Ano 12 Ed 132 Mai 2011

Transcrição

Ano 12 Ed 132 Mai 2011
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
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O
texto que se segue foi escrito
em Maio de 2011 por inspiração
do Caboclo Pena Branca que se
aproximou numa destas manhãs para
me passar informações e esclarecimentos sobre postura, comportamento devocional e gestual ritualístico umbandista.
Definindo o quanto muda a relação
de cada um com o “mistério”, com o
sagrado, de acordo com suas atitudes
durante o ritual, dentro da comunidade
do templo.
Afirmou que muito do que se manifesta por meio do “seu” mistério, “Pena
Branca”, por exemplo está além de sua
vontade e quem nem sempre pode ou
tem licença/liberdade de corrigir ou
orientar um comportamento que deve
ser espontâneo.
Pois ritualisticamente cada movimento traz chaves de acesso e abertura
dos mistérios, o que acontece e deve
acontecer muito naturalmente.
O Ritual serve, entre outros propósitos, para regular os atos e atitudes
diante da deidade, de seus mistérios,
do sagrado e divino, em que por muitas
vezes por meio da repetição ritualística
o mais novo segue o mais velho, e na
imposição da “regra” gestual (curvarse, cumprimentar, pedir a bênção, bater
cabeça e outros) mesmo não compreendendo bem o sentido e a função do que
está fazendo.
Um iniciante pensando cumprir apenas uma formalidade recebe a energia,
bênçãos e os mistérios que o “Alto” lhe
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transmite e oferece pela atitude ritual.
AFIRMA O SR. PENA BRANCA:
“A quem me cumprimenta eu lhe
cumprimento, a quem me pede a benção eu lhe dou em nome de Tupã (Deus)
e dos Orixás, mas quem bate cabeça
para o “Mistério Pena Branca”, que é
algo maior que está acima de mim mesmo
como individualidade, recebe algo que
vem direto do mistério (Pena Branca).
Abre-se um portal e o filho que
curvou-se batendo cabeça de forma
sincera, por sua humildade, amor e devoção recebe algo que podemos chamar
de energia, força ou poder, mas que o
correto seria chamar de mistério, o mistério se abre a quem se curva ao mesmo
e se revela aos simples e dedicados
filhos empenhados na tarefa mediúnica
realizada em sintonia com os mesmos.”
Ainda lhe questionei (ao Caboclo):
“Mas o que importa não é o que sentimos,
as divindades não nos olham de dentro
para fora”?
A resposta foi que “Sim” e é por isso
que quando estamos a sós,
diante de uma divindade e seu
mistério o que conta é apenas
o sentimento, no entanto quando estamos em uma comunidade
não basta sentir, deve-se demonstrar por atos e gestos.
“Pense e procure se lembrar o que sente enquanto está
incorporado, tente lembrar a
sensação, o que acontece
vibratóriamente quando um
filho, médium, cumprimenta,
pede a bênção ou bate cabeça
para mim (Caboclo Pena
Branca), ou para outras entidades. Ao
se curvar diante de mim, um espírito
humano, o médium se curvou diante no
mistério Pena Branca, ao qual eu sirvo
e assumi como um grau conquistado na
espiritualidade, ao qual me torna apenas mais um dos milhares de representantes de algo único, o mistério Pena
Branca, ao qual respondo apenas como
‘Caboclo Pena Branca’”.
Logo, Cumprimentar, Pedir a Benção ou Bater Cabeça, não é a mesma
coisa e trazem chaves de abertura e
acesso aos mistérios de guias e Orixás
Sagrados em nossa religião.
A humildade gestual, a atitude
devocional, a obediência ritualística dá
acesso a mistérios que de outra forma
não se abririam em uma comunidade
religiosa.
Este modelo ritual é uma maneira
de conduzir os mais novos, a exemplo
dos mais velhos, numa atitude repetitiva, a sentir o que não se compreende
e com o tempo saber que tudo tem uma
razão e sentido de ser dentro de um
ritual. E que com o tempo, com o passar
dos anos o filho de umbanda vai adquirindo “merecimento ritualístico”, por sua
postura interna e externa, trazendo no
brilho dos olhos algo tão forte e profundo quanto suas marcas nos joelhos.
Mas há, também, e sempre há,
aqueles que embora dobrem os joelhos
como todos os outros e recebam tudo
que todos recebem, seu negativismo e
ceticismo íntimos os impede de sentir
ou desfrutar destes mistérios.
São rasos, não tem profundidade
ritual, pois não tem profundidade na
vida ou em suas relações. Continuam
pedindo, pedindo e pedindo o que já
lhes foi concedido a tempos mas que
não alcançam por questões de foro íntimo e que acaba sendo intrepretado
como “merecimento” ou a falta de “merecimento.”
No entanto, bastaria uma mudança
interna para receber o que tanto
almejam de energia, luz e vibração; mas
mudanças internas não está em seus
planos, logo continuarão em nosso meio
pedindo mudanças externas e lidando
com o sagrado como se fossem muletas
para sua caminhada cega e automata.
É preciso tomar consciência de que
estamos vivos e que a vida por si só já
é sagrada e não importa em qual condição estamos ou chegamos por aqui,
nesta encarnação.
No dia em que se sentirem parte
desta verdade, também se sentirão tocados pelos mistérios e suas divindades
que alcançam e envolvem todos que
são realmente gratos à vida e a Deus
por tantas oportunidades de crescimento e amadurecimento e em especial
nos caminhos espirituais.
contatos: [email protected]
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
Quando falamos de vibração divina
estamos nos referindo a um fluxo de
ondas emitido por Deus e pelas suas
divindades.
A palavra vibração, aqui, assume
um sentido especial para podermos
comentar uma das bases da Criação,
que tanto a sustenta como energiza
permanentemente tudo o que Deus
emana (os seres, as criaturas e as
espécies).
A sete vibrações aqui enfocadas
formam o que denominamos setenário
vibratório e cada uma delas flui em uma
faixa ampla, infinita mesmo, alcançando
tudo e todos, criando um espectro
vibracional magnífico dentro do qual
fluem tantas ondas de modelos
diferentes (comprimentos), e uma não
toca em nenhuma outra ainda que todas
estejam em tudo o que Deus criou, pois
cada uma dessas ondas forma a sua
tela vibratória e emite ou emana seu
fator.
Cada uma dessas ondas emite ou
emana continuamente seu fator e cada
fator realiza um trabalho ou sua função.
Como os fatores são classificados
por “famílias”, cujos membros (os
fatores) têm funções complementares,
então podemos dizer que essa
infinidade de ondas vibratórias formam
as sete vibrações divinas e podemos
enfeixá-las em espectros frequenciais,
diferenciando-os por faixas. E aí surgem
as sete faixas vibratórias.
Como cada faixa é formada por
ondas e fatores que se complementam
e, já em nível de Criação. São
absorvidas,
concentradas
e
condensadas em certos elementos,
substâncias, espécies, etc., então
temos uma chave para abrirmos
ordenadamente esse mistério de Deus.
- A 1ª VIBRAÇÃO ASSOCIADA
A ELEMENTOS, PADRÕES
ENERGÉTICOS, CHACRAS,
CORES, ETC.
a) Nos elementos, associamos os
cristais a ela.
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b) Nos padrões energéticos, é
associada à energia cristalina.
c) Nos chacras, é associada ao
coronal.
d) Nas cores, é
associada ao translúcido.
e) Nos sentidos, é
associada à fé
f) Nos sentimentos, é associada a religiosidade, à fraternidade, à esperança, à
paciência, à perserverança, à resignação,
à tolerância, à humildade.
- A 2ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA
ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é associada aos
minerais.
b) Nos padrões energéticos, é
associada à energia mineral.
c) Nos chacras, é associada ao
cardíaco.
d) Nas cores, é associada ao
dourado e ao rosa.
e) Nos sentidos, é associada à
concepção.
f) Nos sentimentos, é associada ao
amor, à união, à caridade, à bondade,
à prosperidade, à concepção, etc.
- A 3ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é associada aos
vegetais.
b) Nos padrões energéticos, é
associada aos florais.
c) Nos chacras, é associada ao
frontal.
d) Nas cores, é associada ao verde
e ao magenta.
e) Nos sentidos, é associada ao
conhecimento.
f) Nos sentimentos, é associada à
especulação, à curiosidade, à busca,
ao aprendizado, à criatividade, à inventividade, à versatilidade, etc.
- A 4ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA
ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é
associada ao fogo.
b) Nos padrões energéticos, é associada à
energia ígnea.
c) Nos chacras, é
associada ao umbilical.
d) Nas cores, é associada ao vermelho e ao
laranja.
e) Nos sentidos, é associada à
justiça.
f) Nos sentimentos, é associada à
imparcialidade, à reflexão, à moralidade, ao equilíbrio, etc.
- A 5ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é associada ao
ar.
b) Nos padrões energéticos, é
associada à energia eólica.
c) Nos chacras, é associada ao
laríngeo.
d) Nas cores, é associada ao azul e
ao amarelo.
e) Nos sentidos, é associada à
lei.
f) Nos sentimentos, é associada à
lealdade, à retidão, ao caráter, à
tenacidade, à rigidez, ao rigor, à
combatividade, ao senso de direção e
de ordem.
- A 6ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é bioelemental
(terra-água)
b) Nos padrões energéticos, é
associada à energia telúrica-aquática.
c) Nos chacras, é associada ao
esplênico.
d) Nas cores, é associada ao violeta
e ao lilás.
e) Nos sentidos, é associada à
evolução.
f) Nos sentimentos, é associada à
flexibilidade, à transmutabilidade, à
maturidade, ao racionalismo, à
persistência, à sapiência, etc.
- A 7ª VIBRAÇÃO
FAZ ESTA ASSOCIAÇÃO:
a) Nos elementos, é associada à
água.
b) Nos padrões energéticos, é
associada à energia aquática.
c) Nos chacras, é associada ao
básico.
d) Nas cores, é associada ao azul e
ao roxo.
e) Nos sentidos, é associada à
geração.
f) Nos sentimentos, é associada à
maternidade,
ao
amparo,
à
estabilidade, à fartura, à maleabilidade,
à criatividade, à preservação, à multiplicação, etc.
Estas sete vibrações formam o
setenário vibracional planetário e nelas
fluem as vibrações mentais de todos os
Orixás.
Texto extraído do livro “Tratado
Geral de Umbanda - Ed. Madras.
Contatos:
www.colegiodeumbanda.com.br
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eu filho, a verdade é que muitos
estudantes das coisas do espírito
não têm a fibra e a raça necessárias para aguentar o tranco da Luz
dentro de seus corações. Falam muito
de espiritualidade, mas, na hora das
provas, arrepiam do caminho.
Esquecem-se de que são espíritos
reencarnados e sujeitos às provas da
carne, como todo mundo. E, às vezes,
são levados para fora do caminho da
Luz por companhias negativas, que inseminam conceitos distorcidos em suas
mentes fracas.
E não pense que os espíritos malvados são a causa principal disso, não.
Porque, na maioria das vezes, os maus
conselhos são dados pelos próprios
encarnados que estão do lado. E se a
pessoa coaduna com o que ouve, então
ela mesma é que se deixa levar...
Os irmãozinhos das trevas só se
aproveitam daquilo que acham dentro
da própria pessoa. E se encontram campo fértil, plantam pensamentos de discórdia e sementes de destruição.
