
Gerência
Embalagem
32 31 30
Vestiário
Masculino
Etiquetagem
93
77
75
27 28 29
Rua da Confecção, 99
42
Portaria
Saída de Emergência
Costura
Área para
Manutenção
Compras
Depto.
Pessoal
W.C.
90
94
92
Araras
Metálicas
74
76
Enfesto e corte
Passadoria
Vestiário
Feminino
64
65
66
Expedição
69
68
67
79
70
71
72
25
23
26 21
Bordado
18
22
Estamparia
16
14
Produtos
acabados
6 5
Almoxarifado
de tecidos
Almoxarifado
de aviamentos
9
8
13
11
10
24
17
19
12
78
73
20
15
7
2
3
80
81
82
4
Recebimento matéria-prima
W.C. Portaria
85
Lavanderia
85
83
caldeira
Extintor
Hidrante
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
97
PPRA
■ 10.5.9. Descritivo de funções e reconhecimento
dos Riscos
A avaliação qualitativa foi realizada observando-se as funções, as atividades desenvolvidas e os riscos ambientais a que estão expostos os funcionários. Também foram incluídos
os riscos ergonômicos e de acidentes por motivos de funcionalidade geral do programa.
■ Setor Criação
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (estilista).
Funções
Estilista
Atividades
Riscos
Ergonômico – postura
Desenha os modelos das roupas de
inadequada
acordo com a tendência e aceitação
Acidente – iluminação
do mercado.
inadequada
■ Setor Modelagem
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (modelista), 01 (moldador/riscador).
Funções
98
Atividades
Riscos
Modelista
Cria as peças piloto para futuro
corte em série.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – perfuração e/ou corte
nas mãos e dedos, e iluminação
inadequada
Moldador /
riscador
Recebe os moldes piloto, efetuando
a riscagem da peça conforme
número padronizado e digitaliza as
que serão produzidas.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ Setor Almoxarifado de Tecidos
Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.
No de Funcionários: 01 (encarregado de estoque), 01 (auxiliar de almoxarifado),
01 (conferente), 01 (revisor de tecido).
Funções
Encarregado
de estoque
Conferente
Auxiliar
almoxarifado
Revisor de
tecido
Atividades
Riscos
Controla a entrada e saída de
tecidos no almoxarifado e outras
atividades afins.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
Confere a quantidade de tecidos a
serem utilizados e auxilia na
expedição dos mesmos.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
Auxilia nos trabalhos do
almoxarifado.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
Prepara e abastece a máquina de
revisão com os tecidos para que
sejam revisados por ele.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
■ Setor Almoxarifado de Aviamentos
Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.
No de Funcionários: 01 (auxiliar de almoxarifado), 01 (conferente).
Funções
Conferente
Auxiliar
almoxarifado
Atividades
Riscos
Confere a quantidade de aviamentos Ergonômico – postura
inadequada
a serem utilizados e auxilia na
Acidente – quedas e entorses
expedição dos mesmos.
Auxilia nos trabalhos do
almoxarifado.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
99
PPRA
■ Setor Recebimento de Matéria prima
Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.
No de Funcionários: 01 (conferente)
Funções
Conferente
Atividades
Riscos
Ergonômico – postura
Confere o produto e a quantidade do inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
material para o recebimento.
Acidente – quedas e entorses
■ Setor Produtos Acabados
Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.
No de Funcionários: 01 (revisor)
Funções
Revisor
Atividades
Revisa os produtos embalados da
expedição para encaminhar ao
cliente.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e entorses
■ Setor Enfesto e Corte
Máquinas e Equipamentos: Máquina de corte manual ou automática, tesoura, computador, máquina manual de etiquetagem.
No de Funcionários: 01 (enfestador), 02 (cortadores), 01 (auxiliar de corte), 01 (etiquetador).
Funções
Enfestador
Cortador
100
Atividades
Riscos
Coloca a peça de tecido sobre a
bancada para posterior corte.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Firma o tecido sobre a bancada e
efetua o corte das peças.
Físico – ruído e vibração
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – corte nas mãos e
dedos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Funções
Atividades
Riscos
Auxiliar de
corte
Auxilia nas tarefas do corte.
Físico – ruído
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – corte nas mãos e
dedos
Etiquetador
Realiza etiquetagem das peças
conforme o lote, identificando a
peça cortada.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
■ Setor Bordado
Máquinas e Equipamentos: Máquina de bordar
No de Funcionários: 03 (bordadores)
Funções
Bordador
Atividades
Riscos
Físico – ruído
Ergonômico – postura
Prepara e opera máquinas de
inadequada
bordar, abastecendo e programando
Acidente – perfuração nas mãos
para cada tipo de bordado.
e dedos, e iluminação
inadequada
■ Setor Estamparia (Silk Screen)
Máquinas e Equipamentos: Bancada de estampagem, tela, rodo.
No de Funcionários: 03 (estampadores)
Funções
Atividades
Estampador
Executa manualmente a impressão
através de uma tela de nylon com o
auxílio de um pequeno rodo para
distribuição de uma ou mais cores
de tintas em telas diferentes.
Riscos
Químico – n-hexano e tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – iluminação
inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
101
PPRA
■ Setor Costura
Máquinas e Equipamentos: Máquina de costura reta, máquina de costura overloque,
máquina de costura galoneira.
No de Funcionários: 16 (costureiros), 03 (revisadores) , 02 (ajudantes).
Funções
Costureiro
Atividades
Riscos
Físico - vibração
Ergonômico – postura
Efetua a costura das peças já
inadequada e repetitividade
separadas pelo corte e etiquetagem. Acidente – perfuração nas mãos
e dedos, e iluminação
inadequada
Revisor
Revisa as peças prontas do setor,
verificando possíveis falhas e
separando-as, para os reparos
necessários.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Ajudante
Auxilia nas funções de costura e
revisão.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
■ Setor Lavanderia
Máquinas e Equipamentos: Centrifuga e máquina de lavar, caldeira.
No de Funcionários: 02 (Auxiliares de lavanderia).
Funções
Auxiliar
de lavanderia
102
Atividades
Executa a lavagem, pesagem e
desengomamento das peças.
Riscos
Físico – ruído
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ Setor Acabamento
Máquinas e Equipamentos: Máquina de costura reta, máquina de costura caseadeira,
máquina de costura traveti, máquina de pregar botões, máquina de costura overloque.
No de Funcionários: 02 (revisores de arremate), 10 (costureiros), 05 (operadores de
máquinas especiais), 02 (auxiliares de serviços gerais), 01 (pregador de botão).
Funções
Revisor de
arremate
Costureiro
Operador de
máquina
especial
Pregador de
botão
Auxiliar de
serviços gerais
Atividades
Riscos
Revisa e limpa as peças
arrematadas.
Químico – n-hexano e tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Reforça a costura nas peças
revisadas.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – perfuração nas mãos,
dedos e olhos, e iluminação
inadequada
Efetua caseamento e travete das
peças, prega botões e reforça
costura.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – perfuração nas mãos,
dedos e olhos, e iluminação
inadequada
Prega botões.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – perfuração nas mãos,
dedos e olhos, e iluminação
inadequada
Auxilia nos serviços gerais do setor.
Químico – n-hexano e tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – perfuração nas mãos,
dedos e olhos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
103
PPRA
■ Setor Passadoria
Máquinas e Equipamentos: Ferro de passar roupa.
No de Funcionários: 07 (passadores), 02 (ajudantes)
Funções
Passador
Ajudante
Atividades
Passa e dobra as peças prontas.
Efetua a separação das roupas a
serem passadas, e encaminha as
roupas passadas ao setor de
embalagem/ etiquetagem.
Riscos
Acidente - queimadura
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Ergonômico – postura
inadequada
■ Setor Etiquetagem (Código de barras)
Máquinas e Equipamentos: Máquina etiquetadeira.
No de Funcionários: 01 (etiquetador)
Funções
Atividades
Etiquetador
Opera máquina de pregar etiquetas
com código de barras.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
■ Setor Embalagem
Máquinas e Equipamentos: Máquina grampeadeira, Máquina empacotadeira.
No de Funcionários: 02 (embaladores ), 02 (ajudantes)
Funções
Embalador
Ajudante de
embalagem
104
Atividades
Riscos
Embala manualmente as peças de
roupas.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – queda de caixas
Auxilia o embalador.Auxilia o
embalador.
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Acidente – queda de caixas
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ Setor Expedição
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (faturista), 03 (ajudantes gerais), 02 (conferente)
Funções
Faturista
Ajudante geral
Conferente
Atividades
Riscos
Elabora notas fiscais e executa
tarefas administrativas afins.
Ergonômico – postura
inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
Auxilia em todas as funções
pertinentes ao setor.
Ergonômico – postura
inadequada
Realiza a leitura de código de barras
Ergonômico – postura
para controle de estoque de
inadequada
produtos.
■ Setor Compras
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (comprador).
Funções
Comprador
Atividades
Efetua a compra dos materiais e
equipamentos solicitados.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
■ Setor Gerência
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (gerente de produção).
Funções
Atividades
Gerente de
produção
Gerencia as operações referentes à
produção da empresa, planejando,
organizando e controlando as
atividades.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
105
PPRA
■ Setor Ambulatório
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (auxiliar de enfermagem do trabalho).
Funções
Auxiliar de
enfermagem do
trabalho
Atividades
Atua na triagem e atendimento
emergencial
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
Biológico – vírus, fungos e
bactérias
Acidente – perfuração e/ou corte
nas mãos e dedos, e quedas
■ Setor Recepção e Portaria
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (recepcionista) e 01 (porteiro).
Funções
Recepcionista
Porteiro
Atividades
Riscos
Recepciona clientes e visitantes
encaminhando-os aos setores
pertinentes.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Recepciona os veículos para carga
e descarga de materiais. Realiza a
conferência das cargas e das notas
fiscais e outros documentos
relativos aos materiais.
Ergonômico – postura
inadequada
■ Setor Secretaria
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (secretária).
Funções
Secretária
106
Atividades
Executa tarefas relativas à
anotação, redação, digitação e
organização de documentos entre
outros serviços pertinentes à
função.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada, monotonia e
repetitividade
Acidente – iluminação
inadequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ Setor Diretoria
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 02 (diretores).
Funções
Diretor
Atividades
Planeja, organiza, dirige e controla
as atividades da empresa.
Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
■ Setor Departamento Pessoal
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (encarregado de departamento pessoal), 01(auxiliar de departamento pessoal) e 01 (Office-boy).
Funções
Atividades
Riscos
Encarregado de
departamento
pessoal
Coordena as atividades do
departamento pessoal.
