11 Relatório - ANA Routelab
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11 Relatório - ANA Routelab
.11 Relatório & Contas A NOSSA VISÃO “Ser reconhecida pela segurança da operação, pela excelência e competitividade nos serviços prestados e pela sustentabilidade da atividade”. .11 Relatório & Contas NOTA DO PRESIDENTE .11 A Relatório & Contas ANAM, SA, concessionária da exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil na RAM, tem vindo de forma continua e sistemática a relevar a preponderância da atividade turística enquanto principal sustentáculo de economia regional. A adequada gestão das infraestruturas aeroportuárias é condição necessária ao desenvolvimento económico e social e seu principal pilar o que lhe confere uma dimensão estratégica para a sustentabilidade da Região Autónoma. A atividade da ANAM, SA, no quadro referido, rege-se pelo Contrato de Concessão outorgado com o Governo da RAM, regulada pelo INAC e por extensa regulamentação internacional designadamente a emanada pela Organização da Aviação Civil Internacional. No sentido de reforçar a concessão encetou-se um processo de renegociação do respetivo contrato, que contempla a extensão do seu prazo até 2053. A ANAM, SA enquanto concessionária assume as obrigações de investimento em infraestruturas, os riscos de construção, financiamento, disponibilidade e procura e não dispõe de qualquer direito incondicional de receber meios financeiros, estando sujeita ao risco do tráfego. Em 2011, numa atuação muito estreita com a Secretaria Regional responsável pelo setor, foi possível obter acréscimos de passageiros de 3,5% ou seja mais 81.111 em relação ao ano anterior, o que já não se verificava há dois anos consecutivos. Foi, também, possível obter Resultados Operacionais positivos de 5.450 mil Euros, com redução de Custos Operacionais mantendo o nível de qualidade do serviço oferecido, sem aumento de taxas aeroportuárias que se mantêm ao nível de 2005. Continuamos empenhados na promoção da Madeira, como destino turístico exclusivo, captando novas fontes de tráfego ou mitigando os efeitos adversos com o envolvimento das entidades oficiais regionais e do Turismo de Portugal. A Empresa reconhece que a gestão do relacionamento com os clientes é estratégico e que no atual cenário de abrandamento económico é fundamental continuar a identificar oportunidades para o crescimento das receitas. O novo desafio consiste em gerir o relacionamento com clientes chave no atual contexto económico. Em 2011 a Empresa continuou fortemente empenhada no aperfeiçoamento de boas práticas de gestão empresarial, estando incluída na lista das empresas internacionais reconhecidas pela EFQM e certificada pelo ACI. Definimos, também, a política de comunicação interna e o plano que a concretiza, visando garantir que a VISÃO, MISSÃO e a ESTRATÉGIA seriam de conhecimento de todos, assegurando a sua transmissão de forma correta e oportuna. .11 Relatório & Contas Nos negócios Não Aviação, desde há anos uma aposta estratégica, foi possível crescer 5,6%, face ao ano anterior. A crise económica e financeira atual apela para o papel central dos serviços por nós prestados em matéria de coesão social e territorial, sendo indiscutível continuar a assegurar os serviços e procurar melhorar a sua qualidade. Em 2011 a Empresa obteve uma melhoria de Resultados Líquidos e Operacionais com o empenho de todos os colaboradores na redução dos custos e no aumento dos proveitos. A Empresa continuou a adaptar-se às novas Orientações Estratégicas para o SEE sobretudo no que diz respeito aos FSE, Custos Laborais e Endividamento. Deste modo, é nossa convicção, que a concretização da estratégia empresarial assumida pelo Conselho de Administração e por todos os colaboradores, permite garantir a sustentabilidade da Empresa, pese embora todas as vicissitudes decorrentes da crise europeia, nacional e regional de cariz fortemente restritivo e recessivo. Concluo com alguns agradecimentos. Aos nossos Clientes, razão última da própria existência da ANAM, SA, aos Acionistas e ao Governo da Região Autónoma da Madeira, cujo apoio e cooperação, que não nos têm faltado, são cruciais para o êxito do nosso trabalho. E, por fim, aos nossos Colaboradores, a sua energia, o seu entusiasmo, a forma generosa e abnegada como se envolvem nos projetos e esforços da Empresa são a condição e o segredo de tudo o que temos conseguido. Para eles e por tudo isso, o nosso especial Muito Obrigado. A. Guilhermino Rodrigues Presidente do Conselho de Administração ÍNDICE .11 Relatório & Contas I. GOVERNO DA SOCIEDADE 1. PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO 10 1.1. Missão, Objetivos e Políticas da Empresa 10 1.2. Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está sujeita 12 1.3. Informação sobre Transações relevantes com Entidades relacionadas 14 1.4. Informações sobre Outras Transações 15 1.5. Indicação do Modelo de Governo e Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais 18 1.6. Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais 24 1.7. Análise de Sustentabilidade Económica, Social e Ambiental 28 1.8. Avaliação do Grau de Cumprimento dos Princípios de Bom Governo 39 1.9. Código de Ética 39 1.10.Informação sobre a Existência de Sistema de Controlo compatível com a Dimensão e Complexidade da Empresa 8 39 1.11.Identificação dos Mecanismos Adotados com vista à Prevenção dos Conflitos de interesse 40 1.12.Explicitação de Divulgação de Informação atualizada 41 2. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS 43 2.1. Objetivos de Gestão 43 2.2. Gestão do Risco Financeiro 43 2.3. Prazo Médio de Pagamentos (PMP) 44 2.4. Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos 45 2.5. Deveres Especiais de Informação 45 2.6. Resultados obtidos no âmbito do Cumprimento das Recomendações do Acionista, emitidas aquando da aprovação das contas de 2010 46 2.7. Remunerações 47 2.8. Contratação Pública 49 2.9. Medidas previstas no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) 50 2.10.Acréscimos de Endividamento 50 2.11.Plano de Redução de Custos 50 2.12.Princípio de Unidade de Tesouraria 51 2.13.Divulgação do cumprimento das Orientações Legais 52 II. RELATÓRIO DE GESTÃO 53 1. NOTA PRÉVIA 54 2. SÍNTESE DO DESEMPENHO 56 3. PRINCIPAIS INDICADORES 59 4. ESTRUTURA DA EMPRESA 60 .11 Relatório & Contas 5. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 64 5.1. Envolvente Económica 64 5.2. Tráfego nos Aeroportos do Grupo ANA, SA 68 5.3. Tráfego nos Aeroportos da ANAM, SA 69 6. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 71 7. EVOLUÇÃO DE NEGÓCIOS 78 7.1. Aviação 78 7.2 Não Aviação 83 7.3. Segurança 84 7.4. PMR 85 7.5. Principais Clientes 85 8. INVESTIMENTOS 87 8.1. Infraestruturas Aeroportuárias 88 8.2. Investimentos de Exploração 88 8.3. Investimentos Correntes 89 8.4. Resumo dos Investimentos Totais 89 8.5. Investimentos em Curso 90 8.6. Financiamento dos Investimentos 95 9. RECURSOS HUMANOS 96 9.1. Efetivos 96 9.2. Programa de Otimização do Efetivo 97 9.3. Formação 98 9.4. Massa Salarial 99 9.5. Acidentes de Trabalho e Absentismo 99 9.6. Ações em Desenvolvimento 100 10. ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA 101 10.1.Situação Económica 101 10.2.Situação Financeira 109 10.3.Situação da Dívida (evolução da taxa média anual dos financiamentos) 111 11. PERSPETIVAS FUTURAS 112 12. PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOS 114 13. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO 115 III. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 117 IV. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 123 V. RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 177 GOVERNO DA SOCIEDADE .11 Relatório & Contas I. GOVERNO DA SOCIEDADE .11 Relatório & Contas 1. PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO 1.1. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICA INTEGRADA Constitui Missão da nossa Empresa: “Prestar um serviço de qualidade aos seus Clientes, salvaguardar os interesses dos Acionistas, promover a valorização dos Colaboradores e contribuir para o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira”. Sendo a atividade da nossa Empresa a prestação de serviços, o seu principal foco é colocado no Cliente. Com efeito, a partir de indicadores obtidos nos Inquéritos de Satisfação, periodicamente realizados, a ANAM, SA procura adequar as infraestruturas e os recursos financeiros e humanos aos fins em vista. Acresce que, com a implementação do Marketing Aeroportuário, a ANAM, SA tem desenvolvido um conjunto de valências, para a atração à Região de novas companhias, rotas aéreas e mercados. Com início em 2006, o lançamento destas iniciativas tem ao longo dos anos vindo a ser reforçado contando, presentemente, com quatro programas autónomos, destinados a alavancar o crescimento do tráfego: a) “Initiative:pt-Developing Tourism and Aviation” – em parceria com o Turismo de Portugal e a Associação de Promoção da Madeira; b) “Fundo para o Investimento em Promoção Turística” – em parceria com a Secretaria Regional de Turismo e Transportes e entidades privadas com interesse na economia turística da Região; c) “Plano Táctico e Outros” – de iniciativa própria e destinado a ações de promoção mais individualizadas, com interesse específico no fomento da atividade aeroportuária; d) “Programa de Incentivos dos Aeroportos da Madeira” - de iniciativa própria e para situações excecionais não contempladas nos outros programas. Não obstante a adoção de programas e iniciativas, acima referidas, a atividade de passageiros encontra-se, presentemente, ao nível dos valores atingidos uma década atrás. No que aos Negócios Não Aviação respeita, assiste-se a um crescimento moderado cujo peso no volume de negócios não é expressivo, face ao seu ainda reduzido peso (cerca de 16,0%), sendo prioridade da Empresa o seu crescimento. 10 .11 Relatório & Contas • Objetivos e Política Integrada Em termos quantitativos, a atividade operacional da ANAM, SA teve por base o cumprimento dos IPG – Instrumentos Previsionais de Gestão de 2011, com desempenho globalmente positivo. Com efeito, o orçamento então efetuado, foi cumprido com um ligeiro desvio desfavorável nos Proveitos de (1,6%) e uma melhoria nos Custos Operacionais de 2,7%, se for retirado o efeito da IFRIC 12. Os Resultados Operacionais e Líquidos são positivos e o Cash-Flow ascendeu a 10.162 mil Euros, sensivelmente dentro dos parâmetros do orçamentado. Em paralelo, a atividade da Empresa encontra-se alicerçada em quatro principais Objetivos Estratégicos: • Crescimento Sustentado; • Eficiência Operacional; • Valorização de Colaboradores; • Equilíbrio da Estrutura Financeira. A nossa Política Integrada foi alinhada com os Objectivos Estratégicos da Empresa, e tendo em vista a sua sustentabilidade. Desta salientamos: • A prioridade da nossa atuação assenta em servir os nossos clientes com um elevado índice de qualidade, garantindo um elevado grau de satisfação, comodidade, conforto e segurança. • Esforçamo-nos por compreender as suas necessidades e expectativas e adequamos o nosso serviço de forma a corresponder à sua satisfação. • Temos presente o compromisso da melhoria contínua dos nossos processos e da forma como esta contribui para criação de valor na organização. A melhoria contínua concretiza-se através da satisfação dos clientes, da execução eficaz, eficiente e segura das operações, bem como da nossa capacidade de adaptação às alterações e exigências do mercado e da entidade reguladora. • Tendo como base a preservação e proteção do meio ambiente a ANAM, SA presta os seus serviços adotando sempre estratégias de minimização do impacte das suas atividades. • A ANAM, SA compromete-se a manter os Sistemas de Gestão de Segurança Operacional (Safety) de Gestão de Segurança Contra Atos Ilícitos (Security) e de Saúde e Segurança no Trabalho, nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo, com o objetivo de prevenir e reduzir o nível de risco e, por conseguinte, minimizar os acidentes e incidentes nas vertentes de segurança em apreço. 11 .11 Relatório & Contas Adiante, em pontos próprios, procurar-se-á desenvolver alguns dos aspetos considerados neste âmbito. 1.2. REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA Enquanto gestora aeroportuária a Empresa é concessionária dos Aeroportos da Região Autónoma da Madeira e a sua atividade nas relações com o Concedente rege-se pelo Contrato de Concessão, publicado pelo DLR 8/92/M, de 12 de Abril e alterações subsequentes DLR 7-A/M/2000, de 15 de Março e Aditamento ao Contrato de 20 de Abril de 2010. A sua atividade é regulada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), que tem por missão promover o desenvolvimento seguro, eficiente e sustentado das atividades da aviação civil, através da regulação, regulamentação, certificação, licenciamento, homologação, fiscalização e supervisão dessas atividades, dos respetivos agentes e destinatários, conforme consta do Plano Estratégico dos Transportes, aprovados pela RCM 45/2011, de 10 de Novembro e por extensa regulamentação internacional, em particular emanada da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Igualmente, o exercício da sua atividade é regulado pelas leis gerais aplicáveis às Sociedades Comerciais Portuguesas, pelos seus Estatutos e por um amplo conjunto de Acordos e Convenções Internacionais, bem como por vários diplomas e orientações de âmbito nacional, enquanto Empresa de capitais exclusivamente públicos. Porém, a sua natureza societária, de empresa de capitais públicos, determina o enquadramento no Sector Empresarial do Estado, estando, portanto, sujeita ao Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado e das Empresas Públicas: Dec-Lei 558/1999, de 17 de Dezembro, com a nova redação dada pelo Dec-Lei 300/2007, de 23 de Agosto (replica o Dec-Lei 558/99). Supletivamente é-lhe aplicado um conjunto de legislação, normas e regulamentos, estes últimos emanados da SETF, DGTF, IGF e Parpública, que se enunciam: 12 .11 Natureza Data Objecto Dec-Lei 191/99 05.Jun.1999 Regime de Tesouraria do Estado RCM 121/2005 23.Jun.2005 Política Contenção Custos Limita Desp. Represent. a 12 meses DL 71/2007 27,Mar.2007 Estatuto Gestor Público Contrato de Gestão Art. 6 nº 3 e Art. 18 RCM 49/2007 01.Fev.2007 Princípios de Bom Governo nas Empresas do SEE Relatório & Contas Obs Em termos globais e, em particular, ponto 19, ponto 22. RCM 65/2007 25.Jan.2007 Compras Públicas Ecológicas DL 300/2007 23.Ago.2007 Orientações Estratégicas para o SEE Alt. DL 558/99, 17.Dez RCM 70/2008 22.Abr.2008 Orientações de Gestão para o SEE Especiais áreas de orientação Desp.14.277/2008-MEF 23.Mai.2008 Contenção na Despesa Pública e rigor na Gestão dos Recursos disponíveis Desmaterialização de Informação (SIRIEF). Deveres esepciais de informação RCM 34/2008 22.Fev.2008 Pagar a Tempo e Horas Optimização do Prazo Médio Pagamentos DL 18/2008 29.Jan.2008 Código dos Contratos Públicos Aquisição de Bens e Serviços Desp. 101/09-SETF 30.Jan.2009 Gestão de Risco Financeiro Aplicável às EPNF Desp.11.420/09-SETF 30.Abr.2009 Orientações Acionista Estado na Representação de Empresas Participadas Desp.9.870/2009-MEF 13.Abr.2009 Monitorização do Programa Pagar a Tempo e Horas Aprovação do modelo de Monitorização RCM 47/2010 25.Jun.2010 Regras de Contratação de Publicidade Institucional Divulgação no Relatório de Atividades RAR 29/2010 12.Abr.2010 PEC 2010-2013 - Consolidação Orçamental Limites máximos acréscimo de endividamento Desp.438/2010-SETF 10.Mai.2010 Aplicação Normas de Contratação Pública Divulga of. 6.132-DGTF, de 06.Ago.2010 Desp.510/10-SETF 01.Jun.2010 Explícita a RAR 29/2010 e Comunicado Of.Circular 4.384, de 01.Jun da DGTF Lei 3-B/2010 Orçamento Estado para 2010 Aplicação Art. 172 - não atribuição de remunerações variáveis Desp. MEF 25.Mar.2010 Não atribuição de Prémios de Gestão aos membros dos Órgãos de Gestão 2010 e 2011 Cfr: Of. Circular 2.590, de 26.Mar.2010 Lei 12-A/2010 30.Jun.2010 Medidas adicionais de Consolidação Orçamental previstas no PEC Aplicação Art. 12 e 17 (redução vencimentos; Princípio Unidade Tesouraria) Of. Circ. 6132-DGTF 06.Ago.2010 Auditoria às Consultorias Técnicas e Serviços contratos por Empresas Públicas Divulgado Desp. 438/10-SETF 10.Mai Of.7.688-DGTF 07.Out.2010 Normas de lei do OE para 2011 Congelamento de Promoções e Progressões Documento DGTF 21.Out.2010 Orientações Estratégicas para 2011 - SEE Medidas do PEC para SEE Of. 8.784-DGTF 15.Nov.2010 Orientações Estratégicas para 2011 - SEE Medidas de Recionalização e Contenção de Custos Desp. 1.315/2010-SEFF 15.Nov.2010 Diminuição do Esforço Financeiro Diversas medidas RCM 101-A/2010 15.Dez.2010 Cumprimento Obj. Orçamentais para 2011 e Programa de Estabilidade e Crescimento Reforço Controlo Orçamental Portaria 1.297/2010 21.Dez.2010 Competências do GMCS Lei 55-A/2010 31.Dez.2010 OGE-Disposições Remuneratórias Art. 19 e art. 29 RCM 1/2011 04.Jan.2011 Redução Remuneratória>1.500 Euros Conforme Tabelas definidas Desp.1.246/2011-MAP 07.Jan.2011 Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS) Base Dados 28.Abr.2010 Desp.155/2011-MEF 28.Abr.2011 Limites ao Endividamento e aos Investimentos Autorização AG para Investimentos individuais superiores a 5% do Capital Social Dec. Lei 65-A/2011 17.Mai.2011 Compromisso Financeiro e atrasos no Pagamento Desp.896/2011-SEFF 09.Jun.2011 Gestão do Risco Financeiro (alterado pelo Desp.101/2009) RCM 45/2011 10.Nov.2011 Plano Estratégico de Transportes Of. Circular 7.405-DGTF 09.Dez.2011 Suspensão de Pagamento dos 13º e 14º meses Of. Parpública ref. 18.864, de 22.Dez.2011 Of. Circular 653-DGTF 25.Jan.2012 Instruções s/Processo Prestação Contas 2011 Divulgam 6 anexos de procedimentos obrigatórios Aplicação EPNF 13 .11 Relatório & Contas Regista-se, também, a utilização pela DGTF e IGF do Sistema SIRIEF para o acompanhamento e controlo de atividade da Empresa, o qual contempla as principais Demonstrações Financeiras e uma matriz própria para o acompanhamento das orientações estratégicas para o SEE 2011, no âmbito do Plano de Redução de Custos / Gastos Operacionais. 1.3. INFORMAÇÃO SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS No exercício normal da sua atividade com entidades relacionadas, a ANAM, SA tem contactos privilegiados com a ANA, SA, que detém 70% do Capital da Empresa e colateralmente com a PORTWAY, empresa 100% detida pela ANA, SA. Com a ANA, SA este relacionamento, encontra-se formalizado num Contrato de Prestação de Serviços de Assessoria, destinado ao apoio técnico e assessoria na gestão e exploração dos Aeroportos. Encontram-se, complementarmente, celebrados Protocolos específicos para as seguintes áreas: • Administração de Pessoal; • Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; • Tecnologias de Informação. Esta estreita colaboração que permite beneficiar do know-how da ANA, SA, em diversas áreas técnicas e de gestão da Empresa, através da prestação de apoio especializado, é fundamental para a ANAM, SA e economicamente vantajosa, porque os custos de referência praticados são determinados em função de valores de mercado. Beneficia, igualmente, no que respeita à aquisição de outros Bens e Serviços de economias de escala em procedimentos de aquisição comuns às empresas do Grupo, através da utilização do Centro de Serviços Partilhados da ANA, SA. Em relação à PORTWAY, que se encontra licenciada para a prestação de Serviços de Handling a operadores aéreos, nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo, são praticadas as tarifas legalmente aprovadas para a Região, pelo Governo Regional da Madeira, enquanto Concedente e nos termos do Contrato de Concessão. Paralelamente, a PORTWAY presta serviço à ANAM, SA no Aeroporto da Madeira, através de um Contrato de Prestação de Serviços de Mão-de-Obra na Assistência aos Passageiros de Mobilidade Reduzida, com utilização da marca extensiva ao Grupo ANA “My Way”. Nas Notas às Demonstrações Financeiras encontram-se individualizadas e quantificadas as 14 .11 Relatório & Contas transações realizadas em 2011, com as referidas entidades. 1.4. INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES • Procedimentos Adoptados em Matéria de Aquisição de Bens e Serviços A fim de dar cumprimento às exigências legais constantes do Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro e legislação complementar, a ANAM, SA utiliza, para efeitos de contratação pública, a Plataforma Eletrónica VORTAL, onde poderão ser consultados os Procedimentos lançados, em termos de empreitadas e fornecimento de bens de serviços. Em 2011 foram lançados naquela plataforma, 27 procedimentos, resumindo-se no quadro abaixo os procedimentos adotados na formação de contratos (segundo a tipologia definida no art. 16 do Dec-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro): Nº Total Nº Total Consultas Propostas Ajuste Direto 17 39 15 261.505 36 Concurso Público 10 105 10 1.671.524 67 Conc. Limitado p/ Prévia Qualificação -- -- -- -- -- Procedimento p/ Negociação -- -- -- -- -- Diálogo Concorrencial -- -- -- -- -- Natureza Nº Valor Total Prazo Médio Adjudicações Adjudicações Adjudicação Como se pode verificar, a ANAM, SA apenas adotou dois tipos de procedimentos: i) Ajuste Direto, com 15 adjudicações, totalizando 261.505 Euros; e ii) Concurso Público, com 10 adjudicações e o montante de 1.671.524 Euros. • Contratos de Prestação de Serviços Complementarmente, o Despacho nº 438/10-SETF, de 10.MAI.2010, divulgado pela DGTF, conforme ofíciocircular 6.132, de 06.AGO.2010, define alguns procedimentos a adotar na contratação de prestação de serviços de valor igual ou superior a 125.000 Euros (sem IVA). São 5 os Contratos de Prestação de Serviços que se encontram nas condições previstas no Despacho acima e que se resumem no quadro que segue: 15 .11 NIF Refª do Proc Tipo de Procedimento Descrição do Procedimento Tipo de contrato Nome do Adjudicatário do Adjudicado Relatório & Contas Nacionalidade do adjudicatário ou do líder do agrupamento adjudicatário Preço contratual (sem IVA) 017/2011 Concurso Público Reformulação de Rede de Dados do Aeroporto da Madeira Prestação de Serviços Thales Portugal, S.A. 507775597 Portuguesa 340.698,00€ 005/2011 Concurso Público Aeroporto da Madeira - “Projecto de Sistema Integrado de Telecomu- nicações e Informação - Procedimento para Aquisição de Equipamentos de Comunicação de Voz - Central Telefónica Prestação de Serviços Thales Portugal, S.A. 507775597 Portuguesa 195.196,00€ 006/2011 Concurso Público Aeroporto da Madeira - “Projecto de Sistema Integrado de Telecomu- nicações e Informação - Procedimento para Aquisição de Equipamento CCTV Prestação de Serviços Bigsystems 511188455 Portuguesa 191.000,00€ 007/2011 Concurso Público Prestação de Serviços de “Remoção de Borracha e Medição do Coeficiente de Atrito da Pista do Aeroporto da Madeira Prestação de Serviços TradeTarget, Lda. 507843533 Portuguesa 139.600,00€ 018/2011 Concurso Público Aquisição de uma solução de virtua- lização e storage para a rede de dados do Aeroporto da Madeira Prestação de Serviços Thales Portugal, S.A. 507775597 Portuguesa 252.234,00€ Os procedimentos 005, 006, 017 e 018 fazem parte do projeto denominado SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação. Estes projetos têm o apoio do FEDER e a sua realização está a ser acompanhada e auditada pelo IDR – Instituto de Desenvolvimento Regional da Madeira. O procedimento 007/2011, diz respeito a uma necessidade periódica dos Aeroportos. Com efeito, a frequência de aterragem em determinadas zonas da pista cria um depósito de borracha vulcanizada, que é necessário remover, de modo a manter as condições de segurança de travagem das aeronaves. O trabalho a efetuar exige disponibilidade de equipamentos de alta tecnologia que a Empresa não dispõe internamente. Para além destes procedimentos, outros existem mas que se encontram excluídos do âmbito da aplicação do Dec-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro. Trata-se da atribuição de licenciamentos de espaços do domínio público aeroportuário que se regulam pelos DLR 7/2000/M, de 01 de Março e DLR 3/2003/M, de 12 de Março. • Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP) Também, face à dimensão e localização da Empresa, esta não tem recorrido à Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP) nem à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), situação que no futuro poderá vir a considerar, se as condições se apresentarem economicamente mais vantajosas. 16 .11 Relatório & Contas • Aquisição de Espaços Publicitários na Comunicação Social A RCM 47/2010, de 25 de Junho, estabelece as regras da contratação pública quanto à aquisição de espaços publicitários na comunicação social ou às regras de colocação de publicidade na imprensa local e regional. Com a criação da base de dados GMCS (prevista na Portaria 129/2010, de 21 de Dezembro e do Despacho 1.246/2011, de 07 de Janeiro, do Ministro dos Assuntos Parlamentares), a ANAM, SA passou, com efeitos a 2010, a reportar a informação, nos termos requeridos, no Anexo I ao referido Despacho devendo procederse ao seu reporte durante o mês de Abril do ano subsequente. No sentido de reportar a informação em publicidade institucional, julga-se dever salientar que a ANAM, SA, em 2011, dispendeu com publicidade e propaganda, 77.846 Euros, dos quais: i) jornais e revistas → 12.556 Euros; ii) feiras e exposições → 3.020 Euros; e, iii) outros meios → 62.270 Euros e foram maioritariamente incluídos no âmbito do Marketing Aeroportuário e na promoção do destino Madeira. Acresce que, em 2011, a ANAM, SA não efetuou quaisquer campanhas publicitárias de valor igual ou superior a 15.000 Euros. No entanto, foram realizadas campanhas publicitárias em órgãos de comunicação social, no total de 12.155 Euros, como indicado no quadro que se segue: Ação Designação OCS Inserção na Revista Sirius Anúncio Blandy 200 anos Diversos anúncios Conc. Públicos NIPC Tipo de Meio Montante Anual Revista SIRIUS 500787620 Imprensa 8.000,00 Diário Notícias da Madeira 511000235 Imprensa 500,00 Diário da República 500792887 Imprensa 3.655,10 12.155,10 • Transações não ocorridas em condições de Mercado No entendimento da Empresa, não existem transações efetuadas, fora do contexto de mercado. • Fornecedores mais Representativos Os fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Externos para um volume de faturação superior a 1 milhão de Euros (IVA incluído), em 2011, evidenciam-se no quadro que segue: Fornecedor SECURITAS ANA, SA Natureza Atividades de Segurança Privada AM e APS Diversos Un: mil Euros Valor 1.980 1.485 17 .11 • Relatório & Contas A SECURITAS é a entidade contratada para a vigilância, posições de controlo de passageiros e de rastreio da bagagem de porão. • A ANA, SA, presta um conjunto de serviços especializados à ANAM, SA de natureza regular que se encontram formalizados num Contrato e em três Protocolos. Por cedência temporária encontram-se também deslocados na ANAM, SA dois quadros superiores da ANA, SA. 1.5. INDICAÇÃO DO MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS • Órgãos Sociais A actual composição dos Membros dos Órgãos Sociais da ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA, é a seguinte(1): MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente António Manuel Rebelo Quintal Vice–Presidente José Clemente Gomes (2) Secretário Maria Octávia Ferreira Carrilho CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente António Guilhermino Rodrigues Vogais Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira(3) Rui Manuel Sarmento Veres Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho António José do Amaral Ferreira de Lemos CONSELHO FISCAL Presidente Víctor Hugo Amaro Bettencourt Calado Vogais Ana Beatriz de Azevedo Dias Antunes Freitas Paulo Guilherme Lajoso Vogal Suplente António Sérgio Correia Mendonça (1) Eleitos para o Triénio 2008-2010, conforme deliberação e Assembleia Geral Universal de Acionistas, de 16.MAI.2008, não tendo a Assembleia Geral de 11.ABR.2011, deliberado sobre o mandato dos Órgãos Sociais, que terminou em 31.DEZ.2010. (2) Falecido em 24.JUN.2010 e não substituído. (3) Acumula esta função com as de Diretor do Aeroporto da Madeira e Porto Santo. 18 .11 Relatório & Contas REVISOR OFICIAL DE CONTAS (4) ROC Sociedade Associados, SROC, representada por Gabriel Correia Alves ROC Suplente Luís Francisco Pereira Rosa de Revisores Oficiais de Contas Batista da Costa & COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES (5) Embora não faça parte dos Órgãos Sociais, a Comissão de Fixação de Remunerações, é composta por: Presidente Vítor Manuel Batista Almeida Vogais Cristina Soares de Vasconcelos Maria de Lurdes Pereira Moreira Correia de Castro • Funções e Responsabilidades A Assembleia Geral representa o órgão máximo de decisão da Sociedade, competindo-lhe: a) Deliberar sobre o Relatório de Gestão e as Contas do exercício; b) Deliberar sobre a aplicação dos Resultados do Exercício; c) Eleger os titulares dos Órgãos Sociais; d) Deliberar sobre quaisquer alterações dos Estatutos e Aumentos de Capital; e) Deliberar sobre as remunerações dos membros dos Corpos Sociais; f) Tratar de qualquer outro assunto para que tenha sido convocada. Ao Conselho de Administração compete, além da prossecução das atribuições gerais que por Lei lhe são conferidas: a) Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos e operações relativas ao objeto social, que não caibam na competência atribuída a outros órgãos da Sociedade; b) Representar a Sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir, (4) Conforme Deliberação Social Unânime de 29.SET.2008. (5) Nomeação por Deliberação da Assembleia Geral Universal de Acionistas de 16.MAI.2008. 19 .11 Relatório & Contas confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, comprometer-se em convenções de arbitragem; c) Adquirir, vender ou por outra forma alienar ou onerar direitos; d) Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade e as normas de funcionamento interno, designadamente sobre o pessoal e sua remuneração; e) Constituir mandatários com poderes que julgue convenientes, incluindo os de subestabelecer. Ao Presidente do Conselho de Administração compete, essencialmente: a) Representar o Conselho em juízo ou fora dele; b) Coordenar a atividade do Conselho de Administração e convocar e dirigir as respetivas reuniões; c) Exercer o voto de qualidade; d) Zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração. Nas suas faltas ou impedimento, o presidente será substituído pelo vogal do conselho de administração por si designado para o efeito. O Conselho de Administração deve reunir, pelo menos, uma vez por mês e sempre que seja convocado pelo presidente, por sua iniciativa ou a pedido de dois administradores. Em relação ao Conselho de Administração indicam-se, seguidamente, os principais elementos curriculares. António Guilhermino Rodrigues (Eng.) – Presidente Formação: • Engenharia Eletrotécnica – Ramo de Energia e Sistema de Potência do Instituto Superior Técnico. Actividade Profissional: • Administrador do Metropolitano de Lisboa, EP (2001/2003). • Secretário de Estado dos Transportes, nos XIII e XIV Governos Constitucionais (1996/2001). • Assessor do Primeiro Ministro Eng. António Guterres para as áreas de Transporte e Ordenamento do Território (1995/1996). 20 • Assessor do Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa para a área do Planeamento e .11 Relatório & Contas Projetos de Inovação Tecnológica (1994/1995). • Diretor Geral da Empresa Transroda – Empresa de Transporte de Mercadorias na área da Distribuição e Sistemas Integrados de Logística (1993). • Diretor do Departamento de Infraestruturas Viárias da Câmara Municipal de Lisboa (1990/1992). • Responsável pelo Gabinete de Estudos e Planeamento da Exploração da Carris. • Coordenador do Grupo de Transportes da Ordem dos Engenheiros. Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira (Eng.) – Vogal Formação: • Licenciado em Engenharia Civil, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. • Frequência com aproveitamento do XXVIII Programa de Alta Direcção de Empresas da AESE – Associação de Estudos Superiores de Empresa, nos anos de 2002-2003. Habilitações Profissionais: • Inscrito na Ordem dos Engenheiros sob o número 15575 com a qualificação de Membro Sénior. Actividade Profissional Recente: • Desde 1991: requisitado na empresa ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA onde tem desempenhado as funções de vogal no Conselho de Administração da Empresa em representação do acionista Região Autónoma da Madeira, desde 20.NOV.1998. Outras: • Agraciado por Sua Excelência o Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito, em 15 de Setembro de 2000. • Presidente da Assembleia Geral da Secção Regional da Madeira da Ordem dos Engenheiros desde 2007. Rui Manuel Sarmento Veres (Dr.) – Vogal Formação: • Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Universidade de Lisboa. • Curso de Gestão de Sistemas de Transportes e Transporte Aéreo, do Massachussets Institute of Technology. Actividade Profissional: • Administrador da ANA – Aeroportos de Portugal, SA desde Janeiro 1999. • Administrador da NAER – Novo Aeroporto, SA desde Dezembro de 1998. • Administrador da ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA desde Maio de 2005. 21 .11 Relatório & Contas • Integrou o Conselho Fiscal da TAP, e a Administração da SESI. • Foi Diretor dos Serviços de Transporte Aéreo da DGAC – Direcção Geral de Aviação Civil (19821992) e Subdiretor Geral da DGAC (1992-1997). • Diretor-Geral da Aviação Civil (interinamente e em substituição, de 1995 a 1996) e Presidente da Comissão Sectorial do Transporte Aéreo, e Assessor do Gabinete do Secretário de Estado dos Transportes (1997/1998). Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho (Dra.) – Vogal Formação: • Licenciatura em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. • Curso Retail Executive Program – CORNELL University – E.U.A. Actividade Profissional: • Administradora da ANA - Aeroportos de Portugal, SA desde Abril 2008. • Diretora Geral na Federação Portuguesa de Rugby de 2007 a 2008. • Diretora Desenvolvimento na Jerónimo Martins de 2002 a 2006. • Diretora Sourcing na Gestiretalho de 2001 a 2002. • Category Manager na Gestiretalho de 2000 a 2001. • Coordenadora do Projeto na Feira Nova Hipermercados de 1998 a 2000. António José do Amaral Ferreira de Lemos (Dr.) – Vogal Formação: • Licenciatura em Finanças pelo ISCEF – Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa. • Curso de Política, Planeamento e Programação de Transportes do EDI – Economic Development Institute do World Bank (Fellow de World Bank). Actividade Profissional: • Vice-Presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, SA (2002-2005). • Administrador da ANA – Aeroportos de Portugal (2004/2008). • Administrador da CP (2000-2002). • Administrador do Instituto Marítimo Portuário (1998/2000). • Presidente do Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos (1997/1998). • Administrador do Porto de Sines (1996/1997). • Administrador da Soponata (1991/1994). • Administrador dos CTT/TLP (1986/1989). • Administrador da Carris (1984/1986). Administrador da CTM (1981-1984), Diretor dos Serviços de Coordenação e Controlo de Programas do GEP/TC (1976/1981). 22 .11 Relatório & Contas Outras: • Comendador da Ordem de Mérito (2006). • Vereador da Câmara Municipal de Lisboa (1989/1993). • Deputado Municipal de Lisboa (desde 2004/2008 e 2008/2013). • Deputado Metropolitano de Lisboa (desde 2009). • Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Habitação, Obras Públicas e Transportes (1981/1983). • Professor convidado do ISCTE (1976/1989) – Contabilidade Analítica e Gestão Orçamental. • Presidente da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores. O Conselho de Administração, rege-se pelo Regimento do Conselho de Administração, aprovado em 12.NOV.2009 e reúne-se duas vezes por mês, tendo em 2011 realizado 27 reuniões, constando as suas decisões em atas próprias. O Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas têm os poderes e deveres atribuídos pelo Código das Sociedades Comerciais, designadamente, emitir parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais. O Conselho Fiscal deverá enviar trimestralmente aos acionistas, com pelo menos 10% de participação no Capital, um relatório sucinto que refira os controlos efetuados, as anomalias detetadas e os principais desvios face às previsões. A Sociedade está sujeita à fiscalização do Tribunal de Contas nas operações que estiverem direta ou indiretamente relacionadas com a construção e ampliação dos Aeroportos da Região Autónoma da Madeira. • Comissões Especializadas Um vogal do Conselho de Administração exerce, simultaneamente, as funções de Diretor dos Aeroportos da Madeira e de Porto Santo.(6) • Comissão de Ética e Conduta Por deliberação do Conselho de Administração, de 12 de Novembro de 2009, foi nomeada a Comissão de Ética e Conduta, constituída por um presidente e dois vogais. Nos termos do Regulamento da Comissão de Ética e Conduta, o seu mandato é coincidente com o do Conselho de Administração que a nomeou. (6) Esta acumulação verifica-se desde 06.FEV.2004. 23 .11 Relatório & Contas • Auditor Externo A ANAM, SA tem um contrato de prestação de serviços profissionais de auditoria com a PriceWaterhouseCoopers (PWC). O contrato, por um período inicial de 3 anos foi, em 29 de Junho de 2011, prorrogado por mais um ano (para o exercício de 2011). A PWC acompanha a atividade da Empresa e sempre que entende relevante comunica as eventuais deficiências detetadas na estrutura e funcionamento do controlo interno. Durante o ano de 2011, a Empresa pagou à PWC, pela prestação de serviços e despesas diversas, o montante de 15.500 Euros, conforme detalhe, que compara com os valores de 2010, de 17.522 Euros. Ano Honorários Outros Trabalhos Especializados Despesas Diversas Total 2010 10.500 5.450 1.572 17.522 2011 10.500 4.750 250 15.500 Aos honorários auferidos pelo Auditor Externo não foi, em 2011, aplicado o art. 22 da Lei 55-A/2010 (Lei OE 2011), mantendo-se o mesmo valor do ano anterior. 