Praia do Simão - Jornal Maranduba News

Transcrição

Praia do Simão - Jornal Maranduba News
Maranduba, 10 de Outubro de 2011
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 2 - Edição 30
Foto: Emilio Campi
Praia do Simão
Praia de beleza selvagem esconde trilhas históricas
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10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Editorial:
Desabafo ambiental e a inversão de valores
Na atualidade somos o que
comemos, recebemos o que
acusamos, nosso estatus é
pelo que temos, estamos na
crista da onda do ter e não do
ser. Isto também contece com
as autoridades, quem tem
leva, quem pode tem razão,
mas circulou na net um texto
interessante que mostra muito o que o jornal quer exemplificar e que infelizmente as
autoridades desconhecem, ignoram, nao fazem conta.
Falo do movimento em defesa do verde (dos cargos,
do cifrões, da estupidez, da
inversão de valores). É a história da senhora que vai ao
supermercado e no caixa é
questionada sobre em trazer
sua propria sacola, já que as
sacolas de plasticos não são
amigáveis ao meio ambiente.
A senhora questiona que na
sua época nao havia onda verde e principlamente alguém
querendo montar midias por
conta do apenas dinheiro. O
caixa fala que o problema de
hoje é por conta do descaso
com a geração daquela senhora que não se preocupou
o suficiente com nosso meio
ambiente. A velha senhora
responde:
Você está certo, a nossa
geração não se preocupou
adequadamente com o meio
ambiente. Naquela época, as
garrafas de leite, garrafas de
refrigerante e cerveja eram
devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica,
onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso. Os
fabricantes de bebidas usavam as garrafas várias vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente
no nosso tempo. Subíamos as
escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos
escritórios. Caminhamos até o
comércio, ao invés de usar o
nosso carro de 300 cavalos de
potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós
não nos preocupávamos com
o meio ambiente. Até então,
as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por
nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220
volts. A energia solar e eólica
é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que
tinham sido de seus irmãos
mais velhos, e não roupas
sempre novas. Mas é verdade:
não havia preocupação com o
meio ambiente, naqueles dias.
Naquela época só tínhamos
somente uma TV ou rádio em
casa, e não uma TV em cada
quarto. E a TV tinha uma tela
do tamanho de um lenço, não
um telão do tamanho de um
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Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi
Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem a opinião da direção deste informativo
estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que
bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por
nós. Quando embalávamos
algo um pouco frágil para o
correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não
plastico bolha ou pellets de
plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se
usava um motor a gasolina
apenas para cortar a grama,
era utilizado um cortador de
grama que exigia músculos. O
exercício era extraordinário, e
não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funciona a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte,
quando estávamos com sede,
em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora
lotam os oceanos. Canetas:
recarregávamos com tinta
umas tantas vezes ao invés de
comprar outra. Abandonamos
as navalhas, ao invés de jogar
fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma
onda verde naquela época.
Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os
meninos iam de bicicletas ou a
pé para a escola, ao invés de
usar a mãe como um serviço
de táxi 24 horas. Tínhamos só
uma tomada em cada quarto,
e não um quadro de tomadas
em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E
nós não precisávamos de um
GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no
espaço, só para encontrar a
pizzaria mais próxima. Na nossa época o governo não tirava
ninguém de suas terras para
receber dinheiro da Alemanha
e depois usava de força bruta
e estupidez para a cabar com
a cultura do povo e não pagar
as areas, depois para ganhar
mais dinheiro statua e a eleição privatizava as áreas roubadas legalmente para outros
interesses senão aos do povo
que recebera de herança de
seus antepassados.
A midia manipulada pelos
espertos ecochatos e pessoas
biodesagradaveis de hoje fazem com que a atual geração
fale tanto em meio ambiente,
mas não quer abrir mão de
nada. Não pensa em viver de
forma sustentavel, e sim, dão
dinheiro para que outros se
danem.
Emilio Campi
Editor
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Jornal MARANDUBA News
Frediani busca informação sobre privatização de Parques estaduais
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou no último
dia 6 o decreto que cria o programa de parcerias, sendo a
Fundação Florestal responsável pela transferência à iniciativa privada das atividades de
turismo. A idéia é a privatização do turismo em cachoeiras,
trilhas, cavernas, área verde,
opções de lazer como arborismo e rafting, restaurantes Até
lugar para se hospedar mudarão a partir de 2012 nos parques do Estado de São Paulo.
De acordo com o texto, 33
parques estaduais poderão
ter a administração transferida. Em troca do direito de
explorar esses parques, que
recebem cerca de 1,5 milhão
de visitantes ao ano, as empresas terão de melhorar a
infraestrutura, fazer obras de
manutenção ou repassar parte
dos lucros obtidos. O vereador
Rogério Frediani já se manifestou buscando informações
detalhadas sobre o decreto.
Frediani encaminhou aos
deputados tucanos Fernando
Capez e Luiz Fernando Machado dados para estabelecer discussões e diálogos para propor
a utilização de mão de obra e
conhecimentos nativos das comunidades de Ubatuba. “Em
grande parte são gerações
de ubatubanos que perderam
suas terras ao PESM, que lá viviam e que podem ver nesta situação a alternativa de resgate
da cidadania e renda as atividades de que eles conhecem
bem e que gostam, pode ser
uma forma de compensação
para as famílias de caiçaras
atingidas pela Unidade de Conservação”, comenta Frediani.
Para o vereador o município
também tem de propor algum
dispositivo para que possa ganhar com isso, já que a área a
ser explorada encontra-se em
território municipal e Ubatuba
tem autonomia para administrar e legislar sobre suas
divisas. Frediani pretende se
reunir mais uma vez com o
Secretario de Meio Ambiente
do estado, Bruno Covas, para
tratar do tema.
“Em grande parte são gerações de ubatubanos que perderam suas terras ao PESM, que lá viviam e que
podem ver nesta situação a alternativa de resgate da cidadania e renda as atividades de que eles conhecem bem e que gostam, pode ser uma forma de compensação para as famílias de caiçaras atingidas pela
Unidade de Conservação” - Vereador Rogério Frediani
Estado passa quatro parques da região à iniciativa privada
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
vai transferir quatro parques
e um monumento natural
da região para a iniciativa
privada gerenciar e explorar
comercialmente as unidades
de conservação.
Alckmin assinou ontem
decreto que autoriza a iniciativa privada a explorar
comercialmente parques e
monumentos naturais do
Estado. Pelo decreto, o governo tucano estabelece
mecanismos para viabilizar
a concessão de serviços de
gestão e ecoturismo em
unidades de conservação à
iniciativa privada, ONGs, co-
munidades locais e eventuais consórcios locais.
A Secretaria Estadual de
Meio Ambiente informou que
33 parques e monumentos
naturais paulistas possuem
infraestrutura
necessária
para participar do novo projeto, que deve ser operacionalizado em 2012.
No litoral norte foram incluídos o Parques Estadual
da Serra do Mar, que abrange toda a costa litorânea
paulista, com núcleos em
Ubatuba, Caraguatatuba e
São Sebastião, o Parque Estadual de Ilhabela e a Ilha
Anchieta, em Ubatuba.
Segundo a pasta de Meio
Ambiente, a concessão, denominada Programa Parcerias para a Sustentabilidade
das Unidades de Conservação, será implementada pela
FF (Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo)
órgão que faz parte da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente.
Segundo a pasta, o objetivo é buscar apoio e recursos para fortalecer as ações
de conservação e produção
florestal. Por outro lado, visa
oferecer serviços de qualidade de ecoturismo e toda
gama de subprodutos daí
resultantes.
Fundação Florestal prepara edital
A Fundação Florestal do Estado terá a responsabilidade
de preparar os editais para
a concessão dos parques e
monumentos naturais à iniciativa privada.
Segundo informou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a FF já está autorizada a
preparar os editais e licitação, a partir da definição de
uma matriz para cada uma
das áreas selecionadas pela
instituição para a concessão.
Em nota, a SMA informou
que a matriz é um estudo
técnico que estabelece quais
serão os bens e serviços terceirizados e quais os investi-
mentos que o parceiro deverá fazer.
A previsão de lançamento dos primeiros editais é
para o primeiro trimestre
de 2012.
O tempo de concessão será
decidido pelo estudo para
cada uma das unidades.
Segundo a SMA, com a
medida, o governo espera
oferecer atrativos para despertar o interesse de mais
pessoas para as áreas protegidas. Atualmente, com a
oferta de poucos serviços,
as unidades recebem 1 milhão e meio de turistas por
ano.
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10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Estudante do Corcovado é destaque na FEBRACE-USP Base de Segurança da Maranduba
e Motoclube recuperam placa da PM
EZEQUIEL DOS SANTOS
O adolescente Isaias Campos Júnior, 17 anos, morador
do bairro do Corcovado, filho
de pai eletricista e mãe professora desenvolveu um dispositivo de alerta para deslizamento de terra. Seu projeto
foi apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
da USP, a Febrace. O material
utilizado é de baixo custo e
a eficiência da invenção tem
alto grau de acertabilidade.