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Auxiliar
departamento
pessoal
Auxilia o encarregado do
departamento pessoal.
Ergonômico – postura
inadequada
Executa trabalhos internos e
externos, de coleta e entrega de
correspondência, documentos e
outros.
Ergonômico – postura
inadequada
Office-boy
■ Setor Manutenção
O serviço de manutenção é realizado por profissional terceirizado de acordo com a necessidade, portanto os risco identificados são variáveis.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
107
PPRA
■ 10.5.10. Avaliação Ambiental
10.5.10.1. Equipamentos e Metodologia
■ Risco Físico
■ Níveis de pressão sonora (ruído)
Os níveis de pressão sonora dos postos de trabalho foram quantificados através do aparelho medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro), calibrado conforme normas CEI
60651 e CEI 804 produzidas pela Commission Electrotechnical Internationale.
As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (slow) para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores de acordo com
as instruções da (NR-15, Anexo no 1).
Observação: Este anexo (NR-15) estabelece o Limite de tolerância (L.T.) de 85dB (A)
para uma jornada de 08:00h diárias de trabalho.
■ Dosimetria de Ruído
A dosimetria de ruído foi realizada com o aparelho denominado de dosímetro, para medir a quantidade de nível de pressão sonora em dB(A) a que o trabalhador está exposto em
uma jornada de trabalho de 08:00h, calibrado conforme normas CEI 60651 e CEI 804 produzidas pela Commission Electrotechnical Internationale.
As medições foram feitas na altura da zona auditiva dos trabalhadores, num período representativo da exposição ocupacional ao ruído em conformidade com os procedimentos
técnicos da Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 da Fundacentro, que por sua vez atende o disposto da NR-15.
A nomenclatura utilizada para a interpretação dos dados de dosimetria encontra-se descrita no quadro 10.
108
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Quadro 10 – Nomenclaturas utilizadas para interpretação dos dados do dosímetro.
Inicio
Término
Tempo de medida
Pausa
Início da medição em horas/minutos
Final da medição em horas/minutos
Tempo de medição em horas/minutos
Parada do tempo de medição em horas/minutos
Dose %
Representa a quantidade de energia sonora
recebida pelo trabalhador, expressa em
porcentagem de dose permitida diariamente.
Dose % - 8h
Representa o valor da % de dose, extrapolada
para um período de 8:00h.
Lav dB(A)
Nível médio de ruído.
Nível de ruído representativo da exposição
ocupacional relativo ao período de medição, que
considera os diversos valores de níveis
instantâneos ocorridos no período e os
parâmetros de medição predefinidos.
Max L dB(A)
É o nível de pressão sonora máximo para um
período de medição.
Max P dB(A)
É o pico de nível de pressão sonora máximo para
um período de medição.
■ Risco Químico
A avaliação química qualitativa do ambiente de trabalho foi realizada por inspeção das
instalações e dos processos produtivos, através da observação dos produtos químicos utilizados e armazenados e da existência de fibras coletadas para a determinação de suas dimensões. Foi realizado o monitoramento ambiental para a determinação quantitativa das
concentrações de solventes orgânicos através de análises de amostras de ar, coletadas de
forma passiva com amostradores afixados nos trabalhadores e de forma ativa no ambiente, ambos colocados à altura da zona respiratória dos funcionários.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
109
PPRA
A amostragem ativa foi realizada com tubo de carvão ativado, conectados a bombas de
ação contínua, operadas em baixo fluxo. As bombas foram calibradas antes e após cada coleta, conforme normas vigentes.
As análises das amostras de ar foram realizadas no Laboratório de Toxicologia do SESI-SP,
pela técnica de Cromatografia Gasosa em Coluna Capilar baseado no método NIOSH 1500
(National Institute of Occupational Safety and Health), adaptado às condições do mesmo.
■ Risco de Acidente
■ Níveis de Iluminância (Lux)
Os níveis de iluminância dos postos de trabalho foram medidos no campo de trabalho
onde o trabalhador executa sua atividade utilizando-se o aparelho luxímetro calibrado
anualmente conforme o método de comparação de acordo com o procedimento DME-LO-PC006, 2a edição, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
10.5.10.2. Resultados
■ A. Risco Físico
■ Ruído
O Nível de Pressão Sonora é uma medida instantânea para avaliar o ruído contínuo ou
intermitente. Apresentam-se a seguir as medições realizadas.
Ponto*
Locais
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
■ Recebimento de matéria prima
01
Área
70
■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos
02
Mesa de anotações
60
03
Computador
60
04
Máquina revisadeira de tecido
65
05
Corredor
66
06
Corredor
65
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
110
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Ponto*
Locais
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos (continuação)
07
Computador / mesa de anotações
60
08
Bancada de separação
60
09
Balança
60
10
Corredor
60
■ Enfesto / Corte
11
Mesa de anotações
70
12
Bancada enfesto / corte
70/87
13*
Bancada enfesto / corte
70/87
14*
Máquina entretela
70
15
Máquina entretela
70
16
Bancada separação / etiquetagem
70
17
Mesa de anotações
78
18
Computador
78
19
Bancada revisão
78
20*
Máquina de bordar automática
■ Bordado
70/87
■ Estamparia (silk-screen)
21
Mesa de anotações
56
22
Bancada de silk-screen
60/64
23
Bancada de silk-screen
60/64
24
Estufa de secagem (entrada)
68
25
Estufa de secagem (saída)
67
26
Bancada de revisão
63
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
111
PPRA
Ponto*
Locais
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
■ Costura
27
Máquina de costura reta
70
28
Máquina de costura reta
70
29*
Máquina de costura reta
70/78
30
Máquina de costura reta
70/77
31
Máquina de costura reta
70/77
32
Máquina de costura reta
70/77
33
Máquina de costura reta
70/77
34
Máquina de costura reta
70/77
35
Máquina de costura galoneira
70/78
36
Máquina de costura galoneira
70/78
37
Máquina de costura galoneira
70/78
38
Máquina de costura galoneira
70/78
39
Máquina de costura overloque
70/77
40
Máquina de costura overloque
70/77
41
Máquina de costura overloque
70/78
42
Mesa de anotações / controle
70/75
43
Bancada de separação / revisão
70/75
■ Acabamento
44
Bancada de separação
70/75
45
Máquina de costura reta
70/77
46
Máquina de costura reta
70/77
47
Máquina de costura reta
70/77
48
Máquina de costura overloque
70/78
49
Máquina de costura overloque
70/78
50*
Máquina de costura caseadeira
70/83
51*
Máquina de pregar ilhoses
70/80
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
112
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Ponto*
Locais
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
■ Acabamento (continuação)
52
Máquina de pregar botões
70/78
53
Máquina de pregar botões
70/78
54
Máquina de costura traveti
70/78
55
Máquina de costura traveti
70/78
56
Máquina de costura reta
70/78
57
Máquina de costura reta
70/78
58
Máquina de costura reta
70/78
59
Máquina de costura galoneira
70/78
60
Máquina de costura galoneira
70/82
61
Mesa de anotações / controle
74
62
Mesa do computador
72
63
Bancada de revisão
72
64
Mesa de passar
70
65
Mesa de passar
70
66
Mesa de passar
70
67
Mesa de passar
70
68
Mesa de passar
70
69
Mesa de passar
70
70
Mesa de passar
70
71
Mesa de passar
70
72
Mesa de passar
70
73
Bancada de apoio
60
■ Passadoria
■ Etiquetagem (Código de barras)
74
Bancada de etiquetagem
72
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
113
PPRA
Ponto*
Locais
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
■ Embalagem
75
Bancada de embalagem
70
76*
Máquina de lacrar caixa
72/84
77
Área
70
78
Mesa de anotações / computador
70
79
Área
70
■ Expedição
■ Produtos acabados
80
Mesa de anotações / computador
60
81
Corredor
65
82
Corredor
65
83
Centrífuga
80
84
Máquina de lavar
76/85
85
Máquina de lavar
76/85
■ Lavanderia
■ Criação e modelagem
86
Mesa estilista
58
87
Mesa modelista
60
88
Mesa moldador
57
■ Administração
89
Mesa da secretária
60
90
Mesa recepcionista
63
91
Mesa do encarregado de D.P.
60
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
114
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Ponto*
Nível de Pressão Sonora**
dB(A) Medido
Locais
■ Administração (continuação)
92
Mesa do auxiliar do D.P.
62
93
Mesa do gerente de produção
63
94
Mesa do comprador
62
95
Mesa do diretor
60
96
Mesa do diretor
60
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
A análise dos resultados obtidos nas avaliações de ruído e iluminância mostraram alterações nos setores de enfesto/corte e bordado para a medida do nível de pressão sonora,
conforme NR-15 – Atividades e operações insalubres, anexo no 1.
A Dosimetria de Ruído é a dose medida em um período projetada para jornada efetiva
de trabalho, determinando a dose diária. Foram escolhidos sete pontos de trabalho apresentados a seguir, para a interpretação dos resultados.
