impressionismo - CCBB Educativo

Transcrição

impressionismo - CCBB Educativo
Ministério da Cultura apresenta
Banco do Brasil apresenta e patrocina
I MPRESSIONISMO
CCBB EDUCATIVO 2012
MODOS DE VER, DIÁLOGOS EM CONSTRUÇÃO
::
02
04
::
O RETRATO MODERNO:
QUEBRA DOS VALORES ACADÊMICOS
O IMPRESSIONISMO E A REVOLUÇÃO DO OLHAR
::
06
08
::
REFLEXOS DO INSTANTE: A ÁGUA COMO TEMA
::
10
12
::
O INSTANTE MODERNO: MONET E A PAISAGEM
RENOIR E O COTIDIANO:
PERSONAGENS EM MOVIMENTO
O PÓS-IMPRESSIONISMO: :: 14
16
::
CÉZANNE: A COR CONSTRUINDO O MUNDO
20
::
TOLOUSE-LAUTREC E O MUNDO DO ESPETÁCULO
24
::
PROPOSTA DE VIVÊNCIA PARA PROFESSORES:
IMPRESSIONISMO
CAMPO ABERTO À EXPERIMENTAÇÃO
VAN GOGH: A COR QUE FALA
IMPRESSIONISMO NO BRASIL
::
::
18
22
S
ão raros os movimentos artísticos que conquistaram o
gosto popular de forma tão intensa ao longo da história
como aconteceu com o Impressionismo. A combinação
de temas de fácil compreensão e de uma forma que
atrai o olhar com suas cores e pinceladas vibrantes
colaborou para a sua aceitação. Mesmo com seu início
conturbado, com críticas negativas em sua primeira
aparição em 1874, o Impressionismo logo se tornaria
um marco, uma porta aberta para a Arte Moderna.
Ao encarar o fazer artístico como parte da ciência,
artistas, como Claude Monet, Auguste Renoir, Alfred
Sisley e Camile Pissarro, entre outros, estavam
antenados com as pesquisas óticas que fervilhavam no
século XIX. Para a leitura das obras, esta ligação com
os saberes científicos oferece rico material para
diálogos, sobretudo no que diz respeito ao
entendimento sobre o fenômeno cromático.
Assim, este material traz sugestões de leituras e
atividades para a melhor aproximação entre alunos e
obras. Por trás da aparente simplicidade do fazer
impressionista, há uma pesquisa minuciosa da forma
de ver o mundo, de como percebemos os fenômenos
óticos e de como as cores se comportam quando postas
lado a lado. Trata-se, então, de estilo que convida à
investigação e à experimentação, material oportuno
para a formação dos sentidos. E, pensando no papel da
Arte como Educação, são os sentidos que alimentam a
percepção e que geram conhecimento.
MODOS DE VER, DIÁLOGOS EM CONSTRUÇÃO
As características principais do Impressionismo são elementos ricos para propormos diálogos e
reflexões com os alunos, visando despertar uma postura de investigação e participação.
Consideramos alguns eixos como norteadores de ações que possam criar aproximações. São eles:
Aproveitar a experiência e a realidade dos alunos. Cada pessoa traz consigo vivências
Ÿ
culturais diferenciadas, o que oferece ricas possibilidades de reações e diálogos a partir das
primeiras impressões. Geralmente o primeiro contato se inicia com reações como “gostar
ou não gostar”.
Investigar o objeto, a sua forma e aparência. No caso da pintura impressionista, pode-se
Ÿ
analisar o modo como o artista trabalha as pinceladas, a combinação de cores, os processos
de composição, a dimensão das obras e tudo o que a visão consegue captar. Vale mencionar
a pesquisa impressionista de luz e cor e como os artistas captam o instante atmosférico.
Explorar o tema e os seus significados. Os artistas impressionistas procuravam apresentar
Ÿ
em suas pinturas temas cotidianos, com preocupação com a realidade e o instante. A cidade
moderna, a vida burguesa e as paisagens são os principais motivos de suas composições.
02
Apresentar a contextualização histórica. As obras são produtos de seu tempo e, como
Ÿ
atividade participante da vida social e cultural, a pesquisa sobre o espaço e a época em que
se desenvolveram ajuda a compreendê-las melhor. As biografias dos artistas também
oferecem rico material, sobretudo quando mostram a formação e o desenvolvimento do
aprendizado artístico.
Importante dizer que os eixos não possuem uma ordem específica e que, a cada momento, questões
diversificadas podem aparecer, de acordo com os rumos do diálogo. No caso de uma pintura de
retrato, por exemplo, a figura humana pode iniciar o processo de mediação.
Manet: um precursor do Impressionismo
A pintura francesa do século XIX foi marcada pela forte presença da Academia, uma instituição
mantida pelo Estado. Os Salões anuais exibiam as obras realizadas a partir de rígidas regras de
composição, como o desenho naturalista, o correto emprego das cores e, sobretudo, a narrativa
de temas considerados nobres, como cenas históricas e religiosas, personagens da mitologia e
retratos de nobres. Mas um pintor chocaria a sociedade parisiense em 1863: Edouard Manet.
