Relatório e Contas

Transcrição

Relatório e Contas
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A.
Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia
Matriculada na C.R.C. da Maia sob o nº 57 048
Capital Social: 700 000 000 euros
Pessoa Colectiva nº 506 035 034
Sociedade Aberta
Relatório e Contas
Exercício de 2005
10 de Março de 2006
Relatório de Gestão
Índice
Preâmbulo
A Sonae Indústria em números
Informação Financeira
Informação Operacional
Carta do Presidente
Organização
Sinopse da História da Sonae Indústria
Alterações Organizacionais
O Processo de Cisão
Actividade Sectorial
Evolução das Capacidades por Área Geográfica
Península Ibérica
França
Alemanha
Reino Unido
Canadá e Estados Unidos da América
Brasil
África do Sul
Actividade Operacional
Península Ibérica
Europa Central - Alemanha, França e Reino Unido
Resto do Mundo - Canadá, Brasil e África do Sul
Actividade Financeira
Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA
Acções Próprias
Proposta de Aplicação de Resultados
Eventos Subsequentes ao Termo do Exercício
Perspectivas
Política de Dividendos
Agradecimentos
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Preâmbulo
No dia 15 de Dezembro de 2005, a Sonae SGPS cindiu 126.510.092 acções,
representativas de 90,36% do capital social da Sonae Indústria, as quais foram fundidas
numa empresa instrumental, a Sonae 3P. A totalidade do capital social da Sonae Indústria,
incluindo as acções cindidas e as retidas, ambas detidas pela Sonae SGPS, assim como as
acções detidas por accionistas externos, foram incorporadas no capital social da empresa
instrumental. Com a conclusão do processo de fusão, a «antiga» Sonae Indústria deixou de
existir e a empresa instrumental, a Sonae 3P, foi redominada de «nova» Sonae Indústria.
Embora a «nova» Sonae Indústria seja uma entidade legal diferente, na prática, não é mais
do que uma sucessora da empresa anterior, uma vez que não ocorreram alterações nem na
composição do negócio, nem na actividade operacional, nem no sistema de governação.
Por conseguinte, o presente Relatório e Contas apresenta as actividades consolidadas do
grupo Sonae Indústria em 2005, comparando-as com 2004, como se não tivesse ocorrido
nenhuma alteração na entidade legal.
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A Sonae Indústria em números
Informação Financeira
K Euros
1.600
K Euros
Volume de Negócios
Contas IAS, proforma, não auditadas
EBITDA
239
Contas IAS, proforma, não auditadas
250
1.492
1.500
1.410
1.400
200
1.375
1.465
1.339
150
1.404
1.300
144
139
2002
2003
206
208
2004
2005
88
100
1.200
50
1.100
0
0
1.000
2001
2002
2003
VN com Gescartão
2004
2001
2005
EBITDA com Gescartão
TVN sem Gescartão
K Euros
EBITDA sem Gescartão
Resultados Líquidos após Interesses Minoritários
Contas IAS proforma, não auditadas
43
50
36
0
22
0
2001
2002
-98
-95
2003
2004
2005
-50
-100
-150
-200
-185
Resultados Líquidos com Gescartão
Resultados Líquidos sem Gescartão
Endividamento Líquido / EBITDA
R ác i o de A l a v a nc a g e m Fi na nc e i r a
14,0 x
400%
300%
321% 321%
183% 183%
13,3 x 13,3 x
12,0 x
228% 228%
10,0 x
200%
120%
154%
154%
97%
100%
7,8 x 7,8 x
8,0 x
6,8 x 6,8 x
6,0 x
0%
4,0 x
2001
2002
2003
2004
2005
2,7 x
3,5 x
2,5 x
3,0 x
2,0 x
0,0 x
Ráci o de Al avancagemFi nancei r a, excl ui ndo a secur i ti zação
Ráci o de Al avancagemFi nancei r a, i ncl ui ndo a secur i ti zação
2001
2002
Endividamento líquido / EBITDA
2003
2004
2005
Endividamento Líquido / EBITDA incluindo securitização
Informação Operacional
Volumes produzidos por mercado de
origem 2005
Volume de Negócios por mercado de
origem 2005
Península Ibérica
25%
Península Ibérica
28%
Europa Central
52%
Resto do Mundo
23%
Resto do Mundo
23%
Europa Central
49%
Resto do Mundo : Canadá, Brasil, África do Sul
Vendas por produto 2005
Europa Central: Alemanha, França, Reino Unido
Volum e de Negócios por m ercado
2005
Outr os
3%
Rev . mel ami na
OSB
27%
8%
Resto do Mundo
26%
HB
Penínsul a Ibér i ca
24%
1%
T &G / CT S
13%
M DF
20%
Fl oor i ng
3%
Component es
A gl omer ado
20%
2%
Rev . f ol ha de
Out r os
madei r a
4%
2%
Resto da Eur opa
11%
Eur opa Centr al
36%
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Carta do Presidente
2005 foi um ano de consolidação do desempenho da Sonae Indústria: o Volume de
Negócios cresceu 4%, para 1.465 milhões de euros, o EBITDA aumentou 1%, atingindo 208
milhões de euros e os Resultados Líquidos cifraram-se em 36 milhões de euros, um valor
67% superior ao de 2004, numa base comparável.
Em termos gerais, o desempenho da Sonae Indústria foi positivo em todas as áreas
geográficas, assistindo-se a uma melhoria nos preços médios e vendas na maior parte dos
países. Foram envidados esforços no sentido de fortalecer o nosso mercado, através do
lançamento de produtos de valor acrescentado e da melhoria do mix de produtos. Contudo,
comparando com o ano anterior, o ritmo de crescimento do sector nos aglomerados de
partículas, MDF e OSB abrandou e o aumento da rentabilidade dos mercados da Europa
Central provou ser um grande desafio.
Assistimos a uma forte consolidação nalguns dos nossos mercados principais, a saber: a
aquisição do grupo alemão Kunz pela Pfleiderer e a venda das duas fábricas francesas da
Weyerhäuser à Finsa (fabricante espanhol). O mercado norte-americano testemunhou uma
forte actividade de fusões e aquisições; os grupos mais importantes concentraram-se nos
seus negócios nucleares, anunciando o desinvestmento nas suas operações de aglomerado
de partículas e MDF. Estas movimentações indiciam um ambiente competitivo mais racional
e uma menor volatilidade de preços.
Através do aumento da rentabilidade, da geração de free cash-flow e do fortalecimento do
balanço, registado no final de Junho de 2005, a Sonae Indústria reunia condições, para dar
início ao processo de cisão da Sonae SGPS. O registo final desta operação foi efectuado
em Dezembro, resultando no aumento do free-float para 42,06%, tendo a participação da
Sonae SGPS na Sonae Indústria decrescido para 6,68%, detendo, actualmente, a Efanor (o
accionista de referência da Sonae SGPS) uma participação de 51,28%.
Ao longo de 2005, a Sonae Indústria reforçou a sua estratégia, de modo a:
•
•
•
tornar-se num fabricante multi-regional de painéis derivados de madeira;
concentrar-se na inovação e na melhoria contínua do desempenho operacional;
crescer, mantendo um balanço forte.
... e as directrizes estratégias definidas foram orientadas, por forma a aumentar a
rentabilidade da Sonae Indústria nos mercados onde já opera:
•
•
•
Proteger a nossa quota de mercado e a rentabilidade na Península Ibérica;
Aumentar a rentabilidade e fortalecer a nossa posição no mercado na Europa
Central, uma vez que a consolidação neste mercado é um factor-chave;
Crescer nos nossos mercados mais rentáveis.
Durante 2005 e na prossecução da nossa estratégica para a Europa Central, anunciámos
um acordo de joint-venture com a Tarkett AG, no sentido de construir, na Alemanha, uma
fábrica para a produção integrada de flooring laminado. Por forma a manter a quota de
mercado e a rentabilidade na África do Sul, foi aprovada a construção de uma nova linha de
produção de aglomerados de partículas na fábrica de White River, a qual irá permitir que
possamos beneficiar da continuação do crescimento previsto para este mercado.
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O crescimento sustentável é um factor crítico de sucesso para a Sonae Indústria. Em Julho
de 2005, o Conselho de Administração aprovou directrizes estratégicas globais, com ênfase
nos temas relacionados com a higiene e segurança e a eco-eficiência. Estas duas áreas
serão catalizadoras da gestão da sustentabilidade dentro do grupo.
Enquanto empresa global, com operações multinacionais e multiculturais, o nosso sucesso
conta com o compromisso dos colaboradores em adoptarem a visão da Sonae Indústria e
com a capacidade de partilharmos internamente as melhores práticas e experiências.
Gostaria de agradecer a toda a equipa a dedicação e o empenho incansáveis, o que
contribuiu, de forma inestimável, para o sucesso da nossa actividade.
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Organização
A Sonae Indústria é líder mundial no sector da produção de painéis derivados de madeira.
O grupo fabrica uma vasta gama de produtos, desde o painel cru até aos produtos de valor
acrescentado: aglomerado de partículas, MDF, OSB, hardboard (painéis de fibras duros),
flooring laminado, painéis revestidos a melamina, painéis revestidos a folha de madeira e
termolaminados decorativos de alta pressão, para além de sistemas para a construção civil,
soluções para mobiliário e decoração. O objectivo da Sonae Indústria é marcar a diferença,
aumentando as receitas e a rentabilidade, através de um posicionamento focado no
aumento da oferta de produtos de valor acrescentado nalguns dos seus mercados
principais.
Para além da produção, o grupo desenvolve actividades comerciais relevantes nos
mercados de exportação, que contribuem para o fortalecimento da sua posição mundial.
A Sonae Indústria tem 33 unidades industriais, com uma capacidade total de produção de
7,6 milhões de m3 por ano.
Capacidade produtiva por área geográfica
(painel cru)
Reino Unido
7%
França
18%
Capacidade produtiva por produto
(painel cru)
Canadá
11%
MDF
26%
Brasil
8%
C ap acid ad e T o t al
7,6 milhões m3
p o r ano
África do Sul
4%
C ap acid ad e T o t al
7,6 milhões m3
p o r ano
Aglomerado
65%
Alemanha
28%
OSB
8%
HB
1%
Península
Ibérica
24%
Em 2005, o grupo Sonae Indústria atingiu um volume de negócios de 1.465 milhões de
euros, sendo que mais de 70% foi registado na Europa.
Volume de Negócios por Mercado 2005
Outros
3%
Resto do Mundo
26%
Peninsula Ibérica
24%
Resto da Europa
11%
Europa Central
36%
Por razões que se prendem com a gestão de informação, o grupo está organizado em três
áreas geográficas: Península Ibérica, Europa Central e o Resto do Mundo. Implementou-se
uma estrutura centralizada na sede do grupo, na Maia, responsável por todas as funções
corporativas e por fornecer ao grupo serviços partilhados, tais como: gestão financeira e de
tesouraria, contabilidade geral, planeamento e controlo de gestão, aproveitando, deste
modo, um nível significativo de sinergias.
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Sinopse da história da Sonae Indústria
A história da Sonae Indústria está directamente relacionada com a do grupo Sonae, o maior
grupo não-financeiro, privado, em Portugal. As suas actividades principais incluem as áreas
de: distribuição, telecomunicações, turismo, desenvolvimento e gestão de centros
comerciais e, até finais de 2005, antes do processo de cisão da Sonae Indústria, o negócio
dos painéis derivados de madeira.
A Sonae Indústria iniciou actividade em 1959, com uma pequena fábrica para produção
termolaminados decorativos, localizada na Maia, onde ainda hoje se situa a sede
empresa. Nas décadas seguintes, a Sociedade cresceu organicamente e através
aquisições, tornando-se numa das empresas-líder do sector dos painéis derivados
madeira:
de
da
de
de
Marcos Principais
1959
Constituição da Sonae (Sociedade Nacional de Estratificados de Madeira), para a produção
de termolaminados decorativos.
1971
Aquisição de uma participação de 50% do capital social da Novopan – empresa produtora
de aglomerados de partículas em Portugal.
1975
Início da produção de resinas.
1984
Aquisição e modernização da Agloma – o maior produtor nacional.
1987
1993
Consolidação da liderança em Portugal, com a aquisição da Siaf e da Paivopan.
Início da internacionalização, com a aquisição da Spanboard na Irlanda do Norte.
Aquisição de uma participação de 24,9% na Tafisa (aumentada gradualmente até 94% em
2004) – um dos maiores grupos espanhóis de painéis derivados de madeira, com unidades
industriais em Espanha e Canadá.
…
Período de investimento em unidades fabris, construídas de raíz, no Brasil, África do Sul e
Reino Unido.
1998
Aquisição da Glunz, um produtor alemão, com uma posição relevante no mercado alemão
e francês (Isoroy).
2000
Consolidação da posição na África do Sul, com a aquisição dos activos da produção de
painéis derivados de madeira da Sappi.
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Alterações organizativas
Em 23 de Setembro de 2005, a Sonae SGPS anunciou que o Conselho de Administração
tinha aprovado a cisão da Sonae Indústria da Sonae SGPS, o que implicou uma alteração
significativa da estrutura accionista:
Nova estrutura (a partir de 15 de Dezembro de 2005)
EFANOR
56,35%
97.02%
Sonae SGPS
98.06%
Portugal
50%
98,06%
Modelo
Continente
51,28%
Sonae
Sierra
Centros Comerciais
Retalho Alimentar
Retalho Especializado
0,71%
(1)
0,71%
Sonae Indústria
Brazil
66,73%
Sonaecom
Telecomunicações
100%
100%
Sonae
Capital
Serviços
5,9%
91,16%
Tafisa
100%
SIR
Derivados de
Madeira
O Processo de Cisão
A Sonae SGPS cindiu 93% da sua participação na Sonae Indústria (representando
90,36% do capital social da Sonae Indústria), pelo seu valor contabilístico (756 milhões
de euros), para assegurar a neutralidade fiscal para os accionistas, incluindo a Sonae
SGPS;
As acções cindidas foram fundidas numa empresa instrumental denominada Sonae 3P –
Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA e as acções da Sonae 3P foram atribuídas aos
accionistas da «antiga» Sonae Indústria SGPS e aos accionistas da Sonae SGPS.
Simultanemente, a Sonae Indústria foi fundida na Sonae 3P. A «antiga» Sonae Indústria
foi extinta e os anteriores accionistas da Sonae Indústria receberam, em troca, acções da
Sonae 3P;
Os accionistas da «antiga» Sonae Indústria receberam uma acção da Sonae 3P por cada
acção detida e os accionistas da Sonae SGPS receberam 0,0677966103 acções da
Sonae 3P por cada acção detida da Sonae SGPS. Durante a primeira semana de
Janeiro, decorreu um período de transacção de direitos;
A composição do Conselho de Administração da Sonae 3P permaneceu inalterável em
relação ao da «antiga» Sonae Indústria e a Sonae 3P foi redenominada «nova» Sonae
Indústria, SGPS,SA;
As acções da «nova» Sonae Indústria (ex-Sonae 3P), que foram atribuídas aos
accionistas da «antiga» Sonae Indústria, foram cotadas na Euronext Lisbon, a 27 de
Dezembro de 2005. As acções atribuídas aos detentores de direitos de cisão foram
cotadas a 20 de Janeiro.
Os efeitos principais do processo de cisão foram, por um lado, o facto da Sonae Indústria se
ter tornado numa entidade autónoma em relação ao grupo Sonae e, por outro, ter
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aumentado a sua visibilidade perante os mercados de capitais, resultante da alteração
significativa do seu free-float, o qual passou de menos de 3% para mais de 42%.
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Actividade sectorial
A retoma do sector europeu de painéis derivados de madeira, iniciada no final de 2003 e
consolidada em 2004, abrandou no início de 2005, o que contribuiu para níveis de procura e
produção inferiores aos previstos. Contudo, o desempenho foi ligeiramente diferente para as
três categorias dos principais produtos.
A EPF - European Panel Federation (Federação Europeia de Painéis) estima que a
produção de aglomerado de partículas em 2005, em termos globais, decaiu 1,5%, enquanto
que o consumo decresceu 4%. Apesar da descida em relação a 2004, os valores registados
na produção e na procura são superiores aos atingidos em 2003.
O início de 2005 foi muito diferente para o mercado europeu de MDF, com a produção, no
primeiro trimestre, a crescer mais do que 6%, apesar da procura interna não ter atingido as
expectativas dos produtores, o que, no segundo trimestre, implicou um ajuste do nível da
produção. Apesar disso, no segundo semestre, assistiu-se à retoma da procura estrangeira,
que veio compensar a fraca procura nos mercados nacionais. Em 2005, estima-se que a
produção total tenha aumentado 3%, para um total superior a 13 milhões m³.
A produção de OSB abandonou as taxas de crescimento com dois dígitos, registadas nos
anos anteriores, tendo aumentado apenas 3% em 2005, ultrapassando o nível dos 3 milhões
de m³. Esta tendência decrescente na procura europeia foi mais do que compensada pelo
bom desempenho dos mercados de exportação, especialmente para a América do Norte,
onde o consumo de OSB foi impulsionado pelo mercado habitacional. Na República Checa,
o primeiro investimento numa nova fábrica de OSB, ocorrido depois de 2001, iniciou a sua
actividade.
Do lado da procura, o sector europeu de painéis derivados de madeira está a ser afectado
pelo fraco desempenho das indústrias de mobiliário e construção. A nível mundial, a
indústria do mobiliário está a passar por mudanças estruturais, sendo que a Europa não é
excepção. O rápido desenvolvimento da produção de mobiliário nas economias emergentes,
especialmente na China e no Sudeste Asiático, a deslocalização da capacidade produtiva
para áreas geográficas com custos de produção inferiores e a desaceleração do consumo
privado nas principais economias da Europa Ocidental está a influenciar negativamente a
produção de mobiliário na Europa. Para além disso, a imposição de medidas anti-dumping
pelos Estados Unidos em relação a mobiliário de madeira importado da China, Europa e
Canadá, tornaram-se nos alvos principais das exportações chinesas, que alteraram a
produção de mobiliário de baixa qualidade e preço, para mobiliário de qualidade superior.
Este ano mostrou-se igualmente problemático para a indústria europeia da construção e, em
Novembro de 2005, a Euroconstruct (uma associação de institutos europeus da construção)
reviu em baixa a estimativa para o crescimento desta actividade, de 2,2% para 1,3%,
sobretudo devido à evolução do sector, mais fraca do que era esperado, em quatro
economias relevantes: Alemanha, Itália, Reino Unido e França. A construção em países da
Europa Ocidental registou apenas crescimentos ligeiros, enquanto que as economias da
Europa Central e de Leste se revelaram claramente mais sólidas.
A indústria europeia dos painéis derivados de madeira está a ser fortemente afectada pelo
aumento generalizado dos custos de produção, devido ao impacto do preço-recorde do
petróleo nos custos da energia, resinas e transporte. A situação dos custos da madeira
também é negativa, tendo aqueles aumentado quase 20%, desde 2002, antes de mais,
devido à concorrência crescente da indústria de energia a partir de biomassa. No
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seguimento das preocupações apresentadas pelos produtores de painéis derivados de
madeira sobre este tema, a Comissão Europeia decidiu rever o impacto, nas indústrias da
fileira florestal, da utilização de madeira e de resíduos de madeira para a produção de
energia.
A fraca procura interna foi responsável pela inversão da evolução ascendente, registada
ano transacto, dos preços dos painéis derivados de madeira na Europa. Enquanto que
preços do aglomerado de partículas registaram apenas uma ligeira queda, os do MDF e
OSB apresentaram uma redução significativa. O esforço para aumentar os custos
produção e diminuir os preços afectou a rentabilidade dos produtores.
no
os
do
da
O desafio desta envolvente funciona como uma pressão adicional para a consolidação do
sector dos painéis derivados de madeira.
Na América do Norte, em 2005, registou-se uma forte actividade nos principais mercados de
consumidores finais de produtos derivados de madeira, impulsionada pelo crescimento
constante da construção, reparação e renovação residencial. As excepções a esta tendência
surgiram dos mercados de construção industrial e não-residencial, que apresentaram,
respectivamente, crescimentos inferior e descendente. A indústria do mobiliário continua a
ser confrontada com o desafio da forte importação, sobretudo proveniente da Ásia, que tira
partido das moedas locais menos valorizadas, dos baixos custos de produção e das fábricas
chinesas equipadas com tecnologia de ponta.
No que respeita aos painéis para fins estruturais, a produção norte-americana apresentou
um crescimento moderado, dado que a forte procura foi satisfeita, sobretudo, pelas
importações de OSB, provenientes da Europa e de contraplacado, provenientes do Brasil.
Os preços médios mantiveram-se estacionários em 2005, embora abaixo dos valores
elevados do início de 2004. Os furacões na costa do Golfo, ocorridos durante o ano, de
certo modo, impulsionaram os preços, devido às interrupções dos fornecimentos e a uma
retoma da procura no terceiro trimestre. A procura de aglomerado de partículas e a
capacidade de oferta foram estáveis em 2005. Embora os preços fossem relativamente
baixos, os produtores conseguiram passar para o mercado, pelo menos, uma parte dos
elevados custos de produção. O MDF foi impulsionado pela forte procura residencial,
nomeadamente a procura de pavimentos flutuantes melamínicos, o que também foi
responsável por um aumento das importações.
Prosseguiu o rápido desenvolvimento da produção e do consumo de painéis derivados de
madeira na China, de modo a satisfazer a procura proveniente do crescimento acelerado
das indústrias locais de mobiliário e de pavimentos flutuantes melamínicos e, tal como em
anos anteriores, diversas linhas novas iniciaram actividade em 2005. Os países asiáticos
estão a construir as suas próprias capacidades produtivas, utilizando tecnologia moderna
europeia, tendo surgido novas linhas na Malásia e na Tailândia e sendo esperados novos
investimentos em capacidade produtiva em 2006 e 2007.
Na América do Sul, os mercados de aglomerado de partículas e de MDF têm vindo a
desenvolver-se, de forma significativa, nos últimos anos, sobretudo devido ao
desenvolvimento do principal factor de mercado - a indústria do mobiliário no Brasil e no
Chile, orientada para a exportação para os Estados Unidos. Novos investimentos na
capacidade produtiva estão projectados, para estes dois países, durante 2006.
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Evolução das capacidades por área geográfica
Península Ibérica
Durante o ano transacto, assistiu-se ao arranque dos investimentos em aglomerado de
partículas, projectados pela Interbon, em Burgos e da Tableros Talsa em Albacete. O
aumento da capacidade instalada de produção foi, em parte, compensado pelo
encerramento da Aglomerados Ecar, um produtor de aglomerado de partículas de menor
dimensão, cuja unidade industrial foi adquirida pela Finsa e convertida para produção de
mobiliário. Durante 2005, a Finsa adquiriu a Jomar - uma empresa produtora de painéis
derivados de madeira.
França
A Finsa adquiriu as unidades industriais da Weyerhäuser em Linxe e Morcenx; a
International Paper decidiu encerrar a fábrica de aglomerado de partículas da Polyrey em
Ussel.
Alemanha
A Pfleiderer adquiriu a Kunz, um fabricante de painéis derivados de madeira, com unidades
industriais na Alemanha e na América do Norte. O sector apresenta sinais de confiança
renovada, assistindo-se ao arranque de dois investimentos em MDF (uma linha nova e a
modernização de uma linha existente).
Reino Unido
Em 2005, não ocorreram alterações significativas nas capacidade produtivas; todavia um
fabricante de aglomerado de partículas anunciou um investimento de substituição para
2006.
Canadá e Estados Unidos da América
Durante 2005, houve uma grande dinâmica entre os produtores norte-americanos. Alguns
dos maiores grupos estão a concentrar-se nos negócios e mercados nucleares,
desinvestindo de outras operações.
A International Paper vendeu a sua participação de 50,5% na produtora neo-zelandesa de
painéis, Carter Holt Harvey, para concentrar-se no negócio do papel. Ainda na Nova
Zelândia, a empresa florestal norte-americana, Rayonier, alienou as suas actividades
relacionadas com MDF ao grupo sul-coreano Dongwha, de modo a concentrar-se nas suas
actividades nucleares - madeira e imobiliário.
A Weyerhäser vendeu as duas unidades industriais em França e anunciou já a intenção de
vender as restantes unidades de aglomerado de partículas e MDF, incluindo a unidade
localizada na Irlanda, concentrando, assim, as suas actividades no fabrico de OSB e
contraplacado, áreas florestais e pasta de papel e papel.
A recém-chegada Aconcagua prossegue com o desenvolvimento de capacidade produtiva,
através da aquisição da unidade da Pembroke (Ontario, Canadá) da Temple Inland.
Também no Canadá, a Georgia-Pacific acordou a venda da sua participação na joint-venture
GP Flakeboard ao seu sócio Flakeboard. Mais tarde durante o ano, o grupo Georgia-Pacific
foi adquirido pela Koch Industries, um grupo diversificado de empresas, com actividades nas
indústrias química, energia, pasta de papel e papel.
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No negócio de pavimentos flutuantes melamínicos e painéis, o grupo americano Mohawk,
um dos maiores produtores mundiais de revestimento de pavimentos, adquiriu o grupo belga
Unilin.
Devido ao excelente desempenho da procura de OSB, registada recentemente, a
capacidade produtiva instalada deverá crescer entre 2006 e 2007, estando já anunciados
diversos investimentos.
Brasil
O mercado de painéis derivados de madeira no Brasil manteve-se relativamente estável, em
termos de capacidade produtiva, exceptuando uma aquisição importante: o grupo chileno
Arauco adquiriu diversos activos do conglomerado Louis Dreyfus, incluindo o fabricante
brasileiro de aglomerado de partículas e MDF, Placas do Paraná, ganhando, deste modo,
acesso interno ao mercado de painéis do Brasil.
A Fibraplac (Grupo Isdra) decidiu cancelar o investimento numa nova linha de aglomerado
de partículas, a favor de uma segunda linha de MDF no Rio Grande do Sul.
África do Sul
Durante 2005, não ocorreram alterações relevantes na capacidade produtiva.
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Actividade Operacional
Península Ibéria
As indústrias da construção e do mobiliário espanholas e portuguesas revelaram tendências
divergentes. Enquanto que, em Portugal, o sector da construção continuou a decrescer
(18% inferior em 2005), a construção residencial espanhola manteve um forte crescimento,
com mais de 600 mil casas construídas em 2005. O consumo espanhol de mobiliário obteve
um bom resultado, contudo a produção de móveis, acumulada ao período homólogo,
manteve-se estacionária, como consequência da pressão do aumento das importações e da
diminuição das exportações. Portugal aumentou, de facto, as exportações de mobiliário,
que, actualmente, representam aprox. 50% das vendas.
A Tafisa concentrou esforços na manutenção da quota de mercado, dando particular ênfase
à melhoria da prestação de serviços ao cliente, à gestão da carteira de produtos e à
consolidação da presença nos mercados de exportação estratégicos.
O total de Receitas, excluindo os itens não-recorrentes, cresceu 6% em 2005,
representando 443 milhões de euros. Este aumento foi favorecido por uma melhoria
generalizada dos preços médios anuais, conseguido através da alteração do mix de
produtos, em favor de produtos de maior valor acrescentado, sobretudo em produtos
derivados do MDF. Registou-se um decréscimo dos volumes vendidos, que foi compensado
pela melhoria dos preços.
Os custos variáveis foram afectados pelo aumento dos custos da energia e dos produtos
químicos. Contudo, este impacto foi mitigado, sobretudo, por melhores custos da madeira
para a produção de aglomerado de partículas, conseguidos graças aos investimentos em
centros de reciclagem, em actividades autónomas de gestão de florestas e a
desenvolvimentos técnicos que permitiram elevar o consumo de eucalipto.
Em 2005, o EBITDA foi de 83 milhões de euros, superior em 27% ao de 2004, dos quais 24
milhões de euros dizem respeito a itens não-recorrentes (4,5 milhões de euros em 2004),
sobretudo relacionados com a venda de terrenos florestais e de acções da Tafisa. O
EBITDA destas operações representa 13% do total das Receitas.
Europa Central - Alemanha, França e Reino Unido
Em termos gerais, a procura nos segmentos de mercado relevantes - comércio e indústria -,
quando comparada com 2004, foi estacionária. A procura total de produtos derivados de
madeira decresceu, sobretudo devido a um abrandamento continuado neste segmento de
mercado.
Apesar do abrandamento da procura interna, a Glunz (Sonae Indústria Alemanha)
conseguiu aumentar o volume de vendas, através do aumento das exportações para
mercados estratégicos.
Os preços do aglomerado de partículas foram sólidos em toda a Europa Central, enquanto
que melhorias nos preços do MDF apenas se registaram em França e no Reino Unido.
Assistiu-se a uma pressão negativa sobre os preços do OSB, sobretudo na Alemanha, uma
zona geográfica sujeita à volatilidade dos preços deste produto no mercado norteamericano, uma vez que é um dos mercados estratégicos de exportação.
Em Novembro de 2005, foi assinado um acordo de parceria a 50% com a Tarkett A.G., para
a construção de uma fábrica integrada de produção de flooring laminado, nas instalações
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produtivas de MDF da Sonae Indústria, em Eiweiler, para produzir e comercializar flooring
laminado na Europa Ocidental, África, Ásia e Oceânia. A capacidade produtiva final será de
30 milhões de m2. Ambas as empresas operarão conjuntamente nos mercados acima
mencionados, utilizando o know-how da Sonae Indústria para o sector dos painéis e a
especialização da Tarkett no sector de pavimentos.
Na Alemanha, praticamente todas as fábricas operaram a um nível máximo de utilização da
capacidade. As taxas de utilização francesas foram afectadas pelos investimentos
efectuados nas fábricas de Lure e de Ussel, o que irá permitir, para 2006, uma melhoria das
taxas de utilização das capacidades instaladas. No Reino Unido, foi concluído, em 2005, um
investimento que permite o fornecimento de fibra crua, reciclada e devidamente processada
para o processo produtivo. Todavia, durante a implementação deste processo, surgiram
algumas restrições na capacidade produtiva.
A Sonae Indústria concluiu o processo de instalação de um sistema de informação
integrado, em SAP, nas fábricas alemãs e francesas e está actualmente a implementar esta
solução noutros países.
O ambiente competitivo permanece um desafio relevante, subsistindo um excesso de
capacidade, tanto em França como na Alemanha, sendo que as oportunidades, para
distribuir alguns dos custos mais elevados da produção, têm sido mais demoradas do que
noutras áreas geográficas em que a Sonae Indústria opera. Ao longo de 2005, verificou-se
uma tendência para a consolidação do sector, a saber: a aquisição das fábricas francesas
da Weyerhäuser pela Finsa e a aquisição da Kunz pela Pfleiderer, o que irá, certamente,
contribuir para a redução do excesso de capacidade no mercado e para a estabilização da
pressão competitiva.
As Receitas na Europa Central foram ligeiramente inferiores às de 2004, em 0,2%, cifrandose em 782 milhões de euros. O EBITDA foi de 40 milhões de euros em 2005, comparado
com 68 milhões de euros em 2004, representando uma margem de 5% em relação ao total
de Proveitos.
Resto do Mundo - Canadá, Brasil e África do Sul
Em 2005, as condições de mercado foram diversas. O forte impulso da construção
residencial na América do Norte prosseguiu, conduzido pelas baixas taxas de juro e, apesar
da apreciação do CAD em relação ao USD, a economia canadiana mostrou-se resistente. O
mercado brasileiro caracterizou-se pela descida generalizada do volume de vendas do
aglomerado de partículas e do flooring e pelo crescimento lento do MDF. Esta tendência é
explicada pelo abrandamento dos níveis de produção da indústria de mobiliário, causado por
um decréscimo da procura interna e das exportações, devido, antes de mais, à forte
revalorização do Real. O mercado de flooring encontra-se também perante uma forte
concorrência, proveniente de produtos alternativos, tais como: azulejos e alcatifas. Apesar
do mercado brasileiro continuar a evidenciar excesso de capacidade, foram anunciados três
novos investimentos em linhas de MDF. As condições de mercado na África do Sul
mantiveram-se favoráveis durante o ano, conduzidas pela envolvência macro-económica
positiva e com escassez de capacidade, verificada em todo o sector. Tanto os sectores da
construção como do mobiliário apresentaram um crescimento sólido.
As vendas da Sonae Indústria no Canadá para os Estados Unidos decresceram para 45%,
com um impacto ligeiramente negativo nas vendas globais, provocado pela revalorização do
CAD face ao USD. O Brasil, apesar da fragilidade da envolvência do mercado, registou um
crescimento do volume de negócios, através do aumento das vendas de melaminas,
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aglomerado de partículas cru e MDF. Contudo, a apreciação do Real levou a um decréscimo
significativo do volume das exportações. Em 2005, as vendas na África do Sul registaram
um crescimento superior a 13%, suportado em dois factores: o crescimento da procura e as
taxas de juro baixas. Na África do Sul, há que destacar a alteração da produção para um
aumento do aglomerado de partículas em detrimento do MDF, de modo a satisfazer a
procura local; uma tendência que deverá permanecer em 2006. A marca de flooring da
Sonae Indústria (Poliface) está bem conceituada na África do Sul, tendo sido bem sucedida
na conquista de quota de mercado.
