Clipping_039
Transcrição
Clipping_039
DR Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP Nº 39 GESTÃO DIGNIDADE E RESPEITO Notícias da semana Trânsito SP O Estado de São Paulo, 02/10/12 Frota das capitais quase dobra em 10 anos; SP ganha 3,4 mi de veículos A frota das 12 principais capitais do Brasil praticamente dobrou em dez anos. O crescimento médio no número de veículos foi de 77%, sem que a infraestrutura viária e os órgãos de controle do trânsito acompanhassem o ritmo. Em São Paulo, a metrópole que mais ganhou carros em números absolutos, as ruas receberam 3,4 milhões entre 2001 e 2011. As 12 principais metrópoles somam 20 milhões de veículos, o que corresponde a 44% da frota nacional. A conta é do Observatório das Metrópoles e usa dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Segundo o elaborador do estudo, o pesquisador Juciano Martins Rodrigues, foram analisadas informações de 253 municípios. “Usamos os critérios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para selecionar as capitais de Estado que formavam regiões metropolitanas”, afirma. São Paulo e Rio, capitais que já tinham as maiores frotas de carros do País, ficam nas últimas posições do ranking elaborado pelo estudo - que classifica o crescimento de frota de acordo com o crescimento relativo, ou seja, pelo porcentual de aumento do número de carros. O Rio é o lanterna: crescimento de 67%, embora isso signifique acréscimo de 1 milhão de carros no período. Já São Paulo teve crescimento populacional de 7,9% na década, segundo dados da Fundação Seade - e o porcentual de aumento de carros foi de 68,2%. Com o critério porcentual, a região metropolitana de Manaus é a campeã. O aumento da frota foi de 141,9%. A cidade ganhou 209 mil veículos (saltou de 147 mil, em 2001, para 357 mil). As capitais não estavam preparadas para receber tantos carros a mais. Em São Paulo, por exemplo, em 2001 havia 1,2 mil agentes da Companhia de Engenha- 05/10/2012 ria de Tráfego (CET) orientando o trânsito nas ruas. De lá para cá, mesmo com dois concursos públicos para marronzinhos, esse número não chega a 2 mil. A principal obra viária no período foi a ampliação da Marginal do Tietê, que trouxe mais três pistas para a via expressa. Nesse período, a velocidade média dos carros no horário de pico, medida pela CET no Corredor Eusébio Matoso-Rebouças-Consolação, caiu de 17,9 km/h para 7,6 km/h. O crescimento da frota de veículos é um fenômeno que vem sendo notado há alguns anos, mas ainda não havia sido analisado como o Observatório das Metrópoles fez. Para especialistas e autoridades, o avanço resulta de três fatores: aumento da renda da população (especialmente da classe C), reduções fiscais do governo federal e facilidades de crédito promovidas pelos bancos. O gerente aposentado Pedro Manzoni, de 73 anos, é um exemplo. Dono de um Corsa zero-quilômetro, diz trocar de carro a cada vez que o veículo atinge 20 mil km rodados. “Já cheguei a ter cinco em casa, quando os filhos moravam comigo. Hoje, tenho apenas o meu, mas os filhos continuam com os deles.” Redesenho. O arquiteto e urbanista Benedito Lima de Toledo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), afirma que, em São Paulo, o núcleo viário central da cidade não acompanhou o crescimento da frota. “E isso não é desejável”, afirma. Para ele, a cidade não pode ser redesenhada para se adequar ao número de carros. “Isso tem um preço social altíssimo, e a conta é paga por todos, não só por quem tem carro.” Para Toledo, os ajustes que precisam ser feitos para minimizar o trânsito caótico passam não só pelo aumento da malha do Metrô, mas por um replanejamento das áreas de paradas metroviárias. “As estações precisam ter comércio, prestação de serviço. Não ser uma 25 de Março, mas lojas que atendam às necessidades básicas das pessoas.”. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP ELEIÇÕES SP Veja São Paulo, 28/09/12 Cinco rumos para São Paulo Os principais candidatos a prefeito se posicionam sobre temas polêmicos e apresentam as propostas que pretendem implantar em sua administração caso sejam eleitos . 2 das séries? No fim dos principais blocos de perguntas, especialistas dessas áreas analisaram a viabilidade das propostas mais importantes. As páginas a seguir apresentam o rumo para o qual cada um dos prefeituráveis pretende direcionar a capital nos próximos anos. QUAL SERÁ SUA PRIMEIRA DECISÃO AO CHEGAR À PREFEITURA? Celso Russomanno (PRB) “Sairei pelas ruas para fazer uma radiografia do que está acontecendo na saúde. Conversarei com gestores e convênios e darei a eles 24 horas para me apresentarem uma solução para o que não estiver indo bem.” Fernando Haddad (PT) “Cuidarei da desapropriação de terrenos para construir 172 creches e os três hospitais públicos prometidos pela gestão atual.” Na ilustração, Soninha, Serra, Russomanno, Haddad e Chalita: uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos (Foto: Sattu ) A uma semana do primeiro turno do pleito municipal, marcado para o próximo dia 7, a temperatura da corrida está mais alta do que nunca, com ataques dos mais diversos gêneros entre os concorrentes. Essa situação é decorrência de uma das eleições mais acirradas dos últimos tempos. Segundo a pesquisa do Ibope divulgada na terça passada (25), Celso Russomanno, do PRB, permanece na dianteira, com 34% das intenções de voto. O petista Fernando Haddad (18%) e o tucano José Serra (17%) travam uma dura batalha para ver quem vai enfrentá -lo no segundo turno. Mais distantes desse pelotão se encontram Gabriel Chalita (7%), do PMDB, e Soninha Francine (4%), do PPS. Nas duas últimas semanas,VEJA SÃO PAULO conversou com esses cinco principais candidatos à sucessão de Gilberto Kassab a respeito de suas ideias para os principais problemas da cidade. Além de falarem dos princípios que vão nortear sua administração em áreas como saúde, segurança, educação e trânsito, eles foram questionados sobre temas objetivos ligados ao dia a dia da metrópole, mesmo os mais polêmicos. Admitem instituir o pedágio urbano como forma de amenizar os congestionamentos? Pretendem manter nas escolas municipais o princípio da progressão continuada, que acaba com a repetência na maior parte José Serra (PSDB) “Farei uma reforma administrativa, que terá entre as medidas a criação da Secretaria de Licenciamento — um balcão único para aprovação de empreendimentos, combatendo a burocracia e a corrupção.” Gabriel Chalita (PMDB) “Reduzirei o número de secretarias de 27 para cerca de dezesseis, unindo áreas correlatas e extinguindo, por exemplo, a Secretaria de Articulação para a Copa do Mundo.” Soninha Francine (PPS) “Tentarei acabar com as filas nos consultórios públicos da cidade em no máximo um mês, com o pagamento de hora extra aos