Mas, se eles são assim e semeiam
discórdia e sedição, por que é que as
pessoas permitem sua presença perto
delas? Talvez, porque elas mesmas já
estejam na sintonia do mal que hospedam. E, também, porque, muitas vezes,
esse mal já vem atrelado nas más companhias com as quais elas trocam energias e vivências.
De um lado, as más companhias dos
encarnados e seus conselhos deletérios; de outro, a péssima companhia
dos espíritos trevosos. E, no meio, a
pessoa desavisada e submetida a sérias
distorções em seus pensamentos – e
levada a desvios espirituais lamentáveis. É por isso que Nosso Senhor falava para “orar e vigiar”, para a pessoa
não cair vítima das armadilhas e seduções das más companhias – dos homens e dos espíritos.
Quem abandona o caminho espiritual e abraça as coisas do mundo,
como se fossem as únicas importantes
em sua vida, se submete a sérias
consequências cármicas à frente...
E isso é assim, não porque o mundo
espiritual quer, mas, pela abertura
deletéria que a pessoa permite. E os
guias espirituais nada podem fazer
quanto a isso, pois é livre-arbítrio dela
mesma. E se a escolha é de direito de
cada um, as repercussões de cada
vibração abraçada também são.
E Nosso Senhor também alertou
sobre isso, quando disse que, “a cada
um segundo suas obras!”
Ah, meu filho, os guias espirituais
também choram. Principalmente quando os seus pupilos dão atenção para
os maus conselhos e guarida para a
entrada do mal em suas vidas. Porque
eles sabem que a pancada cármica é
forte, e que a dor e várias decepções
purgarão as escolhas equivocadas dos
que arrepiarem para fora do caminho
da Luz.
Muitas vezes, os mesmos filhos que
desertam do caminho espiritual, são os
mesmos que imploraram aos seus guias,
antes de reencarnar, pela possibilidade
de trilharem a estrada da Fé e da
espiritualidade.
E é isso o que acontece: pedem
novas chances e prometem mundos e
fundos antes da descida à Terra; mas,
quando vestem a roupa de carne, se
esquecem dos bons propósitos e dão
guarida para o mesmo mal que os
atormentou em vidas anteriores.
E, novamente, entram no ciclo de
semeadura destrutiva... Até a hora da
dura reparação cármica! A hora da colheita de sua covardia, manifestada na
forma de decepções variadas e situações complicadas ao longo de sua vida.
E, em lugar de dar guarida às suas
inspirações benfeitoras, os seus pupilos
preferem ouvir o mal; em lugar de captarem a Luz espiritual, preferem as trevas azucrinando suas ideias; e, no lugar
da prece e da Fé, o mergulho só nas
coisas do mundo.
Muitas pessoas são acossadas terrivelmente pelos irmãozinhos trevosos,
mas elas também não fazem por onde
serem protegidas pela Luz.
Os guias espirituais choram por
elas. Mas elas chorarão muito mais...
Não porque elas saíram de um lugar
em que não estavam mais se sentindo
bem; mas, porque abandonaram a
espiritualidade. E isso não se encontra
em lugar algum, pois é coisa de foro
íntimo; é Consciência e Fé!
Meu filho, não é fácil aguentar o
tranco da Luz no próprio coração.
Sozinho, é muito difícil. Então, que os
filhos de boa vontade caminhem no
mundo com equilíbrio e prudência,
diante das tentações do mal. E que
estejam, cada vez mais, conectados
com os seus guias espirituais. Que não
se esqueçam da prece e nem de serem
honrados com as coisas da Fé.
O caminho espiritual é dentro do
coração. E quem trai sua Fé, trai a si
mesmo. As coisas do mundo também
são importantes, mas são transitórias.
E as más companhias só levam à destruição... Assim como, quem não deve,
não teme. E quem faz o seu guia
espiritual chorar, também chorará, no
tempo certo que o Carma determinar.
E aqui fica esse alerta a todos os filhos
que gostam das coisas do espírito.
Que Oxalá abençoe seus caminhos... Na Fé! Na Luz! No Amor!
- Pai Joaquim de Aruanda –
(Recebido espiritualmente por
Wagner Borges – SP, 13/04 2011.)
Contatos: www.ippb.com.br
A
lguns leitores ao se deparar com
a frase acima, da bela música de
Pepeu Gomes podem indagar se
trata de algum ponto cantado ou o
que esta música tem de haver com a
Umbanda. A princípio absolutamente
nada, mas retrata a essência do que
vem a seguir. Vivemos ainda em um
país machista, de comportamento machista, e isso é um fato.
Se a Constituição Federal de 1988
igualou em direitos e deveres os cidadãos, logo homens e mulheres se tornaram iguais perante a lei, isso foi apenas na teoria.
Na prática sabemos que às mudanças vem sendo postergada, justamente pelo ranço machista da nossa sociedade e a luta pela independência das
mulheres esta apenas começando.
Venho tratar deste assunto, que
insisto pode não parecer ter relevância
na Umbanda, todavia a Umbanda em
alguns ou muitos aspectos persiste
nesta nefasta cultura machista, consciente ou inconscientemente.
Num terreiro de Umbanda, Caboclos, Exus, Baianos, Boiadeiros Guias
Masculinos incorporam em mulheres,
trabalham maravilhosamente bem e
nem por isso as mulheres se masculinizam, porém quando se trata de um
Orixá ou Guia feminino incorporar num
médium homem o caldo entorna.
Quem de vocês nunca viu, ouviu
ou se deparou com algum médium se
recusando a incorporar um Orixá ou
Guia feminino por puro machismo e
ainda tecer aquele velho comentário:
“se incorporar Orixá/Guia feminino
posso perder minha masculinidade”.
Tem outro fator que assume grande relevância negativa na recusa da
incorporação de Guias femininos por homens, é que muitas vezes deparamos
com uma avacalhação e exagero, ao
ponto de médiuns destituídos de um
mínimo de bom senso e conhecimento,
se vestirem de mulher e adereços ao
receber um Guia ou Orixá feminino.
É de se lembrar, entretanto, que o
Guia ou Orixá não vem para ridicularizar
seu médium, e se isso acontece é culpa
exclusiva do seu despreparo.
Alguns podem argumentar que muitos terreiros são tocados por sacerdotisas, mulheres que estão à frente do
terreiro, mas isso não impede em absoluto que tenha vindo a acontecer este
problema. E no mais o fato de uma mulher ser chefe de terreiro significa tão
somente que ela foi chamada por seus
Guias e a espiritualidade para esta
missão. As coisas ainda podem piorar,
quando se trata de Pombagira, pois
neste caso não só o machismo reinante
vigora como também a ignorância
acerca deste Guia.
O que as pessoas não entendem –
homens em sua maioria - que a recusa
de incorporar um Orixá ou Guia feminino
pode acarretar que aquele mistério e
força nunca poderão estar presentes
em sua plenitude em sua vida e muitas
vezes, é desta vibração que esta precisando para ela.
Enfim, homens, se libertem deste
machismo e deixem que os Guias e
Orixás femininos façam parte de sua
vida.
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C
om a chegada do Renascimento,
diversos monarcas, príncipes e
poderosos encomendaram a
construção de jardins fastuosos, anexos às suas casas. A paixão pela natureza, o conhecimento do mundo vegetal e o acúmulo de plantas exóticas vindas dos confins do mundo não foram,
contudo, as únicas razões que levaram
a tal tarefa jardineira.
Tomemos como exemplo o jardim de
Bomarzo, mandado construir por Vicino
Orsini nas redondezas de Viterbo, um
bosque iniciático onde a presença de
figuras mitológicas recriava todo um
significado simbólico que, ainda hoje, é
objeto de interesse de muitos estudiosos. Ou o jardim que Felipe II mandou construir em Aranjuez, exemplo
máximo de urbanismo paisagístico, que
serviram, desde o início de sua construção,como depósito de matériasprimas necessárias para a elaboração
de quinta-essências e elixires medicinais,
fabricados com técnicas alquímicas
graças ao trabalho de experientes
jardineiros, destiladores e herboristas.
Este duplo significado do mundo vegetal, praticamente perdido na atualidade, foi moeda de uso corrente entre
os homens, de todas as épocas, que
buscavam na natureza signos e sinais
do mágico, do misterioso, do oculto.
OS ENSINAMENTOS DO
CENTAURO QUÍRON
Plínio, o grande enciclopedista romano da Antiguidade, conta que o Centauro Quíron foi o primeiro herborista e
boticário da humanidade. Esse ser mitológico, metade homem metade cavalo,
ficou famoso por seu
conhecimento das
propriedades medicinais das plantas. Diz
a lenda que Apolo lhe
confiou a educação de seu próprio filho,
Asclépio, o deus da medicina. Desta
maneira a humanidade recebeu dos
deuses o conhecimento das propriedades medicinais das plantas.
O estudo das propriedades curativas das plantas se perde nas brumas
do tempo. Um dos primeiros escritos
sobre o tema é chamado Papiro Ebers,
com mais de 3.500 anos de Antiguidade. Denominado assim pelo seu tradutor, o egiptólogo George Moritz Ebers,
foi encontrado na cidade de Luxor.
Trata-se do mais importante escrito sobre a medicina egípcia, no qual se pode
identificar cerca de 150 plantas de
utilidade terapêutica.
Os primeiros estudos dedicados exclusivamente ao mundo vegetal devem-se a Teofrasto (372-288 a.C), discípulo de Aristóteles e autor de duas
grandes obras. A primeira, intitulada
de História Plantarum, reunia em nove
volumes tudo sobre morfologia, descrição, classificação, geobotânica e farmacognosia das plantas conhecidas pelos gregos antigos. A segunda, de
Causis Plantarum, constava de seis volumes e tratava de temas referentes a
germinação, ao desenvolvimento, ao
florescimento, a frutificação e até mesmo a proliferação.
Imprescindível também foi a obra
do enciclopedista romano Plínio (23-79),
único autor do Império Romano que se
destacou por sua importância na área
da botânica. Ele escreveu uma enciclopédia chamada Naturalis história ,
denominam enteógenas, de en theos
genos, o mesmo que engendrar o Deus
ou gerar o Divino dentro de si. Por que
este nome?
composta de 37 volumes, a metade dos
quais dedicada a botânica. Compilou
todo o saber de seu tempo, no total,
cerca de 2 mil escritos de autores gregos e romanos. Qualquer referência
aos usos, costumes e lendas sobre
plantas na Antiguidade passa, inexoravelmente, pela consulta do sábio Plínio.
No ano de 78 o viajante Dioscódires, cirurgião dos exércitos de Nero,
publicou De Materia Medica, que se tornaria a bíblia das plantas medicinais para
todos os médicos, boticários e amantes
da natureza nos 1500 anos seguintes.
Em suas viagens Dioscódires percorreu
boa parte da região mediterrânea, anotando e recolhendo informações sobre
plantas medicinais.
A chegada dos espanhóis à América significou um novo marco no particular mundo das plantas. Desde as
primeiras viagens de Colombo, manifestou-se o intercâmbio cultural entre
dois mundos, o Velho e o "Novo", que
tinham muito a compartilhar. Foram
publicadas inúmeras obras destinadas
a descrever novas plantas alimentícias,
alucinógenas e medicinais. Dessa forma, o espectro mágico do mundo vegetal aumentou consideravelmente.
