Revista Fecomércio - Junho

Transcrição

Revista Fecomércio - Junho
Ano XVII nº 194 – Junho 2014
Legado verde
e amarelo
Passado o período de obras, Brasília espera receber 490
mil visitantes durante a Copa do Mundo. Para o comércio,
o principal legado deve ser o incremento do turismo
Entrevista // Pág. 8
MARCUS VINICIUS FURTADO COÊLHO
Presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil
Empregador do Comércio:
com a Qualicorp você pode
ter acesso aos mais respeitados
planos de saúde.
Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp proporciona
acesso ao melhor da medicina, com inúmeras vantagens para você,
Empregador do Comércio.
• Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1
• Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2
• Confira as possibilidades de redução de carências.3
1
De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. 2 Conforme condições contratuais. 3 A disponibilidade e as
características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado.
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência
das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais
e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2014.
Amil:
ANS nº 326305
Golden Cross:
ANS nº 403911
SulAmérica:
Qualicorp
Adm. de Benefícios:
ANS nº 417173
Ligue e aproveite:
De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h.
www.economizecomaqualicorp.com.br
SUMÁRIO
Brasília 2015
Fotos: Cristiano Costa
Série de debates
promovidos pela
Fecomércio-DF chega
à sua 8ª edição, com o
tema Segurança
12
Skate
Conheça um pouco
mais desse esporte
que tomou conta
das ruas, parques e
calçadas da cidade
22
Mérito Senac-DF
Veja como foi a entrega
dos prêmios aos
homenageados
18
Capa
Nesta edição, um especial com matérias sobre os reflexos
da Copa do Mundo na economia e no cotidiano do DF
32
seções
8ENTREVISTA
17ECONOMIA
20GENTE
26
EMPRESÁRIO DO MÊS
30
DOSES ECONÔMICAS
43VITRINE
50
DIREITO NO TRABALHO
52GASTRONOMIX
56
AGENDA FISCAL
57
CASO DE SUCESSO
58
SEGREDOS DOMARKETING DIGITAL
60SINDICATOS
62
PESQUISA CONJUNTURAL
66
PESQUISA RELÂMPAGO
Contato
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi
5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038-7500
www.fecomerciodf.com.br
twitter.com/fecomerciodf
Diretores Adjuntos
Diocesmar Felipe de Faria
Glauco Oliveira Santana
Suely Santos Nakao
Diretor da Área de Combustíveis
José Carlos Ulhôa Fonseca
Diretor da Área Hotéis, Bares,
Restaurantes e Similares
Clayton Faria Machado
DIRETORIA (SUPLENTES)
Diretoria da
Fecomércio-DF
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Mitri Moufarrege
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
José Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Rogerio Tokarski
DIRETORIA (EFETIVOS)
Presidente
Adelmir Araújo Santana
1º Vice-Presidente
Miguel Setembrino Emery
de Carvalho
2º Vice-Presidente
Antonio Augusto Carvalho
de Moraes
3º Vice-Presidente
Francisco Maia Farias
Vice-Presidentes
Antônio Tadeu Perón
Edy Elly Bender K. Seidler
Fábio de Carvalho
Francisco das Chagas Almeida
José Aparecido da Costa Freire
José Geraldo Dias Pimentel
Oscar Perné do Carmo
Vice-Presidente-Administrativo
Cecin Sarkis Simão
2° Diretor-Secretário
Hamilton César Junqueira Guimarães
3° Diretor-Secretário
Miguel Soares Neto
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2° Diretor-Tesoureiro
Roger Benac
3° Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
Aldo Ramalho Picanço
Alexandre Machado Costa
Álvaro José da Silveira
Ana Alice de Souza
Bartolomeu Gonçalves Martins
Carlos Hiran Bentes David
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Francisco Joaquim Loiola
Francisco V. Machado Elias
Jó Rufino Alves
João Ricardo de Faria
José Fagundes Maia
Luiz Alberto Cruz de Morais
Milton Carlos da Silva
Osório Adriano Neto
Paulo Targino Alves Filho
Sandoval Antonio de Miranda
CONSELHO FISCAL
Conselheiros (efetivos)
Arnaldo Sóter Braga (presidente)
Arnaldo Rocha Mundim Junior
Raul Carlos da Cunha Neto
Conselheiros (suplentes)
Henrique Pizzolante Cartaxo
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
DIRETOR REGIONAL
DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL
DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) •
Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis
Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza
para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista
de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto
Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF
(Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF
(Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei)
• Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem
de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF
(Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios
do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF
(Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira)
• Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas,
Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios
de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas
Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF
(Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do
DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria
e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) •
Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas
Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc)
SINDICATOS ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar)
• Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF
(Sindicombustíveis)
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO
DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
Fotógrafo:
Raphael Carmona
Diretor de Redação:
Diego Recena
Repórteres:
Andrea Ventura, Daniel Alcântara,
Fabíola Souza, Ieda Campos, Luciana
Corrêa, Raíssa Lopes, Sacha Bourdette
e Sílvia Melo
Editora-Chefe:
Taís Rocha
Projeto Gráfico e Diagramação:
Gustavo Pinto
Editora Senac:
Ana Paula Gontijo
Capa:
Anderson Ribeiro
Editor Sesc:
Marcus César Alencar
Revisora:
Fátima Loppi
Editor de Fotografia:
Cristiano Costa
Impressão:
Ediouro Gráfica
REVISTA FECOMÉRCIO
Tiragem: 60 mil exemplares
CONTATO COMERCIAL
Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected]
editorial
É Copa do
Mundo, amigos!
C
hegou a hora de o brasileiro
mostrar sua hospitalidade,
seu carisma, sua vibração,
seu fair play , enfim, os atributos
que sempre fizeram de nós merecedores de usarmos a camisa Canarinho. Tenho certeza que quando
a nossa Seleção entrar em campo
contra a Croácia, no dia 12 de junho, na Arena Corinthians, ficará
evidente a alegria dos brasileiros
em sediar um evento que a cada
quatro anos mobiliza bilhões de
pessoas em todo o mundo.
O Mundial tem trazido com sua
realização, um estímulo em investimentos e o aquecimento da economia nas 12 cidades-sede onde será
realizado. Em Brasília não tem sido
diferente. De acordo com levantamento do Ministério do Turismo, o
DF será o segundo destino a atrair
mais turistas durante o torneio. São
esperados mais de 490 mil visitantes, que devem deixar cerca de R$
887 milhões, gastos entre consumo
de bens e serviços.
O evento deixa reflexos positivos na economia e na sociedade,
mas tudo dependerá de como usaremos esses legados. O Estádio
Nacional, por exemplo, pode ser
explorado em outras atividades
como grandes shows.
Para receber bem a todos e
para melhorar as condições de
vida dos brasilienses, foram realizadas obras de mobilidade urbana,
reforma de pontos turísticos, ampliação do aeroporto, aumento de
mecanismos de segurança, além
da construção do novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Mudanças que ficarão para os moradores da nossa capital.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Além da venda de roupas, adereços, enfeites de carro, fitas, adesivos, bolas decorativas, comércio
de figurinhas, pratos especiais nos
cardápios de bares e restaurantes, há quem também irá apostar
na hospedagem tradicional (em
hotéis e pousadas) e alternativa
(casas e hostels) para garantir um
lucro extra. Para tanto, foi implementado o Programa de Hospedagem Alternativa Cama e Café, que
visa a ampliar a oferta de hospedagem a preços mais modestos e
valorizar a participação dos moradores da cidade no receptivo.
Mas é preciso mais. Precisamos
fazer bonito no campo e fora dele,
com civilidade, educação, cortesia.
Afinal, cada turista que for bem
atendido nos restaurantes, receber informações corretas na rua,
certamente retornará em ocasiões
futuras. Teremos a oportunidade de
abrir a cidade para o mundo.
A Fecomércio-DF fez seu papel, ao oferecer, por meio do Senac, 167 cursos de capacitação
com foco na Copa do Mundo, com
treinamentos para garçons, cozinheiros, camareiras e manicures,
entre outros, somando quase 3 mil
pessoas capacitadas. Acreditamos
que se o turista for bem atendido e
bem orientado ele ficará com vontade de regressar e, pelo menos
nesse quesito, teremos conquistado um importante legado.
Quero aproveitar para agradecer a confiança que os empresários depositaram em mim, ao me
reelegerem como presidente da
entidade, por unanimidade de votos – cargo que ocuparei até junho
de 2018.
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF,
entidade que administra o Sesc,
o Senac e o Instituto Fecomércio
no Distrito Federal
7
//entrevista
Sociedade
embrutecida
// Por Taís Rocha
O advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho preside
desde 2013 o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), que reúne 750 mil advogados
em todo o País. Formado pela Universidade Federal
do Piauí, pós-graduado pela Universidade Federal de
Santa Catarina e doutor em Direito Processual pela
Universidade de Salamanca, na Espanha, ele falou nesta
entrevista sobre temas espinhosos como justiçamento
de civis e redução da maioridade penal.
8
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Marcus Vinicius
Furtado Coêlho
Presidente do
Conselho Federal
da Ordem dos
Advogados do Brasil
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
9
de saúde, de ingresso dos adolescentes no mercado de trabalho e
que não tem um sistema carcerário
voltado para a reeducação detém legitimidade para tratar adolescentes
de 16 anos como adultos? Todos nós
queremos um País mais justo e com
menos criminalidade. Entretanto, a
redução pura e simples da maioridade penal não vai trazer os benefícios esperados pela sociedade. Sem
receberem o tratamento adequado,
esses seres humanos (menores infratores) acabam virando peças vulneráveis para o cometimento de infrações e sentem-se acolhidos nas
instituições criminosas.
“O protesto é
democrático e deve
ser respeitado. No
entanto, a sociedade
também não quer a
violência e ela deve
ser coibida dentro dos
limites da urbanidade”
Gostaria que o senhor falasse sobre
a atitude recente do governo com
relação ao combate à violência
nos estádios, e à repressão às
manifestações, sobretudo agora,
que estamos há tão pouco tempo
da Copa. Como a OAB tem se
pronunciado com relação a isso?
A Constituição Federal de 1988
garante o direito à livre manifestação, desde que seja vedado o anonimato. A sociedade brasileira lutou
durante décadas pelo direito a ter
voz. O protesto é democrático e deve
ser respeitado. No entanto, a sociedade também não quer a violência e
ela deve ser coibida dentro dos limites da urbanidade. Nós, advogados,
existimos para proteger o Estado
Democrático de Direito. A Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) é a
voz constitucional do cidadão.
Qual a opinião do senhor sobre a
redução da maioridade penal?
Nós, representantes da AOB, somos contrários à redução da maioridade penal. O problema não está
na idade do infrator. No nosso País,
historicamente, faltam políticas de
inclusão social. Um Estado que não
tem políticas educacionais, de lazer,
10
Como o senhor interpreta os
recentes casos de justiçamento
feitos por civis no País?
Esses casos de justiçamentos
estão ligados ao tema anterior – o
da redução da maioridade penal – e
também ao corrente discurso de intolerância. A nossa sociedade está
embrutecida. Quando se amarra um
adolescente infrator em um poste,
ou se apedreja alguém, é por descrédito na eficácia do sistema de segurança pública. O que levou o adolescente ao crime? Foi justamente
a falta de um sistema educacional,
de lazer e de saúde que atendesse
a suas necessidades. São dois lados
de uma mesma moeda.
O senhor tem conhecimento de
algum projeto do governo ou mesmo
da sociedade civil para impedir que
isso ocorra outras vezes?
Existem inúmeros programas
realizados em todo o País, seja pelos
governos ou por ONGs ligadas à defesa dos direitos humanos. São meritórios, bem intencionados e muitas
vezes eficientes. Entretanto, o problema da violência é generalizado.
Em uma pesquisa encomendada
pela OAB no ano de 2013, ficou demonstrado que a saúde pública é a
grande preocupação da população,
seguido pela segurança. A melhoria
na qualidade dos serviços básicos,
como educação e saúde, é a chave
para que a segurança deixe de ser
um problema crônico.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
11
brasília 2015
Perigo
nas ruas
//Por Fabíola Souza
Falta de segurança foi o principal tema debatido na oitava edição do
projeto, realizado na Fecomércio-DF
Fotos: Cristiano Costa
Reunião que
discutiu a falta
de segurança
ocorreu no dia 30
de abril, na sede
da entidade
12
C
om o objetivo de colaborar
com o enfrentamento do
problema da falta de segurança pública na capital do
País, a Fecomércio-DF realizou na
manhã do dia 30 de abril, na sede
da entidade, uma mesa-redonda
sobre o assunto. O debate integra
a oitava edição do projeto institucional Brasília 2015, que foi criado
em setembro de 2012 pela Fecomércio. “A falta de segurança pública tem provocado graves danos
à sociedade brasiliense. Em alguns
casos, a violência é irreparável. Não
há como contornar a morte de um
cidadão. Em outras situações, a insegurança pode representar anos
de retrocesso. No setor produtivo,
os crimes contra as empresas e
contra seus clientes e funcionários
têm vitimado o próprio desenvolvimento econômico do DF”, explicou
o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana.
Participaram da mesa-redonda
sobre segurança, como debatedores, quatro profissionais que são referências na área: o especialista em
segurança pública da Universidade
de Brasília (UnB), Antônio Flávio
Testa; o coronel da Polícia Militar do
DF, Wilson Rogério Moretto; o diretor técnico do Detran, José Lima
Simões; e o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Luiz Xavier.
O deputado distrital Dr. Michel (PP)
esteve presente como convidado. A
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
organização dos encontros é realizada pelo assessor parlamentar da
Fecomércio-DF, Athayde Passos, e
a mediação das reuniões pelo assessor institucional da FecomércioDF, Carlos Augusto Baião.
//Entorno
O professor Antônio Flávio Testa
afirmou que o problema da falta de
estrutura governamental no Entorno
é decisivo em relação à violência que
o Distrito Federal sofre, pois, atualmente, Brasília tem uma população
que chega perto de três milhões de
habitantes, porém com tudo concentrado no centro da Capital. “Se
Brasília crescer, todo o Entorno vai
melhorar, e se Brasília não crescer,
todo o Entorno virá para cá de qualquer forma”, aponta o especialista.
Para ele, a estrutura do pacto federativo impede o desenvolvimento
regional, dessa forma, há concentração de recursos no poder central e o repasse de verbas só ocorre
depois de muita negociação política
e excesso de burocracia, o que cria
defasagens estruturais e alimenta a
desigualdade estrutural do entorno
de Brasília. “Enquanto não houver
desenvolvimento econômico baseado na vocação de cada município,
de cada região do entorno, teremos
grandes problemas sociais”, alerta
Testa. Outra questão apontada por
ele foi sobre a desintegração das
famílias e a revisão do Estatuto da
Criança e do Adolescente, que precisa ser mais rígido em relação aos
crimes cometidos por menores.
//Drogas
Já o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Luiz Xavier, acredita que o tráfico de drogas funciona
como o propulsor de inúmeros crimes por conta da necessidade que
o viciado tem em adquirir drogas.
“Eu fiz um cálculo que um usuário de crack precisa de uma média
de R$ 17 a R$ 20 mil por ano para
sustentar o vício, cerca de R$ 1,5
mil por mês. E esse dinheiro vai ter
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
que sair de algum lugar”, analisa o
diretor. Segundo ele, os crimes contra o patrimônio crescem 5% ao ano
na capital. “Daí a gente descobre o
criminoso e prende. Ele fica preso
por oito meses e depois está de volta às ruas e muitos são presos de
novo cumprindo regime domiciliar”,
aponta Xavier sobre o atual modelo
do sistema prisional brasileiro. Outra questão citada por Xavier foi com
relação ao servidor público. Para
ele, é necessário redefinir o papel do
servidor público, pois o modelo atual
de contratação é ineficiente.
O crescimento desordenado das
cidades também tem influência na
violência da capital. Segundo o diretor, o surgimento do Itapoã trouxe 40
mil pessoas no primeiro momento e
todas chegaram juntas ao mesmo
lugar e não havia infraestrutura no
local, apenas os lotes demarcados e
ali foram sendo construídos barracos por pessoas que não se conheciam. “Então a violência daquele período foi brutal e chegamos a ter 60
homicídios no Paranoá e Itapoã em
um ano. Atualmente, estão por volta
de 30 ou 32 homicídios”, afirma. Ele
explica que hoje existe esse fenômeno no Sol Nascente, localizado em
Ceilândia. “A segurança pública é
ação das polícias civil e militar, mas
é também ação social e oferecimento de condições de habitações adequadas”, ressalta Xavier.
/Aumento populacional
O diretor técnico do Detran, José
Lima Simões, afirma que atualmente a população do Distrito Federal é
de 2.837.156 milhões de pessoas e
conta com uma frota de 1.513.552
milhão de veículos só do DF, mas
ele ressalta que há carros de outros
estados, principalmente do Goiás,
que trafegam por Brasília, mas não
aparecem nesses dados. Ao todo,
tem 1.507.122 milhão de condutores habilitados. “Isso significa que
são quase dois habitantes para cada
carro na capital. A renda per capita
do DF é uma das maiores do país e
por isso tem muita compra de carro”, diz Simões. Segundo ele, 90 mil
veículos passam por dia pela via
estrutural e cerca de 75 mil automóveis trafegam pelos dois sentidos diariamente na EPTG. “É muito
grande a dependência que existe
“A falta de segurança
pública tem provocado
graves danos à sociedade
brasiliense. Em alguns
casos, a violência é
irreparável”
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF
13
para o Plano Piloto”, comenta.
Para tentar solucionar esses
problemas de trânsito, até 2020 estão previstas algumas ações como:
corredores de transportes; mais
estações de metrô e expansão para
Asa Norte; o BRT, que é um ônibus
rápido, e mais de 400 quilômetros
de ciclovias. Além de estacionamentos rotativos pagos. “Também
precisamos investir em tecnologia
e em um centro de controle em que
o planejamento seja feito com mais
inteligência”, aponta Simões.