médicos e o reforço de hospitais estaduais e federais.” Aula em colégio municipal: avanços em ritmo lento Foto: Rodrigo Capote/Folhapress Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 3 DE QUE FORMA VAI MELHORAR O DESEMPENHO DAS ESCOLAS? RETOMARIA A POSSIBILIDADE DE REPETÊNCIA? A nota do 5º ano do ensino fundamental no indicador Ideb, do MEC, continua aquém da meta estabelecida para a cidade (4,9) Hoje, com a progressão continuada, a reprovação do aluno do ensino fundamental só pode ocorrer no 5º e no 9º ano Russomanno “O método das aulas pode ser o mesmo, mas cobrando mais na avaliação e aprimorando o acompanhamento. Os responsáveis pela criança vão receber o boletim em casa e serão chamados à escola. Muitos pais e mães na periferia, até por falta de conhecimento, não têm condição de ajudar o filho a estudar. Por isso, ele terá professor assistente no contraturno, como nos colégios particulares.” Russomanno “Sim. Todos os alunos devem ser submetidos a provas (com possibilidade de repetência), inclusive os do 1º ano do ensino fundamental.” Haddad “A implantação das escolas em tempo integral é uma das principais medidas, assim como o forte investimento na educação infantil. Em cada subprefeitura, haverá um polo de apoio a professores da rede pública, inclusive da estadual, que queiram fazer mestrado e doutorado. O país tem cumprido a meta do Ideb, mas São Paulo não. Complementarei tudo isso com a construção de vinte CEUs.” Serra “O ensino municipal ainda está em fase de reconstrução, devido ao grande estrago feito em quadriênios anteriores. Acabaram problemas como alunos em escola de lata, por exemplo. Ao mesmo tempo, colégios foram construídos, o número de horas diárias passou de quatro para cinco por dia e os professores ganharam bons aumentos.Vamos aprimorar, reforçando esse trabalho, que está no caminho certo.” Chalita “Implantarei, aos poucos, o período integral, além de criar cursos de aperfeiçoamento para os docentes. Muitos querem aprender a dar aulas na língua dos sinais para surdos e mudos, por exemplo, e não têm a quem recorrer.” Soninha “Há várias entidades que militam na área de forma voluntária: um sindicato que cede uma sala, uma associação de moradores que dá aulas... É preciso unir toda essa rede de voluntariado em uma parceria com recurso público para um mutirão.” Haddad “Sim, daria a possibilidade ao professor, mas acho que as escolas de tempo integral põem uma pá de cal sobre esse assunto, ao melhorar o ensino com aulas de xadrez e teatro, por exemplo, que auxiliam no aprendizado.” Serra “Eu não teria instituído a progressão continuada, mas não mudaria neste momento, pois haveria grande inchaço de alunos no sistema. O tempo é de concentração de esforços para a recuperação dos estudantes e a reposição de aulas.” Chalita “Sim, mas não deverá ser necessário repetir. Numa escola com tempo integral, é impossível que o aluno não aprenda de fato, com tratamento diferenciado, aulas de reforço.” Soninha “Manterei o ciclo apenas no 1º e no 2º ano, investindo em aulas de reforço em vez de fazer a criança voltar ao ponto zero. No ensino médio, considero a possibilidade de carregar ‘DP’ de matérias, como nas faculdades.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA Para Neide Noffs, da Faculdade de Educação da PUC-SP, falta resolver o alto custo das propostas. “No caso da implantação do tempo integral em toda a rede pública municipal, o orçamento teria de ser multiplicado e nenhum dos candidatos diz claramente de onde vai tirar esses recursos”, afirma ela. A especialista reconhece o sucesso na extinção de problemas como a escola de lata na gestão atual (“Uma obrigação, por se tratar de um absurdo”) e vê equívoco na ideia de Soninha de financiar voluntários. “É preferível remunerar melhor um serviço mais profissional, universitários que dão aula como atividade de estágio”, exemplifica. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 4 APROVARÁ CICLOVIAS EMAVENIDAS COMO A PAULISTA? Nessas vias, a gestão atual tem priorizado ciclofaixas de lazer em vez de circuitos permanentes Russomanno “Sim, desde que não haja um transtorno no trânsito. A proposta precisa ser estudada pela CET para ver qual o impacto.” Marginal Pinheiros, 1º de junho: dia de maior congestionamento da história da cidade, com 295 quilômetros (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress) Haddad “Não. As vias secundárias, com menor velocidade, são mais seguras, com possibilidade de reduzir a velocidade máxima sem prejudicar o trânsito.” O QUE FARÁ PELA FLUIDEZ DO TRÂNSITO? Serra “Não. Há lugares melhores para ciclovias permanentes, como os canteiros das marginais, mas não no meio de carros em alta velocidade.” Com uma frota de 7,3 milhões de veículos, a cidade está parando, literalmente. A velocidade média no pico da tarde (das 17h às 20h) caiu de 18,8 km/h para 16,8 km/h entre 2007 e 2011 Chalita ”Não por enquanto. Acho ainda ousado imaginar uma faixa definitiva na Paulista. Mas criaria muitas ciclovias nas periferias.” Russomanno “O alargamento de vias como a Radial Leste, para evitar que a cidade pare na Copa, e possivelmente de estradas como a do M’Boi Mirim. Mas ainda estamos estudando o que dá para fazer.” Soninha “Sim. Na Paulista, imagino uma ciclofaixa estreitando as faixas dos carros e diminuindo sua velocidade média. A 23 de Maio e a Avenida Brasil poderiam ter ciclovia no canteiro central.” Haddad “Recuperar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que está perdendo sua efetividade, com bons engenheiros, capacitação de agentes e reforço do trabalho nos bairros, onde o órgão hoje é inoperante, provavelmente com aumento de efetivo. E fazer corredores de ônibus.” Serra “Arrumar os faróis, tornando-os mais inteligentes, um processo já em andamento, embora na fase inicial. Além disso, enquadraria a Eletropaulo, contra a falta de energia nos semáforos. A empresa é uma má parceira da cidade.” Chalita “A medida mais rápida é trocar todos os semáforos da metrópole por equipamentos com sistema mais inteligente. Além disso, é preciso organizar os tempos para que os ônibus sempre encontrem sinal verde nos corredores.” Soninha “Corredores de ônibus. Trocaria dez veículos que estão lá por um grande biarticulado, com pagamento da passagem no ponto, como acontece em Curitiba. E programar os semáforos para favorecer coletivos no cruzamento.