Mais uma vez, assistiu-se ao impacto dos preços elevados do petróleo sobre os custos
variáveis, sobretudo nos produtos químicos, resinas e energia. No mercado canadiano, o
fornecimento de fibra sofreu alguma pressão, resultante da diminuição da competitividade
das serrações canadianas, devido à revalorização do CAD em relação ao USD. O
fornecimento de fibra no Canadá é também afectada por: (i) as serrações de madeira
(espécies coníferas) têm sofrido os entraves das taxas de anti-dumping e paridade, a que
estão sujeitas as exportações de madeira do Canadá para os Estados Unidos; (ii) a nova
legislação do Québec sobre a gestão florestal reduziu, entre 15% e 20%, os direitos de
abate das espécies coníferas, provenientes de áreas florestais públicas (iii) muitas das
serrações de espécies folhosas não estão a operar com a sua capacidade total, porque a
China tem vindo a aumentar as exportações de pavimentos com este tipo de madeiras, para
os Estados Unidos (iv) a utilização de madeira reciclada para a produção de energia
aumentou, reduzindo, assim, a disponibilidade de fibra para o fabrico de painéis.
Os volumes vendidos cresceram, em média, 4%, acompanhando a melhoria dos preços
médios. As Receitas ascenderam a 368 milhões de euros, 16% acima de 2004, tendo sido
também favoravelmente influenciadas por flutuações cambiais; o EBITDA foi de 82 milhões
de euros, representando uma margem de 22% do Volume de Negócios.
Em 2005, foram efectuados diversos investimentos, como por exemplo: o arranque do
projecto de madeira reciclada no Canadá, o que permitiu que a unidade de aglomerado de
partículas em Lac-Mégantic começasse a utilizar madeira reciclada no processo produtivo.
Para o segundo semestre de 2006, está projectada uma nova linha de melamina, a qual
juntamente com a modernização da linha existente, irá permitir o aumento da capacidade
produtiva deste produto em cerca de 50%, o que favorecerá o aumento da produção de
produtos de valor acrescentado nesta fábrica.
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Análise Financeira
De modo a poder realizar comparações com o período homólogo, a Gescartão foi excluída
dos valores referentes a 2004, uma vez que esta empresa foi alienada no final desse ano,
não tendo, por isso, contribuído para os valores de 2005.
O Volume de Negócios cresceu 4% em 2005 para 1.465 milhões de euros. As vendas
apoiaram-se numa melhoria generalizada dos preços médios, em todas as geografias,
exceptuando o mercado alemão. As vendas em volume mantiveram-se ao nível de 2004: um
volume superior na Alemanha e no Resto do Mundo e inferior na Península Ibérica, França e
Reino Unido.
K Euros
1.600
K Euros
Volume de Negócios
Contas IAS, proforma, não auditadas
250
EBITDA
Contas IAS, proforma, não auditadas
239
1.492
1.500
1.410
1.400
200
1.375
1.339
1.465
150
1.404
1.300
100
144
139
2002
2003
206
208
2004
2005
88
1.200
50
1.100
0
0
1.000
2001
2002
2003
VN com Gescartão
2004
TVN sem Gescartão
2005
2001
EBITDA com Gescartão
EBITDA sem Gescartão
Ao longo de 2005, a subida dos preços do petróleo conduziu ao aumento dos custos,
afectando os da energia, resinas, produtos químicos e custos directos e indirectos de
transporte. Foi possível obter algumas reduções nos custos fixos, sobretudo a nível de
pessoal (-1%), resultantes de medidas de reestruturação implementadas ao longo do ano.
Em 2005 e tal como em 2004, os custos fixos representaram cerca de 19% do volume de
negócios.
Em 2005, o EBITDA incluiu 24,5 milhões de euros de itens não-recorrentes, sobretudo
provenientes da venda de activos florestais e de acções da Tafisa. Os itens não-recorrentes
em 2004 representaram 4,5 milhões de euros. Em 2005, o EBITDA foi de 208 milhões de
euros, representando 14% do Volume de Negócios.
As amortizações ascenderam a 102 milhões de euros, um valor 2% inferior ao de 2004. As
provisões em 2005 caíram para 1 milhão de euros, o que compara com 9,5 milhões de
euros em 2004. Assim, face a 2004, o EBIT aumentou 3%, para 108 milhões de euros, em
2005.
Em 2005, os Resultados Financeiros Líquidos registaram uma melhoria significativa, os
quais foram reduzidos para 44 milhões de euros negativos, um valor 38% melhor do que em
2004, conseguido através de: redução continuada do Endividamento Bruto; melhoria das
condições financeiras e; evolução cambial mais favorável. A redução do Endividamento
Bruto melhorou o rácio de cobertura de juros de 4,34x em 2004 para 6,8x em 2005.
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K Euros
Endividamento Líquido
Rácio de Cobertura de Juros
1.400
1.200
8,0 x
1.166 1.166
1.115 1.115
1.000
6,8 x
7,0 x
944
944
6,0 x
725
800
632
565
600
515
4,3 x
5,0 x
4,0 x
400
3,0 x
200
2,0 x
2,2 x
2,0 x
1,4 x
1,0 x
0
2001
2002
2003
2004
2005
0,0 x
2001
Endividamento Líquido
2002
2003
2004
2005
Endividamento Líquido incluindo securitização
Em 2005, os Resultados antes de Impostos, comparados com 2004, aumentaram cerca de
79%, para 64 milhões de euros. Os Impostos foram de 28 milhões de euros e os Resultados
Líquidos Após Minoritários foram de 36 milhões de euros, 67% superiores aos 22 milhões de
euros de 2004.
K Euros
Resultados Líquidos após Interesses Minoritários
Contas IAS proforma, não auditadas
50
43
22
0
2001
2002
-98
-95
2003
2004
36
0
2005
-50
-100
-150
-200
Resultados Líquidos com Gescartão
-185
Resultados Líquidos sem Gescartão
A Sonae Indústria concentrou-se em melhorar a sua estrutura de capitais, a qual sofreu um
período de investimento intensivo, no início da década, que coincidiu com uma fase de
grandes desafios para o sector dos derivados de madeira.
A melhoria da estrutura de capitais da Sonae Indústria foi realizada através do aumento dos
Capitais Próprios, possibilitada por uma maior rentabilidade, a redução continuada do
Endividamento Bruto e a melhoria do perfil de endividamento, em termos de maturidade e
amortização das linhas de financiamento negociadas. Para além disso, não existe, neste
momento, nenhum covenant financeiro.
Para clarificar a interpretação do IFRS 39, o programa de securitização de dívidas de
clientes, anteriormente contabilizado fora do balanço, foi introduzido no balanço e os valores
comparativos foram reexpressos. No final de 2005, o Endividamento Bruto foi de 751
milhões de euros, uma redução de 55 milhões de euros, quando comparada com o
endividamento reexpresso no final de 2004 e a liquidez disponível no final de 2005 foi de
120 milhões de euros. Como consequência, em 2005, o Endividamento Líquido foi reduzido
13%, para 632 milhões de euros.
Como resultado destas melhorias de rentabilidade e da estrutura de capitais:
• o Equity Ratio (Capitais Próprios+Interesses Minoritários/Activo Líquido) aumentou
de 26% em 2004 para 29% em 2005;
• o Rácio de Alavancagem Financeira passou de 154% para 119%;
• o Rácio de Endividamento Líquido / EBITDA decresceu de 3,52x para 3,04x.
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Equity Ratio
Endividamento Líquido / EBITDA
(Capital Próprio incluindo minoritários / Activo Líquido)
14,0 x
35%
28%
30%
25%
24% 24%
30% 29%
26%
12,0 x
10,0 x
21% 21%
20%
13,3 x 13,3 x
7,8 x 7,8 x
8,0 x
15% 15%
6,8 x 6,8 x
6,0 x
15%
10%
4,0 x
5%
2,0 x
2,7 x
3,5 x
2,5 x
3,0 x
0,0 x
0%
2001
2002
Equity Ratio
2003
2004
Equity Ratio incluindo securitização
2005
2001
2002
Endividamento líquido / EBITDA
2003
2004
2005
Endividamento Líquido / EBITDA incluindo securitização
Em 2005, o investimento em Fundo de Maneio foi de 233 milhões de euros, comparado com
229 milhões de euros em 2004 e o CAPEX foi de 41 milhões de euros.
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Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA
A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade gestora das participações sociais do
grupo Sonae Indústria, é responsável por definir as directrizes estratégicas para o grupo,
gerir as participações e monitorizar a actividade das suas subsidiárias. Entre as várias
actividades, a sociedade é responsável pela função financeira global, alocando fundos, para
investimento e para necessidades de tesouraria das suas subsidiárias.
Antes do processo de cisão, em 2005, ocorreram as seguintes transacções financeiras na
«antiga» Sone Indústria:
a) Em resultado de uma alteração de circunstâncias na Socelpac SGPS SA, o valor, a
que esta participação foi registada nas contas, foi considerado excessivo. Como tal,
foi reconhecida uma perda por imparidade no valor de 74.685.976 euros na
Demonstração de Resultados, sob a rubrica “Provisões e perdas por imparidade”, o
que não tem impacto nas contas consolidadas;
b) A Sonae Indústria - SGPS SA adquiriu a Agloma – Soc. Industrial de Madeira
Aglomerada, S.A. à Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos S.L., por 56.800.000 euros,
em Junho;
c) Os prejuízos acumulados na Ecociclo – Energia e Ambiente, SA foram cobertos por
entradas em dinheiro, no montante de 460.968,74 euros;
d) A Sonae Indústria - SGPS SA alienou 1.850.000 acções da Tafisa, durante
Fevereiro, através da Bolsa de Valores;
e) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 55.000.000
euros, a 31 de Março de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2013) é
reembolsável no prazo de oito anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6
meses, com um spread de 87,5 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 31 de
Março e 30 de Setembro;
f) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 100.000.000
euros, a 27 de Abril de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2008) é reembolsável
no prazo de três anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6 meses, com um
spread de 100 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 27 de Abril e 27 de
Outubro;
g) A Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista, no montante de 150.000.000
euros, a 27 de Abril de 2005. A emissão (Sonae Indústria 2005/2010) é reembolsável
no prazo de cinco anos. A taxa de juro está indexada à EURIBOR 6 meses, com um
spread de 110 pontos base e é paga, de 6 em 6 meses, a 27 de Abril e 27 de
Outubro;
h) Durante o 1S05, um empréstimo, no valor de 50,000,000 euros, a favor da Sonae
SGPS SA, desde 2001, com o Banco Europeu de Investimento, foi transferido para a
Sonae Indústria. Este empréstimo vence juros trimestralmente, a taxas do mercado,
sendo reembolsável em 16 pagamentos consecutivos, de 6 em 6 meses. À data de
31 de Dezembro de 2005, o empréstimo emdívida ascendia a 34.375.000 euros.
Após o processo de cisão, ainda em 2005, ocorreu a seguinte transacção financeira na
«nova» Sonae Indústria:
i)
A Sonae Indústria procedeu à cobertura de prejuízos acumulados na Maiequipa –
Gestão Florestal SA, no montante de 194.433,04 euros.
Tal como explicado no início deste relatório, o processo de cisão-fusão e fusão da Sonae
Indústria da Sonae SGPS foi concluído a 15 de Dezembro de 2005, com efeitos nas
Pág. 21 de 24
demonstrações financeiras, a partir de 1 de Outubro de 2005. Como resultado, a Sonae
SGPS cindiu 126.510.092 acções (90,36% do capital social) da Sonae Indústria – SGPS, SA
da sua base de activos e essas acções foram fundidas numa empresa-veículo, a Sonae 3P,
que incorporou a totalidade do capital social da Sonae Indústria – SGPS. A «antiga» Sonae
Indústria cessou actividade e a empresa-veículo, a Sonae 3P, foi redenominada Sonae
Indústria, SGPS, SA.
Considerando que o capital social original da Sonae 3P era 50.000 euros, representado por
10.000 acções e a empresa detinha já 10.000 acções da «antiga» Sonae Indústria, o capital
social final da «nova» Sonae Indústria é de 700.000.000 euros, representado por
140.000.000 acções com um valor nominal de 5 euros por acção.
Acções próprias
A sociedade não adquiriu, nem alienou acções próprias durante o exercício. À data de 31 de
Dezembro, a sociedade não detinha acções próprias.
Proposta de Aplicação de Resultados
A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade gestora das participações sociais do
grupo, com base nas contas individuais, obteve um resultado líquido no exercício de 2005
de 1,199,879.02 euros. O Conselho de Administração irá propor na Assembleia Geral de
Accionistas que este resultado liquido seja distribuído da seguinte forma:
Resultados Transitados
Reservas Legais
Reservas Livres
157.748,96 euros
59.993,95 euros
982.136,11 euros
Eventos subsequentes ao termo do exercício
Em Janeiro de 2006, a Sonae Indústria aprovou um investimento numa nova linha contínua,
para produção de aglomerado de partículas, na fábrica de White River, na África do Sul. O
custo estimado deste investimento é de 45 milhões de euros. Com este investimento em
novas capacidades, a Sonae Indústria conseguirá captar o potencial de crescimento
adicional no mercado sul africano, mantendo, assim, o seu forte posicionamento no mercado
e garantindo rentabilidade a longo prazo. A capacidade total da fábrica de White River
aumentará em 270 mil m3 por ano e estima-se que a nova linha esteja operacional em
meados de 2007.
No seguimento da estratégia da Sonae Indústria para a Europa Central, em 22 de Fevereiro,
foi celebrado um acordo, com vista à aquisição de activos do grupo Hornitex na Alemanha.
Esta transacção está sujeita à aprovação da Autoridade Europeia da Concorrência,
compreende a aquisição dos activos das fábricas de Horn e Duisburg e de 100% das acções
da sociedade que detém uma terceira fábrica em Beeskow, o que irá aumentar a
capacidade de produção de derivados de madeira na Alemanha, de cerca de 1,5 milhões de
m3 para 3,5 milhões de m3. Deste modo, a capacidade global de produção de painéis
derivados de madeira da Sonae Indústria irá ultrapassar os 9 milhões de m3. O preço pago
pelos activos e pelas acções ronda os 60 milhões de euros.
Perspectivas
Antecipamos um ligeiro aumento do volume de vendas em 2006, sendo de esperar que os
mercados da África do Sul e do Canadá demonstrem um crescimento superior ao nível do
consumo. Não se esperam alterações significativas de capacidade produtiva nos principais
mercados, em que a Sonae Indústria está presente, pelo que, em termos gerais, os preços
deverão revelar uma dinâmica estável ou ligeiramente positiva.
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O impacto dos elevados níveis de preços do petróleo permanece uma preocupação para a
Sonae Indústria, nomeadamente por força do seu efeito sobre os custos energéticos, dos
químicos e dos custos de transporte das matérias-primas e de produtos acabados. A
manutenção da rentabilidade aos níveis actuais dependerá da capacidade de compensar os
custos mais elevados, através da implementação de medidas de eficiência operacional e da
envolvente global dos nossos mercados.
Política de Distribuição de Dividendos
A Sonae Indústria, nos últimos anos, tem vindo a adoptar uma política de não distribuição
de dividendos, sobretudo durante um período até 2004, em que era importance fortalecer o
balanço. Quanto ao futuro e dado que a sociedade, actualmente, apresenta resultados
positivos, caberá aos accionistas pronunciarem-se, em sede de Assembleia Geral de
Accionistas, sobre se pretendem continuar a reinvestir na empresa ou deliberar sobre o
pagamento, sob a forma de dividendos, de uma parcela dos Resultados Líquidos gerados.
Agradecimentos
O Conselho de Administração agradece, a todos os seus colaboradores, o empenho
inestimável na melhoria contínua da eficiência e da produtividade, o que contribuiu para que
a Sonae Indústria se transformasse num dos líderes mundiais do sector dos painéis
derivados de madeira.
Os nossos agradecimentos são extensivos a todos os clientes das empresas da Sonae
Indústria, pela preferência pelos nossos produtos e a todas as instituições financeiras,
nomeadamente, aos bancos, por facilitarem a reestruturação da estrutura de capitais do
grupo e aos investidores, pela confiança permanente na capacidade da Sonae Indústria de
criar valor para os accionistas. Gostaríamos ainda de manifestar o nosso reconhecimento
aos Auditores, pelos seus préstimos ao longo do exercício.
Maia, 10 de Março de 2006
O Conselho de Administração,
_________________________
Belmiro de Azevedo
_________________________
Carlos Bianchi de Aguiar
_________________________
Christian Schwarz
Pág. 23 de 24
_________________________
José Antonio Comesaña
_________________________
Rui Correia
_________________________
Louis Brassard
_________________________
Paulo Azevedo
_________________________
Álvaro Cuervo
_________________________
Ángel Altozano
_________________________
Per Knuts
_________________________
Thomas Nystén
Pág. 24 de 24
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Data
Aquisições
Quantidade Valor Md. €
Belmiro Mendes de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
28.12.2005
14,901
0
Carlos Bianchi de Aguiar
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
28.12.2005
10,620
0
Rui Manuel Gonçalves Correia
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
Tableros de Fibras, SA
28.12.2005
22.04.2005
35,000
100
0
1.28
Alienações
Quantidade Valor Md. €
49,999,997
14,901
10,620
35,000
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Imparfin, SGPS, SA (5)
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
100
1
150,000
360,591
360,591
0
Jose Antonio Comesaña Portela
Tableros de Fibras, SA
57,024
Data
(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Indústria - SGPS, SA (***)
Compra
Venda
Sonae Indústria, SGPS, SA
Compra
Pareuro, BV (2)
Sonae-SGPS, SA (3)
Venda
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
(2) Pareuro, BV
Sonae, SGPS, SA
Compra
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
(3) Sonae-SGPS, SA
Sonae Indústria - SGPS, SA (***)
Cisão-fusão
Sonae Indústria, SGPS, SA
Venda
Sonae Capital-SGPS, SA (4)
(4) Sonae Capital-SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Compra
(5) Imparfin, SGPS, SA
Sonae, SGPS, SA
Direitos de cisão-fusão (*)
Separação de direitos
Saldo em
31.12.2005
Quantidade
Aquisições
Quantidade Valor Md. €
Alienações
Quantidade Valor Md. €
Saldo em
31.12.2005
Quantidade
0
16.09.2005
21.09.2005
10,000
29.07.2005
50 000 (**)
5.26
10,000
4.20
10,000
0.93
20,000
658,804,410
18.07.2005
291,179,305
1.14
658,804,410
28.12.2005
658,804,410
0.00
18.07.2005
291,179,305
1.14
28.12.2005
400,000,000
0.00
400,000,000
400,000,000
0
15.12.2005
126,510,092
30.12.2005
8,322,354
1,000,000
6.45
391,046,000
8,322,354
30.12.2005
8,322,354
6.45
4,105,273
4,105,273
28.12.2005
4,105,273
0.00
(*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão que envolveu a Sonae, SGPS, SA, a Sonae Indústria - SGPS, SA
(sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA (cuja denominação foi alterada para Sonae Indústria,
SGPS, SA) registados nas contas dos respectivos titulares em 2 de Janeiro de 2006.
Estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, SGPS, SA no dia 20 de Janeiro de 2006 conforme se segue:
1,010
Belmiro Mandes de Azevedo
720
Carlos Bianchi de Aguiar
2,372
Rui Manuel Gonçalves Correia
24,446
Duarte Paulo Teixeira Azevedo
44,664,706
Efanor Investimentos, SGPS, SA
27,118,645
Pareuro, BV
278,324
Imparfin, SGPS, SA
(**) - Acções com o valor nominal de 1€, tendo posteriormente o seu valor nominal sido alterado para 5 €, com unificação de
cada 5 acções numa acção.
(***) - Sonae Indústria - SGPS, SA (sociedade extinta)
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Número de acções a 31.12.05
Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Indústria,SGPS, SA
Direitos de cisão-fusão(*)
Pareuro, BV
Sonae-SGPS, SA
10,000
658,804,410
20,000
658,804,410
Pareuro, BV
Direitos de cisão-fusão (*)
Sonae, SGPS, SA
400,000,000
400,000,000
Sonae-SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Sonae Capital-SGPS, SA
Sonae Capital-SGPS, SA
Sonae Indústria,SGPS, SA
1,000,000
391,046,000
8,322,354
(*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão que envolveu a Sonae, SGPS, SA, e
Sonae Indústria - SGPS, SA (sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA
(cuja denominação foi alterada para Sonae Indústria, SGPS, SA) registados nas contas dos
respectivos titulares em 2 de Janeiro de 2006.
Estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, SGPS, SA no dia 20 de Janeiro de
2006 conforme se segue:
44,664,706
Efanor Investimentos, SGPS, SA
27,118,645
Pareuro, BV
PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS
Cumprimento do disposto no Artº 8º, nº 1, alínea e) do Regulamento da CMVM nº 04/2004
Tendo em consideração a operação de cisão-fusão e fusão em que esta sociedade interveio e considerando
que a atribuição das acções emitidas em consequência da mesma foi concretizada em dois momentos
distintos, o último dos quais apenas ocorreu em Janeiro de 2006, a informação a 31 de Dezembro de 2005
não espelha de forma adequada as participações qualificadas detidas nesta sociedade. Face ao exposto
indicamos os titulares de participações qualificadas à data de 20 de Janeiro de 2006, data da última atribuição
de acções desta sociedade.
Accionista
Nº de acções
% Direitos de voto
Efanor Investimentos, SGPS, S.A.
44,674,706
31.9105%
Pareuro, BV
27,118,645
19.3705%
Sonae, SGPS, SA
1,000,000
0.7143%
Sonae Capital, SGPS, SA
8,322,354
5.9445%
Sonaecom, SGPS, SA
Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo
75,937
0.0543%
1,010
0.0007%
Nuno Miguel Teixeira de Azevedo
969
0.0007%
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
24,446
0.0175%
Maria Claudia Teixeira de Azevedo
Total de Imputação
22,146
0.0158%
81,240,213
58.0288%
2,629,958
1.88%
Centaurus Capital LP
Centaurus Alpha Master Fund Limited
Citi Centaurus Limited
Greenway Managed Account Series Limited
Total de Imputação
92,460
0.07%
149,028
0.11%
2,871,446
2.06%
Relatório Social e Relatório Ambiental
Índice
I.
Estrutura do Governo da Sociedade e Sistemas de Gestão
Destaques dos Processos de Certificação
II. Relatório Social
Recursos Humanos
Higiene e Segurança
III. Relatório Ambiental
Ambiente e Eco-eficiência: áreas-chave
I.
II.
III.
IV.
V.
Utilização da energia e eficiência
Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas
Gestão de resíduos
CO2 e outras emissões gasosas
Utilização da água e águas residuais
Cooperação com Universidades
Responsabilidade pelo produto
Perspectivas
Pág. 2 de 15
I. Estrutura do Governo da Sociedade e Sistemas de Gestão
A Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (“SREC”) tem por missão a análise do
impacto, nas actividades da Sonae Indústria, das vertentes económica, ambiental e social
da sustentabilidade, assim como do governo corporativo.
Economic Dimension
Dimensão
Económica
Environmental
DimensãoDimension
Ambiental
Monetary
flows between
organization
Fluxos
monetários
entre a the
organização
e
os seus
grupos de and
interesse
e as
stakeholders
externalities
created
and
externalidades
criadas pela organização.
the organization
by
Social Dimension
Dimensão
Social
Influence nos
on living
and naturais,
non -living
natural
Influência
sistemas
vivos
e
não-vivos,
incluindo
interacções
com os
interactions
with
systems
, including
ecossistemas,
solos, ar
e água.
, air and water
ecosystems
, land
Âmbito das
Scope of
Actividades
do
SREC
SREC
activities
Human Humanos,
Rights , Child
labourInfantil,
,
Direitos
Trabalho
Higiene
e Segurança;
Formação
Health and
Safety ; Training
ande
Ensino;
Relações
; LabourLaborais,
Relations , Labour
Eductaion
Práticas
Compensação,
, Compensation
, HR Management
PracticesLaborais,
Gestão
e Processos dos Recursos
and Processes
Humanos.
Corporate
GovernoGovernance
Corporativo,
Quadro
Valoresand
e Normas
Norms
Chart ofdeValues
Values , Valores,
norms and
rules under
which
normas
e regras
quethe
is governed .
organization
governam
a organização.
O SREC assume um papel desafiador na Sonae Indústria, promovendo debates e
subsequentes recomendações sobre temas-chave ou emergentes em questões ambientais
e sociais, relevantes para o sector de actividade da Sonae Indústria, os quais serão
transmitidos como desafios à Comissão Executiva.
Para assegurar a implementação e gestão efectiva das directrizes estratégicas do Grupo
para a gestão ambiental, a Sonae Indústria criou, em 2003, o Departamento Corporativo de
Ambiente e Eco-eficiência, o qual coordena a estratégia ambiental em todas as áreas
geográficas, onde o Grupo tem presença industrial.
ReporteReport
Global
Globaltoà
ExCom
Iberian
Coordenador
Coordinator
Pen. Ibérica
Germany
Coordenador
Coordinator
Alemanha
Coordenador
France
França
Coordinator
Director
Coorporativo
Corporate
Ambiente eand
Environment
Eco
-efficiency
Eco-Eficiência
Manager
Coordenador
UK
Reino Unido
Coordinator
Canada
Coordenador
Coordinator
Canadá
Coordenador
Brazil
Coordinator
Brasil
Coordenador
South
Africa
África do Sul
Coordinator
Reporte directo às Comissões Directivas locais.
Pág. 3 de 15
A missão deste departamento é a de apoiar a Sonae Indústria no cumprimento da
regulamentação ambiental local e desafiar a organização para melhorar continuamente o
seu desempenho eco-eficiente. É responsável por avaliar a exposição e importância local
das diversas questões ambientais e acordar objectivos, por país, com a gestão de topo das
operações. Os coordenadores locais da função Ambiente e Eco-eficiência assumem a
implementação dos objectivos definidos, a sua monitorização e reporte da informação
relativa às operações.
Nos últimos anos, um dos objectivos principais deste Departamento tem sido a integração
da gestão ambiental nos sistemas e nos processos de gestão das participadas da Sonae
Indústria. Um marco importante neste processo, é a certificação dos sistemas de gestão por
entidades externas certificadoras.
Os Sistemas de Gestão Ambiental são integrados, tanto quanto possível, com a gestão nas
áreas relacionadas com Qualidade, Higiene e Segurança e Cadeia de Responsabilidade dos
Produtos Florestais.
Pág. 4 de 15
No quadro abaixo apresenta-se a situação da certificação dos sistemas de gestão, no final
de 2005:
PORTUGAL
ESPANHA
FRANÇA
Cadeia de Responsabilidade dos
Produtos Florestais
Qualidade
Ambiente
ISO 9001
ISO 14001
PEFC
Maia*
3
Mangualde
3
a decorrer (2006)
a decorrer (2006)
Oliveira do Hospital
3
a decorrer (2006)
a decorrer (2006)
Sines*
3
a decorrer (2006)
não aplicável
Betanzos
3
3
3
Valladolid
3
3
Auxerre
3
3
Chatellerault
3
3
St Dizier
Ussel
3
não aplicável
a decorrer (2006)
3
a decorrer (2006)
Solsona
Lure
1
3
a decorrer (2006)
3
3
3
a decorrer (2006)
3
Meppen
3
3
3
3
Eiweiler
3
3
3
3
Nettgau
3
3
3
3
Kaisersesch
3
3
Knowsley
3
3
Coleraine
3
Panbult
3
3
White River
3
3
George
3
3
CANADÁ
Lac-Mégantic
3
3
BRASIL
Piên
3
a decorrer (2006)
22
9
ALEMANHA
REINO
UNIDO
ÁFRICA DO
SUL
OHSAS
18001
3
Linares
Le Creusot
FSC
Higiene &
Segurança
3
3
3
13
5
1
*NOTA: Todas as unidades produzem painéis derivados de madeira, exceptuando as escritas a cinzento e
assinaladas com “*” (a unidade da Maia produz termolaminados decorativos e a de Sines produz resinas
sintéticas à base de folmaldeído).
1
A Certificação foi atribuída em Janeiro de 2006.
Pág. 5 de 15
Destaques dos Processos de Certificação
•
Durante 2005, a cadeia de responsabilidade de produtos florestais das fábricas de Le
Creusot e Meppen foi certificada pelo PEFC;
•
Já em Janeiro de 2006, o sistema de gestão da qualidade de Le Creusot recebeu o
seu certificado;
•
Durante 2006, todas as unidades terão os seus sistemas de gestão da qualidade
certificados por uma entidade independente;
•
Também durante 2006, será concluído o processo de certificação dos sistema de
gestão ambiental nas seguintes unidades:
o Portugal: Mangualde, Oliveira do Hospital e Sines;
o Espanha: Linares;
o Brasil: Piên.
•
A certificação da Cadeia de Responsabilidade, nas unidades de Mangualde e
Oliveira do Hospital, é também um objectivo para 2006.
Pág. 6 de 15
II. Relatório Social
Recursos Humanos
Durante 2005, o enfoque da Sonae Indústria manteve-se na melhoria da produtividade. No
final do exercício, a Sociedade empregava 5.424 colaboradores, 5% menos do que no final
do ano anterior.
Número de Colaboradores por país
África do Sul
Holanda
401
13
Brasil
321
Canadá
327
Pen. Ibérica
1962
5.424
colaboradores
Alemanha
1134
Reino Unido
302
França
964
Os custos com o pessoal acumulados a Dezembro de 2005 foram de 206 milhões de euros,
o que compara com 207 milhões de euros (excluindo 14 milhões de euros da Gescartão) em
2004.
A redução do número de colaboradores aliada ao aumento de vendas da empresa traduziu-se num aumento de vendas por colaborador de 9% em 2005, comparado com 2004 e um
aumento acumulado de 30% registado nos últimos 2 anos.
15% Mulheres
85% Homens
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Colaboradores por Género e Faixa Etária
28%
26%
15%
11%
1% 3%
<= 23 anos
4%
5%
24 a 29
anos
30 a 39
anos
Mulher
3%
40 a 49
anos
1%
50 a 59
anos
2%
=> 60 anos
Homem
Pág. 7 de 15
A Sonae Indústria está fortemente empenhada em analisar e promover as iniciativas
necessárias, no que respeita a protecção de minorias e grupos socialmente discriminados,
nomeadamente na África do Sul, onde, em 2005, foram criados Comités para a Igualdade
no Trabalho (Employment Equity Committees) nas três unidades fabris e se iniciou a
promoção de recrutamento de indivíduos socialmente desfavorecidos (PDIs - previously
disadvantaged individuals).
Para além dos esforços continuados para a melhoria da eficiência, tem-se dado especial
atenção aos assuntos relacionados com a higiene e segurança e a eco-eficiência, que são
encarados como condições essenciais, para se conseguir atingir um crescimento
sustentável. Estas duas áreas serão os catalizadores da gestão da sustentabilidade na
Sonae Indústria.
Higiene e Segurança
O desenvolvimento profissional, a segurança e o bem-estar dos colaboradores são
prioridades-chave para a Sonae Indústria. Em 2005, mais de 80 mil horas foram investidas
em programas de formação em todas as áreas geográficas, com 24% deste tempo dedicado
a programas específicos relacionados com higiene e segurança.
2005
2004
2003
Absentismo (% de horas trabalhadas)
5,00%
4,30%
4,80%
Formação (milhares de horas)
80
72
67
Formação em Higiene e Segurança (% do total de horas de
formação)
% do total de horas de trabalho perdidas por acidentes
24%
27%
19%
0,6%
0,8%
0,8%
Em Setembro de 2005, a Sonae Indústria criou uma nova responsabilidade corporativa Director(a) Corporativo(a) de Higiene e Segurança. Os objectivos definidos para este
departamento são fortalecer a promoção do desenvolvimento sustentável e de avançar do
estrito cumprimento da legislação para níveis excelentes de práticas em Higiene e
Segurança.
No 4T05, 8 países e 17 unidades industriais foram objecto de um diagnóstico extensivo de
Higiene e Segurança, de modo a determinar a situação actual do grupo Sonae Indústria e
estabelecer um plano de acção e directrizes para progredir.
