O TCU aponta falhas no programa de Governo
Transcrição
O TCU aponta falhas no programa de Governo
: : assinaturas 11-3178-1033 15.8.06 > ano 4 > nº 168 1/4 u m a p u b l i c a ç ã o s e m a n a l da Plano Editorial : : finep : : auditoria - I Recursos para subvenção chegam a R$ 510 milhões O TCU aponta falhas no programa de Governo Eletrônico ... A Finep já preparou os editais para selecionar projetos de empresas que receberão subvenção direta da União. Serão investidos R$ 510 milhões em subvenção no período 2006 a 2008. O anúncio deverá ser feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, nos próximos dias. Os recursos são para custeio de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (R$ 300 milhões), para projetos de micro e pequenas empresas (R$ 150 milhões) e para a inserção de mestres e doutores nas empresas (R$ 60 milhões). Para contar com o financiamento, os projetos devem ser nas áreas prioritárias da política industrial e tecnológica do governo, que inclui os setores de software e microeletrônica. Na semana passada, Sérgio Rezende anunciou a liberação de R$ 150 milhões para projetos de infra-estrutura de 47 universidades e instituições públicas de pesquisa. Os recursos são do fundo setorial de infraestrutura. Com essa liberação, o total aplicado no programa de modenização da infra-estrutura das instituições chega a R$ 650 milhões desde 2003. Diretor Editorial: Wilson Moherdaui Editora Executiva: Fátima Fonseca Editores Assistentes: Carmen Lúcia Nery (Rio de Janeiro) e Gilson Euzébio (Brasília) Repórter: Fabiano Candido Arte: Denis Torquato Diretor de Marketing: Márcio Valente Diretor de Publicidade: Fábio Sgarbi : : TI & Governo é uma publicação semanal da Plano Editorial Ltda. Av. Paulista, 1.159, 10º andar, CEP 01311-921, telefone (11) 3178-1000, Fax (11) 3178-1001 - São Paulo, SP [email protected] http://www.planoeditorial.com.br Diretor Responsável: Wilson Moherdaui (MT 10.821) O programa de Governo Eletrônico está sem rumo. Essa é a constatação de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que afirma que as decisões dos comitês técnicos não são transformadas em normas pelo Comitê Executivo do Governo Eletrônico, presidido pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e coordenado por Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Diretrizes e resoluções não são tomadas porque o Comitê simplesmente não se reúne, aponta. A última reunião foi em maio de 2003. A falta de normas dificulta a ação dos órgãos da administração pública, que não têm respaldo para implantar decisões discutidas nos comitês técnicos, diz o documento. A auditoria constata ainda sobreposição de atribuições entre a SLTI e a Casa Civil. E iniciativas duplicadas, o que acarreta desperdício de dinheiro público. A Subsecretaria de Comunicação da Presidência da República, por exemplo, é responsável pelo portal Brasil.gov e o portal Rede Governo, com a mesma função, é mantido pela SLTI. Outro caso é o da Dataprev e Ministério da Previdência Social: as pessoas podem acessar os mesmos serviços nos dois portais. O ITI mantém dois sites (iti.br e iti.gov.br). Com a falta de reuniões do Comitê, o assunto perde espaço na agenda do governo e, conseqüentemente, perde recursos necessários a investimentos. “Há o risco de enfraquecimento da cultura do governo eletrônico nos órgãos da administração pública federal”, alertam os auditores, que concluem que a falta de tempo para tratar do assunto demonstra que o Governo Eletrônico não é prioridade do Governo Federal. E isso leva ao desinteresse pelos comitês técnicos, que raramente se reúnem. : : auditoria - II ... e insuficiência de informações. De acordo com o TCU, a coordenação do Programa Governo Eletrônico não dispõe de dados atualizados sobre os sites da administração pública, e nem mesmo sobre os responsáveis por eles. Falta informação também sobre as diretrizes do programa, que nem constam do site do Governo Eletrônico, e um sistema para aferir a eficiência dos serviços disponíveis, conforme constatação dos auditores. Apenas parte do plano vem sendo cumprida pela SLTI. Numa pesquisa com gestores, o TCU constatou que 50,6% deles desconhecem o e-PING (Padrões de Interoperabilidade do Governo Eletrônico) e 29,2% desconhecem uma resolução do Comitê, baixada em 2002. Outra constatação: os sites