O momento seguinte, destacado
na história das plantas, ocorreu no século XVIII, quando o médico suéco Carl
V. Linné (1707-1778) sistematizou os
reinos vegetal e animal, organizandoos em famílias, e deu a cada planta um
nome específico, em latim, o que ajudou
na sua identificação universal.
O UNIVERSO ARBÓREO
DOS CELTAS
Se há uma cultura diretamente vinculada ao mundo vegetal, que faz do
bosque seu templo e das árvores seus
signos do zodíaco, esta é a do
povo celta. Habitantes da
Europa Central e Ocidental foram derrotados
pelos exércitos romanos e confinados na
Irlanda, Escócia e País
de Gales. O mundo Celta era um mundo mágico que vivia sua magia
como algo a mais da vida
cotidiana. Desta forma,
rios, arroios, pássaros e, em
especial, as árvores eram motivos
de oferendas. Os rituais mais importantes estavam relacionados às mudanças das estações, isto é, sols-
tícios, equinócios, tempos de colheita
e plantio.
Seu calendário era especial: os dias
eram contados a partir da noite e o
ano era dividido em 13 meses lunares,
divididos por sua vez em dois períodos,
que coincidiam com o crescimento e o
decrescimento da Lua. Esse ciclo Celta
lunar também correspondia aos 13
signos do zodíaco Celta.
Cada mês era associado a uma árvore, cujas as características definiam
tanto a personalidade das pessoas nascidas nesse período quanto a energia
que imperava neste mês. De acordo
com a tradição Celta, a ligação entre
seres humanos e árvores era divina, já
que, para eles, foram as árvores que
ajudaram Deus a criar o homem. E foi
por essa tradição que os signos do
Zodíaco Celta se transformaram em
signos-arvores.
SANTORIAL BOTANICO
As crenças em plantas divinas e
árvores sagradas, presentes na cultura
popular da Antiguidade, tentaram ser
erradicadas com o Cristianismo. Porém,
estavam tão arraigadas na mente dos
homens que a igreja não pôde eliminálas por completo e decidiu assimilar
muitas delas. Por esse motivo são
várias as ervas e árvores que foram
colocadas sob a avocação de um santo, uma santa ou alguma virgem.
Essa tradição parte das próprias
origens do Cristianismo, quando as perseguições as quais eram submetidos os
primeiros cristãos lhes obrigaram a criar
toda uma rica simbologia com a qual
manifestavam sua Fé.
A simples leitura da Bíblia, especialmente os Salmos, o Canticos dos Cânticos e as parábolas evangélicas, demonstra-nos como a metáfora vegetal
foi amplamente usada.
SIMBOLISMO VEGETAL NAS
CATEDRAIS
A religião cristã utilizou, desde suas
origens, o simbolismo associado ao mundo das plantas. A sociedade medieval
tinha amplos conhecimentos em matéria
vegetal, então era de se esperar que
fosse deste reino que extraíssem os
remédios medicinais para todos
os tipos de doenças. Essa
sabedoria popular foi
utilizada pela igreja com
um propósito duplo:
fundamentar com base
científica seu simbolismo
e fazê-lo chegar com
maior facilidade até o
povo.
Entre as plantas esculpidas em monumentos românicos, um dos mais simbólicos da
arte medieval, destaca-se o Acanto
(acanthus mollis). Símbolo de imortalidade na antiguidade clássica. O cris-
tianismo se fixa nos pequenos espinhos
desta planta para simbolizar assim o
sofrimento do homem pelo pecado
cometido e a sua consiencia do mesmo.
A samambaia também foi incluída
nos programas iconográficos românicos
com o propósito de aproximar a virtude
da humildade do povo cristão, assim
como a intenção dupla de afastar o mal
dos lugares sagrados e recordar ao
Cristianismo a vulnerabilidade perante
suas ações.
A palmeira é simbolo de inumeras
culturas pagãs e, como não podia ser
de outra maneira, esse caráter simbólico
foi adotado pelo cristianismo. Dessa
forma, a palmeira transformou-se na
árvore do Paraíso por excelência e assim aparece representada na vasta iconografia cristã medieval.
OS HOMENS VERDES
Com este nome alcunhado pela primeira
vez em 1939 por Lady
Raglan, tem-se conhecimento de algumas imagens típicas
de igrejas medievais,
caracterizadas por representar rostos humanos de
cujas bocas, narizes e orelhas saem folhas. Trata-se de uma representação
de origem antiquíssima, claramente
pagã, mas que, como se pode ver em
outros casos, foi adotada pelo Cristianismo, ressurgindo com força no simbolismo às catedrais medievais.
Essas cabeças foliadas têm sua origem nas culturas celtas e pré-cristãs
européias,embora também tenham
sido encontrados exemplos característicos em diversas culturas orientais.
Acredita-se que simbolizavam a fertilidade e a regeneração, o ciclo natural
da vida, e, como tal, foram
adotadas pela igreja cristã.
PLANTAS MESTRAS
Na segunda metade do
século XX, foi adotada uma
nova terminologia associada ao mundo mágico das
plantas. Tratava-se das
chamadas plantas mestras, aquelas que ajudavam na adivinhação dos
Xamãs para o tratamento
e diagnóstico das doenças.
O colombiano nascido na
região amazônica Luis Eduardo Luna,
doutor pelo instituto de Religiões
Comparadas da Universidade de
Estocomo e autor de vários livros
específicos sobre o assunto, foi quem
primeiro utilizou esse nome. Ele pegou
o termo dos indígenas da Amazônia peruana, que agiram como seus informantes nos estudos antropológicos
realizados na região.
As plantas mestras também se
Enteógeno é um termo que surge
como uma alternativa a palavras como
alucinógeno, psicodélico, narcótico,
para indicar que todas essas plantas
que compartilham características semelhantes estavam vinculadas, nas sociedades tradicionais ao sagrado. As sociedades primitivas amazônicas, siberianas e européias, as tribos originárias
de cada continente, utilizavam essas
plantas como um meio para alcançar
um conhecimento de si mesmas e do
mundo que as rodeava.*
Como vimos,o mundo vegetal alcançou toda a humanidade seja em qual
aspecto for, ou atraves da ciencia da
manipulação das ervas para medicamentos, conhecimentos de ervas comestíveis para a melhora das funções
do corpo, conhecimento das ervas
através da magia para praticamente
todos os fins, uso do universo vegetal
como simbolo de diversas religiões
para exemplificar um sentimento ou
comportamento. Enfim, a importância do mundo vegetal em nossas
vidas desde um simples chá até os
mais sofisticados medicamentos, o
elemento vegetal esta presente.
Uma alimentação saudavel é quase
que exclusivamente feita através do
"mundo vegetal". Verduras, legumes, frutas, cereais, sementes, raízes, flores, etc.
Sem esses alimentos básicos à nossa mesa, com certeza não seríamos capazes
de nos sustentar energeticamente e
mais, não teríamos as vitaminas necessárias para a saúde do corpo e da mente.
Mas o que tudo isso tem a ver com
a Magia Divina das Sete Ervas Sagradas? Um Mago das Sete Ervas Sagradas, tem que ter a consciência de que
o mundo vegetal é um mundo fundamental para a vida neste e em outros
planos da Criação de Deus.
Vamos ter uma ferramenta poderosíssima em
mãos e poderemos ativar
magisticamente qualquer
elemento vegetal para que
possamos fazer um trabalho
mágico sem igual no reino
vegetal para diversos fins.
É necessária muita
dedicação e estudo nesta
pequena jornada de conhecimentos e iniciações onde,
se você se dedicar e realmente se colocar como um Instrumento De Deus, da Lei Maior e da
Justiça Divina, terá um alcance infinito
de possibilidades de trabalho mágico.
LEMBRE-SE: Magia é o ato de manipular e ativar poderes Divinos para nosso benefício e para o benefício de todos
os que nos procuram. Bons estudos!
*Textos do livro Historia das Ervas Magicas
Medicinais. - Mar Rey Bueno - Ed. Madras.
Contatos: [email protected]
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
Página -6
É
grande o número de pessoas que
buscam as Casas Espíritas, os
Templos de Umbanda e tantos outros que facilitam a comunicação com
os espíritos desencarnados que se prepararam para tal e que se apresentam
para o trabalho voluntário de orientadores ou “Guias Espirituais”. A maioria
delas procura respostas para problemas do cotidiano; poucas pretendem
esclarecimento interior e um caminho
de iluminação.
Conversar com um “Guia Espiritual”
é ter nas mãos um roteiro de esclarecimento, um livro que instrui e prepara
o iniciante para um caminho de ilumina-
ção. Mas, se cada um de nós é um ser
único, esse caminho também é individual e particular e, por isso mesmo,
precisa ser desenvolvido pelo interessado. Muitas vezes somos levados a
olhar para um livro pela capa: uma apresentação gráfica interessante, um título
que nos desperta a curiosidade, as cores de fundo, o nome da editora ou do
autor etc. Vencido este primeiro momento, passamos à leitura. E aí é que
começa o aprendizado.
Pois bem. Receber uma mensagem
pela via mediúnica ou mesmo “consultar”
uma Entidade é algo parecido. Num primeiro momento, temos a “capa do livro”,
a nos chamar a atenção: o respeito pela Casa onde se desenvolve o atendi-
mento; o respeito pelo nome
da Entidade (Irmã Sheila,
André Luiz, Joana de Angelis, Mestre Hilarion, Caboclo
Cobra Coral, Preto Velho
Pai Joaquim, Erê Mariazinha da Cachoeira, Baiano
Zé do Coco, Cigano das
Almas, Boiadeiro da Serra da Estrela, Marinheiro
Martim Pescador, Pombagira Maria Padilha,
Exu Sete Porteiras,
apenas para dar alguns exemplos).
Esse grau de respeitabilidade nos faz
parar e prestar atenção à mensagem. E
daí começa o nosso
verdadeiro trabalho de aprendizado. Num segundo
momento, precisamos refletir mais um
pouco. Primeiro, aplicando o que de
bom ouvimos ali, colocando em prática
a orientação espiritual para a solução
do problema imediato que pretendemos
resolver. Depois, precisaremos estender aqueles conceitos para outros setores da nossa vida. Porque as orientações que vêm do Alto são princípios
orientadores que podem e precisam ser
observados e aplicados sempre.
Os orientadores espirituais não se
prestam a adivinhações e nem a resolver questiúnculas ou picuinhas de momento, fabricadas ou exageradamente
dimensionadas pela vaidade infantil do
consulente. O objetivo deles é bem
maior: é ampliar-nos a consciência e
entendimento para o fato de que todos
nós somos seres espirituais, alguns
ainda vestidos de carne; que uma encarnação é apenas parte de um grande
Projeto Divino para o crescimento de
cada um dos filhos de Deus, que somos
nós; que, por isso mesmo, tudo o que
se vive é impermanente, é essencialmente transitório, e que não podemos
nos deter ou abater diante das dificuldades do momento.
Ou seja, é preciso primeiro
olhar “a capa do livro”, mas
depois, e o mais importante, é
preciso ler, refletir e aplicar os
conhecimentos que a sua
leitura nos pode proporcionar.
Ficar diante das Entidades
unicamente à procura de
“respostas” é apenas olhar
para “a capa do livro”, é deterse na apresentação mais
exterior do Conhecimento. É
essencial que se aprenda mais.
