Arthur Bekin de Andrade

Transcrição

Arthur Bekin de Andrade
RODRIGO DE ANDRADE
Rodrigo Andrade iniciou sua formação em gravura no ateliê de Sérgio Fingermann (São Paulo, SP), estudou no Studio
of Graphics Arts (Glasgow, Inglaterra) e frequentou o curso livre de gravura e pintura na Escola de Belas Artes (Paris,
França). De 1982 a 1985, integrou o grupo Casa 7, com Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez, Nuno Ramos e Paulo Monteiro.
Recebeu, no início de sua carreira, importantes prêmios nos salões nacionais de arte. A partir de 1986, realizou diversas
exposições individuais em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e participou de inúmeras coletivas no Brasil e
no exterior. Nos anos 2000, iniciou uma série de intervenções pictóricas em espaços públicos: Projeto Parede, no
Museu de Arte Moderna (São Paulo), 2000; Lanches Alvorada, num bar no centro de São Paulo, 2001; e Paredes da
Caixa, no Museu da Caixa Econômica Federal (São Paulo), 2006. Recebe a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, em 2004. Em
2007, escreveu, atuou e dirigiu o curta-metragem Uma noite no escritório. Em 2008, foi publicado o livro monográfico
Rodrigo Andrade, reunindo sua obra desde 1983 (Editora Cosac Naify). Em 2010, participou da 29ª Bienal de São Paulo
e, em 2012, apresentou individual na Galeria Millan. Possui trabalhos nas principais coleções públicas e privadas do
país.
CLAUDIO CRETTI
Claudio Cretti nasceu em 1964, em Belém, PA. Com menos de um ano, muda-se com a família para Pirassununga,
interior de São Paulo, cidade onde vive até os quinze anos, no que foi para ele uma experiência marcante de um
cotidiano quase caipira
• 1979, vai morar em São Paulo. Dois anos depois, ingressa na escola técnica IADE — Instituto de Arte e Decoração,
iniciando um período de formação que vai determinar a sua escolha definitiva pela arte. Nessa época, estabelece
frutíferas relações com professores como Lenora de Barros, Guto Lacaz e Cássio Michalani, entre outros.
• 1984, ingressa na Escola Belas Artes, para cursar artes plásticas, mas abandona o curso antes do término do primeiro ano.
• 1985, entra em contato com o teatro erealiza trabalhos com o Grupo Ponkã, encabeçado por Paulo Yutaka. Atua no
espetáculo O próximo Capítulo e concebe a performance Criptoprismática, apresentada no III Salão Paulista de Arte
Contemporânea, no qual recebe o Prêmio Estímulo, na Pinacoteca do Estado e na Funarte, em São Paulo.
• Em 1986, trabalha no espetáculo Bodas de Sangue, de García Lorca, com o grupo Dramáticos. Paralelamente, começa
a desenhar com regularidade, enviando trabalhos para salões. Além disso, estuda medicina oriental e forma-se massagista
na Associação de Massagistas Orientais.
• 1987, entra no Setor Educativo da Fundação Bienal e trabalha como educador na 19ª Bienal Internacional de São
Paulo, sob orientação de Tadeu Chiarelli e Chakè Ekizian, entre outros. Envolvido em projetos artísticos e educacionais,
conhece parceiros que o acompanham até hoje. No mesmo ano, realiza a performance Aceita um Chopp, Duchamp? e
faz apresentações na Bienal de São Paulo.
• 1988, começa a trabalhar no Projeto Enturmando, da Secretaria do Estado do Menor, em oficinas de artes para
crianças e jovens em situação de risco. No ano seguinte, passa a coordenar as atividades desse projeto, ao qual se
manterá ligado até 1992.
• 1989, na Funarte São Paulo, realiza sua primeira exposição individual. Inicia curso de História da Arte com o crítico
Rodrigo Naves.
• 1990, realiza três mostras — duas coletivas e uma individual — no Centro Cultural São Paulo. A partir de então, expõe
com regularidade sua produção artística.
• 1995, começa a dar aulas na Escola da Vila, em São Paulo, onde se mantém até hoje.
• 2003, passa a coordenar, na Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, o serviço educativo de atendimento ao
público, nele permanecendo até o início de 2008. Atualmente, atua como consultor na mesma instituição.
• 2004, realiza exposição individual no Paço das Artes em São Paulo, como artista convidado. A TV Cultura e a rede
SESI-SENAC realizam um documentário sobre sua produção para a série “O mundo da Arte”.