Isaías é estudante do colégio
Estadual Semíramis Prado de
Oliveira e diz que o sistema
não custaria mais que R$ 65.
Ele assistia pela TV as cenas
de deslizamento na Praia do
Bananal, em Angra dos Reis,
em janeiro de 2010, por isso
de imediato pensou na forma
de criar um mecanismo de
alerta a população moradora
de encosta.
O projeto, de no máximo 10
centímetros levou oito meses
para ser concluído e leva uma
barra de cano PVC e dentro
dele revestiu-se uma placa
metálica acompanhando seu
contorno, colocando dentro
deste cano uma barra de ferro. Foi feita uma rede elétrica simples, onde o cabo com
pólo foi ligado ao pêndulo. Na
placa envolta ao cano há um
cabo que leva direto ao dispositivo de alerta, ou seja, o sistema é como um interruptor
convencional. A rede é ligada
em um cabo que no caso vai
ligado no pêndulo e ao acionar o sistema, quando encosta
o pêndulo na placa, é levada
energia ao sistema de alerta.
“Percebi que era necessário um sistema que captasse
ondas mecânicas geradas por
possíveis acomodações de
terreno ou erosões que podem ter como fato adjacente
o deslizamento de terra, ou
seja, algo como um medidor
sísmico de fácil criação e funcionamento e de baixo custo
já que o projeto foi originalmente criado para atender comunidades e vilas carentes”,
explicou.
Em casa o jovem sempre
encontrou subsídios para desenvolver seu projeto: “desde
pequeno sempre mexia nos
instrumentos de trabalho de
meu pai, onde aprendi muita
coisa. E minha mãe me ajudava nas pesquisas”. Isaias, que
conclui o segundo grau neste
ano, já está se programando
para o vestibular e afirma que
desejar ingressar numa faculdade para cursar engenharia
mecatrônica.
Seu trabalho está na publicação da 9ª Feira Brasileira
de Ciência e Engenharia, FEBRACE 2011, no tema “criatividade e inovação” – capitulo
dos projetos de engenharia,
na página 253 do Febrace, no
item 701 eletrônica. Em 16 de
setembro deu uma entrevista
exclusiva ao Planeta Vanguarda, foram sete minutos em
horário nobre.
Nos dias 27 de setembro
a 3 de outubro participou de
uma feira militar em Belém do
Pará, onde dos três inventores finalistas conquistou o 1º
lugar. Isaias hoje está registrado na história do município
como o jovem que revolucionou o atendimento antecipado
as possíveis vitimas de deslizamentos de terra, e que, sua
invenção poderá salvar muitas
vidas neste planeta.
Na sessão do último dia
04/10, Isaías foi homenageado na Câmara Municipal de
Ubatuba pelo feito empreendedor, pelo mérito da criação
inovadora e pelo reconhecido talento deste morador de
Ubatuba.
O Motoclube Dose Letal em
parceria com a Base de Segurança Comunitária da Polícia
Militar na Maranduba providenciou a recuperação e a troca das madeiras que sustentam a placa de indicação da
base. A placa fica ao lado da
SP-55 e é de fácil visualização.
O desgaste foi por conta do
tempo que deixou a indicação
pendurada. O letreiro ainda
não foi recuperado por conta
da tinta especial que é utiliza-
do neste tipo de placa.
Existem conversas para a
aplicação de projetos visando esta temporada entre os
motoclubes da região, o ex-comandante, o atual comandante da base comunitária e
o corpo de policiamento na
região. Os trabalhos a serem
desenvolvidos, a serem agendados, pautam na prevenção,
educação, normas e esclarecimento de dúvidas. Vem coisa
boa por aí, aguardem!
Bingo Beneficente
Participe de um grande Bingo
Beneficente que se realizará
na Cantina da Capela Nossa
Senhora das Graças (Sertão
da Quina) no próximo dia 15,
sábado a partir das 19 horas.
Compareça e traga sua família.
10 Outubro 2011
D’Menor oferece serviços
de quitanda e mercearia
O Josué, do Bar D’ Menor,
inovou colocando dentro de
seu estabelecimento comercial uma quitanda e mercearia
para suprir o fechamento do
mercado Supimpa.
Clientes e amigos agora não
precisam ir longe para comprar horti-fruti de qualidade.
Grande parte dos produtos é
adquirida de produtores de
nossa região, o que aumenta
a qualidade dos produtos e a
responsabilidade de manter a
geração de emprego e renda
na localidade.
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Todas as terças feiras é realizado uma promoção maluca
no setor, por isso é bom aproveitar e abastecer a geladeira com leguminosas, frutas,
ovos, tubérculos entre outros.
Ele também oferece o serviço de entrega em domicílio.
Com atendimento personalizado ele continua com o frango
assado aos domingos, bebida
sempre muito gelada, água,
carvão e muito humor.
Dica! Não passe apurado,
passe na Quitanda e Mercearia do D’Menor.
Jornada Mundial da Juventude rende
homenagens a participantes
Na sessão do último dia 4,
os jovens que participaram da
Jornada Mundial da Juventude em Madri, Espanha foram
homenageados com uma Moção de Congratulações pelo
vereador Osmar de Souza.
Os homenageados foram Natan Soares Barreto, Letícia de
Amorim Santos, Marcelo Henrique de Oliveira, Miller de Oliveira Barbosa, Thais Gabriela
da Silva, Jonathan Raizer da
Silva e Diego Santos Silva. No
uso da Tribuna, o participante
Miller agradeceu primeiramente a Deus e aos vereadores
pela aprovação da honraria e
discorreu palavras de vivência,
emoção e experiências adquiridas daquele lugar. Falou da
primeira impressão, do choque
de culturas e da felicidade de
estarem em tão belo evento.
Falou de quão grandioso é o
Brasil referindo-se e comparando ao clima, a fartura e da
fé do povo brasileiro frente
aos europeus. Aproveitou para
estender o conselho do Santo
Pontífice dado aos jovens no
campo de Cuatro Vientos. Disse da felicidade em ouvir de
Bento XVI de que a próxima
edição da Jornada acontecerá
no Brasil, na cidade do Rio de
Janeiro. Reuniram em Madri
15.000 jovens brasileiros e os
homenageados representavam
Ubatuba no velho continente.
Para o autor da propositura é
uma honra conceder a homenagem aos jovens que representaram Ubatuba e o Brasil
nesta tão importante festividade da Igreja Católica. No documento fala que o objetivo é
reunir milhares de jovens de
todo o mundo para celebrar e
aprender sobre a verdadeira
fé, fala ainda que da construção de pontes de amizades e
esperança entre continentes,
povos e culturas. Os jovens entrevistados falaram da emoção
de estar presente neste evento. Eles agradeceram a todos
os paroquianos e padres que
colaboraram para que efetivassem sua participação neste
evento único e histórico, que
deixará marcas positivas para
toda a vida.
Campanha da Capela Nossa Senhora das Graças já está nas ruas
EZEQUIEL DOS SANTOS
No encerramento da 93ª
Festa de Nossa Senhora das
Graças o padre Carlos lançou
a campanha de 2012, isto é,
da 94ª edição dos eventos
tradicionais a Nossa Senhora
das Graças. No lançamento
foram mostrados seus objetivos: construção, ampliação,
reforma e outras melhorias da
capela no bairro do Sertão da
Quina. Este ano a novidade é o
sorteio de um automóvel, além
de dois prêmios por mês. O veículo era um sonho antigo dos
organizadores do evento que
neste ano foi concretizado.
Entre os prêmios estão computadores portáteis, TV LCD,
bicicletas, fogão dentre outros. É assim, o contribuinte
adquire um carnê pagando R$
10, 00 por mês durante um
ano e a cada mês é realizado
dois sorteios com os prêmios
anunciados, no final será sorteado um automóvel.
Serão 30 mil reais em prêmios e o contribuinte será contemplado se estiver em dia com
a mensalidade. Para maiores
informações os interessados
poderão ligar em horário comercial na Paróquia 3849-8532
com Padre Carlos e com Suzana pelo telefone 3849-8373.
Adquira seu carnê e boa sorte!
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Jornal MARANDUBA News
10 Outubro 2011
Título de Ubatubano Ilustre a Toninho Pereira é aprovado
EZEQUIEL DOS SANTOS
Aprovado o Projeto Decreto
Legislativo 18/2011, do vereador Osmar de Souza, que
concede o Titulo de Ubatubano
Ilustre a Antonio Pereira dos
Santos. A aprovação foi por
unanimidade pela Câmara Municipal de Ubatuba e aconteceu
no último dia 27 de setembro.
