Relatório e Contas
Transcrição
Relatório e Contas
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A. Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Matriculada na C.R.C. da Maia sob o nº 57 048 Capital Social: 700 000 000 euros Pessoa Colectiva nº 506 035 034 Sociedade Aberta Relatório e Contas Exercício de 2005 10 de Março de 2006 Relatório de Gestão Índice Preâmbulo A Sonae Indústria em números Informação Financeira Informação Operacional Carta do Presidente Organização Sinopse da História da Sonae Indústria Alterações Organizacionais O Processo de Cisão Actividade Sectorial Evolução das Capacidades por Área Geográfica Península Ibérica França Alemanha Reino Unido Canadá e Estados Unidos da América Brasil África do Sul Actividade Operacional Península Ibérica Europa Central - Alemanha, França e Reino Unido Resto do Mundo - Canadá, Brasil e África do Sul Actividade Financeira Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA Acções Próprias Proposta de Aplicação de Resultados Eventos Subsequentes ao Termo do Exercício Perspectivas Política de Dividendos Agradecimentos Pág. 2 de 24 Preâmbulo No dia 15 de Dezembro de 2005, a Sonae SGPS cindiu 126.510.092 acções, representativas de 90,36% do capital social da Sonae Indústria, as quais foram fundidas numa empresa instrumental, a Sonae 3P. A totalidade do capital social da Sonae Indústria, incluindo as acções cindidas e as retidas, ambas detidas pela Sonae SGPS, assim como as acções detidas por accionistas externos, foram incorporadas no capital social da empresa instrumental. Com a conclusão do processo de fusão, a «antiga» Sonae Indústria deixou de existir e a empresa instrumental, a Sonae 3P, foi redominada de «nova» Sonae Indústria. Embora a «nova» Sonae Indústria seja uma entidade legal diferente, na prática, não é mais do que uma sucessora da empresa anterior, uma vez que não ocorreram alterações nem na composição do negócio, nem na actividade operacional, nem no sistema de governação. Por conseguinte, o presente Relatório e Contas apresenta as actividades consolidadas do grupo Sonae Indústria em 2005, comparando-as com 2004, como se não tivesse ocorrido nenhuma alteração na entidade legal. Pág. 3 de 24 A Sonae Indústria em números Informação Financeira K Euros 1.600 K Euros Volume de Negócios Contas IAS, proforma, não auditadas EBITDA 239 Contas IAS, proforma, não auditadas 250 1.492 1.500 1.410 1.400 200 1.375 1.465 1.339 150 1.404 1.300 144 139 2002 2003 206 208 2004 2005 88 100 1.200 50 1.100 0 0 1.000 2001 2002 2003 VN com Gescartão 2004 2001 2005 EBITDA com Gescartão TVN sem Gescartão K Euros EBITDA sem Gescartão Resultados Líquidos após Interesses Minoritários Contas IAS proforma, não auditadas 43 50 36 0 22 0 2001 2002 -98 -95 2003 2004 2005 -50 -100 -150 -200 -185 Resultados Líquidos com Gescartão Resultados Líquidos sem Gescartão Endividamento Líquido / EBITDA R ác i o de A l a v a nc a g e m Fi na nc e i r a 14,0 x 400% 300% 321% 321% 183% 183% 13,3 x 13,3 x 12,0 x 228% 228% 10,0 x 200% 120% 154% 154% 97% 100% 7,8 x 7,8 x 8,0 x 6,8 x 6,8 x 6,0 x 0% 4,0 x 2001 2002 2003 2004 2005 2,7 x 3,5 x 2,5 x 3,0 x 2,0 x 0,0 x Ráci o de Al avancagemFi nancei r a, excl ui ndo a secur i ti zação Ráci o de Al avancagemFi nancei r a, i ncl ui ndo a secur i ti zação 2001 2002 Endividamento líquido / EBITDA 2003 2004 2005 Endividamento Líquido / EBITDA incluindo securitização Informação Operacional Volumes produzidos por mercado de origem 2005 Volume de Negócios por mercado de origem 2005 Península Ibérica 25% Península Ibérica 28% Europa Central 52% Resto do Mundo 23% Resto do Mundo 23% Europa Central 49% Resto do Mundo : Canadá, Brasil, África do Sul Vendas por produto 2005 Europa Central: Alemanha, França, Reino Unido Volum e de Negócios por m ercado 2005 Outr os 3% Rev . mel ami na OSB 27% 8% Resto do Mundo 26% HB Penínsul a Ibér i ca 24% 1% T &G / CT S 13% M DF 20% Fl oor i ng 3% Component es A gl omer ado 20% 2% Rev . f ol ha de Out r os madei r a 4% 2% Resto da Eur opa 11% Eur opa Centr al 36% Pág. 4 de 24 Carta do Presidente 2005 foi um ano de consolidação do desempenho da Sonae Indústria: o Volume de Negócios cresceu 4%, para 1.465 milhões de euros, o EBITDA aumentou 1%, atingindo 208 milhões de euros e os Resultados Líquidos cifraram-se em 36 milhões de euros, um valor 67% superior ao de 2004, numa base comparável. Em termos gerais, o desempenho da Sonae Indústria foi positivo em todas as áreas geográficas, assistindo-se a uma melhoria nos preços médios e vendas na maior parte dos países. Foram envidados esforços no sentido de fortalecer o nosso mercado, através do lançamento de produtos de valor acrescentado e da melhoria do mix de produtos. Contudo, comparando com o ano anterior, o ritmo de crescimento do sector nos aglomerados de partículas, MDF e OSB abrandou e o aumento da rentabilidade dos mercados da Europa Central provou ser um grande desafio. Assistimos a uma forte consolidação nalguns dos nossos mercados principais, a saber: a aquisição do grupo alemão Kunz pela Pfleiderer e a venda das duas fábricas francesas da Weyerhäuser à Finsa (fabricante espanhol). O mercado norte-americano testemunhou uma forte actividade de fusões e aquisições; os grupos mais importantes concentraram-se nos seus negócios nucleares, anunciando o desinvestmento nas suas operações de aglomerado de partículas e MDF. Estas movimentações indiciam um ambiente competitivo mais racional e uma menor volatilidade de preços. Através do aumento da rentabilidade, da geração de free cash-flow e do fortalecimento do balanço, registado no final de Junho de 2005, a Sonae Indústria reunia condições, para dar início ao processo de cisão da Sonae SGPS. O registo final desta operação foi efectuado em Dezembro, resultando no aumento do free-float para 42,06%, tendo a participação da Sonae SGPS na Sonae Indústria decrescido para 6,68%, detendo, actualmente, a Efanor (o accionista de referência da Sonae SGPS) uma participação de 51,28%. Ao longo de 2005, a Sonae Indústria reforçou a sua estratégia, de modo a: • • • tornar-se num fabricante multi-regional de painéis derivados de madeira; concentrar-se na inovação e na melhoria contínua do desempenho operacional; crescer, mantendo um balanço forte. ... e as directrizes estratégias definidas foram orientadas, por forma a aumentar a rentabilidade da Sonae Indústria nos mercados onde já opera: • • • Proteger a nossa quota de mercado e a rentabilidade na Península Ibérica; Aumentar a rentabilidade e fortalecer a nossa posição no mercado na Europa Central, uma vez que a consolidação neste mercado é um factor-chave; Crescer nos nossos mercados mais rentáveis. Durante 2005 e na prossecução da nossa estratégica para a Europa Central, anunciámos um acordo de joint-venture com a Tarkett AG, no sentido de construir, na Alemanha, uma fábrica para a produção integrada de flooring laminado. Por forma a manter a quota de mercado e a rentabilidade na África do Sul, foi aprovada a construção de uma nova linha de produção de aglomerados de partículas na fábrica de White River, a qual irá permitir que possamos beneficiar da continuação do crescimento previsto para este mercado. Pág. 5 de 24 O crescimento sustentável é um factor crítico de sucesso para a Sonae Indústria. Em Julho de 2005, o Conselho de Administração aprovou directrizes estratégicas globais, com ênfase nos temas relacionados com a higiene e segurança e a eco-eficiência. Estas duas áreas serão catalizadoras da gestão da sustentabilidade dentro do grupo. Enquanto empresa global, com operações multinacionais e multiculturais, o nosso sucesso conta com o compromisso dos colaboradores em adoptarem a visão da Sonae Indústria e com a capacidade de partilharmos internamente as melhores práticas e experiências. Gostaria de agradecer a toda a equipa a dedicação e o empenho incansáveis, o que contribuiu, de forma inestimável, para o sucesso da nossa actividade. Pág. 6 de 24 Organização A Sonae Indústria é líder mundial no sector da produção de painéis derivados de madeira. O grupo fabrica uma vasta gama de produtos, desde o painel cru até aos produtos de valor acrescentado: aglomerado de partículas, MDF, OSB, hardboard (painéis de fibras duros), flooring laminado, painéis revestidos a melamina, painéis revestidos a folha de madeira e termolaminados decorativos de alta pressão, para além de sistemas para a construção civil, soluções para mobiliário e decoração. O objectivo da Sonae Indústria é marcar a diferença, aumentando as receitas e a rentabilidade, através de um posicionamento focado no aumento da oferta de produtos de valor acrescentado nalguns dos seus mercados principais. Para além da produção, o grupo desenvolve actividades comerciais relevantes nos mercados de exportação, que contribuem para o fortalecimento da sua posição mundial. A Sonae Indústria tem 33 unidades industriais, com uma capacidade total de produção de 7,6 milhões de m3 por ano. Capacidade produtiva por área geográfica (painel cru) Reino Unido 7% França 18% Capacidade produtiva por produto (painel cru) Canadá 11% MDF 26% Brasil 8% C ap acid ad e T o t al 7,6 milhões m3 p o r ano África do Sul 4% C ap acid ad e T o t al 7,6 milhões m3 p o r ano Aglomerado 65% Alemanha 28% OSB 8% HB 1% Península Ibérica 24% Em 2005, o grupo Sonae Indústria atingiu um volume de negócios de 1.465 milhões de euros, sendo que mais de 70% foi registado na Europa. Volume de Negócios por Mercado 2005 Outros 3% Resto do Mundo 26% Peninsula Ibérica 24% Resto da Europa 11% Europa Central 36% Por razões que se prendem com a gestão de informação, o grupo está organizado em três áreas geográficas: Península Ibérica, Europa Central e o Resto do Mundo. Implementou-se uma estrutura centralizada na sede do grupo, na Maia, responsável por todas as funções corporativas e por fornecer ao grupo serviços partilhados, tais como: gestão financeira e de tesouraria, contabilidade geral, planeamento e controlo de gestão, aproveitando, deste modo, um nível significativo de sinergias. Pág. 7 de 24 Sinopse da história da Sonae Indústria A história da Sonae Indústria está directamente relacionada com a do grupo Sonae, o maior grupo não-financeiro, privado, em Portugal. As suas actividades principais incluem as áreas de: distribuição, telecomunicações, turismo, desenvolvimento e gestão de centros comerciais e, até finais de 2005, antes do processo de cisão da Sonae Indústria, o negócio dos painéis derivados de madeira. A Sonae Indústria iniciou actividade em 1959, com uma pequena fábrica para produção termolaminados decorativos, localizada na Maia, onde ainda hoje se situa a sede empresa. Nas décadas seguintes, a Sociedade cresceu organicamente e através aquisições, tornando-se numa das empresas-líder do sector dos painéis derivados madeira: de da de de Marcos Principais 1959 Constituição da Sonae (Sociedade Nacional de Estratificados de Madeira), para a produção de termolaminados decorativos. 1971 Aquisição de uma participação de 50% do capital social da Novopan – empresa produtora de aglomerados de partículas em Portugal. 1975 Início da produção de resinas. 1984 Aquisição e modernização da Agloma – o maior produtor nacional. 1987 1993 Consolidação da liderança em Portugal, com a aquisição da Siaf e da Paivopan. Início da internacionalização, com a aquisição da Spanboard na Irlanda do Norte. Aquisição de uma participação de 24,9% na Tafisa (aumentada gradualmente até 94% em 2004) – um dos maiores grupos espanhóis de painéis derivados de madeira, com unidades industriais em Espanha e Canadá. … Período de investimento em unidades fabris, construídas de raíz, no Brasil, África do Sul e Reino Unido. 1998 Aquisição da Glunz, um produtor alemão, com uma posição relevante no mercado alemão e francês (Isoroy). 2000 Consolidação da posição na África do Sul, com a aquisição dos activos da produção de painéis derivados de madeira da Sappi. Pág. 8 de 24 Alterações organizativas Em 23 de Setembro de 2005, a Sonae SGPS anunciou que o Conselho de Administração tinha aprovado a cisão da Sonae Indústria da Sonae SGPS, o que implicou uma alteração significativa da estrutura accionista: Nova estrutura (a partir de 15 de Dezembro de 2005) EFANOR 56,35% 97.02% Sonae SGPS 98.06% Portugal 50% 98,06% Modelo Continente 51,28% Sonae Sierra Centros Comerciais Retalho Alimentar Retalho Especializado 0,71% (1) 0,71% Sonae Indústria Brazil 66,73% Sonaecom Telecomunicações 100% 100% Sonae Capital Serviços 5,9% 91,16% Tafisa 100% SIR Derivados de Madeira O Processo de Cisão A Sonae SGPS cindiu 93% da sua participação na Sonae Indústria (representando 90,36% do capital social da Sonae Indústria), pelo seu valor contabilístico (756 milhões de euros), para assegurar a neutralidade fiscal para os accionistas, incluindo a Sonae SGPS; As acções cindidas foram fundidas numa empresa instrumental denominada Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA e as acções da Sonae 3P foram atribuídas aos accionistas da «antiga» Sonae Indústria SGPS e aos accionistas da Sonae SGPS. Simultanemente, a Sonae Indústria foi fundida na Sonae 3P. A «antiga» Sonae Indústria foi extinta e os anteriores accionistas da Sonae Indústria receberam, em troca, acções da Sonae 3P; Os accionistas da «antiga» Sonae Indústria receberam uma acção da Sonae 3P por cada acção detida e os accionistas da Sonae SGPS receberam 0,0677966103 acções da Sonae 3P por cada acção detida da Sonae SGPS. Durante a primeira semana de Janeiro, decorreu um período de transacção de direitos; A composição do Conselho de Administração da Sonae 3P permaneceu inalterável em relação ao da «antiga» Sonae Indústria e a Sonae 3P foi redenominada «nova» Sonae Indústria, SGPS,SA; As acções da «nova» Sonae Indústria (ex-Sonae 3P), que foram atribuídas aos accionistas da «antiga» Sonae Indústria, foram cotadas na Euronext Lisbon, a 27 de Dezembro de 2005. As acções atribuídas aos detentores de direitos de cisão foram cotadas a 20 de Janeiro. Os efeitos principais do processo de cisão foram, por um lado, o facto da Sonae Indústria se ter tornado numa entidade autónoma em relação ao grupo Sonae e, por outro, ter Pág. 9 de 24 aumentado a sua visibilidade perante os mercados de capitais, resultante da alteração significativa do seu free-float, o qual passou de menos de 3% para mais de 42%. Pág. 10 de 24 Actividade sectorial A retoma do sector europeu de painéis derivados de madeira, iniciada no final de 2003 e consolidada em 2004, abrandou no início de 2005, o que contribuiu para níveis de procura e produção inferiores aos previstos. Contudo, o desempenho foi ligeiramente diferente para as três categorias dos principais produtos. A EPF - European Panel Federation (Federação Europeia de Painéis) estima que a produção de aglomerado de partículas em 2005, em termos globais, decaiu 1,5%, enquanto que o consumo decresceu 4%. Apesar da descida em relação a 2004, os valores registados na produção e na procura são superiores aos atingidos em 2003. O início de 2005 foi muito diferente para o mercado europeu de MDF, com a produção, no primeiro trimestre, a crescer mais do que 6%, apesar da procura interna não ter atingido as expectativas dos produtores, o que, no segundo trimestre, implicou um ajuste do nível da produção. Apesar disso, no segundo semestre, assistiu-se à retoma da procura estrangeira, que veio compensar a fraca procura nos mercados nacionais. Em 2005, estima-se que a produção total tenha aumentado 3%, para um total superior a 13 milhões m³. A produção de OSB abandonou as taxas de crescimento com dois dígitos, registadas nos anos anteriores, tendo aumentado apenas 3% em 2005, ultrapassando o nível dos 3 milhões de m³. Esta tendência decrescente na procura europeia foi mais do que compensada pelo bom desempenho dos mercados de exportação, especialmente para a América do Norte, onde o consumo de OSB foi impulsionado pelo mercado habitacional. Na República Checa, o primeiro investimento numa nova fábrica de OSB, ocorrido depois de 2001, iniciou a sua actividade. Do lado da procura, o sector europeu de painéis derivados de madeira está a ser afectado pelo fraco desempenho das indústrias de mobiliário e construção. A nível mundial, a indústria do mobiliário está a passar por mudanças estruturais, sendo que a Europa não é excepção. O rápido desenvolvimento da produção de mobiliário nas economias emergentes, especialmente na China e no Sudeste Asiático, a deslocalização da capacidade produtiva para áreas geográficas com custos de produção inferiores e a desaceleração do consumo privado nas principais economias da Europa Ocidental está a influenciar negativamente a produção de mobiliário na Europa. Para além disso, a imposição de medidas anti-dumping pelos Estados Unidos em relação a mobiliário de madeira importado da China, Europa e Canadá, tornaram-se nos alvos principais das exportações chinesas, que alteraram a produção de mobiliário de baixa qualidade e preço, para mobiliário de qualidade superior. Este ano mostrou-se igualmente problemático para a indústria europeia da construção e, em Novembro de 2005, a Euroconstruct (uma associação de institutos europeus da construção) reviu em baixa a estimativa para o crescimento desta actividade, de 2,2% para 1,3%, sobretudo devido à evolução do sector, mais fraca do que era esperado, em quatro economias relevantes: Alemanha, Itália, Reino Unido e França. A construção em países da Europa Ocidental registou apenas crescimentos ligeiros, enquanto que as economias da Europa Central e de Leste se revelaram claramente mais sólidas. A indústria europeia dos painéis derivados de madeira está a ser fortemente afectada pelo aumento generalizado dos custos de produção, devido ao impacto do preço-recorde do petróleo nos custos da energia, resinas e transporte. A situação dos custos da madeira também é negativa, tendo aqueles aumentado quase 20%, desde 2002, antes de mais, devido à concorrência crescente da indústria de energia a partir de biomassa. No Pág. 11 de 24 seguimento das preocupações apresentadas pelos produtores de painéis derivados de madeira sobre este tema, a Comissão Europeia decidiu rever o impacto, nas indústrias da fileira florestal, da utilização de madeira e de resíduos de madeira para a produção de energia. A fraca procura interna foi responsável pela inversão da evolução ascendente, registada ano transacto, dos preços dos painéis derivados de madeira na Europa. Enquanto que preços do aglomerado de partículas registaram apenas uma ligeira queda, os do MDF e OSB apresentaram uma redução significativa. O esforço para aumentar os custos produção e diminuir os preços afectou a rentabilidade dos produtores. no os do da O desafio desta envolvente funciona como uma pressão adicional para a consolidação do sector dos painéis derivados de madeira. Na América do Norte, em 2005, registou-se uma forte actividade nos principais mercados de consumidores finais de produtos derivados de madeira, impulsionada pelo crescimento constante da construção, reparação e renovação residencial. As excepções a esta tendência surgiram dos mercados de construção industrial e não-residencial, que apresentaram, respectivamente, crescimentos inferior e descendente. A indústria do mobiliário continua a ser confrontada com o desafio da forte importação, sobretudo proveniente da Ásia, que tira partido das moedas locais menos valorizadas, dos baixos custos de produção e das fábricas chinesas equipadas com tecnologia de ponta. No que respeita aos painéis para fins estruturais, a produção norte-americana apresentou um crescimento moderado, dado que a forte procura foi satisfeita, sobretudo, pelas importações de OSB, provenientes da Europa e de contraplacado, provenientes do Brasil. Os preços médios mantiveram-se estacionários em 2005, embora abaixo dos valores elevados do início de 2004. Os furacões na costa do Golfo, ocorridos durante o ano, de certo modo, impulsionaram os preços, devido às interrupções dos fornecimentos e a uma retoma da procura no terceiro trimestre. A procura de aglomerado de partículas e a capacidade de oferta foram estáveis em 2005. Embora os preços fossem relativamente baixos, os produtores conseguiram passar para o mercado, pelo menos, uma parte dos elevados custos de produção. O MDF foi impulsionado pela forte procura residencial, nomeadamente a procura de pavimentos flutuantes melamínicos, o que também foi responsável por um aumento das importações. Prosseguiu o rápido desenvolvimento da produção e do consumo de painéis derivados de madeira na China, de modo a satisfazer a procura proveniente do crescimento acelerado das indústrias locais de mobiliário e de pavimentos flutuantes melamínicos e, tal como em anos anteriores, diversas linhas novas iniciaram actividade em 2005. Os países asiáticos estão a construir as suas próprias capacidades produtivas, utilizando tecnologia moderna europeia, tendo surgido novas linhas na Malásia e na Tailândia e sendo esperados novos investimentos em capacidade produtiva em 2006 e 2007. Na América do Sul, os mercados de aglomerado de partículas e de MDF têm vindo a desenvolver-se, de forma significativa, nos últimos anos, sobretudo devido ao desenvolvimento do principal factor de mercado - a indústria do mobiliário no Brasil e no Chile, orientada para a exportação para os Estados Unidos. Novos investimentos na capacidade produtiva estão projectados, para estes dois países, durante 2006. Pág. 12 de 24 Evolução das capacidades por área geográfica Península Ibérica Durante o ano transacto, assistiu-se ao arranque dos investimentos em aglomerado de partículas, projectados pela Interbon, em Burgos e da Tableros Talsa em Albacete. O aumento da capacidade instalada de produção foi, em parte, compensado pelo encerramento da Aglomerados Ecar, um produtor de aglomerado de partículas de menor dimensão, cuja unidade industrial foi adquirida pela Finsa e convertida para produção de mobiliário. Durante 2005, a Finsa adquiriu a Jomar - uma empresa produtora de painéis derivados de madeira. França A Finsa adquiriu as unidades industriais da Weyerhäuser em Linxe e Morcenx; a International Paper decidiu encerrar a fábrica de aglomerado de partículas da Polyrey em Ussel. Alemanha A Pfleiderer adquiriu a Kunz, um fabricante de painéis derivados de madeira, com unidades industriais na Alemanha e na América do Norte. O sector apresenta sinais de confiança renovada, assistindo-se ao arranque de dois investimentos em MDF (uma linha nova e a modernização de uma linha existente). Reino Unido Em 2005, não ocorreram alterações significativas nas capacidade produtivas; todavia um fabricante de aglomerado de partículas anunciou um investimento de substituição para 2006. Canadá e Estados Unidos da América Durante 2005, houve uma grande dinâmica entre os produtores norte-americanos. Alguns dos maiores grupos estão a concentrar-se nos negócios e mercados nucleares, desinvestindo de outras operações. A International Paper vendeu a sua participação de 50,5% na produtora neo-zelandesa de painéis, Carter Holt Harvey, para concentrar-se no negócio do papel. Ainda na Nova Zelândia, a empresa florestal norte-americana, Rayonier, alienou as suas actividades relacionadas com MDF ao grupo sul-coreano Dongwha, de modo a concentrar-se nas suas actividades nucleares - madeira e imobiliário. A Weyerhäser vendeu as duas unidades industriais em França e anunciou já a intenção de vender as restantes unidades de aglomerado de partículas e MDF, incluindo a unidade localizada na Irlanda, concentrando, assim, as suas actividades no fabrico de OSB e contraplacado, áreas florestais e pasta de papel e papel. A recém-chegada Aconcagua prossegue com o desenvolvimento de capacidade produtiva, através da aquisição da unidade da Pembroke (Ontario, Canadá) da Temple Inland. Também no Canadá, a Georgia-Pacific acordou a venda da sua participação na joint-venture GP Flakeboard ao seu sócio Flakeboard. Mais tarde durante o ano, o grupo Georgia-Pacific foi adquirido pela Koch Industries, um grupo diversificado de empresas, com actividades nas indústrias química, energia, pasta de papel e papel. Pág. 13 de 24 No negócio de pavimentos flutuantes melamínicos e painéis, o grupo americano Mohawk, um dos maiores produtores mundiais de revestimento de pavimentos, adquiriu o grupo belga Unilin. Devido ao excelente desempenho da procura de OSB, registada recentemente, a capacidade produtiva instalada deverá crescer entre 2006 e 2007, estando já anunciados diversos investimentos. Brasil O mercado de painéis derivados de madeira no Brasil manteve-se relativamente estável, em termos de capacidade produtiva, exceptuando uma aquisição importante: o grupo chileno Arauco adquiriu diversos activos do conglomerado Louis Dreyfus, incluindo o fabricante brasileiro de aglomerado de partículas e MDF, Placas do Paraná, ganhando, deste modo, acesso interno ao mercado de painéis do Brasil. A Fibraplac (Grupo Isdra) decidiu cancelar o investimento numa nova linha de aglomerado de partículas, a favor de uma segunda linha de MDF no Rio Grande do Sul. África do Sul Durante 2005, não ocorreram alterações relevantes na capacidade produtiva. Pág. 14 de 24 Actividade Operacional Península Ibéria As indústrias da construção e do mobiliário espanholas e portuguesas revelaram tendências divergentes. Enquanto que, em Portugal, o sector da construção continuou a decrescer (18% inferior em 2005), a construção residencial espanhola manteve um forte crescimento, com mais de 600 mil casas construídas em 2005. O consumo espanhol de mobiliário obteve um bom resultado, contudo a produção de móveis, acumulada ao período homólogo, manteve-se estacionária, como consequência da pressão do aumento das importações e da diminuição das exportações. Portugal aumentou, de facto, as exportações de mobiliário, que, actualmente, representam aprox. 50% das vendas. A Tafisa concentrou esforços na manutenção da quota de mercado, dando particular ênfase à melhoria da prestação de serviços ao cliente, à gestão da carteira de produtos e à consolidação da presença nos mercados de exportação estratégicos. O total de Receitas, excluindo os itens não-recorrentes, cresceu 6% em 2005, representando 443 milhões de euros. Este aumento foi favorecido por uma melhoria generalizada dos preços médios anuais, conseguido através da alteração do mix de produtos, em favor de produtos de maior valor acrescentado, sobretudo em produtos derivados do MDF. Registou-se um decréscimo dos volumes vendidos, que foi compensado pela melhoria dos preços. Os custos variáveis foram afectados pelo aumento dos custos da energia e dos produtos químicos. Contudo, este impacto foi mitigado, sobretudo, por melhores custos da madeira para a produção de aglomerado de partículas, conseguidos graças aos investimentos em centros de reciclagem, em actividades autónomas de gestão de florestas e a desenvolvimentos técnicos que permitiram elevar o consumo de eucalipto. Em 2005, o EBITDA foi de 83 milhões de euros, superior em 27% ao de 2004, dos quais 24 milhões de euros dizem respeito a itens não-recorrentes (4,5 milhões de euros em 2004), sobretudo relacionados com a venda de terrenos florestais e de acções da Tafisa. O EBITDA destas operações representa 13% do total das Receitas. Europa Central - Alemanha, França e Reino Unido Em termos gerais, a procura nos segmentos de mercado relevantes - comércio e indústria -, quando comparada com 2004, foi estacionária. A procura total de produtos derivados de madeira decresceu, sobretudo devido a um abrandamento continuado neste segmento de mercado. Apesar do abrandamento da procura interna, a Glunz (Sonae Indústria Alemanha) conseguiu aumentar o volume de vendas, através do aumento das exportações para mercados estratégicos. Os preços do aglomerado de partículas foram sólidos em toda a Europa Central, enquanto que melhorias nos preços do MDF apenas se registaram em França e no Reino Unido. Assistiu-se a uma pressão negativa sobre os preços do OSB, sobretudo na Alemanha, uma zona geográfica sujeita à volatilidade dos preços deste produto no mercado norteamericano, uma vez que é um dos mercados estratégicos de exportação. Em Novembro de 2005, foi assinado um acordo de parceria a 50% com a Tarkett A.G., para a construção de uma fábrica integrada de produção de flooring laminado, nas instalações Pág. 15 de 24 produtivas de MDF da Sonae Indústria, em Eiweiler, para produzir e comercializar flooring laminado na Europa Ocidental, África, Ásia e Oceânia. A capacidade produtiva final será de 30 milhões de m2. Ambas as empresas operarão conjuntamente nos mercados acima mencionados, utilizando o know-how da Sonae Indústria para o sector dos painéis e a especialização da Tarkett no sector de pavimentos. Na Alemanha, praticamente todas as fábricas operaram a um nível máximo de utilização da capacidade. As taxas de utilização francesas foram afectadas pelos investimentos efectuados nas fábricas de Lure e de Ussel, o que irá permitir, para 2006, uma melhoria das taxas de utilização das capacidades instaladas. No Reino Unido, foi concluído, em 2005, um investimento que permite o fornecimento de fibra crua, reciclada e devidamente processada para o processo produtivo. Todavia, durante a implementação deste processo, surgiram algumas restrições na capacidade produtiva. A Sonae Indústria concluiu o processo de instalação de um sistema de informação integrado, em SAP, nas fábricas alemãs e francesas e está actualmente a implementar esta solução noutros países. O ambiente competitivo permanece um desafio relevante, subsistindo um excesso de capacidade, tanto em França como na Alemanha, sendo que as oportunidades, para distribuir alguns dos custos mais elevados da produção, têm sido mais demoradas do que noutras áreas geográficas em que a Sonae Indústria opera. Ao longo de 2005, verificou-se uma tendência para a consolidação do sector, a saber: a aquisição das fábricas francesas da Weyerhäuser pela Finsa e a aquisição da Kunz pela Pfleiderer, o que irá, certamente, contribuir para a redução do excesso de capacidade no mercado e para a estabilização da pressão competitiva. As Receitas na Europa Central foram ligeiramente inferiores às de 2004, em 0,2%, cifrandose em 782 milhões de euros. O EBITDA foi de 40 milhões de euros em 2005, comparado com 68 milhões de euros em 2004, representando uma margem de 5% em relação ao total de Proveitos. Resto do Mundo - Canadá, Brasil e África do Sul Em 2005, as condições de mercado foram diversas. O forte impulso da construção residencial na América do Norte prosseguiu, conduzido pelas baixas taxas de juro e, apesar da apreciação do CAD em relação ao USD, a economia canadiana mostrou-se resistente. O mercado brasileiro caracterizou-se pela descida generalizada do volume de vendas do aglomerado de partículas e do flooring e pelo crescimento lento do MDF. Esta tendência é explicada pelo abrandamento dos níveis de produção da indústria de mobiliário, causado por um decréscimo da procura interna e das exportações, devido, antes de mais, à forte revalorização do Real. O mercado de flooring encontra-se também perante uma forte concorrência, proveniente de produtos alternativos, tais como: azulejos e alcatifas. Apesar do mercado brasileiro continuar a evidenciar excesso de capacidade, foram anunciados três novos investimentos em linhas de MDF. As condições de mercado na África do Sul mantiveram-se favoráveis durante o ano, conduzidas pela envolvência macro-económica positiva e com escassez de capacidade, verificada em todo o sector. Tanto os sectores da construção como do mobiliário apresentaram um crescimento sólido. As vendas da Sonae Indústria no Canadá para os Estados Unidos decresceram para 45%, com um impacto ligeiramente negativo nas vendas globais, provocado pela revalorização do CAD face ao USD. O Brasil, apesar