mas parece que foi ontem - Mackenzie Esporte Clube

Transcrição

mas parece que foi ontem - Mackenzie Esporte Clube
Revista Comemorativa dos 65 anos do Mackenzie Esporte Clube • 2008
...mas parece que foi ontem
Editorial
Parece que foi ontem
Gilson de Souza
e convívio, não apenas do grupo de amigos, mas de
bairros inteiros. Hoje, localizado na Zona Sul da cidade, já que o endereço original se tornou modesto
para abrigar todos os nossos sonhos, o Mackenzie se
transformou numa praça aberta a toda população.
Há quase quatro anos, e por dois mandatos
sucessivos, recebi a honrosa confiança dos associados
para dar continuidade a esse ideal. Tenho a esperança
de que não os decepcionei.
No plano esportivo, a Diretoria colocou o Mackenzie em posição de absoluto destaque nacional.
Nosso clube faz parte do seleto grupo, no qual todos
querem entrar, mas que é acessível apenas a uma dúzia de agremiações. Estou me referindo à “Super Liga
de Voleibol Feminino”, que reúne as maiores equipes
brasileiras dessa modalidade esportiva, que acabou
de se sagrar campeã olímpica. Peço licença para comentar, que nossa querida Sheilla, uma das principais atletas da memorável campanha de Pequim, deu
os primeiros passos em sua vitoriosa carreira, aqui,
no Mackenzie.
É com muita satisfação que ofereço aos nossos
associados a Revista do Mackenzie, uma iniciativa
editorial inédita no nosso clube.
O propósito é o de registrar, de forma inesquecível, os 65 anos de história da nossa agremiação.
Parece que foi ontem aquele primeiro de setembro de 1943. Um grupo de rapazes, sem local para
praticar esportes, se organiza e constrói uma quadra
na rua Sergipe, atrás do prédio onde hoje funciona o
Detran, com o objetivo de realizar torneios de vôlei e
basquete entre amigos.
De certa forma, foi uma generosa resposta às
administrações municipais que se seguiram ao projeto
de Aarão Reis, e se esqueceram de oferecer praças e
locais de lazer para o convívio dos moradores desta
nossa querida capital.
Deus percebeu que era boa a idéia daqueles garotos e iluminou seus caminhos e das gerações que
os seguiram.
A quadra acanhada passou a ser local de lazer
Em outro campo, o do convívio social, temos
o orgulho de informar que somos um dos três clubes
que mais realiza eventos sociais no estado, entre os
quais se destacam 52 happy hours por ano, além dos
tradicionais bailes do Reveillon e do Aniversário do
Clube. Os associados são brindados a cada semana,
com os melhores grupos musicais, que se apresentam
regularmente na cidade.
O nosso Ginásio, após uma onerosa reforma,
é o palco não apenas dos confrontos da Super Liga,
mas, também, o local escolhido por grandes seleções
internacionais para os treinamentos que antecedem
aos seus jogos na capital. A seleção francesa utilizou
nossas instalações nos preparativos para enfrentar a
seleção brasileira, em junho último.
Nas páginas seguintes o associado vai se deparar com toda a glória do Mackenzie ao longo dos seus
65 anos. Mais que isso, do esforço, que se realiza a cada
dia, para o fortalecimento desse fantástico patrimônio
social e esportivo que pertence a todos os sócios e que
se renova a todo instante.
Boa leitura.
Carlos Rocha
Presidente
03
Gilson de Souza
mackenzie
Mackenzie
Vista aérea do Mackenzie Esporte Clube
com detalhe da rua Viçosa
04
mackenzie
Esporte Clube:
um espaço de lazer
no coração da Zona Sul
05
Expediente
Índice
Editorial: Parece que foi ontem ........................ 03
Índice e Expediente............................................. 06
Pretenda ser sempre feliz . ................................. 09
História ................................................................ 10
Fundadores . ........................................................ 10
Sede para os Troféus .......................................... 10
Hino do Mackenzie ............................................ 16
Sócios Beneméritos ............................................ 17
Origem do Nome Mackenzie . .......................... 17
Origem do Escudo MEC ................................... 17
Ex-presidentes .................................................... 18
Palavra dos Fundadores:
Márcio Paulino ................................................ 20
Celso Vidal Gomes . ........................................ 21
Foto Histórica ..................................................... 22
Túlio Guimarães Gama . ................................. 25
Ideologia para Viver . ......................................... 26
Voleibol: orgulho do Mackenzie . ..................... 28
Convênios . .......................................................... 33
Campeã Olímpica . ............................................. 39
Damas do Volei . ................................................. 40
Basquete . ............................................................. 42
Natação ................................................................ 46
Bodas de Prata .................................................... 50
Com a palavra:
Governador Aécio Neves . .............................. 51
Pedro Paulo Drumond ................................... 51
Jornalista Emanuel Carneiro ......................... 51
Ex-ministro Paulo Paiva ................................. 52
Vereador Totó Teixeira ................................... 52
Secretário Gustavo Corrêa ............................. 53
Empresário Kouros Monadjemi .................... 53
Revista Mackenzie Esporte Clube
Presidente
Carlos Roberto Gonçalves da Rocha
Vice-presidente
Durval Campos Guimarães
Diretor financeiro
Antonio Geraldo de Pádua Junior
Diretor jurídico
Sandro Benedito Meira Starling
Diretor administrativo
Silvio Ramon Andrade Capuchinho
Diretora ajunta administrativa
Maria do Rosário Dupin Coutinho
Diretor de Comunicação
Jackson Drummond Zuim
Diretor de Esporte
Felipe Roscoe Martins da Costa
Diretor de Basquete
Volnei Ferreira Prado
Assessor do Presidente
Maurílio Henriques Nogueira
Conselho Deliberativo
Presidente
José Milton Alves da Silva
Vice-presidente
Leonardo Guimarães Faleiro
Antonio Luce, Atussi Watanabe, Camilo Teixeira da Costa
Filho, Carlos Tadeu da Silva, Carlos Alberto de V. Rocha,
Débora de Alvarenga F. Campos, Deuslene Dias Vieira,
Eduardo Cota Guimarães, Emerson Botellho Diniz, Eugênio Cota Guimarães, Fernando de Assis Géa, Fernando
Antonio Salomé, Jader Benedito Ferreira, José Magno
Senra Fernandes, José Tarcisio Vieira Filho, Joselito Ferraz
da Silva, Lincon Amorim David, Luiz Alberto Barbosa Palhares, Magda Maria Botelho de Andrade, Manoel Pereira
Brum, Marcelo Coelho Marques de Araújo, Marilda Lopes
de Araújo, Paulo Eugenio Vieira Franco, Sandro Duarte da
Cunha, Saulo de Tarso Magalhães
Conselho Fiscal
Geovane Veloso da Silva
Eduardo Marques
Eduardo Soares
Website
www.mackenziebh.com.br
E-Mail
[email protected]
Mackenzie Esporte Clube
Endereços
• Sede Social
Rua Benvida de Carvalho, s/n
Santo Antônio
Cep: 30.330-100 - BH/MG
• Ginásio
Rua Congonhas, 450
Santo Antônio
Cep: 30.330-100
• Secretaria
Rua Congonhas, 450
Santo Antônio
Cep: 30.330-100
Horários de funcionamento
Clube
Segunda-feira: 15h às 23h
Terça a Sexta-feira: 6h às 23h
Sábados, domingos e feriados: 7h às 18h
Secretaria Administrativa
Segunda a Sexta-feira: de 9h às 18h
Sábados, domingos e feriados: fechada
Secretaria Esportiva e Escola de Esportes
Segunda-feira: 15h às 18h
Terça a Sexta-feira: 8h às 18h
Sábado: 9h às 12h
Domingos e feriados: fechada
Telefones úteis
Mackenzie Esporte Clube: (31) 3223-2611
Secretário Paulo Roberto Prestes .................. 53
revista Comemorativa dos 65 anos do
mackenzie esporte clube
Amigos do Mackenzie ....................................... 54
Jornalista Responsável:
Gilson de Souza
CTPS: 12.251 / MG
Fotografia:
Gilson de Souza e Arquivo Mackenzie Esporte Clube
Projeto Gráfico e diagramação:
Gilson de Souza
Revisão:
Gercione Pinto
009987 JP
PRODUTOS BH
Finais de Semana ................................................ 58
Douradinha de Confraternização .................... 60
No Clube há quatro gerações . .......................... 61
Fotos . ................................................................... 62
Espaço para Crianças . ....................................... 65
Baile 65 anos ....................................................... 66
Fotos Inesquecíveis ............................................ 68
Colaboradores:
João Hélio Andrade
Paula Villela
Pedro Paiva
Tatiane Coelho Sirqueira
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus
autores e não representam necessariamente a opinião do
Mackenzie Esporte Clube.
Arquivo Mackenzie
Arquivo Mackenzie
mackenzie
08
mackenzie
Pretenda sempre ser feliz
por Durval Guimarães
O sucesso ou o fracasso de um livro depende da primeira frase, a que inaugura a obra. Essa é a
opinião unânime dos mais famosos críticos literários
em todo o mundo, a despeito de suas tendências ou
ideologias. Um livro pode começar sonolentamente,
assim: “A noite estava chuvosa, um manto escuro cobria o céu e não se ouvia nada, exceto o barulho da
água nos telhados, etc, etc”. Pode também começar
de forma surpreendente, como fez o escritor Garcia
Marques em Cem anos de solidão: “Diante do pelotão
de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendia iria se
lembrar do remoto dia em que seu pai o levou para
conhecer o gelo, etc, etc”.
Eu me lembro dessas observações ao me deparar, agora, com a urgência deste artigo. Poderia abrir
o meu texto de forma dramática: “Dentro de pouco
tempo, Belo Horizonte vai sentir saudade dos seus
clubes. O desinteresse da administração pública é tão
grande que não há um único dia sem notícias do fechamento ou de dificuldades enfrentadas por nossas
agremiações sociais e esportivas”.
Sinto-me mais feliz, porém, ao informar aos
leitores que resta vender apenas 15 cotas para se completar o quadro social do Mackenzie. Em setembro
completamos o número de 685 sócios cotistas, para o
máximo de 700, permitido pelo nosso estatuto. Além
desse total, a diretoria está autorizada a admitir 140
sócios individuais, que correspondem a 20% do número de cotistas. Mas o número de sócios individuais
já foi alcançado há algum tempo e existe uma grande
fila à espera de vagas nessa categoria.
Esses números são bem diferentes dos que foram encontrados há quase 40 meses, início da nossa
gestão. Naquela época tínhamos pouco mais de 500
cotistas e menos de 70 associados contribuintes. O
quadro social estava em declínio e o destino da nossa
agremiação imitava o de tantos outros clubes da capital que foram vendidos, alugados ou simplesmente cerraram suas portas. As dificuldades financeiras
eram tão grandes que o nosso clube quase foi a leilão
por falta de pagamentos de impostos.
Esse crescimento demonstra o acerto do projeto de fazer desse clube a praça do bairro, o lugar do
amplo convívio dos moradores numa cidade tão desprovida de parques e jardins. Hoje o Mackenzie é o
clube que mais realiza eventos sociais no estado, com
festas semanais e bailes inesquecíveis, como o Reveillon que repetiremos na inauguração do próximo
Ano Novo.