1.6. REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS Por ata da Comissão de Fixação de Remunerações, de 12.JUL.2009, foram fixadas as novas Remunerações dos Órgãos Sociais. Em Junho 2010 as remunerações dos membros do Conselho de Administração foram reduzidas em 5%, por força da Lei 12-A/2010, de 30 de Junho, a que se seguiu em 2011 uma redução de 10%, conforme art. 19 da lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro. Julga-se, entretanto, ser de referir que o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal suportam, individualmente, a custas próprias, os prémios de seguro de Responsabilidade Civil, a que se encontram obrigados, pelo que as remunerações indicadas nos quadros correspondentes à remuneração de 2011, deverão ser deduzidas dos valores destes seguros, no montante individual de 700 Euros/ano, relativos aos dois elementos do Conselho de Administração remunerados pela ANAM, SA, aos três elementos do Conselho Fiscal e, ainda, aos três elementos do Conselho de Administração que não são remunerados pela Empresa. Mesa da Assembleia Geral Durante o ano de 2011, realizou-se uma Assembleia Geral Universal, em 11 de Abril de 2011 e os seus membros foram remunerados através de senhas de presença, como se indica: 24 .11 Relatório & Contas Un: Euros Ano Presidente Vice-Presidente Secretário Total 2011 500,00 a) 315,00 815,00 a)O Vice-Presidente da Assembleia Geral faleceu em 24.JUN.2010 e não foi substituído. A senha de presença paga ao Presidente da Assembleia Geral não sofreu qualquer redução prevista no art. 19 da Lei 55A/2010, de 31 de Dezembro, enquanto que a do Secretário foi, nos termos do mesmo diploma, reduzida em 10%. Conselho de Administração As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração, por parte da ANAM, SA, incluindo: i) Outras Regalias e Compensações; ii) Encargos com Benefícios Sociais; iii) Parque Automóvel; e iv) Informações Adicionais, apresentam-se no quadro que segue: 1. Importa, a propósito, salientar que, não são pagas aos membros do Conselho de Administração quaisquer verbas a título de remuneração variável, de acordo com as orientações do art. 172 da Lei 3-B/2010, de 28 de Abril. 2. Também os membros do Conselho de Administração indicados no quadro que segue, em P(1), V(3) e V(4), exercem funções executivas na ANA, SA e não auferem da ANAM, SA qualquer tipo de remuneração. 25 .11 Relatório & Contas Un: Euros Remunerações 2011 P(1) V (2) V(3) V(4) V(5) A. Rodrigues D. Ferreira R. Veres A. Coelho A. Lemos 1. Remuneração 1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 87.588 87.588 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 4.379 4.379 1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 8.321 8.321 1.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.-1.2.-1.3.) (€) 74.888 74.888 2. Outras regalias e compensações 2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 1.000 1.000 2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 224 564 2.3. Subsídio de deslocação (€) 395 1.939 450 485 1.421 2.4. Subsídio de refeição (€) 2.150 2.132 2.5. Outras (identificar detalhadamente) (€) (Remição de Férias n/ gozadas) 4.195 4.195 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime de Protecção Social (€) 5.642 5.975 3.2. Seguros de saúde (€) 499 499 3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 26 26 3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) (Seg. Acidentes Trabalho) 355 355 4. Parque Automóvel 4.1. Marca Mercedes BMW 4.2. Modelo C220 525 4.3. Matrícula 74-55-ZG 88-BE-52 4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Leasing Leasing 4.5. Valor de Referência da viatura nova (€) 49.311 54.471 4.6. Ano Início 2005 2006 4.7. Ano Termo 2009 2009 4.11. Combustível gasto com a viatura (€) 3.322 2.483 4.12. Plafond anual Combustível atribuído (€) 3.500 3.500 4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) 5. Informações Adicionais 5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não 5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar de origem (€) 5.3. Regime de Proteção social CGA/ADSE CGA/ADSE 5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Sim 5.3.2. Outro (indicar) 5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não 5.5. Outros (identificar detalhadamente) Cartão Crédito 175 5.107 1.587 Legenda: P - Presidente; V - Vogal Executivo; V.N.E - Vogal não Executivo. Ainda em relação ao quadro anterior, julgamos dever salientar: a) Os valores do ponto 2.5 correspondem à remição de 15 dias de férias não gozadas, nos termos dos art. 237 e 238 do Código do Trabalho, equivalente a 5 dias por ano (2008, 2009 e 2010). b) A viatura de V(2) foi adquirida em regime de Leasing por 4 anos, com uma renda média mensal de 1.021 Euros, tendo a ANAM, SA em Janeiro de 2009, exercido a opção de compra, pelo valor residual de 4.975 Euros. Esta viatura, à data, tem cerca de 220 mil quilómetros. b) A viatura (V5) foi adquirida pela ANA, SA em regime de Leasing por 3 anos, tendo a respetiva renda sido transferida para a ANAM, SA no início do mandato (Maio de 2008) a qual, no termo do contrato de Leasing, exerceu a opção de compra pelo montante de 13.618 Euros. Entre Junho de 2008 e a transferência do leasing, a ANAM, SA pagou à ANA, SA, rendas médias mensais de 1.330 Euros. Esta viatura, tem à data cerca 130 mil quilómetros. 26 .11 Relatório & Contas Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal foram nomeados na Assembleia Geral de 16 de Maio de 2008. As remunerações e encargos com o Conselho Fiscal em 2011 foram as seguintes: Natureza Remuneração Seg. Social (20,3%) Un: Euros P V(1) V(2) V. Calado A. Freitas P. Lajoso 17.741 13.306 13.306 44.353 3.601 -- -- 3.601 379 499 499 1.377 81 61 61 203 Seg. Saúde Ac. Trabalho e Pessoais Total Em 2011, as remunerações do Conselho Fiscal foram reduzidas em 10%, nos termos do art. 19 da Lei 55A/2010, de 31 de Dezembro (OGE 2011). Revisor Oficial de Contas As remunerações atribuídas à Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Batista da Costa & Associados, SROC, nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Revisão Legal de Contas, foram de 15.264 Euros, para o ano de 2011, como se indica: Un: Euros Ano Honorários Desp. Diversas Total 2011 15.264,00 0,00 15.264,00 Lembra-se que, nos termos da alínea b) do nº 1 do art. 22 da Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro, o valor do contrato de prestação de serviços, celebrado com a referida sociedade, foi, em 2011, reduzido em 10%. 27 .11 Relatório & Contas 1.7. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL • Estratégias Adotadas A Empresa encontra-se alavancada, como anteriormente já se referiu, em quatro objetivos de natureza estratégica: • Crescimento sustentado; • Eficiência operacional; • Valorização dos colaboradores; • Equilíbrio da Estrutura Financeira. O desenvolvimento de cada um deles, encontra-se adiante explicitado: Capítulo II – Relatório de Gestão ponto 6. • Grau de Cumprimento das Metas Fixadas Os objetivos fixados no Contrato de Gestão do Conselho de Administração, para 2010 e para o mandato 2008-2010, foram objeto de avaliação na Assembleia Geral Universal de Acionistas da ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA de 11 de Abril de 2011, conforme agenda de trabalhos, pontos 3 e 4. Esta apreciação teve por base a Avaliação do Grau de Consecução dos Objetivos de Gestão de 2010 aos Gestores, nos termos do art. 6, nº 3 do Dec-Lei 71/2007, de 27 de Março e, igualmente, do mandato 20082010, tendo a Assembleia, por proposta do Acionista Estado deliberado: i) Em relação ao exercício de 2010 – tomado boa nota do nível de cumprimento dos objetivos atingidos pelo Conselho de Administração, deliberando, face ao art. 29 da Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro, a não atribuição de qualquer componente variável de remuneração em 2011; ii) Em relação ao mandato 2008-2010, o Acionista Estado declarou não estarem reunidas as condições objetivas para deliberar sobre este ponto da ordem de trabalhos, na medida em que apenas foram fixados objetivos anuais, tendo ambas as propostas sido votadas favoravelmente e aprovadas por unanimidade. Ainda no ponto 12 da Agenda da já referida Assembleia Geral sobre “Proceder à definição dos objetivos de Gestão para os Gestores para o mandato 2011-2013, nos termos e para os efeitos do art. 18 de DecLei 71/2007, de 27 de Março,” foi pelo representante do Acionista Estado proferido a seguinte declaração de voto “considerando a necessidade de definição dos objetivos de gestão para o mandato 2011-2013, deverão os membros do Conselho de Administração a eleger, para o triénio em apreço, articular com as tutelas financeiras e sectorial, sendo a matéria objeto de deliberação, assim que os mesmos forem definidos. Esta definição deverá contemplar os objetivos de redução de custos operacionais e de controlo do nível de dívida, conforme previsto no OE-2011 e no PEC 2010-2013.” 28 .11 Relatório & Contas Entretanto, e dado o pedido de esclarecimento do Acionista Região Autónoma da Madeira sobre se a matéria em apreço é de competência da Assembleia Geral da Empresa e na ausência de resposta o Acionista RAM condicionou o seu voto favorável à prestação daqueles esclarecimentos no que foi seguido pelo Acionista ANA, SA. Em face ao acima exposto e para o mandato 2011-2013 não se encontram definidos objetivos de gestão. No entanto, apesar do mandato ter terminado em 2010, os membros dos Órgãos Sociais mantêm-se em funções prosseguindo no exercício das mesmas e dando cumprimento às múltiplas orientações estabelecidas pelas tutelas financeiras e sectoriais para as empresas do SEE. • Políticas Prosseguidas com vista a Garantir a Eficiência Atendendo aos quatro objetivos estratégicos macroeconómicos, apresentou-se no ponto 1.1 Missão, Objetivos e Políticas da Empresa, síntese daquelas que a ANAM, SA entende dever dar mais destaque. Um maior desenvolvimento encontra-se no ponto 6. do Capítulo II – Estratégia Empresarial. • Identificação dos Principais Riscos A Empresa encomendou um primeiro trabalho à PWC, cujos resultados em 2010 foram avaliados e objeto de um conjunto de ações que permitissem o desenvolvimento e implementação de um sistema de gestão de risco, devidamente estruturado e monitorizável. Implicando o desenvolvimento deste trabalho a necessidade de recurso a apoio externo, com custos acrescidos, num período de forte contenção, a ANAM, SA optou por uma solução alternativa sem necessidade de recurso a meios externos. Com efeito, no quadro do Contrato de Prestação de Serviços com a ANA, SA, seu maior acionista e aproveitando o modelo que está a ser desenvolvido por esta empresa foi acordado com a a ANA, SA a transferência do Sistema de Gestão de Risco para a ANAM, SA procurando que o mesmo seja adaptado para as situações específicas. Os trabalhos encontram-se em desenvolvimento, cobrindo a Matriz Principal do Risco como riscos prioritários: • Risco Financeiro e de Liquidez ➝ Risco associado ao aumento não expectável do custo da dívida, por aumento da taxa de referência ou spread, e risco associado à disponibilidade de tesouraria para o cumprimento de obrigações; • Risco de Negócio ➝ Risco associado a variação não expectável dos diferentes “drivers” de negócio com impacto em termos de custos e Proveitos; 29 .11 Relatório & Contas • Risco da Concessão ➝ Risco associado à manutenção do atual Contrato de Concessão; • Risco de Privatização da ANA, SA ➝ Risco associado à atividade da ANAM, SA face ao cenário de privatização da ANA, SA; • Risco de Crédito ➝ Risco associado ao não cumprimento do pagamento dos montantes em dívida por parte dos principais clientes da ANAM, SA. Em paralelo, a ANAM, SA elaborou em 2009, o Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, incluindo Riscos de Corrupção e Infrações Conexas que atualizou em 2010, tendo, nos termos do despacho do Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de 06.NOV.2009 preparado, igualmente, com o apoio da DAO/ANA, o Relatório Anual de Execução. Entretanto, na sua reunião de 06.JAN.2011 o Conselho de Administração aprovou os documentos atrás referidos e deliberou pelo seu envio ao Conselho Nacional da Corrupção e ao IGOPTC. Os referidos documentos encontram-se acessíveis, para consulta, no website: www.anam.pt . Atualmente, a ANAM, SA prepara o Relatório Anual de Execução de 2011. • Formas de Cumprimento dos Princípios inerentes a uma adequada Gestão Empresarial Com a criação da ANA, EP, em 1979, o Estado Português conferiu um enquadramento de gestão empresarial às infraestruturas aeroportuárias em moldes, à data, inovadores, unanimemente consensualizados nas instâncias da comunidade aeroportuária europeia. A ANAM, SA, empresa maioritariamente participada pela ANA, SA, foi criada pelo Dec-Lei nº 453/91, com objeto principal o estudo, planeamento, construção e exploração dos aeroportos (Funchal e Porto Santo) da RAM. Para a prossecução dos objetivos da ANAM, SA, o Estado reconhece neste mesmo diploma a imprescindibilidade de uma estreita ligação com a ANA, SA, entidade que detém a capacidade técnica e experiência na área dos aeroportos a nível nacional. Deste modo, em 1993, o Governo Regional da Madeira - como Concedente – celebra com a ANAM, SA, o Contrato de Concessão, com o direito de promover e executar as obras de Ampliação do Aeroporto de Santa Catarina, hoje Aeroporto da Madeira, e de desenvolvimento das infraestruturas, na RAM e ainda executar, sob sua responsabilidade, as atividades em regime de serviço público, sendo os montantes das taxas fixadas pelo Governo Regional. Acresce que, em conformidade com a Cláusula 25ª do Contrato de Concessão, a ANAM, SA foi, desde logo, autorizada a contratar à ANA, EP a prestação dos Serviços de Direção, Estruturação e Coordenação da Gestão e Exploração dos Aeroportos, de que a primeira é concessionária, assim como as ações para o respetivo desenvolvimento, excluindo as obras de ampliação do Aeroporto de Santa Catarina, situação que se manteve até 2004. Assim e desde a sua constituição, a ANAM, SA realizou investimentos em infraestruturas aeroportuárias na RAM que, totalizam à data, cerca de 585 milhões de Euros. 30 .11 Relatório & Contas O modelo de financiamento então adotado é considerado desajustado, quer quanto à natureza estrutural dos seus fundos: cobertos por Capitais Alheios, Fundos Comunitários, e Capital Acionista, quer no que respeita a capacidade de libertação de Cash-Flows compatíveis com a recuperação dos vultuosos investimentos realizados. Toda esta situação contribui para o endividamento da Empresa que, não obstante ter assegurado nos últimos 5 anos, uma redução em cerca de 30%, enfrentará para os próximos anos necessidades para as quais não dispõe de liquidez suficiente. No final de 2011 o endividamento da Empresa totaliza cerca de 203,5 milhões de Euros a médio e longo prazos repartido por empréstimos(7): i) um empréstimo bancário junto do BEI; ii) dois empréstimos Schuldschein contraídos no ABN Amro Bank e no BGB; iii) um empréstimo Obrigacionista junto do BNP Paribas, portanto, todos na ordem externa. A situação financeira da ANAM, SA continua caracterizada por uma estrutura de balanço com um peso significativo de ativo fixo, fruto dos investimentos realizados nos últimos anos com recurso a dívida financeira e subsídios comunitários. O Capital Próprio é de 7.554 mil Euros e a Tesouraria Líquida de 40.208 mil Euros. O Cash-Flow Operacional da Empresa, insuficiente para cobrir as necessidades futuras de exploração e desenvolvimento foi, em 2011, de 10.162 mil Euros, perspetivando-se a sua evolução favorável (conforme proposta de revisão do Contrato de Concessão, designadamente com a extensão do seu prazo). Os Capitais Próprios deverão ser incrementados para cumprimento do estabelecido no art. 35º do Código das Sociedades Comerciais, devendo, para o efeito, o Conselho de Administração apresentar uma proposta para discussão na próxima Assembleia Geral. Entretanto, a ANAM, SA, pelo seu desempenho, pelo forte contributo para o desenvolvimento económico da RAM e pela qualidade dos seus Acionistas, prosseguirá desenvolvimentos tecnológicos, assegurando um elevado grau de segurança (Security e Safety), sem perder de vista elevados padrões de satisfação dos seus Clientes. A ANAM, SA nunca foi objeto de subsidiação à exploração por parte do Orçamento de Estado e do Orçamento Regional da RAM, pese embora o carácter sócio-económico do Aeroporto de Porto Santo, estruturalmente deficitário (cerca de 3,5 milhões de Euros negativos como média anual, nos últimos cinco anos), constituindo uma objetiva obrigação da prestação de serviço público. • Responsabilidade Social A ANAM, SA acredita no desenvolvimento sustentado da sua atividade, enquanto operador aeroportuário, assegurando o equilíbrio entre os benefícios económicos, responsabilidades ambientais e sociais. Esta é a forma como a ANAM, SA demonstra a sua responsabilidade para com as pessoas, o meio ambiente e as gerações futuras. (7) Vide Nota: 16.2 - Termos e Prazos de Reembolso dos Empréstimos. 31 .11 Relatório & Contas A ANAM, SA reconhece as pessoas como o seu ativo mais importante e, por isso, implementa práticas que visam o cumprimento dos direitos humanos, direitos laborais, garantindo as condições de igualdade, saúde e segurança no desenvolvimento da sua atividade. A Empresa já de há muito pratica uma política de igualdade entre sexos, cumprindo integralmente toda a legislação aplicável, nomeadamente, sobre licenças de parto, parentalidade, assistências e apoio à família, permitindo, nos termos do AE da ANAM, SA a possibilidade da licença de um dia por mês, para assuntos pessoais e familiares. Também, as férias são sempre marcadas com o acordo do trabalhador, não são impostas horas extraordinárias, muitos dos trabalhadores têm isenção de horário e existe um horário de trabalho de 7,2 horas por dia, o que permite beneficiar de algumas “dispensas” ao longo do ano e, assim, facilitar uma maior compatibilidade entre as obrigações pessoais e profissionais. A ANAM, SA reconhece as suas responsabilidades sociais através do apoio e participação em programas nas comunidades onde se encontra inserida e, em conjunto com os seus parceiros, dinamiza projetos alinhados com os seus valores. A ANAM, SA tem como objetivo consolidar e operacionalizar a sua Política de Responsabilidade Social, alinhando-a não só com a estratégia global da organização, mas também direcionando-a para os seus Stakeholders. A ANAM, SA reconhece como de importância vital a preservação do ambiente e, por isso, tem implementado mecanismos de identificação de aspetos e impactos ambientais e respetivas medidas de prevenção e controlo, destacando-se, entre outras, ações para: • Monitorização do ruído; • Redução dos consumos energéticos; • Gestão voluntária do carbono. Importa, ainda, salientar que, desde a sua criação, a Empresa tem tido uma preocupação social com o meio envolvente, procurando, dentro das suas possibilidades, contribuir, de forma ativa e sem qualquer discriminação, para o desenvolvimento dos trabalhadores e para o progresso da Região Autónoma da Madeira e do País. Com efeito, no ano de 2009 foi efetuada a adaptação do Sistema de Gestão de Qualidade para a norma NP EN ISO 9001:2008. Ainda em 2009 deu-se início à autoavaliação segundo o Modelo de Excelência de EFQM – Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade, tendo a ANAM, SA, em 2010, obtido, por parte da APQ – Associação Portuguesa de Qualidade, o reconhecimento “Committed to Excelence”, que coloca a nossa empresa na restrita lista das empresas internacionais reconhecidas pela EFQM, como tendo estabelecido um compromisso claro e inequívoco com uma gestão de excelência e igualmente obtido, em 2010, o Certificado “Service Quality Assured”, através da ACI (Airports Council Internacional). 32 .11 Relatório & Contas Também, em 2011, deu início à implementação de um plano de auditorias de segurança e higiene alimentar, tendo obtido no culminar deste processo a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nossa parceira neste projeto. • Desenvolvimento Sustentável No ano de 2010 foi realizado um estudo de medição dos impactos do Aeroporto da Madeira sobre a comunidade envolvente, através de um inquérito à população residente nas freguesias próximas do Aeroporto da Madeira, com conclusões positivas e resultados satisfatórios. A ANAM, SA prossegue os objetivos centrais de crescimento sustentado, eficiência operacional e desenvolvimento dos colaboradores. As linhas de orientação consistem no estímulo ao crescimento proactivo, a melhoria da qualidade de serviço prestado e o desenvolvimento de negócios com maior potencial (retalho, Rent-a-Car e estacionamento automóvel). O programa contínuo de melhoria dos níveis de desempenho e a constante contenção de custos operacionais demonstram a sua sustentabilidade num quadro de ética empresarial, cujo código vigente veio reforçar o sentimento de cultura partilhada e estimular os colaboradores a questionar-se sobre se aquilo que fazem está de acordo com os valores de Empresa, consolidando as relações desta com os seus múltiplos Stakeholders. A ANAM, SA identifica as expectativas e formas de comunicação com os seus principais Stakeholders, conforme tabela seguinte: 33 .11 Stakeholders Expectativas Relatório & Contas Formas de Comunicação Accionistas • Defesa dos seus interesses e •Reporting claro rentabilização dos ativos. e transparente • Boa imagem e credibilidade. • Crescimento de forma sustentada. Comunidades • Desenvolvimento económico-social e cultural das populações e regiões. • Respeito pelas regras de boa gestão •Ações e eventos ambiental. • Garantir as condições de acessibilidade na área da comunidade. •Internet Clientes: • Segurança dos passageiros. Passageiros • Conectividade. •Código de Ética • Serviço de alto valor acrescentado e Conduta com melhor relação qualidade/preço. •Estudos e inquéritos de satisfação dos clientes Clientes: (ACI). Campanhas de Companhias Aéreas • Infraestruturas adequadas. informação. Comunicação • Eficiência e segurança. permanente. • Competitividade comercial. Clientes: • Novas oportunidades de negócio. •Publicidade e acessibilidade Não Aviação • Qualidade na proposta de valor. de informação. Clientes: • Respeito na satisfação de necessidades Outros específicas. • Igualdade no tratamento. • Respeito na tomada de decisões e ponderação por opiniões ou sugestões. Colaboradores • Reconhecimento do desempenho. •Sistema de gestão de • Desenvolvimento e gestão desempenho. Formação de competências. profissional. Órgãos de • Espírito de equipa, incentivando concertação e participação. a partilha / integração e respeitando a diversidade. •Intranet. Fornecedores • Corresponsabilização no •Política compromisso de qualidade de aprovisionamento. e serviços excelentes. 34 • Cumprimento do prazo de pagamento. .11 Relatório & Contas A grande complexidade do relacionamento com as suas partes interessadas exige à ANAM, SA consistência e transparência. Este relacionamento constitui sempre uma prioridade para a Empresa. Por esse motivo, é estratégia de relacionamento da ANAM, SA com os seus Stakeholders a manutenção de um diálogo ativo e permanente. Também, no que se refere ao Concedente, a transparência e fiabilidade apresentada, designadamente para efeitos de atualização das taxas aeroportuárias, pressupõe fórmulas de comunicação adequadas, não excluindo a relação formal institucional feita através do Conselho de Administração e os contatos e monitorização permanente através dos quadros da Empresa e da RAM. Enquanto Gestora Aeroportuária, a ANAM, SA contribui para o crescimento económico das regiões onde opera, através da criação e fomento de emprego e de melhoria de condições e qualidade de vida dos seus colaboradores e comunidade envolvente. • Serviço Público e de Satisfação das Necessidades Coletivas Através do Contrato de Concessão, outorgado entre o Governo da RAM e a ANAM, SA, foi conferido a esta Empresa “o direito de promover e executar as obras de ampliação do Aeroporto de Santa Catarina e de desenvolvimento das infraestruturas, bem como o planeamento e a exploração do serviço público de apoio à aviação civil na Região Autónoma da Madeira, nos termos da lei...” e do Contrato de Concessão, que regula esta matéria. A prestação do serviço público encontra-se, assim, assegurado na cláusula 4 do Contrato de Concessão. Todavia, não foi concretizado qualquer modelo de financiamento atinente à prestação do serviço público assumido pela Empresa, no âmbito do Contrato de Concessão. Entretanto, na Assembleia Geral de 26.MAR.2010 os acionistas da ANAM, SA, mandataram o Conselho de Administração para, iniciar o processo de renegociação com o Concedente, do Contrato de Concessão, com vista à sua revisão. No cumprimento desta deliberação foi enviado ainda em 2010, aos Acionistas e ao Concedente, proposta devidamente fundamentada de revisão do Contrato de Concessão, a qual foi objeto de apreciação na Assembleia Geral de 11 de Abril de 2011, como na alínea b) do ponto 2.6 melhor se explicitará, a discussão não foi favorável ao desenvolvimento do processo em termos mais imediatos, tendo o representante do Governo Regional da Madeira transmitido a constituição de um grupo de trabalho multidisciplinar, que ficará incumbido de apresentar, com a maior brevidade possível, um clausulado alternativo, situação que se aguarda. • Competitividade da Empresa Nos termos do Contrato de Concessão, a ANAM, SA detém o monopólio da gestão das infraestruturas aeroportuárias da RAM. 35 .11 Relatório & Contas Esta situação, aparentemente de privilégio, contém restrições que não impedem, porém, a procura constante de ganhos de produtividade/competitividade. O cumprimento escrupuloso do Contrato de Concessão e a sujeição à regulação vigente, colocam à Empresa um desafio sistemático de mais eficácia e eficiência. A qualidade do serviço prestado e a integral satisfação das necessidades dos clientes e de todos os “Stakeholders”, é o objetivo central da atividade desenvolvida pela Empresa sempre com um pressuposto fundamental de segurança. Para tal desiderato, a ANAM, SA tem vindo a modernizar a sua imagem com custos adequados ao nível da sua exploração, procurando não deteriorar a situação financeira, promovendo uma gestão orientada para a racionalização dos custos e o aumento de proveitos, para o rejuvenescimento dos recursos humanos, no sentido do reforço da competitividade e desse modo posicionar a Empresa no futuro como uma gestora aeroportuária de excelência, na sua categoria e dimensão, segundo a classificação do ACI e outras entidades internacionais. Em matéria de Investigação e Desenvolvimento (Inovação) a situação económico-financeira da ANAM, SA, no atual contexto nacional e internacional da aviação comercial, não tem permitido canalizar meios para atividades puras de investigação e desenvolvimento, tendo-se optado, em áreas específicas diretamente relacionadas com o “core-business” da Empresa, por constituir parcerias com as entidades e organismos que dispõem de capacidade científica nessas áreas, designadamente com o seu maior acionista a ANA, SA. Nesta perspetiva, mantém também com o LNEC, um protocolo, para um conjunto de ações de acompanhamento e monitorização das estruturas especiais do Aeroporto da Madeira, através da aquisição e tratamento de dados da instrumentação que foi incorporada nos elementos estruturais, considerados mais representativos, o que permitirá dispor-se de informação sobre a necessidade de realização de ações de manutenção preventiva e corretiva, com antecedência suficiente para uma adequada gestão de meios técnicos e financeiros. Mantém, também, em curso, com este Laboratório um estudo destinado à caracterização das condições aerológicas do regime de ventos, através de um modelo matemático que, quando comparado com as características técnicas das aeronaves, que normalmente utilizam o Aeroporto da Madeira, permitirá estabelecer, numa base científica, as limitações operacionais que devem ser impostas neste Aeroporto, situação que poderá traduzir-se num número menor de dias de penalização. Adicionalmente, mas dentro da mesma linha de atuação, está em preparação uma avaliação global da eficiência energética, destinada a diminuir e racionalizar a fatura energética dos Aeroportos, sob o ponto de vista da potência total consumida, pela implementação de soluções de produção específicas, tendo em vista a redução do preço unitário do KW gasto. 36 .11 Relatório & Contas • Planos de Ação para o Futuro Em conformidade com os IPG para 2011, e considerando as medidas restritivas à exploração e ao Investimento, incluídas nas Orientações Estratégicas para o SEE 2011, a atividade da Empresa permanecerá alavancada, conforme quadro que segue: Objectivos Estratégicos Linhas de Orientação 1. Crescimento Sustentado a) b) c) d) e) Garantir a Satisfação dos Clientes; Promover o desenvolvimento do Tráfego; Maximizar os Negócios Não Aviação; Desenvolver Sistemas de Gestão; Garantir a segurança e operacionalidade das Infraestruturas Aeroportuárias. 2. Eficiência Operacional a) b) c) Promover a eficiência de Processos e a Racionalização de Recursos; Criação de rotinas de Gestão para monitorização do Plano Estratégico e dos Indicadores de Gestão mensais; Promover a adequação e evolução Tecnológica. 3. Valorização dos Colaboradores a) b) Desenvolvimento dos Colaboradores; Optimizar os Recursos Humanos. 4. Equilíbrio da Estrutura Financeira a) b) c) Contenção de Investimentos; Adequação dos Recursos Financeiros; Reequilíbrio Financeiro da Concessão. As ações desenvolvidas em 2011, tiveram por base as Linhas de Orientação, acima indicadas, sendo que, para 2012 e apesar das restrições orçamentais já mencionadas, a ANAM, SA procurará dar seguimento aos Programas de Ação em curso, a maioria dos quais transita de 2010 e terá continuidade em anos futuros: 37 .11 Objetivos Estratégicos Relatório & Contas Ações em Curso 1. Crescimento Sustentado • • • Desenvolvimento dos programas Initiative:pt e FIPT; Projeto de renovação do layout nas áreas comerciais nos pisos 2 e 3 do Aeroporto da Madeira; Desenvolvimento de novos negócios Não Aviação (áreas de apoio RAC’s; Gestão de parques; imobiliária P.D.A.; Retalho) 2. Eficiência Operacional • • • • • • • • • • • • • • • ASQ Survey – Avaliação do Índice de Satisfação dos Passageiros; Renovação do site Aeroportos da Madeira; DINERGIS – Diagnóstico de Racionalização de Energia e Renováveis; Outsourcing SLCI 2011; GO – Sistema de Gestão Operacional; Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação; Desenvolvimento do SGM (MÁXIMO®); Reanálise, otimização e alinhamento dos Indicadores; Projeto ABC; Pegada de Carbono; RJSCIE; Renovação do Sistema de Monitorização do Ruído; Grupo de Trabalho LIDAR Madeira; Projeto Reformulação do circuito de passageiros do Aeroporto da Madeira; Projeto para a execução do auto-silo do AM. 3. Valorização dos Colaboradores • • • • • • Sistema de Gestão de Competências; Motivação Organizacional; Projeto de Comunicação Interna; Bolsa de Ideias; Plano de Otimização do Efetivo (2010/2015); Plano de Desenvolvimento RH (2011/2015); 4. Equilíbrio da Estrutura Financeira • Revisão do Contrato de Concessão. 38 .11 Relatório & Contas 1.8. AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO Nos termos da RCM 49/2007, de 01 de Fevereiro, a ANAM, SA no desenvolvimento da sua atividade procura cumprir os princípios de Bom Governo, dando especial atenção a todas as orientações e recomendações dos organismos da tutela e supervisão. Nesse sentido, o Conselho de Administração assumiu uma postura alinhada com as melhores práticas, visando responder, de forma adequada, às necessidades de responsabilização de transparência, de qualidade dos procedimentos internos e de divulgação clara e atempada da informação relevante sobre a atividade da Empresa, podendo a mesma ser consultada no website: www.anam.pt. Também a apreciação das obrigações impostas pela RCM 34/2008, pela RCM 65/2007, pela RCM 70/2008 e pelo Dec-Lei 300/2007, de 23 de Agosto, a ANAM, SA consta de um relatório que será presente à próxima Assembleia Geral, sobre o grau de consecução das obrigações que lhe são impostas, nos termos dos diplomas anteriormente referidos. 1.9. CÓDIGO DE ÉTICA Em 2009, foi nomeada uma Comissão de Ética e Conduta para a divulgação dos princípios porque se regem as relações entre a Empresa e os diferentes Stakeholders, para análise de questões que lhe forem colocadas e para a emissão de recomendações, sempre que julgado necessário. Inicialmente a ANAM, SA aderiu ao Código de Ética da ANA, SA, tendo sido esta a base de orientação do trabalho desenvolvido pela Comissão. Já em 2010, a Comissão de Ética e Conduta da ANAM, SA propôs a adoção de um Código de Ética próprio que, nos aspetos essenciais, se encontra alinhado com a versão do Código de Ética da ANA, SA. O Código de Ética pode ser consultado no website: www.anam.pt. 1.10. INFORMAÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE SISTEMA DE CONTROLO COMPATÍVEL COM A DIMENSÃO E COMPLEXIDADE DA EMPRESA Em conformidade com o ponto 19 da RCM 49/2007, de 01 de Fevereiro, a ANAM, SA deve dispor de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da Empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes da Empresa. Com efeito, a Empresa está formalmente organizada de modo a valorizar sistematicamente os seus Ativos, a determinar os Resultados Anuais e a cumprir escrupulosamente as suas Obrigações Fiscais e para com Terceiros. Possui contabilidade organizada e gestão orçamental e previsional a um e cinco anos, para prossecução dos seus objetivos estatutários e adota as IFRS (Normas Internacionais de Contabilidade) desde 2005. 39 .11 Relatório & Contas As contas da ANAM, SA são objeto de consolidação na ANA, SA, empresa detentora de 70% do Capital e com quem mantém estreitas relações de âmbito organizativo quer através de um Contrato de Assessoria e Prestação de Serviços, quer de vários Protocolos destinados a áreas específicas. Além disso, a ANAM, SA detêm um Contrato de Concessão de Serviços outorgado com a RAM, para a prestação do serviço público aeroportuário na Região Autónoma da Madeira. Por via desse Contrato tornou-se, na Empresa, obrigatório a aplicação da interpretação Contabilística designada por IFRIC 12 (Service Concession Arrangements), com efeitos a 01 de Janeiro de 2010, originando, igualmente, a necessidade de reexpressão dos valores a 01.JAN.2009, para efeitos comparativos. Assim, a base de ativos passou a ser relevada contabilisticamente segundo os princípios da IFRIC 12, conforme expresso nas Demonstrações Financeiras, como Ativos Intangíveis (Direitos de Concessão). Também, neste âmbito, tem em desenvolvimento um Sistema Integrado de Activity Basis Costs (ABC), que lhe permite analisar o resultado das diversas funções e, neste sentido, estar apta a providenciar elementos fiáveis, não só para a gestão, como às entidades de supervisão e regulação. Os processos em vigor são objeto de auditorias regulares aos Sistemas de Controlo e Tecnologias de Informação, ao Sistema de Controlo Orçamental, aos Sistemas Operacionais, Ambientais e de Higiene e Segurança no Trabalho, por parte da ANA, SA e entidades externas. Adiante, no ponto 2.2 Gestão do Risco Financeiro, dá-se cumprimento ao Despacho 101/2009-SETF, de 30 de Janeiro. 1.11. IDENTIFICAÇÃO DOS MECANISMOS ADOTADOS COM VISTA À PREVENÇÃO DOS CONFLITOS DE INTERESSE No que respeita à prevenção de Conflitos de Interesse, os Membros dos Órgãos Sociais da ANAM, SA, cumprem integralmente com estas orientações e nunca intervêm, coletiva ou pessoalmente, em decisões que envolvam os seus interesses particulares. Na Empresa não vigora nenhuma disposição que permita a realização de despesas de carácter pessoal ou confidencial. Tem sido prática e norma de conduta, a entrega por todos os titulares dos Órgãos Sociais da Empresa, da declaração de detenção de eventuais participações e/ou interesses patrimoniais noutra empresa, ou relações relevantes com quaisquer parceiros de negócio, suscetíveis de gerar conflitos de interesse, sendo que é providenciado o envio das declarações individuais à Inspeção Geral de Finanças, ao Tribunal de Contas e à Procuradoria-Geral da República. 40 .11 Relatório & Contas 1.12. EXPLICITAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO ATUALIZADA A RCM 49/2007, de 01 de Fevereiro, sobre os Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado, no Capítulo III – Princípios relativos à divulgação de informação e bem assim o Anexo 3 do ofíciocircular da DGTF 653, de 25 de Janeiro de 2012 com as Instruções sobre o Processo de Prestação de Contas de 2011, estabelecem as condições de divulgação da informação atualizada prevista nos normativos acima, designadamente: a) No portal da Empresa; b) No portal das Empresas do SEE (via SIRIEF). Na matriz que segue explicita-se, de acordo com o formato do Anexo 3, a natureza e local de consulta da informação divulgada: Divulgação Informação a constar no Site do SEE S N Estatutos atualizados (PDF) ✔ Historial, Visão, Missão e Estratégia ✔ Ficha síntese da empresa ✔ N.A. Comentários Identificação da Empresa: Missão, Objetivos, Politicas, Obrig. Serv. Público e Modelo de Financiamento ✔ Modelo Governo / Ident. Órgãos Sociais: Modelo de Governo (identificação dos Órgãos Sociais) ✔ Estatuto Remuneratório fixado ✔ Remunerações auferidas e demais regalias ✔ Regulamentos e Transações: Regulamentos Internos e Externos ✔ Transações Relevantes c/ Entidade(s) relacionada(s) ✔ Outras Transações ✔ Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental ✔ Avaliação do Cumprimento dos PBG ✔ Código de Ética ✔ Informação Financeira histórica e atual ✔ Esforço Financeiro do Estado ✔ 41 .11 Relatório & Contas Divulgação Informação a constar no Site da Empresa S Existência de Site ✔ Historial, Visão, Missão e Estratégia ✔ Organigrama ✔ N N.A. Comentários Órgãos Sociais e Modelo de Governo: Identifica dos Órgãos Sociais ✔ Identificação das áreas de Responsabilidade do CA ✔ Identificação de Comissões existentes na Sociedade ✔ Identificar Sistemas de Controlo de Riscos ✔ Remuneração dos Órgãos Sociais ✔ Regulamentos Internos e Externos ✔ Transações fora das Condições de Mercado ✔ Transações relevantes com Entidades relacionadas ✔ Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental ✔ Código de Ética ✔ Relatório e Contas ✔ Provedor do Cliente 42 ✔ .11 Relatório & Contas 2. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS 2.1. OBJETIVOS DE GESTÃO Conforme previsto no art. 11 de Dec-Lei 300/2007, de 23 de Agosto, a Empresa tem dado prosseguimento às orientações de gestão emanadas dos órgãos da tutela, financeiras e técnicas, designadamente: a) Promover acréscimos de receitas, através da dinamização da atividade de tráfego e comerciais, dado que as taxas se mantêm inalteradas há vários anos; b) Assegurar uma contenção sustentada das despesas correntes e de investimentos e garantir o rigor na gestão dos recursos disponíveis, com aplicações económicas e mitigação do risco; c) Prosseguir ações no sentido de procurar melhorar continuamente os Resultados Operacionais e o EBITDA e sua manutenção, em patamares positivos; d) Garantir o não acréscimo do endividamento e assegurar que os investimentos a realizar, para além da viabilidade, tenham financiamento garantido; e) Desencadear as ações necessárias à obtenção do equilíbrio económico-financeiro da Concessão e a sustentabilidade da Empresa. 2.2. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO O Despacho 101/2009-SETF, de 30 de Janeiro, veio estabelecer um conjunto de instruções tendentes à mitigação dos efeitos de volatilidade dos resultados financeiros sobre a situação financeira das empresas e especifica a obrigação do reporte de informação nesse sentido. Tais instruções, com aplicação à ANAM, SA, estabelecem, designadamente: a) A comunicação à DGTF dos projetos de Contratação dos Instrumentos de Gestão de Risco Financeiro (IGRF), previamente à sua celebração sujeita, igualmente, a parecer prévio do IGCP (Instituto de Gestão do Crédito Público); b) Envio à DGTF de análises de sensibilidade da variação das taxas de juros sobre impostos a médio prazo contabilísticos e Cash-Flow, decorrentes das posições detidas nos Contratos de IGRF, incluindo proposta de decisão que se revele adequada à mitigação dos riscos e maximização da eficiência de operações de cobertura; 43 .11 c) Relatório & Contas Incumbência à IGF para avaliação dos impactos. Em relação a esta matéria, incluiu-se mapa do cumprimento do Despacho acima referido, que constitui o anexo 4, do supracitado Despacho: Cumprido Gestão de Risco Financeiro – Despacho 101/09-SETF, de 30-Janeiro S N Procedimentos adotados em matéria de Avaliação de Risco e medidas de Cobertura respetiva Diversificação de Instrumentos de Financiamento Diversificação das modalidades de Taxa de Juro disponíveis ✔ Diversificação de Entidades Credoras ✔ Contratação de Instrumentos de Gestão de Cobertura de Riscos em função das condições de Mercado N.A. Comentários ✔ ✔ Adoção de Política Ativa de Reforço de Capitais Permanentes Consolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo, ✔ em condições favoráveis Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação ✔ Minimização da Prestação de Garantias Reais ✔ Minimização de cláusulas restritivas (covenants) ✔ Medidas prosseguidas com vista à Otimização da Estrutura Financeira da Empresa Adoção de política que minimize afetação de capitais alheios à cobertura ✔ financeira dos investimentos Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de FC e de CP ✔ Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento ✔ Inclusão nos R&C Descrição da evolução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos ✔ Juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos ✔ Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco financeiro ✔ Reflexão nas DF 2011 do efeito das variações do Justo Valor dos Contratos de Swap em carteira ✔ 2.3. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS (PMP) A RCM 34/2008, de 22 de Fevereiro, aprovou o Programa “Pagar a Tempo e Horas”, com a alteração introduzida pelo Despacho 9.870/2009, de 13 de Abril, que define o modelo de monitorização a utilizar no acompanhamento de evolução dos prazos médios de pagamento, está integralmente a ser cumprida pela ANAM, SA. 44 .11 Relatório & Contas Com efeito, a leitura do quadro abaixo, cujo modelo nos é facultado (anexo 5), permite observar que o PMP dos fornecedores da ANAM, SA se encontra muito abaixo da barreira dos 90 dias, acima do qual este é considerado em “atraso”. PMP 1ºT 2010 2ºT 2010 3ºT 2010 4ºT 2010 1ºT 2011 2ºT 20113ºT 2011 4ºT 2011 PMP a Fornecedores (dias) 30 30 31 33 34 32 30 33 2.4. DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS Complementarmente, inclui-se o Mapa da Posição a 31.DEZ.2011, dos pagamentos em atraso, nos termos do Dec-Lei 65-A/2011, de 17 de Maio. Pagamentos em Atraso Un: Euros 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias >361 dias 4110611 Viagens Abreu SA (1) 100 99 0 0 4114121 Direcção Nacional PSP (1) 370 0 0 0 57 228 227 721 218 0 0 0 4119311 Publipartners, Design e Publicidade (1) 2.214 0 0 0 2.959 327 227 721 4115022 ANA - Aeroportos de Portugal, SA (2) 4115344 Beltrão Coelho (Madeira) - Equipamentos (1) (1) Atrasos na validação da faturação que já foram regularizadas no mês de Janeiro de 2012. (2) Situação a regularizar, após finalização do acordo com a ANA, SA, em curso. 2.5. DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO O Despacho 14.277/2008, de 23 de Maio, estabelece que, para efeitos de acompanhamento e controlo financeiro, devem as empresas públicas não financeiras, prestar informação mediante o envio à IGF e à DGTF, dos elementos a seguir indicados nos prazos que se estabelecem: a) Planos de Atividades Anuais e Plurianuais, nos 10 dias subsequente e sua aprovação; b) Orçamentos anuais, incluindo estimativa das operações financeiras com o Estado, nos 10 dias subsequentes à sua aprovação; c) Planos de Investimento anuais e plurianuais e respetivas fontes de financiamento, acompanhadas dos pareceres do órgão de fiscalização, nos 10 dias subsequentes à sua aprovação; d) Relatórios trimestrais de Execução Orçamental, acompanhadas dos relatórios do órgão de fiscalização, nos 30 dias subsequentes à data final do período a que respeitam; 45 .11 e) Relatório & Contas Cópia das atas da Assembleia Geral e deliberações unânimes por escrito, nos 15 dias subsequentes à sua realização. Esta informação tem vindo a ser prestada pela Empresa, de um modo geral, dentro dos prazos estipulados. 2.6. RESULTADOS OBTIDOS NO ÂMBITO DO CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA, EMITIDAS AQUANDO DA APROVAÇÃO DAS CONTAS DE 2010 A Assembleia Geral de aprovação das contas de 2010, realizada em 11 de Abril de 2011, recomendou ao Conselho de Administração, no ponto 1 da ordem de trabalhos, respetivamente: a) Recomendação: “…ao órgão de administração que diligencie no sentido de i) adotar os princípios de Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas aprovadas pela RCM 65/2007, de 07 de Maio, e ii) proceder a uma avaliação semestral das orientações constantes das alíneas b) a h) do nº 1 do Anexo II da RCM 70/2008, de 22 de Abril, dando a conhecer o resultado dessa avaliação aos ministros responsáveis pelos setores de atividade até ao final do mês seguinte ao período em causa”. No cumprimento desta recomendação, a ANAM, SA apresentou o Relatório do 1º Semestre de 2011, que foi aprovado em reunião de Conselho de Administração de 28.JUL.2011. b) A apreciação de Proposta do Conselho de Administração de Revisão do Contrato de Concessão, nos termos da deliberação da Assembleia Geral de 26 de Maio de 2010. A este propósito, importa referir que o Conselho de Administração “apresentou aos senhores Acionistas e ao Concedente, em Novembro de 2010, uma proposta de Revisão do Contrato de Concessão, consubstanciando-se as principais alterações no prazo de concessão (mais 20 anos), no respetivo objeto, nas obrigações do concessionário, nos poderes do concedente e em princípios de regulação a observar. O objetivo das alterações propostas visam por um lado, o equilíbrio económico-financeiro da ANAM, SA mas também o financiamento dos investimentos de manutenção e de reposição e possibilitar o reembolso da dívida”. Neste âmbito e atendendo a que, segundo o representante do Acionista RAM “…o clausulado proposto excede os pressupostos da renegociação do Contrato de Concessão assumidos e admitidos pela RAM, e que se cingiam à prorrogação do prazo de concessão e à introdução de algumas outras alterações pontuais ao clausulado em vigor”, a RAM manifestou oposição de princípio ao projeto de clausulado apresentado, rejeitando-o liminarmente. 46 Transmitiu, no entanto,” …a constituição, sob a tutela da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, .11 Relatório & Contas de um Grupo de Trabalho multidisciplinar, que ficará incumbido de apresentar, com a maior brevidade possível, um clausulado alternativo que, ainda que em prejuízo das aspirações da ANAM, se revele compatível com os superiores interesses públicos que à RAM cabe defender e prosseguir, bem como com as orientações políticas pelo Governo Regional.”. Assim, aguarda-se a apresentação, por parte da RAM, do clausulado alternativo, atendendo a que esta posição foi votada e aprovada por unanimidade dos sócios. A ANAM, SA apresentou formalmente ao Governo Regional da Madeira a disponibilidade para o apoio técnico a esta iniciativa. 2.7. REMUNERAÇÕES Em Princípios de Bom Governo, ponto 1.6 anterior, já se detalha, com pormenor, as remunerações dos órgãos sociais a que se faz alusão no anexo 2 do ofício-circular 653, de 25 de Janeiro de 2012, da DGTF. Acresce que, em 2011, não houve alteração de mandatos, pelo que a informação produzida nos quadros abaixo, constantes do anexo 2 do referido ofício-circular, é similar à apresentada anteriormente. • Mesa da Assembleia Geral Un: Euros Ano Presidente Vice-Presidente Secretário Total 2011 500,00 a) 315,00 815,00 a) O Vice-Presidente da Assembleia Geral faleceu em 24.JUN.2010 e não foi substituído. b) A senha de presença do Secretário foi reduzida em 10%, nos termos da Lei 55-A/2011 (Lei OE 2011). • Órgão de Fiscalização O Órgão de Fiscalização da ANAM, SA, nomeado para o mandato 2008-2010, nos termos das deliberações da Assembleia Geral, é constituído por um Conselho Fiscal e por um Revisor Oficial de Contas. Conselho Fiscal Remuneração anual fixa (€) Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) Remuneração anual efetiva (€) 2010 Un: Euros 2011 P V V P V V 19.712 14.784 14.784 19.712 14.784 14.784 N.A. N.A. N.A. 1.971 1.478 1.478 19.712 14.784 14.784 17.741 13.306 13.306 47 .11 Relatório & Contas Un: Euros ROC 2010 2011** Remuneração anual auferida (€) 17.202 15.264 ** Em 2011 foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/2011 (Lei OE/2011). • Conselho de Administração Un: Euros Remunerações 2011 P(1) V (2) V(3) V(4) V(5) A. Rodrigues D. Ferreira R. Veres A. Coelho A. Lemos 1. Remuneração 1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 87.588 87.588 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 4.379 4.379 1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 8.321 8.321 1.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.-1.2.-1.3.) (€) 74.888 74.888 2. Outras regalias e compensações 2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 1.000 1.000 2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 224 564 2.3. Subsídio de deslocação (€) 395 1.939 450 485 1.421 2.4. Subsídio de refeição (€) 2.150 2.132 2.5. Outras (identificar detalhadamente) (€) (Remição de Férias n/ gozadas) 4.195 4.195 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime de Protecção Social (€) 5.642 5.975 3.2. Seguros de saúde (€) 499 499 3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 26 26 3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) (Seg. Acidentes Trabalho) 355 355 4. Parque Automóvel 4.1. Marca Mercedes BMW 4.2. Modelo C220 525 4.3. Matrícula 74-55-ZG 88-BE-52 4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Leasing Leasing 4.5. Valor de Referência da viatura nova (€) 49.311 54.471 4.6. Ano Início 2005 2006 4.7. Ano Termo 2009 2009 4.11. Combustível gasto com a viatura (€) 3.322 2.483 4.12. Plafond anual Combustível atribuído (€) 3.500 3.500 4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) 5. Informações Adicionais 5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não 5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar de origem (€) 5.3. Regime de Proteção social CGA/ADSE CGA/ADSE 5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Sim 5.3.2. Outro (indicar) 5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não 5.5. Outros (identificar detalhadamente) Cartão Crédito 175 5.107 1.587 Legenda: P - Presidente; V - Vogal Executivo; V.N.E - Vogal não Executivo. 48 .11 Relatório & Contas • Auditor Externo A ANAM, SA tem um contrato de prestação de serviços profissionais de auditoria com a PriceWaterhouseCoopers (PWC). O contrato, por um período inicial de 3 anos foi, em 29 de Junho de 2011, prorrogado por mais um ano. Em 2010 e 2011, a Empresa pagou à PWC, pela prestação de serviços e despesas diversas, os montantes a seguir indicados: Natureza 2010 2011 Honorários 10.500 10500 Outros Trabalhos Especializados 5.450 4.750 Despesas Diversas 1.572 250 Un: Euros Como anteriormente já se referiu, não se procedeu a qualquer redução nos honorários contratados com a PWC, nos termos do art. 22 da Lei 55-A/2010 do OE 2011. • Restantes Trabalhadores Remunerações Un: Euros 2011 Remuneração base anual fixa 9.762.929,85 Redução decorrente da lei 55-A/2010 458.405,72 Remuneração anual efetiva 9.304.524,13 Conforme estabelecido na RCM 1/2011, de 04 de Janeiro, a Empresa efetuou as reduções remuneratórias superiores a 1.500 Euros, de acordo com as tabelas definidas para o efeito. 2.8. CONTRATAÇÃO PÚBLICA Como referido no ponto 1.4 anterior, a ANAM, SA, para efeitos de contratação pública, utiliza a Plataforma Eletrónica VORTAL, onde são lançados todos os procedimentos. Também, face à dimensão e localização da Empresa (Madeira), esta não tem recorrido à Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP), nem à Agência Portuguesa de Ambiente (APA), situação que, no futuro, poderá vir a considerar, se as condições se apresentarem economicamente mais vantajosas. 49 .11 Relatório & Contas 2.9. MEDIDAS PREVISTAS NO PLANO DE ESTABILIDADE E CRESCIMENTO (PEC) Ao nível da racionalização de política de aprovisionamento de bens e serviços, a Empresa ainda não aderiu ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP), estando preparada para o concretizar conjuntamente com a ANA, SA, durante 2012. Contudo, a Empresa, efetua parte significativa das suas necessidades aquisitivas através do Centro de Serviços Partilhados da ANA, SA ou, em alternativa, diretamente na região onde opera, quando as condições são mais vantajosas, incluindo o custo de transporte. 2.10. ACRÉSCIMOS DE ENDIVIDAMENTO Em 2011 houve uma redução do endividamento da Empresa, que passou de 207.288 mil Euros para 203.479 mil Euros, pelo que, nas circunstâncias, considera-se integralmente cumprido o que sobre a matéria se estabelece no Despacho 155/2011-MEF, de 28 de Abril. Lembra-se, a este propósito, que os Acionistas não realizaram o aumento do Capital Social proposto pelo Conselho de Administração da ANAM, SA na última Assembleia Geral, por forma a assegurar a recomposição dos Capitais Próprios, estabelecido no art. 35 do CSC que, igualmente, previa que a entrada de fundos, pela sua realização em dinheiro, se destinasse exclusivamente à amortização da dívida. 2.11. PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS A gestão da Empresa tem sido pautada por uma política de contenção de custos, como se resume no quadro que segue: Un: mil Euros Custos 2011 2010 2009 Consumos 103 109 116 Variação 2011/2009 (10,8%) FSE’s 8.670 9.708 9.480 (8,5%) Gastos com o Pessoal 11.917 13.116 15.703 (24,1%) Outros Operacionais 1.976 1.408 1.502 31,5% Total 22.666 24.341 26.801 (15,4%) Não inclui: - Amortizações 8.725 9.150 9.137 (4,5%) - Responsabilidades Assumidas 5.419 3.498 3.039 78,3% Sem a consideração das amortizações e o acréscimo de gastos por Responsabilidade Assumidas por força da aplicação da IFRIC 12 (incluídos nos FSE), registou-se, entre 2009 e 2011, nos Cash-Costs uma redução de (15,4%). 50 .11 Relatório & Contas 2.12. PRINCÍPIO DE UNIDADE DE TESOURARIA O art. 77 da Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro, estabelece que: “…as empresas públicas não financeiras devem manter as suas disponibilidades e aplicações financeiras junto IGCP, IP, nos termos do nº 1, sendolhes para esse efeito aplicável o regime de Tesouraria do Estado aprovado pelo Dec-Lei 191/99, de 05 de Junho…”. Em 21 de Janeiro de 2011, a ANAM, SA remeteu, por ofício SCEN/2011/16 ao Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, um pedido formal de dispensa de aplicação à ANAM, SA do princípio de Unidade de Tesouraria, previsto na Lei do Orçamento de Estado de 2011. As conclusões daquele ofício, que se mantêm, referem: “Em síntese, não se prevê excedentes de liquidez que possam resultar em aplicações financeiras com carácter de maior permanência. As atuais dificuldades de funding do sistema financeiro em geral e português em particular, recomendam que se inicie, desde já, um diálogo com a banca comercial, o qual tem necessariamente de ser suportado num relacionamento de proximidade, com vista a assegurar a cobertura de necessidades de financiamento para a amortização da dívida. Finalmente, sublinhamos que estamos perante uma Empresa deficitária, com Capitais Próprios negativos e muito dependente do Grupo em que se insere, que é no sentido restrito a ANA, SA e em sentido lato o próprio Estado. É, neste quadro de referência, que solicitamos a V. Exa., a ponderação da dispensa de cumprimento do artigo 77º da Lei do Orçamento de Estado para 2011, com o compromisso de que todas as disponibilidades da Empresa possam ser canalizadas para a ANA, SA, com consolidação integral de tesouraria, nesta Empresa que é o seu maior acionista e totalmente dominada e tutelada pelo Estado.” Assim e em conformidade com as necessidades manifestadas pela ANA, SA para fazer face aos investimentos, informa-se que parte substancial das disponibilidades da Empresa se encontram na ANA, SA, com remuneração sensivelmente idêntica ao mercado. Entretanto, a ANAM, SA, abriu conta no IGCP – Instituto de Gestão de Crédito Público, de acordo com as orientações recebidas. 51 .11 Relatório & Contas 2.13. DIVULGAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS No quadro que segue é divulgado o grau de cumprimento das orientações legais em questão, conforme quadro do anexo 6 do ofício-circular da DGTF 653, de 25 de Janeiro de 2012. Cumprimento Cumprimento das Orientações Legais S N N.A. Quantificação Objectivos de Gestão Acréscimos de Atividade ✔ +3,5 nos passageiros e +5,6 nas Receitas Comerciais Contenção de Despesas Correntes e de Investimentos ✔ Eficiência Operacional - Resultado Operacional ✔ EBITDA: 10.162 mil Euros; ROPER: 5.450 mil Euros EBITDA positivo Controlo do nível de Endividamento ✔ Redução de 3,7 milhões de Euros em 2011 Equilíbrio Económico-Financeiro da Concessão ✔ Em curso Gestão do Risco Financeiro ✔ Em curso a adoção do Modelo ANA, SA Evolução do PMP a fornecedores ✔ Média de 33 dias Atrasos nos Pagamentos (“Arrears”) ✔ Já regularizados ou em regularização Deveres Especiais de Informação ✔ Recomendações do acionista na aprovação de contas Relatório Semestral alíneas b) a h) do nº1 do Anexo ✔ Enviado Relatório 1º Semestre II da RCM 70/2008 Revisão do Contrato de Concessão ✔ Em curso Remunerações Não atribuição de prémios de gestão ✔ Orgãos sociais - redução remuneratória em termos ✔ do art.º 19º da Lei 55-A/2010 Orgãos sociais - redução de 5% por aplicação ✔ do art.º 12º da Lei 12-A/2010 Auditor Externo - redução remuneratória em termos ✔ do art.º 22º da Lei 55-A/2010 Restantes trabalhadores - redução remuneratória ✔ em termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 Contratação Pública Normas de contratação pública ✔ Normas de contratação pública pelas participadas ✔ Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas ✔ Limites de Crescimento do Endividamento ✔ Redução do endividamento em 3,7 mil Euros Plano de Redução de Custos Gastos com pessoal ✔ Redução de -24,1% entre 2009 e 2011 Fornecimentos e Serviços Externos ✔ Redução de -8,5% entre 2009 e 2011 Princípio da Unidade de Tesouraria ✔ 1.000 Euros e gestão de tesouraria integrada com a ANA, SA 52 Justificação Conforme se demonstra no ponto 7, do Cap. II Conforme ponto 2.11 Plano de Redução de Custos Aguarda desenvolvimento por parte do Concedente (RAM) Ver ponto 2.2 Ver síntese ponto 2.3 Ver quadro ponto 2.3 Ver ponto 2.6 Aguarda proposta de clausulado da RAM Não são pagas remunerações variáveis aos Administradores Em curso conjuntamente com a ANA, SA Ver ponto 2.10 Ver ponto 2.11 Ver ponto 2.11 Ver ponto 2.12 RELATÓRIO DE GESTÃO 53 II. RELATÓRIO DE GESTÃO .11 Relatório & Contas 1. NOTA PRÉVIA 1.1. A ANAM, apresenta as suas contas de 2011 segundo a IFRIC 12 que significa a Interpretação Contabilística de Relato Financeiro, aplicável aos Acordos de Concessão de Serviços. Tendo sido publicada em 30.NOV.2006 e adotada pela Comunidade Europeia em 25.MAR.2009 (Regulamento (CE) nº 254/2009 da Comissão), a IFRIC 12 foi, obrigatoriamente, aplicada na ANAM, SA em 01.JAN.2010 com a necessidade de reexpressão dos valores a 01.JAN.2009, para efeitos comparativos. Desta circunstância resulta que, os valores expressos no Relatório de 2011 só são comparáveis diretamente com os valores de 2009 e 2010. A comparação com os valores dos anteriores exercícios, deverá ser objeto dos ajustamentos prévios necessários. 1.2. Importa, desde logo, salientar as principais alterações contabilísticas com a adoção da IFRIC 12, após apuramento e evidência, em 2010, dos impactos nos Capitais Próprios e no Resultado Líquido. Com efeito, as principais alterações no sistema contabilístico, operadas em 2010 e com relevância no presente exercício, encontram-se relacionadas: • Com a classificação dos Ativos afetos à Concessão (Ativos Intangíveis versus Direitos de Concessão); • Com a alteração do processo de amortizações, face ao período da concessão considerado; • Com o critério do Reconhecimento dos Subsídios. 1.3. Registamos, igualmente, pela sua importância ao nível dos resultados que, à semelhança do ano anterior, foi considerado neste relatório um prazo de Concessão até 2053 (mais 20 anos). 54 A consideração deste prazo encontra-se suportada na carta ref. 99 E/1.1, de 17.JAN.2011, que nos foi enviada pela SRTT. Entretanto, julga-se ser de salientar que, um prazo mais alargado para a Concessão, é condição necessária, embora não suficiente para a obtenção da viabilidade económico-financeira da Empresa, em termos sustentáveis. Neste contexto, apraz-nos registar a receção do ofício 328 da SRCTT, de 16 de Fevereiro de 2012, o que manifestamente revela o interesse do Governo Regional da Madeira em ultrapassar definitivamente as questões relativas ao Contrato de Concessão, designadamente, o reforço da posição já assumida em 17 de Janeiro de 2012, por S. Excelência a Senhora Secretária Regional do Turismo e Transportes, na sequência das diligências em curso do Conselho de Administração da ANAM, SA, com o Governo Regional da Madeira, para a Revisão de Contrato de Concessão, como anteriormente já referido. .11 Relatório & Contas 1.4. É na perspetiva do referido nos pontos anteriores que a ANAM, SA apresenta Capital Próprio positivo e reforçado, face ao ano anterior (ainda que não suficiente para o cumprimento dos requisitos legais) e Resultados Líquidos, igualmente positivos, em 2011. Finalmente, entende-se salientar que, os resultados da Empresa deverão ser analisados à luz da descontinuidade dos critérios contabilísticos a que, por força da adoção da IFRIC 12, resulta na falta de consistência do Relato Financeiro, na comparação com anos anteriores a 2010. 55 .11 Relatório & Contas 2. SÍNTESE DO DESEMPENHO O exercício de 2011 encerrou com um Resultado Líquido positivo de 5.603 mil Euros e um Resultado Operacional de 5.450 mil Euros. No passado recente, os Resultados Líquidos e os Operacionais, apresentavam, em condições normais, desempenhos negativos. A alteração ocorrida é consequência direta da adoção da interpretação IFRIC 12 em 2010 e, ainda, pela consideração da extensão do Contrato de Concessão (por mais 20 anos). Embora com um ligeiro crescimento da atividade em 2011, recorda-se que, tais Resultados são obtidos em contexto económico-financeiro extremamente difícil, resultam, da alteração de um certo paradigma do tráfego (forte contração das rotas com o Continente, principal mercado), da manutenção das tarifas aeroportuárias, inalteradas desde 2005, e da continuação de medidas de gestão atinentes à contenção de custos. A nível da atividade, o acréscimo de 3,5% no tráfego de Passageiros e um decréscimo de (3,6%) nos Movimentos, induziram que os Proveitos Aviação se mantiveram ligeiramente acima do ano anterior 0,5%. A liberalização da rota entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira que, no passado recente, havia possibilitado um incremento significativo de tráfego nesta rota em 2009 e 2010, foi, todavia, insuficiente para compensar as perdas nos principais mercados de captação turística (Reino Unido e Alemanha). Porém, em 2011 não só as rotas com o Continente apresentaram significativas reduções do tráfego como, igualmente, se registaram diminuições nos mercados da Dinamarca e Venezuela. Pela positiva, merecem destaque, o crescimento do tráfego nos mercados do Reino Unido, França, Holanda e Espanha. A nível das companhias aéreas, o Grupo SATA registou uma quebra muito assinalável, com cerca de menos 67.000 passageiros transportados, enquanto que companhias como a EasyJet, Thomsonfly e Transavia France, transportaram, no conjunto, mais cerca de 67.000 passageiros. Assim, a evolução da atividade aviação caracteriza-se, em termos gerais: a) Os Passageiros aumentaram 3,5% em termos globais, sendo que, os acréscimos por aeroporto, foram: 3,5% no Aeroporto da Madeira e 3,1% no Aeroporto de Porto Santo. b) O Movimento de Aeronaves, teve um ligeiro decréscimo de (3,6%), distribuído pelo Aeroporto da Madeira com (3,4%) e no Aeroporto de Porto Santo com (5,2%), face ao ano anterior. c) A Carga Operada teve um decréscimo de (16,6%) nos Aeroportos da RAM: diminuiu (16,1%) no Aeroporto da Madeira e (33,3%) no Aeroporto de Porto Santo. Também a situação do Correio teve 56 .11 Relatório & Contas um desempenho negativo com (7,6%), em relação ao ano anterior, o que é aceite como indicador de desaceleração económico. Em consequência do desempenho do Tráfego, os Proveitos Aviação tiveram, em 2011, face a 2010, um ligeiro crescimento de 0,5%, com desempenhos positivos apenas nos passageiros. As atividades relativas à Não Aviação, nas componentes: Retalho, Imobiliária, Publicidade, Rent-a-Car e Parques de Estacionamento tiveram, em termos globais, um acréscimo nos Proveitos de 5,6%. Este acréscimo ficou a dever-se à evolução positiva do Retalho, dos Rent-a-Car e da Publicidade; as receitas de Imobiliário mantiveram-se estacionárias e as restantes tiveram desempenhos negativos. Por outro lado, as componentes Segurança e PMR, passaram a representar em 2011, no cômputo do Volume de Negócios (sem incluir a rubrica “Contrato de Construção” associada à IFRIC 12), uma parcela de 10,3%. Trata-se de um proveito não “core” destinado à cobertura de custos associados a estas atividades, não contribuindo, de um modo geral, para a obtenção de resultados. É, ainda, de salientar que em 2010, 70% do volume de negócios da Empresa está concentrada em 10 clientes: 7 companhias aéreas, 2 handlers e as Lojas Francas de Portugal. A nível da despesa, a ANAM, SA deu continuidade a uma política de contenção de custos e à restrição aos investimentos relacionados com infraestruturas, mas deu cumprimento ao plano de investimentos de manutenção, exploração e correntes orçamentados, totalizando os Investimentos realizados, em 2011, 1.559 mil Euros. Julga-se ser de referir que, os Investimentos assinalados, têm vindo a ser integralmente suportados com meios próprios, salvo os do Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação, atualmente em curso e com um investimento elegível de 1.741 mil Euros, se espera obter, nos termos do contrato elaborado com o IDR da Madeira, uma comparticipação de 80%, através dos Fundos Comunitários (FEDER). O Programa de Otimização do Efetivo, que teve o seu início em 2005, colheu, até 2011, a adesão de 91 efetivos, contribuindo para uma redução líquida do quadro de pessoal em 76 efetivos. No período em causa, o os efetivos passaram de 393 para apenas 317. A contrapartida das saídas verificadas, através de rescisões por mútuo acordo, traduziu-se, até à data, num investimento de 9.252 mil Euros, cujo período médio de recuperação se estima em 3/4 anos. A dívida da ANAM, SA, de 203,5 milhões de Euros, foi, em 2011, reduzida em 3,7 milhões de Euros e está representada por três empréstimos bancários e um empréstimo obrigacionista. Presentemente, a ANAM, SA encontra-se a amortizar o empréstimo do BEI, com prestações anuais de 3,7 milhões de Euros mas terá, já em 2014, que proceder à recompra do empréstimo obrigacionista de 50 milhões de Euros, podendo, entretanto, haver necessidade da sua antecipação, face ao desenvolvimento da privatização da ANA, SA, que prestou, para a obtenção deste empréstimo, o respetivo aval. No contrato de empréstimo está previsto o reembolso antecipado se existir alteração acionista na ANA, SA. 57 .11 Relatório & Contas Em termos globais, a ANAM, SA gerou Proveitos Operacionais de 42.260 mil Euros, originando um Resultado Operacional EBIT de 5.450 mil Euros. O Cash-Flow Operacional EBITDA, no valor de 10.162 mil Euros, é positivo e corresponde a 26,7% de margem do EBITDA. O Resultado Financeiro de (3.875) mil Euros, registou em 2011, uma ligeira melhoria, dado que o agravamento face à evolução das taxas ativas com indexante à Euribor, foi compensado pelas taxas de juro passivas, provenientes das aplicações financeiras. O Resultado Líquido de 5.603 mil Euros em 2011, que compara com os 784 mil Euros em 2010, inclui Impostos Diferidos Ativos de 4.032 mil Euros, decorrentes da adoção da IFRIC 12, sendo a melhor estimativa das diferenças temporárias a recuperar em períodos futuros. Em finais do ano de 2010, o Conselho de Administração, no cumprimento do mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral de 26 de Março de 2010, apresentou ao Concedente e aos Acionistas, uma proposta de revisão do Contrato de Concessão, com vista ao alargamento do seu prazo por mais 20 anos e à criação de condições para assegurar o reequilíbrio económico da Concessão. A proposta do Conselho de Administração foi apreciada na Assembleia Geral de 11 de Abril de 2011, tendo, no âmbito das deliberações então tomadas, a Secretaria Regional do Turismo e Transportes, transmitido a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar sob tutela da SRTT, para apresentação de um clausulado alternativo. Assim, aguarda-se o desenvolvimento do processo, tendo-se a ANAM, SA disponibilizado para o apoio técnico a esta iniciativa. 58 .11 Relatório & Contas 3. PRINCIPAIS INDICADORES 2011 2010 2009 Aeroportos Passageiros (nº)* 2.417.972 2.336.861 2.466.775 Movimento de Aeronaves (nº)* 24.162 25.064 25.019 Carga (Ton) 5.238 6.283 6.418 Pax / Movimentos (nº) 100,1 93,2 98,6 Unidades de Tráfego (WLU’s) 2.446.686 2.378.546 2.512.311 Pessoal Efetivos Médios no Ativo (nº) 323 325 334 Gastos c/ Pessoal (mil Euros) 11.917 13.116 15.703 Gastos c/ Pessoal p. capita (mil Euros) 36,9 40,4 47,0 Passageiros por Efetivo (nº) 7.486 7.190 7.386 VAB p. capita (mil Euros) 68,5 70,3 76,4 Desempenho Económico Volume de Negócios (mil Euros) 38.053 37.412 39.169 Volume de Negócio por Passageiro (Euros) 15,7 16,0 15,9 Custos Operacionais (mil Euros) 36.810 36.989 38.977 Cash-Flow Operacional – EBITDA (mil Euros) 10.162 11.148 9.575 Resultado Operacional – EBIT (mil Euros) 5.450 6.011 4.451 Resultado Líquido (mil Euros) 5.603 784 (932) Prazo Médio de Pagamento (dias)** 33 33 30 Proveitos Aviação Proveitos Aviação (mil Euros) 27.509 27.374 28.326 Proveitos Aviação / Pax (Euros) 11,4 11,7 11,5 PMR’s Proveitos PMR’s (mil Euros) 727 703 742 Proveitos Segurança Proveitos Segurança (mil Euros) 3.133 3.190 3.390 Proveitos Segurança / Pax (Euros) 1,3 1,4 1,4 Proveitos Não Aviação Proveitos Não Aviação (mil Euros) 6.271 5.940 6.086 Proveitos Não Aviação / Pax (Euros) 2,6 2,5 2,5 2 Proveitos de Retalho / m (Euros) 308,2 277,2 298,7 Proveitos de P. Estac. / nº lugares (Euros)*** 383,7 443,9 475,1 Balanço Ativo Total (mil Euros) 240.471 236.058 229.456 Capitais Próprios (mil Euros) 7.554 1.952 1.167 Capitais Alheios (mil Euros) 232.917 234.106 228.289 Cash-Flows Livres 12.524 13.827 13.120 Indicadores Margem EBITDA (%) 26,7 29,8 24,4 Margem Operacional (%) 14,3 16,1 11,4 Peso Proveitos Não Aviação (%) 14,8 13,8 14,0 Crescimento Base Custos (%) 0,9 (6,7) 19,0 Capacidade de Endividamento (2,6) (2,8) (2,3) ROCE - Return on Capital Employed (%) 2,3 2,6 2,0 Autonomia Financeira 0,03 0,01 0,01 * Não inclui Tráfego Não Comercial. ** PMP calculado de acordo com a RCM nº 34/2008, de 22 Fevereiro. Var. % 3,5 (3,6) (16,6) 7,3 2,9 (0,6) (9,1) (8,6) 4,1 (2,6) 1,7 (1,7) (0,5) (8,8) (9,3) 614,2 0,0 0,5 (2,9) 3,3 (1,8) (5,1) 5,6 2,0 11,2 (13,6) 1,9 287,1 (0,5) (9,4) (3,1) p.p. (1,7) p.p. 1,0 p.p. 7,6 p.p. 0,2 p.p. (0,3) p.p. 0,02 p.p. 59 .11 Relatório & Contas 4. ESTRUTURA DA EMPRESA • A macroestrutura da ANAM, SA, comporta os seguintes órgãos (8): CONSELHO ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Eng. António Guilhermino Rodrigues DFPC DIRECÇÃO Dr. Hilário Valente DIRECTOR Eng. Duarte Ferreira DIRECTOR ADJUNTO Dr. Roberto Santa Clara Gomes ASSESSORIA TÉCNICA Eng. Estrela Martins AJ ASSESSORIA JURÍDICA Drª. Elsa Assunção GISQA GABINETE DE INOVAÇÃO, SEGURANÇA, QUALIDADE E AMBIENTE Dr. Mário Gil AMCGP CONTROLO DE GESTÃO E PROJECTOS Drª. Cátia Vieira AMGOP AMGTE AMGFA AMGCM APSGEX AMGREH GESTÃO OPERACIONAL GESTÃO TÉCNICA GESTÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA GESTÃO COMERCIAL E MARKETING GESTÃO DE EXPLORAÇÃO APS GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Dr. Mário Gil Engª. Elsa Franco Dr. Henrique Freitas Drª. Cláudia Gonçalves Drª. Isabel Velosa Drª. Elsa Assunção (8) Alteração da Estrutura orgânica aprovada pelo Conselho de Administração: DAM OS 01/2009, de 04.MAR.2009 e DFPC OS 02/2009, de 17.ABR.2009. 60 .11 Relatório & Contas • Monitorização dos níveis de Atribuições e Competências Conselho de Administração (Conforme descrito no ponto 1.5, do Capitulo I – Governo da Sociedade) Direcção Financeira de Planeamento e Controlo (DFPC) Estratégia de financiamento e gestão financeira, no curto, médio e longo prazo; relevação contabilística e patrimonial; preparação das contas da Empresa; desenvolvimento do processo de controlling e reporting da Empresa e controlo do risco. A DFPC está localizada em instalações da ANA, SA em Lisboa e relaciona-se diretamente com a Direção dos Aeroportos instalada na Madeira. Assessoria Técnica (AT) Coordenação e controlo dos projetos relacionados com novas infraestruturas aeronáuticas dos Aeroportos da Madeira e Porto Santo e acompanhamento de fiscalização das respetivas obras. Direcção dos Aeroportos da Madeira (DAM) Exploração, coordenação operacional e manutenção aeroportuária dos Aeroportos da Madeira e Porto Santo; definição e implementação da estratégia comercial para os negócios não aviação; política de gestão e desenvolvimento de recursos humanos e formação; aprovisionamentos, compreendendo: Assessoria Jurídica (AJ) Assegurar a coordenação, apoio e prestação de serviços jurídicos às atividades e o objeto social da Empresa, compreendendo entre outras: i) a colaboração na preparação dos normativos dos procedimentos concursais, incluindo, também, processos aquisitivos, processos de negociação, etc.; ii) assegurar a apreciação e atuação jurídica em matérias e processos relacionados com atividades de regulamentação aeronáutica, de assistência em escala e das licenças de exploração e ocupação de domínio público aeroportuário; iii) assegurar a consultoria e o apoio jurídico às diversas unidades organizacionais da Empresa e em todas as matérias de índole laboral e de pré-contencioso laboral; iv) garantir a análise de toda a legislação emitida e assegurar a sua divulgação interna. Controlo de Gestão e Projetos (AMCGP) Efetuar o controlo e reporte de todos os indicadores de gestão, em conformidade com as orientações decorrentes dos Planos Estratégicos e Orçamentos aprovados superiormente para os Aeroportos da Madeira, compreendendo também: i) a monitorização dos orçamentos, a análise dos desvios e, se necessário, a implementação de medidas corretivas; ii) assegurar, nas áreas de planeamento e controlo de gestão, o cumprimento das orientações dos órgãos centrais da Empresa; iii) efetuar o acompanhamento dos projetos transversais à Empresa, com especial incidência nos Aeroportos da Madeira. 