da fragilidade da envolvência do mercado, registou um crescimento do volume de negócios, através do aumento das vendas de melaminas, Pág. 16 de 24 aglomerado de partículas cru e MDF. Contudo, a apreciação do Real levou a um decréscimo significativo do volume das exportações. Em 2005, as vendas na África do Sul registaram um crescimento superior a 13%, suportado em dois factores: o crescimento da procura e as taxas de juro baixas. Na África do Sul, há que destacar a alteração da produção para um aumento do aglomerado de partículas em detrimento do MDF, de modo a satisfazer a procura local; uma tendência que deverá permanecer em 2006. A marca de flooring da Sonae Indústria (Poliface) está bem conceituada na África do Sul, tendo sido bem sucedida na conquista de quota de mercado. Mais uma vez, assistiu-se ao impacto dos preços elevados do petróleo sobre os custos variáveis, sobretudo nos produtos químicos, resinas e energia. No mercado canadiano, o fornecimento de fibra sofreu alguma pressão, resultante da diminuição da competitividade das serrações canadianas, devido à revalorização do CAD em relação ao USD. O fornecimento de fibra no Canadá é também afectada por: (i) as serrações de madeira (espécies coníferas) têm sofrido os entraves das taxas de anti-dumping e paridade, a que estão sujeitas as exportações de madeira do Canadá para os Estados Unidos; (ii) a nova legislação do Québec sobre a gestão florestal reduziu, entre 15% e 20%, os direitos de abate das espécies coníferas, provenientes de áreas florestais públicas (iii) muitas das serrações de espécies folhosas não estão a operar com a sua capacidade total, porque a China tem vindo a aumentar as exportações de pavimentos com este tipo de madeiras, para os Estados Unidos (iv) a utilização de madeira reciclada para a produção de energia aumentou, reduzindo, assim, a disponibilidade de fibra para o fabrico de painéis. Os volumes vendidos cresceram, em média, 4%, acompanhando a melhoria dos preços médios. As Receitas ascenderam a 368 milhões de euros, 16% acima de 2004, tendo sido também favoravelmente influenciadas por flutuações cambiais; o EBITDA foi de 82 milhões de euros, representando uma margem de 22% do Volume de Negócios. Em 2005, foram efectuados diversos investimentos, como por exemplo: o arranque do projecto de madeira reciclada no Canadá, o que permitiu que a unidade de aglomerado de partículas em Lac-Mégantic começasse a utilizar madeira reciclada no processo produtivo. Para o segundo semestre de 2006, está projectada uma nova linha de melamina, a qual juntamente com a modernização da linha existente, irá permitir o aumento da capacidade produtiva deste produto em cerca de 50%, o que favorecerá o aumento da produção de produtos de valor acrescentado nesta fábrica. Pág. 17 de 24 Análise Financeira De modo a poder realizar comparações com o período homólogo, a Gescartão foi excluída dos valores referentes a 2004, uma vez que esta empresa foi alienada no final desse ano, não tendo, por isso, contribuído para os valores de 2005. O Volume de Negócios cresceu 4% em 2005 para 1.465 milhões de euros. As vendas apoiaram-se numa melhoria generalizada dos preços médios, em todas as geografias, exceptuando o mercado alemão. As vendas em volume mantiveram-se ao nível de 2004: um volume superior na Alemanha e no Resto do Mundo e inferior na Península Ibérica, França e Reino Unido. K Euros 1.600 K Euros Volume de Negócios Contas IAS, proforma, não auditadas 250 EBITDA Contas IAS, proforma, não auditadas 239 1.492 1.500 1.410 1.400 200 1.375 1.339 1.465 150 1.404 1.300 100 144 139 2002 2003 206 208 2004 2005 88 1.200 50 1.100 0 0 1.000 2001 2002 2003 VN com Gescartão 2004 TVN sem Gescartão 2005 2001 EBITDA com Gescartão EBITDA sem Gescartão Ao longo de 2005, a subida dos preços do petróleo conduziu ao aumento dos custos, afectando os da energia, resinas, produtos químicos e custos directos e indirectos de transporte. Foi possível obter algumas reduções nos custos fixos, sobretudo a nível de pessoal (-1%), resultantes de medidas de reestruturação implementadas ao longo do ano. Em 2005 e tal como em 2004, os custos fixos representaram cerca de 19% do volume de negócios. Em 2005, o EBITDA incluiu 24,5 milhões de euros de itens não-recorrentes, sobretudo provenientes da venda de activos florestais e de acções da Tafisa. Os itens não-recorrentes em 2004 representaram 4,5 milhões de euros. Em 2005, o EBITDA foi de 208 milhões de euros, representando 14% do Volume de Negócios. As amortizações ascenderam a 102 milhões de euros, um valor 2% inferior ao de 2004. As provisões em 2005 caíram para 1 milhão de euros, o que compara com 9,5 milhões de euros em 2004. Assim, face a 2004, o EBIT aumentou 3%, para 108 milhões de euros, em 2005. Em 2005, os Resultados Financeiros Líquidos registaram uma melhoria significativa, os quais foram reduzidos para 44 milhões de euros negativos, um valor 38% melhor do que em 2004, conseguido através de: redução continuada do Endividamento Bruto; melhoria das condições financeiras e; evolução cambial mais favorável. A redução do Endividamento Bruto melhorou o rácio de cobertura de juros de 4,34x em 2004 para 6,8x em 2005. Pág. 18 de 24 K Euros Endividamento Líquido Rácio de Cobertura de Juros 1.400 1.200 8,0 x 1.166 1.166 1.115 1.115 1.000 6,8 x 7,0 x 944 944 6,0 x 725 800 632 565 600 515 4,3 x 5,0 x 4,0 x 400 3,0 x 200 2,0 x 2,2 x 2,0 x 1,4 x 1,0 x 0 2001 2002 2003 2004 2005 0,0 x 2001 Endividamento Líquido 2002 2003 2004 2005 Endividamento Líquido incluindo securitização Em 2005, os Resultados antes de Impostos, comparados com 2004, aumentaram cerca de 79%, para 64 milhões de euros. Os Impostos foram de 28 milhões de euros e os Resultados Líquidos Após Minoritários foram de 36 milhões de euros, 67% superiores aos 22 milhões de euros de 2004. K Euros Resultados Líquidos após Interesses Minoritários Contas IAS proforma, não auditadas 50 43 22 0 2001 2002 -98 -95 2003 2004 36 0 2005 -50 -100 -150 -200 Resultados Líquidos com Gescartão -185 Resultados Líquidos sem Gescartão A Sonae Indústria concentrou-se em melhorar a sua estrutura de capitais, a qual sofreu um período de investimento intensivo, no início da década, que coincidiu com uma fase de grandes desafios para o sector dos derivados de madeira. A melhoria da estrutura de capitais da Sonae Indústria foi realizada através do aumento dos Capitais Próprios, possibilitada por uma maior rentabilidade, a redução continuada do Endividamento Bruto e a melhoria do perfil de endividamento, em termos de maturidade e amortização das linhas de financiamento negociadas. Para além disso, não existe, neste momento, nenhum covenant financeiro. Para clarificar a interpretação do IFRS 39, o programa de securitização de dívidas de clientes, anteriormente contabilizado fora do balanço, foi introduzido no balanço e os valores comparativos foram reexpressos. No final de 2005, o Endividamento Bruto foi de 751 milhões de euros, uma redução de 55 milhões de euros, quando comparada com o endividamento reexpresso no final de 2004 e a liquidez disponível no final de 2005 foi de 120 milhões de euros. Como consequência, em 2005, o Endividamento Líquido foi reduzido 13%, para 632 milhões de euros. Como resultado destas melhorias de rentabilidade e da estrutura de capitais: • o Equity Ratio (Capitais Próprios+Interesses Minoritários/Activo Líquido) aumentou de 26% em 2004 para 29% em 2005; • o Rácio de Alavancagem Financeira passou de 154% para 119%; • o Rácio de Endividamento Líquido / EBITDA decresceu de 3,52x para 3,04x. Pág. 19 de 24 Equity Ratio Endividamento Líquido / EBITDA (Capital Próprio incluindo minoritários / Activo Líquido) 14,0 x 35% 28% 30% 25% 24% 24% 30% 29% 26% 12,0 x 10,0 x 21% 21% 20% 13,3 x 13,3 x 7,8 x 7,8 x 8,0 x 15% 15% 6,8 x 6,8 x 6,0 x 15% 10% 4,0 x 5% 2,0 x 2,7 x 3,5 x 2,5 x 3,0 x 0,0 x 0% 2001 2002 Equity Ratio 2003 2004 Equity Ratio incluindo securitização 2005 2001 2002 Endividamento líquido / EBITDA 2003 2004 2005 Endividamento Líquido / EBITDA incluindo securitização Em 2005, o investimento em Fundo de Maneio foi de 233 milhões de euros, comparado com 229 milhões de euros em 2004 e o CAPEX foi de 41 milhões de euros. Pág. 20 de 24 Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade gestora das participações sociais do grupo Sonae Indústria, é responsável por definir as directrizes estratégicas para o grupo, gerir as participações e monitorizar a actividade das suas subsidiárias. Entre as várias actividades, a sociedade é responsável pela função financeira global, alocando fundos, para investimento e para necessidades de tesouraria das suas subsidiárias. Antes do processo de cisão, em 2005, ocorreram as seguintes transacções financeiras na «antiga» Sone Indústria: a) Em resultado de uma alteração de circunstâncias na Socelpac SGPS SA, o valor, a que esta participação foi registada nas contas, foi considerado excessivo. Como tal, foi reconhecida uma perda por imparidade no valor de 74.685.976 euros na Demonstração de Resultados, sob a rubrica “Provisões e perdas por imparidade”, o que não tem impacto nas contas consolidadas; b) A Sonae Indústria - SGPS SA adquiriu a Agloma – Soc. Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. à Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos S.L., por 56.800.000 euros, em Junho; c) Os prejuízos acumulados na Ecociclo – Energia e Ambiente, SA foram cobertos por entradas em dinheiro, no montante de 460.968,74 euros; d) A Sonae Indústria - SGPS SA alienou 1.850.000 acções da Tafisa, durante Fevereiro, através da Bolsa de Valores; e) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 55.000.000 euros, a 31 de Março de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2013) é reembolsável no prazo de oito anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6 meses, com um spread de 87,5 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 31 de Março e 30 de Setembro; f) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 100.000.000 euros, a 27 de Abril de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2008) é reembolsável no prazo de três anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6 meses, com um spread de 100 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 27 de Abril e 27 de Outubro; g) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 150.000.000 euros, a 27 de Abril de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2010) é reembolsável no prazo de cinco anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6 meses, com um spread de 110 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 27 de Abril e 27 de Outubro; h) Durante o 1S05, um empréstimo, no valor de 50,000,000 euros, a favor da Sonae SGPS SA, desde 2001, com o Banco Europeu de Investimento, foi transferido para a Sonae Indústria. Este empréstimo vence juros trimestralmente, a taxas do mercado, sendo reembolsável em 16 pagamentos consecutivos, de 6 em 6 meses. À data de 31 de Dezembro de 2005, o empréstimo emdívida ascendia a 34.375.000 euros. Após o processo de cisão, ainda em 2005, ocorreu a seguinte transacção financeira na «nova» Sonae Indústria: i) A Sonae Indústria procedeu à cobertura de prejuízos acumulados na Maiequipa – Gestão Florestal SA, no montante de 194.433,04 euros. Tal como explicado no início deste relatório, o processo de cisão-fusão e fusão da Sonae Indústria da Sonae SGPS foi concluído a 15 de Dezembro de 2005, com efeitos nas Pág. 21 de 24 demonstrações financeiras, a partir de 1 de Outubro de 2005. Como resultado, a Sonae SGPS cindiu 126.510.092 acções (90,36% do capital social) da Sonae Indústria – SGPS, SA da sua base de activos e essas acções foram fundidas numa empresa-veículo, a Sonae 3P, que incorporou a totalidade do capital social da Sonae Indústria – SGPS. A «antiga» Sonae Indústria cessou actividade e a empresa-veículo, a Sonae 3P, foi redenominada Sonae Indústria, SGPS, SA. Considerando que o capital social original da Sonae 3P era 50.000 euros, representado por 10.000 acções e a empresa detinha já 10.000 acções da «antiga» Sonae Indústria, o capital social final da «nova» Sonae Indústria é de 700.000.000 euros, representado por 140.000.000 acções com um valor nominal de 5 euros por acção. Acções próprias A sociedade não adquiriu, nem alienou acções próprias durante o exercício. À data de 31 de Dezembro, a sociedade não detinha acções próprias. Proposta de Aplicação de Resultados A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade gestora das participações sociais do grupo, com base nas contas individuais, obteve um resultado líquido no exercício de 2005 de 1,199,879.02 euros. O Conselho de Administração irá propor na Assembleia Geral de Accionistas que este resultado liquido seja distribuído da seguinte forma: Resultados Transitados Reservas Legais Reservas Livres 157.748,96 euros 59.993,95 euros 982.136,11 euros Eventos subsequentes ao termo do exercício Em Janeiro de 2006, a Sonae Indústria aprovou um investimento numa nova linha contínua, para produção de aglomerado de partículas, na fábrica de White River, na África do Sul. O custo estimado deste investimento é de 45 milhões de euros. Com este investimento em novas capacidades, a Sonae Indústria conseguirá captar o potencial de crescimento adicional no mercado sul africano, mantendo, assim, o seu forte posicionamento no mercado e garantindo rentabilidade a longo prazo. A capacidade total da fábrica de White River aumentará em 270 mil m3 por ano e estima-se que a nova linha esteja operacional em meados de 2007. No seguimento da estratégia da Sonae Indústria para a Europa Central, em 22 de Fevereiro, foi celebrado um acordo, com vista à aquisição de activos do grupo Hornitex na Alemanha. Esta transacção está sujeita à aprovação da Autoridade Europeia da Concorrência, compreende a aquisição dos activos das fábricas de Horn e Duisburg e de 100% das acções da sociedade que detém uma terceira fábrica em Beeskow, o que irá aumentar a capacidade de produção de derivados de madeira na Alemanha, de cerca de 1,5 milhões de m3 para 3,5 milhões de m3. Deste modo, a capacidade global de produção de painéis derivados de madeira da Sonae Indústria irá ultrapassar os 9 milhões de m3. O preço pago pelos activos e pelas acções ronda os 60 milhões de euros. Perspectivas Antecipamos um ligeiro aumento do volume de vendas em 2006, sendo de esperar que os mercados da África do Sul e do Canadá demonstrem um crescimento superior ao nível do consumo. Não se esperam alterações significativas de capacidade produtiva nos principais mercados, em que a Sonae Indústria está presente, pelo que, em termos gerais, os preços deverão revelar uma dinâmica estável ou ligeiramente positiva. Pág. 22 de 24 O impacto dos elevados níveis de preços do petróleo permanece uma preocupação para a Sonae Indústria, nomeadamente por força do seu efeito sobre os custos energéticos, dos químicos e dos custos de transporte das matérias-primas e de produtos acabados. A manutenção da rentabilidade aos níveis actuais dependerá da capacidade de compensar os custos mais elevados, através da implementação de medidas de eficiência operacional e da envolvente global dos nossos mercados. Política de Distribuição de Dividendos A Sonae Indústria, nos últimos anos, tem vindo a adoptar uma política de não distribuição de dividendos, sobretudo durante um período até 2004, em que era importance fortalecer o balanço. Quanto ao futuro e dado que a sociedade, actualmente, apresenta resultados positivos, caberá aos accionistas pronunciarem-se, em sede de Assembleia Geral de Accionistas, sobre se pretendem continuar a reinvestir na empresa ou deliberar sobre o pagamento, sob a forma de dividendos, de uma parcela dos Resultados Líquidos gerados. Agradecimentos O Conselho de Administração agradece, a todos os seus colaboradores, o empenho inestimável na melhoria contínua da eficiência e da produtividade, o que contribuiu para que a Sonae Indústria se transformasse num dos líderes mundiais do sector dos painéis derivados de madeira. Os nossos agradecimentos são extensivos a todos os clientes das empresas da Sonae Indústria, pela preferência pelos nossos produtos e a todas as instituições financeiras, nomeadamente, aos bancos, por facilitarem a reestruturação da estrutura de capitais do grupo e aos investidores, pela confiança permanente na capacidade da Sonae Indústria de criar valor para os accionistas. Gostaríamos ainda de manifestar o nosso reconhecimento aos Auditores, pelos seus préstimos ao longo do exercício. Maia, 10 de Março de 2006 O Conselho de Administração, _________________________ Belmiro de Azevedo _________________________ Carlos Bianchi de Aguiar _________________________ Christian Schwarz Pág. 23 de 24 _________________________ José Antonio Comesaña _________________________ Rui Correia _________________________ Louis Brassard _________________________ Paulo Azevedo _________________________ Álvaro Cuervo _________________________ Ángel Altozano _________________________ Per Knuts _________________________ Thomas Nystén Pág. 24 de 24 ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS Data Aquisições Quantidade Valor Md. € Belmiro Mendes de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos 28.12.2005 14,901 0 Carlos Bianchi de Aguiar Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos 28.12.2005 10,620 0 Rui Manuel Gonçalves Correia Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos Tableros de Fibras, SA 28.12.2005 22.04.2005 35,000 100 0 1.28 Alienações Quantidade Valor Md. € 49,999,997 14,901 10,620 35,000 Duarte Paulo Teixeira de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) Imparfin, SGPS, SA (5) Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos 100 1 150,000 360,591 360,591 0 Jose Antonio Comesaña Portela Tableros de Fibras, SA 57,024 Data (1) Efanor Investimentos, SGPS, SA Sonae Indústria - SGPS, SA (***) Compra Venda Sonae Indústria, SGPS, SA Compra Pareuro, BV (2) Sonae-SGPS, SA (3) Venda Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos (2) Pareuro, BV Sonae, SGPS, SA Compra Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos (3) Sonae-SGPS, SA Sonae Indústria - SGPS, SA (***) Cisão-fusão Sonae Indústria, SGPS, SA Venda Sonae Capital-SGPS, SA (4) (4) Sonae Capital-SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA Compra (5) Imparfin, SGPS, SA Sonae, SGPS, SA Direitos de cisão-fusão (*) Separação de direitos Saldo em 31.12.2005 Quantidade Aquisições Quantidade Valor Md. € Alienações Quantidade Valor Md. € Saldo em 31.12.2005 Quantidade 0 16.09.2005 21.09.2005 10,000 29.07.2005 50 000 (**) 5.26 10,000 4.20 10,000 0.93 20,000 658,804,410 18.07.2005 291,179,305 1.14 658,804,410 28.12.2005 658,804,410 0.00 18.07.2005 291,179,305 1.14 28.12.2005 400,000,000 0.00 400,000,000 400,000,000 0 15.12.2005 126,510,092 30.12.2005 8,322,354 1,000,000 6.45 391,046,000 8,322,354 30.12.2005 8,322,354 6.45 4,105,273 4,105,273 28.12.2005 4,105,273 0.00 (*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão que envolveu a Sonae, SGPS, SA, a Sonae Indústria - SGPS, SA (sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA (cuja denominação foi alterada para Sonae Indústria, SGPS, SA) registados nas contas dos respectivos titulares em 2 de Janeiro de 2006. Estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, SGPS, SA no dia 20 de Janeiro de 2006 conforme se segue: 1,010 Belmiro Mandes de Azevedo 720 Carlos Bianchi de Aguiar 2,372 Rui Manuel Gonçalves Correia 24,446 Duarte Paulo Teixeira Azevedo 44,664,706 Efanor Investimentos, SGPS, SA 27,118,645 Pareuro, BV 278,324 Imparfin, SGPS, SA (**) - Acções com o valor nominal de 1€, tendo posteriormente o seu valor nominal sido alterado para 5 €, com unificação de cada 5 acções numa acção. (***) - Sonae Indústria - SGPS, SA (sociedade extinta) ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS Número de acções a 31.12.05 Efanor Investimentos, SGPS, SA Sonae Indústria,SGPS, SA Direitos de cisão-fusão(*) Pareuro, BV Sonae-SGPS, SA 10,000 658,804,410 20,000 658,804,410 Pareuro, BV Direitos de cisão-fusão (*) Sonae, SGPS, SA 400,000,000 400,000,000 Sonae-SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA Sonae Capital-SGPS, SA Sonae Capital-SGPS, SA Sonae Indústria,SGPS, SA 1,000,000 391,046,000 8,322,354 (*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão que envolveu a Sonae, SGPS, SA, e Sonae Indústria - SGPS, SA (sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA (cuja denominação foi alterada para Sonae Indústria, SGPS, SA) registados nas contas dos respectivos titulares em 2 de Janeiro de 2006. Estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, SGPS, SA no dia 20 de Janeiro de 2006 conforme se segue: 44,664,706 Efanor Investimentos, SGPS, SA 27,118,645 Pareuro, BV PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS Cumprimento do disposto no Artº 8º, nº 1, alínea e) do Regulamento da CMVM nº 04/2004 Tendo em consideração a operação de cisão-fusão e fusão em que esta sociedade interveio e considerando que a atribuição das acções emitidas em consequência da mesma foi concretizada em dois momentos distintos, o último dos quais apenas ocorreu em Janeiro de 2006, a informação a 31 de Dezembro de 2005 não espelha de forma adequada as participações qualificadas detidas nesta sociedade. Face ao exposto indicamos os titulares de participações qualificadas à data de 20 de Janeiro de 2006, data da última atribuição de acções desta sociedade. Accionista Nº de acções % Direitos de voto Efanor Investimentos, SGPS, S.A. 44,674,706 31.9105% Pareuro, BV 27,118,645 19.3705% Sonae, SGPS, SA 1,000,000 0.7143% Sonae Capital, SGPS, SA 8,322,354 5.9445% Sonaecom, SGPS, SA Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo 75,937 0.0543% 1,010 0.0007% Nuno Miguel Teixeira de Azevedo 969 0.0007% Duarte Paulo Teixeira de Azevedo 24,446 0.0175% Maria Claudia Teixeira de Azevedo Total de Imputação 22,146 0.0158% 81,240,213 58.0288% 2,629,958 1.88% Centaurus Capital LP Centaurus Alpha Master Fund Limited Citi Centaurus Limited Greenway Managed Account Series Limited Total de Imputação 92,460 0.07% 149,028 0.11% 2,871,446 2.06% Relatório Social e Relatório Ambiental Índice I. Estrutura do Governo da Sociedade e Sistemas de Gestão Destaques dos Processos de Certificação II. Relatório Social Recursos Humanos Higiene e Segurança III. Relatório Ambiental Ambiente e Eco-eficiência: áreas-chave I. II. III. IV. V. Utilização da energia e eficiência Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas Gestão de resíduos CO2 e outras emissões gasosas Utilização da água e águas residuais Cooperação com Universidades Responsabilidade pelo produto Perspectivas Pág. 2 de 15 I. Estrutura do Governo da Sociedade e Sistemas de Gestão A Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (“SREC”) tem por missão a análise do impacto, nas actividades da Sonae Indústria, das vertentes económica, ambiental e social da sustentabilidade, assim como do governo corporativo. Economic Dimension Dimensão Económica Environmental DimensãoDimension Ambiental Monetary flows between organization Fluxos monetários entre a the organização e os seus grupos de and interesse e as stakeholders externalities created and externalidades criadas pela organização. the organization by Social Dimension Dimensão Social Influence nos on living and naturais, non -living natural Influência sistemas vivos e não-vivos, incluindo interacções com os interactions with systems , including ecossistemas, solos, ar e água. , air and water ecosystems , land Âmbito das Scope of Actividades do SREC SREC activities Human Humanos, Rights , Child labourInfantil, , Direitos Trabalho Higiene e Segurança; Formação Health and Safety ; Training ande Ensino; Relações ; LabourLaborais, Relations , Labour Eductaion Práticas Compensação, , Compensation , HR Management PracticesLaborais, Gestão e Processos dos Recursos and Processes Humanos. Corporate GovernoGovernance Corporativo, Quadro Valoresand e Normas Norms Chart ofdeValues Values , Valores, norms and rules under which normas e regras quethe is governed . organization governam a organização. O SREC assume um papel desafiador na Sonae Indústria, promovendo debates e subsequentes recomendações sobre temas-chave ou emergentes em questões ambientais e sociais, relevantes para o sector de actividade da Sonae Indústria, os quais serão transmitidos como desafios à Comissão Executiva. Para assegurar a implementação e gestão efectiva das directrizes estratégicas do Grupo para a gestão ambiental, a Sonae Indústria criou, em 2003, o Departamento Corporativo de Ambiente e Eco-eficiência, o qual coordena a estratégia ambiental em todas as áreas geográficas, onde o Grupo tem presença industrial. ReporteReport Global Globaltoà ExCom Iberian Coordenador Coordinator Pen. Ibérica Germany Coordenador Coordinator Alemanha Coordenador France França Coordinator Director Coorporativo Corporate Ambiente eand Environment Eco -efficiency Eco-Eficiência Manager Coordenador UK Reino Unido Coordinator Canada Coordenador Coordinator Canadá Coordenador Brazil Coordinator Brasil Coordenador South Africa África do Sul Coordinator Reporte directo às Comissões Directivas locais. Pág. 3 de 15 A missão deste departamento é a de apoiar a Sonae Indústria no cumprimento da regulamentação ambiental local e desafiar a organização para melhorar continuamente o seu desempenho eco-eficiente. É responsável por avaliar a exposição e importância local das diversas questões ambientais e acordar objectivos, por país, com a gestão de topo das operações. Os coordenadores locais da função Ambiente e Eco-eficiência assumem a implementação dos objectivos definidos, a sua monitorização e reporte da informação relativa às operações. Nos últimos anos, um dos objectivos principais deste Departamento tem sido a integração da gestão ambiental nos sistemas e nos processos de gestão das participadas da Sonae Indústria. Um marco importante neste processo, é a certificação dos sistemas de gestão por entidades externas certificadoras. Os Sistemas de Gestão Ambiental são integrados, tanto quanto possível, com a gestão nas áreas relacionadas com Qualidade, Higiene e Segurança e Cadeia de Responsabilidade dos Produtos Florestais. Pág. 4 de 15 No quadro abaixo apresenta-se a situação da certificação dos sistemas de gestão, no final de 2005: PORTUGAL ESPANHA FRANÇA Cadeia de Responsabilidade dos Produtos Florestais Qualidade Ambiente ISO 9001 ISO 14001 PEFC Maia* 3 Mangualde 3 a decorrer (2006) a decorrer (2006) Oliveira do Hospital 3 a decorrer (2006) a decorrer (2006) Sines* 3 a decorrer (2006) não aplicável Betanzos 3 3 3 Valladolid 3 3 Auxerre 3 3 Chatellerault 3 3 St Dizier Ussel 3 não aplicável a decorrer (2006) 3 a decorrer (2006) Solsona Lure 1 3 a decorrer (2006) 3 3 3 a decorrer (2006) 3 Meppen 3 3 3 3 Eiweiler 3 3 3 3 Nettgau 3 3 3 3 Kaisersesch 3 3 Knowsley 3 3 Coleraine 3 Panbult 3 3 White River 3 3 George 3 3 CANADÁ Lac-Mégantic 3 3 BRASIL Piên 3 a decorrer (2006) 22 9 ALEMANHA REINO UNIDO ÁFRICA DO SUL OHSAS 18001 3 Linares Le Creusot FSC Higiene & Segurança 3 3 3 13 5 1 *NOTA: Todas as unidades produzem painéis derivados de madeira, exceptuando as escritas a cinzento e assinaladas com “*” (a unidade da Maia produz termolaminados decorativos e a de Sines produz resinas sintéticas à base de folmaldeído). 1 A Certificação foi atribuída em Janeiro de 2006. Pág. 5 de 15 Destaques dos Processos de Certificação • Durante 2005, a cadeia de responsabilidade de produtos florestais das fábricas de Le Creusot e Meppen foi certificada pelo PEFC; • Já em Janeiro de 2006, o sistema de gestão da qualidade de Le Creusot recebeu o seu certificado; • Durante 2006, todas as unidades terão os seus sistemas de gestão da qualidade certificados por uma entidade independente; • Também durante 2006, será concluído o processo de certificação dos sistema de gestão ambiental nas seguintes unidades: o Portugal: Mangualde, Oliveira do Hospital e Sines; o Espanha: Linares; o Brasil: Piên. • A certificação da Cadeia de Responsabilidade, nas unidades de Mangualde e Oliveira do Hospital, é também um objectivo para 2006. Pág. 6 de 15 II. Relatório Social Recursos Humanos Durante 2005, o enfoque da Sonae Indústria manteve-se na melhoria da produtividade. No final do exercício, a Sociedade empregava 5.424 colaboradores, 5% menos do que no final do ano anterior. Número de Colaboradores por país África do Sul Holanda 401 13 Brasil 321 Canadá 327 Pen. Ibérica 1962 5.424 colaboradores Alemanha 1134 Reino Unido 302 França 964 Os custos com o pessoal acumulados a Dezembro de 2005 foram de 206 milhões de euros, o que compara com 207 milhões de euros (excluindo 14 milhões de euros da Gescartão) em 2004. A redução do número de colaboradores aliada ao aumento de vendas da empresa traduziu-se num aumento de vendas por colaborador de 9% em 2005, comparado com 2004 e um aumento acumulado de 30% registado nos últimos 2 anos. 15% Mulheres 85% Homens 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Colaboradores por Género e Faixa Etária 28% 26% 15% 11% 1% 3% <= 23 anos 4% 5% 24 a 29 anos 30 a 39 anos Mulher 3% 40 a 49 anos 1% 50 a 59 anos 2% => 60 anos Homem Pág. 7 de 15 A Sonae Indústria está fortemente empenhada em analisar e promover as iniciativas necessárias, no que respeita a protecção de minorias e grupos socialmente discriminados, nomeadamente na África do Sul, onde, em 2005, foram criados Comités para a Igualdade no Trabalho (Employment Equity Committees) nas três unidades fabris e se iniciou a promoção de recrutamento de indivíduos socialmente desfavorecidos (PDIs - previously disadvantaged individuals). Para além dos esforços continuados para a melhoria da eficiência, tem-se dado especial atenção aos assuntos relacionados com a higiene e segurança e a eco-eficiência, que são encarados como condições essenciais, para se conseguir atingir um crescimento sustentável. Estas duas áreas serão os catalizadores da gestão da sustentabilidade na Sonae Indústria. Higiene e Segurança O desenvolvimento profissional, a segurança e o bem-estar dos colaboradores são prioridades-chave para a Sonae Indústria. Em 2005, mais de 80 mil horas foram investidas em programas de formação em todas as áreas geográficas, com 24% deste tempo dedicado a programas específicos relacionados com higiene e segurança. 