No campo esportivo, disputaremos novamente
a Super Liga de Vôlei Feminino, que é o maior campeonato mundial de clubes de um mesmo país. Apenas 12 clubes brasileiros fazem parte desse seletíssimo
grupo e um deles é o Mackenzie. Há poucos dias retomamos a hegemonia estadual da mesma modalidade,
ao conquistarmos o campeonato mineiro de voleibol
feminino de 2008. Essas realizações são conquistas de
todos e agradecemos em especial àqueles que acordam a cada manhã preocupados com o que podem
fazer durante o dia pelo seu clube.
Arquivo Mackenzie
09
nos primórdios
História
Capital mineira, década de 1930, esquina da
rua Sergipe com Aimorés. Foi este o local que um
grupo de jovens elegeu, à sombra de uma gameleira, como ponto de encontro para desfrutarem de
uma mesma paixão: o esporte.
À sombra dessa árvore, que, há 65 anos,
começou a ser construída a história do Mackenzie. “A sede era na garagem da casa do Celso Vidal
Gomes”, lembra Túlio Guimarães da Gama, sóciofundador do Clube, e um dos integrantes da turma
da Gameleira, como eram conhecidos.
Os anos se passaram e o esporte, especialmente o basquete, foi ficando cada vez mais presente na vida desses jovens. Para jogar, não mediam esforços. Podia ser na quadra do América,
do Colégio Santo Antônio ou do Sesi. Qualquer
lugar era bom para os jogos, até mesmo um terreno esburacado ao lado de uma casa na rua Sergipe.
Tudo servia como quadra de esporte, ainda que a
cesta fosse formada por um aro de bicicleta preso
a uma tábua.
Independente desses transtornos, os treinos
prosseguiam. “Em 1943, resolvemos participar do
Campeonato Estadual. Para isso, resolvemos fundar oficialmente um clube e nos filiar à Federação
de Basquete e Vôlei”, relembra Túlio.
Na mesma garagem da casa do Celso Vidal
Gomes, em primeiro de setembro de 1943, a turma da Gameleira, ou Clube Chacaristas, fundou
o Mackenzie Esporte Clube. O Clube ganhou um
escudo, o qual é usado até hoje. Conseguiram inclusive um local para treinos: o Campo da Guarda
Civil, na avenida João Pinheiro, onde atualmente
funciona o Detran/MG. Durante mais de 10 anos
esse campo da Guarda Civil servira de palco para
as festas. Ali foi a primeira sede do Mackenzie.
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Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
Fundadores:
Afonso Arinos Penna
Fundador
Celso S. Libânio
Fundador
Celso Vidal Gomes
Fundador
Cícero C. Araújo
Sede para os troféus
O sexto aniversário do Mackenzie aconteceu
em 1949 e teve tudo para marcar o fim de um Clube
que já conquistara alguns títulos nos campeonatos estaduais de vôlei da segunda divisão. Naquele dia, cumprindo determinação do Governo do Estado, começava a demolição da quadra. No local seria edificada a
10
Fundador
sede do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran
e poderia, realmente ter sido o fim do Mackenzie, se
não fosse a maturidade de seus idealizadores que alugaram quadras e apegaram-se ao espírito guerreiro de
Joel de Sá. No ano seguinte, o time feminino de vôlei
iniciava uma série de vitórias que o levaria a ser hepta-
Biomedicina
Enfermagem
Educação Física*
*Bacharelado presencial
Licenciatura a distância.
Fisioterapia
Fonoaudiologia
Terapia Ocupacional
nos primórdios
Em 1º de
setembro de 1943,
21 rapazes se
reuniram, em uma
garagem, para criar
um novo clube em
BH. A intenção de
seus fundadores era
exatamente a de
construir um espaço
onde o esporte e
o lazer pudessem
ser praticados,
em busca, antes
de mais nada, de
saúde e diversão.
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
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Fundadores:
Heleno C. Guimarães
Fundador
Hélio C. Guimarães
Fundador
campeão estadual.
Sete anos depois Lia de Freitas, Neide, Jurinha, Mirtes, Zuzu, Silvinha,
Mirian, Oraida, Stela, Zezé e outras, completariam a jornada iniciadaem 1950
por Valdete, Ada, Neuza, Alda, Efigênia e Dejanila.
Muitos títulos depois, consagrado como uma das tradições do vôlei mineiro, o Mackenzie conseguiria o reconhecimento nacional ao se tornar, em
1963, vencedor do Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões. O Troféu Guarany disputado naquele ano, em Juiz de Fora, com a participação do Pinheiros
de São Paulo, do Fluminense do Rio e do América do Ceará foi vencido sob o
comando do técnico Betinho. A equipe era formada por Lia de Freitas, Silene,
Íris, Necy, Hilda, Leonésia, Carminha, Neusinha, Lúcia, Jacira e Rosinha. Foi o
título mais importante da história do Clube.
O início de um patrimônio
O presidente Américo de Castro Ribeiro inaugurou, em 29 de janeiro
de 1961, a praça do Mackenzie. Ela estava encravada entre os barrancos e buracos que separavam as ruas Viçosa, Sagarana, Congonhas e Santo Antônio do
Monte, no bairro Santo Antônio e na época havia apenas uma piscina e uma
quadra.
Três outros lotes foram comprados. Uma pequena sede com secretaria
seria construída ao lado do barranco da rua Santo Antônio do Monte. No local,
foi depositado o material necessário para a construção. Porém o projeto foi
abandonado quando, durante uma noite de seresta, os sócios viram a chuva
arrastar todo o material adquirido para o fundo de um buraco no terreno. A
natureza mudava então, o corpo do Mackenzie. Com mais alguns caminhões
de terra, o tal buraco desapareceu e pôde ser construída a quadra de futebol de
salão. O Mackenzie ganhara mais um espaço.
A próxima providência seria a construção do ginásio coberto. A inauguração aconteceu junho de 1970, na gestão do presidente Roberto Pinto de
Aguiar. Seis anos depois o último barranco, até então sustentado por um muro
de arrimo, foi substituído pelos quatro andares da nova sede. O início das obras
se deu em 1976, na administração de Joel Aragão e inaugurada pelo presidente
Mauro Cotta Guimarães, em 1980. Nesse mesmo ano, o presidente Maurício
Sarreiro construiu o solarium do Clube e adquiriu um novo lote para construção da quadra que marcou o 39º aniversário do Mackenzie.
o
Arquivo Mackenzie
nos primórdios
Canteiro de obras da
atual sede
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
Fundadores:
Edward R. Prado
Fundador
Fábio P. Mascarenhas
Fundador
Felicissimo Barros
Fundador
Francisco José de Carvalho
Fundador
nos primórdios
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
Fundadores:
Hunyade B. Tavares
Fundador
João S. Marinho
Fundador
Márcio Araújo Paulino
Fundador
Mário Clark
Fundador
Mackenzie é o nome de um rio ao norte do Canadá. País que me
fascinou pela sua organização, limpeza e que recomendo a todos
que façam uma visita pelo menos uma vez na vida.
Márcio Araújo Paulino
Fundador e um dos idealizadores do nome “Mackenzie”
nos primórdios
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
Fundadores:
Paulo S. Marinho
Fundador
Túlio Guimarães Gamma
Fundador
Wilson Ramos
Fundador
Amintas Vidal Gomes
Presidente de Honra
Hino do Mackenzie
O glorioso hino do Mackenzie foi escrito por Gabriel Pinto de Aguiar e nesta
página reproduzimos sua letra que tanto foi cantada nas inúmeras vitórias:
Já é uma tradição
Mackenzie ser campeão
Ninguém pode duvidar
Porque sua glória é lutar
Quem sente no peito ardente
Um grande amor pelo tricolor
Só veste sua camisa
Que sintetiza muito valor
José Pedro, figura folclórica do basquete mineiro, também escreveu uma
música em homenagem ao Mackenzie:
Aonde o Mackenzie está, eu sei
Pelo movimento eu sei
Que o Mackenzie vai jogar
Mackenzie
Vai crescendo dia a dia
Conquistando simpatia
Ser Mackenzie é bom demais
Mackenzie, Mackenzie, Mackenzie
Mackenzie, orgulho de Minas Gerais
16
nos primórdios
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
Beneméritos:
Afonso Paulino
Benemérito
Joel de Sá
Benemérito
José Mendes Júnior
Benemérito
Sylvio J. Raso
Benemérito
Origem do nome Mackenzie
Nas décadas de 1930 e 1940, a influência de nomes de clubes argentinos era intensa. Por causa disso,
alguém teve a idéia de nomear o então recém-criado
clube de “Chacaritas”. “Até meados de 1943, todos conheciam o nosso Clube por esse nome. A partir dessa
data começou a reformulação do Clube. Estávamos
criando “corpo” de atletas e necessitava de algo bem
mais sério, já que o nome “Chacaritas” era o nome de
um cemitério na cidade de Buenos Aires, capital da
Argentina”, disse Márcio Paulino.
Outros nomes foram citados, porém, na noite
de primeiro de setembro de 1943, na garagem da casa
do Dr. Jarbas, dois nomes estavam na disputa final:
U.S.A. - “União Sportiva de Amadores” e Mackenzie.
Esse último que dá nome ao rio que corta o Canadá
de norte a sul, foi o vencedor da noite. Os fundadores
acreditavam que Mackenzie era um nome forte para
atletas fortes.
E, assim, há 65 anos, registrou-se na imprensa
mineira (Estado de Minas, Folha de Minas, Diário da
Tarde, O Diário, etc.) o Mackenzie Esporte Clube, agremiação criada por um grupo de jovens esportistas.
Origem do Escudo MEC
O escudo ou logomarca do Mackenzie foi
criada numa conversa em roda de bar. De acordo
com Márcio Paulino, fundador do Mackenzie, o idealizador do escudo foi Roberto de Faria, sobrinho do
ex-governador do Estado Magalhães Pinto. Márcio
conta que Roberto era engenheiro e desenhista e
adaptou a logomarca da cerveja Antárctica, que tirou
de um daqueles porta-copos de papelão, às iniciais
do Mackenzie Esporte Clube que é utilizado ainda
hoje.
galeria de fotos
Ex-presidentes
1943
1947 a 1948
1949 a 1950
1951 a 1952
Ano de fundação do
Mackenzie Esporte Clube
Fotos: Reprodução de Gilson de Souza
ha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
1943 a 1946
Celso Vidal Gomes
Fundador-presidente
Henrique S. Neto
Celso Vidal Gomes
Otávio Santa Cecília
ha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
1953 a 1954
Afonso A. Lamounier
1955 a 1956
Américo C. Ribeiro
1957 a 1958
Antônio J. S. Freire
1959 a 1960
Alcides Freitas
1961 a 1962
José Flávio Vieira
1963 a 1964
Oreste Stefanini
ha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
1965 a 1966
José Silvério Horta
1967 a 1968
Antônio dos Santos
1969 a 1970
1971 a 1972
Roberto P. de Aguiar Carlos Barcelos Costa
1973 a 1974
Luiz C. Gonçalves
1975 a 1976
Joel M. Aragão
ha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo
1977 a 1978
1979 a 1980
Maurício Sarreiro Mauro C. Guimarães
18
1981 a 1982
Paulo Angelo Souza
1983 a 1984
Esmeraldo Pizarro
1985 a 1986
Danilo Bellesia
1987 a 1988
Fernando Andrade
galeria de fotos
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tem
1989 a 1991
Maurício H. Nogueira
1992 a 1994
Mauro Guimarães
1995 a 1998
1999 a 2000
Marco C. Almeida Antônio Pádua Rocha
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tem
2001 a 2004
2005 a 2009
Carlos Rocha
Presidente
José A. T. Freire
Ano de Comemoração
dos 65 anos do Mackenzie
Esporte Clube
2008
linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tempo linha do tem
Palavra do Presidente do
Conselho Deliberativo do Mackenzie
Sessenta e cinco anos pode ser a idade ideal para se fazer o balanço de
uma vida, recordar o que foi conquistado e os desafios vencidos ao longo do
tempo. No nosso caso, a vida de um clube, que no dia primeiro de setembro
alcança a maturidade podendo se orgulhar das diversas gerações e das árduas
batalhas que superou na formação de atletas que ajudaram, de uma forma ou
de outra, o país a conquistar o destaque que hoje desfruta no mundo, principalmente, no seu produto atual mais glorioso, o voleibol feminino.