Conscientes do papel fundamental da Higiene e Segurança no futuro da organização, esta
preocupação foi já incluída no planeamento estratégico, entendendo-se que deverá:
•
estar alinhada por um política corporativa de Higiene e Segurança, que evidencie o
compromisso, as preocupações e a visão da organização;
•
estar assente em princípios corporativos da excelência de Higiene e Segurança, a todos
os níveis de intervenção;
•
ser suportada num processo sistemático de identificação, avaliação, controlo e gestão
dos principais riscos;
•
ter uma relação directa com os objectivos estratégicos de gestão do negócio;
•
ser incluída no ciclo de planeamento de todas as afiliadas;
Pág. 8 de 15
•
estar claramente definida, através de uma política e de standards de Higiene e
Segurança (metodologias, processos, objectivos, indicadores e responsabilidades)
Pág. 9 de 15
III. Relatório Ambiental
A Sonae Indústria reconhece que a gestão ambiental é um pilar da sustentabilidade para o
futuro. A política ambiental do grupo, disponível no sítio www.sonaeindustria.com, é utilizada
como referência de gestão para:
•
cumprir a legislação respeitante a todas as vertentes ambientais;
•
utilizar sustentadamente os recursos naturais, nomeadamente pela sua poupança e
pela redução, reutilização e reciclagem de desperdícios;
•
melhorar as condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho;
•
minimizar os impactes das suas unidades industriais sobre o ambiente e sobre as
comunidades onde se inserem.
A importância estratégica da eco-eficiência foi reforçada, em 2005, como tema principal no
fórum anual da Sonae Indústria, a Reunião Internacional de Quadros de Topo (IMM International Management Meeting). As recomendações, resultantes do debate e dos
workshops realizados durante o fórum, foram já incorporados no ciclo de planeamento para
2006, a saber:
•
•
•
•
Criar um «significado comum» para o conceito de eco-eficiência;
Conceber uma política de formação em eco-eficiência ao nível de cada país, com
base nas prioridades estratégicas da Sonae Indústria;
Assegurar que é proporcionado aos directores de fábrica e à força de vendas um
conhecimento básico sobre eco-eficiência;
Apoiar os clientes nas suas necessidade de eco-eficiência, adaptando o portfolio da
Sonae Indústria a essas necessidades.
Ambiente e Eco-eficiência: áreas-chave
A Sonae Indústria definiu um conjunto de prioridades, no âmbito da eco-eficiência, para
serem melhoradas:
-
I. Utilização da energia e eficiência;
II. Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas;
III. Gestão de resíduos;
IV. CO2 e outras emissões gasosas;
V. Utilização da água e águas residuais.
Estas áreas-chave para a Sonae Indústria foram identificadas através de workshops
realizados em cada uma das unidades fabris europeias. As directrizes para discussão
basearam-se nas prioridades dos grupos de interesse e na influência operacional de cada
unidade sobre o ambiente.
I. Utilização da energia e eficiência
A utilização eficiente da madeira e da energia é um factor-chave para a eficiência
operacional global da Sonae Indústria. Durante 2005, o consumo de electricidade foi
reduzido de 198 kWh para 185 kWh por metro cúbico de painel produzido.
Pág. 10 de 15
A produção local de electricidade nas unidades com sistemas de co-geração (7% do
consumo total de electricidade em 2005, comparado com 6% em 2004) representou um
contributo importante para a optimização da gestão energética.
Assistiu-se a um aumento da eficiência no consumo da electricidade em 2005 face a 2004.
Consumo de Electricidade por metro cúbico
produzido (kWh/m3)
200
175
150
125
100
2005
2004
Consumo de Electricidade
7%
Comprada
Produzida localmente
93%
II. Consumo de madeira e abastecimento sustentável de matérias-primas lenhosas
Em 2005, o consumo de madeira reciclada aumentou para 17% (16% em 2004), como
resultado do enfoque do grupo no incremento da utilização de madeira para reciclar. Como
exemplo, na fábrica de Knowsley no Reino Unido, a utilização de madeira para reciclar no
processo produtivo de aglomerado de partículas atingiu aprox. 97% em 2005.
Pág. 11 de 15
Consumo de madeira por tipo, 2005
100%
13%
19%
33%
80%
33%
41%
43%
48%
28%
67%
60%
Rolaria
Sub-produtos
88%
67%
40%
87%
54%
51%
56%
17%
16%
TOTAL
2005
TOTAL
2004
Reciclados
44%
40%
59%
20%
20%
15%
13%
13%
12%
12%
12%
0%
Portugal
Espanha
Reino
Unido
França
Alemanha Canadá
Brasil
África
do Sul
III. Gestão de resíduos
Uma melhoria gradual nos sistemas de contabilização de resíduos a nível das fábricas,
permitiu melhorar também a qualidade da informação sobre a gestão de resíduos. Como
resultado desta melhoria nos sistemas de informação, durante 2005, foi registado um
aumento aparente dos resíduos gerados, de 61 kg para 77 kg por metro cúbico de
produção. Em 2005, os custos de deposição de resíduos cresceram 0,08 euros para 0,38
euros por metro cúbico produzido.
A reciclagem e a valorização energética contribuíram para a utilização sustentável de
recursos: 30% dos resíduos da empresa foram reutilizados ou reciclados e 61% foram
utilizados como combustíveis. Apenas 8% foram depositados em aterro e 1% são
considerados como resíduos perigosos.
Destino dos Resíduos
Custos de eliminação de resíduos
8% 1%
11%
30%
Perigosos
Reutilizados/reciclados
Perigosos
Usados como combustível
Não-perigosos
Enviados para aterro
61%
89%
Custos de eliminação dos resíduos por metro cúbico
produzido (euros/m3)
Resíduos gerados por metro cúbico
produzido (kg/m3)
0,4
80,0
0,3
60,0
0,2
40,0
0,1
20,0
0,0
0,0
2005
2004
2005
2004
Ainda está por estabelecer uma definição clara e universalmente aceite para «resíduo», sem
a qual continua a ser um enorme desafio, à escala global, fornecer dados, que permitam
comparações fiáveis. Como tal, o objectivo-chave para 2006, do ponto de vista da gestão de
Pág. 12 de 15
resíduos, é estabelecer critérios internos uniformes, tanto para a definição de resíduo, como
para a diferenciação entre resíduos perigosos e não-perigosos.
IV. CO2 e outras emissões gasosas
2005 foi o primeiro ano de actividade do Sistema Europeu de Comércio de Emissões
(European Union Emission Trading Scheme - ETS). Foram atribuídas licenças de emissão
de dióxido de carbono a cinco unidades fabris da Sonae Indústria.
A unidade de Knowsley, em 2004, foi inicialmente incluída no Plano Nacional de Alocação
de Licenças de Emissão do Reino Unido. Posteriormente, as autoridades do Reino Unido
reviram o plano e a fábrica deixou de estar incluída directamente no ETS para 2005-2007.
Actualmente, a unidade está apenas envolvida no «Acordo sobre as Alterações Climáticas»
(Climate Change Agreement) do sector de painéis derivados de madeira do Reino Unido.
No final de 2005, as autoridades espanholas também reanalisaram o seu Plano Nacional de
Alocações de Licenças de Emissão e foram emitidas licenças para três das fábricas da
Sonae Indústria, para o período de 2006-2007. As unidades, a quem foram emitidas as
licenças, são: Betanzos, Solsona e Valladolid.
No quadro abaixo, encontra-se um resumo das licenças de emissão geridas pelas cinco
unidades e respectivas emissões reais para 2005, a saber:
Licenças de Emissão
atribuídas
9 733 ton CO2
23 122 ton CO2
14 686 ton CO2
31 678 ton CO2
16 751 ton CO2
2005
Eiweiler
Mangualde
Meppen
Oliveira do Hospital
Ussel
Emissões reais
(valores não-auditadas)
7 076 ton CO2
18 446 ton CO2
13 411 ton CO2
25 965 ton CO2
16 582 ton CO2
Tendo em consideração os valores reais não-auditados, todas as cinco fábricas
conseguiram situar-se abaixo dos valores de emissão das licenças atribuídas. Os
procedimentos de verificação dos valores reais de emissão estão calendarizados para o
primeiro trimestre de 2006, para validação formal dos dados operacionais.
V. Utilização da água e águas residuais
O consumo registado de água aumentou de 0,32 para 0,44m3 por unidade produzida,
também como resultado da melhoria do sistema de contabilização ambiental, que fornece
agora informação mais fiável e de melhor qualidade.
Custos da água por origem
Consumo de água por origem
1%
2%
31%
Municipal
Municipal
Superficial
Subterrânea
59%
Superficial
Subterrânea
97%
10%
Pág. 13 de 15
Custo da água por metro cúbico
produzido (euro/m3)
Consumo de água por metro cúbico
produzido (m3/m3)
0,6
0,4
0,5
0,3
0,4
0,2
0,3
0,1
0,0
0,2
2005
2004
2005
2004
Os custos da água aumentaram 0,06 euros para 0,28 euros por metro cúbico de unidade
produzida. A água com origem na rede municipal é responsável por 59% da água utilizada e
97% dos custos, apesar de, em 2005, ter sido conseguida uma redução de 3% na utilização
desta fonte. As restantes fontes de água são recursos superficiais (10%) e subterrâneos
(31%). Uma das metas futuras para a Sonae Indústria é a redução do nível global de água
potável utilizada e assim a redução dos custos.
Cooperação com Universidades
No âmbito do protocolo entre a Sonae Indústria e a Universidade Nova de Lisboa
(Faculdade de Ciências e Tecnologia), foi desenvolvido um projecto de eco-design
(juntamente com um diagnóstico ambiental) para o negócio do mobiliário em kit, em
Portugal.
Este projecto é a base para a segunda fase (a iniciar-se durante 2006), que irá detalhar
como o negócio do mobiliário em kit pode beneficiar das oportunidades de eco-eficiência
relacionadas com o eco-design dos produtos.
Responsabilidade pelo produto
A Sonae Indústria está activamente envolvida nos grupos de trabalho, no âmbito dos dois
sistemas mais importantes de certificação da gestão florestal: o PEFC, Programme for the
Endorsement of Forest Certification schemes e o FSC, Forest Stewardship Council.
Enquanto parte activamente interessada nestas organizações, a Sonae Indústria teve a
oportunidade de introduzir um conjunto de critérios de certificação para a madeira reciclada,
que foram a limpeza e a segurança na utilização do produto final. Em Julho de 2005, o
PEFC reconheceu o contributo positivo da reciclagem de madeira na utilização sustentável
deste recurso e classificou-o como um material certificável.
Para além disso, em todas as operações europeias, a Sonae Indústria comprometeu-se
voluntariamente a produzir apenas painéis de baixa emissão de formaldeído (conhecidos
por produtos classe E1), um compromisso assumido no seio da EPF (European Panels
Federation).
A Sonae Indústria está também activamente envolvida no debate da futura regulação
europeia sobre emissões de compostos voláteis dos produtos.
Perspectivas
Um elemento-chave na abordagem do Grupo aos temas relacionados com o ambiente e a
eco-eficiência é o desenvolvimento dos programas de eco-eficiência, ao nível de cada
unidade industrial, para o período de 2006-2010. Estes estão a ser desenvolvidos e serão a
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referência para o planeamento e implementação de todos os futuros investimentos e acções
a nível operacional. Em 2006, a meta ambiental mais importante para a Sonae Indústria é a
continuação da melhoria dos sistemas de informação ambiental e do seu desempenho,
através da optimização da utilização da energia e das matérias-primas.
Tanto a eco-eficiência como a higiene e segurança serão áreas catalizadoras para
impulsionar a gestão da sustentabilidade dentro da Sonae Indústria, que será suportada no
reporte mais detalhado das realizações e do progresso neste âmbito.
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Relatório sobre o Governo da Sociedade
Índice
0.
Declaração de Cumprimento
1.
1.1.
1.2.
Órgãos de Gestão, Composição e Organização
Composição e Organização do Conselho de Administração
Composição e Organização da Comissão Executiva
2.
2.1.
2.2.
2.3.
Comissões com Competências Especializadas
Comissão de Auditoria e Finanças
Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente
Comissão de Nomeações e Remunerações
3.
Assistência às Reuniões do Conselho de Administração e das Comissões com
Competências Especializadas
4.
Avaliação do Conselho de Administração
5.
Remunerações e Outras Compensações
6.
Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas
7.
Comissão de Vencimentos
8.
Evolução da Cotação das Acções
9.
Relações com investidores
10.
Política de Distribuição de Dividendos
11.
Planos de Atribuição de Acções e Planos de Atribuição de Opções de Aquisição de
Acções
12.
Negócios com Partes Relacionadas
13.
Remuneração Anual do Auditor
14.
14.1.
14.2.
14.2.1.
14.2.2.
14.2.3.
14.3.
Regras Societárias
Códigos de Conduta e Regulamentos Internos
Gestão de Riscos
Os processos de gestão de Risco Integrada
A Gestão de Risco Operacional
A Organização da gestão de Risco
Medidas Susceptíveis de Interfeir no Êxito de Ofertas Públicas de Aquisição
15.
Listagem das funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração
noutras sociedades
16.
Listagem das funções anteriormente exercidas pelos membros do Conselho de
Administração
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A actual Sonae Indústria, SGPS, SA (daqui em diante designada por «Sonae Indústria») não
desenvolveu nenhuma actividade relevante, antes do processo de cisão-fusão e fusão,
concluído em Dezembro de 2005 e que esteve na origem da incorporação da actividade da
Sonae Indústria – SGPS, SA (sociedade extinta) na Sonae Indústria. A informação contida
neste relatório refere-se às duas empresas, a extinta e a actual Sonae Indústria.
0. Declaração de Cumprimento
A Sonae Indústria compromete-se a desenvolver e implementar boas práticas de governo
corporativo, que extravasam o cumprimento das obrigações regulamentadas. A Sonae
Indústria está consciente de que um bom governo corporativo reduz o risco e cria valor para
o accionista. Uma boa governação deve incluir práticas responsáveis de gestão e uma
preocupação alargada com temas ambientais, sociais e éticos.
A Sonae Indústria cumpre todas as recomendações, excepto a 2 e a 8, das Recomendações
para o Governo Corporativo, fixadas pela CMVM - Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários.
Relativamente à Recomendação 2, os estatutos da Sonae Indústria, actualmente, permitem
aos accionistas votar por correspondência, em caso de alterações aos Estatutos e de
eleições para os Órgãos Sociais. As restrições ao voto por correspondência para as
restantes matérias são, acima de tudo, uma forma de encorajar a participação dos
accionistas nas Assembleias Gerais e, assim, estabelecer uma relação interactiva entre a
Sociedade e aqueles.
No que respeita a Recomendação 8, a Sonae Indústria divulga a remuneração individual do
Presidente do Conselho de Administração e do Presidente Executivo, assim como a
remuneração agregada dos Administradores Executivos e Não-Executivos. Esta decisão do
Conselho de Administração assenta no facto de a divulgação da remuneração individual de
todos os Administradores são ser uma prática genericamente aceite entre as empresas
portuguesas. Para além disso, o Conselho de Administração entende que a divulgação
actual é suficiente e permite avaliar separadamente a remuneração das principais
componentes do Conselho de Administração: o Presidente do Conselho de Administração, o
Presidente Executivo, a Comissão Executiva e os Administradores Não-Executivos.
1.
Órgãos de Gestão, Composição e Organização
CONSELHO DE
BOARD OF DIRECTORS
ADMINISTRAÇÃO
Carlos Bianchi de Aguiar (CEO)
Christian Schwarz
Rui Correia
José Ant
António
nio EXPORT
Comesaña
Louis Brassard
PEN.
IBÉRICA
IBERIA
BRAZIL
BRASIL
COMISSÃOCOMMITTEE
EXECUTIVA
EXECUTIVE
FRANCE
FRANÇA
ALEMANHA
GERMANY
Belmiro de Azevedo (Presidente)
Álvaro Cuervo Garcia
Angel Garcia Altozano
Paulo Azevedo
Per Knuts
Thomas Nystén
Carlos Bianchi deAguiar(CEO)
Christian Schwarz
Rui Correia
José António Comesañ a
Louis Brassard
REINO
UNITED
UNIDO
KINGDOM
CANADA
CANADÁ
ÁFRICA
SOUTH
DO
SUL
AFRICA
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1.1.
Composição e Organização do Conselho de Administração
O Conselho de Administração da Sonae Indústria é composto por 11 administradores,
eleitos na Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração elege o
Presidente. O número de Administradores Não-executivos (6) excede o número de
Administradores Executicos (5); dos Administradores Não-executivos, 3 são
Independentes, ou seja, não estão associados a grupos de interesse relacionados quer
com a Sociedade, quer com o seu accionista de referência, para além de não terem
interesses relevantes que possam interferir com a capacidade de exercer livremente a
sua função. Estes Administradores independentes exercem uma influência importante no
processo de tomada de decisões e no desenvolvimento da estratégia e da política da
empresa e, como tal, o Conselho de Administração apresenta um equilíbrio entre o
número de Administradores, que representam os accionistas de referência e o número
de Administradores independentes. O mandato do Conselho de Administração é de
quatro anos, com a possibilidade de reeleição. O mandato actual do Conselho de
Administração é de 2002 a 2005. Todos os membros do Conselho de Administração
foram designados, com efeitos a partir de 15 de Dezembro de 2005, com excepção de
Rui Correia, que foi designado a 22 de Julho de 2002.
Tal como estipulado nos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da
Sonae Indústria deve reunir-se trimestralmente e, adicionalmente, sempre que o
Presidente ou dois dos seus membros o solicitarem. Todas as decisões tomadas são
registadas nas actas respectivas. Houve 7 reuniões do Conselho de Administração em
2005. O Conselho de Administração apenas pode deliberar, se a maioria dos seus
membros estiver presente ou representada e as decisões são tomadas por maioria dos
votos presentes.
Os membros do Conselho de Administração, actualmente, acumulam a função de
membros do Conselho de Administração de determinadas sociedades, que estão
listadas no Ponto 15 deste relatório. Funções anteriores, exercidas nos últimos 5 anos,
estão também enumeradas no Ponto 16 deste relatório.
Administradores da Sonae Indústria
Belmiro de Azevedo (Presidente da Sonae Indústria): Licenciatura em
Engenharia Química - Universidade do Porto; PhD da Harvard Business School
e participou no Programa de Gestão Financeira da Universidade de Stanford;
desde cedo, ocupou diversas funções no grupo Sonae. É, actualmente,
Presidente do grupo Sonae e membro de: «European Union Hong-Kong
Business Cooperation Committee; do «International Advisory Board» da Allianz
AG; do «International Advisory Board» da Harvard Business School. Foi
diversas vezes condecorado, sendo de destacar: a «Encomienda de Numero
de la Ordem del Mérito Civil» por Sua Majestade, D. Juan Carlos, Rei de
Espanha; a «Ordem do Cruzeiro do Sul» pelo Presidente da República Federal
do Brasil; a «Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique» pelo Presidente da
República de Portugal; nomeação como «Honorary Fellow» pela London
Business School e membro da «Order of Outstanding Contributors to
Sustainable Development» pelo World Business Council for Sustainable
Development.
Álvaro Cuervo García: Pós-graduação em Estatística e Psicologia e PhD em
Economia da Universidade de Madrid (Espanha). É professor universitário de
Economia para Gestão Empresarial e é o Director do Departamento de Gestão
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Empresarial da Universidade Complutense em Madrid. É ainda professor
universitário de Economia para Gestão Empresarial nas Universidades de
Valladolid e Oviedo University (Espanha) e de CIDE (México). É também
Professor Convidado nas Universidade de Nova Iorque e de Califórnia Berkeley
(EUA). É membro do Comité Consultivo do Governo para as Privatizações
(espanhol) e Presidente da Associação Ciêntífica de Economia e Empresas
(Espanha).
Angel Garcia Altozano (Independente): Licenciatura em Engenharia Civil Universidade de Madrid (Espanha) e MBA da Universidade de Dayton (Ohio –
EUA). Desempenha diversas funções de gestão e administração.
Paulo Azevedo: Licenciatura em Engenharia Química - EPF Lausanne (Suíça)
e Pós-graduação em Estudos Empresariais - EGP (ex-ISEE/UP). Exerceu o
cargo de Presidente Executivo da Optimus – Telecomunicações, S.A., entre
1998 e 2000; Presidente Executivo da Sonaecom – SGPS, S.A. e Presidente
do Conselho de Administração da Optimus - Telecomunicações S.A..
Desempenha diversas funções de gestão e administração no grupo Efanor.
Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo.
Per Knuts (Independente): Licenciatura em Engenharia Química - Royal
Institute of Technology (Suécia) e foi Presidente do Conselho de Administração
do Conselho Global das empresas da Stora Feldmühle AG e da FPB Holding
AG (Düsseldorf – Alemanha), entre 1998 e 2004.
Thomas Nystén (Independente): Licenciatura em Ciências Políticas Universidade de St. Andrews (Escócia) e foi Administrador Não-executivo da
Myllyskoski Corporation e Presidente Executivo da Myllykoski Lang Papier.
Actualmente, é Administrador não-executivo da Gratenau & Hesselbacher
GmbH.
Carlos Bianchi de Aguiar (Presidente da Comissão Executiva e Presidente
Executivo da Sonae Indústria): Licenciatura em Economia - Universidade do
Porto. Ocupou diversas funções de gestão e administração no grupo Sonae.
Christian Schwarz (Vice President of the Executive Committee and COO
Central Europe): Licenciatura em Engenharia Industrial - Universidade Técnica
de Karlsruhe (Alemanha). Durante muitos anos, desempenhou funções de
director executivo no sector automóvel e, desde então, ocupou diversas
funções de gestão e administração no grupo Sonae Indústria.
Rui Correia (CFO): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto e Pósgraduação em Gestão Empresarial - EGP (ex-ISEE/UP). Integra o Grupo
Sonae desde 1994. A partir de 2000, Director do Departamento Financeiro da
Sonae SGPS. A partir de 2001, ocupou diversos cargos de gestão e
adminsitração no gurpo Sonae.
José António Comesaña (COO Iberia & Brazil): Licenciatura em Engenharia
Mecânica Industrial - Escuela de Ingenieros Industriales de Barcelona
(Espanha). Ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo
Sonae.
Louis Brassard (COO Canada & South Africa): Licenciatura em Engenharia
Industrial - Montréal Polytechnic School (Quebeque - Canadá); MBA em
Finanças e Marketing - Universidade de Montréal. Integra o grupo desde 1994
e ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo Sonae Indústria.
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Os Administradores da Sonae Indústria detêm o seguinte número de acções da Sonae
Indústria:
Número de Acções
Belmiro Mendes de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
49.999.997
Direitos de Cisão-Fusão (*)
14.901
Carlos Bianchi de Aguiar
Direitos de Cisão-Fusão (*)
Rui Manuel Gonçalves Correia
Direitos de Cisão-Fusão (*)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Imparfin, SGPS, SA (5)
Direitos de Cisão-Fusão (*)
Número de Acções
(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
10.000
Pareuro, BV (2)
20.000
Sonae-SGPS, SA (3)
658.804.410
Direitos de Cisão-Fusão (*)
658.804.410
10.620
35.000
1
150.000
360.591
(2) Pareuro, BV
Sonae, SGPS, SA
Direitos de Cisão-Fusão (*)
400.000.000
400.000.000
(3) Sonae-SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Sonae Capital-SGPS, SA (4)
1.000.000
391.046.000
(4) Sonae Capital-SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
8.322.354
(5) Imparfin, SGPS, SA
Sonae, SGPS, SA
Direitos de Cisão-Fusão (*)
4.105.273
4.105.273
(*) - Direitos resultantes da operação de cisão-fusão e fusão, que envolveu a Sonae, SGPS, SA, a Sonae Indústria - SGPS, SA
(Sociedade extinta) e a Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA (redenominada Sonae Indústria, SGPS, SA),
registados, a 2 de Janeiro de 2006, nas contas dos respectivos titulares.
A 20 de Janeiro de 2006, estes direitos foram convertidos em acções Sonae Indústria, a saber:
Belmiro Mendes de Azevedo
Carlos Bianchi de Aguiar
Rui Manuel Gonçalves Correia
Duarte Paulo Teixeira Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA
Pareuro, BV
Imparfin, SGPS, SA
1.010
720
2.372
24.446
44.664.706
27.118.645
278.324
1.2.
Composição e Organização da Comissão Executiva
A Comissão Executiva é nomeada pelos membros do Conselho de Administração e é
composta por: Presidente Executivo, Administrador Financeiro e Administradores
Operacionais das três grandes áreas geográficas onde a Sociedade tem operações. Os
Estatutos da Sociedade permitem que o Conselho de Administração delegue a gestão
corrente na Comissão Executiva.
Entre os membros da Comissão Executiva, as responsabilidades estão assim divididas:
EXECUTIVE EXECUTIVA
COMISSÃO
COMMITTEE
Carlos
Carlos Bianchi
Bianchi de
de Aguiar
Aguiar
Presidente da Comissão Executiva (CE) e CEO
President of the Executive Committee and CEO
Christian Schwartz
Vice President of
Vice-Presidente
dathe
CEExecutive
e COO daCommittee
Alemanha, and
França
COO
e Reino
Germany,
UnidoFrance & UK
Rui Correia
CFO
Louis Brassard
Canada,
SouthAfrica
COO do
Canadá
e África do Sul,
Jos é António Comesa ñ a
COO da
Península
Iberia
& BrazilIbérica e Brasil
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O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva todos os poderes de
gestão corrente da sociedade, com expressa exclusão dos seguintes:
a) eleição do Presidente do Conselho de Administração;
b) cooptação de administradores;
c) pedido de convocação de Assembleias Gerais;
d) aprovação do Relatório e Contas anuais;
e) prestação de cauções e garantias reais ou pessoais pela sociedade;
f) deliberação de mudança de sede e de aumento de capital social;
g) deliberação sobre projectos de fusão, cisão e transformação da sociedade;
h) aprovação do Plano de Actividades e do orçamento anual da sociedade;
i) deliberação sobre políticas de recursos humanos, nomeadamente planos de
atribuição de acções e planos de atribuição de remuneração variável, aplicável a
quadros de topo (nível XIV e superior), em áreas que não sejam da competência da
Assembleia Geral ou da Comissão de Vencimentos, assim como decisões sobre a
compensação individual de quadros de Nível XVII e superior, que estão delegadas à
Comissão de Nomeações e Remunerações e, quando estes são Administradores da
Sociedade é requerida a deliberação da Comissão de Vencimentos ou da
Assembleia Geral de Accionistas;
j) definição ou alteração de políticas contabilísticas, sempre que a sociedade em
causa esteja integrada no perímetro de consolidação do Grupo;
k) aprovação das contas trimestrais e semestrais;
l) compra e venda, leasing financeiro de longa duração ou outros investimentos em
activos fixos tangíveis, quando envolvam valores que excedam o montante de
5.000.000 euros por cada transacção, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho de
Administração;
m) subscrição ou compra de acções em sociedades participadas se, durante o
exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de 20.000.000
euros, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de
Actividades aprovados em Conselho de Administração;
n) investimento em novas sociedades bem como investimento em outros activos
financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor
acumulado de 10.000.000 euros, excepto se enquadrados no âmbito do Orçamento
Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho de Administração;
o) outros investimentos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto,
excederem o valor acumulado de 10,000,000 euros, excepto se enquadrados no
âmbito do Orçamento Anual ou do Plano de Actividades, aprovados em Conselho
de Administração,
p) desinvestimentos ou alienação de activos, desde que resulte da referida transacção
um efeito significativo (entendido como sendo igual ou superior a 5%) sobre os
resultados operacionais da sociedade ou afecte os postos de trabalho de mais de
cem trabalhadores, excepto se enquadrados no âmbito do orçamento anual ou do
Plano de Actividades aprovados em Conselho de Administração.
A Comissão Executiva reúne-se ordinariamente, pelo menos, uma vez por mês e, além
disso, todas as vezes que o seu Presidente ou a maioria dos seus membros a convoque
por escrito, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data marcada; a
reunião só poderá realizar-se, desde que se encontrem presentes (fisicamente ou por
videoconferência) quatro dos seus membros. O Presidente Executivo preside à reunião.
Ao longo do exercício de 2005, a Comissão Executiva reuniu-se 20 vezes.
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As deliberações da Comissão Executiva são tomadas por maioria de quatro membros.
Na falta desta maioria, a Comissão Executiva deverá submeter a matéria em causa a
deliberação do Conselho de Administração. Com o objectivo de manter o Conselho de
Administração permanentemente informado das deliberações da Comissão Executiva, é
enviado a todos os seus membros um sumário das actas das reuniões da Comissão
Executiva.
2.
Comissões com Competências Especializadas
Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e encontrar as
melhores práticas para o governo corporativo, o Conselho de Administração criou 3
Comissões com Competências Especializadas:
•
•
•
Comissão de Auditoria e Finanças (Board Audit and Finance Committee
“BAFC”);
Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (Social Responsibility and
Environment Committee “SREC”);
Comissão de Nomeações e Remunerações (Board Nomination and
Remuneration Committee “BNRC”).
2.1.
Comissão de Auditoria e Finanças (“BAFC”):
O BAFC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos:
•
•
•
Álvaro Cuervo (Presidente);
Ángel Altozano (Independente);
Paulo Azevedo.
O BAFC reúne, ordinariamente, pelo menos 5 vezes por ano, tendo as seguintes
atribuições principais:
•
•
•
•
•
•
proceder à análise e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras e as
apresentações de resultados, a publicitar ao mercado, com vista a
apresentar as suas conclusões ao Conselho de Administração;
analisar a gestão de risco, controlar internamente os processos e negócios;
analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa;
analisar quaisquer alterações nas políticas e práticas contabilísticas;
verificar o cumprimento das normas contabilísticas;
verificar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias, em particular
no âmbito financeiro.
Durante 2005, o BAFC reuniu 7 vezes.
2.2.
Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente (“SREC”)
O SREC é composto pelos seguintes Administradores:
•
•
•
•
Belmiro de Azevedo (Presidente);
Christian Schwarz
Per Knuts (Independente)
Thomas Nystén (Independente)
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Esta Comissão reuniu duas vezes no ano de 2005, sendo a sua atribuição principal a
análise, na condução dos negócios da sociedade, dos impactos da sustentabilidade, nas
suas vertentes económica, ambiental e social, bem como do governo corporativo.
2.3.
Comissão de Nomeações e Remunerações (“BNRC”)
O BNRC é composto pelos seguintes Administradores:
•
•
•
•
Belmiro de Azevedo (Presidente);
Álvaro Cuervo
Carlos Bianchi de Aguiar
Paulo Azevedo
Esta Comissão reúne, normalmente, pelo menos, uma vez por ano, sendo a sua
atribuição principal analisar e aprovar propostas e recomendações, em nome do
Conselho de Administração, relativas à remuneração e outras compensações dos
membros do conselho de administração e de outros quadros de topo do grupo Sonae
Indústria.
O BNRC faz a ligação com a Comissão de Vencimentos da Sonae Indústria. Pode
também soliciar assessoria de entidades externas, desde que estas se comprometam a
manter sigilo absoluto sobre a informação obtida em resultado dessa cooperação.
Em 2005, o BNRC reuniu 4 vezes.
3.
Assistência às Reuniões do Conselho de Administração e das Comissões
Directivas
Durante o exercício de 2005, o Conselho de Administração e as respectivas Comissões
tiveram o número de reuniões e a assistência dos seus membros, a saber:
Número de
Reuniões
Assistência
Conselho de Administração
7
87%
Comissão Executiva
20
92%
Comissão de Auditoria e Finanças
7
81%
Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente
2
100%
Comissão de Nomeações e Remunerações
4
100%
4. Avaliação do Conselho de Administração
De acordo com as melhores práticas de governo corporativo, foi efectuada uma autoavaliação do Conselho, com o apoio de um consultor externo. A avaliação foi concebida
para analisar o modo de funcionamento do Conselho e das respectivas Comissões, para
avaliar o governo corporativo ao nível do Conselho e propor acções de melhoria.
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5.
Remunerações e Outras Compensações
A remuneração e outras compensações dos membros executivos do Conselho de
Administração é composta por três componentes: a remuneração anual fixa, o prémio de
desempenho a curto-prazo e o prémio de desempenho diferido a médio prazo.
A remuneração anual fixa baseia-se nos valores de referência do mercado para funções
similares e é paga em doze prestações mensais.
O prémio de desempenho a curto-prazo atribuído está indexado a uma percentagem da
remuneração fixa anual. Os montantes, de facto, auferidos estão dependentes, uma parte
do atingimento de diversos indicadores-chave de desempenho, pré-definidos anualmente,
directamente relacionados com os objectivos financeiros e operacionais, a curto-prazo, da
Sonae Indústria e a outra parte com base na avaliação individual.
O prémio de desempenho diferido a médio-prazo atribuído está indexado a uma
percentagem do prémio de desempenho a curto prazo atribuído. Os pagamentos são
diferidos por um período de 3 anos e os montantes, de facto, auferidos estão dependentes
do atingimento de indicadores pré-definidos, a médio-prazo, directamente relacionados com
os objectivos estratégicos, a médio prazo, da Sone Indústria.
