de “vento em popa”

Transcrição

de “vento em popa”
Notícias de Lagos Online
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Agora tem notícias todos os dias e em cima da hora!
Jornal Desportivo à 4ª Feira: rescaldo, antevisão, entrevistas e reportagens
NL Cultura à 6ª Feira: tudo sobre artes e letras + agenda de fim-de-semana
Urbanização Pedra Alçada, Lote 4
8600-546 Lagos
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Leia em primeira mão a grande entrevista a Gilberto Viegas
Câmara põe ICNB
em tribunal
Festas do Município
Ano VII • Nº 92 • Janeiro de 2008 • Preço: 1 Euro • Director: Carlos Conceição
Grande Entrevista Júlio Barroso
Orçamento superior a
15 milhões de euros
Págs 14 a 16
“A obra está à vista, quem quiser fazer comparações, que tire conclusões”
“Lagos vai ter o lugar que lhe é devido na História [com o Fórum dos Descobrimentos]”
“Se não fosse a incompetência e o erro na aprovação do PDM por parte do executivo anterior, não estaríamos assim”
Págs. 19 a 22
Imagem Peregrina de N.ª Senhora
“Milagre” em
Bensafrim há mais
de meio século Págs. 10 a 13
Ecossistemas nos quatro
Pág. 36
cantos do mundo
Conhece a
A polémica
história do
em torno
Hospital de
da EN 125
Lagos? Pág. 4
Pág. 3
• Academia de Música e Grupo Coral
encantam e apresentam novos talentos
• Esperança e Gil Eanes em queda
• “O Bambino” em entrevista
• Tal Pai Tal Filho, (In)discretas, Ópticas,
Nocturno, NL Saúde e NL Turismo
2
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Júlio Barroso em forma
A fechar 2007, o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, foi notícia nacional ao capturar um ladrão que havia
roubado uma carteira de uma senhora por esticão. Na verdade, o edil lacobrigense em fato
de treino, apercebeu-se do incidente e desa-
tou a correr até agarrar o larápio que
entretanto tinha sido rasteirado por
um transeunte.
Desde logo releva-se a forma física de Júlio Barroso, mas também a coragem pois na ocasião não terá medido os riscos que corria, uma vez que
o ladrão podia estar armado e ter reagido violentamente.
Na passagem de ano, Júlio Barroso, após contemplar o fogo de artifício na Avenida dos Descobrimentos,
foi dar um pé de dança na Discoteca
Dux (antigo Phoenix). E mais uma vez,
o Presidente da Câmara demonstrou a
sua forma ao curtir durante longo período a boa música dos anos 70 e 80. Contavamse pelos dedos quantos dançarinos aguentaram a pedalada de Júlio Barroso. E olhem que
o homem celebra o seu 53º aniversário no dia
26 de Janeiro de 2008!
Nuno Marques desabrido
www.noticiasdelagos.com
O seu jornal diário
Nuno Marques, Presidente do
PSD/Lagos e vereador da Câmara
Municipal de Lagos, terminou 2007 e
arrancou o novo ano num corrupio de
notas de imprensa versando severas
críticas ao PS e Executivo Socialista.
“Criminalidade em Lagos preocupa cidadãos, Perigo de atropelamentos e
acidentes mantém-se na EN125 entre
Lagos e Odiáxere, PSD responsabiliza PS por agravar pobreza, ‘Fuga’ do
projecto PIN “Eriksson” para Espanha,
Aumentos de tarifas da água e saneamento pesam na consciência do PS/
Lagos, Endividamento Municipal ‘encapotado’ penalizará cidadãos e empresas de Lagos “, foram alguns dos
comunicados da lavra do líder social-democrata lacobrigense.
Nuno Marques festejou o seu 35º aniversário no passado dia 12 de Janeiro, com pompa e circunstância, e no dia seguinte arrancou
desabridamente para Aveiro para um encontro das concelhias do PSD liderado por Luís
Filipe Menezes.
Depois, tal como o líder nacional, também
esteve nas jornadas parlamentares do PSD realizadas no Algarve.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
3
Em causa perigo de atropelamentos e acidentes
Estrada Nacional 125 entre Lagos
e Odiáxere gera polémica
Morte em véspera de ano
novo na zona do
Chinicato traz de novo à
discussão o perigo daquele
troço da EN 125.
Recorde-se que nas imediações do
Telheiro e Chinicato já se registaram
inúmeros acidentes e alguns deles fatais. Embora a via fosse requalificada
e colocada uma passadeira aérea perante os aplausos de uns e a contestação de outros, a verdade é que a situação está longe de ser pacífica e sobre-
já foi sugerida uma rotunda ao Instituto das Estradas de Portugal.
O NL teve oportunidade de conversar com empresários da zona industrial, habitantes do Chinicato e
do Sargaçal, e também com munícipes que frequentemente se deslocam
aos serviços municipais localizados
no Chinicato.
Alguns ainda aplaudem as medidas e as alterações introduzidas na altura, mas a maioria dos nossos interlocutores critica a forma displicente e
avulsa como foi conduzido o processo
reclamando urgência de requalificaçãodo troço da EN 125 entre Lagos e Odi-
faz sentido e só prejudica, ao mesmo
tempo que advogam a colocação de
uma rotunda.
Uma rotunda
Recolhemos opiniões que criticam
as anteriores opções tomadas, apontando o dedo a determinado grupo de
moradores do Chinicato que obstaram
à colocação de uma rotunda comum
para Sargaçal e Chinicato.
As saídas da zona industrial (Raminhos, Serros, Solmate, etc) diante
da actual situação tornam-se caótica,
bem como os acessos para o Sargaçal.
É quase unânime a discórdia do figurino em vigor e consensual que se proceda a uma requalificação da EN 125
entre Lagos e Chinicato
PSD/Lagos lamenta trágico
acidente e apresenta
propostas alternativas
tudo continua a fazer vitimas.
É que a zona industrial cresceu
imenso com um superior volume de
serviços e de circulação de utentes,
e ao mesmo tempo, aumentou substancialmente a população do Chinicato, a que acresce o facto de a Câmara Municipal ali residir com dois dos
seus mais expressivos departamentos
de serviços. Novas realidades que tornam aquele troço da EN 125 um dos
maiores caos de tráfego de veículos
e de peões.
Há muito que se reclama uma rotunda à entrada do Chinicato. Com
efeito, quem vem de Odiáxere entra
com facilidade no Chinicato, mas o
grande fluxo vem justamente de Lagos e aí reside o constrangimento e
mora o perigo. Além disso, a passagem aérea raramente é utilizada. Soluções ainda na era de Valentim Rosado, que para uns foram acertadas,
mas que para outros foram remendos
sem eficácia.
Na sequência do recente acidente
na zona do Chinicato, o PSD de Lagos
desfere criticas e aponta alternativas.
Por seu turno, a Câmara Municipal de
Lagos refuta acusações e adianta que
áxere, com particular enfoco nos cruzamentos do Sargaçal e Chinicato.
Passadeira aérea substituída
por passagem subterrânea
Uma das preocupações dos moradores do Chinicato prende-se com a
passadeira aérea, pouco utilizada, verificando-se constantes peões atravessando perigosamente a EN 125. Reclama-se assim uma passagem subterrânea ou outras alterações que evitem
ou condicionem a velocidade na circulação de veículos e permitam através de passadeiras com semáforos a
normal circulação de peões. Há quem
defenda, à semelhança das propostas
do PSD, que sejam criadas ciclovias
e zonas pedonais integradas numa
alameda.
Separador central para fora
e lugar a uma alameda com
ciclovia e zona pedonal
Por outro lado, há também quem
não se importe com a passagem aérea, mas sugira que seja retirado o
malfadado separador central que não
Os sociais-democratas de Lagos
lamentam o trágico acidente ocorrido
no passado Domingo, dia 30 de Dezembro, na estrada nacional n.º 125
(EN125), no troço compreendido entre Lagos e a povoação de Chinicato,
do qual resultou um morto vítima de
atropelamento e alertam para o perigo real de novos acidentes se nada for
feito para alterar a condição e o perfil
actual da via.
O PSD afirma que a vítima era
um conhecido cidadão lacobrigense,
socialmente excluído e que sofria de
perturbações mentais e, apesar de
ainda não se conhecer qual foi a causa real do atropelamento, é muito provável que o acidente pudesse ter sido
evitado caso se tratasse de uma zona
iluminada.
O atropelamento registou-se à
noite numa zona e num horário onde
é cada vez mais frequente encontrar
pessoas que se deslocam a pé ou de
bicicleta a caminho das suas habitações, situadas na zona de Chinicato,
e em que os passeios e a iluminação
pública são inexistentes, o que leva as
pessoas a andarem pela estrada e pela
berma sem estarem devidamente sinalizadas e sem serem vistas atempadamente pelos automobilistas.
“O percurso rodoviário entre a cidade e Odiáxere sofre de graves problemas de insegurança, com relevo
para os cruzamentos de acesso às localidades de Chinicato e sítio da Torre e o ‘crónico’ atravessamento da vila
de Odiáxere. Mas há algumas semanas
atrás dissemos o que é que defendemos para solucionar os problemas que
afectam a segurança dos utentes e o
escoamento do tráfego”, diz Nuno Marques, presidente do PSD/Lagos.
Para os sociais-democratas, “a solução passa por uma intervenção global, partilhada entre o Governo, a Câmara Municipal e outros parceiros privados, para transformar a EN125 entre Lagos e Odiáxere numa moderna
avenida/alameda urbana, associada à
construção da via variante a Odiáxere e de um novo acesso sub-regional
à Meia-Praia, a partir do chamado ‘nó
da Torre’ da via do Infante.”
Na perspectiva de Nuno Marques,
“há que tentar evitar a perda de mais
vidas humanas, razão por que não podemos ficar eternamente à espera de
quem tem a responsabilidade de resolver o problema e não o resolve, que é a
“Estradas de Portugal”, cabendo à autarquia exigir do Governo que aquele troço de estrada passe a ser gerido
pelo município”.
“A via entre Lagos e Odiáxere tem
de ser transformada numa ‘alameda
urbana’, com corredores de ciclovia e
passeios pedonais, iluminação, arborização, entradas e saídas disciplinadas
dos estabelecimentos comerciais e industriais que marginam a via de ambos
os lados, e tem de ter um tratamento
paisagístico capaz de proporcionar segurança aos utentes e transformar radicalmente a imagem pouco agradável
que actualmente apresenta a entrada
nascente do concelho. E quem tem as
condições de levar por diante esse pro-
jecto é a autarquia e não o Governo”,
sublinha Nuno Marques.
Câmara Municipal já
reivindicou rotundas
e electrificação
A Câmara Municipal de Lagos
compreende as preocupações das populações e lamenta naturalmente os
acidentes e transtornos causados.
Porém, o executivo socialista refuta quaisquer responsabilidades no
actual estado de coisas, transferindo-as para o PSD de Lagos na altura em
que Valentim Rosado era Presidente
da Câmara.
De acordo com responsáveis pela
autarquia lacobrigense, esta é uma
matéria que já mereceu as devidas e
atempadas diligências.
Desde as declarações proferidas
pelo Presidente da Câmara, Júlio Barroso na inauguração do Edifício Multiusos do Chinicato, anunciando a reivindicação de uma rotunda para o Chinicato, até outras solicitudes avançadas junto do Governo e Instituto das
Estradas, no sentido de que seja erguida uma rotunda de acesso ao Chinicato, bem como electrificação entre
o Telheiro e a Rotunda junto à Torre.
Medidas julgadas oportunas apropriadas para contrariarem a actual e preocupante situação.
Sabe-se ainda que na lista de preocupações e reivindicações da Câmara
constam uma circular na Vila de Odiáxere e também na estrada que liga
Bensafrim a Barão de S. João.
4
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Hospital Distrital de Lagos – parte II
Tal como agendado, publicamos nesta edição na
rubrica “Em Foco”, a segunda parte alusiva ao Hospital
Distrital de Lagos.
Uma breve viagem pela
história e reservando ainda espaço em futuras edições para entrevistas a
antigos e actuais técnicos
de saúde do referido Hospital, opiniões de utentes,
dos três concelhos que integram a Associação de
Municípios Terras do Infante, bem como outro ciclo de entrevistas a políticos, considerando que se
trata de um tema delicado e que a todos interessa debater.
Apontamentos Históricos (1)
Serafim Ramos e José Mariano
recordam com saudade a reabertura do Hospital e a entrega daquele património da Misericórdia de Lagos ao Estado.
Com o forte sismo de 1969, à semelhança de outros edifícios, também o Hospital de Lagos sofreu avultados danos que originaram o fecho
até 1974.
Propriedade da Santa Casa da
Misericórdia de Lagos o Hospital mereceu decisão da então Mesa Administrativa, para reabertura daquela
unidade de saúde.
Personalidades como Jaime Palhinha (Provedor) e outros membros
dos corpos sociais como Serafim Ramos, João Filipe, Viegas e José Mariano, puseram mãos à obra.
As consultas dadas pelos
médicos da terra e os
primeiros funcionários
Assim, foram abertas consultas
pelos médicos da terra (Godinho,
Nunes da Silva, Paz Pereira, Tello e
Clarinha), ao mesmo tempo que entravam no Hospital os primeiros funcionários com vencimentos de 500,
600 e 1200 escudos, que mais tarde
por força do ordenado mínimo passaram a 3 200 escudos para aqueles três funcionários que na época
eram designados “criados”.
Raio X e Electrocardiograma
e os primeiros
técnicos de saúde
Paralelamente, surgiam o Raio
X e o Electrocardiograma, equipamentos necessários. Eram contratados um radiologista e um enfermeiro, mais dois enfermeiros vindos de outra unidade saúde do Algarve a que se juntaram mais tarde outro enfermeiro e um anestesista de Portimão com vista a intervenções cirúrgicas.
A falsa médica
Entretanto, verificando-se a necessidade de um médico a tempo
inteiro para colocar o Hospital lacobrigense em funcionamento, foi
contratada a primeira médica. Um
episódio caricato com aquela cidadã brasileira, pois na sequência de
comportamentos menos apropriados e no decurso de investigações
foi descoberto que, afinal, a dita médica não estava inscrita na Ordem
e, por conseguinte, não podia exercer a profissão. Uma tremenda nódoa na desejada reabertura do Hospital de Lagos.
Hospital entregue ao Estado
Contam os nossos interlocutores que estava agendada a reabertura oficial do Hospital, tendo para isso
sido contactadas todas as entidades
locais. Todavia, por ironia do destino,
na véspera da inauguração, uma jovem com apendicite aguda teve que
ser submetida a uma intervenção cirúrgica de urgência, perante algum
nervosismo de dirigentes da Misericórdia e do corpo clínico, a operação
foi bem sucedida.
Entretanto, em matéria de apetrechamento material e humano evidenciava-se um crescimento preocupante de difícil correspondência
por parta da Santa Casa da Misericórdia de Lagos. Pessoal para a cozinha, limpezas, secretaria, mais enfermeiros e novos equipamentos médicos. O panorama mudava naquele
período entre 1974 e 1976.
Conscientes das circunstâncias
e das responsabilidades, a direcção
tomou a decisão de entregar o Hospital ao Estado (constando que foi um
dos primeiros em Portugal).
Da fama da Maternidade
ao operacional
Bloco Operatório
Aos poucos, o Hospital Distrital de Lagos ganhava notorieda-
de e oferecia condições às populações de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo. Com a Maternidade em evidência, verificava-se mesmo a vinda de
gente de Portimão e de outros concelhos vizinhos.
Na senda da evolução, o Bloco
Operatório do Hospital de Lagos tornava-se famoso face à operacionalidade e evidentemente em função
da qualidade das equipas médicas
onde pontificava o Dr. Gata Gonçalves. Cirurgião de créditos firmados, o
primeiro a chegar a Lagos, vindo de
Angola e trazido de Lisboa por Serafim Ramos.
Embora merecendo beneficiações, mas padecendo de algumas lacunas, o Hospital de Lagos estava de
boa saúde e recomendava-se. Contudo, as decisões políticas falaram e
continuam a falar mais alto do que os
interesses das populações e a qualidade dos profissionais de saúde.
Políticas e estatísticas
falaram mais alto
Primeiro, foi a Maternidade a fugir para Portimão ao sabor das estatísticas da então Ministra Beleza.
Depois, quando nada fazia prever,
a troco de duas mortes mediáticas
e alegadamente negligentes conduziram ao fecho do Bloco Operató-
rio de Lagos.
Caiu que nem uma bomba para
populações e profissionais de saúde. Os números e as políticas falaram mais alto.
Quantas mortes se ouvem regularmente em Hospitais espalhados
por todo o País, sem que se encerrem Blocos Operatórios? Pois é, mas
Lagos perdeu a Maternidade, depois
o Bloco Operatório e passou a fazer
parte do Centro Hospitalar do Barlavento. Ao mesmo tempo, fechava o
SAP de Lagos. Ora, Lagos e os concelhos que fazem parte da Associação de Municípios Terras do Infante, merecem mais e melhor. Mas as
supostas estatísticas vão prevalecendo levando à revolta das populações, que percorre todo o território
português, em nome das reformas e
requalificações.
É certo que o Hospital de Lagos
necessitava de melhores condições
e de outros acessos. Porém, este Triângulo Vicentino reclama um Hospital novo deixando o antigo para os
chamados cuidados continuados.
Como diz o velho provérbio “a
união faz a força”, por isso, as populações e naturalmente a vontade
política devem remar para o mesmo
lado sem receios e sobretudo distante das tricas partidárias e de jogos de
interesses.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
5
A Foto ou o Traço
Doente e
maltratado?
Vá à Internet!
Se é daqueles que sempre que entra
num centro de saúde ou num hospital sai
arrependido de não ter pedido o livro de
reclamações, continue a ler. Especialmente para si, leitor, que está descontente com
os serviços prestadores de saúde, que não
se revê nas filas intermináveis das consultas de rotina, que acha que a actual política do Governo para a saúde está a precisar de um transplante, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) criou um livro de reclamações online, onde pode deixar o seu
descontentamento por escrito, rápida e facilmente, à distância de um clique.
Para tal, basta 1) ter acesso a um
computador com Internet, 2) registar-se no
site da ERS (www.ers.pt) e 3) preencher
um formulário, identificando-se, ao serviço que não terá cumprido o seu dever e à
situação que despoletou os sentimentos
de raiva, desespero ou quaisquer que tenham sido os da altura.
Tendo em conta que, segundo um estudo do Eurostat, dois em cada cinco lares
portugueses têm acesso à Internet e 30%
até tem sistema de banda larga, parece
um serviço de alguma utilidade. No conforto do seu lar, os portugueses enfermos
poderão discorrer sobre todas as desgraças – não as que ocorrem no seu próprio
organismo, mas as do sistema de saúde
nacional. E tendo em conta a quantidade
de notícias de queixas de utentes de diversos estabelecimentos de saúde por esse
país fora, acho que até posso prever um
uso exaustivo deste serviço tão útil que
está tão perto de todos nós.
Este “todos nós” é que me intriga: sabemos que a grande maioria dos utentes
dos serviços prestadores de saúde são
idosos. Sabemos que a maioria dos utilizadores da Internet são jovens estudantes. Tudo bem, também sabemos que, a
nível europeu, os chamados silversurfers
(quem acede à Internet regularmente e
tem mais de 55 anos) estão a aumentar
exponencialmente, mas o caso português
continua a ser diferente.
Se pensa que este é mais um dilema
governamental imputado ao simples cidadão votante e está preocupado com a sua
resolução, não tema, caro leitor! Já pensei
num rol de soluções para resolver o assunto, isto, claro está, enquanto não lidamos
com o desenvolvimento tecnológico.
Solução 1 (e mais demorada): aproveitar os computadores tão gentilmente
cedidos pelo nosso primeiro-ministro Sócrates e espalhados pelas freguesias portuguesas e ensinarmos os nossos pais e
avós a utilizar a Internet;
Solução 2 (e mais aborrecida): ouvir
os nossos pais e avós narrar o acontecimento do centro de saúde, anotar mentalmente o mais importante e escrevermos
nós a reclamação no site, resumindo-a claro a duas linhas e omitindo todos os nomes
feios chamados à recepcionista;
Solução 3 (e mais óbvia): aconselhar
os nossos pais e avós a olhar quem os
aborreceu nos olhos e dizer calmamente “quero o livro de reclamações e o seu
nome, por favor”. Diz que resulta sempre
numa mudança súbita de humor do seu
interlocutor…
Atentado ao Património
ou protecção ao Infante?
Homenagem a
Ilídio José Norte Colos
(n. 1968, f. 2007)
Ilídio Colos, de 39 anos, faleceu tragicamente no hobbie que mais gostava,
a pesca que praticava há mais de vinte anos.
A sua força e coragem, esgotadas durante meia hora contra a força do mar, não
foram suficientes, nem tão pouco a ajuda
do amigo e velho companheiro da faina piscatória que sofreu e testemunhou tão doloroso momento.
Electricista há quase meio século na Electrolagos, reconhecido e elogiado como profissional e colega, deixa muitas saudades.
Porém, Ilídio, para além de excelente profissional, de bom amigo e do
gosto pela pesca, tinha naturalmente a grande paixão pela família.
Era o pilar de toda a família, aquele a quem recorriam quando precisavam de ajuda ou de um conselho amigo, estando sempre disponível e afectuoso para com seus pais e irmãos.
Era um esposo exemplar, presente em todos os momentos da “caminhada” com Ana Cristina. Também um pai “babado e herói” para as suas filhas – Catarina Jesus Norte (12 anos) e Beatriz Jesus Norte (7 anos) – que
ficará para sempre guardado nos seus corações.
A esposa, filhos e restante família agradecem a todos os que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
A todos o nosso Bem-Haja.