Em primeiro lugar, se a
pessoa está diante de um ser
desencarnado, é porque a vida
continua, é porque tudo o que ela está
vivendo passará, nada daquilo é
definitivo e nem definidor de
resultados. Então, é preciso que ela
desenvolva a confiança e, mais que
isso, a certeza de que tudo vale a pena,
pois existe um Propósito Divino amparando a tudo e a todos.
Portanto, sejamos também sábios,
dando-nos a oportunidade de iniciar a
nossa caminhada particular, pessoal e
insubstituível, pelas estradas do aprendizado e da experimentação do que
aprendermos, para então atingirmos
mais um degrau na escala evolutiva.
Os Guias Espirituais nos alertam para o
fato de que eles, os desencarnados
que nos atendem, aprendem junto com
o consulente, revendo as lições que
agora nos apresentam com argumentos
encadeados, porque já passaram pela
experiência que agora vivenciamos.
Usam do seu conhecimento e experiência em nosso benefício e em favor da
própria evolução. Estão nos ensinando
a crescer.
É hora de crescer. Não somos mais
crianças que se contentam em “olhar
figuras”. Somos adultos que sabem ler
e conseguem aprender. Daqui em diante, vamos nos dedicar a examinar “as
capas e principalmente a ler os bons
livros” que os Amigos Espirituais não se
cansam de nos trazer e indicar. O prazer dessa caminhada é imenso. Muitos
já estão nela e nos convidam a participar, engrossando a Corrente dos candidatos ao crescimento espiritual e à conquista da paz interior. Dentro de cada
um de nós brilha a Lâmpada da Imortalidade. Precisamos acendê-la, num
movimento consciente, para a nossa
própria libertação e a iluminação de muitas outras consciências.
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
Página -7
A
linha de Pretos Velhos da Umbanda é
regida por um mistério Ancião conhecido como Pai Obaluaiê, este Orixá é o sustentador da evolução e suas essências são
transmutadoras, transformadoras, alteradoras, elaboradoras, modificadoras,
flexibilizadoras, saneadoras, curadoras, transferidoras e convertedoras.
Porém temos Pretos Velhos e Pretas
Senhora.
Velhas atuando também com outros OriSaudação: Saravá os Pretos Vexás isto significa que podem
lhos! Adorei as almas!
trabalhar com vários Orixás.
Pedras: Turmalina negra, cristal,
Sua sabedoria e humilônix branco ou preto, quartzo branco.
dade são características marErvas: arruda, guiné, manjericão,
cantes, e sua calma e ensiboldo, folha de fumo,
namentos são profundos e de
louro,
manjerona,
grande alcance em energia.
sálvia, hortelã, alecrim, quebra
Atuam na Umbanda, em seus
pedra,quebra demanda, levante.
banquinhos sentados atenBebidas: café, vinho tinto licodendo seus “filhos e filhas”, usam
roso, cachaça, cachaça com mel.
de uma linguagem simples porém sábia.
Comidas: tutu de feijão, feijão
São maravilhosos em seus consepreto, torresmo, pipocas, bolo de fubá
lhos, e atuam com vários tipo de enere aipim frito.
gias que é peculiar de seu mistério.
Frutas: coco seco, melão, pêra,
Utilizam vários elementos nas consuva Itália e pinha.
ultas como o cachimbo, cigarro de palha
Flores: Crisântemo branco, rosa
que atuam como defumadores para a
branca, margaridas,azaléia branca.
limpeza da aura e restauração dos chaCor das Velas: As velas utilizadas
cras.
no mistério ancião são brancas, roxo,
Dia da Semana: Segunda-feira.
lilás, preto e branco, violeta ou também
Linha de Trabalho: Evolução,
a cor do mistério que atuam.
transmutação e transformação.
Cores das Guias: Nas cores da
Cor: Suas cores são brancas e previbração do Orixá que atuam, rosários
tas, que quer dizer transformação.
de lágrimas de Nossa Senhora e outras
Elementos de trabalho: palha
sementes. Podem usar também miçande costa, cruz de madeira, pipocas, ergas ou pedras correspondentes ao
vas, pemba, terço de lágrima de Nossa
Orixá do Mistério que atuam.
SARAVÁ O POVO CIGANO
Dia 24 de Maio também temos a consagração dos Ciganos e
Ciganas e que o Mistério sustentador é o Trono da Justiça
que através da linha do Oriente, a Divina Mãe Egunitá
que é a Mãe do Fogo Divino Mãe Kaly-yê; é a Mãe da
purificação e energização e que atua nos campos da
Justiça e também nos campos da Lei, sustentadora deste
Mistério Divino.
Os Guias Espirituais que se manifestam dentro da
Religião de Umbanda os Ciganos e Ciganas atuam na
direita, mas temos também Exus Ciganos e Pomba-Gira
Ciganas que atuam na linha da Esquerda.
Os Ciganos na linha da direita
trabalham com todas as cores, fitas,
tecidos, coloridos, mas temos Ciganos
e Ciganas que também atuam com
todos os Pais e Mães Orixás. Usam
velas coloridas, as bebidas são vinho
espumante, vinho tinto ou branco e
pode ser feito também o chá Cigano.
Este chá tem como elemento, a
maçã, o cravo, a canela, e o alecrim,
as frutas podem ser, uva, maçã,
pêssego e frutas secas como,
damasco, uva passa, figo seco e frutas
cristalizadas.
Utilizam moedas variadas, pedras
tais como, a pirita, cristal, quartzo rosa,
ametista, quartzo verde, ágata do
fogo, fluorita, jaspe vermelho, as ervas
mais utilizadas são, alecrim, guiné,
levante, sálvia, manjericão, melissa e
etc. Sementes como cravo, canela,
anis-estrelado, camomila, erva-doce
etc. As flores são de todas as
qualidades e cores, rosa, gérbera, flor
do campo, palma, margarida, jasmim,
hortênsia e etc.
PONTO DE MÃE EGUNITÁ
Que luz é essa
Que brilhou no meu congá
É a chama divina
De mamãe Egunitá
Oh! Raio Flamejante
Purifique meu pensar
Oi! Kaliyê minha Mãe Divina Egunitá.
Saravá os Ciganos. Ori-Oriente!
Este ponto de Mãe Egunitá, faz
parte do CD Louvação aos Orixás.
Informações e vendas em nosso
site: WWW.luzdourada.org.br
Um grande Abraço
Mãe Monica Berezutchi.
contatos:[email protected]
por NONDAS OKIAMA
Contatos: [email protected]
C
om todo o respeito que tenho
por todos os que escolheram o
caminha da Umbanda para
trilhar, venho compartilhar um pensamento/sentimento, e também
desabafar, na esperança que ao menos
alguns se identifiquem com as idéias
que discorrerei.
Sou um médium iniciante da Umbanda, tenho 24 anos, e fui iniciado na
vida espiritual por minha avó que dirige
um centro espírita Kardecista. Há quase
três anos conheci a Umbanda por intermédio de um amigo e encontrei meu
lugar. Costumo dizer que no Kardecismo
encontrei minha Alma e na Umbanda
meu coração.
Hoje me sinto muito realizado com
tudo o que a espiritualidade tem me
proporcionado de aprendizado e crescimento dentro da Umbanda, e me sinto
cada vez mais feliz em poder aprender
mais e mais sobre esses mistérios que
nos amparam e nos fazem crescer em
todos os sentidos.
Entretanto, algo me entristece e
deixa meu coração inquieto. Tenho
percebido que há uma idéia geral que
domina muitos umbandistas, seja de
onde for e como for sempre há o vício
das “demandas”. Quando o irmão passa
por qualquer dificuldade, seja financeira, profissional, familiar, por se desentender com alguém ou simplesmente por tropeçar na rua, ele corre
para o terreiro e passa em consulta
porque está com “demanda”, pois tem
certeza de que alguém parou seus
afazeres e foi numa encruzilhada a
meia-noite pra acabar com a vida dele.
A vizinha o odeia, certamente está
fazendo “macumba” para fechar os
caminhos dele, a (o) ex-mulher (marido)
quer ele (a) na “lama”, o outro quer
tomar o lugar dele porque ele é importante e por aí vai.
Pensamentos e “demandas” afetam
muitos e só tendem a piorar quando as
supostas “demandas” tornam-se guerras astrais entre terreiros, Pais e Mães
de Santo e médiuns, então tudo vira
uma grande guerra! Temos que ser
guerreiros! Temos que nos armarmos
contra tudo e todos ou cairemos! Sempre alertas! Guardiões, Exus, espa-
das, garfos e egos! Tudo numa grande
Guerra!
Nisso tudo tento encontrar onde
ficou a Luz da Umbanda e dos Guias
Espirituais que sempre falam de Fé,
Amor, Caridade, Evolução, Respeito ao
próximo e principalmente, sobre
HUMILDADE.
Onde fica tudo isso? Onde estamos
colocando esses ensinamentos? Será
que realmente estamos ouvindo com o
coração os ensinamentos de nossos
Guias e mentores espirituais?
Será mesmo que tudo é
“demanda”? Será mesmo que todos os
problemas e dificuldades que
enfrentamos em nossa caminhada,
seja ela material ou espiritual, são
“demandas”?
Será mesmo que somos tão
importantes e ameaçadores uns aos
outros que nada acontece se não for
por uma “demanda”?
Ou será que é nosso o Pai Maior
nos dando meios para perseverar,
crescer e aprender com as dificuldades
da vida, nos melhorar, exercitar e
reforçar nossa fé em tudo que acreditamos e aprendemos?
Porque é preferível culpar outros
por nossas próprias debilidades e
falhas ao invés de nos auto-avaliarmos
e corrigirmos nossos defeitos e vícios
de personalidade, assim como, nosso
comodismo diante dos acontecimentos
terrenos?
Qual a verdadeira função do intercâmbio entre os planos? Para essa pergunta, com certeza, muitos têm explicações e diferentes pontos de vista e,
eu não saberia como abordar tal
complexidade. Mas o que sinto em meu
íntimo é que essa dádiva que nosso
amado Pai Olorum nos dá, a de permitir
nossa comunicação com espíritos
amigos e com os Orixás, certamente,
não é para que nos sintamos especiais,
poderosos e muito menos Senhores
perante nada e nem ninguém, mas sim,
para que sejamos responsáveis por
nossa melhora própria e para ajudarmos ao próximo com desprendimento.
Não quero aqui dizer que não acredito que as demandas e trabalhos de
feitiçaria existam. Tenho plena consciência da ação desastrosa que isso
traz a vida de muitos, no entanto, nossas dificuldades não se resumem a
isso. Acredito menos ainda, que vivemos em uma guerra astral contra tudo
e contra todos, ao menos, não é isso
que a Umbanda deve ser, penso eu.
A consciência se faz necessária,
para que não sejamos vítimas de nós
mesmos, de nossas próprias demandas
mentais, para que não sejamos nossos
próprios obsessores, e que com tudo
isso, não deturpemos nossa amada e
sagrada Umbanda. Para sermos respeitados, precisamos nos respeitar e a
Umbanda é uma religião linda de amor e
não de guerra. Desejo de coração que
quando cada irmão de fé cantar o Hino
de Umbanda reflita bastante,
principalmente na parte em que diz: “A
Umbanda é Paz e Amor, é um mundo
cheio de Luz, é a Força que nos da Vida
e à Grandeza nos conduz...”.