Rejeitado pelo júri do Salão oficial, participou do Salão dos Recusados, mostrando assuntos e
personagens de seu tempo, ao invés de apresentar seres mitológicos tão queridos pela Academia.
Proposta de mediação
Tocador de Pífaro é uma obra que traz a característica de
Manet de buscar referências no passado, neste caso no
pintor espanhol Diego Velásquez, e dar uma roupagem
atual. As pinceladas livres, que deixam marcas
aparentes, e o fundo difuso, sem precisão, anunciam o
que os impressionistas iriam desenvolver em seguida.
Exercícios de investigação
Como a figura do músico ocupa quase a totalidade da
Ÿ
composição, as perguntas podem girar em torno da
personagem – a postura, o semblante, o uniforme, o tipo
de música, como seria o som, o lugar em que ele toca, a
época.
Quem seria o menino? Importante informar que a
Ÿ
Academia costumava exibir retratos de pessoas
conhecidas. Manet representa alguém desconhecido, um
modelo qualquer.
Investigação da forma: observar como a simplicidade do
Ÿ
fundo não indica o que é chão ou parede claramente. A
área negra não apresenta variações de tons, parecendo
quase bidimensional. Veja que o vermelho da calça tem
poucas referências dos dobrados do tecido. As pinceladas
são aparentes, sem o tratamento acadêmico e
naturalista.
<Pífano> (em português brasileiro) ou pífaro (em
português europeu) ou ainda pife é uma pequena flauta
transversal aguda similar a um flautim. Os pífanos são
originários da Europa medieval e frequentemente
usados em bandas militares. O pífano é um instrumento
tradicional do Nordeste do Brasil, onde ainda se
encontram as "bandas de pífanos" ou "bandas de pife
cabaçal". Com sete orifícios, um para soprar e seis para
dedilhar, seus tocadores transmitem a cultura do pífano
- tanto a confecção, quanto o repertório - pela tradição
oral, que, em geral, dispensa a partitura, sendo tocado
de ouvido.
Edouard Manet
Le Fifre (O tocador de pífaro), 1866
Óleo sobre tela, 161 x 97 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé Lewandowski
04
Edouard Manet (Paris, França, 1832 - 1883)
O Artista - Retrato de Marcellin Desboutin, 1875
Óleo sobre tela, 195,5 x 131,5 cm
Coleção MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand
Foto João L. Musa
O
RETRATO MODERNO: QUEBRA DOS VALORES ACADÊMICOS
Manet apresentou a obra O artista: retrato de Marcellin Desboutin ao Salão de 1875 e, como
previsto, foi recusado. A tela, de grandes dimensões, retrata o pintor Desboutin, um boêmio do
círculo dos impressionistas, em uma cena simples e despojada. Retratos deste formato eram
destinados aos nobres e aristocratas, geralmente chamados de retratos de pompa. Aqui, Manet
mais uma vez usa referência da arte tradicional, mas colocando em cena um frequentador de
bares, gente comum da sociedade.
Proposta de mediação
Diferente das poses elegantes dos retratos de elite, Desboutin aparece descontraído, segurando
um saco com um cachimbo. Atrás dele, um cachorro lambe um copo sem olhar para o espectador. A
cena parece estranha quando sabemos da tradição ainda em voga do retrato de elite do século XIX.
Exercícios de investigação
Trabalho com símbolos: a composição é bem econômica, aparecendo, além do pintor, o cachimbo em
Ÿ
sua mão e o cachorro com o copo. Qual seria a relação entre esses elementos? Mostrar que os
símbolos pertencem ao seu tempo, como o cachimbo, que estava associado à boemia no final do
século XIX.
O cão, além de criar um contraste de sua pelagem clara em relação aos tons escuros do quadro, traz
Ÿ
também uma sutil ligação com a figura do pintor. Repare que ele bebe em um copo típico de bares,
uma clara referência ao personagem principal.
Contextualizando
O Naturalismo era uma forma de representação que buscava mostrar as coisas do mundo
Ÿ
da maneira mais fiel, como os corpos perfeitos, as cores da pele parecendo reais, as
texturas dos objetos, o volume, a profundidade e as corretas proporções.
Em 1863, aconteceu algo tão estranho que chegou a chocar Napoleão III: os jurados
Ÿ
recusaram 3.000 obras de outros artistas que não atingiram a qualidade desejada pela
Academia. Impressionado por essa quantidade, Napoleão III exigiu que essas obras fossem
expostas em um salão paralelo, que ficou conhecido como “Salão dos Recusados”.
Manet sempre desejou ser aceito na Academia, buscando no passado modelos da tradição,
Ÿ
como Rafael, Ticiano e Velásquez. O que faltava então para o sucesso? Manet causava
polêmica por dar um tom atual, cotidiano e corriqueiro aos assuntos, além de desenvolver
uma pintura com pinceladas pouco convencionais, consideradas “sujas” pelos acadêmicos.