Ponto no 13
Função:
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
Cortador
Corte
__ / __ / ____
13:00h
15:18h
02:18h
14
42
78,7
102,1
132,6
dB(A)
60
65
70
75
80
85
90
95
>95
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
3,1
9,1
7,9
41,6
35,8
2,2
0,1
0,0
0,2
100,0
96,9
87,8
79,9
38,3
2,5
0,3
0,2
0,2
* resultados ampliados
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
115
PPRA
Ponto no 14
Função:
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Enfestador
Corte
__ / __ / ____
13:58h
16:03h
Tempo medição:
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
02:05h
10
37
77,7
98,8
133,2
dB(A)
55
60
65
70
75
80
85
90
95
>100*
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
0,5
4,1
12,3
24,6
30,2
19,3
7,7
1,1
0,1
0,1
100,0
99,5
95,4
83,1
58,5
28,3
9,0
1,3
0,2
0,1
* resultados ampliados
Ponto no 20
Função:
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
Operador de máquina
de bordar
Bordado
__ / __ / ____
08:09h
10:25h
02:16h
13
47
79,6
105,4
138,8
dB(A)
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
>105*
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
0,0
5,5
15,0
17,6
15,0
10,1
11,7
23,7
1,1
0,1
0,0
0,2
100,0
100,0
94,5
79,5
61,9
46,9
36,8
25,1
1,4
0,3
0,2
0,2
* resultados ampliados
116
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Ponto no 29
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Costura
__ / __ / ____
13:44h
15:52h
02:08h
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
8
30
76,4
91,3
124,2
dB(A)
65
70
75
80
85
90
95
85
>95*
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
1,2
22,9
62,4
13,3
0,1
0,0
0,0
23,7
0,1
100,0
98,8
75,9
13,5
0,2
0,1
0,0
25,1
0,1
* resultados ampliados
Ponto n 50
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
dB(A)
o
Acabamento
__ / __ / ____
08:07h
11:07h
02:24h
00:36h
12
39
78,2
95,0
139,9
55
60
65
70
75
80
85
90
95
>95*
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
0,9
3,6
1,7
29,2
38,9
16,6
7,9
1,1
0,0
0,1
100,0
99,1
95,5
93,8
64,6
25,7
9,1
1,2
0,1
0,1
* resultados ampliados
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
117
PPRA
Ponto no 51
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Acabamento
__ / __ / ____
13:58h
15:04h
01:06h
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
2
17
72,2
101,7
136,7
Ponto n 76
Setor:
Data:
Início:
Fim:
Tempo medição:
Pausa:
Dose %:
Dose % - 8 h:
Lav dB (A):
Max L dB (A):
Max P dB (A):
dB(A)
60
65
70
75
80
85
>90*
Embalagem
__ / __ / ____
12:57h
1:21h
02:16h
00:08h
24
59
81,2
112,3
141,7
0,1
47,1
33,2
13,8
4,1
1,2
0,5
100,0
99,9
52,1
19,6
5,8
1,7
0,5
* resultados ampliados
dB(A)
o
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
>105*
Cumulativo
Distribuição
Distribuição
%
%
0,3
3,0
11,2
20,8
20,5
19,5
17,7
5,5
1,2
0,1
0,2
100,0
99,7
96,7
85,5
64,7
44,2
24,7
7,0
1,5
0,3
0,2
* resultados ampliados
118
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Com relação a dosimetria de ruído, foi utilizada para interpretação dos resultados a comparação do nível médio de ruído Lav dB(A) com os dados do quadro a seguir, conforme estabelece a norma da Fundacentro NHO-01 de 1999. Podemos observar que as avaliações de
dosimetria de ruído, apresentaram resultados abaixo do limite de tolerância, 85dB(A) NR15, anexo no 1, para uma jornada diária de oito horas.
Quadro 11 – Valores para interpretação dos resultados para dosimetria
(Fundacentro NHO-01 de 1999).
Dose Diária
(%)
NEN*
dB(A)
Consideração
Técnica
Atuação
Recomendada
0 a 50
Até 82
Aceitável
No mínimo manutenção da
condição existente
50 a 80
82 a 84
Acima do nível de ação
Adoção de medidas
preventivas
80 a 100
84 a 85
Região de incerteza
Adoção de medidas
preventivas e corretivas
visando a redução da dose
diária
Acima de 100
>85
Acima do limite de
exposição
Adoção imediata de
medidas corretivas
NEN – Nível de exposição Normalizado
■ Vibração
A vibração observada foi de modo qualitativo.
■ Temperatura
A temperatura foi avaliada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo
(IBUTG), conforme definido pela NR-15, anexo no 3. Foram avaliados os ambientes internos
baseada na equação IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg, onde tbn é Termômetro de bulbo úmido natural e tg é Termômetro de globo.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
119
PPRA
Horário
Setor
Pontos
Tipo de
Atividade
Regime de
Trabalho
IBUTG
(°C)
tbn
(°C)
tg
(°C)
09:32
Corte
13
Moderado
Intermitente
26.1
24.1
30.7
09:52
Passadoria
69
Moderado
Intermitente
26.3
24.2
31.2
14:43
Almoxarifado de
tecidos
04
Moderado
Intermitente
26.4
24.0
32.0
15:15
Embalagem
75
Moderado
Intermitente
25.1
23.0
30.1
15:45
Expedição
78
Moderado
Intermitente
26.4
24.1
31.9
Os dados de temperatura foram avaliados em comparação ao quadro 12, que estabelece o limite de tolerância de 26,7ºC (IBUTG) para tipo de atividade moderada e regime de trabalho contínuo.
Quadro 12 – Limite de tolerância de IBUTG para tipo de atividade
moderada(adaptado da NR-15, anexo no 3, quadro no 1).
Regime de trabalho intermitente
com descanso no próprio local de
trabalho (por hora)
Moderada
Até 26,7
Trabalho contínuo
45 minutos trabalho
15 minutos descanso
26,8 a 28,0
30 minutos trabalho
30 minutos descanso
28,1 a 29,4
15 minutos trabalho
45 minutos descanso
29,5 a 31,1
Não é permitido o trabalho
sem a adoção de medidas
adequadas de controle
120
Tipo de Atividade
Acima de 31,1
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ B. Risco Químico
Considerando a incidência nos produtos químicos observados e os limites de tolerância
estipulados, decidiu-se avaliar o risco químico pelas concentrações dos agentes tolueno e
n-hexano. As concentrações destes no ambiente de trabalho dos setores de estamparia e
acabamento, quantificadas por amostragem ativa no ambiente e de forma passiva nos trabalhadores, estão representadas respectivamente nos quadros 13 e 14.
Quadro 13 – Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma ativa.
Setor/Fonte
Estamparia
Acabamento
Concentração (ppm)
Ponto
tolueno
n-hexano*
22
10
13
23
12
10
61
NE
<10
62
NE
<10
Limite de tolerância
78 (NR-15) 50 (ACGIH)
ACGIH – “American Conference of Governmental Industrial Hygienists”.
NR-15 – Norma Regulamentadora No 15, anexo no 11, quadro no 1.
ppm - partes por milhão. NE - não encontrado.
*O n-hexano é o principal componente da benzina.
Quadro 14 – Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma passiva.
Setor/Fonte
Estamparia
Acabamento
Concentração (ppm)
Funcionário
do Ponto
tolueno
n-hexano*
22
15
10
23
27
<10
61
NE
<10
62
NE
<10
Limite de tolerância
78 (NR-15) 50 (ACGIH)
ACGIH – “American Conference of Governmental Industrial Hygienists”.
NR-15 – Norma Regulamentadora No 15, anexo no 11, quadro no 1.
ppm - partes por milhão. NE - não encontrado.
*O n-hexano é o principal componente da benzina.
Conforme observado nos quadros 13 e 14, os resultados obtidos estão abaixo do nível
de ação definido como 50% do Limite de Tolerância.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
121
PPRA
■ C. Risco Biológico
As avaliações foram feitas de forma qualitativa e foi observado que nas atividades do processo produtivo principal não há exposição a agentes biológicos. Nos serviços de apoio, tais
como: ambulatório médico, serviços de limpeza de sanitários, refeitório, vestiário e coleta de
resíduos sólidos pode ocorrer trabalhadores expostos a determinados agentes biológicos.
■ D. Risco Ergonômico
Os setores avaliados qualitativamente podem apresentar situações ergonômicas desfavoráveis aos trabalhadores, principalmente a dificuldade de ajuste no posto de trabalho
considerando a manutenção de uma postura fixa (trabalho sentado, trabalho em pé).
■ E. Risco de Acidente
O nível de iluminância é uma variável que abaixo do adequado pode influenciar na ocorrência de acidentes de trabalho.
Para a avaliação desta variável foram considerados os valores estabelecidos na
NR 17.5.3 que remete a NBR 5413 de abril de 1992. O item 5.3 classifica Iluminância em
lux, por tipo de atividade, sendo que a indústria do vestuário encontra-se no subitem 5.3.53.
Postos de trabalho avaliados não contemplados neste subitem foram comparados com valores estabelecidos para outros tipos de atividade nos subitens:
■
■
■
■
■
5.3.3 bancos;
5.3.14 escritórios;
5.3.43 indústria de fumos;
5.3.45 indústrias de gravação de desenhos e dizeres;
5.3.57 locais de armazenamento.
O item 5.2 da NBR 5413 de abril de 1992 apresenta, seleção de iluminação que tem no
seu subitem 5.2.4 três níveis de iluminância, porém na avaliação apresentada no quadro a
seguir consideramos a explicação contida em 5.2.4.1 valor do meio.