Escuto muito sobre guerreiros e não
discordo que devemos ser guerreiros
nessa vida, e principalmente, na espiritualidade. Mas nesse momento, onde
meu coração está pesado de tanto
ouvir e sentir a disputa entre irmãos de
Umbanda, eu não quero ser um guerreiro de Umbanda, quero ser um DISCÍPULO DE OXALÁ, praticando a Umbanda sem guerras astrais, demandas
incansáveis entre tudo e todos e muito
menos com disputa de poder e status.
Quero poder sentir a Luz de Aruanda guiando meus passos por esses
muitos caminhos que ainda preciso
percorrer e não me cegar com essa Luz.
Quero poder ser digno de incorporar
um Orixá que venha trazer a espada
da Paz, do Equilíbrio e do Amor, não da
guerra.
A Umbanda evoluiu e nós precisamos seguir essa evolução também, deixando de tratá-la como uma ferramenta
para nos armar uns contra os outros.
Precisamos sim, tratá-la como uma
benção Divina que nos uni com Verdade
e Respeito, conservando a individualidade de cada um, mas unificados em
uma imensa corrente de Fé nos Orixás
e em Olorum.
Que nosso Pai Oxalá abençoe cada
um de nós com seu manto sagrado e
que nos dê o conhecimento que precisamos, para sermos menos errôneos
no caminho da espiritualidade e que
abençoe também, a nossa Umbanda
Sagrada, para que seja cada vez mais
iluminada por Olorum e pelos Orixás.
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
A.U.E.E.S.P. PROMOVE FESTA EM H
Texto de SANDRA SANTOS
e fotos de EDUARDO BACANI
Dia 01 de maio, a AUEESP – Associação
Umbandista e Espiritualista do Estado de São
Paulo, prestou mais uma homenagem ao
glorioso Orixá Ogum, nas dependências do
Clube Parque da Mooca, em São Paulo.
A imagem foi conduzida pela GCM –
Guarda Civil Metropolitana, e acompanhada
pela diretoria da União Regional Umbandista
da Zona Oeste da Grande São Paulo, tendo
à frente seu presidente, pai Cláudio Franco,
nosso grande parceiro de sempre, seguido
pelos doutores Jáder Macedo Jr e Juliana
Ogawa da OAB-SP, vereador Quito Formiga,
sua esposa e seu chefe de gabinete Nélson
Alves, e pai Sílvio Mattos da APEU.
A imagem foi entronizada sob o comando
de uma vibrante curimba, composta por três
grandes escolas de irmãos dos mais
competentes: Tambor de Orixá de Severino
Sena, Aldeia de Caboclos de Engels de Xangô,
e APEU de Sandro Mattos.
Pai Waldir Persona proferiu a oração de
abertura desta celebração, invocando o
poder das falanges espirituais para atuação
na vida dos presentes e de seus familiares.
Dentre as várias mensagens de
congratulações recebidas, foram lidas
mensagens dos irmãos Carmen Balhestero
da PAX, deputado federal Vicentinho do PT
e Pai Jamil Rachid.
Nesta data a AUEESP auxiliou duas
entidades sociais: Lar Dona Cotinha, um
abrigo para 55 crianças e adolescentes, de 0
v
C
Y
a
S
e
A
preguiça é algo real que nos
distancia de nosso caminho
pessoal. Muitos se tornaram
distantes de si mesmos por
preguiça mental, preferem se
entregar a inércia, pois para
melhorar é preciso analisar-se, e
isso dá trabalho, dói e exige uma tomada
de posição.
Na adolescência, acreditamos piamente
que seremos melhores que nossos pais, no
entanto, com o tempo, vamos fazendo as
mesmas concessões que eles fizeram na vida
indo de encontro às suas insatisfações.
Vivemos em uma inércia alimentada por
uma “indução magnética” algo
como um processo de “osmose” em
que, sem nos darmos conta, vamos
nos tornando iguais a nossos pais
por comodismo, pois afinal, eles já
abriram o caminho para nos tornarmos
iguais a eles.
Há bem pouco tempo, o filho de um
sapateiro era sapateiro também, independente de ser aquilo que lhe agradasse, pois
era o melhor que o seu pai pôde fazer, e
como ele (o indivíduo) era apenas a continuidade dos seus pais, portanto, só lhe
restava dar continuidade ao que eles haviam
começado.
Há tribos que consideram as crianças
a 18 anos, abandonadas, ou cujos pais foram
destituídos do poder familiar, situado à Rua
Messias de Pina, 77 - Mooca - fone (11) 22921806 e a Casa Amor ao Próximo, com 125
crianças de 02 a 04 anos, provenientes de
famílias de baixa renda e Casa Abrigo para
mais 21 crianças e adolescentes também em
risco pessoal e social, situada a Rua Dilermano
Reis, 148 - INOCOOP - Guarulhos - fone (11)
2431-9696.
verdadeiros mestres pois guardam lembranças frescas do mundo em que estavam
antes. Reprimir ou corrigir uma criança é coisa
séria que pode deixar marcas para toda a
vida. Uma criança reprimida já está a caminho
de se tornar um adulto frustrado, a não ser
que consiga juntar força suficiente para
vencer seus traumas.
Neste caminho o primeiro passo
é perdoar seus pais, seus agressores e principalmente, perdoar-se
a si mesmo por caminhar com essa
culpa com relação à vida e a si mesmo.
Vencer a preguiça é vencer também
o comodismo, paradigmas pessoais e
condicionamentos que vem muitas vezes
de nossos pais, parentes e amigos.
Por mais que pensemos ser seres
completamente independentes, tudo o
que está a nosso redor nos influencia,
somos frutos do meio ao mesmo tempo
em que somos frutos genéticos de nossos
pais e frutos divinos no Criador.
O meio e a raiz familiar nos
influencia de forma inebriante e em
alguns casos até mesmo fatalista,
mas não podemos esquecer de que
também somos frutos divinos e trazemos
em nossa alma uma ligação com o Mistério
maior da Criação e devemos buscar nele a
força e entusiasmos para criar mudanças,
curas e transformações que nos permitam
vencer estas limitações, comodismos e
condicionamentos.
Que Deus, Nossos Guias e Orixás sejam
força e poder em nossas vidas para
pararmos de dar desculpas a nós mesmos
por tanta inércia em nossas vidas.
N
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
M HOMENAGEM A OGUM
colaboradores da AUEESP pela dedicação, e aos
nossos Associados, a quem dedicamos essa
grande homenagem.
Gostaríamos de deixar registrado mais uma
vez nosso agradecimento a GCM através do
Comandante Joel Malta de Sá e da Inspetora
Yara Batista Cipriano, ao pai Ronaldo Linares e
ao querido amigo Nélson Dias, da Casa de Velas
Santa Rita, pelo empenho na realização de mais
esta cerimônia, a todos os diretores e
N
ão sei se todos os leitores conhecem este
sabão, mas como eu conheço há alguns
anos e faço uso dele, gostaria de deixar
registrada sua história e seus benefícios.
O sabão da Costa é de origem da Costa do
golfo da Guiné, na África, sendo que lá seu nome
é Osé Dudu. É usado em rituais tanto na África
como no Brasil nos Cultos Afro-Brasileiros, nos
banhos e também para lavar todo o material
ritualístico como quartinhas, ferramentas, jóias...
tirando assim toda e qualquer energia deixada
por quem manuseou anteriormente esses objetos.
O sabão tem por função a limpeza do corpo
físico e da aura e especialmente de sua camada
mais próxima ao corpo físico, retirando larvas
astrais e miasmas. Além de ser usado para o
descarrego, pois promove uma profunda limpeza
corporal, atua também no combate a caspa,
cravos, espinhas, manchas escuras, coceiras e
fungos do couro cabeludo, além de controlar o
mau cheiro produzido pelo suor.
Utilizado antes de dormir, seu banho propicia
uma limpeza profunda, descarregando os maus
fluídos adquiridos durante o dia, obtendo assim
um sono tranquilo.
Seguindo a ritualística de alguns Axés, o
banho é feito da seguinte forma: desde os
ombros até os pés, sem tocar na cabeça, só se
utiliza para lavar a cabeça com sabão da Costa
juntamente com sabão de côco, quando
desejamos aliviar a “mão” de alguém, que por
ventura tenha colocado a mão na cabeça de
uma pessoa. Quando terminar o banho, largar
água com açúcar nos quatros cantos do box,
para assim evitar larvas negativas para as outras
pessoas.
É um sabão sólido, de cor pardo-escura
tendendo ao preto e o perfume amadeirado, feito
com ervas medicinais.
Sua composição original é secreta, mas
muitos Axés, preparam seu próprio sabão da
costa utilizando base de glicerina, água e juntas
algumas das seguintes ervas: nó de pinho, óleo
de côco, benjoim, juá, macassá, levante, tapete de Oxalá, manjericão, saião, capeba,
alfazema, alecrim, peregun, pitanga, colônia,
rosa branca e aroeira.
Já alguns Terreiros de Umbanda utilizam na
composição aroeira, arruda, guiné e espada de
São Jorge.
Relatos indicam que seu uso vem desde a
época de 1620, quando já era importado para o
Brasil, pois era o preferido dos escravos e
libertos. Ele era oriundo de uma área entre Gana
e Camarões, e principalmente da Nigéria, da
República do Benim e do Togo.
A palavra SABONETE é incorporada ao
português somente na virada para o século 19
quando no Brasil tudo era francês e o sabonete
dos franceses é aportuguesado.
O Sabão da Costa mantém o nome sabão
por uma questão de tradição. Axé á todos!
Página -9
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
Página -10
“N
o cheiro, no aroma e na
força da erva da Jurema
começamos a nosso
encontro com o elemento natural,
elemento vegetal, dando continuidade
a nossa primeira aula onde falamos
bastante do conceito da erva, do
padrão, da fundamentação e o uso da
erva dentro da religião.
Vamos explorar os elementos que
podemos usar. Como podemos colher uma
erva, de que forma colher essa erva,
como nos preparar para o preparo
propriamente dito porque muitas vezes a
gente fala “vamos fazer um banho, uma
defumação, mas como eu faço isso, como
posso me servir da energia do vegetal?”,
muita gente tem essa dúvida do o que é
melhor, se comprar um saquinho de 7
ervas ou preparar as sete ervas com o
que eu tem. Nem todo mundo tem a
condição de ter um jardim, um canteiro
onde você possa plantar as ervas, nem
todo mundo tem essa condição e espaço,
então recorrer aos banhos prontos, ao
produto já beneficiado é muito legal, é
bastante importante.
Eu evito os banhos líquidos e as ervas embaladas quando não sei a procedência. Procure se servir de produtos
de primeiríssima linha, de boa qualidade.
É a velha história do barato que sai caro, caro é aquilo que não funciona, que
não satisfaz.
Existe alguma erva que não funciona, alguma erva que eu posso comprar
A
prática projetiva da vela é uma prática bastante simples e que tem
muito a ver com nós Umbandistas,
afinal utilizamos bastante esse elemento
religioso e magístico e dificilmente um
umbandista não tem uma vela em casa.
Pegue uma vela branca, acenda-a
em um prato e coloque sobre uma mesa
em um local seguro.
Aqui faço um parêntese sobre a
segurança.