O que se comemora hoje é a longa jornada de um clube que, durante
décadas, ajudou a forjar personalidades, modeladas na convivência esportiva
e social, que vem sendo cultivada e solidificada de pais para filhos há mais de
meio século.
O Mackenzie, pelo espaço físico que ocupa e pelo número de associados
que comporta, pode ser comparado a uma família, com todos os defeitos e qualidades inerentes aos seres humanos, mas buscando sempre o espírito de cooperação,
de superação e de vitórias. Elementos básicos para a forja de um corpo saudável e
vencedor. Nunca faltará quem brinde a isso, com os merecidos parabéns.
José Milton Alves da Silva
fundador
Márcio Paulino
São apenas cinco os fundadores do Mackenzie que ainda estão vivos. Eu (Márcio Paulino), Celso Vidal Gomes, Hélio Coutinho Guimarães, Túlio
Gama e Paulo de Souza Marinho. Infelizmente as
pessoas vão morrendo ao longo dos anos, mas assim
é a vida. Cabe a nós, que continuamos vivos, relembrar as boas fases que vivemos.
Lembro-me de quando subíamos a Serra do
Curral e lá no alto ficávamos acampados. Excursionistas, tínhamos um sonho de algum dia chegar ao
Monte Everest, quando conseguíssemos juntar algum
dinheiro. O tempo passou e nunca fomos lá, mas esse
mesmo grupo realizou um outro grande sonho, o de
fundar um Clube.
Na época tínhamos entre 16 e 19 anos. Wilson Ramos era o mais velho da turma e, oito de nós,
servíamos no exército depois dos tempos no colegial.
Aliás, foi no Colégio Marconi, com seu horário integral que nos apaixonamos pelo esporte. Jogava vôlei,
basquete e ainda era corredor de 100 metros rasos.
Na esquina da rua Sergipe com Aimorés existia uma centenária Gameleira e ali nos encontrávamos para prática de esportes. Jogávamos futebol no
gramado da igreja e na
época (décadas de 1930 e
1940) os padres começaram a plantar árvores para
atrapalhar nossa pelada.
Éramos conhecidos como
o grupo da gameleira e ali
nascia uma associação de
futebol com o nome “Chacaritas”. Como esse nome
era feio, nome de um cemitério na cidade de Buenos Aires, nos reunimos
na casa do Dr. Jarbas (Vidal Gomes), na rua Sergipe, 220, para votarmos um
novo nome e ali fundar
um clube. Assim nascia o
Mackenzie Esporte Clube.
Filiamos em 1944 na Federação Mineira de Vôlei
quando nosso técnico era Afonso Arinos. Com dois
ou três anos conseguimos tirar a hegemonia do Minas Tênis Clube.
Em 1949, enquanto minha irmã, Wanda Bello
de Araújo Paulino conquistava o título de “Miss Mackenzie”, perdíamos nossa quadra da João Pinheiro.
20
Gilson de Souza
Me lembro de um jogo histórico, quando riscamos de giz
o chão da Praça da Liberdade
para ali jogarmos uma partida. Precisávamos de uma
quadra com urgência. Conseguimos então a quadra do
Colégio Santo Antônio, na rua
Pernambuco, para treino e foi
o Mackenzie quem construiu
o ginásio do colégio. Mas não
estávamos satisfeitos. No desespero procuramos Américo
Renné Gianetti, então prefeito
de Belo Horizonte, para pedir
um terreno e construirmos
nosso próprio ginásio. Ele já nos conhecia do Colégio Marconi e nos recebeu no seu gabinete. As portas
estavam se abrindo para nós e soubemos aproveitar
bem cada momento. Daquele pequeno grupo saíram
diversos casamentos, inclusive o meu. Quem diria
que, sessenta e cinco anos depois, estaria relembrando e ainda vivendo esses momentos.
primeiro presidente
Celso Vidal Gomes
Estou surpreso pelo tanto de tempo decorrido. São 65 anos desde que
o Mackenzie Esporte Clube foi inaugurado. E em muitos momentos na minha
vida, senão todos, eu recordo daqueles tempos da criação do Clube. Completo,
em dezembro próximo, 84 anos e recordo como se fosse ontem aquela “meia
dúzia” de adolescentes que se reuníam na garagem de minha casa para conversar sobre esportes que gostávamos.
Vim para o Rio de Janeiro no início da década de 1950, mas continuei a
acompanhar a evolução do Mackenzie e de todos os heróis que nos sucederam.
Recebo as diversas publicações e tenho um imenso orgulho de ver como está o
Clube atualmente. Deixo claro que o clube faz parte do sonho de todos nós, que
acreditamos, e do fruto de pessoas como o saudoso Joel de Sá.
Em resumo, e com toda a sinceridade do meu coração, declaro meu
grande amor pelo Mackenzie Esporte Clube e por tudo aquilo que ficou definitivamente gravado na minha vida. Tenho sempre que agradecer a todos que
prestigiam minha pessoa, e aos diretores atuais pelo belíssimo trabalho realizado. Que os próximos mantenham esta mesma característica: de fazer com que o
clube tenha o reconhecimento que possui hoje, na sociedade mineira.
Conforme discursei, quando da inauguração da sala com os quadros
dos ex-presidentes e fundadores, recordo das grandes dificuldades que tivemos
para completar a criação do Mackenzie. Lembro-me da fase que não tínhamos
local para a prática de esportes, foi quando meu pai, dr. Jarbas Vidal Gomes,
então advogado e procurador da República do Estado de Minas Gerais, sendo Governador de Minas, Juscelino Kubitschek (1950 - 1955), através de seu
prestígio e amizade com o ministro Afrânio de Melo Franco, nos cedeu um
terreno na atual av. Prudente de Morais. Era um terreno baldio, só tinha mato,
mas fincamos uns paus, esticamos uma rede e ali jogávamos nosso “voleizinho”.
Lembro de uma frase do dr. Afrânio, quando ele disse que a responsabilidade
pelo o que acontecia no seu terreno era inteiramente minha e como confiava
em mim, podíamos jogar à vontade.
Mais tarde, aquele terreno foi vendido. Meu tio, Amintas Vidal Gomes,
então delegado especial da Polícia Mineira, superintendente da Guarda Civil,
nos emprestou um campinho de futebol que ficava próximo ao terreno que
jogávamos, também na av. João Pinheiro, e mais uma vez a responsabilidade
ficou em minhas mãos. Lembro do meu tio me dizendo: “eu conheço você e
sei que não vai me dar nenhum aborrecimento. O campo da Guarda Civil está
liberado para você e seus amigos praticarem esportes. Se é algo relacionado ao
esporte, respeito e pode ficar à vontade, vou emprestar com gosto”, completou.
Durante muitos anos jogamos ali, onde hoje está o Detran. Me recordo
que a quadra se chamava Ernesto Dornelles, chefe de Polícia de Minas Gerais,
era de saibro, mas um saibro bem fofo e que levantava muita poeira. Conseguimos então, mais uma vez, com a intervenção do meu tio Amintas, a doação de
toda a mão-de-obra para cimentarmos a quadra. Américo René Gianetti, que
era secretário de Agricultura, foi quem nos cedeu o pessoal para cimentar todo
o terreno.
Foi quando o Governador de Minas Gerais, Milton Campos, pediu o terreno onde ficava nossa quadra para construir o Departamento de Trânsito. Nos
vimos, mais uma vez, sem lugar. Ali era nosso maior patrimônio. A volta por
cima veio com o esforço pessoal de uma rapaziada entusiasmada na área esportiva. Este mesmo esforço que hoje enxergo naqueles que ficam e continuam escrevendo a história do grande sonho que vimos realizar.
Foto enviada pelo primeiro presidente do Mackenzie
Esporte Clube, dr. Celso Vidal Gomes, esta fotografia
mostra o primeiro time de basquete do Clube.
Da esquerda para a direita:
Francisco Carvalho, Huniade B. Tavares, Túlio
Guimarães Gama, Edvar Rigotto Prado e Celso Vidal
Gomes
Abaixo, trecho de uma carta lida pelo próprio Celso,
quando da ocasião dos 38 anos do Mackenzie.
22
Arquivo Pessoal
foto histórica
Foto tirada no dia 20 de junho de 1952 na Quadra do América.
Era a 1ª partida da série melhor de três entre Mackenzie e Atlético para a decisão do título de 1952.
24
Arquivo Mackenzie
foto histórica
fundador
Túlio Guimarães Gama
Tínhamos um grupo fiel ao esporte. Todos os
domingos de manhã jogávamos basquete, as mulheres
jogavam volei e aquilo tudo foi evoluindo muito rápido. O Mackenzie foi fundado sem ter nada, era tudo
emprestado e o que nos movia era o amor pelos jogos.
Na segunda divisão eram mais que 12 times de vôlei
tentando o título. Foi nessa época que conhecemos
Joel de Sá que se entrosou rapidamente com a turma e
praticamente assumiu o vôlei feminino.
Conquistamos um terreno e o número de pessoas que se associavam era grande. Lembro que aos
domingos, tínhamos uma escala de quem iria comprar gelo na fábrica da Antárctica (atualmente Shopping Oiapoque). Voltávamos com o carro lotado de
gelo para vender refrigerante aos visitantes do clube.
Na época eu tinha um “jeep” e costumava usar a mão
inglesa nas ruas vazias de Belo Horizonte.
Parabenizo à atual diretoria pela elaboração
dessa revista. Tenho certeza que vai trazer boas lembranças para todos nós e alavancar outras grandes
idéias. Precisamos voltar a viver tempos de amor ao
esporte, jogar pelo simples prazer de jogar. Vejo isso
nas grandes jogadoras que pelo Mackenzie passaram:
a Érica, a Sheila, que fala do clube com orgulho e mantém a mesma simplicidade do início.
Fotos: Arquivo Mackenzie
Gilson de Souza
Almoço na Churrascaria Camponeza em comemoração ao bicampeonato da cidade em 17 de novembro de 1951
Pose das campeãs - Vôlei feminino hepta-campeão
ie
Mackenz
Arquivo
joel de sá
Ideologia para viver
Poucas são as pessoas que
têm uma ideologia para viver. Frase imortalizada pelo cantor Cazuza, “eu quero uma para viver”,
pode-se dizer que Joel de Sá, tinha de sobra. Ele é o
sócio do Mackenzie Esporte Clube com a carteirinha
de “número 001”.
Infelizmente, já não o temos em nosso meio.
Joel de Sá morreu aos 89 anos de idade no ano em
que o Mackenzie completa 65 anos. Foi no domingo
de Páscoa e, de acordo com sua filha mais velha, Maria
Arquivo Mackenzie
Arquivo Mackenzie
Arquivo Pessoal
Gilson de Souza
Um provérbio
diz que grandes
homens morrem
num feriado.
de Fátima Freire de Sá, “um provérbio diz que grandes
homens morrem num feriado”.