122
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Pontos
Local
Item de
referência
NBR 5413
Nível de
Iluminância
Lux Medido
NBR 5413
Mínimo Lux
Exigido*
5.3.57
500 / 2000
200
■ Recebimento de matéria prima
01
Área
■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos
02
Mesa de anotações
5.3.57
500
200
03
Computador
5.3.57
500
200
04
Máquina revisadeira de tecido
5.3.53
2050
2000
05
Corredor
5.3.57
200/250
200
06
Corredor
5.3.57
300
200
07
Computador / mesa de anotações
5.3.57
500
200
08
Bancada de separação
5.3.57
550
200
09
Balança
5.3.57
400
200
10
Corredor
5.3.57
200 / 300
200
■ Enfesto / Corte
11
Mesa de anotações
5.3.53
1000
1000
12
Bancada enfesto / corte
5.3.53
1050
1000
13*
Bancada enfesto / corte
5.3.53
1100
1000
14*
Máquina entretela
5.3.53
1000
1000
1000
Máquina entretela
5.3.53
1080
1000
16
Bancada separação / etiquetagem
5.3.53
1020
1000
■ Bordado
17
Mesa de anotações
5.3.53
1000
1000
18
Computador
5.3.53
1000
1000
19
Bancada revisão
5.3.53
950
1000
20*
Máquina de bordar automática
5.3.53
1000
1000
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
123
PPRA
Pontos
Local
Item de
referência
NBR 5413
Nível de
Iluminância
Lux Medido
NBR 5413
Mínimo Lux
Exigido*
■ Estamparia (silk-screen)
21
Mesa de anotações
5.3.45
700
2000
22
Bancada de silk-screen
5.3.45
1600
2000
23
Bancada de silk-screen
5.3.45
1250
2000
24
Estufa de secagem (entrada)
5.3.45
700
2000
25
Estufa de secagem (saída)
5.3.45
800
2000
26
Bancada de revisão
5.3.45
700
2000
■ Costura
27
Máquina de costura reta
5.3.53
400
1000
28
Máquina de costura reta
5.3.53
450
1000
29*
Máquina de costura reta
5.3.53
500
1000
30
Máquina de costura reta
5.3.53
600
1000
31
Máquina de costura reta
5.3.53
550
1000
32
Máquina de costura reta
5.3.53
550
1000
33
Máquina de costura reta
5.3.53
550
1000
34
Máquina de costura reta
5.3.53
600
1000
35
Máquina de costura galoneira
5.3.53
600
1000
36
Máquina de costura galoneira
5.3.53
400
1000
37
Máquina de costura galoneira
5.3.53
500
1000
38
Máquina de costura galoneira
5.3.53
570
1000
39
Máquina de costura overloque
5.3.53
550
1000
40
Máquina de costura overloque
5.3.53
600
1000
41
Máquina de costura overloque
5.3.53
800
1000
42
Mesa de anotações / controle
5.3.53
700
1000
43
Bancada de separação / revisão
5.3.53
700
1000
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
124
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Pontos
Local
Item de
referência
NBR 5413
Nível de
Iluminância
Lux Medido
NBR 5413
Mínimo Lux
Exigido*
■ Acabamento
44
Bancada de separação
5.3.53
1000
1000
45
Máquina de costura reta
5.3.53
500
1000
46
Máquina de costura reta
5.3.53
450
1000
47
Máquina de costura reta
5.3.53
500
1000
48
Máquina de costura overloque
5.3.53
600
1000
49
Máquina de costura overloque
5.3.53
600
1000
50*
Máquina de costura caseadeira
5.3.53
650
1000
51*
Máquina de pregar ilhoses
5.3.53
500
1000
52
Máquina de pregar botões
5.3.53
550
1000
53
Máquina de pregar botões
5.3.53
580
1000
54
Máquina de costura traveti
5.3.53
600
1000
55
Máquina de costura traveti
5.3.53
500
1000
56
Máquina de costura reta
5.3.53
550
1000
57
Máquina de costura reta
5.3.53
500
1000
58
Máquina de costura reta
5.3.53
450
1000
59
Máquina de costura galoneira
5.3.53
500
1000
60
Máquina de costura galoneira
5.3.53
550
1000
61
Mesa de anotações / controle
5.3.53
1000
1000
62
Mesa do computador
5.3.53
1100
1000
63
Bancada de revisão
5.3.53
1120
1000
■ Passadoria
64
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
65
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
66
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
67
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
68
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
125
PPRA
Pontos
Local
Item de
referência
NBR 5413
Nível de
Iluminância
Lux Medido
NBR 5413
Mínimo Lux
Exigido*
■ Passadoria (continuação)
69
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
70
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
71
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
72
Mesa de passar
5.3.53
1000
1000
73
Bancada de apoio
5.3.53
980
1000
5.3.53
2000
2000
■ Etiquetagem (Código de barras)
74
Bancada de etiquetagem
■ Embalagem
75
Bancada de embalagem
5.3.43
500
500
76*
Máquina de lacrar caixa
5.3.43
500
500
77
Área
5.3.43
500
500
■ Expedição
78
Mesa de anotações / computador
5.3.57
500
200
79
Área
5.3.57
500
200
■ Produtos acabados
80
Mesa de anotações / computador
5.3.57
500
200
81
Corredor
5.3.57
550
200
82
Corredor
5.3.57
450
200
■ Lavanderia
83
Centrífuga
5.3.55
150
200
84
Máquina de lavar
5.3.55
140/300
200
85
Máquina de lavar
5.3.55
140/300
200
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
126
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
Pontos
Local
Item de
referência
NBR 5413
Nível de
Iluminância
Lux Medido
NBR 5413
Mínimo Lux
Exigido*
■ Criação e modelagem
86
Mesa estilista
5.3.14
450
500
87
Mesa modelista
5.3.14
460
500
88
Mesa moldador
5.3.14
450
500
■ Administração
89
Mesa da secretária
5.3.3
400
500
90
Mesa recepcionista
5.3.3
450
500
91
Mesa do encarregado de D.P.
5.3.3
400
500
92
Mesa do auxiliar do D.P.
5.3.3
390
500
93
Mesa do gerente de produção
5.3.3
450
500
94
Mesa do comprador
5.3.3
460
500
95
Mesa do diretor
5.3.3
500
500
96
Mesa do diretor
5.3.3
520
500
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
Para o nível de iluminância encontramos alterações nos setores de bordado, estamparia, costura, acabamento, lavanderia, criação, modelagem e administração. Conforme NR15, anexo no 4, níveis mínimos de iluminamento e lux, por tipos de atividade, foi revogado
pela Portaria no 3751 de 23/11/1990 (ver item 17.5.3.3 da NR-17).
■ 10.5.11. Estabelecimento de prioridades e
metas de avaliação
Após a avaliação dos agentes ambientais, constatamos que deverão ser tomadas medidas
que minimizem a exposição aos riscos físico (ruído), biológico, ergonômico e de acidente.
■ Risco Físico (Ruído)
Os setores de enfesto, corte e bordado, apresentaram ruído acima de 85 dB(A), havendo necessidade inicial de implantação de manutenção preventiva nas máquinas envolvidas e utiliza-
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
127
PPRA
ção de equipamento de proteção individual auditiva por parte dos trabalhadores. Por se tratar
de uma medida que não exige grandes investimentos, deve ser implantada de imediato.
■ Risco Biológico
É necessário uma higienização adequada de locais como ambulatório médico, serviços
de limpeza de sanitários, refeitório, vestiário e coleta de resíduos sólidos. Os trabalhadores
que executam essas atividades deverão sempre fazer uso dos equipamentos de proteção individual adequados, por exemplo: luvas de látex, botas de borracha e máscara.
■ Risco Ergonômico
Os setores apresentaram diversas situações que mostram condições ergonômicas que
podem ser desfavoráveis aos trabalhadores. É necessário um estudo detalhado e ações que
visem neutralizar ou minimizar desconfortos ao trabalhador no ambiente de trabalho.
■ Risco de Acidente
Os setores de corte e almoxarifado são os que apresentam maiores riscos de acidentes.
No setor de corte, o risco de ferimentos e até amputação nas mãos e dedos pode ocorrer
se não houver treinamento adequado para a utilização da máquina e equipamento de proteção individual (luvas de malha de aço). No setor de almoxarifado o risco de queda de caixas sobre o funcionário é grande, devendo haver uma adequação da altura máxima para armazenamento de produtos. Por se tratar de ações rápidas e de baixo custo, as mesmas podem ser executadas de imediato.
O nível de iluminância em vários setores esta abaixo do mínimo exigido pela legislação
NBR 5413 de abril de 1992. Por demandar maiores investimentos as correções deverão ser
realizadas em duas etapas:
■ a primeira nos próximos quatro meses do cronograma, nos setores de estamparia,
costura e acabamento;
■ a segunda, a partir do quinto mês nos setores de bordado, lavanderia, criação, modelagem e administração.
128
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PPRA
■ 10.5.12. Cronograma de ações do PPRA para a
empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz
Setor
Eventos
propostos
Data para execução
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Todos
Análise ergonômica e
início das ações
propostas
Almoxarifado
Reorganização e
estabelecimento de
altura máxima para
estoque de matéria prima
Estamparia,
costura e
acabamento
Adequar a iluminação
aos limites mínimos
exigidos por lei
Bordado,
lavanderia,
criação,
modelagem e
administração
Adequar a iluminação
aos limites mínimos
exigidos por lei.
Corte
Providenciar luvas de
malha de aço
X
Enfesto, corte e
bordado
Necessário a utilização
de protetores auditivos
X
X
X
X X X X
X
OBSERVAÇÕES
Comunicar ao responsável pelo PPRA após providenciar os eventos propostos.
Nota: As datas para execução sugeridas são definidas pelo empregador.
Vestuário Vestido
Diretor de R.H.
dia
mês
ano
Colete de Lã
Eng. de Segurança do Trabalho
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
129
PPRA
■ 10.5.13. Conclusão
Conforme as avaliações quantitativas e qualitativas realizadas na
Indústria do Vestuário Roupa Feliz, podemos concluir que poucos são
os agentes ambientais existentes na empresa que não estão em
conformidade com o que a legislação estabelece.
As medidas propostas são de fácil execução por parte da empresa,
M
O
D
EL
O
devendo respeitar as datas propostas para as ações.
O cronograma foi discutido e aprovado em reunião com a presença
do Sr. Diretor Vestuário Vestido, Sr. Gerente de Produção Camisa de
Algodão, Sr. Encarregado do Departamento Pessoal Roupa de
Trabalho, Sr. Engenheiro de Segurança Colete de Lã, Sr. Médico
Coordenador Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho e representantes
da CIPA, em
/
dia
/
mês
.
ano
Cidade,
/
dia
mês
Colete de Lã
Vestuário Vestido
Engenheiro de Segurança
Diretor do R.H.
/
.
ano
CREA no
130
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
11
Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO)
11.1. Introdução
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR-07),tem por finalidade promover a saúde, prevenir as doenças e acidentes de trabalho, contribuindo para
uma melhor qualidade de vida do trabalhador. Este programa deve estar articulado com o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-9).
11.2. Conceito
É um programa de controle médico relacionado à higiene, segurança e saúde dos trabalhadores.
11.3. Objetivo
O programa tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores da empresa, através da prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis danos à
saúde relacionados ao trabalho.
11.4. Estrutura
O PCMSO é um planejamento de ações da área médica, estruturado com as informações contidas no PPRA, que define parâmetros para o controle biológico da população de trabalhadores, contendo as seguintes informações:
■ Identificação da empresa;
■ Observação dos riscos ambientais realizados pelo PPRA;
■ Programação dos exames médicos ocupacionais por setores: exames clínicos e exames complementares, direcionados para os riscos detectados;
■ Registro de dados dos exames médicos ocupacionais;
■ Tratamento e análise estatística dos dados obtidos;
■ Planos de ação preventivos de doenças ocupacionais e não ocupacionais;
■ Elaboração de atestados de saúde ocupacional e do relatório anual do PCMSO.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
131
PCMSO
11.5. Modelos de documentos
A seguir encontra-se um modelo dos documentos que compõem o PCMSO contendo os princípios básicos para atender as necessidades da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
11.5.1.
Carta de apresentação (1a e 2a via)
11.5.2.
Capa
11.5.3.
Introdução e objetivo
11.5.4.
Apresentação
11.5.5.
Perfil da empresa
11.5.6.
Estrutura do PCMSO
11.5.6.1. Coordenador do PCMSO
11.5.6.2. Competências e responsabilidades
11.5.6.3. Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT
11.5.6.4. Exames médicos ocupacionais
11.5.6.5. Controle biológico para riscos ambientais por setores, funções e
periodicidade
11.5.7.
Relatório Anual do PCMSO
11.5.8.
Primeiros Socorros
11.5.9.