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA Engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg vê no investimento pesado em transporte público, especialmente em novas linhas de metrô e em mais corredores de ônibus, a única saída para o nó do trânsito paulistano. “Alargar avenidas é uma bobagem, porque as vias se comunicam”, diz ele. “Se a rua adiante estiver parada, a Radial Leste vai travar também. Implantar mais semáforos inteligentes é bom, mas de efeito limitado, pois eles não engolirão os carros. Além disso, reforçar a atuação da CET na periferia só é possível se você aumentar muito o contingente.” Em relação às ciclovias: “As propostas são totalmente desvinculadas do conhecimento técnico. Só funcionariam se diminuíssem ainda mais as faixas para carros, o que é impensável na maioria das vias. E imagine uma ciclovia na 23 de Maio. O ciclista correria sérios riscos tentando chegar até ela, passando por carros em alta velocidade”. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 5 INVESTIRÁ NO METRÔ, QUE É UMA ATRIBUIÇÃO ESTADUAL? SIM Russomanno “Cobrando prazos e com multas para falhas.” Haddad “Mas a prefeitura deve participar da estratégia e cobrar o governo.” Taxa de inspeção veicular: dois candidatos usariam o recurso do IPVA (Foto: Mario Rodrigues) MANTERÁ ATAXA DE INSPEÇÃOVEICULAR? SIM Serra “O serviço tem custo. A gratuidade é uma ilusão: todos pagariam com impostos. Até quem não tem carro.” Chalita “Mas diminuiria o valor de 44,36 para 6 reais.” Serra “Dá para manter em 1 bilhão de reais a cada quatro anos, como fez Kassab.” NÃO Soninha “A contribuição é pequena para o metrô e faz falta para os ônibus.”. TALVEZ Chalita “Só se fosse muito necessário. O dinheiro é mais útil no ônibus” Soninha “Cobraria a taxa, mas devolveria parte dela aos veículos aprovados.” NÃO Russomanno “O município já recebe parte do IPVA, que será usado para bancar a inspeção.” Haddad “O recurso viria do IPVA.” COGITA CRIAR O PEDÁGIO URBANO? SIM Soninha “Desde que aprovado em plebiscito.” NÃO Russomanno “Sou contra o aumento de taxas.” Haddad “Precisamos dar opções no transporte público.” Serra “Muitas pessoas passariam a circular com carro com placa de outras cidades.’’ Chalita ”Só os ricos se beneficiariam, pois pagariam sem problemas.” Coletivo articulado: a defesa da ampliação de corredores é unânime entre os candidatos (Foto: Fernando Moraes) COMO TORNAR OS ÔNIBUS RÁPIDOS E CONFORTÁVEIS? Russomanno “Farei mais corredores, em sistema no qual o semáforo fica aberto à medida que os ônibus chegam.Vamos mudar a frota: todos os veículos terão piso baixo e ar-condicionado. Nos horários de pico, serão mais numerosos.” Haddad ”Com a gestão dos corredores, por meio de estratégia para racionalização do sistema. Há sobreposições de linhas que fazem cair a velocidade e, por consequência, diminuir o número de passageiros e aumentar os custos.” Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 6 Serra “Implantarei corredores em lugares estratégicos. O mais óbvio é o da Avenida Radial Leste. Também farei o rearranjo de linhas. Mas a melhora só se concretizará com o incentivo ao transporte sobre trilhos, com o monotrilho.” Chalita “A prioridade para melhorar é promover o aumento da velocidade dos ônibus. Criarei o Expresso Radial, com uma faixa exclusiva, que vai sem paradas de Itaquera até o centro, encontrando sempre o sinal aberto.” Soninha “Precisamos criar linhas onde não há, com trechos diretos em alguns lugares, evitando paradas. É também muito importante incentivar empregos nos bairros e moradia no centro, não só com incentivo fiscal, mas com infraestrutura urbana.” E QUAIS OS PLANOS PARA A TARIFA? Russomanno “Vou congelar o preço. Hoje são cerca de 800 milhões de reais anuais em subsídio. Se a recarga for feita por celular, ficará mais barata e sobrará dinheiro.” Haddad “Não reajustarei o bilhete acima da inflação. Mas o gasto do passageiro vai diminuir com o desconto do bilhete único mensal, que implantarei na prefeitura.” Serra “Não haverá aumento acima da inflação. Quem promete congelar a tarifa terá de aumentar o subsídio em quase 1 bilhão de reais a cada ano.” Chalita “Congelaria o preço e criaria o Bilhete Único da Educação, com o qual o estudante de baixa renda não paga a passagem, sendo tudo custeado por subsídios.” Soninha “Tentaria congelar o valor, pois, com a melhora de eficiência, você economiza combustível e atrai mais gente para pagar a passagem.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA “Não existe mágica”, afirma Creso de Franco Peixoto, professor da FEI e especialista em transportes. “É possível dar descontos, congelar a tarifa e criar até o bilhete gratuito, desde que a prefeitura assuma que isso acarretará aumento significativo de impostos. É um pedágio urbano às avessas. Da mesma forma, os corredores são boas medidas, creio que melhores que os monotrilhos, mas tirarão faixas de carro, o que também deve ficar claro.” Santa Casa de Misericórdia: parceiros recebem verba para fazer consultas e cirurgias (Foto:Vivi Zanatta) MANTERÁ CONVÊNIOS DE SAÚDE COM ENTIDADES PRIVADAS? Nas chamadas Organizações Sociais de Saúde (OSS), entidades particulares como o hospital Santa Marcelina cuidam do atendimento de parte da população em bairros da periferia. Russomanno “Sim, mas nós vamos fiscalizar e, se não estiverem funcionando, romperemos o contrato e faremos parcerias com outras entidades ou passaremos para administração direta. A diferença para os outros candidatos é que vou para a rua tomar providências e punir. Hoje, a maioria desses convênios não funciona bem.” Haddad “Os contratos serão mantidos, mas não ampliaria os convênios. Embora veja as parcerias público-privadas com bons olhos, implantarei uma gestão totalmente governamental nos novos hospitais que serão construídos, até para haver comparação entre os dois modelos.” Serra “Sim, são entidades sérias, de qualidade, como Santa Marcelina, Unifesp e Santa Casa. A ampliação do sistema é fundamental para criarmos novas unidades das AMAs, oferecendo cada vez mais um serviço gratuito e de qualidade. Há problemas em casos isolados, mas isso pode ser aperfeiçoado com mais planejamento e comparação de custos.” Chalita “Sim. Do contrário, haveria um caos na saúde. Há conveniadas, como a Santa Casa, que fazem um trabalho fantástico. O problema mais grave é não informatização da saúde, o que hoje é básico em medicina, para que os profissionais tenham nas mãos, por exemplo, o histórico do paciente.” Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 7 Soninha ”As irregularidades têm de ser corrigidas, mas isso não é motivo para acabar com os convênios. São administrações comprometidas, com instalações incríveis. É na relação delas com a prefeitura que há problemas. O sistema de marcação de consultas, por exemplo, fica fora do ar com muita frequência.