61 .11 Relatório & Contas Gabinete de Inovação, Qualidade, Ambiente e Segurança (GISQA) Assegurar, em termos gerais, a coordenação, direta ou por delegação, das ações de segurança (Safety e Security), Qualidade e Ambiente e Gabinete de Controlo de Qualidade da Segurança de Aviação Civil, incluindo também: i) a elaboração e desenvolvimento dos Planos de Segurança, de Emergência, de ordenamento físico aeroportuário dos Manuais de Segurança na Placa de Aeródromos e Outras; ii) coordenar as ações relacionadas com a prestação de Serviços (SLA) e dos Inquéritos de Qualidade dos Serviços Prestados (ASQ), entre outras ações. Divisão de Gestão de Recursos Humanos (AMGREH) Garantir o desenvolvimento e políticas dos recursos humanos, em conformidade com a definição estratégica da Empresa; assegurar a adequada aplicação do Acordo de Empresa e demais legislação e regulamentação laboral aplicável; promover a execução do programa de formação da Empresa e dos projetos do Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Humanos, com impacto transversal. Divisão de Gestão Comercial e Marketing (AMGCM) Assegurar a coordenação e desenvolvimento de todas as áreas funcionais de si dependentes, tendo como objetivo o planeamento, a gestão e o controlo de negócios Aviação e Não Aviação dos Aeroportos da Madeira, baseados numa prestação de serviços eficaz e de criação de valor para a Empresa, incluindo, também: i) desenvolvimento e concretização de estratégias de marketing de apoio às áreas Aviação, Não Aviação e Institucional, que visem o aumento e consolidação dos Proveitos; ii) coordenação da política de relações públicas na Empresa e, bem assim, o serviço de informação ao Passageiro e Serviços de Telefonistas; iii) garantir a operacionalidade e sistemática atualização do sítio da Empresa na Internet. Divisão de Gestão Técnica (AMGTE) Assegurar as boas condições de operacionalidade de todas as infraestruturas, sistemas e equipamentos dos aeroportos, nas áreas de energia, eletrónica, tecnologias e sistemas de informação, construção civil, mecânica e gestão de incidências, com garantia de elevados níveis de fiabilidade, disponibilidade e em condições de segurança. Compete-lhe, também, garantir: i) a coordenação do serviço de transportes e a gestão da frota automóvel; ii) os processos de aquisição de bens e serviços, em conformidade com a Lei e o previsto no Manual de Aquisição de Gestão de Bens e Serviços; iii) a gestão dos contratos, de entre outras atribuições. Divisão de Gestão Financeira e Administrativa (AMGFA) Assegurar a execução dos procedimentos de natureza administrativa, financeira e contabilística, necessários ao funcionamento dos Aeroportos; planear e coordenar, em articulação com a Direção Financeira de Planeamento e Controlo, as atividades económico-financeiras assegurando, uma vez aprovadas, a sua implementação e controlo; promover a divulgação da informação de gestão, incluindo o Controlo Orçamental; garantir os serviços de expediente e arquivos. 62 .11 Relatório & Contas Divisão de Gestão Operacional (AMGOP) Coordenar, diretamente ou por delegação, as áreas Operacionais e de Socorros, da responsabilidade dos Serviços de Operações Aeroportuários e de Salvamento e Luta contra Incêndios, compreendendo, ainda, entre outros: i) a operacionalização do Centro de Operações de Emergência (COE); ii) o relacionamento com a NAV, EPE, entidades oficiais e outros serviços, instalados no Aeroporto da Madeira no âmbito da atividade Aviação; e iii) a coordenação de todas as operações nas áreas de movimento e terminais. Divisão de Gestão de Exploração do APS Assegurar, em articulação com a Direção dos Aeroportos da Madeira, a exploração da atividade aeroportuária e comercial do Aeroporto de Porto Santo e bem assim de todas as ações relativas à manutenção das infraestruturas, segurança do Aeroporto, ambiente, qualidade e aprovisionamentos, em estrita colaboração com os diversos órgãos da Empresa. 63 .11 Relatório & Contas 5. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 5.1. Envolvente Económica A crise das dívidas soberanas e do sector bancário na Zona Euro está a ser bastante mais acentuada do que as previsões económicas no início apontavam, tendo-se alargado e aprofundado. Os juros da dívida pública dos países mais expostos atingiram novos máximos enquanto o risco de contaminação das grandes economias europeias ainda não está afastado. Os mercados acionistas concretizaram fortes ajustamentos, relacionados com os receios de abrandamento da atividade económica. 10 year government bond spreads over Germany, % points 6.0 5.0 4.0 - Itália 3.0 - Espanha 2.0 1.0 - França Reino Unido Suécia 0.0 -1.0 - 2008 2009 2010 2011 O nível de confiança dos investidores permaneceu em queda e o consumo privado nas economias desenvolvidas manteve-se anémico, tendo-se mesmo contraído nalguns casos, fundamentalmente pelas seguintes razões: 64 • O nível de desemprego manteve-se em níveis recorde; • As perspetivas relativas ao rendimento disponível são bastante negativas, alicerçadas em elevados níveis de desemprego e de baixa criação de novo emprego, sendo a disponibilidade de crédito a custo reduzido agora também escassa; • O preço das habitações continua sem estabilizar nas diversas economias desenvolvidas e a oferta é neste momento bastante superior à procura, o que tem reduzido drasticamente o valor das mesmas; • Grandes perdas dos agregados familiares nos mercados acionistas. .11 Employment 6- -6 Emerging economies2 4- -4- 2- -2- World 0- Real Private Consumption (annualized percent change from preceding quarter) 9- - 12 -9 Emerging economies2 6- -6 3- -3 0- -0 -0 -2 - - -2 Advanced economies3 -4 - - -4 -6 2005 12 - Relatório & Contas Advanced economies3 -3 -6 - 2007 2009 2008 - -3 2010 2011 Q2 - -6 2006 2007 2008 2009 2010 Junho 2011 • O Setor do Transporte Aéreo Em termos globais, a atividade do transporte aéreo no contexto mundial está fortemente correlacionada com a atividade económica, verificando-se ultimamente que o crescimento está a desacelerar para níveis críticos, abaixo dos 5% nos passageiros e próximo dos 0% na carga aérea. Growth in global air travel (RPK) and air freight (FTK) 40% - - 15% 30% Air travel growth (right scale) 20% - - 5% 10% 0% - - 0% Air freight grown -10% - - -5% -20% -30% 2008 - 10% - -10% 2009 2010 2011 2012 Source: IATA As perspetivas para o final de 2011 e para o ano de 2012 não são, para a Zona Euro e para os Estados Unidos, muito animadoras. No entanto, a OCDE avança já com um cenário bem mais negativo que configura o prolongamento da crise das dívidas públicas, o que afetará gravemente a liquidez do sistema bancário provocando uma crise financeira na Zona Euro. Neste cenário, a Zona Euro entraria em forte recessão, os EUA seguiriam no mesmo sentido, embora em menor escala, enquanto a própria China sofreria também com os efeitos colaterais desta crise por via de uma desaceleração das taxas de crescimento económico. 65 - -6 .11 The OECD´s assessment of the downside risk to GDP Relatório & Contas 10 86- 2011 4- 2012 central forecast 2012 OECD scenario 20-2 -4 - Eurozone US China World O preço do combustível continua a configurar-se como fator de incerteza, esperando-se que se mantenha em níveis elevados. No entanto, à medida que a produção industrial desacelera, o preço do combustível também terá tendência a baixar. Em sentido contrário, há a considerar uma reconhecida instabilidade geopolítica derivada de uma crescente tensão entre os EUA e o Irão no estreito de Ormuz (por onde passa 20% da produção mundial de petróleo) que tem alimentado uma tendência especulativa crescente dos preços. Brent oil price and world industrial production growth 130 120 - Oil price (left scale) Industrial production growth (right scale) - 10% 110 US$ per barrel - 15% - 5% 100 90 - - 0% 80 - -5% 70 60 - % change versus previous year 140 - - -10% 50 40 2005 - -15% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Source: OECD A juntar à anemia económica na Zona Euro e à incerteza dos preços dos combustíveis, haverá ainda que ter em conta a introdução do ETS (Emissions Trading Scheme) a partir de 2012 e os potenciais impactos das taxas aplicadas pelos governos dos principais mercados emissores de turistas para o Sul da Europa, como sejam o Reino Unido ou a Alemanha. Perante este cenário macroeconómico, as perspetivas de rentabilidade das companhias aéreas não são 66 .11 Relatório & Contas muito otimistas, apontando a IATA para 2011 um valor próximo dos 7 mil milhões de dólares e em 2012, no cenário central, para um EBIT de 3,5 mil milhões de dólares a nível mundial. No entanto, e ainda de acordo com a previsão da IATA, se o cenário de crise bancária na Zona Euro previsto pela OCDE se verificar, o resultado poderá traduzir-se em perdas da ordem dos 8 mil milhões de dólares. Global commercial airline profitability 6,0 - Central forecast EBIT margin (left scale) 3,0 - - 20 - 15 - 10 - -5 -3,0 - - -15 - -20 2012F 2011F 2010 2009 2008 - -25 2007 2004 2003 2002 2001 2000 1999 -9,0 2006 Net post tax losses (right scale) -6,0 - - -10 Banking crisis scenario US$ billion -0 0,0 - 2005 % revenues -5 - -30 Source: IATA Neste contexto, é expectável que a indústria do transporte aéreo coloque uma pressão acrescida sobre os fornecedores de serviços às companhias aéreas, entre os quais se encontram os aeroportos. Os aeroportos operarão em 2012 num ambiente que exige cautela e ponderação acrescidas ao nível das previsões de tráfego: • Fraca atividade económica (PIBs europeus estabilizados ou em queda); • Níveis de confiança do consumidor historicamente baixos relacionados com elevado desemprego e redução generalizada do rendimento disponível, dificultando a indução de tráfego; • Introdução do ETS a nível europeu; • Introdução governamental generalizada de taxas sobre os passageiros que utilizam o transporte aéreo fundamentalmente em mercados emissores de passageiros/turistas; • Pressão para redução de taxas aeroportuárias e para o diferimento de investimentos por parte das companhias aéreas, ampliada pelos movimentos de consolidação e respetivo aumento de poder negocial; • Necessidade de encontrar fontes de proveitos não aviação que ainda não estejam exploradas; • Crédito pouco acessível e bastante mais caro. 67 .11 Relatório & Contas Segundo os mais recentes dados do ACI, em 2011 o tráfego a nível mundial registou um crescimento de 4,9%, com a Europa a registar um desempenho bastante melhor (+7,5%), justificado pelo facto de estarmos a comparar 2011 com um ano de 2010 atípico em que se verificaram diversos eventos disruptivos, nomeadamente a nível das “cinzas islandesas”, das tempestades de neve no centro da Europa ou das diversas greves de controladores de tráfego aéreo. Para 2012, o outlook é menos positivo, sendo esperado, ainda de acordo com o ACI, um crescimento mundial do tráfego nos aeroportos de 3,9% para 2012, e para a Europa um crescimento ainda mais anémico, ficando-se pelos 2,3%. Previsão a Médio Termo por Região África Ásia/Pacífico Europa América Latina/Caribe Médio Oriente América do Norte Mundo Actual 2010 YOY% 156,00 9,5% 1.294,8 11,3% 1.466,8 4,3% 403,7 13,2% 206,6 12,0% 1.509,8 2,5% 5.037,7 6,6% 2011 -9,5% 5,0% 7,5% 8,3% 6,8% 2,6% 4,9% 2012 8,8% 6,8% 2,3% 5,9% 5,7% 1,9% 3,9% Previsão 2013 2014 5,6% 5,5% 6,8% 6,7% 3,5% 3,4% 6,2% 6,2% 5,2% 5,1% 2,7% 2,6% 4,5% 4,4% 2015 5,4% 6,6% 3,3% 5,7% 4,8% 2,5% 4,3% 2011-2015 2,9% 6,4% 4,0% 6,4% 5,5% 2,5% 4,4% Fonte: ACI World 5.2. Tráfego nos Aeroportos do Grupo ANA, SA Nos aeroportos da rede ANA, SA a procura revelou um bom desempenho, registando-se o crescimento de 6,7% em passageiros comerciais, de que se destaca o aumento de passageiros transportados no segmento regular tradicional (+10%). A nível da oferta, registou-se igualmente um incremento quer nos movimentos de aeronaves (+2,6%) quer na capacidade traduzida em lugares oferecidos (+3,7%), mas abaixo dos registos da procura, o que resultou num crescimento apreciável da taxa média de ocupação (+2,0%) em voos comerciais. Em termos de mercados de origem/destino, merecem destaque os crescimentos do Reino Unido, França e Espanha. Em sentido contrário, o mercado doméstico registou uma quebra em 2011. No que se refere às companhias aéreas, destaque positivo para a Ryanair e para a TAP Portugal que, juntamente com a britânica easyJet, representaram cerca de 65% do tráfego dos aeroportos ANA, SA. Ainda que ao Grupo ANA respeita, importa registar o nível da distribuição de passageiros por alianças globais de companhias tradicionais, em que a presença da Star Alliance é esmagadora (embora decrescendo 1% de quota de mercado de 2010 para 2011), sendo as restantes alianças pouco representativas. Ainda assim, o destaque vai para a One World, segunda aliança mais representada, que ganhou cerca de 2% de quota em 2011, sob influência da entrada da Air Berlin. 68 .11 Relatório & Contas Grupo ANA - tráfego Tradicional Distribuição por Aliança Global 2011 9% 5% Star Alliance One World Sky Team 15% Não Alinhadas 71% De resto, o tráfego de passageiros por tipo de companhia revelou comportamentos diversos, sendo todavia de registar o considerável crescimento dos passageiros do segmento de baixo custo (+10,7%), com cerca de mais 0,9 milhões transportados. O segmento tradicional cresceu 6,3%, com mais 1,1 milhões de passageiros, ao passo que o não regular (charter) agravou a trajetória de queda (-11,7%), baixando em 2011 para 1,7 milhões de passageiros, consolidando a progressiva perda de importância deste segmento nos aeroportos do Grupo. 5.3. Tráfego nos Aeroportos da ANAM, SA A nível do sector, destaca-se em 2010, uma conjugação de esforços que todos os aeroportos nacionais desenvolveram para minorar os impactos da dispersão de cinzas vulcânicas, ocorrida em Abril e Maio. Mais penalizador foi o temporal ocorrido em 20 de Fevereiro no arquipélago da Madeira, que continua a afetar o nível de tráfego dos seus aeroportos, por via do impacto negativo na atividade turística daquela região. Nos aeroportos ANAM, SA, a procura cresceu para 2,42 milhões de passageiros (+3,5%) (muito idêntico ao do ano de 2002), com o Aeroporto da Madeira a ser responsável por 96,0% do crescimento. É de destacar a performance no primeiro semestre (+8,9%), que compara com um período homólogo, muito afetado por ocorrências acima referidas e que resultou num impacto bastante negativo para a atividade turística – principal atividade económica – do arquipélago. Já no segundo semestre, a contração da procura foi um facto (-1,2%), com o segmento doméstico a revelar um desenvolvimento mais negativo do que o internacional. A nível dos segmentos de tráfego, deve ser destacado o registo claramente superior do charter (+15,0%). Quanto à oferta, registou-se um decréscimo nos movimentos de aeronaves (-3,6%) e no número de lugares oferecidos (-4,4%), sendo a evolução do tráfego apoiada assim pelo aumento considerável da taxa média de ocupação (+5,9 %) em voos comerciais. Nos dois aeroportos ANAM, SA, Madeira e Porto Santo, foram servidos cerca de 2,42 milhões de passageiros (+3,5% que no ano transato) enquanto que os lugares disponíveis e os movimentos de aeronaves decresceram 4,4% e 3,6%, respetivamente, relativamente ao período homólogo do ano anterior, resultando um considerável aumento da taxa de ocupação média das aeronaves (+5,9 %). Merecem referência os bons 69 .11 Relatório & Contas desempenhos dos mercados do Reino Unido, França, Holanda e Espanha, ao passo que as quedas mais marcantes se verificam nos mercados doméstico, Dinamarca e Venezuela. Ao nível das companhias aéreas, o grupo SATA registou uma queda considerável, com cerca de menos 67.000 passageiros transportados, sendo de realçar o aumento dos passageiros transportados pelos operadores easyJet, ThomsonFly e Transavia France, com mais cerca de 67.000 passageiros no conjunto. Tendo em conta o clima macroeconómico caracterizado por elevados níveis de incerteza, volatilidade do lado da oferta e probabilidade de arrefecimento da procura por via da queda dos níveis de confiança e do rendimento disponível dos consumidores de transporte aéreo, as projeções iniciais de tráfego para 2012 sofreram uma revisão em baixa, a qual já se vem a verificar nos últimos meses de 2011 e em Janeiro de 2012. Nos aeroportos ANA, SA, o ano de 2012 aponta para uma estagnação de passageiros, do nível dos movimentos de aeronaves e do segmento de carga aérea. 70 .11 Relatório & Contas 6. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Os objetivos estratégicos da Empresa prosseguidos em 2011 encontram-se alinhados com os previstos nos IPG de 2011, nas orientações constantes do Plano de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 e também das orientações estratégicas para o SEE e baseia-se como enunciado no ponto 1.7 do Capítulo I – Governo da Sociedade: • Crescimento Sustentado; • Eficiência Operacional; • Valorização dos Colaboradores; • Equilíbrio da Estrutura Financeira. 6.1. Crescimento Sustentado Em 2011 a atividade económica do País e da RAM sofreu fortes impactos negativos, resultantes do Pedido de Resgate Financeiro às Instâncias Internacionais por parte da República e ao subsequente pedido de Assistência Financeira pelo Governo Regional da Madeira à República. Com estas medidas restritivas acentuou-se, ainda mais, o desequilíbrio entre a oferta e a procura do turismo na Madeira. Assim, os Aeroportos da Madeira, principal porta de entrada na RAM, refletem o quadro anteriormente descrito, pese embora o continuado esforço promocional da Região realizado, pelas entidades mais diretamente envolvidas nas atividades económicas da Região. Acresce que, no último quinquénio, o sector da aviação tem sido extremamente mutante, através do aparecimento de companhias aéreas denominadas “low-cost” que, com principal incidência na Europa, revolucionaram as estruturas de custos, a mobilidade dos passageiros e, principalmente, a relação entre companhias/aeroportos/regiões captadoras e/ou emissoras de tráfego. Os Aeroportos da Madeira, em conjunto com o Governo Regional e operadores turísticos nacionais e regionais, mantiveram e iniciaram ações, no sentido de assegurarem novas companhias, novas operações, novas rotas e novas ofertas tarifárias, destacando-se como principais ações de natureza estratégica: 6.1.1. Garantir a Satisfação do Cliente A Empresa monitoriza periodicamente, através da realização de Inquéritos de campo, o grau de satisfação dos Clientes. Estes inquéritos permitem-lhe, através da construção de uma métrica específica, efetuar a Avaliação do nível de Satisfação Global do Passageiro. 71 .11 Relatório & Contas O resultado destes Inquéritos, tem-se mantido estável ao longo dos últimos dois anos, com valores médios anuais de 3,8 (numa escala de 1 a 5), sendo o mesmo suportado em estudos designados no Airport Service Quality (ASQ). Com estas ações associadas a uma forte contenção de custos foi possível manter, através do esforço da Empresa, a qualidade do serviço prestado a níveis elevados e reconhecidos internacionalmente. 6.1.2. Promover o desenvolvimento do Tráfego O ano de 2011 terminou com um aumento no tráfego de passageiros de 3,5%, em grande parte conseguido pelas ações promovidas conjuntamente pela ANAM, SA, através do Marketing Aeroportuário, pela Associação de Promoção da Madeira, o Turismo de Portugal, a Secretaria Regional do Turismo e Transportes e o sector privado da hotelaria madeirense, tendo-se, para o efeito, recorrido aos fundos já identificados no ponto 1.1 do Capítulo I – Governo da Sociedade, como: • • • • Initiative:pt – Developing Tourism and Aviation; FIPT – Fundo para o Investimento em Promoção Turística; Plano Táctico e Outros; Programa de Incentivos dos Aeroportos da Madeira. o que, ainda assim, se tornou indispensável e contribuiu para o aumento de passageiros atingido. Em termos de promoção externa a ANAM, SA esteve presente nas mais importantes feiras europeias e nas Routes, procurando consolidar também, desta maneira, a atratibilidade dos Aeroportos da Madeira. 6.1.3. Maximização dos Negócios Não Aviação Na área de Não Aviação são englobados os negócios: Retalho, Imobiliária, Publicidade, Rent-a-Car e Parques de Estacionamento. Os Proveitos Globais ascenderam a 6.271 mil Euros, o que representa cerca de 16% do volume de negócios da Empresa. Nesta área, o ano de 2011, foi marcado pelo desempenho do novo concessionário de exploração da MainShop, as Lojas Francas de Portugal. Manteve-se, também, neste período um acompanhamento muito próximo da atividade dos Concessionários, suportado na marca AIRSHOPING. Nos negócios em desenvolvimento, a aposta da ANAM, SA concretizou-se no significativo reforço das atividades das RAC. Em 2011, foi também reforçado o projeto Take-It, de parceria com a TAP Vitória e realizaram-se campanhas de promoção, nos Aeroportos, aquando da realização de eventos de maior relevo na Madeira. É, ainda, de registar o pleno funcionamento dos novos operadores nas áreas dos câmbios e agência de viagens. 72 .11 Relatório & Contas A consequência destas ações é evidenciada no crescimento positivo de 2,5%, na venda média por passageiro. 6.1.4. Desenvolver Sistemas de Gestão • Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente A Empresa dispõe de um Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, certificado desde Abril de 2007, segundo os referenciais NP EN ISO 9001:2000 e NP EN ISO 14001:2004. No ano de 2009 foi efetuada a adaptação do Sistema de Gestão da Qualidade para a nova norma NP EN ISO 9001:2008. Após a certificação do Sistema de Gestão Integrado, em 2009, deu-se início à auto-avaliação, segundo o Modelo de Excelência da EFQM – Fundação Europeia para a Gestão de Qualidade, tendo-se obtido, em 2010, o reconhecimento “Committed to Excellence”, o que foi continuado e assegurado em 2011. Para alcançar este objetivo foram implementados em 2010 e melhorados em 2011, 5 projetos, resultantes de uma auto-avaliação e consequente avaliação dos pontos fortes e oportunidades de melhoria: • • • • • Delegação de Poderes; Gestão de Comunicação Interna; Orientação para o Cliente – Handler; Gestão de Ideias; Medição da Perceção da Sociedade. Ainda, em 2010, foi obtida a Certificação de Qualidade do Serviço Aeroportuário, de acordo com os requisitos da ACI – Conselho Internacional de Aeroportos, designado “Airport Service Quality Assured”, que teve por base: • • • A avaliação dos Processos de Gestão da Qualidade de Serviço; Os Resultados da ASQ Survey; A gama de serviços disponíveis no Aeroporto. Também, em 2011, deu-se início à implementação de um plano de Auditorias de segurança e higiene alimentar, tendo-se obtido, no culminar desse processo, a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nosso parceiro neste projeto. Em termos globais, o Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, é uma ferramenta indispensável à monitorização dos objetivos e indicadores, uma vez que, para além de permitir acompanhar o seu desempenho, facilita o estabelecimento de objetivos mais ambiciosos à medida que as metas definidas vão sendo ultrapassadas, assegurando, em simultâneo, a integração da componente ambiental nos processos de planeamento e tomada de decisões. 73 .11 Relatório & Contas 6.2. Eficiência Operacional Com vista a uniformizar os processos e sistemas de gestão operacional a ANAM, SA tem, em fase de conclusão o projeto designado GO. Este projeto, para além das funcionalidades consideradas necessárias à operação, vem permitir uma grande agilidade na parametrização dos processos que facilita a sua utilização por qualquer estação de trabalho e da sua permanente monitorização. Realça-se, também, o projeto de Gestão de ocorrências, moldado aos requisitos SGSO (Gestão de Segurança Operacional) específicos de cada aeroporto, com harmonização global de critérios aos aeroportos geridos pela ANA, SA e ANAM, SA. Este projeto destina-se a assegurar o cumprimento das inspeções (SOA e SLCI), garantir a operacionalização do sistema de resposta previsto no SGSO, através do registo de dados estatísticos que facilitem uma avaliação do Risco Operacional. 6.3. Valorização dos Colaboradores A ANAM, SA, em 2011, deu continuidade a um conjunto de ações destinadas à qualificação e valorização dos colaboradores, ao aumento da produtividade e ao rejuvenescimento gradual dos seus quadros. De entre as diversas ações em execução, salientam-se: i) estudo de satisfação dos colaboradores; ii) mobilidade interna e adequação dos recursos humanos; iii) plano de formação adequado às necessidades e recursos da Empresa; iv) Programa para Rescisão de Contratos, por mútuo acordo; e v) Sistema integrado de Gestão de Recursos Humanos. Um maior detalhe das principais ações dos Recursos Humanos, explicita-se no ponto 9. Recursos Humanos. 6.4. Equilíbrio da Estrutura Financeira As principais ações estratégicas atinentes à obtenção do Equilíbrio da Estrutura Financeira da Empresa passam, necessariamente, pelo: i) Reequilíbrio Financeiro da Concessão; ii) Contenção de Custos de Exploração e Investimentos; e iii) Adequação dos Recursos Financeiros. • Reequilíbrio Financeiro da Concessão A situação económica e financeira da Empresa, enferma de problemas estruturais que, a não serem ultrapassados, poderão pôr em causa o seu normal funcionamento. Com Resultados Líquidos estruturalmente negativos no passado recente, não atualização de taxas desde 2005 e quebras de tráfego, a redução de custos que tem vindo a ser efetuada é, só por si, manifestamente insuficiente para reverter a tendência da sua situação económica e financeira. 74 .11 Relatório & Contas A este propósito, julga-se ser de referir as ações desenvolvidas pelo Conselho de Administração para assegurar a revisão do Contrato de Concessão. O presente assunto foi tratado nas Assembleias Gerais de 26 de Março 2010 e de 11.ABR.2011. Após apresentação, por parte do Conselho de Administração, da proposta de revisão do Contrato de Concessão, nesta última Assembleia, o representante do Acionista RAM manifestou oposição de princípio ao clausulado apresentado, tendo considerado que o mesmo excedia os pressupostos da renegociação do Contrato. Transmitiu, em sede da mesma: ”…a constituição, sob a tutela da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, de um Grupo de Trabalho multidisciplinar, que ficará incumbido de apresentar, com a maior brevidade possível, um clausulado alternativo que, ainda que em prejuízo das aspirações da ANAM, se revele compatível com os superiores interesses públicos que à RAM cabe defender e prosseguir, bem como com as orientações políticas pelo Governo Regional.”. Assim, aguarda-se a apresentação, por parte da RAM, do clausulado alternativo, atendendo a que esta posição foi votada e aprovada por unanimidade dos sócios. • Capitais Próprios Os Capitais Próprios da Empresa não cumprem com o art. 35 do CSC, dado que mais de metade do Capital Social já se encontra perdido. Esta situação não tem sido mais gravosa por força da obrigatoriedade de aplicação da interpretação contabilística IFRIC 12 à ANAM, SA (enquanto Concessionária de um serviço público). De toda a forma importa, no cumprimento do que se encontra estabelecido no artº 35º do CSC, que o Conselho de Administração, nos termos do nº 1 do presente artigo evidencie tal facto. Para o efeito, será preparada uma proposta de recomposição dos Capitais Próprios, a incluir na Ordem de Trabalhos da próxima Assembleia Geral para: “Deliberar sobre a Proposta do Conselho de Administração, elaborada nos termos e para os efeitos do Art. 35 do Código das Sociedades Comerciais”. Recordamos que, o nível de Capitais Próprios, é condição necessária para o integral cumprimento do Código das Sociedades Comerciais e para o reconhecimento, por parte dos analistas financeiros, do seu grau de solvabilidade. • Tesouraria A ANAM, SA priorizou, no passado recente: i) o reembolso antecipado de partes do capital em dívida; ii) a aplicação dos excedentes de Tesouraria em condições económicas consideradas vantajosas; e iii) a contenção dos custos e investimentos, procurando, com tais iniciativas, a redução progressiva da dívida e do peso dos encargos financeiros. 75 .11 Relatório & Contas A este nível particular, os juros médios do serviço da dívida, em 2011, incluindo a componente fixa, foram de 2,6%, conforme quadro do ponto 10.3, representando na comparação com o ano anterior, um acréscimo de 40bp. • Renegociação da Dívida a Médio e Longo Prazos A Empresa não liberta Cash-Flows suficientes para as necessidades futuras do serviço da dívida, reembolso de empréstimos e investimentos. A ANAM, SA, desde há vários anos, que equaciona o reequilíbrio da sua situação económico e financeiro. A concretização da revisão do Contrato de Concessão, presentemente em curso, que inclui o alargamento do prazo de concessão por um período de mais 20 anos (até 2053) é, do nosso ponto de vista, o primeiro passo. A fase seguinte passará, necessariamente, por criar condições de renegociação dos contratos existentes ou, não sendo tal aplicável, procurar alternativas para acesso a outras soluções, que assegurem a sustentabilidade futura da ANAM, SA. • Infraestruturas do Aeroporto de Porto Santo A exploração do Aeroporto de Porto Santo é estrutural e altamente deficitária. A sua manutenção, nestas condições, tem retirado competitividade ao Aeroporto da Madeira, pelo impacto negativo dos resultados daquela infraestrutura, para a qual a ANAM, SA não recebe qualquer indemnização compensatória, nem existe uma relação contratual com o Estado ou a Região Autónoma para a prestação deste serviço, que entendemos eminentemente como uma obrigação de serviço público. Assim, o novo Contrato de Concessão deverá incluir um ponto para a contratualização da gestão de serviços de interesse económico geral. No quadro que segue, regista-se a evolução dos Resultados Operacionais Líquidos e o EBITDA, gerado por esta infraestrutura desde 2007. Un: mil Euros Resultado Operacional Resultado Líquido EBITDA 2011 (2.239) (2.239) (2.171) 2010 (3.594) (3.594) (3.508) 2009 (3.935) (3.615) (3.840) 2008 (3.754) (3.755) (3.469) 2007 (4.523) (4.523) (4.322) Todos os indicadores apresentados se mantém em patamares bastante negativos pelo que a prevalência desta situação retira competitividade ao Aeroporto da Madeira, principal aeroporto concessionado. 76 .11 Relatório & Contas • Contenção de Custos de Exploração e Investimentos A Empresa, tem ao longo dos últimos anos, vindo a desenvolver esforços no sentido de conter custos de exploração reforçando estes esforços, face às orientações estratégicas governamentais para o SEE. Apesar de positivos, os resultados alcançados são escassos face à pequena elasticidade dos mesmos. Também em relação aos Investimentos, tem a ANAM, SA procurado gerir as necessidades de forma bastante parcimoniosa o que, sem pôr em causa as condições de operacionalidade das infraestruturas, tem-se procurado prolongar no tempo o seu arranque. Acresce que, a maioria dos investimentos previstos para os próximos anos, obedece mais a uma lógica de manutenção e não acrescenta, em consequência, valor económico às operações da Empresa. Em paralelo, a rendibilidade dos Investimentos de Exploração não permitem, só por si, beneficiar de economias de escala. Na próxima Assembleia Geral e de acordo com o Despacho 155/2011, de S. Excelência o Sr. Ministro de Estado e das Finanças e as orientações governamentais para o Sector Empresarial do Estado, a ANAM, SA submeterá aos Acionistas os investimentos superiores a 5% do Capital Próprio, que são: • • • Reforço e Reperfilamento da Pista do AM; Reforço e Reperfilamento da Pista do APS; HBS – upgrade de Standard 1 para S2. • Adequação dos Recursos Financeiros Os recursos financeiros da Empresa são escassos face às suas necessidades futuras e aos Cash-Flows, entretanto, gerados pela atividade. Julga-se que até 2013 a Empresa terá condições de cumprir com as suas obrigações relativas ao funcionamento, investimentos e serviço da dívida. Já em 2014, data do resgate do empréstimo obrigacionista de 50 milhões de Euros, a Empresa terá necessidade de renegociar a dívida ou contrair novos empréstimos para satisfação dos compromissos vincendos. Acresce que, em 2016 e 2017 tem, igualmente, que reembolsar dois empréstimos Shuldschein, respetivamente, de 35 e 47,4 milhões de Euros, na ordem externa. 77 .11 Relatório & Contas 7. EVOLUÇÃO DE NEGÓCIOS Os negócios Aviação tiveram em 2011 um ligeiro acréscimo de 0,5%, em resultado, por um lado, do acréscimo verificado nas receitas de passageiros serem praticamente absorvidas pelas quebras verificadas nas receitas das restantes rubricas de tráfego e, por outro lado, continuar a verificar-se a manutenção das taxas nos níveis aprovados em 2005. Assim, as principais variações ocorridas em 2011 resultam da evolução da própria atividade, como, seguidamente, se explícita. • Passageiros Os Passageiros tiveram um acréscimo global de 3,5% em 2011 face ao ano anterior, sendo que se registou uma evolução favorável no tráfego Schengen, UE Não Schengen e Trânsitos e uma substancial quebra no tráfego Internacional, embora este não seja, em si, materialmente relevante. Regista-se, também, uma forte redução do tráfego nos segmentos Territorial e Interior, que representam cerca de 48% do tráfego total. O quadro abaixo explícita, com maior detalhe, essa evolução entre 2009 e 2011. Com efeito, em 2011, os Aeroportos da RAM movimentaram 2.417.972 Passageiros Comerciais (incluindo Trânsitos), o que representa um acréscimo de 3,5%, face ao ano anterior. O acréscimo do Aeroporto da Madeira foi de 3,5%, enquanto que no Aeroporto de Porto Santo o crescimento é de 3,1%. Var. 2011 2010 2009 % Schengen Interior 1.882.798 2011 Madeira Porto Santo Total % 1,2 1.795.402 87.396 1.882.798 77,9 122.057 (17,7) 39.759 39.066 78.825 3,3 1.859.849 1.973.656 78.825 95.817 1.092.355 1.144.708 1.168.897 (4,6) 1.062.571 29.784 1.092.355 45,2 Outros Schengen 711.618 619.324 682.702 14,9 693.072 18.546 711.618 29,4 UE Não Schengen 484.576 425.323 440.104 13,9 472.642 11.934 484.576 20,0 26.936 30.542 34.369 (11,8) 26.931 5 26.936 1,1 3,4 2.294.975 99.335 2.394.310 99,0 18.646 11,9 16.405 7.257 23.662 1,0 2.311.380 106.592 Territorial Internacional Total Local Trânsitos Total* 2.394.310 23.662 2.417.972 *Não inclui Tráfego não Comercial. 78 2.315.714 2.448.129 21.147 2.336.861 2.466.775 3,5 2.417.972 100,0 .11 Relatório & Contas A caracterização de evolução por segmentos de tráfego permite concluir: O tráfego “Schengen” teve, face ao ano anterior, um aumento global de 1,2%, assim repartido: “Territorial” menos (4,6%), como sendo a principal rubrica; “Interior” menos (17,7%) e um crescimento de 14,9% para “Outros Schengen”. O segmento de tráfego de passageiros “UE Não Schengen” evidencia um significativo acréscimo de 13,9%, devido, essencialmente, à boa performance do mercado Reino Unido, sendo que no Internacional a diminuição do tráfego atingiu os (11,8%). No mesmo período registou-se um acréscimo global significativo nos “Trânsitos”, em 11,9%, essencialmente em resultado de operações circulares nas Rotas Berlim-Canárias-Funchal-Berlim, com incidência no Aeroporto da Madeira e da rota Bruxelas-Porto Santo-Funchal-Bruxelas, com incidência no Aeroporto de Porto Santo. Quanto à segmentação de passageiros em 2011, importa assinalar que 77,9% são passageiros “Schengen”, sendo que destes 58,0% respeitam a passageiros “Territoriais”. Movimento de Passageiros 2.000.000 - 1.795.402 O Gráfico seguinte, ilustra o grande peso dos passageiros “Schengen”, em relação aos restantes segmentos. 1.500.000 - 0- Madeira 7.257 5 Trânsitos 11.934 Internacional 87.396 500.000 - 26.931 UE Não Schengen 16.405 Shengen 472.642 1.000.000 - Porto Santo 79 .11 Relatório & Contas • Aeronaves O movimento de Aeronaves Comerciais registado em 2011 nos Aeroportos da RAM foi de 24.162, o que representa uma redução de (3,6%), em relação ao ano anterior. No Aeroporto da Madeira, o número de movimentos, diminuiu em (3,4%) e no Aeroporto de Porto Santo o decréscimo foi de (5,2%), face ao ano anterior. 2011 2010 2009 Schengen Var. % 2011 Madeira Porto Santo Total % 20.436 21.527 21.430 (5,1) 17.697 2.739 20.436 84,6 4.355 4.727 4.868 (7,9) 2.176 2.179 4.355 18,0 10.518 11.732 11.547 (10,3) 10.151 367 10.518 43,5 Outro Schengen 5.563 5.068 5.015 9,8 5.370 193 5.563 23,0 UE Não Schengen 3.412 3.130 3.213 9,0 3.345 67 3.412 14,1 314 407 376 (22,9) 304 10 314 1,3 24.162 25.064 25.019 (3,6) 21.346 2.816 Interior Territorial Internacional Total Comercial 24.162 100,0 Não inclui Tráfego Não Comercial. Em comparação com o ano anterior, registou-se um decréscimo de (5,1%) no espaço “Schengen”, essencialmente decorrente das grandes reduções verificadas nos segmentos: “Territorial” e “Interior”, dado que o comportamento de “Outros Schengen” foi positivo em 9,8%. Também, no segmento: “UE Não Schengen”, se apresenta uma evolução positiva, face ao período homólogo do anterior, de 9,0%, sendo, contudo, bastante negativo a evolução do segmento “Internacional”. À semelhança do ocorrido com os passageiros, acresce que o movimento de Aeronaves do espaço “Schengen” representa 84,6% do total, enquanto os movimentos no espaço “UE Não Schengen” e “Internacional” representam, no conjunto apenas 15,4%. O gráfico seguinte mostra a distribuição das aeronaves por tráfego “Schengen”, “UE Não Schengen” e “Internacional”. 80 Movimento de Aeronaves Relatório & Contas 17.697 .11 20.000 - 15.000 - 10.000 - 67 304 Internacional 10 5.000 - 2.739 UE Não Schengen 3.345 Shengen 0- Madeira Porto Santo O Peso Médio de Descolagem das Aeronaves a operar nos Aeroportos da RAM que em 2010 era de 63,5 ton. passou, em 2011, para 63,8 ton., sendo 68,3 ton. no Aeroporto da Madeira e 29,5 ton. no Aeroporto de Porto Santo. • Carga Operada e Correio A Carga Operada nos Aeroportos da RAM registou um decréscimo de (16,6%) em comparação com 2010, do qual (16,1%) no Aeroporto da Madeira e (33,3%) no Aeroporto de Porto Santo. Por sua vez, o Correio, movimentado nos mesmos aeroportos, apresentou, uma diminuição de (7,6%), sendo de (7,3%) no Aeroporto da Madeira e (13,6%) no Aeroporto de Porto Santo. Un: Ton Carga Operada Correio 2011 2010 2009 Desvio% 2011 2010 2009 Desvio% Madeira 5.095 6.070 6.228 (16,1) 2.194 2.367 2.476 (7,3) 143 214 190 (33,3) 94 109 117 (13,6) 5.238 6.283 6.418 (16,6) 2.288 2.476 2.593 (7,6) Porto Santo Total Não inclui Carga e Correio Não Comercial. Em conclusão, a nível da atividade de tráfego aéreo, nos Aeroportos da RAM, verifica-se: 1. Uma evolução global positiva de 3,5% nos passageiros, com variações negativas nos segmentos “Territorial” e “Interior”. Sem a consideração dos “Transitos”, o aumento dos passageiros pagantes é ligeiramente inferior a 3,4%. 81 .11 2. 3. Relatório & Contas Uma redução verificada de (3,6%) no movimento de aeronaves, em comparação com o ano anterior, com realce: i. Crescimentos no número de aeronaves operadas nos segmentos: “Schengen/Outros Schengen” e “UE Não Schengen” que, no conjunto, representam 37,1% do tráfego. ii. Reduções muito significativas nos restantes segmentos de tráfego: “Schengen/Interior”, “Schengen/Territorial” e “Internacional”. A Carga e o Correio registaram, em termos globais, decréscimos bastante acentuados. • Proveitos de Aviação Com um total de 27.509 mil Euros em 2011, a conta reflete um acréscimo de 0,5% relativamente a 2010. Apresenta-se, no quadro que segue, o detalhe, por natureza, dos Proveitos em questão que, por si só, se explicam: Un: mil Euros Descrição Madeira Aterragem/Descolagem Passageiros Estacionamento e Abrigo Assistência em Escala Outros Total Aviação Porto Santo Total 2011 Total 2010 Total 2009 Variação % 7.445 372 7.816 8.291 8.401 (5,7) 17.235 660 17.895 17.232 18.141 3,8 212 1 213 234 233 (9,0) 1.439 77 1.515 1.549 1.466 (2,2) 62 6 69 68 85 1,2 26.392 1.116 27.509 27.374 28.326 0,5 Os Proveitos relacionados com a Aterragem/Descolagem e Passageiros representam 93,5% dos negócios “Aviação”. 