Atestado de Saúde Ocupacional
11.5.10. Outras atividades em saúde do trabalhador
132
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ 11.5.1. Carta de Apresentação (1a via)
Cidade,
/
dia
/
mês
ano
Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido
Encaminhamos para a sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
M
O
D
EL
O
O programa consta essencialmente da realização de exames médicos e foi
elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em
/
dia
/
mês
e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.
ano
O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de
trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na
alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar
a este serviço médico, tais mudanças.
Ao término do atendimento médico com os exames complementares
concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,
sendo a primeira via da empresa e a segunda do trabalhador.
Os casos suspeitos ou diagnosticados como doença ocupacional devem ser
notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho –
CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve
retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame
Médico - CREM/CPMAT.
Dúvidas ou informações podem ser esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-
999.9999.
Atenciosamente,
Roupa Branca Saúde do Trabalhador
Médico do Trabalho
1a via – Diretor da empresa
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
133
PCMSO
■ 11.5.1. Carta de Apresentação (2a via)
Cidade,
/
dia
/
mês
ano
Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido
Encaminhamos para a sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
M
O
D
EL
O
O programa consta essencialmente da realização de exames médicos e foi
elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em
/
dia
/
mês
e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.
ano
O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de
trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na
alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar
a este serviço médico, tais mudanças.
Ao término do atendimento médico com os exames complementares
concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,
sendo a primeira via da empresa e a segunda do trabalhador.
Os casos suspeitos ou diagnosticados como doença ocupacional devem ser
notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho –
CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve
retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame
Médico - CREM/CPMAT.
Dúvidas ou informações podem ser esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-
999.9999.
Atenciosamente,
Roupa Branca Saúde do Trabalhador
Médico do Trabalho
2a via – Protocolo de cópia recebida
134
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ 11.5.2. Capa
PCMSO
M
O
D
EL
O
PROGRAMA DE CONTROLE
MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL
INDÚSTRIA DO
VESTUÁRIO
ROUPA FELIZ
/
MÊS
ANO
A
/
MÊS
ANO
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
135
PCMSO
■ 11.5.3. Introdução e Objetivo
A Norma Regulamentadora (NR-07) estabelece a obrigatoriedade da promoção e preservação da saúde dos trabalhadores da empresa, através de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
O cumprimento deste é de responsabilidade do empregador.
■ 11.5.4. Apresentação
O desenvolvimento do PCMSO está sob a responsabilidade do médico do trabalho
Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho registrado no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
■ 11.5.5. Perfil da empresa
Razão Social:
Indústria do Vestuário Roupa Feliz
Proprietário:
Feliz Roupa dos Santos
Endereço:
Rua da Confecção No 99
CEP:
99999 – 999
Telefone:
( 0XX – 99 ) 999-9999
Fax:
( 0XX – 99 ) 999-9999
e-mail
[email protected]
CNPJ:
99.999.999 / 9999 – 99
Inscrição Estadual:
999.999.999 – 999
Atividade
Confecção de outras peças do vestuário
CNAE* (NR-04):
18.12-0
Grau de Risco:
02
No de funcionários:
95
Horário de Trabalho:
De segunda a sexta-feira das 07:20 às 17:30h
01 hora de almoço e 15 min de descanso à tarde
Área do Terreno:
1.600 m2
Área Construída:
800 m2
Piso:
Predominantemente em concreto, algumas partes com
revestimento.
136
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
Parede:
Alvenaria.
Cobertura:
Telhado com telhas fibrocimento intercaladas com
telhas translúcidas de policarbonato.
Aeração:
Natural e auxiliada por ventilação forçada.
Iluminação:
Natural e artificial
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz possui 95 funcionários predominantemente do sexo
feminino,concentrados na faixa etária de 25 a 30 anos.
Quadro 15 – Distribuição da população por faixa etária e sexo*
Faixa
Etária
FEM
–| 20
3
3,16%
1
1,05%
4
4,21%
20 |– 25
9
9,47%
4
4,21%
13
13,68%
25 |– 30
16
16,84%
4
4,21%
20
21,05%
30 |– 35
14
14,74%
1
1,05%
15
15,79%
35 |– 40
14
14,74%
2
2,11%
16
16,84%
40 |– 45
11
11,58%
2
2,11%
13
13,68%
45 |– 50
8
8,42%
—
—
8
8,42%
50 |– 55
4
4,21%
—
—
4
4,21%
55 |–
2
2,11%
—
—
2
2,11%
Total
81
14
14,74%
95
100,00%
%
85,26%
MASC
%
Total
%
Fonte: Dados RH / INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ
* Os valores percentuais apresentam diferenças pela soma dos valores de cada componente devido a arredondamentos de cálculo matemático a partir
da segunda casa decimal.
■ 11.5.6. Estrutura
Este Programa está constituído por um planejamento de atendimento aos funcionários
de acordo com o possível risco a que estão expostos. A ocorrência destes riscos foi estabelecida baseada em visita aos postos de trabalho e consulta ao Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA).
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
137
PCMSO
Ao término do PCMSO será emitido relatório anual das atividades realizadas, contendo
a descrição, a abrangência , os resultados de ações específicas e as recomendações.
■ 11.5.6.1. Coordenador do PCMSO
Nome
Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho
Título profissional
Médico Especialista em Medicina do Trabalho
Registro no CRM – SP
no 00.000
■ 11.5.6.2. Competências e Responsabilidades
De acordo com a CLT, o empregador deve garantir a elaboração e efetiva implementação
do PCMSO, zelando pela sua eficácia.
Cabe ao empregador, custear todos os procedimentos relacionados ao PCMSO, comprovando a execução das despesas quando solicitado pela fiscalização do trabalho.
A empresa deve indicar um médico coordenador responsável pela execução deste programa.
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é desobrigada de manter um médico do trabalho em
seu quadro de funcionários de acordo com a NR-4. No entanto, esta deve designar um coordenador do PCMSO, empregado ou não da empresa.
Os trabalhadores devem comparecer no ambulatório médico para a realização do exame
clínico-ocupacional conforme agendamento.
Os exames complementares devem ser realizados mediante solicitação médica, e o resultado destes, entregue pessoalmente a este serviço médico.
O ASO deve ser assinado pelo trabalhador que receberá uma cópia.
Os dados deste programa devem ser mantidos pela empresa por um período mínimo de
vinte anos após o desligamento do trabalhador.
A avaliação clínica e os exames complementares devem ser registrados em prontuário
clínico individual sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO.
Sempre que ocorrer um acidente de trabalho (tipo ou de trajeto), uma doença profissional ou uma doença do trabalho, o médico coordenador do PCMSO deve solicitar à empresa
a emissão da CAT. (Modelo do documento apresentado na p.189).
138
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
Quando necessário, o trabalhador deve ser afastado da exposição ao risco ou até mesmo
do trabalho, sendo encaminhado à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal,
avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho.
Os exames médicos ocupacionais devem considerar o estado de saúde do trabalhador,
a atividade laboral, a existência da exposição ao agente agressor, o local e as condições de
trabalho. Todos os trabalhadores da empresa devem ser examinados clinicamente pelo médico do trabalho, realizando os exames complementares de acordo com a existência de fatores de risco em seu ambiente de trabalho. A periodicidade dos exames médicos devem
considerar a idade e a função do trabalhador, podendo ser realizados semestralmente, anualmente ou bienalmente. Os exames médicos obrigatórios a serem realizados são o admissional, o periódico, o de retorno ao trabalho, o de mudança de função e o demissional. As
características de cada um destes está descrita no quadro 16.
Os exames complementares para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz
serão solicitados de acordo com o risco ocupacional a que estão expostos baseado nos dados do PPRA e na observação dos postos de trabalho.
Quadro 16 - Exames médicos ocupacionais.
Tipo de exame
Admissional
Periódico
característica
Realizado antes de iniciar suas atividades na empresa.
semestral
Para trabalhadores expostos a riscos específicos,
em atividades insalubres ou periculosas.
anual
Para menores de 18 anos e para maiores de 45 anos.
bienal
Para trabalhadores entre 18 e 45 anos não expostos
a riscos específicos.
Retorno ao trabalho
Os trabalhadores que se ausentarem do serviço por motivos de
saúde num período igual ou superior a trinta dias, devem realizar
exame médico antes de retornar ao trabalho.
Mudança de função
Quando ocorrer exposição a risco diferente da exposição atual de
trabalho, conhecido como mudança de posto de trabalho.
Demissional
Realizado até a data da homologação desde que o último exame
médico ocupacional tenha sido realizado há mais de cento e trinta e
cinco dias.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
139
PCMSO
Quadro 17 – Parâmetro mínimo adotado para exame complementar de acordo
com o risco ocupacional existente.
Risco Ocupacional
Exame complementar
Ergonômico
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular.
Exame oftalmológico.
ANUAL
Exame clínico com atenção para
sistema auditivo.
ADMISSIONAL DE REFERÊNCIA 6 MESES
APÓS A ADMISSÃO ANUAL
Exame audiométrico
ADMISSIONAL DE REFERÊNCIA 6 MESES
APÓS A ADMISSÃO ANUAL
Físico – Vibração
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular e
vascular.
ANUAL
Químico
n – hexano
Exame clínico com atenção para
sistema nervoso e
dermatológico.
Dosagem de 2,5-hexanodiona na
urina.
SEMESTRAL
Químico – Tolueno
Exame clínico com atenção para
sistema nervoso e
dermatológico.
Dosagem de ácido hipúrico na
urina.
SEMESTRAL
Físico – Ruído
Periodicidade
Avaliações psicológicas específicas para os trabalhadores poderão ser desenvolvidas
se necessário.
O intervalo de realização pode ser reduzido a critério do médico coordenador do PCMSO,
ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva do trabalho.
140
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ 11.5.6.3. Controle biológico para riscos ambientais por setores,
funções e periodicidade
■ Setor Criação
Funções: 01 (estilista).
No de Funcionários: 01
Funções
Riscos
Estilista
Controle
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Periodicidade
Anual
■ Setor Modelagem
Funções: 01 (modelista), 01 (moldador/ riscador).
No de Funcionários: 02
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Modelista
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
Acidente – perfuração
o aparelho osteomuscular
e/ou corte nas mãos e
Exame oftalmológico
dedos, e iluminação
inadequada
Anual
Moldador /
riscador
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
o aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Anual
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
141
PCMSO
■ Setor Almoxarifado de Tecidos
Funções: 01 (encarregado de estoque), 01 (conferente), 01 (auxiliar de almoxarifado), 01
(revisor de tecido).
No de Funcionários: 04
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Encarregado
de estoque
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Conferente
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Auxiliar
almoxarifado
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Revisor de
tecido
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
■ Setor Almoxarifado de Aviamentos
Funções: 01 (conferente), 01 (auxiliar de almoxarifado).