estão desatualizados. De acordo com o relatório, os gestores reclamam da falta de apoio da SLTI na implantação de serviços de e-gov. Os auditores concluíram ainda que a tecnologia é insuficiente para melhorar a qualidade dos serviços. É preciso mudança nos processos internos de cada órgão. Procurado, o Ministério do Planejamento, por meio de sua assessoria, informou que não vai se manifestar enquanto o acórdão não for publicado. A assessoria da ministra Dilma Rousseff não atendeu às ligações da reportagem. /4 15.8.06 > ano 4 > nº 168 : : certificação digital - I Um novo nicho para o mercado de software A certificação digital vai abrir um novo nicho para o mercado de software, afirmou Enylson Camolesi, do Comitê Gestor da ICP-Brasil, durante o 4º Certforum, realizado na semana passada em Brasília. Inicialmente, o mercado achava que o negócio era a venda de certificados, mas na verdade é a integração e adaptação de sistemas e aplicativos, confirma Renato Martini, presidente do ITI. Há um nicho de negócios, segundo ele, que o Brasil pode aproveitar, inclusive para exportação. “O nicho que se apresenta não se limita ao mercado brasileiro”, acrescentou Camolesi. Há possibilidade de criar aplicativos de certificação digital em diversas áreas e produtos, como o celular. “As oportunidades de desenvolvimento de negócios estão aí”, afirmou Camolesi. : : certificação - II A nota fiscal eletrônica cria negócios A instituição da nota fiscal eletrônica, prevista para setembro, deve provocar um boom de investimentos dos setores público e privado, com oportunidades para o setor de software. “O governo vai começar uma onda de investimentos”, prevê Carlos Magno, diretor da True Access. Durante o 4º Certforum, a empresa apresentou soluções para a nota fiscal eletrônica, que são utilizadas por nove das 19 grandes empresas que participam da fase de teste da nota fiscal eletrônica. “Estamos trabalhando com provedores de serviços para prover uma solução global para o programa”, informou. A intenção é vender a solução completa para Estados que não tenham estrutura para o programa. As empresas privadas também terão que investir, afirmou, mas a economia paga o custo do investimento em sete meses. Para emitir a nota fiscal eletrônica, a empresa precisa armazenar um certificado digital num smart card ou num HSM (host security module). A True Access optou por trabalhar com o HSM, que permite a emissão de 35 notas por segundo. No smart card, a emissão de uma nota demora quatro segundos, o que é inviável para uma grande empresa. Na fase de teste, segundo Carlos Magno, algumas empresas ainda estão usando soluções caseiras. Mas logo elas vão buscar no mercado soluções de segurança. : : editais O CNPq informatiza o processo de julgamento O CNPq conclui até novembro o processo de informatização dos processos de julgamento de editais. De acordo com a instituição, a divulgação dos resultados, que demorava 15 dias, será imediato após o julgamento. O julgamento eletrônico, testado na semana passada em alguns editais, será ampliado para todos. O CNPq já usava meios eletrônicos para as inscrições em programas de bolsas e auxílios e para a divulgação dos currículos dos pesquisadores, por meio da plataforma Lattes. Mas o processo de julgamento ainda estava em papel. : : plataforma criptográfica A ICP inicia a integração entre hardware e software A ICP-Brasil vai iniciar, no próximo mês, a integração de hardware e software da plataforma criptográfica brasileira. O sistema deve ficar em teste por um ano para entrar em operação no segundo semestre de 2007, informa Ricardo Valle, diretor do ITI e coordenador do Programa João de Barro (o programa do ITI para desenvolvimento da tecnologia). Segundo ele, o sistema de gerência de certificados já está em teste e o prédio do ambiente seguro está em fase adiantada de construção em Santa Catarina. O prédio terá, além da caixa-forte, laboratórios e locais para treinamento. “O programa não é apenas o desenvolvimento da plataforma tecnológica”, comenta. O programa formou especialistas e gerou produtos industriais. O ITA, por exemplo, desenvolveu quatro software que poderão ser colocados no mercado. Com a nacionalização do hardware e do software de criptografia, o Brasil terá independência dos fornecedores e domínio da tecnologia, ressalta Valle. O programa