05
O
IMPRESSIONISMO E A REVOLUÇÃO DO OLHAR
O século XIX foi o tempo das pesquisas visuais. Teorias da cor, estudos sobre a retina e o
funcionamento do olho, análises sobre a percepção, invenção da fotografia e, mais tarde, do
cinema são algumas das contribuições da época para o conhecimento sobre a imagem e a visão. O
grupo dos impressionistas acompanhou de perto essas discussões, tratando a pintura como
instrumento científico.
06
Os impressionistas queriam mostrar através da pintura que as cores dos objetos dependiam
Ÿ
da qualidade da luz. O amanhecer torna as paisagens azuladas, enquanto o meio-dia de
verão tende ao branco, por exemplo.
As estações do ano possuem cores próprias e isso poderia ser comprovado através de
Ÿ
variadas pinturas da mesma paisagem em diferentes épocas.
O pintor não precisaria mais misturar as cores na palheta, preferindo usá-las puras na tela.
Ÿ
De longe, a retina faria a mistura, dando a sensação do colorido.
Para captar o instante, a pintura impressionista deveria ser rápida e ao ar livre, sem os
Ÿ
acabamentos e retoques típicos de ateliê. Assim, o desenho prévio não era mais necessário.
Os impressionistas perceberam que as sombras não são castanhas ou pretas, mas formadas
Ÿ
pelas cores complementares das cores dos objetos. Daí o colorido intenso das paisagens.
Edgar Degas
Danseuses montant un escalier
(Dançarinas subindo uma escada),1886-1888
Óleo sobre tela, 39 x 89,5 cm
© RMN (Musée d'Orsay)/ Hervé Lewandoswski
Claude Monet
La gare Saint Lazare
(Estação de Saint Lazare), 1877
Óleo sobre tela, 75,5 x 104 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé Lewandowski
O
INSTANTE MODERNO:
MONET
E A PAISAGEM
O quadro A Gare Saint Lazare, de Claude Monet, apresenta as características básicas do
Impressionismo. Monet não se preocupou com o desenho, preferindo eliminar os contornos para
conseguir o efeito do instantâneo.
Proposta de mediação
Nesta obra, a vida moderna aparece bem visível na paisagem, como a novidade da locomotiva a
vapor. A ligação entre as cidades passou a ser mais rápida e a velocidade começou a ser
característica da modernidade. Além disso, Monet compôs quase uma dezena de quadros do
mesmo ponto de vista, mostrando que a cada instante as cores mudam de acordo com a luz.
Exercícios de investigação
Quando estamos bem perto do quadro, por que a imagem fica mais desfocada, com borrões
Ÿ
aparentes? Qual seria o motivo de vermos melhor, com maior nitidez, de longe?
Quais as cores mais usadas por Monet nesta obra? Quando os alunos perceberem o intenso jogo entre
Ÿ
azuis e laranjas, mostre o quanto o uso equilibrado de cores complementares colabora para
harmonizar a composição.
O contexto do século XIX: como seria a vida das pessoas sem os transportes velozes? Seria
Ÿ
interessante aqui exemplificar o tempo gasto para ir a algum lugar usando diferentes meios de
locomoção: a pé, de carro, de trem, de avião.
Contextualizando
A primeira exposição impressionista aconteceu no estúdio de um famoso fotógrafo de Paris,
Ÿ
Félix Nadar, em 1874. Um crítico, ao ver com decepção aqueles quadros com manchas e
borrões, aproveitou o título do quadro Impressão: sol nascente, de Claude Monet e
denominou o grupo de “impressionistas”. Apesar do tom pejorativo, os artistas assumiram o
nome para identificá-los como grupo.
Para facilitar a rápida mudança de uma tela para outra, com a intenção de não perder o
Ÿ
instante, Monet criou um tipo curioso de cavalete: fez uma estrutura horizontal para
acomodar várias telas em sequência. Assim, a cada hora do dia, ele podia passar para o lado
sem precisar parar para trocar as telas. As pinturas em série ficaram muito famosas e
resumem a pesquisa impressionista da relação entre a luz e a cor.
O Impressionismo aconteceu em uma época de crise da representação tradicional na arte. A
Ÿ
fotografia havia ocupado um lugar de registro mais dinâmico e aparentemente verdadeiro,
por necessitar do modelo para existir. A pintura, então, precisava encontrar uma função
nova na sociedade industrial, um novo valor de representação.
09
REFLEXOS
DO INSTANTE: A ÁGUA COMO TEMA
Uma das grandes paixões de Monet era a pintura de paisagens com água, como rios e praias.
Cada obra revela um tratamento específico da superfície, uma curiosidade para compararmos
algumas telas.
Proposta de mediação
Várias obras de Monet apresentam a paisagem aquática como motivo de suas pesquisas visuais.
Como o artista não seguiu somente uma técnica para compor os reflexos e os efeitos de movimento
da água, podemos explorar um conjunto de trabalhos para exemplificar essa diversidade.