O ilustre homenageado,
também conhecido como Toninho Bananeiro ou Toninho
Pereira, é filho de André Pereira dos Santos e Benedita Januária, casado com Dona Benedita Prado de Oliveira Santos,
pai de nove filhos, doze netos
e um bisneto ao menos por
enquanto. Pereira é um daqueles homens que tem muita
história para contar.
Desde moleque embrenhou-se nas empreitadas de trabalho, criou seus filhos a base de
muito suor e trabalho duro.
Morador tradicional é uma
daquelas enciclopédias ambulante que conta os causos e os
acontecidos com requintes de
detalhes e real conhecimento.
Foi candidato a vereador, foi
empresário no ramo de produção, compra e venda de bananas. Com a fruta chegou a
comercializar 24 toneladas por
“somana”. Negociava bananas
até da Praia grande do Bonete,
que vinham de canoas enfrentando “tempo virado”.
Como fonte de pesquisas
históricas, culturais, antropológicas e ambientais ajudou na
pesquisa da produção de um
DVD sobre o acontecido de
Emaús, aonde uma das meninas protagonista é sua mãe.
Sua lisura e caráter são
exemplo e esteio da família,
do bairro e toda uma geração
de moradores tradicionais. Na
sessão foi lido seu histórico
baseado em entrevista ao um
jornal local na década de 1990.
O vereador Osmar, autor da
lei que criou o titulo de Ubatubano Ilustre no município,
comentou da honra e da satisfação de conceder o titulo a
este ilustre morador do bairro
do Sertão do Ingá.
A honraria não é só pelos
feitos de um Ubatubano, mas
também como medida compensatória e de reconhecimento do sofrimento destes
ilustres moradores, principalmente com a sanção ambiental
que tirou estes homens da lida
com a terra e os transformou
em bandidos.
O título mostra que o município, ou pelo menos a Câmara
tem zelo pelas mãos calejadas
que construíram a região, o
município, o estado e a nação
brasileira. O Titulo será entregue em sessão solene na data
do aniversário da cidade junto
com outros ilustres deste município.
Mercearia Fundo do Mar se inspira na história da região
O casal Marcio e Letícia inspirados nas antigas “vendas”
ou “armazéns” de que tínhamos antigamente resolveram
montar um comércio. Inaugurado em dezembro de 2010
deram o nome sugestivo de
Mercearia Fundo do Mar. Com
atendimento personalizado,
trata-se de uma pequena porta aonde no interior tem de
tudo um pouco.
Antigamente era um “barcão” de madeira e tinha muita coisa pendurada ou em
sacas. Hoje as mercadorias
encontram-se em prateleiras,
geladeiras e o balcão é novo
e moderno. Com preço competitivo lá tem de tudo um
pouco, frios, laticínios, congelados, carvão, bebidas, pães,
doces, bijuterias, higiene,
limpeza e até material escolar. Também tem cartões de
recargas para telefone móvel
e o pagamento pode ser feito
através de cartão de crédito
ou débito.
Limpo e organizado esta
“venda de antigamente” mesmo é autentica no atendimento, lugar aconchegante,
ambiente familiar e o bom
papo. A mercearia está, para
quem sai do bairro, na estrada principal do Araribá depois
da Polimix segunda a direita,
no numero 269 e para quem
vem da rodovia segunda a
esquerda. Fácil de encontrar
e de se apaixonar pela idéia
como foi realizada. Vale a
pena conferir!
EC Beira Rio na
fase classificatória
do municipal
No último dia 2 de outubro
o EC Beira Rio enfrentou o
Araribá na fase do segundo
turno do campeonato municipal. O jogo foi no estádio
municipal e a partida muito
tumultuada com placar sem
gols. Com este resultado o
Beira Rio foi classificado para
a fase seguinte e o Araribá foi
desclassificado da segunda
fase. Embora desclassificado
desta fase o Araribá ainda
continua no páreo, já que foi
venceu o primeiro turno, co
isto disputará a final com o
campeão do segundo turno. O
jogo foi transmitido pela rádio
local e contou com os comentários de Jairos dos Santos - o
paparazzo da região sul.
10 Outubro 2011
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Colégio Áurea Moreira recebe exposição itinerante do VI Ubabirds Festival
EZEQUIEL DOS SANTOS
O evento que começou no
dia 9 de setembro e terminou
no último dia quatro e contou
com a colaboração do Colégio Áurea Moreira Rachou do
sertão da Quina. O colégio
foi o único fora do circuito
do evento que recebeu fotos
da exposição itinerante para
apreciação do grande público.
Foi nove cavaletes com 18 fotos de aves de todo o país. O
colégio tem cerca de mil alunos e recebeu no final de semana 300 pessoas. Professores aproveitaram a exposição
para trabalhar temas ligados
a ave-fauna brasileira e local.
Muitos alunos, professores e
visitantes se impressionaram
com as fotos.
A mostra faz parte das atividades do Programa Escola da Família que recebe aos
sábados as aulas de Carlo
Rizzo com os observadores
da região sul. Antecipando o
evento, no último dia 27 de
setembro, aconteceu na escola um Workshop com a Equipe Dravos sobre fotografias,
equipamentos, estilos e visão
com os fotógrafos profissionais Paulo Sézio e Frederico
das Candeias, no dia 18 houve
um dia de campo com o fotografo e observador de Aves
Lucas Longo.
O Ubabirds deste ano contou com exposição de fotos,
artes e artesanatos com aves,
Concurso “Minhas Primeiras
Fotos de Aves”, gincana de
vozes, Curso de Observação
de Aves em Ubatuba e Cunha,
ciclo de palestras, com a inauguração do Projeto Dacnes e o
encerramento com as devidas
premiações. Alguns alunos
estiveram na inauguração e
trouxeram impressões positivas sobre o projeto. Dacnes
também parceiro nas atividades e trabalhos ligados ao
etnoconhecimento e outras
atividades ligadas a fauna, flora e comunidade tradicional.
Professores aproveitaram a exposição para trabalhar temas ligados
a ave-fauna brasileira e local. Muitos alunos, professores e visitantes
se impressionaram com as fotos.
Projeto que trata da regularização fundiária, ambiental e urbanística é aprovado
Na sessão do último dia 04
de outubro, foi aprovado por
unanimidade o Projeto de Lei
nº 58/11 do vereador Rogério
Frediani-PSDB que declara para
fins de urbanização e regularização como de Relevante Interesse Social as áreas urbanas e
rurais que necessitem de regularização fundiária, ambiental
e urbanística no município de
Ubatuba em conformidade com
a Lei Federal nº 11.977/2009.
O Projeto aprovado declarada apenas uma área por
habitante no território municipal. Na justificativa de Frediani
aponta que Ubatuba possui
muitos problemas nas questões
fundiárias, de regularização e
principalmente ambientais trazendo mais problemas aos que
já existem.
A falta de regularização no
município trouxe muitos prejuízos à sociedade, a proposta é
estabelecer um dispositivo legal a regularização destes problemas. Frediani destaca que
seu projeto não cria nada de
novo, apenas amplia, formaliza, ampara e clareia as condições do que pode e do que
não pode ser realizado a bem
de toda a população.
A lei federal possui 35 páginas e lá orienta e determina
os procedimentos a cada situação, uma delas prevê até
a regularização em áreas de
preservação. Se sancionado
pelo prefeito municipal os munícipes poderão participar dos
programas nacional de habitação urbana e rural. É previsto
também a regularização de assentamentos irregulares, locais
parcelados e rito diferenciado
na agilidade do registro e da
titulação das áreas.
Algumas questões diferenciadas poderão ser tratadas dentro da regularização de interesse específico, como no caso do
licenciamento à ocupação de
Áreas de Preservação Permanente - APP, o que é comum
em Ubatuba por sua situação
geográfica e ambiental. Prevê
também a inclusão de projetos
de acessibilidade a portadores
de deficiência. Frediani lembra
que o Estatuto das Cidades (Lei
Federal 10.257, de 10 de julho
de 2001) estabelece como uma
das diretrizes da política urba-
na a regularização fundiária e
urbanização de áreas ocupadas
por população de baixa renda,
prevendo a criação de normas
especiais com esse objetivo.
“São essas normas que
estamos criando ao instituir os
instrumentos legais que permitem à Prefeitura a aplicação do
direito adquirido à moradia em
benefício das famílias”, comenta o vereador. Acrescenta ainda que a medida possibilite a
legalização de áreas e a transferência para conjuntos habitacionais das famílias que estão
em áreas de risco.
O exemplo vem da cidade de
Sorocaba que trabalhou a lei
federal e as municipais e em
dois anos regularizou 50 bairros. “Hoje os trabalhos realizados naquela cidade e as leis em
seu atendimento serviram de
base para um acórdão do Tribunal de Justiça do Estado, que
garantiu a moradia de muitas
famílias que estavam na iminência de serem despejadas de
suas casas, como ocorreu nos
bairros Cruz de Ferro e Iporanga naquela cidade”, ressalta
Frediani.