No de funcionários: 02
142
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Auxiliar
almoxarifado
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Conferente
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
o aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ Setor Recebimento de Matéria Prima
Funções: 01 (conferente)
No de funcionários: 01
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Conferente
Ergonômico – postura
inadequada e
levantamento e
transporte manual de
peso
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
■ Setor Produtos Acabados
Funções: 01 (revisor)
No de funcionários: 01
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Conferente
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – quedas e
entorses
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
■ Setor Enfesto e Corte
Funções: 01 (enfestador), 02 (cortador), 01 (auxiliar de corte), 01 (auxiliar de corte), 01
(etiquetador)
No de funcionários: 6
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Enfestador
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Etiquetador
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
143
PCMSO
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Cortador
Físico – ruído e
vibração
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – Corte nas
mãos e dedos
Audiometria completa
Exame clínico com atenção para
sistema auditivo, aparelho
osteomuscular e vascular
Exame oftalmológico
Admissional de
referência, 6
meses após
admissão e
anual
Anual
Auxiliar
de corte
Físico – ruído
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – Corte nas
mãos e dedos
Audiometria completa
Exame clínico com atenção para
sistema auditivo e aparelho
osteomuscular
Exame oftalmológico
Admissional de
referência, 6
meses após
admissão e
anual
Anual
■ Setor Bordado
Funções: 03 (bordador)
No de funcionários: 3
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Bordador
Físico – ruído
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – perfuração
nas mãos e dedos, e
iluminação
inadequada
Audiometria completa
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Admissional de
referência,
6 meses após
admissão
e anual
Anual
■ Setor Estamparia (Silk Screen)
Funções: 03 (estampador)
No de funcionários: 3
144
Funções
Riscos
Estampador
Químico – n-hexano e
tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – iluminação
inadequada
Controle
Periodicidade
Exame clínico com atenção para
sistema nervoso e dermatológico
e aparelho osteomuscular
Semestral
Exame oftalmológico
Dosagem de 2,5 hexanodiona
(urina)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ Setor Costura
Funções: 16 (costureiro), 03 (revisor), 02 (ajudante)
No de funcionários: 21
Funções
Riscos
Controle
Costureiro
Físico – Vibração
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – perfuração
nas mãos e dedos, e
iluminação
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular e
vascular
Exame oftalmológico
Anual
Revisor
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular e
vascular
Exame oftalmológico
Anual
Ajudante
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Anual
Periodicidade
■ Setor Lavanderia
Funções: 02 (auxiliar de lavanderia)
No de funcionários: 2
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Auxiliar de
lavanderia
Físico – ruído
Ergonômico – postura
inadequada
Acidente – iluminação
inadequada
Audiometria completa
Exame clínico com atenção para
sistema auditivo, nervoso,
dermatológico e aparelho
osteomuscular
Exame oftalmológico
Admissional de
referência, 6
meses após
admissão e
anual
Semestral
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
145
PCMSO
■ Setor Acabamento
Funções: 07 (revisor de arremate), 10 (costureiro), 05 (operador de máquina especial),
01 (pregador de botão), 02 (auxiliares de serviços gerais)
No de funcionários: 20
Funções
146
Riscos
Controle
Revisor de
arremate
Químico – n-hexano e
tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Hemograma completo com
dosagem de plaquetas
Dosagem de 2,5 hexanodiona
(urina)
Dosagem de ácido hipírico
(urina)
Exame clínico com atenção para
sistema nervoso, dermatológico
e respiratório
Exame oftalmológico
Costureiro
Ergonômico – postura
inadequada e
Exame clínico com atenção para
repetitividade
Acidente – perfuração aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
nas mãos, dedos e
olhos, e iluminação
inadequada
Anual
Operador de
máquina
especial
Ergonômico – postura
inadequada e
Exame clínico com atenção para
repetitividade
Acidente – perfuração aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
na mão, dedos e
olhos, e iluminação
inadequada
Anual
Pregador
de botão
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Exame clínico com atenção para
Acidente – perfuração aparelho osteomuscular
nas mãos, dedos e
Exame oftalmológico
olhos, e iluminação
inadequada
Anual
Periodicidade
Semestral
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Auxiliar de
serviços
gerais
Químico – n-hexano e
tolueno
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – perfuração
nas mãos, dedos e
olhos
Hemograma completo com
dosagem de plaquetas
Dosagem de 2,5 hexanodiona
(urina)
Dosagem de ácido hipírico
(urina)
Exame clínico com atenção para
sistema nervoso e dermatológico
Exame oftalmológico
Semestral
Periodicidade
■ Setor Passadoria
Funções: 07 (passador), 02 (ajudante)
No de funcionários: 9
Funções
Riscos
Controle
Passador
Acidente –
queimadura
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Exame clínico com atenção para
aparelho cardiovascular e
osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Ajudante
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho cardiovascular e
osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
■ Setor Etiquetagem (Código de barras)
Funções: 01 (etiquetador)
No de funcionários: 1
Funções
Riscos
Controle
Etiquetador
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Periodicidade
Anual
147
PCMSO
■ Setor Embalagem
Funções: 02 (embalador), 02 (ajudante de embalagem)
No de funcionários: 4
Funções
Riscos
Controle
Embalador
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – queda de
caixas
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Ajudante de
embalagem
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade
Acidente – queda de
caixas
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Periodicidade
■ Setor Expedição
Funções: 01 (faturista), 03 (ajudante geral), 02 (conferente)
No de funcionários: 6
148
Funções
Riscos
Controle
Faturista
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Ajudante
geral
Ergonômico – postura
inadequada e
levantamento e
transporte manual de
peso
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Conferente
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Periodicidade
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ Setor Compras
Funções: 01 (comprador).
No de funcionários: 01
Funções
Comprador
Riscos
Controle
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Periodicidade
Anual
■ Setor Gerência
Funções: 01 (gerente de produção).
No de funcionários: 01
Funções
Gerente de
produção
Riscos
Controle
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Periodicidade
Anual
■ Setor Ambulatório
Funções: 01 (auxiliar de enfermagem do trabalho).
No de funcionários: 01
Funções
Auxiliar de
enfermagem
do trabalho
Riscos
Controle
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
Biológico – vírus,
aparelho osteomuscular
fungos e bactérias
Acidente – perfuração Exame oftalmológico
e/ou corte nas mãos e
dedos, e quedas
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Periodicidade
Anual
149
PCMSO
■ Setor Recepção e Portaria
Funções: 01 (porteiro) e 01 (recepcionista).
No de funcionários: 02
Funções
Recepcionista
Porteiro
Riscos
Controle
Periodicidade
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Anual
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Ergonômico – postura
inadequada
■ Setor Secretaria
Funções: 01 (secretária).
No de funcionários: 01
Funções
Secretária
Riscos
Controle
Ergonômico – postura
inadequada,
Exame clínico com atenção para
monotonia e
aparelho osteomuscular
repetitividade
Exame oftalmológico
Acidente – iluminação
inadequada
Periodicidade
Anual
■ Setor Diretoria
Funções: 02 (diretores).
No de funcionários: 02
150
Funções
Riscos
Controle
Diretor
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Periodicidade
Anual
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ Setor Departamento Pessoal
Funções: 01 (encarregado de departamento pessoal), 01 (auxiliar de departamento
pessoal) e 01 (Office-boy).
No de funcionários: 03
Funções
Riscos
Controle
Periodicidade
Encarregado
de
departamento
pessoal
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular
Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Anual
Auxiliar
departamento
pessoal
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
Office-boy
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
aparelho osteomuscular
Exame oftalmológico
Anual
■ Setor Manutenção
O serviço de manutenção como descrito no PPRA é realizado por profissionais terceirizados, de acordo com a necessidade. Os riscos identificados são variáveis, portanto, o controle do exame clínico ocupacional é específico e individual. O acompanhamento de saúde
desta atividade é direcionado pela empresa que fornece o serviço.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
151
PCMSO
■ 11.5.7. Relatório Anual do PCMSO
As empresas devem elaborar o relatório anual, que demonstrará o número e a natureza
dos exames médicos, estatísticas de resultados considerados anormais e o planejamento
para o próximo ano (NR-7, anexo I, quadro III). Este relatório deverá ser apresentado e discutido com os membros da CIPA, sendo anexado sua cópia no livro de atas.
"As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de
elaborar o relatório anual".
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
RELATÓRIO ANUAL (NR-7 – quadro III)
Responsável: Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalhor
Data:
/
dia
/
mês
ano
Assinatura:
Natureza do
Exame
No Anual de
Exames
Realizados
No de
Resultados
Anormais
(No de
Resultados
Anormais X 100)
÷ (No Anual de
Exames)
No de Exames
para o Ano
Seguinte
Criação e Modelagem
Periódico
3
0
0
3
Almoxarifado de tecidos e
aviamentos, produtos acabados e
recebimento de matéria-prima
Periódico
8
2
1,76
8
Enfesto e Corte
Periódico
6
1
0,88
6
Bordado
Periódico
3
0
0
3
Estamparia (Silk-Screen)
Periódico
6
2
1,76
6
Admissional
Periódico
Retorno ao
trabalho
25
10
8,84
21
Lavanderia
Periódico
4
1
0,88
4
Acabamento
Periódico
24
8
7,07
24
Passadoria
Periódico
Retorno ao
trabalho
10
5
4,42
9
Etiquetagem (Código De Barras)
Periódico
1
1
0,88
1
Embalagem
Periódico
4
1
0,88
4
Expedição
Periódico
6
1
0,88
6
Admissional
Periódico
Demissional
14
0
0
10
Setor
Costura
Administração
152
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
Foram realizados 114 exames ocupacionais neste ano. O previsto para ser realizado nos
próximos doze meses são 105 exames periódicos. Destes exames, os setores de almoxarifado de tecidos e aviamentos, enfesto e corte, estamparia, costura, lavanderia, acabamento, passadoria, etiquetagem, embalagem e expedição apresentaram resultados anormais.
■ 11.5.8. Primeiros Socorros
O material de primeiros socorros deverá estar disponível de acordo com as características da atividade desenvolvida na empresa, armazenado em local adequado e aos cuidados
de pessoa treinada.
