Populações Indígenas

PROGRAMA LUZ PARA TODOS
INFORME
REGIÃO SUDESTE
GOIÁS
ANO I - NOS 9 E 10 - SETEMBRO 2006
IMPRESSO FECHADO - PODE SER ABERTO PELA ECT
LUZ PARA TODOS CHEGA ÀS
Populações Indígenas
Cerca de 500 índios tupis-guaranis da região Sudeste
já podem contar com os benefícios da energia
O
programa Luz para Todos entregou novas obras de eletrifi-
incluem, além da eletrificação de 60 domicílios, a reforma e o
cação rural para a população indígena da região Sudeste.
aparelhamento da Escola Indígena Guarani Karai Kuery Renda,
Ao todo, 500 índios tupis-guaranis foram beneficiados nas aldei-
a recuperação dos açudes para criação de peixes, a instalação de
as de Sapukay, em Angra dos Reis (RJ), e Itaoca, em Mongaguá
um ateliê de corte e costura, a implementação de uma Oficina
(SP). “Mais uma vez, o programa dá mostras de que não se
Coletiva de Artesanato, com a distribuição de kits com ferramen-
propõe apenas a promover a eletrificação rural, mas também o
tas para o desenvolvimento do artesanato produzido pelos
resgate da cidadania e da dignidade nacional”, ressaltou o
núcleos familiares, e o desenvolvimento do Programa de Segu-
coordenador regional adjunto e representante de FURNAS,
rança Alimentar, com o fornecimento de farinha rica em proteí-
Paulo Tadeu D’Arcadia.
na, para ser adicionada à alimentação diária dos indígenas.
Em Angra dos Reis, as obras, realizadas pela concessionária
Continua na página 3
Ampla, demandaram investimentos da ordem de R$ 117 mil e
Foto: Monica Milone
Energia elétrica
desenvolve
comunidades rurais
de Minas Gerais
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Agentes destacam
a importância
do programa
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Aldeia indígena beneficiada
pelo Programa
FURNAS
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ENERGIA ELÉTRICA DESENVOLVE COMUNIDADES RURAIS DE
Minas Gerais
do Meio, e do Assentamento Rio dos Bois,
em Chapada Gaúcha, também foram atendidos pelo Programa Luz para Todos.
Com o intuito de estimular o desenvolvimento social e econômico nas localidades, o CCP faz com que o homem do
campo se beneficie economicamente das
vantagens do acesso à luz elétrica, gerando renda para si e seus familiares, e ajudando a desenvolver a região onde vive.
Fotos: Arquivo FURNAS
“Não basta só levar a energia elétrica.
Temos que dar condições para que ele
possa aproveitá-la, usufruindo os seus benefícios. Por isso, estamos buscando estabelecer um forte elo com as ações sociais
F
do governo federal, especialmente com o
contar com 13 Centros Comunitários de
A eletrificação rural tem como princi-
Produção – CCPs, inaugurados em diferen-
pal objetivo promover o desenvolvimen-
tes comunidades do estado recentemente
to do interior e a geração de emprego e
eletrificadas. As obras do Programa Luz
renda a partir do uso da energia elétrica.
para Todos tiveram apoio de FURNAS, do
Por isso, busca a integração de ações e
Ministério de Minas e Energia e as parcerias
estabelece diretrizes e estratégias para
amílias do meio rural em municí-
programa Fome Zero”, afirma o coorde-
pios de Minas Gerais passaram a
nador estadual Milton Tavares Campos.
de prefeituras, da Fundação Artur
implementação de projetos sociais e pro-
Foto de cima:
Bernardes – FUNERBE, e da Universidade
dutivos nas comunidades atendidas. As
Joaquim Justino ao lado
Federal de Viçosa – UFV. No município de
ações integradas do programa são funda-
Santos Dumont, 12 famílias passaram a con-
mentadas na construção de parcerias, na
Abaixo, secador e
tar com tanque de resfriamento de leite.