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Claude Monet
Régates à Argenteuil
(Regatas em Argenteuil), c. 1872
Óleo sobre tela, 48 x 75,3 cm
© RMN (Musée d'Orsay)/ Hervé
Lewandoswski
Claude Monet (Paris, França,
1840 - Giverny, França, 1927)
A Canoa Sobre o Epte, c.1890
Óleo sobre tela, 133 x 145 cm
Coleção MASP, Museu de Arte de
São Paulo Assis Chateaubriand
Foto João L. Musa
Exercícios de investigação
Sempre que aparecer uma tela de Monet que
Ÿ
represente passagens com rios, lagos e praias,
propor uma observação atenta de como ele
produz os reflexos. Mostrar as diferenças de
pinceladas nas partes da composição, como o
tratamento do céu, da terra e da água. É
importante manter as referências entre as
telas vistas, para sugerir a diversidade de
técnicas a partir da comparação.
Como reconhecemos as áreas alagadas do
Ÿ
restante da composição?
Comparar as duas obras acima: a
Ÿ
tranquilidade de Regates a Argenteuil e o
turbilhão de Canoa sobre o Epte. Mostrar o
quanto a segunda obra é ousada em termos de
composição, com o corte abrupto da figura do
lado esquerdo.
Contextualizando
Para que as paisagens aquáticas fossem percebidas com maior intensidade, Monet criou um
Ÿ
ateliê improvisado em um barco. Assim, ele poderia estar dentro do tema, captando com
maior proximidade a essência de cada efeito, de cada impressão atmosférica.
O Impressionismo foi considerado um movimento artístico ligado aos progressos científicos
Ÿ
do século XIX. Isso aparecia representado nos temas, mas, sobretudo, na forma dos
artistas enxergarem o mundo. Todos os efeitos captados por Monet em suas paisagens têm
como base as pesquisas sobre contrastes simultâneos, do químico Michel-Eugène Chevreul,
entre outros estudos da época.
O círculo cromático, exibindo as cores primárias e secundárias, era ferramenta
Ÿ
indispensável ao artista impressionista. Com ele, a combinação harmônica entre os
contrastes colaborava para criar reflexos, sombras coloridas e misturas entre tons
colocados próximos.
RENOIR
E O COTIDIANO:
PERSONAGENS EM MOVIMENTO
Enquanto Monet perseguia as sensações de cor e luz
na paisagem, fosse da moderna Paris ou das regiões
mais afastadas do grande centro, Auguste Renoir
preferia o retrato da sociedade de seu tempo,
sobretudo, do feminino. Conhecido pelo seu colorido
intenso e delicado, Renoir parecia um cronista da
burguesia parisiense, mostrando o dia a dia através
de cenas comuns. Acreditava que a pintura deveria
ser bela sempre. Para ele, o mundo estava repleto de
coisas feias e tristes, cabendo à arte o papel de
espalhar a beleza. O conjunto de sua vasta obra pode
ser resumido em duas palavras: cor e alegria. Renoir
trabalhou, quando menino, em uma fábrica de
porcelanas como decorador. Estudou os mestres
franceses do século XVIII pertencentes ao estilo
Rococó, de onde absorveu o uso delicado das cores, a
alegria das composições e os efeitos brilhantes de
certas pinceladas. Para ele, o preto não era cor, e sim
um vazio que deveria ser evitado.
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Pierre-Auguste Renoir
(Limonges, França, 1841 - Cagnes, França, 1919)
Rosa e Azul (As Meninas Cahen d´Anvers), 1881
Óleo sobre tela, 119 x 74 cm
Coleção MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Foto João L. Musa
Exercícios de investigação:
Quando a obra enfatiza a figura humana como
Ÿ
elemento principal, é comum iniciarmos o
diálogo observando as personagens em ação
em um ambiente específico. Neste caso, trazer
para a discussão como Renoir consegue captar
um instante de forma tão natural.
Quais sentimentos as duas figuras parecem
Ÿ
transmitir? Explorar diferentes possibilidades:
ansiedade, descontração, concentração,
nervosismo, tranquilidade, desatenção.
Sobre a forma: analisar as texturas, sobretudo
Ÿ
dos tecidos. Há tapetes,
cortinas e os
brilhantes vestidos das meninas. Mostrar o
quanto a composição do ambiente colabora
para o sentido de acolhimento e conforto.
Investigar o papel das pinceladas para
conseguir tamanha variedade de efeitos.
Observar também a delicadeza dos rostos,
como se fossem de porcelana.
Sobre a composição: falar de plano aberto,
Ÿ
como algumas paisagens de Monet, e plano
fechado, como esta imagem de Renoir.
Importante mencionar a influência da
fotografia para o uso de cortes da cena, como
forma de mostrar melhor o fragmento de
realidade escolhido pelo pintor.
Pierre-Auguste Renoir
Jeunes filles au piano (Moças ao piano), 1892
Óleo sobre tela, 116 x 90 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé Lewandowski
O
PÓS-IMPRESSIONISMO: CAMPO ABERTO À EXPERIMENTAÇÃO
Se o Impressionismo havia mostrado que a arte poderia seguir um caminho próprio, sem
necessariamente estar a serviço do Estado, da Igreja ou de qualquer outra instituição, havia
também despertado o interesse pela experimentação. A tela virou um espaço de pesquisas e o
Impressionismo acabou sendo apenas uma possibilidade, uma maneira de ver o mundo. No lugar
de apenas um estilo dominante, vários “ismos” se desenvolveram em um curto espaço de tempo.
