Clipping_039

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Clipping_039
DR
Clipping da
DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
Nº 39
GESTÃO DIGNIDADE E RESPEITO
Notícias da semana
Trânsito SP
O Estado de São Paulo, 02/10/12
Frota das capitais quase dobra em
10 anos; SP ganha 3,4 mi de veículos
A frota das 12 principais capitais do Brasil praticamente dobrou em dez anos. O crescimento médio
no número de veículos foi de 77%, sem que a infraestrutura viária e os órgãos de controle do trânsito
acompanhassem o ritmo. Em São Paulo, a metrópole
que mais ganhou carros em números absolutos, as
ruas receberam 3,4 milhões entre 2001 e 2011. As 12
principais metrópoles somam 20 milhões de veículos,
o que corresponde a 44% da frota nacional.
A conta é do Observatório das Metrópoles e usa
dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Segundo o elaborador do estudo, o pesquisador Juciano Martins Rodrigues, foram analisadas informações de 253 municípios. “Usamos os critérios do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para
selecionar as capitais de Estado que formavam regiões
metropolitanas”, afirma.
São Paulo e Rio, capitais que já tinham as maiores
frotas de carros do País, ficam nas últimas posições
do ranking elaborado pelo estudo - que classifica o
crescimento de frota de acordo com o crescimento
relativo, ou seja, pelo porcentual de aumento do número de carros. O Rio é o lanterna: crescimento de
67%, embora isso signifique acréscimo de 1 milhão
de carros no período. Já São Paulo teve crescimento
populacional de 7,9% na década, segundo dados da
Fundação Seade - e o porcentual de aumento de carros foi de 68,2%.
Com o critério porcentual, a região metropolitana
de Manaus é a campeã. O aumento da frota foi de
141,9%. A cidade ganhou 209 mil veículos (saltou de
147 mil, em 2001, para 357 mil).
As capitais não estavam preparadas para receber
tantos carros a mais. Em São Paulo, por exemplo, em
2001 havia 1,2 mil agentes da Companhia de Engenha-
05/10/2012
ria de Tráfego (CET) orientando o trânsito nas ruas.
De lá para cá, mesmo com dois concursos públicos
para marronzinhos, esse número não chega a 2 mil.
A principal obra viária no período foi a ampliação da
Marginal do Tietê, que trouxe mais três pistas para a
via expressa. Nesse período, a velocidade média dos
carros no horário de pico, medida pela CET no Corredor Eusébio Matoso-Rebouças-Consolação, caiu de
17,9 km/h para 7,6 km/h.
O crescimento da frota de veículos é um fenômeno
que vem sendo notado há alguns anos, mas ainda não
havia sido analisado como o Observatório das Metrópoles fez. Para especialistas e autoridades, o avanço
resulta de três fatores: aumento da renda da população (especialmente da classe C), reduções fiscais do
governo federal e facilidades de crédito promovidas
pelos bancos.
O gerente aposentado Pedro Manzoni, de 73 anos, é
um exemplo. Dono de um Corsa zero-quilômetro, diz
trocar de carro a cada vez que o veículo atinge 20 mil
km rodados. “Já cheguei a ter cinco em casa, quando os
filhos moravam comigo. Hoje, tenho apenas o meu, mas
os filhos continuam com os deles.”
Redesenho. O arquiteto e urbanista Benedito Lima
de Toledo, professor da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo (FAU-USP), afirma que, em São Paulo, o
núcleo viário central da cidade não acompanhou o
crescimento da frota. “E isso não é desejável”, afirma.
Para ele, a cidade não pode ser redesenhada para se
adequar ao número de carros. “Isso tem um preço social altíssimo, e a conta é paga por todos, não só por quem
tem carro.”
Para Toledo, os ajustes que precisam ser feitos para
minimizar o trânsito caótico passam não só pelo aumento da malha do Metrô, mas por um replanejamento das áreas de paradas metroviárias.
“As estações precisam ter comércio, prestação de serviço.
Não ser uma 25 de Março, mas lojas que atendam às
necessidades básicas das pessoas.”.
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ELEIÇÕES SP
Veja São Paulo, 28/09/12
Cinco rumos para São Paulo
Os principais candidatos a prefeito se posicionam sobre
temas polêmicos e apresentam as propostas que pretendem implantar em sua administração caso sejam eleitos .
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das séries? No fim dos principais blocos de perguntas,
especialistas dessas áreas analisaram a viabilidade das
propostas mais importantes. As páginas a seguir apresentam o rumo para o qual cada um dos prefeituráveis pretende direcionar a capital nos próximos anos.
QUAL SERÁ SUA PRIMEIRA DECISÃO AO
CHEGAR À PREFEITURA?
Celso Russomanno (PRB)
“Sairei pelas ruas para fazer uma radiografia do que está
acontecendo na saúde. Conversarei com gestores e convênios e darei a eles 24 horas para me apresentarem uma
solução para o que não estiver indo bem.”
Fernando Haddad (PT)
“Cuidarei da desapropriação de terrenos para construir
172 creches e os três hospitais públicos prometidos pela
gestão atual.”
Na ilustração, Soninha, Serra, Russomanno, Haddad e
Chalita: uma das eleições mais disputadas dos últimos
tempos (Foto: Sattu )
A uma semana do primeiro turno do pleito municipal, marcado para o próximo dia 7, a temperatura da
corrida está mais alta do que nunca, com ataques dos
mais diversos gêneros entre os concorrentes. Essa situação é decorrência de uma das eleições mais acirradas dos últimos tempos.
Segundo a pesquisa do Ibope divulgada na terça passada (25), Celso Russomanno, do PRB, permanece na
dianteira, com 34% das intenções de voto. O petista
Fernando Haddad (18%) e o tucano José Serra (17%)
travam uma dura batalha para ver quem vai enfrentá
-lo no segundo turno. Mais distantes desse pelotão se
encontram Gabriel Chalita (7%), do PMDB, e Soninha
Francine (4%), do PPS.
Nas duas últimas semanas,VEJA SÃO PAULO conversou com esses cinco principais candidatos à sucessão de Gilberto Kassab a respeito de suas ideias para
os principais problemas da cidade. Além de falarem
dos princípios que vão nortear sua administração em
áreas como saúde, segurança, educação e trânsito, eles
foram questionados sobre temas objetivos ligados ao
dia a dia da metrópole, mesmo os mais polêmicos.
Admitem instituir o pedágio urbano como forma de
amenizar os congestionamentos? Pretendem manter
nas escolas municipais o princípio da progressão continuada, que acaba com a repetência na maior parte
José Serra (PSDB)
“Farei uma reforma administrativa, que terá entre as medidas a criação da Secretaria de Licenciamento — um
balcão único para aprovação de empreendimentos, combatendo a burocracia e a corrupção.”
Gabriel Chalita (PMDB)
“Reduzirei o número de secretarias de 27 para cerca
de dezesseis, unindo áreas correlatas e extinguindo, por
exemplo, a Secretaria de Articulação para a Copa do
Mundo.”
Soninha Francine (PPS)
“Tentarei acabar com as filas nos consultórios públicos
da cidade em no máximo um mês, com o pagamento de
hora extra aos médicos e o reforço de hospitais estaduais
e federais.”