articulação de políticas e programas go-
beneficiador de café
Além delas, 570 moradores do Assentamen-
vernamentais e na coordenação de ativi-
na comunidade de Urtiga
to Primeiro do Sul, no município de Campo
dades junto aos agentes comunitários.
do tanque de resfriamento
de leite em Curvelo;
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FURNAS
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Continuação da matéria de capa
Segundo o coordenador do programa no estado (RJ), Luiz
alternativo para a produção do artesanato, atividade predominan-
Carlos Sixel de Oliveira, todos esses projetos de ações integradas
te entre os indígenas de Itaoca. “Com o posto de saúde, os tupis-
foram possíveis devido ao apoio e a participação da Associação
guaranis terão acesso a serviços médicos e atendimento
Comunitária Indígena do Bracuí (Acibra), da Secretaria Estadual de
odontológico de qualidade”, frisou Fernando Ribeiro Selles, coor-
Educação, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Fundação
denador do programa no estado de São Paulo.
Nacional de Saúde (Funasa), da Pastoral da Criança, da Eletronuclear
Com o intuito de minimizar os impactos das obras, ajudar
e de FURNAS. “Com a doação desses equipamentos e a chegada da
as comunidades no trato com a energia e disseminar conceitos
energia elétrica, nós, da Aldeia Sapukai
sobre seu uso eficiente e seguro,
poderemos confeccionar melhor os ar-
FURNAS, em parceira com o Minis-
tesanatos, qualificando nossa princi-
tério de Minas e Energia e Elektro,
pal fonte de renda”, destacou o caci-
por meio de ações integradas, rea-
que João da Silva. FURNAS em parceria
lizou uma série de oficinas
com o Ministério de Minas e Energia
educativas na aldeia Itaoca, envol-
realizou oficinas educativas sobre o
vendo professores e líderes da co-
uso seguro e eficiente da energia.
munidade. De acordo com Eliana
Em Mongaguá, as obras foram rea-
Granado, antropóloga de FURNAS,
lizadas pela concessionária Elektro, que
o objetivo é formar agentes
ofereceu um churrasco para a comunidade após a solenidade, e
multiplicadores entre os beneficiários, de forma a promover um
demandaram investimentos da ordem de R$ 115 mil. Ao todo,
melhor e mais produtivo uso da energia elétrica.
foram eletrificados 25 domicílios indígenas e o posto de saúde
pertencente à comunidade.
A chegada da luz está melhorando a qualidade de vida dos
dizer que, até no primeiro semestre de 2006, cerca de 850 mil
pessoas passaram a contar com os benefícios da energia.
Fotos: Maria Fernanda Morais
beneficiários, já que proporciona mais conforto e um horário
Para finalizar, Paulo Tadeu revelou que, até junho, foram
realizadas 170 mil ligações em toda região Sudeste. Isso quer
Programa apoia aldeia indígena na produção
de artesanato para geração de renda; na
foto acima, índio confeccionando peça artesanal
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PERFIL DO
Fotos: Monica Milone
A
gente Luz para Todos - incansável guerreiro, atento a tudo o que se passa nas
Informe | Como é o seu trabalho?
comunidades, vivendo o dia-a-dia da área rural, proporcionando novas opor-
Carlos Gomes | Divulgar a implantação
tunidades para as famílias que estão na expectativa da chegada da luz ou que acabaram
do programa nos municípios, dar escla-
de receber energia elétrica pelo Programa Luz para Todos.
recimentos sobre os objetivos aos bene-
Na região Sudeste e no estado de Goiás trabalham 21 agentes com diferentes formas
de observar e atuar de acordo com as especificidades locais. Nesta reportagem,
entrevistamos alguns desses trabalhadores que representam a ponta de um programa
que irá beneficiar 12 milhões de brasileiros até 2008.