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10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Praia do Simão - A força da natureza ao vivo e em cores
EZEQUIEL DOS SANTOS
Um bom observador, para
qualquer lugar que olhe verá
vestígios do passado, seja no
caminho, no jeito do povo, na
fala, na comida, na música
entre outros. Um observador
nato consegue em um único olhar perceber tudo isto e
mais um pouco e é caminhando pelas trilhas antigas da região que percebemos quanto
Deus é grande e como a natureza nos ensina, quando queremos aprender, é claro!
A Praia do Simão, também
conhecida como Brava do
Frade é um daqueles lugares
que parou no tempo, parece um lugar que não é deste
planeta. Ao mesmo tempo em
que é belo, é assustador, que
é rude, nos acaricia, quando
forte também é suave. Na
trilha olhamos parte dela. Da
praia, parece que estamos em
outra dimensão, atravessamos uma tela de fullHD e entramos num mundo mágico.
Lá chegamos de barco, pelo
menos até o Saco das Bananas com o caiçara-quilombola
Dominguinhos e caminhamos
cerca de dez minutos alcançamos o mirante e mais dez a
praia. Pela Caçandoca, pela
trilha pode levar cerca de três
horas de caminhada, mas vale
a pena. O trekking de aproximadamente 20 kms por trilhas
é bem marcada e com partes
bem expostas ao sol. Existem
pontos de abastecimento de
água a partir da segunda metade do percurso, ótimo para
aventureiros que curtem mato
com vista para o mar.
Local tem areia grossas,
mar bravo, praia de perau e
segredos. Muitos deles morreram com os negros da antiga
fazenda Caçandoca. A trilha é
Fotos: Emilio Campi
fabulosa, tem de tudo, como
se fosse um shopping da natureza, só que nas prateleiras só
aparecem o que Deus manda
vir e ou o que o homem nativo
pedir. Flores e frutos, aves e
animais ainda estão em abundancia nesta região graças
à ausência de loteamentos
e condomínios. A praia tem
também no nome de Brava do
Frade por conta de um entalhe feito na pedra. Na época
da fazenda o barão mandou
entalhar o número “um” na
pedra, na ponta da costeira
sul. Era o primeiro marco da
fazenda Caçandoca que estendia-se a Pedra do “X” na divisa
da fazenda Brejahimirinduba
(Maranduba). O entalhe com
o tempo se desgastou e ficou
parecendo um frade com sua
touca. Brava por quê?...vá lá
com mar grosso pra você ver
o que é braveza. Lá está um
dos melhores points dos surfistas locais que é compartilhado os visitantes. Praia do
Simão? Este homem deveria
ser muito importante a ponto
de colocarem o nome dele na
praia, será que era um negro
da resistência?
A praia está bem em frente à Ilhabela e por vezes dá a
sensação de ser muito próxima. “Mas custas que sim, lhéi
só! (ledo engano), ela está
a mais de cinco horas. Um
bom observador percebe que
conforme o balé das marés
os cantos da praia alternam
na cobertura das pedras com
areias grossas. É que de um
lado as areias cobrem as pedras, com o passar do tempo é o outro lado que tem as
pedras cobertas por areias, é
assim a milhares de anos e
que os nativos costumam respeitar.
Nas areias ainda é possível
avistar tatuíras e pegoava,
alimentos do povo antigo.
Acima depois das muralhas
de granito verde Ubatuba
vestígios das antigas roças e
bananais, da época em que o
povo nativo não era considerado bandido pelos ambientalóides, aonde abatia cotia,
paca, tatu, cateto, tudo forma
artesanal e exclusivamente
para alimentação. A água que
chega na praia vem do Rio
Januário que depois abastece
o Rio “Bito Antono” (Benedito Antonio). Neste paredão,
principalmente em dias de
chuvas surgem três cachoeiras (uma em cada ponta
e outra no meio da praia)
que deslizam deliciosamente
na pedra observadas pelos
caraguatás, bromélias, gramíneas e orquídeas. Nas décadas de 60 e70, pelo menos
umas quatro vezes, apareceram fuzileiros navais na mata
da região. Todos iam ver o
navio da Marinha que ficava
mais em direção a praia da
Caçandoca.
10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
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Praia de beleza selvagem esconde trilhas históricas
Esta praia, de uma beleza
selvagem, escondeu trilhas
históricas, além de uma bela
vista da Mata Atlântica que
chega até a sua orla estreita
e desabitada, proporcionando um visual magnífico e uma
beleza que só tem aqui.
É comum observar pegadas de animais ou ver pássaros se banharem nas areias
mornas das praias e até mesmo bebericando gotas de
orvalho ou água límpida em
poças formadas pelos rios da
praia. O jundú ainda está lá
belo e formoso, do mesmo
jeito que é descrito pelos
septuagenários tradicionais.
Para a sua visita ser mais
interessante, o ideal é contratar um guia quilombola
ou local, que contará toda a
história de luta e conquistas
deste povo formador do país,
bem como os usos e costumes dos moradores, as utilidades, o manejo, o trato sustentável da floresta e o que
vem passando na atualidade.
Um morador antigo da região
lembra dos compadres que lá
moravam como Constantino,
João Araújo, “Bito Antono”,
Lírio, Januário, Henrique, Ermínia, Anastácio, Simão, Luiz
Januário. O local de difícil
acesso não desanimava este
povo. Viviam da roça de milho, banana, feijão, mandioca, couve, laranja, pimenta,
batatas e tudo que pudessem
produzir. As bananas tinham
de serem carregadas as costas até o Saco das Bananas
para serem embarcados. Raramente as bananas eram
embarcadas no Simão.
Outro segredo do lugar
é de quando a mar estava
calmo, tinham de falar baixinho e compassadamente,
bastava um desavisado falar
mais alto e o mar engrossava. Num dado momento, segundo o septuagenário Benedicto Antunes de Sá, alguns
compadres haviam colhido
cerca de vinte “arquere” (alqueires) de milho e o haviam
embarcado na canoa chamada “Vóguinha” que era do Sr.
Antonio Antunes de Sá – o
Antonio Madalena, aquele do
“tempo de Dante”. Na saída
o mar começou a arruinar e
a canoa balança, na segunda
onda ela “emborcou de veiz”
(virou em definitivo) levando
todo milho ao fundo. Dizem
que por dois meses pescaram
bagres amarelos no local e na
barrigada do peixe uma fartura de milho.
O local ainda nos remete
as glórias dos desbravadores e aos cheiros que deram
sentido a vida simples de
uma época. Lá viver significava aprender e tinham como
herança a fé e os costumes
que o fizeram sobreviver.
Vale lembrar que o local está
em território quilombola e
encontra-se limpo porque
alguém cuida. As visitas dos
grupos poderiam ser comunicada as associações lá existentes, desta forma além de
respeitar e valorizar o esforço
de luta daquele o povo terá
caráter de responsabilidade
social já que proverá emprego e renda aquela comunidade. Para você deixar o lugar
belo traga tudo o que levar,
respeite a comunidade local,
não deprede o acesso e nem
tire plantas ou flores. Quem
de lá cuida pretende recebê-los como se fosse sua casa,
por isso o local se mantém
belo e imponente por este
século e meio.
O local ainda nos remete as glórias dos desbravadores e
aos cheiros que deram sentido a vida simples de uma época.
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10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Arquiteto da região tem estudo publicado em revista especializada
EZEQUIEL DOS SANTOS
O arquiteto e urbanista do
Sertão da Quina Sérgio Augusto Cabral, 35, teve sua
iniciação cientifica publicada
na revista Tecno-Lógica da
UNISC-Universidade de Santa
Cruz do Sul - RS. A Tecno-Lógica é uma conceituada
revista do departamento de
Química e Física, Engenharia,
Arquitetura e Ciências Agrárias
e do Mestrado em tecnologia
Ambiental da UNISC.
A Tecno-Lógica é um periódico que tem como linha
editorial o foco sobre temas
de pesquisa envolvendo aspectos inovadores na área
de Tecnologia Ambiental e
tem publicado relevantes
pesquisas de todo o Brasil
sobre o tema. Embora o trabalho de Sérgio Cabral se
refere a análise bioclimática
de Caraguatatuba, os dados
colhidos vão colaborar na determinação de estratégias de
construção com o intuito de
preservar o conforto térmico
e a eficiência energética das
edificações em todo o litoral norte. Deste estudo existe a possibilidade da edição
de uma cartilha contendo os
principais resultados servindo
para orientar os profissionais
ligados a engenharia e arquitetura. No estudo são apontados vários fatores que prejudicam a ventilação natural
do Litoral Norte paulista que
geram a tendência em verticalizar as edificações, em especial na orla marítima.