Aula em colégio municipal: avanços em ritmo lento
Foto: Rodrigo Capote/Folhapress
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DE QUE FORMA VAI MELHORAR O DESEMPENHO DAS ESCOLAS?
RETOMARIA A POSSIBILIDADE DE REPETÊNCIA?
A nota do 5º ano do ensino fundamental no indicador
Ideb, do MEC, continua aquém da meta estabelecida
para a cidade (4,9)
Hoje, com a progressão continuada, a reprovação do
aluno do ensino fundamental só pode ocorrer no 5º
e no 9º ano
Russomanno
“O método das aulas pode ser o mesmo, mas cobrando
mais na avaliação e aprimorando o acompanhamento. Os
responsáveis pela criança vão receber o boletim em casa
e serão chamados à escola. Muitos pais e mães na periferia, até por falta de conhecimento, não têm condição
de ajudar o filho a estudar. Por isso, ele terá professor
assistente no contraturno, como nos colégios particulares.”
Russomanno
“Sim. Todos os alunos devem ser submetidos a provas
(com possibilidade de repetência), inclusive os do 1º ano
do ensino fundamental.”
Haddad
“A implantação das escolas em tempo integral é uma
das principais medidas, assim como o forte investimento
na educação infantil. Em cada subprefeitura, haverá um
polo de apoio a professores da rede pública, inclusive da
estadual, que queiram fazer mestrado e doutorado. O país
tem cumprido a meta do Ideb, mas São Paulo não. Complementarei tudo isso com a construção de vinte CEUs.”
Serra
“O ensino municipal ainda está em fase de reconstrução,
devido ao grande estrago feito em quadriênios anteriores.
Acabaram problemas como alunos em escola de lata, por
exemplo. Ao mesmo tempo, colégios foram construídos,
o número de horas diárias passou de quatro para cinco
por dia e os professores ganharam bons aumentos.Vamos
aprimorar, reforçando esse trabalho, que está no caminho
certo.”
Chalita
“Implantarei, aos poucos, o período integral, além de criar
cursos de aperfeiçoamento para os docentes. Muitos querem aprender a dar aulas na língua dos sinais para surdos
e mudos, por exemplo, e não têm a quem recorrer.”
Soninha
“Há várias entidades que militam na área de forma voluntária: um sindicato que cede uma sala, uma associação
de moradores que dá aulas... É preciso unir toda essa rede
de voluntariado em uma parceria com recurso público
para um mutirão.”
Haddad
“Sim, daria a possibilidade ao professor, mas acho que
as escolas de tempo integral põem uma pá de cal sobre
esse assunto, ao melhorar o ensino com aulas de xadrez e
teatro, por exemplo, que auxiliam no aprendizado.”
Serra
“Eu não teria instituído a progressão continuada, mas não
mudaria neste momento, pois haveria grande inchaço de
alunos no sistema. O tempo é de concentração de esforços para a recuperação dos estudantes e a reposição de
aulas.”
Chalita
“Sim, mas não deverá ser necessário repetir. Numa escola
com tempo integral, é impossível que o aluno não aprenda
de fato, com tratamento diferenciado, aulas de reforço.”
Soninha
“Manterei o ciclo apenas no 1º e no 2º ano, investindo
em aulas de reforço em vez de fazer a criança voltar ao
ponto zero. No ensino médio, considero a possibilidade de
carregar ‘DP’ de matérias, como nas faculdades.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
Para Neide Noffs, da Faculdade de Educação da PUC-SP, falta resolver o alto custo das propostas. “No
caso da implantação do tempo integral em toda a
rede pública municipal, o orçamento teria de ser multiplicado e nenhum dos candidatos diz claramente de
onde vai tirar esses recursos”, afirma ela. A especialista reconhece o sucesso na extinção de problemas
como a escola de lata na gestão atual (“Uma obrigação, por se tratar de um absurdo”) e vê equívoco na
ideia de Soninha de financiar voluntários. “É preferível
remunerar melhor um serviço mais profissional, universitários que dão aula como atividade de estágio”,
exemplifica.
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APROVARÁ CICLOVIAS EMAVENIDAS COMO
A PAULISTA?
Nessas vias, a gestão atual tem priorizado ciclofaixas
de lazer em vez de circuitos permanentes
Russomanno
“Sim, desde que não haja um transtorno no trânsito. A
proposta precisa ser estudada pela CET para ver qual o
impacto.”
Marginal Pinheiros, 1º de junho: dia de maior congestionamento da história da cidade, com 295 quilômetros (Foto: Eduardo
Anizelli/Folhapress)
Haddad
“Não. As vias secundárias, com menor velocidade, são
mais seguras, com possibilidade de reduzir a velocidade
máxima sem prejudicar o trânsito.”
O QUE FARÁ PELA FLUIDEZ DO TRÂNSITO?
Serra
“Não. Há lugares melhores para ciclovias permanentes,
como os canteiros das marginais, mas não no meio de
carros em alta velocidade.”
Com uma frota de 7,3 milhões de veículos, a cidade está parando, literalmente. A velocidade média no
pico da tarde (das 17h às 20h) caiu de 18,8 km/h para
16,8 km/h entre 2007 e 2011
Chalita
”Não por enquanto. Acho ainda ousado imaginar uma faixa definitiva na Paulista. Mas criaria muitas ciclovias nas
periferias.”
Russomanno
“O alargamento de vias como a Radial Leste, para evitar
que a cidade pare na Copa, e possivelmente de estradas
como a do M’Boi Mirim. Mas ainda estamos estudando o
que dá para fazer.”
Soninha
“Sim. Na Paulista, imagino uma ciclofaixa estreitando as
faixas dos carros e diminuindo sua velocidade média. A
23 de Maio e a Avenida Brasil poderiam ter ciclovia no
canteiro central.”
Haddad
“Recuperar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET),
que está perdendo sua efetividade, com bons engenheiros,
capacitação de agentes e reforço do trabalho nos bairros,
onde o órgão hoje é inoperante, provavelmente com aumento de efetivo. E fazer corredores de ônibus.”
Serra
“Arrumar os faróis, tornando-os mais inteligentes, um processo já em andamento, embora na fase inicial. Além disso,
enquadraria a Eletropaulo, contra a falta de energia nos
semáforos. A empresa é uma má parceira da cidade.”
Chalita
“A medida mais rápida é trocar todos os semáforos da
metrópole por equipamentos com sistema mais inteligente. Além disso, é preciso organizar os tempos para que os
ônibus sempre encontrem sinal verde nos corredores.”
Soninha
“Corredores de ônibus. Trocaria dez veículos que estão lá
por um grande biarticulado, com pagamento da passagem no ponto, como acontece em Curitiba. E programar
os semáforos para favorecer coletivos no cruzamento.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
Engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sergio
Ejzenberg vê no investimento pesado em transporte
público, especialmente em novas linhas de metrô e
em mais corredores de ônibus, a única saída para o
nó do trânsito paulistano. “Alargar avenidas é uma bobagem, porque as vias se comunicam”, diz ele. “Se a rua
adiante estiver parada, a Radial Leste vai travar também.
Implantar mais semáforos inteligentes é bom, mas de efeito limitado, pois eles não engolirão os carros. Além disso,
reforçar a atuação da CET na periferia só é possível se
você aumentar muito o contingente.”