Total da
Remuneração
Anual Fixa
Total do Prémio Total do Prémio de
de Desempenho Desempenho diferido
a curto-prazo (a) a médio-prazo (b)
Total 2005
Montantes em euros pagos em 2005
Presidente do Conselho de Administração
105.000
-
Presidente Executivo
216.000
105.450
128.340
449.790
1.064.500
563.844
533.740
2.162.084
182.688
-
-
182.688
Administradores Executivos (5)
Administradores Não-Executivos (6)
105.000
(a) relativo a 2004
(b) relativo a 2003 e a 2004
Durante 2005, a Sonae Indústria também pagou indemnizações, no valor de 186.000 euros
a Administradores Executivos, que saíram da Sociedade durante o ano.
6.
Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas
Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída apenas pelos
accionistas com direito a voto, possuidores de acções ou títulos de subscrição, que, até cinco
dias úteis antes da realização da Assembleia, comprovem junto da sociedade a sua
titularidade, nos termos estabelecidos na lei.
A cada grupo de cem acções corresponde um voto, tendo os accionistas tantos votos
quantos os correspondentes à parte inteira que resultar da divisão por cem do número de
acções que possuam.
Excepto se a lei exigir diversamente, as deliberações em Assembleia Geral são tomadas por
maioria simples.
Os accionistas que sejam pessoas singulares podem fazer-se representar nas reuniões da
Assembleia Geral por cônjuge, ascendente ou descendente, administrador ou outro accionista, mediante carta dirigida ao presidente da mesa que indique o nome, domicílio do
representante e data da assembleia.
As pessoas colectivas podem fazer-se representar pela pessoa que para o efeito
designarem através de carta, cuja autenticidade será apreciada pelo Presidente da Mesa.
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Enquanto a sociedade for considerada «sociedade com o capital aberto ao investimento do
público», os accionistas poderão votar por correspondência, no que se refere exclusivamente
à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais.
Só são considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da
sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção, dirigida ao Presidente da
Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da
Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da qualidade de accionista.
Durante 2005, não existia um modelo específico de voto por correspondência, bem como
não existia a possibilidade de exercer o direito de voto através de meios electrónicos.
Em 2006, a Sonae Indústria irá disponibilizar um modelo específico de voto por
correspondência, tanto no seu sítio, www.sonaeindustria.com, como na sede da
Sociedade.
São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social e no sítio da
sociedade www.sonaeindustria.com, no prazo legal, as propostas a submeter pelo
Conselho de Administração à Assembleia Geral de Accionistas, acompanhadas dos
relatórios, documentos e demais elementos de informação preparatória que legalmente as
devem acompanhar.
7.
Comissão de Vencimentos
A Comissão de Vencimentos da sociedade, eleita em Assembleia Geral para mandatos de
quatro anos, é actualmente composta pela Efanor Investimentos - SGPS, SA, representada
pelo Senhor Professor José Manuel Neves Adelino e pelo Senhor Engº Bruno Walter
Lehman.
8.
Evolução da Cotação das Acções
Evolução da Cotação das Acções da Sonae Indústria - 2005
7
6,5
6
31 Dezembro
2004
€ 4,82
Sonae Indústria +33%
PSI20 + 13%
5,5
5
31 Dezembro
2005
€ 6,4
4,5
4
3- 17 31 14 28 14 28 11 25 9- 23 6- 20 4- 18 1- 15 29 12 26 10 24 7- 21 5- 19
Ju - Ju - Ja A - N - D - - M Ju go A A S S O O ov N ez D
n Ja Ja F F M M A A ai M n Ju l
Sonae Indústria
Pág. 11 de 21
Principais eventos em 2005
1 de Março
31 de Março
5 de Abril
27 de Abril
28 de Abril
31 de Agosto
23 de Setembro
3 de Novembro
4 de Novembro
18 de Novembro
15 de Dezembro
20 de Dezembro
27 de Dezembro
Apresentação dos Resultados do exercício de 2004
Anúncio da Emissão do Empréstimo Obrigacionista - € 55 milhões
Assembleia Geral Anual de Accionistas
Anúncio de Emissão dos Empréstimos Obrigacionistas - € 100 e € 150 milhões
Apresentação dos Resultados do 1º Trimestre de 2005
Apresentação dos Resultados do 1º Semestre de 2005
Aprovação do Projecto de Cisão pelo CA da Sonae Indústria
Apresentação dos Resultados do 3º Trimestre de 2005
Aprovação do Projecto de Cisão pela AG Extraordinária de Accionistas
Anúncio da Joint-Venture com a Tarkett
Escritura Pública de Cisão
Exclusão de Cotação das acções da «antiga» Sonae Indústria
Admissão à Cotação das acções da «nova» Sonae Indústria, atribuídas
aos accionistas da «antiga» Sonae Indústria
Ao longo de 2005, a cotação das acções da Sonae Indústria aumentou em 33%, para
encerrar, a 31 de Dezembro, a 6,4 euros por acção, o que representou um excelente
desempenho, de 20%, do principal índice do mercado de capitais português. O volume
médio diário em 2005 foi de 8 mil acções. Desde o início de 2006 até agora, o volume médio
diário aumentou significativamente para 536 mil acções, como resultado do aumento do
free-float de ligeiramente inferior a 3% para aproximadamente 42%. No final de 2005, a
capitalização bolsista da Sonae Indústria foi de cerca de 900 milhões de euros.
9.
Relações com Investidores
A Sonae Indústria tem um Departamento de Apoio ao Investidor, responsável por gerir a
relação entre a Sociedade e os accionistas, investidores, analistas e autoridades de
mercado, incluindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Trimestralmente, este departamento é responsável por coordenar a preparação da
apresentação de resultados a ser divulgada ao mercado, assim como esclarecer, sempre
que necessário, quaisquer factos relevantes ou eventos, que possam influenciar o preço da
acção. Este departamento está sempre disponível para responder a qualquer questão
formulada pelo mercado. A Sociedade está disponível para reunir com investidores, quer em
roadshows, em reuniões individuais, que lhe sejam solicitadas, quer em conferências em
que participe.
O Departamento de Apoio ao Investidor pode ser contactado por email,
[email protected] ou por telefone: +351.220.100.638. A directora do
departamento é Maria João Carrapato.
Para além disso, a Sonae Indústria tem um sítio institucional, www.sonaeindustria.com,
onde são colocados todas as informações relevantes, tais como: apresentações de
resultados, comunicados, relatórios e contas e outros documentos do domínio público, notas
de imprensa ou notícias genéricas sobre diversos temas relacionados com a Sociedade e o
grupo.
O representante legal da Sonae Indústria para as Relações com o Mercado é Rui Correia,
que pode ser contactado via Departamento de Apoio ao Investidor, ou, se pretendido,
através do email, [email protected].
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10.
Política de Distribuição de Dividendos
A Sonae Indústria, nos últimos anos, tem vindo a adoptar uma política de não distribuição
de dividendos, como forma de permitir o fortalecimento do balanço. Decisões futuras
caberão aos accionistas na Assembleia Geral, com base numa proposta apresentada pelo
Conselho de Administração.
11.
Planos de Atribuição de Acções e Planos de Atribuição de Opções de
Aquisição de Acções
A Sonae Indústria não atribui remunerações ou outras compensações, que envolvam ou
estejam relacionados com planos de atribuição de acções ou de atribuição de opções de
aquisição de acções.
12.
Negócios com Partes Relacionadas
A sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de
Administração, bem como com o Fiscal Único.
As operações com sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da
actividade normal da sociedade e foram realizadas em condições normais de mercado e a
preços que respeitam as regulações sobre preços de transferência.
13.
Remuneração Anual do Auditor
Os auditores da sociedade são a Deloitte, que, no exercício de 2005, facturou à Sonae
Indústria e às sociedades suas participadas o valor total de 1.112.209 euros, sendo 58,2%
relativos a serviços de auditoria e de revisão legal de contas, 16,5% a serviços de
consultadoria fiscal e 25,3% a outros serviços.
Os serviços de consultadoria fiscal e os outros serviços são prestados por técnicos
diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se encontra
salvaguardada a independência do auditor.
14.
Regras Societárias
14.1
Códigos de Conduta e Regulamentos Internos
Os princípios e valores da Sonae Indústria são profusamente difundidos e estão
profundamente enraizados na cultura dos seus colaboradores, incluindo entre outros o
dever de diligência e de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a
posição da sociedade em situações de conflitos de interesses.
O Provedor do grupo Sonae tem estado sempre disponível para o público em geral e
colaboradores. No passado, ficou provado que este método é eficaz na transmissão de
reclamações, as quais são seguidas por um Administrador, responsável por assegurar o
seu tratamento independente, imparcial e justo. Em toda a organização, os
colaboradores são encorajados a contribuir com sugestões e a comunicar abertamente
com a administração quaisquer temas, que sejam vistos como impeditivos do
cumprimento das suas responsabilidades ou que diminuam o seu bem-estar.
Como resultado do processo de cisão-fusão e fusão, a Sonae Indústria já não faz parte
do grupo Sonae, pelo que, em 2006, irá criar um processo e uma estrutura similar.
Pág. 13 de 21
14.2
Gestão de Riscos
A sociedade, para além da Comissão de Auditoria e Finanças, acima referida, possui
um departamento de auditoria interna e gestão de risco, o qual acompanha e promove o
desenvolvimento de actividades sistemáticas e estruturadas de gestão dos riscos do
negócio.
A Gestão de Risco é uma das componentes da cultura da Sonae Indústria, está
presente em todos os processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os
gestores e colaboradores, aos diferentes níveis da organização.
A Gestão de Risco compreende os processos de identificação dos riscos potenciais,
analisando o seu possível impacto nos objectivos estratégicos da organização e
prevendo a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de
gerir a exposição a esses riscos.
A Gestão de Risco é a cultura, os processos e a organização que auxiliam a Sonae
Indústria a identificar e avaliar os riscos, a aferir o seu efeito potencial no negócio e a
planear as acções adequadas de forma a gerir eficazmente o impacto dos riscos. Na
impossibilidade de eliminar todos os riscos, a organização implementou processos,
eficientes e eficazes, de modo a assegurar que estes são mantidos a um nível
entendido como adequado, que os riscos inaceitáveis são rejeitados, que alguns são
transferidos através de políticas de seguros e que outros são evitados.
14.2.1
Os processos de Gestão de Risco Integrada
A Gestão de Risco na organização está suportada numa metodologia standard e
integrada, denominada Enterprise-Wide Risk Management.
Neste exercício, o processo de sistematização, desencadeado em 2004, foi
consolidado, tendo sido perfeitamente integrado e alinhado com os objectivos
estratégicos do negócio, visando a prioritização, por um lado, dos riscos relevantes
do negócio e, por outro, a identificação das acções para mitigar os seus impactos.
Este processo percorreu a organização de forma transversal e completa, envolvendo
todos os países e funções corporativas.
O Modelo de Risco, construído em 2004, agregou os riscos do negócio em três
categorias (Riscos de Envolvente de Negócio, Riscos do Processo de Negócio e
Riscos da Informação para a Tomada de Decisão), foi revisto e os riscos-chave
foram identificados, prioritizados e analisados durante o ciclo de planeamento do
negócio de 2005, assegurando que as estratégias de mitigação de riscos foram
identificadas e que as acções e recursos definidos contribuirão para uma eficiente e
eficaz gestão dos principais riscos do negócio.
A gestão dos riscos financeiros, enquadrada nos riscos do processo do negócio, é
efectuada e monitorizada no âmbito da actividade da função financeira.
A eficácia das estratégias de Gestão de Risco é monitorizada através do
acompanhamento da execução dos planos de acção acordados e reportada à
Comissão Executiva e à Comissão de Auditoria e Finanças.
Pág. 14 de 21
14.2.2
A Gestão de Risco Operacional
O fabrico de painéis derivados de madeira é uma actividade industrial com um risco
operacional de incêndio muito significativo. Enquanto líder mundial, seria inaceitável
para a Sonae Indústria não ter capacidade para recuperar de forma cabal de um
evento catastrófico. Por isso, a prevenção de perdas e a protecção de activos-chave
é uma preocupação constante no nosso Grupo.
Como resposta estruturada para esta «exposição ao risco», foi estabelecido, em
2003, um Programa ambicioso de Prevenção de Perdas.
Este programa é a base fundamental para a estratégia de prevenção de perdas e de
danos aos activos fixos, para todas as fábricas:
Standards para riscos corporativos
Desenvolvidos em 2003, os Standards para Riscos Corporativos estão divididos em
diversos grupos de Prevenção de Danos, a saber:
•
Sistemas gerais de Protecção contra Incêndios
•
Sistemas específicos de Protecção de Maquinaria e Equipamento
•
Vigilância
•
Manutenção
•
Factor humano
•
Planos de Contingência e de Continuidade do Negócio
Inspecções Externas
Apoiada nos Standards de Risco Corporativo, a General Electric Global Assets
Protection efectua inspecções, de dois em dois anos, emitindo um relatório com um
conjunto de recomendações e a atribuição de um índice de qualidade do risco para
cada fábrica (QIN - Quality Index Number). Desde 2000, o QIN global da Sonae
Indústria tem melhorado continuamente de 5,8 para 6,8 em 2005 (numa escala de 0
a 10).
Inspecções Internas
É efectuada uma visita interna a todas as fábricas, de 18 em 18 meses, para analisar
a situação das recomendações internas e externas anteriores e para avaliar o
cumprimento dos Standards de Risco Corporativo.
Formulário de Auto-Avaliação
Um Procedimento Trimestral de Control Self-Assessment tem vindo a ser efectuado,
por cada fábrica, desde 2000, o qual avalia 106 aspectos, agrupados por 23
categorias. O modelo, inicialmente utilizado, estava em suporte de papel; em 2004,
para facilitar esta tarefa e o seguimento das acções correctivas, passou a estar
integrado no sistema de LotusNotes. Todas as não-conformidades detectadas
automaticamente geram uma acção correctiva; trimestralmente, o sistema faz uma
acompanhamento das acções correctivas pendentes.
Plano de Risco 2004-2010
Todos os planos individuais das fábricas (que são actualizados anualmente) definem
um conjunto de medidas a tomar, visando o cumprimento, até 2010, dos Standards
de Risco Corporativo. Os principais objectivos são:
•
obter um retorno financeiro, reflectido no prémio do seguro (a demonstração real
da preocupação com a prevenção de danos).
Pág. 15 de 21
•
construir a base para a preparação do orçamento anual para o investimento em
medidas de Prevenção de Danos e estabelecer prioridades, com base no
impacto na Prevenção de Danos.
Workshop anual sobre Risco Operacional
Em 2005, reuniram-se todos os directores de fábrica, para debater como apoiar e
melhorar a aplicação efectiva dos Standards de Risco Corporativo e partilhar as
melhores práticas em Prevenção de Danos, para além da experiência e do
conhecimento da Sonae Indústria, na protecção dos activos fixos.
Distribuição do Prémio do Seguro
O prémio global do seguro da Sonae Indústria é imputado a cada fábrica, sendo que
50% do valor é alocado, de acordo com os preços locais do mercado segurador e
50% calculado pela qualidade do risco de cada fábrica. O primeiro é calculado, de
acordo com os níveis locais de prémio do mercado segurador e o último, segundo o
QIN de cada fábrica, de modo a que os que têm um desempenho «pior», paguem a
quota justa dos custos do seguro.
Em conclusão, não há dúvidas que «walking the talk» trouxe muitas vantagens à
Sonae Indústria. Ao aumentar a consciencialização para o risco e ao adoptar uma
abordagem sistemática e integrada, não ocorreram perdas catastróficas, nem
incidentes relevantes (que requeressem participações), nos últimos três anos.
Adicionalmente, a Sonae Indústria beneficiou de reduções significativas nos prémios
do seguro para a protecção do património e para lucros cessantes.
14.2.3
A Organização da Gestão de Risco
Sendo responsabilidade de todos os gestores e colaboradores da Sonae Indústria
nos diferentes níveis da organização, a actividade de gestão de risco é apoiada e
suportada pela função de Auditoria Interna e Gestão de Risco e também pela função
de Planeamento e Controlo de Gestão.
O departamento de Auditoria Interna e de Gestão de Risco tem uma equipa dedicada
de 6 pessoas, organizada numa abordagem matricial, com responsabilidades
definidas por área (Auditoria Interna, Gestão de Risco e Higiene e Segurança) e
região (Península Ibérica, França, Alemanha e Resto do Mundo).
O Departamento de Planeamento Corporativo e de Controlo de Gestão também tem
6 pessoas e está dividido em duas equipas, para permitir uma gestão mais eficaz
dos desafios e alterações que os nossos negócios enfrentam: a equipa de Reporte
Corporativo, que é responsável por todas as informações de reporte e análise de
negócio; e a equipa de Análise de Investimento, Fusões & Aquisições e
Planeamento Estratégico.
14.3
Medidas Susceptíveis de Interferir no Êxito de Ofertas Públicas de
Aquisição
Para além do número de acções que corresponde a um voto e das regras de
representação dos accionistas, mencionadas no parágrafo 6 acima, não existem
quaisquer limitações ao exercício do direito de voto.
Pág. 16 de 21
O Conselho de Administração desconhece quaisquer direitos especiais de accionistas
ou a existência de qualquer acordo de accionistas, em que a Sociedade ou os
accionistas da Sociedade estejam envolvidos.
Não existe qualquer limitação ao exercício do direito do voto susceptível de interferir
no êxito de uma Oferta Pública de Aquisição.
15 Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho de administração
noutras sociedades:
Belmiro Mendes de Azevedo:
• Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Presidente)
• Modelo Continente, SGPS, S.A. (Presidente)
• Praça Foz – Sociedade Imobiliária, S.A. (Presidente)
• Setimanale – SGPS, S.A. (Presidente)
• Sonae – SGPS, S.A. (Presidente)
• Sonae Capital – SGPS, S.A. (Presidente)
• Sonae Sierra – SGPS; S.A. (Presidente)
• Sonaecom – SGPS, S.A. (Presidente)
Carlos Francisco de Miranda Guedes Bianchi de Aguiar:
ƒ 173509 Canada, INC.
ƒ Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A.
ƒ Aserraderos de Cuellar, S.A.
ƒ Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A.
ƒ Euro Decorative Boards, Ltd.
ƒ Euromegantic Ltée.
ƒ Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A.
ƒ Glunz AG (Presidente)
ƒ Glunz Service GmbH
ƒ Glunz UK Holdings, Ltd.
ƒ Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A.
ƒ Ipaper – Indústria de Papeis Impregandos, S.A.
ƒ Isoroy SAS (Presidente)
ƒ Isoroy Transformation, SA
ƒ Maiequipa – Gestão Florestal, S.A.
ƒ Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A.
ƒ Poliface North America Inc.
ƒ Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A.
ƒ Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A.
ƒ Rochester Real Estate, Ltd.
ƒ SIAF - Imobiliária, S.A.
ƒ Socelpac – SGPS, S.A.
ƒ Somit - Imobiliária, S.A.
ƒ Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A.
ƒ Sonae – Serviços de Gestão, S.A.
ƒ Sonae International, Ltd.
ƒ Sonae Novobord (PTY) Ldt. (Presidente)
ƒ Sonae Tafibra Benelux, B.V.
ƒ Sonae Tafibra UK, Ltd.
ƒ Sonae UK, Ltd.
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ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Spanboard Products, Ltd.
Tableros de Fibras, S.A.
Tableros Tradema, SL
Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos, SL
Tafibra South Africa (PTY) Ldt. (Presidente)
Tafibrás Participações S.A.
Tafisa Brasil S.A.
Tafisa France S.A. (Presidente)
Tafisa UK, Ltd.
Taiber – Tableros Aglomerados Ibéricos, SL
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.
Christian Günther Schwarz:
ƒ Glunz AG
ƒ Glunz UKA GmbH
ƒ Isoroy S.A.S.
ƒ Isoroy Transformation, SA
ƒ OSB Deutschand Gmbh
ƒ Sonae Novobord (PTY) Ldt.
ƒ Sonae UK, Ltd.
ƒ Spanboard Products, Ltd.
ƒ Tafibra South Africa (PTY) Ldt.
ƒ Tafisa France S.A.
ƒ Tafisa UK, Ldt.
ƒ Tavapan SA (Conselho Geral)
ƒ Tool Gmbh
José Antonio Comesaña Portela:
•
Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A.
•
Aserraderos de Cuellar, S.A. (Presidente)
•
Compañia de Industrias y Negocios, S.A.
•
Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A.
•
Euroresinas – Indústrias Químicas, S.A.
•
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A.
•
Maiequipa – Gestão Florestal, S.A.
•
Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A.
•
Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A.
•
Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A.
•
Scs Beheer, B.V.
•
Serradora Boix, SL
•
Siaf – Imobiliária, S.A.
•
Socelpac – SGPS, S.A.
•
Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A.
•
Somit – Imobiliária, S.A.
•
Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A.
•
Sonae – Indústria de Revestimentos, S.A.
•
Sonae – Serviços de Gestão, S.A.
•
Sonae España, S.A.
•
Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira,
S.A.
•
Tableros de Fibras, S.A.
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•
•
•
•
•
•
Tableros Tradema, SL
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL
Tafibrás Participações, S.A. (Presidente)
Tafisa Brasil, S.A. (Presidente)
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. (Presidente)
Rui Manuel Gonçalves Correia:
ƒ
173509 Canada, INC.
ƒ
Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A.
ƒ
Aserraderos de Cuellar, S.A.
ƒ
Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A.
ƒ
Euromegantic Ltée.
ƒ
Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A.
ƒ
Glunz AG
ƒ
Glunz UK Holdings, Ltd.
ƒ
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A.
ƒ
Ipaper – Indústria de Papéis Impregnados, S.A.
ƒ
Isoroy SAS
ƒ
Maiequipa – Gestão Florestal, S.A.
ƒ
Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário, S.A.
ƒ
Poliface North America Inc.
ƒ
Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A.
ƒ
Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A.
ƒ
SC - Consultadoria de Gestão, S.A.
ƒ
SIAF - Imobiliária, S.A.
ƒ
Socelpac – SGPS, S.A.
ƒ
Solução - Apoio à Gestão, S.A.
ƒ
Somit - Imobiliária, S.A.
ƒ
Somit – Sociedade de Madeiras Industrializadas e Transformadas, S.A.
ƒ
Sonae – Indústria de Revestimentos, S.A.
ƒ
Sonae – Serviços de Gestão, S.A.
ƒ Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A.
ƒ
Sonae Novobord (PTY) Ldt.
ƒ
Tableros de Fibras, S.A.
ƒ
Tafibra South Africa (PTY) Ldt.
ƒ
Tafisa France S.A.
ƒ
Tafisa UK, Ltd.
ƒ
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.
Louis Maurice Brassard:
• 173509 Canada, Inc.
• Isoroy SAS
• Sonae Novobord (PTY) Ldt.
• Tafibra South Africa (PTY) Ldt.
• Tafisa France S.A.
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo:
ƒ Efanor Investimentos, SGPS, S.A.
ƒ Enabler - Informática, S.A. (Presidente)
ƒ Glunz AG (Presidente do Conselho Geral)
ƒ Imparfin, SGPS, S.A.
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ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Migracom – SGPS, S.A.( Presidente)
Novis Telecom, S.A. (Presidente)
Praça Foz - Sociedade Imobiliária, S.A.
Público Comunicação Social, S.A. (Conselho Geral)
SonaeCom – Sistemas de Informação, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae Matrix Multimédia, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae Telecom, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae, SGPS, S.A.
Sonaecom, SGPS, S.A. (CEO)
Tableros de Fibras, S.A. (Presidente)
We do Consulting – Sistemas de Informação, S.A. (Presidente)
José Álvaro Cuervo García:
•
ACS – Actividades de Construccion Y Servicios, S.A.
•
BA Vidrio, S.A.
•
ThyssenKrupp, S.A.
•
Sonae – SGPS, S.A.
•
Tableros de Fibras, S.A.
Ángel Manuel García Altozano:
•
Abertis Infraestructuras, S.A.
•
Abertis Telecom, S.A.
•
ACS Servicios y Concesiones, S.L.
•
ACS Servicios, Comunicaciones y Energía, S.L.
•
ACS Telefonía Móvil, S.A.
•
Broadnet Consorcio, S.A. (Presidente)
•
Clece, S.A.
•
Continental Auto, S.L.
•
Dragados Concesiones de Infraestructuras, S.A.
•
Dragados, S.A.
•
Energías Ambientales de Novo, S.A. (Presidente)
•
Energías Ambientales de Outes, S.A. (Presidente)
•
Energías Ambientales de Somozas, S.A. (Presidente)
•
Energías Ambientales de Vimianzo, S.A. (Presidente)
•
Energías Ambientales EASA, S.A. (Presidente)
•
Inversora de Infraestructuras, S.L.
•
Saba Aparcamientos, S.A.
•
SAFRA, Energía Eólica, S.A. (Presidente)
•
Servicios Portuarios y Logísticos, S.A.
•
Societat Eolica de L’Enderrocada, S.A. (Presidente)
•
Tableros de Fibras, S.A.
•
Urbaser
•
Xfera Moviles, S.A. (Presidente)
Knut Thomas Alarik Nystén:
• Gratenau & Hesselbacher GmbH
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16 Listagem das funções anteriormente exercidas pelos membros do conselho de
administração:
Nos últimos cindo anos, Belmiro de Azevedo, Carlos Bianchi de Aguiar, Christian Schwarz,
Rui Correia, José Antonio Comesaña e Paulo Azevedo foram Administradores de outras
empresas do grupo Efanor.
No mesmo período, os seguintes Administradores exerceram outros cargos nas seguintes
empresas, não pertencentes ao grupo Efanor:
Christian Günther Schwarz:
• Heraeus Sensor - Nite International, Amsterdam
Ángel Manuel García Altozano:
• Accesos de Madrid, C.E.S.A.
• ACS Proyectos, Obras Y Construcciones, S.A.
• Alazor Inversiones, S.A.
• Autopista Central Gallega, C.E.S.A.
• Autopista Trados 45, S.A.
• Broadnet Consorcio S.A.
• Cobra Instalaciones Y Servicios, S.A.
• Tacel Inversiones, S.A.
• Tecmed, S.A.
• Vias Y Construcciones, S.A.
Per Otto Knuts:
• Stora Feldmühle AG
• FPB Holding AG
Knut Thomas Alarik Nystén:
• MD Lang Papier GmbH
• Myllykoski Corporation
• Gratenau & Hesselbacher GmbH
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Demonstrações financeiras individuais
Sonae Indústria,SGPS,SA
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em EUR)
ACTIVO
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Propriedades de investimento
Propriedades de investimento em desenvolvimento
Diferenças de consolidação
Investimentos em empreendimentos conjuntos
Investimentos em empresas do grupo e associadas
Investimentos disponiveis para venda
Impostos diferidos activos
Outros activos não correntes
Total de activos não correntes
ACTIVOS CORRENTES:
Existências
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros activos correntes
Investimentos detidos para negociação
Caixa e equivalentes de caixa
Total de activos correntes
Notas
31.12.05
3
4
47,100
41,457
680,111,535
17,922
809,148,197
1,489,366,210
35,000
35,000
377,841
5,839
192,930
83,660
36,421,049
37,081,319
1,284
10,967
12,251
-
-
1,526,447,529
47,251
5
5
6
7
7
7
8
9
Activos não correntes classificados como detidos para venda
TOTAL DO ACTIVO
31.12.04
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Acções Próprias
Prestações Suplementares
Reservas Legais
Reservas de Reavaliação
Reservas de Cobertura
Outras Reservas
Resultados Transitados
Resultado líquido do exercício
10
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo
Derivados
Outros empréstimos
Responsabilidades por pensões
Responsabilidades por opções de acções
Outros credores não correntes
Impostos diferidos passivos
Provisões
Total de passivos não correntes
PASSIVO CORRENTE:
Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo
Empréstimos bancários de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas - parcela de curto prazo
Credores por locações financeiras - parcela de curto prazo
Credores por locações financeiras - curto prazo
Derivados
Outros empréstimos
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros passivos correntes
Responsabilidades por opções de acções
Responsabilidades por pensões
Provisões
Total de passivos correntes
Passivos directamente associados a activos não correntes
classificados como detidos para venda
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
11
11
12
11
13
14
15
700,000,000
245,920,750
(157,749)
1,199,879
50,000
(2,338)
(411)
946,962,880
47,251
28,125,000
381,101,414
56,427
409,282,841
-
6,250,000
399,677
158,724,840
1,604,721
3,222,570
170,201,808
-
-
-
1,526,447,529
47,251
Sonae Indústria,SGPS,SA
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em EUR)
Notas
Proveitos operacionais:
Vendas
Prestações de serviços
Variação de valor das propriedades de investimento
Outros proveitos operacionais
Total de proveitos operacionais
Custos operacionais
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas por imparidade
Outros custos operacionais
Total de custos operacionais
Resultados operacionais
Imposto sobre o rendimento
Resultado depois de impostos
685,649
55
685,704
20
21
Resultados financeiros
Resultados relativos a empresas associadas
Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos
22
23
31.12.05
31.12.04
-
(903,070)
(572,272)
(11,205)
(83,149)
(1,569,697)
(883,993)
(516)
(19)
(535)
(535)
2,573,102
1,689,109
124
(411)
(489,230)
1,199,879
(411)
1,199,879
(411)
Resultados de operações em descontinuação após impostos
Resultado Liquido do exercício
Sonae Indústria,SGPS,SA
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em EUR)
Reservas
Notas
Saldo em 1 de Janeiro de 2004
Reservas de
Reserva
Capital
Acções
Prémios de
Prestações
Reservas
Reavaliação
de justo
Reservas
Outras
Resultados
Social
próprias
Emissão
Suplementares
legais
Legais
valor
de cobertura
Reservas
Transitados
Resultado líquido
Total
50,000
-
-
-
-
-
-
-
-
(582)
(1,362)
Transferência para reserva legal
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1,362)
Dividendos distribuídos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Aplicação do resultado de 2003:
-
Transferência para resultados transitados
Aquisição/(Alienação) de acções próprias
1,362
Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros
de cobertura, liquído de imposto
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Resultado líquido do período findo a 31 de Dezembro de 2004
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Outros
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor
dos investimentos financeiros disponíveis para venda
-
-
Aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros
disponíveis para venda
-
-
Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor
dos instrumentos financeiros de cobertura
48,056
-
(394)
(411)
-
(411)
(394)
Saldo em 31 de Dezembro de 2004
50,000
-
-
-
-
-
-
-
-
(2,338)
(411)
47,251
Saldo em 1 de Janeiro de 2005
50,000
-
-
-
-
-
-
-
-
(2,338)
(411)
47,251
Transferência para reserva legal
-
-
-
-
-
-
-
-
Dividendos distribuídos
-
-
-
-
-
-
-
-
Aplicação do resultado de 2004:
Transferência para resultados transitados
Aquisição/(Alienação) de acções próprias
-
-
-
(411)
-
-
-
-
411
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros
de cobertura, liquído de imposto
Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor
dos instrumentos financeiros de cobertura
Aumento/(diminuição) do justo valor dos investimentos financeiros
disponíveis para venda
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Resultado líquido do período findo a 31 de Dezembro de 2005
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1,199,879
1,199,879
Outros
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(155,000)
-
(155,000)
699,950,000
700,000,000
-
-
-
-
-
-
-
245,920,750
245,920,750
(157,749)
1,199,879
945,870,750
946,962,880
Imposto diferido associado ao aumento/(diminuição) do justo valor
dos investimentos financeiros disponíveis para venda
Efeito da fusão conforme descrito na Nota 2.1
Saldo em 31 de Dezembro de 2005
SONAE INDÚSTRIA,SGPS,S.A.
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimento de Clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao Pessoal
Fluxo Gerado Pelas Operações
Pagamento/recebimento imposto s/rendimento
Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional
Dezembro de 2005
Dezembro de 2004
799,363
637,134
-324,508
0
821
0
486,737
-821
54,675
430,387
1,236
0
862,449
Fluxo das actividades operacionais [1]
-2,057
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Juros e proveitos similares
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
388,999
388,999
171
171
195,555
4,613
200,168
Variação de empréstimos concedidos
0
-82,469,153
Fluxo das actividades investimento [2]
-82,657,983
171
35,000
0
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Aumentos capital , prest.supl.,pr.emissão
Pagamentos respeitantes a:
Juros e custos similares
Dividendos pagos
Outros
Variação de empréstimos obtidos
35,000
20,261,516
47
20,261,516
47
-53,398,550
-73,625,066
-47
Variação de caixa e seus equivalentes
9,895,366
-1,933
Caixa e seus equivalentes início exercício
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
Variação de caixa e seus equivalentes
10,967
9,906,333
9,895,366
12,900
10,967
-1,933
Fluxo das actividades de financiamento [3]
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em euros)
1.