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10
<Neo-Impressionismo> Também conhecido como Pontilhismo, buscou aprofundar o que
Ÿ
os impressionistas faziam, mas detendo-se nas características da cor. Os artistas estavam
interessados pelas descobertas da Física e da Química, aplicando na tela pequenos pontos
que deveriam ser misturados diretamente no olho. Georges Seurat e Paul Signac foram os
principais representantes do Pontilhismo.
<Simbolismo> Toda grande inovação traz consigo movimentos de reação contrária, como
Ÿ
foi o Simbolismo em relação ao Impressionismo. Os artistas simbolistas criticavam a filiação
do estilo aos saberes científicos. Assim, defendiam uma pintura baseada no mundo dos
sonhos e da fantasia, longe do realismo impressionista.
<Sintetismo> Este movimento representado pelo pintor Paul Gauguin seguiu os princípios
Ÿ
do Simbolismo, mas enfatizando elementos “primitivos” ou mesmo infantis. A arte deveria
ser livre dos moldes da natureza para explorar a simplicidade, muito influenciada pela arte
de povos considerados exóticos na época.
Van Gogh e Cézanne - Os dois pintores são considerados marcos da Arte Moderna e suas
Ÿ
pesquisas individuais dificultam a sua filiação a algum movimento. São precursores de
grandes correntes de vanguarda do século XX, como o Expressionismo e o Cubismo.
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Paul Gauguin
Les Alyscamps
(Alyscamps), 1888
Óleo sobre tela, 91,5 x 72,5 cm
© RMN (Musée d'Orsay)/ Hervé Lewandoswski
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Paul Cézanne
Rochers près des grottes
audessus de Château-Noir
(Rochedos perto das grutas
acima de Château-Noir), c. 1904
Óleo sobre tela, 65 x 54 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé
Lewandowski
CÉZANNE: A COR CONSTRUINDO O MUNDO
Paul Cézanne herdou a maneira de pintar ao ar livre dos impressionistas, mas o seu interesse pela
natureza era bem diferente. Ele achava que a pintura poderia ser muito mais que o registro dos
fenômenos da natureza, podendo reconstruí-la através de formas simples, como cilindros, cones
e esferas.
Proposta de mediação
A postura de Cézanne diante da natureza era uma novidade e uma ousadia. Se o Impressionismo
formava borrões capazes de criar efeitos óticos atmosféricos, de certa forma ainda associado ao
Realismo, Cézanne se afastou radicalmente de qualquer aspecto realista. Para a mediação, é
fundamental propor a observação da estrutura formal do quadro, como o artista usa a cor para
compor a paisagem.
Exercícios de investigação
Olhar bem de perto os detalhes da paisagem. Verificar os tons, as largas áreas de cor e o efeito quase
Ÿ
quadriculado da superfície. A imagem é nítida de perto? Quais elementos aparecem visíveis que
possam indicar que se trata de uma paisagem?
Cézanne estava preocupado com o instante, com a atmosfera do lugar, conforme os impressionistas
Ÿ
trabalhavam? Qual a principal diferença entre as pinceladas de Cézanne e as de Monet ou Renoir?
Em relação ao espaço, há a sensação de profundidade? Como os elementos, rochas e árvores, estão
Ÿ
organizados? Se conseguirmos ver profundidade, qual seria a técnica de Cézanne, pois não aparece
nenhuma noção de perspectiva na composição?
Contextualizando
Cézanne sempre recebeu críticas negativas de seu trabalho, o que o chateava bastante. Por
Ÿ
suas pinceladas grossas e sem aquele efeito ótico dos impressionistas e dos
neoimpressionistas, sua obra era ainda mal compreendida. Porém, ele não precisava se
preocupar em vender quadros, pois havia recebido uma generosa herança com a morte do
pai.
Cézanne pouco falava de arte e vivia isolado, imerso em sua pintura. Entretanto, o pouco
Ÿ
que falou influenciou toda uma nova geração de artistas modernos, como Pablo Picasso e
Henri Matisse. Ambos costumavam dizer que Cézanne era uma espécie de pai.
Com Cézanne, a pintura se afasta de vez de qualquer relação de proximidade com a
Ÿ
natureza, transformando-se em objetos autônomos e com realidades próprias. A
representação em pintura se torna específica, existindo somente no espaço da tela, como se
fosse um mundo particular, criado a partir da vontade do artista.
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VAN GOGH:
A COR QUE FALA
Solitário como Cézanne, Vincent Van Gogh também trilhou um caminho de análise da cor, dandolhe um significado poético e expressivo. Ele queria uma pintura que pudesse gritar, falar ao
próximo, tocar os sentidos e sentimentos. Passou a usar o gesto e as cores fortes para comunicar.
Proposta de mediação
Van Gogh costumava dar igual valor aos temas e à forma de executar a pintura. Para ele, o tema
não era apenas o pretexto para compor o quadro, mas o meio simbólico de usar o conhecimento
sobre cores, espaço e luz.