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA Diz Arthur Pinto Filho, promotor de saúde pública, que investiga denúncias em OSS: “Os candidatos parecem ignorar que, se há vantagens, há também muitos problemas em algumas dessas parcerias, como a contratação sem grande rigor e a falta de médicos. Será preciso fazer um pente-fino”. A SAÚDE CONSUMIRÁ MAIS QUE OS ATUAIS CERCA DE 20% DO ORÇAMENTO, SUPERIORES AOS 15% MÍNIMOS PREVISTOS EM LEI? Russomanno “Não precisa. A cidade tem de ser inteligente, para que sobrem recursos. Na saúde, gasta-se muito na emergência em vez de investir na prevenção.” Haddad “Não. O problema da gestão atual é gastar mal o dinheiro. Não existe um bom controle. Tornaria os gastos mais eficientes.” Serra “A tendência na saúde é ocupar 20% do orçamento, levando em conta o crescimento natural da arrecadação. Mas uma grande parcela dos resultados virá da melhora na produtividade.” Chalita “Não acho necessário. Falta boa gestão dos recursos, que não são poucos. É preciso dialogar melhor com os governos estadual e municipal para conseguir verbas.” Soninha “Não. Com o mesmo dinheiro, dá para fazer mais, aumentar o salário de profissionais da saúde, como os fisioterapeutas, que ganham mal. E temos de ir atrás de mais recursos federais disponíveis.” Usuários no centro paulistano: problema difícil de erradicar(Foto: Apu Gomes/Folhapress) QUAIS AS SOLUÇÕES PARA A CRACOLÂNDIA? As ações da Polícia Militar não conseguiram acabar com esse território de uso de drogas a céu aberto. Russomanno “A prioridade é a fiscalização. Você não pode prender o viciado, mas deve apreender a droga, de quinze em quinze minutos, fazendo a pessoa entrar em estado de abstinência. Aí, a prefeitura vai cuidar desse paciente. Quanto à revitalização da área, ela deve ser feita ouvindo-se sempre as associações de bairro e de lojistas.” Haddad “O traficante precisa ser combatido, mas só a repressão não resolve. Farei um programa forte nas áreas sociais e de saúde, com agentes que não sejam passivos e busquem o usuário para que seja internado. Deve haver uma parceria forte com o programa federal Crack, é Possível Vencer, no qual eu acredito muito.” Serra “Na prevenção, criarei uma campanha educativa, mostrando o papel devastador das drogas, com o depoimento de pessoas conhecidas que se livraram do vício. No tratamento, ampliarei parcerias com igrejas e entidades filantrópicas. Na urbanização, remodelarei o Parque Dom Pedro II, por exemplo.” Chalita “Farei convênios com comunidades terapêuticas nas quais se possa deixar alguém internado por nove meses, tempo em que é possível se livrar do crack. Na revitalização da área, ampliarei o perímetro do projeto Nova Luz, pois o empreendedor não se interessará pelo local se ele continuar cercado por região problemática.” Soninha “Ampliarei a rede de atendimento aos usuários de crack, com forte apoio no tratamento e na assistência social. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 8 Existem entidades que ajudam, e é possível trazê-las para trabalhar junto. No centro, é preciso ter gente morando, com subsídios a projetos de construtoras que trabalhem com moradia popular, por exemplo.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA Solange Nappo, pesquisadora do centro de estudos em drogas da Unifesp, concorda que o investimento em prevenção deve ser a prioridade do próximo prefeito. “No geral, achei boas as propostas dos candidatos”, comenta. “Recomendo apenas um maior cuidado nas parcerias com entidades: nem todas são sérias.” Agentes da GCM: discussão sobre o aumento do efetivo (Foto: Almeida Rocha/Folhapress) A PREFEITURA PODE AJUDAR MAIS NA SEGURANÇA? Além da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com 6 000 homens, há a Operação Delegada, programa em que policiais militares servem ao município em seu período de folga, em vez de fazer bicos ilegais Lei antifumo para alguns locais abertos: candidatos se dividem sobre aprovação(Foto: Daniel Barry/Getty Images) APROVARIA LEI ANTIFUMO MUNICIPAL PARA ALGUNS LOCAIS ABERTOS, COMO HÁ EM NOVA YORK? SIM Russomanno “Nos parques, acho natural, mas em outras áreas teria de estudar” Soninha “Apenas nos parques.” NÃO Serra “O momento é de consolidar a restrição em lugar fechado.” Chalita “Já há restrições demais.” TALVEZ Haddad “Não sei. Precisaria estudar melhor.” Russomanno “Combaterei a violência com iluminação pública de qualidade, aumento de contingente da GCM para um total de 20.000 homens até o fim dos quatro anos de governo. Eles ajudarão a Polícia Militar. Para isso, precisaremos reforçar a capacidade de treinar esses profissionais. Hoje é de 1.500 homens por ano.” Haddad “Antes de pensar em ampliar o contingente da GCM, transformaria a guarda em uma polícia realmente comunitária, mais próxima da população dos bairros. Além dessas medidas, os programas sociais benfeitos serão ingredientes fundamentais e efetivos para melhorar a segurança.” Serra “Pode haver algum aumento na GCM, mas investiremos na ampliação da Operação Delegada, de 8.000 para 16.000 homens, uma medida que implantamos com ótimos resultados. Vamos fazer a Virada Social em regiões de alta periculosidade do município, resolvendo questões sociais, e com demonstrações de como a PM opera.” Chalita “Aposto no conceito de guarda de bairro, com inteligência, comunicação eficiente por rádio, e no aumento do efetivo da GCM para 15.000 homens. Iluminar bem a cidade é outro ponto fundamental, para que a população se sinta segura nas ruas, além de integrar as câmeras da prefeitura para monitoramento.” Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 9 Soninha “Aumentaria o contingente da GCM, mas apenas poucos deles andariam armados. Deve ser recuperado o papel de guarda comunitária, atuando não como força que se confunde com a polícia, mas como aquela que conhece as pessoas pelo nome e percebe movimentos estranhos no lugar, mediando conflito entre vizinhos.” COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA “A GCM existe para proteger o patrimônio público, e não para o papel de polícia. Por isso, não faz sentido falar no aumento de seu contingente para melhorar a segurança. A Operação Delegada é um recurso mais adequado”, diz Christiano Jorge Santos, professor de direito penal da PUC-SP. QUAL SUA META PARA A RECICLAGEM DO LIXO, HOJE EM 2% DO TOTAL? * * Apenas 20% do lixo pode ser reciclado Russomanno “Quero sair do governo de São Paulo com 100% da coleta reciclada na cidade e com o lixo molhado, com chorume, como fonte de gás.” Haddad “A meta é de 10%. Pretendo combinar o respeito às cooperativas, que têm funcionado bem, organizando os catadores em torno delas, com inovações tecnológicas.” Serra “A meta é reciclar entre 10% e 20% e evitar na coleta a mistura com o lixo orgânico, que prejudica o reaproveitamento dos materiais.” Chalita “Não temos meta, mas é possível ampliar a reciclagem com várias medidas, como apoio às cooperativas, garantindo a compra dos materiais menos valiosos e promovendo cursos de aperfeiçoamento.” Soninha “Não