Maria de Fátima é advogada e professora da
Universidade Católica - PUC, em Belo Horizonte. Reside atualmente em Caxias do Sul, mas está sempre
vindo à capital mineira para dar aulas. Sempre que
possível, vem ao Clube Mackenzie matar saudades da
infância. “Vinha para cá, de bicicleta fazer dever de
casa”, relembra saudosa.
Seu pai, Joel de Sá foi um dos sócios-benemé-
ritos do Clube. Ele materializou a praça de esportes do
Mackenzie. Nascido na cidade de Guaxupé, interior
de Minas, veio para a capital com o importante cargo
de diretor da extinta “Diretoria de Esportes do Estado
de Minas Gerais”, atual Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Esportes - SEDESE.
Em 1943, quando o time feminino de vôlei do
Mackenzie ganhava o sétimo campeonato mineiro,
por meio de sua influência na prefeitura, conquistava uma área para a construção da Praça de Esportes
do Mackenzie Esporte Clube na região Sul da capital.
“Ele buscava as jogadoras para treinar no Clube que
por muitas vezes eram proibidas pelos pais de jogar.
Mas conquistou a confiança deles e com isso, ajudou
a formar o time hepta-campeão mineiro”, diz Maria
de Fátima.
“Joel de Sá teve duas paixões em sua vida: Mackenzie e minha mãe”, explica Maria de Fátima, se referindo à
Myriam Freire de Sá que teve duas filhas: Maria de Fátima
26
joel de sá
cio benemérito, mas continuou pagando as mensalidades
do Clube. Maria de Fátima afirma que seu pai ensinava
sempre aos filhos que é necessário competir de forma
saudável, “sendo sempre humildes, mas nunca deixarem
ser humilhados”. E para aqueles que continuam fazendo
história, ensina uma dádiva que guardou por toda vida:
“vejam o passado com os olhos do presente. E com esses
olhos farão o Mackenzie crescer mais e mais”, relembra.
Fotos: Arquivo Mackenzie
e Maria Amélia. “Eles se conheceram nestas idas e vindas
dos treinos, já que minha mãe era uma jogadora brilhante
e participou dos campeonatos vencidos”, diz. Ela conta que
sempre assistida pelo marido, Joel de Sá chegou a fingir
desmaio para parar os jogos quando estavam perdendo e
assim desestimular o time adversário.
Ao completar 40 anos como quotista do Mackenzie, Joel de Sá, mesmo sem sua autorização, se tornou só-
Joel de Sá foi
o treinador do
time campeão
de volei. Ao
lado, uma
foto dele na
construção da
piscina na sede
do Mackenzie
voleibol
Orgulho do Mackenzie
Arquivo Mackenzie
O vôlei do Mackenzie teve início na segunda divisão. Mas durante uma
reunião entre Joel de Sá e Afonso Arinos, que era responsável pela equipe feminina, foi feito um plano para que o Mackenzie fosse campeão por oito anos
consecutivos. Nesta reunião foi traçado todos os planos possíveis, os pós e os
contras e foram arregimentadas novas jogadoras. A partir daí, começou a caminhada de glória do Mackenzie, praticamente inédito no Brasil e, principalmente, em Minas Gerais. De uma segunda divisão passaram a ganhar todos os
campeonatos, tanto do Estado quanto de Belo Horizonte. Foram por sete anos
consecutivos campeãs municipais.
Mas a trajetória não foi fácil. Com a perda da quadra da João Pinheiro
não tinham onde treinar. Entretanto, isso não diminuiu o entusiasmo das atletas. Elas treinavam no Senai, no colégio Santo Antônio, no Colégio Anchieta,
no América. Onde tinha uma quadra vaga, lá estavam elas. Aos poucos foram
conseguindo trazer excelentes jogadoras para a equipe.
O título mais importante foi o hepta-campeonato. Com uma das partidas
mais emocionantes. O Mackenzie jogava contra o Minas, que era uma equipe
muito forte, e perdia o primeiro set por 14 a 2. Virou o jogo e acabou ganhando.
Infelizmente, na disputa pelo octa-campeonato, a equipe teve alguns tropeços e
não conseguiu conquistar o título. Todavia, chegaram a 90% do que haviam planejado. Os maiores adversários que o Mackenzie possuía na época eram o Atlético e o Minas Tênis Clube. Algumas jogadoras do Mackenzie também fizeram
parte da Seleção Brasileira de Vôlei, como Zezé, Juracy, Lia e Silvia.
O Mackenzie possuía todas as divisões funcionando, tanto feminina
quanto masculina. O mais interessante é que não tinham quadra. Isto era uma
coisa difícil de acontecer, mas no Mackenzie acontecia. Treinavam em todos os
lugares inclusive, no meio da rua quando não conseguiam uma quadra emprestada. Suas jogadoras nem sempre moravam perto e, para compensar o esforço
de todas, eles mandavam uma velha jardineira que Joel de Sá providenciava
para buscá-las e levá-las em casa. “Nenhum outro clube fazia isso”, relembra Íris
Alves, uma das jogadoras da época.
Outro título importante para o Mackenzie foi o Campeonato de Clubes
Campeões - Troféu Guarani, realizado em Juiz de Fora, no ano de 1963. Neste
jogo, o Mackenzie ganhou de 3 a 2 do Pinheiros de São Paulo, que, na época,
possuía jogadoras que faziam parte da Seleção Brasileira. As titulares desse saudoso time do Mackenzie eram: Ilda, Neuza, Íris, Silene, Lia e Necy. Dentre os
diversos títulos daquela época conquistados pela equipe feminina de vôlei, os
mais importantes foram:
• Hepta campeão da
cidade de Belo Horizonte – 1ª
Divisão (1950-1956)
• Campeão do Troféu
Brasil de Clubes Campeões – 1ª
Divisão (1963)
• Penta campeão do
Estado – 1ª Divisão (19681977)
• Campeão do Torneio
Internacional do Chile (1970)
• Vice-campeão do
Troféu Brasil de Clubes
Campeões – 1ª Divisão (1975)
Eugênio Gurgel / Divulgação
voleibol
Time atual: Super Liga
Jogadoras:
• Ana Maria
Posição: levantadora
Altura: 1,80
Peso: 73 kg
Principais títulos: Brasileiro
Infanto (2001-Seleção RJ),
Juvenil (2002-Seleção RJ)
e Jogos Abertos Brasileiros
(2006-São Caetano)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Ana Carolina (Carol)
Posição: meio-de-rede
Altura: 1,80
Peso: 70 KG
Principais títulos: Regional
Juvenil (2007-Mackenzie)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Fernanda (Fê) Soares
Posição: ponta
Altura: 1,84
Peso: 76 kg
Principais títulos: Liga
Nacional (2006-Cimed)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Flavia Assis
Posição: meio-de-rede /
Ponta
Altura: 1,83
Peso: 76 kg
Principais títulos: Salonpas
Cup (2000-BCN) e (2005Pinheiros) e Copa São Paulo
(2007-Pinheiros)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Heloiza (Helô)
Lacerda
Posição: oposta / ponta
Altura: 1,86
Peso: 76 kg
Seleção Brasileira: Infanto
(2007)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Indira Mestre Baro
Posição: meio-de-rede /
oposta
Naturalidade: Havana - Cuba
Altura: 1,83
Peso: 78 kg
Principais títulos: Mundial
(1998-Cuba), Gran Prix
(2000-Cuba), vice Gran Prix
(1997/98/99-Cuba) e vice
Pan-americano (1999/2003Cuba)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
Seleção Cubana durante 10
anos
• Juliana (Ju) Serafim
Posição: ponta / oposta
Altura: 1,79
Peso: 74 kg
Principais títulos: Jogos
Abertos de São Paulo (2004Bauru) e (2005-Paulistano)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Marcilene (Marci)
Posição: oposta
Altura: 1,85
Peso: 80 kg
Principais títulos: Brasileiro
Infanto (2002-Seleção
Mineira)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Mariana (Mari)
Posição: ponta
Altura: 1,80
Peso: 73 kg
Principais títulos: Paulista
(2004/05/06-Finasa),
Salonpas Cup (2004-Finasa),
vice – Superliga (2005/2006
e 2006/2007-Finasa) e Copa
São Paulo (2007-Pinheiros)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Priscila
Posição: levantadora
Altura: 1,76
No Marista, cada aluno é acompanhado de perto. E é assim, com educação integral e ensino de excelência,
que o Colégio Marista sabe muito bem como elevar o potencial do seu filho.
Peso: 66 kg
Seleção Brasileira: Infanto
(2008)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Samanta
Posição: ponta
Altura: 1,81
Peso: 64 kg
Principais títulos: Regional
Juvenil (2007-Mackenzie)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Tássia
Posição: líbero
Altura: 1,72
Peso: 64 kg
Principais títulos: Jogos
Abertos de São Paulo (2006Suzano) e Copa São Paulo
(2007-Suzano)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Thaís
Posição: ponta
Altura: 1,85
Peso: 74 kg
Principais títulos: Copa
Báltica e Copa da Finlândia
(2004-Salon Viesti), Torneio
da Áustria (2007-Btv Luzern)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
• Viviane (Vivi)
Posição: levantadora
Altura: 1,79
Peso: 73 kg
Principais títulos: Copa São
Paulo (2007-Pinheiros)
Seleção Brasileira: Juvenil
(2007)
Campeonato Mineiro (2008 Mackenzie)
Com. Técnica:
Ténico:
Jamison Morais
Assistente técnico:
Bruno Martins
Supervisor:
Sérgio Vera
Dep. Médico:
Médico:
Thiago Brustolini
Fisioterapeuta:
Vinícius Araújo
voleibol
Promessa de Vitórias
Na Superliga 2007/2008, o Mackenzie Cia. do
Terno foi a equipe de vôlei com a menor média de idade da competição, entre 18 e 19 anos. Para comandar
o time, a aposta foi em Antônio Rizola, técnico das
categorias de base da seleção brasileira, há 15 anos. A
maioria das atletas era das categorias infanto-juvenis e
juvenis. As meninas venceram três partidas e ficaram
na nona colocação.
Para a disputa da Superliga 2008/2009, Jamison Amaral, treinador das categorias de base do Mackenzie, durante 12 anos, é o novo comandante. Mais
da metade do elenco foi renovado. O grupo ficou mais
experiente e encorpado com a contratação de seis reforços e a subida dos atletas da base. É exatamente essa
mescla de experiência e juventude que será a força do
Mackenzie Cia. do Terno para a competição.
Fotos: Gilson de Souza
Jamison Morais
Conheça quem é o técnico da um bom trabalho”, comenta Jamison Morais.
O time tem garra, determinação, é competitivo
Super Liga para 2008 e 2009:
30
e o que se espera são bons resultados. A tendência,
segundo o treinador, é melhorar, em muito, o resultado anterior de nono colocado. “Esse time de hoje
tem muita vontade de fazer bonito, essas meninas estão acostumadas a ganhar todos os jogos”, acrescenta
Delicério Rodrigues, técnico do time de base do Mackenzie.
Gilson de Souza
Jamison Morais, técnico de voleibol feminino,
há 18 anos, sendo 12 só no Mackenzie. Passou pelos times do infantil, infanto, juvenil e agora assume
o time profissional que vai encarar a Super Liga nos
anos de 2008 e 2009.