custa R$ 10 milhões, R$ 7,5 milhões desse total já alocados. : : capacitação Tata: intercâmbio entre brasileiros e indianos. A Tata Consultancy Service Brasil (TCS), uma joint venture entre a empresa indiana e a brasileira TBA, tem trazido da Índia especialistas para repassar conhecimento aos seus funcionários brasileiros. “Em 24 meses, vamos ter uma circulação (intercâmbio) de 80 pessoas”, informa Joaquim Rocha, diretor de recursos humanos da TCS. Para o secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Jairo Klepacz, trata-se de uma iniciativa importante para a transferência de tecnologia aos brasileiros. Apesar da posição favorável do MDIC, Joaquim Rocha reclama que o governo brasileiro aumentou as restrições para a entrada de profissionais indianos. Na criação da TCS, houve a formalização de um termo de transferência de tecnologia da matriz indiana para a brasileira, ressalta Rocha. Com isso, a empresa manda também brasileiros para treinamento na Índia. /4 15.8.06 > ano 4 > nº 168 : : fórum ti & governo-sp - I Em debate, a gestão e a transparência. A transparência na gestão pública foi o tema central da terceira edição do Fórum TI & Governo - SP, realizado pela Plano Editorial, na semana passada, em Campinas. O evento reuniu 57 profissionais de TI de empresas públicas, órgãos do governo estadual e de municípios do Estado, que participaram de workshops, debateram assuntos de interesse comum, como o compartilhamento (de informações, sistemas e experiências) entre as prefeituras. Os convidados tiveram também uma visão de futuro do uso da tecnologia no painel A Convergência Digital Alinhada à Estratégia Promove Empregos e Empreendimentos, com uma apresentação de José Zeno Fontana, consultor da Finep, que falou sobre as Redes Negociais dos Municípios; e dos consultores Marcelo Justa e Rossano Prado, da Brasilinvest/Digion, que apresentaram o projeto GlobalAccess, Última Milha e Convergência. O evento teve o patrocínio das empresas: Agnus Informática, CA, Consoft, CTIS, Computeasy/Fatec, ITXL, Motorola/AI Solutions e Partner/BMC Software. Mauricio Gallo, gerente de atendimento da Prodesp para prefeituras, abordou a gestão compartilhada entre Estados e municípios. Apresentou, junto com o professor José Luís Bizelli, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) o programa de apoio à governança municipal que está em implementação em dez municípios do Estado. Os módulos de gestão foram desenvolvidos pela Unesp e o projeto-piloto está sendo conduzido pela Secretaria da Casa Civil do governo de São Paulo. Foram escolhidos os municípios com os piores índices de desenvolvimento humano para o piloto do programa, que faz uso de ferramentas tecnológicas para a qualificação de servidores, integração, acompanhamento e avaliação das ações públicas. Os 13 módulos desenvolvidos pela Unesp contemplam praticamente tudo que um município precisa: de banco de dados georreferenciado a site na Internet, passando pela gestão de serviços como matrícula escolar, agenda médica, alvarás e certidões. “A partir desse piloto, a idéia é padronizar o programa e transformálo num projeto de governo”, informou Gallo. Bizelli destacou que, quando se fala em governança, é preciso pensar em governabilidade, em recuperar a capacidade de investimento do município e melhorar o perfil do gastor público. : : fórum ti & governo-sp - II Campinas mostra os avanços em educação Bruno Vianna, presidente da IMA (Informática de Municípios Associados), de Campinas, mostrou que a cidade de Campinas conseguiu importantes avanços na área de educação depois que adotou o sistema de gestão centralizada da área de ensino. Atualmente, a rede municipal de Campinas, que soma 67 mil alunos de 194 escolas do ensino infantil e fundamental, tem um sistema composto por sete módulos que suportam da administração ao planejamento da rede. Todo o processo de matrícula, por exemplo, é georreferenciado e determina a distribuição dos alunos no ingresso à rede pública. “Isso ajuda a definir as melhores estratégias de investimento por região”, explicou. Vianna destacou também que o sistema vem gerando estimativas do grau de retenção em cada uma das unidades, o que determina formas de controlar a evasão escolar. “No longo prazo, a gestão da educação deverá ser conectada a um sistema de administração da