//Integração das polícias
O coronel da Polícia Militar do
Distrito Federal, Wilson Rogério Moretto, afirma que a Copa do Mundo
é “a crise de segurança atual”, pois
ele acredita que irão ocorrer manifestações pelo descontentamento
da população com o evento. “Com
as manifestações, algumas regiões
ficam desprovidas de segurança.
Não se consegue atender a todas as
regiões, pois é necessário deslocar
um número grande de policiais para
as manifestações”, diz o coronel.
Segundo ele, atualmente existem 12 mil policiais militares no DF,
mil a menos do que havia em 2010.
“O ideal seria contratar quatro mil
policiais por ano, mas não fomos
autorizados e isso vai ter reflexos
no futuro, uma vez que para eu formar um policial militar é preciso, no
mínimo, um ano de treinamento”,
aponta Morreto.
Para ele, deveria haver uma
integração maior entre as polícias
militar e civil. “Em 2022 o DF terá
uma média de cinco milhões de
habitantes, incluindo a Região Integrada de Desenvolvimento (Ride)
que terá impacto direto no DF.
Como vamos fazer para contratar
e capacitar policiais e melhorar a
tecnologia da informação?”, questiona. Para o coronel, o melhor
seria a criação de um Ministério
de Segurança Pública com o objetivo de melhorar a gestão na área,
além de trazer mais integração
para as polícias de todo o País.
14
“Um usuário de crack
precisa de R$ 17 mil a
R$ 20 mil por ano para
sustentar o vício”
Jorge Luiz Xavier,
Diretor-geral da Polícia Civil do DF
“São quase dois habitantes
para cada carro na capital”
José Lima Simões,
Diretor Técnico do Detran
“O ideal seria contratar quatro
mil policiais por ano”
Wilson Rogério Moretto,
Coronel da Polícia Militar do DF
“Enquanto não houver
desenvolvimento econômico
baseado na vocação de cada
município, teremos grandes
problemas sociais”
Antônio Flávio Testa,
Especialista em Segurança Pública da UnB
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
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16
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//economia
Alto risco de
racionamento
C
omo tenho enfatizado em
minhas colunas, se não forem criadas as condições
para o setor privado investir adequadamente na infraestrutura, teremos novos gargalos e acentuaremos os existentes.
O principal problema que afeta
todos os segmentos sob concessão
pública é a política de cobrar tarifas
abaixo dos custos, que vem sendo
aplicada desde 2003. Nesse processo, estimula-se fortemente a demanda pelos serviços e afugentamse os investidores privados. Ao final,
enviam-se faturas adicionais expressivas para o orçamento público,
ou seja, para o bolso do contribuinte.
No caso da energia elétrica, mal
terminei um livro sobre o assunto,
que pode ser baixado em minha página (www.raulvelloso.com.br), estouraram bombas em boa medida
devido à modicidade tarifária excessiva, mas também à falta de chuvas
sobre um sistema 75% baseado em
hidrelétricas com reservatórios de
baixa profundidade, além de termelétricas de reserva cuja operação é muito cara.
Diante disso, o modelo em vigor acaba acionando todas as termelétricas existentes, de operação
absurdamente custosa, e manda
as hidrelétricas reduzirem sua operação para tentar recompor os reservatórios. Como seus contratos
de venda são mantidos, reduzir a
produção das usinas hidrelétricas
implica a necessidade de essas geradoras comprarem o que falta para
atender aos seus compromissos de
fornecimento com base no preço de
curto prazo no mercado spot. Com
O modelo em
vigor acaba
acionando todas
as termelétricas
existentes
isso, seu custo aumenta fortemente,
dependendo da dimensão do ajuste.
Hoje este é pequeno, mas estima-se
que vai rumar para algo em torno
de 8% da quantidade total de energia negociada por essas usinas em
pouco tempo. E daí em diante, sem
providências adequadas, esse percentual só tende a aumentar.
Para muitas, isso pode significar
graves problemas além daqueles já
enfrentados pelas distribuidoras,
que também passaram a comprar
energia mais cara para honrar seus
contratos de distribuição, pois as
receitas poderão ficar abaixo dos
custos. O governo terá de agir rapidamente para isso não acontecer.
No meio disso tudo, o governo
reduziu em 20% e de forma atabalhoada as contas aos consumidores, mesmo quando o maior uso
das térmicas – e o consequente aumento no custo da energia – tornava injustificável a redução de tarifas
naquele montante. Resultado: mais
desvio da oferta de energia para o
mercado spot oriunda dos que recusaram a oferta governamental.
Conforme o andar da carruagem, o racionamento – e todos os
problemas que ele encerra – ficará
inevitável.
Joel Rodrigues
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Fotos: Cristiano Costa
Trabalho reconhecido
//Por Luciana Corrêa
Sete personalidades da capital foram homenageadas
em cerimônia de entrega do Mérito Senac
O
@senacdf
/senacdistritofederal
18
Senac do Distrito Federal
homenageou na noite do
dia 8 de maio sete personalidades pela prestação de
relevantes serviços à instituição e à
educação no DF e no País. Os homenageados receberam um diploma e
passam a integrar a Ordem do Mérito
Senac, cujo chanceler é o presidente
da entidade no DF, Adelmir Santana.
A cerimônia foi realizada no espaço
Villa Rizza, no Setor de Clubes Sul,
para convidados.
Quando da 7ª edição do prêmio,
o presidente do Senac-DF, Adelmir
Santana, destacou que por meio
dessa premiação, o Senac expressa
sua gratidão e reconhecimento a
todos aqueles que se destacaram
ou se destacam na defesa e cultivo
da cidadania. “Essa gratidão, que
se materializa na outorga do Mérito
Senac, demonstra o nosso reconhecimento a sete cidadãos exemplares,
que, acreditando na profecia de Dom
Bosco, colocaram o coração e razão
em suas mão e entraram na luta pelo
engrandecimento do povo do DF e do
Brasil”, elogiou.
Os homenageados deste ano foram: o senador Cristovam Buarque;
o defensor público Jairo Lourenço de
Almeida; o administrador de Brasília,
José Messias de Souza; a madre
Hildegardis Pereira Nunes; o empresário Osório Adriano; o padre Alessandro Campos; e a servidora Celina
Euripedes de Farias. Para o senador
Cristovam Buarque, o Senac preenche as lacunas da educação brasileira. “Gostaria que imaginassem por
um segundo se o Senac não existisse.
Nós não teríamos o atendimento e os
serviços funcionando como são hoje.
Quero agradecer muito o que a instituição fez pelo DF ao longo dos seus
47 anos aqui. Nós devemos muito a
essa instituição”, comemorou.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Cristovam Buarque
Senador da República pelo Distrito Federal, Cristovam Buarque nasceu em
Recife (PE). Educador e professor universitário, foi homenageado pelo empenho
e dedicação em prol da educação do Brasil. Ex-governador do DF.
Jairo Lourenço de Almeida
Defensor Público do DF, Jairo Lourenço tem 57 anos e é mineiro da cidade de
Tiros. Enquanto Defensor Público-Geral concretizou um convênio com o SenacDF por meio do projeto 100% Cidadão, com cursos a comunidades em situação
de vulnerabilidade social.
Confira como foi o evento:
José Messias de Souza
Administrador de Brasília, empossado em janeiro de 2011, José Messias de
Souza é alagoano. Formado em Direito, foi homenageado pelo Mérito Senac
pelos trabalhos e apoio prestados às questões administrativas e institucionais
do Senac-DF.
Madre Hildegardes Pereira Nunes
A madre Hildegardes Pereira Nunes, 50 anos, nasceu em Montalvânia,
Minas Gerais. Em 2008, por meio das Ações Móveis do Senac e do convento
Pequenas Missionárias de Maria Rosa Mística do Gama, passou a possibilitar
a capacitação e apoiar a realocação no mercado de trabalho. Na ocasião da
entrega do prêmio, a madre estava em viagem e foi representada pela Irmã
Mônica Maria Mendes Diniz.
Osório Adriano Filho
Empresário e ex-deputado, Osório Adriano nasceu em Uberaba, Minas Gerais.
Formado em engenharia civil, utilizou sua empresa para apoiar a formação
profissional, criando dentro da Brasal uma escola para os alunos do Programa
de Aprendizagem do Senac-DF.
Para o presidente da Fecomércio,
Adelmir Santana, o prêmio é o reconhecimento da Entidade aos agraciados
A cerimônia foi realizada na
Villa Rizza, para convidados
Padre Alessandro Campos3
Paulista de Guaratinguetá, o padre Alessandro Campos faz sucesso em Brasília
pelo seu estilo jovem de celebrar suas missas. Ele foi homenageado por ser
parceiro do Senac-DF, ao disponibilizar espaços para oferta de cursos para
jovens.
Celina Euripedes de Farias
A servidora nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, começou a trabalhar no Senac
em 1976. Foi instrutora do curso de cabeleireiro durante quase 15 anos. É
formada em pedagogia e psicopedagogia. Foi homenageada por ser uma das
servidoras mais antigas da instituição.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Senador Cristovam Buarque foi um dos
homenageados
19
//gente
Mono mon
Fotos: Raphael Carmona
Com a bola
nos pés //Por Sílvia Melo
Renan Fonseca Siqueira
Zagueiro do Brasília FC
Apaixonado por futebol desde
criança, Renan Fonseca Siqueira, de
19 anos, começou os treinos no futebol de salão aos 5 anos, quando foi
matriculado na Escolinha de Futebol
do Sesc-DF. Aos 10, optou pelo futebol de campo e começou a treinar no
então Centro de Futebol Romualdo,
no Gama. A brincadeira tornou-se
ideal de vida. Hoje Renan é atleta profissional e uma das promessas do futebol candango. Zagueiro do Brasília
Futebol Clube, ajudou o time a se tornar o primeiro campeão da Copa Verde 2014, competição disputada por
16 equipes do Centro-Oeste, Norte
e Espírito Santo. Centrado, ele sabe
que deve manter a rotina de treinos
e dedicação para garantir um bom
desempenho. “Espero evoluir bastante como profissional e conquistar
títulos, levando o Brasília a lugar de
destaque no cenário nacional”. Com
o apoio da família, o brasiliense nascido no Gama teve sua primeira experiência em competições nacionais
aos 11 anos. “Fui jogar em São Paulo
representando a escolinha de futebol
que frequentava e lá recebi o convite
para ir para o Internacional de Porto
Alegre”, conta. Com apenas 12 anos,
mudou-se sozinho para o Sul do País,
onde ficou até os 17 anos e conquistou vários títulos. Depois do Inter, jogou pelo Vitória (BA) e só então voltou
para Brasília. “Sempre desejei ser
jogador de futebol e o apoio dos meus
pais foi fundamental”, conclui.
Piquenique
na cidade
Atuando no meio de produção
de festas alternativas desde 2007,
o baiano Miguel Rodrigues Galvão, de 28 anos, é o idealizador do
PicNik, projeto realizado com as
sócias Carol Monteiro e Júlia Hormann, que reúne em um só local
arte, música, moda e gastronomia.
Economista formado pela Universidade de Brasília (UnB), Miguel
atua desde a época da faculdade
na área de análise de projetos de
viabilidade econômico-financeira.
Quando não está trabalhando,
dedica seu tempo para descobrir
os encantos de Brasília com a
companheira, sócia e amiga Júlia
Hormann. A ideia do PicNik surgiu
da vontade de criarem uma plataforma de encontro diurno entre
20
pessoas de diferentes grupos e
classes, que valorizasse a realidade presencial, dispensasse a presença de álcool e proporcionasse
uma oportunidade de consumo
oposta ao que se encontra nos
shoppings. Sucesso na cidade, o
projeto já está em sua 12ª edição,
reunindo uma média de sete mil
pessoas por evento. “Em dois anos
de projeto recebemos mais de 80
mil pessoas”, destaca. O PicNik já
foi realizado no Calçadão da Asa
Norte, no CCBB, no Jardim Botânico e na Furnarte. A próxima edição
está prevista para 16 de junho, na
Ermida Dom Bosco. “Faremos algo
no Dia das Crianças e um grande
bazar para as festas de final de ano
em dezembro”, antecipa.
Miguel Rodrigues Galvão
Organizador do PicNick
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Amor ao
próximo
Areolenes Cursino
Fundadora do Instituto Crescer
Determinada a ajudar pessoas
necessitadas, Areolenes Cursino
Nogueira, de 58 anos, fundou, há
11 anos, o Instituto Crescer. Iniciou
o trabalho na Cidade Estrutural,
onde oferecia cursos de capacitação
às mulheres com a finalidade de
geração de renda. Com o tempo e o
convívio com as alunas, descobriu
que grande parte trazia de casa dois
sérios problemas: o envolvimento
dos filhos com as drogas e dos maridos com o álcool. “Em 2010, decidi
mudar a linha de atuação do instituto
para ajudar os dependentes químicos”, conta. Atualmente, está à frente
da Comunidade Terapêutica, instituto
que trabalha com a prevenção, trata-
mento e capacitação para reinserção
social. Em quatro anos, atendeu 350
pessoas. Para ajudar ao próximo, ela
mudou-se para a casa de uma das
filhas, abrindo mão da casa onde morava, em Vicente Pires, para abrigar
as pessoas que queriam se livrar da
dependência química e do álcool. Realizar esse trabalho para ela é uma
missão. “Foi um chamado de Deus.
Um dia tive um encontro espiritual
com Jesus e fui inundada por um
amor muito grande pelos excluídos.
A partir daí comecei a ir para as ruas
para distribuir sopas e levar amor aos
necessitados”, explica, destacando
que passou três anos fazendo esse
trabalho na rua.
//Sua Excelência, o gerente
O brasiliense Juraci Gomes dos
Santos, de 49 anos, iniciou sua
carreira profissional em 1980 como
empacotador no supermercado
Carrefour. Formado em Gestão
Comercial pela Universidade Católica de Brasília, trabalhou também
no Pão de Açúcar e no Makro.
Assumiu, há cinco anos, o cargo
de gerente no Big Box. Atualmente
trabalha na unidade localizada na
EPTG, o Big Box Via Park, onde comanda 145 funcionários.
Qual o seu papel na unidade?
Trabalho com gestão de pessoas,
processos, atendimento ao
cliente, e também entrada e
saída de mercadoria.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
O que é preciso para ser
um bom gestor?
Ser objetivo, justo com todos,
deixar a sua equipe participar das
decisões de sua unidade, ser criativo
na redução de custos, e falar com
frequência pessoalmente.
Qual o segredo do bom
atendimento?
Um bom atendimento vai muito
além de ser bem educado. Tratar
bem o cliente não é um diferencial,
mas sim uma obrigação de toda a
equipe. O gestor tem que motivar
a sua equipe para que todos
atendam bem ao nosso cliente,
que sempre foi e será a razão da
nossa existência.
Juraci Gomes
dos Santos
Gerente do
supermercado Big Box
21
Mono mon
Fotos: Cristiano Costa
Na onda
do skate
//Por Sílvia Melo
22
Esporte cada vez mais popular reúne público
de todas as idades e movimenta o comércio
O
céu é o mar de Brasília. A
frase, atribuída ao urbanista Lúcio Costa, é um consolo para os brasilienses
que não podem usufruir
de uma bela praia sem ter que sair
da cidade. Sem mar, os “surfistas do
Cerrado” vão para o asfalto com os
mais diversos tipos de skates e tomam conta das ruas, parques e calçadas. A prática desse esporte que se
assemelha ao surf e reúne pessoas
de diversas classes sociais, idades e
sexo, está em plena ascensão. O skate tem se popularizado tanto que atualmente é o segundo esporte mais
praticado no Brasil, perdendo apenas
para o futebol. O número crescente
de adeptos tem movimentado o comércio de roupas, acessórios e equipamentos de segurança.
Pesquisa realizada por empresas ligadas ao esporte destaca que o
Brasil conta com quatro milhões de
praticantes e o mercado movimenta
mais de R$ 1 bilhão por ano com a
venda de produtos. “Para ter uma
ideia desse crescimento, em 2012 o
comércio de skate movimentou R$
500 milhões em todo o Brasil”, destaca Eduardo Felgar Aprá, vice-presidente da Federação de Skate do Distrito Federal e Entorno e presidente
da Associação LongBrothers.
O skate surgiu na década de 1960,
no estado americano da Califórnia,
quando surfistas preocupados com a
falta de ondas no mar, decidiram pegar uma prancha e adaptar as rodas
para andar na rua. “A brincadeira começou aí. Na década de 1980, o skate
deu um pulo muito grande quando
surgiu o vertical e o street, que são
skates de pranchas menores de 40
polegadas, em que o pessoal executa
muita manobra. Nessa época o skate deu uma estourada. Ele foi muito
marginalizado, mas mesmo assim
ganhou espaço”, afirma Eduardo.
Foi na década de 1990 que o esporte deu uma alavancada e começa-
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
ram a surgir as lojas específicas. “A
primeira loja aberta foi na Asa Norte,
mas hoje não funciona mais. As principais ficavam no Conic”, lembra ele.
Atualmente, o público encontra lojas
com produtos destinados à prática do
esporte em todas as cidades do DF.
“Em Brasília inteira você encontra lojas dessa área, mas o Conic ainda é a
referência do skate”, destaca ele.
Inaugurada em 1995, a loja FunHouse foi a primeira a chegar ao
Conic. Em 19 anos, as vendas tiveram momentos bons e ruins. “O
momento mais crítico em termos de
vendas foi há sete anos. Passamos
por um sufoco, mas conseguimos
recuperar”, lembra Stênio de Araújo
Rego, supervisor da loja. “Depois disso a procura pelos produtos aumentou muito, provavelmente porque o
esporte se consolidou, perdeu um
pouco o preconceito e ganhou espaço na mídia”, destaca. O diferencial
da loja é que, além de vender produtos exclusivamente para a prática
do skate, patrocina atletas e eventos
e promove campeonatos. Na loja é
possível encontrar de tudo ligado ao
esporte, como meias, carteiras, bonés, roupas, peças, rodas, eixos, etc.