Modesto diz que chegou ao cargo de técnico,
como resultado de um trabalho que vem realizando ao
longo de mais de 20 anos. Na sua trajetória, conta-se
diversas vitórias e uma vasta experiência.
Para o time atual, Jamison afirma ter uma mescla de experientes jogadoras, como a Cubana Indira
Mestre, Thaís, que passou uma temporada na Suíça, e,
outras seis jogadoras, que são “Prata da Casa”, ou seja,
já faziam parte dos times de base do Mackenzie.
“Para a Super Liga, que acontece de outubro de
2008 a abril de 2009, o time tem tudo para ficar numa
boa posição. Conhecemos muito bem nossos adversários, sabemos das dificuldades, mas queremos fazer
voleibol
Fotos: Gilson de Souza e Eugênio Gurgel / Divulgação
O que vier é conseqüência do bom
trabalho que temos feito e da garra
dessas meninas
Jamison Morais
25
Fotos: João Hélio Andrade
voleibol
Campeão mineiro
O Mackenzie Cia. do
Terno conquistou o Campeonato Mineiro de 2008
depois de vencer o Lagoa
Santa por 3 sets a 0 dia 5 de
outubro no ginásio do clube
em Belo Horizonte. A partida teve menos de uma hora
de duração e as parciais foram 25/13, 25/07 e 25/14. A
conquista deu fim a um jejum de 30 anos sem um título estadual de vôlei para
o Mackenzie.
O time da casa não deu muitas chances ao adversário. Com um bom ataque e bem na
distribuição das bolas o Mackenzie Cia. do Terno
sempre foi superior em quadra e impôs o ritmo da
partida.
Na terceira etapa o técnico Jâmison Morais
fez várias alterações na equipe e mesmo assim o
Mackenzie Cia. do Terno se manteve melhor. A
bola do título saiu das mãos da meio-de-rede Ca-
rol que fechou o jogo com um ace. Foi o primeiro
título dela como profissional.
O treinador também comemorou o primeiro título estadual como profissional: “Cumprimos
a nossa meta de ganhar do Campeonato Mineiro.
Valorizamos a competição, tivemos muito respeito com os adversários, demonstramos que éramos
o time mais forte da competição e o resultado foi
justo. O título é um presente para o Mackenzie que
fez 65 anos e que volta a ser campeão mineiro depois de trinta anos”, declarou Jamison.
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voleibol
a
k
i
r
É
a
m
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g
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n
e
m
o
H
Rocha e
Íris Alves, Érika, Carlos
atleta
da
e
Marlene, mã
João Hélio Andrade
No jogo entre
Mackenzie Cia
do Terno e o
Brasil Telecom
a jogadora
Érika foi
homenageada
pelo Clube com
uma placa.
campeã olímpica
Carinho especial pelo Mackenzie
Sheilla Tavares de Castro nasceu, em Belo Horizonte, em primeiro de julho de 1983. Atua, no time
do São Caetano (SP) na posição oposto e, atualmente,
é considerada como uma das principais jogadoras da
Seleção Brasileira de Voleibol.
Entre os títulos conquistados estão: medalha
de ouro nas olimpíadas de Pequim pela Seleção Brasileira (2008), campeã Italiana, campeã da Supercopa
na Itália (2008), Campeã da “World Grand Champions
Cup” (2005), Campeã Sulamericana (2005). E na categoria individual, como maior pontuadora brasileira
nas Olimpíadas de Pequim (2008), maior pontuadora
do Campeonato Italiano (2006/2007), melhor saque e
maior pontuadora brasileira no Mundial de 2006.
Na última vez que entrou em quadra pela Seleção Brasileira de Vôlei, foi dia 7 de setembro de 2008,
venceu a República Dominicana por 3 sets a 0 na decisão do “Final Tour”. Não deu outra, subiu mais uma
vez no lugar mais alto do pódio diante da torcida que
lotava o Ginásio Paulo Serasate, em Fortaleza (CE).
Mas uma campeã não se faz só de títulos.
Sheilla disse, em entrevista exclusiva para a Revista
65 Anos do Mackenzie, que “para se formar um campeão é necessário partir do início com calma e ao
mesmo tempo com garra. Dar atenção e confiar no
atleta que está começando”. Sheilla lembra orgulhosa
do seu início: “aprendi jogar vôlei no Mackenzie e
nunca vou esquecer da atenção que o Clube dá aos
atletas que estão começando, desde a musculação,
hidro-ginástica, do técnico Jamison, enfim, toda infra-estrutura que dispunha no Mackenzie. Se algum
dia o clube resolver me chamar de volta, ficarei muito honrada”, finaliza.
Pela Seleção Brasileira, o próximo jogo será em
novembro, mas está ansiosa para começar a Superliga
2008/2009 em que terá a chance de se encontrar com
o time do Mackenzie. “É bom que mato saudades”, diz
Sheilla.
Alexandre Arruda / CVB
Aprendi jogar
vôlei no Mackenzie
e nunca vou
esquecer da atenção
que o Clube dá aos
atletas que estão
começando
Fotos: D
iv
Sheilla conquistou
seu grande sonho: ser
campeã olímpica
ulgação
Sheilla Tavares de Castro
39
voleibol
Damas do Vôlei
Gilson de Souza
Um grupo alegre de senhoras,
cuja idade mínima é de 50 anos, se reúne
no ginásio do Mackenzie religiosamente,
toda terça-feira à noite por mais de 15
anos. São atletas que passaram da idade
de competir no Máster 40, mas não perderam a vontade e a garra de jogar um
bom voleibol.
Experientes e com histórias para
contar, carregam no currículo títulos
que poucos conseguiram ou vão conseguir conquistar. Como é o caso da
jogadora Zezé, única mineira bicampeã pan-americana ou Juracy Raso,
pentacampeã pela seleção mineira, heptacampeã pelo
Mackenzie, campeã brasileira, campeã sulamericana
e bicampeã juvenil. Juracy foi uma das jogadoras que
Joel de Sá teve de convencer os pais para participar
dos treinos de vôlei nas décadas de 1940 e 1950. “Era
um tempo memorável, onde éramos as melhores do
Brasil”, explica sorridente. Ela, no seu tempo, foi a levantadora mais alta do Brasil e relembra com orgulho
do time que mais trouxe títulos para o Mackenzie.
Quem treina o time das Damas do Vôlei há
pouco mais de um ano é Wildine Mesquita, o Mineiro. “É um trabalho muito gratificante que não trocaria por nada nesse mundo”, define orgulhosamente
Mineiro.
Arquivo Mackenzie
Juracy Raso, hepta-campeã
pelo Mackenzie. Ao lado,
o time das “Damas de
Ouro” no X Campeonato
Brasileiro de Voleibol em
setembro de 2001
Títulos nacionais na bagagem: Damas de Ouro (50 anos): Bicampeãs; Damas de Esmeralda (55 anos): Tricampeãs; Damas
de Diamante (60 anos): Tricampeãs. Também há times de “Damas e Brilhante” (65 anos) e “Damas de Vinho” (70 anos).
Abaixo, as Damas de Ouro e Esmeraldas
Fotos: Gilson de Souza
40
basquete
Boas lembranças
por Geraldo Teixeira da Costa Neto
Diretor Executivo dos Diários Associados
guía há mais de 10 anos na categoria juvenil! Contra o
outro rival, o Ginástico, lembro-me de uma virada histórica que fizemos dentro da casa do adversário quando
perdíamos o jogo por mais de vinte pontos com apenas
10 minutos para acabar o jogo. Para complicar as coisas,
havíamos perdido os dois pivôs e o nosso querido técnico Jurandy não teve escolha senão colocar os baixinhos
para correr atrás do prejuízo. Não é que deu certo?
De tudo o que eu vi e vivi no Mackenzie carrego
com muito carinho o tratamento que o nosso Eduardo Avelar, apelidado (não sei porque) de Cabeça, teve
comigo. Foi ele que acreditou no meu potencial e me
deu a oportunidade de treinar e jogar nas categorias
acima da minha. E com ele aprendi que mesmo tendo
menos estrutura e menos dinheiro é possível competir
contra os mais “poderosos”. É claro que as meninas do
vôlei deram um colorido todo especial a estes anos de
Mackenzie! Por falar em vôlei, continuo afirmando que
não fui eu quem chutou a bola no treino do Ricardo
“Jesus” naquele dia chuvoso.
Não dá para esquecer também da Olimec, das
maratonas de basquete que duravam 24 horas, da Kombi do seu Cid que nos levava aos jogos fora de casa, dos
métodos não ortodoxos de motivação do Zoiudo e de
grandes craques inspiradores como Beto (irmão do
Ico), Capacete, André Beltrão e Eugênio. Quis o destino
que eu me cassasse com a Letícia, filha de um dos fundadores do Mackenzie: o advogado Celso Vidal Gomes,
que me contou pouco como foi o processo de doação
do terreno pela prefeitura a um grupo de jovens atletas,
como foi a construção do estatuto do clube e pude saber
a origem da escolha do nome do clube.
Arquivo Mackenzie
Comecei a jogar basquete no Mackenzie em
1976, quando eu tinha 7 anos. Vi um cartaz na portaria que convidava os sócios para fazer uma peneira na
escolinha e não tive dúvidas! Do teste feito na extinta
“quadra externa” até o último jogo com a camisa do
Mackenzie foram 10 anos seguidos de muita dedicação e alegria. Saí para jogar no Minas, AABB e Atlético,
para depois voltar e encerrar a minha carreira.
Sou muito grato ao Mackenzie até hoje, depois
de ter parado de jogar há mais de 15 anos, por ter tido a
oportunidade de desenvolver um espírito de luta, dedicação e paixão pelo esporte. Carrego na minha carreira
profissional esta vontade de vencer e de superar os obstáculos. Acho que não encontraria este aprendizado em
nenhum outro local.
Dentro das quatro linhas, tive vários jogos marcantes e títulos inesquecíveis. Contra o Minas, lembro
com muito carinho de quatro jogos: Em 1978, jogando de armador pelo Mini-A e com apenas 8 anos de
idade - enquanto a maioria tinha 12 - fiz a última cesta
de lance livre que nos deu a vitória. Mais tarde, em
1981, decidimos o título em casa e, desta vez jogando
de pivô e com o ginásio lotado, conseguimos trazer
de volta o título que o clube não ganhava há quase 10
anos. A rivalidade entre os dois times era tão grande,
que alguns jogos terminavam em guerra de ovos entre
a torcida! O terceiro jogo inesquecível contra o Minas
foi no infanto-juvenil, quando ganhamos o jogo superando a contagem centenária.
E por fim, no juvenil, quando derrotamos o
time do Minas que tinha bons atletas que jogavam até
no Adulto. Foi uma vitória que o Mackenzie não conse-
Guiné, o craque laureado
por Durval Guimarães
Único craque laureado do Mackenzie, Wagner Avelar Fonseca (Guiné para sua multidão de amigos) iniciou sua vitória trajetória no basquete
do Clube junto com o próprio time, em 1963. Seus primeiros arremessos,
ainda com oito anos de idade, foram na primeira equipe que o Mackenzie
formara desde que se transferiu da modesta sede perto da Igreja da Boa
Viagem para suas atuais instalações no Santo Antônio.
42
basquete
Era um tempo em que o Clube fechava para o
almoço”, recorda bem humorado. Ao meio dia, todas as
atividades eram suspensas, incluindo os treinamentos,
para serem retomadas às 14h30. “Como o Mackenzie era
pequeno - apenas a quadra e ginásio -, não dava sequer
para se esconder do porteiro. A gente tinha que ir para
casa e voltar mais tarde”, lembrou com saudade.