Foram entrevistados os agentes (da esquerda para a direita) Sergio Canholi, Inivaldo
Silva, Paulo Chagas, Mário Roberto Flôres e Carlos Gomes Cardoso.
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ficiários, mobilizando-os a participar e
acompanhar a implantação, garantindo assim que todos aqueles que se enquadram nos requisitos do programa
tenham atendida a sua demanda por
energia elétrica. Trabalho junto às comunidades e parceiros municipais na
FURNAS
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O AGENTE
implantação de projetos de geração de
Informe | Qual a meta mais importante
das deste insumo, possam finalmente
renda para as comunidades beneficia-
do agente?
recebê-lo gratuitamente, garantindo uma
das pelo programa, com a integração
de políticas públicas voltadas para o
meio rural que possibilitem melhor
aproveitamento da energia elétrica a
ser disponibilizada, permitindo o aumento da renda e da qualidade de vida
por meio das ações integradas.
Informe | O que torna um agente eficiente?
Paulo Chagas | Estar sempre atento aos
acontecimentos e às reclamações da população de acordo com suas necessidades,
oferecendo confiabilidade política a todos que o procuram.
Inivaldo Silva | Levar energia ao homem do
campo como mecanismo de inclusão social.
Paulo Chagas | É cumprir seu calendário,
a sua agenda, respondendo à procura da
população carente que nunca foi benefi-
real oportunidade de melhoria da qualidade de vida e de renda.
Informe | Qual a importância do agente
no programa e na transmissão de conhecimentos para a área rural?
ciada com o programa.
Sergio Canholi | O agente é o elo de todo
Informe | Qual a maior dificuldade no
o arcabouço do programa, representan-
trabalho de vocês?
do as organizações e ações governamen-
Sergio Canholi | As distâncias. A própria
natureza do Programa determina que
percorramos uma vasta região e isso é
imperativo porque o nosso trabalho exige o contato direto com os produtores
tais e demais parceiros com o beneficiário,
que é o produtor rural. É a “presença
humana” do governo a aquecer essa relação. Essa representatividade é que empresta à nossa função uma grande responsabilidade e por que não dizer, um
Mário Roberto Flôres | A capacidade de
rurais e agentes da sociedade local, como
servir e de ser facilitador para a solução
prefeitos, vereadores, presidentes de sin-
das questões que dificultam o atendi-
dicatos rurais e outras lideranças, alem de
Informe | Qual a maior satisfação que o
mento das demandas locais, seja mobili-
trocar informações com órgãos como o
trabalho proporciona?
zando as comunidades e parceiros ou
INCRA, o ITESP, Casas de Agricultura etc.
dialogando com o parceiro executor so-
Inivaldo Silva | Estar em contato com o
Esse tête-à-tête com a população alvo e
bre questões locais, encontrando solu-
homem do campo.
com os parceiros é fundamental para o
ções que possibilitem a implantação do
nosso trabalho.
programa e viabilize o cumprimento das
metas estabelecidas pelo programa e pelo
Comitê Gestor Estadual. Ou seja, achar
Informe | Qual a motivação que leva uma
pessoa a se tornar um agente?
grande orgulho.
Mário Roberto Flôres | A possibilidade de
conhecer situações tão desiguais entre as
comunidades rurais e saber que está contribuindo para diminuir estas desigualda-
soluções globais, mas que atendam a
Mário Roberto Flôres | A possibilidade de
des, mudando de verdade a vida destas
problemas locais. A sua capacidade de
contribuir para que pessoas, até então
pessoas, permitindo que conheçam e te-
identificar o problema, focar na solução
excluídas do direito à energia elétrica e na
nham acesso a este bem tão importante,
deste e não somente no problema em si.
sua maioria famílias carentes e necessita-
que é a energia elétrica.