Exercícios de investigação
Após a análise de obras impressionistas que eliminaram o desenho, ou seja, o contorno das figuras,
Ÿ
procure despertar nos alunos a percepção das linhas grossas usadas por Van Gogh.
A imagem apresenta um salão de dança em Arles visivelmente lotado de pessoas. Proponha uma
Ÿ
observação atenta para identificar alguma personagem que se destaque. Repare que, no lado direito,
há uma figura feminina que parece olhar para o espectador, ou seja, o próprio pintor. Trata-se de
Madame Roulin, esposa de um carteiro que morava próximo ao artista.
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Contextualizando
O que eu gostaria de descobrir é o efeito de um azul mais intenso no céu. (...)
Meu Deus, sim, se pegarmos um punhado de areia seca, se a examinarmos de
perto, a água também o ar, vistos desta maneira são todos incolores. Não há
azul sem amarelo e sem alaranjado, e se colocarmos o azul, então temos de
colocar o amarelo, e o alaranjado também, não é? Ah bem, você dirá que eu só
escrevo banalidades. (Carta de Van Gogh ao pintor Emile Bernard, 1888).
Ao intensificar o valor da cor, da textura e da linha com as pinceladas gestuais, Van Gogh
Ÿ
abriu o caminho para o Expressionismo, movimento moderno que percebeu o quanto a
pincelada tem o poder de comunicar.
Van Gogh
La salle de danse à Arles
(Salão de dança em Arles), 1888
Óleo sobre tela, 65 x 81 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé
Lewandowski
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Henri de Toulouse-Lautrec (Albi, França,
1864 - Château de Malromé, França, 1901)
A Bailarina Loïe Fuller Vista dos Bastidores
(A Roda), 1893
Óleo e têmpera sobre cartão, 63 x 47 cm
Coleção MASP, Museu de Arte de São Paulo
Assis Chateaubriand
Foto João L. Musa
TOLOUSE-LAUTREC
E O MUNDO DO ESPETÁCULO
Henri de Toulouse-Lautrec viveu intensamente a vida noturna de Paris do fim do século XIX,
frequentando cabarés e bares repletos de boêmios. Mas ele não estava por ali apenas para se
divertir; pintou cenas inusitadas das personagens da noite, como dançarinas, prostitutas e uma
multidão de anônimos em busca de prazer.
Proposta de mediação
Para captar instantes tão fugidios das cenas noturnas, Toulouse-Lautrec usou técnicas de pintura
de feitura mais rápida, como o guache e o pastel. A obra A Roda, por exemplo, substituiu a tela
pelo cartão, material fácil de transportar, apesar de o papel ser considerado, naquele tempo,
inferior em relação aos meios tradicionais de pintura.
Exercícios de investigação
A primeira impressão da cena e que mais chama a atenção é a pose da dançarina. Com traços rápidos,
Ÿ
como num esboço, Toulouse-Lautrec procura congelar um momento que durou frações de segundo.
Instigar o aluno a perceber a cena como um todo, pois a dançarina parece desafiar a lei da gravidade.
Mostrar a ousadia do artista ao registrar um instante deselegante, mas verdadeiro enquanto registro.
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Reparar que, em grandes áreas do quadro, Toulouse-Lautrec aproveitou a cor do próprio cartão, como
Ÿ
no piso e na saia da dançarina. Isso, além de economizar tempo, confere uma ideia de velocidade,
combinando com a dinâmica da própria dança. Ao mesmo tempo, porém, o artista deixa a obra com
uma sensação de inacabado.
Toulouse-Lautrec trabalhou como ilustrador de revistas e também criando cartazes para shows, duas
Ÿ
atividades diretamente ligadas à circulação cada vez maior da imagem. Mostrar o quanto o seu
peculiar modo de pintar está inteiramente ligado ao seu tempo, principalmente ao mundo do
espetáculo.
Contextualizando
A relação próxima entre Toulouse-Lautrec e os espetáculos noturnos de Paris deu ao artista
Ÿ
a oportunidade de produzir diversos cartazes promocionais de teatros e cabarés. O seu
desenho, que às vezes beira a caricatura, lançou moda na época, revolucionando a
publicidade em plena ascensão.
Toda a movimentação em torno do mundo do espetáculo aconteceu no período que
Ÿ
chamamos de Belle Époque. Foi uma fase de progresso iniciado na França e que depois se
espalhou pelo mundo, inclusive no Brasil. Na arte, houve a valorização dos elementos
decorativos vindos do movimento Art Nouveau, o qual influenciou bastante a pintura de
Toulouse-Lautrec.
IMPRESSIONISMO
NO
BRASIL
Paris era o centro cultural do Ocidente no final do século XIX. A moda, a arte e os costumes
franceses influenciaram o gosto em quase toda grande cidade. Quando o Impressionismo venceu
as críticas negativas das primeiras exposições e se tornou um sucesso na década de 1880, toda a
sua pesquisa visual de cor e luz impregnou a mente de jovens pintores de várias nacionalidades.