Ana Cristina Colos
Páginas em Movimento, Lda
Propriedade: Páginas em Movimento, Lda - NIPC 508216842 - Sociedade por quotas
Capital Social: 5000 euros - Matriculado na Conservatória do Registo Predial/Comercial de Lagos
Director: Carlos Conceição
Redacção: Carla Lourenço, Carlos Conceição. Colaboradores: Ana Sofia Cardoso, Alfredo Mendes, Búzio dos Reis, Delmiro Barros, Francisco Castelo,
Hélio José, Hélio Xavier, Ilídio Dias, João Velhinho, João Pedro Jacinto, José Alberto Baptista, José Carlos Vasques, José Reis, José Veloso, Luís Barroso, Manuela Duarte, Mário Silva, Nídio Duarte, Oli Fernandes, Rita Figueira Rodrigues, Tolentino Abegoaria e Vieira Calado. Fotografia: NL Grafismo /
Paginação: João Almeida e NL Publicidade: NL Periodicidade: Mensal Redacção, Publicidade, Assinantes e Administração: Rua Portas de Portugal, nº. 91 8600-701 Lagos Tel: 282 089 153 Telms: 966 754 800 / 914 536 330 Email: [email protected]
Reg. Nº Título DGCS: 123699
Impressão: INGRASA Artes Gráficas Polígono Indústrial el Trocadero, Calle Francia, S/n - Puerto Real (Cádiz) - Espanha
Tiragem nesta edição: 3000 exemplares Assinatura anual: Nacional 15 euros; Internacional 50 euros.
6
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Dois rostos, antigos colegas bancários, a paixão pela política, opções partidárias distintas,
juntos na análise mensal de temas da actualidade de âmbito local, ao nível regional e no panorama nacional
Temas desta edição:
1. Nacional: A nova lei do tabaco
2. Regional: Embargos do ICNB
3. Local: Previsões para 2008
José Alberto Baptista
1. A quem não é, ou não foi, fumador, a sua posição neste momento pode ser vista como uma posição algo hipócrita ou panfletária.
É evidente e conhecido o incómodo que o fumo
do tabaco produzia nos não fumadores em áreas de
alguma restrição de espaço, como salas, restaurantes e afins. Tivesse havido um pouco de consideração pelo conjunto das outras pessoas e, quem sabe,
não teria sido necessário levar tão longe a proibição
que agora impende sobre os nossos fumadores. Dirão alguns que a questão não se põe em termos de
ética social, mas de legislação comunitária (UE):
essa é outra questão a que não fugiremos.
A questão de ética social é a que nos parece
mais relevante. De tal modo que, tapando de um
lado, a lei parece destapar do outro. Assim, poderemos estar a criar um novo “grupo de rua”, excluindo
uma massa considerável de cidadãos de usufruir do
direito de permanecer em espaços interiores, “enxotando-os” para espaços exteriores, sem condições
de acolhimento. É permitido questionar se estes cidadãos não estão a sofrer da “ditadura da lei”, uma
vez que esta pode, neste caso, configurar um desvio da essência democrática, - que deve se a do método comunicacional -, fazendo prevalecer, de modo
autoritário, a razão da legalidade.
E sobre esta questão, como já em outras, a
União Europeia vai manifestando mais o zelo como
guardião do sistema que o de promotor da equidade rawlsiana do cidadão.
Não estará para breve a criação de uma “sala
de chuto para fumadores”?
2. Esta matéria assumiu, recentemente, uma
gravidade pública, devido ao conjunto de comunicados partidários em que cada uma das partes digladia a razão de fundo e mete lanças em defesa
da dama da sua opinião.
Parece, contudo, que a questão de fundo é maia
ampla e mais esconsa. E tem, também, a ver com a
leitura democrática da legalidade.
Há algum tempo a esta parte, os portugueses,
de modo silencioso, começaram a ver o seu posicionamento legal sendo adormecido pela teoria das
“expectativas” que vem substituindo, quando ao Estado convém, a teoria do “direito”. E isto começa a
ser um pesadelo para a segurança administrativa e
legítima da vida dos cidadãos.
Quando ouvimos falar em Estado de Direito –
concepção claramente histórica e liberal – sentimos
um certo desconforto, uma vez que a afirmação de
tal Estado já não configura o conceito em que foi
embrulhado pela cultura política. Porque, hoje, estamos mais na dependência de um Estado de expectativas, em que o Estado é que determina o momento e a função dos nossos direitos.
Assim, a questão dos embargos do ICNB, para
além de configurarem a confissão de uma interpretação sobre as expectativas dos cidadãos, assume
uma especial relevância, tendo em atenção a luta
dos gestores político e dos cidadãos da Costa Vicentina e das Terras do Infante sobre uma “ilegítima” alienação do direito democrático de participar
na gestão territorial dos seus Municípios.
O frenesi dos comunicados partidários só veio
aumentar a confusão nas populações municipais
“contaminadas” pelo ICNB, deixando-as mais des-
crentes em poder resolver a questão pertinente e de
fundo que é o seu direito – e não mera expectativa
– de participar na gestão do território em que nasceram e onde trabalham.
Quanto aos embargos, e são muitos, desconhecemos os fundamentos concretos e positivos dos
mesmos: só se estranha, e se não aceita, que a administração pública tenha que intervir com embargos,
quando, aqui sim, o direito do cidadão em construir
se converteu de expectativa em direito pela acção
da referida administração pública, mesmo se algum
pormenor burocrático não foi cumprido.
3. O ano de 2008 em Lagos pode ser um ano
com várias encruzilhadas, tendo algumas delas repercussões no nosso quotidiano.
Fiquemos pela encruzilhada política. A alteração da lei eleitoral autárquica, apesar de se fazer
sobre o figurino constitucional e democrático da II
República, vai deixar de fora um conjunto de experiências e evoluções da gestão municipal e de comunicação democrática, de tal modo que se poderá
converter, no futuro, em lastro imobilizador da vida
municipal. Contudo, do que sabemos até à data, vamos salientar, com a brevidade deste comentário –
deixaremos a matéria para um comentário especial
– a escolha dos próximos eleitos locais que será feita em uma única lista, cabendo ao cabeça de lista
do partido e da lista vencedora a escolha de 4 Vereadores e à oposição os restantes 2 vereadores.
Assim, haverá uma maioria de 5 vencedores contra 2 da oposição.
A segunda nota nesta matéria tem a ver com o
comportamento dos partidos locais, sobretudo, do
PS e do PSD, em confronto com esta alteração. Sem
esquecer o papel histórico da CDU, cuja permanência na Assembleia Municipal só será analisável em
função do texto final a aprovar ainda na Assembleia
da República: mas, a não ser um crescimento extraordinário de votantes, o regresso da CDU ao Executivo será, no futuro, uma miragem.
Ora, o comportamento dos partidos tem que ser
de uma nova ordem, perante o desafio que a lei lhes
impõe: a escolha de todos os eleitos numa só lista
vai obrigá-los a um reforço de organização e de militância que hoje não é visível. Se no PSD cresce algum consenso em redor da actual direcção e gestão partidária, apesar de algumas críticas ao seu líder, no PS, o ano de 2008 será de capital importância para o seu futuro, uma vez que terá de aproveitar
o “tempo de graça” da actual gestão municipal para
preparar a estrutura interna e os militantes para as
próximas batalhas política, que não serão só eleitorais. Aguarda-se com alguma expectativa a marcação da data das eleições locais internas no partido
para se ver até onde o PS quer, ou pode, ir neste caminho de reorganização e modernização.
Na área municipal, o Executivo tem em mãos
obras de prestígio, como o Edifício Municipal, e obras
de risco, como a reconversão da Zona Ribeirinha. Do
mais, o programa cultural e lúdico para 2008, já conhecido, vai na linha de reavaliação da nossa condição de consumidores de divertimento.
A todos os lacobrigenses um Bom Ano de
2008, com boas Notícias de Lagos para todos.
1. Sou nesta matéria uma pessoa suspeita na
medida em que fui fumador compulsivo durante umas
duas décadas. Fumava quatro maços por dia e acendia os cigarros uns nos outros.
Queimei fatos, camisas, gravatas, lençóis, estofos do carro entre outros prejuízos para não falar
dos custos diários dos cigarros.
Até que um dia; há sempre um dia; que resolvi
parar. E parei mesmo!
Já lá vão mais de vinte anos sem que um cigarro tenha sido por mim consumido, sem sustos médicos, sem medicamentos; só com a minha vontade de deixar.
Por tudo isto, considero-me por dentro do vício
de fumar, tenho dele uma experiência e por isso posso entender alguns que não conseguindo dar o passo em frente, se acham em desconforto.
Mas o que temos que entender é ninguém tem
o direito de prejudicar terceiros e nesse sentido estamos perante uma Lei justa, que pouco a pouco irá
ser assimilada e dará um forte estimulo aqueles que
desejam deixar o vício.
Para mim uma lei bem-vinda!
2. Estamos perante um caso de extraordinária
importância que ultrapassa o valor das coisas e dos
prejuízos inerentes. Estamos perante uma grave arbitrariedade que põe a nu algumas graves fraquezas da
nossa Administração e subverte o conceito de justiça
e ataca os mais originários pilares do Direito.
Na realidade Alvarás de Loteamento; aprovados
desde 1983 e 85, antes da Reserva de Paisagem
Protegida ou do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que percorreram todas as
Entidades externas para parecer, titulam, a partir de
então, direitos de edificação que as Câmaras Municipais através de uma simples autorização Administrativa materializam; estão a ser agredidos na sua eficácia legal por interpretação sinuosa da legislação,
deixando a nu, não a vontade do ICN no sentido do
cumprimento da Lei, mas sim uma vontade de evitar a todo o custo o repovoamento do Concelho e a
fixação de pessoas.
Na realidade aparece claro que a questão da
legalidade não se põe e só serve de argumento
para que o ICN trave a fixação de pessoas naqueles Concelhos.
É espantoso como é possível se rebuscarem argumentos filosóficos tais como definições de perímetros urbanos, aglomerados urbanos, para rebuscar
razões para estas acções.
Todos os pareceres que foram recolhidos a eminentes jurisconsultos, com obra doutrinária publicada, são unânimes em considerar as posições do
ICN como ilegais.
Mas será que em cada cidadão no recato da sua
consciência, morada preferencial do Direito Natural
que se impõe ao Direito dos Homens, alguém acha
que um título da Administração que era legal há uma
década deixou agora de o ser?
Ou que a criação do PNSACV, com legislação
Búzio dos Reis
própria, pode agora interferir em direitos anteriores
à sua criação?
Mas mais curioso é que o ICN tinha em 1996 sobre a autonomia das Câmaras Municipais uma visão
completamente diferente e completamente de acordo
com o nosso pensamento actual quando dizia:
A autonomia das Câmaras Municipais depende
do tipo de plano que estiver em vigor, sendo no entanto plena, sempre que estivermos perante plano
de pormenor ou alvará de loteamento.
Este parecer, aliás homologado por superior hierárquico que inclusive escreve e muito bem:
“A legislação obriga a autorização por parte do
Parque Nacional somente quando se trate de actos
e actividades e não quanto a situações pré--existentes relativamente às quais cabe a legalização ou punição por parte dos municípios”.
Fica pois claro que o ICN tinha um entendimento correcto da Lei em 1996 e que esse entendimento encontra ainda hoje acolhimento nos pareceres
de especialistas com publicações doutrinárias sobre a matéria que agora vem condenar a nova posição do ICN porque ilegal, incompreensível e de uma
profunda insensatez.
O que me espanta não é a possível impreparação dos juristas do ICN ou se quisermos ir mais longe as suas “ guerrinhas”. O que me espanta é que o
Governo aceita tudo o que vem do ICN como bom o
que para além de ser estranho é em termos de interesse nacional perigoso.
O Governo, se a Justiça funcionar, estará a alimentar um escândalo a nível jurídico, mesmo a proposta de resolução do Conselho de Ministros é já uma
peça considerada ilegal e inconstitucional
Que benefícios reais para o interesse público
advirão com tais medidas?
Será que o princípio da proporcionalidade foi
respeitado?
Alguém já ajuizou dos efeitos destes embargos
e das medidas preventivas declaradas?
Alguém já ajuizou das indemnizações a pagar
a Privados?
O ICN não pensa nessas coisas de menos importância, já que o fundamental é que os seus técnicos possam interferir na esfera jurídica de toda
a gente.
Vamos acompanhar este folhetim de põe de rastos o ICN e por arrasto o Ministério do Ambiente.
A Nova Lei da responsabilidade Civil do Estado
e dos seus agentes promete uma boa estreia.
3. É difícil exercitar conjecturas sobre o ano que
agora se inicia.
Dados que ainda não foram lançados aconselham muita prudência.
Contudo atrevo-me a dizer que vai mexer no
aspecto político, com o possível encurtar do mandato autárquico.
Resta saber se Júlio Barroso vai ser o candidato do PS.
As obras na Avenida poderão ser um factor negativo na sua reeleição e um desastre para o Comércio local.
De resto não vislumbro grandes novidades.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
7
Este espaço é de pura ficção e qualquer
semelhança com personagens ou lugares,
não passa de pura coincidência
O Cantinho do Poder
O Sheriff de Nottingham
Júlio dos Registos reuniu o seu
núcleo duro para analisar a situação
política, uma vez que o ano de 2007
não correra da melhor maneira, tinha
sido um “annus horribilis” – o Sueco
a dar o dito por não dito, o Tribunal
Supervisor de Desvios e a Projecção do Luís King, dos vinténs para
Obras do Futuro, começavam a deixá-lo inquieto e deprimido. Por outro
lado, aquela associação do seu reinado ao nome dos Verdinhos, conseguia que ficasse verdadeiramente possesso – que atrevimento. Ele,
um adepto da “política da glasnost”
(transparência).
Resolveu portanto reunir os cérebros mais pensantes e dotados do
seu Círculo de Carinhos – Paulinho
Empresarial, Mota Mártir, Marretas e
Paulinha Pasta de Dentes. Para reforço e portadores de ideias de fora
para dentro, convidou Eu Rico Pascoais Vai Vinte, Afonsinho Trovador
e Luís Adivinho.
Meus Caros Fiéis,
As coisas não estão a correr da
melhor maneira e já vejo o nosso
reinado associado a alguns desaires. E, tal como diz o Povo, na sua
imensa sabedoria, mais vale prevenir do que remediar. Precisamos de
algo que restitua a minha imagem de
homem que não teme os seus adversários, que demonstre coragem
e que transmita aos nossos eleitores a minha capacidade de liderança. E a verdade é que sou sempre
eu a empurrar o bote. Portanto, preciso de ideias.
O primeiro a pronunciar-se, tentando impressionar de imediato, foi
Mota Mártir que fez uma longa abordagem sobre os feitos do Júlio dos
Registos, o conceito de coragem, separando-a do conceito de bravura e
quais os mecanismos psicofisiológicos que desencadeavam estas reacções. A dissertação foi tão longa e
exaustiva que a maior parte dos outros participantes já bocejava.
Alguém lhe recomendou que a título excepcional, convidasse o Julinho Ensampa, que era uma autoridade em questões de criatividade. Resolveu, por razões até à data desconhecidas, deixar de lado a Quinita e
o Jorge Pias.
E foi ele mesmo que fez a introdução:
Marretas não quis ficar atrás mas
foi bem mais sintético.
– Senhor Presidente, eu não
vejo o panorama tão negro e preto e
acho mesmo que o que já temos feito é mais do que suficiente para impressionar os nossos eleitores. (Marretas esqueceu-se que possivelmente não estava da posse de todos os
elementos que preocupavam o Júlio dos Registos, da mesma maneira
que este também não tinha conhecimento de tudo o que provocava insónias no seu colaborador).
– Vamos pô-lo a apanhar um ladrão.
Afonsinho Trovador utilizou as armas que tinha ao seu dispor.
– Nós organizamos um grande
festival de canções de protesto, que
faça com que o Povo recue no tempo e recorde os tempos do PREC,
em que tu lideravas os Movimentos de Barricadas e de Ocupações
de Espaços para o mesmo Povo. As
pessoas, face a estes cantares vão
ver-te de novo como um herói, sempre à frente, de peito aberto ao inimigo, qual Robin Wood ou José do
Telhado.
Julinho Ensampa, respondeu:
Mas Júlio dos Registos não estava convencido. Achava que precisavam de algo mais forte e mais
relacionado com o presente. E começou mesmo a desesperar com a
falta de ideias do Paulino Empresarial, do Eu Rico Pascoais Vai Vinte e
do Luís Adivinho. Paulinha Pasta de
Dentes bem se esforçava para conseguir uma ideia luminosa que satisfizesse o seu líder espiritual, mas
não estava inspirada.
E foi então que o Julinho Ensampa sacou um dos seus famosos coelhos da cartola e propôs:
– Mas como – retorquiu o Júlio
dos Registos.
É relativamente simples e só precisamos de alguns figurantes. Ainda
por cima constou-me que o Sr. Presidente também já fez teatro.
– Teatro faço eu todos os dias –
comentou o Júlio dos Registos – mas
começo a estar cansado.
Julinho Ensampa deu continuidade ao seu pensamento:
– Precisamos duma vítima, de
um amigo do alheio, um peão e
um local onde toda a acção se desenrole.
– Concretize melhor, porque não
estou a perceber. – respondeu Júlio
dos Registos.
E Julinho Ensampa continuou a
dar largas à sua criatividade, de homem com muita experiência de vida:
– Para cenário a Rua do Hospital,
que é estreita e por onde passa muita gente. Para gatuno não vai ser difícil encontrar um. Para vítima, com-
bina-se com a Balofinha…
– E depois – questionou Júlio dos
Registos, vislumbrando matéria que
alimentava os seus objectivos.
Julinho Ensampa completou finalmente o seu raciocínio:
– A vítima sobe a rua, o senhor
desce, o gatuno empurra a Balofinha
para lhe tirar a carteira, o senhor corre atrás do ladrão e o transeunte anónimo passa-lhe uma rasteira, para evitar que o senhor corra muito.
– Então, e o polícia? – Perguntou Júlio dos Registos.
– Polícias é que, segundo ouvi
dizer, não lhe faltam.
Foi então a vez de Paulinho Empresarial dar a sua contribuição:
– E a seguir, publica-se no Caca
a Caca e no Correio Madrugador,
com fotografia e tudo.
– Mas assim mais pareço o Sheriff de Nottingham.
– Mas isso já o senhor é, principalmente no que respeita a recolha
de impostos que são dos mais altos
que existem em todos os Burgos do
país – rematou Julinho Ensampa.
Viva a Rússia (Comendador)
Gil & Sebastião
dões, fora das tricas políticas e quase a leste das mais diversificadas iniciativas promovidas na nossa cidade
dos descobrimentos.
Sebastião - Gil, amigo de longa data, tendes razão pelo deserto
de povo à vossa beira. Porém, quanto a tricas partidárias e a tantos festejos despejados, por ventura sois
vós, histórico amigo, privilegiado em
relação a mim. Por vezes a paciência pede tréguas.
Vivida mais uma quadra natalícia, festejada a passagem de ano
e cantados os reis, Gil e Sebastião
aprazaram um encontro para colocarem a escrita em dia.
Gil – Nunca mais chega o Verão,
continuo desterrado longe das multi-
tivesse mais animado.
de Fátima.
Gil – Perdoai-me senhor, mas
apenas concordo em relação ao festival pirotécnico, pois foi possível admirar um pequeno fogo ali bem perto
e outro fantástico clarão ao longe jamais visto por aqui. Quanto à animação do Infante, desculpai, mas ainda
hoje o nosso companheiro clamava
e desesperava.
Gil – Nesse caso da “Santa”, até
se tolera, porque as crianças estavam a uma boa distância do Infante.
Davam-lhe visibilidade. Mas se quereis a minha modesta e sincera opinião, nem exposição de motos, nem
de carros Mercedes, nem pódios de
entrega de prémios em provas desportivas, nem mesmo a Feira do Livro devem ofuscar o nobre e ilustre
Infante D. Henrique. Salvo se deixarem o Infante respirar, ver quem o rodeia e sobretudo ser admirado.
Sebastião – Mas porquê, se estava em seu redor um mar de gente?
Gil – Tamanha fartura até pode
enjoar um pouco, mas a solidão trai
o meu coração.
Mas caro amigo, vós tivestes o
Presépio e os Cantares dos Reis com
alegria e muita gente.
Gil – Pois eu vi o Infante tapado, desprezado durante toda a noite. E de manhã, vi aquela lixeira que
me fez lembrar a velha estrumeira
do Chinicato.
Sebastião – Mas também vós
fostes bafejado pelo fogo de artifício
e pela música, embora o Infante es-
Sebastião – Mas homem, viuse gente e festa, tal como aconteceu depois com a Nossa Senhora
Sebastião – Sabeis que vão fazer intervenções na frente Ribeirinha.? Tendes noção do que vos vai
acontecer?
Gil – Em abono da verdade, prefiro adiar essa preocupação. E com
esta me despeço, no próximo encon-
tro falaremos das tricas políticas, pois
há muito para contar e desbravar.
Sebastião – De acordo nobre
amigo, nessa matéria de política há
mesmo grandes novidades e até alguns escândalos.
8
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Este é o espaço dos leitores. Aqui os cidadãos são os jornalistas.
Mais vale tarde que nunca
É verdade que há muita coisa
por fazer, corrigir, melhorar, requalificar e inovar, mas também é justo
relevar boas medidas e oportunas intervenções.
Na verdade, verificam-se agora
melhorias reclamadas há muito tempo, mas que são sempre bem vindas,
tal como diz o ditado “mais vale tarde que nunca”.
co da Gama.
Para muitos, a ausência da passadeira era inconcebível, quando
numa situação idêntica, Praça do
Infante, à saída do passeio do Parque de Estacionamento, sempre se
conheceu uma travessia para peões
assinalada.
Porém, para outros, as duas passadeiras junto à Repsol não se justificam, considerando que a bomba
que razões presidem a decisão antagónica em relação a situação semelhante na Bomba da Galp?
E curiosamente, também no
mesmo troço, verifica-se a ausência
de Passadeira na Rua General Cândido Guerreiro, quando se sabe que
recebe forte tráfego, quer de quem
vem da Rua Vasco da Gama junto
à Escola EB 2,3 de S. João, que r
de quem vem da Avenida dos Descobrimentos para se dirigir para a
referida escola ou para a Urbanização Marina Sol.
Finalmente colocaram
contentores enterrados
junto ao Hotel Tivoli
Outra boa notícia foi a colocação de contentores enterrados junto ao Hotel Tivoli. Diante da histórica e quase única unidade hoteleira de qualidade em Lagos, era inadmissível constatar aqueles “verdosos” derramando porcaria e a oferecer um péssimo cartão de visita da
nossa cidade.