O estudo aponta a ineficiência do atual sistema construtivo utilizado na região,
que segundo o arquiteto, são
inadequadas ao clima. Descreve ainda da necessidade
de edificações mais eficientes
já que as mudanças climáticas
prevêem a escassez de obtenção de energia elétrica e o uso
cada vez mais restrito do condicionamento do ar pelo custo
da energia. Tudo isto aponta
para a obtenção de um conforto térmico por meios naturais e através de adoção da
correta estratégia de construção. Cita a analise realizada
das condições bioclimáticas
de uma vila de pescadores de
Ubatuba e conclui-se que as
edificações da vila não estava
adequada ao clima, devido a
insolação, falta de ventilação
e materiais de elevada capacidade térmica.
São explicados também os
fatores que causam as leves
sensações de frio e calor e que
delas podem-se aplicar políticas publicas mais eficientes
no planejamento urbano, que
deve propiciar que as correntes de vento vindas do mar circulem pelas áreas centrais da
cidade. O estudo aponta sobre
os materiais a serem utilizados para as construções que
acompanham o estudo. São
novas tendências de cálculos
e materiais, cores, coberturas
entre outros. As atuais cons-
truções prejudicam a ventilação ocasionando um ganho de
calor excessivo, o que leva os
ventiladores a recircularem o
ar quente, por exemplo.
Na conclusão mostra-se
que a ineficiência construtiva
mostra que a necessidade de
utilização de aparelhos de ar
condicionado é limitada a um
pequeno período de tempo,
cerca de 5% no ano, porém
é amplamente utilizado, tudo
isto por sistemas inadequados
e não por clima severo. No
estudo aponta a necessidade
de uma revisão do planejamento urbano para que não
forme ilhas de calor pela ausência da ventilação natural.
A aplicação das recomendações propicia o conforto térmico, diminui o consumo de
energia e colabora para a manutenção do meio ambiente.
Vale lembrar que um estudo
sobe as situações pluviométricas publicada pela Unicamp
mudou os rumos da conversa
sobre o Pré-sal no Campo de
Tupi em relação ao litoral norte paulista.
A notícia boa é que haverá continuidade ao trabalho
visando buscar alternativas
construtivas para a população
de baixa renda, o que pode
melhorar em muito a qualidade de vida desta população.
Escola particular será recebida por monitores mirins da escola Tiana Luiza
Na manhã da última sexta,
30 de setembro, 12 alunos da
escola municipal Tiana Luiza
do Araribá tiveram um dia de
campo diferente no Sítio Lama
Mole. A visita é parte de uma
preparação para recepcionar
uma escola particular do centro da cidade.
O projeto pedagógico-turístico-ambiental visa o aprendizado em campo e ampliação
do conhecimento sobre a biodiversidade local, bem como a
história do lugar. No sitio as
crianças catalogaram plantas
nativas, cultivadas e animais.
Com a supervisão e acompanhamento dos monitores
João Donizete, Nei do professor Jairo Heitor 12 alunos do
quarto e quinto ano se delicia-
ram com as descobertas e as
novidades. Foram catalogadas
e fotografadas 56 espécies vegetais, insetos, aves e peixes
da região.
O objetivo, além do processo pedagógico e ambiental é
preparar os alunos a serem
monitores mirins no atendimento, recepção e monitoramento dos alunos da cidade
que virão em visita à região.
Acompanharam as crianças
o Técnico em Turismo Rural,
Vital Celestino, o Observador
de Aves, Roberto de Oliveira,
as biólogas Juliana Ramos e
Camila Cristina. As crianças
puderam provar das frutas
existentes no sitio, observar
e ouvir cantos de pássaros
e tocar e entender as várias
espécies de árvores e flores
daquele ecossistema. Houve
ainda uma roda de “prosa”
com Vital Celestino. Em sala
de aula os alunos pesquisaram mais a fundo as espécies catalogadas para ampliar
seu conhecimento. Os alunos
encontram-se ansiosos para o
dia da recepção, que contará
com apoio de profissionais no
ramo rural e ambiental da região para melhor atendimento
e segurança das crianças.
A equipe do sitio Lama Mole
já recebeu universidades, observadores de aves, escolas
e participou de projetos do
CNPq, além de ser fonte de
consulta da ave-fauna e sistema rotacionado de uso, ocupação e plantio.
10 Outubro 2011
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Jornal MARANDUBA News
Membro do Conselho da Comunidade Negra
toma posse na capital
No último dia 7, o quilombola
Antonio Antunes de Sá tomou
posse como membro do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade
Negra de São Paulo.
O evento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes em solenidade oficial. Marco Antonio
Zito, advogado e procurador
federal aposentado, é o titular
do conselho como presidente
e terá quatro anos de mandato. Antunes é atual presidente
da Associação do Quilombo
Caçandoquinha, membro do
Tucanafro Municipal e da Federação Quilombola Paulista.
Na solenidade foram empossados outros 21 conselheiros, representando a sociedade civil e 10 representantes do
governo estadual, todos com
mandato também de quatro
anos. O Conselho de Participação e Desenvolvimento da
Comunidade Negra é o mais
antigo do estado e completou
27 anos no último dia 11 de
maio de 2011. O Conselho tra-
balha para desenvolver estudos e propostas de defesa aos
direitos da comunidade negra
e impulsionando o movimento
de combate ao racismo e de
promoção da inserção política, econômica e cultural desta população. “É uma honra
participar deste conselho, sei
também que aumenta a responsabilidade de gente, no
conselho temos articulações
em todas as áreas, o que é
bom para nossas comunidades e para o município’, comenta Antunes.
Praia do Sapê sediará a 3ª Etapa do
“Eu Amo Ubatuba Surf Challenge”
No próximo dia 12 de outubro no point da praia do Sapê,
região sul de Ubatuba, acontecerá a 3ª Etapa do Eu Amo
Ubatuba Surf Challenge. O
evento que tem caráter sócio-esportivo-ambiental começará a partir das nove da manhã
e as categorias participantes
são: Mirim, Junior e Open.
O primeiro colocado de cada
categoria receberá uma prancha da SuperKort Surfboards,
troféu e kit. Serão também
premiados com troféus e kits
os atletas classificados até o
quarto lugar.
A competição não tem fins
lucrativos e os valores arrecadados serão convertidos em
premiação e utilizados na sua
realização. Para que isto aconteça conta o incentivo e apoio
do vereador Rogério Frediani.
As inscrições podem ser feitas na AUS pelo (12) 38332649 ou na Superkort pelo
(12) 3843-3077. Todo o trabalho conta com os parceiros
Frediani & Frediani Ltda, Petit
Poa lanchonete, restaurante e
pizzaria, a Boraposurf, que em
conjunto com a AMMA – Associação de Moradores e Amigos de Maranduba e surfistas
da Região Sul do Município de
Ubatuba organizam mais este
importante evento.
No evento será realizado o
programa de limpeza de praias,
o “International Coastal Cleanup”, através da gincana do
lixo. O objetivo principal é fomentar o esporte como forma
de inclusão social e fonte de
preservação de nossas praias,
por isso, os organizadores e
patrocinadores contam com a
presença de todos os setores
da sociedade. Todos acreditam que atividades esportivas
como esta etapa proporcionará um futuro melhor para
crianças e jovens.
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Gente da Nossa História
EZEQUIEL DOS SANTOS
Era uma estradinha de terra,
a frente uma velha porteira, o
caminho com capim baixo por
entre os rios Bonito e Negro, lá
próximo uma linda casa e cachoeira, ao longe o espigão do
Moro do Cambuí, perto do Sitio
da Porteira. Minutos de silencio... e a glória, nascia para o
mundo o menino “home” Geraldo Marcos da Silva.
Era 30 de outubro de 1922 e
hoje seu lugar de nascimento
chama-se Pouso Alto. Seu pai
Francisco Marcos da Silva, mãe
Escolástica Maria de Jesus, seus
14 irmãos (Mario, Joaquim,
José, Aselmo, Joaquina, Antonia, Clarice, Angelina, Maria e
demais falecidos) cresceram na
vida dura e no mais puro senso de justiça. Geraldo recebera
do pai um pequeno “quinhão”
de terra para trabalhar, eram
cinco alqueires de onde tirava
seu sustento. Casou-se com
a jovem Benedita Augusta de
Souza e Silva, deste matrimonio
nasceram Sebastião, Miguel,
Mario, Tereza, Aparecida, José,
Auxilio, Mariana, Benedito Marcos e Antonio.
Tinha os calos das mãos
transformados em pedra o rosto
em depósito de suor, mas o coração em prateleiras para guardar o que há de melhor da vida.
Tinha dois fornos de carvão e
tirava até seis alqueires deste
material, isto é 16 sacas por vez.