Foi assim também com os artistas brasileiros Eliseu Visconti e Belmiro de Almeida, originários da
tradição acadêmica, mas tocados pelas experimentações modernas quando estiveram em Paris.
ELISEU VISCONTI:
ENTRE A ACADEMIA E O MODERNISMO
Formado pela Academia Imperial das Belas Artes, Eliseu Visconti não ficaria restrito aos modelos
tradicionais. Ele já possuía aquele espírito moderno da experimentação, da vontade de ver até
onde a pintura poderia ir.
Proposta de mediação
Eliseu Visconti foi um dos primeiros pintores a apresentar o Impressionismo ao público brasileiro.
A sua passagem pelo Impressionismo marcou uma fase de cores brilhantes, como observamos
na obra Carrinho de criança.
22
Exercícios de investigação
Quantos tons de verde o pintor usou? Qual a cor usada para intensificar ainda mais o verde? Mostrar o
Ÿ
que os tons avermelhados colaboram para realçar os verdes, em uma pesquisa de cores
complementares.
Apesar de branco, o vestido da mãe reflete tons variados do ambiente. Bom momento para exercitar o
Ÿ
olhar em relação às influências mútuas entre as cores, ou seja, o quanto a combinação interfere na
nossa percepção.
Contextualizando
O Rio de Janeiro importou o clima da Belle Époque parisiense e, com o prefeito Pereira
Ÿ
Passos, sofreu mudanças drásticas de urbanização, como a abertura da Avenida Central em
plena área tipicamente barroca. O Modernismo havia chegado não apenas na pintura, mas
em várias áreas sociais.
A luz elétrica transformou os hábitos das pessoas, incluindo a noite como uma extensão do
Ÿ
dia. Se antes da eletricidade a noite era apenas para os boêmios e vagabundos, passou a ser
momento de diversão, tendo o cinema como principal atração.
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Eliseu Visconti
Carrinho de criança, c.1916
Óleo sobre tela
66 x 81 cm
Coleção Museus Castro Maya / Ibram / MinC, RJ
Foto Photo Síntese Fotografia
PROPOSTA
DE VIVÊNCIA PARA PROFESSORES:
IMPRESSIONISMO
Algumas especificidades da pesquisa impressionista são materiais ricos para desdobramentos
em sala de aula, com o objetivo de apropriação dos valores do estilo. Pintura ao ar livre, com
pinceladas soltas e luminosas, captação do movimento, uso de sombras coloridas e angulação
vinda da linguagem fotográfica são algumas possibilidades de exploração.
Abaixo, oferecemos algumas atividades para alunos, buscando ampliar o diálogo com as obras
após a sua leitura e contextualização. Como exemplo, o professor pode aproveitar recursos
disponíveis em sua sala e na própria escola, como:
Usar a parte externa da escola – pátio, jardim, fachada, paisagem. Preferencialmente locais
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onde haja luz solar.
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Em caso de turmas com horários noturnos, o professor pode utilizar as pesquisas de claro e
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escuro, sombras projetadas, pinturas em tons escuros, sem, no entanto, usar a tinta preta.
Alunos que possuam celulares com recurso de câmeras fotográficas podem pesquisar na
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prática a escolha do recorte, o porquê de determinadas partes ficarem de fora, o
enquadramento e a composição.
O registro de personagens da própria escola, através de retratos que posteriormente podem
Ÿ
ser transformados em telas.
O importante nesse momento é estabelecer o diálogo entre o Impressionismo e a Arte
Contemporânea, como se dá a abertura para o Modernismo e como os princípios adotados pelo
estilo do “instante” influenciaram e continuam presentes na Arte de hoje.
Então, mãos à obra!
QUAL É A COR?
Materiais
Lanterna ou abajur. Lâmpadas nas cores vermelha,
amarela e azul ou papel celofane nas mesmas cores.
Objetos coloridos nas cores citadas (peças, brinquedos,
canetinhas).
Preparo
Separe as peças coloridas em três grupos. Procure
agrupar pela tonalidade das peças.
Grupo 1 – peças vermelhas, luz vermelha.
Grupo 2 – peças azuis, luz azul.
Grupo 3 – peças amarelas, luz amarela.
Acenda as lanternas (preferencialmente uma de cada
vez e em uma sala escura) e observe as cores das
peças.
Proponha a troca das luzes e observe as cores que irão
surgir.
O objetivo desta atividade é observar e discutir um dos
princípios do Impressionismo, no qual a luz incidente
sobre os objetos pode alterar sua tonalidade.
Como sugestão para o aprofundamento da reflexão,
sugerimos a leitura de artigos sobre cores primárias e
cores luz.
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COR E FORMA
Materiais
Retroprojetor, recipiente raso e transparente, um
pouco de água e pigmentos nas cores vermelha, azul,
amarela.
Acenda o retroprojetor e coloque sobre ele o recipiente,
com uma fina lâmina de água. Divida os alunos em
grupos.
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Proponha que dois alunos respinguem pausadamente
pigmentos de cor diferente, um de cada vez, nas
extremidades opostas do recipiente. Um terceiro aluno,
com um pincel, puxa ambos os pigmentos para o meio
do recipiente, tentando criar linhas de movimento e
misturando as cores. Os outros observam e anotam
impressões sobre a interação das cores e formas.