Em relação às ciclovias: “As propostas são totalmente
desvinculadas do conhecimento técnico. Só funcionariam
se diminuíssem ainda mais as faixas para carros, o que
é impensável na maioria das vias. E imagine uma ciclovia
na 23 de Maio. O ciclista correria sérios riscos tentando
chegar até ela, passando por carros em alta velocidade”.
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INVESTIRÁ NO METRÔ, QUE É UMA ATRIBUIÇÃO ESTADUAL?
SIM
Russomanno
“Cobrando prazos e com multas para falhas.”
Haddad
“Mas a prefeitura deve participar da estratégia e cobrar
o governo.”
Taxa de inspeção veicular: dois candidatos usariam o recurso
do IPVA (Foto: Mario Rodrigues)
MANTERÁ ATAXA DE INSPEÇÃOVEICULAR?
SIM
Serra
“O serviço tem custo. A gratuidade é uma ilusão: todos
pagariam com impostos. Até quem não tem carro.”
Chalita
“Mas diminuiria o valor de 44,36 para 6 reais.”
Serra
“Dá para manter em 1 bilhão de reais a cada quatro
anos, como fez Kassab.”
NÃO
Soninha
“A contribuição é pequena para o metrô e faz falta para
os ônibus.”.
TALVEZ
Chalita
“Só se fosse muito necessário. O dinheiro é mais útil no
ônibus”
Soninha
“Cobraria a taxa, mas devolveria parte dela aos veículos
aprovados.”
NÃO
Russomanno
“O município já recebe parte do IPVA, que será usado
para bancar a inspeção.”
Haddad
“O recurso viria do IPVA.”
COGITA CRIAR O PEDÁGIO URBANO?
SIM
Soninha
“Desde que aprovado em plebiscito.”
NÃO
Russomanno
“Sou contra o aumento de taxas.”
Haddad
“Precisamos dar opções no transporte público.”
Serra
“Muitas pessoas passariam a circular com carro com placa de outras cidades.’’
Chalita
”Só os ricos se beneficiariam, pois pagariam sem problemas.”
Coletivo articulado: a defesa da ampliação de corredores é unânime entre os candidatos (Foto: Fernando
Moraes)
COMO TORNAR OS ÔNIBUS RÁPIDOS E
CONFORTÁVEIS?
Russomanno
“Farei mais corredores, em sistema no qual o semáforo
fica aberto à medida que os ônibus chegam.Vamos mudar
a frota: todos os veículos terão piso baixo e ar-condicionado. Nos horários de pico, serão mais numerosos.”
Haddad
”Com a gestão dos corredores, por meio de estratégia
para racionalização do sistema. Há sobreposições de linhas que fazem cair a velocidade e, por consequência,
diminuir o número de passageiros e aumentar os custos.”
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Serra
“Implantarei corredores em lugares estratégicos. O mais
óbvio é o da Avenida Radial Leste. Também farei o rearranjo de linhas. Mas a melhora só se concretizará com o
incentivo ao transporte sobre trilhos, com o monotrilho.”
Chalita
“A prioridade para melhorar é promover o aumento da
velocidade dos ônibus. Criarei o Expresso Radial, com uma
faixa exclusiva, que vai sem paradas de Itaquera até o
centro, encontrando sempre o sinal aberto.”
Soninha
“Precisamos criar linhas onde não há, com trechos diretos
em alguns lugares, evitando paradas. É também muito
importante incentivar empregos nos bairros e moradia no
centro, não só com incentivo fiscal, mas com infraestrutura
urbana.”
E QUAIS OS PLANOS PARA A TARIFA?
Russomanno
“Vou congelar o preço. Hoje são cerca de 800 milhões de
reais anuais em subsídio. Se a recarga for feita por celular,
ficará mais barata e sobrará dinheiro.”
Haddad
“Não reajustarei o bilhete acima da inflação. Mas o gasto
do passageiro vai diminuir com o desconto do bilhete único mensal, que implantarei na prefeitura.”
Serra
“Não haverá aumento acima da inflação. Quem promete
congelar a tarifa terá de aumentar o subsídio em quase 1
bilhão de reais a cada ano.”
Chalita
“Congelaria o preço e criaria o Bilhete Único da Educação,
com o qual o estudante de baixa renda não paga a passagem, sendo tudo custeado por subsídios.”
Soninha
“Tentaria congelar o valor, pois, com a melhora de eficiência, você economiza combustível e atrai mais gente para
pagar a passagem.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
“Não existe mágica”, afirma Creso de Franco Peixoto,
professor da FEI e especialista em transportes. “É possível dar descontos, congelar a tarifa e criar até o bilhete
gratuito, desde que a prefeitura assuma que isso acarretará aumento significativo de impostos. É um pedágio urbano às avessas. Da mesma forma, os corredores são boas
medidas, creio que melhores que os monotrilhos, mas tirarão faixas de carro, o que também deve ficar claro.”
Santa Casa de Misericórdia: parceiros recebem verba
para fazer consultas e cirurgias (Foto:Vivi Zanatta)
MANTERÁ CONVÊNIOS DE SAÚDE COM
ENTIDADES PRIVADAS?
Nas chamadas Organizações Sociais de Saúde (OSS),
entidades particulares como o hospital Santa Marcelina cuidam do atendimento de parte da população em
bairros da periferia.
Russomanno
“Sim, mas nós vamos fiscalizar e, se não estiverem funcionando, romperemos o contrato e faremos parcerias com
outras entidades ou passaremos para administração direta. A diferença para os outros candidatos é que vou para
a rua tomar providências e punir. Hoje, a maioria desses
convênios não funciona bem.”
Haddad
“Os contratos serão mantidos, mas não ampliaria os convênios. Embora veja as parcerias público-privadas com
bons olhos, implantarei uma gestão totalmente governamental nos novos hospitais que serão construídos, até
para haver comparação entre os dois modelos.”
Serra
“Sim, são entidades sérias, de qualidade, como Santa
Marcelina, Unifesp e Santa Casa. A ampliação do sistema
é fundamental para criarmos novas unidades das AMAs,
oferecendo cada vez mais um serviço gratuito e de qualidade. Há problemas em casos isolados, mas isso pode
ser aperfeiçoado com mais planejamento e comparação
de custos.”
Chalita
“Sim. Do contrário, haveria um caos na saúde. Há conveniadas, como a Santa Casa, que fazem um trabalho
fantástico. O problema mais grave é não informatização
da saúde, o que hoje é básico em medicina, para que os
profissionais tenham nas mãos, por exemplo, o histórico
do paciente.”
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Soninha
”As irregularidades têm de ser corrigidas, mas isso não é
motivo para acabar com os convênios. São administrações
comprometidas, com instalações incríveis. É na relação
delas com a prefeitura que há problemas. O sistema de
marcação de consultas, por exemplo, fica fora do ar com
muita frequência.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
Diz Arthur Pinto Filho, promotor de saúde pública,
que investiga denúncias em OSS: “Os candidatos parecem ignorar que, se há vantagens, há também muitos
problemas em algumas dessas parcerias, como a contratação sem grande rigor e a falta de médicos. Será preciso
fazer um pente-fino”.