Depois de muitos anos de paralisação da atividade, o basquete do Mackenzie voltou com força. Exceto
no primeiro jogo, quando perdeu 44x2 do Quinze Veranistas. Sua primeira categoria foi a de mirim, que venceu
todos os campeonatos até a equipe chegar à condição
de time adulto. Guiné participou de todas essas vitórias, incluindo a de campeão mineiro. Por conta do seu
imenso talento, foi convocado para a seleção brasileira
para disputar um campeonato mundial na África do Sul,
que acabou não se realizando. O time brasileiro não viajou, em protesto contra a política de segregação racial, o
“apartheid”, que vigorava naquele país, na época.
Muitas são as recordações felizes que dominam
as lembranças de Guiné daquelas equipes vitoriosas do
Mackenzie. Uma curiosidade que ressalta era a paixão
das famílias pelo basquete, que se orgulhavam não apenas de ver seus filhos jogando no time, mas como verdadeiros “proprietários” de camisas da agremiação. A família Avelar era detentora da camisa 10, que foi defendida
seguidamente por Wagner, Ernâni, Marcelo, Eduardo e
Sérgio. A família Pizarro se apossou da 11, com Beto,
Grão, Flávio e Esmeraldo. A família Quintino dos Santos detinha a camisa cinco, com Sérgio e Moube entre
outros. Também a família Cota ofereceu para o clube os
craques Renato, Mauro, Fernando, Dudu e Eugênio. E,
por último a família Palhares, com destaque para o nosso
atual conselheiro Luís Palhares.
Hoje, prematuramente afastado das atividades
desportivas Guiné não abandonou o Mackenzie. Todas
as manhãs ele comparece ao clube para musculação na
piscina de hidroginástica. À noite e também nos fins
de semana o craque acompanha todo o movimento da
sua mesa praticamente cativa na pérgula da piscina. O
craque recebeu a distinção de laureado por conta de ter
defendido nossas cores por dez anos seguidos.
Arquivo Mackenzie
Guiné em destaque - atleta laureado por ter
defendido as cores do Mackenzie por dez anos seguidos
Time Bicampeão Metropolitano Juvenil em 1968
basquete
Geração vencedora
Dois são os treinadores de Basquete no Mackenzie Esporte Clube: Júlio Eduardo Cançado (Piu)
e Leonardo Borçato Lima. Ambos atuam respectivamente há 10 e 3 anos no clube e são responsáveis pela
escolinha e pelo time.
Leonardo, professor e técnico dos times de
basquete Cadete e Mirim, diz ser um trabalho ao
mesmo tempo árduo, mas que permite prever uma
geração vencedora e cheia de títulos pela frente. “O
time mirim, dos meninos de 11 e 12 anos, é a melhor
geração dos últimos 10 anos. Estou trabalhando com
eles desde cedo e é assim que se faz um bom trabalho:
temos soluções caseiras, estamos plantando hoje para
colhermos no futuro”, explica.
A maioria dos alunos da escolinha não são
sócios do Mackenzie. “O Clube tem um nome muito
forte e conhecido, somos procurados a todo momento
por pais que querem oferecer aos filhos uma boa escola de basquete”, diz Leonardo Borçato que tem um
sonho: formar um time adulto, acima de 19 anos.
Para esse sonho se tornar realidade, é necessário patrocínio diz o professor. “Tivemos um encontro
Sulamericano de times Petiz, de crianças com 13 anos
de idade. Conseguimos apoio de dois patrocinadores,
Mapear e Deva Motos. Através desse apoio, fomos de
avião para Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul,
com alimentação paga para os 10 jogadores.
“Esse time, que são todos Prata da Casa, é um
time que promete, realmente é uma geração vencedora
no basquete, que vai fazer história. Basta um incentivo
para os meninos que já nasceram campeões”, finaliza
o professor.
Arquivo Pessoal
Treinadores de Basquete: Júlio
Eduardo Cançado (Piu) e
Leonardo Borçato (Léo)
basquete
Fotos: Gilson de Souza
Estamos
formando a
base com olho
no futuro dessa
geração
vencedora.
Leonardo Borçato
natação
Formando campeões
Arquivo Mackenzie
44
A natação no Mackenzie começou como esporte
competitivo após a inauguração da atual piscina, isto é,
em 1961. Foram muitos anos para a formação dos atletas. A partir de 1970, os resultados desses investimentos
começaram a surgir, pois a equipe do Mackenzie se colocava entre as primeiras do Estado, ao lado do Minas
Tênis Clube. Foi a época do apogeu na natação.
Bons técnicos passaram pelo Clube, como
Adilson Fernando, Milton, Sérgio, Raimundo, Tuca
e Jair. Atualmente o Clube conta com uma equipe de
ponta para a escola e para a equipe de Natação, coordenado por Daniel Teodoro (Teo), técnico dos nadadores. Teo é formado em educação física e responsável
pela empresa Teo´s Sport Team. No Mackenzie a equipe de natação tem figurado entre as melhores equipes
do estado.
No decorrer do ano, o Clube participa das competições organizadas pela Federação Aquática Mineira
e dos Campeonatos Brasileiros organizados pela Confederação Brasileira do Desporto Aquático - CBDA.
Confira alguns dos resultados:
• Atleta campeã categoria júnior - Travessia dos
Fortes 2006;
• 2007 - Campeonato Mineiro Juvenil a Sênior
Verão - Terceiro lugar geral de Minas Gerais, Campeão
Mineiro categoria sênior, Campeão Mineiro categoria
júnior, CONQUISTAMOS: 27 medalhas de ouro, 21 de
prata, 15 de bronze;
• 2007 - Campeonato Brasileiro Verão Juvenil
- Eduardo Botelho - classificado duas vezes em oitavo
lugar do Brasil nas provas de 100m e 200m peito;
• 2007 - Campeonato Brasileiro Verão Júnior e
Sênior - Júlia Mazzoni - classificada duas vezes em sétimo lugar do Brasil nas provas de 100m e 200m peito,
e classificada para disputa do Troféu Brasil e Troféu
José Finkel 2008;
• 2008 - Campeonato Mineiro Juvenil a Sênior
Inverno - Quarto lugar geral de Minas Gerais, segundo
lugar geral categoria sênior, conquistamos: 10 medalhas
de ouro, 14 medalhas de prata, 4 medalhas da bronze;
• 2008 - Campeonato Brasileiro Júnior Inverno Eduardo Botelho: 5° e 8° lugar geral nas provas de 100m
e 200m peito; Júlia Mazzoni: 5° e 7° lugar geral nas provas de 100m e 200m peito; Christiano: 9° lugar geral na
prova de 100m costas; Revezamento Júnior 1 (Eduardo,
Christiano, Mateus e Lucas): 6°, 6° e 5° nas provas de 4
x 100m livre, 4 x 50m livre e 4 x 100m Medley, respectivamente. O Mackenzie terminou a competição em 15°
lugar geral do Brasil;
• 2008 - Campeonato Brasileiro de Seleção - O
atleta convocado Eduardo Botelho Andrade integrou o
revezamento 4 x 50 Medley Junior I e sagrou-se campeão brasileiro, batendo a seleção de São Paulo. Ele ainda participou da prova de 50 e 100m peito terminando
as duas provas em 4° lugar;
• 2008 - Atleta Júlia Mazzoni conseguiu bolsa para
estudar e treinar na Universidade de Michigan (USA).
METAS
• Consolidar a imagem de um Clube revelador
de talentos e eficaz na formação de atletas, sendo reconhecido como referência no estado de Minas Gerais.
• Participar do TROFÉU JOSÉ FINKEL e TROFÉU BRASIL, competições mais importantes do calendário da natação brasileira, com transmissão ao vivo
pelo SPORTV;
• Participar nos campeonatos brasileiros de categoria juvenil, júnior e sênior, com objetivo de classificar atletas entre os oito melhores nadadores do país;
• Participar em campeonatos estaduais juvenil a
sênior, colocar vários atletas entre as três primeiras colocações e a equipe entre as três principais do Estado;
• Participar de torneios regionais com objetivo
de dar oportunidades aos nossos atletas de obterem índices de classificação para Campeonatos Brasileiros e
Estaduais.
natação
Fotos: Gilson de Souza
Quando os meninos
da escola de natação
fazem 12 anos,
incentivamos que
entrem para a equipe de
competições do Clube.
Assim trabalhamos
individualmente
para formar grandes
nadadores.
Daniel Teodoro (Teo)
46
natação
Atletas de destaque
Acervo Pessoal
Eduardo Botelho
• Campeonato Mineiro Inverno e Verão - conquista de cinco medalhas de ouro, duas de prata;
• Campeonato Sudeste Infantil /Juvenil - Medalha
de bronze - 100m peito;
• Campeonato Brasileiro Inverno - classificado
duas vezes em sexto lugar do Brasil nas provas
de 100m e 200m peito;
• Campeonato Brasileiro Verão - classificado duas
vezes em oitavo lugar do Brasil nas provas de
100m e 200m peito.
Júlia Mazzoni
• Campeonato Mineiro Inverno e Verão – conquista de 4 medalhas de ouro, três de prata e
uma de bronze;
• Campeonato Brasileiro Inverno - classificada
duas vezes em oitavo lugar do Brasil nas provas
de 100m e 200 m peito;
• Campeonato Brasileiro Verão - classificada duas
vezes em sétimo lugar do Brasil nas provas de
100m e 200m peito;
• Classificada para disputar o Troféu Brasil e José
Finkel 2008.
Arquivo Mackenzie
Academia
Bodas de Prata
Era o ano de 1983 e o presidente Esmeraldo
Pizarro, apoiado por diretores e alguns sócios como
Fernando Géa, Eugênio Guimarães, Mauro Cotta, professora Eny Tolentino, Magda Botelho dentre outros.
Estavam antenados com a evolução da área de condicionamento, musculação e com a popularização das academias e decidiram oferecer mais benefício aos sócios.
Convidaram a jovem fisioterapeuta Maria
Auxiliadora Pereira Damasceno e o renomado ortopedista Alberto Peres para a montagem do “Centro
de Ginástica, Recuperação Física e Fisioterapia” e
presenteavam seus associados com um dos primeiros
“gladiadores” de Belo Horizonte, que foi a “vedete” da
época, marcando assim, o aniversário de 40 anos do
Mackenzie.
Nossa querida Dôra faz parte dessa história e
agregou valor à cota do clube, ofereceu um serviço de
qualidade para os associados, cedeu a academia para
treino dos atletas e hoje comemora os 25 anos da Cínesis (originário do grego “kínesys”, que significa movimento). Ela tem orgulho de atender uma segunda e até
terceira geração de usuários, trazendo-lhes mais beleza,
disposição e bem estar, com saúde e descontração.
Com ela a palavra:
“Nessa comemoração dos 65 anos do clube,
hoje uma referência nos esportes e um verdadeiro oásis no meio da cidade, sinto-me orgulhosa de participar dessa história.
O Clube é um local seguro para o desenvolvimento de nossas crianças, formação dos jovens, ao
mesmo tempo acolhedor para a turma mais madura e
um palco para o encontro da família e amigos, tanto
nas “peladas” como na academia, nos happy hours e
tradicionais festas do clube. Só tenho a agradecer todo
apoio e carinho que recebi por parte de todos os sócios, funcionários, diretores, presidentes e conselheiros ao longo destes 25 anos. E é com muita alegria que
comemoro as Bodas de Prata da academia (quase metade da minha vida) nesta data significativa que são os
65 anos do nosso querido clube.