SUGESTÃO DE CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS
3 pares de luvas
1 máscara de ar para parada cardíaca
1 colar cervical
1 tala para dedo
1 tala para punho
1 tala para perna
1 rolo de algodão
5 pacotes de compressa de gaze
1 rolo de esparadrapo
5 unidades de compressas cirúrgicas
10 rolos de atadura de crepom
1 caixa de curativo adesivo
1 frasco de soro fisiológico 0,9%
1 frasco de anti-séptico
1 bandagem para imobilização
1 tesoura
1 maleta
1 frasco de sabão neutro líquido
■ 11.5.9. Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
O Atestado de Saúde Ocupacional - ASO deverá ser emitido em duas vias para cada exame médico ocupacional realizado. A primeira via deve ser arquivada na empresa e a segunda deve ser entregue ao trabalhador.
Atenção
✓No Estado de São Paulo é obrigatório o uso do formulário de atestados médicos da Associação Paulista de Medicina, ou o impresso próprio do atestado médico de saúde ocupacional com o selo médico da APM.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
153
PCMSO
.ASO com SELO DA APM
154
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
155
PCMSO
Folha de receituário em branco
156
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
PCMSO
■ 11.5.10. Outras atividades em Saúde no Trabalhador
Embora a CLT no capítulo V e a NR-07, não tratem deste item diretamente determinando parâmetros e periodicidade, a boa prática médica recomenda a atenção a saúde do trabalhador como um todo.
A saúde do trabalhador pode ser desenvolvida como atividades de atenção primária, secundária e terciária.
As atividades de atenção primária envolvem a promoção da saúde de doenças comuns
que aparecem na população, em geral, independentes das suas atividades laborativas.
Para a população estudada da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz o quadro 18,
trata da prevenção primária mostrando uma relação dos diversos sistemas (itens de atenção), doenças mais frequentes e as ações para os programas propostos.
Quadro 18 – Atividades de promoção da saúde.
Itens de atenção
Tópicos mais freqüentes
Programas propostos
Sistema visual
Identificação de alteração visual
(fadiga – cansaço na vista)
Censo oftalmológico e medidas de
correção da visão
Sistema cardiovascular
Hipertensão arterial, risco de infarto
do coração, varizes
Orientação alimentar e exercício
físico
Sistema respiratório
Asma, rinite alérgica, tuberculose
Orientação de prevenção de
doenças respiratórias. Programa de
controle de aerodispersóides e
vapores orgânicos.
Sistema digestório
Gastrites, úlceras, hepatites, cirrose
Prevenção de cáries
Orientação alimentar
Assistência odontológica preventiva
Sistema urinário
Alterações renais, infecções
urinárias
Orientação alimentar e cuidados de
higiene pessoal
Sistema endócrino
Diabetes melitus, obesidade,
doenças da tireóide
Orientação alimentar
Sistema ósteo-muscular
Artrose, reumatismo
Orientação de exercícios
Sistema nervoso mental
Estresse, neuroses, dependência
química
Orientação psicológica
Sistema reprodutor
Campanhas de informação com
Doenças sexualmente transmissíveis atividades preventivas e cuidados
com higiene pessoal
Sistema reprodutor feminino
Atenção materno-infantil
Controle pré-natal - estimulo a
amamentação - banco de leite
Prevenção do câncer
Próstata, mama e colo uterino,
Pulmonar
Atividades educativas e exames
preventivos
Deficiente físico
Dificuldades de acesso (locomoção)
Orientação do público e da empresa
Acidentes (geral)
Automobilístico, domésticos
Direção consciente e defensiva
Prevenção de acidentes doméstico
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
157
PCMSO
As atividades nos programas propostos podem ser desenvolvidas em qualquer época do
ano, quando possível, convidamos especialistas para abordarem o tema. Procuramos realizar as orientações aproveitando os intervalos existentes no período de baixa produção, na
troca das coleções.
Reservamos uma parte da orientação para um depoimento pessoal de um grupo de trabalhadores, com o intuito de estimular a participação dos mesmos.
Em complemento a prevenção primária é orientado a importância da observação da carteira de vacinação dos trabalhadores e a ocorrência de determinadas alterações da saúde,
orientamos que o trabalhador seja vacinado. A recomendação de vacinação adotado na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz encontra-se no quadro 19.
Quadro 19 – Recomendação de vacinas.
População
Vacina
Anti-tetânica
ou DT
Influenza
Adultos com idade
até 65 anos
X
X
Profissionais da
saúde(auxiliar de
enfermagem do
trabalho e médico do
trabalho)
X
X
Indivíduos imunodeprimidos (AIDS,
Diabetes,
Insuficiência Renal,
Câncer, Alcoolismo)
X
X
X
Pacientes com
doença
cardiopulmonar
crônica
X
X
X
Viajantes (diretor,
gerente de produção,
comprador, outros)*
X
X
Pneumonia
Sarampo
Caxumba
Rubéola
Hepatite B
X
X
Febre Tifóide
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
* Importante: consulte o serviço de saúde em viagens da secretária da saúde.
158
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Febre
Amarela
X
PCMSO
As atividades de atenção secundária em saúde do trabalhador são direcionadas para o
grupo de trabalhadores, de acordo com a possibilidade da ocorrência de determinado risco
no trabalho.
O médico do trabalho coordenador- Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalhor responsável
pelo PCMSO exerce atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças essencialmente prevencionistas, dedicando-se integralmente as atividades primárias e secundárias
para zelar pela saúde dos trabalhadores.
As atividades de atenção terciária em saúde do trabalhador visa atender ao funcionário
doente, ou seja, a doença já instalada e em curso. Tem por objetivo o rápido estabelecimento das condições de saúde através de práticas curativas, busca limitar as possíveis seqüelas da enfermidade e desde que persistam, desenvolve medidas para a reabilitação da pessoa no seu contexto psicossocial, familiar e laborativo. Os serviços médicos de apoio são
externos à empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz sendo oferecidos pelo estado, instituições públicas, clínicas particulares e pelos convênios médicos.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
159
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
12 Perfil das empresas pesquisadas
12.1. Introdução
O trabalho de campo foi realizado em diversos períodos de 2001 e 2002. Foram avaliadas trinta empresas, sendo 10 empresas em Santos, 10 empresas em São José do Rio Preto e 10 empresas em São Paulo.
12.2. Objetivo
O estudo desta população teve a finalidade de conhecer a diversidade do trabalho e os
possíveis riscos existentes na indústria do vestuário, fornecendo subsídios para a elaboração deste manual.
12.3. Atividades realizadas
As análises qualitativas e quantitativas foram realizadas por profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, envolvendo ergonomista, fonoaudiólogo, medico do trabalho, químico, técnico químico, engenheiro de segurança e técnico de segurança.
Nas análises qualitativas foram avaliados os agentes ergonômico e químico, além de
observações das instalações e operações na produção.
As análises quantitativas avaliaram o nível de pressão sonora (ruído), temperatura (calor), conforto térmico, iluminância, agentes químicos, condição da saúde e audição dos trabalhadores. Para estas análises foram utilizados equipamentos e materiais específicos de
cada área de atuação.
12.4. Resultados
As empresas apresentaram mão-de-obra predominantemente feminina e uma população
jovem, conforme mostra os gráficos 1 e 2.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
161
Perfil das Empresas Pesquisadas
%
100
90
Sexo feminino
Sexo masculino
84
80
70
60
50
40
30
16
20
10
0
Feminino
(293 funcionários)
Masculino
(55 funcionários)
Gráfico 1 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo.
%
20
18
16
14
13,54 13,54
12
12,10 12,10
12,98
11,24
10
8,36
8,07
8
6
3,75
4
2
66
a
62
a
62
58
58
54
a
54
a
46
50
50
46
a
42
a
42
38
a
38
34
a
34
a
30
30
26
a
22
18
26
22
a
18
a
a
14
<
14
a
no
s
0
1,15 1,44 1,15
0,58
0
Gráfico 2 – Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária.
162
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Perfil das Empresas Pesquisadas
■ Engenharia e Segurança no Trabalho
✓ As edificações das empresas foram observadas, podendo-se constatar diferenças
nas instalações, encontrando desde indústrias instaladas em construções residenciais até galpões industriais, iluminação natural auxiliada pela artificial e ventilação
natural complementada em alguns casos pela artificial.
✓ Foram realizadas 1756 avaliações do nível de pressão sonora (ruído), sendo que
9,17% apresentaram resultados acima do limite de tolerância de 85dB(A) (NR-15),
como apresentados no gráfico 03.
✓ As avaliações de iluminância totalizaram 1715 pontos. Dentre estes, 59,59% mostraram resultados abaixo do nível recomendado pela NR-17 que refere-se a NBR 5413
de abril de 1992, representados no gráfico 04.
%
%
100
100
90
80
70
90,83
Dentro do limite de
tolerância de 85dB (A)
Acima do limite de
tolerância de 85dB (A)
90
80
70
60
60
50
50
40
40
30
30
20
20
10
9,17
Dentro dos índices de iluminância
conforme NBR 5.413
Abaixo dos índices de iluminância
59,59
40,41
10
0
0
Gráfico 3 – Distribuição percentual dos níveis de
pressão sonora dos pontos avaliados.
Gráfico 4 – Distribuição percentual dos índices
de iluminância dos pontos avaliados.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
163
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ Quanto ao conforto térmico, de
50 avaliações realizadas, como
pode ser observado no gráfico 05,
34% apresentaram resultados
%
100
90
Dentro dos limites de tolerância de
26,7° C para trabalho moderado
Acima do limite de tolerância
80
70
acima do limite recomendado pe-
60
la legislação para atividades mo-
50
deradas (26,7°C) conforme (NR-
40
15), atingindo resultados de até
30
29,8°C.
20
66
34
10
0
Gráfico 5 – Distribuição percentual do conforto
térmico dos postos avaliados.
■ Ergonomia
Os aspectos ergonômicos foram observados com detalhes nos postos de trabalho dos
setores de enfesto e corte, costura e passadoria por serem os mais característicos na indústria do vestuário.
✓ O cortador realiza suas atividades de forma manual com a tesoura, com o uso da máquina de corte elétrica manual e/ou com o uso da máquina automática. Na operação
de uso da tesoura, ocorre uma grande repetitividade dos movimentos da mão dominante. Com o uso da máquina de corte elétrica manual, o cortador realiza o enfesto
e corta o tecido com o auxílio da mesma. No caso da maquina automática, o cortador realiza apenas o enfesto, posicionando o tecido na máquina para que esta, o corte. Entre os aspectos favoráveis para esta função, em 95% dos casos não há a realização de transporte manual de carga acima do limite permitido pela legislação (CLT,
seção XIV, art.198) e em 74%, o manuseio de materiais não exige o uso de força por
parte do trabalhador. Os aspectos desfavoráveis que devem ser ressaltados são rela-
164
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Perfil das Empresas Pesquisadas
cionados ao mobiliário. As bancadas apresentam altura fixa do posto de trabalho em
100% das situações observadas e em 95% dos casos, não há suporte para os pés.