Lembre-se de verificar objetos inflamáveis como cortinas, papéis, tecidos,
etc. Feche possíveis fontes de correntes
de ar que possam fazer tombar a vela e
pode inclusive colocar um daqueles
copos de vidro para aumentar a segurança. Por que depois, se você for
descuidado e ocorrer algum acidente,
não vá dizer que foi demanda!
no comércio e essa erva não me atender? Existe sim, infelizmente.
Se você comprar uma erva embolorada, uma erva com fungo e você tomar um banho com essa erva ela pode
desencadear um processo alérgico, uma
reação, aquela bactéria enfim, aquele
elemento externo prejudicial e isso sai
mais caro do que ter investido em uma
erva de primeira linha, qualidade. Vale
essa dica para todos aqueles que vão
fazer os seus preparos de banhos e
defumações. Eu quero falar um pouco
sobre os elementos que usamos para o
nosso preparo.
Estou usando uma concha onde eu
coloco uma erva seca, estou usando
apenas Sálvia. É uma concha de abalone, a furação dela é natural, e estou
abanando-a com uma pena de condor,
um instrumento que eu mesmo fiz para
abanar a minha defumação. Com ela
eu posso defumar um ambiente e me
defumar. Antes de preparar, começar
a defumação eu também consagro:
“Pai criador, Mãe natureza, força viva
do vegetal, força viva da Jurema, peço
que abençoe essa defumação e ela
seja força ativa, poder vivo ativo, capaz de me curar, curar esse ambiente,
envolver e curar espíritos sofredores,
obsessores, acúmulos energéticos
negativos, projeções negativas e remetê-los cada um para o seu local de
origem e merecimento, trazendo har-
Com a vela acesa em um local seguro, apague as luzes e sente-se confortavelmente a certa distância de onde
possa visualizar essa vela sem ser
incomodado.
Relaxe, respirando profundamente. Relaxe todo o corpo enquanto olha
fixamente para a chama da vela.
Permita-se relaxar e silenciar a mente, focando sua atenção a vela. Sua
intenção nesse exercício é “ficar somente você e a vela no ambiente”, esquecendo de todo o resto.
Quando estiver relaxado e com sua
atenção focada, comece a visualizar seu
corpo astral (seu espírito) separando de
seu corpo físico e flutuando a sua frente. Após isso feito, visualize seu corpo
espiritual projetando-se em direção a
vela para segurá-la nas mãos e, depois,
monia, paz, tranqüilidade, prosperidade, saúde, sucesso, bem aventurança, em nome de pai criador e em
nome de pais e mães Orixás. Que assim
seja e assim será. Muito obrigado.”
Sempre começo com uma evocação
e termino com uma chave poderosíssima
de magia que é “muito obrigado”,
gratidão é tudo. A minha gratidão, meu
muito obrigado a você nessa segunda
aula, pela sua presença.”
Este é apenas um fragmento
livremente editado da Aula 02 do curso
Ervas na Umbanda com o irmão Adriano
Camargo, o Erveiro da Jurema, ministrado na plataforma UMBANDA EAD,
gentimente digitado por nossa irmã
Danaíra S. M.
Estamos formando a 3ª turma para
este curso, iniciará dia 26/05, venha
fazer parte deste grupo!
Acesse www.ica.org.br.
Grande abraço e até lá!
contatos:[email protected]
volte ao corpo físico lentamente.
Como é sempre dito, as técnicas de
projeção servem para preparar seu
corpo espiritual e seu corpo mental para
o desdobramento astral.
Serve como fonte de indução ao
desdobramento e requerem muita
prática e disciplina para se alcançar bons
resultados. Pratique sempre com bastante concentração e dedicação e os
resultados virão!
Se quiser, pode aproveitar a vela
quando acender, pedindo para que Pai
Obaluayê e Pai Oxalá a consagre e
ative, alcançando-lhe através dela com
Suas Vibrações e trazendo a permissão
e plenitude necessárias para a boa
prática mediúnica.
Que Pai Oxalá abençoe e proteja a
todos.
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
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“L
á na Bahia, dizem que o cabra
quando canta bem, dança
bem, fala melhor ainda, requer
ser o primeiro da fila nas coisas boas,
julga ter os melhores protetores espirituais, fala com todos os Orixás e de
Olorum é o escolhido. Das coisas de
rezas, todas conhece, firmezas e assentamentos. Os ebós , participou dos mais
eficientes. Da Jurema foi mestre e no
catimbó, assessorou o Santo. O candomblé, o traduziu dos africanos e sabe
mostrar nos búzios o que vai acontecer.
Nas pradarias e campos abertos,
enlaçou o bezerro para os boiadeiros.
Cantou no mar as cantigas para as
Sereias. Firmou a balança de Xangô e
nas mesmas pedreiras e cachoeiras,
projetou o amor que é de Oxum. É um
exímio curador e de tanto saber, quer
ensinar. Denomina-se o professor dos
professores , quando não, o douto se
interpõe na cátedra da vida, acima das
conquistas, evitando em falsetes os que
o questionam e sempre quer aprimorálos pois considera-se o melhor.
Diz que quando quer, vai às Trevas
e ampara-o os de lá o atendendo no que
pedir. Noutras, repara os maus dos homens quando o recebe, segundo promete, o Senhor do Bonfim. Diz ter amplo
trânsito e resolve todos os problemas.
Então dizem que este cabra é o
“Cara”! E ele todo cheio de si, fica perguntando: “Quem é o “Cara”?
Dizem logo os interessados : “É tu”!
E ele logo sentencia os bons agouros para seus fiéis interesseiros.
Mas como ele não vê o ar porque
não dá para dominá-lo e assim, ninguém
pergunta, mas o ar o vê e registra tudo;
então Ogum vai à Lei deixando ele limpar tudo, levando os interesseiros, magos negros, mercadores da falsa fé,
egoístas e preguiçosos para com a Luz
do Senhor do Bonfim e de Olorum pois
sempre tem um Marinheiro às suas
esquerdas, remando forte, cercando
com suas redes os “peixes” que se emocionam nas mesmas sintonias.
O sabe-tudo, que é o Cara, vai
alimentando-se de ilusões. Parece que
não conhece o sofrimento que lhe avisa
dos erros e assim vai enganando a todos
que nele crêem, sempre com os objetivos que são a coleção do que lhe convêm, sobretudo mais dinheiro, posses e
poder. Mulheres também, porém, como
ele diz, só as que o reconhecem Rei!
Falso malandro de conversa fiada
encontrou um dia forte capoeira versado e cruzado nas linhas da UMBANDA
SAGRADA que humildemente firmava
para seu Santo na mata e, incomodado,
pediu-lhe o silêncio no favor, ouvindo
então que ele é que deveria silenciarse pois, afinal, estava em frente do
homem que era o “Cara”!
Sabendo de sua história, o filho de fé
não interveio e na continuidade de suas
preces, pediu auxílio para o incômodo.
Pois era o que faltava! Ninguém
se atrevera a desafiar o seu anunciado
e pretensioso poder. Assim, abriu-se
um portal e Exu Tranca Ruas travestido
na figura de simples caboclo, surgiu do
seu lado anunciando vender cocos e
disse:
- Quer coco sinhô? Vendo coco,
sinhô! - e ouviu:
- Cabra, tu é louco? Olha quanto
coqueiro carregado de frutos que tem
aí, e tu vens vender coco aqui? Ouça o
que lhe digo pois eu sei de tudo.
-Eu sei, meu rei...você é o Cara!
Viu neste momento o sorriso soberbo nos lábios do vanglorioso sendo reconhecido que manifestou:
- Óxente, tô vendo que tu não é
louco, mas diga lá, cabrinha, o que tu
queres, já que me reconheceu? Eu te
concedo um pedido. Qualquer coisa,
diga lá.
- Hum... não preciso de nada...
- Como não, homem? Tá aí todo
rasgado, todo magro e carregando coco
que ninguém vai comprar pois tem de
graça por aí... diga o que quer, eu
concedo, eu sou o Cara.
- Quero nada não sinhô.
- Ora, peça: Quer dinheiro? Quer
mulheres? Quer posses?
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- Então tá bem, já que o sinhô insiste, eu peço “
- Peça logo que tenho que mostrar
pro cabra aí rezando quem sou eu!
-Tá bom. Eu quero ser o CARA!
- O quê? Impossível... só tem um
Cara abaixo de Olorum e dos Orixás e
acima das Trevas e este cara sou eu.
- Mas o senhor prometeu...
- Ah, mas esse pedido não pode.
Tu escolhe outro.
- Mas não pode por quê?
- Porque eu sou o escolhido.
- Mas, e quando tu morrer?
- Ora, eu falo com o maioral das
almas e volto.
- Puxa vida! E como o sinhô consegue essa proeza do maioral?
- Ora, eu vou alimentando-o.
- E com quê?
- Óxente, tá querendo saber demais. Com coco é que não é, há há há !
mas é com a vida de idiotas como tu, há
há há...
- Deve ser mesmo, sinhô porque o
que a gente vê dentro do sinhô é como
num coco, só que no coco tem polpa e
água e tu, é oco e não tem nada ...
- O quê? Como tu ousa falar assim
comigo? Agora é que não vai levar nada
de bom e ainda vai ganhar um feitiço
daqueles.
- O que vai fazer?
- Vou transformar tu num coco...
quer ver?
- Quero não, mas duvido que consiga?!
Então, o “Cara” projetou uma das
suas magias mais negativas, mas nada
aconteceu. Fez de novo e de novo e
nada! Resmungou:
- Quem és tu, homem que faz meu
poder ser falho contra tu?
- Não sou ninguém, apenas um humilde vendedor de cocos.
- Humilde? O que é isso? Humildade
para mim é pobreza de espírito. Eita! E
eu perdendo meu tempo com tu.
- Espera aí, sinhô, faz favor, só mais
uma pergunta : o sinhô tem Fé?
- Mas é lógico, nojento. O que quer
perguntando tudo isso?
- Em quem o sinhô acredita...para
quem direciona sua Fé?
- Quer saber, idiota, vou te dizer
pra depois te destruir nem que seja
com a minha peixeira. Eu tenho fé em
mim porque os ridículos homens que
nem você me dão tudo quando falo
que tenho o poder de realizar o que
querem , aí vou inventando estórias
que me dão mais poder, e eu fico sendo
o “Cara”.
- E o sinhô está feliz sendo o “Cara”?
- Lógico, eu tenho um poder imenso
sobre as pessoas que me seguem e me
procuram e um dia vou ficar muito forte
e dominar todo o país, talvez o mundo
porque os idiotas sempre querem facilidades para seus benefícios. São medrosos e fáceis de convencer pois é só sentirem medo que acreditam.
- Puxa, realmente o sinhô tem Fé
mas a usa erroneamente.
- Ora, seu safado, já perdi tempo
demais com tu. Venha cá, prometo que
não vai doer e por ter-me oportunado,
vou enfiar-lhe a faca bem rapidinho no
seu coração, tá? Logo você vai estar
no céu, há há há há...
- Não, por favor, eu tenho Fé que
só Olorum pode tirar a vida e se alguém
o fizer, vai sofrer a maior praga da Lei
Maior.
- Ora...não tenho medo de praga.
Eu sou o “Cara”. Praga nenhuma me
pega. Mas já que disse, me responda
antes de morrer: qual a maior praga?
- É aquela que afunda para o pior
inferno!
- E qual é?
- É a falta de humildade, a mentira
que falseia a própria Fé e as dos outros.