tenho uma meta, mas investirei numa estrutura muito melhor para as cooperativas. Os catadores vão usar veículos elétricos. O ser humano não nasceu para puxar carroça.” Shopping Paulista: um dos endereços suspeitos de pagar propina (Foto: Marcelo Donatelli/Divulgação) COMO MORALIZAR A EMISSÃO DE ALVARÁS? Denúncias sobre a aprovação de obras chamaram atenção para as oportunidades de corrupção nas licenças. Russomanno “Vamos informatizar o processo, com pedidos transparentes, pela internet, que fiquem visíveis para toda a sociedade acompanhar. Quando você diminui esses contatos pessoais, coíbe a corrupção.” Haddad “Vou transferir a aprovação de projetos para a Secretaria de Desenvolvimento, ligada ao meu gabinete. Criarei também a Controladoria-Geral do Município, para mapear as vulnerabilidades da máquina e ver onde é necessário fazer controles mais específicos.” Serra “Haverá um balcão único para fazer os diversos licenciamentos — tudo informatizado. Além disso, engenheiros responsáveis pelas obras devem ser responsabilizados em caso de irregularidades, com possibilidade de ter o registro cassado.” Chalita “Com tecnologia. Há que se criar uma espécie de Poupatempo da pessoa jurídica, com todos os órgãos concentrados no mesmo local. Se se vai fazer um show da Madonna, não é preciso correr para um monte de secretarias para viabilizá-lo. Além disso, sou a favor da anistia a quem construiu de forma errada, já que boa parte da cidade está nessa situação.” Soninha “Simplificando as regras, que hoje são incompreensíveis e favorecem a corrupção. Com a desburocratização, não será preciso procurar um engenheiro da prefeitura por causa de um mero detalhe na modificação da planta original de uma casa.” Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA “A informatização já está em curso e realmente funciona pela transparência”, avalia o promotor José Carlos Freitas, do ministério Público da Habitação. “A formação de um balcão único evitaria o trâmite interminável da documentação. Já a punição dos engenheiros não é competência do prefeito, mas do órgão de classe. E a criação de uma controladoria seria mais um cabide de empregos.” 10 Veja São Paulo, 28/09/12 A cidade que Kassab nos entrega Com avanços em áreas importantes, mas a popularidade em queda, o prefeito deixa o cargo após quase sete anos consecutivos de gestão. QUIZ PAULISTANO Os candidatos responderam a um teste-surpresa sobre números da cidade. Serra e Haddad foram mais precisos. Russomanno se saiu pior. Chalita, que foi secretário estadual de Educação, errou o valor do salário dos professores. 1. Preço da passagem de ônibus Russomanno: “R$ 3,00” Haddad: “R$ 3,00” Serra: “Acho que R$ 3,00,como no Metrô” Chalita: “R$ 3,00” Soninha: “R$ 3,00” Resposta — R$ 3,00 2. Salário-base de professor municipal Russomanno: “Depende. Há várias faixas” Haddad: “2.600 reais” Serra: “2.600 reais” Chalita: “1.800 reais por 40 horas” Soninha: “Mais de 2.000 reais” Resposta — 2.600 reais (40 horas) 3. Déficit oficial de vagas em creches Russomanno: “145.000” Haddad: “150.000” Serra: “150.000” Chalita: “140.000” Soninha: “140.000” Resposta — 145.000 4. Número de parques municipais Russomanno: “Não me lembro” Haddad: “Difícil responder, porque muitas dessas áreas mais parecem praças” Serra: “83” Chalita: “Não sei” Soninha: “Chegando à meta, de 100” Resposta — 85 5. Frota de veículos Russomanno: “Não me lembro” Haddad: “7 milhões” Serra: “7 milhões” Chalita: “7 milhões” Soninha: “Mais de 6 milhões” Resposta — 7,3 milhões Kassab: uma série de altos e baixos durante seus sete anos de gestão (Foto: Ilustração Sattu ) No dia 31 de março de 2006, Gilberto Kassab assumiu a prefeitura de São Paulo como um desconhecido para a maioria dos paulistanos. Podia andar na Avenida Paulista sem ser incomodado. Vice em 2004, herdou o cargo quando o então prefeito, José Serra, se candidatou ao governo do estado. À sombra política do tucano, no começo do mandato o engenheiro civil e economista de esbugalhados olhos azuis, 1,83 metro, em luta permanente com a balança e com uma vida pessoal discreta decidiu manter projetos e boa parte da equipe de Serra. Sua gestão ganhou luz própria e reconhecimento popular quando emplacou, em 2007, uma lei corajosa que iria revolucionar a paisagem da cidade. Com o objetivo de reduzir a poluição visual, a Lei Cidade Limpa baniu os outdoors e painéis das ruas, além de estabelecer regras duras para letreiros de estabelecimentos comerciais. Empresários e publicitários tentaram derrubar a medida, sem êxito. Em seis anos, 3,4 milhões de anúncios e placas foram retirados e 216 milhões de reais arrecadados em multas. A iniciativa mereceu destaque até no jornal The New York Times e, recentemente, recebeu um prêmio na Alemanha. Lei na qual quase ninguém botava fé, ela pegou — e se refletiu imediatamente na avaliação positiva do prefeito, que registrou inéditos 61% de aprovação em outubro de 2008, pico máximo se comparado ao índice dos prefeitos que comandaram São Paulo nos últimos 25 anos. A melhor avaliação de Jânio Quadros foi 40%; Luiza Erundina obteve 32%; Paulo Maluf, 58%; Celso Pitta, 24%; Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP Marta Suplicy, 49%; e José Serra, 56%. A Lei Cidade Limpa ajudou a garantir sua reeleição. Kassab conquistou o segundo mandato ao vencer Marta Suplicy no segundo turno com expressivos 3,7 milhões de votos (60,7%). A lua de mel com os moradores da maior metrópole da América do Sul não sobreviveu à segunda gestão. Seus índices de aprovação começaram a cair com as chuvas de verão e os alagamentos em bairros da Zona Leste. Os problemas com a limpeza urbana agravaram a situação, assim como três medidas que mexeram diretamente no bolso do contribuinte: reajuste na tarifa de ônibus, aumento do IPTU e cancelamento da devolução da taxa de inspeção veicular. Prestes a concluir sua longa gestão na prefeitura, com quase sete anos consecutivos, Kassab mantém a conhecida frieza de jogador de xadrez, um de seus passatempos prediletos. “Não posso me preocupar com a aprovação popular, tenho de fazer o que é correto”, afirma. “O tempo dirá que fui um bom prefeito.” Existem diversas maneiras de avaliar o desempenho de um gestor municipal: indicadores em diferentes áreas, saúde financeira dos cofres públicos, visão de futuro e opinião pública, entre outras. “Nos três primeiros tópicos, Kassab apresentou resultados melhores que seus antecessores: foi uma gestão com avanços em vários setores cruciais, como saúde e educação”, analisa o cientista político Rubens Figueiredo, do instituto Centro de Pesquisa, Análise e Comunicação (Cepac). “Mas há uma defasagem entre o que ele realizou e a imagem que está deixando.” Parte disso se deve ao pragmatismo do prefeito e ao seu apetite