Parabéns Mackenzie!”
Maria Auxiliadora - Dôra
com a palavra...
Governador Aécio Neves
Em nome de todos os mineiros, congratulome com o Mackenzie Esporte Clube nas comemorações de mais um aniversário.
Ao longo de 65 anos, o Mackenzie vem dando importante contribuição para o desenvolvimento
da cultura e do esporte na capital de nosso Estado,
sobressaindo-se como grande formador de atletas.
Merecem também os aplausos de Minas os esforços e os investimentos feitos no esporte concebido
Divulgação
Aécio Neves
Governador de Minas
Gerais
Pedro Paulo Drumond
Pedro Paulo Drumond é
Presidente da Cia. do Terno
A Cia. do Terno, como todas as
empresas brasileiras, enfrentou , durante
a sua historia, toda a espécie de problemas que sofre qualquer equipe que queira crescer no Brasil com uma atitude honesta, empreendedora, desvinculada de favorecimentos, ou seja, crescer
pelo valor de seus profissionais e pela multiplicação deste
valor através do trabalho em equipe.
Sabemos que, provavelmente, por toda a nossa
vida seremos obrigados a conviver com os sobressaltos
econômicos, com as vaidades políticas, com a fúria tributaria de um Estado que é um sócio no sucesso, não nas
horas de dificuldade.
Mesmo assim, nosso espírito empreendedor, e
nossa aversão à “tranquilidade” dos gabinetes e à “segurança” de se trabalhar sempre com o risco e o dinheiro dos outros (paz dos cemitérios), nos levam a preferir viver nesta
montanha russa que são os negócios privados no Brasil.
Tentamos fazer o melhor possível, todos os dias,
perseguindo, através da qualidade, do atendimento, da
vontade de evoluir, da garra, a excelência no atendimento
de nossos clientes.
Divulgação
como importante instrumento
de integração social de crianças
e adolescentes.
Parabéns, Mackenzie Esporte Clube.
Quando tivemos a oportunidade de nos associar
ao Mackenzie Esporte Clube, como patrocinadores da
equipe feminina de voleibol, não titubeamos.
Das primeiras conversas com a Leonésia e o Durval, rapidamente brotou um clima de empatia, de amor
conjunto pelo desafio e pelo esporte. De orgulho de participar da vida de uma Agremiação tão correta e com uma
historia tão rica.
Aos que nos perguntam: porque o esporte, e porque
o Mackenzie, respondemos: é que, entre calmarias e turbulências, há valores que unem a Cia. do Terno, o Mackenzie
Esporte Clube e o Voleibol: a competição, o comportamento
correto, a impetuosidade, o gosto pelo risco, a independência de favorecimentos excusos, a lisura de comportamento,
a contribuição através do esporte como exemplo para nossa
juventude e para nossa querida Belo Horizonte.
Que nossa parceria seja duradoura, que sirva de
exemplo para outros clubes e patrocinadores de médio
porte como nós, e que os resultados venham, aos poucos,
comprovar a força da identidade de crenças e linha de atitude diante das dificuldades e das conquistas, que unem
nossos interesses.
Parabéns e longa vida ao Mackenzie Esporte Clube, são os votos da Cia. do Terno.
Emanuel Carneiro
Emanuel Carneiro é presidente
da Rádio Itatiaia
Na minha juventude o vôlei
feminino enchia os ginásios em Belo
Horizonte. São inesquecíveis até hoje na minha memória os clássicos Minas e Mackenzie. Marta Miraglia
de um lado e Lia de Freitas do outro, defendendo o
Mackenzie.
O Mackenzie ao chegar aos 65 anos deixa uma
história muito viva no esporte mineiro e neste momento é justo reverenciar todos os que vestiram a sua
camisa. Mas eu continuo sentindo saudades de Lia de
Freitas...
51
Divulgação
com a palavra...
Divulgação
Paulo Paiva
Paulo Paiva, ex-ministro do planejamento na gestão do presidente Fernando
Henrique Cardoso. Ele também foi vicepresidente do BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento), instituição que tem como
objetivo apoiar o desenvolvimento dos países
da América Latina e Caribe.
Hoje, ele é presidente do BDMG
(Banco de desenvolvimento de Minas Gerais),
entidade responsável por financiar projetos
empreendedores de diferentes portes e setores
de nosso Estado.
Na segunda metade dos anos sessenta,
após a interrupção da democracia, dois sonhos
desfeitos. Então, um encontro, um novo amor,
um novo projeto comum. Clotilde recomeça na UFMG e eu na PUC. Logo viemos
morar em um apartamento próximo ao Mackenzie. Emília começando a andar e
Pedro ainda bebê. O clube nos acolheu e nos permitiu ver as crianças alegres interagirem com outras. Passavam toda a manhã no Mackenzie e nos fins de semana nos
juntávamos a elas. Foi nos seus bailes infantis de Carnaval que meus filhos usaram
as primeiras fantasias. Foi na sua piscina que deram os primeiros pulos na água.
O Mackenzie foi nessa época um porto seguro para o redirecionamento
de nossas vidas. Parecia-me um clube de casais jovens, construindo suas famílias.
Muitas crianças, muita vida correndo, brincando a espera do futuro.
Hoje quero cumprimentar o Mackenzie por seus 65 anos e agradecer os
momentos felizes que nos proporcionou. Como o primeiro beijo, o primeiro clube
ninguem esquece.
Parabéns família Mackenzie!
Totó Teixeira
Totó Teixeira é vereador de Belo Horizonte,
eleito para o quarto mandato em 2004, tem como
principais realizações os trabalhos sociais na
capital, principalmente na Região do Barreiro,
nas áreas de esporte, lazer, educação, segurança e
transporte coletivo de massa.
Rodrigo de Oliveira / Divu
O Mackenzie Esporte Clube é um dos clubes mais tradicionais de Belo Horizonte e com prazer tenho participado de quase todos os “Happy
Hour” das sextas feiras, que é uma prova viva do
bom trabalho social que a atual diretoria tem feito
no Clube. Trazendo os bons tempos de volta à região Sul da capital mineira com ótimos encontros
nos inícios de finais de semana.
Parabenizo também o Mackenzie pela coragem ao voltar à Superliga de Vôlei Feminino. Time que tem revelado grandes
jogadoras mineiras ao mundo e tem investido neste esporte maravilhoso.
lgação
com a palavra...
Divulgação SEEJ
Gustavo Corrêa
Secretário de Estado de Esportes e
da Juventude
Em 1º de setembro de 2008,
65 anos terão se passado desde
que, em 1943, 21 jovens, reunidos
em uma garagem, decidiram buscar um espaço para a prática do
esporte e do lazer em Belo Horizonte. O que nasceu então como
uma pequena quadra de saibro,
palco dos jogos de basquete e das
noites dançantes dos sábados,
transformou-se em um dos mais
tradicionais e importantes clubes
de Minas Gerais.
Hoje, ocupando posição de destaque entre os
clubes que investem na formação do atleta e do cidadão, o Mackenzie Esporte Clube é reconhecido pelas
atividades sociais e culturais que desenvolve e pelo
compromisso em aliar a criação de oportunidades
para o aperfeiçoamento técnico e do espírito de equipe de seus atletas ao fortalecimento da solidariedade
entre os cidadãos que freqüentam suas quadras e piso Minas Tênis Clube
Clóvis Campos / Divulgaçã
Prova deste marcante compromisso com o
futuro, a atual administração do Mackenzie Esporte
Clube, sob a presidência de Carlos Roberto Gonçalves
da Rocha, busca continuamente assegurar as condições para que o clube, como sempre foi, prossiga sendo instrumento complementar na educação e integração social de jovens e crianças.
Convencida de que os espetáculos esportivos
que o clube virá a sediar terão a capacidade de motivar
a juventude, a direção do clube buscou junto ao Governo do Estado de Minas Gerais aquilo que é dever
da administração pública promover e, com o apoio da
Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude, moderniza seu ginásio poliesportivo.
Esta determinação, esta opção pela formação
do ser humano, este compromisso com as gerações
futuras são as razões pelas quais me orgulho de ter
recebido, em abril do ano do 65º aniversário do Mackenzie Esporte Clube, a Comenda Amigo do Mackenzie. Ela me deu a honra de ver-me incluído entre
os privilegiados beneficiários do legado daqueles 21
jovens de visão.
Kouros Monadjemi
Sócio do Minas Tênis há
mais de 40 anos, e presidente do
clube por seis anos.
Kouros tem sólida formação profissional - Administração
pela UFMG, Economia pela
Universidade de Bruxelas/Bélgica
e MBA (Master Business Administration) pela Universidade de
Columbia/ Nova York. Trabalhou
durante 13 anos na Usiminas e
atualmente preside a Siderco Trading S/A, empresa de comércio
exterior da áera de siderurgia.
Divulgação
cinas.
O Mackenzie Esporte Clube é um clube tradicional em Belo Horizonte. Como atleta, desde minha infância, convivo com os atletas do Mackenzie
como ótimos adversários que somos. O principais
dirigentes de hoje do clube também foram atletas
no passado e assim se formou uma grande amizade
entre o Minas Tênis Clube, onde fui por seis anos
presidente.
A rivalidade entre o Minas e o Mackenzie,
sempre foi sadia, somente dentro das quadras. Somos clubes co-irmãos que sempre se ajudaram mutuamente na formação de atletas e para o engrandecimento do esporte como um todo. São clubes que
se unem num mesmo propósito.
Paulo Roberto Prestes
Paulo Roberto Prestes, Secretário
Municipal Adjunto de Esportes
e ex-jogador do Atlético
Poucos clubes desenvolvem suas atividades
esportivas com tamanha competência na formação
de seus atletas, principalmente no esporte especializado. Só os grandes completam 65 anos com tantas
glórias.
Parabéns Mackenzie Esporte Clube....
53
homenagem
“Amigos do Mackenzie”
Fotos: Arquivo Mackenzie
A Comenda “Amigo do Mackenzie” foi criada
pela atual diretoria para homenagear aquelas pessoas
que, de alguma maneira, ajudaram o Mackenzie Esporte Clube nos seus 65 anos de história. Na primeira
edição do prêmio, ocorrida dia 24 de abril de 2008, 14
pessoas foram agraciadas. A solenidade de entrega foi
realizada no salão do clube com presença maciça de
homenageados e conselheiros.
O presidente Carlos Rocha foi um dos idealizadores. “O Mackenzie precisava homenagear de alguma forma essas pessoas que vêm contribuindo para
o crescimento e desenvolvimento do clube, esse foi o
intuito de criar a Comenda. Aqueles que ficaram de
fora não se preocupem porque não temos como homenagear a todos ao mesmo tempo, mas ninguém
será esquecido”, afirma o presidente.
Os primeiros contemplados com a Comenda “Amigo do Mackenzie” foram: Gustavo Corrêa
(secretário de Estado de Esporte e da Juventude),
Totó Teixeira (presidente da Câmara Municipal
de Belo Horizonte), Rogério Romero (secretário
de Estado Adjunto de Esportes e da Juventude),
Camilo Teixeira da Costa Filho (Conselheiro do
Mackenzie), Pedro Paulo Drummond (diretor Presidente da Cia do Terno), Eustáquio de Andrade
Valle (empresário e Sócio do Mackenzie), Kouros
Monadjemi (ex-presidente do Minas Tênis Clube),
Fernando Vilanova (conselheiro do Mackenzie),
Ronaldo Lewinsk Cunha Melo (sócio do Mackenzie), Olímpio Rocha Neto (sócio do Mackenzie),
Associação Beneficente do Mackenzie Esporte
Clube na pessoa de sua presidenta Milka Gonçalves Dungas, Júnior Brasil (coordenador de Esportes da Rádio Itatiaia), Ivan Drummond (jornalista)
e Raquel Faria (jornalista).