Com relação a postura no trabalho, em 91% dos casos, o trabalhador tem que realizar uma flexão do tronco (dobra do corpo, movimento da região abdominal em cima
da bancada de trabalho) para o corte do tecido sobre a bancada. A seguir, o gráfico
06 ilustra de uma forma geral, os riscos encontrados para o setor de enfesto e corte,
apresentando a média dos aspectos favoráveis e desfavoráveis para força, repetição,
organização no trabalho, postura no trabalho e mobiliário.
%
95
100
90
80
Média dos aspectos favoráveis
Média dos aspectos desfavoráveis
81
64
70
60
46
50
55
54
45
40
36
30
20
19
5
10
0
Força
Repetição
Organização
do trabalho
Postura no
trabalho
Mobiliário
Gráfico 6 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de enfesto e corte
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
165
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ A costureira realiza o seu trabalho na posição sentada. Das cadeiras utilizadas, 58%
apresentam estofamentos e 91% assentos com borda anterior arredondadas. Em 95%
dos casos não há transporte manual de cargas acima do limite permitido pela legislação (CLT, seção XIV, art.198) e o esforço muscular estático não ocorre em 72%. A costureira permanece grande parte do tempo executando força com os pés (55%) para
acionamento da máquina através de um pedal. Para posicionar e direcionar o tecido,
é necessário o uso de força com as mãos. Concomitantemente, há exigência de acuidade visual e alto nível de atenção, realizando flexão (dobra) de pescoço (93%) e tronco (57%). Os riscos encontrados para o setor de costura, estão apresentados no gráfico 07 de uma forma geral através da média dos aspectos favoráveis e desfavoráveis
para força, mobiliário, repetição, organização do trabalho e postura no trabalho.
%
100
Média dos aspectos favoráveis
Média dos aspectos desfavoráveis
90
74
80
70
67
62
60
69
61
50
40
33
38
39
30
31
26
20
10
0
Força
Mobiliário
Repetição
Organização
do trabalho
Postura no
trabalho
Gráfico 7 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de costura.
166
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ Em 90% dos casos, o transporte manual realizado pelo passador não ultrapassa o limite permitido pela legislação (CLT, seção XIV, art.198). Nas empresas, o passador
permanece em pé a maior parte do tempo sem suporte para os pés (90%) e com altura fixa do posto de trabalho em 75%. A atividade exige um movimento de preensão da mão que utiliza o ferro de passar com força em 63% dos casos observados, e
a flexão (dobra) da coluna cervical (pescoço) em 77%. A maioria dos trabalhadores
utilizava o ferro com o braço dominante, apresentando postura assimétrica dos membros superiores. Foi encontrado 81% de problemas para as mãos, 77% para os punhos e 74% para o tronco. Os fatores de risco encontrados para o setor de passadoria estão apresentados de forma geral através da média dos aspectos favoráveis e
desfavoráveis para a organização do trabalho, força, repetição, mobiliário e postura
no trabalho, conforme o gráfico 08.
%
Média dos aspectos favoráveis
Média dos aspectos desfavoráveis
100
90
80
60
50
74,4
71
70
62
49,5 50,5 49 51
38
40
29
30
25,6
20
10
0
Organização
do trabalho
Força
Repetição
Mobiliário
Postura no
trabalho
Gráfico 8 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de passadoria.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
167
Perfil das Empresas Pesquisadas
■ Fonoaudiologia
✓ Dos 348 exames audiométricos
realizados, um resultado de exa-
%
100
90
me foi desconsiderado por se tra-
80
tar de trabalhador com deficiên-
70
cia auditiva. Dos exames consi-
60
derados válidos (347) 82,13%
50
apresentaram resultados compa-
40
tíveis com padrão de normalida-
30
de. No gráfico 09, observamos
20
que o índice de alterações auditi-
82,13
12,10
10
5,77
0
vas sugestivas de PAIR encontradas é de 5,77%.
Normal
Alterado sugestivo
de PAIR
Alterado não sugestivo
de PAIR
Gráfico 9 – Distribuição percentual dos resultados obtidos
nos exames audiométricos da população avaliada
✓ Dentre as queixas otológicas, a intolerância a sons intensos foi a mais relatada
(51,59%), seguida de zumbido (27,08%), conforme representadas no gráfico 10.
%
Ausência de queixa
Presença de queixa
100
90
88,76
87,03
80
81,56
72,92
70
60
48,41
50
51,59
40
27,08
30
20
10
11,24
12,97
18,44
0
Sensação de
perda da audição
Infecção nas
orelhas
Dor de ouvido
Zumbido
Intolerância a
sons intensos
Gráfico 10 – Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela população avaliada
168
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ Para as queixas audiológicas, a dificuldade em conversar em ambiente ruidoso foi a
mais referida (gráfico 11).
%
Ausência de queixa
Presença de queixa
100
90
91,07
89,63
86,45
80
70
60
55,62
50
44,38
40
30
20
13,55
10,37
8,93
10
0
Dificuldade em escutar
em ambiente silencioso
Dificuldade em escutar
TV/rádio
Dificuldade em falar
ao telefone
Dificuldade em escutar
em ambiente ruidoso
Gráfico 11 – Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população avaliada.
✓ No gráfico 12, podemos observar que entre outras queixas, a dor de cabeça foi a que
apresentou maior índice de reclamação (62,54%).
%
Ausência de queixa
Presença de queixa
100
90
80
78,38
73,78
73,49
70
69,45
62,54
60
50
40
30
20
21,62
26,22
26,51
30,55
37,46
10
0
Vertigens
Mal-estar
Sensação de
pressão na cabeça
Tortura-Perda
de equilíbrio
Dor de cabeça
Gráfico 12 – Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
169
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ Poucos trabalhadores referiram utilizar
protetores auditivos durante a jornada
%
100
90
de trabalho (gráfico 13).
80
70
✓ Quanto a exposição á níveis de pressão
60
sonora extra-ocupacionais, o gráfico 14
50
mostra que o mais referido foi freqüen-
40
tar cultos religiosos (29,39%), seguido
30
de shows musicais (19,31%) e uso de
20
walkman/discman (16,43%).
10
Usa protetores
auditivos
Não usa
protetores
auditivos
83
17
0
Gráfico 13 – Distribuição percentual da população
avaliada segundo utilização de protetores auditivos
durante a jornada de trabalho.
%
100
99,14
97,41
Não refere
Refere
96,25
90
83,57
80
80,69
70,61
70
60
50
40
29,39
30
16,43
20
10
0
0,86
Manipula
fogos de
artifício
2,59
Participa de
conjunto
musical
19,31
3,75
Tocar algum
instrumento
musical
Usa
walkman/
discman
Freqüenta
shows
musicais
Freqüenta
cultos
religiosos
Gráfico 14 – Distribuição percentual da população avaliada segundo exposição a níveis de
pressão sonora extra-ocupacionais.
170
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Perfil das Empresas Pesquisadas
■ Medicina Ocupacional
Segundo referências dos 296 trabalhadores submetidos ao exame clínico:
✓ A população examinada caracteriza-se por ser uma população saudável. Encontramos
59,46% (176 trabalhadores) sem qualquer queixa devido a problema de saúde. Apresentaram queixas únicas ou múltiplas, mais de um item, 120 trabalhadores, portanto 40,54%.
✓ As queixas referidas não atingiram isoladamente 5%. As mais freqüentes foram: dor de
cabeça/tontura em 4,72% (14 trabalhadores), pressão alta 4,05% (12 trabalhadores), dor
nas penas/varizes 3,37% (10 trabalhadores) e gripe/rinite em 3,04% ( 09 trabalhadores).
✓ O relato de acidentes de trabalho foi de apenas 15,88% (47 trabalhadores). A emissão
de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho ocorreu em 25 vezes, sendo responsável por 8,45%. A doença ocupacional foi citada por 15 trabalhadores sendo 5,07% dos
casos. Os afastamentos por causa não ocupacional para auxílio doença foi de 29,39%
(87 trabalhadores) e para licença maternidade foi de 1,68% (05 trabalhadoras).
✓ Os aspectos comportamentais e psíquicos estão
%
100
90
relatados no gráfico 15,
refletindo o sentimento
80
70
pessoal tanto no trabalho
60
quanto na vida diária.
50
Ansiedade apareceu na
40
proporção de 61,80%,
30
tranqüilidade em 40,90%,
20
nervosismo/irritabilidade
em 39,10%, insônia em
25,70%
e
depressão
Refere queixa
61,80
40,90 39,10
25,70
5,30
10
0
Ansiedade
Tranqüilidade
Nervosismo e
irritabilidade
Insônia
Depressão
em 5,30%.
Gráfico 15 – Distribuição percentual dos trabalhadores examinados
segundo queixas apresentadas no aspecto psíquico e comportamental.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
171
Perfil das Empresas Pesquisadas
✓ Conforto visual foi relatado por 208 trabalhadores (70,27%).
✓ Para o sistema cardiovascular, encontramos 8,78% (26 trabalhadores) que apresentaram pressão arterial diastólica (pressão mínima) com valores elevados, determinando diagnóstico provável de hipertensão arterial sistêmica. Adotamos o critério de
classificação da pressão arterial para maiores de 18 anos do IV Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão, 2002.
✓ A avaliação do índice de massa corpórea (IMC) é o peso do indivíduo em quilograma
dividido pelo quadrado de sua altura em metros. Em 79 trabalhadores (26,69%) foi
apresentado sobrepeso e 50 trabalhadores (16,89%) baixo peso, conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentada no quadro a seguir.
Índice de Massa Corpórea (kg/m2)
Classificação
Abaixo de 18,5
Abaixo do peso
18,5 – 24,9
Peso normal
25,0 – 29,9
Sobrepeso
30,0 – 34,9
Obesidade Grau I
35,0 – 39,9
Obesidade Grau II
40,0 e acima
Obesidade Grau III
Fonte: OMS
■ Toxicologia Industrial
No setor de estamparia, quando utilizado o processo de serigrafia (silk-screen), o risco
químico ocupacional é mais relevante devido ao uso dos produtos químicos à base de solventes orgânicos.
Na determinação das concentrações destes solventes orgânicos no ambiente de trabalho e de seus metabólicos em amostras de urina dos trabalhadores, os valores obtidos foram inferiores aos limites de tolerância estabelecidos pelas NR 15 e NR 17.
172
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

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