Começava a trabalhar as cinco
da manhã e chegou a tirar vigas
de 16,5 metros de comprimento
em uma única peça.
Inconfundível,
carregava
sempre um cachimbo a boca,
só tirava pra comer a pra dormir, em dias de chuva ele virava o cachimbo de cabeça
pra baixo. Esta peça era feito
de barro ou comprada, o fumo
era ele quem fazia. Todos se
espantavam ao vê-lo colocar
a caneca de café na boca sem
tirar o cachimbo. A comprada
vinha de Aparecida do Norte,
onde fazia excursão anualmente. Devoto de São Benedito,
não havia obstáculo para ele.
Muitas vezes veio ao Casqueiro (antigo bairro de
Caraguatatuba) na venda do
João Salvador com seu pai vender galinhas caipiras e porcos
10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Geraldo Marcos da Silva
trazidos em jacá. Desciam a serra a pé, a cavalo e por último de
ônibus. Era um “matadô de boi”
requisitado na épa (época). Por
interferência dos vizinhos e para
viver em paz seus pais venderam a área, o gado e tudo que
lá tinham. A pressão também
aconteceu com seu Geraldo que
não agüentando o enchimento
de saco vendeu. Foi cruel a despedida, lágrimas de tristezas.
Foi peça chave como testemunha numa demanda (processo) de terras a um bom vizinho,
com isso as terras foram
devolvidas as verdadeiras
famílias. Por indicação de
Zé Mineiro, Mané Belo e
principalmente Dito César ele veio parar na Pedra Preta, adquirindo um
tanto de terras, vindo em
definitivo em 1961. Em
1966 foi fotografado em
sua casa pela Missionária
francesa Claudie Perreau
ao lado da atual casa de
sua irmã Clarice.
Com uma nova vida foi
fácil fazer amizade começando pelos trabalhos
“a dia”. Não demorou
a fazer grandes e verdadeiros amigos como
João Rosa, Emidio, Guido Correa, Mané Pedro,
Tio kito, Toninho Pereira,
João Rita, Chico Romão,
Ângelo Zacarias, Ditinho Messias, Zeca Pedro, Bastião Pedro,
Chico Romão, Zezinho Balio,
Aristides Isaias entre outros.
Fez imenso bananal e ao entorno da casa plantou de tudo para
suprir a família. Homem de bem
e respeitado não sabia nadar,
mas arriscava-se ficar em pé na
canoa nos mutirões de pesca.
Tirava toras enormes no mato
e as carregava nas costas para
virarem tábuas. Fazia estaleiros
de onde uma pessoa ficava em
cima e outra embaixo e transpondo a madeira com uma serra
de mão, com a ajuda dos filhos
fatiavam-nas
perfeitamente.
Manoel João comprou tabuas
pra sua primeira casa na subida do Morro do São Cruzeiro
eram de Urucurana. Quando
ocorreu o acidente com o pai
do Izu na marcenaria na entrada do Araribá, Geraldo fornecia
madeira para o tal japonês que
Um exemplo de vida
faleceu. Todos admiravam a
técnica de sua medida, pois “de
primero” (antigamente) não havia peças com sistema métrico.
Existe ainda, em segredo, um
patrimônio erguido deixado por
seu Geraldo, é uma casa inteira
de tabuas feitas por ele.
Ele era tão querido que se
alguém falasse mal deste homem com certeza iria “tomar
uma cóça (surra)” na rua. Seu
Geraldo era cozinheiro e garçom em festa de casamento,
assava leitoa, galinha recheada.
Foi contramestre de Moçambique, adorava as Folias de Reis.
Emocionado Zeca Pedro conta
que da boca do amigo ouviu a
mais bela Alvorada de sua vida.
“Ouvi ele cantando a música da
estrela Dalva, uma linda música da época do Reisado, estava
amanhecendo o dia e ele subia
o morro para sua casa’, comenta Zeca Pedro. Geraldo largava
tudo para ajudar alguém sem
reclamar, tudo para ele estava
bom, fazia por alguém agora o
que alguém iria fazer por ele no
futuro. Não precisava convidá-lo
para nada, era pró-ativo no que
se refere aos mutirões, sepultamentos, casamentos e tudo.
Foi meieiro de Mané Cesário
no Araribá na “panha” (colheita)
de café, nas caçadas um grande companheiro, fazia tudo de
pronto, não gostava de atrapalhar ninguém. Era membro
do Cursilho de Cristandade do
grupo São Francisco de Assis.
Numa dessas reuniões do Cursilho ele conta... “e aquilo... e
aquilo... aqueles dois home me
encontrou no mato e perguntou
se eu ensinava o caminho pra
sair dali que tavam perdido....
Hã! Perdido! Perdido tava eu
no meio desses dois home que
não conheço.... dei meia vórta e
pinchei as canelas pra fora dali”,
todos riram.
Sua comida preferida era carne gorda de vaca com pirão e
farinha, apreciava também a comida da nora Maria Conceição. Gostava de musica regional, daquelas que
falam da vida simples da
roça. Sua esposa, com a
chegada do circo do “Beijinho” ria tanto que contagiava outros e só parava
de rir quando acabava o
espetáculo.
Amigos vivos contam
que depois da chegada do
circo ele havia mudado,
ficou diferente. Geraldo já
tinha o apelido de Maculau
e tinha por hábito cantarolar uma música da roça
que iniciava a estrofe assim: “Quem não conhece
chora, maninho adeus”.
Então o amigo Oriano de
Oliveira da Maranduba
(irmão do Clóvis) colocou
o apelido de “Maninha
Deus”ouvindo a música que ele
cantarolava. Pra alguns assuntos relacionado ao trabalho era
chamado de Maculau, para os
assuntos do Reisado e da fé era
Maninha Deus.
Sábio, Geraldo dizia que onde
houvesse feijão, arroz e milho
dava para criar mais um filho.
Foi lembrada uma célebre frase sua que servirá para todo o
sempre: “Filho, não tenha pressa, tenha paciência pra ganhar
o céu”. Quem olhava pra ele sabia que olhava para um homem
bom, justo, honesto, verdadeiro,
de caráter, obediente, de fio de
bigode e de muita fé, sabia da
importância da frase “sobre esta
pedra erguerei a minha igreja”.
Simples e com muitos netos ele
comprava, quando ia a Aparecida, um saco de amendoim e
dividia por igual a cada um, sem
privilégios para ninguém, era a
forma de ensinar a igualdade,
a fraternidade e amizade entre
todos. Geraldo sabia que no futuro caberia o conselho de que
um pai trata dez filho, mas dez
filho não trata um pai, por isso
fez e deu de tudo que pode. Ensinou que valores não se refere
a dinheiro e que bastava ser humilde para entender de tudo.
Geraldo é de uma época que
não havia pobreza de espírito.
Infelizmente sofreu um derrame resistindo por quatro anos
e nos últimos dias quatro meses ficou acamado. Num certo dia o compadre Dito Gomes,
homem de fé, camarada “benzedô”, companheiro de lutas
antigas de Geraldo, lá do Rio
Bonito desceu a serra. “Quero
ver meu compadre”, os filhos
foram e chamaram Dito. No
caminho, depois de conversar
com o compadre acamado, Dito
diz aos filhos: “Filho, o vosso
pai vai embora hoje meio-dia”.
Dito e feito! Foi embora o bom
pai, o bom filho, o bom marido,
o bom companheiro, o servo de
Deus. O esteio da família havia
partido, o exemplo de homem
justo e caráter invejável não estava mais entre nós. Era 19 de
abril de 1983. Feliz ele que se
preparou para o encontro divino
e que com paciência foi ao céu,
deixando para nós a saudade
e a obrigação de seguir seus
ensinamentos e seus passos.
Nossas lágrimas foram de saudades, a alegria se deu por saber que é Deus que escolhe os
preparados. Sua lacuna jamais
será preenchida e que, segundo
os entrevistados, é um companheiro que faz muita falta.
Seu Geraldo, tens aqui uma
irmã que a representa e que
muito admiro, não tenho vergonha de dizer que a amo e
através dos olhos dela posso
ver quão justo e verdadeiro eras
tu. Sabendo os detalhes de sua
história sei que faz falta a mim
e a todos, e que, o privilégio
e a oportunidade de lhe pedir
a benção, não tive. Mas a sua
irmã que ainda está por aqui pedirei a sua benção e desejo que
um dia possa me contar pessoalmente quão grande homem
foi você.
Obrigado seu Geraldo por
relembrar as qualidades de que
deve ter um homem de fé.