político. A criação do Partido Social Democrático (PSD), o partido “nem de esquerda, nem de direita, nem de centro”, de um lado contribuiu para transformá-lo em um ator de peso no cenário nacional. De outro, porém, distanciou-o de boa parte dos moradores de São Paulo, que vê o prefeito, qualquer prefeito, antes de tudo como um síndico, um burgomestre, um administrador, enfim, aquele que resolve os problemas cotidianos da cidade. Ficou a impressão, para muitos, de que teria trocado essas atribuições pelos seus planos de vir a se candidatar a postos mais altos. “Como o prefeito está mais próximo à população, a avaliação negativa também chega mais rápido”, diz Vera Lucia Chaia, professora do Departamento de Política da PUC. “Nunca abandonei São Paulo”, afirma Kassab. “É só olhar minha agenda pública. Tenho compromissos todos os dias e depois fico despachando no meu gabinete.” São Paulo foi a primeira cidade do país a implantar, por lei, o Plano de Metas e Kassab é o primeiro prefeito a ter o mandato avaliado por essa métrica. Ele 11 ainda criou um site para o acompanhamento público das obras e projetos. Com isso, passou a ser muito mais cobrado. A três meses do fim de seu mandato, cumpriu 93 dos 223 objetivos estabelecidos, o que representa 42% do total. Entre as realizações estão a construção de ambulatórios de especialidades, as AMAs, o investimento no Metrô e a restauração do Teatro Municipal e da Biblioteca Mário de Andrade (os pontos fortes e os pontos fracos da gestão aparecem abaixo). A prefeitura, no entanto, utiliza outro cálculo, que leva em conta o estágio das metas que ainda não foram totalmente alcançadas — estas, 53 já estariam beneficiando a população. Por esse critério, o índice de eficiência seria de 76%, segundo o secretário de Planejamento, Rubens Chammas. O aperto financeiro também ampliou as dificuldades para implementar novos projetos. Em 2007, dos 15,7 bilhões de reais do orçamento do Tesouro municipal (sem considerar outras fontes, como transferências estaduais e federais), 15% foram utilizados para o pagamento de dívidas, enquanto 9% se destinaram a investimentos na cidade. No ano passado, as dívidas abocanharam 17% do orçamento de 22,9 bilhões de reais, restando menos de 5% para investimentos. “Queria ter realizado mais em São Paulo, mas entreguei o que foi possível com os recursos disponíveis”, conclui Kassab, que promete dar aulas de planejamento urbano aos alunos da Faap e da Poli-USP em 2013. OS PONTOS POSITIVOS DA GESTÃO ... Cidade Limpa Marginal Pinheiros, em 2006, ainda com letreiros... e hoje: respiro visual (Fotos: Mario Rodrigues) Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP O restritivo e corajoso projeto do prefeito Gilberto Kassab, que, além de proibir outdoors, painéis e banners, redimensionou letreiros e totens de estabelecimentos comerciais, provocou resistências quando entrou em vigor, em 2007. Sem ceder às pressões de publicitários, anunciantes e comerciantes, a prefeitura passou a aplicar multas pesadas aos infratores (10.000 reais). Nos últimos seis anos, 3,4 milhões de propagandas e placas foram retiradas e 216 milhões de reais arrecadados em infrações. São Paulo ainda está longe de ser um colírio para os olhos de seus moradores, mas a medida foi um passo importante para recuperar nosso espaço urbano. Cidades como Buenos Aires, Lisboa, Atenas e Seul manifestaram a intenção de estudar a implantação de uma legislação semelhante. Creches O número de crianças de até 4 anos matriculadas em creches cresceu 250% nos últimos sete anos, enquanto as vagas passaram de 60.000 para mais de 210.000 em 2012. Apesar do investimento, a demanda ainda é enorme: 145.000 crianças aguardam matrícula, um aumento de 64% em relação a 2007, quando eram 88.000. O orçamento dedicado à educação infantil subiu de 170 milhões de reais em 2004 para cerca de 1 bilhão de reais em 2012 — o orçamento total da educação, que corresponde a 31% do municipal, saltou de 3,6 bilhões para 8,1 bilhões. “É um dos focos da pasta. Destinamos quase 15% do orçamento para as creches”, diz a secretária de Educação, Célia Regina Falótico. Metrô Estação Pinheiros, inaugurada em 2011: o Metrô transporta 3,7 milhões de pessoas por dia(Foto: Mario Rodrigues) Após trinta anos sem investir em metrô — o último prefeito que colocou dinheiro para aumentar a malha foi Miguel Colasuonno, em 1975 —, a prefeitura voltou a repassar verbas para o estado. Destinou 1 bilhão de reais para o Metrô em 2005, cerca de 10% do 12 total investido pelo governo estadual no período. A iniciativa permitiu o aporte de recursos nas linhas 2 – Verde, 4 – Amarela, 5 – Lilás, 6 – Laranja e 17 – Ouro, com várias inaugurações de estações ocorrendo entre 2010 e 2011, principalmente nas linhas 2 – Verde (Sacomã, Vila Prudente e Tamanduateí) e 4 – Amarela (Paulista, Faria Lima, Butantã e Pinheiros). Inspeção veicular Projeto pioneiro no país em âmbito municipal, a Inspeção Veicular Ambiental foi implantada em 2008 com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes por veículos. A iniciativa teve aplicação gradativa: no primeiro ano, abrangeu apenas veículos movidos a diesel — 48.000 passaram pelo controle. Em 2009, incluiu motos e parte da frota dos carros, chegando a 1,5 milhão de análises. Em 2010, estendeu-se a toda a frota registrada, hoje girando em torno de 3 milhões de inspeções anuais. Neste ano, de cerca de 1 milhão de veículos que passaram pelos dezesseis centros, quase 20% foram reprovados na primeira tentativa. O Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP calcula que se evitaram com isso 1.515 internações hospitalares e 584 mortes por problemas respiratórios, se forem levados em conta os benefícios criados apenas pela inspeção dos veículos a diesel em 2011 (a emissão de material particulado desses motores foi reduzida em 28%). A estimativa é que a inspeção seja equivalente à retirada dos poluentes emitidos por uma frota de mais de 1,4 milhão de veículos, sendo 1,2 milhão de automóveis, 87.000 motocicletas e 36.000 veículos movidos a diesel somente em 2011. Mas surgiram alguns percalços. Em 2010, a devolução da tarifa da inspeção (hoje de 44,36 reais), uma regra desde 2008, foi suspensa pela prefeitura, provocando insatisfação entre os donos de veículos. No ano seguinte, o Ministério Público denunciou a Controlar, empresa responsável pelo programa, por fraude no processo de licitação e pediu a cassação do prefeito Gilberto Kassab e do secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. “O MP fez duas contestações, uma técnica, de que o programa não era eficiente, e outra jurídica, de validade do contrato”, diz Eduardo Jorge. “A primeira está resolvida, pois é fato que o programa é eficiente. Cabe à Justiça definir a segunda.” Céus