A nova Passadeira
junto à Repsol
São exemplos disso, a passadeira colocada, finalmente, na Avenida
dos Descobrimentos, junto à Repsol
onde o tráfego é intenso quer para
entrar na Bomba de Gasolina, quer
para as Rent a Car ou mesmo em
direcção às Ruas Vítor Silva e Vas-
de gasolina é um espaço privado e
perigoso para circulação de elevado tráfego de peões, quando existe
uma passadeira entre o Largo Porta
de Portugal e a Rua Vasco da Gama
que dá acesso ao passeio da Avenida dos Descobrimentos sem circular
junto à Repsol.
Opiniões à parte, já que na Repsol existem agora duas passadeiras,
Até que enfim,
as duas vias abertas junto à
Escola EB 2,3 de S. João
De sublinhar com agrado a abertura das duas vias na Rua Vasco da
Gama entre a Escola EB 2,3 de S.
João e a Rotunda da Caravela. Até
que enfim, parece que foi vencida a
teimosia, embora também se cogite que o troço só foi aberto ao trânsito por força das obras do novo edifício da Câmara Municipal que condicionam a circulação na Rua dos
Celeiros.
Escola pouco segura
Ainda a propósito da Escola,
recorde-se que já denunciámos os
abusos de alguns comodistas que
estacionam os carros junto àquele estabelecimento de ensino, mesmo com um Parque de estacionamento ali ao pé. No entanto, a bagunça continua e o caos instala-se
em horas de ponta (almoço entre
as 12H30 e as 14 horas).
Aí, instala-se a confusão com filas intermináveis de carros. Uns parados nos tais recantos e passeios
de peões, outros estacionados nos
dois sentidos do troço à espera de
crianças. Apitadelas, discussões,
transtornos para condutores e naturalmente para peões que são obriga-
dos a passar no meio da estrada entre os carros. Só que, nos casos de
deficientes e carros de bebé a perigosidade aumenta. É o que acontece geralmente em dias de chuva, e
numa desta ocasiões, uma senhora
circulava por entre veículos com um
bebé debaixo de chuva e com pés
dentro de água, pois aquela zona
quando chove transforma-se numa
autêntica ribeira.
Perante tão insólitas situações,
face a certa apatia das autoridades
competentes, são muitos os cidadãos que questionam a falta de policiamento nestas ocasiões.
Falta Passadeira
na Rua Afonso Caetano
Já agora, a propósito da referida zona, ali bem perto, na Rua Afonso Caetano, continua a reclamar-se
uma passadeira. Ora se na rua anterior que sobe em direcção à GNR
existe passadeira, qual a razão da
não existência de passadeira na rua
que desce da GNR?
Marina Sol ou Marina Sombra?
Há muito que é reclamada intervenção no espaço abandonado e degradado na Urbanização Marina Sol, sem merecer, até à data, qualquer sinal de preocupação ou medida tendente a ultrapassar uma moléstia com barbas.
Mas se a barbuda moléstia incomoda muita gente, as novas mazelas incomodam muito mais.
Até a rotunda da Caravela
fica entupida
Por diversas vezes a rotunda da
Caravela apresenta-se entupida de veículos à espera que desagúe a longa
fila que penetra na entrada da Marina Sol (Rua Palos de La Frontera) que
atravessa toda a zona residencial até
à Rua General Humberto Delgado. Aí
esperam que não haja trânsito para seguirem em direcção ao LIDL , Avenida
do Cabo Bojador e Avenida das Comunidades. O comodismo ou a poupança
de gasolina devem pesar nesta decisão de enfiar pela Marina Sol, por ventura para evitar seguir pela Rua Vasco
da Gama e arriscar a paragem nos semáforos e para fugir às longas filas junto à Escola, tal como acontece entre as
13h e as 13.30.
Assim, o perigo ronda crianças e
idosos da Urbanização em horas de
ponta, coincidentes com o regresso
das aulas e dos empregos. E naturalmente que é um caos o entupimento
numa rotunda por onde todos os veículos têm que passar. Há já quem reclame que seja colocada outra rotunda na Avenida Fonte Coberta no cruzamento com a Rua General Humberto Delgado cuja circulação ou entrada
está vedada para quem vem da Rotunda da Caravela. Nova rotunda ou outra
solução para assim despistar aqueles
que agora entraram na moda de invadir a Marina Sol.
Parecem “grutas”
Com tamanho tráfego diariamente em piso implantado às três pancadas com remendos a torto e a direito,
seria de prever que a chuva provocasse os seus estragos. Com efeito, basta cair um pé de água para que se es-
palhem “grutas” por toda a Urbanização Marina Sol. Foi assim que um morador ligado à construção civil qualifica
os vários e profundos buracos que podem danificar veículos e também provocar quedas e lesões a peões, como aliás já aconteceu.
Outro residente na Urbanização comentava com ironia, “isto não é a Marina Sol mas sim a Marina Sombra”. Parece uma favela abandonada.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
9
Câmara de Lagos aprova novas medidas sociais de apoio às famílias
Natação para Grávidas e famílias com filhos menores
de 5 anos será gratuita nas Piscinas Municipais
As grávidas e as famílias que se
inscrevam com os filhos menores de 5
anos, nas Piscinas Municipais de Lagos, vão poder usufruir de isenção de
pagamento. Esta foi uma das importantes propostas aprovadas no passado
dia 19, na Reunião de Câmara, e que
entrou em vigor este ano.
No seguimento do desenvolvimento de medidas sociais de estímulo ao aumento da natalidade, encetadas no ano de 2006 e desenvolvidas
em 2007, pela autarquia de Lagos cabem, por maioria de razão, também
uma promoção da gravidez segura e
qualitativa.
Como a natação e actividades
aquáticas concebidas especialmente
para a gravidez devem ser acessíveis
a todos os extractos populacionais, assim como a prática por bebés e crianças com os respectivos progenitores,
a autarquia decidiu propor novas medidas nesta área.
Assim, as mulheres grávidas residentes e recenseadas na área do Município poderão frequentar gratuitamente a Piscina Municipal de Lagos.
Igual isenção é concedida às famílias que se inscreverem com os filhos menores de cinco anos em actividades destinadas a estes escalões
etários e às práticas aquáticas familiares. A isenção é concedida à criança e
à família desta.
Ainda no âmbito dos apoios, foi
igualmente aprovado celebrar protocolos entre o Município de Lagos, a LAGOS-EM-FORMA – Gestão Desportiva E.M. e o Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos, e o Núcleo de Educação de Crianças Inadaptadas (NECI). Estes protocolos visam
a isenção de pagamento pela frequên-
cia das Piscinas Municipais de Lagos
por crianças e adolescentes em regime de internato e por pessoas portadoras de deficiência.
Esta decisão foi tomada, tendo
em conta, entre outros factores, que
a formação e desenvolvimento desportivo são considerados essenciais
na educação para a Vida das crianças. É, além disso, uma salutar ocu-
pação dos tempos livres, fomentador da disciplina individual e de grupo, e facilitador da criação de hábitos
de vida em sociedade. A oferta pública de equipamentos desportivos, ainda que de gestão empresarial, tem de
perseguir objectivos sociais e instituir medidas de discriminação positiva, por forma a permitir a integração
social de todos.
Primeira reunião do Fórum Ibérico de Cidades Muralhadas
Autarquia investe no património
A aprovação de um Plano de Acção foi o principal resultado da primeira reunião da Junta Directiva do Fórum Ibérico de Cidades Muralhadas,
que decorreu, recentemente, em Plasencia (Espanha) e que contou com a
participação de Lagos.
Este órgão é composto por seis Câmaras, três portuguesas e três espanholas: Plasencia (na qualidade de Presidente), Castelo Branco (Vice-Presidente), Lagos (Tesoureiro), Lugo (Secretário), Coca (Vogal) e Penela (Vogal).
Os assuntos tratados neste primeiro encontro, e que representam decisões tomadas por unanimidade, passam por acordos como a celebração
anual do Dia Ibérico das Muralhas, em
todas as cidades pertencentes a esta
associação, a criação de uma página
na Internet, elaboração de material promocional e institucional do Fórum e a
elaboração de um Plano de Promoção
e Comunicação.
Por outro lado, foram igualmente
apresentadas novas propostas para se
levar a cabo, tais como solicitar a integração do Fórum Ibérico como membro associado na Walled Towns Friendship Circle (Associação Internacional
de Cidades Muralhadas); o apoio de todos os membros ao projecto promovido
por Plasencia na obtenção da declaração do Dia Internacional das Muralhas
e a captação de recursos nacionais e
europeus para a promoção e desenvol-
vimento do Plano de Acção.
Ficou ainda decidido criar um Comité Técnico – Científico Multidisciplinar que servirá de suporte assessor
para os restantes órgãos do Fórum e
para impulsionar medidas concretas
de âmbito económico, cultural, educativo e social.
Sublinhe-se que, de acordo com o
previsto no documento “Grandes Opções do Plano para o Ano 2008” da Câmara Municipal de Lagos, estão contemplados diversos investimentos no que
diz respeito ao património do concelho
(que espelha a atenção que o Município
tem prestado às suas Muralhas), nomeadamente, a Recuperação do Pano de
Muralhas e dos Baluartes e a criação de
acesso exterior ao Baluarte da Alcaria
ou das Freiras e recuperação da rampa interior, entre outras.
Recorde-se, a propósito, que a cidade de Lagos foi convidada a aderir ao
Comité Executivo do Fórum Ibérico de
Cidades Muralhadas, tendo sido assinado o Protocolo de Constituição e Estatutos da Associação no final do ano passado. Lagos foi um dos 73 municípios
que responderam a favor da criação de
uma associação que defenda e promova a recuperação, conservação e sensibilização sobre o património muralhado, a captação de recursos para a sua
restauração e a promoção dos bens patrimoniais em favor do incremento do turismo e da actividade comercial.
Entrega pode ser feita directamente na Estação de Transferência de Lagos
Equipamentos Eléctricos e Electrónicos
têm novos pontos de recolha
A Estação de Transferência de Lagos é um dos 11 novos pontos de recolha de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE’s), da responsabilidade da Algar. Assim sendo,
qualquer munícipe/utente pode depositar gratuitamente nestes locais, todos
os resíduos REEE (Ex.: frigoríficos, congeladores; máquinas de lavar roupa ou
loiça, fogões, ventoinhas, microondas,
etc), desde que devidamente separados
de outro tipo de resíduos.
No que diz respeito a empresas
particulares, podem igualmente depo-
sitar os resíduos gratuitamente, ainda
que se tenham de fazer acompanhar
de uma Guia de Acompanhamento de
Resíduos – Modelo A, devidamente preenchida (poderá ser adquirido na Papelaria Palinova).
A Estação de Transferência de Lagos está situada nas Portelas e o horário para recolha dos resíduos é de Segunda a Sexta, das 8h00 às 16h00 e aos
Sábados, das 8h00 às 12h00.
Não obstante esta nova valência da
Estação de Transferência, e para os munícipes que não tenham condição de fa-
zer transportar os resíduos à E.T., a Câmara Municipal de Lagos continua a assegurar o serviço domiciliário de Recolha
de Monos (gratuito), mediante marcação,
através do telefone 282 780 520.
Pacotes de Leite e Sumo passam para o Ecoponto Amarelo
Ainda na área do ambiente, a ALGAR solicita a colaboração de todos,
no sentido das embalagens de cartão
para líquidos alimentares (ECAL – Ex.:
pacotes de sumo ou leite) começarem
a ser depositadas no ecoponto amarelo (e não no azul como vinha sendo feito até agora). Recentemente foram criadas pela Sociedade Ponto Verde novas
regras que estabelecem que todas as
ECAL deverão passar a ser depositadas no contentor amarelo.
De acordo com informação recolhida, esta mudança deve-se ao facto de
se ter apurado que o aproveitamento da
parte metálica da embalagem é mais
proveitosa do ponto de vista ambiental
e económico do que o papel que reveste o exterior da embalagem.
População quis
tornar mais
feliz o Natal de
muitas crianças
Lagos
associou-se
ao Natal
Solidário
2007
A Campanha “Natal Solidário
2007”, que este ano decorreu sob
o lema “Torne mais feliz o Natal de
uma criança”, mostrou, uma vez
mais, o espírito solidário dos munícipes de Lagos.
A Campanha, promovida pela
Câmara Municipal de Lagos, nos
passados dias 7 a 9 de Dezembro, contou com o apoio de alguns
supermercados e médias superfícies existentes no concelho, e voltou a demonstrar que os lacobrigenses são solidários.
Recorde-se que todos os
anos a autarquia organiza esta iniciativa no intuito de poder oferecer àquelas crianças que mais necessitam de maior conforto nesta
quadra festiva.
O número de pessoas que
participou foi bastante elevado,
tendo sido recolhidos mais de
2.600 artigos. A saber: Géneros
Alimentares (Leite, Bolachas, Pacotes de Papas e Cereais; Chocolates e Doces Diversos, entre outros) - 1972; Brinquedos - 232; Livros - 97; Material Didáctico/Escolar – 313, entre outros.
A entrega das prendas às
crianças decorreu nas antigas
instalações dos Bombeiros Voluntários de Lagos, até ao dia 21
de Dezembro.
Sublinhe-se que a selecção
das crianças contempladas foi
efectuada pelos técnicos através
das famílias com processo instruído no Serviço de Acção Social da
autarquia.
O “Natal Solidário 2007” contou com a colaboração de diversos voluntários, do Núcleo de Lagos da Cruz Vermelha Portuguesa, do Centro de Estudos de Lagos e o apoio das empresas LagosInter (Intermarché), Modelo e
Pingo Doce.
Janeiro de 2008
10 N OTÍCIAS DE LAGOS
Santa Maria
Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima Recebida
em Santa Maria com pompa e circunstância
Lagos recebeu Imagem Peregrina
de Nossa Senhora de Fátima com notável receptividade. Com efeito, depois
de Luz, Barão de S. João e Bensafrim,
entre o dia 12 de Janeiro e até ao dia
19, foi a vez da Paróquia de Santa Maria, cujo cortejo partiu pelas 17 horas,
do Largo das Portas de Portugal, seguindo pela Avenida dos Descobrimentos onde era esperada por um mar de
gente, seguindo para a Praça Infante
D. Henrique onde se encontravam mui-
tas crianças, terminando na Igreja de
Santa Maria .
Recorde-se que, segundo a tradição, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, sai do seu santuário
uma vez a cada 50 anos, o que tornou
esta visita um facto raro. É neste período, e durante dois anos, que a ima-
gem irá visitar todas as paróquias da
Diocese do Algarve.
A iniciativa mereceu o apoio logístico da Câmara Municipal, contando,
ainda, com os apoios da Junta de Freguesia de Santa Maria, Associação de
Bombeiros Voluntários de Lagos, Moto
Clube de Lagos, Grupo Motard de Bensafrim, GNR e PSP, e ainda o Núcleo
de Paraquedistas que elevou o Andor
desde o Largo das Portas de Portugal
até à Igreja.
Procissão junta
mais de 2000 pessoas
no Centro Histórico
De sublinhar as Celebrações Eucarísticas e Procissão das Velas no dia
13 de Janeiro, seguindo-se nos dias 14
e 15 o Encontro de Meditação , no dia
16 a Apresentação do Filme “As Aparições de Fátima”, depois no dia 17 Adoração (Celebração destinada aos idoso
sendo administrado o Sacramento da
Santa Unção), a 18 de Janeiro o Encontro de Casais, e finalmente no dia
19, pelas 16 horas teve lugar nova Celebração Eucarística a Despedida e a
entrega da Imagem da Senhora Peregrina à comunidade de Porches (Lagoa). A despedida da “santa” reuniu todas as paróquias dos concelhos de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo.
Férias Desportivas da miudagem
IV Torneio de Natal 3 Modalidades
Lagos e Benfica foi o mais pontuado
Já se contam quatro edições do Torneio de Natal 3 Modalidades, numa louvável iniciativa da Junta de freguesia de
Santa Maria, que assim preenche uma
lacuna existente em Lagos, actividade
que antigamente tinha a devida e regular inscrição no plano anual da Câmara
Municipal de Lagos.
Recorde-se que, na década de 80
e até finais dos anos 90, as férias de
Carnaval, Páscoa, Verão e Natal consubstanciavam uma marca de qualidade na programação desportiva da Câmara Municipal de Lagos no topo Algarvio, em colaboração com escolas, clubes e instituições privilegiando umas férias saudáveis, ao mesmo tempo que
preenchia os interregnos de competições federadas.
Com o abandono desta vertente
devidamente planeada e trocada apenas em época estival por outra iniciati-
va “Viver o Verão”, que se recomenda
mas que deveria contemplar quadros
competitivos que proporcionariam um
saudável competição entre jovens turistas e lacobrigenses.
Em boa hora, a Junta de Santa
Maria agarrou o projecto e nesta edição 2007, seis equipas aderiram e nas
duas semanas que antecederam o final
do ano, tiveram oportunidade de desfrutar de um convívio salutar com oportunidade para também colocar à prova as
aptidões técnicas em três modalidades.
Futebol, Andebol e Basquetebol animaram os miúdos, e no final da festa desportiva o vencedor foi o Sport Lagos e
Benfica, a que se seguiram o Estrela de
Desportiva Bensafrim A, Clube Desportivo de Odiáxere, Externato Torraltinha
A, Externato Torraltinha B e Estrela Desportiva de Bensafrim B.
O último dia das férias desportivas
consagrou o futebol, mas antes da entrega de prémios simbólicos com medalhas iguais para todos, teve lugar uma
breve demonstração das 3 modalidades em simultâneo. As crianças viveram um ambiente festivo longe da ganância competitiva de alguns adultos
que correm atrás dos troféus e dos títulos a todo o custo.
Rui Santos, membro da Junta de
freguesia, agradeceu aos atletas, técnicos e dirigentes das instituições presentes no torneio, mas aproveitou a
ocasião para elogiar os pais e familiares dos miúdos que acompanharam a actividade, sem esquecer a
preciosa colaboração dos jovens árbitros Luís Carlos, Fábio Rocha e Bruno Ferreira.
A organização foi apoiada pela Câmara Municipal de Lagos, Lagos-EmForma e Escola Secundária Gil Eanes.
Carlos Figueiras foi o
grande dinamizador
O evento foi idealizado e coordenado por Carlos Figueiras, homem vocacionado para as lides desportivas, antigo jogador de futebol com curso de treinador e que já orientou e colaborou com
clubes lacobrigenses, dirigente desportivo e que também pratica Petanca, es-
tando actualmente ao serviço da Junta
de freguesia de Aanta Maria. Recordese que Carlos Figueiras organiza ainda o Torneio da Páscoa e das Freguesias em Futebol, colaborando também
noutras iniciativas desportivas daquela
autarquia. Um valor acrescentado para
o desporto lacobrigense, e que deveria ser devidamente aproveitado e reconhecido.
Janeiro de 2008
Odiáxere
N OTÍCIAS DE LAGOS
11
Clube Desportivo de Odiáxere – parte 1
Da história de talentos à solta na formação
às fantásticas instalações desportivas e sociais
gumas personalidades que se dedicaram à causa desportiva em Odiáxere,
os presidentes José Augusto Calado,
Manuel Martiniano, Adérito Andrés, e
mais recentemente José Armindo que
foi aquele que parece ter protagonizado mais mandatos consecutivos na liderança do clube, sem esquecer João
“Rebuçado” pioneiro no arranque do
futebol jovem em Odiáxere, Francisco Silva e o próprio Luís Bandarra que
foi Presidente e que dinamizou também a formação.
A dinâmica de
Luís Bandarra
O Clube Desportivo de Odiáxere atravessa presentemente um
dos mais brilhantes períodos do
seu historial, embora se registasse a demissão do seu presidente
da Direcção, José Armindo.
Por isso, o NL decidiu realizar
um ciclo de reportagens com o emblema de Odiáxere, viajando pela
sua história, entrevistando protagonistas e dando a conhecer as
suas equipas.
Em próxima edição, abordaremos a história e a actualidade da
equipa sénior do CD Odiáxere.
O Clube lacobrigense com
melhores instalações
Desde logo vislumbramos as
magníficas instalações desportivas e
sociais, constituindo-se não só como o
clube das freguesias rurais melhor dotado de infra-estruturas mas igualmente ao nível de todo o concelho.
Primeiro foi a Sede Social e beneficiações no campo pelado e mais re-
centemente eis que o sonho se concretizou e aí está um relvado sintético
que faz inveja a muita gente, bancadas e balneários requalificados à altura das necessidades actuais do clube
face ao volumes de escalões que participam nos campeonatos distritais.
Um punhado de gente empenhada de alma e coração
Um fantástico trabalho de grupo
com muita dedicação, esforço e competência de um punhado de pessoas
que se envolveram de alma e coração
no progresso do clube.
Recorde-se que o Clube Desportivo de Odiáxere já conheceu momentos altos na sua história com participação honrosa na 1ª divisão distrital de
seniores, promoveu uma equipa de futebol feminino que participou no campeonato distrital e, por diversas vezes, empenhou-se na formação mas
nas duas últimas épocas tornou-se
mais notória a aposta nas camadas
jovens. Entre outros, destacamos al-
Entre as diversas figuras do associativismo, Luís Bandarra esteve,
directa e indirectamente, sempre ligado à evolução do Clube Desportivo de Odiáxere.
Mesmo sem pertencer aos órgãos sociais do clube, na qualidade
de Presidente da Junta de freguesia de Odiáxere há dois mandatos
e meio, foi impulsionador através de
regulares reivindicações, da construção da Sede Social e agora do Relvado Sintético, sem esquecer o Polivalente Desportivo, em executivos
municipais distintos, nomeadamente com Valentim Rosado do PSD e
agora Júlio Barroso do PS. Um caso
sério que deveria servir de exemplo para outros autarcas das freguesias. É que, por exemplos, os casos na Luz (Espichenses e Luzense), Bensafrim e Barão de S. João,
que há muito viram as suas instalações desportivas e sociais erguidas
em grande parte com o esforço e mão
de obra dos seus sócios e alguns
apoios das Juntas e Câmara Municipal, praticamente estagnaram ou até
esvaziaram actividades, enquanto
Odiáxere, que parecia a mais pobre
das freguesias, apresenta-se actualmente como uma referência do Município de Lagos.