A SAÚDE CONSUMIRÁ MAIS QUE OS
ATUAIS CERCA DE 20% DO ORÇAMENTO,
SUPERIORES AOS 15% MÍNIMOS PREVISTOS EM LEI?
Russomanno
“Não precisa. A cidade tem de ser inteligente, para que
sobrem recursos. Na saúde, gasta-se muito na emergência
em vez de investir na prevenção.”
Haddad
“Não. O problema da gestão atual é gastar mal o dinheiro. Não existe um bom controle. Tornaria os gastos mais
eficientes.”
Serra
“A tendência na saúde é ocupar 20% do orçamento, levando em conta o crescimento natural da arrecadação.
Mas uma grande parcela dos resultados virá da melhora
na produtividade.”
Chalita
“Não acho necessário. Falta boa gestão dos recursos, que
não são poucos. É preciso dialogar melhor com os governos estadual e municipal para conseguir verbas.”
Soninha
“Não. Com o mesmo dinheiro, dá para fazer mais, aumentar o salário de profissionais da saúde, como os fisioterapeutas, que ganham mal. E temos de ir atrás de mais
recursos federais disponíveis.”
Usuários no centro paulistano: problema difícil de erradicar(Foto: Apu Gomes/Folhapress)
QUAIS AS SOLUÇÕES PARA A CRACOLÂNDIA?
As ações da Polícia Militar não conseguiram acabar
com esse território de uso de drogas a céu aberto.
Russomanno
“A prioridade é a fiscalização. Você não pode prender o
viciado, mas deve apreender a droga, de quinze em quinze
minutos, fazendo a pessoa entrar em estado de abstinência. Aí, a prefeitura vai cuidar desse paciente. Quanto à
revitalização da área, ela deve ser feita ouvindo-se sempre
as associações de bairro e de lojistas.”
Haddad
“O traficante precisa ser combatido, mas só a repressão
não resolve. Farei um programa forte nas áreas sociais
e de saúde, com agentes que não sejam passivos e busquem o usuário para que seja internado. Deve haver uma
parceria forte com o programa federal Crack, é Possível
Vencer, no qual eu acredito muito.”
Serra
“Na prevenção, criarei uma campanha educativa, mostrando o papel devastador das drogas, com o depoimento de pessoas conhecidas que se livraram do vício. No
tratamento, ampliarei parcerias com igrejas e entidades
filantrópicas. Na urbanização, remodelarei o Parque Dom
Pedro II, por exemplo.”
Chalita
“Farei convênios com comunidades terapêuticas nas quais
se possa deixar alguém internado por nove meses, tempo
em que é possível se livrar do crack. Na revitalização da
área, ampliarei o perímetro do projeto Nova Luz, pois o
empreendedor não se interessará pelo local se ele continuar cercado por região problemática.”
Soninha
“Ampliarei a rede de atendimento aos usuários de crack,
com forte apoio no tratamento e na assistência social.
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Existem entidades que ajudam, e é possível trazê-las para
trabalhar junto. No centro, é preciso ter gente morando,
com subsídios a projetos de construtoras que trabalhem
com moradia popular, por exemplo.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
Solange Nappo, pesquisadora do centro de estudos
em drogas da Unifesp, concorda que o investimento
em prevenção deve ser a prioridade do próximo prefeito. “No geral, achei boas as propostas dos candidatos”,
comenta. “Recomendo apenas um maior cuidado nas
parcerias com entidades: nem todas são sérias.”
Agentes da GCM: discussão sobre o aumento do efetivo
(Foto: Almeida Rocha/Folhapress)
A PREFEITURA PODE AJUDAR MAIS NA
SEGURANÇA?
Além da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com 6
000 homens, há a Operação Delegada, programa em
que policiais militares servem ao município em seu
período de folga, em vez de fazer bicos ilegais
Lei antifumo para alguns locais abertos: candidatos se dividem sobre aprovação(Foto: Daniel Barry/Getty Images)
APROVARIA LEI ANTIFUMO MUNICIPAL
PARA ALGUNS LOCAIS ABERTOS, COMO
HÁ EM NOVA YORK?
SIM
Russomanno
“Nos parques, acho natural, mas em outras áreas teria
de estudar”
Soninha
“Apenas nos parques.”
NÃO
Serra
“O momento é de consolidar a restrição em lugar fechado.”
Chalita
“Já há restrições demais.”
TALVEZ
Haddad
“Não sei. Precisaria estudar melhor.”
Russomanno
“Combaterei a violência com iluminação pública de qualidade, aumento de contingente da GCM para um total
de 20.000 homens até o fim dos quatro anos de governo.
Eles ajudarão a Polícia Militar. Para isso, precisaremos reforçar a capacidade de treinar esses profissionais. Hoje é
de 1.500 homens por ano.”
Haddad
“Antes de pensar em ampliar o contingente da GCM,
transformaria a guarda em uma polícia realmente comunitária, mais próxima da população dos bairros. Além
dessas medidas, os programas sociais benfeitos serão ingredientes fundamentais e efetivos para melhorar a segurança.”
Serra
“Pode haver algum aumento na GCM, mas investiremos
na ampliação da Operação Delegada, de 8.000 para
16.000 homens, uma medida que implantamos com ótimos resultados. Vamos fazer a Virada Social em regiões
de alta periculosidade do município, resolvendo questões
sociais, e com demonstrações de como a PM opera.”
Chalita
“Aposto no conceito de guarda de bairro, com inteligência,
comunicação eficiente por rádio, e no aumento do efetivo
da GCM para 15.000 homens. Iluminar bem a cidade é
outro ponto fundamental, para que a população se sinta
segura nas ruas, além de integrar as câmeras da prefeitura para monitoramento.”
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Soninha
“Aumentaria o contingente da GCM, mas apenas poucos
deles andariam armados. Deve ser recuperado o papel
de guarda comunitária, atuando não como força que se
confunde com a polícia, mas como aquela que conhece as
pessoas pelo nome e percebe movimentos estranhos no
lugar, mediando conflito entre vizinhos.”
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
“A GCM existe para proteger o patrimônio público, e não
para o papel de polícia. Por isso, não faz sentido falar no
aumento de seu contingente para melhorar a segurança.
A Operação Delegada é um recurso mais adequado”, diz
Christiano Jorge Santos, professor de direito penal da
PUC-SP.
QUAL SUA META PARA A RECICLAGEM
DO LIXO, HOJE EM 2% DO TOTAL? *
* Apenas 20% do lixo pode ser reciclado
Russomanno
“Quero sair do governo de São Paulo com 100% da coleta
reciclada na cidade e com o lixo molhado, com chorume,
como fonte de gás.”
Haddad
“A meta é de 10%. Pretendo combinar o respeito às cooperativas, que têm funcionado bem, organizando os catadores em torno delas, com inovações tecnológicas.”
Serra
“A meta é reciclar entre 10% e 20% e evitar na coleta a
mistura com o lixo orgânico, que prejudica o reaproveitamento dos materiais.”
Chalita
“Não temos meta, mas é possível ampliar a reciclagem
com várias medidas, como apoio às cooperativas, garantindo a compra dos materiais menos valiosos e promovendo cursos de aperfeiçoamento.”