82 .11 Relatório & Contas 7.2. Não Aviação Esta vertente de negócios integra a atividade comercial desenvolvida nas suas várias componentes: retalho, imobiliária, publicidade, Rent-a-Car e parques de estacionamento e a rubrica “Outros”, que engloba Serviços e Equipamentos Não Aviação. O quadro que segue evidencia os Proveitos “Não Aviação” de 2011 e a sua comparação com 2010 que apresenta um acréscimo global de 5,6%, sendo que, os “Parques de Estacionamento”” e “Outros”, tiveram desempenhos inferiores aos verificados em 2010. Un: mil Euros Descrição Madeira Porto Santo Total 2011 Total 2010 Total 2009 Variação % Retalho 2.959 34 2.992 2.721 2.890 10,0 Imobiliária 1.033 119 1.152 1.153 1.196 (0,1) 542 0 542 627 664 (13,6) 1.125 11 1.136 994 885 14,3 Publicidade 312 2 313 297 321 5,5 Outros 123 13 137 149 129 (8,2) 6.093 179 6.271 5.940 6.086 5,6 Parques de Estacionamento Rent-a-Car Total não Aviação • Retalho Na rubrica Retalho, verifica-se um significativo acréscimo de 10%, equivalente a 271 mil Euros, essencialmente devido ao crescimento da faturação das Lojas Francas. Em relação ao Aeroporto do Porto Santo, verifica-se uma quebra nas receitas de Retalho de (21,5%). No quadro seguinte, apresenta-se a evolução de alguns indicadores relacionados com a atividade de Retalho, entre 2009 e 2011: Un: Euros Vendas Concessionários Receitas ANAM, SA Aeroporto da Madeira 2011 2010 2009 14.826.681 13.982.778 14.130.489 Aeroporto de Porto Santo Var. % 2011 2010 2009 Var. % 6,0 303.041 216.585 314.242 39,9 2.958.526 2.678.433 2.826.591 10,5 33.728 42.988 63.291 (21,5) 20,0% 19,2% 20,0% 0,8 p.p. 11,1% 19,8% 20,1% (8,7) p.p. Passageiros Comerciais 2.311.380 2.233.524 2.346.649 3,5 106.592 103.337 120.126 3,1 Vendas / Passageiro (€) 6,41 6,26 6,02 2,5 2,84 2,10 2,62 35,6 Receitas / Passageiro (€) 1,28 1,20 1,20 6,7 0,32 0,42 0,53 (23,9) Receitas / Vendas 83 .11 Relatório & Contas • Imobiliária Os Proveitos Imobiliários estão relacionados com a ocupação e consumos das áreas disponibilizadas para o negócio “Aviação”. Em 2011, as receitas do Imobiliário, mantêm-se ao nível do período homólogo do ano anterior e representam, com 1.152 mil Euros, 18,4% dos Proveitos gerados pelos negócios “Não Aviação”. Regista-se, ainda, que a libertação de espaços, por parte de alguns concessionários, ainda não foi compensada por novas licenças. • Parques de Estacionamento, Rent-a-Car e Publicidade Os Parques de Estacionamento registaram um decréscimo de (13,6%) em relação ao ano anterior, resultando, desde 2009, uma redução por menor utilização do público em geral de (18,4%). Na atividade Rent-a-Car contínua a verificar-se um bom desempenho dos concessionários, com um acréscimo de 14,3% em relação ao período homólogo do ano anterior e de 28,4% face a 2009. Regista-se, ainda, que as receitas dos Rent-a-Car já representam mais de 18% dos Proveitos Não Aviação. A Publicidade teve, no decurso de 2011, um acréscimo de 5,5%, relativamente ao ano anterior, recuperando, assim, parte das quebras verificadas em 2010. 7.3. Segurança A adoção dos Sistemas de Controlo de Segurança é cometida às entidades gestoras aeroportuárias, sob a supervisão do Ministério da Administração Interna, sendo tal atividade nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo, assegurada por segurança privada, contratada pela ANAM, SA, através de contrato com a Securitas. A receita gerada com a aplicação das taxas previstas na Portaria 541/2004, de 21 de Maio, compreende duas Componentes A) e B). O quadro que segue reflete os proveitos apurados pela ANAM, SA em 2011, no âmbito da atividade de Segurança e a sua comparação com 2010 e 2009. Descrição Madeira Porto Santo Total 2011 Total 2010 Total 2009 Un: mil Euros Variação % Componente A) 1.132 46 1.178 1.299 1.395 (9,3) Componente B) 1.875 80 1.955 1.892 1.995 3,3 Total Segurança 3.007 126 3.133 3.190 3.390 (1,8%) A receita da Componente A) é devida por passageiro embarcado e cobrada pelo INAC. Apresenta uma redução de (9,3%), face ao período homólogo do ano anterior, apesar de no mesmo período o volume de passageiros ter crescido. 84 .11 Relatório & Contas Sendo os pagamentos feitos numa ótica de tesouraria, admite-se a existência de atrasos na entrega das receitas por parte do INAC. Acresce, ainda, que esta redução de receitas não tem em conta a cativação de 20%, efetuada pelo INAC em 2009 e 2010, ainda não regularizada e que atingem o montante de 250 mil Euros. No que à evolução da Componente B) respeita, com um acréscimo de 3,3%, esta encontra-se sensivelmente alinhada com o crescimento do tráfego de passageiros. 7.4. PMR À semelhança do que se passa com a Segurança, também o apoio a passageiros com deficiência e a pessoas com mobilidade reduzida, foi cometida às entidades gestoras aeroportuárias. Por tal facto, a ANAM, SA, além de ter que se dotar com as infraestruturas técnicas adequadas, recorre, em termos de operação, à contratação externa de mão-de-obra com formação adequada, utilizando, para o efeito, a marca My Way, aplicável a este serviço dentro do Grupo ANA. Presentemente, o valor da taxa em vigor por passageiro embarcado é de 0,61€. Os valores recebidos em 2011 e a sua comparação com 2010, encontra-se no quadro abaixo que evidencia um acréscimo de 3,3%, em linha com a evolução dos passageiros. Un: Mil Euros Descrição Madeira Total Proveitos PMR 697 Porto Santo 2010 30 727 2009 703 2008 742 Variação % 3,3 7.5. Principais Clientes Os 10 principais clientes da ANAM, SA, em volume de negócios, representam 70% das receitas em 2011, geradas pela totalidade de Clientes da Empresa. O quadro que segue, apresenta por ordem decrescente de faturação, o peso dos principais clientes considerados, destacando-se, entre eles, 7 companhias aéreas, 2 handlers e as Lojas Francas. 85 .11 Relatório & Contas Un: Mil Euros Total Cliente Variação 2011 2010 2009 Valor % 10.341 10.557 11.309 (216) (2,0) EASYJET Airlines 4.171 4.037 3.808 134 3,3 SATA International 2.718 3.378 3.254 (660) (19,5) Thomsonfly Limited 1.992 1.715 1.916 277 16,2 Lojas Francas de Portugal (*) 1.597 407 0 1.190 292,3 SPdH 1.566 1.602 1.562 (36) (2,3) Air Berlin 1.563 1.615 1.677 (52) (3,2) SATA Air Açores 880 1.008 1.366 (127) (12,6) Transavia.com France 786 475 69 311 65,5 PORTWAY 743 729 626 14 1,9 Total 10 Maiores Clientes 26.357 25.521 25.589 835 3,3 Restantes Clientes 11.284 11.687 12.955 (404) (3,5) Total Geral (Todos Clientes) 37.640 37.209 38.544 431 1,2 TAP-Air Portugal SA (*) Início de atividade a 02 de Outubro de 2010 (anteriormente “Elframa”). Em comparação com o ano anterior, realçam-se as alterações mais significativas ocorridas nos principais clientes: • A EASYJET com um crescimento de 3,3%, consolidou a segunda posição no ranking de companhias aéreas com destino aos Aeroportos da Madeira; • A SATA Internacional foi o cliente onde a quebra no volume de negócios, foi mais acentuada; • Por sua vez, as empresas de Handling (SPdH e Portway), tiveram desempenhos inversos, enquanto a PORTWAY cresceu 1,9%, face a 2010; a SPdH teve uma quebra de (2,3%); • A salientar por último, e apesar de não ser possível comparar, dado só ter iniciado a atividades em 02 de Outubro de 2010, o volume de negócios da Loja Franca (Lojas Francas de Portugal) com um valor bastante superior ao evidenciado nos últimos anos pela anterior concessionária, a ELFRAMA. 86 .11 Relatório & Contas 8. INVESTIMENTOS Durante o exercício de 2011, a ANAM, SA realizou Investimentos que totalizam 1.559 mil Euros, os quais correspondem a 35,4% do valor previsto de 4.409 mil Euros. O quadro que segue sintetiza os Investimentos realizados nos últimos três anos. Un: mil Euros 2011 2010 2009 1.413 847 1.098 Direito de Concessão 412 147 587 Investimentos Substituição 960 453 0 27 29 124 Gastos 13 Aeroporto de Porto Santo 142 Direito de Concessão 1 Investimentos Substituição 138 Bens Patrimoniais 3 Gastos 0 Serviços Centrais 5 Direito de Concessão 0 Investimentos Substituição 0 Bens Patrimoniais 5 Gastos 0 Total 1.559 218 181 56 116 0 9 4 0 0 4 0 1.033 387 114 58 0 6 50 34 0 0 34 0 1.246 Aeroporto da Madeira Bens Patrimoniais Também no gráfico que segue se ilustra o detalhe dos Investimentos, de acordo com a sua natureza: Distribuição do Investimento Realizado em 2011 1.098 Direito Concessão 35 13 Investimento de Substituição Bens Patrimoniais Gastos 413 87 .11 Relatório & Contas 8.1. Infraestruturas Aeroportuárias A ANAM, SA tem em execução Investimentos em Infraestruturas e, paralelamente, desenvolve alguns projetos destinados à expansão ou melhoramento das infraestruturas aeroportuárias, nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo. Os Investimentos em curso são trabalhos plurianuais com início em períodos anteriores e cuja execução ainda se mantêm. Importa, a este propósito, realçar que, os investimentos realizados pela ANAM, SA concluídos, em infraestruturas nos Aeroportos da RAM, totalizam, até à data, cerca de 585 milhões de Euros, conforme se indica no quadro abaixo: Un: mil Euros Ac2009 2010 2011 Aeroporto da Madeira 564.074 581 93 564.748 20.417 74 69 20.559 584.491 655 161 585.308 Aeroporto de Porto Santo Total Total Durante o ano de 2011 não foram concluídos quaisquer projetos em infraestruturas, os quais se mantêm em curso, desde anos anteriores. 8.2. Investimentos de Exploração Estes Investimentos são, por norma, de realização anual e destinam-se a responder a necessidades de proteção e controlo do meio ambiente, implementação de soluções destinadas à poupança de energia, melhoria dos sistemas de informação ao público, apetrechamento dos meios de socorro e beneficiações diversas em infraestruturas e serviços. No exercício de 2011, foram realizados, no Aeroporto da Madeira, Investimentos de Exploração no total de 1.241 mil Euros, conforme se pode verificar no quadro do ponto 8.4. Regista-se, também, que em 2011, se deu início ao Programa Intervir+, presentemente em curso, que tem o apoio do FEDER, através do Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação. 88 .11 Relatório & Contas 8.3. Investimentos Correntes Destinados, entre outros, à reposição de equipamento informático e respetivo software, equipamentos de comunicação e equipamentos administrativos; viaturas ligeiras, ferramentas e utensílios nos Aeroportos e Serviços Centrais. Durante o exercício de 2011, foram despendidos em Investimentos Correntes, 156 mil Euros, como se explícita no quadro do ponto seguinte. 8.4. Resumo dos Investimentos Totais No quadro que segue resume-se a evolução dos principais investimentos, por natureza e Aeroporto, realizados entre 2009 e 2011: Un: mil Euros 2011 2010 2009 Aeroporto da Madeira 1. Infraestruturas 93 581 114 Reforço e Reperfilamento da Pista 28 428 0 Outros 65 153 114 2. Exploração 1.241 205 555 Projeto SITI 487 0 0 Viatura SLCI 317 0 0 Projeto GO 220 0 0 Outros 217 205 555 3. Correntes 79 60 429 1.413 847 1.098 Total Aeroporto de Porto Santo 1. Infraestruturas 69 74 0 Reforço e Reperfilamento da Pista 69 59 0 Outros 0 15 0 2. Exploração 3. Correntes Total 0 5 70 73 103 45 142 181 114 Serviços Centrais 1. Infraestruturas 0 0 0 2. Exploração 0 0 0 3. Correntes 5 4 34 5 4 34 1.559 1.033 1.246 Total Total Geral 89 .11 Relatório & Contas No gráfico que segue, visualiza-se o impacto dos Investimentos por natureza: Natureza do Investimento Realizado em 2011 Infraestruturas Exploração Correntes 1.241 156 161 8.5. Investimentos em Curso Como anteriormente já referido a Empresa mantém em curso um conjunto de Projetos e trabalhos destinados a futuras obras de melhoramento e/ou expansão das infraestruturas nos Aeroportos, conforme se assinala no quadro seguinte: Un: mil Euros Ac. 2011 Total Trabalhos Complementares do HBS 6 356 Projeto da Torre de Controlo do AM 24 243 Remodelação e Desenvolvimento da Aerogare do AM 116 8.966 Projeto de Auto-Silo no AM 261 278 Reforço e Reperfilamento das Pistas 584 14.575 Remodelação da Aerogare do APS 30 30 Estudo de Reparação da TWR do APS 30 30 Viatura SLCI no AM 317 530 Projeto SITI 833 1.577 1 113 220 284 2.422 26.982 Monitorização do Ruído Projeto GO Total Para cada um dos investimentos ou projetos, acima considerados, segue-se uma resumida memória descritiva e o ponto de situação dos trabalhos. 90 .11 Relatório & Contas a) Trabalhos Complementares do HBS Destina-se a complementar os Sistemas de Verificação de Bagagem 100% Screening nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo com as condições para desativação e/ou explosão de bagagens “suspeitas”, consideradas “ameaças” que vierem a ser estabelecidas como “standard” a nível dos aeroportos europeus. A primeira fase do Sistema de Bagagem 100% Screening encontra-se concluída e o arranque dos trabalhos complementares estará dependente da conclusão dos estudos sobre a solução a adotar. Os orçamentos previsionais estimados para a sua implementação são de 156 mil Euros e 200 mil Euros, respetivamente para AM e APS, considerando-se que existirá o diferimento de um ano entre a Madeira e o Porto Santo. Estes trabalhos não tiveram qualquer desenvolvimento em 2011. b) Projeto da TWR do AM Está prevista, a médio prazo, a construção de uma nova Torre de Controlo no Aeroporto da Madeira para substituição da atual que não permite uma visibilidade direta total sobre as soleiras da pista. O projeto propriamente dito está a ser desenvolvido pela ANAM, SA, com o apoio da ANA/DIA, contando com a participação e colaboração da NAV, EPE. O valor orçamentado, de 243 mil Euros, destina-se exclusivamente a remunerar o trabalho contratado à ANA/DIA, que corresponde à elaboração dos estudos e projetos de arquitetura e especialidades. Durante o ano de 2011 não se registou qualquer desenvolvimento. c) Remodelação e Desenvolvimento da Aerogare no AM A necessidade de aumentar a rentabilidade de exploração comercial do Aeroporto da Madeira, combinada com o desejo de melhorar as condições de conforto do passageiro levam à necessidade de estudar a reformulação dos circuitos de embarque/desembarque, nomeadamente através da otimização das áreas disponíveis nos pisos 2 e 3, intervindo-se em áreas operacionais, comerciais e da restauração, estando previsto na sua fase de desenvolvimento ultimo a possibilidade de se instalarem mangas telescópicas. O correspondente Estudo Prévio de Arquitetura foi adjudicado à firma MC Arquitectos, Lda. pelo preço de 116 mil Euros e encontra-se, presentemente, concluído e entregue. A execução dos trabalhos referentes a esta intervenção, para que se prevê uma duração de 36 meses e uma estimativa de custo na ordem dos 8,85 milhões de Euros, deverá iniciar-se depois de 2016. Como fase preliminar deste Projeto, está prevista uma intervenção pontual durante 2012, a nível do rejuvenescimento das atuais áreas comerciais e restauração nos pisos 2 e 3, cujo valor estimado é de 395 mil Euros. 91 .11 Relatório & Contas d) Projeto de Auto-Silo no AM A crescente evolução da procura de capacidade de estacionamento, a nível dos parques do Aeroporto, quer por parte de utentes, quer pelos Rent-a-Car, levaram a considerar-se conveniente dispor de um projeto para a criação de estacionamento através da construção faseada/modulada de um auto-silo, integrado na estrutura dos parques e núcleo de acesso vertical, já existentes para implementação em função de critérios de oportunidade a estabelecer. A posterior execução deste Projeto encontra-se dependente da sua oportunidade associada à viabilidade económica. A elaboração do desenvolvimento do Projeto para um auto-silo, a executar de forma faseada, foi contratado, em 12 de Dezembro de 2008, à firma Segadães Tavares & Associados, pelo valor de 278 mil Euros, estando o Projeto de Execução relativo à primeira fase concluído na sua versão preliminar que se encontra em fase de apreciação interna. e) Reperfilamento e Repavimentação das Pistas no AM e APS Aeroporto da Madeira - os pavimentos betuminosos da pista e caminhos de circulação apresentam uma fendilhação e desagregação superficial em evolução rápida e preocupante, consequência de uma situação patológica da camada superficial do tipo top-down craking, originada pelo envelhecimento precoce do ligante betuminoso. Na sequência de concurso público contratou-se à CENORPLAN – Planeamento e Projetos, Lda. a elaboração do Projeto para o Reforço e Reperfilamento da Pista, que já foi entregue em 2011, com um custo de 117 mil Euros. A necessidade de entretanto assegurar as condições mínimas operacionais dos pavimentos betuminosos levou à realização, através de concurso, de uma intervenção para reparações pontuais, adjudicado à TECNOVIA Madeira, com início em 2010 e conclusão em 2011, representaram um custo global de 394 mil Euros e constituí uma primeira fase do trabalho. Assim, a execução da Empreitada correspondente a este projeto e as intervenções pontuais na pista, têm um valor estimado de 7.894 mil Euros, a realizar em 2010 e anos seguintes. Aeroporto de Porto Santo - a pista dispõe de um comprimento total de 3.000 mts., dos quais 2.450m são em betuminoso, cujo ciclo de vida útil se encontra já esgotado e, portanto, em fase de degradação estrutural. Esta situação, caso não seja efetuada uma intervenção a curto prazo originará, num futuro próximo, uma rutura da capacidade de carga da estrutura da pista, de que poderá, no limite, vir a inviabilizar as operações. 92 .11 Relatório & Contas Assim, o Projeto de Reforço e Reperfilamento foi realizado pela empresa NORVIA – Consultores de Engenharia, SA, na sequência de concurso público, por um valor de 114 mil Euros. A execução global da correspondente empreitada, com um valor previsto de 5.827 mil Euros, está prevista a sua conclusão em 2014. O volume deste investimento obriga a ANAM, SA a procurar obter comparticipação financeira para a execução desta empreitada, dado a natureza da utilização civil e militar deste Aeroporto e ser uma infraestrutura altamente deficitária. De modo a minimizar-se os inconvenientes operacionais resultantes do estado dos pavimentos, realizou-se no 1º trimestre de 2011 uma intervenção de reparações pontuais, que foi adjudicado por 27 mil Euros à EDIMADE – Edificadora da Madeira, SA, valor este incluído na estimativa da obra. Acrescem, ainda, os trabalhos de reperfilamento das pistas dos Aeroportos da Madeira 624 mil Euros, referentes a trabalhos de revisão do projeto, fiscalização da obra e acompanhamento do LNEC. f) Remodelação da Aerogare no APS A implementação do Sistema HBS levou à redução (pela criação de um corredor retirado à sala de recolha de bagagem) das áreas de recolha de bagagens, pelo que se contratou ao Atelier Mota Carvalho Arquitectos um estudo para o aumento desta área à custa da relocalização da Sala VIP, com o consequente arranjo do conjunto das salas de embarque. Também se incluiu neste Projeto, a reformulação e substituição da rede de combate a incêndios, que as condições de agressividade climática têm deteriorado. O projeto foi adjudicado por 30 mil Euros, encontrando-se em fase final de adaptação aos comentários produzidos. A efetivação deste projeto, a nível das intervenções na Aerogare fica dependente da obtenção de financiamento adequado. g) Estudo de Reparação da TWR do APS Face à verificação de fissuras existentes na Torre do APS ao nível das áreas dos pisos ocupados, foi realizado um Estudo e concluiu-se não existirem deficiências estruturais de fundo, sendo, contudo, recomendada uma intervenção destinada a repor uma adequada utilização destas áreas. Para tal, a ANAM, SA, facultou aos utentes deste espaço (FA, NAV e Meteorologia), o respetivo Estudo, tendo-se proposto que o custo com as reparações necessárias fosse partilhado entre os utentes, dado que a Empresa não recebe qualquer contrapartida pela ocupação daqueles espaços. Aguarda-se o desenvolvimento do processo. 93 .11 Relatório & Contas h) Viatura SLCI no AM Trata-se de uma viatura “Striker” 3.000 6x6, fabricada pela Oshkosh Corporation, para salvamento e combate a incêndios em aeronaves, com uma capacidade de agentes extintores de 11.356 litros de água, 1.590 litros de espuma AFFF e de 227 Kg de pó químico. A aquisição desta viatura irá permitir deslocar para o Aeroporto de Porto Santo uma viatura Oshkosh T12. i) Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação O Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação tem por objetivo dotar a Empresa de uma convergência de comunicações de dados, voz, imagem, informação interativa e aplicações de serviços de valor acrescentado, com base na rede de banda larga em fibra ótica sobre a qual os novos equipamentos e sistemas se apoiarão a nível dos diversos sistemas específicos aeroportuários. Os atuais sistemas de telecomunicações da ANAM, SA, estão baseados em tecnologia antiquada que irá ser descontinuada, pelo que este facto introduz uma perda de fiabilidade inaceitável, para além de não permitir à Madeira, enquanto região turística, realizar todo o seu potencial de que o Aeroporto é uma peça fundamental. Assim este projeto permite realizar um salto qualitativo inerente à integração na sociedade de informação, sendo um fator de aumento da competitividade e de qualidade dos serviços aeroportuários prestados. j) Monitorização do Ruído Este sistema irá garantir a revisão e melhoria do atual sistema de Monitorização do Ruído que está em funcionamento desde 2002 estando, nesta altura obsoleto. Este novo sistema irá, igualmente, permitir a acreditação das medições do ruído, realizadas nos Aeroportos da Madeira dando, assim, cumprimento integral às disposições presentes no art. 34 do Regulamento Geral do Ruído, que se tornaram obrigatórios em Fevereiro de 2011. l) Projeto GO Constitui a substituição do anterior Sistema de Gestão Operacional por um novo sistema (designado por Projeto GO), tendo em vista a uniformização dos processos e sistemas de gestão operacional. Este novo sistema vem permitir uma grande facilidade de parametrização o que tem como vantagem a sua utilização por qualquer estação de trabalho e uma permanente monitorização dos processos. Irá, igualmente, otimizar a gestão e planeamento dos recursos existentes na infraestrutura aeroportuária, alimentando o sistema de informação de voo e disponibilizando os dados dos formulários eletrónicos, preenchidos pelos handlers. Desta forma, poder-se-á alimentar diretamente o sistema de faturação “BILLAS” em tudo o que respeita a taxas de tráfego, equipamentos e serviços de aviação. 94 .11 Relatório & Contas 8.6. Financiamento dos Investimentos Foi garantido para o Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação, uma comparticipação de 80% do FEDER – Programa Intervir+, estando os restantes 20% a serem assegurados através de autofinanciamento. Os outros Investimentos realizados pela ANAM, SA em 2011, foram integralmente efetuados com recurso a auto-financiamento e/ou utilização de empréstimos já contratados. 95 .11 Relatório & Contas 9. RECURSOS HUMANOS A Gestão de Recursos Humanos da ANAM, SA tem orientado a sua atuação para o desenvolvimento profissional e envolvimento dos seus Colaboradores nos objetivos estratégicos da Empresa. Neste sentido foi: i) dada continuidade ao Plano de Formação Anual, apostando-se não só na formação técnica, mas igualmente na área comportamental, através da candidatura ao Programa Rumos, um programa cofinanciado pelos Fundos Europeus; ii) implementada uma nova vertente da Avaliação de Desempenho, a qual compreende a Avaliação de Objetivos e uma Avaliação de Competências; iii) desenvolvido um Plano de Ações de Satisfação de Colaboradores, o qual encerrou o Programa de Saúde e Bem Estar – Sinta-se Bem e proporcionou um Encontro de Quadros, especificamente direcionado para Chefias, e iv) mantido o Programa de Otimização do Efetivo. Em 2011 houve a necessidade de reestruturar duas áreas da Empresa, face a saídas de efetivos, nomeadamente do Serviço de Marketing e de Segurança Aeroportuária. Houve também a necessidade de recrutar internamente Oficiais de Operações Aeroportuárias para os Aeroportos da Madeira e Porto Santo. 9.1. Efetivos Em termos globais em 2011, houve uma redução líquida de 9 efetivos da ANAM, SA, passando de 326 colaboradores para 317, como se indica: Evolução de Efectivos AM % 240 100,0 71 100,0 15 100,0 326 100,0 1 0,4 0 0,0 1 6,7 2 0,6 Saídas (7) (2,9) (4) (5,6) 0 0,0 (11) (3,4) Saldos dos mov. do ano (6) (2,5) (4) (5,6) 1 6,7 (9) (2,8) 234 97,5 67 94,4 16 106,7 317 97,2 Efetivos em 01.Jan.2011 Admissões Efetivos em 31.Dez.2011 APS % CEN* % ANAM % * Inclui os 2 administradores pagos pela ANAM, SA. Não inclui 3 membros do Conselho Fiscal. A movimentação ocorrida em 2011 compreende, assim, onze saídas e duas entradas. Realça-se que, das 11 saídas, 2 delas ocorreram por desvinculação, 4 por rescisão por mútuo acordo, 3 por aposentação, 1 por invalidez e outra por falecimento. Em relação às 2 entradas, é de considerar: 1 técnico para a Gestão Comercial e Marketing, proveniente do mercado trabalho e 1 outro para Assessor do Conselho de Administração, que regressou à Empresa após vários anos em exercício de funções no Governo Regional. 96 .11 Relatório & Contas 9.2. Programa de Otimização do Efetivo Em 2011, foi dado continuidade ao Programa de Otimização do Efetivo que teve o seu início em 2005. Este programa possibilitou, até agora, saídas por mútuo acordo, que contribuíram para a redução líquida de 76 efetivos que passaram de 393 no início de 2005 para 317 no final de 2011 e envolveu um dispêndio, no período, de 9.252 mil Euros. O quadro que segue evidencia o impacto financeiro deste programa: Efetivos Incentivos Incentivo Médio Un. 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 Total 19 14 91 1.218 1.425 9.252 nº 7 2 24 16 9 M Euro 764 203 3.030 1.543 1.069 M Euro 79 102 126 96 119 64 102 102 No entanto, considerando as orientações do SEE 2011 sobre a redução de custos, o Programa de Otimização do Efetivo foi, desde 2010, bastante limitado e extensivo apenas a situações devidamente ponderadas e aprovadas pelo Conselho de Administração. Cabe, ainda, referir que, face à necessidade de rejuvenescer o efetivo dos Serviços de Luta e Salvamento contra Incêndios dos Aeroportos da Madeira, com uma franja significativa de OPS a caminho dos 60 anos, o que a breve trecho poderá vir a impossibilitar o cumprimento do que se encontra determinado pelo INAC (CIA 24/2010 de 14 de Setembro) no que respeita à proficiência física – a Empresa procedeu ao lançamento de um Concurso Público Internacional para a contratação, de forma faseada, de uma Prestação de Serviços de Socorro e Emergência de Aeródromo nos Aeroportos da Madeira e do Porto Santo, pelo prazo inicial de 5 anos, prorrogável por períodos sucessivos de 3 anos, estando o concurso em fase de apresentação de propostas (01 de Fevereiro de 2012). Numa primeira fase, o Concurso contempla a contratação de um turno para o Aeroporto da Madeira e dois turnos para o Aeroporto do Porto Santo. Paralelamente, foi acordado um Plano de Otimização do Efetivo SSLCI que possa acolher a saída, igualmente faseada nos próximos 3 anos, de Oficiais de Operação de Socorros, que se encontram em condições de o fazer e venham a aderir ao referido plano. 97 .11 Relatório & Contas 9.3. Formação No decurso do ano de 2011, foram realizadas 53 ações de formação, que totalizaram 4.942 horas, às quais acrescem 775 horas relativas ao Estatuto de Trabalhador-Estudante. As referidas ações de formação envolveram, em termos globais, 406 participantes (241 colaboradores). As horas de formação e a sua distribuição por natureza e qualificação dos participantes, encontra-se detalhado no quadro, que refere: Un: Horas Chefias Tec. Sup. T. Alt. Qualif. Outros Total Formação Interna 0 0 0 0 0 Formação Externa 797 157 4.439 324 5.717 797 157 4.439 324 5.717 Total De realçar que os gastos com a formação, totalizaram 91.196 Euros, dos quais: • Gastos Directos (inscrições com Custos de Formação) 61.482 Euros • Gastos Indirectos (aluguer de salas, coffee-breaks, almoços, estadas, Ajudas de custo, deslocações, etc.) 29.714 Euros Recorda-se que, o Plano anual de Formação incidiu maioritariamente em formação técnica nas áreas de Engenharia e Manutenção; Higiene e Segurança no Trabalho e Socorros e Operações, nomeadamente a resultante do recrutamento interno para os Serviços de Operações Aeroportuárias dos Aeroportos da Madeira e Porto Santo, ainda em curso e com continuidade em 2012. Assinala-se, também, que ainda em 2011, a Gestão de Recursos Humanos candidatou-se e obteve aprovação para o Programa Rumos, um Programa de Formação cofinanciado pelo Fundo Social Europeu. Com esta candidatura foi e continuará a ser possível em 2012 e 2013 proporcionar formação na área comportamental a um número mais abrangente de colaboradores, com uma redução de custos significativa. 98 .11 Relatório & Contas 9.4. Massa Salarial Em 2011, de acordo com as orientações da RCM 01/2011, de 04 de Janeiro e demais legislação subsequente, foram aplicadas reduções às remuneratórias totais ilíquidas de valor mensal superior a 1.500 Euros e foram vedadas todas as valorizações remuneratórias, nomeadamente progressões e promoções. No quadro seguinte apresenta-se a evolução da massa salarial per capita entre 2009 e 2011: Un: mil Euros Descrição 2011 2010 2009 Var. CA 2011/2010 2011/2009 Massa Salarial Remuneração Trabalho Suplementar 8.570 9.605 9.859 (10,8) (6,8) 406 397 387 2,4 2,4 Encargos s/ Remuneração Seg. Social + Seg. Ac. Trab. 1.998 2.074 1.912 (3,7) 2,2 942 1.040 3.544 (9,4) (48,4) 11.917 13.116 15.703 (9,1) (12,9) Efetivos Médios ANAM 323 325 334 (0,6) (1,7) Massa Salarial per Capita 36,9 40,4 47,0 (8,6) (11,4) Outros Gastos com Pessoal Total 9.5. Acidentes de Trabalho e Absentismo No âmbito da promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, a Empresa tem em curso um conjunto as medidas de monitorização e controlo de alguns indicadores de pessoal, entre os quais o Absentismo e os Acidentes de Trabalho. O quadro que segue relaciona o Absentismo e os Acidentes de Trabalho nos últimos 3 anos: 2011 2010 2009 Absentismo 5,3% 5,8% 5,9% 9 9 11 1,0% 1,0% 0,4% Nº Acidentes de Trabalho Acidentes de Trabalho* * Peso das horas não trabalhadas por acidente de trabalho, no total das horas potenciais Da análise ao quadro supra, verifica-se que a taxa de Absentismo em 2011 foi a mais baixa dos últimos três anos. No que diz respeito aos Acidentes de Trabalho, manteve-se a tendência verificada no ano anterior, quer no total de Acidentes de Trabalho, quer no peso percentual das horas não trabalhadas, esta decorrente essencialmente da existência de 3 situações, com um índice de baixa de maior gravidade (baixa prolongada). 99 .11 Relatório & Contas 9.6. Ações em Desenvolvimento A nível da gestão dos Recursos Humanos, a ANAM, SA, deu continuidade a processos transversais, no âmbito do Sistema de Gestão Integrado dos Recursos Humanos, com o desenvolvimento de ações nas suas principais valências: Gestão de Competências; Gestão de Desempenho; Gestão de Formação; e Gestão de Desenvolvimento e Seleção, cujas funcionalidades pretende integrar em SAP e Portal do Colaborador, no âmbito do Projeto SAP Evolution. Merecem destaque: i) a implementação do novo Sistema de Avaliação de Desempenho, na sua dupla vertente de Avaliação de Objetivos e Avaliação de Competências; ii) o Plano de Satisfação e Envolvimento resultante do Estudo de Satisfação de Colaboradores, com o projeto “Sinta-se Bem”; e iii) um Encontro de Quadros em formato outdoor e dirigido exclusivamente para chefias, o qual teve como propósito potencializar competências de liderança e fomentar a comunicação assertiva a todos os níveis direcionais, inclusive entre pares. Para 2012 e além das ações ainda em desenvolvimento, serão priorizadas outras com especial relevância para a Segurança e Saúde no Trabalho. 100 .11 Relatório & Contas 10. ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA 10.1. Situação Económica 10.1.1.Proveitos Operacionais Os Proveitos Operacionais da ANAM, SA ascenderam, em 2011, a 42.260 mil Euros, o que se traduz num decréscimo de (1,7%) face ao ano anterior. No quadro que segue apresenta-se a decomposição e evolução dos Proveitos, estes, de acordo com a sua natureza, agrupados em três rubricas essenciais: Descrição Madeira Porto Santo Serviços Centrais Total 2011 Total 2010 Total 2009 Un: mil Euros Variação % RÉDITO 36.640 1.458 0 38.098 37.504 39.285 1,6 Prestação de Serviços 36.602 1.451 0 38.053 37.412 39.169 2 Aviação 26.392 1.116 0 27.509 27.374 28.326 0 697 30 0 727 703 742 3,3 Segurança 3.007 126 0 3.133 3.190 3.390 (1,8) Não Aviação 6.093 179 0 6.271 5.940 6.086 6 412 1 0 413 203 626 104 38 7 0 45 92 115 (51,8) 3.969 193 0 4.162 5.495 4.144 (24,3) Reversões de Terceiros 0 0 0 0 1.475 112 (100,0) Financeiros 0 0 0 0 1 0 (91,9) 3.829 183 0 4.013 4.013 4.013 (0,0) 140 9 0 149 6 19 2.392 40.609 1.651 0 42.260 42.999 43.428 (1,7) PMR’s Contrato de Construção Outros Réditos OUTROS RENDIMENTOS Subsídios ao Investimento Outros Total Da análise ao quadro supra importa destacar: • Rédito A Prestação de Serviços engloba o Volume de Negócios “core” (Serviços “Aviação” e “Não Aviação”), integra, as rubricas de PMR, Segurança e o Contrato de Construção. Finalmente, o valor da parcela “Outro Rédito” é, nas atuais circunstâncias, residual. A evolução do Rédito entre 2010 e 2011 é positiva em 1,6% e o peso do Rédito no total dos Proveitos em 2011 é de 90,2%, como se detalha: 101 .11 Relatório & Contas • Prestação de Serviços • Aviação Com o valor global de 27.509 mil Euros, esta rubrica representa 72,2%, em relação ao total do Rédito. Para maior detalhe dos valores reportamos ao ponto 7.1 anterior. • PMR’s A receita gerada por esta rubrica foi de 727 mil Euros e, o seu crescimento face ao ano anterior de 3,3%, está alinhado com a evolução do tráfego de passageiros. • Segurança Esta rubrica evidencia as receitas provenientes da atividade de Segurança, realizada sob responsabilidade da Empresa, nas duas componentes A) e B). As receitas totalizaram 3.133 mil Euros, conforme explicitado no ponto 7.3, anterior e representam 8,2% do valor do Rédito. • Não Aviação Constituem as receitas provenientes da atividade comercial da Empresa: Retalho, Imobiliária, Publicidade, Rent-a-Car e Parques de Estacionamento, como se explicita no ponto 7.2 anterior. No âmbito “core” estas receitas, no total de 6.271 mil Euros, representam 16,5% do Rédito. • Contrato de Construção Reflete o valor dos novos Ativos Intangíveis (Direito de Concessão) considerados no âmbito do Contrato de Concessão, por via da adoção da IFRIC 12. • Outro Rédito A conta não é materialmente relevante e inclui algumas receitas provenientes de: ADSE, cedência de pessoal, cedência de materiais, venda de cadernos de encargos, etc.. • Outros Rendimentos Esta conta, com 4.162 mil Euros, reflete o reconhecimento em Proveitos dos Subsídios ao Investimento obtidos, a fundo perdido, imputados ao presente exercício, no total de 4.153 mil Euros. Neste âmbito, destaca-se o início da participação do FEDER no projeto SITI, de que resultou um reconhecimento, em 2011, de 273 mil Euros. 102 .11 Relatório & Contas Acresce que os 4.153 mil Euros, incluem 140 mil Euros da rubrica Outros, que dizem respeito a Investimentos de REPEX associados à utilização de responsabilidades, sendo o restante o valor da rubrica de Subsídios ao Investimento. A rubrica “outros Rendimentos” integra, ainda, outros pequenos valores, no montante de 9 mil Euros, relativos à alienação de imobilizado corpóreo, descontos de p.p. obtidos, etc.. A evolução dos Proveitos acima caracterizados, entre 2010 e 2011, é também ilustrada no gráfico que segue: 45.000 40.000 - 37.504 50.000 38.098 Evolução dos Proveitos 35.000 2011 2010 30.000 25.000 20.000 - 4.162 10.000 5.000 0- Rédito 5.495 15.000 - Outro Rendimentos Entretanto a contribuição dos Proveitos por Aeroporto e Serviços Centrais, apresenta a seguinte distribuição: i) Aeroporto da Madeira com 96,1% do total de Proveitos; ii) o Aeroporto de Porto Santo com 3,9%, sendo nula a contribuição dos Serviços Centrais. 103 .11 Relatório & Contas 10.1.2. Custos Operacionais Em 2011, os Custos Operacionais da ANAM, SA, ascenderam a 36.810 mil Euros, o que corresponde a uma redução de (0,5%), face ao ano anterior. A evolução dos Custos Operacionais evidencia-se no quadro seguinte: Porto Santo Serviços Centrais Total 2011 Total 2010 Total 2009 Un: mil Euros Variação % 93 10 0 103 109 116 (4,8) 12.447 791 851 14.089 13.206 12.519 6,7 Gastos com Pessoal 8.489 2.762 666 11.917 13.116 15.703 (9,1) Amortizações e Depreciações* 8.450 251 24 8.725 9.150 9.137 (4,6) Outros Gastos 1.897 76 3 1.976 1.408 1.502 40,3 31.376 3.890 1.544 36.810 36.989 38.977 (0,5) Descrição Madeira Consumos Fornecimentos e Serv. Externos Total * Este valor não considera os Subsídios ao Investimento. A análise das diferentes rubricas dos Custos Operacionais põe em destaque o aumento em 6,7% nos Fornecimentos e Serviços Externos, devido ao aumento de responsabilidades assumidas para investimentos de substituição futuros (segundo interpretação da IFRIC 12). Pelo seu impacto, na estrutura de custos, detalhar-se-á também as contas de Gastos com Pessoal e as Amortizações. • Fornecimentos e Serviços Externos Apesar do acréscimo de 6,7% nos FSE´s considera-se que custos foram no decurso do exercício contidos, atingindo-se reduções em várias rubricas. Explicita-se, seguidamente, as principais rubricas dos FSE’s que determinaram a evolução apresentada. • • • • • • • • • • Conservação e Reparação, com mais 31,9% (inclui as responsabilidades assumidas(9)); Vigilância e Segurança, com menos (14,3%); Trabalhos Especializados, com menos (2,6%); Limpeza, Higiene e Conforto, com menos (15,6%); Eletricidade, com mais 0,9%; Estudos Projetos e Pareceres, com mais de 2,9%; Seguros, com menos (2,8%); Jardinagem e Decoração de Interiores, com menos (9,1%). Deslocações e Estadas, com mais 14,0%; Assistência Técnica Pessoal ANA, SA, com menos (10,5%); (9) Se não tivesse sido considerada nesta conta o impacto do aumento das responsabilidade de 1.711 mil Euros, a rubrica Conservação e Reparação apresentaria uma redução de (11,9%), face a 2010. 