O prefeito não só manteve hasteada a principal bandeira da gestão Marta Suplicy como investiu nela com vigor. Inaugurou 25 Centros Educacionais Unificados (CEUs), contra 21 complexos que reúnem atividades de ensino, esportivas e culturais implantados pela Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP petista. Cada unidade possui um Centro de Educação Infantil (para crianças de até 3 anos), uma Escola Municipal de Educação Infantil (para alunos de 4 e 5 anos) e uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef), além de contar com quadra de esportes, teatro, piscina, biblioteca e outros espaços. Localizados em áreas periféricas da cidade, os CEUs são abertos aos moradores da região, apostam em programação variada e recebem 60.000 pessoas, em média, por mês. AMAs Para desafogar o atendimento emergencial nos dezoito hospitais municipais, a prefeitura investiu nas unidades de Assistência Médica Ambulatorial, as chamadas AMAs. Ali, os paulistanos podem ser atendidos sem marcação prévia de consulta. Desde o início da gestão Kassab foram inauguradas 107 AMAs tradicionais e dezenove AMAs Especialidades, que se ocupam de ramos da medicina, como urologia e cardiologia. Cerca de 800.000 pessoas são atendidas na rede por mês. O tempo de espera, que pode chegar a duas horas, ainda é um problema em algumas unidades, caso de Paraisópolis. Em compensação, o número de médicos contratados pela prefeitura aumentou. Em 2004, eram 8.606. Hoje, são 14.294. Teatro Municipal Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 1911, o Teatro Municipal havia passado por apenas duas reformas, a primeira encerrada em 1955 e a segunda em 1988. Para celebrar seu centenário, uma obra de restauração começou a ser executada em 2008 com um investimento de 30 milhões de reais (85% desse valor proveniente de empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento e 15% da prefeitura). O foco foi modernizar a estrutura interna e recuperar o visual original (as poltronas, por exemplo, voltaram a ser forradas de vermelho, como eram até 1985). Só o palco, que recebeu atualização tecnológica, consumiu quase 70% dos recursos. A vizinha Biblioteca Mário de Andrade, com um acervo de 3,5 milhões de itens, também passou por reforma, ao custo de 16,4 milhões de reais. Sua seção circulante, com 42.000 volumes, voltou a funcionar em 2010. O anexo, com 12.000 periódicos, será inaugurado até o fim do ano. “Esse material estava desde 1965 em um depósito, sem que a população tivesse acesso a ele”, conta o Secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil. Parques De 2005 para cá, o número de áreas verdes quase triplicou — hoje o total é de 85 parques (30 milhões de metros quadrados). A promessa é atingir 100 uni- 13 dades até o fim do ano. Uma das preocupações foi com a distribuição dos parques por todas as regiões do município. “Eles estavam muito concentrados na região central, não existia nenhum, por exemplo, para os 800.000 habitantes do Grajaú, no extremo da Zona Sul”, afirma o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. “Hoje há pelo menos um em todas as subprefeituras.” Essa rápida expansão vem sendo alvo de críticas. Especialistas dizem que, no afã de obter resultados quantitativos, a administração municipal criou alguns projetos mal executados. Se eles simplesmente não existissem, porém, seria pior. Restrição a caminhões Criada em 1986, a chamada Zona de Máxima Restrição de Circulação proibia o tráfego de caminhões durante o período diurno numa área de 11 quilômetros quadrados. A partir de 2007, o cerco foi sendo gradativamente apertado. Em novembro daquele ano, a área passou a abranger 25 quilômetros quadrados. Em junho de 2008, foi ampliada para 100 quilômetros quadrados, o que corresponde a quase todo o centro expandido. Depois de um ano, a CET registrou uma redução de 28% no número de caminhões que circulam na cidade (a frota gira em torno de 160.000 veículos). Em 2010, a proibição se estendeu à Marginal Pinheiros e a outras avenidas importantes, como a Bandeirantes, e em 2011 incluiu um trecho da Radial Leste. Em março, a restrição chegou à Marginal Tietê e a várias outras avenidas, como a do Estado, a Salim Farah Maluf e a Luís Inácio de Anhaia Melo. Os cargas-pesadas contra-atacaram. Promoveram greve de dois dias e interromperam parte do fornecimento de combustível. Ameaçaram paralisar a cidade. Mas a cidade não parou. Ciclofaixas Em 2006, havia menos de 30 quilômetros de ciclovias na capital. Hoje são 54. Para aumentar a malha (atualmente com 197 quilômetros), foram criados 81 quilômetros de ciclofaixas de lazer, que funcionam aos domingos. A mais recente é a que liga a Avenida Paulista ao centro, com 9,5 quilômetros. Mesmo com o inegável avanço, o desempenho ainda é tímido se comparado ao de outras cidades que apostam na bicicleta, como Bogotá (Colômbia), que possui 344 quilômetros. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP ...E OS PONTOS NEGATIVOS Iluminação Pública 14 Com o crescimento da frota — hoje de 7 milhões de veículos, ou 32% maior do que em 2006, quando Kassab assumiu o cargo —, o índice médio de congestionamentos entre 17 e 20 horas subiu de 108 quilômetros em 2011 para 123 quilômetros neste ano. Responsável pela área, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) anunciou em 2009 um projeto de melhorias na circulação de veículos em quinze pontos de congestionamentos crônicos. Até agora, só quatro foram concluídas: na Estrada Itaquera - Guaianases e nas avenidas Dom Pedro I, Aricanduva e do Estado. Praça Morangaba, no Jardim Paulistano: às escuras (Foto: Gabo Morales/Folhapress) O Plano de Metas previa que 260.000 lâmpadas de mercúrio seriam substituídas em toda a cidade a partir de 2009 por similares de vapor de sódio, mais eficientes. Cerca de 100.000 foram efetivamente trocadas, ou 38% do total planejado. Segundo a prefeitura, a troca já beneficiou 2,8 milhões de pessoas. Outro objetivo não cumprido no setor, este com números mais próximos do prometido, é o que estipulava a instalação de 16.000 novos pontos de iluminação. Até agora, foram colocados 13.500 pontos, ou 84% da meta. Essa quantidade representa um terço do realizado desde 2005. No período, a capital ganhou 40.000 novos pontos de luz e teve 282.000 renovados. Corredores de Ônibus A promessa era construir 66 quilômetros de corredores de ônibus na segunda gestão. Nenhum será entregue. Os 31 quilômetros previstos para a Avenida Celso Garcia, na Zona Leste, por exemplo, foram abandonados. “Resolvemos substituir por metrô, que beneficia mais pessoas, mas exige tempo maior de execução”, diz o secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco. Desde 2006, só 11,8 quilômetros de corredores foram inaugurados: Expresso