Para garantir um bom atendimento
aos clientes, 99% dos funcionários
são skatistas. “É preciso conhecer o
esporte para saber o que vai oferecer
aos clientes”, explica Stênio.
Também localizada no Conic,
a Overstreet abriu as portas há 17
anos. Para Walter Junior, proprietário da loja, o aumento das vendas
nos últimos anos deveu-se também
ao fim da marginalização do skate,
graças à inclusão do esporte na televisão, como em novelas, programas
voltados para o público jovem e propagandas. Na loja, o ponto forte é a
moda street wear, que atende não só
aos adeptos do skate, mas também
pessoas que gostam de se vestir seguindo essa tendência. “Vendemos
skates também, mas nosso forte são
23
“Vendo mais
produtos nacionais,
que são mais
baratos, porém
com a mesma
qualidade”
Bartolomeu Martins
Proprietário da Rap Nacional e Presidente
do Sindicato do Comércio de Vendedores
Ambulantes do DF
os tênis e as roupas”, destaca. A loja é
a responsável pela realização de uma
das competições mais importantes
de Skate Downhill, o Overmeeting,
realizada há oito anos em Brasília em
agosto.
Na Ceilândia, a loja Rap Nacional,
localizada no Shopping Popular, oferece mais de 500 itens como roupas,
bonés, calças, bermudas, capacetes,
joelheiras, tênis, rolamentos, lixas,
rodas e shapes (prancha de madeira). De acordo com Bartolomeu Martins, proprietário da empresa, e presidente do Sindicato do Comércio de
Vendedores Ambulantes do DF, a loja
foi aberta para atender à demanda de
clientes na Ceilândia. “Eu tinha uma
banca na Feira da Ceilândia e muitas
pessoas pediam para que eu vendesse produtos para os praticantes
do skate. Comecei a visitar diversas
distribuidoras em São Paulo e vi que
o mercado era promissor”, destaca
Bartolomeu, lembrando que inaugurou a loja em 1999. “Vendo mais produtos nacionais, que são mais baratos, porém com a mesma qualidade
que os importados”, destaca.
//Mulheres
Esporte praticado por adeptos
em sua maioria do sexo masculino,
o skate aos poucos conquistou também as mulheres. Para atender a
esse novo público, o comércio teve
24
que se adequar. Segundo Bartolomeu Martins, a frequência de mulheres que procuram produtos em sua
loja cresceu em torno de 40% nos
últimos três anos. Além dos equipamentos para a prática do esporte,
elas compram roupas e gostam dos
bonés chamados “aba reta”. “Para
comprar os skates, elas optam mais
pelas cores, como rosa, amarelo, verde, e normalmente seguem o estilo
do grupo de amigos ou namorado”,
explica Bartolomeu.
Segundo o presidente da Federação de Skate, o crescimento da prática do esporte deve-se, também, ao
surgimento de novos equipamentos,
como os que possuem as pranchas
maiores, acima de 40 polegadas, que
facilitam o equilíbrio, os chamados
longboards. Os menores, chamados
de street, possuem entre 7 e 8 polegadas. “A primeira manobra que se
aprende no street chama-se ollie,
em que o cara tem que tirar o skate
do chão e voltar. Para conseguir fazer isso, leva-se em média um mês
para aprender. Já com o longboard,
se quiser pegar e dar um rolezinho,
aprende-se em 15 minutos”, explica
Eduardo Aprá, vice-presidente da Federação de Skate do DF.
Outro fator atribuído ao crescimento da prática foi a adesão de
mulheres e crianças depois da criação da Associação LongBrothers, em
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
2011, formada por amigos skatistas,
que passou a difundir o esporte no
Eixão, na altura das quadras 115/116
Norte, todos os domingos. “Com a
criação da nossa associação, começamos a colocar mulheres para
andar de skate. Primeiro foram as
nossas mulheres. Quando uma mulher via outra andando, se sentia
à vontade para andar também e o
movimento feminino foi crescendo”,
informa Aprá, que é presidente da
associação.
//Investimento
Para iniciar em qualquer modalidade de skate é necessário ter
os equipamentos de proteção: capacete, joelheira, cotoveleira e luva.
Isso evita de 50% a 60% das lesões.
É recomendável também frequentar
uma escolinha. Se não for possível, o
futuro skatista deve ir aos locais em
que o pessoal pratica para pegar informações sobre os produtos, locais
indicados para compra, tipos de skate, entre outras informações.
Quem quiser iniciar no esporte
andando de street deve investir em
torno de R$ 300 só no skate. Se a
preferência for por longboard, o investimento é em torno de R$ 600 a
R$ 700 para adquirir um equipamento mediano. Esses preços variam em
lojas do Plano Piloto. Na Ceilândia,
na Rap Nacional, um skate simples
custa entre R$ 120 e R$ 150, enquanto o mais caro, o longboard, custa R$
470. “Depende da marca e escolha
dos acessórios”, afirma Bartolomeu.
Gama, Sobradinho, Santa Maria, Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, entre
outras cidades.
A prática do longboard, cujo principal segmento é o Downhill Speed
(DHS), que consiste em descer ladeiras em alta velocidade, não necessita
de uma pista específica. Assim, os
adeptos procuram ladeiras em locais
mais isolados, como algumas ruas
de Águas Claras, Ermida Dom Bosco,
Centro de Atividades do Lago Norte,
Eixão e Zoológico. O Parque da Cidade também é um ponto de encontro
para a prática do esporte.
“Em 2012, o
comércio de skate
movimentou
R$ 500 milhões em
todo o País”
Eduardo Felgar Aprá
Vice-presidente da
Federação de Skate do DF
//Lugares
Brasília, até cinco anos atrás,
não tinha lugares apropriados para
a prática do skate, de acordo com a
Federação. Alguns skatistas andavam no Setor Bancário Sul, na pista
do Núcleo Bandeirante, criada na
década de 1980 e com muitas falhas
de construção e falta de manutenção,
ou em locais improvisados. Com o investimento do governo local, novas
pistas passaram a ser construídas e
as já existentes foram reformadas.
Algumas passaram por adaptações.
Atualmente existem boas pistas em
Águas Claras, Recanto das Emas,
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
25
//empresário do mês
Cristiano Costa
Dedicação e
trabalho
//Por Sílvia Melo
Proprietário de algumas lojas
franqueadas no DF, Hudo Eitel
aprendeu os primeiros passos no
comércio com o pai
A
vontade de trabalhar no
comércio está no sangue.
Filho de proprietário de um
posto de combustíveis no interior
do Paraná, Hudo Romeu Eitel, de 48
anos, cresceu em meio aos negócios
da família. Seu primeiro emprego
foi no posto do pai, onde ajudava em
todas as áreas. Fazia de tudo um
pouco, desde a organização do empreendimento até a parte gerencial.
A experiência serviu como pontapé
inicial para investir também em seu
próprio negócio. Atualmente possui
quatro lojas franqueadas, uma escola de idiomas e lojas de varejo no
Distrito Federal e em Goiás.
Hudo nasceu no Paraná, onde
inaugurou seu primeiro empreendimento: uma escola de idiomas. Mudou-se para Brasília em 1995, aos
28 anos, em busca de novas oportunidades profissionais. Na capital
do País, trabalhou em diversas empresas, sempre como sócio ou proprietário. Formou-se em Direito pela
UDF, em 2007, pensando em montar
um escritório e trabalhar na área.
Tornou-se sócio em um escritório de
advocacia, mas não demorou muito
e deixou a sociedade. “O comércio
falou mais alto”, explica.
Morador do Plano Piloto duran26
te muitos anos, Hudo
mudou-se para Águas
Claras e viu que a cidade tinha um enorme
potencial de investimento. “Aproveitei a oportunidade para entrar no
mercado dessa cidade
com uma marca forte”,
destaca, explicando que
investiu em uma franquia
da marca Hering. “Em dezembro
de 2012 inaugurei no Águas Claras
Shopping a Hering Kids, destinada
ao público infantil”, afirma. Neste shopping ele abriu também a
primeira franquia de Brasília da
loja Morena Rosa e seu mais novo
empreendimento, a Hering Store,
inaugurada em maio. “É uma das
primeiras lojas do Brasil desenvolvida com o novo projeto arquitetônico
da rede”, explica. A primeira franquia de Hudo foi a Hering Star, em
Luziânia (GO).
O espírito empreendedor fez
com que Hudo investisse também
na área educacional. Além das lojas,
ele é proprietário de uma escola de
idiomas, a In Company, especializada em atender órgãos do governo
e empresas em geral. “Ofereço os
cursos nos locais de trabalho dos
alunos. Normalmente quem contrata são os órgãos do Governo Federal”, afirma.
Hudo destaca que para ser um
empresário de sucesso é preciso
ter garra, força de vontade e saber
lidar com o mercado. Em suas
lojas, possui em torno de 50 funcionários. “Para gerenciar é preciso
ter um pouco de inteligência emocional para administrar os conflitos”, diz ele.
Casado há dez anos com Patrícia Seixas Rodrigues Eitel e pai de
quatro filhos, ele conta com o apoio
da esposa para administrar seus
empreendimentos. “Ela cuida mais
das lojas, acompanha o dia a dia,
enquanto eu fico com a parte financeira”, destaca. Para ele, o segredo
do sucesso é dedicação, trabalho e
bom senso.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
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prevenção
Mais espaço
para a saúde
//Por Andrea Ventura
Cristiano Costa
Sesc-DF inaugura
espaço completo
para realização de
consultas e exames
a preços acessíveis,
com destaque para
mamografias e
ultrassonografias
O
s trabalhadores que frequentam o Sesc-DF diariamente podem comemorar.
O Sesc-DF inaugurou no
início de maio o Projeto Sesc + Saúde (Módulo de Assistência Integral
à Saúde), na unidade de Taguatinga
Norte. O local conta com atendimento
completo na área de saúde. Algumas
especialidades já estavam em funcionamento desde abril, antes da inauguração oficial, como cardiologia,
dermatologia, ginecologia, oftalmologia, além de odontologia. Mas a grande novidade é o programa de Atenção
à Saúde da Mulher, focado na prevenção e diagnóstico do câncer de mama
e de colo do útero. Na prática, o SescDF passou a oferecer exames de mamografia e ultrassonografia desde
maio. No ano serão oferecidos cerca
de 48 mil exames. Para as consultas
ginecológicas, a expectativa é realizar
10 mil ao ano.
O presidente do Sesc-DF, Adelmir
Santana, ressaltou a importância de
o Sesc-DF oferecer aos trabalhadores um espaço tão completo na área.
“Este bloco de saúde demonstra a
dedicação que o Sesc tem com os
trabalhadores, levando em conta a
28
O presidente do Sesc-DF, Adelmir Santana (à direita), e diretores inauguraram o
Módulo de Assistência Integral à Saúde, na unidade de Taguatinga Norte
deficiência que há nesse segmento”,
afirmou. Os exames e as consultas
são oferecidos a preços acessíveis,
basta que o paciente possua a carteira do Sesc-DF.
O Projeto Sesc + Saúde conta ainda com um andar dedicado à acupuntura, ioga e RPG. Na área de odontologia são realizados tratamentos em
clínica geral e nas especialidades de
endodontia, periodontia e odontopediatria. Nessa área são marcadas
cerca de 1,3 mil consultas por mês,
com atendimentos nos turnos matutino, vespertino e noturno. Ao todo
são seis consultórios dentários. Outra área ofertada é a nutricional. Por
meio do programa Passaporte para
a Saúde, são feitas avaliações físicas
e consultas com nutricionistas, além
de exames laboratoriais.
//Saúde no Sesc Taguatinga Norte
Área Médica
Exames de mamografia,
ultrassonografia e laboratoriais
Ginecologia
Cardiologia
Dermatologia
Oftalmologia
Clínica Médica
Área Odontológica
Endodontia
Periodontia
Odontopediatria
Clínica geral
Exames de raio X
@sescdf
/sescdistritofederal
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//discurso
Federação do
Comércio de Brasília
Discurso proferido pelo deputado Mauro Benevides,
dia 26 de maio, no Plenário da Câmara dos Deputados
E
m assembleia eleitoral, levada a efeito, recentemente,
vem de ser reeleito para presidir a tradicional Federação do Comércio de Brasília, o senador Adelmir Santana, que até bem pouco
exerceu mandato na outra Casa do
nosso Parlamento, ali evidenciando o seu incontestável espírito público e uma efetiva liderança entre
os seus Pares, sempre sintonizado
com as aspirações não apenas do
DF, mas, igualmente, de todo restante do nosso País.
Na tribuna e nas Comissões
Permanentes, ali, ele deixou patente perfeita sintonia com as causas
justas, defendendo os interesses
da Capital da República e de seus
habitantes, como maior legado de
sua porfia legislativa, testemunhada
pela mídia e por parte da própria comunidade brasiliense, sem discrepâncias de qualquer natureza.
Nas colunas do Jornal de Brasília, às segundas-feiras, os seus artigos enfocam aspectos emergentes
do Distrito Federal, comprobatórios
de sua vinculação permanente com
setores vitais de uma Metrópole,
considerada, com justa razão, Patrimônio Cultural da Humanidade.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Em recente comemoração, neste Plenário, do aniversário de uma
urbe sonhada por Dom Bosco e
concretizada graças ao idealismo de
Juscelino Kubitscheck de Oliveira,
ele esteve nesta nossa Casa, ocasião em que proferiu brilhante e veemente discurso, pondo à prova a sua
correta sintonia com os anseios de
todos os estamentos que aqui mourejam, muitos dos quais residentes
e conglomerados habitacionais das
Cidades Satélites.
Ao lado de demais membros na
diretoria da Fecomércio, Aldemir
Santana prossegue com a mesma
tenacidade, na busca da concretização de todas as postulações legitimas e justas, que despontam
com características de cumprimento inadiável, por parte dos Poderes Públicos.
Ao registrar a recondução do
ilustre empresário e homem público à testa da portentosa Fecomércio, auguro-lhe um desempenho
sempre retilíneo que há espelhado,
ali, num interessante trabalho em
prol do nosso País, sob aplausos da
aludida categoria econômica e de
quantos aqui labutam, oriundos de
outros recantos de nossa Nação.
Mauro Benevides,
Deputado Federal
(PMDB/CE), foi também
Senador e Presidente do
Senado (1991-1993)
29
//doses econômicas
A competitividade do
agronegócio brasileiro
A
agropecuária brasileira é
uma das mais eficientes do
mundo, tem elevada produtividade e custo competitivo. Em
2013, o saldo comercial do agronegócio foi de US$ 82,9 bilhões, com
as exportações atingindo a marca
histórica de US$ 100 bilhões, enquanto as importações foram de
apenas US$ 17,1 bilhões.
A expansão do agronegócio brasileiro no comércio internacional
ocorreu em um cenário de pesada
tributação dos produtos do setor,
no Brasil, e de “guerra comercial”,
com os países ricos adotando medidas protecionistas e subsidiando
fortemente os seus produtores.
A competitividade do agronegócio foi resultado da inovação e extraordinário aumento de produtividade. A produtividade média das
lavouras triplicou nos últimos 40
anos. A produção de grãos cresceu
384,3%, entre 1975 e 2014, para
um aumento de apenas 69,7% da
área plantada.
Hoje, o uso intensivo de tecnologia na produção caracteriza o setor.
As máquinas e equipamentos são
cada vez mais eficientes e cresce a
agricultura de precisão ou agricultura inteligente. Nos anos recentes
o uso de GPS - acoplado às plantadeiras, colheitadeiras e outros
implementos agrícolas - permite a
aplicação inteligente de fertilizantes, defensivos e outros insumos,
com dosagens ajustadas para cada
área da lavoura, reduzindo custos e
aumentando a produtividade.
Na área de pesquisa, novas variedades, mais produtivas e mais
resistentes às pragas e clima, foram desenvolvidas, tanto pela Embrapa, como pelas grandes empresas que atuam no setor. E, por sua
vez, a indústria de fertilizantes e
defensivos contribuiu com a diversificação de produtos e defensivos
mais seletivos e menos tóxicos.
O agricultor é o ator principal
desse sucesso e responsável pela
adoção de novas práticas no cultivo, que associam conservação e
aumento de produtividade. Merece
destaque a adoção do plantio direto e da rotatividade de culturas,
que melhora a qualidade do solo a
cada ano.
Em contraste com o sucesso
do agronegócio ressalta-se a baixa
competitividade da indústria brasileira. Dados de 2013 da Fundação
Centro de Estudos do Comércio
Exterior (Funcex) mostram que dos
20 setores industriais 13 são deficitários no comércio internacional e
apenas sete são superavitários. A
diferença entre os setores se deve
a dois fatores fundamentais: inovação e produtividade.
Cristiano Costa
José Luiz Pagnussat
Economista, Professor
da UDF e ENAP
Parceria:
30
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
capacitação
Semana de
Gastronomia
Espanhola
O
Senac promoveu no mês
de maio a 1ª Semana de
Estudos e Pesquisa da
Gastronomia Espanhola,
em parceria com o Instituto Cervantes. Entre os dias 19 e 23, a iniciativa
trouxe o chef espanhol Alberto Moya
para Brasília com objetivo de trocar
experiências com alunos e professores da instituição e oferecer aos brasilienses a oportunidade de conhecer
pratos de sua especialidade, nos
espaços pedagógicos do Senac.
Durante a visita, o chef fez um
jantar na Embaixada da Espanha em
Brasília para marcar o início da Semana, com a presença dos dirigentes
da parceria: o presidente do Senac,
Adelmir Santana; o diretor regional do
Senac, Luiz Otávio da Justa Neves; o
diretor do Instituto Cervantes, Pedro
Eusebio Cuesta; o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara
Hermoso, e demais convidados.