Soninha
“Não tenho uma meta, mas investirei numa estrutura
muito melhor para as cooperativas. Os catadores vão usar
veículos elétricos. O ser humano não nasceu para puxar
carroça.”
Shopping Paulista: um dos endereços suspeitos de pagar
propina (Foto: Marcelo Donatelli/Divulgação)
COMO MORALIZAR A EMISSÃO DE ALVARÁS?
Denúncias sobre a aprovação de obras chamaram
atenção para as oportunidades de corrupção nas licenças.
Russomanno
“Vamos informatizar o processo, com pedidos transparentes, pela internet, que fiquem visíveis para toda a sociedade acompanhar. Quando você diminui esses contatos
pessoais, coíbe a corrupção.”
Haddad
“Vou transferir a aprovação de projetos para a Secretaria
de Desenvolvimento, ligada ao meu gabinete. Criarei também a Controladoria-Geral do Município, para mapear as
vulnerabilidades da máquina e ver onde é necessário fazer controles mais específicos.”
Serra
“Haverá um balcão único para fazer os diversos licenciamentos — tudo informatizado. Além disso, engenheiros
responsáveis pelas obras devem ser responsabilizados em
caso de irregularidades, com possibilidade de ter o registro
cassado.”
Chalita
“Com tecnologia. Há que se criar uma espécie de Poupatempo da pessoa jurídica, com todos os órgãos concentrados no mesmo local. Se se vai fazer um show da Madonna, não é preciso correr para um monte de secretarias
para viabilizá-lo. Além disso, sou a favor da anistia a quem
construiu de forma errada, já que boa parte da cidade
está nessa situação.”
Soninha
“Simplificando as regras, que hoje são incompreensíveis
e favorecem a corrupção. Com a desburocratização, não
será preciso procurar um engenheiro da prefeitura por
causa de um mero detalhe na modificação da planta original de uma casa.”
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA
“A informatização já está em curso e realmente funciona pela transparência”, avalia o promotor José Carlos
Freitas, do ministério Público da Habitação. “A formação de um balcão único evitaria o trâmite interminável da
documentação. Já a punição dos engenheiros não é competência do prefeito, mas do órgão de classe. E a criação
de uma controladoria seria mais um cabide de empregos.”
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Veja São Paulo, 28/09/12
A cidade que Kassab nos entrega
Com avanços em áreas importantes, mas a popularidade em queda, o prefeito deixa o cargo após quase
sete anos consecutivos de gestão.
QUIZ PAULISTANO
Os candidatos responderam a um teste-surpresa sobre números da cidade. Serra e Haddad foram mais
precisos. Russomanno se saiu pior. Chalita, que foi secretário estadual de Educação, errou o valor do salário dos professores.
1. Preço da passagem de ônibus
Russomanno: “R$ 3,00”
Haddad: “R$ 3,00”
Serra: “Acho que R$ 3,00,como no Metrô”
Chalita: “R$ 3,00”
Soninha: “R$ 3,00”
Resposta — R$ 3,00
2. Salário-base de professor municipal
Russomanno: “Depende. Há várias faixas”
Haddad: “2.600 reais”
Serra: “2.600 reais”
Chalita: “1.800 reais por 40 horas”
Soninha: “Mais de 2.000 reais”
Resposta — 2.600 reais (40 horas)
3. Déficit oficial de vagas em creches
Russomanno: “145.000”
Haddad: “150.000”
Serra: “150.000”
Chalita: “140.000”
Soninha: “140.000”
Resposta — 145.000
4. Número de parques municipais
Russomanno: “Não me lembro”
Haddad: “Difícil responder, porque muitas dessas áreas
mais parecem praças”
Serra: “83”
Chalita: “Não sei”
Soninha: “Chegando à meta, de 100”
Resposta — 85
5. Frota de veículos
Russomanno: “Não me lembro”
Haddad: “7 milhões”
Serra: “7 milhões”
Chalita: “7 milhões”
Soninha: “Mais de 6 milhões”
Resposta — 7,3 milhões
Kassab: uma série de altos e baixos durante seus sete
anos de gestão (Foto: Ilustração Sattu )
No dia 31 de março de 2006, Gilberto Kassab assumiu a prefeitura de São Paulo como um desconhecido
para a maioria dos paulistanos. Podia andar na Avenida
Paulista sem ser incomodado. Vice em 2004, herdou
o cargo quando o então prefeito, José Serra, se candidatou ao governo do estado. À sombra política do
tucano, no começo do mandato o engenheiro civil e
economista de esbugalhados olhos azuis, 1,83 metro,
em luta permanente com a balança e com uma vida
pessoal discreta decidiu manter projetos e boa parte
da equipe de Serra. Sua gestão ganhou luz própria e
reconhecimento popular quando emplacou, em 2007,
uma lei corajosa que iria revolucionar a paisagem da
cidade. Com o objetivo de reduzir a poluição visual,
a Lei Cidade Limpa baniu os outdoors e painéis das
ruas, além de estabelecer regras duras para letreiros
de estabelecimentos comerciais.
Empresários e publicitários tentaram derrubar a medida, sem êxito. Em seis anos, 3,4 milhões de anúncios
e placas foram retirados e 216 milhões de reais arrecadados em multas. A iniciativa mereceu destaque
até no jornal The New York Times e, recentemente,
recebeu um prêmio na Alemanha. Lei na qual quase
ninguém botava fé, ela pegou — e se refletiu imediatamente na avaliação positiva do prefeito, que registrou
inéditos 61% de aprovação em outubro de 2008, pico
máximo se comparado ao índice dos prefeitos que
comandaram São Paulo nos últimos 25 anos. A melhor avaliação de Jânio Quadros foi 40%; Luiza Erundina obteve 32%; Paulo Maluf, 58%; Celso Pitta, 24%;
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
Marta Suplicy, 49%; e José Serra, 56%. A Lei Cidade
Limpa ajudou a garantir sua reeleição. Kassab conquistou o segundo mandato ao vencer Marta Suplicy
no segundo turno com expressivos 3,7 milhões de
votos (60,7%).
A lua de mel com os moradores da maior metrópole
da América do Sul não sobreviveu à segunda gestão.
Seus índices de aprovação começaram a cair com as
chuvas de verão e os alagamentos em bairros da Zona
Leste. Os problemas com a limpeza urbana agravaram
a situação, assim como três medidas que mexeram
diretamente no bolso do contribuinte: reajuste na
tarifa de ônibus, aumento do IPTU e cancelamento
da devolução da taxa de inspeção veicular. Prestes a
concluir sua longa gestão na prefeitura, com quase
sete anos consecutivos, Kassab mantém a conhecida
frieza de jogador de xadrez, um de seus passatempos
prediletos. “Não posso me preocupar com a aprovação
popular, tenho de fazer o que é correto”, afirma. “O tempo dirá que fui um bom prefeito.”
Existem diversas maneiras de avaliar o desempenho
de um gestor municipal: indicadores em diferentes
áreas, saúde financeira dos cofres públicos, visão de
futuro e opinião pública, entre outras. “Nos três primeiros tópicos, Kassab apresentou resultados melhores que
seus antecessores: foi uma gestão com avanços em vários
setores cruciais, como saúde e educação”, analisa o cientista político Rubens Figueiredo, do instituto Centro
de Pesquisa, Análise e Comunicação (Cepac). “Mas há
uma defasagem entre o que ele realizou e a imagem que
está deixando.” Parte disso se deve ao pragmatismo
do prefeito e ao seu apetite político.