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F U R N A S C A PA C I TA A G E N T E S M U LT I P L I C A D O R E S
LUZ PAR
F
oi realizada em Belo Horizonte, no
derá continuar por meio de uma nova
mês de julho, a capacitação de agen-
etapa ainda neste ano.
tes multiplicadores em gestão de ações
A partir destes fatos e sem negar o
integradas, com o objetivo de nivelar as
sucesso do programa, Paulo Tadeu sugere
informações e de desenvolver compe-
uma segunda etapa do programa Luz
tências e habilidades junto aos coorde-
para Todos, até agora focado no numero
nadores estaduais e agentes do Progra-
de ligações, combinando e convergindo
ma Luz para Todos da região Sudeste e
as ações integradas na mesma direção,
estado de Goiás.
com planejamento, para melhorar a par-
Durante a capacitação, promovida pe-
cela da população atingida. “Ações inte-
los representantes de FURNAS e do Minis-
gradas são um passo na direção da trans-
tério de Minas e Energia, os participantes
receberam informações sobre energia elétrica; aspectos do uso e das instalações;
utilização eficiente, eficaz e segura da
energia elétrica na produção; prática de
campo; critérios de seleção de equipa1. Equipe do Programa
Luz para Todos;
2. Capacitação de agentes;
3. Sergio Canholi, Thais de Mello
e Hortência Vieira;
mentos para uso produtivo de energia;
dimensionamento da potência do transformador; políticas públicas existentes e
conceitos sobre CCP - Centros Comunitários de Produção, como negócio.
Paulo Tadeu D’Arcadia, coordena-
formação das mais extraordinárias, incorporando a vida na saúde, informática e na
organização de comunidades em torno
dos centros comunitários de produção.
Uma quantidade enorme de brasileiros
está recebendo energia elétrica em suas
residências. Até dezembro, seremos 5
milhões de brasileiros usufruindo a energia elétrica e vamos chegar a 12 milhões
até o final de 2008”, concluiu.
Ao final da capacitação, os coordenadores e agentes produziram um documento que avalia propostas para a segun-
dor regional adjunto do programa na
da etapa do Programa Luz para Todos que
região, ressaltou que há, no Programa
prevê evolução nas ações do programa,
5. Dino Castilhos;
Luz para Todos, um potencial de cresci-
visando atuar de forma integrada na uti-
6. Equipe do Ministério
de Minas e Energia;
mento de demanda de energia, criando
lização da energia como vetor de desen-
nova expectativa de aumento de liga-
volvimento, por meio das oficinas de uso
7. Paulo Tadeu D’arcadia;
ções nas residências e, em função desse
seguro e produtivo da energia elétrica
8. Gutemberg Pereira Dias.
aumento de demanda, o programa po-
para a comunidade.
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4. Maria Eustáquia Silva,
Elizabeth Pacetta, Milton Tavares
e Maria do Socorro Brito;
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NÃO SOBRECARREGUE
TOMADAS
ANTENA DE TV
FERRO ELÉTRICO
Não coloque na mesma tomada
Procure instalar a antena de
Cuidado para não esquecer o
vários aparelhos usando “T”
TV longe da rede elétrica. Ela
ferro elétrico ligado; isto pode
(benjamins) ou extensões ar-
pode tocar nos fios e provocar
provocar graves acidentes e
ranjadas. Não use bocais de lâm-
choque. Não dê chance para
até incêndios, além de desper-
padas como tomadas. Tenha
os acidentes.
diçar energia.
sempre os fios e plugues dos
aparelhos em perfeitas condições de uso para evitar curtoscircuitos e não os encoste em
superfícies quentes.
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A
T
A
No Informe Luz para Todos nº 8, de junho de 2006, na legenda da primeira página,
o churrasco às 95 famílias foi oferecido pela concessionária Elektro e não pela
prefeitura de Itaoca - SP.
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Botafogo - Rio de Janeiro RJ - CEP: 22283-900 - Tels.: 21-2528-5414 / 2528-2237 - M.O. 85 5414 | www.furnas.com.br
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