De segunda a sexta-feira, o público pôde apreciar no restaurante-escola do Senac, na Câmara dos
Deputados, uma variedade de pratos
espanhóis, desde a entrada, saladas,
pratos quentes, até a sobremesa. Nos
demais restaurantes da rede Senac,
foi servida uma paella, seguindo à risca a receita do chef Moya.
Nos dias 21 e 22, os alunos, professores e funcionários do Senac
puderam explorar o conhecimento do
convidado, por meio das aulas ministradas por ele na cozinha pedagógica
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//Por Luciana Corrêa
Senac e Instituto
Cervantes trouxeram
o chef Alberto Moya
para Brasília
Cristiano Costa
Chef espanhol Alberto Moya, durante uma aula prática ministrada aos alunos do
Senac-DF, na cozinha pedagógica da 116 Sul
da unidade da instituição, na 116 Sul.
Ele repassou informações sobre os
mais variados tipos de azeites espanhóis, que são sua especialidade, e
como harmonizá-los com cada prato.
Participaram aproximadamente 75
pessoas, nas cinco turmas ofertadas.
A Semana de Estudos e Pesquisa da
Gastronomia Espanhola se encerrou
dia 23 de maio com um almoço para
convidados no restaurante-escola na
Câmara dos Deputados.
O chef espanhol Alberto Moya
começou sua carreira profissional
na década de 1990, na Espanha.
Atuou em grandes restaurantes e
abriu empreendimentos próprios.
Hoje é chef e proprietário do res-
taurante Bogavante del Almirante,
em Madrid, fundado em 1999. Com
foco na comida mediterrânea, utiliza
produtos de temporada, da própria
horta e alimentos de pequenos produtores e pescadores da região.
O chef encerrou a Semana de
Gastronomia agradecendo. “Agradeço pela hospitalidade, simpatia e
pelo esforço de todos, em destaque
aos cozinheiros do Senac. Foi uma
grande experiência ver os produtos
que eu não conhecia”, concluiu.
@senacdf
/senacdistritofederal
31
Heranças
do mundial
// Por Sacha Bourdette
Autoridades e especialistas avaliam o resultado das obras realizadas para a
Copa do Mundo em Brasília, e como esse legado será aproveitado
32
Arte: Anderson Ribeiro
A
Copa do Mundo é um
grande estimulador
de investimentos em
diversos setores. Considerado o maior evento esportivo do planeta, esta é a segunda
vez que o Mundial acontecerá no
Brasil, mas a primeira no Distrito
Federal. A capital irá receber sete
das 64 partidas distribuídas pelas
12 cidades-sede. Para isso, foram
realizadas obras de mobilidade
urbana, como o Expresso DF Sul,
reforma de pontos turísticos, como
a Torre de TV, ampliação do aeroporto, aumento da segurança com
a instalação de câmeras, além da
construção do novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha
(ENB). Mudanças que ficarão de
legado após a competição.
A Federação Internacional de
Futebol Associado (Fifa) anunciou,
em outubro de 2007, que o País
seria a sede dos jogos e, de lá para
cá, gastos foram contabilizados em
Brasília. O orçamento dos empreendimentos foi assumido desde
a Matriz de Responsabilidade da
Copa, assinada em 2010, que contou
com financiamentos federais, da
iniciativa privada e do governo local.
Com a visibilidade mundial, projetos
foram desenvolvidos e concluídos,
e outros têm a promessa de serem
entregues perto do prazo final.
Para o economista e especialista em Finanças Públicas da
Universidade de Brasília, Roberto
Piscitelli, a Copa deixará reflexos
na economia e na sociedade. “Foi
criada uma grande expectativa
com relação ao evento e houve
uma dispersão dos recursos, sem
falar das ações que ficaram por
fazer, como o Veículo Leve Sobre
Trilhos (VLT). O Estádio de Brasília foi uma obra exagerada e dependerá de planos futuros para a
exploração em outras atividades.
Será um retorno em longo prazo e
que dependerá de parcerias para a
promoção de atividades culturais,
por exemplo”, afirmou.
Entretanto, para Piscitelli, o
evento é uma oportunidade de abrir
a cidade para o mundo. “Teremos
um fluxo maior de pessoas, o que
significa mais dinheiro circulando.
Haverá o aquecimento da economia
em diversos segmentos. A minha
expectativa é de que tenhamos benefícios futuros, como a melhora da
qualidade dos serviços. Espero que
se incorporem à cidade as ações de
mudanças e que revertam para a
população brasiliense”, conclui.
Fotos: Cristiano Costa
Palco da bola
Inaugurado em maio de 2013, o
Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha é uma arena multiuso com
capacidade para aproximadamente
71 mil pessoas em uma área de 1,6
milhão de metros quadrados. No interior dos 288 pilares que sustentam
a estrutura, restaurantes, bares, lanchonetes, área de lazer, camarotes e
espaço para a imprensa estão entre
os ambientes e serviços oferecidos.
Foram utilizados materiais recicláveis na obra e o que sobrou da demolição foi reaproveitado na construção
e em cooperativas de reciclagem do
DF. Para erguer o complexo, 15 mil
trabalhadores passaram pela obra
de mais de R$ 1,4 bilhão.
Contudo, segundo o último relatório divulgado em março pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal
(TCDF), o valor total da obra é R$ 1,6
bilhão. O tribunal calcula ainda que
o custo final poderá chegar a R$ 1,9
bilhão. Isso porque, ainda está prevista uma usina solar fotovoltaica no
teto do estádio, produção da comuni-
cação visual, instalação de um túnel
entre o Estádio e o Centro de Convenções, monitoramento e controle das
emissões sonoras da arena. O governo não incluiu os reajustes realizados
no contrato, além dos gastos para o
apoio na organização da Copa.
Questionado sobre o valor, o secretário Extraordinário da Copa em
Brasília, Claudio Monteiro, justificou
a auditoria do TCDF. “Não existem
irregularidades na obra do Estádio.
O relatório do tribunal é preliminar”.
A Coordenadoria de Comunicação
para a Copa, em nota, explicou que
“o valor do investimento no estádio
não aumentou para R$ 1,9 bilhão.
Destacamos que o investimento total
no Estádio Mané Garrincha é de R$
1,4 bilhão. Não houve aumento do investimento total no estádio. Recursos
para paisagismo e urbanização, referentes ao projeto de revitalização da
área central de Brasília, não podem
ser considerados custos da arena”.
Para o secretário, Claudio Monteiro, o complexo já deixa legado na
cidade. “A Secretaria coordena a atuação dos entes do governo e já vemos
resultados. Na área de formação
profissional foram criados 12 mil empregos diretos para o evento. Tivemos
um avanço substancial, mostramos
que temos a capacidade de expor a
capital, tanto para shows e eventos
esportivos. A sua localização também
é privilegiada”, contou.
O sociólogo e professor da Universidade Católica de Brasília, Luís
Otávio Teles, critica a construção da
arena. “Brasília não precisava de um
estádio desse porte. Os times do DF
estão na série D, além de não possuir
uma equipe com público expressivo.
Em média mil pessoas assistem a
uma partida de um time local, ou
seja, apenas 1% da capacidade do
Estádio Mané Garrincha estaria ocupada. No Campeonato Brasiliense,
ingressos foram vendidos a R$ 1. Por
isso, será necessário trazer eventos
maiores para mudar o rendimento
do local. Caso contrário ficará como
muitas outras obras, subutilizadas”.
33
Espaço
para
aterrissar
Cerca de 490 mil visitantes virão
a Brasília durante a Copa. Desse
total, 79 mil são estrangeiros, é o
que aponta pesquisa divulgada pelo
Ministério do Turismo. Para receber
a demanda de passageiros, um aeroporto com condições de atendimento
é fundamental. Ponto de chegada e
partida, o Aeroporto Internacional
Juscelino Kubitschek passou por
obras de reforma e ampliação. Considerado o terceiro maior do Brasil,
são investidos R$ 900 milhões nos
projetos de melhoria do espaço aeroviário da capital até a Copa. O terminal está sob o comando, desde março de 2013, do Consórcio Inframerica
que foi o vencedor do leilão para a
realização das mudanças. A empresa
irá operar até os próximos 25 anos.
O Chief Executive Oficcer (CEO)
da Inframerica, Alysson Barros Paolinelli, revelou como foram investidos os recursos de modernização.
34
“Estruturalmente, o aeroporto cresceu. Há uma área de embarque e
desembarque muito maior. Até a
Copa do Mundo, será uma exceção
o passageiro ter que usar os ônibus
para chegar até as aeronaves. São
duas novas áreas de embarque, píer
norte e sul. Essas áreas vão abrigar
80 lojas de vários segmentos e níveis.
Na operação de obras do aeroporto
trabalham aproximadamente cinco
mil funcionários”, explicou.
“Todas as obras do contrato de
concessão já foram entregues. O
novo viaduto de embarque, a parte
superior, foi duplicado, além de estar
disponível a sala vip de 1,5 mil metros
quadrados, maior da América Latina.
Com a Copa, conseguiremos chegar
a uma demanda de 21 de milhões
de passageiros. Facilidades como
wi-fi gratuito de alta velocidade e o
sistema Cute de check in já estão
implantadas, além da ampliação do
estacionamento. Já entregamos três
mil vagas, e a criação de uma área
coberta e mudança da tecnologia
disponível de pagamento e liberação
das cancelas começarão em breve”,
adiantou Paolinelli.
Entretanto, um relatório que
avaliou o desempenho operacional
dos aeroportos de janeiro a março
deste ano, realizado pela Secretaria
de Aviação Civil da Presidência da
República, apontou que o Aeroporto de Brasília está na 12ª colocação, de um total de 15 aeroportos
avaliados. No total, mais de 18 mil
pessoas pontuaram 41 itens que
vão de atendimento a alimentação.
O espaço de Brasília recebeu a pior
nota em transporte público, disponibilidade de bancos e velocidade na
restituição da bagagem. Os estabelecimentos comerciais receberam
notas baixas, assim como no valor
da alimentação.
Mobilidade e transporte público
No que tange à mobilidade urbana foram realizadas a readequação da DF-047 – estrada que liga o
aeroporto ao Eixão –, que custou R$
54 milhões, construção do viaduto
da W3 Sul, por R$ 20 milhões, e do
Expresso DF Sul, no valor de R$ 617
milhões. A Companhia Urbanizadora
da Nova Capital do Brasil (Novacap)
aplicou R$ 5,07 milhões nas ciclovias
do Eixo Monumental, as calçadas nos
Setores Hoteleiros Norte e Sul saíram por R$ 1 milhão e a reforma da
Rodoviária do Plano Piloto por mais
de R$ 8,13 milhões e dos viadutos
da área central de Brasília por R$ 90
milhões. O secretário de Estado de
Transporte Público do Distrito Federal, José Walter Vazquez, dá mais
detalhes. “A obra para a Copa em si
era a saída para o aeroporto e o balão
da Sarah, já concluídos e entregues.
Com relação à mobilidade entre o
Estádio e as localidades próximas,
terminamos a sinalização, e os deslocamentos poderão ser feitos inclusive por formas não motorizadas, a
pé ou de bicicleta. Toda a operação de
mobilidade já está pronta”.
Além disso, não estava programada para a Copa, mas ficará de
legado, a troca da frota de ônibus.
“Previstos desde 2009, os novos veículos darão um novo visual para o
meio urbano, renovados em quase
toda a sua integridade. Eles terão um
centro de controle operacional e GPS
integrados. Outra novidade será a
rodoviária para o Entorno que ficará
onde funcionava o antigo Touring
até o início da Copa, com 22 boxes.
O único projeto planejado e que não
foi entregue foi o VLT. Isso porque, a
Justiça impediu a realização. O Poder
Judiciário cancelou e proibiu que
usássemos o projeto original, pois
era necessário fazer acertos. Porém,
o VLT será retomado futuramente”,
contou o Vazquez.
“Para atender a Copa do Mundo,
a Novacap revitalizou calçadas e a
Rodoviária com limpeza dos banheiros, troca dos elevadores e escadas
rolantes, pintura e recuperação do
Buraco do Tatu. Os quiosques serão
distribuídos de maneira racionalizada na área. O Transporte Urbano do
Distrito Federal (DFTrans) modernizou as paradas de ônibus, assim
como a sinalização. Vale lembrar que
o viaduto do final da W3 Sul estará
pronto para a Copa. O Mundial será
um teste importante para Brasília
se preparar para ser uma capital de
eventos e receptivo e isso é importan-
te porque gera uma cadeia de empregos”, finalizou o secretário.
Porém, o especialista em transporte e professor da Universidade de
Brasília, Paulo César Marques, opina
sobre as obras. “O que foi realizado
foi menos do que se esperava. O
Expresso DF Sul ainda está na fase
experimental e funciona apenas em
alguns horários. Falta a integração
do transporte público do DF. O VLT,
por exemplo, gerou grande expectativa, mas ficou só na promessa. A obra
da DF-047 ajudou a eliminar um gargalo, mas considero que o avanço no
transporte seja não depender de carro para se locomover. Com relação às
ciclovias não há ligação entre alguns
trechos, além de faltar sinalização,
iluminação e uma campanha de
conscientização para promover mais
segurança. O turista vai conseguir ir
até o Estádio, aeroporto e hotéis, mas
quem ficar por aqui vai encontrar as
mesmas dificuldades para utilizar
transporte”, avaliou.
35
Centro de
segurança
Na área de segurança, Brasília contará com o
Centro Integrado de Comando e Controle Regional
(CICCR) que abrigará representantes de 41 órgãos
de segurança com poder decisório do governo local e federal. O Centro é composto de um telão de
última geração, com registros de visão noturna de
alta definição e recurso de isolamento eletrônico
que consiste em identificar objetos estranhos. O
monitoramento será 24 horas e em tempo real. O
equipamento irá apoiar e coordenar as ações de
segurança pela cidade.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do DF, coronel Paulo Roberto de Oliveira, a
unidade garantirá que todos aproveitem os jogos
despreocupados. “O Centro será o receptor de todas as 160 câmeras sofisticadas que irão compreender as áreas do Palácio do Planalto até o Museu
do Índio. Será realizado um videomonitoramento
das áreas Sul e Norte que envolvem principalmente
a Rodoviária e a Torre de TV. Haverá também a instalação de câmeras em Taguatinga, em decorrência
do Fan Fest – evento com programação cultural
e transmissão dos jogos por telões. Com isso, a
Copa deixará de legado mais de 200 câmeras para
a vigilância da capital, em operação desde o final de
maio”, afirmou.
Para a segurança foram investidos aproximadamente R$ 160 milhões – entre compra de equipamentos, viaturas, treinamentos e aulas para os
10 mil agentes de segurança. Com os sistemas de
monitoramento foram gastos R$ 24 milhões. “Até o
fim do ano está prevista a instalação de mais de 835
câmeras em todas as Regiões Administrativas do
DF”, contou o secretário.
O professor e pesquisador em Segurança Pública da Universidade Católica de Brasília, Nelson
Gonçalves, avalia o sistema. “Espero que os investimentos gerem resultados, pois todas as forças de
segurança receberam treinamento e será necessário que eles deem respostas adequadas. Como
estão previstas manifestações, o cuidado deverá
ser redobrado. A estrutura do Centro de Segurança
conta com alta tecnologia e preparação, mas deverá
ser utilizada com o máximo de eficiência para que
não fique apenas no discurso. A minha expectativa
é que o monitoramente se reflita no combate ao
crime e às ações de vandalismo”.
36
Turismo e revitalização
Para receber o fluxo de pessoas
durante o evento, foram elaborados
alguns projetos de receptividade
turística. O secretário de Turismo
do DF, Luis Otávio Neves, detalha
as ações de mais de R$ 4,3 milhões.
“Estamos preparando Brasília não só
para receber o turista, mas o próprio
brasiliense. Ao longo desses três
anos conseguimos que Brasília fosse
a primeira unidade da Federação a
ter uma lei de política de turismo,
aprovamos no ano passado uma lei
de transporte turístico. Na infra-estrutura aumentamos o número de
Centros de Atendimentos, os CAT’s,
de dois para sete pontos fixos, e
dois CAT’s móveis que custaram R$
339 mil. A reforma da Torre de TV,
feita pela Novacap, custou R$ 15,2
milhões, e do Centro de Convenções
Ulysses Guimarães, que irá receber
o Centro de Mídia e central de distribuição de tíquetes para as partidas.
Também foram instaladas 1.219
placas turísticas pela cidade, orçadas
em mais R$ 1,2 milhão”, detalhou.
Além disso, a Secretaria de Turis-
mo desenvolveu, em parceria com a
Secretaria de Publicidade Institucional do DF, o aplicativo para celulares,
chamado Turismo Brasília. O sistema
disponibiliza informações turísticas,
restaurantes, e programação cultural
em três idiomas (português, inglês
e espanhol). “Na área de tecnologia
teremos também em funcionamento
o dispositivo iBeacon, que transmite
informações quando o usuário se
aproxima de um ponto turístico”, explicou Neves.
Depois da Copa, próximas atrações já estão programadas. “Conseguimos a captação de outros
eventos para Brasília com os investimentos. Seremos a sede, em 2016,
do WCIT, evento de tecnologia da
informação, do Fórum Mundial da
Água, em 2018, Jogos Mundiais Universitários, em 2019. Fizemos um
trabalho de divulgação pelo mundo
tendo Brasília como destino turístico. Vale ressaltar que qualificamos
mais de 2,3 mil pessoas, um ganho
para a cidade”, concluiu.