10 Outubro 2011
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Jornal MARANDUBA News
Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 3
ATORá(R) - (v.t.) - cortar; dividir em dois; “ atorô o dedo
c’a faca ”
ATRACá(R) - (v.t.) - agarrar
fortemente; abraçar ; agarrar-se durante a briga; “se atracaro os dois que foi difice desapartá “
ATULHá(R) - ( v.i.) - encher
completamente; ” pois o que ,
o fandango táva atulhado de
gente “
ATURá(R) - (v.i.) - durar; resistir; “ se dexá n’água não
atura munto “
AVISAGê - (s.f.) – assombração; fantasma; alma penada;
mesmo que avisão; “ sexta-fera é dia de avisage ”
AVISãO - ( s.m. ) - mesmo
que avisagem; assombração;
alma do outro mundo que
vem para assustar ; “ tem o
maior cagaço de í lá por causa
do avisão “
AVOá(R) - ( v.i.) - voar; “
agora eles avoa, más despois
vórta tudo “ ou “ Aqui o más
bobo avoa”
AVUADêRA - (s.f. ) – voadeira, barco com motor de popa ,
muito veloz ;
AZINABRE - (s.m.) - azinhavre; crosta de cor verde, que
se forma nos objetos de cobre,expostos à umidade ;
BACIA - ( s.f.) - denominação
dada à chapa de metal, perfurada, que encima, circularmente, a roda de sevá mandioca. ” pá furá a bacia é com
o punção ”
BACIADA - (s.f.)- grande porção; grande quantidade;
“ pois o que troxe uma baciada de pexe “
BAFAFá - (s.m.) - rolo; discussão; barulho; confusão ;
BAGAÇADA - (s.f.) - chute;
pancada forte; “ dô-lhe uma
bagaçada nos córno , heim! . “
BAGO - ( s.m.) - testículos.
BAIÚCA - ( s.f.) - pequeno bar
ou armazém.
BAXIO - (s.m.) – baixio; praia
rasa ou banco de areia, onde
a água do mar ou do rio tem
pouca altura; pontal de areia
vadeando o lagamar ; “o mar
tava quebrando munto nesse
baxio aí , que não dava prá
saí pra fora “
BALAIO - (s.m.) - cesto de palha ou de cipó.
BALANÇA - ( s.f. ) - peça da
arataca; dispositivo em forma
de balança, constituído por
fios de arame, pendentes da
ponta livre do varão, que seguram a base desta balança,
a tauba da balança, onde se
colocam pedras, para exercer
grande força de prensa
sobre a parte imediata à extremidade presa do varão.
BALIERA - ( s.f.) - baleeira;
pequena embarcação de pesca, movida a motor, com o
formato de uma grande canoa, fabricada com tábuas lavradas e emparelhadas. Difere
dos outros barcos por ter, a
grosso modo, duas proas;
BANANA DA TERRA - ( s.f. )
- qualidade de banana, só comida cozida ou assada ;
BANANA MANÇÃ - ( s.f.) - banana maçã; qualidade de banana.
BANANA PRATA - ( s.f. ) - qualidade de banana, menor do
que a nanica, porém mais
grossa, com quinas na casca,
tendo a polpa mais rija;
BANANA ZINCO - ( s.f.) - qua-
lidade de banana.
BANCADA - ( s.f. ) - medida
que corresponde a uma gamela, colocada sobre o banco
de roda de sevá, cheia de
raízes de mandioca. “faiz uma
bancada grande de mandioca...”
BANCO DE RODA - ( s.m.) armação de madeira, em formato de banco com tábuas
suspensas por quatro moeIrões, na qual estão dispostos
os vários componentes da
roda de sevá mandioca.
BANDEIRA DO DIVINO - (
s.f. ) - estandarte usado
pelas pessoas nos festejos
do Divino Espírito Santo, no
mês de junho, e que consiste
em um mastro ou vara colori-da, onde são presas diversas
fitas de cores variadas, encimada por uma pombinha de
madeira, pintada de cor prateada ou dourada.
BANDóLA - (s.f.) - bandolim.
BANHADO -( s.m.) - terreno com águas empoçadas;
saturado de água e quase
impermeável; “aí nesses banhado haí raça de rã toro “
BARDEAÇãO - ( s. f. ) baldeação; ato de passar passageiros e bagagens de um veículo para outro. “ eu vô no ônibos da São Miguér que não
faiz bardeação . “
BARRAQUEá(R) - ( v. t.) visitar as barracas na festa de
Nossa Senhora dos Navegantes.
BARRê(R) - ( v.i. ) - varrer ;
“ pegue o cisquêro e barra
isso daí tudinho “
BARREá(R) - revestir de barro as fendas das paredes da
casa;“ barrearo tudo já ? “
BARREAMENTO - (s.m.) - operação em mutirão que consiste em, preparada a estrutura de pau-a-pique e a coberta de sapê, proceder-se à
calafetação das fendas das
paredes pauapicadas e invaradas, com o barro batido e
pisado, tirado anteriormente;
mesmo que taipamento; cobrir de barro as paredes da
casa ;
BASTIDô - ( s.m. ) – bastidor;
espécie de caixilho de madeira, para bordar ;
BATê - ( s.m.) - armadilha
para caçar pássaros, feita de
ubá com travessas de bambu,
usado isoladamente como alçapão, acondicionado às gaiolas;
BATê(R) - ( v.t. ) – acometer;
contagiar; atacar. “devera de
sê a tar da tiriça que bateu
nele”
BATêRA - ( s.f.) – bateira; pequena embarcação sem quilha
BATê(R) PARANGA - ( loc.v.) apanhar ostras dos galhos do
mangue, com a canoa;
“anssim que a maré baxá, nóis
vamo batê paranga “
BATEDô(R) -( s.m.) - espécie
de macete em forma de espátula, feito de madeira grossa, utilizado para bater as taquaras, fincando-as no lodo,
na construção do cerco de
pesca ;
BATEDô DE LANÇO – (adj.) batedô de lanço, aquele que
vai pelas beiradas espantado
os peixes para caírem na rede.
BATELADA - (s.f.) - grande
quantidade ;
“ num digo; prá que essa batelada de café “
BATELãO - ( s.m.) - canoa pequena e bojuda ;
BATEU A GALHA - (.loc.v. ) morreu ; bateu as botas ;
BATIDO - (adj. )- sovado;
muito usado ; ( s.m. ) - também um tipo de dança do fandango; espécie de sapateado;
Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca
Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .
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10 Outubro 2011
Jornal MARANDUBA News
Lenda “O anjo mal”
Por volta de 1889 a 1910,
quando em uma grande várzea,
em seu fundo já no espigão das
montanhas aconteceu algo que
assustou toda a região. O fato
foi tão marcante que muitos
dos antigos moradores se fecharam para o assunto, eram
sempre poucos detalhes descritos para se montar este grande
quebra-cabeça. Sabe-se que
foi num período de “Somana
Santa”, aonde os resguardos
eram a lei. Mas um jovem desobedeceu. Ah! Home! Naquele período as pessoas visitavam
as redes de pesca, já que não
podiam caçar por conta da
“amamentação” dos filhotes
na mata, no dito popular “os
bichos tão com cria”. O local
possuía algumas poucas casas,
cinco ou seis no máximo. As
roçadas eram grandes, as derrubadas idem. Os compadres
sabiam o que outros faziam por
conhecerem o calendário natural. Um jovem teimoso resolveu fazer algo por conta própria quebrando o calendário.
Descalço e com munição para
quatro disparos guardados no
“chifre de boi”, atravessou o rio
do Poço do Bagre, subiu uma
pequena encosta, caminhou
pela mata chegando num local
cheio de pedras e árvores.
Até ai tudo bem. Quando pegou o “pio” para atrair animais
a sua espingarda viu algo acontecer fora do comum. A cada
piada que dava, tinha a sensação de que o céu descia. Na realidade é que as nuvens povoaram seu entorno para que ele
se assustasse e voltasse a sua
casa, o que não aconteceu, ele
queria uma caça de qualquer
jeito. Continuou a usar o pio.
Sem conseguir enxergar
nada, começou a ficar com
medo e a berrar na mata. Neste momento ninguém o ouvia.
O pai que chegava em casa
com os compadres ouve sua
mãe anunciar o pior. “Ele quebrou o resguardo da Somana
Santa pra móde buscar um bicho pra cume, isso não vai acabar bem! Arrelá!”. Quando saía
para buscar o filho é interrompido pela mão da senhora sua
mãe que o segura e diz: “Deixe
ele lá home! amanhã ele vórta. Esse minino vai aprender
a lição dijero (depressa)!”. O
pai pensou, pensou e resolveu
esperar, mas não por muito
tempo. Embora estivesse relativamente perto de casa, o filho
não tinha experiência de caça.
O pai esperou todos dormirem e saiu com seus cães de
caça. Começa aí uma tragédia
anunciada. Na mata o filho
apavorado já começava a gritar
pedindo ajuda. De outro lado o
pai que berrava na mata chamando pelo filho. Como dizia
os antigos: “Abençoado seja o
silêncio”.