O caso de José Armindo
É indesmentível e inquestionável
o mérito e a obra de Luís Bandarra,
mas deve reconhecer-se, em abono
da verdade, o empenho e esforço de
José Armindo na franca evolução do
Clube Desportivo de Odiáxere. Na verdade, passou praticamente uma década à frente do Clube, entre outras alturas em que colaborou noutras funções, estando inteiramente ligado a
este salto qualitativo, quer em matéria
de infra-estruturas, quer no desenvolvimento de actividades desportivas.
Por entre apoiantes e críticos da gestão de José Armindo, foi com surpresa que se conheceu a sua demissão
justamente às portas da inauguração
do Relvado Sintético. Fala-se de alegadas divergências com outros dirigentes acerca da forma como o processo decorreu supostamente à margem do líder do clube.
De qualquer forma, José Armindo
fica para a história principalmente pelos bons momentos do clube.
Rui Santos,
Manuel Guilhermino, Pedro
e companhia na formação...
zação e dinamização das actividades,
Rui apoia e consegue patrocínios para
equipamentos desportivos e infra-estruturas. Um forte contributo que merece o envolvimento de mais gente
(cerca de duas dezenas de pessoas
entre técnicos e seccionistas) destacando-se Manuel Guilhermino, empresário de Lagos, também ele antigo desportista e dirigente desportivo,
que actualmente tem os seus filhos jogando nos escalões de formação do
CD Odiáxere.
Torneio das Eiras teve honras da presença do Benfica
Mas ainda há mais gente na retaguarda do clube, que dá visibilidade
Entre outros torneios e a inauguração do Relvado Sintético, há que
sublinhar o mediático e fantástico Torneio das Eiras levado a cabo no Ve-
à obra e projecta o futuro. A aposta
na formação, a organização de torneios mediáticos, o crescimento de
equipas e as condições para a prática do futebol, têm rostos e dedos
que importa relevar.
Pela mão de Pedro, antigo treinador das camadas jovens do Esperança de Lagos e actual “Olheiro” do Benfica no Algarve, ingressaram dezenas de jovens talentos
no Clube Desportivo de Odiáxere.
Dado o pontapé de saída, logo surgiu um conjunto de pessoas dispostas a abraçar o projecto da formação
com unhas e dentes rumo ao futuro.
Presentemente, o CD Odiáxere tem
cerca de uma centena na prática do
futebol, entre federados e não federados nos escalões de Escolas, Infantis e Iniciados.
“ Sobrinho de peixe sabe nadar”,
é o caso de Rui Santos, antigo jogador de futebol, sobrinho do ex Presidente do Clube Desportivo de Odiáxere, Manuel Martiniano (ambos ligados à construção civil), que para além
da dedicação permanente na organi-
rão de 2007 coincidindo com o encerramento da época.
Com efeito, fecharam com chave de ouro a temporada 2006/2007,
com a realização de um torneio que
mereceu a participação do Benfica e
de outros clubes históricos do Algarve com destaque para o Silves e Portimonense.
Foi uma festa desportiva no Estádio Municipal, que se prolongou
no Campo das Eiras com um almoço convívio.
Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes os vereadores Jorge Serpa e António Marreiros.
A propósito, recorde-se que talentos
do CD Odiáxere e de outros clubes
rumam periodicamente ao Estádio da
Luz para mostrarem as suas habilidades e desfrutarem do contacto com
a alta roda do desporto rei, merecendo a companhia do vereador das freguesias e fervoroso benfiquista, António Marreiros, que também foi um
dos impulsionadores da concretização da importante obra que foi o Relvado Sintético.
Janeiro de 2008
12 N OTÍCIAS DE LAGOS
Bensafrim
Barão de S. João
Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima
Presépios nas Aldeias do Algarve
O “Milagre” do menino
que começou a ver
Porém, Bensafrim oferece a particularidade de conter uma história passada
há cinquenta anos atrás quando Nossa
Senhora esteve naquela freguesia.
Pouco mediatizado, reza a história
local que teve lugar um alegado milagre
da Nossa Senhora de Fátima.
Recordação que remonta há
mais de meio século
Ainda na esperança de que neste
ano de 2008, a Assembleia da República arranje tempo para estudar a proposta de candidatura de Bensafrim ao estatuto de Vila, e à espera que Erickson
não fuja para outras bandas, esta popular freguesia do concelho de Lagos vai
dando motivos para notícias boas.
Como é do domínio público, a população bensafrinense é apegada à religião católica. A tradicional Missa do
Galo, a Benção das Famílias e ainda a
presença do Coro da Diocese do Algarve que acompanhou e consagrou a mais
uma habitual actuação do Coro Infantil
da Paróquia de Bensafrim, foram pontos
religiosos marcantes na saída de 2007
e no arranque do novo ano.
Porém, na rota das visitas da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de
Fátima, Bensafrim recebeu, no dia 5 de
Janeiro, o testemunho da “Santa” de Barão de S. João.
A comunidade religiosa, o Grupo
Motard de Bensafrim e a população em
geral, com grande esforço e sem a ajuda de qualquer tipo de entidade oficial,
engalanaram-se, enfeitando ruas e casas para receber o cortejo. Com efeito,
até um habitante de Bensafrim teve de
ir a Barão de São João, com a sua carrinha, buscar o andor com a Santa. Episódio que não ocorreu em mais nenhuma freguesia dos concelhos de Vila do
Bispo e de Lagos.
Durante uma semana, os bensafrinenses tiveram ocasião de orar e meditar na Igreja de Bensafrim, de tarde e à noite, perante tão simbólica e
histórica presença de Nossa Senhora de Fátima.
No percurso programado, Santa
Maria de Lagos, apoiada pela Câmara
Municipal de Lagos e respectiva Junta
de Freguesia, foi a paragem seguinte da
Imagem Peregrina, recebida com pompa e circunstância.
A passagem de testemunho teve lugar por voltas das 16 horas, depois da
“Santa” ter pernoitado no Lar de Idosos
de Bnsafrim, local que encheu para a
despedida, onde mais uma vez o senhor
Pacheco disponibilizou transporte, devidamente acompanhado pelos pombos
de José da Glória, Motards de Bensafrim
e de Lagos e GNR que rumaram até à
Avenida dos Descobrimentos.
Segundo testemunhos de residentes em Bensafrim incluindo uma senhora que presenciou o acontecimento, uma criança de nome Boaventura,
que era cego, parece ter sido abençoada pela Santa.
Na verdade, durante o cortejo da
Nossa Senhora Peregrina pela aldeia,
o pequeno que estava acompanhado
de sua mãe disse que via uma pomba.
Com efeito, o andor estava adornado de
flores e de pombas que haviam pousado junto à “Senhora”, símbolo da Paz.
Na altura, segundo os testemunhos dos
presentes, a mãe não deu grande importância às palavras do petiz, mas, passado pouco tempo, ele voltou a dizer que,
para além da pomba que voava via também a Nossa Senhora.
Foi, pois, com estupefacção, alegria e um forte sentido de fé que todos
os que lá estavam acolheram o “milagre”. O menino Boaventura começara
a ver. Hoje em dia, os amigos de infância, com saudade, não têm o seu contacto em virtude da família deste ter rumado para outras paragens. Consta que
é vivo e reside mo estrangeiro.
Um episódio que decorreu há mais
de meio século, e que foi agora avivado nesta nova visita da Santa.
Barão de S. João foi o
“embaixador” lacobrigense
No dia 19 de Dezembro, o Jardim-de-Infância do Corotelo, no município de São Brás de Alportel, acolheu a sessão de apresentação da
edição de 2007 da “Festa dos Presépios nas Aldeias do Algarve”, iniciativa que a CDDR Algarve leva a
cabo há já 5 anos, de modo a valorizar, preservar e recuperar a tradição
do Presépio Público e comunitário,
nas aldeias da região.
Presépios estiveram
patentes ao público até
Dia de Reis, 6 de Janeiro
Esta 5.ª edição, da “Festa dos
Presépios nas Aldeias do Algarve” in-
tegrou 18 aldeias algarvias: em São
Brás de Alportel, Corotelo, Alportel,
Mesquita e Machados; no município
de Silves, a aldeia de Alcantarilha;
Monchique, apresentou presépios
em Alferce e Monchique; Loulé com
presépios em Ameixial, Cortelha, Penina e Tor; Alcoutim, com Martinlongo
e Vaqueiros;; Tavira, participa com a
aldeia de Cachopo; Faro, com a aldeia de Estói; Castro Marim com a aldeia de Odeleite, Albufeira com Paderne e Lagos, com presépio na aldeia de Barão de São João
Os 18 presépios em 10 municípios do Algarve, estiveram patentes
até dia 6 de Janeiro, Dia de Reis, e o
NL foi naturalmente visitar o Presépio
Baronense exposto em frente à Igreja de Barão de S. João
População recebeu de braços
abertos Imagem Peregrina
de Nossa Senhora de Fátima
No âmbito das visitas da Imagem
Peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelo Algarve, e particularmente
pelo Concelho de Lagos, a freguesia
de Barão de S. João foi a segunda a
acolher a “Santa”, depois de ter estado na Vila da Luz, entre 15 e 22 de
Dezembro.
A população recebeu Nossa Senhora de braços abertos, num cortejo vindo de Barão de S. Miguel com o
apoio dos Bombeiros de Vila do Bispo. Ruas e casas devidamente en-
feitadas, pombas e sobretudo muita
gente a acompanhar a chegada da
Imagem Peregrina à Igreja de Barão
de S. João, onde permaneceu durante uma semana com Procissão, Celebrações Eucarísticas, adoração e
meditação.
Nossa Senhora de Fátima fez a
sua despedida de Barão de S. João,
no dia 5 de Janeiro rumo à freguesia
de Bensafrim, apoiada pelo Grupo
Motard de Bensafrim e o sr. Pacheco
do Café Nacional de Bensafrim.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
13
São Sebastião
S. Sebastião e a tradição
Cantares e Bolos verdadeiramente Reis
Embaixadores da cultura
lacobrigense juntos no
mesmo palco
A Junta de freguesia de S. Sebastião mantém a chama viva no que concerne a preservar as tradições lacobrigenses. Em época natalícia e na transição de mais um ano, teve lugar mais uma edição dos Cantares dos Reis.
Assim, no dia 6 de Janeiro, em noite húmida e com chuva a espaços, a
Praça Gil Eanes aqueceu com muita gente ao som de boa música e de cantares interpretados por dez fantásticos grupos.
A pequenada da Escola E.B.1 n.º
2 de Lagos abriu o programa, seguindo-se a Academia de Música de Lagos,
e depois um dos pontos altos da noite
com o Grupo Coral de Lagos e Filarmónica Lacobrigense juntos. Tempo ainda para ouvir o grupo Entre Amigos, o
Grupo Coral de S. Sebastião, o Clube
Artístico Lacobrigense, Grupo “Flor da
Malva” , Grupo “Cantar dos Reis das
Portelas”, e para fechar com chave de
ouro, nada melhor que o Rancho Folclórico de Odiáxere.
Pisaram o palco os mais notáveis embaixadores da cultura lacobrigense.
Palestra “Desatar o Nó do Luto” na Junta de freguesia de S. Sebastião
Inaugurado Gabinete de
Apoio ao Luto de Lagos
Realizou-se no dia passado dia 12
de Janeiro, a Palestra de Divulgação
do Gabinete de Apoio ao Luto de Lagos (GAL-Lagos) intitulada “Desatar o
Nó do Luto”, onde se deu a apresentação do GAL-Lagos e se falou sobre
o Luto, os seus sintomas, as suas fases e a sua importância.
Os depoimentos cheios de força
e coragem de algumas pessoas presentes encerraram a sessão e emo-
Luz
cionaram a plateia, que aderiu em
grande número à Palestra. Trata-se
de uma louvável iniciativa que se saúda, e que se recomenda a quem precisa de apoio em momentos tão tristes e dolorosos.
A APELO – Associação de Apoio
à Pessoa em Luto, representada pela
sua extensão regional do Algarve, o
Centro de Apoio à Pessoa em Luto
(CAPELO-Algarve), informa o início de
actividade do GAL-Lagos com localização na Junta de Freguesia de São Sebastião. O GAL-Lagos irá funcionar inicialmente à segunda-feira, das 10h30
às 13h00 e das 14h00 às 15h30, sendo possível a qualquer dia o contacto telefónico ou via email para futuro
atendimento.
Espera-se para breve o alargamento do horário de funcionamento
para os restantes dias da semana.
O Presépio e os
Bolos gigantes
Com efeito, a Câmara Municipal
abriu as portas para colocação de um
presépio com o dedo do artista Tolentino Abegoaria, sendo que a organização encomendou dois Bolos verdadeiramente Reis confeccionados
pelo pasteleiro Luís da histórica Padaria Gilberto.
Mais bolos e bebidas para todos,
num ambiente festivo que marcou este
evento organizado pela Junta de freguesia de S. Sebastião com apoio da
Câmara Municipal de Lagos e colaboração preciosa dos grupos que actuaram e proporcionaram um espectáculo inesquecível.
Justa homenagem ao Intermarché
em Dia de S. Sebastião
A Junta de Freguesia de S. Sebastião, homenageia todos os anos
uma Individualidade que se distingue,
segundo a opinião do seu executivo,
numa área em benefício da comunidade Lacobrigense.
Assim, em reunião de vinte e um
de Novembro, foi deliberado por unanimidade atribuir um prémio de reconhecimento, não pecuniário, à Empresa Lagosinter – Supermercados,
Lda. (Intermarché) pela disponibilidade e sempre presença no apoio às
Instituições, Associações e Colectividades do Concelho de Lagos.
A cerimónia realizou-se no dia
20 de Janeiro (Dia de S. Sebastião),
pelas 21 Horas, no Salão do Grupo
de Amigos do Chinicato, sito no Edifício Multifunções do Chinicato, contando com as presenças do Executivo da Junta de freguesia de S. Sebastião liderado por Pedro Cruz, representantes da empresa homenageada e Executivo Camarário presidido por Júlio Barroso, entre demais
ilustres convidados.
Para além dos breves e simbólicos discursos, houve lugar ainda
para desfrutar do requinte musical
do Grupo Coral de Lagos e Academia de Música de Lagos.
Primeira visita da Imagem Peregrina a uma freguesia de Lagos
A Vila da Luz foi a primeira freguesia do
concelho a receber a Imagem Peregrina de
Nossa Senhora de Fátima. Ainda em 2007, entre 15 e 22 de Dezembro, interrompendo o percurso pelo Concelho de Vila do Bispo, a “Santa”
percorreu as três Paróquias da Freguesia da
Luz (Luz, Espiche e Almádena), sempre com
muita gente a participar nas várias cerimónias
agendadas. Após uma semana na Luz, a Imagem Peregrina voltou a Vila do Bispo, desta feita para visitar Barão de S. Miguel.
Reis a cantar e a correr
A Vila da Luz tem sempre bons motivos
para boas notícias. Com efeito, em época de
“Reis”, os Cantares e o Atletismo estiveram em
evidência cujos protagonistas foram os Clubes
ABC “Os Espichenses” e o CRCD Luzense.
Uma grande festa de “Os Espichenses”
Cantares das Janeiras ao rubro
Depois do sucesso da Festa de Natal, o
ABC “ Os Espichenses” levou a efeito outra
excelente iniciativa no dia 6 de Janeiro. Sala
cheia para assistir ao espectáculo de Cantares das Janeiras, prevalecendo a tradição e a
festa da população.
Com o apoio da Liga dos Amigos da Poesia, desfilaram vários grupos dos concelhos vizinhos, mas o destaque vai naturalmente para o
grupo da casa que abriu a sessão. Boa prestação dos “artistas locais” merecendo vivos aplausos do público presente.
Um evento que se saúda e se recomenda continuidade, em nome da tradição e sobretudo em razão da nova dinâmica do ABC “
Os Espichenses”.
38.º Grande Prémio dos Reis
em Atletismo
CRCD Luzense brilha em Faro
nos escalões de formação
O CRCD Luzense brilhou com os escalões
de formação nas ruas do centro da cidade de
Faro, que voltaram a viver as emoções de uma
prova de atletismo. Foi a 38.ª edição do Prémio
dos Reis, organizada pela Associação de Atletismo do Algarve, que conta no seu historial com
a participação de atletas de categoria mundial,
não só portugueses como estrangeiros.
Na edição deste ano, as provas ditas rainhas, tiveram como vencedores a algarvia Ana
Dias (Casa do Benfica de Faro) em femininos e
Manuel Damião do Maratona, em masculinos.
No entanto, a festa do atletismo na capital
algarvia começou logo a meio da tarde com as
provas para os atletas mais novos representando clubes de quase todos os lugares da região.
E aí, o CRCD Luzense esteve em evidência obtendo fantásticas classificações.
Está, pois, de parabéns o CRCD Luzense,
que já é uma referência regional nos escalões
de formação, fruto do empenho, dedicação e
competência de atletas, técnicos e dirigentes.
Benjamins Masculinos: 1.º Bruno Frutuoso, CRCDL
Infantis Masculinos: 3.º Rodrigo Castro, CRCDL; 4.º Pedro Rosado, CRCD
Iniciados Masculinos: 1.º Fábio Reis, CRCDL
Juvenis Masculinos: 4.º Ivan Ferreira, CRCDL
Juniores Femininos: 4.ª Ana Pires, CRCDL
Janeiro de 2008
14 N OTÍCIAS DE LAGOS
Autarquia alega ilegalidade nos embargos do Instituto a várias obras no concelho
Câmara leva ICNB à barra do tribunal
afirmava que a autonomia das Câmaras Municipais depende do tipo de plano que estiver em vigor, sendo no entanto plena, sempre que estivermos perante plano de pormenor ou alvará de
loteamento”. Sendo este o caso e estando perante planos e alvarás aprovados e eficazes, os sociais-democratas do Algarve pediram urgência ao Ministério do Ambiente para que se encontre uma solução a fim de se minimizar os danos colaterais que estão a
afectar dezenas de pessoas que agiram de boa-fé”.
PSD quer demissão de
Secretário de Estado
• Carla Lourenço
O conflito entre o Instituto de
Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e a Câmara Municipal de Vila do Bispo está instalado e parece ter vindo para ficar.
Em causa estão uma série de embargos pelo ICNB a obras licenciadas pela câmara vilabispense, que
já motivaram o pedido de demissão do Secretário de Estado do Ambiente, pelo deputado Mendes Bota
e uma acesa troca de comunicados
entre o PSD e o PS Algarve. A Câmara Municipal pretende agora levar esta situação aos tribunais.
Na mira das “medidas preventivas” que o ICNB aplicou, estão os loteamentos de Vila Rosalinda, Espartal
e Vale da Telha, no município de Aljezur, e Quinta da Fortaleza, Carriços,
Moledos, Esparregueira e Martinhal,
no município de Vila do Bispo, todos
com alvarás da década de 80, muito antes da própria criação do Parque
Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e declarados compatíveis
com o PROTAL.
“Está-se em presença de loteamentos com alvarás em vigor, com as
infraestruturas executadas e, nalguns
casos, já recebidas definitivamente
pela autarquia, e de lotes urbanos registados na Conservatória do Registo
Predial sem qualquer ónus, condição
ou pendência. Trata-se, sem sombra
de dúvida, de áreas urbanas consolidadas” explica o PSD em comunicado,
acrescentando que são construções
que representam já “a parte final da
concretização dos loteamentos, onde
abundam dezenas de moradias construídas, licenciadas, vistoriadas e registadas sem qualquer problema” . Assim,
para os sociais-democratas, “o governo
pretende dar uma falsa imagem do município de Vila do Bispo, como se este
estivesse a transformar-se em mais um
mau exemplo de betonização”, lembrando ainda que o ICNB, através da
Comissão Directiva do Parque Natural “faz vista grossa a algumas construções clandestinas (...) como são os
casos da Charneca (Figueira) e do Forno de Cal (Budens)”.
Mendes Bota presenciou
drama dos investidores
A questão já mereceu a visita de
Mendes Bota às obras embargadas
em Vila do Bispo, no passado dia 27
de Dezembro, tendo sido recebido por
uma comitiva composta pelos presidentes da câmara e assembleia muni-
cipal de Vila do Bispo, Gilberto Viegas
e Francisco Búzio dos Reis, e o líder
do PSD Lagos, Nuno Marques que o
guiaram pelos polémicos locais e o levaram a conhecer os respectivos proprietários.
O deputado do PSD mostrou-se
preocupado com a situação das famílias que ficaram endividadas, muitas
delas a ponto de terem de vender outros bens para poderem cobrir os gastos que tiveram com as obras que agora estão paradas. “Outro aspecto que
muito me sensibilizou é a reputação
destas pessoas, muitas delas estrangeiras, que perderam todo o seu investimento e que levam para os seus
países uma péssima imagem de Portugal”, disse Mendes Bota, em declarações ao NL.
Em comunicado, Bota assegura
que estes embargos são “consequência da ofensiva lançada pelo ICNB
contra o município de Vila do Bispo” e
acrescentou que os efeitos desta acção serão trágicos para o desenvolvimento do concelho: “pequenas empresas destruídas, investidores desiludidos, trabalhadores desempregados,
dívidas insolúveis à Segurança Social,
ao Fisco a fornecedores e empreiteiros, destruição da imagem de Portugal como um país credível”.
O comunicado do PSD assegura
que se está “a falar de espaços claramente urbanos e urbanizáveis, onde o
Parque (leia-se ICN também) só vê os
terrenos agrícolas ou incultos de outrora. É uma cena surrealista”. Os sociais-democratas citam ainda o Decreto-Lei nº 241/88 que refere que são dispensadas do parecer prévio do director da área de Paisagem Protegida “as
construções, remodelações, reconstruções e demolições admitidas nos planos gerais de urbanização devidamente aprovados e eficazes“ e mencionam
igualmente o “parecer do ICN à data de
18/10/1996 que, entre outras coisas
Novamente em comunicado, o
PSD Algarve acusou o Secretário de
Estado do Ambiente, Humberto Rosa,
de ter dado “cobertura institucional e a
cumplicidade ideológica” a toda a situação acusando-o de tomar “uma iniciativa prepotente e ilegal, com a chancela
deste governo, que pretende condenar
Vila do Bispo ao subdesenvolvimento
em que está, à desertificação humana
que continua a progredir, e que tem trazido como consequências desemprego e dificuldades financeiras para pequenas empresas e desconfiança por
parte de quem investiu, respeitando todas as leis e regulamentos que lhe fo-
ram exigidos”.