De acordo com a professora e
doutora em Turismo da UnB, Marutschka Moesch, a forma de acolher
o turista será o desafio. Para ela,
Brasília tem uma capacidade muito
grande e foram realizados grandes
investimentos; sua maior preocupação é que o setor empresarial, junto
com o governo, garanta que a movimentação faça com que o turista se
sinta seguro e bem acolhido.
“Se formos fazer uma análise, a
infraestrutura e a oferta de lugares a
serem visitados não bastam para se
garantir que haja boas atrações e informações. Destaco que o atendimento é primordial. Temos que lembrar
que em grandes eventos a inflação
sobe, e quem vier para a Copa não
necessariamente virá para aproveitar
as atividades turísticas. Por isso, acolher desde o aeroporto até o hotel será
fundamental, pois a proposta é fazer
com que aquele turista volte ao País.
Não podemos deixar que a improvisação seja a base para o desenvolvimento de uma área tão importante que
gera crescimento para a economia,
como o turismo”, explicou.
Maior parque do mundo
O Parque da Cidade Dona Sarah
Kubitschek é um dos lugares que
também receberam investimentos
para a Copa. Considerado o maior
parque urbano do mundo, com 4,2
quilômetros quadrados, o local
abriga diversas opções de atividades recreativas, além de possuir
áreas de estacionamento que servirão para os sete jogos em Brasília.
A sua localização é privilegiada, fica
ao lado do Estádio e próximo aos
setores hoteleiros.
De acordo com o administrador
do Parque da Cidade, Paulo Dubois,
as obras estão em ritmo acelerado
e ficarão prontas até a competição.
“Todo o alambrado do parque está
sendo trocado, sete dos 13 estacionamentos receberão iluminação
de led, 13 câmeras de vigilâncias
serão instaladas, além de um novo
acesso de veículos na 912/913 Sul
para melhorar o trânsito na região.
As pistas internas e externas também receberam acabamentos. As
ações ficarão de legado para a população. Foram investidos mais de
R$ 4,3 milhões”, explicou.
Durante os dias de jogos em
Brasília, os torcedores que estacionarem o carro no Parque da Cidade,
portando ingresso para a partida,
contarão com transporte gratuito
até área próxima ao Estádio. O ônibus fará o trajeto de ida e volta em
aproximadamente oito minutos. A
sinalização das paradas será por
meio de totens espalhados pelo
parque. A linha especial de número
109.2 circulará 4 horas antes do jogo
e até 3 horas após. O sistema está
previsto na Lei nº 5.104, de 2 de maio
de 2013, que dispõe sobre as regras
de serviços e produtos para a Copa.
37
Bicicletas compartilhadas
Já imaginou pedalar pela capital alugando uma bicicleta? O
sistema será implantado na cidade
para a Copa do Mundo. Brasília,
possui atualmente 400km de ciclovias, mas a previsão é de que até o
fim do ano alcance 600km. O secretário de Governo do DF, Gustavo
Ponce de Leon, explica como vai
funcionar: “Temos a maior malha
cicloviária do Brasil. O objetivo
do sistema é incentivar o uso das
bicicletas compartilhadas em que
o usuário poderá usar e devolver.
Para isso, basta se cadastrar na
empresa fornecedora das bicicletas, a Serttel, com um custo anual
de R$ 10. Com 1h de uso não haverá custo, após esse tempo o usuário pagará R$ 5 por hora. É possível utilizar por mais tempo se a
pessoa devolver o veículo e esperar
15 minutos para retirar outra sem
custo adicional. O sistema começou a funcionar no último dia 28”.
No total, serão 40 estações
distribuídas em pontos estratégicos da cidade, com 400 bicicletas.
“Durante os dois primeiros anos,
o serviço funcionará somente no
Plano Piloto, mas deve ser estendido para todo o DF. Será um teste
para avaliar o compartilhamento
do veículo. Todos os postos serão
abastecidos com energia solar.
Para o turista será uma excelente
opção. As placas dos postos terão
mapas e informações em inglês
e espanhol. Além disso, foi criado
o aplicativo para celulares com
roteiros para bicicleta, chamado
Ciclovida DF” explicou Leon.
//Por dentro do sistema
//Por Luciana Corrêa
O Senac-DF desde 2011 está realizando cursos voltados para a Copa de 2014. São vários segmentos como
hotelaria, gastronomia, turismo, comércio, idiomas, beleza.
A seguir alguns dos cursos mais ofertados: Camareira em Meios de Hospedagem, Recepcionista em Meios
de Hospedagem, Organizador de Eventos, Confeiteiro, Atendente de Lanchonete, Garçom, Cozinheiro,
Comida de Boteco, Pizzaiolo, Sushi/Sushimi, Qualidade no Atendimento ao Cliente, Inglês Aplicado a
Serviços Turísticos, Inglês Básico, Inglês Intermediário, Espanhol Aplicado a Serviços Turísticos, Espanhol
Básico, Libras, Maquiador, entre outros.
O Senac-DF já qualificou 3.119 alunos, no período de 2011 a abril de 2014.
38
//vitrine - Copa do Mundo
Futebol é uma das paixões nacionais. De quatro em quatro anos, a nação se une para torcer pela
Seleção Brasileira. Copa do Mundo é época de vestir as cores da bandeira. Por isso, selecionamos
alguns produtos para você fazer bonito durante os jogos.
Raphael Carmona
Dream Team Sombra para
Cabelos Capricho – O Boticário
Disponível em duas cores:
Green Celebration e Yellow
Celebration
Raphael Carmona
R$
25,99
Moletom cropped - Farm
Farm Brasília Shopping,
Park Shopping e
Shopping Iguatemi
Kit Copa – Frutacor
(61) 3326-6464
R$
159
Raphael Carmona
A partir
de R$ 145
Kit Infantil Stadium – Agittus
Calçados, bola de futebol de
campo, caneleira e meião de
futebol
R$
59,90
Chinelo
Havaianas
Seleções
Preço
sugerido
R$
31,99
Gol de placa
no comércio
//Daniel Alcântara
Gasto dos 490 mil visitantes no DF durante os
jogos deve ser de R$ 887 milhões
O
comércio de todo o País
espera um aumento
substancial nas vendas
no período da Copa Do
Mundo da Fifa, com início marcado
para o dia 12 de junho. Em Brasília
não está sendo diferente. O Ministério do Turismo aponta que o DF será
o segundo destino a atrair mais turistas durante o torneio. São esperados mais de 490 mil visitantes no período. Eles devem deixar cerca de R$
887 milhões na cidade e, com isso,
os lojistas esperam faturar 34,11%
a mais durante a competição, de
acordo com dados divulgados pelo
Instituto Fecomércio DF.
“A Copa do Mundo trará muitas
vantagens. Uma delas é o aquecimento na área de turismo e comércio. No entanto, para evitar o
gol contra, será necessário atender
bem os visitantes e oferecer um
serviço de qualidade. Quem sabe,
assim, o ano de 2014 nos surpreenda positivamente. Essa é a aposta”,
explica o presidente da FecomércioDF, Adelmir Santana.
De acordo com Adelmir, os visitantes estrangeiros que estarão
no País durante a Copa do Mundo
desejam mais do que assistir aos
jogos. “Os empresários sempre são
otimistas em relação as expectativas de vendas em datas especiais e
com o Mundial não seria diferente.
Raphael Carmona
“Alguns
produtos já
acabaram;
mas acredito
que vamos
faturar mais”
Maria José Rodrigues
Gerente da Festiva
40
Cristiano Costa
Cada pessoa que vem sempre leva
presentes para si e para os amigos
e parentes que ficaram nos seus
países de origens, além de querer
aproveitar a culinária e cultura típica local. Então o comércio precisa
aproveitar a oportunidade para aumentar o faturamento das empresas”, aponta Adelmir.
De acordo com estudo do Sebrae, as micros e pequenas empresas de todo o País também estão
com o fluxo de caixa maior, antes
mesmo de a bola rolar. Desde o início de 2011 até agora, os pequenos
empresários faturaram cerca de R$
370 milhões em negócios e a expectativa é de que sejam gerados R$
500 milhões para essas empresas
até o fim da competição.
//Restaurantes
A empresária Bárbara Ferreira,
uma das proprietárias do restaurante
Delícia Brasil, localizado no Setor Comercial Sul, diz estar animada com
o evento esportivo e cogita um aumento no lucro. “Espero ter uma alta
na movimentação. A localização do
meu comércio é muito privilegiada,
próxima ao Estádio e ao lado do Setor
Hoteleiro Sul, onde os turistas vão se
concentrar. Será uma oportunidade
de mostrar a culinária brasileira para
eles”, diz Bárbara, que inaugurou o
espaço no início do mês de maio.
Os sócios Ivan e Raoní Castro, do
restaurante Due Trattoria e Bruschetteria, na 209 Norte, foram além
e montaram um prato exclusivo para
o mundial. Durante o jantar, eles
oferecem o Gnocchi Verdeoro, idealizado em homenagem ao apelido
carinhoso que os italianos dão à seleção brasileira de futebol. A refeição
é apresentada com nhoques de ricota
com espinafre ao pesto de amêndoas
com parmesão. Segundo eles, a expectativa é de casa cheia durante os
jogos na capital.
“Estamos animados e esperançosos com o fluxo de turistas. Na
Copa das Confederações, no jogo
realizado aqui no DF, nós tivemos
um movimento bem interessante;
recebemos muitas pessoas de São
Paulo que encheram o restaurante.
Espero que na Copa a gente consiga
repetir esse sucesso”, exalta Raoní.
A receita italiana com as cores do
Brasil sai por R$ 39. O empresário
diz ainda que a casa investiu em
cardápios em várias línguas para
atender a todo o tipo de público.
“Nunca vivenciamos um evento desse porte, então tentamos inovar de
todas as formas. O cardápio da casa
está disponível em cinco línguas:
“Estamos animados
e esperançosos
com o fluxo de
turistas que
estarão na cidade”
Ivan e Raoní Castro
Proprietários do Due Trattoria
41
Raphael Carmona
italiano, francês, alemão, inglês,
além do português. Só fico triste por
um motivo: a Copa do Mundo durará
apenas um mês”, brincou Raoní,
que já garantiu seus ingressos para
assistir aos jogos da seleção.
//Figurinhas
Um bom exemplo disso é o comércio de figurinhas e álbum da
Copa. Com tantos colecionadores,
cresceu também o número de pontos de trocas de cromos, fazendo
com que as bancas de revistas
tenham cada vez mais clientes que
chegam a gastar de R$ 200 a R$
300 para completar o álbum. Na
106 Norte, principal ponto de troca
da cidade, a movimentação é grande. Rodrigo Brito, um dos proprietários do estabelecimento, conta
que o local reúne mais de mil pessoas por dia. “O sucesso é tanto que
até o Detran apareceu aqui para
coordenar o tráfego de veículos
na entrada da quadra residencial.
Passa mais gente aqui na banca do
que em qualquer restaurante na
hora do almoço”, explica Rodrigo,
que junto com seu pai, José Brito,
organizou as trocas e as vendas de
colecionadores por três copas seguidas. “A época do mundial é realmente muito lucrativa. Agora que o
torneio vai ser organizado no Brasil,
estamos tendo uma procura maior
do que nas outras Copas. Para ter
uma dimensão, compramos 20 mil
figurinhas por semana e vendemos tudo”, explica Rodrigo. Com a
procura excessiva por cromos de
jogadores específicos, eles decidiram inovar e vender as figurinhas
separadamente. O pacote com cinco sai a R$ 1 e as figurinhas avulsas
custam R$ 0,30. “Foi uma forma de
ajudar o cliente que sempre procura uma figurinha distinta”, diz.
42
//Enfeites
Os armarinhos e lojas de artigos
de decoração também aproveitam
o clima do torneio e faturam com
vendas de chapéus, bandeirinhas de
carro, fitas, adesivos, bolas decorativas e outros itens. Na Festiva, na 506
Sul, o investimento em estoque foi
de mais de R$ 200 mil para atender
à demanda. Porém, a gerente da
loja, Maria José Rodrigues, diz que
as vendas só vão bem se a seleção
progredir no torneio e ir até às finais.
“Nossas vendas dependem dos
resultados dos jogos. Se o Brasil
vencer, o sucesso é certo”, diz Maria
José, que em tom de brincadeira
afirma que a seleção não vai muito
longe. “Acho difícil o time passar da
primeira fase, mas vamos torcer
para ser campeão, para vendermos mais”, brincou. No estabelecimento, os compradores podem
encontrar mais de 400 artigos relacionados com a Copa e à Seleção
Brasileira de Futebol. “Alguns produtos já acabaram; a procura está
crescendo, mas acredito que vamos
faturar mais depois do início do
evento”, aposta.
“O sucesso é tanto
que até o Detran
apareceu aqui
para coordenar
a entrada da
quadra”
Rodrigo Brito
Proprietário da Banca da 106 Norte
Cristiano Costa
Cultura
em dias
de jogos
José Medeiros
N
//Por Andrea Ventura
O Sesc preparou intensa
programação cultural para a
época da Copa do Mundo
Beto Barata
Kazuo Okubo
Fotos da exposição: Imagens de uma paixão - o futebol no imaginário popular do Centro-Oeste brasileiro
em só de futebol é
feita a Copa de Mundo. O Serviço Social
do Comércio (Sesc)
preparou intensa programação cultural para a época do
mundial de futebol para os moradores do Distrito Federal e também
para os turistas que virão assistir
aos jogos na cidade. Há shows,
peças de teatro e exposições. “Ao
definir a agenda, O Sesc levou em
consideração a magnitude do evento
esportivo e sua capacidade de gerar
impactos positivos, que concorrem
para expressiva visibilidade internacional do nosso País, em especial de
Brasília”, afirma o diretor do SescDF, José Roberto Sfair Macedo.
A programação começa com
shows do cantor Moraes Moreira
nos dias 13 e 14 de junho nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia, sempre às 20h30. Para os dois
dias de apresentação, espera-se 9
mil pessoas. Haverá também, nos
dias 20 e 21 de junho, às 21h, no teaREVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
tro Sesc Garagem (913 Sul), show da
dupla Kleiton e Kledir.
Para quem gosta de teatro, o
Sesc traz nos dias 18, 19 e 20 de junho a montagem da peça A Falecida,
nos teatros Sesc Garagem (913 Sul)
e Paulo Autran (Taguatinga Norte),
às 20h30. Com direção de Marco
Antônio Braz, a peça tem como protagonista a atriz Lucélia Santos. Prevista também para o mês de junho
está a montagem O Auto da Compadecida, do Grupo Sesc de Pesquisa
Cênica. Ainda no campo das Artes
Cênicas, no início de junho, dias 6 e 7
ocorre a apresentação da peça Einstein, no teatro Sesc Paulo Autran, às
20h. O espetáculo completa 12 anos
no Brasil e já esteve em mais de 350
cidades brasileiras.
O Sesc também trará para a
cidade exposições, como a Construtores de Brasília, que homenageia
homens e mulheres que participaram da construção da capital. A
mostra acontecerá em junho. A
grande paixão nacional também
será retratada em uma exposição.
Com o tema Imagens de uma paixão
- o futebol no imaginário popular do
Centro-Oeste brasileiro, a mostra
ocorre durante todo o mês de junho,
na galeria do espaço cultural Ary
Barroso (Sesc Estação 504 Sul).
Com as tradicionais comidas e
atrações típicas, o Sesc-DF também
terá festas juninas em suas unidades de Ceilândia, Gama, Guará, 913
Sul, Samambaia, Taguatinga Norte
e Sul. As festas serão de 31 de maio
a 14 de junho. A expectativa é de que
cerca de 20 mil pessoas compareçam às comemorações.
@sescdf
/sescdistritofederal
43
Hospedagem
alternativa
//Por Raíssa Lopes
Altos preços e pouca oferta fazem com que
surjam diferentes opções de estada na cidade
B
rasília é uma das cidades
sedes da Copa do Mundo
de 2014 e receberá sete
partidas, incluindo a disputa do terceiro lugar e um jogo da
Seleção Brasileira na primeira fase.
Com isso, pessoas do mundo todo
estarão na cidade. Com os altos
preços e poucas ofertas de quartos
nos hotéis, uma opção é buscar por
hospedagens alternativas.
Pesquisa do Ministério do Turismo mostra que do total dos
5,67 milhões visitantes internacionais que estiveram no Brasil
em 2012, 44,2% deles, ou seja, 2,5
milhões escolheram algum tipo
de hospedagem alternativa para a
sua estada no país. Os albergues/
hostels e campings abrigaram
278,1 mil estrangeiros, as casas
alugadas outros 675,4 mil e as
casas de amigos e parentes mais
1,58 milhão de visitantes.
Com isso em mente, a Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF)
implementou, em 2013, o Programa de Hospedagem Alternativa
Cama e Café, que visa a ampliar
a oferta de hospedagem a preços mais modestos e valorizar a
participação dos moradores da
cidade no receptivo. Em Brasília, o
programa é administrado pela Associação de Dirigentes de Vendas
e Marketing do Brasil (ADVB-DF).
Fotos: Raphael Carmona
“Já recebi um
advogado de
São Paulo e a
experiência foi
muito agradável”
Clarice Bucar
Integrante do Cama e Café
44
“O programa
existirá enquanto
houver turistas
vindo para a
nossa cidade”
Newton Garcia
Presidente do Conselho da ADVB-DF
Todos os moradores do Distrito
Federal podem participar, desde
que cumpram as determinações
do programa: o locatário deve permanecer na residência durante a
estadia do visitante, deve se proprietário do imóvel, pode oferecer
até três quartos com até três camas
em cada um deles, deve oferecer
serviço de café da manhã e limpeza
das instalações. A inscrição deve ser
feita pelo site do programa. As casas
passam por análise antes de serem
aprovadas. Sugere-se que a diária
custe entre R$ 80 e R$ 250. Segundo
a ADVB-DF, até o fim de maio, 200
residências já estavam no portal do
Cama e Café e o site já havia recebido 371 pré-reservas de turistas para
os meses de março, junho, julho e
agosto. Há reservas de diversos países e estados brasileiros.