Tiradentes e Vereador José Diniz. Há 68,5 quilômetros em fase de licitação. Trânsito Trata-se de um dos piores e mais persistentes problemas da capital, infernizando a vida de todos os moradores, sem distinção de classe, afetando a economia e aumentando a poluição do ar, entre outros efeitos terríveis: uma pesquisa do Ibope e da Rede Nossa São Paulo divulgada neste mês revelou que 80% dos paulistanos consideram o trânsito ruim ou péssimo. Avenida do Estado: congestionamentos constantes (Foto: Ivan Dias) Outros sete pontos estão em obras e em três elas estão prestes a se iniciar. Um, na Avenida Rebouças, próximo à Alameda Jaú, é o mais atrasado. Três novas faixas para motos também haviam sido anunciadas, mas apenas uma ficou pronta, na Rua Vergueiro. “As motofaixas aumentaram o número de acidentes, e decidimos abandonar os projetos”, diz o secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco. Foram prometidos também 288 novos dispositivos eletrônicos, dos quais 183 (cerca de 64%) chegaram às ruas. Pontes e viaduto Ponte dos Remédios: o muro despencou em novembro (Foto: Fernando Moraes) Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP No Plano de Metas, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras anunciava que iria realizar reformas em trinta pontes e viadutos da cidade. Até o momento, no entanto, apenas nove delas foram finalizadas — como as nos viadutos Olavo Fontoura (Casa Verde) e Florêncio de Abreu (Sé) e na Ponte do Limão —, o que representa menos de 30% de conclusão nas obras. A prefeitura, no entanto, afirma que o índice de eficácia desse objetivo é de quase 50%, por causa de trabalhos que já estão em andamento. Em novembro de 2011, cerca de 30 metros do muro de proteção da Ponte dos Remédios, na Lapa, despencaram sobre o Rio Tietê — o local foi recentemente reformado. Hospitais A cidade de São Paulo não ganhava um novo hospital municipal havia dezessete anos até a inauguração da unidade Cidade Tiradentes, na Zona Leste, em 2007. Erguida ao custo de 84 milhões de reais, ela tem 223 leitos e capacidade para 25 000 pacientes por mês. Em 2008, foi aberto o Hospital M’Boi Mirim, com 297 leitos. A prefeitura ainda inclui na conta os hospitais São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (que seria fechado, mas foi municipalizado em 2008, com 186 leitos), Santo Antônio (particular, mas que passou a atender pelo SUS neste ano) e Sorocabana (que está em obras e deve ser entregue até dezembro). Após a reeleição, houve pouca novidade na área. Dos três hospitais que estavam previstos no Plano de Metas para a gestão — na Freguesia do Ó, na Capela do Socorro e no Carrão —, nenhum será entregue. “Os três prédios estão em fase de desapropriação, mas é difícil que sejam adequados até o fim do ano”, diz o secretário de Saúde, Januario Montone. Corrupção 15 Funcionário da prefeitura por 39 anos, diretor do Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) desde 2005 e responsável por emitir as licenças para empreendimentos a partir de 500 metros quadrados, Hussain Aref Saab foi acusado de receber propina — em dinheiro vivo ou em apartamentos — para deixar passar obras irregulares. Assim, com seu salário mensal de 8.000 reais, teria acumulado 111 imóveis. Há a suspeita do Ministério Público de que cerca de 100 deles foram adquiridos depois que ele assumiu o Aprov. Os valores dos negócios também são suspeitos. Segundo o Ministério da Fazenda, Aref pagou apenas 10.000 reais por um terreno de 1 395 metros quadrados em Moema. A denúncia chegou à prefeitura por meio de uma carta anônima encaminhada a Kassab no fim de fevereiro. “A corregedoria do município começou a apurar o caso em seguida”, diz Kassab. Em julho, o próprio prefeito foi incluído na investigação do MP. UMA RELAÇÃO DE ALTOS E BAIXOS O índice de aprovação de Kassab (porcentagem de “bom” e “ótimo”) nos últimos sete anos e as principais medidas que teriam motivado a oscilação. Maio/2006: 10% - primeira pesquisa após dois meses de mandato Março/2007: 15% - implantação da Lei Cidade Limpa Julho/2007: 30% - inauguração do Hospital Cidade Tiradentes, o primeiro a ser aberto em dezessete anos Outubro/2008: 61% - reeleição Dezembro/2009: 39% - enchentes na Zona Leste Março/2010: 34% - reajuste nas tarifas de ônibus e do IPTU Março/2011: 29% - criação do PSD, partido do qual é presidente. Janeiro/2012: 22% - início da Operação Cracolândia Junho/2012: 24% - denúncia de corrupção na Secretaria de Habitação Aref: salário de 8.000 reais e patrimônio de 50 milhões (Foto: Divulgação) Setembro/2012: 20% - hoje, em meio à campanha eleitoral, quando a oposição concentra críticas à sua gestão. Clipping da DIRETORIA DE REPRESENTAÇÃO CET-SP 16 DOC OFICIAL DA CIDADE DE SÃO PAULO DIÁRIO 02/10/12 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRAFEGO GABINETE DO PRESIDENTE EXPEDIENTE Nº 0646/12 FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO Nº 107/12 – celebrado com a empresa ROUPAS PROFISSIONAIS MUNOZ ACUNA IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA, CNPJ nº 72.995.418/0002-78, para o fornecimento de EPI’S para motociclistas, item 01, sendo: 300 (trezentas) jaquetas de couro, 600 (seiscentas) luvas de napa vacun e 600 (seiscentos) capuz de lã, para motociclistas, para atender às necessidades da CET, pelo valor total de 114.498,00 (cento e quatorze mil, quatrocentos e noventa e oito reais) e prazo total de 06 (seis) meses, contados a partir da data da assinatura do contrato, nos termos do disposto no Decreto Municipal nº 44.279/03, na Lei Municipal nº 13.278/02 e Lei Federal nº 8.666/93 com suas alterações. Formalizado em 28/09/12. EXPEDIENTE Nº 0646/12 FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO Nº 108/12 – celebrado com a empresa UNIFORMES CAMPINAS EIRELI - EPP, CNPJ nº 01.703.270/0001-21, para o fornecimento de EPI’S para motociclistas, item 02, sendo: 299 (duzentos e noventa e nove) capacetes de motociclistas, para atender às necessidades da CET, pelo valor total de R$ 45.920,42 (quarenta e cinco mil, novecentos e vinte reais e quarenta e dois centavos) e prazo total de 06 (seis) meses, contados a partir da data da assinatura do contrato, nos termos do disposto no Decreto Municipal nº 44.279/03, na Lei Municipal nº 13.278/02 e Lei Federal nº 8.666/93 com suas alterações. Formalizado em 28/09/12. Fale com a Rua Barão de Itapetininga, 18 - 10º andar - Centro Tel. 3396-8291 3396-8081 / 8082 / 8083 / 8084 / 8085 Cel. 6893-5455 Corporativo Oi: 5455 Site: www.drcet.net E-mail: [email protected] Blog: blog.drcet.net Redes sociais: www.facebook.com/diretoriaderepresentacao www.twitter.com/drcet (@DRCET) Equipe DR: Adelmo, Marcelo Moraes, Rosana, Cida, Isabel Cristina, Isaias, Johnson, Marcius, Mariani, Nemias, Ricardo e Daniel. DR