NOTA INTRODUTÓRIA
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. (“Empresa”) tem a sua sede no Lugar do Espido, Via
Norte, Apartado 1096, 4470-909 Maia, Portugal.Por força da fusão ocorrida no exercício de
2005 (Nota 2) a sociedade Sonae 3P – Panels,Pulp and Paper,SGPS,S.A alterou a sua
denominação para Sonae Industria,SGPS,S.A.
2.
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações
financeiras são as seguintes:
2.1.
Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas
Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards
Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting
Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee”
(“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005.
A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorre pela primeira
vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses para
esse normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela
primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”.
Nos termos dessa norma os efeitos patrimoniais reportados à data de transição para IFRS
(1 de Janeiro de 2004) foram muito reduzidos.
Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações.
1
Em 15 de Dezembro de 2005 foi celebrada escritura pública que formalizou a cisão da
Sonae SGPS, S.A. por destaque de parte da participação detida por esta sociedade no
capital da Sonae Indústria, SGPS, S.A., correspondente a 90,3644% do respectivo capital
social, e a sua incorporação na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A. e,
simultâneamente, a incorporação da totalidade do património da Sonae Indústria, SGPS, SA
na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A., com consequente extinção jurídica da
primeira e alteração da denominação social da sociedade incorporante para Sonae
Indústria, SGPS, S.A.. Desta forma, as demonstrações financeiras do exercício findo em 31
de Dezembro de 2005 não são comparáveis com as do exercício anterior.
A fusão produziu efeitos contabilísticos a partir de 1 de Outubro de 2005.
Para efeitos dos movimentos de fusão, os valores incorporados na sociedade incorporante
das várias rubricas de balanço, foram os seguintes:
Valor
Amortizações /
Valor
Bruto
Provisões
Líquido
ACTIVO
- Imobilizado
- Imobilizações corpóreas
476.361
-100.020
- Imobilizações incorpóreas
217.189
-22.798
376.341
194.391
- Investimentos financeiros
754.815.433
-74.685.976
680.129.457
- Empréstimos concedidos a empresas do grupo
865.300.034
-400.905
864.899.129
- Circulante
- Clientes c/c
491.555
491.555
- Estado e outros entes públicos
238.458
238.458
- Outros devedores
- Disponibilidades
- Acréscismos e diferimentos
Total do Activo
29.626
29.626
26.514.716
26.514.716
19.756.191
1.667.839.563
19.756.191
-75.209.699
1.592.629.864
PASSIVO
- Dividas a terceiros
- Acréscismos e diferimentos
637.862.081
637.862.081
8.897.033
8.897.033
Total do Passsivo
646.759.114
- Capital social
699.950.000
- Reservas
245.920.750
245.920.750
945.870.750
945.870.750
1.592.629.864
1.592.629.864
Total do Capital Próprio
Total do Passivo e Capital Próprio
0
646.759.114
699.950.000
2
2.2
Investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas
As partes de capital em empresas do grupo e associadas são registadas ao custo de
aquisição adicionado de eventuais despesas de compra.É feita uma avaliação dos
investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas quando existem indícios de
que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de
imparidade que se demonstrem existir.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros ( dividendos recebidos) são
registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a
sua distribuição.
2.3
Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para
IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de
aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas
por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de
aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, de acordo com o
método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil
estimada:
Anos
Equipamento Básico
15
Equipamento administrativo
10
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no
exercício em que ocorrem.
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção,
encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de
3
imparidade.Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos
subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são
determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na
data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de
resultados, como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
2.4
Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das
amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só
são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para
a empresa, sejam controláveis por esta e se possam medir razoávelmente o seu valor.
As despesas de desenvolvimento, para as quais a Empresa demonstre capacidade para
completar o seu desenvolvimento e iniciar o seu uso e para as quais seja provável que o
activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas
de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do
exercício em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são
registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na
situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais
seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a empresa. Nestas
situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das
quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual
corresponde genéricamente a 5 anos.
2.5
Locações
Os contratos de locação, em que a empresa age como locatário, são classificados como (i)
locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos
e vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não
forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
4
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da
substância e não da forma do contrato.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como
custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de
locação.
2.6.
Imparidade dos activos não correntes
É efectuada uma avaliação de imparidade com referência ao final de cada exercício e
sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que
o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de
resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de
venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção
entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente
atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação
no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente
ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada
quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou
diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de
imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por
imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos
operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por
imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
5
2.7.
Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como
custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.8.
Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a sociedade tem uma
obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que
para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação
possa ser razoàvelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e
são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
2.9.
Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos classificam-se como segue:
-
Investimentos detidos até ao vencimento
-
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
-
Investimentos disponíveis para venda
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos
não correntes, excepto se o seu vencimento ocorrer num prazo inferior a 12 meses
da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade
definida para os quais a sociedade tem intenção e capacidade de os manter até essa
data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados
como investimentos correntes.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não
correntes.
6
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data
de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem
qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua
venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível
estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição
deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de
justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento
ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma
perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a)
na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na demonstração
de resultados do período.
b)
Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais
perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de Perdas por imparidade em contas
a receber, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
c)
Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de
acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que
assumem.
7
d)
Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de
despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração
de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme
política definida na nota 2.13. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso
não sejam liquidados durante o período.
e)
Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal.
f)
Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem
aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de
tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes
de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, no balanço.
2.10. Responsabilidades por pensões
Conforme mencionado na Nota 12, a empresa tem constituído um contrato seguro para os
trabalhadores que à data da reforma aos 65 anos seja pago o correspondente a 24 meses
do seu salário actual à data. Estão abrangidos neste contrato todos os trabalhadores
contratados até 31/12/94.
8
É um Plano de Benefícios Definidos que tem a forma de contrato seguro celebrado
com
a Fidelidade.
2.11. Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os
mesmos divulgados no anexo (Nota 17), a menos que a possibilidade de uma saída de
fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto
de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.12. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis
da sociedade de acordo com as regras fiscais, quando existem situações relevantes,a
tributação diferida.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço
e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos
de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos
diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação
em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das
diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em
que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias
dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão
desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a
sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se
resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o
imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
9
2.13. Rédito e especialização dos exercícios
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de
resultados à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos
sócios ou accionistas.
Os
custos
e
proveitos
são
contabilizados
no
período
a
que
dizem
respeito,
independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo
valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os
custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas
ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas
que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses
períodos, pelo valor que lhes corresponde.
2.14. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças,
pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como
proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a
valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital
próprio.
2.15. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre
condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras .
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que
ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras ,
se materiais.
10
3.
Imobilizações corpóreas
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, o movimento ocorrido no valor das
imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade
acumuladas, foi o seguinte:
2005
Terrenos e
Edifícios
Equipamento
básico
Equipamento
de transporte
Equipamento
administrativo
Ferramentas e
utensílios
Outras
imobilizações
corpóreas
Taras e
Vasilhames
Imobilizações
em curso
Adianamentos a
Fornecedores de
Imobilizado
-
Total
Activo bruto:
Saldo inicial
-
-
-
-
-
-
-
-
Fusões
-
24.742
-
130.303
-
-
-
321.316
Aquisições
-
-
-
-
-
-
-
1.496
Alienações
-
-
-
-
-
-
-
-
Abates
-
-
-
-
-
-
-
-
Transferências
-
5.181
-
156
-
-
-
476.361
-
1.496
-
(322.812)
(317.475)
Custos financeiros capitalizados
-
-
-
-
-
-
-
-
Saldo final
-
29.923
-
130.459
-
-
-
-
-
-
-
-
160.382
Amortizações e perdas de
imparidade acumuladas
Saldo inicial
-
-
-
-
-
-
-
Fusões
-
1.568
-
98.452
-
-
-
-
Amortização do exercício
-
4.360
-
8.903
-
-
-
Perdas de imparidade do exercício
-
-
-
-
-
-
-
Alienações
-
-
-
-
-
-
-
-
Transferências
-
-
-
-
-
-
-
-
Abates
-
-
-
-
-
-
-
Saldo final
-
5.928
-
107.355
-
-
-
-
-
113.282
Valor líquido
-
23.995
-
23.104
-
-
-
-
-
47.100
100.020
13.262
-
-
-
-
No exercício de 2004 não ocorreu qualquer movimento ao nível imobilizado corpóreo
4.
Imobilizações incorpóreas
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004, o
movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas
amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
2005
-
Propriedade
industrial e Outros
Direitos
-
62.187
Aquisições
Alienações
Abates
Despesas de
desenvolvimento
Saldo inicial
Fusões
Transferências
Saldo final
Software
Outras
Imobilizações
Incorpóreas
Trespasses
Imobilizado em
curso
(0)
Total
-
-
-
-
-
-
155.000
-
217.187
(0)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(155.000)
-
(155.000)
62.187
-
-
-
(0)
-
62.187
mortizações e perdas de
mparidade acumuladas:
Saldo inicial
Fusões
Amortização do exercício
-
-
-
-
-
-
-
17.620
-
-
-
5.178
-
22.798
(5.178)
-
(2.068)
3.110
-
-
-
Perdas de imparidade do exercício
-
-
-
-
-
-
-
Alienações
-
-
-
-
-
-
-
Abates
-
-
-
-
-
-
-
Transferências
-
-
-
-
-
-
Saldo final
20.730
alor líquido
41.457
20.730
-
-
-
-
-
41.457
11
2004
Despesas de
desenvolvimento
Propriedade
industrial e Outros
Direitos
Software
Outras
Imobilizações
Incorpóreas
Trespasses
Imobilizado em
curso
Total
Activo Bruto:
Saldo inicial
-
-
-
-
-
-
-
Variações do perímetro de consolidação
-
-
-
-
1.181
-
1.181
Aquisições
-
-
-
-
-
-
-
Alienações
-
-
-
-
-
-
-
Abates
-
-
-
-
-
-
Transferências
-
-
-
-
Saldo final
-
-
-
-
(1.181)
-
-
-
(1.181)
-
Amortizações e perdas de
imparidade acumuladas:
Saldo inicial
-
-
-
-
-
-
-
Variações do perímetro de consolidação
-
-
-
-
787
-
787
Amortização do exercício
-
-
-
-
-
-
-
Perdas de imparidade do exercício
-
-
-
-
-
-
-
Alienações
-
-
-
-
-
-
-
Abates
-
-
-
-
-
-
Transferências
-
-
-
-
Saldo final
-
-
-
-
-
-
-
Valor líquido
-
-
-
-
-
-
-
5.
(787)
-
(787)
Investimentos
Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
2005
Correntes
Investimentos em Empresas do Grupo
Saldo em 1 de Janeiro
Aumentos durante o período
Alienações durante o período
Fusão ( Nota 2.1)
Saldo em 31 de Dezembro
Perdas por imparidade acumuladas
Investimentos disponiveis para venda
Justo valor em 1 de Janeiro
Aumentos durante o período
Alienações durante o exercício
Aumento/(diminuição) no justo valor
Fusão ( Nota 2.1)
Justo valor em 31 de Dezembro
2004
Não Correntes
-
Não Correntes
195.555
754.601.956
754.797.511
(74.685.976)
680.111.535
Correntes
-
-
17.922
17.922
-
-
680.129.457
-
-
A perda de imparidade acumulada registada respeita à participação financeira na Socelpac,
SGPS, S.A., conforme abaixo mencionado.
12
Em 31 de Dezembro de 2005, a Sociedade detinha as seguintes participações em
empresas do Grupo e Associadas:
Socied a d e
E u r or es in a s - In d u s t r ia s Qu im ica s , S .A.
Glu n z AG
Ip a p er . Prod u çã o d e Pa p eis Im p regn a d os ,S.A.
%
Cu s t o d e
Ca p it a is
Res u lta d os
Pa rt icip a çã o
Aqu is içã o
Pr óp rios
Liqu id os
1 0 0 ,0 0 %
5 .2 0 4 .4 8 1
6 .5 9 0 .8 0 5
1 .2 1 6 .4 1 5
0 ,0 5 %
1 2 9 .8 7 0
6 6 .3 1 0 .5 2 6
-3 .1 6 5 .8 1 5
4 9 ,0 0 %
5 0 9 .1 4 4
4 8 .3 9 0
-9 4 .2 6 1
Ma iequ ip a - Ges t ã o Flor es t a l,S .A.
1 0 0 ,0 0 %
3 .2 8 2 .1 3 1
4 8 9 .6 1 1
-1 6 6 .8 5 1
Movelp a rt es - Com p on en t es p a ra In d u s t ria d o Mob iliá rio,S.A.
1 0 0 ,0 0 %
4 .4 3 7 .1 9 8
3.832.025
6 1 9 .3 2 4
Res oflex - Mob iliá rio e E qu ip a m en t o d e Ges t ã o,S .A.
1 0 0 ,0 0 %
3 .7 4 2 .9 1 5
2 .3 0 3 .8 6 9
-3 7 4 .2 3 6
S on a e In d u s t r ia d e Reves t im en t os ,S .A.
S ocelp a c,S GPS ,S .A.
S on a e E s p a n h a
9 9 ,9 8 %
3 8 .5 4 8 .9 3 2
38.719.954
-4 .2 8 1 .5 0 7
1 0 0 ,0 0 %
1 2 0 .0 0 0 .0 0 0
45.673.249
7 3 9 .8 1 1
9 9 ,9 4 %
9 .9 7 6
-340.610
3 .0 8 8
S on a e In d u s t r ia Br a s il
1 0 0 ,0 0 %
4 9 0 .2 5 2
249.701
-2 .5 7 2
S on a e S er viços d e Ges t ã o,S .A.
1 0 0 ,0 0 %
2 .0 0 0 .0 0 0
2.278.996
2 2 5 .4 4 5
2 0 ,0 0 %
1 5 9 .6 1 5
1.376.546
-1 0 .1 0 5
0 ,0 2 %
2 5 .1 4 2
1 9 .0 3 9 .6 9 6
1 6 .1 2 0 .5 5 9
1 4 .2 4 1 .5 6 2
S on a eges t
Taiber
Ta fis a - Ta b ler os d e Fib r a s ,S .A.
8 9 ,0 1 %
5 1 4 .9 3 7 .6 6 1
1 7 0 .4 0 0 .0 2 1
1 0 0 ,0 0 %
6 3 1 .2 6 7
4 2 9 .2 3 1
2 2 4 .2 3 1
0 ,0 2 %
5 .0 0 0
5 0 .9 2 9 .0 6 6
4 .2 9 7 .6 4 9
S on a e In d u s t r ia - Pr od u çã o e Com er cia liza çã o d e Der iva d os d e Ma d eir a ,S .A.
2 ,8 1 %
3 .8 6 8 .9 2 5
1 3 2 .0 0 7 .7 9 8
7 .3 9 0 .9 5 4
S ia f En er gia , S.A.
0 ,2 0 %
5 .0 0 0
3 .6 6 4 .3 3 3
9 9 7 .2 4 6
0 ,0 2 %
5 .0 0 0
2 4 .8 5 0 .8 9 1
8 7 .6 6 9
9 9 ,8 4 %
5 6 .8 0 5 .0 0 0
5 6 .9 7 3 .4 5 7
7 4 6 .8 7 3
E cociclo - Ges t ã o Am b ien t a l,S .A.
S om it Im ob iliá r ia ,S .A.
S ia f Im ob iliá ria ,S .A.
Aglom a - S oc.In d .Ma d eira Aglom era d a ,S .A.
a)
b)
a) Em resultado de alteração nas circunstâncias associadas à actividade da Socelpac,
SGPS, SA, estimou-se que o montante pelo qual o valor da participação financeira
nesta sociedade se encontrava registado era superior à sua quantia recuperável, pelo
que foi reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de
resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade (Nota 16).
b) O valor dos capitais próprios e resultado líquido da Sonae Industria - Pcdm,S.A.
respeitam a contas preparadas de acordo com o normativo IFRS.
Em Dezembro de 2005 procedeu-se à cobertura de prejuízos na Maiequipa – Gestão
Florestal,S.A. no montante de 194.433 euros.
6.
Outros activos não correntes
O detalhe dos outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro
de 2004, é o seguinte:
31.12.05
Empréstimos concedidos a empresas do grupo (Nota 2.1 e 19)
Outros Empréstimos Concedidos
Adiantamento por conta de Investimentos Financeiros
Outros Devedores
Estado e Outros entes Públicos
Outros Activos não Correntes
Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 16)
809 549 102
0
0
0
0
0
809 549 102
400 905
809 148 197
31.12.04
0
0
0
35 000
0
0
34 999
0
35 000
13
Os empréstimos concedidos a empresas do Grupo têm vencimento de médio e longo prazo
e vencem juros à taxa média de 3,3%.
7.
Clientes , Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Clientes tinha s seguinte composição:
31.12.05
Clientes, conta corrente
31.12.04
377 841
0
Clientes, títulos a receber
0
0
Clientes de cobrança duvidosa
0
0
Perdas de imparidade acumuladas em clientes
0
0
377 841
0
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as rubricas Outras dívidas de terceiros e Estado e
Outros entes públicos tinham a seguinte composição:
31.12.05
31.12.04
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
58 952
1 284
133 978
Contribuições para a segurança social
Outros
192 930
Outros devedores
8.
1 284
5.839
Outros activos correntes
O detalhe dos outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de
2004, é o seguinte:
31.12.05
Acréscimos de Proveitos
Custos Diferidos
Perdas de Imparidade Acumuladas
31.12.04
77 153
0
6 507
0
83 660
0
0
0
83 660
0
O saldo da rubrica “Outros activos correntes” incui essencialmente juros vencidos por
liquidar relativos a suprimentos concedidos a empresas participadas.
14
9.
Caixa e equivalentes de caixa
Em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 o detalhe de caixa e
equivalentes de caixa era o seguinte:
31.12.05
Numerário
Depósitos bancários
31.12.04
869
0
425 403
10 967
Aplicações de tesouraria
35 994 778
0
Caixa e equivalentes de caixa no balanço
36 421 049
10 967
Descobertos bancários
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa
0
0
36 421 049
10 967
A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos
imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento
a menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
A rubrica “Caixa e Equivalentes de caixa no balanço” é decomposta pela constituição junto
de instituições bancárias de duas aplicações no montante de 8.750.000 euros e de
13.005.690 euros vencendo-se respectivamente em 3 de Janeiro de 2006 e no início de
Abril de 2006 e pela constituição de várias operações financeiras com empresas do grupo
no montante de 14.239.087 euros.
10.
Capital social
Em 31 de Dezembro de 2005, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está
representado por 140 000 000 de acções ordinárias, ao portador e escriturais, com o valor
nominal de 5 euros .
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro 2005 realizaram-se os seguintes movimentos
na rubrica do capital :
Saldo em 31 de Dezembro de 2004
50.000
Aumentos
- Fusão por incorporação (Nota 2.1)
Saldo em 31 de Dezembro de 2005
699.950.000
700.000.000
15
Após a cisão/fusão fusão ocorrida em 15 de Dezembro de 2005, referida na nota 2.1 o
quadro accionista alterou-se.
As seguintes pessoas colectivas detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de
Dezembro de 2005:
Entidade
%
Efanor Investimentos, SGPS, S. A.
11.
31,9
Empréstimos
Em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 os empréstimos tinham o
seguinte detalhe:
31.12.05
31.12.04
Custo amortizado
Correntes
Empréstimos bancários
Valor Nominal
Não correntes
6 250 000
28 125 000
Empréstimos obrigacionistas
Correntes
Custo amortizado
Não correntes
6 250 000
381 101 414
Correntes
Não correntes
Valor Nominal
Correntes
Não correntes
28 125 000
385 000 000
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Descobertos bancários
Instrumentos derivados de cobertura (Nota 20)
Endividamento bruto
6 250 000
409 226 414
6 250 000
413 125 000
36 421 049
- 30 171 049
409 226 414
36 421 049
- 30 171 049
413 125 000
Investimentos
Caixa e equiv. caixa no balanço
Endividamento líquido
Endividamento líquido total
379 055 365
382 953 951
10 967
- 10 967
- 10 967
10 967
- 10 967
- 10 967
Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos:
31.12.05
2006
31.12.04
6 250 000
2007
6 250 000
2008
106 250 000
2009
86 250 000
2010
156 250 000
Após 2010
58 125 000
419 375 000
0
16
Em 31 de Dezembro de 2005, os empréstimos contraídos resumem-se como segue:
a) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2004, emitido em 15 de Outubro de 2004, no
valor de 80 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5
anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão
pagos semestralmente nos dias 15 de Abril e 15 de Outubro de cada ano;
b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março de 2005,
no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de cada ano;
c) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2008, emitido em 27 de Abril de 2005,
no valor de 100 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 3 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 100 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano;
d) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2010, emitido em 27 de Abril de 2005,
no valor de 150 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 110 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano;
e) Durante o primeiro semestre de 2005 foi transferido para a Sonae Indústria, S. G. P. S.,
S. A. um contrato de financiamento celebrado em 2001 pela Sonae, S. G. P. S., S. A. com o
Banco Europeu de Investimentos, no valor de 50 000 000 euros. Este empréstimo vence
juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações
consecutivas. À data de 31 de Dezembro de 2005 o valor do empréstimo totalizava 34 375
000 euros.
12.
Responsabilidades por pensões
A Sonae Industria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira,S.A, tem
constituído um contrato seguro para os trabalhadores que à data da reforma aos 65 anos
é pago o correspondente a 24 meses do seu salário actual à data. Estão abrangidos
neste contrato todos os trabalhadores contratados até 31/12/94. Estão incluídos nesta
apólice os colaboradores da Sonae Indústria,SGPS,S.A.
17
É um Plano de Benefícios Definido que tem a forma de contrato de seguro celebrado com
uma companhia de seguros portuguesa.
De acordo com os estudos actuariais realizados pela entidade gestora do fundo, o valor
das responsabilidades por serviços passados incluíndo o pressuposto de crescimento
salarial é de 245.217 euros e sem esse pressuposto é de 161.787 euros. O valor do
contrato de seguro referido acima é de 107.694 euros, tendo a empresa constituído
adicionalmente uma provisão no montante de 56.427 euros.
Os pressupostos actuariais foram os seguintes:
Taxa de Crescimento de Pensões:0%
Taxa de Rendimento projectado: 6%
Taxa de Crescimento salarial esperada: 3%
Taxa Técnica actuarial : 4%
Tábua de Mortalidade: TV 73/77
13.
Fornecedores
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes
de aquisições decorrentes do curso normal das actividades da sociedade.
Em 31 de Dezembro de 2005, o Conselho de Administração entende que o valor
contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.
14.
Outras dívidas a terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 estas rubricas tinham a seguinte composição:
31.12.05
31.12.04
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
1 573 755
30 881
85
1 604 721
Outras dívidas a terceiros
Empréstimos obtidos de empresas do Grupo (Nota 19)
158 023 296
Instrumentos financeiros derivados
Adiantamentos de clientes
Fornecedores de imobilizado
Outros credores
1 528
700 017
158.724.840
-
18
15.
Outros passivos correntes
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição
31.12.05
31.12.04
Custos a pagar
Férias a pagar no exercício seguinte
125 781
Prémios a pagar no exercício seguinte
339 191
Juros a liquidar
2 721 871
Estimativa f.serviços
35 727
Proveitos diferidos
3 222 570
16.
Provisões e perdas de imparidade acumuladas
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante o
exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 foi o seguinte:
Rubricas
Saldo inicial
Aumento
Fusões
(Nota 2.1)
Diminuições
Reversões
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 5)
0
0
0
74 685 976
0
74 685 976
Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 6)
0
0
0
400 905
0
400 905
Perdas de imparidade acumuladas em outros activos correntes
0
0
0
0
0
Provisões
0
0
0
0
0
0
- 1
0
0
75 086 881
0
75 086 881
0
As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo.
17.
Activos e passivos contingentes
31.12.05
31.12.04
Garantias Prestadas:
por processos fiscais em curso
357.258
por processos judiciais em curso
Outras - Siempelkamp
1.750.000
Garantias prestadas por conta de empréstimos obtidos
BEI - Isoroy
37.500.744
BEI - Glunz
119.000.000
158.608.002
19
A empresa efectuou juntamente com as suas filiais, Isoroy e Glunz contratos de
financiamento junto do Banco Europeu de Investimento para os quais foram prestadas
garantias bancárias pelo montante em dívida.
18.
Locações operacionais
Durante o exercício de 2005 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 13.981
euros relativo a rendas a titulo de contratos de locação operacional.No exercício de 2004
não houve qualquer custo relativo a rendas de contratos operacionais.
Adicionalmente, à data de balanço a sociedade detinha contratos irrevogáveis de locação
operacional, cujas rendas vencem como se segue:
31.12.05
31.12.04
Vencíveis em 2005
Vencíveis em 2006
61.675
Vencíveis em 2007
51.775
Vencíveis em 2008
38.031
Vencíveis em 2009
21.155
Vencíveis após 2009
172.636
19.
0
Partes relacionadas
Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de
2005 e 2004 podem ser detalhados como se segue:
Transacções
Vendas e
Prestações de Serviços
31.12.05
Empresa-mãe e relacionadas
- Agloma
- Ecociclo
- Euroresinas
- Glunz
- Implamac
- SInd-pcdm
- Isoroy
- Maiequipa
- Movelpartes
- Resoflex
- Sc - Consultadoria
- Siaf Imobiliária
- Siaf Energia
- Sonae Industria Revestimentos
- Socelpac
- Somit Imobiliária
- Solinca
- Sonae ,sgps
- Sonae Uk
- Spanboard
- Sonae Serviços de Gestão
- Tafisa Canadá
- Tafisa Espanha
- Tafisa South Africa
- Taiber
- Novis
- Optimus
- Equador
Empresas associadas
- Ip a p er
31.12.04
685 152
2 616
3 343
115 955
1 244
119 253
140 112
1 244
1 380
1 244
Compras e
Serviços Recebidos
31.12.05
31.12.04
284 398
Juros auferidos
31.12.05
7 339 518
31.12.04
Juros Suportados
31.12.05
31.12.04
1 170 045
302 592
19 294
163 719
5 658
32 232
365 176
13 193
- 156
2 329
5 092
4 686
1 741
423
2 770
1 925
69 684
1 244
2 535
18 929
110 752
286 606
76 006
3 210
109 431
35 029
11 676
1 514
63 513
141 752
39 099
9 064
2 768
28
7 138 775
1 166
3 403
45 864
497
497
20
Contas a receber
Saldos
Contas a pagar
Empréstimos
Obtidos
31.12.05
Empresa-mãe e relacionadas
- Agloma
- Ecociclo
- Euroresinas
- Sonae Espanha
- Glunz
- Implamac
- SInd-pcdm
- Isoroy
- Maiequipa
- Movelpartes
- Resoflex
- Sc - Consultadoria
- Siaf Imobiliária
- Siaf Energia
- Sonae Industria Revestimentos
- Socelpac
- Somit Imobiliária
- Solinca
- Sonae ,sgps
- Sonae Uk
- Spanboard
- Sonae Serviços de Gestão
- Tafisa Canadá
- Tafisa Espanha
- Tafisa South Africa
- Taiber
- Tradema
- Novis
- Optimus
- Equador
375 310
31.12.05
31.12.04
263 077
31.12.05
31.12.04
158 023 296
57 000 000
35 000
1 055
1 348
38 652
502
56 059
47 992
502
557
502
Concedidos
31.12.05
31.12.04
809 449 103
310 099
15 803 891
400 905
13 794
1 686 847
342 903
1 806
657 500
1 093 800
4 952
702
171
1 117
14 298 200
22 635
502
24 936 500
45 683 549
12 660 600
1 799
173 247
11 676
3 892
611
67 383
47 251
91 617
35 000
3 656
713
6 300
1 753
792 589 499
3 219
885
2 628
37 015
201
201
Empresas associadas
- Ip a p er
20.
31.12.04
100 000
100 000
Prestações de Serviços
As prestações de serviços em 2005 e 2004 foram como se seguem:
Prestação de Serviços
Serviço comunicação interna
Serviço consolidação e controlo de gestão
Serviço juridico legal
Serviço administração
Serviços de engenharia
21.
31.12.05
31.12.04
128.382
36.897
34.786
285.392
52.858
Serviços diversos
1 4 7 .3 3 4
TOTAL
6 8 5 .6 4 9
0
Outros custos operacionais
31.12.05
Impostos
31.12.04
28 371
19
Perdas na alienação de investimentos não correntes
-
-
Perdas na alienação de activos corpóreos e incorpóreos
-
-
Outros
54.778
-
83.149
19
21
22.
Resultados financeiros
31.12.05
31.12.04
Custos e perdas:
Juros suportados
4 752 751
Descontos de pronto pagamento concedidos
Diferenças de câmbio desfavoráveis
2 144
Outros
Resultados financeiros
99 481
49
2 573 102
124
7 427 478
173
7 426 524
173
Proveitos e ganhos:
Juros obtidos
Descontos de pronto pagamento obtidos
Diferenças de câmbio favoráveis
954
Outros
23.
0
-
7.427.478
173
Impostos sobre rendimento
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2005 e 2004 são detalhados como segue:
31.12.05
Imposto corrente
Imposto diferido
31.12.04
489 230
-
-
489 230
22
A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como se
segue:
31.12.05
Resultado antes de impostos
31.12.04
1.689.109
Amortizações fiscais de imobilizado anulado na conversão para IFRS
Outros
(411)
-63.844
-63.844
Custos não dedutíveis para efeitos fiscais
Valorização de instrumentos financeiros
Resultados de associadas
Amortizações não aceites fiscalmente
Provisões não aceites fiscalmente
Outros
Lucro tributável
21.331
8.151
56.427
13.137
99.046
0
1.724.311
-411
27,5%
474.186
27,5%
-113
1.506
113
13.538
489.230
0
Utilização de perdas fiscais anteriormente não reconhecidos
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal
Imposto calculado
Não constatação imposto diferido
Tributação autónoma
Efeito da constatação/reversão de impostos diferidos
Insuficiência /excesso estimativa
Imposto sobre o rendimento
24.
0
Resultados por acção
Os resultados por acção do exercício, excluindo o efeito das operações em descontinuação,
foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:
31.12.05
31.12.04
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico
(resultado líquido do período)
1 199 879
- 411
1 199 879
- 411
140 000 000
10 000
140 000 000
10 000
Efeito das acções potenciais
Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto)
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído
Número de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
líquido por acção básico (*)
Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertíveis
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
líquido por acção diluído
23
(*)
Número
médio
considerando
o
número
de
acções
existentes
na
Sonae
Indústria,SGPS,S.A. antes da fusão (Nota 2.1).
Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações em
descontinuação.
25.
Aprovação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Comissão Executiva por
delegação de poderes do Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 10 de
Março de 2006.
26.
Primeira aplicação dos “Internacional Financial Reporting Standards”
A Empresa adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial
Reporting Standards – IFRS) em 2005, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – First-Time
Adoption of International Financial Reporting Standards”, sendo a data de transição para
efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004.
Não foram identificadas diferenças significativas entre as Demonstrações Financeiras de 1
de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004 preparadas de acordo com os princípios de
contabilidade geralmente aceites em Portugal e as preparadas de acordo com o normativo
IFRS.