O programa começou de forma
efetiva em março deste ano e algumas pessoas da cidade já receberam hóspedes. A aposentada Clarice
Bucar, 68 anos, resolveu participar
para conhecer pessoas novas. “Meu
filho foi quem me falou sobre o programa. Já recebi um advogado de
São Paulo e a experiência foi muito
agradável. Espero que o programa
continue após a Copa do Mundo”,
conta. De acordo com o presidente
do conselho da ADVB-DF, Newton
Garcia, o Programa de Hospedagem
Alternativa Cama e Café foi lançado
para atender aos turistas durante a
Copa do Mundo, mas deverá continuar após o mundial. “O programa
existirá enquanto houver turistas
vindo para a nossa cidade e querendo se hospedar em residências”,
afirma Newton.
Outras opções – O Cama e Café
não é a única alternativa para quem
busca hospedagem alternativa em
Brasília para a Copa do Mundo. Os
hostels – forma de hospedagem
planejada para que as pessoas se
encontrem nos lugares comuns,
como o living e as salas de estar e
de descanso – são uma boa opção.
O Hostel 7, localizado na Asa Norte,
foi construído há um ano nos moldes
internacionais. De acordo com um de
seus proprietários, André Perodto, a
lotação está quase esgotada para o
período do mundial de futebol e 70%
das reservas são de estrangeiros.
Alguns motéis da cidade também se preparam para o período. É
o caso do Playtime, localizado em
Taguatinga. “Iremos tirar os produtos eróticos dos quartos e oferecer
café da manhã”, conta a gerente,
Neuma Magalhães. A hospedagem
é somente para maiores de 18 anos.
As pessoas devem deixar a chave na
recepção do estabelecimento. Uma
das vantagens de se hospedar em
um motel é que a cozinha funciona
24 horas. Segundo a gerente, o Playtime já tem reservas para o período
do mundial.
Há pessoas que preferem economizar e ficam na casa de amigos
e parentes. O adido de turismo da
Embaixada de Honduras no Brasil, Fernando Callejas, irá receber
duas famílias de espanhóis e sete
hondurenhos em sua residência no
Lago Norte. Depois de Brasília, irão
viajar para Porto Alegre, Curitiba
e Rio de Janeiro, onde também se
hospedarão em casa de amigos. “A
expectativa é que, além de acompanhar os jogos da Copa, meus
amigos conheçam um pouco deste
País que é tão lindo”, afirma Callejas. Segundo o adido, mais de dois
mil hondurenhos virão para o Brasil
no período do mundial. O país da
América Central jogará em Curitiba, Porto Alegre e Manaus.
Uma opção cada vez mais procurada é o Airbnb - serviço online
comunitário para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem
acomodações. Pelo site, é possível
alugar uma residência inteira, um
quarto inteiro ou um quarto compartilhado. Há diversas opções de
acomodação no site para a época da
Copa do Mundo.
45
Em dias
de jogos
A
A cidade se prepara para a Copa
do Mundo - veja o que abre, fecha
e como chegar ao Estádio durante
o mundial
//Por Andrea Ventura
grande festa se aproxima. Os torcedores esperam ansiosos
pela Copa do Mundo. Brasília se prepara para receber os
turistas que visitarão a cidade durante o mundial de futebol.
Com a grandiosidade do evento, surge a dúvida de como a
cidade vai funcionar – lojas abertas ou fechadas, como será o trânsito na
região durante os jogos que acontecerão na cidade? A Revista Fecomércio-DF esclarece essas dúvidas a seguir:
Ambulantes
Bares
O presidente do Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do Distrito Federal, Bartolomeu
Gonçalves Martins explicou que normalmente em grandes eventos, como Carnaval, por exemplo, as
Administrações Regionais expedem autorização para o funcionamento de ambulantes. “Mas na Copa
do Mundo vai ser diferente. O Governo resolveu terceirizar todos os serviços e não deu autorização
para trabalharmos”, aponta. O GDF esclarece que o comércio ambulante não será permitido no
perímetro de dois quilômetros do Estádio.
Quem não vai ao estádio e pretende assistir aos jogos em um dos 10 mil restaurantes disponíveis
na cidade, deve se informar com antecedência se o estabelecimento estará aberto durante os jogos.
De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília
(SINDHOBAR-DF), Clayton Machado, os bares e restaurantes têm autonomia quanto à abertura e
fechamento dos seus estabelecimentos. Entretanto, após acordo com o Governo do Distrito Federal,
os locais devem respeitar o limite de fechamento que deve ser até 1h da manhã, de domingo a quintafeira, e até às 2h, às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriados. Essa medida vale apenas para a
região central de Brasília. As demais Regiões Administrativas têm o seu próprio acordo, segundo a
necessidade de cada local.
“O setor vem amargando um crescimento fraco há um ano e meio. Por isso, a Copa seria uma
oportunidade para recuperarmos as perdas sofridas. Entendemos que o segmento deveria ter um
tratamento diferenciado em seu horário de funcionamento”, questiona Clayton. O presidente lembra
que foram investidos milhões em melhorias para a Copa e o setor foi deixado de lado. “O governo
fez vista grossa para um segmento que é formado por 10 mil estabelecimentos e emprega 100 mil
trabalhadores”, revela.
46
Varejo
Já o segmento do comércio varejista enfrentou um impasse entre os empresários e os trabalhadores,
no mês que antecedeu a Copa. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal
(Sindivarejista-DF), Edson de Castro explicou que no caso das lojas de rua, o fechamento deveria ser uma
hora antes dos jogos e depois permaneceria fechado, já que o horário de término das partidas passaria das
18h. Já a categoria dos empregados argumentou que o comércio deveria fechar três horas antes dos jogos.
“O comércio não pode fechar e nem deve. Seria um prejuízo para os comerciantes. Afinal, serão cerca de
R$ 900 milhões em circulação durante a Copa”, explica. No caso dos shoppings da cidade, fecharão uma
hora antes dos jogos e alguns devem abrir após as partidas. A decisão do comércio só vale para os dias em
que houver jogos com a participação do Brasil. Nas demais partidas o funcionamento será normal.
Transporte
Estacionamentos públicos
Nos dias de jogos da Copa do Mundo, o GDF determinou algumas estratégias,
que já foram testadas na Copa das Confederações, em junho de 2013.
Serão disponibilizadas três áreas para os torcedores: no Parque
da Cidade, na Rodoferroviária e na plataforma superior da
Rodoviária do Plano Piloto. Essas áreas receberão serviço de
ônibus especiais para o evento. Os torcedores serão deixados
em um ponto localizado a cerca de 400m do Estádio Nacional
Mané Garrincha, entre a Torre de TV e a Funarte, na via de
ligação entre a N1 e S1 do Eixo Monumental. Para as pessoas
com mobilidade reduzida, o acesso será por meio de um
estacionamento exclusivo, localizado entre a W4 e a W5 Norte,
perto no Colégio Militar. No local haverá ônibus adaptado para o
transporte até um ponto de acesso ao Estádio.
Quem preferir seguir a pé até o Estádio, poderá fazê-lo a partir
dos setores hoteleiros Sul e Norte e pelas quadras residenciais
localizadas no início das quadras das Asas Sul e Norte. O Estádio
está localizado na região central da cidade, a 1,8 km da Rodoviária
de Brasília e da Estação Central do Metrô. Já os torcedores que
optarem pelo transporte público, é possível chegar de metrô ou
ônibus pela Rodoviária de Brasília e seguir a pé ou pela Linha
Circular Rodoviária/Estádio.
Os táxis poderão chegar ao entorno do Estádio, por meio do Setor
Hoteleiro Sul, em ponto localizado no Complexo 21. Somente
neste ponto será permitido embarcar ou desembarcar, com
exceção dos portadores de mobilidade reduzida que contarão com
veículos credenciados, que os deixarão dentro do perímetro de
segurança do estádio. Nos dias de jogos serão oferecidas linhas
de ônibus gratuitas. Os demais itinerários destinados ao público
espectador serão tarifados normalmente, com cobrança de
passagem dentro do veículo. O funcionamento será desde 4 horas
antes do início das partidas até 3 horas após o encerramento. A
linha aeroporto será ampliada, com horários mais frequentes, de
acordo com o plano de mobilidade durante a Copa.
Ônibus
Linhas gratuitas:
• Linha Especial para Pessoas
com Mobilidade Reduzida, a
cada 15 minutos;
• Linha Especial Rodoviária/
Estádio, a cada 5 minutos;
• Linha Especial Rodoviária/
Estádio/Rodoferroviária, a
cada 15 minutos;
• Linha Especial Parque da
Cidade, a cada 5 minutos.
Linhas pagas:
• Linha 0.104 Setor de Hotéis
de Turismo Norte (SHTN)/
Rodoviária, a cada 20
minutos (R$ 1,50);
• Linha 0.102 Aeroporto/
Rodoviária, a cada 30
minutos (R$ 2);
• Linha 108.8 Rodoviária
Interestadual/Rodoviária, a
cada 30 minutos (R$ 2);
• Linha Executiva 0.113
Aeroporto/Setores
Hoteleiros, a cada 10
minutos (R$ 8).
Metrô
• A tarifa do metrô é de R$
3 em dias úteis e de R$ 2 aos
sábados, domingos e feriados.
47
48
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
49
//direito no trabalho
R
ecentemente foi veiculada
notícia de que uma grande
loja de varejo foi condenada por uma das varas do trabalho
de Brasília a pagar indenização a
trabalhador, em razão de ter sido
exigida dele a apresentação de
Certidão de Nada Consta de Antecedentes Criminais no processo
de seleção para a vaga de auxiliar
de loja. A respeito da notícia, é importante esclarecer que da referida
decisão cabe recurso ainda, não
sendo, portanto, definitiva.
Por outro lado, é importante
destacar que tanto o TRT 10ª Região, quanto o Tribunal Superior
do Trabalho (TST) entendem que
excepcionalmente pode se exigir
a certidão de antecedentes criminais quando o cargo ou profissão
demandar pessoa de extrema confiança, mas tão-somente nesses
casos, sob pena de restar caracterizada a prática discriminatória e
ofensiva à dignidade humana, privacidade e intimidade, pois se houver inquérito policial ou ação penal
em trâmite, a certidão será positiva
ainda que o réu futuramente venha
a ser julgado inocente.
Contra tal entendimento, há
vários argumentos, podendo ser
citados: os dados contidos na cer-
50
tidão são de domínio público; se a
certidão for exigida de todos, não
há como caracterizar postura discriminatória; o contrato de trabalho é personalíssimo e lastreado
no fator confiança; tanto é comum
tal exigência que o próprio serviço
público exige certidão negativa de
antecedentes criminais.
Além disso, a Lei 9.029/1995
que proíbe as práticas discriminatórias no ato admissional de empregado nada fala a respeito da exigência de certidão de antecedentes
criminais. No entanto, em recente
julgamento, o TST sustentou que
“embora o preceito não alcance,
em sua enumeração, a situação em
foco, pode-se entrever, no seu claro
intuito, a efetividade dos princípios
e garantias constitucionais que
protegem contra a discriminação e
valorizam a intimidade, vida privada
e honra dos trabalhadores, assim
autorizada a sua evocação, mesmo
que a título de analogia”, estendendo, portanto, a previsão legal.
Assim, os empresários devem
tomar cuidado ao exigirem certidão
negativa de antecedentes criminais
ao contratar, pois, dependendo do
cargo a que o trabalhador esteja
concorrendo, isso poderá ser considerado prática discriminatória.
Joel Rodrigues
Certidão de
Antecedentes: prática
discriminatória
Dra. Raquel Corazza
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REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
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REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
51
Mono mon
o
o Caetan
ig
Por Rodr
Olivae aposta em
cozinha autoral
O chef Agenor Maia surgiu, para
muitos, na cena gastronômica no ano
passado, quando abriu as portas do
restaurante Olivae. Ledo engano. Antes de assumir o papel de cozinheiro,
ele trabalhou dez anos com assistência técnica a equipamentos inox
para cozinha, passou dois anos em
Portugal aprontando nas tascas de lá
e por dois estágios em cinco meses
no D.O.M (em São Paulo, do chef Alex
Atala) e no Astrid y Gaston (em Lima,
do chef Gaston Acurio). Voltou para
Brasília, trabalhou um tempo no Villa
Tevere e mergulhou na ideia de abrir
a própria casa. Para isso, juntou-se à
esposa, à mãe e à irmã.
Depois dessa trajetória, Agenor
está investindo na sua identidade, na
sua marca. Pesquisa e testa pratos
com produtos brasileiros, do Cerrado
e, é claro, com comidas que levam
Viagens
gastronômicas
azeite – que dá nome ao restaurante. Preciosidades no cardápio como
o croquete de capivara com geleia
de cagaita e o espaguete de pupunha (aprendido com o mestre Atala)
estão entre os destaques. Sem deixar
de lado pratos como o frango com
gema de pequi e farofinha de pão e a
língua de Kobe curada com cenoura
e beterraba fermentada com queijo
meia-cura e redução de maçã verde.
No segundo semestre, ele vai
reservar dois dias na parte superior
do Olivae para apresentar menu degustação (quatro ou oito etapas) com
criações, novas receitas, técnicas e
ingredientes sazonais. A proposta é
parecida com o que a chef Bel Coelho fazia no Clandestino, às terças,
em São Paulo, quando os convivas
degustavam um menu mais autoral
e ousado.
Chef Agenor Maia
// Olivae
405 Sul, bloco B, loja 2
Telefone: (61) 3443-8775
Budapeste
Mák Bistrô – Restaurante oferece um menu com múltiplas influências que vão desde a húngara,
passando pela francesa e espanhola. O cardápio muda com frequência por conta dos ingredientes
sazonais. Lugar bonito e com atendimento descolado.
// Vigyazo Ferenc utca 4. Telefone: +36-30-7239383
www.mak.hu/
Laci Konyha – É achar o lugar (um pouco escondido no subsolo de um prédio), entrar e se divertir.
Com ambiente despojado, o moderno restaurante apresenta menu executivo saboroso na hora do
almoço. Destaque para as versões contemporâneas de clássicos húngaros.
// Hegedus Gyula utca 56. Telefone: +36 70 370 7475
lacikonyha.com
52
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix
Festival Equatoriano no El Paso
Em recente viagem para Equador, o chef David Lechtig se encantou com
a comida daquele país. “Já conhecia algumas coisas, mas pude apreciar e valorizar ainda mais a culinária equatoriana ao conhecer alguns restaurantes e
conversar com chefs”, disse Lechtig. Por isso, ele convidou o chef Darwin Ramírez para realizar o 1º Festival de Gastronomia Equatoriana entre os dias 5 e 8
de junho que funcionará com um buffet de almoço e à noite um menu especial.
Entre os quitutes estão sopa de batata, uma das mais tradicionais do Equador e
figos cozidos com rapadura, canela acompanhados de queijo fresco.
// 1º Festival de Gastronomia Equatoriana- El Paso Latino
404 Sul, bloco C, loja 23 – Tel. (61) 3323-4618
Executivo funcional
Comer com equilíbrio e manter a saúde em dia. Resumidamente, esses são dois
princípios da cozinha funcional proposta pelo restaurante DuoO. O cardápio executivo
- assinado por Nícolas Fujimoto e pela consultora gastronômica Lidiane Barbosa - é
servido de terça a sexta na hora do almoço e conta com mais de 1.500 possibilidades de
combinações. Nele, há oito tipos de proteína, sete tipos de molhos e 24 tipos de acompanhamentos, além de salada.
// DuoO – 103 sul, bloco C, loja 36 – Telefone: (61) 3224-1515
Comida verde e amarela
Confira algumas opções de pratos especiais para a Copa
//Tête à Tête Café e Restaurante
Casa Park - Telefone: (61) 3233-6345
Robalo com crosta de palmito de pupunha, sobre cama de
mousseline de mandioquinha e pesto de lula (R$ 60)
//Choperia Maracanã
207 Norte Bloco A Loja 4 - Telefone: (61) 4040-4363
Bolinhos de mandioca recheados com calabresa
temperado com toque especial do chef (R$ 25)
//Rio Bistrô e Lounge
404 Sul, bloco A, Loja 27- Telefone: (61) 3321-1412
Dadinhos de tapioca servidos com melaço picante (R$ 23)
//Marietta Italia Caffè
Casa Park - Telefone: (61) 3233-2481
Risoto de açafrão com camarões e pesto de manjericão (R$ 42)
//El Negro
413 Norte, bloco C, lojas 3/13. Telefone: (61) 3041-8775
Escalopinho de picanha em manteiga de ervas e mostarda
dijon, com farofa de ovos e arroz parrilleiro (R$ 79)
//BierFass
Pontão do Lago Sul - Telefone (61) 3364-3663
Mix de petiscos com salsichão, batata frita, filé a palito e
croquete de mandioca (R$ 44,50)
53
economia
Portabilidade
de crédito
//Por Fabíola Souza
Nova regra permite que consumidor transfira
financiamentos para banco que ofereça juros menores
A
portabilidade de crédito é uma operação
que existe desde 2006,
porém a medida não
havia sido efetivamente estimulada, nem pelo Banco
Central, tampouco pelas instituições
financeiras. Mas desde o dia 5 de
maio deste ano, entraram em vigor
novas regras para a portabilidade de
crédito, estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) e Banco
Central, através da Resolução nº
4.292 de 20 de dezembro de 2013.
54
A portabilidade de crédito permite que o cliente possa transferir os
empréstimos e financiamentos de
um banco para outra instituição financeira que ofereça melhor taxa de
juros. Também é válido para operações de leasing (arrendamento mercantil). Serve ainda para dívidas de
cartão de crédito, cheque especial,
financiamento de veículo, crédito
imobiliário, crédito pessoal e crédito
consignado e até mesmo aqueles
com recursos do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS). Dessa
forma, somente a taxa de juros pode
ser alterada. O valor da transferência da dívida e o prazo de pagamento
não podem ser superiores ao prazo
e ao saldo devedor já existente.