2005 2004 2003 Absentismo (% de horas trabalhadas) 5,00% 4,30% 4,80% Formação (milhares de horas) 80 72 67 Formação em Higiene e Segurança (% do total de horas de formação) % do total de horas de trabalho perdidas por acidentes 24% 27% 19% 0,6% 0,8% 0,8% Em Setembro de 2005, a Sonae Indústria criou uma nova responsabilidade corporativa Director(a) Corporativo(a) de Higiene e Segurança. Os objectivos definidos para este departamento são fortalecer a promoção do desenvolvimento sustentável e de avançar do estrito cumprimento da legislação para níveis excelentes de práticas em Higiene e Segurança. No 4T05, 8 países e 17 unidades industriais foram objecto de um diagnóstico extensivo de Higiene e Segurança, de modo a determinar a situação actual do grupo Sonae Indústria e estabelecer um plano de acção e directrizes para progredir. Conscientes do papel fundamental da Higiene e Segurança no futuro da organização, esta preocupação foi já incluída no planeamento estratégico, entendendo-se que deverá: • estar alinhada por um política corporativa de Higiene e Segurança, que evidencie o compromisso, as preocupações e a visão da organização; • estar assente em princípios corporativos da excelência de Higiene e Segurança, a todos os níveis de intervenção; • ser suportada num processo sistemático de identificação, avaliação, controlo e gestão dos principais riscos; • ter uma relação directa com os objectivos estratégicos de gestão do negócio; • ser incluída no ciclo de planeamento de todas as afiliadas; Pág. 8 de 15 • estar claramente definida, através de uma política e de standards de Higiene e Segurança (metodologias, processos, objectivos, indicadores e responsabilidades) Pág. 9 de 15 III. Relatório Ambiental A Sonae Indústria reconhece que a gestão ambiental é um pilar da sustentabilidade para o futuro. A política ambiental do grupo, disponível no sítio www.sonaeindustria.com, é utilizada como referência de gestão para: • cumprir a legislação respeitante a todas as vertentes ambientais; • utilizar sustentadamente os recursos naturais, nomeadamente pela sua poupança e pela redução, reutilização e reciclagem de desperdícios; • melhorar as condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; • minimizar os impactes das suas unidades industriais sobre o ambiente e sobre as comunidades onde se inserem. A importância estratégica da eco-eficiência foi reforçada, em 2005, como tema principal no fórum anual da Sonae Indústria, a Reunião Internacional de Quadros de Topo (IMM International Management Meeting). As recomendações, resultantes do debate e dos workshops realizados durante o fórum, foram já incorporados no ciclo de planeamento para 2006, a saber: • • • • Criar um «significado comum» para o conceito de eco-eficiência; Conceber uma política de formação em eco-eficiência ao nível de cada país, com base nas prioridades estratégicas da Sonae Indústria; Assegurar que é proporcionado aos directores de fábrica e à força de vendas um conhecimento básico sobre eco-eficiência; Apoiar os clientes nas suas necessidade de eco-eficiência, adaptando o portfolio da Sonae Indústria a essas necessidades. Ambiente e Eco-eficiência: áreas-chave A Sonae Indústria definiu um conjunto de prioridades, no âmbito da eco-eficiência, para serem melhoradas: - I. Utilização da energia e eficiência; II. Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas; III. Gestão de resíduos; IV. CO2 e outras emissões gasosas; V. Utilização da água e águas residuais. Estas áreas-chave para a Sonae Indústria foram identificadas através de workshops realizados em cada uma das unidades fabris europeias. As directrizes para discussão basearam-se nas prioridades dos grupos de interesse e na influência operacional de cada unidade sobre o ambiente. I. Utilização da energia e eficiência A utilização eficiente da madeira e da energia é um factor-chave para a eficiência operacional global da Sonae Indústria. Durante 2005, o consumo de electricidade foi reduzido de 198 kWh para 185 kWh por metro cúbico de painel produzido. Pág. 10 de 15 A produção local de electricidade nas unidades com sistemas de co-geração (7% do consumo total de electricidade em 2005, comparado com 6% em 2004) representou um contributo importante para a optimização da gestão energética. Assistiu-se a um aumento da eficiência no consumo da electricidade em 2005 face a 2004. Consumo de Electricidade por metro cúbico produzido (kWh/m3) 200 175 150 125 100 2005 2004 Consumo de Electricidade 7% Comprada Produzida localmente 93% II. Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas Em 2005, o consumo de madeira reciclada aumentou para 17% (16% em 2004), como resultado do enfoque do grupo no incremento da utilização de madeira para reciclar. Como exemplo, na fábrica de Knowsley no Reino Unido, a utilização de madeira para reciclar no processo produtivo de aglomerado de partículas atingiu aprox. 97% em 2005. Pág. 11 de 15 Consumo de madeira por tipo, 2005 100% 13% 19% 33% 80% 33% 41% 43% 48% 28% 67% 60% Rolaria Sub-produtos 88% 67% 40% 87% 54% 51% 56% 17% 16% TOTAL 2005 TOTAL 2004 Reciclados 44% 40% 59% 20% 20% 15% 13% 13% 12% 12% 12% 0% Portugal Espanha Reino Unido França Alemanha Canadá Brasil África do Sul III. Gestão de resíduos Uma melhoria gradual nos sistemas de contabilização de resíduos a nível das fábricas, permitiu melhorar também a qualidade da informação sobre a gestão de resíduos. Como resultado desta melhoria nos sistemas de informação, durante 2005, foi registado um aumento aparente dos resíduos gerados, de 61 kg para 77 kg por metro cúbico de produção. Em 2005, os custos de deposição de resíduos cresceram 0,08 euros para 0,38 euros por metro cúbico produzido. A reciclagem e a valorização energética contribuíram para a utilização sustentável de recursos: 30% dos resíduos da empresa foram reutilizados ou reciclados e 61% foram utilizados como combustíveis. Apenas 8% foram depositados em aterro e 1% são considerados como resíduos perigosos. Destino dos Resíduos Custos de eliminação de resíduos 8% 1% 11% 30% Perigosos Reutilizados/reciclados Perigosos Usados como combustível Não-perigosos Enviados para aterro 61% 89% Custos de eliminação dos resíduos por metro cúbico produzido (euros/m3) Resíduos gerados por metro cúbico produzido (kg/m3) 0,4 80,0 0,3 60,0 0,2 40,0 0,1 20,0 0,0 0,0 2005 2004 2005 2004 Ainda está por estabelecer uma definição clara e universalmente aceite para «resíduo», sem a qual continua a ser um enorme desafio, à escala global, fornecer dados, que permitam comparações fiáveis. Como tal, o objectivo-chave para 2006, do ponto de vista da gestão de Pág. 12 de 15 resíduos, é estabelecer critérios internos uniformes, tanto para a definição de resíduo, como para a diferenciação entre resíduos perigosos e não-perigosos. IV. CO2 e outras emissões gasosas 2005 foi o primeiro ano de actividade do Sistema Europeu de Comércio de Emissões (European Union Emission Trading Scheme - ETS). Foram atribuídas licenças de emissão de dióxido de carbono a cinco unidades fabris da Sonae Indústria. A unidade de Knowsley, em 2004, foi inicialmente incluída no Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão do Reino Unido. Posteriormente, as autoridades do Reino Unido reviram o plano e a fábrica deixou de estar incluída directamente no ETS para 2005-2007. Actualmente, a unidade está apenas envolvida no «Acordo sobre as Alterações Climáticas» (Climate Change Agreement) do sector de painéis derivados de madeira do Reino Unido. No final de 2005, as autoridades espanholas também reanalisaram o seu Plano Nacional de Alocações de Licenças de Emissão e foram emitidas licenças para três das fábricas da Sonae Indústria, para o período de 2006-2007. As unidades, a quem foram emitidas as licenças, são: Betanzos, Solsona e Valladolid. No quadro abaixo, encontra-se um resumo das licenças de emissão geridas pelas cinco unidades e respectivas emissões reais para 2005, a saber: Licenças de Emissão atribuídas 9 733 ton CO2 23 122 ton CO2 14 686 ton CO2 31 678 ton CO2 16 751 ton CO2 2005 Eiweiler Mangualde Meppen Oliveira do Hospital Ussel Emissões reais (valores não-auditadas) 7 076 ton CO2 18 446 ton CO2 13 411 ton CO2 25 965 ton CO2 16 582 ton CO2 Tendo em consideração os valores reais não-auditados, todas as cinco fábricas conseguiram situar-se abaixo dos valores de emissão das licenças atribuídas. Os procedimentos de verificação dos valores reais de emissão estão calendarizados para o primeiro trimestre de 2006, para validação formal dos dados operacionais. V. Utilização da água e águas residuais O consumo registado de água aumentou de 0,32 para 0,44m3 por unidade produzida, também como resultado da melhoria do sistema de contabilização ambiental, que fornece agora informação mais fiável e de melhor qualidade. Custos da água por origem Consumo de água por origem 1% 2% 31% Municipal Municipal Superficial Subterrânea 59% Superficial Subterrânea 97% 10% Pág. 13 de 15 Custo da água por metro cúbico produzido (euro/m3) Consumo de água por metro cúbico produzido (m3/m3) 0,6 0,4 0,5 0,3 0,4 0,2 0,3 0,1 0,0 0,2 2005 2004 2005 2004 Os custos da água aumentaram 0,06 euros para 0,28 euros por metro cúbico de unidade produzida. A água com origem na rede municipal é responsável por 59% da água utilizada e 97% dos custos, apesar de, em 2005, ter sido conseguida uma redução de 3% na utilização desta fonte. As restantes fontes de água são recursos superficiais (10%) e subterrâneos (31%). Uma das metas futuras para a Sonae Indústria é a redução do nível global de água potável utilizada e assim a redução dos custos. Cooperação com Universidades No âmbito do protocolo entre a Sonae Indústria e a Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências e Tecnologia), foi desenvolvido um projecto de eco-design (juntamente com um diagnóstico ambiental) para o negócio do mobiliário em kit, em Portugal. Este projecto é a base para a segunda fase (a iniciar-se durante 2006), que irá detalhar como o negócio do mobiliário em kit pode beneficiar das oportunidades de eco-eficiência relacionadas com o eco-design dos produtos. Responsabilidade pelo produto A Sonae Indústria está activamente envolvida nos grupos de trabalho, no âmbito dos dois sistemas mais importantes de certificação da gestão florestal: o PEFC, Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes e o FSC, Forest Stewardship Council. Enquanto parte activamente interessada nestas organizações, a Sonae Indústria teve a oportunidade de introduzir um conjunto de critérios de certificação para a madeira reciclada, que foram a limpeza e a segurança na utilização do produto final. Em Julho de 2005, o PEFC reconheceu o contributo positivo da reciclagem de madeira na utilização sustentável deste recurso e classificou-o como um material certificável. Para além disso, em todas as operações europeias, a Sonae Indústria comprometeu-se voluntariamente a produzir apenas painéis de baixa emissão de formaldeído (conhecidos por produtos classe E1), um compromisso assumido no seio da EPF (European Panels Federation). A Sonae Indústria está também activamente envolvida no debate da futura regulação europeia sobre emissões de compostos voláteis dos produtos. Perspectivas Um elemento-chave na abordagem do Grupo aos temas relacionados com o ambiente e a eco-eficiência é o desenvolvimento dos programas de eco-eficiência, ao nível de cada unidade industrial, para o período de 2006-2010. Estes estão a ser desenvolvidos e serão a Pág. 14 de 15 referência para o planeamento e implementação de todos os futuros investimentos e acções a nível operacional. Em 2006, a meta ambiental mais importante para a Sonae Indústria é a continuação da melhoria dos sistemas de informação ambiental e do seu desempenho, através da optimização da utilização da energia e das matérias-primas. Tanto a eco-eficiência como a higiene e segurança serão áreas catalizadoras para impulsionar a gestão da sustentabilidade dentro da Sonae Indústria, que será suportada no reporte mais detalhado das realizações e do progresso neste âmbito. Pág. 15 de 15 Relatório sobre o Governo da Sociedade Índice 0. Declaração de Cumprimento 1. 1.1. 1.2. Órgãos de Gestão, Composição e Organização Composição e Organização do Conselho de Administração Composição e Organização da Comissão Executiva 2. 2.1. 2.2. 2.3. Comissões com Competências Especializadas Comissão de Auditoria e Finanças Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente Comissão de Nomeações e Remunerações 3. Assistência às Reuniões do Conselho de Administração e das Comissões com Competências Especializadas 4. Avaliação do Conselho de Administração 5. Remunerações e Outras Compensações 6. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas 7. Comissão de Vencimentos 8. Evolução da Cotação das Acções 9. Relações com investidores 10. Política de Distribuição de Dividendos 11. Planos de Atribuição de Acções e Planos de Atribuição de Opções de Aquisição de Acções 12. Negócios com Partes Relacionadas 13. Remuneração Anual do Auditor 14. 14.1. 14.2. 14.2.1. 14.2.2. 14.2.3. 14.3. Regras Societárias Códigos de Conduta e Regulamentos Internos Gestão de Riscos Os processos de gestão de Risco Integrada A Gestão de Risco Operacional A Organização da gestão de Risco Medidas Susceptíveis de Interfeir no Êxito de Ofertas Públicas de Aquisição 15. Listagem das funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração noutras sociedades 16. Listagem das funções anteriormente exercidas pelos membros do Conselho de Administração Pág. 2 de 21 A actual Sonae Indústria, SGPS, SA (daqui em diante designada por «Sonae Indústria») não desenvolveu nenhuma actividade relevante, antes do processo de cisão-fusão e fusão, concluído em Dezembro de 2005 e que esteve na origem da incorporação da actividade da Sonae Indústria – SGPS, SA (sociedade extinta) na Sonae Indústria. A informação contida neste relatório refere-se às duas empresas, a extinta e a actual Sonae Indústria. 0. Declaração de Cumprimento A Sonae Indústria compromete-se a desenvolver e implementar boas práticas de governo corporativo, que extravasam o cumprimento das obrigações regulamentadas. A Sonae Indústria está consciente de que um bom governo corporativo reduz o risco e cria valor para o accionista. Uma boa governação deve incluir práticas responsáveis de gestão e uma preocupação alargada com temas ambientais, sociais e éticos. A Sonae Indústria cumpre todas as recomendações, excepto a 2 e a 8, das Recomendações para o Governo Corporativo, fixadas pela CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Relativamente à Recomendação 2, os estatutos da Sonae Indústria, actualmente, permitem aos accionistas votar por correspondência, em caso de alterações aos Estatutos e de eleições para os Órgãos Sociais. As restrições ao voto por correspondência para as restantes matérias são, acima de tudo, uma forma de encorajar a participação dos accionistas nas Assembleias Gerais e, assim, estabelecer uma relação interactiva entre a Sociedade e aqueles. No que respeita a Recomendação 8, a Sonae Indústria divulga a remuneração individual do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente Executivo, assim como a remuneração agregada dos Administradores Executivos e Não-Executivos. Esta decisão do Conselho de Administração assenta no facto de a divulgação da remuneração individual de todos os Administradores são ser uma prática genericamente aceite entre as empresas portuguesas. Para além disso, o Conselho de Administração entende que a divulgação actual é suficiente e permite avaliar separadamente a remuneração das principais componentes do Conselho de Administração: o Presidente do Conselho de Administração, o Presidente Executivo, a Comissão Executiva e os Administradores Não-Executivos. 1. Órgãos de Gestão, Composição e Organização CONSELHO DE BOARD OF DIRECTORS ADMINISTRAÇÃO Carlos Bianchi de Aguiar (CEO) Christian Schwarz Rui Correia José Ant António nio EXPORT Comesaña Louis Brassard PEN. IBÉRICA IBERIA BRAZIL BRASIL COMISSÃOCOMMITTEE EXECUTIVA EXECUTIVE FRANCE FRANÇA ALEMANHA GERMANY Belmiro de Azevedo (Presidente) Álvaro Cuervo Garcia Angel Garcia Altozano Paulo Azevedo Per Knuts Thomas Nystén Carlos Bianchi deAguiar(CEO) Christian Schwarz Rui Correia José António Comesañ a Louis Brassard REINO UNITED UNIDO KINGDOM CANADA CANADÁ ÁFRICA SOUTH DO SUL AFRICA Pág. 3 de 21 1.1. Composição e Organização do Conselho de Administração O Conselho de Administração da Sonae Indústria é composto por 11 administradores, eleitos na Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração elege o Presidente. O número de Administradores Não-executivos (6) excede o número de Administradores Executicos (5); dos Administradores Não-executivos, 3 são Independentes, ou seja, não estão associados a grupos de interesse relacionados quer com a Sociedade, quer com o seu accionista de referência, para além de não terem interesses relevantes que possam interferir com a capacidade de exercer livremente a sua função. Estes Administradores independentes exercem uma influência importante no processo de tomada de decisões e no desenvolvimento da estratégia e da política da empresa e, como tal, o Conselho de Administração apresenta um equilíbrio entre o número de Administradores, que representam os accionistas de referência e o número de Administradores independentes. O mandato do Conselho de Administração é de quatro anos, com a possibilidade de reeleição. O mandato actual do Conselho de Administração é de 2002 a 2005. Todos os membros do Conselho de Administração foram designados, com efeitos a partir de 15 de Dezembro de 2005, com excepção de Rui Correia, que foi designado a 22 de Julho de 2002. Tal como estipulado nos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da Sonae Indústria deve reunir-se trimestralmente e, adicionalmente, sempre que o Presidente ou dois dos seus membros o solicitarem. Todas as decisões tomadas são registadas nas actas respectivas. Houve 7 reuniões do Conselho de Administração em 2005. O Conselho de Administração apenas pode deliberar, se a maioria dos seus membros estiver presente ou representada e as decisões são tomadas por maioria dos votos presentes. Os membros do Conselho de Administração, actualmente, acumulam a função de membros do Conselho de Administração de determinadas sociedades, que estão listadas no Ponto 15 deste relatório. Funções anteriores, exercidas nos últimos 5 anos, estão também enumeradas no Ponto 16 deste relatório. Administradores da Sonae Indústria Belmiro de Azevedo (Presidente da Sonae Indústria): Licenciatura em Engenharia Química - Universidade do Porto; PhD da Harvard Business School e participou no Programa de Gestão Financeira da Universidade de Stanford; desde cedo, ocupou diversas funções no grupo Sonae. É, actualmente, Presidente do grupo Sonae e membro de: «European Union Hong-Kong Business Cooperation Committee; do «International Advisory Board» da Allianz AG; do «International Advisory Board» da Harvard Business School. Foi diversas vezes condecorado, sendo de destacar: a «Encomienda de Numero de la Ordem del Mérito Civil» por Sua Majestade, D. Juan Carlos, Rei de Espanha; a «Ordem do Cruzeiro do Sul» pelo Presidente da República Federal do Brasil; a «Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique» pelo Presidente da República de Portugal; nomeação como «Honorary Fellow» pela London Business School e membro da «Order of Outstanding Contributors to Sustainable Development» pelo World Business Council for Sustainable Development. Álvaro Cuervo García: Pós-graduação em Estatística e Psicologia e PhD em Economia da Universidade de Madrid (Espanha). É professor universitário de Economia para Gestão Empresarial e é o Director do Departamento de Gestão Pág. 4 de 21 Empresarial da Universidade Complutense em Madrid. É ainda professor universitário de Economia para Gestão Empresarial nas Universidades de Valladolid e Oviedo University (Espanha) e de CIDE (México). É também Professor Convidado nas Universidade de Nova Iorque e de Califórnia Berkeley (EUA). É membro do Comité Consultivo do Governo para as Privatizações (espanhol) e Presidente da Associação Ciêntífica de Economia e Empresas (Espanha). Angel Garcia Altozano (Independente): Licenciatura em Engenharia Civil Universidade de Madrid (Espanha) e MBA da Universidade de Dayton (Ohio – EUA). Desempenha diversas funções de gestão e administração. Paulo Azevedo: Licenciatura em Engenharia Química - EPF Lausanne (Suíça) e Pós-graduação em Estudos Empresariais - EGP (ex-ISEE/UP). Exerceu o cargo de Presidente Executivo da Optimus – Telecomunicações, S.A., entre 1998 e 2000; Presidente Executivo da Sonaecom – SGPS, S.A. e Presidente do Conselho de Administração da Optimus - Telecomunicações S.A.. Desempenha diversas funções de gestão e administração no grupo Efanor. Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo. Per Knuts (Independente): Licenciatura em Engenharia Química - Royal Institute of Technology (Suécia) e foi Presidente do Conselho de Administração do Conselho Global das empresas da Stora Feldmühle AG e da FPB Holding AG (Düsseldorf – Alemanha), entre 1998 e 2004. Thomas Nystén (Independente): Licenciatura em Ciências Políticas Universidade de St. Andrews (Escócia) e foi Administrador Não-executivo da Myllyskoski Corporation e Presidente Executivo da Myllykoski Lang Papier. Actualmente, é Administrador não-executivo da Gratenau & Hesselbacher GmbH. Carlos Bianchi de Aguiar (Presidente da Comissão Executiva e Presidente Executivo da Sonae Indústria): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto. Ocupou diversas funções de gestão e administração no grupo Sonae. Christian Schwarz (Vice President of the Executive Committee and COO Central Europe): Licenciatura em Engenharia Industrial - Universidade Técnica de Karlsruhe (Alemanha). Durante muitos anos, desempenhou funções de director executivo no sector automóvel e, desde então, ocupou diversas funções de gestão e administração no grupo Sonae Indústria. Rui Correia (CFO): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto e Pósgraduação em Gestão Empresarial - EGP (ex-ISEE/UP). Integra o Grupo Sonae desde 1994. A partir de 2000, Director do Departamento Financeiro da Sonae SGPS. A partir de 2001, ocupou diversos cargos de gestão e adminsitração no gurpo Sonae. José António Comesaña (COO Iberia & Brazil): Licenciatura em Engenharia Mecânica Industrial - Escuela de Ingenieros Industriales de Barcelona (Espanha). Ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo Sonae. Louis Brassard (COO Canada & South Africa): Licenciatura em Engenharia Industrial - Montréal Polytechnic School (Quebeque - Canadá); MBA em Finanças e Marketing - Universidade de Montréal. Integra o grupo desde 1994 e ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo Sonae Indústria. Pág. 5 de 21 Os Administradores da Sonae Indústria detêm o seguinte número de acções da Sonae Indústria: Número de Acções Belmiro Mendes de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 49.999.997 Direitos de Cisão-Fusão (*) 14.901 Carlos Bianchi de Aguiar Direitos de Cisão-Fusão (*) Rui Manuel Gonçalves Correia Direitos de Cisão-Fusão (*) Duarte Paulo Teixeira de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) Imparfin, SGPS, SA (5) Direitos de Cisão-Fusão (*) Número de Acções (1) Efanor Investimentos, SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 10.000 Pareuro, BV (2) 20.000 Sonae-SGPS, SA (3) 658.804.410 Direitos de Cisão-Fusão (*) 658.804.410 10.620 35.000 1 150.000 360.591 (2) Pareuro, BV Sonae, SGPS, SA Direitos de Cisão-Fusão (*) 400.000.000 400.000.000 (3) Sonae-SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA Sonae Capital-SGPS, SA (4) 1.000.000 391.046.000 (4) Sonae Capital-SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 8.322.354 (5) Imparfin, SGPS, SA Sonae, SGPS, SA Direitos de Cisão-Fusão (*) 4.105.273 4.105.273 (*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão, que envolveu a Sonae, SGPS, SA, a Sonae Indústria - SGPS, SA (Sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA (redenominada Sonae Indústria, SGPS, SA), registados, a 2 de Janeiro de 2006, nas contas dos respectivos titulares. A 20 de Janeiro de 2006, estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, a saber: Belmiro Mendes de Azevedo Carlos Bianchi de Aguiar Rui Manuel Gonçalves Correia Duarte Paulo Teixeira Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA Pareuro, BV Imparfin, SGPS, SA 1.010 720 2.372 24.446 44.664.706 27.118.645 278.324 1.2. Composição e Organização da Comissão Executiva A Comissão Executiva é nomeada pelos membros do Conselho de Administração e é composta por: Presidente Executivo, Administrador Financeiro e Administradores Operacionais das três grandes áreas geográficas onde a Sociedade tem operações. Os Estatutos da Sociedade permitem que o Conselho de Administração delegue a gestão corrente na Comissão Executiva. Entre os membros da Comissão Executiva, as responsabilidades estão assim divididas: EXECUTIVE EXECUTIVA COMISSÃO COMMITTEE Carlos Carlos Bianchi Bianchi de de Aguiar Aguiar Presidente da Comissão Executiva (CE) e CEO President of the Executive Committee and CEO Christian Schwartz Vice President of Vice-Presidente dathe CEExecutive e COO daCommittee Alemanha, and França COO e Reino Germany, UnidoFrance & UK Rui Correia CFO Louis Brassard Canada, SouthAfrica COO do Canadá e África do Sul, Jos é António Comesa ñ a COO da Península Iberia & BrazilIbérica e Brasil Pág. 6 de 21 O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva todos os poderes de gestão corrente da sociedade, com expressa exclusão dos seguintes: a) eleição do Presidente do Conselho de Administração; b) cooptação de administradores; c) pedido de convocação de Assembleias Gerais; d) aprovação do Relatório e Contas anuais; e) prestação de cauções e garantias reais ou pessoais pela sociedade; f) deliberação de mudança de sede e de aumento de capital social; g) deliberação sobre projectos de fusão, cisão e transformação da sociedade; h) aprovação do Plano de Actividades e do orçamento anual da sociedade; i) deliberação sobre políticas de recursos humanos, nomeadamente planos de atribuição de acções e planos de atribuição de remuneração variável, aplicável a quadros de topo (nível XIV e superior), em áreas que não sejam da competência da Assembleia Geral ou da Comissão de Vencimentos, assim como decisões sobre a compensação individual de quadros de Nível XVII e superior, que estão delegadas à Comissão de Nomeações e Remunerações e, quando estes são Administradores da Sociedade é requerida a deliberação da Comissão de Vencimentos ou da Assembleia Geral de Accionistas; j) definição ou alteração de políticas contabilísticas, sempre que a sociedade em causa esteja integrada no perímetro de consolidação do Grupo; k) aprovação das contas trimestrais e semestrais; l) compra e venda, leasing financeiro de longa duração ou outros investimentos em activos fixos tangíveis, quando envolvam valores que excedam o montante de 5.000.000 euros por cada transacção, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho de Administração; m) subscrição ou compra de acções em sociedades participadas se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de 20.000.000 euros, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades aprovados em Conselho de Administração; n) investimento em novas sociedades bem como investimento em outros activos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de 10.000.000 euros, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho de Administração; o) outros investimentos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de 10,000,000 euros, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho de Administração, p) desinvestimentos ou alienação de activos, desde que resulte da referida transacção um efeito significativo (entendido como sendo igual ou superior a 5%) sobre os resultados operacionais da sociedade ou afecte os postos de trabalho de mais de cem trabalhadores, excepto se enquadrados no âmbito do orçamento anual ou do Plano de Actividades aprovados em Conselho de Administração. A Comissão Executiva reúne-se ordinariamente, pelo menos, uma vez por mês e, além disso, todas as vezes que o seu Presidente ou a maioria dos seus membros a convoque por escrito, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data marcada; a reunião só poderá realizar-se, desde que se encontrem presentes (fisicamente ou por videoconferência) quatro dos seus membros. O Presidente Executivo preside à reunião. Ao longo do exercício de 2005, a Comissão Executiva reuniu-se 20 vezes. Pág. 7 de 21 As deliberações da Comissão Executiva são tomadas por maioria de quatro membros. Na falta desta maioria, a Comissão Executiva deverá submeter a matéria em causa a deliberação do Conselho de Administração. Com o objectivo de manter o Conselho de Administração permanentemente informado das deliberações da Comissão Executiva, é enviado a todos os seus membros um sumário das actas das reuniões da Comissão Executiva. 2. Comissões com Competências Especializadas Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e encontrar as melhores práticas para o governo corporativo, o Conselho de Administração criou 3 Comissões com Competências Especializadas: • • • Comissão de Auditoria e Finanças (Board Audit and Finance Committee “BAFC”); Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (Social Responsibility and Environment Committee “SREC”); Comissão de Nomeações e Remunerações (Board Nomination and Remuneration Committee “BNRC”). 2.1. Comissão de Auditoria e Finanças (“BAFC”): O BAFC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos: • • • Álvaro Cuervo (Presidente); Ángel Altozano (Independente); Paulo Azevedo. O BAFC reúne, ordinariamente, pelo menos 5 vezes por ano, tendo as seguintes atribuições principais: • • • • • • proceder à análise e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras e as apresentações de resultados, a publicitar ao mercado, com vista a apresentar as suas conclusões ao Conselho de Administração; analisar a gestão de risco, controlar internamente os processos e negócios; analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa; analisar quaisquer alterações nas políticas e práticas contabilísticas; verificar o cumprimento das normas contabilísticas; verificar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias, em particular no âmbito financeiro. Durante 2005, o BAFC reuniu 7 vezes. 2.2. Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (“SREC”) O SREC é composto pelos seguintes Administradores: • • • • Belmiro de Azevedo (Presidente); Christian Schwarz Per Knuts (Independente) Thomas Nystén (Independente) Pág. 8 de 21 Esta Comissão reuniu duas vezes no ano de 2005, sendo a sua atribuição principal a análise, na condução dos negócios da sociedade, dos impactos da sustentabilidade, nas suas vertentes económica, ambiental e social, bem como do governo corporativo. 2.3. Comissão de Nomeações e Remunerações (“BNRC”) O BNRC é composto pelos seguintes Administradores: • • • • Belmiro de Azevedo (Presidente); Álvaro Cuervo Carlos Bianchi de Aguiar Paulo Azevedo Esta Comissão reúne, normalmente, pelo menos, uma vez por ano, sendo a sua atribuição principal analisar e aprovar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração, relativas à remuneração e outras compensações dos membros do conselho de administração e de outros quadros de topo do grupo Sonae Indústria. O BNRC faz a ligação com a Comissão de Vencimentos da Sonae Indústria. Pode também soliciar assessoria de entidades externas, desde que estas se comprometam a manter sigilo absoluto sobre a informação obtida em resultado dessa cooperação. Em 2005, o BNRC reuniu 4 vezes. 3. Assistência às Reuniões do Conselho de Administração e das Comissões Directivas Durante o exercício de 2005, o Conselho de Administração e as respectivas Comissões tiveram o número de reuniões e a assistência dos seus membros, a saber: Número de Reuniões Assistência Conselho de Administração 7 87% Comissão Executiva 20 92% Comissão de Auditoria e Finanças 7 81% Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente 2 100% Comissão de Nomeações e Remunerações 4 100% 4. Avaliação do Conselho de Administração De acordo com as melhores práticas de governo corporativo, foi efectuada uma autoavaliação do Conselho, com o apoio de um consultor externo. A avaliação foi concebida para analisar o modo de funcionamento do Conselho e das respectivas Comissões, para avaliar o governo corporativo ao nível do Conselho e propor acções de melhoria. Pág. 9 de 21 5. Remunerações e Outras Compensações A remuneração e outras compensações dos membros executivos do Conselho de Administração é composta por três componentes: a remuneração anual fixa, o prémio de desempenho a curto-prazo e o prémio de desempenho diferido a médio prazo. A remuneração anual fixa baseia-se nos valores de referência do mercado para funções similares e é paga em doze prestações mensais. O prémio de desempenho a curto-prazo atribuído está indexado a uma percentagem da remuneração fixa anual. Os montantes, de facto, auferidos estão dependentes, uma parte do atingimento de diversos indicadores-chave de desempenho, pré-definidos anualmente, directamente relacionados com os objectivos financeiros e operacionais, a curto-prazo, da Sonae Indústria e a outra parte com base na avaliação individual. O prémio de desempenho diferido a médio-prazo atribuído está indexado a uma percentagem do prémio de desempenho a curto prazo atribuído. Os pagamentos são diferidos por um período de 3 anos e os montantes, de facto, auferidos estão dependentes do atingimento de indicadores pré-definidos, a médio-prazo, directamente relacionados com os objectivos estratégicos, a médio prazo, da Sone Indústria. Total da Remuneração Anual Fixa Total do Prémio Total do Prémio de de Desempenho Desempenho diferido a curto-prazo (a) a médio-prazo (b) Total 2005 Montantes em euros pagos em 2005 Presidente do Conselho de Administração 105.000 - Presidente Executivo 216.000 105.450 128.340 449.790 1.064.500 563.844 533.740 2.162.084 182.688 - - 182.688 Administradores Executivos (5) Administradores Não-Executivos (6) 105.000 (a) relativo a 2004 (b) relativo a 2003 e a 2004 Durante 2005, a Sonae Indústria também pagou indemnizações, no valor de 186.000 euros a Administradores Executivos, que saíram da Sociedade durante o ano. 6. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída apenas pelos accionistas com direito a voto, possuidores de acções ou títulos de subscrição, que, até cinco dias úteis antes da realização da Assembleia, comprovem junto da sociedade a sua titularidade, nos termos estabelecidos na lei. A cada grupo de cem acções corresponde um voto, tendo os accionistas tantos votos quantos os correspondentes à parte inteira que resultar da divisão por cem do número de acções que possuam. Excepto se a lei exigir diversamente, as deliberações em Assembleia Geral são tomadas por maioria simples. Os accionistas que sejam pessoas singulares podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral por cônjuge, ascendente ou descendente, administrador ou outro accionista, mediante carta dirigida ao presidente da mesa que indique o nome, domicílio do representante e data da assembleia. As pessoas colectivas podem fazer-se representar pela pessoa que para o efeito designarem através de carta, cuja autenticidade será apreciada pelo Presidente da Mesa. Pág. 10 de 21 Enquanto a sociedade for considerada «sociedade com o capital aberto ao investimento do público», os accionistas poderão votar por correspondência, no que se refere exclusivamente à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais. Só são considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da qualidade de accionista. Durante 2005, não existia um modelo específico de voto por correspondência, bem como não existia a possibilidade de exercer o direito de voto através de meios electrónicos. Em 2006, a Sonae Indústria irá disponibilizar um modelo específico de voto por correspondência, tanto no seu sítio, www.sonaeindustria.com, como na sede da Sociedade. São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social e no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com, no prazo legal, as propostas a submeter pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral de Accionistas, acompanhadas dos relatórios, documentos e demais elementos de informação preparatória que legalmente as devem acompanhar. 7. Comissão de Vencimentos A Comissão de Vencimentos da sociedade, eleita em Assembleia Geral para mandatos de quatro anos, é actualmente composta pela Efanor Investimentos - SGPS, SA, representada pelo Senhor Professor José Manuel Neves Adelino e pelo Senhor Engº Bruno Walter Lehman. 8. Evolução da Cotação das Acções Evolução da Cotação das Acções da Sonae Indústria - 2005 7 6,5 6 31 Dezembro 2004 € 4,82 Sonae Indústria +33% PSI20 + 13% 5,5 5 31 Dezembro 2005 € 6,4 4,5 4 3- 17 31 14 28 14 28 11 25 9- 23 6- 20 4- 18 1- 15 29 12 26 10 24 7- 21 5- 19 Ju - Ju - Ja A - N - D - - M Ju go A A S S O O ov N ez D n Ja Ja F F M M A A ai M n Ju l Sonae Indústria Pág. 11 de 21 Principais eventos em 2005 1 de Março 31 de Março 5 de Abril 27 de Abril 28 de Abril 31 de Agosto 23 de Setembro 3 de Novembro 4 de Novembro 18 de Novembro 15 de Dezembro 20 de Dezembro 27 de Dezembro Apresentação dos Resultados do exercício de 2004 Anúncio da Emissão do Empréstimo Obrigacionista - € 55 milhões Assembleia Geral Anual de Accionistas Anúncio de Emissão dos Empréstimos Obrigacionistas - € 100 e € 150 milhões Apresentação dos Resultados do 1º Trimestre de 2005 Apresentação dos Resultados do 1º Semestre de 2005 Aprovação do Projecto de Cisão pelo CA da Sonae Indústria Apresentação dos Resultados do 3º Trimestre de 2005 Aprovação do Projecto de Cisão pela AG Extraordinária de Accionistas Anúncio da Joint-Venture com a Tarkett Escritura Pública de Cisão Exclusão de Cotação das acções da «antiga» Sonae Indústria Admissão à Cotação das acções da «nova» Sonae Indústria, atribuídas aos accionistas da «antiga» Sonae Indústria Ao longo de 2005, a cotação das acções da Sonae Indústria aumentou em 33%, para encerrar, a 31 de Dezembro, a 6,4 euros por acção, o que representou um excelente desempenho, de 20%, do principal índice do mercado de capitais português. O volume médio diário em 2005 foi de 8 mil acções. Desde o início de 2006 até agora, o volume médio diário aumentou significativamente para 536 mil acções, como resultado do aumento do free-float de ligeiramente inferior a 3% para aproximadamente 42%. No final de 2005, a capitalização bolsista da Sonae Indústria foi de cerca de 900 milhões de euros. 9. Relações com Investidores A Sonae Indústria tem um Departamento de Apoio ao Investidor, responsável por gerir a relação entre a Sociedade e os accionistas, investidores, analistas e autoridades de mercado, incluindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Trimestralmente, este departamento é responsável por coordenar a preparação da apresentação de resultados a ser divulgada ao mercado, assim como esclarecer, sempre que necessário, quaisquer factos relevantes ou eventos, que possam influenciar o preço da acção. Este departamento está sempre disponível para responder a qualquer questão formulada pelo mercado. A Sociedade está disponível para reunir com investidores, quer em roadshows, em reuniões individuais, que lhe sejam solicitadas, quer em conferências em que participe. O Departamento de Apoio ao Investidor pode ser contactado por email, [email protected] ou por telefone: +351.220.100.638. A directora do departamento é Maria João Carrapato. Para além disso, a Sonae Indústria tem um sítio institucional, www.sonaeindustria.com, onde são colocados todas as informações relevantes, tais como: apresentações de resultados, comunicados, relatórios e contas e outros documentos do domínio público, notas de imprensa ou notícias genéricas sobre diversos temas relacionados com a Sociedade e o grupo. O representante legal da Sonae Indústria para as Relações com o Mercado é Rui Correia, que pode ser contactado via Departamento de Apoio ao Investidor, ou, se pretendido, através do email, [email protected]. Pág. 12 de 21 10. Política de Distribuição de Dividendos A Sonae Indústria, nos últimos anos, tem vindo a adoptar uma política de não distribuição de dividendos, como forma de permitir o fortalecimento do balanço. Decisões futuras caberão aos accionistas na Assembleia Geral, com base numa proposta apresentada pelo Conselho de Administração. 11. Planos de Atribuição de Acções e Planos de Atribuição de Opções de Aquisição de Acções A Sonae Indústria não atribui remunerações ou outras compensações, que envolvam ou estejam relacionados com planos de atribuição de acções ou de atribuição de opções de aquisição de acções. 12. Negócios com Partes Relacionadas A sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração, bem como com o Fiscal Único. As operações com sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da actividade normal da sociedade e foram realizadas em condições normais de mercado e a preços que respeitam as regulações sobre preços de transferência. 13. Remuneração Anual do Auditor Os auditores da sociedade são a Deloitte, que, no exercício de 2005, facturou à Sonae Indústria e às sociedades suas participadas o valor total de 1.112.209 euros, sendo 58,2% relativos a serviços de auditoria e de revisão legal de contas, 16,5% a serviços de consultadoria fiscal e 25,3% a outros serviços. Os serviços de consultadoria fiscal e os outros serviços são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se encontra salvaguardada a independência do auditor. 14. Regras Societárias 14.1 Códigos de Conduta e Regulamentos Internos Os princípios e valores da Sonae Indústria são profusamente difundidos e estão profundamente enraizados na cultura dos seus colaboradores, incluindo entre outros o dever de diligência e de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a posição da sociedade em situações de conflitos de interesses. O Provedor do grupo Sonae tem estado sempre disponível para o público em geral e colaboradores. No passado, ficou provado que este método é eficaz na transmissão de reclamações, as quais são seguidas por um Administrador, responsável por assegurar o seu tratamento independente, imparcial e justo. Em toda a organização, os colaboradores são encorajados a contribuir com sugestões e a comunicar abertamente com a administração quaisquer temas, que sejam vistos como impeditivos do cumprimento das suas responsabilidades ou que diminuam o seu bem-estar. Como resultado do processo de cisão-fusão e fusão, a Sonae Indústria já não faz parte do grupo Sonae, pelo que, em 2006, irá criar um processo e uma estrutura similar. Pág. 13 de 21 14.2 Gestão de Riscos A sociedade, para além da Comissão de Auditoria e Finanças, acima referida, possui um departamento de auditoria interna e gestão de risco, o qual acompanha e promove o desenvolvimento de actividades sistemáticas e estruturadas de gestão dos riscos do negócio. A Gestão de Risco é uma das componentes da cultura da Sonae Indústria, está presente em todos os processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores, aos diferentes níveis da organização. A Gestão de Risco compreende os processos de identificação dos riscos potenciais, analisando o seu possível impacto nos objectivos estratégicos da organização e prevendo a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos. A Gestão de Risco é a cultura, os processos e a organização que auxiliam a Sonae Indústria a identificar e avaliar os riscos, a aferir o seu efeito potencial no negócio e a planear as acções adequadas de forma a gerir eficazmente o impacto dos riscos. Na impossibilidade de eliminar todos os riscos, a organização implementou processos, eficientes e eficazes, de modo a assegurar que estes são mantidos a um nível entendido como adequado, que os riscos inaceitáveis são rejeitados, que alguns são transferidos através de políticas de seguros e que outros são evitados. 14.2.1 Os processos de Gestão de Risco Integrada A Gestão de Risco na organização está suportada numa metodologia standard e integrada, denominada Enterprise-Wide Risk Management. Neste exercício, o processo de sistematização, desencadeado em 2004, foi consolidado, tendo sido perfeitamente integrado e alinhado com os objectivos estratégicos do negócio, visando a prioritização, por um lado, dos riscos relevantes do negócio e, por outro, a identificação das acções para mitigar os seus impactos. Este processo percorreu a organização de forma transversal e completa, envolvendo todos os países e funções corporativas. O Modelo de Risco, construído em 2004, agregou os riscos do negócio em três categorias (Riscos de Envolvente de Negócio, Riscos do Processo de Negócio e Riscos da Informação para a Tomada de Decisão), foi revisto e os riscos-chave foram identificados, prioritizados e analisados durante o ciclo de planeamento do negócio de 2005, assegurando que as estratégias de mitigação de riscos foram identificadas e que as acções e recursos definidos contribuirão para uma eficiente e eficaz gestão dos principais riscos do negócio. A gestão dos riscos financeiros, enquadrada nos riscos do processo do negócio, é efectuada e monitorizada no âmbito da actividade da função financeira. A eficácia das estratégias de Gestão de Risco é monitorizada através do acompanhamento da execução dos planos de acção acordados e reportada à Comissão Executiva e à Comissão de Auditoria e Finanças. Pág. 14 de 21 14.2.2 A Gestão de Risco Operacional O fabrico de painéis derivados de madeira é uma actividade industrial com um risco operacional de incêndio muito significativo. Enquanto líder mundial, seria inaceitável para a Sonae Indústria não ter capacidade para recuperar de forma cabal de um evento catastrófico. Por isso, a prevenção de perdas e a protecção de activos-chave é uma preocupação constante no nosso Grupo. Como resposta estruturada para esta «exposição ao risco», foi estabelecido, em 2003, um Programa ambicioso de Prevenção de Perdas. Este programa é a base fundamental para a estratégia de prevenção de perdas e de danos aos activos fixos, para todas as fábricas: Standards para riscos corporativos Desenvolvidos em 2003, os Standards para Riscos Corporativos estão divididos em diversos grupos de Prevenção de Danos, a saber: • Sistemas gerais de Protecção contra Incêndios • Sistemas específicos de Protecção de Maquinaria e Equipamento • Vigilância • Manutenção • Factor humano • Planos de Contingência e de Continuidade do Negócio Inspecções Externas Apoiada nos Standards de Risco Corporativo, a General Electric Global Assets Protection efectua inspecções, de dois em dois anos, emitindo um relatório com um conjunto de recomendações e a atribuição de um índice de qualidade do risco para cada fábrica (QIN - Quality Index Number). Desde 2000, o QIN global da Sonae Indústria tem melhorado continuamente de 5,8 para 6,8 em 2005 (numa escala de 0 a 10). Inspecções Internas É efectuada uma visita interna a todas as fábricas, de 18 em 18 meses, para analisar a situação das recomendações internas e externas anteriores e para avaliar o cumprimento dos Standards de Risco Corporativo. Formulário de Auto-Avaliação Um Procedimento Trimestral de Control Self-Assessment tem vindo a ser efectuado, por cada fábrica, desde 2000, o qual avalia 106 aspectos, agrupados por 23 categorias. O modelo, inicialmente utilizado, estava em suporte de papel; em 2004, para facilitar esta tarefa e o seguimento das acções correctivas, passou a estar integrado no sistema de LotusNotes. Todas as não-conformidades detectadas automaticamente geram uma acção correctiva; trimestralmente, o sistema faz uma acompanhamento das acções correctivas pendentes. Plano de Risco 2004-2010 Todos os planos individuais das fábricas (que são actualizados anualmente) definem um conjunto de medidas a tomar, visando o cumprimento, até 2010, dos Standards de Risco Corporativo. Os principais objectivos são: • obter um retorno financeiro, reflectido no prémio do seguro (a demonstração real da preocupação com a prevenção de danos). Pág. 15 de 21 • construir a base para a preparação do orçamento anual para o investimento em medidas de Prevenção de Danos e estabelecer prioridades, com base no impacto na Prevenção de Danos. Workshop anual sobre Risco Operacional Em 2005, reuniram-se todos os directores de fábrica, para debater como apoiar e melhorar a aplicação efectiva dos Standards de Risco Corporativo e partilhar as melhores práticas em Prevenção de Danos, para além da experiência e do conhecimento da Sonae Indústria, na protecção dos activos fixos. Distribuição do Prémio do Seguro O prémio global do seguro da Sonae Indústria é imputado a cada fábrica, sendo que 50% do valor é alocado, de acordo com os preços locais do mercado segurador e 50% calculado pela qualidade do risco de cada fábrica. O primeiro é calculado, de acordo com os níveis locais de prémio do mercado segurador e o último, segundo o QIN de cada fábrica, de modo a que os que têm um desempenho «pior», paguem a quota justa dos custos do seguro. Em conclusão, não há dúvidas que «walking the talk» trouxe muitas vantagens à Sonae Indústria. Ao aumentar a consciencialização para o risco e ao adoptar uma abordagem sistemática e integrada, não ocorreram perdas catastróficas, nem incidentes relevantes (que requeressem participações), nos últimos três anos. Adicionalmente, a Sonae Indústria beneficiou de reduções significativas nos prémios do seguro para a protecção do património e para lucros cessantes. 14.2.3 A Organização da Gestão de Risco Sendo responsabilidade de todos os gestores e colaboradores da Sonae Indústria nos diferentes níveis da organização, a actividade de gestão de risco é apoiada e suportada pela função de Auditoria Interna e Gestão de Risco e também pela função de Planeamento e Controlo de Gestão. O departamento de Auditoria Interna e de Gestão de Risco tem uma equipa dedicada de 6 pessoas, organizada numa abordagem matricial, com responsabilidades definidas por área (Auditoria Interna, Gestão de Risco e Higiene e Segurança) e região (Península Ibérica, França, Alemanha e Resto do Mundo). O Departamento de Planeamento Corporativo e de Controlo de Gestão também tem 6 pessoas e está dividido em duas equipas, para permitir uma gestão mais eficaz dos desafios e alterações que os nossos negócios enfrentam: a equipa de Reporte Corporativo, que é responsável por todas as informações de reporte e análise de negócio; e a equipa de Análise de Investimento, Fusões & Aquisições e Planeamento Estratégico. 14.3 Medidas Susceptíveis de Interferir no Êxito de Ofertas Públicas de Aquisição Para além do número de acções que corresponde a um voto e das regras de representação dos accionistas, mencionadas no parágrafo 6 acima, não existem quaisquer limitações ao exercício do direito de voto. Pág. 16 de 21 O Conselho de Administração desconhece quaisquer direitos especiais de accionistas ou a existência de qualquer acordo de accionistas, em que a Sociedade ou os accionistas da Sociedade estejam envolvidos. Não existe qualquer limitação ao exercício do direito do voto susceptível de interferir no êxito de uma Oferta Pública de Aquisição. 15 Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho de administração noutras sociedades: Belmiro Mendes de Azevedo: • Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Presidente) • Modelo Continente, SGPS, S.A. (Presidente) • Praça Foz – Sociedade Imobiliária, S.A. (Presidente) • Setimanale – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae Capital – SGPS, S.A. (Presidente) • Sonae Sierra – SGPS; S.A. (Presidente) • Sonaecom – SGPS, S.A. (Presidente) Carlos Francisco de Miranda Guedes Bianchi de Aguiar: 173509 Canada, INC. Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Aserraderos de Cuellar, S.A. Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. Euro Decorative Boards, Ltd. Euromegantic Ltée. Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A. Glunz AG (Presidente) Glunz Service GmbH Glunz UK Holdings, Ltd. Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. Ipaper – Indústria de Papeis Impregandos, S.A. Isoroy SAS (Presidente) Isoroy Transformation, SA Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A. Poliface North America Inc. Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A. Rochester Real Estate, Ltd. SIAF - Imobiliária, S.A. Socelpac – SGPS, S.A. Somit - Imobiliária, S.A. Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A. Sonae – Serviços de Gestão, S.A. Sonae International, Ltd. Sonae Novobord (PTY) Ldt. (Presidente) Sonae Tafibra Benelux, B.V. Sonae Tafibra UK, Ltd. Sonae UK, Ltd. Pág. 17 de 21 Spanboard Products, Ltd. Tableros de Fibras, S.A. Tableros Tradema, SL Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos, SL Tafibra South Africa (PTY) Ldt. (Presidente) Tafibrás Participações S.A. Tafisa Brasil S.A. Tafisa France S.A. (Presidente) Tafisa UK, Ltd. Taiber – Tableros Aglomerados Ibéricos, SL Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. Christian Günther Schwarz: Glunz AG Glunz UKA GmbH Isoroy S.A.S. Isoroy Transformation, SA OSB Deutschand Gmbh Sonae Novobord (PTY) Ldt. Sonae UK, Ltd. Spanboard Products, Ltd. Tafibra South Africa (PTY) Ldt. Tafisa France S.A. Tafisa UK, Ldt. Tavapan SA (Conselho Geral) Tool Gmbh José Antonio Comesaña Portela: • Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. • Aserraderos de Cuellar, S.A. (Presidente) • Compañia de Industrias y Negocios, S.A. • Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. • Euroresinas – Indústrias Químicas, S.A. • Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. • Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. • Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A. • Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. • Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A. • Scs Beheer, B.V. • Serradora Boix, SL • Siaf – Imobiliária, S.A. • Socelpac – SGPS, S.A. • Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A. • Somit – Imobiliária, S.A. • Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A. • Sonae – Indústria de Revestimentos, S.A. • Sonae – Serviços de Gestão, S.A. • Sonae España, S.A. • Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. • Tableros de Fibras, S.A. Pág. 18 de 21 • • • • • • Tableros Tradema, SL Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL Tafibrás Participações, S.A. (Presidente) Tafisa Brasil, S.A. (Presidente) Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. (Presidente) Rui Manuel Gonçalves Correia: 173509 Canada, INC. Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Aserraderos de Cuellar, S.A. Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. Euromegantic Ltée. Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A. Glunz AG Glunz UK Holdings, Ltd. Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. Ipaper – Indústria de Papéis Impregnados, S.A. Isoroy SAS Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A. Poliface North America Inc. Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A. SC - Consultadoria de Gestão, S.A. SIAF - Imobiliária, S.A. Socelpac – SGPS, S.A. Solução - Apoio à Gestão, S.A. Somit - Imobiliária, S.A. Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A. Sonae – Indústria de Revestimentos, S.A. Sonae – Serviços de Gestão, S.A. Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. Sonae Novobord (PTY) Ldt. Tableros de Fibras, S.A. Tafibra South Africa (PTY) Ldt. Tafisa France S.A. Tafisa UK, Ltd. Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. Louis Maurice Brassard: • 173509 Canada, Inc. • Isoroy SAS • Sonae Novobord (PTY) Ldt. • Tafibra South Africa (PTY) Ldt. • Tafisa France S.A. Duarte Paulo Teixeira de Azevedo: Efanor Investimentos, SGPS, S.A. Enabler - Informática, S.A. (Presidente) Glunz AG (Presidente do Conselho Geral) Imparfin, SGPS, S.A. Pág. 19 de 21 Migracom – SGPS, S.A.( Presidente) Novis Telecom, S.A. (Presidente) Praça Foz - Sociedade Imobiliária, S.A. Público Comunicação Social, S.A. (Conselho Geral) SonaeCom – Sistemas de Informação, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae Matrix Multimédia, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae Telecom, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae, SGPS, S.A. Sonaecom, SGPS, S.A. (CEO) Tableros de Fibras, S.A. (Presidente) We do Consulting – Sistemas de Informação, S.A. (Presidente) José Álvaro Cuervo García: • ACS – Actividades de Construccion Y Servicios, S.A. • BA Vidrio, S.A. • ThyssenKrupp, S.A. • Sonae – SGPS, S.A. • Tableros de Fibras, S.A. Ángel Manuel García Altozano: • Abertis Infraestructuras, S.A. • Abertis Telecom, S.A. • ACS Servicios y Concesiones, S.L. • ACS Servicios, Comunicaciones y Energía, S.L. • ACS Telefonía Móvil, S.A. • Broadnet Consorcio, S.A. (Presidente) • Clece, S.A. • Continental Auto, S.L. • Dragados Concesiones de Infraestructuras, S.A. • Dragados, S.A. • Energías Ambientales de Novo, S.A. (Presidente) • Energías Ambientales de Outes, S.A. (Presidente) • Energías Ambientales de Somozas, S.A. (Presidente) • Energías Ambientales de Vimianzo, S.A. (Presidente) • Energías Ambientales EASA, S.A. (Presidente) • Inversora de Infraestructuras, S.L. • Saba Aparcamientos, S.A. • SAFRA, Energía Eólica, S.A. (Presidente) • Servicios Portuarios y Logísticos, S.A. • Societat Eolica de L’Enderrocada, S.A. (Presidente) • Tableros de Fibras, S.A. • Urbaser • Xfera Moviles, S.A. (Presidente) Knut Thomas Alarik Nystén: • Gratenau & Hesselbacher GmbH Pág. 20 de 21 16 Listagem das funções anteriormente exercidas pelos membros do conselho de administração: Nos últimos cindo anos, Belmiro de Azevedo, Carlos Bianchi de Aguiar, Christian Schwarz, Rui Correia, José Antonio Comesaña e Paulo Azevedo foram Administradores de outras empresas do grupo Efanor. No mesmo período, os seguintes Administradores exerceram outros cargos nas seguintes empresas, não pertencentes ao grupo Efanor: Christian Günther Schwarz: • Heraeus Sensor - Nite International, Amsterdam Ángel Manuel García Altozano: • Accesos de Madrid, C.E.S.A. • ACS Proyectos, Obras Y Construcciones, S.A. • Alazor Inversiones, S.A. • Autopista Central Gallega, C.E.S.A. • Autopista Trados 45, S.A. • Broadnet Consorcio S.A. • Cobra Instalaciones Y Servicios, S.A. • Tacel Inversiones, S.A. • Tecmed, S.A. • Vias Y Construcciones, S.A. Per Otto Knuts: • Stora Feldmühle AG • FPB Holding AG Knut Thomas Alarik Nystén: • MD Lang Papier GmbH • Myllykoski Corporation • Gratenau & Hesselbacher GmbH Pág. 21 de 21 Demonstrações financeiras individuais Sonae Indústria,SGPS,SA BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em EUR) ACTIVO ACTIVOS NÃO CORRENTES: Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Propriedades de investimento Propriedades de investimento em desenvolvimento Diferenças de consolidação Investimentos em empreendimentos conjuntos Investimentos em empresas do grupo e associadas Investimentos disponiveis para venda Impostos diferidos activos Outros activos não correntes Total de activos não correntes ACTIVOS CORRENTES: Existências Clientes Outras dívidas de terceiros Estado e outros entes públicos Outros activos correntes Investimentos detidos para negociação Caixa e equivalentes de caixa Total de activos correntes Notas 31.12.05 3 4 47,100 41,457 680,111,535 17,922 809,148,197 1,489,366,210 35,000 35,000 377,841 5,839 192,930 83,660 36,421,049 37,081,319 1,284 10,967 12,251 - - 1,526,447,529 47,251 5 5 6 7 7 7 8 9 Activos não correntes classificados como detidos para venda TOTAL DO ACTIVO 31.12.04 CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Acções Próprias Prestações Suplementares Reservas Legais Reservas de Reavaliação Reservas de Cobertura Outras Reservas Resultados Transitados Resultado líquido do exercício 10 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo Derivados Outros empréstimos Responsabilidades por pensões Responsabilidades por opções de acções Outros credores não correntes Impostos diferidos passivos Provisões Total de passivos não correntes PASSIVO CORRENTE: Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo Empréstimos bancários de curto prazo Empréstimos obrigacionistas - parcela de curto prazo Credores por locações financeiras - parcela de curto prazo Credores por locações financeiras - curto prazo Derivados Outros empréstimos Fornecedores Outras dívidas a terceiros Estado e outros entes públicos Outros passivos correntes Responsabilidades por opções de acções Responsabilidades por pensões Provisões Total de passivos correntes Passivos directamente associados a activos não correntes classificados como detidos para venda TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 11 11 12 11 13 14 15 700,000,000 245,920,750 (157,749) 1,199,879 50,000 (2,338) (411) 946,962,880 47,251 28,125,000 381,101,414 56,427 409,282,841 - 6,250,000 399,677 158,724,840 1,604,721 3,222,570 170,201,808 - - - 1,526,447,529 47,251 Sonae Indústria,SGPS,SA DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em EUR) Notas Proveitos operacionais: Vendas Prestações de serviços Variação de valor das propriedades de investimento Outros proveitos operacionais Total de proveitos operacionais Custos operacionais Custo das vendas Variação da produção Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Provisões e perdas por imparidade Outros custos operacionais Total de custos operacionais Resultados operacionais Imposto sobre o rendimento Resultado depois de impostos 685,649 55 685,704 20 21 Resultados financeiros Resultados relativos a empresas associadas Resultados relativos a investimentos Resultado antes de impostos 22 23 31.12.05 31.12.04 - (903,070) (572,272) (11,205) (83,149) (1,569,697) (883,993) (516) (19) (535) (535) 2,573,102 1,689,109 124 (411) (489,230) 1,199,879 (411) 1,199,879 (411) Resultados de operações em descontinuação após impostos Resultado Liquido do exercício Sonae Indústria,SGPS,SA DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em EUR) Reservas Notas Saldo em 1 de Janeiro de 2004 Reservas de Reserva Capital Acções Prémios de Prestações Reservas Reavaliação de justo Reservas Outras Resultados Social próprias Emissão Suplementares legais Legais valor de cobertura Reservas Transitados Resultado líquido Total 50,000 - - - - - - - - (582) (1,362) Transferência para reserva legal - - - - - - - - - (1,362) Dividendos distribuídos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aplicação do resultado de 2003: - Transferência para resultados transitados Aquisição/(Alienação) de acções próprias 1,362 Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Resultado líquido do período findo a 31 de Dezembro de 2004 - - - - - - - - - Outros - - - - - - - - - Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros disponíveis para venda - - Aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros disponíveis para venda - - Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura 48,056 - (394) (411) - (411) (394) Saldo em 31 de Dezembro de 2004 50,000 - - - - - - - - (2,338) (411) 47,251 Saldo em 1 de Janeiro de 2005 50,000 - - - - - - - - (2,338) (411) 47,251 Transferência para reserva legal - - - - - - - - Dividendos distribuídos - - - - - - - - Aplicação do resultado de 2004: Transferência para resultados transitados Aquisição/(Alienação) de acções próprias - - - (411) - - - - 411 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura Aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Resultado líquido do período findo a 31 de Dezembro de 2005 - - - - - - - - - - 1,199,879 1,199,879 Outros - - - - - - - - - (155,000) - (155,000) 699,950,000 700,000,000 - - - - - - - 245,920,750 245,920,750 (157,749) 1,199,879 945,870,750 946,962,880 Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros disponíveis para venda Efeito da fusão conforme descrito na Nota 2.1 Saldo em 31 de Dezembro de 2005 SONAE INDÚSTRIA,SGPS,S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimento de Clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao Pessoal Fluxo Gerado Pelas Operações Pagamento/recebimento imposto s/rendimento Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional Dezembro de 2005 Dezembro de 2004 799,363 637,134 -324,508 0 821 0 486,737 -821 54,675 430,387 1,236 0 862,449 Fluxo das actividades operacionais [1] -2,057 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Juros e proveitos similares Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas 388,999 388,999 171 171 195,555 4,613 200,168 Variação de empréstimos concedidos 0 -82,469,153 Fluxo das actividades investimento [2] -82,657,983 171 35,000 0 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Aumentos capital , prest.supl.,pr.emissão Pagamentos respeitantes a: Juros e custos similares Dividendos pagos Outros Variação de empréstimos obtidos 35,000 20,261,516 47 20,261,516 47 -53,398,550 -73,625,066 -47 Variação de caixa e seus equivalentes 9,895,366 -1,933 Caixa e seus equivalentes início exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício Variação de caixa e seus equivalentes 10,967 9,906,333 9,895,366 12,900 10,967 -1,933 Fluxo das actividades de financiamento [3] SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. (“Empresa”) tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 1096, 4470-909 Maia, Portugal.Por força da fusão ocorrida no exercício de 2005 (Nota 2) a sociedade Sonae 3P – Panels,Pulp and Paper,SGPS,S.A alterou a sua denominação para Sonae Industria,SGPS,S.A. 