24
Certificação Legal de Contas
Relatório de Auditoria
Relatório e Parecer do Fiscal Único
(Demonstrações financeiras individuais)
Demonstrações Financeiras
Consolidadas
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004
(Montantes expressos em euros)
IFRS
ACTIVO
Notas
31.12.2005
31.12.2004
POC
31.12.2004
ACTIVOS NÃO CORRENTES
Imobilizações corpóreas
Diferenças de consolidação
Imobilizações incorpóreas
Propriedades de investimento
Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação
Investimentos disponíveis para venda
Activos por impostos diferidos
Outros activos não correntes
Total de activos não correntes
8
11
9
10
7
7
12
13
1 127 955 731
44 492 181
896 245
8 985 512
3 213 222
1 372 620
52 685 592
2 007 538
1 241 608 641
1 146 543 796
45 269 819
1 513 933
3 215 937
6 303 830
66 318 079
1 129 578
1 270 294 972
60 488 971
926 615
1 245 264 861
ACTIVOS CORRENTES:
Existências
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Estado
Outros activos correntes
Investimentos
Caixa e equivalentes de caixa
Total de activos correntes
14
15
16
18
17
7
19
163 976 752
239 891 538
16 676 327
15 538 683
4 973 080
3 041 265
116 842 604
560 940 249
159 011 303
227 360 848
29 566 368
14 322 111
5 801 660
5 980 187
74 817 721
516 860 198
159 577 295
89 715 975
46 054 871
14 254 701
7 787 155
41 061 866
39 684 453
398 136 316
1 802 548 890
1 787 155 170
1 643 401 177
700 000 000
- 252 848 817
36 383 591
483 534 774
44 960 793
528 495 567
700 000 000
9 695 354
- 320 968 583
42 580 440
431 307 211
38 906 799
470 214 010
700 000 000
9 695 354
- 333 334 757
29 213 582
405 574 179
41 211 484
446 785 663
22
22
22
22
25
24
12
28
176 146 046
381 101 414
229 326
107 182 288
23 770 510
106 236 035
43 136 143
17 254 812
855 056 574
315 089 218
78 085 302
5 134 120
141 089 683
23 596 349
259 721 993
32 127 706
13 961 213
868 805 584
304 789 987
80 001 968
5 210 947
3 291 121
20 878 782
175 038 079
27 934 725
16 383 488
633 529 097
22
22
22
22
22
56 192 111
27 347 137
4 476 336
1 072 734
183 420 752
21 136 608
120 073 415
5 277 656
418 996 749
51 933 349
29 880 081
23 138 966
3 852 136
13 950 417
175 184 310
21 235 129
119 195 598
9 765 590
448 135 576
51 933 349
38 554 962
23 138 966
3 894 638
2 016 302
175 997 901
21 235 071
236 768 789
9 546 439
563 086 417
1 802 548 890
1 787 155 170
1 643 401 177
TOTAL DO ACTIVO
1,149,956,076
19 681 580
14 211 619
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Reservas Legais
Reservas e resultados transitados
Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses Minoritários
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO:
PASSIVOS NÃO CORRENTES:
Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela de curto prazo
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo
Outros empréstimos
Responsabilidades por pensões
Outros passivos não correntes
Passivos por impostos diferidos
Provisões
Total de passivos não correntes
PASSIVOS CORRENTES:
Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo
Empréstimos bancários de curto prazo
Parcela de curto prazo dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de longo prazo
Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo prazo
Outros empréstimos
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
Outros passivos correntes
Provisões
Total de passivos correntes
20
21
26
27
28
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em euros)
POC
IFRS
Notas
Proveitos operacionais:
Vendas
Prestações de serviços
Outros proveitos operacionais
Total de proveitos operacionais
37
37
32
Custos operacionais
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas por imparidade
Outros custos operacionais
Total de custos operacionais
Resultados operacionais
8,9
7,8 e 28
33
31.12.2005
31.12.2004
31.12.2004
1 459 552 013
5 468 193
64 041 058
1 529 061 264
1 484 010 946
8 128 525
81 731 372
1 573 870 843
1 569 284 095
10 808 153
81 714 439
1 661 806 687
702 113 592
- 4 653 806
392 744 222
206 049 227
101 827 792
801 737
21 793 187
1 420 675 951
108 385 313
680 289 957
9 976 763
379 224 506
221 431 663
107 687 500
9 511 583
33 977 277
1 442 099 249
131 771 594
712 174 459
8 303 698
404 588 016
234 654 757
126 039 928
7 212 559
41 750 620
1 534 724 037
127 082 650
Proveitos financeiros
Custos financeiros
Resultados relativos a empresas associadas
Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos
34
34
31 836 538
75 961 611
133 356
- 141 358
64 252 238
15 723 651
87 438 534
837 189
430 906
61 324 806
18 130 417
86 463 240
778 457
- 15 962
59 512 322
Imposto sobre o rendimento
Resultado depois de impostos
35
27 820 544
36 431 694
16 251 076
45 073 730
18 590 652
40 921 670
-
-
-
36 431 694
45 073 730
40 921 670
36 383 591
48 103
42 580 440
2 493 290
29 213 582
11 708 088
0.2599
0.2599
0.3041
0.3041
0.2087
0.2087
Resultados de operações em descontinuação após impostos
Resultado consolidado do exercíci
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses Minoritários
Resultados por acção
Excluindo operações em descontinuação
Básico
Diluído
Das operações em descontinuação
Básico
Diluído
36
36
36
36
-
-
-
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em euros)
Notas
Capital
Social
Saldo em 1 de Janeiro de 2004
Aplicação do resultado consolidado de 2003:
Transferência para reserva legal e resultados transitados
Aumento de capital
Variação nas diferenças de consolidação negativas
Variação nas reservas de conversão monetária
Aquisições e alienações de partes de capital
Resultado consolidado líquido do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2004
Outros
500 000 000
Saldo em 31 de Dezembro de 2004
700 000 000
Saldo em 1 de Janeiro de 2005
Aplicação do resultado consolidado de 2004:
Transferência para reserva legal e resultados transitados
Variação nas reservas de conversão monetária
Aumento/(diminuição) do justo valor dos instrumentos financeiros
de cobertura, líquido de imposto
Resultado consolidado líquido do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2005
Outros
700 000 000
Saldo em 31 de Dezembro de 2005
700 000 000
Atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe
Reservas e
Resultados
Resultado
Transitados
Liquído
Interesses
Minoritários
- 300 961 506 1)
199 038 494
- 9 872 514
- 2 496 324
200 000 000
- 9 872 514
- 2 496 324
200 000 000
Total do
Capital Próprio
Total
94 870 525
293 909 019
200 000 000
- 9 872 514
- 2 496 324
- 56 566 877
45 073 730
42 580 440
42 580 440
- 56 566 877
2 493 290
2 057 115
- 1 890 139
166 976
- 311 273 229
42 580 440
431 307 211
38 906 799
470 214 010
- 311 273 229
42 580 440
431 307 211
38 906 799
470 214 010
42 580 440
15 803 248
- 42 580 440
15 803 248
6 281 046
22 084 294
- 1 650 356
36 383 591
- 160 039
48 103
- 1 810 395
36 431 694
1 691 080
- 115 116
1 575 964
483 534 774
44 960 793
528 495 567
2 057 115
- 1 650 356
36 383 591
1 691 080
- 252 848 817
36 383 591
1) Dado a conversão das contas consolidadas para IAS/IFRS ter sido efectuada à data de 01.01.2004, não existe informação segregada sobre o resultado consolidado proveniente do exercício de 2003 naquele
normativo.
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004
(Montantes expressos em euros)
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Notas
Recebimento de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Fluxos gerados pelas operações
Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional
Fluxos das actividades operacionais (1)
31.12.05
31.12.04
1 444 830 952
1 080 776 757
205 524 987
158 529 208
6 619 028
20 591 437
172 501 617
1 391 192 395
1 026 065 407
226 924 365
138 202 623
- 5 177 168
- 12 337 135
131 042 656
107 624 889
23 745 895
433 627
3 645 457
47 058
7 442
135 504 368
59 376 956
29 260 070
989 580
10 099 077
4 785 479
9 689
2 220
104 523 071
99 200 072
44 562 604
158 901
143 921 577
- 8 417 209
28 325 135
53 704 012
217 298
82 246 445
22 276 626
348 462 286
348 462 286
141 107 867
200 000 000
1 591 323
342 699 190
427 014 965
43 790 120
5 013
60 240
470 870 338
- 122 408 052
396 929 450
49 149 742
177 096
528
446 256 816
- 103 557 626
41 676 356
- 2 629 424
72 170 072
116 475 852
49 761 656
- 467 154
21 941 262
72 170 072
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas e incorpóreas
Empréstimos concedidos
Subsídios ao investimento
Juros e proveitos similares
Dividendos
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas e incorpóreas
Empréstimos concedidos
Fluxos das actividades de investimento (2)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Aumento de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Juros e custos similares
Dividendos
Outros
Fluxos das actividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
19
19
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(Montantes expressos em euros)
1.
NOTA INTRODUTÓRIA
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado
1096, 4470-909 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas
conforme indicado nas Notas 4 a 6 (“Grupo Sonae Indústria”). Os negócios do Grupo e as
áreas de actuação encontram-se descritos na Nota 37.
Em 15 de Dezembro de 2005 foi celebrada escritura pública que formalizou a cisão da
Sonae SGPS, SA por destaque de parte da participação detida por esta sociedade no
capital da Sonae Indústria, SGPS, SA, correspondente a 90,3644% do respectivo capital
social, e a sua incorporação na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA e,
simultaneamente, a incorporação da totalidade do património da Sonae Indústria, SGPS, SA
na Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA, com consequente extinção jurídica da
primeira e alteração da denominação social da sociedade incorporante para Sonae
Indústria, SGPS, SA.
Pelo facto de substancialmente a actividade do Grupo Sonae Indústria se ter mantido
inalterada com a operação de fusão acima mencionada, estas demonstrações financeiras
consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e a informação
comparativa reexpressa para a Normas Internacionais de Relato Financeiro relativa ao
exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, representam a continuação da actividade
consolidada do Grupo Sonae Indústria naqueles exercícios.
Os movimentos no capital social da Sociedade estão descritos na nota 20.
2.
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações
financeiras consolidadas são as seguintes:
1
2.1.
Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas
Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards
Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting
Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee”
(“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005.
A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorre pela primeira
vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses para
esse normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela
primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”.
Nos termos dessa norma os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro
de 2004) foram registados em Capitais Próprios e estão descritos na Nota 39, na qual se
explicitam igualmente os ajustamentos efectuados nas últimas demonstrações financeiras
anuais apresentadas (31 de Dezembro de 2004).
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e
registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) no pressuposto da
continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para os
instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Notas 2.12).
2.2.
Princípios de consolidação
São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:
a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou
indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas
ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição
de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nestas demonstrações financeiras
consolidadas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado
líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são
apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração de resultados
consolidada, respectivamente, na rubrica Interesses minoritários. As empresas incluídas
nas demonstrações financeiras encontram-se detalhadas na Nota 4.
2
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no
capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais,
excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses
prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros
até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de
aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e
passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva
(Notas 2.2.c e 11)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de
activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como
proveito do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de
accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos
activos e passivos identificados.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua
venda.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras
das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As
transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são
eliminados no processo de consolidação.
b) Investimentos financeiros em empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce
uma influência significativa, através da participação nas decisões financeiras e
operacionais da empresa, mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das
mesmas - geralmente investimentos representando entre 20% e 50% do capital de uma
empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são
registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à
participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido)
das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício, e pelos dividendos
recebidos.
3
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos
identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como
diferenças de consolidação positivas e mantidas no valor de investimento financeiro em
associadas (Nota 2.2.c)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como
proveito do exercício na rubrica resultados relativos a empresas associadas.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que
o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por
imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas
em exercícios anteriores deixam de existir, são objecto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor
pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo,
excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.
Os ganhos não realizados com associadas são eliminados proporcionalmente ao
interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma
associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao
ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de
imparidade.
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na
Nota 5.
c) Diferenças de consolidação
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e
associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data
da sua aquisição, se positivas, foram registadas na rubrica Diferenças de consolidação
ou mantidas na rubrica Investimentos em empresas associadas (Nota 11). As diferenças
entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo
valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição,
encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a
moeda de relato do Grupo (euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As
diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de
conversão cambial incluída em Reservas e resultados transitados.
O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente
para verificar se existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das
4
diferenças de consolidação constatadas no exercício são registadas na demonstração
de resultados do exercício, na rubrica provisões e perdas por imparidade.
As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser
revertidas.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e
empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas
empresas à data da sua aquisição, se negativas foram reconhecidas como proveito na
data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos
identificáveis.
Diferenças de consolidação anteriores à data de transição
As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição
para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo
com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos
activos incorpóreos não aceites pelos IFRS e objecto de testes de imparidade, sendo os
impactos desses ajustamentos registados em resultados transitados, conforme IFRS 1.
No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram reexpressas na
moeda funcional de cada filial, retrospectivamente. As diferenças cambiais geradas no
processo de conversão foram registadas em resultados transitados (IFRS 1).
d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são
convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e
proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de
câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de
Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão
cambial incluída na rubrica Reservas e resultados transitados. As diferenças cambiais
geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por
contrapartida de resultados transitados.
O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da
aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa
entidade e transpostos para euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do
exercício.
5
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é
reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.
As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais e empresas
associadas estrangeiras foram as seguintes:
31.12.2005
Final do
Média do
período
período
Libra inglesa
Real brasileiro
Rand sul-africano
Dólar canadiano
Franco suiço
0.6853
2.7440
7.4644
1.3725
1.5551
0.6837
3.0049
7.9120
1.5029
1.5483
31.12.2004
Final do
Média do
período
período
0.7051
3.6147
7.6899
1.6416
1.5429
0.6782
3.6329
7.9942
1.6161
1.5437
Fonte: Bloomberg
2.3.
Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para
IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de
aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas
por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de
aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das
quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo
de bens.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil
estimada:
Anos
Edifícios e outras construções
50
Equipamento básico
15
Equipamento de transporte
5
Ferramentas e utensílios
4
Equipamento administrativo
10
Outras imobilizações corpóreas
5
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no
exercício em que ocorrem.
6
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção,
encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de
imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos
subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
2.4.
Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das
amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só
são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para
o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são
reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para
completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais
seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são
capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são
registadas como custo do exercício em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são
registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na
situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais
seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações
estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das
quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual
corresponde genericamente a 5 anos.
Nos casos de marcas e patentes sem vida útil definida, não são calculadas amortizações,
sendo o seu valor objecto de testes de imparidade numa base anual.
2.5.
Locações
Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como (i)
locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos
7
e vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não
forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da
substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as
correspondentes
responsabilidades,
são
contabilizados
pelo
método
financeiro,
reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as
dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual.
Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado
corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do exercício a que
respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como
custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de
locação.
2.6.
Propriedades de Investimento
As propriedades de investimento encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido
das
amortizações
e
das
perdas
de
imparidade
acumuladas.
São
constituídas,
essencialmente, por terrenos e edifícios de operações descontinuadas em relação aos
quais o Grupo celebrou contratos de arrendamento com entidades terceiras.
2.7.
Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando
existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as
condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são
reconhecidos na demonstração de resultados de acordo com os custos incorridos.
Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de imobilizado, são incluídos
na rubrica Outros passivos não correntes e são creditados na demonstração de resultados
em quotas constantes durante o período estimado de vida útil dos activos adquiridos.
8
2.8.
Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja
identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo
qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de
resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de
venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção
entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente
atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação
no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente
ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada
quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou
diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de
imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por
imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos
operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por
imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
2.9.
Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente
reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a
aquisição, construção ou produção de activos fixos, são capitalizados, fazendo parte do
custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das
actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando o activo
se encontra pronto a ser utilizado ou quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer
proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um
9
investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para
capitalização.
2.10. Existências
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao
valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de
custeio.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso
encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável
líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas
incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos
equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização).
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para
completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso de
este ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais nas rubricas de Custo
das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e
matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e
trabalhos em curso, respectivamente.
2.11. Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação
presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a
resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa
ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são
ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que
exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido
comunicado às partes envolvidas.
10
2.12. Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos classificam-se como segue:
-
Investimentos detidos até ao vencimento
-
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
-
Investimentos disponíveis para venda
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos
não correntes, excepto se o seu vencimento ocorrer num prazo inferior a 12 meses
da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade
definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa
data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados
como investimentos correntes.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não
correntes.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data
de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem
qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua
venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível
estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição
deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de
justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento
11
ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma
perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a)
na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na demonstração
de resultados do exercício.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo capitalizado
através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
b)
Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais
perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de Perdas por imparidade em contas
a receber, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
c)
Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de
acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que
assumem.
d)
Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de
despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração
de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme
política definida na nota 2.9. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso
não sejam liquidados durante o exercício.
e)
Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal.
12
f)
Instrumentos derivados
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como
forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos
derivados com o objectivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de
cobertura de taxa de juros e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos. Os
indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os
planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio
são materialmente idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As
ineficiências eventualmente existentes são registadas na Demonstração de
resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como
instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
-
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de
alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
-
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
-
Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da
cobertura;
-
A transacção objecto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos derivados utilizados, quando classificados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa, são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e
subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes
instrumentos são reconhecidas em capitais próprios, na rubrica Reservas de
cobertura incluída na rubrica Reservas e resultados transitados, sendo transferidas
para resultados no mesmo exercício em que o instrumento objecto de cobertura
afecta resultados. Quanto aos instrumentos derivados que a empresa opte por não
aplicar “hedge accounting”, as variações de justo valor afectam diariamente e de
forma imediata a demonstração de resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o
instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado
deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor
13
acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura incluída
em Reservas e resultados transitados são transferidas para resultados do exercício,
ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de
cobertura
deram
origem,
e
as
reavaliações
subsequentes
são
registadas
directamente nas rubricas da demonstração de resultados.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo
específico
de
cobertura
dos
riscos
financeiros
inerentes
ao
negócio
(fundamentalmente, “forwards” de taxas de câmbio para cobertura de importações
futuras), não se enquadram nos requisitos definidos na Norma Internacional de
Contabilidade 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do
justo valor afectam directamente a demonstração de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros
contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que
os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e
nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com
os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa
de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os
derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração de
resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja
mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao
custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico
do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
g)
Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do
Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de
custos suportados com a sua emissão.
h)
Acções próprias
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um
abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções
próprias são registadas em Outras reservas incluída em Reservas e resultados
transitados.
14
i)
Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem
aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de
tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes
de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, no balanço.
2.13. Responsabilidades por pensões
Conforme mencionado na Nota 25 o Grupo assumiu, através de algumas filiais, o
compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de
complementos de pensões de reforma, os quais configuram um plano de benefícios
definidos, tendo sido constituídos para o efeito fundos de pensões autónomos.
A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o
Grupo
segue
o
procedimento
de
obter
anualmente
cálculos
actuariais
das
responsabilidades determinados de acordo com o “Projected Unit Credit Method”. Os
ganhos e perdas actuariais que excedam 10% do maior entre o valor presente das
responsabilidades totais e o justo valor dos activos do fundo constituído, são reconhecidos
na demonstração de resultados em quotas constantes durante o período médio
remanescente de vida dos participantes.
Os custos por responsabilidades passadas são reconhecidos imediatamente nas situações
em que os benefícios se encontram a ser pagos, caso contrário são reconhecidos em
quotas constantes durante o período médio estimado até à data em que os direitos dos
colaboradores se vencem (geralmente na data de reforma caso estejam ao serviço do
Grupo).
As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor
presente das obrigações por planos definidos ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou
de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas reduzido do justo valor dos
activos líquidos do fundo de pensões.
15
2.14. Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras
consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma
saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não
são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas
mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.15. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis
das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das
empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da
sede de cada empresa do Grupo, considerando o resultado e a taxa anual efectiva de
imposto estimada.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço
e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos
de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos
diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação
em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das
diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em
que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias
dedutíveis no exercício da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão
desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a
sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se
resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o
imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
16
2.16. Rédito e especialização dos exercícios
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados
consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos
para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As
vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua
concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de
resultados consolidada com referência à respectiva fase de acabamento à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos aos
sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito,
independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo
valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os
custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas
ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram,
mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um
desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.
2.17. Mais-valias e menos-valias
As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de imobilizações
corpóreas e incorpóreas e de investimentos, são apresentadas na demonstração de
resultados pelo valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação ou abate, nas rubricas de Outros proveitos operacionais
e Outros custos operacionais.
2.18. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na
moeda funcional da filial, utilizando as taxas em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas
demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de
cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício.
Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao
17
justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a
taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças,
pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como
proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as
relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente
em capital próprio.
Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio o Grupo contrata
instrumentos financeiros derivados de cobertura (Nota 2.12.f)).
2.19. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre
condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras
consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações
financeiras consolidadas, se materiais.
2.20. Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados todos os segmentos geográficos e segmentos de
negócio aplicáveis ao Grupo.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída
na Nota 37.
3.
ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS
FUNDAMENTAIS
Durante o exercício não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem correcções
de erros relativos a exercícios anteriores.
18
4.
EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital
detido em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004, são as seguintes:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL
CONDIÇÕES
DETIDO
DE
INCLUSÃO
31.12.2005
31.12.2004
Directo
Total
Directo
Total
Agloma - Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A.
Oliveira do Hospital (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
92,66%
a)
Cia. De Industrias y Negocios, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Ecociclo, Energia e Ambiente, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Euro Decorative Boards Ltd.
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Euromegantic Lteé
Lac Mégantic (Canadá)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Euroresinas - Indústrias Quimicas, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
a)
2)
Explotaciones Comerciales, Industriales y de Servicios, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
2)
Explotaciones Madereras Catalanas, S. A.
Barcelona (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
2)
Florestal y Maderera, S. A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
2)
Glunz AG
Meppen (Alemanha)
Glunz Service GmbH
Hamm (Alemanha)
98,17%
90,36%
98,17%
91,84%
a)
100,00%
90,36%
100,00%
91,84%
a)
Glunz UK Holdings, Ltd.
Londres (Reino Unido)
100,00%
90,36%
100,00%
91,84%
a)
Glunz UkA GmbH
Hamm (Alemanha)
100,00%
90,36%
100,00%
91,84%
a)
a)
Gollin GmbH
Bad Oeynhausen (Alemanha)
90,00%
81,32%
90,00%
82,65%
Isoroy Transformation S.A.S.
St. Dizier (França)
99,99%
91,16%
99,99%
92,66%
a)
Isoroy, SAS
Boulogne (França)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Maiequipa - Gestão Florestal, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Manipulaciones Florestales, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Megantic B.V.
Amsterdão (Países Baixos)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Movelpartes – Comp. para a Indústria do Mobiliário, S.A.
Paredes (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
2)
Novobord (Pty) Ltd.
Woodnead (África do Sul)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
2)
Orpin, S. A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
OSB Deustchland
Alemanha
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Poliface Brasil, Ltda.
São Paulo (Brasil)
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
a)
Poliface North America
Baltimore (EUA)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Racionalización y Manufacturas Florestales, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Resoflex – Mobiliário e Equipamentos de Gestão, S.A.
Vila de Conde (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
SCS Beheer, BV
Holanda
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Siaf – Soc. de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais, S.A.
Mangualde (Portugal)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Socelpac, SGPS, SA
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
1)
2)
Sociedade de Iniciativa e Aproveit. Florestais - Energias, S.A.
Mangualde (Portugal)
100,00%
91,18%
100,00%
92,67%
a)
Société Industrielle et Financière Isoroy
Rungis (França)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Somit – Imobiliária, S.A.
Oliveira do Hospital (Portugal)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Sonae – Serviços de Gestão, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Sonae 4-P, Panels, Pulp, Paper and Packiging, S. A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Sonae España, S. A.
Madrid (Espanha)
Sonae Indústria – Prod. e Comerc. Derivados Madeira, S. A.
Mangualde (Portugal)
99,94%
99,94%
99,94%
99,94%
a)
100,00%
91,41%
100,00%
92,86%
a)
Sonae Indústria – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A.
Maia (Portugal)
MÃE
MÃE
MÃE
MÃE
Sonae Indústria Brasil, Ltda.
São Paulo (Brasil)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
MÃE
a)
Sonae Indústria de Revestimentos, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Sonae Novobord (Pty) Ltd
Woodnead (África do Sul)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
19
2)
Sonae Tafibra (UK) Ltd
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
Sonae Tafibra Benelux, B. V.
Woerden (Países Baixos)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
a)
Sonae UK, Limited
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Spanboard Products Ltd
Belfast (Reino Unido)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tableros de Fibras, S.A.
Madrid (Espanha)
91,16%
91,16%
92,66%
92,66%
a)
Tableros Tradema, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tafibra - Tableros Aglomerados y de Fibras, A.I.E.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,18%
100,00%
92,67%
a)
Tafibra South Africa, Limited
África do Sul
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tafibras, S.A.
Curitiba (Brasil)
53,99%
49,55%
53,99%
50,36%
a)
Tafisa Brasil, S.A.
Curitiba (Brasil)
100,00%
57,46%
100,00%
58,39%
a)
Tafisa Canadá Societé en Commandite
Lac Mégantic (Canadá)
99,99%
91,16%
99,99%
92,66%
a)
a)
Tafisa France S.A.S.
Rungis (França)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
Tafisa U.K.Ltd.
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tavapan, SA
Tavannes (Suiça)
100,00%
90,36%
100,00%
91,84%
a)
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.
Barcelona (Espanha)
100,00%
91,16%
100,00%
92,66%
a)
Tool, GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
90,36%
100,00%
91,84%
a)
a) Controlo detido por maioria de votos.
1) Sociedade fusionada na Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. à data de de 1 de Janeiro de 2005.
2) As percentagens referem-se à data de saída da Sociedade do perímetro de consolidação (nota 6).
Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação
integral, conforme indicado na Nota 2.2.a).
5.
INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
As empresas associadas, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de
balanço em 31 de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 são as seguintes:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL
DETIDO
31.12.2005
Ipaper - Indústria de Papéis Impregnados, S. A.
1)
Maia (Portugal)
31.12.2004
Directo
Total
Directo
Total
49,00%
49,00%
49,00%
49,00%
Oko Zentrum NRW
Alemanha
25,00%
22,59%
25,00%
22,99%
Promodeco – Proj. Imobiliário Decoração e Constr., Lda.
Maia
27,60%
27,60%
27,60%
27,60%
Serradora Boix
Barcelona
31,25%
28,49%
31,25%
28,96%
Sonaegest
Maia
20,00%
20,00%
20,00%
20,00%
1) Participação financeira alienada à data de 30.10.2005. A percentagem de capital
indicada é a existente à data de alienação.
As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência
patrimonial, conforme indicado na Nota 2.2.b).
20
6.
ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
As principais alterações no perímetro de consolidação ocorridas no exercício findo em 31
de Dezembro de 2005 foram as seguintes:
Sociedade alienadas:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% de capital detido à data de
alienação
Directo
Total
1)
Explotaciones Comerciales, Industriales y de Servicios, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
2)
Explotaciones Madereras Catalanas, S. A.
Barcelona (Espanha)
100,00%
91,16%
3)
Florestal y Maderera, S. A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
4)
Gollin GmbH
Bad Oeynhausen (Alemanha)
5)
Orpin, S. A.
Madrid (Espanha)
90,00%
81,32%
100,00%
91,16%
1) Sociedade alienada à data de 31.12 2005;
2) Sociedade alienada à data de 25.10.2005:
3) Sociedade alienada à data de 25.10.2005;
4) Sociedade alienada à data de 31.12.2005;
5) Sociedade alienada à data de 25.10.2005.
Sociedade liquidadas:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% de capital detido à data de
liquidação
Directo
Tafibra - Tableros Aglomerados y de Fibras, A.I.E.
2)
Sonae 4-P, Panels, Pulp, Paper and Packiging, S. A.
Madrid (Espanha)
100,00%
91,16%
3)
Novobord (Pty) Ltd.
Woodnead (África do Sul)
100,00%
91,16%
1)
Madrid (Espanha)
100,00%
Total
1)
91,18%
Sociedade liquidada à data de 30.12.2005;
2)
Sociedade liquidada à data de 31.12.2005.
3)
Sociedade liquidada durante o exercício de 2005, tendo os activos desta sociedade sido transferidos para
a Sonae Novobord (Pty) Ltd.
Efeito das alienações
As alterações no perímetro de consolidação acima referidas que ocorreram durante o
exercício de 2005, afectaram a comparabilidade das demonstrações financeiras
consolidadas em 31.12.2005 e em 31.12.2004. Caso o perímetro de 2004 considerasse as
mudanças referidas nesta nota, o efeito seria o seguinte no balanço consolidado e na
demonstração consolidada de resultados:
21
31.12.2004
ACTIVO
ACTIVOS NÃO CORRENTES
Imobilizações corpóreas
Diferenças de consolidação
Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação
Impostos diferidos activos
Outros activos não correntes
Total de activos não correntes
Perímetro 2004
Diferença
1 148 057 729
45 269 819
9 519 767
66 318 079
1 129 578
1 270 294 972
1 145 113 237
45 269 819
9 519 767
66 318 079
1 129 578
1 267 350 480
2 944 492
159 011 303
227 360 848
49 690 139
5 980 187
74 817 721
516 860 198
157 360 878
226 455 302
48 508 443
5 980 187
74 562 736
512 867 546
1 650 425
905 546
1 181 696
1 787 155 170
1 780 218 026
6 937 144
700 000 000
- 311 273 229
42 580 440
431 307 211
38 906 799
470 214 010
700 000 000
- 314 522 194
41 331 687
426 809 493
38 297 753
465 107 246
3 248 965
1 248 753
4 497 718
609 046
5 106 764
539 398 323
283 318 342
32 127 706
13 961 213
868 805 584
539 315 237
283 295 481
32 127 706
13 961 213
868 699 637
105 947
122 754 949
175 184 310
140 430 727
9 765 590
448 135 576
122 687 142
174 888 464
139 083 733
9 751 805
446 411 144
67 807
295 846
1 346 994
13 785
1 724 432
1 787 155 170
1 780 218 027
6 937 143
ACTIVOS CORRENTES:
Existências
Clientes
Outros activos correntes
Investimentos
Caixa e equivalentes de caixa
Total de activos correntes
TOTAL DO ACTIVO
Perímetro 2005
2 944 492
254 985
3 992 652
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Reservas e resultados transitados
Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses Minoritários
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO:
PASSIVOS NÃO CORRENTES:
Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo
Outros passivos não correntes
Impostos diferidos passivos
Provisões
Total de passivos não correntes
PASSIVOS CORRENTES:
Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo
Fornecedores
Outros passivos correntes
Provisões
Total de passivos correntes
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
83 086
22 861
31.12.2004
Perímetro de
2004
Perímetro de
2005
Diferença
Proveitos operacionais:
Vendas
Prestações de serviços
Outros proveitos operacionais
Total de proveitos operacionais
1 484 010 946
8 128 525
81 731 372
1 573 870 843
1 472 614 938
8 128 525
79 667 354
1 560 410 817
2 064 018
13 460 026
Custos operacionais
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas por imparidade
Outros custos operacionais
Total de custos operacionais
Resultados operacionais
680 289 957
9 976 763
379 224 507
221 431 661
107 687 500
9 511 583
33 977 278
1 442 099 249
131 771 594
675 823 675
9 839 662
377 374 856
216 102 208
107 273 633
9 507 788
33 784 830
1 429 706 652
130 704 165
4 466 282
137 101
1 849 651
5 329 453
413 867
3 794
192 448
12 392 596
1 067 430
Proveitos financeiros
Custos financeiros
Resultados relativos a empresas associadas
Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos
15 723 651
87 438 534
837 189
430 906
61 324 806
15 406 460
87 420 795
837 189
430 906
59 957 925
317 191
17 739
1 366 881
Imposto sobre o rendimento
Resultado depois de impostos
16 251 076
45 073 730
16 251 076
43 706 849
1 366 881
Resultado consolidado do período
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses Minoritários
45 073 730
43 706 849
1 366 881
42 580 440
2 493 290
41 331 687
2 375 163
1 248 753
118 127
11 396 008
22
7.
INVESTIMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
31.12.05
Correntes
Não correntes
31.12.04
Correntes
Não correntes
42 948 640
42 772 464
176 176
Investimentos em filiais excluídas da consolidação
Saldo inicial
Aquisição
Alienação
Liquidação
Saldo final
196 990
25 641
42 726 009
42 948 640
42 661 176
64 833
42 875 937
72 703
Investimentos em associadas
Saldo inicial
Aumento de capital
Alienação
Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial
Variação de perímetro
Transferência
Saldo final
3 168 799
100 000
50 463
137 700
- 138 744
- 68 903
3 148 389
2 729 458
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28)
Valor líquido dos investimentos em associadas
3 148 389
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28)
Valor líquido dos investimentos em filiais excluídas da consolidação
Investimentos disponíveis para venda
Saldo inicial
Aquisição
Alienação
Transferência
Efeito da conversão câmbial
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28)
Valor líquido dos investimentos disponíveis para venda
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
Saldo inicial
Alienação
Variação de perímetro
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 28)
Valor líquido dos investimentos mensurados ao justo valor
15 287 880
12 208 438
439 341
3 168 799
25 565
3 143 234
6 437 535
8 209
5 393 091
68 903
274 639
1 396 195
1 571 722
23 575
1 372 620
136 472
6 303 830
4 868 580
6 440 302
3 079 442
6 962 167
1 169 415
9 495 128
15 287 880
38 177
3 041 265
9 307 693
5 980 187
As alienações de investimentos efectuadas durante o exercício geraram mais-valias líquidas
de aproximadamente 10 900 000 euros, incluídas na linha de Outros proveitos operacionais
da Demonstração consolidada de resultados.
23
8.