“Por ser o responsável político destas atitudes de prepotência, abuso de
autoridade, falta de bom senso, perseguição de autarquias, omissão de combate à construção clandestina, lesão
da imagem de Portugal como um Estado de direito, e desprezo pelos mais
elementares direitos de cidadãos e investidores, o PSD/Algarve não pode
deixar de reclamar a demissão imediata do Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa”, conclui o comunicado.
Assembleia Municipal recomenda acção em tribunal
A Assembleia Municipal de Vila
do Bispo também se pronunciou so-
bre esta questão das medidas preventivas, aprovando duas moções por
unanimidade. A primeira reflecte sobre
“o desencanto, a falta de respeito em
relação às populações, a falta de medidas de discriminação positiva e ainda a necessidade de revisão urgente
do Plano e Regulamento do Parque”.
A segunda moção, por seu turno, recomenda ao executivo que “faça sentir a indignação colectiva junto dos Tribunais através de acção judicial competente, contra o ICNB/ Ministério do
Ambiente”.
Para este órgão autárquico, “estas
medidas pretendem inviabilizar a eficácia de Alvarás legais e em vigor, num
atentado fulminante ao desenvolvimento do Concelho, com uma densidade
das mais baixas do Algarve e onde a
população diminui, por se não vislumbrarem oportunidades de emprego”.
PS Algarve acusa PSD de
“populismo” e “incoerência”
O socialista algarvio, Miguel Freitas, classificou as críticas do PSD de
“populismo fácil” e “incoerência política”, visto que os sociais-democratas
não mostram “intenção séria de contribuir para a construção de soluções”.
No comunicado do PS Algarve, “o em-
bargo de construções localizadas no
concelho de Vila do Bispo prende-se à
caducidade dos respectivos alvarás de
construção, cuja renovação exige, actualmente, um pedido de parecer prévio ao ICNB, Instituto de Conservação
da Natureza e Biodiversidade”.
Freitas aproveitou também para
acusar Gilberto Viegas de inércia, visto que “os actuais embargos datam de
Outubro de 2007 e não existiram apenas em Vila do Bispo. Também aconteceram no Espartal, em Aljezur. A diferença é que enquanto o Presidente
da Câmara de Aljezur, na defesa dos
interesses dos seus munícipes, teve
uma atitude pronta e eficaz, o Presidente da Câmara de Vila do Bispo
quedou-se numa postura displicente
e nada fez” .
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
15
Comemorações do Dia do Município
No dia 22 de Janeiro Vila do Bispo celebrou o dia do seu
Padroeiro, São Vicente, e o Dia do Município, data que a
Autarquia vilabispense quis assinalar com um conjunto de
iniciativas de índole cultural, política, religiosa e desportiva, durante o período compreendido entre os dias 19 e 27
do corrente mês.
IX Mostra de
Artistas do Concelho
A abrir o diversificado programa festivo, o dia 19 consagrou a
inauguração da “IX Mostra de Artistas do Concelho”, na Sala de Exposições do Centro Cultural de Vila
do Bispo.
Mais uma edição desta louvável
iniciativa que reúne e motiva os artis-
tas da terra. Já se contam nove anos
de arte local com visibilidade a merecer os mais rasgados elogios da comunidade vilabispense ao mesmo
tempo que suscita um mar de visitantes de outras paragens, na descoberta de talentos e na consagração de artistas.
IX Meia Maratona do Concelho de Vila do Bispo
No Domingo, dia 20, a manhã
foi dedicada ao desporto com a tradicional e já consagrada Meia Maratona de Atletismo, prova para seniores e veteranos (Vila do Bispo –
Sagres – Vila do Bispo). Uma modalidade que continua a ser acarinhada no concelho fruto do empenho e
dedicação do CRP Salema que não
regateia esforços para manter viva
a chama do Atletismo e oferecer a
prática desportiva às diferentes faixas etárias da população vilabispense. Para além da atribuição de lembranças de participação a todos os
concorrentes e de taças aos primeiros classificados de cada categoria,
foram ainda atribuídos prémios monetários aos primeiros 20 classificados de seniores masculinos, às sete
primeiras classificadas da geral femininos, aos cinco veteranos masculinos I e aos primeiros cinco veteranos masculinos II, III, IV e V no valor total de € 4.100,00.
A prova, organizada pela Câmara Municipal e pelo Clube Recreativo
Praia da Salema, contou com a participação de 92 atletas.
Seniores Masculinos
Louri Albramov venceu
prova renhida
Luta renhida entre os 3 primeiros
classificados na prova de seniores masculinos, com Louri Albramov , atleta individual, a bater o sportinguista Carlos Silva e Pedro Maravilhas de Sesimbra.
Para atestar a competitividade nesta prova, basta referir que o credenciado
Igor Timbalani que foi o melhor Algarvio
ficou em 5º lugar. Sérgio Ramos do Salema que foi o melhor do concelho de
Vila do Bispo ocupou o 10º lugar, enquanto que Jorge Candeias em 11º foi
o melhor lacobrigense.
Classificações: Sen. Fem. 1º Irina To-
mofeyeva - Rússia; Vet I Masc. 1º Nuno
Romão - Reboleira; Vete II 1º José Inácio
-Reboleira; 6º Carlos Jesus - NAA Lagos;
Veteranos III 1º Gilberto Fernandes - Frade de Cima, 2º Amilcar Duarte - Sporting;
4º Sérgio Costa - Olímpico Clube de Lagos; Veteranos IV 1º Orlando Carlos Amigos de Atletismo de Mafra; Veteranos V1º Augusto Pires - BPN; 10º José
Furtado - Olímpico Clube de Lagos; Veteranos Femininos, 1º Isabel Maldonado - Clube Bairro Alentejano.
Espectáculos de
Música e Pirotecnia
Pedro Khima foi o artista convidado para dar música à população, num espectáculo que teve lugar à noite junto ao Centro Cultural
de Vila do Bispo.
E se a música fez aquecer a malta, eis que, à hora do costume, foi
para o ar o tão desejado e admirado espectáculo de pirotecnia iluminando o céu vilabispense.
Dia do Município - 22 de Janeiro
O Dia do Município contemplou
um conjunto de actividades simbólicas e tradicionais, abrindo logo
pela manhã com o habitual Has-
tear da Bandeira, consagrando o
período da tarde, pelas 14h30, a
Procissão em honra de São Vicente a que se seguiu celebração eu-
carística. Depois teve lugar a Sessão Solene da Assembleia Municipal , no Salão Nobre dos Paços do
Concelho.
Estão ainda agendadas mais
duas iniciativas para o dia 26, com a
Apresentação da “VI Colectânea de
Poesia Popular do Concelho de Vila
do Bispo” com declamação de poemas, no Auditório do Centro Cultural
de Vila do Bispo, pelas 16 horas, e no
derradeiro dia das comemorações,
lugar para uma manhã desportiva
com início às 10 horas da MarchaPasseio “Travessia dos Descobrimentos”, na Freguesia de Sagres.
A poesia e Marcha Passeio para
acabar em beleza nos dias 26 e 27
Janeiro de 2008
16 N OTÍCIAS DE LAGOS
Orçamento de Vila do Bispo superior a 15 milhões de euros
A Câmara e a Assembleia Municipal de Vila do Bispo já aprovaram
o Orçamento e as Grandes Opções
do Plano para 2008. A Autarquia prevê, para o presente ano económico,
uma receita e uma despesa global no
montante de 15.406.902 euros. Este
valor reporta-se ao nível das receitas, em 9.514.038 euros de receitas
correntes e 5.892.864 euros de receitas de capital. Ao nível das despesas o mesmo documento prevê
6.524.063 euros de despesas correntes e 8.882.839 euros de despesas
de capital, o que resulta na transferência de 2.989.975,00 euros de receita correntes para despesas de investimento.
Ao nível das Grandes Opções do
Plano, a Câmara Municipal delineou
uma estratégia que visa entre outros
propósitos, valorizar os espaços urbanos e a rede viária do município, e
melhorar, substancialmente, a qualidade de vida dos cidadãos. Refira-se
que as duas rubricas que englobam
estas áreas absorvem 50,6% do investimento total.
Ordenamento do Território € 2.832.100
Neste âmbito, a maior fatia do orçamente do corrente ano vai para a
rubrica “Ordenamento do Território”
com a dotação de € 2.832.100. Este
montante será distribuído na renovação urbana das várias freguesias
do concelho, onde se prevê que sejam aplicados € 797.000 na Freguesia de Vila do Bispo, nomeadamente na Rua Tomás Batista Marreiros (€
200.000), na execução das infra-estruturas exteriores em Vila do Bispo
– Sr.ª do Amparo - fase I (€ 330.000)
e na renovação urbana da Pedralva
(€ 70.000). Na Freguesia de Sagres
está previsto investir € 729.400 que
serão aplicados na requalificação da
Ponta de Sagres – Troço de Sagres –
S. Vicente (€ 250.000), na Via Marginal Mareta /Atalaia (€ 200.000).
Para a Freguesia de Budens estão reservados € 719.700. As acções
a levar a cabo nesta Freguesia englobam várias intervenções das quais
se destacam as da Rua dos Pescadores e Largo Central da Salema (€
240.000), e na envolvente à capela de São Lourenço – Vale do Boi
(€ 150.000).
Para a Freguesia de Barão de
São Miguel estão reservados €
208.000 que serão aplicados na renovação de vários arruamentos (€
100.000) e no arranjo urbanístico da
Portela da Igreja (€ 90.000).
A renovação de vários arruamentos são as intervenções prevista para
a freguesia da Raposeira para a qual
foi reservada uma verba no valor de
€ 10.000.
Transportes Rodoviários - €
1.664.083
A segunda grande área, em termos de volume de investimento,
vai para os “Transportes Rodoviários” onde autarquia prevê gastar
€ 1.664.083. Neste sector o principal investimento vai para a rede viária da freguesia da Raposeira (€
616.500), que serão investidos principalmente na repavimentação do
Caminho Municipal 1257/1 Raposeira/Hortas-Zavial (€ 346.500), na pavimentação do Caminho do Selão (€
90.000) e no Caminho das Barreiras
Ruivas (€ 80.000).
Também a construção da EcoVia Municipal foi contemplada nesta rubrica onde se prevê investir €
350.000.
Na rede viária de Barão de
São Miguel está previsto investir €
236.000, onde se destaca o investimento a realizar na beneficiação
da Rua das Flores e Rua do Cerro
(€ 136.000).
Destaque ainda para as intervenções a levar a cabo na rede viária de
Budens, nomeadamente na construção do Caminho Municipal da EN 125
à Pedralva (€ 50.000) e no Caminho
Agrícola da Figueira (€ 36.583).
Órgãos Autárquicos - €
749.987
Outra fatia do investimento vai
para os Órgãos Autárquicos (€
749.987) onde para além da aquisição de equipamento e serviços de
vária natureza tendente à melhoria
dos serviços, prevê-se a implementação do projecto SIG (€ 68.000),
bem como, a beneficiação do actual
edifício dos Paços do Concelho e a
edificação de um novo edifício, a ampliação dos armazéns municipais e a
construção do Espaço Jovem, num
montante de € 246.887.
Também a Protecção Civil está
inserida nesta acção, assim ao nível de subsídios e transferências
para esta Associação, está previsto
o apoio à construção e funcionamento do Quartel dos Bombeiros Voluntários num montante de € 145.000.
Educação - € 690.000
Na área da educação, o destaque vai para as intervenções nas
escolas do ensino básico onde se-
rão investidos € 520.000. Das intervenções propostas para as escolas
e na sequência do que tem vindo a
ser executado nas EB1 de Burgau
e Vila do Bispo, destacam-se aqui
a ampliação da EB1 P3 de Sagres
(€ 230.000) e a EB1 de Budens (€
250.000). Para a construção da Creche de Vila do Bispo foi definida uma
verba de € 40.000.
construção de habitação, onde a
autarquia prevê gastar € 100.000 na
construção de 12 fogos e 6 lojas, na
Senhora do Amparo em Vila do Bispo e € 40.000 na localidade da Figueira.
Protecção do Meio Ambiente e Resíduos Sólidos - €
630.000
Ao longo do ano são várias as iniciativa/eventos levadas a cabo pela
autarquia, assim para a Cultura e Turismo o Plano para 2008 contempla
uma verba no valor de € 302.000. A
realização da Agro-expo (€ 170.000),
a sinalização do património histórico, cultural e turístico (€ 25.000) e
a aquisição de serviços (€ 130.000)
são os investimentos mais significativos a levar a cabo no âmbito destas áreas.
Para as rubricas Protecção do
Meio Ambiente (€ 515.000) e Resíduos Sólidos (€ 115.000), foi reservada
uma verba de € 630.000. A maior fatia deste montante destina-se à limpeza urbana (€ 230.000), à manutenção de Jardins e Outros Espaços
Verdes (€ 80.000) e ainda à limpeza
das praias (€ 70.000).
Abastecimento de Água e
Saneamento - € 627.000
Segue-se a área de Abastecimento de Água e Saneamento com
uma dotação de € 627.000. Deste
montante, € 150.000 serão canalizados para a conduta de abastecimento
à Ingrina e para o depósito das Hortas do Tabual. Para a construção do
colector de ligação à Estação Elevatória do Martinhal foi orçamentado o
montante de € 137.000.
Acção Social - € 494.000
No caso da Acção Social, a grande aposta vai para o Lar da Terceira Idade de Budens, onde a Autarquia prevê investir € 320.000. Outra grande área em termos de volume de investimento vai para a
Cultura e Turismo - €
302.000
Desporto, Recreio e Lazer € 241.000
Destaque ainda para a rubrica
Desporto, Recreio e Lazer com uma
dotação de € 241.000. Deste montante, € 150.000 destina-se ao Complexo Desportivo de Vila do Bispo, e €
50.000 para a construção e reparação dos Parques Infantis e respectivos equipamentos.
De salientar ainda que o Orçamento de Vila do Bispo poderá vir
a ser reforçado na área da Renovação Urbana com o recurso ao financiamento bancário aprovado
pela Câmara e Assembleia Municipal no montante de € 3.000.000 e
ainda com o recurso a fundos comunitários no âmbito do QREN, que
são verbas ainda não contabilizadas no Orçamento e que virão a sêlo à medida que as candidaturas forem sendo apresentadas e aprovadas e as empreitadas adjudicadas e
executadas.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Depois de “La Conjura de El Escorial”, rodado em Sagres, “Mala
Muerte” é a nova produção espanhola a ser rodada no concelho
Vila do Bispo aposta no cinema
O dia 28 de Dezembro assinalou
a assinatura do contrato-programa entre a Câmara Municipal de Vila do Bispo e a Algarve Film Comission (AFC),
para a criação e dinamização do “Film
Office de Vila do Bispo”,
O film office vai permitir desenvolver a economia do cinema e do audiovisual no município, através do apoio
logístico à realização de produções
audiovisuais. Para Gilberto Viegas,
presidente da edilidade vilabispense
trata-se de uma actividade que visa
desenvolver a economia do cinema e
do audiovisual no município, através
de apoio logístico à realização de produções audiovisuais, mas também se
relaciona com a promoção turística.
Adiantou ainda o autarca que é necessário que o alojamento acompanhe a procura, garantindo que daqui
a 2 anos haverá mais capacidade hoteleira no concelho”, não só em Vila
do Bispo, relembrando que “Sagres
está na moda”.
Actividades paralelas vão ser levadas a cabo, como a organização
de workshops para formar a equipa
do film office, o registo de localizações, a criação de um banco de dados de empresas e respectivos serviços, workshops nas escolas para a
sensibilização de novos públicos, visita de produtores ao concelho, entre outras.
O contrato tem a duração de três
anos, começando a ter efeito a partir
de 2 de Janeiro de 2008, com perío-
do prorrogável, comprometendo-se a
autarquia a financiar o projecto anualmente com 5 mil euros.
Na ocasião, foi apresentado a
obra que reúne a filmografia realizada no Algarve, criada pela AFC. Recorde-se que actualmente estão criados cinco film offices no Algarve: Vila
do Bispo, Lagos, Portimão, Albufeira
e Vila Real de Santo António.
17
Resumo das Deliberações da
Reunião de Câmara de 8 de Janeiro
Associação Portuguesa de
Karaté Shukokai:
A Câmara Municipal deliberou aprovar um protocolo com a
Associação Portuguesa de Karaté
Shukokai onde define o regime de
comparticipação financeira da autarquia à referida Associação para
pagamento da inscrição dos atletas federados do Clube Recreativo Infante Sagres e da Sociedade de Instrução e Recreio de Budens, na modalidade de Karaté
Shukokai. O valor total a suportar
é de € 1.475.00 referentes ao pagamento da quota associativa, quota federativa e inscrição dos atletas federados na modalidade, dos
quais 37 representam o Clube Recreativo Infante Sagres, e 22 a Sociedade de Instrução e Recreio de
Budens.
Rali de Vila do Bispo:
A Câmara Municipal deliberou
conceder um apoio financeiro no
valor de € 4.000,00 ao Clube Automóvel de Portugal para a realização
do “Rali de Vila do Bispo” nos dias
17 e 18 de Maio. Esta prova tem
autorização da Federação Portu-
guesa de Automobilismo e Karting
e esta integrada no calendário de
provas do Campeonato Regional
de Ralis do Sul.
VI Torneio Internacional de
Patinagem de velocidade “Terras do Infante” e “VII Meia Maratona da Costa Vicentina”:
A Câmara Municipal deliberou
atribuir um apoio financeiro de €
7.500,00 ao Roller Clube de Lagos
para a realização, nos dias 2, 3 e 4
de Fevereiro, da prova de patinagem em velocidade, denominada
por VI Torneio Internacional de Patinagem de velocidade “Terras do
Infante” e “VII Meia Maratona da
Costa Vicentina”, sendo esta última prova disputada no concelho
de Vila do Bispo.
Aquisição de uma parcela de Terreno em Barão de São
Miguel:
A Câmara Municipal deliberou
adquirir um terreno em Barão de
São Miguel com uma área total de
3.820m2 pelo valor de € 76.000,00
para renovação urbana e habitação social.
Ondas fatais para pescadores na Costa Vicentina
A paixão pelo Sargo
Sucedem-se as vitimas na pesca
desportiva na Costa Vicentina. Para
além das mortes conhecidas ao longo dos anos, recentemente, a findar
2007, uma onda foi fatal para um pescador lacobrigense em busca de sargos na Praia da Barriga, em Vila do
Bispo, e já no arranque de 2008, mais
dois pescadores caíram ao mar. Um
nas águas da Carrapateira (Aljezur) e,
no dia 17, outro na zona da Praia do
Zavial (Vila do Bispo).
Casos dramáticos recorrentes, ris-
cos perigosos e por vezes fatais quase
sempre à procura do famoso sargo.
O caso de Ilídio Colos
Ilídio Colos, electricista de 39 anos,
era um amante da pesca, hobby preferido há duas décadas. Naquele dia de
má memória, Ilídio que estava de férias acompanhado pelo amigo João Camacho, de 39 anos, dono de um restaurante, e que também estava de folga,
participavam em mais uma pescaria, na
Praia da Barriga, em Vila do Bispo.
Os dois amigos desceram cer-
ca de 125 metros com o apoio de três
cordas. “Como nunca tinha acontecido
qualquer problema nesta zona, apesar
de ser bastante perigosa, não hesitámos em ir à pesca do sargo. Por azar, a
única onda grande na altura foi aquela
que o levou”, recordou João Camacho,
que se encontrava a mais de dez metros do companheiro quando este foi
surpreendido pelo mar. Ilídio ainda não
tinha apanhado qualquer peixe.
“Ele estava lá em baixo à pesca
numa pedra a uns cinco metros da
água quando uma onda grande o fez
desequilibrar e cair, tendo sido logo arrastado pela corrente. Ainda lhe lancei
um tronco de madeira para se agarrar,
mas nem chegou a apanhá-lo devido ao forte vento que se fazia sentir.
Aguentou cerca de 40 minutos à tona
de água e só me dizia que já não suportava mais, enquanto eu lhe pedia
calma e telefonava para o 112”. Meiahora após ter sido lançado o alerta,
chegou à zona a embarcação salva-vidas, da estação de Sagres do Instituto
de Socorros a Náufragos, mas o corpo
da vítima já estava a boiar a cerca de
200 metros do local de onde foi arrastado. No local, além da Polícia Marítima,
estiveram o helicóptero do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, de Loulé, e os Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo.
Um elemento da corporação de
Bombeiros até se surpreendeu como
é que eles chegaram a um local de
tão difícil acesso, um risco que desta vez foi fatal.
O Ilídio aguentou meia-hora, lutou
bastante à espera de socorro. Há quem
defenda que foram feitos todos os esforços e cumprido em tempo útil o socorro por parte das autoridades envolvidas. Porém, há quem conteste o facto do helicóptero estar estacionado em
Loulé, quando na verdade, se reclama
maior vigilância e apoio de emergência
e eficaz na Costa Vicentina, conhecendo-se tanto as vastas áreas florestais
como a zona marítima. Neste caso particular, se o alerta foi dado de imediato,
aguentando, Ilídio Colos, mais de meia
hora a lutar contra a força do mar, fica a
duvida se os meios accionados não socorreram tardiamente e se não devem
ser alterados os mecanismos de socorro existentes, por forma a não se sucederem estes trágicos acidentes.
Questões que merecem análise
e reflexão, como aliás, a título de exemplo, se presenciou nas reivindicações do Presidente da Câmara Municipal de Peniche, no programa da RTP
“Prós e Contras”, a propósito dos meios de socorro não estarem sediados
em Peniche quando ali existe o maior
Porto de Pesca do País.
Pergunta-se ainda, que medidas
preventivas ou que outros mecanismos podem ser tomados pelas autoridades competentes, Governo, Polícia
Marítima, Protecção Civil, Autarcas, e
sobretudo mais consciencialização e
sensibilização, por parte dos pescadores desportivos, por forma a evitar
ou pelo menos minorar os índices de
vítimas fatais.