-Como é?
-É isso, mas pensei que soubesse
pois o senhor não falou que é o “Cara “?
-Sou sim e pela bobagem que falou,
vai morrer bem devagarzinho”
TEMPLO DE DOUTRINA UMBANDISTA
PAI OXALÁ
E
PAI OGUM
AGENDA DE CURSOS
SACERDÓCIO DE UMBANDA
TERÇA-FEIRA: Das 20h00 às 22h00
DESENVOLVIMENTO
MEDIÚNICO
QUINTA-FEIRA: Das 20h00 às 22h00
MAGIA DOS RAIOS
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Então, o “Cara” sacou seu afiado
facão e num golpe certeiro, cortou o
pescoço do pobre caboclo porém, estarrecido, viu que ele nada sentiu e, ao
contrário, sentiu o golpe em si, e em
dor e prantos a molhar sua garganta, o
sangue próprio que lhe vertia já desamparando sua vida.
Ante o desencarne, sua visão projetou-se no espírito . Viu a figura do Sr.
Exu Tranca Ruas. Ouviu sua sentença :
- Trabalho bom que fez para as trevas, hein? Limpou muitos da sua terra
para a Lei Maior, he he he... pois saiba
que todas estas sombras aí do seu lado
são os espíritos dos que você enganou
e iludiu em nome da Fé, que semelhantes a você pois não se perturbaram com
a necessidade de aprimorarem os conhecimentos, a razão e a emoção nas
Verdades do Espírito.
Porque a pior sentença, dentre as
piores, é aquela que a soberba, a
mistificação, a falta de humildade no
saber, a inversão das verdades Divinas,
as mentiras, a arrogância faz, no
proceder, a ilusão e o pior mundo das
verdades. Afunde agora, afinal, você é
o “Cara”, mas eu sou Exú, he he he!
Ao lado, o humilde guerreiro – o capoeira – encerrou suas preces, agradecendo pois naquele coco que firmara,
abriu-se o portal que recolheu mais um
MISTIFICADOR das coisas de Deus para
as Trevas.
O muito mais para baixo. O Embaixo
em que todos os “Caras” tem que provar
que realmente são os tais, os sabemtudo, aqueles que pisam no sentimento
dos irmãos necessitados de esclarecimentos, de amor, de perdão. Aqueles
que contrariam a caridade , o amor e a
Fé, escravizando seus irmãos e a si pelos
seus vícios que invertem conhecimentos
e retardam a salvação para tantos.
Mas isso aconteceu na Bahia.
E nas outras praças, será que existem outros “caras”? Se Exu for visitar a
sua, poderá indagar sem ofensas que
o “Cara” é tu? Óxente !
Então que Nosso Senhor do Bonfim
abençoe a Todos e a Todas as Praças
na Graça Maior da Humildade Dele e
dos Sagrados Orixás que vêm da Infinita Humildade de Olorum que nos concede TUDO e só pede o reconhecimento
de que fazemos parte Dele por Amor,
via humildade, respeito e gratidão.
Saravá ao Povo da Bahia!
É da Bahia, óxente!
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
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CURSO DE ATABAQUE
(CURIMBA) TOQUE E CANTO
TAMBOR DE ORIXÁ
COM SEVERINO SENA, HÁ 14 ANOS FORMANDO OGÃS E INSTRUTORES.
NOVAS TURMAS! HOMENS E MULHERES!!! Esta é
a sua oportunidade de aprender canto e toque na
Umbanda, para guias e Orixás!!!
SEM TAXA DE MATRÍCULA: Toques: Nagô, Ijexá,
Angola, Congo e Barra Vento
O
Umbandês – conjunto de palavras
que formam o vocabulário religioso
da grande família umbandista – possui
muitas curiosidades. Vamos abordar aqui
algumas delas, que fazem parte do dia-adia dos filhos de fé. Conhecer a origem das
palavras é mergulhar na história...
ALGUIDAR – uma palavra de origem
árabe - al-gidar - que significa escudilha grande. Objeto muito presente nas oferendas aos
Orixás e demais entidades dos cultos afrodescendentes. Peça normalmente feita de
barro e moldada em vários tamanhos, ela
recebe elementos minerais, vegetais e animais. No idioma português e consequentemente na Umbanda, usamos muitas palavras
de origem árabe: açafrão (azzafaran),
alecrim (aliklil), alfanje – uma espada em
forma curva (al-hanx), alfazema (al-khuzâma), algodão (alkutun), garrafa (karafâ), xarope (sharab)...
Os negros malês, africanos muçulmanos, foram os responsáveis por algumas delas. Eles trouxeram para cá uma rica cultura
artística, religiosa e mágica.
BALANGANDÃ: um belo objeto talismânico, sempre confundido como mero artefato de decoração. Ele é confeccionado
em prata e outros materiais encastoados
desse metal. O balangandã pode ter peças
em forma de frutas, figas, moedas, contas
de louça, reunidos em uma peça também de
prata chamada nave.
A palavra possui origem onomatopaica
e imita o chocalhar dos enfeites de quem o
usava: ba-lan-gan-dan-ba-lan-gan-dan...
Alguns historiadores indicam seu surgimento
na Bahia. O balangandã tradicional é feito com miniaturas de
objetos, sinais e símbolos: figa,
espada, animais, búzios e frutas, reunidos em uma argola
também metálica.
Os símbolos da penca do
Balangandã são complexos e
altamente magísticos.
Corrente: vitória sobre a
escravidão, afastamento do
mau olhado e cura de doenças Pai Ogum. Pão de Angola:
longevidade. Pomba: paz. Romã: fecundidade. Ferradura:
boa sorte. Cabaça: Santos
Cosme e Damião - Ibeji. Sol: Pai
Oxumaré. Lua, Arco e Flexa: Pai
Oxóssi. Caranguejo: Pai Omolú. Espada:
Mãe Iansã. Caju ou Machado duplo: Pai
Xangô. Peixe: Mãe Yemanjá. Cajado: Pai
Oxalá. Uvas ou Leque: Mãe Oxum.
Os malês foram os responsáveis pela
produção desses ornamentos. Eles conheciam muitas técnicas de fundição e trabalho
com metais.
CABOCLO: o mestiço de branco com
índio, também chamado de caboco, cariboca
ou curiboca - antiga designação do indígena
brasileiro. Câmara Cascudo, no Dicionário
do Folclore Brasileiro, defende a forma caboco, sem o l, que teria sido introduzido na
palavra sem encontrar base nas diversas
hipóteses etimológicas, como a que afirma
derivar do tupi caa-boc, "o que vem da flo-
resta" ou de kari’boca, "filho do homem
branco".
Na Umbanda uma grande família de espíritos responde por este nome:
Caboclos de pena: o indígena habitante
de nossas matas e do litoral. São as almas
de caciques, pajés, guerreiros e caçadores.
Os caboclos pajés estão divididos em
dois grupos: os pajés velhos, que eram antigos curandeiros, e os pajés sacacas, que
foram xamãs com poderes sobrenaturais
assombrosos, verdadeiros milagreiros da floresta. Na Pajelança Cabocla o Pajé Sacaca
é chamado de Abacaem (homem que cura).
Missionários do Brasil Colônia dizem que o
Sacaca conseguia permanecer no fundo do
rio por horas, não precisava dormir, comer e
podia andar dias e noites sem descansar!
Os Caboclos de pena agrupam-se em
Povos, Falanges, e Legiões dentro das Linhas, onde atuam nas vibrações dos Orixás:
Oxalá (Caboclo Pena Branca, Caboclo Pedra
Branca, Caboclo Estrela Branca), Xangô
(Caboclo Pedra Ruiva, Caboclo Treme-Terra,
Caboclo Sumaré), Ogum (Caboclo Sete Lanças, Caboclo Sete Escudos, Caboclo Humaitá), Oxossi (Caboclo Pena Verde, Caboclo
Mata Virgem, Caboclo Sete Palmeiras),
Yemanjá (Caboclo Sete Mares, Caboclo
Estrela do Mar, Caboclo Estrela de Prata),
Oxum (Caboclo Tietê, Caboclo da Cachoeira, Caboclo do Rio), Yansã (Caboclo do
Vento, Caboclo Sete Ventos, Caboclo Pena Amarela), Obaluaiê
(Caboclo Cambaí, Caboclo do
Cruzeiro, Caboclo Lázaro), etc...
Nesta grande família também
encontramos as caboclas (Cabocla Jurema, Cabocla Indaiá,
Cabocla Jupira), agrupadas como
os caboclos acima e os caboclos
mirins ou caboclinhos (Caboclo Tupanzinho, Cabocla Jureminha, Caboclo Folhinha Verde).
Caboclos de couro ou Caboclos Boiadeiros: o indígena
aculturado, mestiçado, trabalhador das velhas fazendas de gado: boiadeiros, laçadores, coureiros, etc. Populares no velho Candomblé de Caboclo, muitos passaram a
trabalhar na Umbanda (Caboclo Navizala,
Caboclo Laje Grande, Caboclo Laçador).
Também encontramos como linhas de
trabalho suplementares, os misteriosos
Caboclos Quimbandeiros, espíritos de índios mestiços com africanos – sobretudo de
origem bantu – que militam ao lado dos Exus
(Caboclo Pantera Negra, Caboclo Corcel
Negro, Caboclo Mata de Fogo). Ao lado deles
existem ainda os Caboclos Africanos,
entidades aguerridas e justiceiras (Simão
Africano, Arranca-Caveira, Arranca-Pemba,
Arranca-Estrela). Os espíritos destes caboclos, quando em vida, viveram nos antigos
quilombos ou em comunidades escondidas
no interior das matas.
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ERVEIRO
No estado de Santa Catarina e no Paraná, um estranho culto abriga os Caboclos
Violeiros, entidades que curam através da
música e das danças sagradas, sob o
patronato de São Gonçalo de Amarante.
Muitos caboclos são oriundos do culto
da Jurema Sagrada e são conhecidos como
Caboclos Juremeiros. Nas sessões eles
costumam usar cachimbo longo, maracá e
beber jurema (Caboclo Pinarona, Caboclo
Turuatã, Caboclo Manicoré).
Outro grupo que pode se apresentar
nesta família é o dos Caboclos Encantados. Eles se manifestam sob a forma dos
habitantes das matas, mas não são almas
humanas e sim forças naturais independentes e não limitadas pelo espaço e tempo
(Rei Guajá, Rei Camundá, Dom João da
Mata). Estes caboclos são mais cultuados
na Encantaria, no Terecô, Babassuê e Toré,
tradições menos conhecidas do que a
Umbanda. Também se manifestam na Pajelança Cabocla dentro das linhas de cura,
pena e maracá e canjerê.
TUPINAMBÁ: em tupi antigo significa
"o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere
tanto a uma grande nação de índios - da qual
faziam parte, dentre outros, os tamoios, os
temiminós, os tupiniquins, os potiguaras, os
tabajaras, os caetés, os amoipiras, os tupinaês e os aricobés – como a um grupo
também chamado de tupinambá. Normalmente na Umbanda designa um conhecido caboclo
de mesmo nome, de provável origem
tupinambá!
Em muitos Pontos Cantados, Seu Tupinambá – um dos mais antigos caboclos da
Umbanda - é chamado de pai da Cabocla
Jurema. Os adeptos do culto do Umbandaime contam que o Caboclo Tupinanmbá
foi o mentor desta corrente espiritual.