• 2006, realiza a grande mostra “Onde pedra a flora”, na Estação Pinacoteca em São Paulo.
• 2008, realiza exposição individual “Luz de ouvido”, no Palácio das Artes em Belo Horizonte.
• 2009, a convite da Galeria de Arte Marilia Razuk, em São Paulo, concebe e realiza a exposição coletiva “Desenhar
Lugares”. No mesmo ano elabora, a publicação “José Antonio da Silva” voltada para o público infantil, sobre a obra
desse artista.
ESTER GRINSPUM
Ester Grinspum (Recife-PE, 1955). Desenhista, escultora, gravadora, pintora e ilustradora. Estuda com Luiz Paulo
Baravelli (1942) e Marcello Nitsche (1942) no Instituto de Arte e Decoração - Iade. Estuda na Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, entre 1973 e 1977. Nesse período, mantém contato com os
artistas Renina Katz (1926), Flávio Império (1935-1985), Claudio Tozzi (1944), Flávio Motta (1916), e com os críticos
Aracy Amaral (1930) e Luiz Carlos Daher. Em 1981, realiza sua primeira individual, com desenhos e aquarelas, na
Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp. A artista revela, em sua produção dos anos 1980, o diálogo com a história
da arte local e internacional. Em 1988, realiza sua primeira escultura, que integra a instalação O Duplo e o Tempo,
apresentada na 20ª Bienal Internacional de São Paulo, no ano seguinte. Na década de 1990, recebe, entre outras,
bolsa de pesquisa para artistas da Fundacion Helena Segy, Paris; bolsa de trabalho do European Ceramic Work Center,
em s’Hertogenbosch, Holanda; e bolsa de residência na Cité des Arts, Paris. Em 2004, é apresentada a mostra Ester
Grinspum - Uma Antologia, na Pesp, com curadoria do historiador da arte Tadeu Chiarelli.
LEDA CATUNDA
Leda Catunda graduou-se em artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde estudou com
Regina Silveira, Julio Plaza, Nelson Leirner e Walter, entre 1980 e 1984. Tem então seus primeiros contatos com a arte
conceitual, manifesta em suas primeiras litografias. Inicia-se no circuito artístico nessa mesma época, por intermédio
de Aracy Amaral, crítica de arte e então diretora do Museu de Arte Contemporânea da USP, que divulga seu trabalho ao
lado dos igualmente estreantes Sérgio Romagnolo, Ana Maria Tavares, Ciro Cozzolino e Sergio Niculitchef, na exposição
Pintura como meio, ocorrida em 1983. Integrou a famosa exposição Como Vai Você, Geração 80?, sediada na Escola de
Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984. Ganhou amplo destaque nacional após a mostra, estampando
as capas de diversas revistas e jornais, despertando a atenção tanto da crítica especializada em função da contestação
que suas obras exprimiam em relação à arte conceitual dos anos setenta, quanto da imprensa em geral, igualmente
interessada em seus atributos físicos.
Leda Catunda esteve entre os principais expoentes da assim chamada Geração 80, apoiando o movimento de
revalorização da pintura frente às tendências conceituais da década anterior. Expôs na XVII Bienal Internacional de São
Paulo, ainda em 1983, apresentando um videotexto. Apresentou-se também na I Bienal de Havana, em Cuba, em 1984,
voltando a expor na Bienal de São Paulo, em 1985, além de outras grandes mostras coletivas, como Modernidade
(Paris, 1987). Tem também expressiva atuação didática: em 1986, passa a lecionar tanto na FAAP quanto em seu
ateliê, permanecendo na função até meados dos anos noventa. Paralelamente, ministrou cursos livres e workshops
em diversas instituições do país e também no exterior. Em 1990, venceu o “Prêmio Brasília de Artes Plásticas/Distrito
Federal”, na categoria aquisição. A princípio, sua produção pictórica explora os limites entre a pintura e o objeto, não
isenta de referências à pop art, em que pesam o uso de volumes estofados à maneira de Claes Olden e as composições
neoconcretistas de Lygia Pape. Seus trabalhos da década de oitenta possuem um forte traço descritivo e caricatural,
destacando-se pela atenção dispensada às texturas às superfícies dos materiais industrializados, aos quais a artista
adiciona acabamento emtécnica artesanal, almejando realçar a particularidade e a originalidade de cada peça.