De acordo com a economista
do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (Idec), Ione Amorim, a
nova regulamentação tem o intuito
de promover mais segurança e
transparência para o consumidor,
pois padroniza os procedimentos e
fixa prazos para troca de informações entre bancos, além de incentivar a concorrência. “A portabilidade
de crédito é benéfica para o consumidor porque o cliente não precisa
ficar preso às mesmas taxas,
já que ocorrem mudanças no
decorrer do tempo no cenário econômico”, afirma a
economista. É importante
lembrar que a resolução
não abrange operações de
pessoas jurídicas.
A n o r m a d e te r m i n a
também que a transação
será feita eletronicamente
pelos bancos sem custo adicional para o cliente. Após uma
instituição financeira solicitar
a portabilidade eletrônica do
crédito, a outra instituição
financeira tem até cinco dias
úteis para fazer uma contraproposta para o cliente ou informar
o saldo devedor para liquidação da
dívida. Os bancos estão proibidos de
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
cobrar os custos da transferência.
Amorim ressalta que o interessado em fazer este tipo de movimentação precisa pesquisar em
todas as instituições financeiras a
melhor oferta de diminuição dos
juros. “Não precisa ter pressa nesse
processo. É importante analisar com
calma e se possível pedir ajuda a um
especialista para a troca ser vantajosa”, aponta Ione.
De acordo com a Caixa, a insti-
tuição está divulgando a portabilidade de crédito por meio de cartazes nas agências, informações no
site, e também pelo telefone 08007260101, porém muitos brasilienses
não sabem dessas regras.
“Nunca ouvi falar sobre isso. Mas
achei interessante o consumidor
ter mais opções, porque assim
os bancos vão analisar antes de
aumentar as taxas”.
Anderson Souza Cruz,
21 anos, estudante
“Ouvi falar por alto nos meios de
comunicação, mas nunca vi nada
nas agências bancárias. Eu acho
que essa medida é muito boa para
os consumidores”.
Ana Cláudia dos Santos, 42 anos,
auxiliar de serviços gerais
Fotos: Raphael Carmona
Povo fala
“Não sabia sobre essa
portabilidade de crédito não, mas
agora vou até procurar saber mais
porque talvez eu consiga diminuir
as prestações do meu carro”.
Mariana Rocha,
19 anos, estudante
Saiba mais
A economista do Idec dá algumas dicas de como o consumidor pode conseguir
economizar com linhas de crédito mais atraentes.
1. Primeiro o consumidor deve consultar as taxas praticadas pelos bancos e verificar se o banco aprova o
seu cadastro.
2. Percebendo que outro banco possui taxa de juros inferiores, o cliente precisa solicitar o saldo de suas
dívidas no banco onde possui o empréstimo.
3. Com esse valor em mãos, é preciso solicitar ao novo banco uma simulação da portabilidade de crédito,
com o detalhamento dos custos que serão incluídos na composição do novo cálculo, ou seja, o Custo Efetivo Total (CET), que corresponde à soma de todas as despesas que são incluídas nas operações de crédito.
4. Nessa hora, é necessário verificar se foram incluídos novos serviços ou tarifas, os quais podem ser
questionados.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
55
//agenda fiscal
Mudanças no
Supersimples
O
substitutivo do Projeto de
Lei Complementar (PLC)
221/2012, apenso ao Projeto de Lei e Outras Proposições (PLP) 237/2012, traz diversas
novidades. Uma delas é a inclusão
de mais de 140 atividades atualmente impedidas de fazerem a opção tributária pelo Simples Nacional, mas
com nova tabela (Anexo VI) que traz
alíquotas mais elevadas do que as
tradicionais, iniciando em 16,93%.
Assim, mantemos nossa orientação
de consultar um Profissional Contábil
para uma avaliação sobre a economia efetiva com a mudança do Lucro
Presumido para o Simples Nacional.
Mas outras novidades estão previstas
no projeto, como a “redução a zero
de todos os custos para abertura e
licenciamento, assim como alterações, baixa e encerramento da ativi-
dade...”; a “entrada única de dados e
documentos” e o “processo de registro e legalização integrado entre os
órgãos e entes envolvidos, por meio
de sistema informatizado”; a criação de uma “base nacional cadastral
única” com a “identificação nacional
cadastral única” com a utilização do
CNPJ por todos os entes, além do
“compartilhamento irrestrito dos dados da base nacional”.
Mas, apesar das mudanças, as
etapas para o processo de registro
permanecem as mesmas (consulta prévia de nome empresarial e de
viabilidade de localização; registro
empresarial; inscrições fiscais; e
licenciamento). Precisamos implantar efetivamente as mudanças e
continuar avançando rumo à maior
desburocratização. Quem venham
as mudanças.
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – 1 a 30/6/2014
O QUE e QUANDO pagar?
13/06
16/06
20/06
23/06
30/06
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/5/2014
• Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 5/2014
• Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas)
referente a 5/2014
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 5/2014
• SIMPLES NACIONAL referente a 5/2014
• ISS e ICMS referente a 5/2014 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações)
• PIS e COFINS referente a 5/2014
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 5/2014
• 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2014 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado
• Recolhimento do Carnê Leão referente a 5/2014
• IRPJ e CSLL referente a 5/2014, por estimativa
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/6/2014
• Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do Simples Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado)
O QUE e QUANDO entregar?
13/06
23/06
30/06
Várias
• Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF
referente a 4/2014
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 4/2014
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente a 5/2014
• Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) referente a 2013
• Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) referente a 2013
• Escrituração Contábil Digital (ECD) referente a 2013
• Livro Fiscal Eletrônico à SEF/DF referente a 4/2014: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009)
Nota: Em relação ao artigo anterior, informamos que o prazo do e-Social para optantes do Lucro Real foi prorrogado.
56
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//caso de sucesso
De volta
ao mercado
Desempregada, Adelina
investiu em capacitação no
Senac-DF e retornou ao
mercado de trabalho com uma
nova profissão
//Por Sílvia Melo
Raphael Carmona
N
ascida na cidade de Sousa, na Paraíba, Adelina
Alves da Silva, de 42 anos, mudou-se para Brasília com os pais antes de completar um ano de
vida. Criada em Taguatinga decidiu, aos 16 anos,
que era hora de começar a trabalhar. Conseguiu o primeiro
emprego em uma padaria como balconista. Exerceu também o cargo de cozinheira em um supermercado. Porém,
a maior parte da vida foi dedicada ao trabalho em casas de
família. Desempregada, fez um curso profissionalizante no
Senac-DF e atualmente trabalha na área de turismo, como
camareira. Adelina sempre teve vontade de se profissionalizar, mas não tinha tempo nem condições de investir em
um curso. “Trabalhando como doméstica eu não tinha um
horário fixo. Então era difícil me programar para estudar”,
explica. Fora isso, ela não tinha dinheiro para investir na
capacitação, pois não sabia que a instituição oferecia bolsas
para alunos de baixa renda.
Ao ficar desempregada durante um ano, resolveu pesquisar na internet sobre cursos gratuitos e descobriu que
poderia fazer alguns cursos no Senac por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). No mesmo dia se inscreveu no curso de Camareira.
Formada no final de 2013, distribuiu currículos pelos hotéis
de Brasília até que foi chamada pelo Gran Bittar, onde trabalha há dois meses. “Escolhi esse curso porque era o que
mais se assemelhava com o que eu sabia fazer: arrumar
camas, quartos, casa”, afirma.
As aulas surpreenderam Adelina e hoje ela utiliza em
seu novo emprego tudo o que aprendeu em sala de aula,
principalmente a técnica de arrumar as camas. Além da
qualidade dos professores, ela destaca as aulas práticas
como diferencial da instituição. “Praticando, a gente aprende muito mais do que ficar só sentada ouvindo a professora”, destaca. Para quem pretende entrar no mercado de
trabalho, ela recomenda os cursos do Senac.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//Sobre o curso
O curso realizado por Adelina foi Camareira em Meios
de Hospedagem, com carga horária de 200h, incluindo prática supervisionada. Ele é ofertado pelo Centro de Educação
Profissional Tecnologia do Turismo e Hospitalidade e ministrado na unidade da 903 Sul. As próximas turmas estão
previstas para 7 de julho, das 18h30 às 22h30, e 11 de agosto
a 20 de outubro, das 7h30 às 11h30. Para participar é preciso
ter 18 anos e ensino fundamental completo. Nas aulas, os
alunos aprenderão a realizar atividades relativas à limpeza
dos ambientes, a controlar os produtos utilizados, fazendo
a reposição sempre que necessário, a atender pedidos de
clientes, e a tomar providências em caso de reclamações.
O investimento é de R$ 930. Para fazer gratuitamente, o
interessado deve procurar o site do Ministério do Turismo e
verificar se há vagas disponíveis por meio do Pronatec.
@senacdf
/senacdistritofederal
57
//segredos do marketing digital
D
urante os últimos meses, gestores de páginas
de negócios no Facebook
vêm percebendo uma redução mais do que significativa no
alcance orgânico de seus posts.
Gradualmente, o Facebook está avisando que, se quisermos continuar
aparecendo na timeline de nossos
seguidores, teremos que começar a
pagar por isso. Tendo em vista essa
nova realidade, achamos interessante conversar com vocês sobre
os diferentes tipos de anúncios que
podem ser criados no Facebook, os
Facebook Ads.
Existem basicamente três tipos
principais de anúncios que podem
ser feitos no Facebook: Histórias
Patrocinadas, Posts Patrocinados
e Cliques para Websites. Apesar
de cada um deles ter um objetivo
diferente, que veremos em detalhes
mais à frente, todos trazem a possibilidade de segmentar o público ao
qual serão exibidos. Essa segmentação pode ser baseada em idade,
localização geográfica, interesses,
entre outros critérios que fazem
com que sua comunicação no Facebook possa ser direcionada.
Mas para que serve cada um
desses anúncios especificamente?
As Histórias Patrocinadas são anúncios focados em atrair mais fãs para
sua página. Podemos escolher até
seis imagens diferentes, preferencialmente no tamanho de 600x225
pixels, além de um texto com, no
máximo, 90 caracteres. O interessante desse tipo de anúncio é que,
caso quem o visualize já possua um
amigo fã da página, essa informação
será exibida junto do anúncio, reforçando sua “relevância”.
Já os Posts Patrocinados nos
permitem impulsionar a divulgação
de um post específico. Apesar deste
58
tipo de anúncio não contribuir tanto
com o crescimento de fãs da página, permite engajamento dos fãs já
existentes. Os posts patrocinados
são opções excelentes para quando
queremos dar maior visibilidade a
determinada campanha ou para algum conteúdo específico.
Na opção Cliques para Websites,
por sua vez, o objetivo é levar o usuário do Facebook para outro Website.
Da mesma forma que as Histórias
Patrocinadas, esse tipo de anúncio
permite o uso de até seis imagens
diferentes, preferencialmente no
tamanho de 600x315 pixels, além de
um texto de no máximo 90 caracteres. Como é de esperar, esse tipo de
anúncio é mais indicado para quem
quer divulgar algum produto, serviço
ou ação fora da rede social.
Com essa nova política do Facebook de restringir o alcance orgânico das páginas de negócio, nós
recomendamos que a estratégia
das empresas para essa rede já
inclua uma verba regular para ser
usada nos dois primeiros tipos de
anúncios, ou seja, nas Histórias Patrocinadas e nos Post Patrocinados.
Isso garantirá que sua página continue crescendo, mas também que
seu conteúdo continue chegando ao
maior número de pessoas possível.
É importante ressaltar que esses
anúncios apenas serão efetivos se o
conteúdo produzido tiver qualidade.
No mais, recomendamos a todos
os gestores que acessem ads.facebook.com e façam alguns testes. A
criação de anúncios é intuitiva e o
único contratempo que vocês podem
ter é a exigência de se usar um cartão de crédito internacional. Vencido
esse obstáculo, temos certeza de
que sua presença no Facebook irá
melhorar com o investimento em
anúncios. Aproveitem.
Geovanna Leal
A magia dos anúncios
no Facebook
Jens Schriver
Sócio da ClickLab
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
//Envie perguntas para
[email protected] ou
facebook.com/agencia.clicklab
Aproximadamente
6,15%
dos fãs no Facebook são
alcançados organicamente
por posts.
Fonte: AdAge
59%
da renda do Facebook provêm de
anúncios em dispositivos móveis.
Fonte: Reuters
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
//instituto fecomércio
@if_estagio
Em prol
do cidadão
// Por Daniel Alcântara
A mais recente atividade do programa
Aprendizagem em Ação ocorreu em Ceilândia Norte
O
Instituto Fecomércio (IFDF) tem como objetivo
contribuir para a formação
e aprimoramento profissional do público jovem da região.
A instituição valoriza e apoia a realização de diversas ações sociais
praticadas nas comunidades mais
carentes do DF, visando à redução
do desemprego, além de orientar
na escolha da futura profissão do
estudante.
Uma dessas ações aconteceu
no dia 26 de abril, quando a equipe
da entidade apoiou a organização do
programa Aprendizagem em Ação,
realizada na Ceilândia Norte, em
parceria com a Superintendência
Regional do Trabalho para atender
as comunidades do Sol Nascente e
Ceilândia simultaneamente.
Na ocasião foram prestados
diversos serviços gratuitos à população, como cortes de cabelo, oficinas
de artesanato, aferição de pressão arterial e emissão de Carteira
de Trabalho e Previdência Social
(CTPS). De acordo com a coordenadora empresa-escola do Instituto
Fecomércio, Regina Malheiros, durante o evento, o IF prestou suporte
para o cadastro de jovens interessados em obter o primeiro emprego,
além de fornecer 350 kits de lanches
saudáveis, realizar entrega de preservativos masculinos e femininos
e distribuir revistas e folhetos orientando sobre a educação sexual.
//Prevenção
O Instituto também colaborou
com a palestra ministrada pelo Dr.
Marcus Costa, Coordenador-Geral
de Saúde de São Sebastião, com
o tema: Doenças sexualmente
transmissíveis e a importância da
vacina contra o HPV. “A intenção
do Instituto Fecomércio é estar
cada vez mais presente nesse tipo
de ação, cuja finalidade principal é
estreitar os laços com a população,
encurtando distâncias que muitas
vezes se tornam barreiras para que
os jovens encarem a oportunidade
do primeiro emprego como uma
possibilidade real”, diz Regina. Ela
ressalta ainda que o IF está sempre
preocupado em formar o cidadão
do futuro, indo até a comunidade
com o intuito de dar oportunidades
ao jovem de crescer e se desenvolver por meio do trabalho.
A diretora-executiva do Instituto, Elizabet Campos, afirma que
além de apoiar ações que trazem
benefícios à sociedade, ao longo
dos 17 anos de atividades na capital
do País, a instituição também tem
atuado em diversas frentes, contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento da cidade. O Instituto desenvolve ainda os programas: Jovem
Aprendiz, destinado aos jovens entre
14 e 24 anos que estão cursando ou
concluíram o ensino fundamental
ou médio; e o IF Estágio para os
jovens acima de 16 anos que estão
cursando o ensino médio, técnico ou
superior. Atualmente o IF já inseriu
mais de três mil jovens no mercado
de trabalho em todo o DF.
Os interessados em participar dos programas de estágio e
aprendizagem devem encaminhar currículo para o endereço
eletrônico: [email protected] ou
comparecer no Setor Comercial Sul, quadra 6, Edifício Jessé Freire,
5º andar. Podem, ainda, acessar o site: www.ifestagio.com.br.
Mais informações poderão ser obtidas pelos telefones:
3962-2022 e 3962-2029
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
59
//sindicatos
Cristiano Costa
Presidente do Siese,
Roberto Castelo
Branco
Segurança
acima de tudo
//Por Daniel Alcântara
Sindicato das Empresas de Sistemas
Eletrônicos de Segurança do DF é o mais novo
filiado à Fecomércio, com 1,8 mil empresas
A
pós dez anos de batalha,
o Sindicato das Empresas
de Sistemas Eletrônicos
de Segurança do Distrito
Federal (Siese-DF) finalmente conseguiu receber a carta sindical, no
mês de maio, e a partir de agora é
oficialmente uma entidade de classe que luta pelos direitos do segmento. O presidente da instituição,
Roberto Castelo Branco, explica
que o trabalho para a concepção do
60
sindicato vem desde 2004. De acordo com ele, o processo de criação
da entidade se estendeu por longos
anos devido a um desentendimento
com o sindicato das empresas de
segurança privada do DF (Sindesp).
“Eles achavam que tinham direito sobre as empresas de segurança eletrônica. Porém, as coisas
são diferentes: segurança privada
trata de pessoas e segurança eletrônica de equipamentos tecnológiREVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
cos”, diz Castelo Branco. “Acredito
que o processo durou tanto tempo
porque o setor deles está diminuindo. Atualmente, a mão de obra
humana está sendo trocada com
frequência por meios tecnológicos.
Por exemplo, uma câmara de segurança tem muito mais alcance de
visão do que guardas posicionados
em frente de estabelecimentos comerciais ou em uma área residencial”, afirma.
Por ser um dos sindicatos mais
novos de Brasília, o Siese ainda
sofre com várias dificuldades estruturais, como a falta de uma sede
própria, escassez de verba e falta
de filiados. “Ainda estamos engatinhando, devido ao longo período de
espera para que se concretizasse a
nossa criação. Agora que estamos
oficializados, vamos correr atrás
dos contadores das empresas do
setor para que seja feito o recolhimento da contribuição sindical para
o Siese”, afirma Castelo Branco.