A criação do Partido Social Democrático (PSD), o
partido “nem de esquerda, nem de direita, nem de centro”, de um lado contribuiu para transformá-lo em um
ator de peso no cenário nacional. De outro, porém,
distanciou-o de boa parte dos moradores de São Paulo, que vê o prefeito, qualquer prefeito, antes de tudo
como um síndico, um burgomestre, um administrador,
enfim, aquele que resolve os problemas cotidianos da
cidade. Ficou a impressão, para muitos, de que teria
trocado essas atribuições pelos seus planos de vir a
se candidatar a postos mais altos. “Como o prefeito está
mais próximo à população, a avaliação negativa também
chega mais rápido”, diz Vera Lucia Chaia, professora do
Departamento de Política da PUC. “Nunca abandonei
São Paulo”, afirma Kassab. “É só olhar minha agenda
pública. Tenho compromissos todos os dias e depois fico
despachando no meu gabinete.”
São Paulo foi a primeira cidade do país a implantar,
por lei, o Plano de Metas e Kassab é o primeiro prefeito a ter o mandato avaliado por essa métrica. Ele
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ainda criou um site para o acompanhamento público
das obras e projetos. Com isso, passou a ser muito
mais cobrado. A três meses do fim de seu mandato,
cumpriu 93 dos 223 objetivos estabelecidos, o que
representa 42% do total. Entre as realizações estão
a construção de ambulatórios de especialidades, as
AMAs, o investimento no Metrô e a restauração do
Teatro Municipal e da Biblioteca Mário de Andrade
(os pontos fortes e os pontos fracos da gestão aparecem abaixo). A prefeitura, no entanto, utiliza outro
cálculo, que leva em conta o estágio das metas que
ainda não foram totalmente alcançadas — estas, 53 já
estariam beneficiando a população. Por esse critério,
o índice de eficiência seria de 76%, segundo o secretário de Planejamento, Rubens Chammas. O aperto financeiro também ampliou as dificuldades para implementar novos projetos. Em 2007, dos 15,7 bilhões de
reais do orçamento do Tesouro municipal (sem considerar outras fontes, como transferências estaduais e
federais), 15% foram utilizados para o pagamento de
dívidas, enquanto 9% se destinaram a investimentos
na cidade. No ano passado, as dívidas abocanharam
17% do orçamento de 22,9 bilhões de reais, restando
menos de 5% para investimentos. “Queria ter realizado
mais em São Paulo, mas entreguei o que foi possível com
os recursos disponíveis”, conclui Kassab, que promete
dar aulas de planejamento urbano aos alunos da Faap
e da Poli-USP em 2013.
OS PONTOS POSITIVOS DA GESTÃO ...
Cidade Limpa
Marginal Pinheiros, em 2006, ainda com letreiros...
e hoje: respiro visual (Fotos: Mario Rodrigues)
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
O restritivo e corajoso projeto do prefeito Gilberto Kassab, que, além de proibir outdoors, painéis e
banners, redimensionou letreiros e totens de estabelecimentos comerciais, provocou resistências quando
entrou em vigor, em 2007. Sem ceder às pressões de
publicitários, anunciantes e comerciantes, a prefeitura passou a aplicar multas pesadas aos infratores
(10.000 reais). Nos últimos seis anos, 3,4 milhões de
propagandas e placas foram retiradas e 216 milhões
de reais arrecadados em infrações. São Paulo ainda
está longe de ser um colírio para os olhos de seus
moradores, mas a medida foi um passo importante
para recuperar nosso espaço urbano. Cidades como
Buenos Aires, Lisboa, Atenas e Seul manifestaram a
intenção de estudar a implantação de uma legislação
semelhante.
Creches
O número de crianças de até 4 anos matriculadas em
creches cresceu 250% nos últimos sete anos, enquanto as vagas passaram de 60.000 para mais de 210.000
em 2012. Apesar do investimento, a demanda ainda
é enorme: 145.000 crianças aguardam matrícula, um
aumento de 64% em relação a 2007, quando eram
88.000. O orçamento dedicado à educação infantil subiu de 170 milhões de reais em 2004 para cerca de 1
bilhão de reais em 2012 — o orçamento total da educação, que corresponde a 31% do municipal, saltou de
3,6 bilhões para 8,1 bilhões. “É um dos focos da pasta.
Destinamos quase 15% do orçamento para as creches”,
diz a secretária de Educação, Célia Regina Falótico.
Metrô
Estação Pinheiros, inaugurada em 2011: o Metrô transporta 3,7 milhões de pessoas por dia(Foto: Mario Rodrigues)
Após trinta anos sem investir em metrô — o último
prefeito que colocou dinheiro para aumentar a malha
foi Miguel Colasuonno, em 1975 —, a prefeitura voltou a repassar verbas para o estado. Destinou 1 bilhão de reais para o Metrô em 2005, cerca de 10% do
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total investido pelo governo estadual no período. A
iniciativa permitiu o aporte de recursos nas linhas 2 –
Verde, 4 – Amarela, 5 – Lilás, 6 – Laranja e 17 – Ouro,
com várias inaugurações de estações ocorrendo entre 2010 e 2011, principalmente nas linhas 2 – Verde
(Sacomã, Vila Prudente e Tamanduateí) e 4 – Amarela
(Paulista, Faria Lima, Butantã e Pinheiros).
Inspeção veicular
Projeto pioneiro no país em âmbito municipal, a Inspeção Veicular Ambiental foi implantada em 2008 com
o objetivo de reduzir as emissões de poluentes por
veículos. A iniciativa teve aplicação gradativa: no primeiro ano, abrangeu apenas veículos movidos a diesel
— 48.000 passaram pelo controle. Em 2009, incluiu
motos e parte da frota dos carros, chegando a 1,5
milhão de análises. Em 2010, estendeu-se a toda a frota registrada, hoje girando em torno de 3 milhões de
inspeções anuais. Neste ano, de cerca de 1 milhão de
veículos que passaram pelos dezesseis centros, quase
20% foram reprovados na primeira tentativa. O Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da
Faculdade de Medicina da USP calcula que se evitaram
com isso 1.515 internações hospitalares e 584 mortes por problemas respiratórios, se forem levados
em conta os benefícios criados apenas pela inspeção
dos veículos a diesel em 2011 (a emissão de material
particulado desses motores foi reduzida em 28%). A
estimativa é que a inspeção seja equivalente à retirada
dos poluentes emitidos por uma frota de mais de 1,4
milhão de veículos, sendo 1,2 milhão de automóveis,
87.000 motocicletas e 36.000 veículos movidos a diesel somente em 2011. Mas surgiram alguns percalços.