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005. A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorre pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses para esse normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”. Nos termos dessa norma os efeitos patrimoniais reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram muito reduzidos. Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações. 1 Em 15 de Dezembro de 2005 foi celebrada escritura pública que formalizou a cisão da Sonae SGPS, S.A. por destaque de parte da participação detida por esta sociedade no capital da Sonae Indústria, SGPS, S.A., correspondente a 90,3644% do respectivo capital social, e a sua incorporação na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A. e, simultâneamente, a incorporação da totalidade do património da Sonae Indústria, SGPS, SA na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A., com consequente extinção jurídica da primeira e alteração da denominação social da sociedade incorporante para Sonae Indústria, SGPS, S.A.. Desta forma, as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 não são comparáveis com as do exercício anterior. A fusão produziu efeitos contabilísticos a partir de 1 de Outubro de 2005. Para efeitos dos movimentos de fusão, os valores incorporados na sociedade incorporante das várias rubricas de balanço, foram os seguintes: Valor Amortizações / Valor Bruto Provisões Líquido ACTIVO - Imobilizado - Imobilizações corpóreas 476.361 -100.020 - Imobilizações incorpóreas 217.189 -22.798 376.341 194.391 - Investimentos financeiros 754.815.433 -74.685.976 680.129.457 - Empréstimos concedidos a empresas do grupo 865.300.034 -400.905 864.899.129 - Circulante - Clientes c/c 491.555 491.555 - Estado e outros entes públicos 238.458 238.458 - Outros devedores - Disponibilidades - Acréscismos e diferimentos Total do Activo 29.626 29.626 26.514.716 26.514.716 19.756.191 1.667.839.563 19.756.191 -75.209.699 1.592.629.864 PASSIVO - Dividas a terceiros - Acréscismos e diferimentos 637.862.081 637.862.081 8.897.033 8.897.033 Total do Passsivo 646.759.114 - Capital social 699.950.000 - Reservas 245.920.750 245.920.750 945.870.750 945.870.750 1.592.629.864 1.592.629.864 Total do Capital Próprio Total do Passivo e Capital Próprio 0 646.759.114 699.950.000 2 2.2 Investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas As partes de capital em empresas do grupo e associadas são registadas ao custo de aquisição adicionado de eventuais despesas de compra.É feita uma avaliação dos investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de imparidade que se demonstrem existir. Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros ( dividendos recebidos) são registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição. 2.3 Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, de acordo com o método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Anos Equipamento Básico 15 Equipamento administrativo 10 As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no exercício em que ocorrem. As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de 3 imparidade.Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de resultados, como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais. 2.4 Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por esta e se possam medir razoávelmente o seu valor. As despesas de desenvolvimento, para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar o seu uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a empresa. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genéricamente a 5 anos. 2.5 Locações Os contratos de locação, em que a empresa age como locatário, são classificados como (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. 4 A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. 2.6. Imparidade dos activos não correntes É efectuada uma avaliação de imparidade com referência ao final de cada exercício e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores. 5 2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. 2.8. Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a sociedade tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoàvelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. 2.9. Instrumentos financeiros a) Investimentos Os investimentos classificam-se como segue: - Investimentos detidos até ao vencimento - Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados - Investimentos disponíveis para venda Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento ocorrer num prazo inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a sociedade tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes. Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não correntes. 6 Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na demonstração de resultados do período. b) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. c) Classificação de capital próprio ou passivo Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumem. 7 d) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.13. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não sejam liquidados durante o período. e) Fornecedores As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal. f) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço. 2.10. Responsabilidades por pensões Conforme mencionado na Nota 12, a empresa tem constituído um contrato seguro para os trabalhadores que à data da reforma aos 65 anos seja pago o correspondente a 24 meses do seu salário actual à data. Estão abrangidos neste contrato todos os trabalhadores contratados até 31/12/94. 8 É um Plano de Benefícios Definidos que tem a forma de contrato seguro celebrado com a Fidelidade. 2.11. Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados no anexo (Nota 17), a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. 2.12. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da sociedade de acordo com as regras fiscais, quando existem situações relevantes,a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. 9 2.13. Rédito e especialização dos exercícios Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados à data do balanço. Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas. Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde. 2.14. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio. 2.15. Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras . Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras , se materiais. 10 3. Imobilizações corpóreas Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, o movimento ocorrido no valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2005 Terrenos e Edifícios Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Ferramentas e utensílios Outras imobilizações corpóreas Taras e Vasilhames Imobilizações em curso Adianamentos a Fornecedores de Imobilizado - Total Activo bruto: Saldo inicial - - - - - - - - Fusões - 24.742 - 130.303 - - - 321.316 Aquisições - - - - - - - 1.496 Alienações - - - - - - - - Abates - - - - - - - - Transferências - 5.181 - 156 - - - 476.361 - 1.496 - (322.812) (317.475) Custos financeiros capitalizados - - - - - - - - Saldo final - 29.923 - 130.459 - - - - - - - - 160.382 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas Saldo inicial - - - - - - - Fusões - 1.568 - 98.452 - - - - Amortização do exercício - 4.360 - 8.903 - - - Perdas de imparidade do exercício - - - - - - - Alienações - - - - - - - - Transferências - - - - - - - - Abates - - - - - - - Saldo final - 5.928 - 107.355 - - - - - 113.282 Valor líquido - 23.995 - 23.104 - - - - - 47.100 100.020 13.262 - - - - No exercício de 2004 não ocorreu qualquer movimento ao nível imobilizado corpóreo 4. Imobilizações incorpóreas Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2005 - Propriedade industrial e Outros Direitos - 62.187 Aquisições Alienações Abates Despesas de desenvolvimento Saldo inicial Fusões Transferências Saldo final Software Outras Imobilizações Incorpóreas Trespasses Imobilizado em curso (0) Total - - - - - - 155.000 - 217.187 (0) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (155.000) - (155.000) 62.187 - - - (0) - 62.187 mortizações e perdas de mparidade acumuladas: Saldo inicial Fusões Amortização do exercício - - - - - - - 17.620 - - - 5.178 - 22.798 (5.178) - (2.068) 3.110 - - - Perdas de imparidade do exercício - - - - - - - Alienações - - - - - - - Abates - - - - - - - Transferências - - - - - - Saldo final 20.730 alor líquido 41.457 20.730 - - - - - 41.457 11 2004 Despesas de desenvolvimento Propriedade industrial e Outros Direitos Software Outras Imobilizações Incorpóreas Trespasses Imobilizado em curso Total Activo Bruto: Saldo inicial - - - - - - - Variações do perímetro de consolidação - - - - 1.181 - 1.181 Aquisições - - - - - - - Alienações - - - - - - - Abates - - - - - - Transferências - - - - Saldo final - - - - (1.181) - - - (1.181) - Amortizações e perdas de imparidade acumuladas: Saldo inicial - - - - - - - Variações do perímetro de consolidação - - - - 787 - 787 Amortização do exercício - - - - - - - Perdas de imparidade do exercício - - - - - - - Alienações - - - - - - - Abates - - - - - - Transferências - - - - Saldo final - - - - - - - Valor líquido - - - - - - - 5. (787) - (787) Investimentos Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica pode ser decomposta como segue: 2005 Correntes Investimentos em Empresas do Grupo Saldo em 1 de Janeiro Aumentos durante o período Alienações durante o período Fusão ( Nota 2.1) Saldo em 31 de Dezembro Perdas por imparidade acumuladas Investimentos disponiveis para venda Justo valor em 1 de Janeiro Aumentos durante o período Alienações durante o exercício Aumento/(diminuição) no justo valor Fusão ( Nota 2.1) Justo valor em 31 de Dezembro 2004 Não Correntes - Não Correntes 195.555 754.601.956 754.797.511 (74.685.976) 680.111.535 Correntes - - 17.922 17.922 - - 680.129.457 - - A perda de imparidade acumulada registada respeita à participação financeira na Socelpac, SGPS, S.A., conforme abaixo mencionado. 12 Em 31 de Dezembro de 2005, a Sociedade detinha as seguintes participações em empresas do Grupo e Associadas: Socied a d e E u r or es in a s - In d u s t r ia s Qu im ica s , S .A. Glu n z AG Ip a p er . Prod u çã o d e Pa p eis Im p regn a d os ,S.A. % Cu s t o d e Ca p it a is Res u lta d os Pa rt icip a çã o Aqu is içã o Pr óp rios Liqu id os 1 0 0 ,0 0 % 5 .2 0 4 .4 8 1 6 .5 9 0 .8 0 5 1 .2 1 6 .4 1 5 0 ,0 5 % 1 2 9 .8 7 0 6 6 .3 1 0 .5 2 6 -3 .1 6 5 .8 1 5 4 9 ,0 0 % 5 0 9 .1 4 4 4 8 .3 9 0 -9 4 .2 6 1 Ma iequ ip a - Ges t ã o Flor es t a l,S .A. 1 0 0 ,0 0 % 3 .2 8 2 .1 3 1 4 8 9 .6 1 1 -1 6 6 .8 5 1 Movelp a rt es - Com p on en t es p a ra In d u s t ria d o Mob iliá rio,S.A. 1 0 0 ,0 0 % 4 .4 3 7 .1 9 8 3.832.025 6 1 9 .3 2 4 Res oflex - Mob iliá rio e E qu ip a m en t o d e Ges t ã o,S .A. 1 0 0 ,0 0 % 3 .7 4 2 .9 1 5 2 .3 0 3 .8 6 9 -3 7 4 .2 3 6 S on a e In d u s t r ia d e Reves t im en t os ,S .A. S ocelp a c,S GPS ,S .A. S on a e E s p a n h a 9 9 ,9 8 % 3 8 .5 4 8 .9 3 2 38.719.954 -4 .2 8 1 .5 0 7 1 0 0 ,0 0 % 1 2 0 .0 0 0 .0 0 0 45.673.249 7 3 9 .8 1 1 9 9 ,9 4 % 9 .9 7 6 -340.610 3 .0 8 8 S on a e In d u s t r ia Br a s il 1 0 0 ,0 0 % 4 9 0 .2 5 2 249.701 -2 .5 7 2 S on a e S er viços d e Ges t ã o,S .A. 1 0 0 ,0 0 % 2 .0 0 0 .0 0 0 2.278.996 2 2 5 .4 4 5 2 0 ,0 0 % 1 5 9 .6 1 5 1.376.546 -1 0 .1 0 5 0 ,0 2 % 2 5 .1 4 2 1 9 .0 3 9 .6 9 6 1 6 .1 2 0 .5 5 9 1 4 .2 4 1 .5 6 2 S on a eges t Taiber Ta fis a - Ta b ler os d e Fib r a s ,S .A. 8 9 ,0 1 % 5 1 4 .9 3 7 .6 6 1 1 7 0 .4 0 0 .0 2 1 1 0 0 ,0 0 % 6 3 1 .2 6 7 4 2 9 .2 3 1 2 2 4 .2 3 1 0 ,0 2 % 5 .0 0 0 5 0 .9 2 9 .0 6 6 4 .2 9 7 .6 4 9 S on a e In d u s t r ia - Pr od u çã o e Com er cia liza çã o d e Der iva d os d e Ma d eir a ,S .A. 2 ,8 1 % 3 .8 6 8 .9 2 5 1 3 2 .0 0 7 .7 9 8 7 .3 9 0 .9 5 4 S ia f En er gia , S.A. 0 ,2 0 % 5 .0 0 0 3 .6 6 4 .3 3 3 9 9 7 .2 4 6 0 ,0 2 % 5 .0 0 0 2 4 .8 5 0 .8 9 1 8 7 .6 6 9 9 9 ,8 4 % 5 6 .8 0 5 .0 0 0 5 6 .9 7 3 .4 5 7 7 4 6 .8 7 3 E cociclo - Ges t ã o Am b ien t a l,S .A. S om it Im ob iliá r ia ,S .A. S ia f Im ob iliá ria ,S .A. Aglom a - S oc.In d .Ma d eira Aglom era d a ,S .A. a) b) a) Em resultado de alteração nas circunstâncias associadas à actividade da Socelpac, SGPS, SA, estimou-se que o montante pelo qual o valor da participação financeira nesta sociedade se encontrava registado era superior à sua quantia recuperável, pelo que foi reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade (Nota 16). b) O valor dos capitais próprios e resultado líquido da Sonae Industria - Pcdm,S.A. respeitam a contas preparadas de acordo com o normativo IFRS. Em Dezembro de 2005 procedeu-se à cobertura de prejuízos na Maiequipa – Gestão Florestal,S.A. no montante de 194.433 euros. 6. Outros activos não correntes O detalhe dos outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, é o seguinte: 31.12.05 Empréstimos concedidos a empresas do grupo (Nota 2.1 e 19) Outros Empréstimos Concedidos Adiantamento por conta de Investimentos Financeiros Outros Devedores Estado e Outros entes Públicos Outros Activos não Correntes Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 16) 809 549 102 0 0 0 0 0 809 549 102 400 905 809 148 197 31.12.04 0 0 0 35 000 0 0 34 999 0 35 000 13 Os empréstimos concedidos a empresas do Grupo têm vencimento de médio e longo prazo e vencem juros à taxa média de 3,3%. 7. Clientes , Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Clientes tinha s seguinte composição: 31.12.05 Clientes, conta corrente 31.12.04 377 841 0 Clientes, títulos a receber 0 0 Clientes de cobrança duvidosa 0 0 Perdas de imparidade acumuladas em clientes 0 0 377 841 0 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as rubricas Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos tinham a seguinte composição: 31.12.05 31.12.04 Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento Imposto sobre o valor acrescentado 58 952 1 284 133 978 Contribuições para a segurança social Outros 192 930 Outros devedores 8. 1 284 5.839 Outros activos correntes O detalhe dos outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, é o seguinte: 31.12.05 Acréscimos de Proveitos Custos Diferidos Perdas de Imparidade Acumuladas 31.12.04 77 153 0 6 507 0 83 660 0 0 0 83 660 0 O saldo da rubrica “Outros activos correntes” incui essencialmente juros vencidos por liquidar relativos a suprimentos concedidos a empresas participadas. 14 9. Caixa e equivalentes de caixa Em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte: 31.12.05 Numerário Depósitos bancários 31.12.04 869 0 425 403 10 967 Aplicações de tesouraria 35 994 778 0 Caixa e equivalentes de caixa no balanço 36 421 049 10 967 Descobertos bancários Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa 0 0 36 421 049 10 967 A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. A rubrica “Caixa e Equivalentes de caixa no balanço” é decomposta pela constituição junto de instituições bancárias de duas aplicações no montante de 8.750.000 euros e de 13.005.690 euros vencendo-se respectivamente em 3 de Janeiro de 2006 e no início de Abril de 2006 e pela constituição de várias operações financeiras com empresas do grupo no montante de 14.239.087 euros. 10. Capital social Em 31 de Dezembro de 2005, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 140 000 000 de acções ordinárias, ao portador e escriturais, com o valor nominal de 5 euros . Durante o exercício findo em 31 de Dezembro 2005 realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica do capital : Saldo em 31 de Dezembro de 2004 50.000 Aumentos - Fusão por incorporação (Nota 2.1) Saldo em 31 de Dezembro de 2005 699.950.000 700.000.000 15 Após a cisão/fusão fusão ocorrida em 15 de Dezembro de 2005, referida na nota 2.1 o quadro accionista alterou-se. As seguintes pessoas colectivas detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de Dezembro de 2005: Entidade % Efanor Investimentos, SGPS, S. A. 11. 31,9 Empréstimos Em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 os empréstimos tinham o seguinte detalhe: 31.12.05 31.12.04 Custo amortizado Correntes Empréstimos bancários Valor Nominal Não correntes 6 250 000 28 125 000 Empréstimos obrigacionistas Correntes Custo amortizado Não correntes 6 250 000 381 101 414 Correntes Não correntes Valor Nominal Correntes Não correntes 28 125 000 385 000 000 Credores por locações financeiras Outros empréstimos Descobertos bancários Instrumentos derivados de cobertura (Nota 20) Endividamento bruto 6 250 000 409 226 414 6 250 000 413 125 000 36 421 049 - 30 171 049 409 226 414 36 421 049 - 30 171 049 413 125 000 Investimentos Caixa e equiv. caixa no balanço Endividamento líquido Endividamento líquido total 379 055 365 382 953 951 10 967 - 10 967 - 10 967 10 967 - 10 967 - 10 967 Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos: 31.12.05 2006 31.12.04 6 250 000 2007 6 250 000 2008 106 250 000 2009 86 250 000 2010 156 250 000 Após 2010 58 125 000 419 375 000 0 16 Em 31 de Dezembro de 2005, os empréstimos contraídos resumem-se como segue: a) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2004, emitido em 15 de Outubro de 2004, no valor de 80 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão pagos semestralmente nos dias 15 de Abril e 15 de Outubro de cada ano; b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março de 2005, no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de cada ano; c) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2008, emitido em 27 de Abril de 2005, no valor de 100 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 3 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 100 bps e serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano; d) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2010, emitido em 27 de Abril de 2005, no valor de 150 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 110 bps e serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano; e) Durante o primeiro semestre de 2005 foi transferido para a Sonae Indústria, S. G. P. S., S. A. um contrato de financiamento celebrado em 2001 pela Sonae, S. G. P. S., S. A. com o Banco Europeu de Investimentos, no valor de 50 000 000 euros. Este empréstimo vence juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações consecutivas. À data de 31 de Dezembro de 2005 o valor do empréstimo totalizava 34 375 000 euros. 12. Responsabilidades por pensões A Sonae Industria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira,S.A, tem constituído um contrato seguro para os trabalhadores que à data da reforma aos 65 anos é pago o correspondente a 24 meses do seu salário actual à data. Estão abrangidos neste contrato todos os trabalhadores contratados até 31/12/94. Estão incluídos nesta apólice os colaboradores da Sonae Indústria,SGPS,S.A. 17 É um Plano de Benefícios Definido que tem a forma de contrato de seguro celebrado com uma companhia de seguros portuguesa. De acordo com os estudos actuariais realizados pela entidade gestora do fundo, o valor das responsabilidades por serviços passados incluíndo o pressuposto de crescimento salarial é de 245.217 euros e sem esse pressuposto é de 161.787 euros. O valor do contrato de seguro referido acima é de 107.694 euros, tendo a empresa constituído adicionalmente uma provisão no montante de 56.427 euros. Os pressupostos actuariais foram os seguintes: Taxa de Crescimento de Pensões:0% Taxa de Rendimento projectado: 6% Taxa de Crescimento salarial esperada: 3% Taxa Técnica actuarial : 4% Tábua de Mortalidade: TV 73/77 13. Fornecedores Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades da sociedade. Em 31 de Dezembro de 2005, o Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor. 14. Outras dívidas a terceiros e Estado e Outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 estas rubricas tinham a seguinte composição: 31.12.05 31.12.04 Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a segurança social Outros 1 573 755 30 881 85 1 604 721 Outras dívidas a terceiros Empréstimos obtidos de empresas do Grupo (Nota 19) 158 023 296 Instrumentos financeiros derivados Adiantamentos de clientes Fornecedores de imobilizado Outros credores 1 528 700 017 158.724.840 - 18 15. Outros passivos correntes Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição 31.12.05 31.12.04 Custos a pagar Férias a pagar no exercício seguinte 125 781 Prémios a pagar no exercício seguinte 339 191 Juros a liquidar 2 721 871 Estimativa f.serviços 35 727 Proveitos diferidos 3 222 570 16. Provisões e perdas de imparidade acumuladas O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 foi o seguinte: Rubricas Saldo inicial Aumento Fusões (Nota 2.1) Diminuições Reversões Saldo final Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 5) 0 0 0 74 685 976 0 74 685 976 Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 6) 0 0 0 400 905 0 400 905 Perdas de imparidade acumuladas em outros activos correntes 0 0 0 0 0 Provisões 0 0 0 0 0 0 - 1 0 0 75 086 881 0 75 086 881 0 As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo. 17. Activos e passivos contingentes 31.12.05 31.12.04 Garantias Prestadas: por processos fiscais em curso 357.258 por processos judiciais em curso Outras - Siempelkamp 1.750.000 Garantias prestadas por conta de empréstimos obtidos BEI - Isoroy 37.500.744 BEI - Glunz 119.000.000 158.608.002 19 A empresa efectuou juntamente com as suas filiais, Isoroy e Glunz contratos de financiamento junto do Banco Europeu de Investimento para os quais foram prestadas garantias bancárias pelo montante em dívida. 18. Locações operacionais Durante o exercício de 2005 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 13.981 euros relativo a rendas a titulo de contratos de locação operacional.No exercício de 2004 não houve qualquer custo relativo a rendas de contratos operacionais. Adicionalmente, à data de balanço a sociedade detinha contratos irrevogáveis de locação operacional, cujas rendas vencem como se segue: 31.12.05 31.12.04 Vencíveis em 2005 Vencíveis em 2006 61.675 Vencíveis em 2007 51.775 Vencíveis em 2008 38.031 Vencíveis em 2009 21.155 Vencíveis após 2009 172.636 19. 0 Partes relacionadas Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2005 e 2004 podem ser detalhados como se segue: Transacções Vendas e Prestações de Serviços 31.12.05 Empresa-mãe e relacionadas - Agloma - Ecociclo - Euroresinas - Glunz - Implamac - SInd-pcdm - Isoroy - Maiequipa - Movelpartes - Resoflex - Sc - Consultadoria - Siaf Imobiliária - Siaf Energia - Sonae Industria Revestimentos - Socelpac - Somit Imobiliária - Solinca - Sonae ,sgps - Sonae Uk - Spanboard - Sonae Serviços de Gestão - Tafisa Canadá - Tafisa Espanha - Tafisa South Africa - Taiber - Novis - Optimus - Equador Empresas associadas - Ip a p er 31.12.04 685 152 2 616 3 343 115 955 1 244 119 253 140 112 1 244 1 380 1 244 Compras e Serviços Recebidos 31.12.05 31.12.04 284 398 Juros auferidos 31.12.05 7 339 518 31.12.04 Juros Suportados 31.12.05 31.12.04 1 170 045 302 592 19 294 163 719 5 658 32 232 365 176 13 193 - 156 2 329 5 092 4 686 1 741 423 2 770 1 925 69 684 1 244 2 535 18 929 110 752 286 606 76 006 3 210 109 431 35 029 11 676 1 514 63 513 141 752 39 099 9 064 2 768 28 7 138 775 1 166 3 403 45 864 497 497 20 Contas a receber Saldos Contas a pagar Empréstimos Obtidos 31.12.05 Empresa-mãe e relacionadas - Agloma - Ecociclo - Euroresinas - Sonae Espanha - Glunz - Implamac - SInd-pcdm - Isoroy - Maiequipa - Movelpartes - Resoflex - Sc - Consultadoria - Siaf Imobiliária - Siaf Energia - Sonae Industria Revestimentos - Socelpac - Somit Imobiliária - Solinca - Sonae ,sgps - Sonae Uk - Spanboard - Sonae Serviços de Gestão - Tafisa Canadá - Tafisa Espanha - Tafisa South Africa - Taiber - Tradema - Novis - Optimus - Equador 375 310 31.12.05 31.12.04 263 077 31.12.05 31.12.04 158 023 296 57 000 000 35 000 1 055 1 348 38 652 502 56 059 47 992 502 557 502 Concedidos 31.12.05 31.12.04 809 449 103 310 099 15 803 891 400 905 13 794 1 686 847 342 903 1 806 657 500 1 093 800 4 952 702 171 1 117 14 298 200 22 635 502 24 936 500 45 683 549 12 660 600 1 799 173 247 11 676 3 892 611 67 383 47 251 91 617 35 000 3 656 713 6 300 1 753 792 589 499 3 219 885 2 628 37 015 201 201 Empresas associadas - Ip a p er 20. 31.12.04 100 000 100 000 Prestações de Serviços As prestações de serviços em 2005 e 2004 foram como se seguem: Prestação de Serviços Serviço comunicação interna Serviço consolidação e controlo de gestão Serviço juridico legal Serviço administração Serviços de engenharia 21. 31.12.05 31.12.04 128.382 36.897 34.786 285.392 52.858 Serviços diversos 1 4 7 .3 3 4 TOTAL 6 8 5 .6 4 9 0 Outros custos operacionais 31.12.05 Impostos 31.12.04 28 371 19 Perdas na alienação de investimentos não correntes - - Perdas na alienação de activos corpóreos e incorpóreos - - Outros 54.778 - 83.149 19 21 22. Resultados financeiros 31.12.05 31.12.04 Custos e perdas: Juros suportados 4 752 751 Descontos de pronto pagamento concedidos Diferenças de câmbio desfavoráveis 2 144 Outros Resultados financeiros 99 481 49 2 573 102 124 7 427 478 173 7 426 524 173 Proveitos e ganhos: Juros obtidos Descontos de pronto pagamento obtidos Diferenças de câmbio favoráveis 954 Outros 23. 0 - 7.427.478 173 Impostos sobre rendimento Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 são detalhados como segue: 31.12.05 Imposto corrente Imposto diferido 31.12.04 489 230 - - 489 230 22 A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como se segue: 31.12.05 Resultado antes de impostos 31.12.04 1.689.109 Amortizações fiscais de imobilizado anulado na conversão para IFRS Outros (411) -63.844 -63.844 Custos não dedutíveis para efeitos fiscais Valorização de instrumentos financeiros Resultados de associadas Amortizações não aceites fiscalmente Provisões não aceites fiscalmente Outros Lucro tributável 21.331 8.151 56.427 13.137 99.046 0 1.724.311 -411 27,5% 474.186 27,5% -113 1.506 113 13.538 489.230 0 Utilização de perdas fiscais anteriormente não reconhecidos Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal Imposto calculado Não constatação imposto diferido Tributação autónoma Efeito da constatação/reversão de impostos diferidos Insuficiência /excesso estimativa Imposto sobre o rendimento 24. 0 Resultados por acção Os resultados por acção do exercício, excluindo o efeito das operações em descontinuação, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes: 31.12.05 31.12.04 Resultados Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (resultado líquido do período) 1 199 879 - 411 1 199 879 - 411 140 000 000 10 000 140 000 000 10 000 Efeito das acções potenciais Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto) Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído Número de acções Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (*) Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertíveis Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído 23 (*) Número médio considerando o número de acções existentes na Sonae Indústria,SGPS,S.A. antes da fusão (Nota 2.1). Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações em descontinuação. 25. Aprovação das demonstrações financeiras As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Comissão Executiva por delegação de poderes do Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 10 de Março de 2006. 