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no
valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
2005
Terrenos e
edificios
Equipamento
Básico
Equipamento
de transporte
Ferramentas e
utensilios
Outros
activos
tangíveis
Fixtures and
Fittings
Imobilizado em
Curso
Activo Bruto:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Investimento
Desinvestimento
Transferências
Variações cambiais
Saldo Final
398 140 852
- 2 367 295
44 217
11 017 239
- 4 631 141
19 112 545
399 281 939
1 577 797 176
- 3 710 067
697 604
26 010 103
34 086 784
62 179 141
1 645 040 535
13 514 125
- 354 410
168 833
662 370
175 266
393 326
13 234 770
5 805 246
- 57 529
32 948
368 722
2 574 827
129 672
8 116 442
42 552 969
- 609 014
424 903
157 874
2 065 330
1 478 557
45 754 871
12 498 164
16 527 666
79 037
85 454
310 805
17 533
12 820 085
39 536 170
Amortizações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Depreciações do exercício
Desinvestimento
Transferências
Variações câmbiais
Saldo Final
89 325 386
- 868 563
7 002 453
6 415 295
1 588 919
2 108 175
92 741 075
780 914 776
- 2 669 092
87 784 816
22 439 988
- 2 880 082
22 572 970
863 283 400
9 098 282
- 309 192
675 493
614 109
- 6 841
283 578
9 127 211
4 161 927
- 45 767
1 143 678
56 948
- 12 867
88 535
5 278 558
26 744 724
- 455 852
4 404 918
118 902
- 13 733
769 037
31 330 192
10 047 307
306 540 864
781 757 135
4 107 559
2 837 884
14 424 679
1 966 635
Saldo final líquido
- 40 422 686
679 825
16 320 975
Total activos
tangíveis
2 066 836 198
- 7 098 315
40 983 712
38 301 762
- 5 840 815
83 990 599
2 140 569 617
920 292 402
- 4 348 466
101 918 638
29 730 203
- 1 340 780
25 822 295
1 012 613 886
907 280
84 961
- 16 176
10 853 450
16 320 975
1 127 955 731
2004
Terrenos e
edificios
Equipamento
Básico
Equipamento de
transporte
Ferramentas e
utensilios
Fixtures and
Fittings
Outros activos
tangíveis
Activo Bruto:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Investimento
Desinvestimento
Transferências
Variações cambiais
Saldo Final
458 732 115
- 39 324 790
3 817 103
26 829 519
427 249
1 318 694
398 140 852
1 680 833 182
- 105 866 579
1 470 585
49 853 806
47 685 609
3 528 185
1 577 797 176
18 195 315
- 3 674 466
504 237
2 385 436
832 662
41 813
13 514 125
5 692 912
- 293 778
32 802
159 599
529 827
3 082
5 805 246
52 884 325
- 3 245 719
408 713
7 867 658
287 331
85 977
42 552 969
20 555 738
- 8 022 233
25 576
426 960
364 827
1 216
12 498 164
Amortizações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Depreciações do exercício
Desinvestimento
Transferências
Variações câmbiais
Saldo Final
101 734 131
- 11 782 700
7 335 171
8 544 472
546 292
36 964
89 325 386
786 366 802
- 66 138 102
92 054 116
35 397 003
3 680 980
347 983
780 914 776
16 327 597
- 3 045 788
958 662
1 955 444
- 3 212 118
25 373
9 098 282
3 605 508
- 276 559
980 211
148 276
5 484
- 4 441
4 161 927
35 593 312
- 2 332 423
2 910 727
8 960 835
- 486 576
20 519
26 744 724
16 138 693
- 7 349 621
1 348 493
166 074
75 816
308 815 466
796 882 400
4 415 843
1 643 319
15 808 245
2 450 857
Saldo final líquido
Imobilizado em
Curso
21 707 937
- 1 941 142
42 140 100
979 467
- 44 396 615
- 3 147
16 527 666
Total activos
tangíveis
2 258 601 524
- 162 368 706
48 399 116
88 502 445
5 730 890
4 975 820
2 066 836 198
959 766 043
- 90 925 193
105 587 380
55 172 104
609 878
426 398
920 292 402
10 047 307
16 527 666
1 146 543 796
A linha de depreciações do exercício inclui aproximadamente 800 000 euros de perdas por
imparidade incluídas na rubrica Provisões e perdas por imparidade da Demonstração
consolidada de resultados.
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor líquido dos bens adquiridos com recurso a
locação financeira totalizava:
31.12.05
Terrenos e Edifícios
Equipamento básico
Equipamento transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpóreas
31.12.04
1 567 148
13 547 312
204 101
2 814 959
14 859 793
235 998
113 892
152 892
15 432 453
18 063 642
24
Durante o exercício de 2005 não foram capitalizados juros suportados e outros encargos
financeiros incorridos, no âmbito das condições definidas na nota 2.9.
Em 31 de Dezembro de 2005 o Grupo tinha hipotecado Terrenos e edifícios no montante de
33 492 500 euros (32 510 000 euros em 31 de Dezembro de 2004) como garantia de
empréstimos bancários obtidos. À mesma data, o Grupo tinha assumido compromissos
para aquisição de imobilizações corpóreas no montante de 3 950 239 euros (925 885 euros
em 31 de Dezembro de 2004).
9.
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no
valor das imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
2005
Custos de
desenvolvimen
to
Activo Bruto:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Investimento
Desinvestimento
Transferências
Variações cambiais
Saldo Final
Amortizações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Depreciações do exercício
Desinvestimento
Transferências
Variações câmbiais
Saldo Final
Saldo final líquido
828 159
Patentes,
Royalties e
outros direitos
3 993 935
Outros activos
intangíveis
Software
223 951
1 724 531
- 69 005
Imobilizado em
curso
62 081
7 689
6 795
- 42 031
23 325
226
805 060
39 811
2 759
4 036 505
223 951
1 655 526
479 142
3 837 003
134 370
105 853
20 604
79 220
44 790
868 209
- 15 787
330 730
136
564 527
2 679
3 918 902
179 160
1 183 152
240 533
117 603
44 791
472 374
20 944
Total activos
intangíveis
6 832 657
- 69 005
7 689
30 120
- 2 220
2 985
6 741 986
5 318 724
- 15 787
560 593
20 604
2 815
5 845 741
20 944
896 245
2004
Custos de
desenvolvimen
to
Patentes,
Royalties e
outros direitos
Software
Outros activos
intangíveis
Activo Bruto:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Investimento
Desinvestimento
Transferências
Variações cambiais
Saldo Final
3 623 280
- 2 663 124
364 625
670 567
173 371
574
828 159
4 064 918
- 18 565
300
- 70 859
- 123 784
207
3 993 935
Amortizações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Saldo Inicial
Variações do Perímetro de Consolidação
Depreciações do exercício
Desinvestimento
Transferências
Variações câmbiais
Saldo Final
2 628 556
- 2 404 595
255 570
163 119
162 663
67
479 142
3 853 890
- 11 398
283 213
24 111
- 263 977
- 614
3 837 003
134 370
868 209
349 017
156 932
89 581
856 322
Saldo final líquido
223 951
223 951
1 654 466
Imobilizado em
curso
53 598
99 449
115 916
2 088 015
- 2 015 394
723 472
332 016
- 401 996
1 724 531
62 081
89 580
494 295
44 790
351 034
Total activos
intangíveis
11 654 630
- 4 697 083
1 141 995
1 031 173
- 236 493
781
6 832 657
7 066 321
- 2 415 993
934 607
187 230
- 78 434
- 547
5 318 724
22 880
62 081
1 513 933
25
10.
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no
valor das propriedades de investimento, bem como nas respectivas amortizações e perdas
por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
2005
Custo
Activo Bruto:
Transferências
Saldo Final
Amortizações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Depreciações do período
Transferências
Saldo Final
Saldo final líquido
Em construção
2004
Total
Total
9 237 766
9 237 766
9 237 766
9 237 766
155 856
96 398
155 856
96 398
252 254
252 254
8 985 512
8 985 512
Durante o exercício procedeu-se à transferência das propriedades de investimento das
rubricas de imobilizações corpóreas para as rubricas apropriadas.
11.
DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o movimento ocorrido
nas diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas por imparidade, foi o
seguinte:
31.12.05
31.12.04
Diferenças de consolidação positivas
Activo Bruto:
Saldo Inicial
Variações de Perímetro de Consolidação
Aumentos
Diminuições
Reclassificação / Transferências
Conversão Câmbial
Saldo Final
45 269 819
219 726
1 400 250
26 811
376 075
44 492 181
45 585 210
1 274 851
959 460
45 269 819
Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo Final
As diferenças de consolidação não são amortizadas. São efectuados testes de imparidade
das diferenças de consolidação com periodicidade anual.
26
12.
IMPOSTOS DIFERIDOS
O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005 e 31
de Dezembro de 2004, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o
seguinte:
Activos por impostos diferidos
31.12.05
Diferença entre o justo valor e o custo histórico
Homogenização de amortizações
Provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente
Anulação de imobilizações incorpóreas
Anulação de imobilizações corpóreas
Anulação de custos diferidos
Prejuízos fiscais reportáveis
Outros impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
31.12.04
3 898 133
184 692
299 538
43 327
48 254 901
5 001
52 685 592
2 003 668
410 235
339 656
88 824
63 463 432
12 264
66 318 079
31.12.05
31.12.04
41 130 842
30 059
31 244 787
2 005 301
43 136 143
852 860
32 127 706
O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foi como segue:
Activos por impostos diferidos
31.12.05
66 318 079
66 662 930
1 320 656
- 225 543
- 40 118
- 45 497
- 16 036 341
29
571 390
1 394 327
Saldo inicial
Efeito em resultado:
Homogenização de amortizações
Movimento de provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente
Anulação de movimentos ocorridos em imobilizações incorpóreas
Anulação de movimentos ocorridos em imobilizações corpóreas
Anulação de custos diferidos
Prejuízos fiscais reportáveis
Outros impostos diferidos
Efeito em reservas:
Diferença entre o justo valor e o custo histórico
Efeito de conversão monetária
Efeito de alteração do perímetro:
Alienações
Passivos por impostos diferidos
31.12.04
31.12.05
32 127 706
24 891 009
4 524 632
2 577 887
- 511 297
1 499 752
2 680 110
9 096 136
39 611
252 245
3 803 695
30 059
286 901
- 2 196 552
Saldo final
52 685 592
31.12.04
- 4 754 286
66 318 079
43 136 143
32 127 706
Em conformidade com o disposto nas Normas Internacionais de Contabilidade / Normas
Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo procedeu, à data de 31 de Dezembro de 2005,
a uma avaliação dos activos por impostos diferidos registados em exercícios anteriores
referentes a prejuízos fiscais reportáveis.
Atendendo às estimativas de lucros projectados para as diversos empresas e países com
base nos resultados das operações correntes e das reestruturações previstas, o Conselho
de Administração entendeu proceder a uma reafectação por empresa e por país de parte
dos activos por impostos diferidos anteriormente registados, com o objectivo de reconhecer
activos por impostos diferidos nas empresas e países onde se espera a concretização dos
correspondentes lucros em períodos de tempo menores.
Neste sentido, procedeu-se à reversão dos activos por impostos diferidos anteriormente
registados em filais localizadas em França e no Reino Unido, no montante de
aproximadamente 30,8 milhões de euros, à manutenção dos activos por impostos diferidos
anteriormente
registados
em
filial
localizada
na
Alemanha,
no
montante
de
27
aproximadamente 21,4 milhões de euros, e ao reconhecimento de novos activos por
impostos diferidos relacionados com prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores,
em filiais localizadas em Espanha, no montante de aproximadamente 21,8 milhões de
euros.
Em resumo, o movimento ocorrido, durante o exercício de 2005, nos activos por impostos
diferidos referentes a prejuízos fiscais reportáveis foi como segue:
Euros
Saldo inicial
63 463 432
Movimento com efeito em resultado
Reversão
-30 838 876
Reforço
24 025 125
Utilização
-9 222 590
-16 036 341
Movimentos com efeito em reservas
Efeito da conversão monetária
827 000
Saldo final
48 254 091
Os activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005 estão afectos a empresas
sedeadas nos seguintes países:
Euros
Espanha
Alemanha
Brasil
Portugal
África do Sul
Canadá
Saldo final
21 791 723
21 399 498
5 252 596
3 046 562
1 046 379
148 834
52 685 592
De acordo com as declarações fiscais das empresas que registam activos por impostos
diferidos referentes a prejuízos fiscais, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 os mesmos
eram reportados como segue:
31.12.05
Prejuízo
fiscal
Com caducidade
Gerados em 1993
Gerados em 1999
Gerados em 2000
Gerados em 2001
Gerados em 2001
Gerados em 2002
Gerados em 2002
Gerados em 2003
Gerados em 2003
Gerados em 2004
Gerados em 2004
Sem caducidade
Activos por
impostos diferidos
2 310 596
1 528 502
36 725
97 047
40 877 400
269 693
13 714 886
138 205
3 740 985
9 468 726
53 271
72 236 036
808 708
534 976
12 854
26 688
14 306 985
74 166
4 800 210
38 462
1 309 345
2 374 689
18 645
24 305 728
64 569 001
136 805 036
31.12.04
Caducidade
-
2009
2015
2016
2007
2017
2008
2018
2009
2019
2010
2020
Prejuízo
fiscal
Activos por
impostos diferidos
Caducidade
-
673 926
497 803
185 330
136 896
2005
2006
1 038 268
285 524
2007
5 391 235
1 447 362
2008
2009
1 912 097
525 827
9 513 329
2 580 939
23 949 173
175 206 637
60 882 493
48 254 901
184 719 966
63 463 432
28
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os prejuízos fiscais para os quais não
foram registados activos por impostos diferidos, podem ser detalhados como segue:
31.12.05
Prejuízo
fiscal
Com caducidade
Gerados em 1999
Gerados em 2000
Gerados em 2000
Gerados em 2001
Gerados em 2001
Gerados em 2002
Gerados em 2002
Gerados em 2003
Gerados em 2003
Gerados em 2004
Gerados em 2004
Gerados em 2005
Sem caducidade
43 812 435
Crédito
de imposto
15 334 352
31.12.04
Caducidade
-
2015
Prejuízo
fiscal
Crédito
de imposto
Caducidade
-
47 825 591
16 738 957
2015
36 726
12 854
2016
89 785 853
4 812 381
59 162 037
473 511
95 495 818
7 938 418
31 425 049
1 323 405
20 706 713
130 215
33 423 536
2 183 065
2017
2007
2018
2008
2019
2009
305 530 335
105 943 794
624 053 617
222 871 475
48 908 453
5 338
48 725 176
172 496
95 088 900
263 398
19 280 761
375 609
256 632 566
17 117 959
1 468
17 053 812
47 436
33 281 115
72 434
6 748 266
103 293
89 760 135
2017
2008
2018
2009
2019
2010
2020
2011
768 067 547
267 719 807
-
1024 700 113
357 479 942
929 583 952
328 815 269
1 161 505 150
405 734 844
1 114 303 918
392 278 701
-
Foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer em resultado dos ajustamentos de
conversão para IAS. Nos casos em que esses ajustamentos originaram impostos diferidos
activos, os mesmos só foram registados na medida em que se considerou provável a
ocorrência de lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as
perdas fiscais ou diferenças temporárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos
de negócios das empresas do Grupo Sonae Indústria, periodicamente revistos e
actualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.
Os activos por impostos diferidos são compensados com o valor dos passivos por impostos
diferidos nas situações em que a Empresa geradora das respectivas diferenças temporárias
tenha a capacidade legal para compensar as quantias reconhecidas e pretenda liquidar o
imposto numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar o passivo por imposto diferido
simultaneamente.
13.
OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Outros activos não correntes do balanço
consolidado tinha a seguinte composição:
31.12.05
Empresas associadas
Outros Empréstimos Concedidos
Adiantamento por conta de Investimentos Financeiros
Clientes e Outros Devedores
Estado e Outros entes Públicos
Outros Activos não Correntes
Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 28)
31.12.04
14 132 905
161 200
14 530 400
178 328
1 770 959
855 105
75 395
16 140 459
14 132 921
2 007 538
15 563 833
14 434 255
1 129 578
29
14.
EXISTÊNCIAS
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Existências do balanço consolidado
detalhava-se como segue:
31.12.05
Mercadorias
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em curso
Matérias primas, subsidiárias e de consumo
Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 28)
15.
31.12.04
10 672 926
64 509 000
2 353 767
91 212 997
168 748 690
4 771 938
163 976 752
8 585 443
57 537 425
3 655 817
92 242 545
162 021 230
3 009 927
159 011 303
CLIENTES
À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica de Clientes do balanço consolidado
podia decompor-se como segue:
31.12.05
31.12.04
Clientes, conta corrente
Clientes, títulos a receber
Clientes de cobrança duvidosa
243 284 568
341 025
12 561 675
256 187 268
221 627 319
8 805 207
11 728 564
242 161 090
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 28)
16 295 730
239 891 538
14 800 242
227 360 848
Em Abril de 2004 várias sociedades incluídas no perímetro de consolidação, localizadas em
Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Irlanda do Norte, celebraram
um contrato de securitização com a Tulip Asset Purchase Company B. V., referente à venda
de créditos comerciais detidos, que pode atingir o montante de 150 000 000 euros e ter uma
duração máxima de 5 anos.
16.
OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Outras dívidas de terceiros do balanço
consolidado tinha a seguinte decomposição:
31.12.05
31.12.04
Outros devedores
Adiantamentos a fornecedores
Accionistas
14 175 453
829 448
2 163 548
17 168 449
12 245 372
1 008 176
18 901 127
32 154 675
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 28)
492 122
16 676 327
2 588 307
29 566 368
30
17.
OUTROS ACTIVOS CORRENTES
O detalhe da rubrica Outros activos correntes do balanço consolidado em 31 de Dezembro
de 2005 e 2004, é o seguinte:
31.12.05
Acréscimos de Proveitos
Custos Diferidos
Outros
18.
31.12.04
1 386 208
3 503 054
83 818
4 973 080
2 135 806
2 749 006
916 848
5 801 660
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica Estado e outros entes públicos podia
decompor-se como segue:
31.12.05
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
19.
4 059 189
10 295 174
14 993
1 169 327
15 538 683
31.12.04
4 114 487
8 699 914
11 854
1 495 856
14 322 111
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o detalhe da rubrica Caixa e equivalentes de caixa do
balanço consolidado era o seguinte:
31.12.05
31.12.04
Numerário
Depósitos bancários
Aplicações de tesouraria
Caixa e equivalentes de caixa no balanço
Descobertos bancários
3 175 464
52 823 600
60 843 540
116 842 604
366 752
657 086
39 078 955
35 081 680
74 817 721
2 647 649
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa
116 475 852
72 170 072
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com
instituições financeiras, incluídos no passivo corrente do balanço consolidado, na rubrica de
empréstimos bancários.
O saldo de aplicações de tesouraria existente em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 era
composto por aplicações de tesouraria de muito curto prazo efectuadas em bancos, com
baixo risco (risco bancário) e com remuneração em linha com o mercado para aplicações
de prazo e risco semelhantes.
31
20.
CAPITAL SOCIAL
No âmbito do processo de cisão-fusão descrito na nota 1., a Sonae Indústria, SGPS, SA
(antiga Sonae 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, SA) efectuou um aumento de capital de
50 000 euros para 700 000 000 euros, mediante emissão de 139 990 000 acções
ordinárias, ao portador, escriturais, cada uma com um valor nominal de 5 euros.
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o capital social, integralmente subscrito e realizado,
estava representado por 140 000 000 de acções ordinárias, sem direito a uma remuneração
fixa, com o valor nominal de 5 euros cada uma. Nessa data a sociedade e suas filiais não
detinham quaisquer acções próprias.
A Sonae Indústria, SGPS, SA é incluída no perímetro de consolidação da Efanor
Investimentos, SGPS, SA.
21.
INTERESSES MINORITÁRIOS
Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e
2004 foram os seguintes:
31.12.05
38 906 799
- 235 893
6 318 979
48 103
- 77 195
44 960 793
Saldo Inicial
Diminuição / (aumento) da percentagem de interesse em empresas consolidadas
Variação resultante da conversão monetária
Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários
Outros
Saldo final
22.
31.12.04
94 870 525
-58 560 218
103 202
2 493 290
38 906 799
EMPRÉSTIMOS
Em 31de Dezembro de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 os empréstimos tinham o
seguinte detalhe:
31.12.05
Custo Amortizado
Corrente
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Endividamento bruto
Investimentos
Caixa e equiv. caixa no balanço
Endividamento líquido
Endividamento líquido total
83 539 248
4 476 336
1 072 734
89 088 318
Não corrente
176 146 046
381 101 414
229 326
107 182 288
664 659 074
3 041 265
116 842 604
- 30 795 551
31.12.04
Valor nominal
Corrente
83 539 248
4 476 336
1 072 734
89 088 318
Não corrente
176 146 046
385 000 000
229 326
107 182 288
668 557 660
3 041 265
116 842 604
664 659 074
633 863 523
- 30 795 551
Custo Amortizado
Corrente
81 813 430
23 138 966
3 852 136
13 950 417
122 754 949
Não corrente
315 089 218
78 085 302
5 134 120
141 089 683
539 398 323
5 980 187
74 817 721
668 557 660
637 762 109
41 957 041
Valor nominal
Corrente
81 813 430
23 138 966
3 852 136
13 950 417
122 754 949
Não corrente
315 089 218
78 085 302
5 134 120
141 089 683
539 398 323
5 980 187
74 817 721
539 398 323
581 355 364
41 957 041
539 398 323
581 355 364
32
Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos:
31.12.05
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Após 2011
31.12.04
89 088 318
37 961 270
140 970 897
224 227 737
172 619 155
19 836 061
72 942 540
122 754 949
171 360 898
33 851 800
33 781 794
249 495 478
16 254 751
18 401 042
16 252 560
757 645 978
662 153 272
Os empréstimos referidos nos quadros anteriores não incluem empréstimos concedidos por
partes relacionadas.
22.1. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Os empréstimos bancários e os descobertos bancários referidos no quadro da nota 22.
encontram-se incluídos nas rubricas “Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da
parcela de curto prazo”, “Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo”
e “Empréstimos bancários de curto prazo” do balanço consolidado e detalhavam-se à data
de 31 de Dezembro de 2005 como segue:
Parcela de curto prazo
Sociedade
Glunz AG
Sonae Indústria-SGPS,SA
Sonae Novobord (Pty) Ltd
Sonae UK,Ltd.
Tafisa Brasil, SA
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Outros
Empréstimos
bancários
Parcela de curto
prazo
92 391 600
28 125 000
21 444 876
17 024 117
510 202
12 591 194
4 059 057
13 542 200
6 250 000
3 279 314
6 809 647
20 867 445
4 964 045
479 460
176 146 046
56 192 111
Curto prazo
Descobertos
bancários
Total
3 289
366 751
105 933 800
34 375 000
24 724 190
23 833 764
48 354 744
17 555 239
4 908 557
26 980 386
366 751
259 685 294
26 977 097
a) Durante o exercício de 2002, a Sonae Indústria, S. G. P. S., S. A., conjuntamente com o
seu principal accionista, Sonae S. G. P. S., S. A. e com a sua filial Glunz AG, celebraram
um contrato de financiamento junto do Banco Europeu de Investimento, no montante total
de 119 000 000 euros, utilizado na totalidade à data de 31 de Março de 2005. Este
empréstimo vence juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em
16 prestações semestrais, sucessivas e iguais, tendo-se vencido a primeira em Junho de
2005. À data de 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo ascendia a 105 933 800
euros. No âmbito do processo de autonomização financeira da Sonae Indústria, S. G. P. S.,
S. A., a Sonae, S. G. P. S., S. A. ficou entretanto desvinculada deste empréstimo;
33
b) Durante o primeiro semestre de 2005 foi transferido para a Sonae Indústria, S. G. P. S.,
S. A. um contrato de financiamento celebrado em 2001 pela Sonae, S. G. P. S., S. A. com o
Banco Europeu de Investimentos, no valor de 50 000 000 euros. Este empréstimo vence
juros trimestrais, indexados à taxa de mercado, e será reembolsado em 16 prestações
semestrais consecutivas. À data de 31 de Dezembro de 2005 o valor do empréstimo
totalizava 34 375 000 euros;
c) A Sonae Novobord contraiu um financiamento junto do Firstrand Bank no montante total
de ZAR 200 000 000. Este empréstimo vence juro a uma taxa fixa de 13,18%, pagos
semestralmente, e será reembolsado em 14 prestações semestrais sucessivas e variáveis,
tendo-se vencida a primeira em 30 de Junho de 2003. Em 31 de Dezembro de 2005, o valor
do empréstimo ascendia a 24 724 190 euros;
d) A Sonae UK celebrou um contrato de financiamento junto do Banco Europeu de
Investimento, no montante total de GBP 35.000.000. Este empréstimo vence juros à taxa de
mercado, e será reembolsado em 15 prestações semestrais, sucessivas e iguais, tendo-se
vencido a primeira em Junho de 2002. Em 31 de Dezembro de 2005, o valor do empréstimo
ascendia a 23 833 763 euros;
e) Durante o exercício de 2000, a Sonae Indústria – Produção e Comercialização de
Derivados de Madeira, S. A. celebrou um contrato de financiamento com o BEI no montante
de 27 000 000 euros. O empréstimo vence juros semestrais, indexados à taxa de mercado,
e será reembolsado em 16 prestações semestrais consecutivas. À data de 31 de Dezembro
de 2005, o valor do empréstimo era de 17 555 239 euros;
f) A Tafisa Canada celebrou em exercícios anteriores um contrato de financiamento junto de
um sindicato bancário, no montante total de CAD 101 200 000. Este empréstimo vence
juros à taxa de mercado, e foi reembolsado em 45% do capital através de 9 amortizações
semestrais, tendo-se vencido a primeira em Junho de 2000, e em 55% do capital através de
um único pagamento efectuado em Abril de 2005;
g) Em 1999 foi contratado por um conjunto de subsidiárias da Sonae Indústria um
empréstimo sindicado em regime de "revolving" no valor de até 400 milhões de euros, cujo
montante disponível foi reduzido para até 300 milhões de euros em 20/12/2002, e para 100
milhões em 20/12/2004, vencendo-se na totalidade em 20/12/2006. Durante o mês de
Junho de 2005, a Sociedade procedeu ao reembolso antecipado da totalidade do valor em
dívida.
34
22.2. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS
a) Obrigações Tafisa 98, no valor de 23 138 966 euros, que foi reembolsado na sua
totalidade em Maio de 2005;
b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2004, emitido em 15 de Outubro de 2004, no
valor de 80 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de 5
anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e serão
pagos semestralmente nos dias 15 de Abril e 15 de Outubro de cada ano;
c) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março de 2005,
no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 87,5 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de cada ano;
d) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2008, emitido em 27 de Abril de 2005,
no valor de 100 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 3 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 100 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano;
e) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2010, emitido em 27 de Abril de 2005,
no valor de 150 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 5 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de 110 bps e
serão pagos semestralmente nos dias 27 de Abril e 27 de Outubro de cada ano.
22.3. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Pagamentos mínimos de locação
financeira
31.12.05
2005
2006
2007
2008
31.12.04
31.12.05
31.12.04
4 443 758
147 248
114 656
4 705 662
4 256 496
4 423 617
191 487
114 656
8 986 256
Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo prazo
4 476 336
3 852 136
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo
229 326
5 134 120
5 363 377
147 775
114 656
5 625 808
5 376 103
5 363 377
147 775
114 656
11 001 911
Valor presente dos pagamentos
mínimos de locação financeira
35
22.4. OUTROS EMPRÉSTIMOS
Os outros empréstimos referidos no quadro da nota 22 encontram-se incluídos no balanço
consolidado, na rubrica “Outros empréstimos” do passivo corrente e do passivo não
corrente, e tinham o seguinte detalhe à data de 31 de Dezembro de 2005:
Outros Empréstimos
Sociedade
Curto Prazo
Longo Prazo
Operação
securitização
Outros
20 080 469
19 562 505
18 551 402
17 711 523
14 014 662
12 222 605
3 680 718
Tableros Tradema,S.L.
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Isoroy SAS
Glunz AG
Sonae Tafibra Benelux, BV
Sonae UK,Ltd.
Spanboard Products,Ltd
Outros
105 823 884
23.
Outros
155 552
334 287
27 522
170 193
43 689
868 565
831 330
1 358 404
1 072 734
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Derivados de taxa de câmbio
O Grupo utiliza derivados fundamentalmente com o objectivo de efectuar a cobertura de
fluxos de caixa futuros e não com o objectivo de negociação.
Desta forma o Grupo contratou diversos “forwards” de taxa de câmbio bem como operações
de “cross currency swap” que não configuram relações perfeitas de cobertura e, portanto,
não receberam tratamento de “hedge accounting”, mas que permitem mitigar de forma
muito significativa o efeito das variações cambiais dos empréstimos em moeda em relação
aos quais o Grupo pretende cobrir o cobrir cambial.
Os ganhos e perdas associados a variações de valor dos instrumentos derivados que não
receberam tratamento de “hedge accounting”, no montante de – 8 748 343 euros, foram
registados directamente na demonstração de resultados, na rubrica de Resultados
financeiros, na qual se encontram igualmente registadas as variações cambiais de sentido
contrário dos empréstimos cujo risco cambial o Grupo pretende cobrir.
Derivados de taxa de juro
Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 31 de
Dezembro de 2005, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” e “collars” envolvendo taxas
de juro (“cash flow hedges”) contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de
36
juro de empréstimos no montante de 24 724 190 euros (24 558 397 euros em 31 de
Dezembro de 2004).
Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo
valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pelo Grupo com recurso a
sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados. A determinação do justo
valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os “swaps”, a actualização para a
data do balanço dos “cash-flows” futuros do “leg” fixo do instrumento derivado e dos “cashflows” futuros do “leg” variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é
determinado com base no modelo de “Black ‘76”.
Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pelo Grupo na contratação destes
instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes:
-
“Matching” entre fluxos de caixa pagos e recebidos, i.e., existe coincidência entre as
datas de refixação da taxa de juro dos financiamentos contratados com o banco e as
datas de refixação da taxa de juro no derivado;
-
“Matching” perfeito entre indexantes: o indexante de referência no instrumento financeiro
de cobertura e no financiamento ao qual o derivado está subjacente são coincidentes;
-
Num cenário de subida extrema de taxas de juro, o custo máximo do financiamento está
limitado.
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados ao seu custo, se
algum existir, e subsequentemente avaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor
destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de
cobertura incluída na rubrica Reservas e resultados transitados, sendo transferidas para
resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
Assim sendo, o Grupo contabilizou nesta rubrica de reservas, o montante de 3 276 710
euros de perdas.
Justo valor de instrumentos financeiros derivados
O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:
Investimentos
31.12.05
Derivados de taxa de câmbio
Derivados de taxa de juro
Derivados de cobertura
31.12.04
Empréstimos
31.12.05
31.12.04
-8 748 343
-3 276 710
-12 025 053
37
24.
OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica “Outros passivos não correntes” pode ser
detalhada como segue:
31.12.05
Estado e outros entes públicos
Outros
Accionistas
Outras dívidas de terceiros
26 656 350
72 604
79 507 081
106 236 035
31.12.04
14 056 100
154 759 549
90 906 344
259 721 993
A rubrica Outras dívidas de terceiros não correntes inclui o valor de aproximadamente 78
670 000 euros referentes ao diferimento de proveitos com subsídios ao investimento.
25.
RESPONSABILIDADES POR PENSÕES
Diversas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus
empregados prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice,
invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem
numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à
tabela salarial negociada anualmente.
O valor actual das responsabilidades por serviços passados é avaliado anualmente através
de estudos actuariais realizados com base no método “Projeted Unit Credit”. Os
pressupostos actuariais utilizados foram os seguintes:
África do Sul
31.12.05 31.12.04
Tábua de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de rendimento do fundo
Taxa técnica actuarial
Taxa de crescimento das pensões
PA (90) PA (90)
5,0%
8,0%
8,0%
3,5%
5,0%
9,0%
9,0%
4,0%
Alemanha
31.12.05
31.12.04
Richttafeln
1998
2,0%
4,5%
1,5%
Richttafeln
1998
2,0%
5,7%
1,5%
França
31.12.05 31.12.04
Portugal
31.12.05 31.12.04
TPG 1993 TPG 1993
TV 73/77 TV 73/77
2,0%
4,0%
2,0%
2,0%
4,0%
2,0%
3,0%
6,0%
4,0%
0,0%
3,0%
6,0%
4,0%
0,0%
Em exercícios anteriores foram criados fundos de pensões e provisões para pensões por
diversas sociedades do Grupo nos seguintes países:
África do Sul:
A Tafibra South Africa Ltd. dispõe do seguinte esquema de benefícios aos seus
colaboradores:
Plano de contributos definidos, que compreende um conjunto de activos afectos a
um fundo gerido por entidade terceira. A obrigação da sociedade consiste na
38
entrega ao fundo das contribuições definidas. À data de 31 de Dezembro de 2005
não existiam contribuições devidas e não pagas ao fundo;
Plano de benefícios definidos, com fundo constituído gerido por entidade terceira,
calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº. 19 com base
em estudos actuariais realizados por entidade independente. De acordo com um
estudo actuarial efectuado em 31 de Dezembro de 2005, o valor das
responsabilidades ascendia a 32 926 000 Rands (4 411 096 euros), cobertas pelo
fundo com um valor de mercado de 29 298 000 rands (3 925 053 euros), e por
uma provisão no montante de 3 628 000 rands (486 043 euros), incluída na
rubrica Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço
consolidado;
Esquema de comparticipação em despesas de saúde pós reforma, segundo o
qual a empresa comparticipará 50% das despesas de saúde elegíveis, realizadas
após a data de reforma dos colaboradores abrangidos. A responsabilidade da
empresa foi avaliada por estudo actuarial efectuado à data de 31 de Dezembro de
2005, e encontra-se coberta na totalidade por provisão no montante de 3 655 998
Rands (489 794 euros) incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do
passivo não corrente do balanço consolidado.