Em 2010, a devolução da tarifa da inspeção (hoje de
44,36 reais), uma regra desde 2008, foi suspensa pela
prefeitura, provocando insatisfação entre os donos de
veículos. No ano seguinte, o Ministério Público denunciou a Controlar, empresa responsável pelo programa, por fraude no processo de licitação e pediu a
cassação do prefeito Gilberto Kassab e do secretário
do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. “O MP
fez duas contestações, uma técnica, de que o programa
não era eficiente, e outra jurídica, de validade do contrato”, diz Eduardo Jorge. “A primeira está resolvida, pois é
fato que o programa é eficiente. Cabe à Justiça definir a
segunda.”
Céus
O prefeito não só manteve hasteada a principal bandeira da gestão Marta Suplicy como investiu nela com
vigor. Inaugurou 25 Centros Educacionais Unificados
(CEUs), contra 21 complexos que reúnem atividades
de ensino, esportivas e culturais implantados pela
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petista. Cada unidade possui um Centro de Educação Infantil (para crianças de até 3 anos), uma Escola
Municipal de Educação Infantil (para alunos de 4 e 5
anos) e uma Escola Municipal de Ensino Fundamental
(Emef), além de contar com quadra de esportes, teatro, piscina, biblioteca e outros espaços. Localizados
em áreas periféricas da cidade, os CEUs são abertos
aos moradores da região, apostam em programação
variada e recebem 60.000 pessoas, em média, por mês.
AMAs
Para desafogar o atendimento emergencial nos dezoito hospitais municipais, a prefeitura investiu nas
unidades de Assistência Médica Ambulatorial, as chamadas AMAs. Ali, os paulistanos podem ser atendidos
sem marcação prévia de consulta. Desde o início da
gestão Kassab foram inauguradas 107 AMAs tradicionais e dezenove AMAs Especialidades, que se ocupam
de ramos da medicina, como urologia e cardiologia.
Cerca de 800.000 pessoas são atendidas na rede por
mês. O tempo de espera, que pode chegar a duas horas, ainda é um problema em algumas unidades, caso
de Paraisópolis. Em compensação, o número de médicos contratados pela prefeitura aumentou. Em 2004,
eram 8.606. Hoje, são 14.294.
Teatro Municipal
Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 1911, o Teatro Municipal havia passado por
apenas duas reformas, a primeira encerrada em 1955
e a segunda em 1988. Para celebrar seu centenário,
uma obra de restauração começou a ser executada
em 2008 com um investimento de 30 milhões de
reais (85% desse valor proveniente de empréstimo
do Banco Interamericano de Desenvolvimento e 15%
da prefeitura). O foco foi modernizar a estrutura interna e recuperar o visual original (as poltronas, por
exemplo, voltaram a ser forradas de vermelho, como
eram até 1985). Só o palco, que recebeu atualização
tecnológica, consumiu quase 70% dos recursos. A vizinha Biblioteca Mário de Andrade, com um acervo de
3,5 milhões de itens, também passou por reforma, ao
custo de 16,4 milhões de reais. Sua seção circulante,
com 42.000 volumes, voltou a funcionar em 2010. O
anexo, com 12.000 periódicos, será inaugurado até o
fim do ano. “Esse material estava desde 1965 em um
depósito, sem que a população tivesse acesso a ele”, conta o Secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil.
Parques
De 2005 para cá, o número de áreas verdes quase
triplicou — hoje o total é de 85 parques (30 milhões
de metros quadrados). A promessa é atingir 100 uni-
13
dades até o fim do ano. Uma das preocupações foi
com a distribuição dos parques por todas as regiões
do município. “Eles estavam muito concentrados na região central, não existia nenhum, por exemplo, para os
800.000 habitantes do Grajaú, no extremo da Zona Sul”,
afirma o secretário do Verde e do Meio Ambiente,
Eduardo Jorge. “Hoje há pelo menos um em todas as
subprefeituras.” Essa rápida expansão vem sendo alvo
de críticas. Especialistas dizem que, no afã de obter
resultados quantitativos, a administração municipal
criou alguns projetos mal executados. Se eles simplesmente não existissem, porém, seria pior.
Restrição a caminhões
Criada em 1986, a chamada Zona de Máxima Restrição de Circulação proibia o tráfego de caminhões
durante o período diurno numa área de 11 quilômetros quadrados. A partir de 2007, o cerco foi sendo
gradativamente apertado. Em novembro daquele ano,
a área passou a abranger 25 quilômetros quadrados.
Em junho de 2008, foi ampliada para 100 quilômetros
quadrados, o que corresponde a quase todo o centro expandido. Depois de um ano, a CET registrou
uma redução de 28% no número de caminhões que
circulam na cidade (a frota gira em torno de 160.000
veículos). Em 2010, a proibição se estendeu à Marginal
Pinheiros e a outras avenidas importantes, como a
Bandeirantes, e em 2011 incluiu um trecho da Radial
Leste. Em março, a restrição chegou à Marginal Tietê
e a várias outras avenidas, como a do Estado, a Salim
Farah Maluf e a Luís Inácio de Anhaia Melo. Os cargas-pesadas contra-atacaram. Promoveram greve de
dois dias e interromperam parte do fornecimento de
combustível. Ameaçaram paralisar a cidade. Mas a cidade não parou.
Ciclofaixas
Em 2006, havia menos de 30 quilômetros de ciclovias na capital. Hoje são 54. Para aumentar a malha
(atualmente com 197 quilômetros), foram criados 81
quilômetros de ciclofaixas de lazer, que funcionam
aos domingos. A mais recente é a que liga a Avenida Paulista ao centro, com 9,5 quilômetros. Mesmo
com o inegável avanço, o desempenho ainda é tímido
se comparado ao de outras cidades que apostam na
bicicleta, como Bogotá (Colômbia), que possui 344
quilômetros.
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
...E OS PONTOS NEGATIVOS
Iluminação Pública
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Com o crescimento da frota — hoje de 7 milhões
de veículos, ou 32% maior do que em 2006, quando
Kassab assumiu o cargo —, o índice médio de congestionamentos entre 17 e 20 horas subiu de 108 quilômetros em 2011 para 123 quilômetros neste ano.
Responsável pela área, a Companhia de Engenharia
de Tráfego (CET) anunciou em 2009 um projeto de
melhorias na circulação de veículos em quinze pontos
de congestionamentos crônicos. Até agora, só quatro
foram concluídas: na Estrada Itaquera - Guaianases e
nas avenidas Dom Pedro I, Aricanduva e do Estado.
Praça Morangaba, no Jardim Paulistano: às escuras (Foto:
Gabo Morales/Folhapress)
O Plano de Metas previa que 260.000 lâmpadas de
mercúrio seriam substituídas em toda a cidade a partir de 2009 por similares de vapor de sódio, mais eficientes. Cerca de 100.000 foram efetivamente trocadas, ou 38% do total planejado. Segundo a prefeitura,
a troca já beneficiou 2,8 milhões de pessoas. Outro
objetivo não cumprido no setor, este com números
mais próximos do prometido, é o que estipulava a
instalação de 16.000 novos pontos de iluminação. Até
agora, foram colocados 13.500 pontos, ou 84% da
meta. Essa quantidade representa um terço do realizado desde 2005. No período, a capital ganhou 40.000
novos pontos de luz e teve 282.000 renovados.