104 .11 Relatório & Contas O desempenho das restantes rubricas dos FSE’s, foi positivo, tendo ficado aquém dos valores previstos, com maior incidência na Publicidade e Propaganda, nas Rendas e Alugueres e nas Comunicações. • Gastos com Pessoal Os Gastos com Pessoal, em 2011, têm uma redução de 9,1% face ao ano anterior. Esta redução resulta da diminuição das tabelas salariais em 2011 e dos encargos associados ao pessoal, que foram motivados pela aplicação do Programa de Otimização de Efetivo e consequentes saídas entretanto verificadas. • Amortizações e Depreciações Durante 2011, um conjunto de Bens Patrimoniais ficaram totalmente amortizados, o que veio a provocar, em relação a 2010, uma diminuição de (4,6%) na rubrica “Amortizações e Depreciações”. • Outros Gastos A conta Outros Gastos, evidencia um aumento de 40,3%, face ao ano anterior e incorpora como principal componente os incentivos ao tráfego, como se indica: • • • • Programa de Incentivos do Aeroporto da Madeira: 138 mil Euros. FIPT – Fundo para o Investimento em Promoção Turística: 276 mil Euros. Initiative:pt. – Developing Tourism and Aviation: 970 mil Euros Plano Táctico e Outros: 253 mil Euros O montante de 1.637 mil Euros de incentivos ao tráfego gasto em 2011, corresponde a um reforço de 593 mil Euros, em relação a 2010. Considerando os efeitos da crise económica e financeira, este aumento demonstra o esforço da Empresa no desenvolvimento de uma política de Marketing Aeroportuário, que incorpora uma filosofia de gestão orientada para o Cliente (companhias aéreas) e para o seu mercado. 10.000 - 9.150 8.725 13.116 11.917 13.206 12.000 - 8.000 - 4.000 2.000 0- Consumos Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Amortizações e Depreciações 1.408 6.000 1.976 2010 14.000 - 109 2011 16.000 - 103 Evolução da Estrutura de Custos 14.089 O gráfico abaixo ilustra a evolução das rubricas de Custos Operacionais de 2010 para 2011. Outros Gastos 105 .11 Relatório & Contas 10.1.3. Resultados A ANAM, SA registou, no exercício de 2011, um Resultado Líquido, após impostos de 5.603 mil Euros positivos, o que representa uma melhoria de 4.818 mil Euros, face a 2010. A obtenção deste resultado encontra-se associado ao apuramento de Impostos Diferidos, no montante de 4.032 mil Euros, considerados como a melhor estimativa das diferenças temporárias a recuperar em períodos futuros (vide Gasto do Imposto sobre o Rendimento, Nota 26 do Anexo às Demonstrações Financeiras). Para além do Resultado Líquido, o quadro seguinte identifica alguns dos resultados obtidos em 2011 e a sua comparação com 2010. Descrição Madeira Porto Serviços Santo Centrais Prestação de Serviços 36.602 1.451 0 38.053 Cash-Flow Operacional (EBITDA) 13.853 (2.171) (1.520) 10.162 Resultado Operacional (EBIT) Resultado Financeiro 9.233 (2.239) (1.544) Total 2011 5.450 Total 2010 Total 2009 37.412 39.169 Un: mil Euros Variação Valor % 642 1,7 11.148 9.575 (986) (8,8) 6.011 4.451 (561) (9,3) (5.314) 0 1.439 (3.875) (3.924) (3.616) 49 1,2 0 0 4.028 4.028 (1.303) (1.767) 5.330 409,2 3.919 (2.239) 3.923 5.603 4.818 614,2 Imposto sobre o Rendimento Resultado Líquido 784 (932) • Cash-Flow Operacional EBITDA O Cash-Flow Operacional (EBITDA), como expressão do resultado entre Proveitos Operacionais e os Custos Operacionais (excluindo as Amortizações), é positivo em 10.162 mil Euros, apesar de evidenciar um decréscimo de (8,8%), face ao ano anterior. • Resultado Operacional (EBIT) O Resultado Operacional (EBIT) é positivo em 5.450 mil Euros. Realça-se, também, um EBIT positivo no Aeroporto da Madeira de 9.233 mil Euros e negativo no Aeroporto de Porto Santo e Serviços Centrais, respetivamente, com (2.239) mil Euros e (1.544) mil Euros. • Resultado Financeiro O Resultado Financeiro, com o montante de (3.875) mil Euros melhorou ligeiramente em relação a 2010. Esta melhoria resulta por um lado, de um agravamento das taxas de juro ativas variáveis com indexante à Euribor e, por outro, à aplicação de maiores excedentes de tesouraria com taxas de juro passivas mais elevadas, conforme se explicita: 106 .11 Relatório & Contas Un: mil Euros 2011 2010 2009 Juros dos Empréstimos (5.314) (4.529) (6.251) (17,3) Justo Valor dos Swaps 0 0 1.379 0,0 1.439 603 644 138,5 (3.875) (3.925) (4.228) 1,3 0 2 612 0,0 (3.875) (3.924) (3.616) 1,2 Outros Operações de Financiamento Outros Resultados Financeiros Resultados Financeiros Variação % Os juros suportados, relativos aos empréstimos bancários contraídos pela ANAM, SA, bem como os custos de locação financeira, tiveram em 2011 um aumento de 17,3%, devido essencialmente às alterações registadas nas taxas variáveis, com indexante à Euribor. O Justo Valor dos Swaps, os Swaps detidos pela ANAM, SA foram cancelados em 2009 pelo que, desde essa data, o resultado financeiro não reflete qualquer variação proveniente destes instrumentos financeiros. Em Outros encontram-se registados os Proveitos Financeiros decorrentes de aplicações financeiras em contas de curto prazo. O crescimento desta rubrica está associado ao aumento das taxas de juro passivas obtido nas aplicações financeiras da Empresa. • Gasto do Imposto sobre o Rendimento O Gasto do Imposto sobre o Rendimento no total de 4.028 mil Euros compreende o Imposto Corrente e Diferido, sendo explicitado no Anexo às Contas(10). 50.000 40.000 - 37.412 Evolução dos resultados 38.053 A evolução dos resultados pode, também, ser visualizada no gráfico seguinte: 784 5.003 -1.303 4.028 -3.924 0- -3.875 6.011 10.000 - 5.450 2010 20.000 - 11.148 2011 10.162 30.000 - (10.000) Prestação de Serviços Cash-Flow Operacional (EBITDA) Resultado Operacional (EBIT) Resultado Financeiro Imposto sobre o Rendimento Resultado Líquido (10)Impostos Diferidos 107 .11 Relatório & Contas 10.1.4. Valor Acrescentado O quadro que segue espelha a evolução do Valor Acrescentado Bruto (VAB): Un: mil Euros Variação 2011 2010 2009 Valor Valor Acresc. Bruto % 22.119 22.841 25.501 (722) (3,2) Nº de Efetivos Médios 323 325 334 (2) (0,6) VAB per capita 68,5 70,3 76,4 (2) (2,6) O Valor Acrescentado Bruto, em 2011, apresenta um decréscimo de 722 mil Euros, face ao ano anterior, a que corresponde uma diminuição de (3,2%). Por sua vez, o número de efetivos médios teve uma diminuição de (0,6%), em resultado do número médio de saídas verificadas ao longo do ano. Assim, a redução de (2,6%) registada em 2011, face ao ano anterior e apesar da saída de 2 efetivos médios, traduzida pelo rácio VAB per capita, reflete, ainda assim, uma perda da eficiência da Empresa. 108 .11 Relatório & Contas 10.2. Situação Financeira 10.2.1. Estrutura Patrimonial 10.2.1.1. Ativo O total do Ativo da ANAM, SA registava, no final do exercício, o valor de 240.471 mil Euros. Este valor representa um acréscimo de 1,9% relativamente ao valor de 2010. • Ativos não Correntes Os Ativos não Correntes, no montante de 205.348 mil Euros, tiveram uma diminuição de (2.993) mil Euros, como se indica: • A redução de (245) mil Euros na rubrica de bens patrimoniais, pelo efeito conjugado de aumento de ativos e das amortizações; • Uma redução de cerca de (3) mil Euros na conta Investimentos em Curso, resultado da corporização dos investimentos patrimoniais em curso; • A redução de (4.257) mil Euros na rubrica Direitos de Concessão, decorrente das amortizações a que os ativos da Concessão estão sujeitos e a novos aumentos; • A redução de (57) mil Euros na rubrica Outros Ativos Intangíveis resulta da aplicação das taxas de amortização previstas no Decreto Regulamentar nº 25/2009, de 14 de Setembro. • A diminuição de (25) mil Euros nas contas de Dívidas a Receber Comerciais e Outras. O saldo desta conta inclui a aplicação de médio prazo, de 15 milhões de Euros, efetuada na ANA, SA. • O aumento de 1.594 mil Euros na conta de Ativos por Impostos Diferidos, relativa às responsabilidades assumidas. • Ativos Correntes O saldo atual da conta de Ativos Correntes é de 35.123 mil Euros e representa um aumento de 7.406 mil Euros, em relação a 2010. Como principais contas importa destacar: • Dívidas a Receber Comerciais e Outras, com 8.525 mil Euros. O aumento desta conta, em comparação com o ano anterior, é de 2.235 mil Euros, está relacionado com a atribuição do Subsídio do FEDER referente ao Projeto SITI e ao crescimento das Dívidas de Clientes. 109 .11 • Relatório & Contas A conta Caixa e Equivalentes de Caixa, com um saldo de 25.208 mil Euros, teve no decurso do exercício um acréscimo de 4.916 mil Euros, proveniente dos excedentes de tesouraria obtidos. 250.000 200.000 - 208.341 Evolução do Activo 205.348 O gráfico que se segue ilustra a evolução do Ativo entre 2011 e 2010. 2010 35.123 100.000 2011 50.000 0- Activos Não Correntes 27.717 150.000 - Activos Correntes 10.2.1.2. Capital Próprio e Passivo • Capital Próprio No final de 2011, os Capitais Próprios ascendem a 7.554 mil Euros e apenas cobrem cerca de 11,2% do Capital. • Passivo Com 232.917 mil Euros, o Passivo, teve uma ligeira redução de (0,5%), relativamente ao ano anterior, sendo de destacar: • Passivo Não Correntes Esta rubrica com 218.006 mil Euros, no final de 2011, registou um pequeno decréscimo, em relação a 2010, de (0,6%). Para além dos Empréstimos de 199.387 mil Euros, que se encontram estruturados a Médio e Longo Prazo, existe outra conta, cuja natureza e pelo seu peso no Passivo, importa referir: • Dívidas a Pagar e Outros Passivos O valor desta conta de 17.066 mil Euros, reflete, quase exclusivamente as responsabilidades assumidas para fazer face a obrigações futuras da Concessão (renovação/substituição de ativos)(11). (11)Nota: 17 - Dívidas a Pagar e outros Passivos 110 .11 Relatório & Contas • Passivo Correntes Os Passivos Correntes apresentavam no final do exercício o montante de 14.910 mil Euros, representando um acréscimo de 0,9%, em relação ao ano transato e integra as seguintes rubricas: • • • • • • Acréscimos de Custos Empréstimos de Curto Prazo Fornecedores Responsabilidades Contratuais Proveitos Diferidos Outros 3.663 mil Euros 3.601 mil Euros 2.839 mil Euros 2.572 mil Euros 920 mil Euros 1.315 mil Euros 250.000 200.000 - 219.333 150.000 - 0- 14.910 50.000 - 2010 1.952 7.554 100.000 2011 Capital Próprio Passivos Não Correntes 14.774 Evolução do Capital Próprio e do Passivo 218.006 O gráfico que segue ilustra a evolução do Capital Próprio e do Passivo: Passivo Correntes 10.3. Situação da Dívida (evolução da taxa média anual dos financiamentos) No quadro seguinte apresenta-se a evolução da Taxa Média Anual dos financiamentos e encargos com eles associados, ao longo dos últimos 5 anos. Un: mil Euros Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 Dívida no início do Período 282.152 257.855 207.261 207.240 207.228 Dívida no fim do Período 257.855 207.261 207.240 207.228 203.479 Total dos Encargos (Juros + Tx. Garantia) 12.263 12.388 6.252 4.529 5.314 Taxa Média Anual 4,5% 5,3% 3,0% 2,2% 2,6% Da análise ao quadro supra, verifica-se que entre 2010 e 2011, o custo médio do capital teve um agravamento de 40 bp. Esta média encontra-se, todavia, influenciada pela taxa fixa do empréstimo obrigacionista, que é de 5,34%(12). (12) Nota: 16.2 – Termos e Prazos de Reembolso de Empréstimos. 111 .11 Relatório & Contas 11. PERSPETIVAS FUTURAS A ANAM, SA iniciará um período crítico em termos económico-financeiros a partir de 2012 (com especial incidência em 2014), resultado do modelo financeiro utilizado para garantir a realização dos pesados investimentos do Projeto de Ampliação do Aeroporto do Funchal, baseado em apoios a fundo perdido e no endividamento da Empresa, que se revelou pela dimensão, desadequado e penalizador à obtenção do equilíbrio económico-financeiro da Concessão. Com resultados líquidos estruturalmente negativos, face à impossibilidade de gerar Cash-Flows suficientes para prover às necessidades operacionais, de investimentos e do serviço da dívida, assistiu-se a uma delapidação dos Capitais Próprios, apesar de no passado (em 2004) se ter concretizado uma “operação harmónio”, para a sua recomposição, embora insuficiente, conforme relato detalhado nas últimas Assembleias Gerais. Este desequilíbrio estrutural que tem sido agravado degradou-se, nos últimos anos, pela grande quebra de tráfego sem atualização das taxas de tráfego, desde 2005. Esta desaceleração no tráfego, inicialmente com origem na grave crise internacional que afetou as economias em geral, desde 2008, e subsequentemente pelos trágicos acontecimentos ocorridos em Fevereiro de 2010 na Madeira, a que se seguiram várias limitações e condicionamentos de tráfego que afetaram os principais mercados de origem do destino Madeira e igualmente o da própria Madeira, ainda não foi debelada, não se prevendo a sua inversão no próximo ano, também em função do Programa de Ajustamento da RAM, resultante do pedido de assistência financeira do Governo Regional da Madeira à República. Deste modo, o equilíbrio económico-financeiro da Concessão está, no nosso entendimento, muito dependente do prazo de concessão que, de acordo com os estudos já realizados, apontam para o seu alargamento até 2053 (mais 20 anos) que, embora sendo considerado necessário, não é, per si, suficiente. De acordo com as orientações da Assembleia Geral de 26.MAR.2010, o Conselho de Administração apresentou, ao Concedente e aos Acionistas, em Novembro de 2010 uma proposta de revisão do Contrato de Concessão, com explicitação dos impactos financeiros na empresa das alterações preconizadas. Esta proposta, para além de dar cumprimento, à deliberação dos Acionistas visava: i) Equilibrar a situação económico-financeira da ANAM, SA procurando assegurar a sustentabilidade do serviço aeroportuário concessionado e, consequentemente, a acessibilidade da Região; ii) Adaptar os termos do atual contrato mais centrado no projeto de ampliação do Aeroporto da Madeira às condições de uma exploração aeroportuária continuada e eficiente. iii) Clarificar as responsabilidades e poderes da Concessionária, Concedente e Regulador. As negociações com o Concedente foram iniciadas com a entrega da proposta em 21 de Novembro de 2010, aguardando-se o desenvolvimento das mesmas, tendo em conta as deliberações da Assembleia Geral de 11.ABR.2011. 112 .11 Relatório & Contas A alteração do Contrato de Concessão que prevê o alargamento do prazo por mais 20 anos é condição indispensável para a futura renegociação da dívida da Empresa, cujo atual calendário de reembolsos se considera incompatível de, por si só, a ANAM, SA o poder cumprir, já em 2014. Também os Capitais Próprios não cumprem os requisitos do art. 35º de CSC e apesar de ser matéria discutida mas não deliberada nas últimas Assembleias Gerais, a ANAM, SA, propõe-se, igualmente, apresentar na próxima Assembleia Geral, uma proposta para a sua recomposição, cujos fundos, ao concretizar-se, a referida recomposição, deverão ser canalizados direta e exclusivamente para amortização da dívida da Empresa, que atinge, presentemente, cerca de 203.5 milhões de Euros. Neste aspeto particular, é de realçar que em 2011 se iniciou o reembolso do Empréstimo do BEI, cuja primeira prestação anual foi de 3,7 milhões de Euros, e que entre 2014 e 2017 a empresa necessita de amortizar e/ou renegociar empréstimos no valor de 132,4 milhões de Euros. Entretanto a adoção em 2010 da IFRIC 12 e a consideração do alargamento do prazo de Concessão até 2053 (mais 20 anos) veio permitir uma redução substantiva dos custos de amortização e do reconhecimento dos subsídios, com consequências diretas na obtenção do break-even operacional de forma sustentada, e Resultados Líquidos já positivos em 2011. Agravou, por outro lado, a necessidade de reconhecimento prévio dos acréscimos de gastos destinados à realização dos investimentos futuros, de substituição/manutenção dos bens afetos aos Direitos de Concessão. Relativamente ao tráfego e após uma quebra de cerca de 10% nos últimos 2 anos, verificou-se em 2011 uma retoma de 3,5% nos passageiros, prevendo-se, no entanto, uma nova quebra para 2012. A realçar, entretanto, que a Empresa continua a promover o destino Madeira através do Marketing Aeroportuário, com o incentivo a novas rotas e ou de reforço de rotas já existentes e continua fortemente empenhada em parcerias com o Turismo de Portugal e Associação de Promoção da Madeira e alguns operadores com interesse no Turismo, sendo de destacar, para além da manutenção de dois Programas de Incentivos próprios dos Aeroportos da Madeira, as parcerias existentes com: • Initiative:pt. – Developing Tourism and Aviation • FIPT – Fundo de Investimento em Promoção Turística Os negócios Não Aviação apesar de representarem um peso de aproximadamente 16%, evidenciam um potencial crescimento que importa dinamizar, como é o caso da nova Main Shop, cuja exploração se iniciou em finais de 2010. É, neste contexto, que se encontra em desenvolvimento a reformulação dos pisos 2 e 3 da Aerogare do Aeroporto da Madeira, para maior dinamização das áreas comerciais. Aguarda-se os desenvolvimentos de revisão do Contrato de Concessão, dependente do Concedente, esperandose que do mesmo possam resultar, para além de um novo Modelo Regulatório aplicável aos Aeroportos geridos pela ANAM, SA, o reconhecimento da prestação de serviço de interesse económico geral do Aeroporto de Porto Santo e, em consequência, ser garantido a médio prazo o equilíbrio Financeiro da Concessão. 113 .11 Relatório & Contas 12. PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOS O exercício de 2011 encerrou com um Resultado Líquido positivo de 5.602.620,94 Euros, valor que se propõe seja transferido para a conta de Resultados Retidos. Santa Cruz, 03 de Fevereiro de 2012 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Guilhermino Rodrigues Presidente Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Vogal Rui Manuel Sarmento Veres Vogal Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho Vogal António José do Amaral Ferreira de Lemos Vogal 114 .11 Relatório & Contas 13. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO • Acionistas em 31.DEZ.2011 Relação a que se refere o nº 4 do Artº 448º do Código das Sociedades Comerciais. Acionistas Nº Ações % Capital ANA – Aeroportos de Portugal, SA 9.450.000 70% Região Autónoma da Madeira 2.700.000 20% Estado Português 1.350.000 10% O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Guilhermino Rodrigues Presidente Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Vogal Rui Manuel Sarmento Veres Vogal Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho Vogal António José do Amaral Ferreira de Lemos Vogal 115 .11 116 Relatório & Contas DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .11 Relatório & Contas 117 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA .11 Descrição Notas Dezembro 2011 Relatório & Contas Dezembro 2010 ACTIVO Activos Não Correntes Activos Fixos Tangiveis Bens Dominiais 6 Bens Patrimoniais 6 Activos Tangíveis em Curso 6 Direitos de Concessão 7 Outros Activos Intangíveis 6 Dívidas a Receber Comerciais e Outras 9.1 Activos por Impostos Diferidos 10 Activos Correntes Inventários 11 Dívidas a Receber Comerciais e Outras 9.2 Imposto Corrente 12 Caixa e Equivalentes de Caixa 13 0,00 458.270,80 0,01 185.216.490,68 8.278,68 15.000.000,00 4.664.596,10 205.347.637,27 313.415,63 8.524.902,34 1.076.843,42 25.207.975,86 35.123.137,25 Total do Activo CAPITAL PRÓPRIO Capital 14 Reservas 15 Resultados Retidos - Total do Capital Próprio PASSIVO Passivos Não Correntes Empréstimos 16.1 Passivos por Impostos Diferidos 10 Dívidas a Pagar e Outros Passivos 17.1 Passivos Correntes 240.470.774,52 236.058.069,99 67.500.000,00 17.254.263,13 (77.200.064,53) 7.554.198,60 67.500.000,00 17.254.263,13 (82.802.685,47) Dívidas a Pagar e Outros Passivos 17,2 Empréstimos 16.1 Total do Passivo Total do Capital Próprio e Passivo O Conselho de Administração António Guilhermino Rodrigues Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Rui Manuel Sarmento Veres Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho António José do Amaral Ferreira de Lemos 11.308.730,67 3.601.466,20 14.910.196,87 232.916.575,92 240.470.774,52 As Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 118 199.387.273,22 1.553.311,01 17.065.794,82 218.006.379,05 0,00 703.695,05 2.903,34 189.473.170,45 65.274,04 15.025.464,35 3.070.621,25 208.341.128,48 318.005,34 6.289.835,25 816.637,82 20.292.463,10 27.716.941,51 1.951.577,66 202.988.739,42 3.991.157,41 12.352.809,02 219.332.705,85 11.164.046,48 3.609.740,00 14.773.786,48 234.106.492,33 236.058.069,99 O Técnico Oficial de Contas Hilário da Paz Valente DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL .11 Relatório & Contas Un: Euros Descrição Rédito Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Imparidade de Dívidas a Receber e Outros Ativos Outros Rendimentos Outros Gastos Notas Dezembro 2011 Dezembro 2010 18 11 20 21 22 19 23 38.097.882,77 (103.408,69) (14.089.088,76) (11.916.941,33) (39.571,40) 149.398,13 (1.936.012,60) 37.503.980,39 (108.657,18) (13.205.856,35) (13.115.643,01) 1.422.804,30 7.405,39 (1.356.013,03) 10.162.258,12 11.148.020,51 24 (4.712.212,16) (5.137.201,21) 5.450.045,96 6.010.819,30 (3.875.043,50) 0,00 (3.925.357,00) 1.728,79 (3.875.043,50) (3.923.628,21) 26 1.575.002,46 4.027.618,48 2.087.191,09 (1.302.781,29) 5.602.620,94 784.409,80 5.602.620,94 784.409,80 27 27 0,42 0,42 EBITDA Amortizações e Depreciações Resultado Operacional Custos de Financiamento Outros Resultados Financeiros Resultado Financeiro Resultado antes de Imposto Gasto de Imposto sobre o Rendimento Resultado Líquido Total do Rendimento Integral do Exercício Resultados por Ação Básico Diluído O Conselho de Administração António Guilhermino Rodrigues Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Rui Manuel Sarmento Veres Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho António José do Amaral Ferreira de Lemos 25.1 25.2 0,06 0,06 O Técnico Oficial de Contas Hilário da Paz Valente As Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 119 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO .11 Capital Reservas Resultados Retidos Saldo em 01.JAN.2010 67.500.000,00 17.254.263,13 (83.587.095,27) Aplicação do Resultado do ano anterior - - - Total do Rendimento Integral do período - - 784.409,80 Capital Próprio em 31.DEZ.2010 67.500.000,00 17.254.263,13 (82.802.685,47) Aplicação do Resultado do ano anterior - - - Total do Rendimento Integral do período - - 5.602.620,94 Capital Próprio em 31.DEZ.2011 67.500.000,00 17.254.263,13 (77.200.064,53) O Conselho de Administração António Guilhermino Rodrigues Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Rui Manuel Sarmento Veres Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho António José do Amaral Ferreira de Lemos As Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 120 Relatório & Contas Total 1.167.167,86 784.409,80 1.951.577,66 5.602.620,94 7.554.198,66 O Técnico Oficial de Contas Hilário da Paz Valente DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .11 Método Direto Dez-11 Relatório & Contas Dez-10 Atividades operacionais Recebimentos de clientes 35.889.280,26 37.233.811,65 Pagamentos a fornecedores (9.678.668,96) (9.452.364,65) Pagamentos ao pessoal (12.838.078,30) (12.877.260,77) Pagamentos e Recebimento de imposto s/ rendimento (264.408,37) (107.716,39) Outros Recebimentos e Pagamentos relativos à actividade operacional (374.640,96) (438.196,64) Fluxo das actividades operacionais 12.733.483,67 14.358.273,20 Actividades de investimento Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 0,00 32.540,35 Activos intangíveis 0,00 0,00 Subsídios ao investimento 0,00 0,00 Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis e intangíveis (55.649,03) (10.395,51) Direito de Concessão (153.402,28) (553.794,45) Fluxo das actividades de investimento (209.051,31) (531.649,61) Atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos Concedidos 0,00 0,00 Empréstimos Obtidos 0,00 0,00 Acionistas 0,00 0,00 Juros e Proveitos Similares 1.277.107,79 606.317,46 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos Obtidos (3.740.984,20) 0,00 Empréstimos Concedidos 0,00 0,00 Juros e Custos Similares (5.145.043,19) (4.501.720,98) Fluxo das atividades de financiamento (7.608.919,60) (3.895.403,52) Variação de caixa e seus equivalentes 4.915.512,76 9.931.220,07 Caixa e equivalentes no inicio do período 20.292.463,10 10.361.243,03 Caixa e equivalentes no fim do período 25.207.975,86 20.292.463,10 O Conselho de Administração António Guilhermino Rodrigues Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Rui Manuel Sarmento Veres Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho António José do Amaral Ferreira de Lemos O Técnico Oficial de Contas Hilário da Paz Valente As Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 121 .11 122 Relatório & Contas NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .11 Relatório & Contas 123 ÍNDICE .11 Relatório & Contas 1. INFORMAÇÃO GERAL 127 1.1. Objetivo e Enquadramento de Atividade 127 1.2. Concessão do Serviço Público Aeroportuário 127 1.3. Quadro Legal de Regulação 128 2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 129 2.1. Bases de Apresentação 129 2.2. Novas Normas e Interpretações 129 2.3. Adoção da IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços 133 2.4. Relato por Segmentos 137 2.5. Conversão Cambial 137 2.6. Ativos Fixos Tangíveis 138 2.7. Ativos Intangíveis 138 2.8. Direito de Concessão 138 2.9. Imparidade 139 2.10.Inventários 139 2.11.Ativos Financeiros 139 2.12.Dívidas a Receber Comerciais e Outras 140 2.13.Caixa e Equivalentes de Caixa 140 2.14.Passivos Financeiros 141 2.15.Empréstimos 141 2.16.Dívidas a Pagar e Outros Passivos 141 2.17.Provisões 141 2.18.Instrumentos Financeiros Derivados 142 2.19.Subsídio ao Investimento 142 2.20.Imposto sobre o Rendimento 143 2.21.Locação Financeira 143 2.22.Rédito 144 2.23.Custos Financeiros 144 2.24.Justo Valor de Ativos e Passivos Financeiros 145 124 ÍNDICE .11 Relatório & Contas 3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 146 3.1 Fatores do Risco Financeiro 146 3.2. Gestão do Risco de Capital 148 3.3. Contabilização de Instrumentos Derivados 148 4. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS 149 4.1. Imparidade de Ativos 149 5. RELATO POR SEGMENTOS 150 6. MOVIMENTOS NOS BENS PATRIMONIAIS, ATIVOS TANGÍVEIS EM CURSO E OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS 151 7. DIREITO DE CONCESSÃO 152 8. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA 153 9. DÍVIDAS A RECEBER COMERCIAIS E OUTRAS 154 9.1. Dívidas a Receber Não Correntes 154 9.2. Dívidas a Receber Correntes 154 9.3. Maturidade dos Saldos a Receber 156 9.4. Movimento nas rubricas de Imparidade de Ativos 156 10. IMPOSTOS DIFERIDOS 158 11. INVENTÁRIOS 159 12. IMPOSTO CORRENTE 159 13. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 159 14. CAPITAL 160 15. RESERVAS 160 16. EMPRÉSTIMOS 161 16.1.Empréstimos Não Correntes e Correntes 161 16.2.Termos e Prazos de Reembolso dos Empréstimos 161 16.3.Empréstimo Obrigacionista 162 16.4.Responsabilidades com Locações Financeiras 162 16.5.Linhas de Crédito 162 125 .11 Relatório & Contas 17. DÍVIDAS A PAGAR E OUTROS PASSIVOS 163 17.1.Dívidas a Pagar Não Correntes 163 17.2.Dívidas a Pagar Correntes 163 18. RÉDITO 165 19. OUTROS RENDIMENTOS 166 20. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 166 21. GASTOS COM O PESSOAL 167 22. CONSTITUIÇÃO E REVERSÃO DE IMPARIDADES 168 23. OUTROS GASTOS 168 24. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES 169 25. RESULTADO FINANCEIRO 169 25.1.Custos de Financiamento 169 25.2.Outros Resultados Financeiros 170 26. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 170 27. RESULTADO POR AÇÃO 171 28. COMPROMISSOS 171 29. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 172 30. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS 174 31. AÇÕES JUDICIAIS E OUTRAS CONTINGÊNCIAS 175 32. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS 175 DECLARAÇÃO 176 V. 177 RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 126 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .11 Relatório & Contas 1. INFORMAÇÃO GERAL 1.1. Objetivo e Enquadramento de Atividade A ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA (abreviadamente ANAM, SA), é uma sociedade anónima, de capitais exclusivamente públicos. A sua atividade é desenvolvida em regime de Concessão e dado o serviço público que presta, tem no seu ativo e administra os bens e direitos do domínio público aeroportuário da RAM, licenciando a respetiva ocupação e o exercício de quaisquer atividades e cobrando, em conformidade, as respetivas taxas, conforme definido, no Decreto Legislativo Regional 8/92/M, de 21 de Abril e a aplicação supletiva dos Dec-Lei 102/90, de 21 de Março e 275/99, de 23 de Julho, consoante o tipo e natureza. A exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil na Região Autónoma da Madeira, bem como a realização de operações comerciais relacionadas, constitui o seu principal objeto, que constam nos termos do Contrato de Concessão: • No estudo, planeamento, construção e exploração dos Aeroportos da Região Autónoma da Madeira; • Na manutenção e desenvolvimento das infraestruturas aeroportuárias dos Aeroportos da Região Autónoma da Madeira. 1.2. Concessão do Serviço Público Aeroportuário Por Decreto Legislativo Regional 8/92/M de 21 de Abril, o Governo Regional da Madeira concessionou à ANAM, SA o “direito de promover e executar as obras de ampliação do Aeroporto de Santa Catarina e de desenvolvimento das infraestruturas, bem como o planeamento e a exploração do serviço público de apoio à aviação civil na Região Autónoma da Madeira, nos termos da lei e das cláusulas seguintes.” (Contrato de Concessão): • • Cláusula 3ª → Âmbito da Concessão; Cláusula 4ª → Serviço Público. O Contrato de Concessão, inicialmente por 25 anos, com início em 01 de Outubro de 1993, foi posteriormente prorrogado, nos termos do Decreto Legislativo Regional 7-A/2000/M, de 15 de Março, por períodos de 5 anos até ao limite máximo de 15 anos, (ou seja, até 2033), por forma a atingir-se uma taxa interna de rentabilidade nominal dos investimentos efetuados de 7,1% + 0,4% para cada período de renovação e a amortização integral do serviço da dívida que foi contratada para o projeto de ampliação do aeroporto. Entretanto, na Assembleia Geral de 26.MAR.2010 e perante as “dificuldades económico financeiras que enquadram a atividade da ANAM, SA, traduzida numa situação de delapidação sucessiva do nível dos Capitais Próprios, deverá o Conselho de Administração da Empresa, reiniciar o processo de renegociação do Contrato de Concessão com vista ao alargamento do seu prazo (...)”. 127 .11 Relatório & Contas Assim e em cumprimento do mandato que lhe foi conferido, o Conselho de Administração promoveu os estudos necessários e apresentou, em Novembro de 2010, ao Concedente e aos Acionistas, uma proposta de revisão de Contrato de Concessão que contemplam, para além do alargamento do seu prazo até 2053, prazo já considerado nas contas que se apresentam, a necessidade de atingir os objetivos preconizados na referida proposta, visando: • • • Equilibrar a situação económica e financeira da ANAM, SA, procurando assegurar a sustentabilidade do serviço aeroportuário e, consequentemente, da acessibilidade da Região; Adaptar os termos do atual contrato mais centrado no projeto de ampliação do Aeroporto da Madeira, às condições de uma exploração aeroportuárias continuada e eficiente; Clarificar as responsabilidades e postura da Concessionária, Concedente e Regulador. Julga-se ser de lembrar que, o Reforço da Situação Económico-Financeira da ANAM, SA, já foi objeto de anteriores estudos desenvolvidos por consultores externos que apresentaram três cenários base: • • • Revisão do Método do Cálculo de Amortização; Alargamento do Prazo de Concessão; e Separação da Propriedade e das Infraestruturas. Estes cenários foram apresentados ao Concedente que então considerou dever ser privilegiado o Alargamento do Prazo de Concessão, tendo em conta uma alteração dos pressupostos, ao nível das receitas, combinados com o aumento de tráfego com a alteração das taxas, aliado a incentivos específicos e incrementos nas áreas comerciais (Ofício S5349, da SREST de 17.MAI.2006). 1.3. Quadro Legal de Regulação A atividade da Empresa é regulada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), que tem por missão promover o desenvolvimento seguro, eficiente e sustentado das atividades de aviação civil, através da regulação, regulamentação, certificação, licenciamento, homologação, fiscalização e supervisão dessas atividades, dos respetivos agentes e destinatários, conforme consta do Plano Estratégico dos Transportes, aprovado pela RCM 45/2011, de 10 de Novembro e da extensa regulamentação internacional, em particular emanada pela Organização de Aviação Civil Internacional – (ICAO). Para além disso deve ter-se em conta as obrigações determinadas pela sua natureza societária e o enquadramento no sector Empresarial do Estado, conforme se descreve no ponto 1.2 do Capítulo I – Governo da Sociedade. 128 .11 Relatório & Contas 2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação destas Demonstrações Financeiras, encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas, de forma consistente aos exercícios apresentados, salvo indicação em contrário. Se não expressamente mencionado, os valores apresentam-se em Euros. 2.1. Bases de Apresentação As Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as IFRS adotadas pela União Europeia (“IFRS”), emitidas e em vigor ou emitidas e adotadas antecipadamente à data de 31 de Dezembro de 2011. Assim, as Demonstrações Financeiras foram preparadas segundo o princípio do custo histórico, exceto no que respeita a instrumentos financeiros derivados, que se encontram registados pelo seu justo valor. A preparação das Demonstrações Financeiras, em conformidade com as IFRS, requer o uso de algumas estimativas importantes que afetam as quantias de ativos e passivos, bem como as quantias de custos e proveitos durante o período de relato. Estas estimativas e assunções resultam do melhor conhecimento da gestão, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto, que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em exercícios futuros. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou onde as estimativas são mais significativas para as Demonstrações Financeiras encontram-se descritas na Nota 4. 2.2. Novas Normas e Interpretações Novas Normas: a) Os impactos da adoção das normas e interpretações que se tornaram efetivas a 01.JAN.2011 são os seguintes: Normas: • • IAS 32 (alteração), “Instrumentos Financeiros: Apresentação – Classificação de Direitos Emitidos”. Esta alteração refere-se à contabilização de direitos emitidos denominados em moeda diferente da moeda funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos acionistas por um montante fixo em qualquer moeda, considera-se que se trata de uma transação com acionistas a classificar em Capitais próprios. Caso contrário, os direitos deverão ser registados como instrumentos derivados passivos. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras. IFRS 1 (alteração), “Adoção pela primeira vez das IFRS”. Esta alteração permite às entidades que adotem IFRS pela primeira vez, usufruírem do mesmo regime transitório da IFRS 7 – ‘Instrumentos financeiros – Divulgações’, o qual permite a isenção na divulgação dos comparativos para a classificação do justo valor pelos três níveis exigidos pela IFRS 7, desde que o período comparativo termine até de 31 de 129 .11 Relatório & Contas Dezembro de 2009. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras, por já aplicar as IFRS. IAS 24 (alteração) “Partes relacionadas”. A alteração à norma elimina os requisitos gerais de divulgação de partes relacionadas para as entidades públicas sendo contudo obrigatória a divulgação da relação da Entidade com o Estado e quaisquer transações significativas que tenham ocorrido com o Estado ou entidades relacionadas com o Estado. Adicionalmente a definição de parte relacionada foi alterada para eliminar inconsistências na identificação e divulgação das partes relacionadas. Esta alteração tem impacto nas Demonstrações financeiras e adotada quando aplicável. Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011. O processo de melhoria anual de 2010 afeta as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13. Estas melhorias foram adotadas, quando aplicáveis, exceto quanto às melhorias à IFRS 1 por a ANAM, SA já aplicar IFRS. • • Interpretações: • • IFRIC 14 (Alteração) “IAS 19 - Limitação aos Ativos decorrentes de Planos de Benefícios definidos e a sua Interação com Requisitos de Contribuições Mínimas”. Esta alteração clarifica que quando é apurado um saldo ativo resultante de pagamentos antecipados voluntários por conta de contribuições mínimas futuras, o excesso positivo pode ser reconhecido como um ativo. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações financeiras. IFRIC 19, “Regularização de Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital’. Esta interpretação clarifica qual o tratamento contabilístico a adotar quando uma entidade renegoceia os termos de uma dívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão de instrumentos de capital próprio (ações) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados do exercício, tomando por base o justo valor dos instrumentos de capital emitidos e comparando com o valor contabilístico da dívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras . Normas Futuras: b) Existem novas normas e alterações a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 01.JUL.2011 ou em data posterior, que a ANAM, SA decidiu não adotar antecipadamente: Normas: • IFRS 1 (alteração), “Adoção pela primeira vez das IFRS” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que operavam anteriormente em economias hiperinflacionárias, e adotam pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade optar por mensurar determinados ativos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor como “custo considerado” na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por “data da transição para as IFRS” nas exceções à aplicação retrospetiva da IFRS. Esta alteração não tem 130 .11 • • • • • • • Relatório & Contas impacto nas Demonstrações Financeiras, por a ANAM, SA já aplicar IFRS. IRFS 7 (alteração), “Instrumentos Financeiros: Divulgações – Transferência de Ativos Financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Julho de 2011). Esta alteração à IFRS 7 referese às exigências de divulgação a efetuar relativamente a ativos financeiros transferidos para terceiros mas não desreconhecidos do balanço por a entidade manter obrigações associadas ou envolvimento continuado. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras. IAS 12 (alteração), ‘”Impostos sobre o Rendimento” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com ativos dependendo se a Entidade estima recuperar o valor líquido do ativo através do uso ou da venda, exceto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21, a qual é revogada. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras. IAS 1 (alteração), “Apresentação de Demonstrações Financeiras” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros Rendimentos Integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras. IFRS 9 (novo), “Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentos financeiros e prevê duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são valorizados ao justo valor por via de resultados. A ANAM, SA aplicará a IFRS 9 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 10 (novo), “Demonstrações Financeiras Consolidadas”(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. A ANAM, SA aplicará a IFRS 10 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 11 (novo), “Acordos Conjuntos” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida. A ANAM, SA aplicará a IFRS 11 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 12 (novo) – “Divulgação de Interesses em Outras Entidades” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela 131 .11 • • • • • • Relatório & Contas União Europeia. Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entidade. Uma Entidade pode efetuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha de aplicar a IFRS 12 na sua totalidade ou as IFRS 10 e 11 e as IAS 27 e 28. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 13 (novo) – “Justo Valor: Mensuração e Divulgação” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição precisa de justo valor e constituir a única fonte dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal por todas as IFRS. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 27 (revisão 2011) “Demonstrações Financeiras Separadas” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 28 (revisão 2011) “Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 e prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os requerimentos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 19 (revisão 2011),”Benefícios aos Empregados”(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios actuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 7 (alteração), “Divulgações – Compensação de Ativos e Passivos Financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB e introduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 32 (alteração) ‘Compensação de Ativos e Passivos Financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2014). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB a 132 .11 Relatório & Contas qual clarifica a expressão “deter atualmente o direito legal de compensação” e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. Interpretações: • IFRIC 20 (nova),’Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 de Janeiro de 2013). Esta interpretação está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta interpretação refere-se ao registo dos custos de remoção de resíduos na fase inicial de uma mina de superfície, como um ativo, considerando que a remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extração imediata de recursos minerais e a abertura de acesso a quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro. A ANAM, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. 2.3. Adoção da IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços A IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços passou a ser aplicável na ANAM, SA a partir de 01.JAN.2010. O modelo do Contrato de Concessão existente para a ANAM, SA tem as seguintes características: • As atividades concessionadas são de serviço público; • O Contrato de Concessão regula as atividades a serem prestadas pela concessionária; • Os serviços objeto do contrato são disponibilizados a todos os utilizadores (operadores aéreos) e utentes (passageiros) das infraestruturas aeroportuárias; • Os preços a praticar (taxas) são fixados pelo Governo Regional; • O Concedente controla a infraestrutura uma vez que a Concessionária não pode onerar os ativos ou aliená-los, apesar de deter a sua titularidade, sem a aprovação do Concedente; • No final da concessão, todos os bens da concessão, revertem automaticamente para o Concedente sem direito a qualquer retribuição. Tais características conferem-lhe a natureza de um contrato do tipo: Construir-Operar-Transferir (“BuildOperate-Transfer”). O Contrato de Concessão estabelece que a ANAM, SA assume, para as obrigações de investimentos em infraestruturas, os riscos de construção, financiamento, disponibilidade e procura. Assim, o modelo de contabilização aplicado pela Empresa foi o modelo do ativo intangível. 133 .11 Relatório & Contas No caso do Contrato de Concessão da ANAM, SA, por este se ter iniciado há mais de 17 anos (em 1993) e por as condições de exploração dos aeroportos da Região da Madeira se terem alterado significativamente nos últimos exercícios (alteração da oferta nos transportes aéreos com o regime “low cost”, liberalização das rotas, etc.), a aplicação retrospetiva da IFRIC 12 à data de início da concessão e a utilização de estimativas existentes àquela data revelou-se impraticável. Assim, como alternativa à aplicação retrospetiva, a Empresa efetuou a aplicação prospetiva da IFRIC 12, adotando os seguintes procedimentos: • Reconheceu o ativo intangível existente no início do primeiro período apresentado (01.JAN.2009); • Utilizou o montante registado como ativos fixos tangíveis como o valor do intangível reconhecido; • Testou o ativo intangível reconhecido nessa data para efeitos de imparidade. Os impactos da adoção da IFRIC 12 para o período de transição (2009) são detalhados seguidamente: Demonstração da Posição Financeira Total do ATIVO antes da IFRIC 12 31.DEZ.2009 01.JAN.2009 398.863.202,50 421.174.898,30 Ajustamentos em : Ativo não Corrente Ativos Fixos Tangiveis (365.465.092,65) (391.569.500,26) Direito de Concessão 193.667.379,62 197.430.214,04 2.390.494,92 1.907.831,06 Ativos por Impostos Diferidos Total do ATIVO após a IFRIC 12 229.455.984,43 228.943.443,15 Total do PASSIVO antes da IFRIC 12 398.863.202,50 421.174.898,30 Ajustamentos em : Capital Próprio Resultados Retidos Resultado Líquido do exercício Passivo não Corrente Passivos por Impostos Diferidos Dívidas a Pagar e Outros Passivos Passivo Corrente Dívidas a Pagar e Outros Passivos Total CAPITAL PRÓPRIO e PASSIVO após a IFRIC 12 (7.631.324,25) (7.631.324,25) 6.346.278,49 - 2.069.233,55 - (158.919.973,63) (172.603.529,86) (11.271.432,27) (11.996.601,05) 229.455.984,43 228.943.443,15 a) Os Ativos Dominiais Cedidos, por não terem dado origem a qualquer dispêndio por parte da Concessionária, foram desreconhecidos do balanço por contrapartida dos respetivos subsídios registados no passivo. b) Como Direito de Concessão foram reconhecidos todos os Ativos Dominiais, Patrimoniais e adquiridos 134 .11 Relatório & Contas pela ANAM, SA, com a exceção de alguns ativos, dada a sua reduzida necessidade para a prossecução do objeto da concessão: • • • Equipamento Administrativo; Equipamento de transporte referente a viaturas não afectas às atividades aeroportuárias; Ferramentas e utensílios que constituam equipamentos de reduzida especificidade e elevada rotação. A valorização inicial do Direito de Concessão resulta: i) da reclassificação dos ativos fixos tangíveis afetos à Concessão, ajustados do recálculo da amortização pelo período remanescente da Concessão; ii) dos subsídios afetos aos ativos da Concessão que foram deduzidos ao valor dos mesmos. O Direito de Concessão apresentado no ativo como um ativo intangível encontra-se registado pelo valor líquido à data da reexpressão (01.JAN.2009). Acresce que, decorrente das obrigações assumidas no Contrato de Concessão, a ANAM, SA tem de efetuar as renovações/substituições dos ativos da concessão necessárias ao bom desempenho do serviço público. Tais obrigações assumem, em consequência da adoção da IFRIC 12, a necessidade de se estimarem as responsabilidades de renovação/substituição existentes e considerar o acréscimo de custo do montante a despender na próxima renovação/substituição. Os ajustamentos efetuados resultaram da melhor estimativa da Empresa sobre os gastos a incorrer, tendo a responsabilidade sido determinada com base nos valores a despender a preços correntes e, considerando o efeito do desconto, resultante da aplicação da taxa das “yield curve” do custo do financiamento do Estado Português, à data da adoção da IFRIC 12. c) Decorrentes dos impactos da adoção da IFRIC 12 na base contabilística dos ativos e passivos da ANAM, SA foram apurados os correspondentes impostos diferidos. d) Os impactos no Capital Próprio e no Resultado Líquido do período comparativo resultantes da adoção IFRIC 12 têm a seguinte composição: Capital Próprio (incluindo Resultado do período) Total antes da IFRIC 12 31.DEZ.2009 01.JAN.2009 2.452.213,62 9.730.229,40 (437.583,55) - 10.783.751,02 - (11.952.474,60) (9.539.155,31) 321.261,37 1.907.831,06 (1.285.045,76) (7.631.324,25) 1.167.167,86 2.098.905,15 Anulação de custos capitalizados que não qualificam como intangível Recálculo das Amortizações-Intangível Amortizado no prazo da Concessão Acréscimo para renovação / substituição (responsabilidades contratuais) Imposto Diferido Total dos Ajustamentos Total após a IFRIC 12 135 .11 Relatório & Contas Resultado Líquido do Período 31.DEZ.2009 Total antes da IFRIC 12 (7.278.015,78) Anulação de custos capitalizados que não qualificam como intangível (437.583,55) Recálculo das amortizações-Intangível amortizado no prazo da concessão 10.783.751,02 Acréscimo para renovação/substituição (responsabilidades contratuais) (2.413.319,29) Imposto Diferido (1.586.569,69) Total dos Ajustamentos 6.346.278,49 Total após a IFRIC 12 (931.737,29) Em 2011 e no sentido de melhorar o planeamento das futuras renovações/substituições dos equipamentos e sistemas, foi desenvolvido internamente um trabalho com o apoio da área técnica, de modo a estabelecer um plano previsional para determinação dos acréscimos de gastos a despender com as responsabilidades futuras até ao termo da Concessão. Esta previsão resulta das melhores estimativas, tendo em conta o histórico e as características técnicas dos equipamentos e sistemas que foram agrupados, para efeitos de gestão do plano estabelecido. Este modelo permite acompanhar as necessidades futuras da Concessão, em termos de assunção de responsabilidades e permite a sua monitorização. Em paralelo, facilita os ajustamentos que, periodicamente, devem ser efetuadas face à evolução das necessidades de investimento e, bem assim, a atualização dos correspondentes Ativos por Impostos Diferidos. Sem se pretender alterar as políticas contabilísticas em uso na Empresa, procurou-se identificar e avaliar as reais necessidades em renovação/substituição essencialmente de equipamentos e sistemas foi, no decurso do trabalho interno realizado, verificado uma insuficiência de responsabilidades que foram colmatadas como a seguir se demonstra: Un: Euros Até 2010 2011 Até 2011 Antigas Responsabilidades 15.247.440,96 2.526.075,12 17.773.516,08 Novas Responsabilidades 17.294.058,89 2.959.448,88 20.253.507,76 Alterações efetuadas (2.046.617,93) (443.373,76) (2.479.991,68) 136 .11 Relatório & Contas 2.4. Relato por Segmentos A atividade é relatada em segmentos operacionais, sendo que um segmento operacional é uma componente duma entidade: a) Que desenvolve atividades de negócio de que pode obter Réditos e incorrer em Gastos (incluindo Réditos e Gastos relacionados com transações com outros componentes da mesma entidade); b) Cujos Resultados Operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada de decisões operacionais da entidade, para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de recursos ao segmento e da avaliação do seu desempenho; e c) Relativamente à qual esteja disponível informação financeira distinta. A ANAM, SA identificou como responsável pela tomada de decisões operacionais, o Conselho de Administração, ou seja, o órgão que revê a informação interna, preparada de forma a avaliar a perfomance das atividades da Empresa e a afetação de recursos. A determinação dos segmentos operacionais foi efetuada com base na informação que é analisada pelo Conselho de Administração, da qual não resultaram novos segmentos comparativamente aos já reportados anteriormente. A ANAM, SA relata a sua atividade em dois segmentos operacionais: Aeroportos e Atividade Comercial. • Aeroportos → inclui toda a atividade desenvolvida pelos Aeroportos como unidades de negócio; • Atividade Comercial → inclui toda a atividade desenvolvida pelas unidades de negócio de Retalho, Imobiliário e Estacionamento. 2.5. Conversão Cambial Os elementos incluídos nas Demonstrações Financeiras são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a Empresa opera (o Euro). As transações em moeda estrangeira são convertidas em Euros aos câmbios oficiais à data das operações. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as não realizadas apuradas em relação aos saldos existentes à data do balanço, aos câmbios vigentes nessa data, são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral. Para a conversão dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira, existentes na data do balanço, foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio em relação ao Euro: 137 .11 Moeda 2011 2010 USD 1,2939 1,3362 GBP 0,8353 0,86080 Relatório & Contas 2.6. Ativos Fixos Tangíveis O Ativo Fixo Tangível da Empresa integra os Bens Patrimoniais adquiridos pela ANAM, SA conforme indicação na nota 2.3 b). Os Ativos Fixos Tangíveis são apresentados ao custo histórico, o qual inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens, líquido da depreciação. Os ativos adquiridos pela Empresa estão a ser depreciados pelo método das quotas constantes (em duodécimos), de forma a alocar o seu custo ao seu valor residual, em função da vida útil estimada. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação, são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos como rendimentos ou gastos na Demonstração do Rendimento Integral. O período de vida útil médio dos principais Ativos Fixos Tangíveis resume-se como segue: • Ferramentas e Utensílios 1 a 8 anos • Equipamento de Transporte 4 a 7 anos • Equipamento Administrativo 3 a 10 anos • Ativos Tangíveis em Curso Inclui os Bens que irão ser capitalizados nos Ativos Fixos Tangíveis, aquando da sua entrada em funcionamento. 2.7. Ativos Intangíveis Os Ativos Intangíveis respeitam unicamente a software e estão valorizados ao custo de aquisição líquido das amortizações, calculadas dentro do período de vida útil (3 anos), em conformidade com o previsto na IAS 38. 2.8. Direito de Concessão O Direito de Concessão inclui todos os bens adquiridos pela ANAM, SA, que se encontram implantados em terrenos e bens do domínio público, sendo estes bens reversíveis para a Concedente, no termo da Concessão, pelo que, a ANAM, SA, não pode dispor deles livremente. 138 .11 Relatório & Contas Os Bens da Concessão, que integram o Direito de Concessão, têm a seguinte natureza: • Edifícios e Outras Construções; • Equipamento Básico; • Terrenos e Recursos Naturais; • Equipamento de Transporte afeto à atividade aeroportuária. 2.9. Imparidade Os Ativos da Empresa são analisados em cada data de reporte por forma a detetar eventuais perdas por Imparidade. Na determinação do valor recuperável dos Ativos, e atendendo a que os Ativos da Empresa, por si só, não geram fluxos de caixa independentes, considera-se o sistema aeroportuário, com a totalidade dos ativos da Empresa, como unidade geradora de caixa. 2.10. Inventários Os inventários são valorizados ao menor do custo de aquisição ou do valor líquido de realização. Os mesmos referem-se a materiais utilizados nas atividades internas de manutenção e conservação. Os inventários são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, o qual inclui todas as despesas suportadas com a compra. O custo é determinado utilizando o método do custo médio ponderado. 2.11. Ativos Financeiros A classificação dos Ativos Financeiros é determinada, na data do reconhecimento inicial de acordo com o objetivo da sua compra, sendo esta classificação reavaliada a cada data de relato. Os Ativos Financeiros podem ser classificados como: i) Ativos Financeiros ao Justo Valor por via de Resultados - incluem os Ativos Financeiros Não Derivados, detidos para negociação, respeitantes a investimentos de curto prazo e Ativos ao Justo Valor por Via de Resultados à data do reconhecimento inicial; ii) Empréstimos Concedidos e Contas a Receber – inclui os Ativos Financeiros Não Derivados com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo; Empréstimos Concedidos e Contas a Receber são classificados no balanço como “Dívidas a Receber Comerciais e Outras” e são reconhecidos ao custo amortizado usando a taxa efetiva de juro, deduzidos de qualquer perda de imparidade. O ajustamento pela imparidade de contas a receber é efetuado quando existe evidência objetiva de que a ANAM, SA não terá a capacidade de receber os montantes em dívida de acordo com as condições iniciais das transações que lhe deram origem. 139 .11 iii) Relatório & Contas Investimentos detidos até à Maturidade – incluem os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a entidade tem intenção e capacidade de manter até à maturidade; iv) Ativos Financeiros disponíveis para Venda – incluem os Ativos Financeiros Não Derivados, que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial, ou não se enquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como Ativos Não Correntes exceto se houver intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data do balanço. Os Ativos Financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse. 2.12. Dívidas a Receber Comerciais e Outras Os saldos a receber de clientes e outros devedores são reconhecidos inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas de imparidade. As perdas por imparidade das contas a receber são reconhecidas quando há evidencia objetiva de que a Empresa não receberá a totalidade dos montantes em dívida, conforme as condições originais das contas a receber. Na identificação de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores: i) Análise de incumprimento; ii) Incumprimento há mais de 6 meses; iii) Dificuldades financeiras do devedor. As Perdas por Imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação), descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro. As Perdas por Imparidade são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral. 2.13. Caixa e Equivalentes de Caixa A rubrica Caixa e Equivalentes de Caixa inclui caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses e descobertos bancários. Os descobertos bancários são apresentados na Demonstração da Posição Financeira, no Passivo Corrente, na rubrica “Empréstimos Obtidos Correntes”. 140 .11 Relatório & Contas 2.14. Passivos Financeiros A IAS 39 prevê a classificação dos Passivos Financeiros em duas categorias: i) Passivos Financeiros ao justo valor por via de resultados; ii) Outros Passivos Financeiros. Os Passivos Financeiros ao Justo Valor por Via de Resultados, referem-se a instrumentos derivados contratados no âmbito da gestão dos riscos financeiros da Empresa. Os Instrumentos Financeiros Derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade date”), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor de instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente nos resultados do período (vide Nota 2.18). Os Outros Passivos Financeiros incluem Empréstimos (Nota 2.15) e Dívidas a Pagar e Outros Passivos (Nota 2.16). Os Passivos Financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são cancelados ou expiram. 2.15. Empréstimos Os Empréstimos são inicialmente reconhecidos ao justo valor líquido de custos de transação incorridos. Os empréstimos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva. Os Empréstimos são classificados no Passivo Não Corrente, com exceção dos valores a reembolsar, no exercício seguinte que são transferidos para o Passivo Corrente. 2.16. Dívidas a Pagar e Outros Passivos As Dívidas a Pagar e Outros Passivos são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo mensuradas subsequentemente ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. 2.17. Provisões As Provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa. 141 .11 Relatório & Contas As Provisões para Custos com Reestruturação e Reclamações Judiciais são reconhecidas quando a Empresa tem: • Uma obrigação legal, contratual ou consuetudinária, como resultado de acontecimentos passados; • Seja provável que um ex-fluxo de recursos será necessário para extinguir a obrigação; • Possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante da obrigação. As Provisões para reestruturação compreendem normalmente penalidades derivadas de rescisão de contratos de locação e pagamento de indemnizações por cessação de contratos de trabalho dos empregados. Não são reconhecidas Provisões para perdas operacionais futuras. Quando há um número de obrigações similares, a probabilidade de gerar o ex-fluxo é determinado em conjunto. A Provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade do ex-fluxo, relativo a um elemento incluído na mesma classe de obrigações, possa ser reduzida. 2.18. Instrumentos Financeiros Derivados A ANAM, SA contrata Instrumentos Financeiros Derivados, normalmente operações de Swap de taxas de juro, para cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposta decorrentes das variações das taxas de juro. Os Instrumentos Financeiros Derivados são registados inicialmente ao justo valor da data da transação, sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor, depende da designação que é feita dos Instrumentos Financeiros Derivados. Quando se tratem de Instrumentos Financeiros Derivados de Negociação, os ganhos e perdas de justo valor, são reconhecidos no resultado do exercício, nas rubricas de custos ou proveitos financeiros. Quando designados como Instrumentos Financeiros Derivados de Cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas do justo valor, dependem da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa. 2.19. Subsídio ao Investimento Os Subsídios são reconhecidos pelo seu justo valor, quando existe uma segurança razoável que será recebido e que a ANAM, SA cumprirá as obrigações inerentes. • Os Subsídios recebidos, a fundo perdido, para financiamento de aquisições de ativos tangíveis são registados no passivo, como um proveito diferido, e reconhecidos no Demonstração do Rendimento Integral, proporcionalmente às amortizações dos ativos tangíveis subsidiados. 142 .11 Relatório & Contas Os Subsídios são classificados como Passivos Não Correntes, na rubrica de “Dívidas a Pagar e Outros Passivos”, quando o período de diferimento é superior a 12 meses. O saldo remanescente é classificado como “Dívidas a Pagar e Outros Passivos – Correntes”. • Os Subsídios afetos ao Direito de Concessão, são reconhecidos numa base sistemática (quotas constantes), na Demonstração do Rendimento Integral. Os valores dos Subsídios ao Investimento, que não foram ainda reconhecidos, estão apresentados em dedução ao montante dos Ativos. 2.20. Imposto sobre o Rendimento O Imposto sobre Rendimento inclui o Imposto Corrente e os Impostos Diferidos. A estimativa para Impostos sobre o Rendimento é contabilizada tendo por base o resultado fiscal apurado no exercício, de acordo com a legislação aplicável. Os Impostos Diferidos, são calculados tendo por base o efeito das diferenças temporárias entre a base fiscal e contabilística dos Ativos e Passivos. Os Impostos Diferidos são registados na Demonstração do Rendimento Integral, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos Capitais Próprios. Os Impostos Diferidos são reconhecidos na globalidade, usando o método do passivo, sobre diferenças temporárias provenientes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas Demonstrações Financeiras. No entanto, se o Imposto Diferido surge pelo reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração empresarial, que à data da transação não afeta nem o resultado contabilístico nem o resultado fiscal, este não é contabilizado. Os Impostos Diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data do balanço e que se espera sejam aplicáveis no período de realização do Imposto Diferido Ativo ou de liquidação do Imposto Diferido Passivo. Os Impostos Diferidos Ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária. 2.21. Locação Financeira Os Ativos Tangíveis, adquiridos mediante contratos de Locação em que a ANAM, SA detém todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade dos mesmos, são contabilizados pelo método financeiro, pelo que os ativos e as correspondentes responsabilidades são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira. Consequentemente, as amortizações daqueles bens e os juros incluídos no valor das rendas são registados nos resultados do exercício a que respeitam. 143 .11 Relatório & Contas As Locações Financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, determinados à data de início do contrato. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é registada, líquida de encargos financeiros, na rubrica de “Empréstimos Correntes e Não Correntes”. Os Encargos Financeiros, incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral, no período a que dizem respeito. Atendendo à sua natureza (viaturas) os Ativos Fixos Tangíveis adquiridos, através de locação financeira, são depreciados pelo período de vida útil de 4 anos. 2.22. Rédito O Rédito compreende o justo valor da prestação de serviços, líquido de impostos e descontos. O Rédito é reconhecido como se segue: a) Prestação de Serviços A Prestação de Serviços é reconhecida no período contabilístico em que os serviços são prestados, com referência à fase de acabamento da transação à data da Demonstração da Posição Financeira. Engloba essencialmente a prestação de serviços nas áreas de tráfego, segurança de passageiros, assistência em escala, taxas de ocupação e outras prestações de serviços relacionadas com a área comercial. b) Serviço de Construção Regista o rédito que resulta da aquisição/construção de Ativos adicionais para as infraestruturas da Concessão, que aumentem os benefícios económicos obtidos do Direito da Concessão. c) Proveitos Suplementares São reconhecidas conforme alínea a) anterior e incluem: cedência de pessoal, cedência de materiais, faturação de telefones, entre outros. 2.23. Custos Financeiros Os Custos Financeiros representam o custo de utilização dos empréstimos contraídos, destinados essencialmente a garantir os investimentos realizados pela Empresa. Esta rubrica inclui, também, os juros obtidos das aplicações junto da Banca comercial dos excedentes de tesouraria e, bem assim, o impacto dos instrumentos derivados (operações de Swap). 144 .11 Relatório & Contas 2.24. Justo Valor de Ativos e Passivos Financeiros Na determinação do Justo Valor de um Ativo ou Passivo Financeiro, se existir um mercado ativo, a cotação do mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor, conforme definido na IFRS 7 e utilizado pela ANAM, SA. No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites pelo mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor, conforme definido na IFRS 7 e utilizado pela ANAM, SA. A ANAM, SA aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente, são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado. Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a ANAM, SA utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor, conforme definido na IFRS 7. À data do relato financeiro e para o período comparativo, a ANAM, SA não tem quaisquer ativos ou passivos financeiros mensurados ao justo valor. 145 .11 Relatório & Contas 3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 3.1. Fatores do Risco Financeiro As atividades da Empresa estão expostas a uma variedade de fatores de riscos financeiros: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. A Empresa utilizou, até 2009, instrumentos financeiros derivados para efetuar a cobertura a certos riscos a que se encontrava exposta tendo, então, procedido ao seu cancelamento. a) Risco de Crédito O risco de crédito resulta de saldos de Caixa e Equivalentes de Caixa, depósitos e instrumentos financeiros derivados em instituições financeiras, bem como dos saldos a receber dos clientes e outros devedores. No que se refere aos saldos a receber das instituições financeiras, a tabela seguinte apresenta um resumo, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, da qualidade de crédito dos depósitos, aplicações e instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo: Instituições Financeiras 2011 2010 Rating* A <A 0 20.239.958 25.199.496 45.026 1.000 0 Outros * Fonte: Bloomberg / Site dos bancos Relativamente a Clientes e Outros Devedores, é de salientar que existe uma concentração de 70% do volume de negócios em 10 clientes. Considera-se que o risco desta concentração, se encontra mitigado face à definição de políticas que asseguram que o crédito é concedido a entidades com histórico de crédito apropriado, limitando o risco e, bem assim, à obtenção prévia de garantias que cobrem parte das suas operações. b) Risco de Liquidez A gestão do Risco de Liquidez implica a manutenção, a um nível suficiente, das disponibilidades de Caixa e seus Equivalentes, da consolidação da dívida flutuante, através de um montante adequado de facilidades de crédito e a oportunidade de liquidar posições de mercado face às necessidades futuras. Em função da dinâmica dos negócios, a Empresa pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo linhas de crédito, de curto prazo, estáveis. 146 .11 Relatório & Contas A seguir apresenta-se a análise de liquidez da Empresa, decomposta em bandas de maturidade, considerando nos fluxos de caixa contratuais, as datas esperadas de liquidação dos respetivos passivos. Un: Euros 0 a 6 meses 6 a 12 meses 1 a 5 anos >a 5 anos 1.820.416 0 0 0 416.259 0 0 0 0 0 0 0 700.377 0 0 0 3.193 0 437.448 74.572 74.744 100 21.865 62.494 Acréscimos de Custos 1.991.816 2.459.127 16.019.376 0 Empréstimos Bancários* 5.126.371 3.695.521 171.795.997 51.857.055 0 0 0 0 10.133.175 6.154.748 188.274.686 51.994.121 Fornecedores c/c Fornecedores Imobilizado Fornecedores Imobilizado - Locação Financeira Partes Relacionadas Outros Credores Garantias Prestadas por Terceiros Derivados * Esta rubrica inclui os Encargos Financeiros. A gestão do risco de liquidez é assegurada pelos: i) Excedentes de Tesouraria, os quais apresentam no final de 2011, um montante de 25.208 mil Euros; ii. Aplicações de médio longo prazos, no total de 15.000 mil Euros, conforme alínea b) da Nota 29. iii) A possibilidade de renegociação/alargamento do prazo de reembolso da dívida do BEI (71.079 mil Euros). O Contrato de Financiamento da Tranche B, com período de reembolso que se iniciou em 2011 e termo em 2020, apresenta a opção do mutuário poder solicitar ao Banco, que o reembolso do saldo do capital em dívida, correspondente à prestação devida em Março de 2020 (41.151 mil Euros), se faça em prestações anuais consecutivas e constantes em capital, vencendo-se a primeira em 2020 e a última em Março de 2030. c) Risco de Fluxos de Caixa e de Justo valor associado à Taxa de Juro Como a Empresa não tem ativos significativos remunerados, o lucro e os fluxos de caixa operacionais gerados são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado. O risco da taxa de juro da Empresa advém de empréstimos obtidos de longo prazo. Sendo que: empréstimos emitidos com taxas variáveis expõem a Empresa ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro; empréstimos emitidos com taxas fixas expõem a Empresa ao risco do justo valor da dívida. A análise de sensibilidade a variações de taxa de juro permite obter os seguintes impactos em Resultados: 147 .11 Natureza Cenário c/ Taxa Actual* Financiamentos a Tx. Variáveis Cenário +1% Relatório & Contas Cenário -1% (2.048.769,20) (3.257.502,90) (840.035,51) ABN (444.862,06) (775.417,61) (114.306,50) BGB (691.554,68) (1.023.354,68) (359.754,68) BEI (912.352,47) (1.458.730,61) (365.974,33) Financiamentos a Tx. Fixas Juros Obtidos D.P Total Líquido (2.670.000,00) 1.045.375,05 (3.673.394,15) Impacto Aproximado --- (2.670.000,00) (2.670.000,00) 1.045.375,05 1.045.375,05 (4.882.127,85) (2.464.660,45) (1.208.733,70) 1.208.733,70 em Resultados / Cenário Taxa Atual * Custo dos juros em 2012. 3.2. Gestão do Risco de Capital O objetivo da Empresa em relação à gestão do capital, que é um conceito mais lato do que o capital próprio relevado na face da Demonstração da Posição Financeira é: i) salvaguardar a capacidade da Empresa, continuar a sua atividade e efetuar os investimentos necessários à prossecução do objeto da concessão; ii) manter uma estrutura de capital ótima que lhe permita reduzir o custo de capital; e iii) criar valor a longo prazo para os acionistas. Esta gestão é efetuada através de medidas como: a emissão de instrumentos de dívida (empréstimo obrigacionista); a negociação e reescalonamento da divida; e entradas de capital dos Acionistas. 3.3. Contabilização de Instrumentos Derivados Os Derivados são classificados como de negociação, sendo reconhecidos ao Justo Valor (vide Nota 2.18) em cada data de relato financeiro, com o impacto das variações nos Resultados. O justo valor dos Instrumentos Derivados transacionados em mercado ativo é baseado na cotação de mercado à data do balanço. A cotação a utilizar para a valorização de instrumentos financeiros ativos é a cotação “bid”. O justo valor dos Instrumentos Derivados que não são transacionados num mercado ativo é determinado com base em técnicas de avaliação. A ANAM, SA utiliza o método dos Cash-Flows descontados, considerando pressupostos baseados nas condições de mercado existentes a cada data da Demonstração da Posição Financeira, na determinação do justo valor destes instrumentos. 148 .11 Relatório & Contas 4. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas sobre eventos futuros que se acredita serem razoáveis nas circunstâncias em causa. 4.1. Imparidade de Ativos Os ativos da Empresa são analisados à data de cada Demonstração da Posição Financeira por forma a detetar eventuais perdas por Imparidade. Na determinação do valor recuperável dos ativos, e tendo em atenção que os ativos da ANAM, SA, por si só, não geram fluxos de caixa independentes, é considerada uma única unidade geradora de caixa, o sistema aeroportuário, que inclui a totalidade dos ativos da Empresa. Sempre que o valor contabilístico do conjunto de ativos que constituem a unidade geradora de caixa excede a quantia recuperável, é reduzido até ao montante recuperável sendo esta perda por imparidade reconhecida nos resultados do exercício. A Empresa tem em curso um conjunto de estudos relativos à estruturação da sua atividade, que passarão pelo alargamento do seu prazo de Concessão, o que condiciona a determinação do valor atual dos Ativos e os consequentes fluxos de caixa futuros. De resto, como é referido no ponto 6.4 do Relatório, a ANAM, SA já apresentou ao Concedente e aos Acionistas, uma proposta de aumento do prazo de Concessão por mais 20 anos, considerado essencial para a viabilidade económica e financeira da Concessão e da sustentabilidade da própria Empresa. Contudo, a Administração, em face da idade das infraestruturas aeroportuárias existentes, entende que não se encontram por registar Perdas por Imparidade nos Ativos Fixos. De resto, em recente avaliação aos Ativos Fixos efetuados pela CPU-Consultores de Avaliação e reportada a 31 de Dezembro de 2010, procedeu-se à determinação do Valor do Uso Continuado dos Ativos e da operação desenvolvida nos Aeroportos da Madeira e Porto Santo, respeitando as exigências do International Financial Reporting Standards (IFRS), de que resultou um Valor de Uso Continuado dos terrenos edifícios, infraestruturas e equipamentos de 28,6% acima do valor líquido contabilístico. 