Ilídio Colos vivia com a mulher e
duas filhas, de sete e doze anos, era
um excelente funcionário da Electrolagos onde trabalhava há muitos anos,
um bom amigo na opinião daqueles
que privavam com ele quotidianamente
e deixa muitas saudades. Se sublinhar
ainda que a viúva aguarda o relatório
do acidente, que se presume a duração de 3 meses, bem como a devida
pensão de viuvez por forma a garantir
a subsistência da família.
Janeiro de 2008
18 N OTÍCIAS DE LAGOS
Amândio Glória aposenta-se e
despede-se após 25 anos no Tivoli Lagos
Os Hotéis Tivoli despediram-se
no passado mês de Dezembro, de
Amândio Glória, Director Geral do Tivoli Lagos que dirigiu a unidade durante os últimos 25 anos. Surpreso
com a homenagem que lhe foi dirigida na última reunião geral de Directores, retribui algumas memórias.
“Ao recordar os quase 41 anos
de profissão, lembro as diferenças
entre o antes e o depois: entre os
tempos em que aguardávamos 2
semanas que uma reserva de quarto pudesse ser confirmada, quando
se compravam os vinhos para a época por atacado no início do ano, e o
que acontece agora: “confirmação de
reserva na hora” e entregas de qualquer mercadoria duas ou mais vezes
por semana.
Como mudaram os tempos (felizmente) mas, sobremaneira, as tecnologias! Lembro a sorte de ter trabalhado sempre com pessoas extraordinárias, administradores e colaboradores. Lembro os amigos feitos
no trade, a amizade de muitos clientes e o apoio da família, sem o qual
Primeiros
recém-nascidos
do ano serão
“Bebés Turistas”
Os bebés do continente que
nasceram depois das doze badaladas da meia-noite do dia 31 de Dezembro de 2007, são «Bebés Turistas» do Algarve, designação que introduz a nova acção de marketing
da Região de Turismo do Algarve
(RTA) para impulsionar o turismo
em família. O projecto inédito contempla a oferta de um kit de viagem
aos primeiros bebés do ano, entregue nas principais maternidades
com um passaporte, um saco, uma
bolsa térmica, uma bolsa de documentos, uma manta em tecido polar, um álbum de fotografias e uma
moldura. Estando ainda incluída no
conjunto uma máquina fotográfica
reutilizável que capte, mais tarde,
os pormenores da primeira visita
dos bebés à região algarvia.
«Esta é uma forma simpática
de darmos as boas-vindas às crianças nascidas no primeiro dia de
2008 e de, ao mesmo tempo, posicionarmos o Algarve como destino
turístico familiar», explicou o presidente da RTA, António Pina, que se
deslocou, na manhã do dia 1 de Janeiro, até à Maternidade Alfredo da
Costa, em Lisboa, para, num gesto
simbólico, oferecer um kit ao menino que ali nasceu na madrugada do
primeiro dia do ano.
a carreira não teria sido possível” cita
Amândio Glória.
Natural do Algarve, Amândio Glória iniciou a sua profissão em 1967,
como recepcionista do Hotel Algarve. Apaixonado pelo universo hoteleiro, prossegui a sua carreira e trabalhou nas unidades Hoteleiras mais
prestigiadas da época, como o Hotel
Dona Filipa e Vilalara, já em cargos
de Direcção.
Em 1980 aceitou o desafio para
o cargo de Director Geral de Operações e dirigiu as unidades hoteleiras
do grupo Figeirahoteis, Lda. Em 1982
voltou para o Algarve para dirigir o actual Hotel Tivoli Lagos.
Os Hotéis Tivoli agradecem e
felicitam Amândio Gloria por todo
o zelo, empenho e profissionalismo
que dedicou ao Tivoli Lagos durante um quarto de século. De hora em
diante será Mário Candeias, Director Geral do Tivoli Arade, que acumula interinamente a Direcção desta unidade.
A Cadeia Hotéis Tivoli é uma participada da Espírito Santo Hotéis,
Foto: Tivoli
bem como o Eco Resort da Praia do
Forte, no Brasil. Actualmente detém
12 hotéis em Portugal Continental
e na Madeira, encontrando-se em
construção uma nova unidade no Algarve, o Tivoli Victória. Os Hotéis Tivoli diferenciam-se através das suas
localizações geográficas bem como
pela qualidade de acolhimento e de
serviço. Com mais de 70 anos de tradição hoteleira, a marca Tivoli aplica
esta longa experiência na resposta
às actuais exigências do mercado e
dos seus clientes.
Grupo compra o Little River Golf & Resort por 339 milhões de euros
Oceânico aposta em “replicar”
nos EUA o sucesso em Portugal
O grupo Oceânico, formado pelo
irlandês Gerard Fagan e o britânico Simon Burgess, que assumem a direcção com o português Heitor Tomás,
anunciou a aquisição do Little River
Golf & Resort, em Pinehurst, no estado da Carolina Norte, num investimento de 500 milhões de dólares (cerca
de 339 milhões de euros).
Inaugurado em 1996, o empreendimento inclui um campo de golfe de
18 buracos, que é o único desenhado
Foto: Oceânico Developments
por Dan Maples em Pinehurst, e club
house, bem como 64 apartamentos.
Gerry Fagan, um dos directores do
grupo português Oceânico,refere que
“estamos encantados por ter agora a
oportunidade de elevar o Little River
a um resort que iguala aos standards
sem paralelo dos nossos empreendimentos portugueses, como os 5-estrelas Amendoeira Golf Resort, Vilamoura
Golf & Garden Resort e Royal Óbidos
Spa & Golf Resort”, comentou Gerry
Fagan, sobre a aquisição daquela unidade, localizada na Carolina do Norte,
EUA. Destacou ainda que a aquisição
do Little River se enquadra numa estratégia de “criar não apenas campos
de golfe e alojamento, mas também
resorts de classe a nível mundial para
golfistas e não só”.
Por seu turno, Simon Burgess,
salientou que Pinehurst é reputada
como a melhor região de golfe nos
Estados Unidos e afirmou que a Carolina do Norte é para o golfe nos Estados Unidos o que Portugal é para
este desporto na Europa, acrescentando que a sua intenção “é replicar
no mercado norte-americano o [seu]
êxito na Europa”.
De referir que a aquisição do empreendimento em Pinehurst vem na
sequência da compra, em Março de
2007, de cinco campos de golfe em Vilamoura, Algarve, entre eles o Victoria,
por 125 milhões de euros, bem como
do lançameno dos projectos Vilamoura Golf & Garden Resort e do Royal
Óbidos Spa & Golf Resort, empreendimentos de luxo que incluem apartamentos, moradias e infra-estruturas como campos de golfe, lojas, piscinas, spas e restaurantes.
Recorde-se que grupo Oceânico inclui a Oceânico Developments,
empresa responsável pela construção
dos projectos, a Oceânico Resorts, a
Oceânico Golf e a Oceânico Leisure,
responsáveis pela gestão das propriedades, restaurantes e infra-estruturas
de lazer do grupo.
Os empreendimentos
em Lagos
Os seus empreendimentos são
o Jardim da Meia Praia, o Estrela da
Luz, o Vila Baia, ambos na Praia da
Luz, o Belmar SPA & Beach Resort,
junto à praia de Porto de Mós, o Quinta do Monte Funchal, entre a Baía de
Lagos e a Serra de Monchique, todos no concelho de Lagos, e ainda o
Amendoeira Golf Resort, no concelho
de Silves, o Royal Óbidos Golf Resort, em parceria com a MSF.
Plano de Urbanização
da Meia Praia
Vila Galé é
a primeira
unidade a ser
aprovada
A Vila Galé foi, no dia 17
de Dezembro, a primeira unidade hoteleira aprovada, no âmbito do Plano de Urbanização da
Meia Praia .
Arranca, assim, o primeiro
Hotel de 4 Estrelas perspectivado para esta estância balnear do
concelho de Lagos, que cativou o
interesse dos investidores e que o
Município pretende destinar a projectos de reconhecida qualidade
urbana e paisagística.
Recorde-se que, de acordo
com o que foi divulgado em Julho do ano transacto (no decorrer
da XXI Feira Concurso Arte Doce
subordinada ao tema “Lagos dos
Descobrimentos, Destino Turístico de Excelência), Lagos prepara-se para ver ampliado o seu parque hoteleiro no segmento mais
alto, resultado de um conjunto de
investimentos privados de aproximadamente mil milhões de euros em hotéis de 4 e 5 estrelas,
resorts de luxo e campos de golfe que irão criar mais de 6700 novas camas e 1500 novos postos
de trabalho directos.
A aprovação da Vila Galé é o
primeiro passo para que o concelho se afirme no panorama regional, nacional e mesmo internacional, como uma marca forte no que diz respeito à principal
actividade económica da região:
o Turismo.
Este novo empreendimento,
cujo grupo promotor é Vila Galé
Hotéis, será um Hotel de 4 estrelas, com uma área de 84.600
m2 e uma área de construção de
18.500 m2. Três pisos comportarão 247 quartos (170 quartos duplos e 77 suites júnior) com 494
camas. Um SPA e uma área de
convenções farão parte de alguns
dos serviços complementares que
irá apresentar.
O valor do investimento previsto neste Hotel, que implicará
100 a 120 postos de trabalho directos, é de cerca de 30 milhões
de euros.
A autarquia está ciente de que
a vocação turística de Lagos é assumida e inegável, mas o executivo municipal defende que a reputação e excelência deste destino
passa também pela variedade e
qualidade do alojamento oferecido aos seus visitantes.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
19
Grande Entrevista Júlio Barroso
“A obra está à vista, quem quiser fazer
comparações, que tire conclusões”
padece com atrasos.
Infelizmente, em Portugal, verificase que uma forma infantil de fazer oposição é lançar boatos, em vez de propostas sérias. Obviamente que tal só
contribui para a coesão da equipa.
Tudo na vida tem o seu tempo.
Oportunamente, os lacobrigenses saberão a minha decisão.
NL – Por falar em oposição, esteve e parece continuar na ordem do
dia a apelidada “santa aliança” entre a CDU e o PSD. Acha que esse
cruzamento de ataques constantes
e união de forças existe face a uma
hipotética má gestão socialista, ou
trata-se de estratégias políticas desesperadas de quem vê o poder por
um canudo?
JB – Para alguns, o vale tudo e o
falatório mentiroso são as únicas formas que conhecem para o que devia
ser o salutar e desejado combate político. Os lacobrigenses sabem que connosco, podem contar sempre com trabalho, dedicação e seriedade.
NL – Partilha da opinião de que
o PS mesmo sem Júlio Barroso renovará a maioria absoluta em 2009,
desvalorizando completamente o
PSD de Nuno Marques?
JB – No PS há pessoas com muito
valor e com provas dadas na administração pública e privada. A quem compete o julgamento dos políticos e das
políticas é aos lacobrigenses.
“Infelizmente, em Portugal, verifica-se que uma forma infantil
de fazer oposição é lançar boatos, em vez de propostas sérias”
Obra visível, comparações,
“santa aliança”
e recandidatura
Com metade do segundo
mandato cumprido, há já quem
reclame que Júlio Barroso e suas
equipas socialistas têm mais obra
visível do que o PSD de Valentim
Rosado em doze anos de exercício do poder em Lagos.
Complexo Desportivo Municipal, Parque da Cidade, Parque Escolar renovado e ampliado, Novo Edifício da Câmara,
Parques de Estacionamento em
andamento, Frente Ribeirinha e
Fórum dos Descobrimentos bem
encaminhados, Empreendimentos Turísticos que aí vêm, enfim,
uma panóplia de obras e projectos deste executivo que saltam à
vista de lacobrigenses e de quem
nos visita.
Cogita-se até que perante tanta evidência Júlio Barroso não se
recandidata.
NL – Os socialistas reclamam
obra visível deste executivo. Mas
não haverá exagero quando se afirma que Júlio Barroso fez mais em
seis anos do que o PSD de Valentim Rosado no dobro do tempo em
que foi Presidente da Câmara. Não
acha que ainda há muito para fazer
em Lagos?
JB – Apesar do muito que já se fez
e se está a fazer, há ainda muito para
ser feito em Lagos. Estamos fortemente empenhados em fazer o muito que
ainda há por fazer. A obra está à vista,
quem quiser fazer comparações, que
tire conclusões...
NL – Fala-se numa alegada não
recandidatura de Júlio Barroso.
Essa conjectura faz sentido, tem a
ver com a promessa de que apenas
faria dois mandatos e por isso apressa-se a mostrar e deixar obra visível até 2009, prende-se com o seu
regresso ao Notariado, ou são puras especulações e meros truques
da oposição?
JB – Com tanto para fazer, é necessário continuar as políticas e as
iniciativas programadas pela governação autárquica do PS em Lagos. Uma
quebra no ritmo de trabalho iria fazer
atrasar Lagos por vários anos. Hoje os
municípios têm de ser competitivos e o
bem-estar das populações não se com-
Ausência do PDM, a
alegada fuga de Erickson
e a betonização do
Porto de Mós e Meia Praia
O famoso e já polémico PDM
caiu e passados seis anos ainda não se ergueu. Fala-se em in-
competência ou meros interesses particulares que alimentam
o adiamento.
A ausência de tão importante
instrumento de ordenamento do
território já mereceu a acusação
de que o famoso projecto Erickson fugisse para Espanha.
Entretanto, as baterias da
oposição apontam para severas
críticas em relação à chamada
betonização do Porto de Mós e
Meia Praia. Por seu turno, a Câmara apresenta um pacote de
empreendimentos turísticos que
visam valorizar e enriquecer a
economia lacobrigense.
NL – No lote de críticas da oposição aparece o PDM, um instrumento
fundamental de ordenamento do território, que ainda não está em vigor.
Qual o ponto da situação?
JB – O processo de retoma do
PDM está em fase muito avançada e
segura. Se não fosse a incompetência e o erro na aprovação do PDM por
parte do executivo anterior, não estaríamos assim. Não cometeremos os
mesmos erros, estamos a avançar de
forma segura.
NL – A falta de PDM foi a causa
da alegada fuga de Erickson para
Espanha?
JB – O dito projecto Erickson não
só não fugiu para Espanha como dele
haverá notícias em breve.
NL – Manifestamente, a oposição passa a mensagem de que este
executivo está a destruir o Porto de
Mós. Como é que o Presidente da
Câmara analisa esta contestação?
JB – Essa crítica não é séria, pois
as soluções urbanísticas do Porto de
Mós vêm de trás e não fomos nós que
“As soluções urbanísticas do
Porto de Mós vêm de trás e não
fomos nós que as aprovámos”
Janeiro de 2008
20 N OTÍCIAS DE LAGOS
Grande Entrevista Júlio Barroso
as aprovamos. Tivemos, a meu ver, o
mérito de reforçar a ideia que, em vez
de mais moradias e prédios, alguns
promotores optassem por hotéis.
lhos a mais do que os previstos, erros e omissões do projecto. A lei prevê que possa ir até 25% do valor inicial; nesta obra, o valor da polémica
sa fazer, definitivamente, do Rossio
da Trindade?
JB – Muito em breve, de forma faseada, aquelas obras e outras arrancarão. Roma e Pavia não
só
se fizeram num dia,
mas fizeram-se.
“O dito projecto Erickson não
NL – A
Meia-Praia é o
não fugiu para Espanha
ex-libris de Lacomo dele haverá notícias em breve”
NL – Recentegos. Também
mente, tivemos ocaaqui se acusa
a Câmara de embarcar na betoni- não chega aos 5%. O Tribunal de Con- sião de assistir em sessões de Câzação. Afinal que Meia-Praia va- tas, numa primeira análise, não acei- mara, a revolta do Andebol Clube
tou a classificação dada pela Câmara Lacobrigense em relação a evenmos ter?
JB – Uma Meia-Praia mais qualifi- baseada nos pareceres técnicos. Es- tual discriminação e situações ducada, em que o desenvolvimento é sus- tamos convictos que foi salvaguarda- vidosas na atribuição de subsídios
tentado, a natureza preservada, com a do o erário público municipal e respei- e horários de instalações desportiopção clara por unidades turístico-ho- tadas as regras de contratação públi- vas por parte da Câmara Municipal.
teleiras de alta qualidade e com baixa ca. Por isso aguardamos com confian- Trata-se de um caso isolado, já está
ça o veredicto final.
tudo esclarecido, ou existe descondensidade de ocupação de solo, em
tentamento por parte de outros cludetrimento de mais habitação. TereNL – Júlio Barroso escolheu um bes mas que não se manifestam pumos, pois, um desenvolvimento harmonioso e sustentado, gerador de riqueza professor de educação física para blicamente?
e de emprego. Em vez dos 35.000 habi- tutelar o desporto. Situação que não
JB – Julgo que quaisquer situatantes antes previstos, este plano con- acontecia desde o 1º executivo pós ções de menos esclarecimento, quan25 de Abril, em que Joaquim Paulino, do as há, são desde logo elucidadas,
templa apenas cerca de 13.500.
agora Delegado Regional do IDP, era e acho que foi o que aconteceu. O Andebol Clube Lacobrigense merece o
na altura vereador do Desporto.
Jorge Serpa corresponde à nosso maior respeito e consideração
O fenómeno desportivo,
aposta deste executivo no despor- pelo trabalho que desenvolve com os
derrapagem no complexo
to e ao planeamento e dinâmica que seus jovens atletas. Todos os que na
municipal, alegada
Câmara se esforçam por servir as sose exigem face à apetência dos lacodiscriminação, a escolha
licitações dos clubes, também são mebrigenses pelo desporto?
recedores de respeito e consideração
JB – Jorge Serpa é um gestor desdo vereador Jorge Serpa e
portivo com muita experiência, entu- dos agentes desportivos.
a Lagos Em Forma
siasmo, dedicação e respeitado pela
Se a educação é uma bandei- generalidade dos agentes desportivos.
Educação, Formação
ra do PS, o desporto foi um trun- Regista-se que cada vez temos mais
praticantes desportivos, e as políticas
Profissional, Habitação e
fo precioso para a conquista do
de apoio ao associativismo desportivo
poder em 2001 e continua a ter funcionam com um grande dinamismo.
Acção Social
grande peso na visibilidade da Está-se a levar à prática o Plano EstraA educação é uma bandeira
obra levada a cabo pelo executi- tégico de Desenvolvimento Desportivo.
vo socialista. Lagos já tem, final- O Vereador Jorge Serpa é incansável deste executivo e tem obra recomente, Pista de Atletismo, ilumi- nesse objectivo (e noutros que lhe es- nhecida até pelos mais cáusticos.
Desde a Carta Educativa, o Prénação no Estádio, Complexo Des- tão atribuídos).
portivo Municipal, Relvado Sintético de Odiáxere e até uma Empresa Municipal de desporto.
Contudo, ainda falta a cobertura da bancada do estádio Municipal, o Patinódromo, a solução
para o Campo Rossio da Trindade
e certas reticências em relação à
gestão da Lagos Em Forma.
NL – Surge
inesperadamente a polémica em
torno de uma
eventual derrapagem financeira no Complexo
Desportivo Municipal. Afinal,
o que é que se
passa concretamente?
JB – Passouse o mesmo que
em qualquer outra obra: traba-
Escolar, remodelação e mais escolas, mas também novas competências e superiores responsabilidades.
A Formação Profissional, a
Acção Social também assumem
particulares preocupações deste
executivo.
Outro grande desígnio deste executivo camarário é a habitação social, a
erradicação da
pobreza, o combate à desertificação e incentivos à compra
de casa a custos
controlados.
municipais
NL – Depois da Pista de Atletismo, iluminação do Estádio, Complexo Desportivo Municipal, Campo Sintético de Odiáxere, ainda existem lacunas.
Para quando o Patinódromo, a
cobertura da bancada do Estádio
Municipal e outro campo sintético,
e já agora o que é que a Câmara pen-
“As empresas
são um instrumento do
desenvolvimento, cada vez mais
utilizado por autarquias de todos
os quadrantes políticos”
NL – A Câmara está preparada para os novos
desafios na área
da Educação?
“Já está em obra o projecto de
habitação a custos
controlados de Espiche (54
fogos), na cidade de Lagos em
estudo cerca de 50 fogos
e conclusão em
Bensafrim (30 fogos).
Em projecto está Odiáxere (60
fogos), Chinicato (26 fogos)”
JB – A Câmara Municipal de Lagos
está sempre preparada para os novos
desafios, que possam resultar benefício social, melhoria da qualidade do
serviço público e bem estar dos cidadãos. Seguimos atentamente as negociações do Estado com a Associação
de Municípios para a transferência das
novas funções.
NL – E existe vontade de lutar
por um pólo universitário?
JB – Existem protocolos com várias universidades para o desenvolvimento do ensino superior no nosso
concelho. A luta por “pólos universitários” foi assunto do século passado...
NL – São notórios os apoios e
incentivos à habitação social. Nesta matéria que balanço faz e que
projectos estão na calha para o futuro?
JB – Muito positivo, embora ainda
insuficiente. Já está em obra o projecto
de habitação a custos controlados de
Espiche (54 fogos), na cidade de Lagos
em estudo cerca de 50 fogos e conclusão em Bensafrim (30 fogos). Em projecto está Odiáxere (60 fogos), Chinicato (26 fogos). Vamos, de forma gradual, re-qualificar os Bairros do IGFSS
que foram cedidos à Câmara. Continuaremos a apoiar os projectos de habitação a custos controlados das cooperativas Chesgal e Lacóbriga.
NL – Os apoios aos carenciados
e aos imigrantes estão devidamente
controlados para contrariarem críticas de suposto despesismo?
JB – Há uma boa coordenação ao
nível da Rede Social, designadamente entre a Segurança Social e os serviços sociais da autarquia. Quaisquer
situações de abuso que sejam detectadas serão tratadas com o rigor que
se exige. Acho injusto e de mau tom
chamar despesismo ao apoio a famílias carenciadas e desestruturadas,
ainda que nalguns casos possa parecer um aproveitamento abusivo. Jogase pela inclusão e isso tem custos. Vamos “ensiná-los a pescar”, mas, quando a fome é muita, damos “peixe” para
subsistirem...
Animação, Património
Cultural e o Parque de
Exposições e Feiras
Lagos aposta na animação diversificada, com o Centro Cultural
e outros espaços culturais a receberem permanentemente um mar
de eventos.
Grandes referências culturais, como o Festival dos Descobrimentos com novo figurino, a
Arte Doce de cara lavada, a recuperação da Igreja das Freiras
e muito mais.