Alemanha:
A Glunz AG dispõe de um plano de benefícios definidos, sem fundo constítuido,
calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em
estudos actuariais levados a cabo por entidade independente. A sociedade tem
registada uma provisão, incluída na rubrica Responsabilidades por pensões do passivo
não correntes do balanço consolidado, no valor de 20 226 196 euros, que cobre o valor
das responsabilidades calculadas através de estudo actuarial reportado à data de 31 de
Dezembro de 2005.
França:
A Isoroy SAS e a Isoroy Transformation estão obrigadas a pagar, no momento de
reforma dos seus colaboradores, uma quantia definida nos termos do acordo colectivo
de trabalho do sector. A responsabilidade das duas sociedades foi avaliada por estudo
actuarial efectuado à data de 31 de Dezembro de 2005 e encontra-se integralmente
coberta por provisão no montante de 1 769 234 euros, incluída na rubrica
Responsabilidades por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado.
39
Portugal:
Diversas sociedades do grupo dispõem de um plano de benefícios definidos, com fundo
constituído gerido por entidade terceira, calculado de acordo com a Norma Internacional
de Contabilidade nº 19 com base em estudos actuariais levados a cabo por entidade
independente. Estão abrangidos os trabalhadores de oito sociedades contratados até 31
de Dezembro de 1994 que, a partir do momento da reforma e até ao termo da vida,
receberão mensalmente uma renda correspondente a 20% do seu salário à data de
reforma. As responsabilidades por serviços prestados à data de 31 de Dezembro de
2005, com base num estudo actuarial reportado à mesma data, ascendiam a 1 962 835
euros, cobertas pelo valor do fundo e por provisão incluída na rubrica Responsabilidades
por pensões do passivo não corrente do balanço consolidado, no valor de 1 163 593
euros e 742 815, respectivamente.
O movimento ocorrido nos exercícios de 2005 e 2004 no valor presente das obrigações
pode ser decomposto como segue:
31.12.05
31.12.04
Saldo inicial do valor presente das obrigações
Serviço da dívida corrente
Custo por serviços correntes
Perdas / (Ganhos) actuariais
Custos reconhecidos por serviços passados
Pensões pagas
Actualização cambial
25 980 562
1 548 985
477 698
3 144 097
525 769
1 562 009
124 932
28 063 407
1 651 034
448 539
- 14 525
Saldo final do valor presente das obrigações
30 240 034
25 980 562
4 167 893
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor das responsabilidades por benefícios
definidos reconhecidos no balanço consolidado é como segue:
31.12.05
31.12.04
Valor presente das obrigações
Perdas / (Ganhos) actuariais não reconhecidas
Justo valor dos activos do fundo de pensões
30 240 034
1 171 751
5 297 773
25 980 562
-2 065 433
4 449 646
Responsabilidades por pensões
23 770 510
23 596 349
40
O impacto destas responsabilidades nas demonstrações de resultados dos exercícios de
2005 e 2004 é o seguinte:
31.12.05
Serviço da dívida corrente
Custo por serviços correntes
Custos reconhecidos por serviços passados
Variação do justo valor nos activos do fundo
Ganhos / (perdas) actuariais reconhecidas
26.
31.12.04
1 548 985
477 698
525 769
639 305
- 101 649
1 651 034
448 539
3 090 108
2 686 183
586 610
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Estado e outros entes públicos apresentava
a seguinte decomposição:
31.12.05
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
27.
8 598 252
2 828 463
7 825 568
1 884 325
21 136 608
31.12.04
6 250 204
3 272 696
8 031 660
3 680 569
21 235 129
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica Outros passivos correntes pode ser
detalhada como segue:
31.12.05
Accionistas
Instrumentos financeiros derivados
Adiantamentos de clientes
Fornecedores de imobilizado
Outros credores
Custos a pagar:
Seguros
Custos com o pessoal
Encargos financeiros
Descontos de quantidade
Fornecimentos e serviços externos
Outros
Proveitos diferidos:
Subsídios ao investimento
Outros
31.12.04
983 195
6 792 743
181 611
15 883 230
33 081 546
9 979 794
738 277
13 384 557
29 536 835
632 031
17 366 221
3 517 003
18 653 530
8 922 036
6 827 808
468 811
18 482 104
1 719 266
23 311 906
6 831 329
6 387 674
7 232 200
261
120 073 415
8 354 784
261
119 195 598
A rubrica Outros credores inclui 12 600 000 euros de adiantamentos recebidos por conta da
venda de terrenos.
41
28.
PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foi o seguinte:
2005
Rubricas
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 7)
Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13)
Perdas de imparidade acumuladas em clientes e outras dívidas de terceiros (Notas 15 e 16)
Perdas de imparidade em existências (Nota 14)
Provisões
-
-
-
Variação
Variação
Saldo inicial
cambial
de perímetro
52 345 667
14 434 255
17 388 549
3 009 927
23 726 803
110 905 201
- 181 572
553 199
121 940
2 809 982
3 485 121
- 22 058
- 395 785
- 599 415
Aumento
10 597
262 402
3 091 327
3 906 787
5 592 031
12 863 144
Utilização
Redução
156 637
- 9 295 127
- 563 736
- 2 850 715
1 372 450
2 266 716
8 722 707
12 518 510
- 477 856
- 13 187 434
Saldo final
42 722 928
14 132 921
16 787 852
4 771 938
22 532 468
100 948 107
2004
Saldo inicial
Rubricas
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 7)
Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13)
Perdas de imparidade acumuladas em clientes e outras dívidas de terceiros (Notas 15 e 16)
Perdas de imparidade em existências (Nota 14)
Provisões
52 345 788
15 056 844
19 311 012
4 070 417
26 964 591
117 748 652
Variação
cambial
224 312
11 574
120 121
356 007
Variação
de perímetro
- 9 128
- 215 910
- 507 785
- 32 037
- 292 365
- 1 057 225
Aumento
15 963
8 909
4 016 034
2 167 491
9 999 938
16 208 335
Utilização
Redução
- 6 956
- 39 827
- 2 278 270
375 761
3 376 754
3 207 518
13 065 482
20 025 515
- 2 325 053
Saldo final
52 345 667
14 434 255
17 388 549
3 009 927
23 726 803
110 905 201
As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo.
Os valores indicados na coluna Utilização referentes às perdas de imparidade dizem
respeito ao abate do activo por contrapartida da respectiva perda de imparidade registada
anteriormente.
29.
ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Grupo tinha prestado garantias com a
seguinte finalidade:
31.12.05
Responsabilidades por garantias prestadas
Por empréstimos obtidos
Por subsídios ao investimento
Outros
249 252 907
7 053 305
6 604 980
262 911 192
31.12.04
372 978 192
5 987 397
9 089 866
388 055 455
As garantias referidas anteriormente têm a seguinte natureza:
31.12.05
Garantias bancárias
Hipotecas de Terrenos e edifícios
Penhores
Outras
206 624 450
33 492 500
10 929 000
11 865 243
262 911 192
31.12.04
258 446 794
85 282 400
3 990 840
40 335 421
388 055 455
42
30.
LOCAÇÕES OPERACIONAIS
À data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o Grupo detinha contratos irrevogáveis de
locação operacional cujas rendas vencem como segue:
Vencíveis em 2004
Vencíveis em 2005
Vencíveis em 2006
Vencíveis em 2007
Vencíveis em 2008
Vencíveis em 2009
Vencíveis após 2009
31.
31.12.2004
31.12.2005
4 327 885
6 067 931
4 578 322
3 739 394
3 046 479
2 367 056
12 698 357
6 349 486
5 761 681
4 803 099
4 807 772
2 888 350
13 045 077
36 825 424
37 655 465
PARTES RELACIONADAS
Os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue:
Saldos
Contas a receber
Contas a pagar
Empréstimos
Obtidos
31.12.05
31.12.04
31.12.05
Empresa-mãe e filiais
9 726 889
18 401 818
8 318 020
Empresas associadas
800 135
5 623
971 587
Transacções
Vendas e
Prestações de Serviços
31.12.04
28 233 661
31.12.05
72 605
31.12.04
31.12.05
Empresa-mãe e filiais
11 133 610
16 083 436
48 343 371
Empresas associadas
669 158
9 547
1 073 732
144 201 799
31.12.04
Juros auferidos
31.12.04
58 840 942
31.12.05
222 690
31.12.04
1 709 393
5 029
31.12.04
1 650 191
30 500
Compras e
Serviços Recebidos
31.12.05
Concedidos
31.12.04
100 000
Juros Suportados
31.12.05
2 664 210
31.12.04
15 973 845
163
A remuneração dos elementos do Conselho de Administração da empresa-mãe e suas
subsidiárias pode ser decomposto como segue:
Remuneração total fixa
Remuneração total variável
2005
2004
1 344 341
1 250 764
2 595 105
1 240 916
588 121
1 829 037
43
32.
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS
A rubrica Outros proveitos operacionais da demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2005 e 2004 detalha-se como segue:
31.12.05
12 551 322
16 738 981
6 456 663
8 429 234
5 889 593
1 283 089
12 692 176
64 041 058
Ganhos na alienação de investimentos não correntes
Ganhos na alienação de activos corpóreos e incorpóreos
Proveitos suplementares
Subsídios ao investimento
Restituição de impostos
Reversão de perdas por imparidade
Outros
33.
31.12.04
25 485 236
8 656 486
9 963 067
9 304 454
6 069 687
7 577 403
14 675 039
81 731 372
OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
A rubrica Outros custos operacionais da demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2005 e 2004 tinha a seguinte decomposição:
31.12.05
11 693 868
1 688 575
3 088 392
5 322 352
21 793 187
Impostos
Perdas na alienação de investimentos não correntes
Perdas na alienação de activos corpóreos e incorpóreos
Outros
34.
31.12.04
9 240 515
633 034
12 782 565
11 321 163
33 977 277
RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos exercícios de 2005 e 2004 têm a seguinte composição:
31.12.05
Custos e perdas:
Juros suportados
Descontos de pronto pagamento conced
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Outros
Resultados financeiros
Proveitos e ganhos:
Juros obtidos
Descontos de pronto pagamento obtidos
Diferenças de câmbio favoráveis
Outros
31.12.04
33 887 807
15 300 847
10 870 856
15 902 101
50 734 336
15 819 506
10 265 282
10 619 410
- 44 125 073
31 836 538
- 71 714 883
15 723 651
3 265 086
2 153 661
25 817 621
600 170
31 836 538
3 360 158
2 904 703
9 323 345
135 445
15 723 651
44
35.
IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2005 e 2004 são detalhados como segue:
31.12.05
Imposto corrente
Imposto diferido
36.
8 387 026
19 433 518
27 820 544
31.12.04
7 188 720
9 062 356
16 251 076
RESULTADOS POR ACÇÃO
Os resultados por acção do exercício, excluindo o efeito das operações em descontinuação,
foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:
31.12.05
31.12.04
36 383 591
42 580 440
36 383 591
42 580 440
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico
(resultado líquido do exercício)
Efeito das acções potenciais
Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto)
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído
Número de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
líquido por acção básico
Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertíveis
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
líquido por acção diluído
Durante o exercício não se registaram resultados significativos referentes a operações
descontinuadas.
37.
INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
A actividade principal do Grupo consiste na produção de painéis aglomerados de madeira e
produtos derivados destes, através de instalações fabris e comerciais localizadas em
Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suiça, Países Baixos, Canadá, Brasil e
África do Sul. Trata-se, pois, de uma actividade caracterizada por uma elevada dispersão
geográfica dos activos e mercados, e por uma relativa homogeneidade de produtos. Para
efeitos de análise segmental, o elemento geográfico é considerado como sendo o principal
vector de segmentação da actividade do Grupo, sendo esta a forma como se encontra
organizado o sistema interno de gestão e de relato financeiro ao Conselho de
Administração.
45
Os segmentos geográficos identificados nos exercícios de 2005 e 2004 foram os seguintes:
-
Portugal
-
Espanha
-
França
-
Reino Unido
-
Alemanha
-
Resto da Europa
-
Brasil
-
Canadá
-
Africa do Sul
37.1. Segmentos geográficos
Os contributos dos principais segmentos geográficos para a Demonstração de Resultados
consolidada dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, tendo por base a
localização dos activos, podem ser analisados como segue:
2005
Portugal
Spain
France
Un. Kingdom
Germany
Rest of Europe
Brazil
Canada
South Africa
Proveitos Operacionais
Proveitos Operacionais
Eliminações Intersegmentais
Proveitos Operacionais Externos
278 570 767
278 570 767
- 99 059 074
179 511 693
293 009 303
293 009 303
- 45 941 577
247 067 726
256 639 442
256 639 442
- 84 517 012
172 122 430
107 038 696
107 038 696
- 109 495
106 929 201
436 519 303
436 519 303
- 155 932 162
280 587 141
171 724 901
171 724 901
- 5 357 595
166 367 306
101 280 113
101 280 113
- 1 899 145
99 380 968
141 842 073
141 842 073
- 23 084
141 818 989
105 972 745
105 972 745
Resultado Operacional Imputável
14 285 075
10 353 074
- 7 675 957
- 3 159 127
13 992 009
655 195
7 393 907
17 984 188
30 313 081
105 972 745
Consolidated
1 499 758 199
84 141 445
Resultado Operacional Não Imputável
24 243 868
Resultado Financeiro
- 44 125 073
Result. Relativos a empresas associadas
Result. Relativos a investimentos
133 356
- 141 358
Imposto sobre o rendimento
27 820 544
Resultado Liquido
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Atribuível a interesses minoritários
36 431 693
36 383 591
48 103
2004
Portugal
Espanha
França
R. Unido
Alemanha
Resto Europa
Brasil
Canadá
África do Sul
Consolidado
Proveitos Operacionais
Proveitos Operacionais
Eliminações Intersegmentais
Proveitos Operacionais Externos
354 162 636
354 162 636
- 108 888 599
245 274 037
276 348 552
276 348 552
- 48 597 501
227 751 051
264 091 750
264 091 750
- 63 419 270
200 672 480
104 974 454
104 974 454
2 854 990
107 829 444
431 993 349
431 993 349
- 109 300 407
322 692 942
137 743 091
137 743 091
- 6 155 161
131 587 930
76 525 892
76 525 892
- 99 826
76 426 066
131 661 626
131 661 626
1 709 170
133 370 796
92 594 066
92 594 066
2 066 818
94 660 884
1 540 265 630
Resultado Operacional Imputável
25 319 430
8 926 920
1 626 548
- 2 920 895
30 577 655
893 897
8 209 769
18 778 361
20 083 730
111 495 415
Resultado Operacional Não Imputável
20 276 179
Resultado Financeiro
- 71 714 883
Result. Relativos a empresas associadas
Result. Relativos a investimentos
837 189
430 906
Imposto sobre o rendimento
16 251 076
Resultado Liquido
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Atribuível a interesses minoritários
45 073 730
42 580 440
2 493 290
46
As transacções entre os diversos segmentos foram efectuadas a preços de mercado e em
condições idênticas às praticadas entre entidades independentes.
Os contributos dos segmentos geográficos anteriormente identificados para o balanço
consolidado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, tendo por base a localização dos activos,
podem ser analisados como segue:
Portugal
Activos liquidos segmentais
Não correntes
Correntes
Investimento em associadas
233 981 407
165 215 830
68 765 577
692 040
Espanha
236 179 580
163 556 558
72 623 022
2 456 354
França
Alemanha
31.12.05
Reino
Brasil
Unido
232 203 072 308 009 766 141 673 518 148 892 928
162 135 196 245 491 913 106 594 251 116 035 910
70 067 876
62 517 853
35 079 267
32 857 018
Canadá
África
do Sul
170 708 801 99 909 014
147 143 495 67 782 319
23 565 306 32 126 695
Outros
Consolidado
18 260 272 1 589 818 358
621 146 1 174 576 618
17 639 126
415 241 740
3 148 394
Activos liquidos não imputados
209 582 138
Activos líquidos totais consolidados
Passivos segmentais
Não correntes
Correntes
1 802 548 890
46 141 456
3 896 211
42 245 245
76 493 857
23 882 252
52 611 605
70 335 974 131 357 630
9 600 238
68 982 985
60 735 736
62 374 645
22 678 259
5 565 665
17 112 594
36 016 926
24 481 958
11 534 968
19 720 839 20 437 663
0
975 837
19 720 839 19 461 826
2 555 558
0
2 555 558
Passivos não imputados
848 315 161
Passivos totais consolidados
Investimento em imobilizado
corpóreo e incorpóreo
Amortizações do exercício
425 738 162
137 385 146
288 353 016
1 274 053 323
3 554 681
4 370 139
6 563 859
5 824 289
10 596 362
1 112 792
6 620 100
2 287 324
61 849
40 991 395
17 386 341
15 940 057
13 847 854
21 767 425
8 257 730
8 169 637
11 905 997
4 421 085
131 666
101 827 792
31.12.04
Portugal
Activos liquidos segmentais
Não correntes
Correntes
Investimento em associadas
219 083 949
155 274 030
63 809 919
620 429
Espanha
283 463 021
209 113 835
74 349 186
2 294 607
França
Alemanha
Reino
Unido
Brasil
241 633 871 336 494 245 131 247 281
168 215 058 269 480 581 101 625 461
73 418 813
67 013 664
29 621 820
117 261 404
93 769 450
23 491 954
Canadá
149 106 665
127 813 966
21 292 699
África
do Sul
102 384 112
68 330 036
34 054 076
Outros
Consolidado
16 612 330 1 597 286 878
761 953 1 194 384 370
15 850 377
402 902 508
2 915 036
Activos liquidos não imputados
186 953 256
Activos líquidos totais consolidados
Passivos segmentais
Não correntes
Correntes
1 787 155 170
45 756 896
3 393 138
42 363 758
82 467 781
26 940 365
55 527 416
70 522 009 132 036 341
10 952 677
70 550 607
59 569 332
61 485 734
22 330 137
5 818 119
16 512 018
27 379 140
16 416 962
10 962 178
17 129 047
0
17 129 047
18 395 625
1 397 382
16 998 243
4 023 866
382 064
3 641 802
Passivos não imputados
420 040 842
135 851 314
284 189 528
896 900 318
Passivos totais consolidados
1 316 941 160
Investimento em imobilizado
corpóreo e incorpóreo
30 192 500
5 050 004
5 128 801
1 433 221
1 091 129
768 808
3 856 771
1 480 048
270 952
49 272 234
Amortizações do exercício
25 570 321
15 692 860
13 297 704
22 744 343
8 340 918
6 708 781
10 985 869
4 215 364
131 340
107 687 500
O número médio de trabalhadores, por localização geográfica, é detalhado como segue:
31.12.05
Portugal
Alemanha
França
Espanha
África do Sul
Canadá
Brasil
Reino Unido
Outros
1 090
1 135
881
828
391
323
320
302
38
5,308
31.12.04
1 726
1 247
933
886
415
324
317
299
38
6,185
47
As vendas e prestações de serviços dos exercícios de 2005 e 2004, com base na
localização geográfica dos clientes externos, podem detalhar-se da seguinte forma:
2005
Segmento
Mil Euros
ALEMANHA
ESPANHA
FRANÇA
PORTUGAL
ÁFRICA DO SUL
REINO UNIDO
BRASIL
AMÉRICA DO NORTE
OUTROS
248 419
240 703
168 189
115 694
103 983
90 054
87 971
68 110
341 897
TOTAL
1 465 020
17%
16%
11%
8%
7%
6%
6%
5%
23%
2004
Segmento
Mil Euros
ALEMANHA
ESPANHA
FRANÇA
AMÉRICA DO NORTE
REINO UNIDO
ÁFRICA DO SUL
PORTUGAL
BRASIL
OUTROS
290 719
276 131
189 946
164 879
100 633
100 584
89 633
65 680
213 934
TOTAL
1 492 139
19%
19%
13%
11%
7%
7%
6%
4%
14%
Os fluxos de caixa por segmento geográfico, atendendo à localização geográfica dos
activos, podem ser apresentados como segue:
31.12.05
Fluxos de caixa de:
Actividades operacionais
Actividades de investimento
Actividades de financiamento
Variação de Caixa e Equivalentes de Caixa
Portugal
Espanha
França
Alemanha
Reino Unido
Brasil
Canadá
África do Sul
24 915 901
- 311 220 739
276 619 750
- 9 685 088
30 490 584
80 955 787
- 71 513 157
39 933 214
22 199 583
- 13 737 369
- 7 515 076
947 138
27 065 914
13 653 446
- 42 714 032
- 1 994 672
- 913 972
- 9 237 217
15 332 577
5 181 388
20 030 614
- 813 200
- 17 765 711
1 451 703
28 812 944
- 13 640 878
- 18 369 653
- 3 197 587
34 676 384
- 30 628 616
5 517 592
9 565 360
Eliminações inter- Consolidado
segmento
1 294 369
- 16 075 320
172 497 001
41 770 882
234 485 311
- 8 412 593
- 42 063 817
- 219 936 525
- 122 408 052
1 001 434
- 1 526 534
41 676 356
Outros
31.12.04
Fluxos de caixa de:
Actividades operacionais
Actividades de investimento
Actividades de financiamento
Variação de Caixa e Equivalentes de Caixa
Portugal
Espanha
França
Alemanha
Reino Unido
Brasil
Canadá
África do Sul
150 418 001
- 214 082 061
100 633 258
36 969 198
- 53 183 500
- 21 254 664
84 334 249
9 896 085
14 408 337
49 938 383
- 66 068 581
- 1 721 861
3 870 649
- 12 719 799
4 603 548
- 4 245 602
6 905 941
- 244 682
- 9 188 018
- 2 526 759
20 341 376
- 510 865
- 19 554 358
276 153
37 835 590
- 27 813 053
- 2 776 836
7 245 701
27 281 516
- 883 091
- 23 833 728
2 564 697
Eliminações inter- Consolidado
segmento
- 4 156 722
- 72 678 532
131 042 656
- 13 975 809
263 822 267
22 276 626
19 019 301
- 190 726 461
- 103 557 626
886 770
417 274
49 761 656
Outros
48
37.2. Segmentos de negócio
Em 31 de Dezembro de 2005, os contributos dos segmentos de negócio identificados para
o rédito consolidado, activos líquidos consolidados e investimento consolidado, era o
seguinte:
Derivados de
Outros
madeira
segmentos
Total
Réditos
1 369 552 434
92%
122 587 037
8% 1 492 139 471
Activo líquido
1 703 354 159
95%
83 801 011
5% 1 787 155 170
Investimento em imobilizado
corpóreo e incor
38 813 735
79%
10 458 499
21%
49 272 234
Na sequência da alienação da Imocapital, SGPS, SA, em Dezembro de 2004, e
consequente saída do negócio de derivados de papel do perímetro de consolidação, o
segmento de negócios principal do Grupo, que consiste no fabrico de produtos derivados de
madeira, passou a representar a quase totalidade do rédito consolidado, dos activos
líquidos consolidados e do investimento consolidado.
38.
APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pela Comissão
Executiva por delegação de poderes do Conselho de Administração e autorizadas para
emissão em 10 de Março de 2006.
39.
PRIMEIRA APLICAÇÃO DOS “INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS”
O Grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial
Reporting Standards – IFRS) em 2005, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – First-Time
Adoption of International Financial Reporting Standards”, sendo a data de transição para
efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004.
O efeito, nos Balanços em 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004, da conversão das
demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade
geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações financeiras reexpressas
em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor em
31 de Dezembro de 2004 pode ser detalhada como segue:
49
01.01.2004
POC
31.12.2004
Ajustamentos de
Ajustamentos de
conversão para
conversão para
IFRS
IFRS
POC
IFRS
IFRS
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Imobilizações corpóreas e incorpóreas
1 411 124 225
Diferenças de consolidação
- 108 164 835
1 302 959 390
45 577 013
45 577 013
1 169 637 656
- 21 579 927
1 148 057 729
45 269 818
45 269 819
Investimentos
10 986 045
- 7 192 107
3 793 938
14 211 619
- 4 691 854
9 519 766
Impostos diferidos activos
67 594 595
- 931 665
66 662 930
60 488 971
5 829 107
66 318 079
Outros activos não correntes
Total de activos não correntes
941 661
10 552 347
11 494 008
926 615
202 962
1 129 578
1 490 646 526
- 60 159 247
1 430 487 279
1 245 264 861
25 030 106
1 270 294 972
ACTIVOS CORRENTES:
Existências
183 941 058
- 11 306 155
172 634 903
159 577 295
- 565 992
159 011 303
Outros activos correntes
323 442 898
- 44 098 469
279 344 429
157 812 702
119 238 285
277 050 987
Investimentos
Caixa e equivalentes de caixa
Total de activos correntes
Total do activo
9 027 887
- 1 878 285
7 149 602
41 061 866
- 35 081 679
5 980 187
46 711 736
- 2 649 548
44 062 188
39 684 453
35 133 268
74 817 721
563 123 579
- 59 932 457
503 191 122
398 136 316
118 723 882
516 860 198
2 053 770 105
- 120 091 704
1 933 678 401
1 643 401 177
143 753 988
1 787 155 170
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obtidos
389 626 932
- 556 591
389 070 341
393 294 024
146 104 298
539 398 323
Outros passivos não correntes
434 614 579
79 140 127
513 754 706
175 038 076
108 280 265
283 318 342
Impostos diferidos passivos
30 552 206
- 5 661 197
24 891 009
27 934 725
4 192 980
32 127 706
Provisões
37 614 255
- 22 349 651
15 264 604
37 262 270
- 23 301 057
13 961 213
892 407 972
50 572 688
942 980 660
633 529 095
235 276 486
868 805 584
Total de passivos não correntes
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos obtidos
328 825 867
- 5 098 495
323 727 372
119 538 217
3 216 733
122 754 949
Outros passivos correntes
460 512 527
- 99 151 163
361 361 364
434 001 763
- 118 386 726
315 615 037
Provisões
Total de passivos correntes
Total dos activos líquidos
19 699 448
- 7 999 461
11 699 987
9 546 439
219 150
9 765 590
809 037 842
- 112 249 119
696 788 723
563 086 419
- 114 950 843
448 135 576
352 324 291
- 58 415 273
293 909 018
446 785 663
23 428 346
470 214 010
500 000 000
700 000 000
- 316 389 954
15 428 448
- 300 961 506
- 323 639 403
12 366 173
- 311 273 229
29 213 582
13 366 858
42 580 440
168 714 245
- 73 843 721
94 870 524
41 211 484
- 2 304 685
38 906 799
352 324 291
- 58 415 273
293 909 018
446 785 663
23 428 346
470 214 010
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
500 000 000
Reservas e Resultados Transitados
Resultados Líquidos
Interesses minoritários
Total do capital próprio
700 000 000
Nas datas de 01.01.2004 e 31.12.2004, os principais impactos da mudança para as Normas
Internacionais de Relato Financeiro são os seguintes:
Reposição de “Goodwill”
O Grupo Sonae Indústria, em linha com o disposto no normativo IFRS, passa a registar as
diferenças de consolidação como um activo, não amortizável, e sujeito a testes de
imparidade anuais. As diferenças de consolidação originadas na aquisição de filiais,
empresas controladas conjuntamente e associadas estrangeiras foram alocadas a essas
unidades, sendo como tal registadas na moeda funcional dessas filiais e convertidas para a
moeda de reporte do Grupo à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças
cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica de reservas de conversão
cambial, incluída na rubrica Reservas e resultados transitados do balanço consolidado.
50
Este procedimento difere da prática que o Grupo Sonae Indústria adoptou desde 2001, que
consistiu na anulação das diferenças de consolidação por contrapartida de reservas, uma
abordagem diferente da preconizada pelo POC, tal como mencionado nas demonstrações
financeiras anteriormente apresentadas.
As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para
IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os
princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos e
passivos não aceites pelos IFRS (nomeadamente activos incorpóreos) e objecto de testes
de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em resultados
transitados, conforme IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação
foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente registadas em
resultados transitados (IFRS 1).
A 31 de Dezembro de 2004, o efeito é de 45,3 milhões de euros no Activo e nos Capitais
Próprios (45,6 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004).
Imobilizado incorpóreo
Os activos incorpóreos são registados ao custo de aquisição, deduzidos das amortizações e
de perdas por imparidade acumuladas. A 31 de Dezembro de 2004 foram anulados, por
contrapartida de resultados transitados, todos os activos incorpóreos que não cumprem os
critérios de reconhecimento do normativo IFRS, no valor de 18,2 milhões de euros (29,6
milhões de euros em 1 de Janeiro de 1004). Os activos incorpóreos registados durante o
exercício de 2004 no normativo POC, foram transferidos para a correspondente rubrica de
custos (0,2 milhões de euros).
Imobilizado corpóreo
No âmbito das demonstrações financeiras consolidadas POC, o Grupo Sonae Indústria
havia procedido ao registo, na rubrica de Imobilizações Corpóreas, de custos de ineficiência
incorridos no arranque de diversas unidades produtivas. Dado este procedimento não ser
possível no contexto das IFRS, procedeu-se ao desreconhecimento destes valores do
activo tangível e consequente registo na rubrica de Resultados Transitados, o que
provocou, a 31 de Dezembro de 2004, uma diminuição do Activo e dos Capitais Próprios de
3,8 milhões de euros (5,5,milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004).
Inclusão de empresas anteriormente excluídas
Dado que em IFRS todas as empresas devem ser incluídas na consolidação, é apresentado
em separado o efeito da inclusão de empresas que no normativo POC estavam excluídas
da consolidação, na maioria dos casos por imaterialidade.
51
A 31 de Dezembro de 2004, o efeito é de um aumento de 0,5 milhões de euros no Activo
(3,9 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004), de um aumento de 1,1 milhões de euros
no Passivo (8,1 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004) e de uma diminuição de 0,7
milhões de euros nos Capitais Próprios (4,2 milhões de euros em 1 de Janeiro de 2004).
Método de consolidação proporcional
As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente passaram a ser
incluídas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo
conjunto é adquirido. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos
destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas,
rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo. O excesso do custo de
aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis das empresas controladas
conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como diferença de consolidação. As
transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre essas empresas e empresas do
Grupo são eliminados na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos
investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com
base em acordos parassociais que regulam o controlo conjunto.
A 31 de Dezembro de 2004 efectuou-se a saída do perímetro de consolidação das
empresas controladas conjuntamente, pelo que o efeito no balanço consolidado a esta data
é inexistente (a 1 de Janeiro de 2004, a aplicação do método de consolidação proporcional
provocou uma diminuição do Activo total, do Passivo total e dos Capitais Próprios de 157,9
milhões de euros, 92,2 milhões de euros e 65,7 milhões de euros, respectivamente).
O detalhe dos ajustamentos efectuados com efeitos em capital próprio reportados a 1 de
Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004 para efeito de conversão para as Normas
Internacionais de Relato Financeiro é como segue:
Ajustamentos de conversão
para IFRS
01.01.04
31.12.04
Reposição no activo do valor líquido das diferenças de
consolidação anuladas por reservas, líquidas de perdas
de imparidade
45 577 013
45 269 819
- 29 611 033
- 18 227 092
Abate de imobilizações corpóreas
- 5 495 708
- 3 832 659
Inclusão de empresas anteriormente excluídas
- 4 209 404
- 695 841
Abate de imobilizações incorpóreas
Método de consolidação proporcional
Outros
Total dos ajustamentos de conversão para IFRS
Efeito no resultado líquido do exercício
- 65 720 467
1 044 326
914 118
- 58 415 273
23 428 345
13 366 858
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Extracto da Acta da Assembleia Geral de
Accionistas
Certificação Legal de Contas
Relatório de Auditoria
Relatório e Parecer do Fiscal Único
(Demonstrações financeiras consolidadas)

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