Já amanhecendo o dia ninguém achava ninguém. Os
dois descansaram um pouco e
começaram os berros. O filho
ouvia algo se aproximar, o som
era estranho, mas cada vez
que chegava perto parecia ser
o som de um animal. Assustado ela carrega a espingarda
e aponta para frente, para os
lados, para trás, para cima, enfim de onde viesse o barulho. O
sol por cima da névoa ofuscava
ainda mais o lugar.
De repente o som estava
a poucos metros e ouve-se o
estampido do disparo do filho.
Minutos de silencio depois a
névoa começa a sumir e a sua
frente para sua surpresa o pai
caído ensangüentado, do seu
lado os fiéis cães de caça sem
nada entender. No desespero o
filho joga a arma de lado, ajoelha, pega o pai em seu colo e
pede perdão aos prantos. Em
seus últimos suspiros, o pai
com sangue na boca faz uma
pergunta: Por que você foi ser
meu anjo mal? Muita coisa passou na última troca de olhares
entre pai e filho. ... Silencio ...
lágrimas, o filho desesperado levanta-se e pergunta por
quê. Neste momento seus pés
começam a se transformar em
raízes, seus braços em galhos,
seu tronco em madeira e por
detrás, nas costas, surgem dois
galhos em forma de asas abertas, nas pontas folhas verde
esbranquiçadas e raras flores.
De longe os gritos da transformação eram ouvidos pelos
que buscavam pai e filho. Os
compadres chegaram e viram
a cena e se lamentaram, porém ouviam os cães, mas não
podiam vê-los. Foi um ano de
tristeza, lamentos e pouca colheita.
Até hoje é possível ouvir os
cães e muitos que lá se aventuram dizem que ouvem e vê o
mato se mexer em sua direção,
mas algo passa por eles correndo sem poder identificá-los,
a frente ouve novamente o latido dos cães que vão embora
em busca de seu dono.
O local de fato existe na região sul e com este nome. Muitos antigos viram a árvore seca
erguida entre as pedras e chão
duro. O local ainda é misterioso
e cheio de grandes pedras, por
onde a noite ouve-se gritos e
gemidos.
Foram anos para escrever
esta estória e que teve a colaboração de muitos moradores
acima de setenta anos. O conto
nos dá a exata noção de como
era necessário respeitar a Deus
e a natureza naquela época.
ELE tudo nos dava, mas tínhamos de respeitar. Atualmente
os homens de bem que protegeram esta mata e o mar é que
são desrespeitados por outros
homens que, da forma que
trabalham, devem estar sendo
conduzidos por outro Anjo Mal.
Ezequiel dos Santos,
com colaboração
de antigos moradores
10 Outubro 2011
Coluna da
Atleta da Maranduba conquista Campeonato de Kung Fu
Adelina Campi
Baú de Lembranças
Eta!!! Que o adulto é mesmo
muito bobo. As coisas simples
e boas da vida acabamos perdendo, principalmente nós,
mulheres... É isto mesmo.
Você já reparou em uma rodinha de homens conversando? Eles riem, contam piadas,
criam brincadeiras para se divertir, jogam um ao outro na
piscina... são mesmo umas
crianças. Que coisa linda que
é isto! E nós, mulheres, o
nosso grupinho quando está
reunido! O que fazemos? Ficamos ali conversando, centradas, preocupadas com a imagem, com a postura, com a
elegância, mas
será
que
somos assim? Não,
não. Creio
foi
esta
maldita
cultura
que nos
estereotipou
e,
perdemos o
nosso lado
lúdico. Que tolas somos!
Às vezes tenho vontade de
perder a classe, de voltar a ser
criança. Neste momento lembro-me dos dias de chuva, das
tardes quentes de verão...Que
vontade de tirar os sapatos e
sair pisando nas poças d’água
que aqueles finais de tarde
ensolarados formavam após
cair um temporal e refrescar a
tarde. Não quero pensar nos
transtornos que hoje estas
chuvas trazem, quero pensar em ser criança, só quero
Página 15
Jornal MARANDUBA News
lembrar-me das brincadeiras
quando a chuva cessava.
Tudo começava com o céu
escurecendo e uns riscos brilhantes no alto. Aí vinha o
vento, “as folhas formando
redemoinho no chão”, a escuridão invadia a tarde e, no céu
apenas uma faixa clara, na altura do horizonte indicava que
ainda era dia... Então a água
desce, pesada e sonora... Por
fim, ela vai embora formando
no céu um lindo arco-íris.
Aí era a nossa vez... Como
os pássaros que haviam se escondido e saíam começando a
cantar, nós saíamos de onde
estávamos
protegidos e
corríamos
descalços
para
a
rua brincar nas
poças
d’água.
Eram só risos, brincadeiras.
“A chuva faz brotar as plantas e quando a gente se permite, ela é garantia de diversão. Caetano Veloso diz em
Chuva Suor e Cerveja: “...e
quando a chuva começa eu
acabo perdendo a cabeça”.
Um dia destes vou perder a
cabeça, da próxima vez em
que a chuva começar a cair,
vou correr para a rua, tirar
meus sapatos, vou deixar a
roupa molhar, vou pisar na
água, ....”vou sentir o gostinho de ser criança outra vez”.
Fonte: Revista “Vida Simples”
A atleta de Maranduba, Letícia Christina, que representa a Associação Long teh de
Ubatuba, foi Campeã Paulista
em julho, representando nosso estado em Brasília no campeonato Brasileiro de Kung fu
Whusu realizado nos dias 07 à
11 de setembro. Letícia ficou
em 3º lugar na categoria armas
longas (medalha de bronze)
com muito orgulho. A atleta
agradece seus professores Lau
shi Chi Hsiang e Lau shi Bruno,
seu pai Tiau lien João Carlos, ao
apoio da Escola de Idiomas Fisk
de Caraguatatuba e a prefeitura de Ubatuba.
Regional sul realiza limpeza das ruínas da Tabatinga
A equipe da regional Sul realizou uma força tarefa para
a limpeza, manutenção e retirada do lixo das ruínas da
Tabatinga. O patrimônio está
nos cruzamentos da estrada
das Galhetas com a que leva a
praia da Lagoa.
Há tempos existe a reclamação sobre o lixo amontoado a
frente das ruínas e do mato
alto em todo o seu entorno.
Considerado patrimônio material do município, do estado e
do país, suas paredes remetem
aos áureos tempos do Império.
Por lá passaram muita gente
importante e muito escravos
vindos do continente africano.
Trata-se de um depósito de
mantimento e casa de algum
barão. Acima um interessante e raro duto de captação de
água que serviam a criadagem
e a elite. Suas paredes guardam ainda marcas de rebocos,
que eram novidades da época.
Indica que foi utilizado método
diferente de construção, haja
vista que existe uma espécie
de baldrame e não paredes levantadas diretamente do chão
como eram de costume. Este
tipo de construção facilitava a
redução, ampliação e modificação dos ambientes.
Por conta do reboco indica poder ter sido uma das
últimas em construção, provavelmente construídas pelo
engenheiro francês João Agostinho Stevenné, há pelo menos dois séculos e meio. Este
engenheiro foi proprietário
da Fazenda Brejahimirinduba,
atual Maranduba. As ruínas
fazem parte da 1ª Companhia
de Ordenanças e tinha como
proprietário o Frances Carlos
José Robillard, vindo da Ilha de
São Domingos, chegando em
1.821/22. No ano seguinte teve
como sócio o tal de Glutch.
O feitor de Robillard é Pacifique Guiamon, também Frances
e que chegou em 1819, sócio
de Pedro Recher, vindo em
1819, este era sócio de João
Francisco Lecoq que em 1829
sai do fogo de Pedro Recher
para se tornar independente.
Ao que tudo indica o local servia mais como um “depósito”
ou área para descanso, já que
ficava de costas para o mar e as
tempestades, diferente da matriz que é a fazenda da Lagoa.
A da Tabatinga era abrigada
tanto para ataques, incêndios
e tempestades, por isso a canalização para o provimento de
muita água bem a proximidade
com o mar e a praia mansa.
Os rebocos poderiam ser do
“barro branco” (Tabatinga)
que havia em abundância pela
região. Os restos desta ruína
não só representa a formação
arquitetônica, mas ainda as
metologias a serem aplicadas
na condução do processo pluriétnico que hoje é o patrimônio
imaterial registrados nos dizeres e saberes deste povo que,
sem dúvida, parte integrante
do processo civilizatório nacional e merece respeito.
O local agora merece a visitação e a catalogação em fotos
e duvidas de como, quando e
quem lá esteve e deixou estes
pilares como testemunha ocular da história. Quanto ao lixo
Moralino diz já ter solicitado
um contêiner para acondicionar o lixo lá depositado e que
pretende colocá-lo o mais rápido possível a fim de manter
o local bem mais utilizado por
curiosos, turistas e visitantes.

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