Porém, continuamos sem o
tão desejado Parque de Exposições e Feiras.
NL – Quando é que os lacobrigenses podem desfrutar de um Parque de Feiras e Exposições adequado e atractivo?
JB – Nos trabalhos da revisão do
Plano de Urbanização de Lagos contempla-se esse equipamento na área
de desenvolvimento da Fonte Coberta,
que designamos por TECNOPOLIS. A
sua execução deverá resultar do dina-
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
21
Grande Entrevista Júlio Barroso
mismo da nossa economia e dos agentes económicos. A Câmara está a despoletar as necessárias parcerias.
NL – É viável a construção de
uma estrutura que atenue o vento
no Auditório Municipal?
JB – Todo a zona do Parque Dr. Júdice Cabral, mais conhecido por parque
das Freiras, vai ter um arranjo urbanístico e uma ampliação. O Festival dos
Descobrimentos terá aí uma parte importante, dado o próprio enquadramento cénico. Haverá um tratamento das
muralhas e dos baluartes e os mesmos
serão enquadrados em percursos turísticos. O Auditório Municipal será requalificado e modernizado, estando-se ainda na fase técnica dos estudos. A cobertura do auditório é uma situação a
ser ponderada.
NL – Recusa o epíteto de “festarolas a mais”, anarquia e duplicidade
de eventos, dispersão de público e
esbanjamento de dinheiro?
JB – Somos criticados por ter cão
e por não ter. Uns acham muito, outros acham pouco, nós achamos que
é o que se pode realizar, dada a dimensão e a situação do município.
Os programas de animação e eventos são programados cada vez com
mais antecedência e rigor, com método e objectivos.
NL – É verdade que existe uma
certa promiscuidade entre a política
partidária e o associativismo, isto é,
a tentativa de “infiltração” de gente
socialista nas diversas associações
e clubes de Lagos?
JB – Julgo haver pessoas de todos
os partidos nas diversas organizações
da sociedade civil. Mais importante que
os partidos é a disponibilidade, a dedicação e a participação de cidadãos,
em suma, competência, responsabilidade e altruísmo.
Reorganização de
Serviços da Câmara e as
Empresas Municipais
Está aí, finalmente, a reorganização de serviços da lavra deste executivo. Embora se saiba
que o novo organograma só entra
verdadeiramente em vigor quando estiver concluído o novo Edifício da Câmara Municipal.
NL – Vamos ter mais qualidade de serviços e novos horários de
atendimento ao público?
JB – Vamos ter melhores postos
de trabalho, mais qualidade de vida
nos postos de trabalho, comunicações
mais facilitadas, serviços em rede, efi-
cácia organizacional e por conseguinte, um melhor serviço prestado aos
munícipes. Os novos horários estão
em estudo.
NL – Estão previstas mexidas
nas chefias, uma revolução no quadro de pessoal ou simplesmente
pequenos ajustes e melhor organização?
JB – Quando entra em vigor uma
nova organização de serviços, os antigos são extintos e há que instalar os
novos. Tal acontece com as chefias,
que, de acordo com a Lei, são recrutadas por concursos públicos, já publicados.
NL – Para quando o novo Edifício da Câmara Municipal, e que destino terão as instalações que entretanto foram adquiridas e estão actualmente como valências da autarquia?
JB – Estima-se que o novo edifício municipal entre em funcionamento
no Verão de 2009. As instalações arrendadas, que não tenham outro uso
possível, serão devolvidas aos senhorios e as instalações municipais que
deixarem de ter utilização serão rentabilizadas.
NL – Esta reestruturação pode
reforçar as críticas da oposição em
relação às Empresas Municipais, defendendo que não fazem sentido.
O Presidente da Câmara acha
que as Empresas Municipais estão
bem e recomendam-se?
JB – Completamente! As empresas
municipais são um instrumento do desenvolvimento, cada vez mais utilizado
por autarquias de todos os quadrantes
políticos. As mesmas podem desenvolver métodos de gestão e de financiamento eficazes para os projectos de
obras e de desenvolvimento, que demorariam muito mais e dificilmente seriam exequíveis em tempo razoável. As
“Estima-se que o novo
edifício municipal entre
em funcionamento
no Verão de 2009”
com a elevada carga de impostos municipais, estando Lagos
no topo nacional, alegadamente
para pagar festas em demasia e
sobretudo para substituir os financiamentos do governo, nomeadamente o novo quartel da PSP.
Entretanto também houve
novo aumento da água, liquido
precioso que há quem diga que
não tem qualidade.
Por seu turno, a Câmara vai
concretizando os projectos e entende que os lacobrigenses e os
empresários ao pagar impostos
estão a contribuir decisivamente para a obra que está á vista
e parece que respira saúde financeira.
NL – Que argumentos utiliza o
Presidente da Câmara para conti-
posto municipal mais antigo e, a meu
ver, mais justo porque incide sobre os
lucros das actividades das empresas
no concelho e, normalmente, ficam
consignados a intervenções simbólicas, consideradas imprescindíveis por
todos, conferindo às empresas uma feição mais social. Sem receitas não se
podem fazer obras, não se pode fazer
uma política de apoio social, educacional e cultural. Sem recursos financeiros os equipamentos degradam-se, a
qualidade de vida das pessoas e do
espaço público baixa. Sem estas intervenções municipais neste mercado global competitivo os nossos produtos e o nosso território perdem valor, as nossas empresas perdem actividade, a nossa comunidade perde riqueza e sustentabilidade...
NL – Como reage à acusação
de alegada substituição da Câmara pelo Governo, particularmente no que se refere ao novo Quar-
“Não é verdade que em Lagos se paga mais
impostos do que no resto do país!
A maior parte das autarquias do Algarve e do
país têm o IMI mais elevado do que Lagos”
mesmas permitem dinamizar formas de
financiamento de projectos, através de
parcerias público privadas, que conduzem a obras que, de outra forma, não
poderiam ser feitas.
A carga de impostos e
alegada água barrenta
Uma matéria muito cara aos
munícipes e frequentemente atacada pela oposição, prende-se
nuar com as derramas e com as taxas tão elevadas do IMI?
JB – Não é verdade que em Lagos se paga mais impostos do que no
resto do país! A maior parte das autarquias do Algarve e do país têm o IMI
mais elevado do que Lagos. O facto de
se ter uma boa receita fiscal resulta de
existirem muitas segundas residências
e casas de férias. Em suma, de termos
muitos mais imóveis em proporção com
os residentes, do que a maior parte do
país. A taxa de IMI está na média que
a Lei permite (0,35). A derrama é o im-
tel da PSP?
JB – A Câmara Municipal não se
substituiu ao Estado. Cada um cumpre
com as suas responsabilidades. A Câmara Municipal teve um papel facilitador, como lhe compete, por pugnar pela
segurança pública, através de uma melhor qualidade de trabalho dos seus
agentes, do atendimento dos utentes
e dos direitos dos detidos. Veja-se que
há vinte anos que se espera pelo novo
Quartel da PSP. Se a Câmara não tivesse agido, quantos mais anos teríamos de esperar ?
NL – Houve mais uma vez aumento nas tarifas da água e saneamento. Mas surgem críticas de que
a água é barrenta e não tem qualidade. Por conseguinte, nada justifica o
aumento. Quer comentar?
JB – A actualização das tarifas da
água, esgotos e lixo justifica-se pelo
preço que a Câmara tem de pagar aos
prestadores desses serviços e pela manutenção e melhoria das infra-estruturas, para a substituição da rede. A água
é controlada laboratorialmente e tem a
qualidade exigida por lei. Os episódios
de falta de qualidade devem-se a canalizações muito antigas, a mais das vezes dentro das próprias habitações. A
Câmara disponibilizará a todos os cidadãos que apresentem reclamação a
necessária colaboração.
NL – Afinal, como está a saúde financeira da Câmara Municipal
de Lagos?
JB – A saúde financeira está boa e
deverá manter-se boa se continuarmos
uma gestão com rigor, com equilíbrio
entre a receita e a despesa, cumprindo os limites legais de endividamento
e dos custos com pessoal. Se a mesma for rigorosa, podemos pagar aos
nossos fornecedores atempadamente,
como tem acontecido até agora.
Transportes, Frente
Ribeirinha e Fórum dos
Descobrimentos
Embora debaixo de habituais
críticas, atrasos de inauguração,
Lagos vai ter, finalmente, nova
rede de transportes.
Entretanto, também anda por
aí a requalificação da Frente Ribeirinha, com o tão badalado Par-
Janeiro de 2008
22 N OTÍCIAS DE LAGOS
Grande Entrevista Júlio Barroso
que de Estacionamento enterrado a suscitar dúvidas.
Mediatização ainda em torno do famoso Fórum dos Descobrimentos, um projecto em nome
da história e dos descobrimentos de Portugal, onde Lagos teve
um papel fundamental. Por ventura, mais um reforço de atractividade e fonte de economia para
Lagos.
é devido na História, como local de
encontro de povos e de civilizações,
desde a antiguidade. O Fórum vai ser
o encontro do passado com o futuro,
através da produção e divulgação de
conhecimento. O primeiro núcleo vai
ser inaugurado proximamente (lá para
Abril) com o Centro de Ciência Viva na
Casa da Fogaça. Um núcleo de exposições, actividades e eventos será instalado a partir do próximo ano, no ac-
“O abandono do tanque de maré não se
deveu ao PSD, uma mentira mil vezes
repetida nunca deixa de ser mentira”
NL – Para quando está prevista a inauguração da nova rede de
transportes de Lagos, e que benefícios vão ter os lacobrigenses e os
turistas?
JB – Para muito em breve e de forma faseada. Espera-se que a “ONDA”
(assim se chamará ao transporte) comece a espraiar-se por aí na altura
da Páscoa.
NL – Em que pé está o tão badalado Parque de Estacionamento enterrado da Avenida?
JB – Está em fase de projecto técnico e financeiro. Deverá arrancar em
breve numa parceria público privada
entre a FUTURLAGOS - Empresa Municipal para o Desenvolvimento, EM e
uma empresa privada cuja selecção
está agora em curso.
NL – A requalificação da Frente
Ribeirinha sofreu ligeira alteração e
o PSD reclama os louros do abandono do lago. Em que ponto está
este projecto?
JB – O abandono do tanque de
maré não se deveu ao PSD, uma
mentira mil vezes repetida nunca deixa de ser mentira. Tal constava do estudo inicial, mas desde logo se solicitou à equipa projectista a sua alteração por ocupar demasiado espaço.
Este projecto está em fase de preparação de obra para arrancar em Fevereiro próximo.
NL – Vamos ter realmente o Fórum dos Descobrimentos. Que medidas, alterações e sobretudo o que é
isso do Fórum dos Descobrimentos
e que mais-valias traz para Lagos?
JB – Lagos vai ter o lugar que lhe
tual edifício da Câmara, com eventual
inclusão dos edifícios dos Correios e
Telecom e do espaço traseiro da Câmara, que ganhará mais proeminência
com ligação ao mar. O terceiro núcleo
localiza-se na margem esquerda da Ribeira de Bensafrim na Zona Portuária,
onde se situam agora os armazéns de
aprestos. Será um centro de estudos
e divulgação científica, lúdico, interactivo, multigeracional, temático da nossa especial ligação à epopeia dos Descobrimentos, à descoberta dos mares
e difusão da lusofonia.
As seis Juntas de
Freguesia, hegemonia PS, a
dinâmica e assimetrias
O PS conseguiu a hegemonia
nas seis Juntas de Freguesia do
Concelho de Lagos. Talvez fruto de uma aposta de valorização
harmoniosa de todas as freguesias, tendo mesmo destacado um
vereador para garantir maior ligação e proximidade com os respectivos executivos das Juntas e também em relação às populações.
Trabalho que valeu as transferências de dois presidentes do PSD
para o PS.
Porém, Barão de S. João parece um pouco desprotegida e à
espera de melhores dias, enquanto as Juntas urbanas de S. Sebastião e Santa Maria se confundem
ou se diluem na visibilidade e acção com a Câmara Municipal.
NL – Este executivo parece prestar simultaneamente grande atenção
e apoio às Juntas de freguesia.Isso
deve-se ao facto do PS ter a hegemonia ou é uma aposta clara deste
executivo em valorizar harmoniosamente as suas seis freguesias e,
por isso, destacou um vereador que
anda no terreno para garantir maior
ligação e proximidade?
JB – Isto deve-se ao facto de o
PS defender, desde sempre, políticas
de integração de todas as comunidades do território, numa óptica de coesão territorial. Nunca as Juntas de
Freguesia tiveram tantas verbas através de transferências de competências, aplicando-se o princípio da subsidariedade. Os presidentes das Juntas têm acesso directo ao Presidente e
ao executivo para a resolução dos problemas do dia-a-dia.
NL –Apesar de tudo, parece
existir particular preocupação com
as freguesias rurais. Porém, Barão
de S. João parece continuar a ser a
mais desprotegida, carecendo ainda
de requalificação da escola, requalificação do centro da aldeia, com outra entrada para o Centro Cultural e
Mata Nacional, e também o troço que
liga Bensafrim a Barão e que passa
pelo ZOO, sem esquecer a construção do Lar de Idosos. A que se devem estes atrasos?
JB – Não concordo com essa visão tão derrotista e negativa. Gosto
muito de Barão de São João, a nossa
“pérola rural”, e garanto que não está
esquecida. Foi recentemente aprovado o Plano de Pormenor de Barão de
São João, a ser publicado em breve.
A partir deste instrumento essencial de
desenvolvimento do território vai ainda desenvolver-se o novo Lar de Idosos, a requalificação da escola básica,
mais requalificação urbana, a zona industrial, o núcleo museológico e também a Variante de Barão de São João,
que vai melhorar de forma drástica as
suas acessibilidades. Já começaram
as obras de pavimentação da estrada
Bensafrim/Barão de São João. O Lar
de Idosos é uma obra em que a Câmara apoia a Santa Casa da Misericórdia,
JB – Barão de São João já pertenceu a Bensafrim. Qualquer reforma administrativa tem os seus prós e
os seus contras. Mas sobre esta matéria, o melhor que há a fazer é ouvirse as populações.
Entretanto convém esclarecer que
para ser vila, Bensafrim não precisa da
anexação de Barão de São João.
NL – Outra questão que muito
se fala prende-se com a escassa ou
confusa visibilidade e acção das juntas de freguesia urbanas. S. Sebastião ainda apanha Chinicato, Meia
praia, Portelas e Sargaçal, mas Santa Maria parece esvaziar-se ou diluirse na Câmara Municipal.
Por exemplo, Portimão só tem
uma Junta de freguesia urbana.
Acha que em Lagos se pode colocar essa hipótese?
JB – As Juntas de Freguesia de
Santa Maria e de São Sebastião têm
muitos séculos de existência, com bons
resultados para as populações. Não
vejo necessidade de se mexer no que
funciona bem há tantos anos!
Associação de Municípios
Terras do Infante e a Saúde
A Associação de Municípios
Terras do Infante passa um pouco despercebida da opinião pública. Embora se conheçam medidas
e propostas recentes, tais como a
problemática Adega Cooperativa
de Lagos e o Matadouro Regional.
Outra matéria comum diz respeito
ao Hospital de Lagos, à espera de
solução adequada para satisfazer
os utentes dos três concelhos (Lagos, Vila do Bispo e Aljezur).
NL – Como funciona a Associação Terras do Infante, que poderes e
vantagens?
JB – A Terras do Infante – Associação de Municípios tem a forma jurídica de associação de municípios de fins
específicos. Tem um trabalho notável
ao nível do desenvolvimento do Plano
NL - Como se encontram os casos da Adega Cooperativa e do Matadouro?
JB – A Associação adquiriu o edifício da Adega, para obviar que o mesmo fosse entregue pelo valor das dívidas da Adega Cooperativa, que era o
que se antevia. A Associação comprou
para vender, e utilizar o ganho na venda
para apoiar a construção de uma unidade de produção vitícola mais moderna.
A Associação comprou por um milhão e
seiscentos mil euros e, depois de várias
tentativas, vai vender por dois milhões e
seiscentos mil euros. Assim, realizar-seá um ganho de cerca de um milhão de
euros a aplicar na nova unidade. Tal unidade está em estudo com os dirigentes
da Adega Cooperativa, os técnicos municipais e o Conselho Directivo da Associação, com o apoio da Delegação Regional do Ministério da Agricultura.
NL – O Hospital é uma matéria
sensível e que requer especial cuidado mas também acção determinante. A Associação tem efectivamente algum projecto para um Hospital que substitua o “velhinho distrital de Lagos”, que sirva eficazmente
os três concelhos e se prepare para
responder à realidade actual e aos
novos empreendimentos turísticos
que aí vêm?
JB – Os três municípios estão firmemente unidos em torno do actual
Hospital de Lagos, actualmente integrado no centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Desejamos mantê-lo,
preservando as suas valências e funcionalidades. Têm-se falado muito na
possibilidade da sua relocalização em
parcerias com privados e instituições.
Para já, no Plano de Urbanização de
Lagos, contemplámos uma área para
tal fim. A sua concretização dependerá, obviamente, do Ministério da Saúde. A nossa parte, a nossa disponibilidade e o nosso compromisso estão em
cima da mesa.
NL – Que outros projectos estão
na calha para potenciar este triângulo Vicentino?
JB – Os órgãos associativos aprovaram recentemente o plano e orça-
“Veja-se que há vinte anos que se espera pelo novo
Quartel da PSP. Se a Câmara não tivesse agido,
quantos mais anos teríamos de esperar ?”
já que o projecto não tem apoio de fundos da segurança social.
NL – Pegando numa velha aspiração do Governo de Sócrates,
numa reforma administrativa do território, onde freguesias com menos
de 1000 habitantes desapareceriam,
acha que Barão de S. João poderia
ser anexada a Bensafrim e assim potenciar a futura Vila?
de Intervenção na Floresta Contra Incêndios, pioneiro no país e com resultados neste último Verão. Promove a
construção de mini-barragens, caminhos rurais, aceiros e tem equipas de
vigilância florestal, que actuam em coordenação com os agentes da protecção civil. Tem ainda participação em diversas feiras de turismo com um pavilhão e publicidade própria.
mento da Associação para 2008. Prevê-se o desenvolvimento de estudos
para o Plano Estratégico para o território da Associação. Se houver acordo dos outros dois municípios, Lagos,
como Presidente, exercerá a inerente liderança. Tal plano será com toda
a certeza um documento orientador
para novos projectos que potenciem
este território.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
23
Música
Interreg III A
Academia de Música de Lagos
promove Projecto “SuestArte”
A temática abordada será complementada por concertos essencialmente tocados em espaços previamente
seleccionados, onde os alunos abrangidos pelas acções de carácter pedagógico possam facilmente deslocar-se
e desfrutar de momentos de elevado rigor e valia técnico-instrumental. Todas
as escolas do ensino regular dispõem
de anfiteatros e auditórios. As acções
serão desenvolvidas em grande maioria nesses espaços, com a participação
e colaboração, do lado algarvio, da Direcção Regional de Educação do Algarve e das Câmaras Municipais beneficiadas e, do lado andaluz, da Delegación
de Educación de Huelva e dos Ayuntamentos abrangidos.
A metodologia a aplicar passa forçosamente pelo envolvimento das Câmaras Municipais e dos Ayuntamentos,
na deslocação dos alunos das escolas
periféricas para auditórios de maior capacidade, para que possam assistir e viver momentos culturais diferentes, que
envolvem a divulgação da poesia, dos
compositores, e da música das duas regiões.A apresentação pública de obras
de poetas e compositores contemporâneos pretende inverter, em parte, a crescente dependência das populações pelas novas tecnologias e pelo isolamento
individual de cada um.
Este projecto procura estabelecer
uma maior aproximação entre os produtores de obras musicais (compositores) e literárias (poetas) com os seus
públicos. Embora muitos poetas, escritores e compositores já tenham as suas
obras publicadas e difundidas através
das novas tecnologias, ainda é muito
reduzido o número de pessoas que os
lêem ou escutam.
Levar às populações a cultura de
cada região é uma forma de melhor a
difundir. A escolha das camadas mais
jovens das populações, assim como
dos locais onde as actividades serão
desenvolvidas, permite estabelecer um
contacto mais directo entre o público
e o “artista”, para além de fomentar a
procura por novos talentos e a manutenção de uma cultura identificativa de
cada região.
Último concerto
do ano - Integral
das Sonatas para
Violino e Piano
Concertos de Natal Luís Rodrigues
da Orquestra do
em concerto na
Algarve em São
Igreja de Stª Maria
Brás e Lagos
Aqueles que produziram e realizaram durante o ano de 2007, 151 concertos, 80 acções de carácter pedagógico, 32 programas de animação musical, 8 masterclass, 5 workshops, 4 cursos de férias, 3 conferências, 1 Concurso de Música, 1 Encontro de Escolas
de Música, 1 Estágio de Verão (Academia de Verão), num total de 286 eventos, ainda tiveram coragem e disponibilidade, para presentear o último concerto do ano. João Pedro Cunha, violino e António Rosado, piano, na interpretação da integral das sonatas para
violino e piano de Beethoven, no Centro Cultural de Lagos no dia 28 de Dezembro, proporcionaram mais um fabuloso espectáculo musical a fechar
um ano dourado.
A Orquestra do Algarve deu música de Natal em Lagos, no dia 22 de
Dezembro, no Centro Cultural, após
ter realizado outro concerto no dia
anterior no Cine-Teatro São Brás.
Sob a direcção do maestro Luís
Carvalho, e tendo como solista o barítono Rui Baeta, a Orquestra interpretou peças dedicadas ao Natal,
como a «Noite Feliz», «Adeste Fidelis», «Joy to the World» e muitas outras bem conhecidas do grande público., como composições de Corelli,
Bach, Francesco Manfredi, Franz
Gruber, Haendel, Charles Gounod e
Giuseppe Torelli, todas apropriadas
à quadra festiva.