O objetivo desta atividade é observar e discutir os
princípios de formação do pigmento de cor. Lembre-se
que alguns impressionistas não misturavam suas
cores, mas criavam camadas que, vistas a uma certa
distância, eram “misturadas” pelo olhar. Perceba como
a luz e os pigmentos alteram as cores.
Como sugestão para o aprofundamento da reflexão,
sugerimos a leitura de artigos sobre a cor-pigmento e
os processos que a envolvem.
FIGURA E FUNDO
Materiais
Revista, calendários, papéis coloridos, tesoura e cola.
Inicialmente, peça que os alunos procurem figuras humanas. Em seguida, peça a eles que observem a relação entre
as figuras e os fundos. Agora, com a tesoura, separe as formas do fundo.
Procure estabelecer novas relações entre forma e fundo, substituindo-o.
Como proposta de reflexão, proponha que os alunos reflitam sobre os próprios vestuários e as ocasiões em que são
usados. Você pode começar pelo uniforme escolar. Em que local ele é usado?
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CENAS COTIDIANAS
Materiais
Cartolina e giz (pode ser giz pastel ou
cera).
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Em uma conversa com seus alunos,
estabeleça algumas cenas que façam
parte do seu cotidiano (em casa, na rua,
no clube, na escola). Divida os alunos
em subgrupos. Cada um irá compor a
cena escolhida como se fosse uma cena
teatral.
Disponha-os em um círculo, onde cada um irá registrar a cena de um ângulo diferente com a
cartolina e o giz. É importante que a cena seja registrada da forma mais completa possível. Estimule
os seus alunos a criarem um desenho para o corpo, evitando assim o famoso corpo de palito.
Concluída essa fase, cada um irá terminar o seu desenho, dando volume e texturas variadas à cena.
Exponha as imagens na sala e peça que busquem relações entre as imagens e a realidade.
PATROCÍNIO
EDUCADORES
Banco do Brasil
Alessandra Biá
Carlos Lima
Clara Santhana
David Alfredo
Felipe Capello
Gaia Traverso
Jaspe Mattos
Marcelo Augustinho
Mariana Paulse
Sandne Paz
Verônica Santos
Wallace Berto
REALIZAÇÃO
Centro Cultural Banco do Brasil
COORDENAÇÃO GERAL
Daniela Chindler
COORDENAÇÃO
DE
AÇÕES EDUCATIVAS
Alexandre Diniz
COORDENAÇÃO
DE
PRODUÇÃO
Cristiane Leal
Flávia Rocha
COORDENAÇÃO ARTÍSTICA
ARTES CÊNICAS E MÚSICA
Gabriel Sant'Anna
ASSISTENTE
[Verso]
Paul Gauguin
Paysannes bretonnes
(Camponesas bretãs), 1894
Óleo sobre tela, 66 x 92,5 cm
© RMN (Musée d'Orsay) / Hervé Lewandowski
DE
PESQUISA
Thiago Jatobá
SUPERVISÃO OPERACIONAL
Elaine de Souza
Bruno Imenes
Joubert Assumpçâo
CADERNO
ESTAGIÁRIOS
DE
DO
CADERNO
Gustavo Gavião
COLABORAÇÃO
Alexandre Diniz
REVISÃO
Tatiane Souza
PROJETO GRÁFICO
André Ferreira Lima
EXPOSIÇÃO
IMPRESSIONISMO
PARIS E A MODERNIDADE
OBRAS-PRIMAS MUSÉE D'ORSAY - PARIS, FRANÇA
CURADORIA GERAL
Camila Araújo
Camilla Costa
Camila Cunha
Dally Velloso
Fernanda Paixão
Fernando Codeço
Hugo Grativol
Júlia Chindler
Lorena Álvares
Luisa Mendes
Luisa Nolasco
Manuel Thomas
Mariana Leocádio
Martha Soares
Nívea de Santana
Raísa Curty
Ticiano Lima
INTÉRPRETE
REDAÇÃO
Guy Cogeval
Presidente dos museus d'Orsay e de l'Orangerie
Pablo Jiménez Burillo
Diretor-Geral do Instituto de Cultura da Fundacíon
MAPFRE
CURADORIA CIENTÍFICA
Caroline Mathieu
Conservadora-Chefe no Musée d'Orsay
Rua Primeiro de Março, 66 Centro
20010-000 Rio de Janeiro, RJ
Informações e agendamento
Tels. 21 3808 2070 / 3808 2254
De segunda a sexta, das 9h às 17h
bb.com.br/cultura
LIBRAS
Caroline Lucena
CCBB EDUCATIVO – 1º andar
Serviço de transporte gratuito
para escolas públicas e ONG
SAC
0800 729 0722
Ouvidoria BB
0800 729 5678
Deficientes Auditivos
0800 729 0088
Material elaborado
para distribuição
gratuita nos encontros
Práticas e Reflexões
com Educadores.
facebook.com/ccbb.rj
twitter.com/ccbb_rj
Ministério da
Cultura

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