26. Primeira aplicação dos “Internacional Financial Reporting Standards” A Empresa adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards – IFRS) em 2005, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – First-Time Adoption of International Financial Reporting Standards”, sendo a data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004. Não foram identificadas diferenças significativas entre as Demonstrações Financeiras de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004 preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal e as preparadas de acordo com o normativo IFRS. 24 Certificação Legal de Contas Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Fiscal Único (Demonstrações financeiras individuais) Demonstrações Financeiras Consolidadas SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A. BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 (Montantes expressos em euros) IFRS ACTIVO Notas 31.12.2005 31.12.2004 POC 31.12.2004 ACTIVOS NÃO CORRENTES Imobilizações corpóreas Diferenças de consolidação Imobilizações incorpóreas Propriedades de investimento Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação Investimentos disponíveis para venda Activos por impostos diferidos Outros activos não correntes Total de activos não correntes 8 11 9 10 7 7 12 13 1 127 955 731 44 492 181 896 245 8 985 512 3 213 222 1 372 620 52 685 592 2 007 538 1 241 608 641 1 146 543 796 45 269 819 1 513 933 3 215 937 6 303 830 66 318 079 1 129 578 1 270 294 972 60 488 971 926 615 1 245 264 861 ACTIVOS CORRENTES: Existências Clientes Outras dívidas de terceiros Estado Outros activos correntes Investimentos Caixa e equivalentes de caixa Total de activos correntes 14 15 16 18 17 7 19 163 976 752 239 891 538 16 676 327 15 538 683 4 973 080 3 041 265 116 842 604 560 940 249 159 011 303 227 360 848 29 566 368 14 322 111 5 801 660 5 980 187 74 817 721 516 860 198 159 577 295 89 715 975 46 054 871 14 254 701 7 787 155 41 061 866 39 684 453 398 136 316 1 802 548 890 1 787 155 170 1 643 401 177 700 000 000 - 252 848 817 36 383 591 483 534 774 44 960 793 528 495 567 700 000 000 9 695 354 - 320 968 583 42 580 440 431 307 211 38 906 799 470 214 010 700 000 000 9 695 354 - 333 334 757 29 213 582 405 574 179 41 211 484 446 785 663 22 22 22 22 25 24 12 28 176 146 046 381 101 414 229 326 107 182 288 23 770 510 106 236 035 43 136 143 17 254 812 855 056 574 315 089 218 78 085 302 5 134 120 141 089 683 23 596 349 259 721 993 32 127 706 13 961 213 868 805 584 304 789 987 80 001 968 5 210 947 3 291 121 20 878 782 175 038 079 27 934 725 16 383 488 633 529 097 22 22 22 22 22 56 192 111 27 347 137 4 476 336 1 072 734 183 420 752 21 136 608 120 073 415 5 277 656 418 996 749 51 933 349 29 880 081 23 138 966 3 852 136 13 950 417 175 184 310 21 235 129 119 195 598 9 765 590 448 135 576 51 933 349 38 554 962 23 138 966 3 894 638 2 016 302 175 997 901 21 235 071 236 768 789 9 546 439 563 086 417 1 802 548 890 1 787 155 170 1 643 401 177 TOTAL DO ACTIVO 1,149,956,076 19 681 580 14 211 619 CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Reservas Legais Reservas e resultados transitados Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas da empresa-mãe Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO: PASSIVOS NÃO CORRENTES: Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela de curto prazo Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo Outros empréstimos Responsabilidades por pensões Outros passivos não correntes Passivos por impostos diferidos Provisões Total de passivos não correntes PASSIVOS CORRENTES: Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo Empréstimos bancários de curto prazo Parcela de curto prazo dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de longo prazo Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo prazo Outros empréstimos Fornecedores Estado e outros entes públicos Outros passivos correntes Provisões Total de passivos correntes 20 21 26 27 28 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas O Conselho de Administração SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em euros) POC IFRS Notas Proveitos operacionais: Vendas Prestações de serviços Outros proveitos operacionais Total de proveitos operacionais 37 37 32 Custos operacionais Custo das vendas Variação da produção Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Provisões e perdas por imparidade Outros custos operacionais Total de custos operacionais Resultados operacionais 8,9 7,8 e 28 33 31.12.2005 31.12.2004 31.12.2004 1 459 552 013 5 468 193 64 041 058 1 529 061 264 1 484 010 946 8 128 525 81 731 372 1 573 870 843 1 569 284 095 10 808 153 81 714 439 1 661 806 687 702 113 592 - 4 653 806 392 744 222 206 049 227 101 827 792 801 737 21 793 187 1 420 675 951 108 385 313 680 289 957 9 976 763 379 224 506 221 431 663 107 687 500 9 511 583 33 977 277 1 442 099 249 131 771 594 712 174 459 8 303 698 404 588 016 234 654 757 126 039 928 7 212 559 41 750 620 1 534 724 037 127 082 650 Proveitos financeiros Custos financeiros Resultados relativos a empresas associadas Resultados relativos a investimentos Resultado antes de impostos 34 34 31 836 538 75 961 611 133 356 - 141 358 64 252 238 15 723 651 87 438 534 837 189 430 906 61 324 806 18 130 417 86 463 240 778 457 - 15 962 59 512 322 Imposto sobre o rendimento Resultado depois de impostos 35 27 820 544 36 431 694 16 251 076 45 073 730 18 590 652 40 921 670 - - - 36 431 694 45 073 730 40 921 670 36 383 591 48 103 42 580 440 2 493 290 29 213 582 11 708 088 0.2599 0.2599 0.3041 0.3041 0.2087 0.2087 Resultados de operações em descontinuação após impostos Resultado consolidado do exercíci Atribuível a: Accionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários Resultados por acção Excluindo operações em descontinuação Básico Diluído Das operações em descontinuação Básico Diluído 36 36 36 36 - - - O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas. O Conselho de Administração SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em euros) Notas Capital Social Saldo em 1 de Janeiro de 2004 Aplicação do resultado consolidado de 2003: Transferência para reserva legal e resultados transitados Aumento de capital Variação nas diferenças de consolidação negativas Variação nas reservas de conversão monetária Aquisições e alienações de partes de capital Resultado consolidado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 Outros 500 000 000 Saldo em 31 de Dezembro de 2004 700 000 000 Saldo em 1 de Janeiro de 2005 Aplicação do resultado consolidado de 2004: Transferência para reserva legal e resultados transitados Variação nas reservas de conversão monetária Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura, líquido de imposto Resultado consolidado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 Outros 700 000 000 Saldo em 31 de Dezembro de 2005 700 000 000 Atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe Reservas e Resultados Resultado Transitados Liquído Interesses Minoritários - 300 961 506 1) 199 038 494 - 9 872 514 - 2 496 324 200 000 000 - 9 872 514 - 2 496 324 200 000 000 Total do Capital Próprio Total 94 870 525 293 909 019 200 000 000 - 9 872 514 - 2 496 324 - 56 566 877 45 073 730 42 580 440 42 580 440 - 56 566 877 2 493 290 2 057 115 - 1 890 139 166 976 - 311 273 229 42 580 440 431 307 211 38 906 799 470 214 010 - 311 273 229 42 580 440 431 307 211 38 906 799 470 214 010 42 580 440 15 803 248 - 42 580 440 15 803 248 6 281 046 22 084 294 - 1 650 356 36 383 591 - 160 039 48 103 - 1 810 395 36 431 694 1 691 080 - 115 116 1 575 964 483 534 774 44 960 793 528 495 567 2 057 115 - 1 650 356 36 383 591 1 691 080 - 252 848 817 36 383 591 1) Dado a conversão das contas consolidadas para IAS/IFRS ter sido efectuada à data de 01.01.2004, não existe informação segregada sobre o resultado consolidado proveniente do exercício de 2003 naquele normativo. O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas. O Conselho de Administração SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes expressos em euros) ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas Recebimento de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Fluxos gerados pelas operações Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional Fluxos das actividades operacionais (1) 31.12.05 31.12.04 1 444 830 952 1 080 776 757 205 524 987 158 529 208 6 619 028 20 591 437 172 501 617 1 391 192 395 1 026 065 407 226 924 365 138 202 623 - 5 177 168 - 12 337 135 131 042 656 107 624 889 23 745 895 433 627 3 645 457 47 058 7 442 135 504 368 59 376 956 29 260 070 989 580 10 099 077 4 785 479 9 689 2 220 104 523 071 99 200 072 44 562 604 158 901 143 921 577 - 8 417 209 28 325 135 53 704 012 217 298 82 246 445 22 276 626 348 462 286 348 462 286 141 107 867 200 000 000 1 591 323 342 699 190 427 014 965 43 790 120 5 013 60 240 470 870 338 - 122 408 052 396 929 450 49 149 742 177 096 528 446 256 816 - 103 557 626 41 676 356 - 2 629 424 72 170 072 116 475 852 49 761 656 - 467 154 21 941 262 72 170 072 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas e incorpóreas Empréstimos concedidos Subsídios ao investimento Juros e proveitos similares Dividendos Outros Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas e incorpóreas Empréstimos concedidos Fluxos das actividades de investimento (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Aumento de capital, prestações suplementares e prémios de emissão Outros Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Juros e custos similares Dividendos Outros Fluxos das actividades de financiamento (3) Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 19 19 O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas. O Conselho de Administração SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 1096, 4470-909 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas Notas 4 a 6 (“Grupo Sonae Indústria”). Os negócios do Grupo e as áreas de actuação encontram-se descritos na Nota 37. Em 15 de Dezembro de 2005 foi celebrada escritura pública que formalizou a cisão da Sonae SGPS, SA por destaque de parte da participação detida por esta sociedade no capital da Sonae Indústria, SGPS, SA, correspondente a 90,3644% do respectivo capital social, e a sua incorporação na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA e, simultaneamente, a incorporação da totalidade do património da Sonae Indústria, SGPS, SA na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA, com consequente extinção jurídica da primeira e alteração da denominação social da sociedade incorporante para Sonae Indústria, SGPS, SA. Pelo facto de substancialmente a actividade do Grupo Sonae Indústria se ter mantido inalterada com a operação de fusão acima mencionada, estas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e a informação comparativa reexpressa para a Normas Internacionais de Relato Financeiro relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, representam a continuação da actividade consolidada do Grupo Sonae Indústria naqueles exercícios. Os movimentos no capital social da Sociedade estão descritos na nota 20. 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes: 1 2.1. Bases de apresentação Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005. A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorre pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses para esse normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”. Nos termos dessa norma os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram registados em Capitais Próprios e estão descritos na Nota 39, na qual se explicitam igualmente os ajustamentos efectuados nas últimas demonstrações financeiras anuais apresentadas (31 de Dezembro de 2004). Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para os instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Notas 2.12). 2.2. Princípios de consolidação São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica Interesses minoritários. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se detalhadas na Nota 4. 2 Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva (Notas 2.2.c e 11)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. b) Investimentos financeiros em empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa, através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa, mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das mesmas - geralmente investimentos representando entre 20% e 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício, e pelos dividendos recebidos. 3 As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação positivas e mantidas no valor de investimento financeiro em associadas (Nota 2.2.c)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do exercício na rubrica resultados relativos a empresas associadas. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir, são objecto de reversão. Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada. Os ganhos não realizados com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 5. c) Diferenças de consolidação As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se positivas, foram registadas na rubrica Diferenças de consolidação ou mantidas na rubrica Investimentos em empresas associadas (Nota 11). As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial incluída em Reservas e resultados transitados. O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das 4 diferenças de consolidação constatadas no exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício, na rubrica provisões e perdas por imparidade. As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se negativas foram reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis. Diferenças de consolidação anteriores à data de transição As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos incorpóreos não aceites pelos IFRS e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em resultados transitados, conforme IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente. As diferenças cambiais geradas no processo de conversão foram registadas em resultados transitados (IFRS 1). d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão cambial incluída na rubrica Reservas e resultados transitados. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de resultados transitados. O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício. 5 Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação. As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes: 31.12.2005 Final do Média do período período Libra inglesa Real brasileiro Rand sul-africano Dólar canadiano Franco suiço 0.6853 2.7440 7.4644 1.3725 1.5551 0.6837 3.0049 7.9120 1.5029 1.5483 31.12.2004 Final do Média do período período 0.7051 3.6147 7.6899 1.6416 1.5429 0.6782 3.6329 7.9942 1.6161 1.5437 Fonte: Bloomberg 2.3. Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Anos Edifícios e outras construções 50 Equipamento básico 15 Equipamento de transporte 5 Ferramentas e utensílios 4 Equipamento administrativo 10 Outras imobilizações corpóreas 5 As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no exercício em que ocorrem. 6 As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. 2.4. Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente a 5 anos. Nos casos de marcas e patentes sem vida útil definida, não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objecto de testes de imparidade numa base anual. 2.5. Locações Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos 7 e vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. 2.6. Propriedades de Investimento As propriedades de investimento encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas de imparidade acumuladas. São constituídas, essencialmente, por terrenos e edifícios de operações descontinuadas em relação aos quais o Grupo celebrou contratos de arrendamento com entidades terceiras. 2.7. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração de resultados de acordo com os custos incorridos. Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de imobilizado, são incluídos na rubrica Outros passivos não correntes e são creditados na demonstração de resultados em quotas constantes durante o período estimado de vida útil dos activos adquiridos. 8 2.8. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores. 2.9. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando o activo se encontra pronto a ser utilizado ou quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um 9 investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. 2.10. Existências As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização. As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso de este ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais nas rubricas de Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso, respectivamente. 2.11. Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. 10 2.12. Instrumentos financeiros a) Investimentos Os investimentos classificam-se como segue: - Investimentos detidos até ao vencimento - Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados - Investimentos disponíveis para venda Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento ocorrer num prazo inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes. Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não correntes. Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento 11 ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na demonstração de resultados do exercício. Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo capitalizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos. b) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. c) Classificação de capital próprio ou passivo Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumem. d) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.9. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não sejam liquidados durante o exercício. e) Fornecedores As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal. 12 f) Instrumentos derivados O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juros e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio são materialmente idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências eventualmente existentes são registadas na Demonstração de resultados. Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes: - Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto; - A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; - A transacção objecto de cobertura é altamente provável. Os instrumentos derivados utilizados, quando classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa, são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios, na rubrica Reservas de cobertura incluída na rubrica Reservas e resultados transitados, sendo transferidas para resultados no mesmo exercício em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados. Quanto aos instrumentos derivados que a empresa opte por não aplicar “hedge accounting”, as variações de justo valor afectam diariamente e de forma imediata a demonstração de resultados. A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor 13 acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura incluída em Reservas e resultados transitados são transferidas para resultados do exercício, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração de resultados. Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de cobertura dos riscos financeiros inerentes ao negócio (fundamentalmente, “forwards” de taxas de câmbio para cobertura de importações futuras), não se enquadram nos requisitos definidos na Norma Internacional de Contabilidade 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados. Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados. g) Instrumentos de capital próprio Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão. h) Acções próprias As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas em Outras reservas incluída em Reservas e resultados transitados. 14 i) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço. 2.13. Responsabilidades por pensões Conforme mencionado na Nota 25 o Grupo assumiu, através de algumas filiais, o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma, os quais configuram um plano de benefícios definidos, tendo sido constituídos para o efeito fundos de pensões autónomos. A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais das responsabilidades determinados de acordo com o “Projected Unit Credit Method”. Os ganhos e perdas actuariais que excedam 10% do maior entre o valor presente das responsabilidades totais e o justo valor dos activos do fundo constituído, são reconhecidos na demonstração de resultados em quotas constantes durante o período médio remanescente de vida dos participantes. Os custos por responsabilidades passadas são reconhecidos imediatamente nas situações em que os benefícios se encontram a ser pagos, caso contrário são reconhecidos em quotas constantes durante o período médio estimado até à data em que os direitos dos colaboradores se vencem (geralmente na data de reforma caso estejam ao serviço do Grupo). As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor presente das obrigações por planos definidos ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas reduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões. 15 2.14. Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. 2.15. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo, considerando o resultado e a taxa anual efectiva de imposto estimada. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. 16 2.16. Rédito e especialização dos exercícios Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada com referência à respectiva fase de acabamento à data do balanço. Os dividendos são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou accionistas. Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde. 2.17. Mais-valias e menos-valias As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de imobilizações corpóreas e incorpóreas e de investimentos, são apresentadas na demonstração de resultados pelo valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, nas rubricas de Outros proveitos operacionais e Outros custos operacionais. 2.18. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas em vigor na data da transacção. Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao 17 justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio. Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio o Grupo contrata instrumentos financeiros derivados de cobertura (Nota 2.12.f)). 2.19. Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais. 2.20. Informação por segmentos Em cada exercício são identificados todos os segmentos geográficos e segmentos de negócio aplicáveis ao Grupo. A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 37. 3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS Durante o exercício não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem correcções de erros relativos a exercícios anteriores. 18 4. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004, são as seguintes: FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL CONDIÇÕES DETIDO DE INCLUSÃO 31.12.2005 31.12.2004 Directo Total Directo Total Agloma - Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Oliveira do Hospital (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 92,66% a) Cia. De Industrias y Negocios, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Ecociclo, Energia e Ambiente, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) Euro Decorative Boards Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Euromegantic Lteé Lac Mégantic (Canadá) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Euroresinas - Indústrias Quimicas, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) a) 2) Explotaciones Comerciales, Industriales y de Servicios, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% 2) Explotaciones Madereras Catalanas, S. A. Barcelona (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) 2) Florestal y Maderera, S. A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) 2) Glunz AG Meppen (Alemanha) Glunz Service GmbH Hamm (Alemanha) 98,17% 90,36% 98,17% 91,84% a) 100,00% 90,36% 100,00% 91,84% a) Glunz UK Holdings, Ltd. Londres (Reino Unido) 100,00% 90,36% 100,00% 91,84% a) Glunz UkA GmbH Hamm (Alemanha) 100,00% 90,36% 100,00% 91,84% a) a) Gollin GmbH Bad Oeynhausen (Alemanha) 90,00% 81,32% 90,00% 82,65% Isoroy Transformation S.A.S. St. Dizier (França) 99,99% 91,16% 99,99% 92,66% a) Isoroy, SAS Boulogne (França) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Maiequipa - Gestão Florestal, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) Manipulaciones Florestales, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Megantic B.V. Amsterdão (Países Baixos) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Movelpartes – Comp. para a Indústria do Mobiliário, S.A. Paredes (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) 2) Novobord (Pty) Ltd. Woodnead (África do Sul) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) 2) Orpin, S. A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) OSB Deustchland Alemanha 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Poliface Brasil, Ltda. São Paulo (Brasil) 99,99% 99,99% 99,99% 99,99% a) Poliface North America Baltimore (EUA) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Racionalización y Manufacturas Florestales, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A. Vila de Conde (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) SCS Beheer, BV Holanda 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Siaf – Soc. de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Socelpac, SGPS, SA Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) 1) 2) Sociedade de Iniciativa e Aproveit. Florestais - Energias, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 91,18% 100,00% 92,67% a) Société Industrielle et Financière Isoroy Rungis (França) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Somit – Imobiliária, S.A. Oliveira do Hospital (Portugal) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Sonae – Serviços de Gestão, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) Sonae 4-P, Panels, Pulp, Paper and Packiging, S. A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Sonae España, S. A. Madrid (Espanha) Sonae Indústria – Prod. e Comerc. Derivados Madeira, S. A. Mangualde (Portugal) 99,94% 99,94% 99,94% 99,94% a) 100,00% 91,41% 100,00% 92,86% a) Sonae Indústria – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A. Maia (Portugal) MÃE MÃE MÃE MÃE Sonae Indústria Brasil, Ltda. São Paulo (Brasil) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% MÃE a) Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a) Sonae Novobord (Pty) Ltd Woodnead (África do Sul) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) 19 2) Sonae Tafibra (UK) Ltd Knowsley (Reino Unido) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% Sonae Tafibra Benelux, B. V. Woerden (Países Baixos) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) a) Sonae UK, Limited Knowsley (Reino Unido) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Spanboard Products Ltd Belfast (Reino Unido) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tableros de Fibras, S.A. Madrid (Espanha) 91,16% 91,16% 92,66% 92,66% a) Tableros Tradema, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tafibra - Tableros Aglomerados y de Fibras, A.I.E. Madrid (Espanha) 100,00% 91,18% 100,00% 92,67% a) Tafibra South Africa, Limited África do Sul 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tafibras, S.A. Curitiba (Brasil) 53,99% 49,55% 53,99% 50,36% a) Tafisa Brasil, S.A. Curitiba (Brasil) 100,00% 57,46% 100,00% 58,39% a) Tafisa Canadá Societé en Commandite Lac Mégantic (Canadá) 99,99% 91,16% 99,99% 92,66% a) a) Tafisa France S.A.S. Rungis (França) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% Tafisa U.K.Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tavapan, SA Tavannes (Suiça) 100,00% 90,36% 100,00% 91,84% a) Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. Barcelona (Espanha) 100,00% 91,16% 100,00% 92,66% a) Tool, GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 90,36% 100,00% 91,84% a) a) Controlo detido por maioria de votos. 1) Sociedade fusionada na Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. à data de de 1 de Janeiro de 2005. 2) As percentagens referem-se à data de saída da Sociedade do perímetro de consolidação (nota 6). Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2.a). 5. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS As empresas associadas, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 são as seguintes: FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL DETIDO 31.12.2005 Ipaper - Indústria de Papéis Impregnados, S. A. 1) Maia (Portugal) 31.12.2004 Directo Total Directo Total 49,00% 49,00% 49,00% 49,00% Oko Zentrum NRW Alemanha 25,00% 22,59% 25,00% 22,99% Promodeco – Proj. Imobiliário Decoração e Constr., Lda. Maia 27,60% 27,60% 27,60% 27,60% Serradora Boix Barcelona 31,25% 28,49% 31,25% 28,96% Sonaegest Maia 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 1) Participação financeira alienada à data de 30.10.2005. A percentagem de capital indicada é a existente à data de alienação. As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial, conforme indicado na Nota 2.2.b). 20 6. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO As principais alterações no perímetro de consolidação ocorridas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 foram as seguintes: Sociedade alienadas: FIRMA SEDE SOCIAL % de capital detido à data de alienação Directo Total 1) Explotaciones Comerciales, Industriales y de Servicios, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 2) Explotaciones Madereras Catalanas, S. A. Barcelona (Espanha) 100,00% 91,16% 3) Florestal y Maderera, S. A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 4) Gollin GmbH Bad Oeynhausen (Alemanha) 5) Orpin, S. A. Madrid (Espanha) 90,00% 81,32% 100,00% 91,16% 1) Sociedade alienada à data de 31.12 2005; 2) Sociedade alienada à data de 25.10.2005: 3) Sociedade alienada à data de 25.10.2005; 4) Sociedade alienada à data de 31.12.2005; 5) Sociedade alienada à data de 25.10.2005. Sociedade liquidadas: FIRMA SEDE SOCIAL % de capital detido à data de liquidação Directo Tafibra - Tableros Aglomerados y de Fibras, A.I.E. 2) Sonae 4-P, Panels, Pulp, Paper and Packiging, S. A. Madrid (Espanha) 100,00% 91,16% 3) Novobord (Pty) Ltd. Woodnead (África do Sul) 100,00% 91,16% 1) Madrid (Espanha) 100,00% Total 1) 91,18% Sociedade liquidada à data de 30.12.2005; 2) Sociedade liquidada à data de 31.12.2005. 3) Sociedade liquidada durante o exercício de 2005, tendo os activos desta sociedade sido transferidos para a Sonae Novobord (Pty) Ltd. Efeito das alienações As alterações no perímetro de consolidação acima referidas que ocorreram durante o exercício de 2005, afectaram a comparabilidade das demonstrações financeiras consolidadas em 31.12.2005 e em 31.12.2004. Caso o perímetro de 2004 considerasse as mudanças referidas nesta nota, o efeito seria o seguinte no balanço consolidado e na demonstração consolidada de resultados: 21 31.12.2004 ACTIVO ACTIVOS NÃO CORRENTES Imobilizações corpóreas Diferenças de consolidação Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação Impostos diferidos activos Outros activos não correntes Total de activos não correntes Perímetro 2004 Diferença 1 148 057 729 45 269 819 9 519 767 66 318 079 1 129 578 1 270 294 972 1 145 113 237 45 269 819 9 519 767 66 318 079 1 129 578 1 267 350 480 2 944 492 159 011 303 227 360 848 49 690 139 5 980 187 74 817 721 516 860 198 157 360 878 226 455 302 48 508 443 5 980 187 74 562 736 512 867 546 1 650 425 905 546 1 181 696 1 787 155 170 1 780 218 026 6 937 144 700 000 000 - 311 273 229 42 580 440 431 307 211 38 906 799 470 214 010 700 000 000 - 314 522 194 41 331 687 426 809 493 38 297 753 465 107 246 3 248 965 1 248 753 4 497 718 609 046 5 106 764 539 398 323 283 318 342 32 127 706 13 961 213 868 805 584 539 315 237 283 295 481 32 127 706 13 961 213 868 699 637 105 947 122 754 949 175 184 310 140 430 727 9 765 590 448 135 576 122 687 142 174 888 464 139 083 733 9 751 805 446 411 144 67 807 295 846 1 346 994 13 785 1 724 432 1 787 155 170 1 780 218 027 6 937 143 ACTIVOS CORRENTES: Existências Clientes Outros activos correntes Investimentos Caixa e equivalentes de caixa Total de activos correntes TOTAL DO ACTIVO Perímetro 2005 2 944 492 254 985 3 992 652 CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Reservas e resultados transitados Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas da empresa-mãe Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO: PASSIVOS NÃO CORRENTES: Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo Outros passivos não correntes Impostos diferidos passivos Provisões Total de passivos não correntes PASSIVOS CORRENTES: Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo Fornecedores Outros passivos correntes Provisões Total de passivos correntes TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 83 086 22 861 31.12.2004 Perímetro de 2004 Perímetro de 2005 Diferença Proveitos operacionais: Vendas Prestações de serviços Outros proveitos operacionais Total de proveitos operacionais 1 484 010 946 8 128 525 81 731 372 1 573 870 843 1 472 614 938 8 128 525 79 667 354 1 560 410 817 2 064 018 13 460 026 Custos operacionais Custo das vendas Variação da produção Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Provisões e perdas por imparidade Outros custos operacionais Total de custos operacionais Resultados operacionais 680 289 957 9 976 763 379 224 507 221 431 661 107 687 500 9 511 583 33 977 278 1 442 099 249 131 771 594 675 823 675 9 839 662 377 374 856 216 102 208 107 273 633 9 507 788 33 784 830 1 429 706 652 130 704 165 4 466 282 137 101 1 849 651 5 329 453 413 867 3 794 192 448 12 392 596 1 067 430 Proveitos financeiros Custos financeiros Resultados relativos a empresas associadas Resultados relativos a investimentos Resultado antes de impostos 15 723 651 87 438 534 837 189 430 906 61 324 806 15 406 460 87 420 795 837 189 430 906 59 957 925 317 191 17 739 1 366 881 Imposto sobre o rendimento Resultado depois de impostos 16 251 076 45 073 730 16 251 076 43 706 849 1 366 881 Resultado consolidado do período Atribuível a: Accionistas da Empresa-Mãe Interesses Minoritários 45 073 730 43 706 849 1 366 881 42 580 440 2 493 290 41 331 687 2 375 163 1 248 753 118 127 11 396 008 22 7. INVESTIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica pode ser decomposta como segue: 31.12.05 Correntes Não correntes 31.12.04 Correntes Não correntes 42 948 640 42 772 464 176 176 Investimentos em filiais excluídas da consolidação Saldo inicial Aquisição Alienação Liquidação Saldo final 196 990 25 641 42 726 009 42 948 640 42 661 176 64 833 42 875 937 72 703 Investimentos em associadas Saldo inicial Aumento de capital Alienação Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial Variação de perímetro Transferência Saldo final 3 168 799 100 000 50 463 137 700 - 138 744 - 68 903 3 148 389 2 729 458 Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28) Valor líquido dos investimentos em associadas 3 148 389 Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28) Valor líquido dos investimentos em filiais excluídas da consolidação Investimentos disponíveis para venda Saldo inicial Aquisição Alienação Transferência Efeito da conversão câmbial Saldo final Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28) Valor líquido dos investimentos disponíveis para venda Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados Saldo inicial Alienação Variação de perímetro Saldo final Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28) Valor líquido dos investimentos mensurados ao justo valor 15 287 880 12 208 438 439 341 3 168 799 25 565 3 143 234 6 437 535 8 209 5 393 091 68 903 274 639 1 396 195 1 571 722 23 575 1 372 620 136 472 6 303 830 4 868 580 6 440 302 3 079 442 6 962 167 1 169 415 9 495 128 15 287 880 38 177 3 041 265 9 307 693 5 980 187 As alienações de investimentos efectuadas durante o exercício geraram mais-valias líquidas de aproximadamente 10 900 000 euros, incluídas na linha de Outros proveitos operacionais da Demonstração consolidada de resultados. 