prefeitura, como um cockpit, que está sendo desenvolvido pela IMA”, adiantou. Esse sistema foi empacotado e está sendo replicado no município de Matão, interior de São Paulo. Quem também analisou esse sistema foi o Ministério da Educação (MEC). : : fórum ti & governo-sp - III O TCE adota a auditoria eletrônica Fernando de Macedo Duarte, diretor do departamento de TI do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, apresentou o projeto Audiesp (Auditoria Eletrônica de Órgãos Públicos do Estado de São Paulo), que envolve 3 mil órgãos de 644 municípios do Estado. O sistema vai permitir a informatização de todos os procedimentos de auditoria. As informações dos municípios serão enviadas, via Internet (o portal adotou o padrão de tecnologia XML), e cruzadas pelo tribunal, que poderá atestar, de forma mais ágil, se o município está cumprindo as determinações de leis, como a de Responsabilidade Fiscal. “O tribunal terá um banco de dados único com informações (dos municípios) financeiras e processos padronizados, assim como os procedimentos de fiscalização”, explicou Duarte. Segundo ele, existem mais de 100 regras de auditoria, cujas informações poderão ser cruzadas no sistema. As especificações do sistema Audiesp foram feitas pelo TCE e desenvolvidas pela Prodesp, num contrato de R$ 1 milhão. O tribunal investiu outros R$ 500 mil em infra-estrutura, principalmente servidores. O piloto começa este mês e vai até dezembro, com a participação de 45 empresas privadas e oito órgãos públicos, que representam, em volume, 70% dos órgãos da jurisdição do TCE, segundo Duarte. A operacionalização do sistema está programada para 2007. Essa é a primeira fase do projeto. Nas demais serão desenvolvidos sistemas para auditoria de atos de pessoal (admissão e aposentadoria) e de licitação. O tribunal ainda não decidiu se vai contratar a Prodesp ou fazer uma licitação para contratar uma fábrica de software. : : fórum ti & governo-sp - IV A Prodam economiza com o novo modelo de gestão A reestruturação da Prodam, a companhia de processamento de dados do município de São Paulo, foi tema de outro debate no Fórum TI & Governo-SP 2006. O diretorpresidente da companhia, Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Junior, apresentou a nova estrutura da empresa, que reorganizou a diretoria e as áreas de atendimento e adotou nova política de contratação: a Prodam deixou de intermediar contrato com terceiros evitando, assim, a bitributação nos contratos, o que já resultou numa economia de mais de R$ 5 milhões, no último ano, segundo Cunha Junior. Outra mudança foi a adoção de atas de registro de preços, mecanismo que agiliza os processos de licitação e gera economia de escala. Já há registro de preços para a compra, ou locação, de micros e treinamento em informática, entre outros. Está em processo a licitação para a contratação de serviços de telecem e rede multisserviços. A empresa investiu, em 2005, R$ 13,8 milhões em infra-estrutura, num novo datacenter e na adoção das metodologias para infra-estrutura (ITIL) e desenvolvimento de software (CMM). /4 15.8.06 > ano 4 > nº 168 : : software - I A Soluziona quer exportar US$ 2 milhões... A Soluziona, multinacional espanhola, transformou o Brasil em base de exportação do seu pacote de gestão e negócios para o setor de energia. “A Soluziona, em 2005, escolheu o pacote desenvolvido aqui como produto global”, informa Isaac Barragan Suarez, presidente da empresa para o Brasil. A meta da Soluziona, por causa disso, é, em 2007, alcançar 30% da sua receita proveniente das exportações. Hoje, esse índice fica em torno de 5% a 10%, basicamente com negócios fechados em países da América Latina. De acordo com Suarez, o volume de oportunidades, em função de conversações com cinco países, está estimado em US$ 2 milhões. “Esse montante, composto da venda do software e serviços de customização, virá integralmente para o Brasil”, informa. Até agora, para o desenvolvimento dessa solução, a empresa investiu R$ 10 milhões, montante que incrementou também a fábrica de software, localizada em Campinas, e apoiou a certificação em CMMi nível 3. A Soluziona faturou no Brasil, no ano passado, o equivalente a R$ 38 milhões. Para 2007, 50% do faturamento deverá vir dos contratos com governo e os outros 20% com o setor privado. : : software - II ... e