Ivan Drummond trabalha como repórter da
editoria de esportes do jornal Estado de Minas há 20
anos. Ele é um dos responsáveis pelo conteúdo do esporte especializado e ficou feliz com a homenagem:
“O Mackenzie tem uma fase muito importante na
minha vida, quanto na minha família, quando eu era
criança, a minha irmã (Andréia Furacão) jogava vôlei pelo clube. Fiz muitas amizades, é um clube muito
simpático. Isso é como se fosse um resgate dos tempos
felizes” finalizou Ivan.
A atual diretoria espera que a Comenda “Amigo do Mackenzie” passe a ser uma tradição na história
do Clube. A idéia é que todo ano, as pessoas que foram
importantes nessa história sejam homenageados. “Eu
espero que as próximas diretorias continuem prestando essa homenagem às pessoas que muito engrandeceram o Clube. Só quem participa do cotidiano de um
clube sabe das dificuldades enfrentadas pela instituição. Nós sabemos que aqueles que nos ajudam ficam
muito satisfeitos com uma singela homenagem como
essa”, afirma Carlos Rocha.
amigos do mackenzie
Amigo de todos
Gilson de Souza
Aluísio Pereira da Silva é porteiro do Mackenzie Esporte Clube a
pouco mais de 20 anos. Está sempre animado e pronto para atender a todos que por ali passam diariamente. “Conheço a todos no Clube, converso,
ajudo, dou atenção, estou sempre pronto a atender no que for preciso aos
associados e demais pessoas que entram e saem pelas portas, deste nosso
espaço todo especial, o Mackenzie” diz Aluísio.
“No início do próximo ano completo 21 anos de Mackenzie e nesse
tempo conheci muita gente, inclusive, o saudoso Joel de Sá que sempre me
cumprimentava com aquela alegria contagiante dele”, lembra Aluísio. Todas
as amizades cultivadas ao longo desses anos, de acordo com o funcionário,
são fruto de um bom trabalho realizado. “Aqui fiz muitas amizades sinceras
que me ajudam quando preciso, me cumprimentam na rua longe do Clube.
Nossa amizade vai além dos seus mandatos”, explica Aluísio.
Perguntado se já passou muito aperto com pessoas que gostariam de
entrar no Mackenzie e não podiam, disse categoricamente que seu “posto
não é brincadeira”. “Antigamente a meninada era mais brava. Já teve caso
de arrancarem minha roleta e devolverem no outro dia. Hoje eles são muito
mais tranquilos, nos respeitam, têm cuidado com as coisas do Clube”, diz.
“Aqueles meninos de antigamente cresceram e hoje lembramos com alegria
daqueles momentos”, relembra.
“Lembrar com alegria” é o que motiva o dia-a-dia de funcionários
como Aluísio, que de tantos, não se pode citar todos. Sócios ou freqüentadores de uma forma ou outra escrevem histórias como essa e continuarão
escrevendo pelos próximos 65 anos.
mackenzie
Sábado sem estresse
Para aliviar o estresse do dia-a-dia as manhãs de sábado no Mackenzie Esporte Clube é bem freqüentado por sócios assíduos. São grupos que se
reúnem para praticar esportes e para “encontrar os amigos”, como explica o
jornalista Alex Capella. Participante das famosas peladas que ocupam o ginásio principal aos sábados pela manhã, Alex fala dos benefícios que enxerga na
pelada: “encontro sempre a turma, jogo muita conversa fora, além da saúde que
deixo em dia”.
Durante as peladas, que são freqüentadas por jogadores de 20 a 40 anos,
é comum discussões, disputas entre um time e outro, mas Henrique Stancioli, o
“Nico” diz que é normal e faz parte do show. “Depois dos jogos voltamos à harmonia do princípio. Isso é muito bom para aliviar o estresse da semana”. Analista de Meio Ambiente, não consegue enxergar uma forma melhor de começar
o final de semana e fala das amizades que vão além dos jogos e da turma que
se encontra a mais de 20 anos. “Tem gente aqui que joga comigo desde quando
tinha 8 anos de idade, faz parte da minha vida”, completa. Henrique comprou
uma cota para sua família, para continuar a freqüentar o Mackenzie quando
completou a idade de dependência dos pais.
Arquivo Mackenzie
Gilson de Souza
Gilson de Souza
Encontro sempre a turma e
deixo a saúde em dia.
Alex Capella, jornalista
mackenzie
As peladas não são o único point para os sábados. Tem também os petequeiros de plantão no espaço
que leva o nome de Joel de Sá. Lá se reúnem cerca de
12 duplas para um bom jogo. As quadras definem os
petequeiros. De acordo com Manoel Pena, o “Peninha”, que se diz “o bom”, na “quadra um” mais próxima
do ginásio, jogam os melhores. Muitos ficam de fora,
esperando a vez de jogar, ou por não ter condições de
jogo no dia. É o caso de Paulo Diniz, representante
comercial no ramo de guindastes, que estava contundido no dia que foi feito esta matéria. Sentado num
canto, tentava “erguer” o ânimo dos jogadores como
se manobrasse um dos seus guindastes.
Sempre alegres, as duplas formadas por jogadores de 30 a 70 anos, suam a camisa nos jogos. Mesmo caso dos atletas da pelada, que se encontram para
colocar a conversa em dia e para um happy hour depois dos jogos. As mesas em volta da piscina principal
são totalmente ocupadas por eles. Às vezes para almoçarem no restaurante do Clube, ou para, na maioria
das vezes, tomarem uma cerveja geladinha acompanhada por tira-gostos. “Antes da Lei Seca, nossas resenhas de pós-jogos, eram mais animadas”, relembra
Paulo Diniz.
Fotos: Gilson de Souza
mackenzie
Arquivo Mackenzie
Campeonato da douradinha. Dias 17 e 24 de maio
Douradinha de
confraternização
Outra turma que frequenta o Clube aos sábados pela manhã, é da Douradinha. Ficam nas mesas
de jogos, tranquilos jogando uma partida de Truco
diferente em que participam seis pessoas. E não falta
animação para essa turma. Jogam há mais de 20 anos
e se dizem “os mais experientes”, tanto em idade (muitos já passaram dos 70 anos) quanto nas outras áreas
da vida.
Sr. Olympio, o Comendador, é o mais idoso.
Perguntado pela sua idade, responde alegre: “mais ou
menos 40 anos de verdade. De mentira tenho 84 anos”
brinca com um sorriso no rosto. Ainda se considera
um atleta e que pratica corrida “quando procurado
pelos credores”. Mas sempre é visto na piscina do Mackenzie dando suas braçadas. “Gosto da engarrafada e
daquela do esporte”, brinca.
maior família
No clube há quatro gerações
Gilson de Souza
Embalado pelas peladas matutinas dos sábados, Eduardo Cota Guimarães, analista de sistemas
de 52 anos, apresenta seu neto-sobrinho. Trata-se
de Daniel Faleiro, filho de sua sobrinha Marília Faleiro. A família Cota é a maior família sócia do Mackenzie há quatro gerações.
A cota foi comprada em 1961 por Benone
Guimarães (in memorian) que se casou com Maura Cotta Guimarães e tiveram nove filhos, dentre
eles, Mauro Cota que foi presidente do Mackenzie
por dois mandatos e o próprio Eduardo Cota. Tiveram ainda 21 netos e 7 bisnetos, sendo a maioria
deles (aqueles que ficaram em Belo Horizonte), todos sócios do Mackenzie Esporte Clube.
Peladeiro assíduo, conta que joga aos sábados de manhã, por mais de 38 anos. “Sou da época
em que todos os sócios eram atletas e nós mesmos
que jogávamos pelo Clube nas diferentes modalidades”, relembra.
Sou da
época
em que todos os
sócios do Clube
eram atletas.
Nós mesmos
jogávamos pelo
Mackenzie
nas diferentes
modalidades
Eduardo Cota
fotos
Fotos: Gilson de Souza
48
fotos
Fotos: Gilson de Souza
Espaços para jogos, alimentação e diversão são os pontos
altos dos privilegiados associados do Mackenzie Esporte
Clube
mackenzie
Espaço para crianças
Fotos: Gilson de Souza
Novos
brinquedos com
total segurança
fazem a festa da
garotada
No dia 14 de junho de 2008, ano em que o Mackenzie completa 65 anos de fundação, a criançada,
nova geração do Clube, ganhou um espaço todo especial só para elas.
Neste dia, a garotada teve acesso ao parquinho,
que agora oferece novos brinquedos, planejados de
acordo com as normas de segurança do Clube. Personagens de desenho animado e palhaço fizeram a festa
e acompanharam a criançada nos brinquedos. Durante a inauguração, foram distribuídos bolinha de sabão,
álbuns de figurinha, pipoca e algodão-doce.
Baile
Baile dos 65 anos
por Gabriela Santos
Em noite glamourosa a orquestra Anos Dourados regou com muita
alegria o aniversário de 65 anos do tradicional Mackenzie Esporte Clube.
O baile chamado carinhosamente de “Parece que foi ontem” aconteceu na
sexta-feira, dia 26 de setembro de 2008, e o evento encerrou com Chave de
Ouro as comemorações do mês de aniversário do Clube. O baile esbanjou
requinte, sofisticação, além de música de boa qualidade.
O Mackenzie mostrou mais uma vez que elegância e “glamour” caminham juntos e o público pôde avaliar bem isso, pois o ambiente se encontrava em perfeita sintonia. A organização fez com que todos os detalhes
tornassem a noite peculiar, desde o som da orquestra Anos Dourados, à
decoração com rosas vermelhas e velas. As toalhas das mesas pretas e algumas com bolas brancas remeteram aos anos 60, ano em que foi inaugurada
a sede do Clube.
A orquestra abriu a noite com a música instrumental Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Os convidados logo se levantaram e partiram para a
pista de dança, embalados pela musicalidade da banda Anos Dourados que
animou o baile durante toda a noite. Foi preparado um “repertório nacional
e internacional formado por músicas eruditas e populares, escolhido especialmente para a importante data.
No intervalo da orquestra, o presidente do Clube, Carlos Rocha, foi
à frente do palco. Ele disse que estava muito feliz pela comemoração dos 65
anos do Clube e fez agradecimentos a todos os presentes ressaltando a importância de cada membro que trabalha no clube. Em seguida quem tomou
posse do microfone foi o vice-presidente Durval Guimarães. Ele também
agradeceu a presença de todos na noite chuvosa e falou um pouco sobre a
história do Mackenzie. Lembrou ainda do time feminino de vôlei do Clube
que disputa a Superliga. Após as falas, todos cantaram parabéns em um
coro uníssono saudando o Mackenzie pelos seus 65 anos de existência.
Após os festejos comemorativos, a orquestra voltou a agitar os convidados que novamente invadiram a pista e se renderam à dança. A noite
parecia que estava apenas começando e a madrugada seria longa com felicidade e alegria contagiante de todos os presentes.
Gilson de Souza
Orquestra Anos Dourados
Baile
Fotos: Gilson de Souza
Baile
Fotos: Gilson de Souza
Baile
Fotos: Gilson de Souza
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