Corredores de Ônibus
A promessa era construir 66 quilômetros de corredores de ônibus na segunda gestão. Nenhum será
entregue. Os 31 quilômetros previstos para a Avenida Celso Garcia, na Zona Leste, por exemplo, foram
abandonados. “Resolvemos substituir por metrô, que beneficia mais pessoas, mas exige tempo maior de execução”, diz o secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco. Desde 2006, só 11,8 quilômetros de
corredores foram inaugurados: Expresso Tiradentes
e Vereador José Diniz. Há 68,5 quilômetros em fase
de licitação.
Trânsito
Trata-se de um dos piores e mais persistentes problemas da capital, infernizando a vida de todos os moradores, sem distinção de classe, afetando a economia
e aumentando a poluição do ar, entre outros efeitos
terríveis: uma pesquisa do Ibope e da Rede Nossa
São Paulo divulgada neste mês revelou que 80% dos
paulistanos consideram o trânsito ruim ou péssimo.
Avenida do Estado: congestionamentos constantes (Foto:
Ivan Dias)
Outros sete pontos estão em obras e em três elas
estão prestes a se iniciar. Um, na Avenida Rebouças,
próximo à Alameda Jaú, é o mais atrasado. Três novas
faixas para motos também haviam sido anunciadas,
mas apenas uma ficou pronta, na Rua Vergueiro. “As
motofaixas aumentaram o número de acidentes, e decidimos abandonar os projetos”, diz o secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco. Foram prometidos
também 288 novos dispositivos eletrônicos, dos quais
183 (cerca de 64%) chegaram às ruas.
Pontes e viaduto
Ponte dos Remédios: o muro despencou em novembro
(Foto: Fernando Moraes)
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
No Plano de Metas, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras anunciava que iria realizar reformas em
trinta pontes e viadutos da cidade. Até o momento,
no entanto, apenas nove delas foram finalizadas —
como as nos viadutos Olavo Fontoura (Casa Verde)
e Florêncio de Abreu (Sé) e na Ponte do Limão —,
o que representa menos de 30% de conclusão nas
obras. A prefeitura, no entanto, afirma que o índice de
eficácia desse objetivo é de quase 50%, por causa de
trabalhos que já estão em andamento. Em novembro
de 2011, cerca de 30 metros do muro de proteção da
Ponte dos Remédios, na Lapa, despencaram sobre o
Rio Tietê — o local foi recentemente reformado.
Hospitais
A cidade de São Paulo não ganhava um novo hospital
municipal havia dezessete anos até a inauguração da
unidade Cidade Tiradentes, na Zona Leste, em 2007.
Erguida ao custo de 84 milhões de reais, ela tem 223
leitos e capacidade para 25 000 pacientes por mês.
Em 2008, foi aberto o Hospital M’Boi Mirim, com 297
leitos. A prefeitura ainda inclui na conta os hospitais
São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (que seria fechado, mas
foi municipalizado em 2008, com 186 leitos), Santo
Antônio (particular, mas que passou a atender pelo
SUS neste ano) e Sorocabana (que está em obras e
deve ser entregue até dezembro). Após a reeleição,
houve pouca novidade na área. Dos três hospitais que
estavam previstos no Plano de Metas para a gestão
— na Freguesia do Ó, na Capela do Socorro e no
Carrão —, nenhum será entregue. “Os três prédios estão em fase de desapropriação, mas é difícil que sejam
adequados até o fim do ano”, diz o secretário de Saúde,
Januario Montone.
Corrupção
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Funcionário da prefeitura por 39 anos, diretor do
Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov)
desde 2005 e responsável por emitir as licenças para
empreendimentos a partir de 500 metros quadrados,
Hussain Aref Saab foi acusado de receber propina —
em dinheiro vivo ou em apartamentos — para deixar passar obras irregulares. Assim, com seu salário
mensal de 8.000 reais, teria acumulado 111 imóveis.
Há a suspeita do Ministério Público de que cerca de
100 deles foram adquiridos depois que ele assumiu
o Aprov. Os valores dos negócios também são suspeitos. Segundo o Ministério da Fazenda, Aref pagou
apenas 10.000 reais por um terreno de 1 395 metros
quadrados em Moema. A denúncia chegou à prefeitura por meio de uma carta anônima encaminhada a
Kassab no fim de fevereiro. “A corregedoria do município começou a apurar o caso em seguida”, diz Kassab.
Em julho, o próprio prefeito foi incluído na investigação do MP.
UMA RELAÇÃO DE ALTOS E BAIXOS
O índice de aprovação de Kassab (porcentagem de
“bom” e “ótimo”) nos últimos sete anos e as principais medidas que teriam motivado a oscilação.
Maio/2006:
10% - primeira pesquisa após dois meses de mandato
Março/2007:
15% - implantação da Lei Cidade Limpa
Julho/2007:
30% - inauguração do Hospital Cidade Tiradentes, o
primeiro a ser aberto em dezessete anos
Outubro/2008:
61% - reeleição
Dezembro/2009:
39% - enchentes na Zona Leste
Março/2010:
34% - reajuste nas tarifas de ônibus e do IPTU
Março/2011:
29% - criação do PSD, partido do qual é presidente.
Janeiro/2012:
22% - início da Operação Cracolândia
Junho/2012:
24% - denúncia de corrupção na Secretaria de Habitação
Aref: salário de 8.000 reais e patrimônio de 50 milhões
(Foto: Divulgação)
Setembro/2012:
20% - hoje, em meio à campanha eleitoral, quando a
oposição concentra críticas à sua gestão.
Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP
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DOC OFICIAL DA CIDADE DE SÃO PAULO
DIÁRIO
02/10/12
COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRAFEGO
GABINETE DO PRESIDENTE
EXPEDIENTE Nº 0646/12
FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO Nº 107/12 –
celebrado com a empresa ROUPAS PROFISSIONAIS
MUNOZ ACUNA IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA, CNPJ nº 72.995.418/0002-78, para o
fornecimento de EPI’S para motociclistas, item 01,
sendo: 300 (trezentas) jaquetas de couro, 600 (seiscentas) luvas de napa vacun e 600 (seiscentos) capuz de
lã, para motociclistas, para atender às necessidades da
CET, pelo valor total de 114.498,00 (cento e quatorze
mil, quatrocentos e noventa e oito reais) e prazo total de
06 (seis) meses, contados a partir da data da assinatura do contrato, nos termos do disposto no Decreto
Municipal nº 44.279/03, na Lei Municipal nº 13.278/02
e Lei Federal nº 8.666/93 com suas alterações. Formalizado em 28/09/12.
EXPEDIENTE Nº 0646/12
FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO Nº 108/12 –
celebrado com a empresa UNIFORMES CAMPINAS
EIRELI - EPP, CNPJ nº 01.703.270/0001-21, para o fornecimento de EPI’S para motociclistas, item 02, sendo:
299 (duzentos e noventa e nove) capacetes de motociclistas, para atender às necessidades da CET, pelo
valor total de R$ 45.920,42 (quarenta e cinco mil, novecentos e vinte reais e quarenta e dois centavos) e prazo
total de 06 (seis) meses, contados a partir da data da
assinatura do contrato, nos termos do disposto no
Decreto Municipal nº 44.279/03, na Lei Municipal nº
13.278/02 e Lei Federal nº 8.666/93 com suas alterações. Formalizado em 28/09/12.
Fale
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