23 8. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2005 Terrenos e edificios Equipamento Básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensilios Outros activos tangíveis Fixtures and Fittings Imobilizado em Curso Activo Bruto: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Investimento Desinvestimento Transferências Variações cambiais Saldo Final 398 140 852 - 2 367 295 44 217 11 017 239 - 4 631 141 19 112 545 399 281 939 1 577 797 176 - 3 710 067 697 604 26 010 103 34 086 784 62 179 141 1 645 040 535 13 514 125 - 354 410 168 833 662 370 175 266 393 326 13 234 770 5 805 246 - 57 529 32 948 368 722 2 574 827 129 672 8 116 442 42 552 969 - 609 014 424 903 157 874 2 065 330 1 478 557 45 754 871 12 498 164 16 527 666 79 037 85 454 310 805 17 533 12 820 085 39 536 170 Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Depreciações do exercício Desinvestimento Transferências Variações câmbiais Saldo Final 89 325 386 - 868 563 7 002 453 6 415 295 1 588 919 2 108 175 92 741 075 780 914 776 - 2 669 092 87 784 816 22 439 988 - 2 880 082 22 572 970 863 283 400 9 098 282 - 309 192 675 493 614 109 - 6 841 283 578 9 127 211 4 161 927 - 45 767 1 143 678 56 948 - 12 867 88 535 5 278 558 26 744 724 - 455 852 4 404 918 118 902 - 13 733 769 037 31 330 192 10 047 307 306 540 864 781 757 135 4 107 559 2 837 884 14 424 679 1 966 635 Saldo final líquido - 40 422 686 679 825 16 320 975 Total activos tangíveis 2 066 836 198 - 7 098 315 40 983 712 38 301 762 - 5 840 815 83 990 599 2 140 569 617 920 292 402 - 4 348 466 101 918 638 29 730 203 - 1 340 780 25 822 295 1 012 613 886 907 280 84 961 - 16 176 10 853 450 16 320 975 1 127 955 731 2004 Terrenos e edificios Equipamento Básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensilios Fixtures and Fittings Outros activos tangíveis Activo Bruto: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Investimento Desinvestimento Transferências Variações cambiais Saldo Final 458 732 115 - 39 324 790 3 817 103 26 829 519 427 249 1 318 694 398 140 852 1 680 833 182 - 105 866 579 1 470 585 49 853 806 47 685 609 3 528 185 1 577 797 176 18 195 315 - 3 674 466 504 237 2 385 436 832 662 41 813 13 514 125 5 692 912 - 293 778 32 802 159 599 529 827 3 082 5 805 246 52 884 325 - 3 245 719 408 713 7 867 658 287 331 85 977 42 552 969 20 555 738 - 8 022 233 25 576 426 960 364 827 1 216 12 498 164 Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Depreciações do exercício Desinvestimento Transferências Variações câmbiais Saldo Final 101 734 131 - 11 782 700 7 335 171 8 544 472 546 292 36 964 89 325 386 786 366 802 - 66 138 102 92 054 116 35 397 003 3 680 980 347 983 780 914 776 16 327 597 - 3 045 788 958 662 1 955 444 - 3 212 118 25 373 9 098 282 3 605 508 - 276 559 980 211 148 276 5 484 - 4 441 4 161 927 35 593 312 - 2 332 423 2 910 727 8 960 835 - 486 576 20 519 26 744 724 16 138 693 - 7 349 621 1 348 493 166 074 75 816 308 815 466 796 882 400 4 415 843 1 643 319 15 808 245 2 450 857 Saldo final líquido Imobilizado em Curso 21 707 937 - 1 941 142 42 140 100 979 467 - 44 396 615 - 3 147 16 527 666 Total activos tangíveis 2 258 601 524 - 162 368 706 48 399 116 88 502 445 5 730 890 4 975 820 2 066 836 198 959 766 043 - 90 925 193 105 587 380 55 172 104 609 878 426 398 920 292 402 10 047 307 16 527 666 1 146 543 796 A linha de depreciações do exercício inclui aproximadamente 800 000 euros de perdas por imparidade incluídas na rubrica Provisões e perdas por imparidade da Demonstração consolidada de resultados. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor líquido dos bens adquiridos com recurso a locação financeira totalizava: 31.12.05 Terrenos e Edifícios Equipamento básico Equipamento transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas 31.12.04 1 567 148 13 547 312 204 101 2 814 959 14 859 793 235 998 113 892 152 892 15 432 453 18 063 642 24 Durante o exercício de 2005 não foram capitalizados juros suportados e outros encargos financeiros incorridos, no âmbito das condições definidas na nota 2.9. Em 31 de Dezembro de 2005 o Grupo tinha hipotecado Terrenos e edifícios no montante de 33 492 500 euros (32 510 000 euros em 31 de Dezembro de 2004) como garantia de empréstimos bancários obtidos. À mesma data, o Grupo tinha assumido compromissos para aquisição de imobilizações corpóreas no montante de 3 950 239 euros (925 885 euros em 31 de Dezembro de 2004). 9. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2005 Custos de desenvolvimen to Activo Bruto: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Investimento Desinvestimento Transferências Variações cambiais Saldo Final Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Depreciações do exercício Desinvestimento Transferências Variações câmbiais Saldo Final Saldo final líquido 828 159 Patentes, Royalties e outros direitos 3 993 935 Outros activos intangíveis Software 223 951 1 724 531 - 69 005 Imobilizado em curso 62 081 7 689 6 795 - 42 031 23 325 226 805 060 39 811 2 759 4 036 505 223 951 1 655 526 479 142 3 837 003 134 370 105 853 20 604 79 220 44 790 868 209 - 15 787 330 730 136 564 527 2 679 3 918 902 179 160 1 183 152 240 533 117 603 44 791 472 374 20 944 Total activos intangíveis 6 832 657 - 69 005 7 689 30 120 - 2 220 2 985 6 741 986 5 318 724 - 15 787 560 593 20 604 2 815 5 845 741 20 944 896 245 2004 Custos de desenvolvimen to Patentes, Royalties e outros direitos Software Outros activos intangíveis Activo Bruto: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Investimento Desinvestimento Transferências Variações cambiais Saldo Final 3 623 280 - 2 663 124 364 625 670 567 173 371 574 828 159 4 064 918 - 18 565 300 - 70 859 - 123 784 207 3 993 935 Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas: Saldo Inicial Variações do Perímetro de Consolidação Depreciações do exercício Desinvestimento Transferências Variações câmbiais Saldo Final 2 628 556 - 2 404 595 255 570 163 119 162 663 67 479 142 3 853 890 - 11 398 283 213 24 111 - 263 977 - 614 3 837 003 134 370 868 209 349 017 156 932 89 581 856 322 Saldo final líquido 223 951 223 951 1 654 466 Imobilizado em curso 53 598 99 449 115 916 2 088 015 - 2 015 394 723 472 332 016 - 401 996 1 724 531 62 081 89 580 494 295 44 790 351 034 Total activos intangíveis 11 654 630 - 4 697 083 1 141 995 1 031 173 - 236 493 781 6 832 657 7 066 321 - 2 415 993 934 607 187 230 - 78 434 - 547 5 318 724 22 880 62 081 1 513 933 25 10. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no valor das propriedades de investimento, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2005 Custo Activo Bruto: Transferências Saldo Final Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas: Depreciações do período Transferências Saldo Final Saldo final líquido Em construção 2004 Total Total 9 237 766 9 237 766 9 237 766 9 237 766 155 856 96 398 155 856 96 398 252 254 252 254 8 985 512 8 985 512 Durante o exercício procedeu-se à transferência das propriedades de investimento das rubricas de imobilizações corpóreas para as rubricas apropriadas. 11. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido nas diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte: 31.12.05 31.12.04 Diferenças de consolidação positivas Activo Bruto: Saldo Inicial Variações de Perímetro de Consolidação Aumentos Diminuições Reclassificação / Transferências Conversão Câmbial Saldo Final 45 269 819 219 726 1 400 250 26 811 376 075 44 492 181 45 585 210 1 274 851 959 460 45 269 819 Perdas por Imparidade Acumuladas: Saldo Final As diferenças de consolidação não são amortizadas. São efectuados testes de imparidade das diferenças de consolidação com periodicidade anual. 26 12. IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte: Activos por impostos diferidos 31.12.05 Diferença entre o justo valor e o custo histórico Homogenização de amortizações Provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente Anulação de imobilizações incorpóreas Anulação de imobilizações corpóreas Anulação de custos diferidos Prejuízos fiscais reportáveis Outros impostos diferidos Passivos por impostos diferidos 31.12.04 3 898 133 184 692 299 538 43 327 48 254 901 5 001 52 685 592 2 003 668 410 235 339 656 88 824 63 463 432 12 264 66 318 079 31.12.05 31.12.04 41 130 842 30 059 31 244 787 2 005 301 43 136 143 852 860 32 127 706 O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foi como segue: Activos por impostos diferidos 31.12.05 66 318 079 66 662 930 1 320 656 - 225 543 - 40 118 - 45 497 - 16 036 341 29 571 390 1 394 327 Saldo inicial Efeito em resultado: Homogenização de amortizações Movimento de provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente Anulação de movimentos ocorridos em imobilizações incorpóreas Anulação de movimentos ocorridos em imobilizações corpóreas Anulação de custos diferidos Prejuízos fiscais reportáveis Outros impostos diferidos Efeito em reservas: Diferença entre o justo valor e o custo histórico Efeito de conversão monetária Efeito de alteração do perímetro: Alienações Passivos por impostos diferidos 31.12.04 31.12.05 32 127 706 24 891 009 4 524 632 2 577 887 - 511 297 1 499 752 2 680 110 9 096 136 39 611 252 245 3 803 695 30 059 286 901 - 2 196 552 Saldo final 52 685 592 31.12.04 - 4 754 286 66 318 079 43 136 143 32 127 706 Em conformidade com o disposto nas Normas Internacionais de Contabilidade / Normas Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo procedeu, à data de 31 de Dezembro de 2005, a uma avaliação dos activos por impostos diferidos registados em exercícios anteriores referentes a prejuízos fiscais reportáveis. Atendendo às estimativas de lucros projectados para as diversos empresas e países com base nos resultados das operações correntes e das reestruturações previstas, o Conselho de Administração entendeu proceder a uma reafectação por empresa e por país de parte dos activos por impostos diferidos anteriormente registados, com o objectivo de reconhecer activos por impostos diferidos nas empresas e países onde se espera a concretização dos correspondentes lucros em períodos de tempo menores. Neste sentido, procedeu-se à reversão dos activos por impostos diferidos anteriormente registados em filais localizadas em França e no Reino Unido, no montante de aproximadamente 30,8 milhões de euros, à manutenção dos activos por impostos diferidos anteriormente registados em filial localizada na Alemanha, no montante de 27 aproximadamente 21,4 milhões de euros, e ao reconhecimento de novos activos por impostos diferidos relacionados com prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores, em filiais localizadas em Espanha, no montante de aproximadamente 21,8 milhões de euros. Em resumo, o movimento ocorrido, durante o exercício de 2005, nos activos por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais reportáveis foi como segue: Euros Saldo inicial 63 463 432 Movimento com efeito em resultado Reversão -30 838 876 Reforço 24 025 125 Utilização -9 222 590 -16 036 341 Movimentos com efeito em reservas Efeito da conversão monetária 827 000 Saldo final 48 254 091 Os activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005 estão afectos a empresas sedeadas nos seguintes países: Euros Espanha Alemanha Brasil Portugal África do Sul Canadá Saldo final 21 791 723 21 399 498 5 252 596 3 046 562 1 046 379 148 834 52 685 592 De acordo com as declarações fiscais das empresas que registam activos por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 os mesmos eram reportados como segue: 31.12.05 Prejuízo fiscal Com caducidade Gerados em 1993 Gerados em 1999 Gerados em 2000 Gerados em 2001 Gerados em 2001 Gerados em 2002 Gerados em 2002 Gerados em 2003 Gerados em 2003 Gerados em 2004 Gerados em 2004 Sem caducidade Activos por impostos diferidos 2 310 596 1 528 502 36 725 97 047 40 877 400 269 693 13 714 886 138 205 3 740 985 9 468 726 53 271 72 236 036 808 708 534 976 12 854 26 688 14 306 985 74 166 4 800 210 38 462 1 309 345 2 374 689 18 645 24 305 728 64 569 001 136 805 036 31.12.04 Caducidade - 2009 2015 2016 2007 2017 2008 2018 2009 2019 2010 2020 Prejuízo fiscal Activos por impostos diferidos Caducidade - 673 926 497 803 185 330 136 896 2005 2006 1 038 268 285 524 2007 5 391 235 1 447 362 2008 2009 1 912 097 525 827 9 513 329 2 580 939 23 949 173 175 206 637 60 882 493 48 254 901 184 719 966 63 463 432 28 Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os prejuízos fiscais para os quais não foram registados activos por impostos diferidos, podem ser detalhados como segue: 31.12.05 Prejuízo fiscal Com caducidade Gerados em 1999 Gerados em 2000 Gerados em 2000 Gerados em 2001 Gerados em 2001 Gerados em 2002 Gerados em 2002 Gerados em 2003 Gerados em 2003 Gerados em 2004 Gerados em 2004 Gerados em 2005 Sem caducidade 43 812 435 Crédito de imposto 15 334 352 31.12.04 Caducidade - 2015 Prejuízo fiscal Crédito de imposto Caducidade - 47 825 591 16 738 957 2015 36 726 12 854 2016 89 785 853 4 812 381 59 162 037 473 511 95 495 818 7 938 418 31 425 049 1 323 405 20 706 713 130 215 33 423 536 2 183 065 2017 2007 2018 2008 2019 2009 305 530 335 105 943 794 624 053 617 222 871 475 48 908 453 5 338 48 725 176 172 496 95 088 900 263 398 19 280 761 375 609 256 632 566 17 117 959 1 468 17 053 812 47 436 33 281 115 72 434 6 748 266 103 293 89 760 135 2017 2008 2018 2009 2019 2010 2020 2011 768 067 547 267 719 807 - 1024 700 113 357 479 942 929 583 952 328 815 269 1 161 505 150 405 734 844 1 114 303 918 392 278 701 - Foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer em resultado dos ajustamentos de conversão para IAS. Nos casos em que esses ajustamentos originaram impostos diferidos activos, os mesmos só foram registados na medida em que se considerou provável a ocorrência de lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças temporárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo Sonae Indústria, periodicamente revistos e actualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas. Os activos por impostos diferidos são compensados com o valor dos passivos por impostos diferidos nas situações em que a Empresa geradora das respectivas diferenças temporárias tenha a capacidade legal para compensar as quantias reconhecidas e pretenda liquidar o imposto numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar o passivo por imposto diferido simultaneamente. 13. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Outros activos não correntes do balanço consolidado tinha a seguinte composição: 31.12.05 Empresas associadas Outros Empréstimos Concedidos Adiantamento por conta de Investimentos Financeiros Clientes e Outros Devedores Estado e Outros entes Públicos Outros Activos não Correntes Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 28) 31.12.04 14 132 905 161 200 14 530 400 178 328 1 770 959 855 105 75 395 16 140 459 14 132 921 2 007 538 15 563 833 14 434 255 1 129 578 29 14. EXISTÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Existências do balanço consolidado detalhava-se como segue: 31.12.05 Mercadorias Produtos acabados e intermédios Produtos e trabalhos em curso Matérias primas, subsidiárias e de consumo Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 28) 15. 31.12.04 10 672 926 64 509 000 2 353 767 91 212 997 168 748 690 4 771 938 163 976 752 8 585 443 57 537 425 3 655 817 92 242 545 162 021 230 3 009 927 159 011 303 CLIENTES À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica de Clientes do balanço consolidado podia decompor-se como segue: 31.12.05 31.12.04 Clientes, conta corrente Clientes, títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa 243 284 568 341 025 12 561 675 256 187 268 221 627 319 8 805 207 11 728 564 242 161 090 Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 28) 16 295 730 239 891 538 14 800 242 227 360 848 Em Abril de 2004 várias sociedades incluídas no perímetro de consolidação, localizadas em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Irlanda do Norte, celebraram um contrato de securitização com a Tulip Asset Purchase Company B. V., referente à venda de créditos comerciais detidos, que pode atingir o montante de 150 000 000 euros e ter uma duração máxima de 5 anos. 16. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Outras dívidas de terceiros do balanço consolidado tinha a seguinte decomposição: 31.12.05 31.12.04 Outros devedores Adiantamentos a fornecedores Accionistas 14 175 453 829 448 2 163 548 17 168 449 12 245 372 1 008 176 18 901 127 32 154 675 Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 28) 492 122 16 676 327 2 588 307 29 566 368 30 17. OUTROS ACTIVOS CORRENTES O detalhe da rubrica Outros activos correntes do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, é o seguinte: 31.12.05 Acréscimos de Proveitos Custos Diferidos Outros 18. 31.12.04 1 386 208 3 503 054 83 818 4 973 080 2 135 806 2 749 006 916 848 5 801 660 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Estado e outros entes públicos podia decompor-se como segue: 31.12.05 Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a segurança social Outros 19. 4 059 189 10 295 174 14 993 1 169 327 15 538 683 31.12.04 4 114 487 8 699 914 11 854 1 495 856 14 322 111 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o detalhe da rubrica Caixa e equivalentes de caixa do balanço consolidado era o seguinte: 31.12.05 31.12.04 Numerário Depósitos bancários Aplicações de tesouraria Caixa e equivalentes de caixa no balanço Descobertos bancários 3 175 464 52 823 600 60 843 540 116 842 604 366 752 657 086 39 078 955 35 081 680 74 817 721 2 647 649 Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa 116 475 852 72 170 072 Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no passivo corrente do balanço consolidado, na rubrica de empréstimos bancários. O saldo de aplicações de tesouraria existente em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 era composto por aplicações de tesouraria de muito curto prazo efectuadas em bancos, com baixo risco (risco bancário) e com remuneração em linha com o mercado para aplicações de prazo e risco semelhantes. 31 20. CAPITAL SOCIAL No âmbito do processo de cisão-fusão descrito na nota 1., a Sonae Indústria, SGPS, SA (antiga Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA) efectuou um aumento de capital de 50 000 euros para 700 000 000 euros, mediante emissão de 139 990 000 acções ordinárias, ao portador, escriturais, cada uma com um valor nominal de 5 euros. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o capital social, integralmente subscrito e realizado, estava representado por 140 000 000 de acções ordinárias, sem direito a uma remuneração fixa, com o valor nominal de 5 euros cada uma. Nessa data a sociedade e suas filiais não detinham quaisquer acções próprias. A Sonae Indústria, SGPS, SA é incluída no perímetro de consolidação da Efanor Investimentos, SGPS, SA. 21. INTERESSES MINORITÁRIOS Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foram os seguintes: 31.12.05 38 906 799 - 235 893 6 318 979 48 103 - 77 195 44 960 793 Saldo Inicial Diminuição / (aumento) da percentagem de interesse em empresas consolidadas Variação resultante da conversão monetária Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários Outros Saldo final 22. 31.12.04 94 870 525 -58 560 218 103 202 2 493 290 38 906 799 EMPRÉSTIMOS Em 31de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 os empréstimos tinham o seguinte detalhe: 31.12.05 Custo Amortizado Corrente Empréstimos bancários Empréstimos obrigacionistas Credores por locações financeiras Outros empréstimos Endividamento bruto Investimentos Caixa e equiv. caixa no balanço Endividamento líquido Endividamento líquido total 83 539 248 4 476 336 1 072 734 89 088 318 Não corrente 176 146 046 381 101 414 229 326 107 182 288 664 659 074 3 041 265 116 842 604 - 30 795 551 31.12.04 Valor nominal Corrente 83 539 248 4 476 336 1 072 734 89 088 318 Não corrente 176 146 046 385 000 000 229 326 107 182 288 668 557 660 3 041 265 116 842 604 664 659 074 633 863 523 - 30 795 551 Custo Amortizado Corrente 81 813 430 23 138 966 3 852 136 13 950 417 122 754 949 Não corrente 315 089 218 78 085 302 5 134 120 141 089 683 539 398 323 5 980 187 74 817 721 668 557 660 637 762 109 41 957 041 Valor nominal Corrente 81 813 430 23 138 966 3 852 136 13 950 417 122 754 949 Não corrente 315 089 218 78 085 302 5 134 120 141 089 683 539 398 323 5 980 187 74 817 721 539 398 323 581 355 364 41 957 041 539 398 323 581 355 364 32 Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos: 31.12.05 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Após 2011 31.12.04 89 088 318 37 961 270 140 970 897 224 227 737 172 619 155 19 836 061 72 942 540 122 754 949 171 360 898 33 851 800 33 781 794 249 495 478 16 254 751 18 401 042 16 252 560 757 645 978 662 153 272 Os empréstimos referidos nos quadros anteriores não incluem empréstimos concedidos por partes relacionadas. 22.1. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Os empréstimos bancários e os descobertos bancários referidos no quadro da nota 22. encontram-se incluídos nas rubricas “Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo”, “Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo” e “Empréstimos bancários de curto prazo” do balanço consolidado e detalhavam-se à data de 31 de Dezembro de 2005 como segue: Parcela de curto prazo Sociedade Glunz AG Sonae Indústria-SGPS,SA Sonae Novobord (Pty) Ltd Sonae UK,Ltd. Tafisa Brasil, SA Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA Outros Empréstimos bancários Parcela de curto prazo 92 391 600 28 125 000 21 444 876 17 024 117 510 202 12 591 194 4 059 057 13 542 200 6 250 000 3 279 314 6 809 647 20 867 445 4 964 045 479 460 176 146 046 56 192 111 Curto prazo Descobertos bancários Total 3 289 366 751 105 933 800 34 375 000 24 724 190 23 833 764 48 354 744 17 555 239 4 908 557 26 980 386 366 751 259 685 294 26 977 097 a) Durante o exercício de 2002, a Sonae Indústria, S. G. P. S., S. A., conjuntamente com o seu principal accionista, Sonae S. G. P. S., S. A. e com a sua filial Glunz AG, celebraram um contrato de financiamento junto do Banco Europeu de Investimento, no montante total de 119 000 000 euros, utilizado na totalidade à data de 31 de Março de 2005. Este empréstimo vence juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações semestrais, sucessivas e iguais, tendo-se vencido a primeira em Junho de 2005. À data de 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo ascendia a 105 933 800 euros. No âmbito do processo de autonomização financeira da Sonae Indústria, S. G. P. S., S. A., a Sonae, S. G. P. S., S. A. ficou entretanto desvinculada deste empréstimo; 33 b) Durante o primeiro semestre de 2005 foi transferido para a Sonae Indústria, S. G. P. S., S. A. um contrato de financiamento celebrado em 2001 pela Sonae, S. G. P. S., S. A. com o Banco Europeu de Investimentos, no valor de 50 000 000 euros. Este empréstimo vence juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações semestrais consecutivas. À data de 31 de Dezembro de 2005 o valor do empréstimo totalizava 34 375 000 euros; c) A Sonae Novobord contraiu um financiamento junto do Firstrand Bank no montante total de ZAR 200 000 000. Este empréstimo vence juro a uma taxa fixa de 13,18%, pagos semestralmente, e será reembolsado em 14 prestações semestrais sucessivas e variáveis, tendo-se vencida a primeira em 30 de Junho de 2003. Em 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo ascendia a 24 724 190 euros; d) A Sonae UK celebrou um contrato de financiamento junto do Banco Europeu de Investimento, no montante total de GBP 35.000.000. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado, e será reembolsado em 15 prestações semestrais, sucessivas e iguais, tendo-se vencido a primeira em Junho de 2002. Em 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo ascendia a 23 833 763 euros; e) Durante o exercício de 2000, a Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S. A. celebrou um contrato de financiamento com o BEI no montante de 27 000 000 euros. O empréstimo vence juros semestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações semestrais consecutivas. À data de 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo era de 17 555 239 euros; f) A Tafisa Canada celebrou em exercícios anteriores um contrato de financiamento junto de um sindicato bancário, no montante total de CAD 101 200 000. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado, e foi reembolsado em 45% do capital através de 9 amortizações semestrais, tendo-se vencido a primeira em Junho de 2000, e em 55% do capital através de um único pagamento efectuado em Abril de 2005; g) Em 1999 foi contratado por um conjunto de subsidiárias da Sonae Indústria um empréstimo sindicado em regime de "revolving" no valor de até 400 milhões de euros, cujo montante disponível foi reduzido para até 300 milhões de euros em 20/12/2002, e para 100 milhões em 20/12/2004, vencendo-se na totalidade em 20/12/2006. Durante o mês de Junho de 2005, a Sociedade procedeu ao reembolso antecipado da totalidade do valor em dívida. 34 22.2. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS a) Obrigações Tafisa 98, no valor de 23 138 966 euros, que foi reembolsado na sua totalidade em Maio de 2005; b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2004, emitido em 15 de Outubro de 2004, no valor de 80 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão pagos semestralmente nos dias 15 de Abril e 15 de Outubro de cada ano; c) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março de 2005, no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de cada ano; d) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2008, emitido em 27 de Abril de 2005, no valor de 100 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 3 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 100 bps e serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano; e) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2010, emitido em 27 de Abril de 2005, no valor de 150 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 110 bps e serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano. 22.3. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição: Pagamentos mínimos de locação financeira 31.12.05 2005 2006 2007 2008 31.12.04 31.12.05 31.12.04 4 443 758 147 248 114 656 4 705 662 4 256 496 4 423 617 191 487 114 656 8 986 256 Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo prazo 4 476 336 3 852 136 Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 229 326 5 134 120 5 363 377 147 775 114 656 5 625 808 5 376 103 5 363 377 147 775 114 656 11 001 911 Valor presente dos pagamentos mínimos de locação financeira 35 22.4. OUTROS EMPRÉSTIMOS Os outros empréstimos referidos no quadro da nota 22 encontram-se incluídos no balanço consolidado, na rubrica “Outros empréstimos” do passivo corrente e do passivo não corrente, e tinham o seguinte detalhe à data de 31 de Dezembro de 2005: Outros Empréstimos Sociedade Curto Prazo Longo Prazo Operação securitização Outros 20 080 469 19 562 505 18 551 402 17 711 523 14 014 662 12 222 605 3 680 718 Tableros Tradema,S.L. Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA Isoroy SAS Glunz AG Sonae Tafibra Benelux, BV Sonae UK,Ltd. Spanboard Products,Ltd Outros 105 823 884 23. Outros 155 552 334 287 27 522 170 193 43 689 868 565 831 330 1 358 404 1 072 734 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Derivados de taxa de câmbio O Grupo utiliza derivados fundamentalmente com o objectivo de efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros e não com o objectivo de negociação. Desta forma o Grupo contratou diversos “forwards” de taxa de câmbio bem como operações de “cross currency swap” que não configuram relações perfeitas de cobertura e, portanto, não receberam tratamento de “hedge accounting”, mas que permitem mitigar de forma muito significativa o efeito das variações cambiais dos empréstimos em moeda em relação aos quais o Grupo pretende cobrir o cobrir cambial. Os ganhos e perdas associados a variações de valor dos instrumentos derivados que não receberam tratamento de “hedge accounting”, no montante de – 8 748 343 euros, foram registados directamente na demonstração de resultados, na rubrica de Resultados financeiros, na qual se encontram igualmente registadas as variações cambiais de sentido contrário dos empréstimos cujo risco cambial o Grupo pretende cobrir. Derivados de taxa de juro Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 31 de Dezembro de 2005, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” e “collars” envolvendo taxas de juro (“cash flow hedges”) contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de 36 juro de empréstimos no montante de 24 724 190 euros (24 558 397 euros em 31 de Dezembro de 2004). Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pelo Grupo com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os “swaps”, a actualização para a data do balanço dos “cash-flows” futuros do “leg” fixo do instrumento derivado e dos “cashflows” futuros do “leg” variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é determinado com base no modelo de “Black ‘76”. Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pelo Grupo na contratação destes instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes: - “Matching” entre fluxos de caixa pagos e recebidos, i.e., existe coincidência entre as datas de refixação da taxa de juro dos financiamentos contratados com o banco e as datas de refixação da taxa de juro no derivado; - “Matching” perfeito entre indexantes: o indexante de referência no instrumento financeiro de cobertura e no financiamento ao qual o derivado está subjacente são coincidentes; - Num cenário de subida extrema de taxas de juro, o custo máximo do financiamento está limitado. Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados ao seu custo, se algum existir, e subsequentemente avaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura incluída na rubrica Reservas e resultados transitados, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados. Assim sendo, o Grupo contabilizou nesta rubrica de reservas, o montante de 3 276 710 euros de perdas. Justo valor de instrumentos financeiros derivados O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue: Investimentos 31.12.05 Derivados de taxa de câmbio Derivados de taxa de juro Derivados de cobertura 31.12.04 Empréstimos 31.12.05 31.12.04 -8 748 343 -3 276 710 -12 025 053 37 24. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica “Outros passivos não correntes” pode ser detalhada como segue: 31.12.05 Estado e outros entes públicos Outros Accionistas Outras dívidas de terceiros 26 656 350 72 604 79 507 081 106 236 035 31.12.04 14 056 100 154 759 549 90 906 344 259 721 993 A rubrica Outras dívidas de terceiros não correntes inclui o valor de aproximadamente 78 670 000 euros referentes ao diferimento de proveitos com subsídios ao investimento. 