ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3o Trimestre 1º ano

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ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3o Trimestre 1º ano
ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA
3o Trimestre
1º ano
DISCIPLINA: Literatura
Observações:
1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar.
2 - Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada e entregues ao professor da disciplina antes
da realização da prova.
CONTEÚDO:

Arcadismo - Características gerais do movimento e autores estudados em aula - Brasil;

Romantismo (as três fases da poesia romântica no Brasil – características de cada fase e autores
principais de cada uma – Poesia e Prosa).
Texto para as questões 1 e 2
Casa No Campo
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras
Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos, meus livros e nada mais
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais
Zé Rodrix – Tavito http://letras.mus.br/elis-regina/45668/
1)
Após leituras e comentários em sala de aula acerca do Arcadismo (séc. XVIII), responda por que podemos
considerar que a canção acima, mesmo tendo sido escrita no século XX, pode ser considerada como um texto
árcade? Justifique sua resposta, com suas palavras.
2)
No trecho: “Eu quero carneiros e cabras/ Pastando solenes no meu jardim” existe uma característica da poesia
árcade. Qual é o nome dessa característica e por que ela é assim nomeada?
VOZES D'ÁFRICA
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
[...]
Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada
Em meio das areias esgarrada,
Perdida marcho em vão!
Se choro... bebe o pranto a areia ardente;
talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão...
[...]
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/v/vozes_d_africa
3)
As estrofes apresentadas foram retiradas do poema Vozes d’ África, de Castro Alves, que é um dos textos em
que o poeta expressa sua indignação diante da escravidão. Assim, identifique os elementos que representam,
figuradamente, o abandono e o desrespeito advindos da escravidão.
4)
Escreva a respeito do aspecto formal do poema e sua relação com as características da poesia romântica.
Texto para as questões 5 e 6
Namoro a Cavalo
Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege a minha vida malfadada
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.
Alugo (três mil réis) por uma tarde
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
À minha namorada na janela...
Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado,
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado.
5) Por que a poesia acima foge dos padrões da 1ª e 3ª partes da Lira dos Vinte Anos?
6) O que aproxima e o que diferencia a mulher de “Namoro a Cavalo” e as mulheres da primeira parte da Lira?
Texto para as questões 7 e 8
Dei o nome de Primeiros Cantos às poesias que agora público, porque espero que não serão as últimas.
Muitas delas não têm uniformidade nas estrofes, porque menosprezo regras de mera convenção; adotei todos os
ritmos da metrificação portuguesa, e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir.
Não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostas em épocas diversas - debaixo de céu diverso - e
sob a influência de impressões momentâneas. Foram compostas nas margens viçosas do Mondego e nos píncaros
enegrecidos do Gerez - no Doiro e no Teia - sobre as vagas do Atlântico, e nas florestas virgens da América. Escrevias para mim, e não para os outros; contentar-me-ei, se agradarem; e se não... é sempre certo que tive o prazer de as
ter composto.
Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma,
reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em mim
desperta a vista de uma paisagem ou do oceano - o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o
sentimento - o coração com o entendimento - a ideia com a paixão - cobrir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto
com a vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da religião e da divindade, eis a Poesia - a Poesia
grande e santa - a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir, como eu a sinto sem a poder traduzir. O esforço
- ainda vão - para chegar a tal resultado é sempre digno de louvor; talvez seja este o só merecimento deste volume. O
Público o julgará; tanto melhor se ele o despreza, porque o Autor interessa em acabar com essa vida desgraçada, que
se diz de Poeta.
Gonçalves Dias, Rio de Janeiro, julho de 1846.
7) Segundo o texto, que princípios românticos Gonçalves Dias adota para a sua poesia? Comprove sua resposta com
passagens do texto.
8) Em determinada passagem do texto, Gonçalves Dias defende a ideia de uma poesia pura, que se afasta dos fatos
corriqueiros do mundo e a sociedade. Assim, explique de que maneira este tipo de postura parece confirmar a
tendência de idealização da poesia romântica.
Texto para a questão 9
XI
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folgas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurando gira:
Que alegre campo! Que amanhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
Mais tristeza que a morte me causara.
Bocage. In:Inocêncio Francisco da silva (org.) Poesias de Manuel Barbosa du Bocage. Lisboa:Casa deo Editor
A.J.F.Lopes, 1853. Tomo, p 32.
9) a) Que preceitos e características árcades o texto apresenta? Exemplifique com passagens e explique.
b) Qual é o papel da natureza no poema? Explique.
10. No século XIX, aqui no Brasil, fortalece-se um novo público: a burguesia. Foi necessária uma nova arte que
suprisse a necessidade dessa nova classe social, dessa forma, nasce a burguesia. Escreva, com suas palavras, um
pequeno parágrafo apresentando as três fases do romantismo brasileiro, em que a poesia foi bastante difundida. Você
pode registrar também, a respeito da prosa de José de Alencar, de como eram apresentados os romances de folhetins,
quais suas principais características.