estuda fusão com a Indra. Enquanto a empresa faz planos para o Brasil ser base de exportação, a controladora da Soluziona, o Grupo Union Fenosa, estuda fusão com a Indra. Avaliado em alguns bilhões de euros (os valores ainda são sigilosos), o negócio está sendo considerado um dos maiores no mercado espanhol, conforme fato relevante divulgado pelas duas empresas em Madrid. Só a Soluziona tem uma receita mundial de 2,2 bilhões de euros. Entre os investidores do negócio estão a Caja Madrid, controladora da Indra e do Grupo Union Fenosa, e o BBVA e Iberdrola, acionista da Azertia. De acordo com Isaac Barragan Suarez, presidente da Soluziona no Brasil, não há como prever o impacto dessa fusão para a operação local, mas a futura holding poderá fazer frente, por exemplo, a integradora francesa Atos Origin. : : terceirização A Empro contrata a Microcity A Empro, Empresa de Processamento de Dados de São José do Rio Preto, contratou a Microcity para fazer o upgrade da infra-estrutura e consolidar um datacenter. De acordo com Susélide Cristina Tenani, diretora-presidente da Empro, depois de cinco anos sem renovar seu parque, a opção pela terceirização veio do benefício do investimento diluído e da prestação de serviços com SLA. Agora, a Empro tem disponíveis 16 Terabytes (por enquanto está utilizando apenas 1 Terabyte) e 144 mil TPMs (transações por minuto). Funcionando desde o final de julho, o novo site atende todo o município no suporte a mais de 40 sistemas. Com capacidade de processamento e armazenamento expandidas, a nova infra-estrutura vai apoiar o processo de consolidação das bases de dados, já que a prefeitura, segundo Susélide, pretende implantar o cadastro único do cidadão. A empresa já está integrando os sistemas utilizados pelas secretarias de Saúde e Tributária. Para o contrato de 36 meses com a Microcity, a prefeitura vai desembolsar cerca de R$ 4,3 milhões. : : serviços lotéricos A Caixa conclui a migração da rede A Caixa Econômica Federal livrou-se definitivamente da Gtech, a empresa que processava todos os serviços de loteria da instituição. Há 15 dias, a Caixa concluiu o trabalho de internalização do processamento, com a implantação de uma nova plataforma tecnológica. Ontem, toda a rede já estava funcionando com as soluções da Caixa, informou o superintendente de Loterias, Paulo Campos. O contrato com a Gtech foi encerrado. De acordo com Campos, o sistema da Caixa tem várias vantagens em relação à plataforma anterior, que exigia o uso de uma máquina para jogos e outra para saques e pagamentos. Além disso, as máquinas atuais são mais rápidas. “O atendimento ao cliente ganhará mais qualidade”, afirma. A Caixa passou ainda a deter a tecnologia e toda a inteligência do sistema de loterias. : : software Programa de qualidade tem baixa adesão O programa Com Qualidade do ITS, agente Softex, e da Fundação Vanzolini, em São Paulo, voltado para a melhoria de processos de desenvolvimento de software das empresas, teve uma adesão abaixo das expectativas. Lançado em abril, o programa teve, até agora, confirmação de sete empresas; duas a mais do que o mínimo estabelecido pelo programa. De acordo com David Yoshida, coordenador de qualidade e responsável pela execução do programa no ITS, a expectativa era muito maior, devido ao número de empresas. “Houve uma busca intensa, inicialmente, mas muitas empresas desconheciam a natureza do projeto”, informa. O coordenador atribui a baixa adesão à falta de entendimento do programa pelo empresariado. Yoshida reforça que não se trata de uma simples certificação, e sim, do mapeamento de todos os processos da empresa e do reajuste dos mesmos, seguindo as melhores práticas do mercado, no caso o modelo de referência MPS BR, criado pela Softex. Em uma analogia, o coordenador explica que o programa, com duração de cerca de 15 meses para o nível inicial, “funciona como trocar uma roda com o carro em movimento”. E isso, na visão do coordenador, inibiu os empresários que temem riscos para as suas operações. A expectativa do Instituto é iniciar o programa dentro de um mês e meio. Até lá, nas próximas duas semanas, enquanto aguarda a oficialização das sete interessadas, Yoshida espera aumentar a adesão. “Outras empresas podem fazer parte já nessa primeira turma”. Mais informações no site do programa: www.comqualidade.org.br.