A Nação tupinambá dominava quase
todo o litoral brasileiro e usavam uma língua
comum, que teve sua gramática organizada
pelos jesuítas e passou a ser conhecida
como o tupi antigo, constituindo-se na língua
raiz da língua geral paulista e do nheengatu.
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011
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ADRIANO CAMARGO
S
alve sagrado leitor, irmãozinhos e
irmãzinhas em Mãe Natureza! Quero
começar nosso bate papo desse
mês falando dos cursos à distância, o
chamado “EAD”.
Sem entrar na polêmica da validade
desse formato de treinamento, penso
que é importante lembrar que os tempos mudam, as formas de conviver hoje
já não são as mesmas de vinte anos
atrás, a internet é uma realidade imutável. E ai eu digo: porquê não? Eu
fiquei relutante durante um bom tempo
em relação aos cursos de ervas na
plataforma virtual, mas aceitei o desafio
e agora estamos iniciando a terceira turma de Ervas na Umbanda pela internet.
Se você ainda tem duvidas se dá
pra aprender pela internet, entre no
site www.umbandaead.com.br ou
www.ica.org.br, lá você terá mais detalhes e poderá assistir a aula de apresentação, além de ver o depoimento
de quem já fez.
Vamos lá, vamos falar de ervas!
O conhecimento sobre as ervas
não pode ser restrito a uma religião, ou
a um meio acadêmico. Está na natureza,
como parte integrante da criação Divina
e é o elemento que mais se aproxima
da natureza material humana.
Carrega a força dos quatro elementos primordiais, terra –
água – fogo e ar. E devidamente ativado,
transfere para o ambiente ou o organismo humano, a energia contida
em si. Erva é poder, erva
é força, é poder
realizador, erva é cura.
A água é concentradora da energia do
elemento vegetal. A energia aquática
carrega a força vegetal, fazendo com
que ela seja absorvida mais facilmente
pelo nosso organismo espíritual. Não
esqueça que nosso corpo humano é
formado por pelo menos 75% de água.
Através de um banho de ervas, nosso fator aquático humano, em contato
com o fator aquático carregado de
energia vegetal, se funde, formando
ATENÇÃO
ATENÇÃO
assim, energeticamente falando, um elemento mais leve e fácil de ser absorvido
pelo nosso organismo espiritual. É o
veículo que o espírito vegetal encontra
para se unir a nós.
Sempre me perguntam se devemos
tomar banho de ervas na cabeça. Na
verdade, esse assunto é o mais polêmico de todos, porque envolve
conceitos religiosos tradicionais, e
sobre eles, eu não opino. O que digo é,
se você não está ligado a alguma
doutrina que lhe impõe isso, não se
preocupe.
Existem ervas, como veremos mais
adiante, que devemos realmente evitar colocar na cabeça, em nosso centro
de forças, ou chacra
coronário. Mas por
outros motivos energéticos, que devem
se estudados caso a
caso.
É comum ouvir
que filhos de determinados Orixás não podem usar ervas
de outro Orixá na cabeça, até com risco
de morte. Os especialistas em Orixá que
digam isso em suas publicações e sejam
ouvidos por quem está ligado a essa
energia. Mesmo em minhas práticas religiosas,
tenho visto muitas pessoas usar todo tipo de
erva na cabeça e continuar com seu juízo perfeito, sem risco nenhum.
Muitos dos acúmulos
energéticos negativos,
que são o motivo da
limpeza espiritual com
ervas, localizam-se exatamente no
chacra coronal, na coroa mediúnica, no
alto da cabeça. Porque então não
deveríamos colocar ervas lá, no foco
da atuação?
Preparar os banhos não requer muita prática. Requer muito amor e bom
senso. O banho pode ser preparado
quente ou frio, depende do tipo de erva
a ser utilizada.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
ATENÇÃO
Se for usar apenas
ervas ou flores frescas,
pode colocá-las, depois
de lavadas em água
corrente, em uma
bacia ou panela com
água fria e deixar por
umas duas horas. Esse
processo chama-se maceração. Você
pode também, nesse processo, amassar
as ervas com as mãos, dentro da bacia
com água e depois deixa-las descansar
por uma hora, coberta com um pano
branco. É muito positivo também, nesse
caso, acender uma vela branca ao lado
do preparo, e na
reza evocatória
pedir que ilumine
e envolva o preparo com as
energias do fogo
vivo.
Essa prática
é muito positiva,
pois enquanto
você amassa as
ervas com as
mãos, pode fazer a reza ativadora, e
ali, pode ter certeza, o banho já começará agir no seu campo astral. Mentalize
a aura vegetal envolvendo suas mãos,
absorvendo a partir da palma delas,
todo o negativismo, as formas pensamento, os miasmas astrais do seu espírito.
Se as ervas forem secas, mesmo
que sejam folhas, flores, raízes ou cascas, simplesmente coloque água para
ferver em uma panela e quando atingir
a fervura, coloque as ervas já separadas dentro da água, deixe ferver por
um minuto e desligue. Tampe e deixe
amornar.
Você pode unir os dois processos,
fazendo a fervura com as ervas secas
e depois de amornar, fazer a maceração
com esse preparo e as ervas frescas.
Depois disso, deixe o preparo descansar e coe antes de usar.
Podemos coar o banho porque já
concentramos na água aquilo que
precisamos da erva, seu organismo
espiritual energético.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
A FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC” informa a todos os usuários do
SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA que a partir de 15 de abril de 2.011, o valor da
entrada passou a R$ 8,00 (oito reais) por pessoa. Lembramos a todos que o
estacionamento é gratuito e crianças até 12 anos não pagam entrada.
Pai Ronaldo Linares – irmão-presidente da FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”,
mantenedora do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA - www.casadepaibenedito.com.br
CASA 7 LINHAS
Artigos Religiosos, Velas,
Defumadores, Imagens, etc ...
(14) 3232-3876
Rua Gerson França, 2-28
Centro, Bauru - SP
Os banhos são administrados após
o banho normal. Coloque o preparo
pronto em uma panela, bacia, balde,
etc e complete com água quente do
próprio chuveiro. Não é necessário tomar o banho frio, exceto em alguns
casos muito específicos, a partir de solicitação e acompanhamento religioso.
Ao terminar seu banho higiênico,
levante a panela acima de sua cabeça
e faça essa oração:
“Senhor Deus, meu
amado Pai Criador,
Amada Mãe Terra,
Amada Mãe Água,
Sagradas Forças
Vegetais, peço de
coração que abençoem
esse banho. Que ele seja
verdadeira força viva em minha
vida, em meu campo energético,
proporcionando saúde espiritual e
física, limpeza astral, e que todas
as formas de vida atuando
negativamente em minha vida
sejam alcançadas por ele e assim
tenham também em sua vida os
efeitos positivos dessas ervas.
Assim seja e assim será.”
Ao terminar de jogar esse preparo
sobre o corpo, respire profundamente
umas três vezes e mentalize círculos
coloridos à sua volta, descendo pelo
seu corpo em espirais nas seguintes cores: verde, azul, violeta, branco e rosa.
Deixe alguns instantes assim, com
o banho em seu corpo, sem enxaguar e
sem enxugar também.
Deixe seu espírito vibrar junto com
a erva. Sinta a energia viva envolvendo
seu corpo físico e espiritual e penetrando nos corpos internos e nos órgãos,
muitas vezes doentes e debilitados.
Preferencialmente tome os banhos
antes de dormir, exceto os energéticos
e estimulantes, que devem, preferencialmente, ser tomados pela manhã.
Em relação à quantidade, a proporção é sempre um bom punhado para
cada meio litro de água. Não usamos
medida exata, primeiramente por não
se tratar de preparo fitoterapêutico, e
também porque a melhor medida para
seu uso é sua própria mão em concha.
Os banhos não são apenas para
nosso corpo, nosso organismo espiritual
humano. Podem e devem ser usados
também para nossas casas, locais de
trabalho e casas de trabalho espiritual.
Preparamos o banho para casa da
mesma forma descrita e passamos no
chão com um pano branco, de prefe-
rência novo ou destinado apenas para
esse fim. É interessante também passar
esse preparo em paredes que possam
receber líquido (cuidado para não manchar a pintura), e principalmente nos
batentes das portas e janelas.
O uso das essências prontas – à
base de água ou álcool - no banho não
têm contra indicação, porém não devem
ser as únicas fontes de energia vegetal
no banho, o único elemento. As essências têm grande valor aromaterápico,
causando pelo seu odor agradável,
verdadeira fusão dos elementos vivos
das ervas. Vemos o uso prático das
essências nos banhos de cheiro, principalmente para casa.
O resíduo de ervas usado para o
preparo dos banhos, deve ser devolvido
à natureza. Ou à terra do jardim ou a
um rio. Como parte e continuidade da
magia, essa prática deve acompanhar
a intenção de o elemento natural, água
ou terra, receber e diluir todo e qualquer
resíduo negativo em que a prática de
magia esteja envolvida.
Pode devolvê-la ao jardim de sua
própria casa, ou um vaso, por exemplo,
ou mesmo numa praça, ao pé de uma
árvore. Se jogada num rio, tomar o
cuidado para não jogar saco plástico
ou outro material sintético, mas somente
os resíduos vegetais; regra que também
se aplica a resíduo de velas, porque
nada mais são do que parafina, elemento petroquímico. Não precisamos poluir
ainda mais a natureza. Para finalizar,
vamos a algumas receitinhas de banhos:
BANHO PARA
DESCARREGO ENERGÉTICO:
Arruda, Guiné, Picão Preto, Dandá
da Costa, Eucalipto, Jurema Preta,
Angico;
BANHO PARA
LIMPEZA ENERGÉTICA LEVE
Folhas de Pitanga, Abacateiro,
Arruda, Eucalipto, Aroeira, Barba de
Velho, Folhas de Carambola;
BANHO PARA EQUILÍBRIO
ENERGÉTICO E FORTALECIMENTO ESPIRITUAL
Calêndula, Sálvia, Alecrim, Alfazema,
Camomila, Hortelã e Folhas de
Pitanga.
É isso, muitíssimo obrigado! Sucesso, saúde e muito poder natural a
todos!
Adriano Camargo – O Erveiro
(11) 4177-1178
[email protected]
www.erveiro.com.br
Nossa capa:
Durante o processo de diagramação deste jornal, vamos sendo
influenciandos pelas energias que nos
cercam e neste mês, tive a facilidade
de produzir 6 diferentes capas para
esta edição. Diante da indecisão em
nossa redação sobre qual seria a capa
mais apropriada convidamos (por 24
horas) aos leitores de nosso mailing
na internet para opinar. O resultado
entre os 454 votos apurados foi:
CASA SÃO BENEDIT
O
BENEDITO
001 = 84 Votos / 002 = 142 Votos
003 = 30 Votos / 004 = 16 Votos
005 = 15 Votos / 006 = 167 Votos
O MAIS COMPLETO ESTOQUE
DE ARTIGOS RELIGIOSOS
A vencedora, teve origem na foto
de M. S. Delay no arquipélago da
Papua Nova Guiné, um país que
devido a múltiplas colonizações abriga
uma população das mais variadas
raças que falam entre si mais de 850
linguas, entre idiomas e dialetos.
Sob
nova
direção
(14) 3223-2552
Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru
Página -16
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2011

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