149 .11 Relatório & Contas 5. RELATO POR SEGMENTOS Exercício de 2011 Aeroportos Comerciais Proveitos Operacionais s/Subsidios 33.399.368,37 5.126.991,62 Rédito 32.972.164,32 5.125.718,45 Prestação Serviços - Aviação 27.508.609,06 0,00 Prestação Serviços - Segurança 3.133.233,86 0,00 Prestação Serviços - PMR`s 727.002,88 0,00 Prestação Serviços - Não Aviação 1.151.796,92 5.119.663,04 Outros Réditos 38.464,60 6.055,41 Serviços de Construção 413.057,00 0,00 Outros Proveitos Operacionais 148.124,95 1.273,18 Proveitos Inter-Segmentos 279.079,10 0,00 Custos Operacionais S/Amortizações (25.222.744,08) (3.141.,357,80) Custos Operacionais S/ Amortizações (25.222.744,08) (2.862.278,70) Custos Inter-Segmentos 0,00 (279.079,10) EBITDA 8.176.624,29 1.985.633,83 Subsídios ao Investimento 4.012.582,31 0,00 Amortizações (8.724.794,47) 0,00 Resultado Operacional 3.464.412,13 1.985.633,83 Custos / Proveitos Financeiros --- --- Imposto sobre o Rendimento --- --- Resultado Líquido --- --- Ativos Fixos Tangíveis 458.271,81 --- Ativos Fixos Intangíveis 185.224.769,36 --- Investimento 448.381,25 --- Exercício de 2010 Aeroportos Comerciais Proveitos Operacionais s/Subsidios 34.386.237,22 4.899.032,63 Rédito 32.605.900,63 4.898.079,76 Prestação Serviços - Aviação 27.374.467,18 0,00 Prestação Serviços - Segurança 3.190.479,37 0,00 Prestação Serviços - PMR`s 703.458,71 0,00 Prestação Serviços - Não Aviação 1.152.697,89 4.787.782,24 Outros Réditos 80.560,76 11.896,80 Serviços de Construção 104.236,72 98.400,72 Outros Proveitos Operacionais 1.429.256,82 952,87 Proveitos Inter-Segmentos 351.079,77 0,00 Custos Operacionais S/Amortizações (24.507.861,58) (3.629.387,76) Custos Operacionais S/ Amortizações (24.507.861,58) (3.278.307,99) Custos Inter-Segmentos 0,00 (351.079,77) EBITDA 9.878.375,64 1.269.644,87 Subsídios ao Investimento 4.012.899,95 0,00 Amortizações (9.150.101,16) 0,00 Resultado Operacional 4.741.147,43 1.269.644,87 Custos / Proveitos Financeiros --- --- Imposto sobre o Rendimento --- --- Resultado Líquido --- --- Ativos Fixos Tangíveis 706.598,39 --- Ativos Fixos Intangíveis 189.538.444,49 --- Investimento 235.979,64 --- 150 ANAM 38.526.360,00 38.097.882,77 27.508.609,06 3.133.233,86 727.002,88 6.271.459,96 44.520,01 413.057,00 149.398,13 279.079,10 (28.364.101,88) (28.085.022,78) (279.079,10) 10.162.258,12 4.012.582,31 (8.724.794,47) 5.450.045,96 (3.875.043,50) 4.027.618,48 5.602.620,94 458.271,81 185.224.769,36 448.381,25 ANAM 39.285.269,85 37.503.980,39 27.374.467,18 3.190.479,37 703.458,71 5.940.480,13 92.457,56 202.637,44 1.430.209,69 351.079,77 (28.137.249,34) (27.786.169,57) (351.079,77) 11.148.020,51 4.012.899,95 (9.150.101,16) 6.010.819,30 (3.923.628,21) (1.302.781,29) 784.409,80 706.598,39 189.538.444,49 235.979,64 .11 Relatório & Contas 6. MOVIMENTOS NOS BENS PATRIMONIAIS, ATIVOS TANGÍVEIS EM CURSO E OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS Em 2011 Dominiais Patrimoniais Outros Intangíveis Em Curso Adiantamentos Total Valor Bruto Saldo em 01-jan-2011 --- 7.761.189,20 734.663,48 2.903,34 --- 8.498.756,02 Aumentos --- 35.324,25 0,00 0,00 --- 35.324,25 Capitalização de Trabalhos --- --- --- --- --- 0,00 Transferências --- 1.508,00 --- (1.508,00) --- 0,00 Abates --- (3.408,18) --- (1.395,33) --- (4.803,51) Alienações --- --- --- --- --- 0,00 Saldo em 31-dez-2011 --- 7.794.613,27 734.663,48 0,01 --- 8.529.276,76 Depreciações Saldo em 01-jan-2011 --- 7.057.494,15 669.389,44 --- --- 7.726.883,59 Reforço --- 282.255,50 56.995,36 --- --- 339.250,86 Abates --- (3.408,18) --- --- --- (3.408,18) Alienações --- --- --- --- --- 0,00 Saldo em 31-dez-2011 --- 7.336.341,47 726.384,80 --- --- 8.062.726,27 Valor Líquido Saldo em 01-jan-2011 --- 703.695,05 65.274,04 2.903,34 --- Saldo em 31-dez-2011 --- 458.271,80 8.278,68 0,01 --- 771.872,43 466.550,49 Em 2010 Dominiais Patrimoniais Outros Intangíveis Em Curso Adiantamentos Total Valor Bruto Saldo em 01-jan-2010 --- 7.848.646,68 728.138,48 0,01 --- 8.576.785,17 Aumentos --- 23.913,87 6.525,00 2.903,33 --- 33.342,20 Capitalização de Trabalhos --- --- --- --- --- 0,00 Transferências --- --- --- --- --- 0,00 Abates --- (23.162,59) --- --- --- (23.162,59) Alienações --- (88.208,76) --- --- --- (88.208,76) Saldo em 31-dez-2010 --- 7.761.189,20 734.663,48 2.903,34 --- 8.498.756,02 Depreciações Saldo em 01-jan-2010 --- 6.479.047,09 573.012,23 --- --- 7.052.059,32 Reforço --- 668.512,41 96.377,21 --- --- 764.889,62 Abates --- (23.162,59) --- --- --- (23.162,59) Alienações --- (66.902,76) --- --- --- (66.902,76) Saldo em 31-dez-2010 --- 7.057.494,15 669.389,44 --- --- 7.726.883,59 Valor Líquido Saldo em 01-jan-2010 --- 1.369.599,59 155.126,25 0,01 --- Saldo em 31-dez-2010 --- 703.695,05 65.274,04 2.903,34 --- 1.524.725,85 771.872,43 Os Ativos Fixos Tangíveis incluem os bens patrimoniais adquiridos, não afetos à Concessão, que já se encontram em funcionamento. Os Ativos Intangíveis respeitam unicamente a software e estão valorizados ao custo de aquisição líquido das depreciações, calculadas dentro do período de vida útil (3 anos). 151 .11 Relatório & Contas 7. DIREITO DE CONCESSÃO Os valores referentes ao Direito de Concessão têm o seguinte detalhe: Em 2011 Ativos Líquidos Subsídios Em Curso Valor Bruto Saldo em 01-jan-2011 587.845.170,24 276.147.323,00 395.421,15 Aumentos 7.611,17 272.558,40 405.445,83 - - - Saldo em 31-dez-2011 587.852.781,17 276.419.881,40 800.866,98 Valor líquido 312.093.268,39 140.498,60 312.233.766,99 Amortizações Acumuladas Saldo em 01-jan-2011 227.267.735,01 104.647.637,07 --- Reforço 8.385.543,61 3.988.365,24 --- Saldo em 31-dez-2011 235.653.278,62 108.636.002,31 --- 127.017.276,31 Valor Líquido Saldo em 01-jan-2011 360.577.435,23 171.499.685,93 395.421,15 Saldo em 31-dez-2011 352.199.502,79 167.783.879,09 800.866,98 89.473.170,45 185.216.490,68 Em 2010 Ativos Líquidos Subsídios Em Curso Valor Bruto Saldo em 01-jan-2010 587.804.322,55 276.147.323,00 233.631,40 Aumentos 40.847,69 - 161.790,75 - - - Saldo em 31-dez-2010 587.845.170,24 276.147.323,00 395.421,15 122.620.097,94 4.397.178,37 Valor líquido 311.890.630,95 202.637,44 312.093.268,39 Amortizações Acumuladas Saldo em 01-jan-2010 218.882.523,47 100.659.272,14 --- Reforço 8.385.211,54 3.988.364,93 --- Saldo em 31-dez-2010 227.267.735,01 104.647.637,07 --- 122.620.097,94 Valor Líquido Saldo em 01-jan-2010 368.921.799,08 175.488.050,86 233.631,40 Saldo em 31-dez-2010 360.577.435,23 171.499.685,93 395.421,15 193.667.379,62 189.473.170,45 118.223.251,33 4.396.846,61 Os Subsídios relativos aos Ativos afetos à Concessão, são deduzidos ao valor do Direito de Concessão, por não ser um dispêndio da Concessionária, mas um Ativo Financeiro Recebido. 152 .11 Relatório & Contas 8. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA As políticas contabilísticas para instrumentos financeiros de acordo com a IAS 39, foram aplicadas aos seguintes Ativos e Passivos Financeiros. Créditos Passivos a Justo Outros Passivos Outros Ativos/ Ano 2011 e Valores Valor por via Financeiros Passivos fora a Receber de Resultados âmbito IAS 39 Ativos Caixa e Equivalentes de Caixa 25.207.975,86 - - - Clientes e Out.Contas a Rec. 22.158.182,11 - - 1.199.436,05 Outros Activos - - - 167.284,18 Total Ativos Financeiros 47.366.157,97 0,00 0,00 1.366.720,23 Passivos Empréstimos Obtidos - - 202.988.739,42 - Derivados e outros Passivos Financeiros - - - - Dívidas a Pagar e Outras 4.227.709,82 - 24.146.815,67 - Total Passivos Financeiros 4.227.709,82 0,00 227.135.555,09 Total Ativos Financeiros 40.348.363,85 0,00 0,00 1.259.398,85 Passivos Empréstimos Obtidos - - 206.598.479,42 - Derivados e outros Passivos Financeiros - - - - Dívidas a Pagar e Outras 2.757.661,56 - 20.759.193,94 - 2.757.661,56 0,00 25.207.975,86 23.357.618,16 167.284,18 48.732.878,20 202.988.739,42 28.374.525,49 0,00 231.363.264,91 Créditos Passivos a Justo Outros Passivos Outros Ativos/ Ano 2010 e Valores Valor por via Financeiros Passivos fora a Receber de Resultados âmbito IAS 39 Ativos Caixa e Equivalentes de Caixa 20.292.463,10 - - - Clientes e Out.Contas a Rec. 20.055.900,75 - - 1.070.988,51 Outros Activos - - - 188.410,34 Total Passivos Financeiros Total Total 20.292.463,10 21.126.889,26 188.410,34 41.607.762,70 206.598.479,42 23.516.855,50 227.357.673,36 230.115.334,92 A ANAM, SA não divulga a hierarquia do justo valor utilizado na mensuração de ativos e passivos financeiros por não existirem ativos ou passivos mensurados ao justo valor, às datas do relato financeiro. 153 .11 Relatório & Contas 9. DÍVIDAS A RECEBER COMERCIAIS E OUTRAS 9.1. Dívidas a Receber Não Correntes Esta rubrica apresenta em 2011, um valor de 15.000.000 Euros, referente a um empréstimo concedido à ANA, SA (vide Nota 29. alínea b). 2011 Outros Acionistas 15.000.000,00 15.000.000,00 0,00 25.464,35 15.000.000,00 15.025.464,35 Pagamentos Antecipados Total Dívidas a Receber - Não Correntes 2010 9.2. Dívidas a Receber Correntes Esta rubrica, com um saldo de 8.524.902 Euros, em 31 de Dezembro, apresenta a seguinte decomposição: 2011 Clientes 2010 5.732.445,95 5.039.812,56 203.997,47 116.569,98 1.199.436,05 1.070.988,51 167.354,82 162.945,99 Outros Devedores 1.588.817,69 1.619.654,85 Outros Devedores - Subsídios 1.392.558,40 0,00 0,00 0,00 10.284.610,38 8.009.971,89 (1.759.708,04) (1.720.136,64) 0,00 0,00 (1.759.708,04) (1.720.136,64) 8.524.902,34 6.289.835,25 IVA a Receber Acréscimos de Proveitos Custos Diferidos – Pagamentos Antecipados Devedores de Cobrança Duvidosa Sub-Total Perdas por Imparidade de Dívidas de Clientes Perdas por Imparidade de Dívidas de Terceiros Sub-Total Total a) Clientes O valor contabilístico deduzido de eventuais perdas de imparidade, das dívidas comerciais e outras a receber, aproxima-se do seu justo valor. O valor de 5.732.446 Euros, apresentado na rubrica Clientes, inclui um valor vencido de 884.733 Euros e em imparidade de 1.759.708 Euros, para o qual foi reconhecida uma perda por imparidade por risco de incobrabilidade. 154 .11 Relatório & Contas Em 2010, esta rubrica, apresentava um saldo de 5.039.813 Euros e em imparidade de 1.720.137 Euros. b) IVA a Receber Do montante total de IVA a recuperar do Estado, 203.997 Euros corresponde a um reembolso já pedido. c) Acréscimos de Proveitos e Pagamentos Antecipados 2011 Ativo 2010 Acréscimos de Proveitos Juros a receber Depósitos à Ordem e a Prazo 370.331,73 208.411,04 Proveitos Aeroportuários 829.104,32 862.577,47 1.199.436,05 1.070.988,51 Pagamentos Antecipados Outros 167.354,82 162.945,99 167.354,82 162.945,99 Em Acréscimos de Proveitos Aeroportuários destaca-se o montante de 823.085 Euros, relativo às Taxas de Segurança (Componente A) a receber do INAC. Este saldo inclui o valor de 250.247 Euros cativos pelo INAC, ao abrigo do nº 5 do art. 3 do Dec-Lei 72A/2010, de 18 de Junho. Os Pagamentos Antecipados incluem, essencialmente, prémios de seguro, cujo custo respeita a períodos subsequentes. Em 31 de Dezembro de 2011 os prémios de seguro registados em Pagamentos Antecipados totalizam 102.505 Euros contra 99.981 Euros em 2010. d) Outros Devedores Do saldo em aberto, à data de 31 de Dezembro de 2011 realça-se o valor de 1.149.221 Euros referente aos juros de mora debitados à RAM, por atrasos verificados no pagamento dos trabalhos com a construção da ER101 – 2ª Fase do Projeto de Ampliação do Aeroporto do Funchal, realizados pela ANAM, SA, sob responsabilidade da RAM. e) Outros Devedores – Subsídios Da análise ao quadro supra verifica-se que a ANAM, SA tem o valor de 1.392.558 Euros a receber, referente à atribuição de um novo Subsídio – FEDER, no âmbito do Projeto SITI – Sistema Integrado de Telecomunicações e Informação. 155 .11 Relatório & Contas 9.3. Maturidade dos Saldos a Receber A seguir apresenta-se mapa com a análise da Maturidade dos Saldos a Receber. Este mapa não inclui, todavia, os Saldos do Estado e os Subsídios a Receber, por não se tratarem de ativos sujeitos a riscos de crédito: Un: Euros NormalMora sem Imparidade Em Imparidade 0 a 6 meses 6 a 12 meses >12 meses 2.999.681 725.246 - - 1.759.708 38.900 127 4.481 392.099 - - - - - - 15.000.000 - - - - 89.026 159.486 - 1.149.221 - Garantias Prestadas a Terceiros - - - 3.059 - Derivados - - - - - 18.127.608 884.859 4.481 1.544.379 1.759.708 Clientes Outros Devedores Subscritores de Capital Empréstimos Concedidos - P. Relac. Partes Relacionadas Ações diligenciadas com vista a reduzir os riscos de crédito: Os Ativos Financeiros em Imparidade à data do relato, estão totalmente provisionados, sendo que a quantia de 1.759.708 Euros, está integralmente coberta com certidões de dívida entregues no Serviço de Finanças ou reclamações apresentadas junto dos Administradores das massas insolventes. Atualmente, a Empresa tem oito processos instaurados. A dívida de 1.149.221 Euros, relacionada com a RAM (vide Nota 9.2, alínea d), tem maturidade superior a 12 meses. Com efeito, em 2008 foi acordado um plano de reembolso em 24 prestações mensais (ofício 465 de Março 2008), que não se concretizou. Posteriormente, por ofício 2356, da SRTT, solicitou-se a inclusão deste valor no Orçamento do PIDDAR 2010, o que em termos orçamentais acabou por não vir a ser concretizado pela RAM, não tendo, desde então, o assunto tido outro desenvolvimento, apesar das diligências efetuadas pela Empresa. 9.4. Movimento nas rubricas de Imparidade de Ativos Saldo Inicial Aumentos Imparidade de Dívidas a Receber Clientes de Cobrança Duvidosa 156 Reversão /Utilização Un: Euros Saldo Final 1.720.136,64 39.591,13 19,73 1.759.708,04 1.720.136,64 39.591,13 19,73 1.759.708,04 .11 Relatório & Contas Os aumentos e reversões de Imparidade, apurados no exercício, foram reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral, como Imparidade de Dívidas a Receber, conforme detalhado na Nota 22. 157 .11 Relatório & Contas 10. IMPOSTOS DIFERIDOS As diferenças temporárias que originaram ativos e passivos por impostos diferidos têm a seguinte natureza: Diferenças Temporais Saldo Inicial 2010 2010 Saldo Final Movimento 2010 Movimentos Ajustamento Movimentos 2011 2011 Saldo Final 2011 Ativos por Impostos Diferidos Ativos Tangíveis - Transição Fiscal 91.065,85 14.599,45 105.665,30 (7.909,05) Activos Intangíveis - Direito de Concessão 12.599.062,80 2.648.378,15 15.247.440,95 1.477.187,67 Total - Ativos por Impostos Diferidos 12.690.128,65 2.662.977,60 15.353.106,25 (24.439,06) 73.317,19 1.860.438,58 18.585.067,20 (7.909,05) 1.835.999,52 18.658.384,39 Passivos por Impostos Diferidos Ativos Int. - Dto Concessão - Transição Fiscal 10.346.167,75 Total - Passivos por Impostos Diferidos 10.346.167,75 9.609.619,00 19.955.786,75 (11.671.461,40) (2.071.081,27) 6.213.244,08 9.609.619,00 19.955.786,75 (11.671.461,40) (2.071.081,27) 6.213.244,08 Os movimentos ocorridos nas rubricas de Impostos Diferidos detalham-se como se segue: Diferenças Temporais Saldo Inicial 2010 2010 Movimento Movimentos em Resultados Saldo Final Alteração de taxa Ajustamento Movimentos 2010 2011 2011 2011 Saldo Final 2011 Ativos por Impostos Diferidos Ativos Tangíveis - Transição Fiscal 18.213,17 2.919,89 21.133,06 3.665,86 (1.581,81) (4.887,81) 18.329,30 Activos Intangíveis - Direito de Concessão 2.390.494,92 658.993,27 3.049.488,19 929.253,36 295.437,53 372.087,72 4.646.266,80 Total - Ativos por Impostos Diferidos 2.408.708,09 661.913,16 3.070.621,25 932.919,22 293.855,72 367.199,90 4.664.596,10 Passivos por Impostos Diferidos Ativos Int. - Dto Concessão - Transição Fiscal Total - Passivos por Impostos Diferidos Taxa de Imposto 1.921.923,86 3.991.157,41 310.662,20 (2.334.292,35) 2.069.233,55 1.921.923,86 2.069.233,55 3.991.157,41 310.662,20 (2.334.292,35) 20% 20% 20% - - (414.216,35) 1.553.311,01 (414.616,35 1.553.311,01 - 25% A divulgação dos prejuízos fiscais acumulados, que não deu origem ao registo de impostos diferidos ativos, é a seguinte: Ano 2005 8.828.961,15 2006 10.151.375,08 2007 8.165.959,32 2008 10.265.003,76 2009 8.558.535,28 2010 0,00 158 Prejuízos Fiscais reportados 45.969.834,59 .11 Relatório & Contas 11. INVENTÁRIOS Os Inventários em armazém são compostos, essencialmente, por materiais de escritório, peças de substituição/ conservação relacionadas com os edifícios/equipamentos afetos à atividade da Empresa. Não se verificam perdas por imparidade. Os movimentos ocorridos no decurso do exercício são os que seguem: Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas Inventários Iniciais Compras Regularização de Inventários Inventários Finais Custos do Exercício 2011 2010 318.005,34 344.002,31 98.842,47 82.660,21 (23,49) 0,00 313.415,63 318.005,34 103.408,69 108.657,18 O Custo dos Inventários reconhecido como despesa e incluído no custo das mercadorias consumidas totalizou 103.409 Euros; em 2010, 108.657 Euros. 12. IMPOSTO CORRENTE O valor em saldo, de 1.076.843 Euros, respeita às retenções de imposto sobre os rendimentos de prediais e de capitais, bem como ao pagamento especial e adicional por conta de IRC. 13. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes: Rubricas Numerário* 2011 2010 7.479,40 7.479,40 Depósitos Bancários Depósitos à Ordem Aplicações Financeiras Total 119.562,18 618.436,09 25.080.934,28 19.666.547,61 25.207.975,86 20.292.463,10 * Fundo Fixo de Caixa. As aplicações financeiras indicadas constituem disponibilidades de Tesouraria em depósitos bancários de curto prazo. Estas incluem o Fundo Social DRA, no montante atual de 437.448 Euros (valor capitalizado) que, conforme Nota 31.3, continua a aguardar uma decisão sobre o processo e ainda o montante de 418.213 Euros de descontos efetuados para a ADSE, que se encontra por regularizar. 159 .11 Relatório & Contas 14. CAPITAL O Capital da ANAM, SA é de 67.500.000 Euros, representado por 13.500.000 ações escriturais, no valor nominal de 5 Euros cada uma. Acionista Nº acções 2010 Nº acções 2009 Participação ANA, SA 9.450.000 9.450.000 47.250.000,00 70,00 RAM 2.700.000 2.700.000 13.500.000,00 20,00 Estado Português 1.350.000 1.350.000 6.750.000,00 10,00 13.500.000 13.500.000 67.500.000,00 100,00 % O Capital subscrito encontra-se integralmente realizado. 15. OUTRAS RESERVAS Reserva Legal Geral 2011 2010 (161.246,06) (161.246,06) 17.393.192,18 17.393.192,18 22.317,01 22.317,01 17.254.263,13 17.254.263,13 Reserva Legal de Investimentos (Bens Domínio Público) Outras Reservas Total As Reservas não sofreram, no decurso do exercício, qualquer alteração. A Reserva Legal Geral é negativa em consequência de, em 2001, nela ter sido refletido os diferenciais com a redenominação do Capital Social, de Escudos para Euros. A Reserva Legal Geral apenas pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou aumento de capital. 160 .11 Relatório & Contas 16. EMPRÉSTIMOS 16.1. Empréstimos Não Correntes e Correntes Esta rubrica, que inclui os empréstimos bancários e obrigacionista, assim como os valores em dívida relativamente às aquisições de imobilizado, em regime de Locação Financeira, decompõe-se como segue: 2011 2010 Empréstimos não Correntes Empréstimos Bancários 149.510.255,02 153.193.709,06 49.877.018,20 49.795.030,36 0,00 0,00 199.387.273,22 202.988.739,42 Empréstimos Correntes Empréstimos por Obrigações Responsabilidades com Locação Financeira Empréstimos Bancários - Curto Prazo 3.601.466,20 3.601.466,20 0,00 8.273,80 3.601.466,20 3.609.740,00 Responsabilidades com Locação Financeira Em 2011, iniciou-se o Reembolso da Dívida do BEI, vide 3.1 b) iii). 16.2. Termos e Prazos de Reembolso dos Empréstimos A maturidade dos Empréstimos Não Correntes é a seguinte: 2011 2010 entre 1 e 2 anos 3.601.466,20 3.601.466,20 entre 3 e 5 anos 96.020.729,52 60.927.380,32 > 5 anos 99.765.077,50 138.459.892,90 199.387.273,22 202.988.739,42 As despesas com a emissão dos Empréstimos Obtidos estão a ser depreciadas no seu período de vigência, resultando um diferencial, face ao quadro seguinte: Contrato Ano de Desembolso Data primeiro Reembolso Data último Reembolso Taxa de Juro Taxa Média % (*) BEI - Tranche B 2000 15/3/2011 15/3/2020 Variavel 1,46% 67.337.716,16 3.740.984,20 ABN AMRO Bank 2001 26/7/2016 26/7/2016 Variavel 1,51% 35.000.000,00 - Deutsche Pfandbriebank 2002 24/4/2017 24/4/2017 Variavel 1,55% 47.400.000,00 - Empr. Obrigacionista 2004 29/7/2014 29/7/2014 Fixa 5,34% 50.000.000,00 - 199.737.716,16 3.740.984,20 Capital em Dívida Não Corrente Corrente * Taxa Média no Exercício. 161 .11 Relatório & Contas É de referir que, o Justo Valor dos empréstimos de médio/longo prazo contratados, era de 208.398.869 Euros, em 31.DEZ.2010 e de 203.204.368 Euros em 31.DEZ.2011, considerando já o reembolso de 3.740.984 Euros, efetuado em 2011. Estes valores são calculados com base nos Cash-Flows descontados às taxas de final de período. 16.3. Empréstimo Obrigacionista Em Julho de 2004, a ANAM, SA, emitiu obrigações não convertíveis com valor nominal de 1.000, 10.000 e 100.000 Euros, cotadas na Bolsa do Luxemburgo, à taxa de 5.34%, para financiar as suas necessidades de fundo de maneio. As obrigações são reembolsáveis integralmente em Julho de 2014. 16.4. Responsabilidades com Locações Financeiras À data de 31 de Dezembro de 2011, a ANAM, SA, não detém quaisquer responsabilidades com locações financeiras. 16.5. Linhas de Crédito Atendendo a uma situação de Tesouraria positiva, a ANAM, SA não tem, presentemente, negociadas quaisquer condições para linhas de crédito. 162 .11 Relatório & Contas 17. DÍVIDAS A PAGAR E OUTROS PASSIVOS 2011 2010 25.944.925,08 22.374.725,29 1.076.850,14 121.104,82 Dívidas a partes relacionadas 736.507,89 404.094,14 Segurança Social e outros impostos 616.242,38 616.931,25 28.374.525,49 23.516.855,50 Contas a pagar a fornecedores e outros credores Subsídios ao Investimento Total 17.1. Dívidas a Pagar Não Correntes Esta rubrica é composta por: 2011 Subsídios ao Investimento Responsabilidades Contratuais Total 2010 1.052.634,64 96.889,32 16.013.160,18 12.255.919,70 17.065.794,82 12.352.809,02 Vide Nota 2.3 b): Reconhecimento das Responsabilidades associadas aos Investimentos de Renovação/ Substituição. 17.2. Dívidas a Pagar Correntes O valor registado nesta conta apresenta a seguinte decomposição: 2011 Fornecedores Correntes 2010 2.152.984,63 1.504.829,39 0,00 0,00 685.768,20 252.821,09 0,00 17.847,50 Estado e Outros Entes Públicos 616.242,38 616.931,25 Outros Credores 674.415,70 671.961,77 Acréscimos de Custos 3.663.037,62 4.821.231,69 Responsabilidades Contratuais 2.571.907,00 2.422.091,00 920.159,64 832.117,29 24.215,50 24.215,50 11.308.730,67 11.164.046,48 Fornecedores Fat. Recep. e Conferência Fornecedores Imobilizado – exceto Locações Fornec. Imobilizado - Fat. Recep. e Confer. Proveitos Diferidos (recebimentos antecipados) Subsídios ao Investimento Total 163 .11 Relatório & Contas Segue-se, pois, o detalhe de algumas das rubricas acima identificadas. a) Estado e Outros Entes Públicos A rubrica Estado e Outros Entes Públicos decompõe-se da seguinte maneira: Passivo 2011 2010 Retenções Imposto s/ Rendimento 136.520,99 129.142,73 Contribuições Patronais 478.165,33 485.762,28 1.556,06 2.026,24 616.242,38 616.931,25 Outros Impostos Total b) Outros Credores O saldo da rubrica Outros Credores reflete essencialmente: • O valor relativo ao Fundo Social – DRA, incluindo os juros capitalizados das aplicações, totaliza 437.448 Euros e encontra-se justificado na Nota: 31.3. c) Acréscimos e Diferimentos (Correntes) Passivo 2011 2010 Acréscimo de Custos Remunerações 1.054.813,18 2.006.300,42 Juros a Liquidar 1.679.487,27 1.510.458,48 Forn. Serv. Externos 3.500.644,17 3.726.563,79 6.234.944,62 7.243.322,69 Proveitos Diferidos Proveitos Aeroportuários 920.159,64 832.117,29 Subsídios ao Investimento 24.215,50 24.215,50 944.375,14 856.332,79 A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos inclui 2.571.907 Euros, referente à utilização de responsabilidades assumidas para investimentos a realizar em 2012 no âmbito do Contrato de Concessão, relativas à Substituição/Renovação de infraestruturas e equipamentos previstos. 164 .11 Relatório & Contas 18. RÉDITO 2011 2010 Aviação 27.508.609,06 27.374.467,18 Tráfego 25.924.296,29 25.757.127,38 1.515.398,39 1.549.220,52 Outras 68.914,38 68.119,28 PMR’s 727.002,88 703.458,71 Assistência em Escala PMR’s 727.002,88 703.458,71 3.133.233,86 3.190.479,37 Taxa de Segurança (comp. A) 1.177.997,98 1.298.598,33 Segurança HBS (comp. B) 1.955.235,88 1.891.881,04 Segurança Não Aviação 6.271.459,96 5.940.480,13 Retalho 2.992.254,53 2.721.421,92 Imobiliária 1.151.796,92 1.152.697,89 541.799,93 626.801,46 Parque de Estacionamento Publicidade 313.338,27 297.036,61 1.135.755,65 993.755,41 Outras 136.514,66 148.766,84 Serviço de Construção(*) 413.057,00 202.637,44 Rent-a-Car Serviço de Construção Total Prestação de Serviços Proveitos Suplementares Rédito (*) 413.057,00 202.637,44 38.053.362,76 37.411.522,83 44.520,01 92.457,56 38.097.882,77 37.503.980,39 Relativo à aquisição de Ativos para o Serviço da Concessão, adicionado ao Ativo Intangível – Direito de Concessão. 165 .11 Relatório & Contas 19. OUTROS RENDIMENTOS 2011 Reconhecimento Subsidios (Responsabilidades) 140.037,61 0,00 9.360,52 7.405,39 149.398,13 7.405,39 Outros Outros Rendimentos 2010 O valor de 140.038 Euros resulta do reconhecimento em Resultado de Subsídios, relativo a gastos já incorridos pela Empresa. A rubrica Outros inclui os ganhos em alienações de Ativos Fixos Tangíveis e penalidades contratuais aos fornecedores. 20. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 2011 2010 Subcontratos 376.402,83 372.089,08 Eletricidade 846.511,15 838.654,23 Água 185.951,41 210.741,82 Rendas e Alugueres 108.034,30 134.566,49 50.694,92 53.150,65 Seguros 362.212,98 372.765,79 Deslocações e Estadias 164.641,97 144.400,44 56.073,30 86.879,29 Conservação e Reparação 1.667.998,48 1.763.613,79 Publicidade e Propaganda 77.846,25 159.552,03 929.254,77 1.094.494,82 1.711.258,41 1.999.086,13 Serviços de Jardinagem 294.998,04 324.662,96 Estudos, Projetos, Pareceres Assessoria 466.583,12 421.164,74 Responsabilidades Assumidas 5.006.066,78 3.294.966,36 Outros Trabalhos Especializados 1.359.398,06 1.399.658,08 Assistência Pessoal 159.072,37 177.686,97 Outros 266.089,62 357.722,68 14.089.088,76 13.205.856,35 Comunicação Honorários Limpeza, Higiene e Conforto Vigilância e Segurança 166 .11 Relatório & Contas 21. GASTOS COM O PESSOAL 2011 2010 Remunerações 9.055.383,12 10.095.170,72 Encargos s/ Remunerações 1.953.679,65 2.032.629,32 Custos Ação Social 347.140,86 418.074,84 Outros Custos 560.737,70 569.768,13 11.916.941,33 13.115.643,01 • O número médio de trabalhadores ao serviço durante o ano de 2011 foi de 323. • O montante assinalado na rubrica Outros Custos prende-se, designadamente, com encargos de rescisões de contrato por mútuo acordo e com aposentações voluntárias de 4 colaboradores, ocorridas em 2011, que totalizam 552.921 Euros. • As remunerações pagas aos membros dos Órgãos Sociais da ANAM, SA são como se apresenta: Rubrica Assembleia Geral 2011 2010 815,00 850,00 162.447,62 173.818,88 Conselho Fiscal 44.352,00 49.280,00 Revisor Oficial de Contas 15.264,00 17.201,81 222.878,62 241.150,69 Conselho de Administração Não existem responsabilidades assumidas, relativamente a pensões de reforma dos antigos membros dos Órgãos Sociais. O Conselho de Administração foi eleito em Assembleia Geral, em 16 de Maio de 2008. A sua composição, com 5 elementos, encontra-se descrita no ponto 1.5 do Capítulo I. Governo da Sociedade. Em Julho de 2009, foram fixadas novas remunerações aos Órgãos Sociais, com efeitos retroativos à data da sua nomeação. No entanto, por força da Lei 12-A/2010, de 30 de Junho, as mesmas foram reduzidas em 5%, com início em Junho de 2010. Em 2011 estas foram reduzidas em mais 10%, em consequência da Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro. 167 .11 Relatório & Contas 22. CONSTITUIÇÃO E REVERSÃO DE IMPARIDADES Esta conta, que expressa o saldo entre a constituição por Perdas de Imparidades e as Reversões efetuadas, apresenta a seguinte decomposição: Perdas para Imparidade de Dívidas a Receber 2011 (39.591,13) (52.287,61) 19,73 1.475.091,91 (39.571,40) 1.422.804,30 Reversão das Perdas por Imparidade 2010 As Perdas para Imparidade de Dívidas a Receber, registadas em 2011, respeitam à constituição por imparidade da SAS Strategic Airlines. A reversão das perdas por imparidade respeita ao pagamento parcial da Paralelo Jóias, Lda., de 20 Euros. 23. OUTROS GASTOS Impostos Gastos com Serviços Bancários Donativos Perdas em Inventários Perdas em Ativos Incentivos Outros Gastos 2011 2010 68.315,66 78.133,02 7.970,89 8.748,52 10.334,01 7.377,77 52,33 0,00 0,00 165,65 1.637.484,62 1.044.518,79 211.855,09 217.069,28 1.936.012,60 1.356.013,03 • Incentivos Para dinamizar o tráfego nos Aeroportos da Madeira, a ANAM, SA tem em vigor dois Programas de Incentivos dos Aeroportos da Madeira, da sua inteira responsabilidade. Com idêntico objetivo, participa, igualmente, em dois outros fundos: Fundo para o Investimento em Promoção Turística e Initiative:pt – Developing Tourism and Aviation. Em 2011, por cumprirem os requisitos necessários, foram atribuídos incentivos financeiros a quinze operadores aéreos, num total de 1.637.485 Euros (ver Ponto 10.1.2 do Relatório de Gestão). 168 .11 Relatório & Contas 24. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES 2011 Subsídio ao Investimento Ativos Fixos Tangíveis 2010 24.217,07 24.535,02 Bens do Direito de Concessão 3.988.365,24 3.988.364,93 Subsídio ao Investimento 4.012.582,31 4.012.899,95 Amortizações Ativos Fixos Tangíveis e Outros Intangíveis (339.250,86) (764.889,62) (8.385.543,61) (8.385.211,54) Amortizações (8.724.794,47) (9.150.101,16) Total Amortizações e Depreciações (4.712.212,16) (5.137.201,21) Bens do Direito de Concessão 25. RESULTADO FINANCEIRO 25.1. Custos de Financiamento 2011 Juros Líquidos dos Empréstimos Juros de Locação Financeira (3.874.961,64) (3.925.186,60) (81,86) (170,40) ---- --- (3.875.043,50) (3.925.357,00) Justo Valor dos Swaps 2010 A explicitação das principais rubricas indicadas no quadro supra aponta: • Os Custos de Financiamento no total de (3.875.043) Euros, inclui: • O custo com a utilização dos financiamentos contraídos, destinados a garantir os Investimentos da Empresa, no montante de (5.313.990) Euros; • Os Proveitos Financeiros de 1.439.028 Euros, que advêm das aplicações temporárias resultantes de excedentes de tesouraria, provenientes da atividade, dos empréstimos obtidos e da recomposição do Capital Próprio (ver ponto 10.1.3 do Relatório de Gestão). 169 .11 25.2. Outros Resultados Financeiros 2011 2010 Gastos Juros Suportados 0,00 (13,73) Outros Gastos Financeiros 0,00 0,00 Rendimentos Juros Obtidos 0,00 1.742,52 Outros Ganhos Financeiros 0,00 0,00 0,00 1.728,79 26. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Imposto corrente Excesso de Estimativa Imposto Diferido (Nota 10) 2011 2010 (14.302,75) (45.544,44) 10.099,98 2.773,85 4.031.821,25 (1.260.010,70) 4.027.618,48 (1.302.781,29) A conciliação entre o Imposto Corrente e o Imposto Efetivo é a seguinte: 2011 Imposto corrente Imposto do ano Excesso estimativa Imposto Diferido Gasto de Imposto RAI Taxa Imposto Diferenças permanentes Outros Gasto de Imposto 170 14.302,75 (10.099,98) (4.031.821,25) (4.027.618,48) 1.575.002,46 20,00% 315.000,49 (310.797,72) (4.031.821,25) (4.027.618,48) Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 27. RESULTADO POR AÇÃO O resultado básico por ação é calculado dividindo o Resultado Líquido pelo número médio ponderado de ações ordinárias. Resultado Líquido Número médio das ações ordinárias emitidas (milhar) Resultado Básico por ação (€ por ação) 2011 2010 5.602.620,94 784.409,80 13.500.000 13.500.000 0,42 0,06 28. COMPROMISSOS Os Compromissos para Investimentos e Serviços Não Satisfeitos assumidos na data da Demonstração da Posição Financeira mas ainda não registados são: 2011 2010 Contratos firmados com realização em curso 477.720,75 82.555,78 Compromissos com serviços não satisfeitos* 3.711.369,15 6.979.842,09 4.189.089,90 7.062.397,87 *Inclui Contratos de Prestação de Serviços com prazo de vigência superior a 1 ano, nomeadamente contratos de limpeza e manutenção de sistemas. A ANAM, SA não dispõe de responsabilidades associadas a contratos de locação operacional. 171 .11 Relatório & Contas 29. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A ANAM, SA é participada pela ANA, SA, pelo Governo Regional da Madeira e pelo Estado Português, os quais detêm respetivamente 70%, 20% e 10% do Capital da Empresa. A PORTWAY é uma empresa de Handling, participada a 100% pela ANA, SA e a NAER é, igualmente, participada pela ANA, SA em 84,41%. A Região Autónoma da Madeira é, para além de Acionista, a entidade Concedente e Reguladora. Durante o ano de 2011, registaram-se operações com estas entidades, cujos saldos existentes a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são os seguintes: Saldos com partes relacionadas ANA, SA 2011 2010 14.706.561,82 14.897.317,70 15.000.000,00 15.000.000,00 (445.621,26) (166.423,79) 701,40 284,90 Acréscimos de Custos (98.298,91) (110.515,63) Acréscimos de Proveitos 249.780,59 173.972,22 PORTWAY 55.223,11 (29.967,17) Clientes 247.810,83 97.187,55 (156.456,44) (91.023,44) 0,00 0,00 (36.131,28) (36.131,28) NAER 0,00 3.028,46 Outros Devedores 0,00 3.028,46 1.149.220,86 1.149.220,86 1.149.220,86 1.149.220,86 15.911.005,79 16.019.599,85 Acionistas – Empréstimos Fornecedores Outros Devedores Fornecedores Acréscimos de Custos Proveitos Diferidos REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Juros de Mora Total das Dívidas de partes relacionadas 172 .11 Relatório & Contas a) Transações com Partes Relacionadas, por natureza 2011 ANA, SA 2010 Rédito 5.623,63 0,00 (880.719,95) (908.524,07) 0,00 0,00 Gastos com Pessoal (26.400,00) (19.200,00) Custos de Financiamento 375.829,63 307.138,77 Fornec. e Serviços Externos Impostos PORTWAY Rédito Fornec. e Serviços Externos 640.783,53 635.367,47 (491.054,92) (493.462,60) NAER Rédito 4.968,93 42.637,56 b)Empréstimos a Partes Relacionadas 2011 Início do ano 2010 15.000.000,00 15.000.000,00 Empréstimos do ano 0,00 0,00 Amortização dos empréstimos 0,00 0,00 Imposto de Selo 0,00 0,00 235.516,69 270.775,22 (235.516,69) (270.775,22) 15.000.000,00 15.000.000,00 Juros líquidos debitados Valores faturados recebidos Valor em aberto em 31.DEZ No início de 2009 e em face duma situação de tesouraria positiva, a Empresa elaborou um estudo para a avaliação das alternativas possíveis da aplicação dos excedentes. Das várias soluções, então equacionadas, a ANAM, SA optou pela celebração de um contrato com a ANA, SA, para um empréstimo de 15 milhões de Euros, a médio e longo prazo, eventualmente renovável na data de vencimento dos juros e com o limite temporal a 2014 (data de amortização do empréstimo obrigacionista). Estes empréstimos foram concedidos nos seguintes termos: • 5 milhões de Euros, pelo prazo de um ano, renovável por iguais períodos, vencendo juros semestralmente à taxa Euribor a 6 meses, adicionada de um spread de 60 pontos base; • 10 milhões de Euros, com o limite temporal de 2014, vencendo juros anuais à taxa Euribor a um ano, adicionada de um spread de 80 pontos base. 173 .11 Relatório & Contas 30. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS A ANAM, SA obteve, em 2007, a Certificação no Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, segundo os referências NP EN ISO 9001:2000 e NP EN ISO 14.001:2004. No ano de 2009, foi efetuada a adaptação do Sistema de Gestão da Qualidade para a nova norma NP EN ISO 9001:2008. Após certificação do Sistema de Gestão Integrado a ANAM, SA deu início à auto-avaliação segundo o Modelo de Excelência da EFQM – Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade, tendo obtido em 2010 o reconhecimento “Committed to Excelence” e ainda a Certificação da Qualidade de Serviço Aeroportuário, de acordo com os requisitos da ACI – Conselho Internacional de Aeroporto, designada Airport Service Quality Assured. Também, em 2011, deu-se início à implementação de Auditorias de Segurança e Higiene Alimentar, tendose obtido no culimar deste processo, a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nossa parceira neste processo. Em paralelo, a Empresa continua a promover ações destinadas a assegurar: 174 • Sensibilização sobre as várias temáticas do ambiente, transversal a toda a Empresa, abrangendo os Stakeholders, em geral. • Manutenção no Aeroporto da Madeira, de um espaço dedicado ao armazenamento de resíduos perigosos produzidos, por forma a dotar este Aeroporto com os meios necessários ao seu armazenamento temporário; • Aproveitamento da captação de água, através de reservatórios próprios, para rega dos espaços verdes, por forma a diminuir os consumos de água potável; • Recolha de hidrocarbonatos no Aeroporto de Porto Santo, através de caixas separadoras instaladas em locais mais suscetíveis de produzir efluentes contaminados com esta resistência; • Implementação de um plano plurianual para redução dos consumos de energia, dando seguimento às recomendações da Auditoria Energética realizada neste Aeroporto, no sentido da obtenção da Certificação Energética e QAI dos Aeroportos da Madeira; • Manutenção no Aeroporto de Porto Santo de infraestrutura específica, destinada à descarga de águas residuais provenientes das aeronaves. .11 Relatório & Contas 31. AÇÕES JUDICIAIS E OUTRAS CONTINGÊNCIAS 31.1. Processos Judiciais em que a ANAM, SA é Parte Processos Judiciais em relação aos quais não se espera que resultem responsabilidades para a ANAM, SA: Natureza 2011 Un: Euros 2010 • Processos de Expropriação por utilidade pública, em Recurso (diferença reclamada) 779.208,00 779.208,00 • Ações contra a ANAM, no âmbito do Projeto de Ampliação do AFU 298.979,00 298.979,00 • Ações Administrativas 148.206,74 172.206,74 31.2. Processos de Execução Fiscal Por falta de pagamento de taxas aeroportuárias, foram instaurados, pela Empresa, vários processos de execução fiscal a clientes, alguns dos quais já declarados insolventes: Natureza • Reclamação de Créditos em Insolvência • Processos em Execução Fiscal 2011 Un: Euros 2010 1.728.585,25 1.728.585,25 21.559,71 21.559,71 Foram constituídas imparidades para estes valores, sendo que do desenvolvimento dos processos, a expectativa do sucesso de ressarcimento da dívida é mínimo. 31.3. Outros Processos e Responsabilidades Natureza 1.Ações Administrativas – Impugnação Judicial 2011 Un: Euros 2010 303.871,00 303.871,00 5.750,00 5.750,00 437.448,00 416.915,00 (em que a ANAM, SA é Autora – IVA B. Pescadores) 2.Processo de natureza Civil 3.Fundo Social – DRA 32. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS Não existem garantias financeiras ou reais prestadas a terceiros. 175 .11 Relatório & Contas DECLARAÇÃO Estas Demonstrações Financeiras, foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião nº 03/2012, de 03 de Fevereiro de 2012. É opinião do Conselho de Administração que estas Demonstrações Financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua Posição e Desempenho Financeiro e Fluxos de Caixa. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Guilhermino Rodrigues Presidente Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira Vogal Rui Manuel Sarmento Veres Vogal Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho Vogal António José do Amaral Ferreira de Lemos Vogal 176 RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS .11 Relatório & Contas 177 .11 178 Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 179 .11 180 Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 181 .11 182 Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 183 .11 184 Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 185 .11 186 Relatório & Contas .11 Relatório & Contas 187 .11 188 Relatório & Contas