25. RESPONSABILIDADES POR PENSÕES Diversas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à tabela salarial negociada anualmente. O valor actual das responsabilidades por serviços passados é avaliado anualmente através de estudos actuariais realizados com base no método “Projeted Unit Credit”. Os pressupostos actuariais utilizados foram os seguintes: África do Sul 31.12.05 31.12.04 Tábua de mortalidade Taxa de crescimento salarial Taxa de rendimento do fundo Taxa técnica actuarial Taxa de crescimento das pensões PA (90) PA (90) 5,0% 8,0% 8,0% 3,5% 5,0% 9,0% 9,0% 4,0% Alemanha 31.12.05 31.12.04 Richttafeln 1998 2,0% 4,5% 1,5% Richttafeln 1998 2,0% 5,7% 1,5% França 31.12.05 31.12.04 Portugal 31.12.05 31.12.04 TPG 1993 TPG 1993 TV 73/77 TV 73/77 2,0% 4,0% 2,0% 2,0% 4,0% 2,0% 3,0% 6,0% 4,0% 0,0% 3,0% 6,0% 4,0% 0,0% Em exercícios anteriores foram criados fundos de pensões e provisões para pensões por diversas sociedades do Grupo nos seguintes países: África do Sul: A Tafibra South Africa Ltd. dispõe do seguinte esquema de benefícios aos seus colaboradores: Plano de contributos definidos, que compreende um conjunto de activos afectos a um fundo gerido por entidade terceira. A obrigação da sociedade consiste na 38 entrega ao fundo das contribuições definidas. À data de 31 de Dezembro de 2005 não existiam contribuições devidas e não pagas ao fundo; Plano de benefícios definidos, com fundo constituído gerido por entidade terceira, calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº. 19 com base em estudos actuariais realizados por entidade independente. De acordo com um estudo actuarial efectuado em 31 de Dezembro de 2005, o valor das responsabilidades ascendia a 32 926 000 Rands (4 411 096 euros), cobertas pelo fundo com um valor de mercado de 29 298 000 rands (3 925 053 euros), e por uma provisão no montante de 3 628 000 rands (486 043 euros), incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado; Esquema de comparticipação em despesas de saúde pós reforma, segundo o qual a empresa comparticipará 50% das despesas de saúde elegíveis, realizadas após a data de reforma dos colaboradores abrangidos. A responsabilidade da empresa foi avaliada por estudo actuarial efectuado à data de 31 de Dezembro de 2005, e encontra-se coberta na totalidade por provisão no montante de 3 655 998 Rands (489 794 euros) incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado. Alemanha: A Glunz AG dispõe de um plano de benefícios definidos, sem fundo constítuido, calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em estudos actuariais levados a cabo por entidade independente. A sociedade tem registada uma provisão, incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não correntes do balanço consolidado, no valor de 20 226 196 euros, que cobre o valor das responsabilidades calculadas através de estudo actuarial reportado à data de 31 de Dezembro de 2005. França: A Isoroy SAS e a Isoroy Transformation estão obrigadas a pagar, no momento de reforma dos seus colaboradores, uma quantia definida nos termos do acordo colectivo de trabalho do sector. A responsabilidade das duas sociedades foi avaliada por estudo actuarial efectuado à data de 31 de Dezembro de 2005 e encontra-se integralmente coberta por provisão no montante de 1 769 234 euros, incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado. 39 Portugal: Diversas sociedades do grupo dispõem de um plano de benefícios definidos, com fundo constituído gerido por entidade terceira, calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em estudos actuariais levados a cabo por entidade independente. Estão abrangidos os trabalhadores de oito sociedades contratados até 31 de Dezembro de 1994 que, a partir do momento da reforma e até ao termo da vida, receberão mensalmente uma renda correspondente a 20% do seu salário à data de reforma. As responsabilidades por serviços prestados à data de 31 de Dezembro de 2005, com base num estudo actuarial reportado à mesma data, ascendiam a 1 962 835 euros, cobertas pelo valor do fundo e por provisão incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado, no valor de 1 163 593 euros e 742 815, respectivamente. O movimento ocorrido nos exercícios de 2005 e 2004 no valor presente das obrigações pode ser decomposto como segue: 31.12.05 31.12.04 Saldo inicial do valor presente das obrigações Serviço da dívida corrente Custo por serviços correntes Perdas / (Ganhos) actuariais Custos reconhecidos por serviços passados Pensões pagas Actualização cambial 25 980 562 1 548 985 477 698 3 144 097 525 769 1 562 009 124 932 28 063 407 1 651 034 448 539 - 14 525 Saldo final do valor presente das obrigações 30 240 034 25 980 562 4 167 893 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor das responsabilidades por benefícios definidos reconhecidos no balanço consolidado é como segue: 31.12.05 31.12.04 Valor presente das obrigações Perdas / (Ganhos) actuariais não reconhecidas Justo valor dos activos do fundo de pensões 30 240 034 1 171 751 5 297 773 25 980 562 -2 065 433 4 449 646 Responsabilidades por pensões 23 770 510 23 596 349 40 O impacto destas responsabilidades nas demonstrações de resultados dos exercícios de 2005 e 2004 é o seguinte: 31.12.05 Serviço da dívida corrente Custo por serviços correntes Custos reconhecidos por serviços passados Variação do justo valor nos activos do fundo Ganhos / (perdas) actuariais reconhecidas 26. 31.12.04 1 548 985 477 698 525 769 639 305 - 101 649 1 651 034 448 539 3 090 108 2 686 183 586 610 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Estado e outros entes públicos apresentava a seguinte decomposição: 31.12.05 Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a segurança social Outros 27. 8 598 252 2 828 463 7 825 568 1 884 325 21 136 608 31.12.04 6 250 204 3 272 696 8 031 660 3 680 569 21 235 129 OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Outros passivos correntes pode ser detalhada como segue: 31.12.05 Accionistas Instrumentos financeiros derivados Adiantamentos de clientes Fornecedores de imobilizado Outros credores Custos a pagar: Seguros Custos com o pessoal Encargos financeiros Descontos de quantidade Fornecimentos e serviços externos Outros Proveitos diferidos: Subsídios ao investimento Outros 31.12.04 983 195 6 792 743 181 611 15 883 230 33 081 546 9 979 794 738 277 13 384 557 29 536 835 632 031 17 366 221 3 517 003 18 653 530 8 922 036 6 827 808 468 811 18 482 104 1 719 266 23 311 906 6 831 329 6 387 674 7 232 200 261 120 073 415 8 354 784 261 119 195 598 A rubrica Outros credores inclui 12 600 000 euros de adiantamentos recebidos por conta da venda de terrenos. 41 28. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foi o seguinte: 2005 Rubricas Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 7) Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13) Perdas de imparidade acumuladas em clientes e outras dívidas de terceiros (Notas 15 e 16) Perdas de imparidade em existências (Nota 14) Provisões - - - Variação Variação Saldo inicial cambial de perímetro 52 345 667 14 434 255 17 388 549 3 009 927 23 726 803 110 905 201 - 181 572 553 199 121 940 2 809 982 3 485 121 - 22 058 - 395 785 - 599 415 Aumento 10 597 262 402 3 091 327 3 906 787 5 592 031 12 863 144 Utilização Redução 156 637 - 9 295 127 - 563 736 - 2 850 715 1 372 450 2 266 716 8 722 707 12 518 510 - 477 856 - 13 187 434 Saldo final 42 722 928 14 132 921 16 787 852 4 771 938 22 532 468 100 948 107 2004 Saldo inicial Rubricas Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 7) Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13) Perdas de imparidade acumuladas em clientes e outras dívidas de terceiros (Notas 15 e 16) Perdas de imparidade em existências (Nota 14) Provisões 52 345 788 15 056 844 19 311 012 4 070 417 26 964 591 117 748 652 Variação cambial 224 312 11 574 120 121 356 007 Variação de perímetro - 9 128 - 215 910 - 507 785 - 32 037 - 292 365 - 1 057 225 Aumento 15 963 8 909 4 016 034 2 167 491 9 999 938 16 208 335 Utilização Redução - 6 956 - 39 827 - 2 278 270 375 761 3 376 754 3 207 518 13 065 482 20 025 515 - 2 325 053 Saldo final 52 345 667 14 434 255 17 388 549 3 009 927 23 726 803 110 905 201 As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo. Os valores indicados na coluna Utilização referentes às perdas de imparidade dizem respeito ao abate do activo por contrapartida da respectiva perda de imparidade registada anteriormente. 29. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Grupo tinha prestado garantias com a seguinte finalidade: 31.12.05 Responsabilidades por garantias prestadas Por empréstimos obtidos Por subsídios ao investimento Outros 249 252 907 7 053 305 6 604 980 262 911 192 31.12.04 372 978 192 5 987 397 9 089 866 388 055 455 As garantias referidas anteriormente têm a seguinte natureza: 31.12.05 Garantias bancárias Hipotecas de Terrenos e edifícios Penhores Outras 206 624 450 33 492 500 10 929 000 11 865 243 262 911 192 31.12.04 258 446 794 85 282 400 3 990 840 40 335 421 388 055 455 42 30. LOCAÇÕES OPERACIONAIS À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o Grupo detinha contratos irrevogáveis de locação operacional cujas rendas vencem como segue: Vencíveis em 2004 Vencíveis em 2005 Vencíveis em 2006 Vencíveis em 2007 Vencíveis em 2008 Vencíveis em 2009 Vencíveis após 2009 31. 31.12.2004 31.12.2005 4 327 885 6 067 931 4 578 322 3 739 394 3 046 479 2 367 056 12 698 357 6 349 486 5 761 681 4 803 099 4 807 772 2 888 350 13 045 077 36 825 424 37 655 465 PARTES RELACIONADAS Os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue: Saldos Contas a receber Contas a pagar Empréstimos Obtidos 31.12.05 31.12.04 31.12.05 Empresa-mãe e filiais 9 726 889 18 401 818 8 318 020 Empresas associadas 800 135 5 623 971 587 Transacções Vendas e Prestações de Serviços 31.12.04 28 233 661 31.12.05 72 605 31.12.04 31.12.05 Empresa-mãe e filiais 11 133 610 16 083 436 48 343 371 Empresas associadas 669 158 9 547 1 073 732 144 201 799 31.12.04 Juros auferidos 31.12.04 58 840 942 31.12.05 222 690 31.12.04 1 709 393 5 029 31.12.04 1 650 191 30 500 Compras e Serviços Recebidos 31.12.05 Concedidos 31.12.04 100 000 Juros Suportados 31.12.05 2 664 210 31.12.04 15 973 845 163 A remuneração dos elementos do Conselho de Administração da empresa-mãe e suas subsidiárias pode ser decomposto como segue: Remuneração total fixa Remuneração total variável 2005 2004 1 344 341 1 250 764 2 595 105 1 240 916 588 121 1 829 037 43 32. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS A rubrica Outros proveitos operacionais da demonstração consolidada de resultados dos exercícios de 2005 e 2004 detalha-se como segue: 31.12.05 12 551 322 16 738 981 6 456 663 8 429 234 5 889 593 1 283 089 12 692 176 64 041 058 Ganhos na alienação de investimentos não correntes Ganhos na alienação de activos corpóreos e incorpóreos Proveitos suplementares Subsídios ao investimento Restituição de impostos Reversão de perdas por imparidade Outros 33. 31.12.04 25 485 236 8 656 486 9 963 067 9 304 454 6 069 687 7 577 403 14 675 039 81 731 372 OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS A rubrica Outros custos operacionais da demonstração consolidada de resultados dos exercícios de 2005 e 2004 tinha a seguinte decomposição: 31.12.05 11 693 868 1 688 575 3 088 392 5 322 352 21 793 187 Impostos Perdas na alienação de investimentos não correntes Perdas na alienação de activos corpóreos e incorpóreos Outros 34. 31.12.04 9 240 515 633 034 12 782 565 11 321 163 33 977 277 RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios de 2005 e 2004 têm a seguinte composição: 31.12.05 Custos e perdas: Juros suportados Descontos de pronto pagamento conced Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros Resultados financeiros Proveitos e ganhos: Juros obtidos Descontos de pronto pagamento obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Outros 31.12.04 33 887 807 15 300 847 10 870 856 15 902 101 50 734 336 15 819 506 10 265 282 10 619 410 - 44 125 073 31 836 538 - 71 714 883 15 723 651 3 265 086 2 153 661 25 817 621 600 170 31 836 538 3 360 158 2 904 703 9 323 345 135 445 15 723 651 44 35. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 são detalhados como segue: 31.12.05 Imposto corrente Imposto diferido 36. 8 387 026 19 433 518 27 820 544 31.12.04 7 188 720 9 062 356 16 251 076 RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por acção do exercício, excluindo o efeito das operações em descontinuação, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes: 31.12.05 31.12.04 36 383 591 42 580 440 36 383 591 42 580 440 140 000 000 140 000 000 140 000 000 140 000 000 Resultados Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (resultado líquido do exercício) Efeito das acções potenciais Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto) Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído Número de acções Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertíveis Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído Durante o exercício não se registaram resultados significativos referentes a operações descontinuadas. 37. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS A actividade principal do Grupo consiste na produção de painéis aglomerados de madeira e produtos derivados destes, através de instalações fabris e comerciais localizadas em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suiça, Países Baixos, Canadá, Brasil e África do Sul. Trata-se, pois, de uma actividade caracterizada por uma elevada dispersão geográfica dos activos e mercados, e por uma relativa homogeneidade de produtos. Para efeitos de análise segmental, o elemento geográfico é considerado como sendo o principal vector de segmentação da actividade do Grupo, sendo esta a forma como se encontra organizado o sistema interno de gestão e de relato financeiro ao Conselho de Administração. 45 Os segmentos geográficos identificados nos exercícios de 2005 e 2004 foram os seguintes: - Portugal - Espanha - França - Reino Unido - Alemanha - Resto da Europa - Brasil - Canadá - Africa do Sul 37.1. Segmentos geográficos Os contributos dos principais segmentos geográficos para a Demonstração de Resultados consolidada dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, tendo por base a localização dos activos, podem ser analisados como segue: 2005 Portugal Spain France Un. Kingdom Germany Rest of Europe Brazil Canada South Africa Proveitos Operacionais Proveitos Operacionais Eliminações Intersegmentais Proveitos Operacionais Externos 278 570 767 278 570 767 - 99 059 074 179 511 693 293 009 303 293 009 303 - 45 941 577 247 067 726 256 639 442 256 639 442 - 84 517 012 172 122 430 107 038 696 107 038 696 - 109 495 106 929 201 436 519 303 436 519 303 - 155 932 162 280 587 141 171 724 901 171 724 901 - 5 357 595 166 367 306 101 280 113 101 280 113 - 1 899 145 99 380 968 141 842 073 141 842 073 - 23 084 141 818 989 105 972 745 105 972 745 Resultado Operacional Imputável 14 285 075 10 353 074 - 7 675 957 - 3 159 127 13 992 009 655 195 7 393 907 17 984 188 30 313 081 105 972 745 Consolidated 1 499 758 199 84 141 445 Resultado Operacional Não Imputável 24 243 868 Resultado Financeiro - 44 125 073 Result. Relativos a empresas associadas Result. Relativos a investimentos 133 356 - 141 358 Imposto sobre o rendimento 27 820 544 Resultado Liquido Atribuível aos accionistas da empresa-mãe Atribuível a interesses minoritários 36 431 693 36 383 591 48 103 2004 Portugal Espanha França R. Unido Alemanha Resto Europa Brasil Canadá África do Sul Consolidado Proveitos Operacionais Proveitos Operacionais Eliminações Intersegmentais Proveitos Operacionais Externos 354 162 636 354 162 636 - 108 888 599 245 274 037 276 348 552 276 348 552 - 48 597 501 227 751 051 264 091 750 264 091 750 - 63 419 270 200 672 480 104 974 454 104 974 454 2 854 990 107 829 444 431 993 349 431 993 349 - 109 300 407 322 692 942 137 743 091 137 743 091 - 6 155 161 131 587 930 76 525 892 76 525 892 - 99 826 76 426 066 131 661 626 131 661 626 1 709 170 133 370 796 92 594 066 92 594 066 2 066 818 94 660 884 1 540 265 630 Resultado Operacional Imputável 25 319 430 8 926 920 1 626 548 - 2 920 895 30 577 655 893 897 8 209 769 18 778 361 20 083 730 111 495 415 Resultado Operacional Não Imputável 20 276 179 Resultado Financeiro - 71 714 883 Result. Relativos a empresas associadas Result. Relativos a investimentos 837 189 430 906 Imposto sobre o rendimento 16 251 076 Resultado Liquido Atribuível aos accionistas da empresa-mãe Atribuível a interesses minoritários 45 073 730 42 580 440 2 493 290 46 As transacções entre os diversos segmentos foram efectuadas a preços de mercado e em condições idênticas às praticadas entre entidades independentes. Os contributos dos segmentos geográficos anteriormente identificados para o balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, tendo por base a localização dos activos, podem ser analisados como segue: Portugal Activos liquidos segmentais Não correntes Correntes Investimento em associadas 233 981 407 165 215 830 68 765 577 692 040 Espanha 236 179 580 163 556 558 72 623 022 2 456 354 França Alemanha 31.12.05 Reino Brasil Unido 232 203 072 308 009 766 141 673 518 148 892 928 162 135 196 245 491 913 106 594 251 116 035 910 70 067 876 62 517 853 35 079 267 32 857 018 Canadá África do Sul 170 708 801 99 909 014 147 143 495 67 782 319 23 565 306 32 126 695 Outros Consolidado 18 260 272 1 589 818 358 621 146 1 174 576 618 17 639 126 415 241 740 3 148 394 Activos liquidos não imputados 209 582 138 Activos líquidos totais consolidados Passivos segmentais Não correntes Correntes 1 802 548 890 46 141 456 3 896 211 42 245 245 76 493 857 23 882 252 52 611 605 70 335 974 131 357 630 9 600 238 68 982 985 60 735 736 62 374 645 22 678 259 5 565 665 17 112 594 36 016 926 24 481 958 11 534 968 19 720 839 20 437 663 0 975 837 19 720 839 19 461 826 2 555 558 0 2 555 558 Passivos não imputados 848 315 161 Passivos totais consolidados Investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo Amortizações do exercício 425 738 162 137 385 146 288 353 016 1 274 053 323 3 554 681 4 370 139 6 563 859 5 824 289 10 596 362 1 112 792 6 620 100 2 287 324 61 849 40 991 395 17 386 341 15 940 057 13 847 854 21 767 425 8 257 730 8 169 637 11 905 997 4 421 085 131 666 101 827 792 31.12.04 Portugal Activos liquidos segmentais Não correntes Correntes Investimento em associadas 219 083 949 155 274 030 63 809 919 620 429 Espanha 283 463 021 209 113 835 74 349 186 2 294 607 França Alemanha Reino Unido Brasil 241 633 871 336 494 245 131 247 281 168 215 058 269 480 581 101 625 461 73 418 813 67 013 664 29 621 820 117 261 404 93 769 450 23 491 954 Canadá 149 106 665 127 813 966 21 292 699 África do Sul 102 384 112 68 330 036 34 054 076 Outros Consolidado 16 612 330 1 597 286 878 761 953 1 194 384 370 15 850 377 402 902 508 2 915 036 Activos liquidos não imputados 186 953 256 Activos líquidos totais consolidados Passivos segmentais Não correntes Correntes 1 787 155 170 45 756 896 3 393 138 42 363 758 82 467 781 26 940 365 55 527 416 70 522 009 132 036 341 10 952 677 70 550 607 59 569 332 61 485 734 22 330 137 5 818 119 16 512 018 27 379 140 16 416 962 10 962 178 17 129 047 0 17 129 047 18 395 625 1 397 382 16 998 243 4 023 866 382 064 3 641 802 Passivos não imputados 420 040 842 135 851 314 284 189 528 896 900 318 Passivos totais consolidados 1 316 941 160 Investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo 30 192 500 5 050 004 5 128 801 1 433 221 1 091 129 768 808 3 856 771 1 480 048 270 952 49 272 234 Amortizações do exercício 25 570 321 15 692 860 13 297 704 22 744 343 8 340 918 6 708 781 10 985 869 4 215 364 131 340 107 687 500 O número médio de trabalhadores, por localização geográfica, é detalhado como segue: 31.12.05 Portugal Alemanha França Espanha África do Sul Canadá Brasil Reino Unido Outros 1 090 1 135 881 828 391 323 320 302 38 5,308 31.12.04 1 726 1 247 933 886 415 324 317 299 38 6,185 47 As vendas e prestações de serviços dos exercícios de 2005 e 2004, com base na localização geográfica dos clientes externos, podem detalhar-se da seguinte forma: 2005 Segmento Mil Euros ALEMANHA ESPANHA FRANÇA PORTUGAL ÁFRICA DO SUL REINO UNIDO BRASIL AMÉRICA DO NORTE OUTROS 248 419 240 703 168 189 115 694 103 983 90 054 87 971 68 110 341 897 TOTAL 1 465 020 17% 16% 11% 8% 7% 6% 6% 5% 23% 2004 Segmento Mil Euros ALEMANHA ESPANHA FRANÇA AMÉRICA DO NORTE REINO UNIDO ÁFRICA DO SUL PORTUGAL BRASIL OUTROS 290 719 276 131 189 946 164 879 100 633 100 584 89 633 65 680 213 934 TOTAL 1 492 139 19% 19% 13% 11% 7% 7% 6% 4% 14% Os fluxos de caixa por segmento geográfico, atendendo à localização geográfica dos activos, podem ser apresentados como segue: 31.12.05 Fluxos de caixa de: Actividades operacionais Actividades de investimento Actividades de financiamento Variação de Caixa e Equivalentes de Caixa Portugal Espanha França Alemanha Reino Unido Brasil Canadá África do Sul 24 915 901 - 311 220 739 276 619 750 - 9 685 088 30 490 584 80 955 787 - 71 513 157 39 933 214 22 199 583 - 13 737 369 - 7 515 076 947 138 27 065 914 13 653 446 - 42 714 032 - 1 994 672 - 913 972 - 9 237 217 15 332 577 5 181 388 20 030 614 - 813 200 - 17 765 711 1 451 703 28 812 944 - 13 640 878 - 18 369 653 - 3 197 587 34 676 384 - 30 628 616 5 517 592 9 565 360 Eliminações inter- Consolidado segmento 1 294 369 - 16 075 320 172 497 001 41 770 882 234 485 311 - 8 412 593 - 42 063 817 - 219 936 525 - 122 408 052 1 001 434 - 1 526 534 41 676 356 Outros 31.12.04 Fluxos de caixa de: Actividades operacionais Actividades de investimento Actividades de financiamento Variação de Caixa e Equivalentes de Caixa Portugal Espanha França Alemanha Reino Unido Brasil Canadá África do Sul 150 418 001 - 214 082 061 100 633 258 36 969 198 - 53 183 500 - 21 254 664 84 334 249 9 896 085 14 408 337 49 938 383 - 66 068 581 - 1 721 861 3 870 649 - 12 719 799 4 603 548 - 4 245 602 6 905 941 - 244 682 - 9 188 018 - 2 526 759 20 341 376 - 510 865 - 19 554 358 276 153 37 835 590 - 27 813 053 - 2 776 836 7 245 701 27 281 516 - 883 091 - 23 833 728 2 564 697 Eliminações inter- Consolidado segmento - 4 156 722 - 72 678 532 131 042 656 - 13 975 809 263 822 267 22 276 626 19 019 301 - 190 726 461 - 103 557 626 886 770 417 274 49 761 656 Outros 48 37.2. Segmentos de negócio Em 31 de Dezembro de 2005, os contributos dos segmentos de negócio identificados para o rédito consolidado, activos líquidos consolidados e investimento consolidado, era o seguinte: Derivados de Outros madeira segmentos Total Réditos 1 369 552 434 92% 122 587 037 8% 1 492 139 471 Activo líquido 1 703 354 159 95% 83 801 011 5% 1 787 155 170 Investimento em imobilizado corpóreo e incor 38 813 735 79% 10 458 499 21% 49 272 234 Na sequência da alienação da Imocapital, SGPS, SA, em Dezembro de 2004, e consequente saída do negócio de derivados de papel do perímetro de consolidação, o segmento de negócios principal do Grupo, que consiste no fabrico de produtos derivados de madeira, passou a representar a quase totalidade do rédito consolidado, dos activos líquidos consolidados e do investimento consolidado. 38. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pela Comissão Executiva por delegação de poderes do Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 10 de Março de 2006. 39. PRIMEIRA APLICAÇÃO DOS “INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS” O Grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards – IFRS) em 2005, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – First-Time Adoption of International Financial Reporting Standards”, sendo a data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004. O efeito, nos Balanços em 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004, da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor em 31 de Dezembro de 2004 pode ser detalhada como segue: 49 01.01.2004 POC 31.12.2004 Ajustamentos de Ajustamentos de conversão para conversão para IFRS IFRS POC IFRS IFRS ACTIVOS NÃO CORRENTES: Imobilizações corpóreas e incorpóreas 1 411 124 225 Diferenças de consolidação - 108 164 835 1 302 959 390 45 577 013 45 577 013 1 169 637 656 - 21 579 927 1 148 057 729 45 269 818 45 269 819 Investimentos 10 986 045 - 7 192 107 3 793 938 14 211 619 - 4 691 854 9 519 766 Impostos diferidos activos 67 594 595 - 931 665 66 662 930 60 488 971 5 829 107 66 318 079 Outros activos não correntes Total de activos não correntes 941 661 10 552 347 11 494 008 926 615 202 962 1 129 578 1 490 646 526 - 60 159 247 1 430 487 279 1 245 264 861 25 030 106 1 270 294 972 ACTIVOS CORRENTES: Existências 183 941 058 - 11 306 155 172 634 903 159 577 295 - 565 992 159 011 303 Outros activos correntes 323 442 898 - 44 098 469 279 344 429 157 812 702 119 238 285 277 050 987 Investimentos Caixa e equivalentes de caixa Total de activos correntes Total do activo 9 027 887 - 1 878 285 7 149 602 41 061 866 - 35 081 679 5 980 187 46 711 736 - 2 649 548 44 062 188 39 684 453 35 133 268 74 817 721 563 123 579 - 59 932 457 503 191 122 398 136 316 118 723 882 516 860 198 2 053 770 105 - 120 091 704 1 933 678 401 1 643 401 177 143 753 988 1 787 155 170 PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obtidos 389 626 932 - 556 591 389 070 341 393 294 024 146 104 298 539 398 323 Outros passivos não correntes 434 614 579 79 140 127 513 754 706 175 038 076 108 280 265 283 318 342 Impostos diferidos passivos 30 552 206 - 5 661 197 24 891 009 27 934 725 4 192 980 32 127 706 Provisões 37 614 255 - 22 349 651 15 264 604 37 262 270 - 23 301 057 13 961 213 892 407 972 50 572 688 942 980 660 633 529 095 235 276 486 868 805 584 Total de passivos não correntes PASSIVO CORRENTE: Empréstimos obtidos 328 825 867 - 5 098 495 323 727 372 119 538 217 3 216 733 122 754 949 Outros passivos correntes 460 512 527 - 99 151 163 361 361 364 434 001 763 - 118 386 726 315 615 037 Provisões Total de passivos correntes Total dos activos líquidos 19 699 448 - 7 999 461 11 699 987 9 546 439 219 150 9 765 590 809 037 842 - 112 249 119 696 788 723 563 086 419 - 114 950 843 448 135 576 352 324 291 - 58 415 273 293 909 018 446 785 663 23 428 346 470 214 010 500 000 000 700 000 000 - 316 389 954 15 428 448 - 300 961 506 - 323 639 403 12 366 173 - 311 273 229 29 213 582 13 366 858 42 580 440 168 714 245 - 73 843 721 94 870 524 41 211 484 - 2 304 685 38 906 799 352 324 291 - 58 415 273 293 909 018 446 785 663 23 428 346 470 214 010 CAPITAL PRÓPRIO: Capital social 500 000 000 Reservas e Resultados Transitados Resultados Líquidos Interesses minoritários Total do capital próprio 700 000 000 Nas datas de 01.01.2004 e 31.12.2004, os principais impactos da mudança para as Normas Internacionais de Relato Financeiro são os seguintes: Reposição de “Goodwill” O Grupo Sonae Indústria, em linha com o disposto no normativo IFRS, passa a registar as diferenças de consolidação como um activo, não amortizável, e sujeito a testes de imparidade anuais. As diferenças de consolidação originadas na aquisição de filiais, empresas controladas conjuntamente e associadas estrangeiras foram alocadas a essas unidades, sendo como tal registadas na moeda funcional dessas filiais e convertidas para a moeda de reporte do Grupo à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica de reservas de conversão cambial, incluída na rubrica Reservas e resultados transitados do balanço consolidado. 50 Este procedimento difere da prática que o Grupo Sonae Indústria adoptou desde 2001, que consistiu na anulação das diferenças de consolidação por contrapartida de reservas, uma abordagem diferente da preconizada pelo POC, tal como mencionado nas demonstrações financeiras anteriormente apresentadas. As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos e passivos não aceites pelos IFRS (nomeadamente activos incorpóreos) e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em resultados transitados, conforme IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente registadas em resultados transitados (IFRS 1). A 31 de Dezembro de 2004, o efeito é de 45,3 milhões de euros no Activo e nos Capitais Próprios (45,6 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004). Imobilizado incorpóreo Os activos incorpóreos são registados ao custo de aquisição, deduzidos das amortizações e de perdas por imparidade acumuladas. A 31 de Dezembro de 2004 foram anulados, por contrapartida de resultados transitados, todos os activos incorpóreos que não cumprem os critérios de reconhecimento do normativo IFRS, no valor de 18,2 milhões de euros (29,6 milhões de euros em 1 de Janeiro de 1004). Os activos incorpóreos registados durante o exercício de 2004 no normativo POC, foram transferidos para a correspondente rubrica de custos (0,2 milhões de euros). Imobilizado corpóreo No âmbito das demonstrações financeiras consolidadas POC, o Grupo Sonae Indústria havia procedido ao registo, na rubrica de Imobilizações Corpóreas, de custos de ineficiência incorridos no arranque de diversas unidades produtivas. Dado este procedimento não ser possível no contexto das IFRS, procedeu-se ao desreconhecimento destes valores do activo tangível e consequente registo na rubrica de Resultados Transitados, o que provocou, a 31 de Dezembro de 2004, uma diminuição do Activo e dos Capitais Próprios de 3,8 milhões de euros (5,5,milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004). Inclusão de empresas anteriormente excluídas Dado que em IFRS todas as empresas devem ser incluídas na consolidação, é apresentado em separado o efeito da inclusão de empresas que no normativo POC estavam excluídas da consolidação, na maioria dos casos por imaterialidade. 51 A 31 de Dezembro de 2004, o efeito é de um aumento de 0,5 milhões de euros no Activo (3,9 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004), de um aumento de 1,1 milhões de euros no Passivo (8,1 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004) e de uma diminuição de 0,7 milhões de euros nos Capitais Próprios (4,2 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004). Método de consolidação proporcional As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente passaram a ser incluídas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis das empresas controladas conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como diferença de consolidação. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre essas empresas e empresas do Grupo são eliminados na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base em acordos parassociais que regulam o controlo conjunto. A 31 de Dezembro de 2004 efectuou-se a saída do perímetro de consolidação das empresas controladas conjuntamente, pelo que o efeito no balanço consolidado a esta data é inexistente (a 1 de Janeiro de 2004, a aplicação do método de consolidação proporcional provocou uma diminuição do Activo total, do Passivo total e dos Capitais Próprios de 157,9 milhões de euros, 92,2 milhões de euros e 65,7 milhões de euros, respectivamente). O detalhe dos ajustamentos efectuados com efeitos em capital próprio reportados a 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004 para efeito de conversão para as Normas Internacionais de Relato Financeiro é como segue: Ajustamentos de conversão para IFRS 01.01.04 31.12.04 Reposição no activo do valor líquido das diferenças de consolidação anuladas por reservas, líquidas de perdas de imparidade 45 577 013 45 269 819 - 29 611 033 - 18 227 092 Abate de imobilizações corpóreas - 5 495 708 - 3 832 659 Inclusão de empresas anteriormente excluídas - 4 209 404 - 695 841 Abate de imobilizações incorpóreas Método de consolidação proporcional Outros Total dos ajustamentos de conversão para IFRS Efeito no resultado líquido do exercício - 65 720 467 1 044 326 914 118 - 58 415 273 23 428 345 13 366 858 52 Extracto da Acta da Assembleia Geral de Accionistas Certificação Legal de Contas Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Fiscal Único (Demonstrações financeiras consolidadas)