De acordo com o presidente, a
concepção do Siese veio do apoio
da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança (Abese) que luta pela fomentação do setor em todo o Brasil. “Precisávamos de alguém que
defendesse os direitos da categoria.
Alguém tem que começar para que
as coisas ganhem um progresso
necessário”, afirma Castelo Branco, que já foi diretor da Abese.
//Cenário no DF
O DF conta atualmente com 1,8
mil empresas de segurança eletrônica. Dessas, apenas 15 são filiadas
ao sindicato. Castelo Branco diz que,
com a filiação à Fecomércio-DF, feita em janeiro deste ano, a expectativa é que esse número cresça com
o passar do tempo. “Somos todos
empresários do comércio e sempre
queremos o bem da categoria. Juntos vamos nos tornar mais fortes e
arrecadar frutos para o segmento
na capital do País”, diz o presidente
da instituição.
Ele conta ainda que a parceria
com a Federação foi uma das principais conquistas do Siese. “Por
enquanto todas as despesas são
tiradas do bolso da atual diretoria. A partir de agora vamos fazer
um novo estatuto de acordo com
a Fecomércio e a Confederação
Nacional do Comércio para nos
encaixarmos nas regras”, diz. Com
o intuito de coincidir com a data das
eleições dos sindicatos da base da
Federação, a votação para eleger
a nova diretoria da entidade está
marcada para o mês de dezembro
deste ano. “A intenção é que a diretoria atual continue no cargo para
dar continuidade ao trabalho que
foi iniciado por nós há cerca de dez
anos”, conclui.
Empresário do ramo há 23
anos, o atual presidente da entidade diz que as vendas no setor
andam devagar, porém, depende
muito do ano e de como vai a economia da população. Segundo ele,
o brasileiro, apesar de sofrer com a
insegurança e a falta de preparo do
Estado para garantir infraestrutura
básica para a sociedade, ainda não
investe em aparatos tecnológicos
para se proteger da criminalidade.
Nos Estados Unidos, por exemplo,
a instalação de um alarme é feito
antes mesmo da casa estar pronta. “É falta de visão do brasileiro, é
um serviço essencial, ainda mais
no País em que vivemos. O ladrão
não quer dificuldade, a ideia dele é
entrar na casa, roubar e sair sem
ser notado. Com o alarme, você
consegue impedir que ele realize o
crime”, lembra Castelo Branco.
Além do alarme residencial, o
segmento de segurança eletrônica
também envolve outros produtos,
como a instalação do controle de
acesso, automação e instalação de
câmeras. Muitos também não sabem que as lojas do setor atendem
às empresas de todos os portes
com um sistema de gerenciamento de imagens e segurança para
controle do estabelecimento, além
de atender condomínios com a
instalação de um sistema de identificação. De acordo com Castelo
Branco, a instalação desses produtos não é cara e, dependendo do
interesse do cliente, o serviço pode
sair por cerca de R$ 700.
//ERRATA
Contrariamente ao que foi publicado na edição de maio de 2014 da Revista Fecomércio-DF, o
vice-presidente eleito do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas,
Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros-DF) é o senhor Francisco Carlos de Carvalho e
não Geraldo Gomes Cruz, como foi noticiado.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
61
//pesquisa conjuntural
Comércio
em alta
Comércio
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Segmento
Nov13 x Dez13 x Jan14 x Fev14 x Mar14 x Abr14 x
Out13
Nov13
Dez13
Jan14
Fev14
Mar14
Autopeças e Acessórios
1,38%
7,49%
-0,97%
-4,90%
-1,91%
11,20%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
2,62%
4,8%
-5,86%
-3,17%
0,61%
1,69%
Calçados
-5,75%
22,64%
-23,61%
15,45%
-9,24%
0,19%
Farmácia e Perfumaria
0,26%
2,79%
-4,72%
2,78%
1,35%
-1,63%
Floricultura
5,01%
4,79%
-6,74%
-10,25%
-1,12%
4,08%
Informática
4,15%
6,28%
-8,54%
-0,51%
-0,54%
-4,20%
Livraria e Papelaria
-2,14%
21,07%
29,00%
32,69%
-25,13%
-10,51%
Lojas de Utilidades Domésticas
6,03%
17,78%
-6,23%
2,18%
-7,27%
7,30%
Material de Construção
-3,41%
4,26%
-6,50%
-11,86%
-6,88%
6,35%
Mercado e Mercearia
3,02%
8,45%
-12,06%
7,47%
-0,43%
6,15%
Móveis e Decoração
1,6%
8,9%
-7,32%
-3,94%
-9,57%
-9,70%
Óticas
3,11%
1,4%
4,38%
-4,73%
-6,54%
2,02%
Tecidos
5,4%
-2,61%
-2,11%
-4,98%
-21,45%
-2,64%
Vestuário
1,06%
20,59%
-18,86%
-2,78%
-3,42%
0,42%
Total
0,99%
8,6%
-7,99%
0,75%
-3,61%
1,68%
Agências de Viagem
7,08%
28,61%
-29,62%
14,88%
-6,58%
-2,48%
Autoescola
0,21%
-13,11%
12,71%
-11,30%
-7,13%
6,99%
-10,96%
2,59%
-11,07%
2,29%
4,61%
-0,47%
Salão de Beleza
1,57%
17,29%
-16,28%
-2,48%
-1,09%
-2,38%
Total
1,67%
14,43%
-18,83%
3,39%
-2,82%
-1,29%
1,04%
9,03%
-8,94%
0,95%
-3,55%
1,44%
Pet Shop
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
62
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Região
Comércio
Nov13 Dez13 Jan14 Fev14 Mar14 Abr14
x
x
x
x
x
x
Out13 Nov13 Dez13 Jan14 Fev14 Mar14
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,32%
7,89%
-8,23%
-0,50%
0,75%
-0,59%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
3,27%
-0,13%
-2,68%
-3,52%
-6,26%
8,68%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
0,48%
10,79%
-5,65%
7,71%
-11,57%
-1,38%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
0,36%
13,39%
-15,08%
-10,49%
1,45%
10,26%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
1,79%
6,56%
-9,89%
5,83%
-0,85%
1,91%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
3,12%
8,73%
-6,08%
-6,62%
-5,03%
5,90%
0,99%
8,6%
-7,99%
0,73%
-3,61%
1,68%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-0,6%
13,58%
-20,77%
3,79%
-3,74%
2,35%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
3,1%
1,84%
-12,23%
13,51%
0,99%
-25,03%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
2,04%
9,67%
-16,62%
-5,35%
-12,26%
-4,53%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
7,64%
30,13%
-21,95%
7,56%
5,14%
1,08%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
3,41%
13,9%
-7,93%
5,18%
6,64%
-4,66%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-0,54%
1,22%
3,62%
1,75%
0,15%
5,67%
3,33%
-2,82%
-1,29%
Total
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Total
Total
1,67%
14,43% -18,83%
1,04%
9,03% -8,94% 0,95% -3,55% 1,44%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio brasiliense registraram alta de
1,68% em abril de 2014 na
comparação com março. No setor de serviços, no entanto, houve
queda de 1,29%. No acumulado dos
últimos 12 meses (abr/13 x abr/14),
comércio e serviços registraram
aumento de 0,97%. É o que mostra
a Pesquisa Conjuntural de Micro e
Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.
A alta no mês de abril foi puxada
principalmente pelo segmento de
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Autopeças e Acessórios (11,20%)
e Lojas de Utilidades Domésticas
(7,30%). Em serviços, o recuo foi
puxado pelo setor de Agência de
Viagem (-2,48%) e Salão de Beleza
(-2,38%). “Esse pequeno crescimento reflete o período de acomodação que o brasiliense está
vivendo, no sentindo de acertar as
contas já pendentes e evitar grandes gastos. Além disso, em abril
não houve nenhuma data comemorativa que fizesse o consumidor
ampliar as suas compras”, afirma
o presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana.
Na análise por ramo de atuação, apresentaram alta nas vendas
do comércio em abril, na comparação com março, os segmentos de:
Autopeças e Acessórios (11,20%);
Lojas de Utilidades Domésticas
(7,30%); Material de Construção
(6,35%); Mercado e Mercearia
(6,15%); Floricultura (4,08%); Óticas (2,02%); Bares, Restaurantes
e Lanchonetes (1,69%); Vestuário
(0,42%) e Calçados (0,19%). Ocorreu queda nos segmentos de: Livraria e Papelaria (-10,51%); Móveis
63
Nov13
x
Out13
Dez13
x
Nov13
Jan14
x
Dez13
Fev14
x
Jan14
Mar14
x
Fev14
Abr14
x
Mar14
Autopeças e Acessórios
2,52%
-7,36%
4,64%
1,27%
0,65%
-3,87%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-0,23%
-1,14%
-0,99%
1,33%
1,36%
0,20%
Calçados
0,74%
-5,11%
-2,27%
-3,10%
10,24%
2,21%
Farmácia e Perfumaria
-2,55%
0,38%
3,31%
-8,30%
9,20%
-1,39%
Floricultura
0%
0%
6,90%
-25,81%
13,04%
-20,00%
Informática
1,22%
-1,19%
-1,23%
2,50%
-6,02%
11,54%
Livraria e Papelaria
14,29%
4,85%
1,85%
-26,36%
22,78%
-9,43%
Lojas de Utilidades Domésticas
-3,39%
0%
0,00%
0,00%
1,61%
9,38%
Material de Construção
1,09%
1,08%
-2,12%
3,78%
-1,04%
4,23%
Mercado e Mercearia
5,65%
-1,11%
0,84%
-0,28%
2,33%
2,60%
Móveis e Decoração
-3,17%
1,64%
12,50%
-5,63%
8,82%
-6,90%
Óticas
0%
0%
0,00%
0,00%
20,69%
-8,82%
Tecidos
0%
0%
0,00%
0,00%
-8,70%
4,76%
Vestuário
-1,23%
0%
-1,96%
0,00%
2,45%
-2,18%
Total
0,93%
-0,95%
0,34%
-1,72%
3,37%
0,00%
Agências de Viagem
1,03%
2,78%
-1,28%
1,30%
12,82%
-15,25%
Autoescola
-5,26%
-15,94%
6,90%
-4,84%
5,08%
-3,23%
0%
1,96%
-1,96%
4,00%
-5,77%
6,12%
-1,92%
2,04%
5,10%
-4,85%
1,01%
-2,00%
-1,36% -2,07%
2,46%
-1,71%
3,82%
-3,70%
0,69%
0,54%
-1,72%
3,42%
-0,33%
Comércio
Serviços
Nível de emprego
Setor
Segmento
Pet Shop
Salão de Beleza
Total
Total
-1,06%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
e Decorações (-9,70%); Informática
(-4,20%); Tecidos (-2,64%); Farmácia e Perfumaria (-1,63%).
No setor de serviços, houve
queda nas vendas nos segmentos
de Agência de Viagem (-2,48%); Salão de Beleza (-2,38%) e Pet Shop
(-0,47%). O único segmento que
apresentou alta foi o de Autoescola (6,99%). É necessário ressaltar,
contudo, que o Instituto Fecomércio
64
pesquisa apenas esses quatro segmentos de serviços.
Quanto ao pessoal empregado, o
comércio continuou com o mesmo
contingente em comparação com
abril. O setor de serviços registrou
queda nas vagas de 3,70%. Entre as
formas de pagamento, o cartão de
crédito foi o mais utilizado em ambos os setores. No comércio, a modalidade respondeu por 46,08% das
vendas. No setor de serviços, foi responsável por 41,23% das compras.
A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF
é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio
do Sebrae. Foram consultadas 700
empresas, das quais 596 do comércio e 104 de serviços. A coleta de
dados foi realizada entre os dias 5 e
10 de maio de 2014.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
Nível de emprego
Comércio
Setor
Out13 Nov13 Dez13 Jan14 Fev14 Mar14 Abr14
x
x
x
x
x
x
x
Set13 Out13 Nov13 Dez13 Jan14 Fev14 Mar14
Região
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-1,78%
0,7%
-1,3%
0,89%
-1,96%
5,25%
-3,04%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
0,53%
-2,08%
1,05%
0,52%
-0,52%
-2,17%
6,56%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-1,52%
0,15%
3,08%
-1,64%
-3,06%
5,18%
-1,74%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
2%
-1,42%
-4,61%
2,23%
0,73%
-0,39%
1,18%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-3,5%
-8,06%
-8,39%
3,16%
-5,78%
4,69%
-0,67%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-1,6%
0,54%
2,46%
-2,02%
4,13%
-2,33%
10,67%
0,34%
-1,72%
3,37%
0,00%
Total
-1,29% -0,92% -0,95%
Serviços
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
3,13%
3,77%
-5,66%
4,64%
-1,27%
5,77%
-10,29%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
0%
0%
0%
0,00%
-5,00%
5,26%
0,00%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-6%
-6%
0%
4,00%
-1,92%
7,69%
5,36%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
0%
2,5%
5%
-2,38%
-2,44%
-7,50%
2,70%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0%
0%
0%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
0%
0%
7,69%
-7,14%
0,00%
0,00%
0,00%
0,7%
1,38%
-2,07%
2,46%
-1,71%
3,82%
-3,70%
Total
Total
-1,1% -0,69% -1,06% 0,54% -1,72% 3,42% -0,33%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Mês
À vista
Cheque
nov/13
32,85%
0,81%
dez/13
33,47%
jan/14
33,64%
Cartão de
crédito
Débito
A prazo
Boleto
40,87%
19,96%
3,35%
2,16%
2,44%
39,54%
20,37%
3,02%
1,16%
0,75%
40,33%
19,85%
3,39%
2,04%
Formas de pagamento
Comércio
fev/14
32,45%
2,03%
41,10%
20,34%
2,86%
1,22%
mar/14
30,39%
0,49%
44,36%
19,77%
3,33%
1,66%
abr/14
29,10%
0,46%
46,08%
19,34%
2,61%
2,42%
nov/13
28,91%
1,67%
42,72%
17,63%
4,89%
4,17%
dez/13
32,64%
3,59%
44,29%
14,85%
4,23%
0,40%
jan/14
26,46%
1,79%
43,16%
16,69%
4,70%
7,20%
Serviços
fev/14
28,10%
2,74%
39,41%
15,79%
9,34%
4,61%
mar/14
24,00%
1,68%
50,99%
15,82%
3,84%
3,66%
abr/14
22,68%
1,62%
41,23%
13,86%
3,71%
16,90%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
65
pesquisa
relâmpago
Fotos: Raphael Carmona
Louise Paim
Lima Martins
Fisioterapeuta
Cláudia de Azevedo
Fagundes Queiroz
Secretária-Executiva
Hartmut Günther
Professor Titular
da UnB, na área de
Psicologia Social
Juliano Batalha
Designer gráfico
Kelly Almeida
Jornalista
Untitled-4 1
66
Linchamento de
pessoas por civis
Ficar em Brasília
durante a Copa
Via Expressa DF
REGULAR
A impunidade cresce e a
indignação da população
que nos últimos tempos
tem promovido justiça
com as próprias mãos
em várias partes do
País.
REGULAR
Sou contra a Copa ser
realizada nas condições
em que se encontra o
nosso País. Vou torcer
contra e viajar para fora
do País para não ter que
presenciar esse circo.
REGULAR
Se ela foi idealizada
como uma saída para
melhorar o trânsito,
ainda não houve
benefício. As vias
estão subutilizadas e o
trânsito aumentou.
REGULAR
Por mais que tenha
Lei Seca, bafômetro,
pardais e outras regras,
ainda existem pessoas
que não respeitam
e acham que jamais
poderão se envolver em
acidentes.
RUIM
Atitude desumana,
primitiva, cruel, injusta,
inconsequente, insana,
desiquilibrada, barbárie.
Perda total do sentido de
harmonia social.
BOM
Oportunidade
de crescimento
econômico para a
capital e o comércio
local. Momento de
empreendedorismo.
BOM
Será uma melhoria
crescente para o
transporte público.
Momento de
experimentar deixar o
carro em casa. Eu serei
uma dessas pessoas a
experimentar o VLP.
RUIM
Inconsequente e
irresponsável.
RUIM
Frequentemente,
linchamento é uma
consequência triste
e é causada pelo
fato de segmentos
da população terem
perdido a confiança no
poder público.
RUIM
Preços aumentando,
rotina de atividade sendo
atrapalhada, e, além do
mais, recomendação de
ficar em casa nos dias
dos jogos.
BOM
Bom enquanto potencial.
Melhorar o transporte
público, no DF, sem
dúvida é algo positivo e
mais do que necessário.
RUIM
Outro exemplo da
lamentável omissão
do Estado diante de
problemas sociais, da
educação, segurança,
trânsito.
REGULAR
Apesar de considerar
essas atitudes
medievais e absurdas,
esse é um espelho
da crise de confiança
que o Estado vive
atualmente.
BOM
Assim como a maioria,
não consegui ingressos
para ver a seleção
jogar. Mas como gosto
de futebol, pretendo
ver os jogos de outras
seleções.
BOM
Finalmente. O pessoal
do Gama e de Santa
Maria agradece.
RUIM
É a pior combinação
que existe. E para
piorar, o erro da pessoa
que comete essa
irresponsabilidade tem
grandes chances de
atingir quem não tem
nada a ver.
RUIM
Apesar de muitas
pessoas estarem
desacreditadas da
Justiça, hoje, é o único
meio a que podemos
recorrer.
BOM
Assim como nos outros
estados, teremos
jogos e estrutura para
acompanhar as partidas.
Seja no estádio, nos bares
ou em casa, o que vai
contar é a animação dos
torcedores.
BOM
A proposta é excelente,
mas é preciso que tudo
esteja completamente
finalizado para que
possamos ver o resultado
definitivo.
RUIM
Acredito que a lei
deveria ser mais rígida e
a multa ainda mais alta.
Álcool e direção
18/11/10 11:29
REVISTA FECOMÉRCIO | JUNHO 2014
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