Concertos na Escola Sec. Júlio
Dantas e no Pavilhão Multifunções
no Chinicato
Com o apoio da Direcção Regional de Educação do Algarve, Câmaras Municipais de Lagos, Lagoa e Portimão, Caixa Geral de Depósitos e inserido na estrutura financiada pelo Fundo
Europeu de Desenvolvimento Regional
- Programa Interreg III A, a Academia
de Música de Lagos em parceria com
o Conservatório Profissional de Música
de Huelva realizou o concerto inaugural na Escola Secundária Júlio Dantas,
no dia 10 de Janeiro de 2008, integrado
nas comemorações dos 25 anos daquela escola. Depois, no dia 20, novo Concerto no Pavilhão Multifunções no Chinicato, no âmbito da comemoração do
Dia de S. Sebastião.
O barítono Luís Rodrigues foi o
convidado dos concertos que a Orquestra do Algarve, sob direcção do
maestro Josep Caballé-Domenech,
ofereceu no fim-de-semana de 12
e 13 de Janeiro, na Igreja de Santa
Maria de Lagos e no Teatro das Figuras, em Faro.
Espectáculos ao rubro que arrancaram com árias do «Barbeiro
de Sevilha», de Rossini, depois com
árias de «As Bodas de Fígaro», de
Mozart., seguindo-se a estreia absoluta da peça «Oito minutos para orquestra», de Ka’mi, e para fechar foi
interpretada a Sinfonia nº 38 em Ré
Maior, k. 504, de Mozart.
2- Astronomia para Amadores
• Vieira Calado
2 - Na verdade, um cometa típico
apresenta uma espécie de cabeleira envolvendo o seu núcleo brilhante e uma longa cauda, que pode dar
a ideia dum cabelo muito comprido e
esguio, que se encontra sempre na
direcção oposta ao Sol, por efeito do
vento solar que a empurra nesse sentido. Certas caudas podem atingir os
150 milhões de quilómetros de extensão, a distância Terra/Sol!
Passam a maior parte do tempo
nas profundezas do Sistema Solar,
gelados. Geralmente descrevem trajectórias elípticas de grande excentricidade e voltam regularmente. Outros, porém, só por cá passam uma
vez, por descreverem órbitas hiperbólicas, e não mais regressam.
Por múltiplas razões, os cometas
são astros importantes, embora para
a maior parte dos humanos, eles sejam apenas estranhos, raros e intrigantes, ou belos.
Já lá vai o tempo em que eram
considerados portadores de mensagens ameaçadoras e funestas, ou
bons presságios, para outros…
Porém, hoje em dia, e embora
se saiba exactamente o que são e
a razão por que nos visitam, ainda
causam perturbações a muita gen-
te e trazem para a ribalta a ignorância atávica de alguns habitantes do
planeta.
Terão sido observados desde
sempre. Alguns deles não poderiam
passar desapercebidos aos nossos
antepassados de antanho, quanto
mais não fosse pela sua forma e luminosidade, parecendo pairar nos céus
nocturnos. Vários, de entre eles, até
foram visíveis em pleno dia!
A maioria dos que estão catalogados foi descoberta no século
XX, depois da utilização mais profusa dos bons telescópios que conseguem vislumbrar os que são invisíveis a olho nu.
Há uns 1000 que já nos visitaram pelo menos uma vez. Desses,
uns 120 são regulares visitantes. E
todos os anos se descobrem uns dez
ou doze novos cometas.
Ganham o nome do seu descobridor (ou descobridores), a que
se ajunta um código de números e
letras.
Mas os cometas realmente magníficos, os que facilmente podem ser
vistos por qualquer pessoa, só aparecem, em média, um por década.
(continua)
A gravura mostra o cometa Halley, representado na célebre tapeçaria de Bayeux (Normandia), na Idade Média.
Janeiro de 2008
24 N OTÍCIAS DE LAGOS
Música
Associação do Grupo Coral de Lagos encanta
A divinal e trintona Associação do Grupo Coral de Lagos continua a encantar lacobrigenses e todos quantos desfrutam da oportunidade para admirarem os seus fantásticos concertos.
Fecharam 2007 com chave de ouro da lavra do Coro Infanto-Juvenil, na
Igreja das Freiras, e abriram 2008 numa “santa aliança dos miúdos com os
graúdos” na Igreja de Santa Maria, com tempo ainda para o Grupo Coral cantar os Reis em parceria com a Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio e uma
deslocação a Lisboa também um Concerto de Reis, no dia 6 de Janeiro, na
Igreja de Nossa Senhora da Ajuda.
De salientar ainda que a 20 de Janeiro o Grupo Coral participa na homenagem ao Intermarché ,a realizar no Chinicato - Edifício Multifunções.
Concertos do Coro
Infanto - Juvenil
de Lagos
Uma Pequena
Cantata de Natal
Igreja das Freiras
completamente
cheia
Numa parceria com a Associação
Contemporanus, de Évora, e o apoio
das Câmaras Municipais de Évora,
Estremoz, Alter-do-Chão e Lagos, a
Associação do Grupo Coral de Lagos
levou o seu Coro Infanto-Juvenil em
digressão pelo Alentejo, de 20 a 23
de Dezembro.
E para encerrar o ano com chave de ouro, o Coro Infanto-Juvenil de
Lagos apresentou a peça “Uma Pequena Cantata de Natal”, de Sérgio
Azevedo, na Igreja das Freiras, no
dia 29 de Dezembro.
Assim, pelas 21:30 horas, casa
completamente cheia para apreciar
e aplaudir tão fantástico espectáculo. De sublinhar que marcaram presença nesta noite memorável, o autor
da peça musical, Sérgio Azevedo e o
Presidente da Câmara Municipal de
Lagos, Júlio Barroso, destacando-se
ainda que o concerto mereceu honras de gravação de CD.
A direcção musical esteve a cargo de Vera Batista.
Coro Infanto-Juvenil
Adriana Santos, Alexandra Viegas, Ana Cristina Martins, Ana Sofia Cançado, António Santos, Beatriz
Correia, Carina Dias, Carlota Moura,
Catarina Louro, Diogo Rodrigues,
Diogo Santos, Elisabete Carapeto,
Francisco Santos, Guilherme Félix,
Jorge Lopes, Lilli Shultz, Luís Casinhas, Margarida Duarte, Maria Luísa
Duarte, Mariana Sousa, Maria Prieto,
Marta Ferreira e Tiago Guedes.
Evorensemble Contemporâneo
Flautas: Solange Silva e Maria
João Cerol (convidada)
Clarinetes: Ricardo Gama (convidado), Luís Romão, André Surra e
José Carlos Pereira (alunos da Escola de Música União)
Trompete: Vítor Pereira (con-
vidado)
Trombone e Percussões: Francisco Seródio
Piano: Rita Abranches (convidado)
Órgão: Inês Lopes (convidada)
Percussão: Jorge Madeira (aluno
da Escola de Música União)
Direcção Musical: Vera Batista
Juventude com
onze anos de
actividade a
alimentar
o presente e a
preparar o futuro
O Coro Infanto-Juvenil de Lagos
nasceu em 1996,ano em que se comemorava o 20.º aniversário da Associação do Grupo Coral de Lagos.
Conta, actualmente, com cerca de
25 elementos, de idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, que
a eles se dedicam com entusiasmo.
Este grupo representa um complemento indispensável na educação
musical dos alunos e é um estímulo
e um incentivo para as demais actividades desenvolvidas pela Escola de
Música de Lagos. Realiza concertos
especialmente na época natalícia e
em eventos ou festividades para os
quais é convidado, e participa sempre nas audições dos alunos da Escola de Música de Lagos.
Ao longo da sua existência, tem
participado em vários Encontros de
Coros e, desde 2001, é o Coro anfitrião dos Encontros de Coros Juvenis em Lagos. Integrou o elenco da
Ópera Atanor, produção da Associação do Grupo Coral de Lagos, levada à cena em Novembro de 2001. Foi
dirigido, desde a sua fundação e até
Setembro de 2001, pela maestrina
Maria José Ferreira, professora com
reconhecida experiência neste campo e, a partir dessa data, pela maestrina Vera Mónica Batista, colaboradora assídua da Associação e professora na sua Escola de Música.
De salientar que do Infanto-Juvenil já ingressaram no Grupo Coral
de Lagos cerca de uma dezena de
jovens, a que se acrescenta a Maestrina Vera Batista, também fruto
das sementes plantadas pela Associação, que agora dirige os miúdos
e os graúdos.
Jovem e talentosa
Maestrina é rebento
lacobrigense
A maestrina Vera Batista é natural de Lagos, iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música da Associação do Grupo Coral de Lagos. Mais tarde ingressou
na Academia de Música de Lagos
e no Conservatório Maria Campina,
onde integrou as classes de Piano
do Prof. João Rosa e Oxana Annikeeva, respectivamente. Actualmente estuda na Universidade de Évora no Curso de Piano, integrada na
classe da Professora Elizabeth Allen. Frequentou aulas de canto no
Eborae Musica.
Participa frequentemente em cursos de Direcção Coral com os maestros Paulo Lourenço, Teresita Gutierrez e Cara Tasher. É membro do
Grupo Coral de Lagos desde 1991 e
membro fundador do Vocal apArte,
do EvorEnsemble Contemporâneo e
de O Piano Súbito. Desde 1998 integra o quadro de docentes da Escola
de Música da Associação do Grupo
Coral de Lagos nas classes de Formação Musical e Piano, leccionou
também na Academia de Música de
Lagos. Desde Setembro de 2001 desempenha funções de maestrina titular do Coro Infanto-Juvenil de Lagos e desde 2007 maestrina titular
do Grupo Coral de Lagos.
Concerto de Reis
(Grupo Coral e
Coro Infanto-Juvenil)
Que linda forma de abrir 2008
brindando o público com um Concerto de Reis que juntou o Grupo Coral
com o Coro Infanto-Juvenil.
A Igreja de Santa Maria acolheu
uma magnífico espectáculo no dia 4
de Janeiro, pelas 21:30h. Ora, o Grupo Coral de Lagos dispensa apresentações, pois trata-se de uma grande
referência nacional com créditos internacionais, ao lado do de um Coro
jovem que já ganhou notoriedade, só
podia resultar em sucesso.
Cantares de Reis
(Grupo Coral e
Filarmónica
1º de Maio)
À semelhança do que se tem
passado nos anos anteriores, o centro da cidade de Lagos voltou a ser
animado com Cantares de Reis pelo
Grupo Coral de Lagos e Sociedade
Filarmónica 1º de Maio, numa parceria louvável e sempre bastante acarinhada pelos lacobrigenses.
Uma tradição preservada que vai
merecendo o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de S.
Sebastião, esta apostada em manter a chama viva dos festejos tradicionais de Lagos, como também é o
caso das Maias, por exemplo.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
25
Música
António-Pedro Vasconcelos filma vídeo-clip no Porto de Mós
O amor condenado ao desencontro e as rupturas dos romances
são os ingredientes para mais uma
filmagem realizada na Praia de Porto
de Mós no âmbito da «Algarve Film
Commission».
Uma pequena equipa de 10 elementos e o realizador António-Pedro
Vasconcelos («Call Girl», actualmente a passar nos cinemas) terminaram
na segunda-feira, dia 21 de Janeiro, a filmagem de um vídeo-clip da
música «Se o amor fosse só isso»,
da autoria da cantora Patrícia Vasconcelos, filha do realizador e também directora de «castings». Patrí-
Exposições
“Articor” na Artebúrguer
Esteve patente até dia 11, na galeria restaurante “Artebúrguer”, espaço da
Vila da Luz, perto da cidade de Lagos,.a
exposição “Articor”, pintura sobre tecido,
de Almerinda Furtado Gorgulho.
Natural de Lagos (Santa Maria),
onde nasceu a 21 de Junho de 1929,
Almerinda Furtado Gorgulho dedica-se
à pintura desde 1982, inicialmente em
porcelana e, desde 1995, no tecido. Em
1997 começou a dar aulas. Fundou o
Grupo ARTICOR, que tem exposto no
Centro Cultural de Lagos (2001 e 2006),
Armazém Regimental (2003) e antigo
quartel dos Bombeiros (2005). Nesta
mostra, são apresentados também trabalhos com motivos de Natal, de Luísa
Pereira e Jesus Marreiros.
Continua patente na “Artebúrguer” exposição do artista
Jorge Pereira expõe
fotografia e escultura
“AL [NE].3s2.3p1”, a exposição,
consiste num conjunto de fotografias
– de puxadores de portas – inseridas
em molduras esculpidas artesanal-
mente para cada uma delas, criando peças únicas e originais.
O artista nasceu em Moçambique (1974) e vive em Lagos. Em
1998, concluiu o curso de Escultura na ARCA, em Coimbra e, desde
então, desenvolveu vários trabalhos
cénicos com diversos grupos de Teatro e Dança.
A partir de 2003, trabalha com a
Amalgama Companhia de Dança, ao
nível do design gráfico e vídeo. Paralelamente, executa trabalhos de desenho técnico de arqueologia.
A exposição “AL [NE].3s2.3p1”,
de Jorge Pereira, prolonga-se até ao
próximo dia 8 de Fevereiro e poderá
ser visitada todos os dias, das 10 às
23 horas. A Artebúrguer fica situada
entre o parque de estacionamento e
a igreja, na Vila da Luz.
ca Vasconcelos, 41 anos, responsável pela escolha de actores em vários
filmes portugueses, editou no Verão
de 2007 o seu primeiro álbum, «All
That jazz».
A organização ‘Algarve Film Commission’ explicou que se trata de uma
produção de baixo custo e quase familiar, onde as protagonistas do ‘clip’
musical são a própria autora do tema
musical, Patrícia Vasconcelos, e a sua
filha, Laura, de quatro anos.
O tema musical, que está a passar numa telenovela portuguesa, insere-se num disco produzido por Armando Teixeira (Balla) e Nanu Fi-
gueiredo (Mola Double) e conta com
a participação de Sam the Kid e de
Kalu, dos Xutos e Pontapés, e da
actriz Milú.
A filmagem do clip é a primeira acção cinematográfica em 2008
que a ‘Algarve Film Comission’ trouxe para a região.
Recorde-se que, curiosamente,
a última filmagem foi em Novembro
com o Porto da Baleeira, em Sagres,
a servir de pano de fundo para a longa- metragem «La conjura de el Escorial», uma co-produção espanhola e inglesa, do realizador espanhol
Antonio del Real.
Centro Cultural de Lagos
Inauguração: dia 26 de Janeiro e patente até 15 de Março.
“E Agora ?”
de Nelson Correia
“E Agora ?” é o título da exposição das últimas obras realizadas por Nelson Correia (Vila Nova
de Gaia, 1945), artista autodidacta
residente em Lagos há duas décadas. Nesta mostra são apresentadas pinturas e esculturas realizadas
em materiais pouco convencionais
como a mistura de terras e pigmentos sobre tela e sistemas eléctricos
que emanam luz. Estas características estão associadas, nas pinturas, à utilização de cores terra e
um gestualismo forte e, nas esculturas, à presença de cores primárias e texturas agressivas. Cria assim, Nelson Correia, um ambiente
muito expressivo salientado pela representação de uma figuração que
nos remete para um “mundo africano”, que também fez parte do percurso de vida do artista.
“Miniaturas”
de Amável da Luz e Augusto Figueiras
“Miniaturas” é uma exposição de
modelos de portas e mobiliário doméstico do sec. XX e de diligências e carroças, do sec. XVIII até à actualidade.
Estes trabalhos foram realizados por
Amável da Luz (Lagos, 1929) e Augusto Figueiras (Marvão, 1949) habilidosos artesãos que construíram, sobretudo em madeira, miniaturas porme-
norizadas de objectos de outros tempos ou em “vias de extinção” que eles
acharam importante preservar para
que fiquem na memória de todos nós.
Esta mostra é registo etnográfico dos
usos e costumes da humanidade, e
continuação da atenção prestada pela
autarquia ao levantamento etnográfico
do artesanato do concelho.
Janeiro de 2008
26 N OTÍCIAS DE LAGOS
Leituras
Top de vendas em Lagos
Ficção
1º lugar
“As Benevolentes”
Não-Ficção
As Benevolentes são as memórias de Maximilien Aue, um exoficial nazi, alemão de origens francesas que participa em momentos
sombrios da recente história mundial: a execução dos judeus, as batalhas na frente de Estalinegrado,
a organização dos campos de concentração, até a derrocada final da
Alemanha.
2º lugar
“Sapatos de Rebuçado”
1º lugar
“Boca do Inferno”
Lançamento de segundo
volume de 5 Poetas de Lagos
«Boca do Inferno» é uma composição de peças humorísticas com
a assinatura inconfundível de Ricardo Araújo Pereira. Das crónicas que
pervertem os assuntos mais banais
às que colocam na berlinda políticos
de ponta, o traço comum é uma ironia certeira, um olhar sempre inesperado, que nos surpreende de cada
vez que julgamos nada mais haver
para inventar.
2º lugar
“Breve História do Futuro”
Após ter abandonado a aldeia
de Lansquenet-sur-Tannes, Vianne
Rocher procura refúgio e anonimato
em Paris. A tempestade que caracterizava a sua vida parece ter acalmado... Pelo menos até ao momento em que Zozie de l’Alba, a mulher
com sapatos de rebuçado, entra de
rajada nas suas vidas…
Este livro é um extraordinário
relato da «história» dos próximos
50 anos, baseado nos factos e contexto em que hoje vivemos e a partir de tudo o que sabemos da História e da Ciência. .
3º lugar
“O Homem em Queda”
Começando no fumo e nas cinzas das Torres Gémeas em chamas,
Homem em queda desenha as consequências deste tremor global na história íntima de vidas marcadas pela
perda, pela dor e pela força imensa
da História. A narração de um homem
que escapa das torres, da sua ex-mulher e de um dos terroristas.
3º lugar
“Os mitos da Economia
Portuguesa”
Escrito num estilo aberto e informal, este livro pretende diagnosticar
os males da economia nacional, de
uma forma acessível a todos e não
só a economistas.
Hélio Xavier, José Ribeiro Ferreira, José Alberto Baptista, Fátima
Santos e Maria Inês Cerol são os
autores incluídos no segundo volume da colectânea “5 Poetas de Lagos”, lançado, na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas, durante o II Encontro de Poesia do Grupo dos Amigos de Lagos.
A apresentação esteve a cargo de
Pedro Magalhães, poeta incluído no
primeiro volume da colecção. Depois
de cada um dos homenageados neste II Encontro ter falado um pouco do
seu trabalho e lido alguns dos poemas
agora publicados, seguiu-se o convívio e a sessão de autógrafos.
O encontro e a edição do livro tiveram o apoio da Câmara Municipal
de Lagos, através de contrato-programa assinado com o Grupo dos Amigos de Lagos.
Estes dados foram fornecidos pela livraria “Livros da Ria Formosa”, em Lagos
4.ª edição do concurso
Sophia de Mello
Breyner Andresen
• Ana Sofia Cardoso
As autarquias de Loulé e Lagos,
através das suas bibliotecas, vêm promover, uma vez mais, o concurso, de
periodicidade anual, junto dos estudantes algarvios das escolas do 3.º ciclo do ensino básico e secundário, ou
equiparado.
São admitidos a concurso trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em
língua portuguesa, e ilustrações, originais e inéditas que incidam sobre a
obra literária da escritora. Sob pena de
exclusão, os trabalhos têm que indicar
a obra original sobre a qual reflectem e
deverão ser entregues, até ao dia 1 de
Fevereiro de 2008, na Biblioteca Municipal de Lagos ou de Loulé.
Cada autor pode candidatar-se no
máximo com 3 trabalhos, com pseudónimos diferentes para cada um. São
igualmente admitidos trabalhos de grupo com um máximo de 3 elementos.
Inspirada na figura ímpar de uma
das mais notáveis poetisas contemporâneas, esta iniciativa procura “incutir
nos nossos jovens e adolescentes hábitos de leitura e de reflexão [e constitui] um exemplo a continuar para a cidadania activa”, salientou o Presidente
da Câmara de Lagos, Dr. Júlio Barroso,
no prefácio do livro que reúne os trabalhos premiados da 1ª edição.
A significativa participação dos alunos do nosso concelho na 3.ª edição
do concurso – 45 trabalhos num total
de 82 - comprova o interesse da população estudantil por esta iniciativa. Refira-se ainda o facto de dois alunos da
Escola Secundária Júlio Dantas, Anton Kharchenko e Joana Filipa Pereira Bravo, terem sido distinguidos com
menções honrosas.
2.º concurso
literário infantil
e juvenil “Saúde
em palavras”
• Ana Sofia Cardoso
No decurso do 1.º concurso literário “O Mar, a Viagem”, no âmbito
das comemorações de Faro Capital
Nacional da Cultura em 2005, foram
recepcionados 1064 trabalhos, tendo sido atribuídos 132 prémios, na
fase regional/distrital, segundo declarações prestadas pela Dra. Filomena Branco, membro da Direcção Regional de Educação do Algarve, ao NL.
Este sucesso constituiu a força propulsora para a realização de
um novo concurso, agora subordinado ao tema “Saúde em Palavras”
que decorre até ao dia 29 de Fevereiro de 2008.
O objectivo desta iniciativa visa
incentivar estilos e hábitos de vida
saudáveis, para além de pretender
promover a leitura e escrita, combatendo a iliteracia. A organização é da
responsabilidade da Direcção Regional de Educação do Algarve, Promoção e Educação para a Saúde, Rede
de Bibliotecas Escolares; da Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P.; do Hospital Central de Faro
e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio.
Grupo dos Amigos de Lagos
Livro de Vasques
assinala aniversários
Assinalando a passagem do 15º
aniversário da sua fundação e do 435º
aniversário da elevação de Lagos a cidade, no próximo Domingo, dia 27, o
Grupo dos Amigos de Lagos edita o
seu décimo quinto título, “Contributos para as Memórias de Lagos”, do
investigador lacobrigense José Carlos Vasques.
Este livro é o nº 13 da colecção
“Conhecer Lagos”, na qual estão incluídos diversos estudos de História
regional e local, de vários autores.
O ciclo “Lagos, pensamento e acção”, que preencheu os Encontros
de 5ª Feira do Grupo dos Amigos de
Lagos, durante o ano de 2006, teve
como tema vários dos artigos agora coligidos.
Na presente edição, que tem
apresentação de Francisco Castelo,
o Grupo dos Amigos de Lagos contou com o apoio do CEMAL – Centro
de Estudos Marítimos e Arqueológicos
de Lagos, de que o José Carlos Vasques é membro.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
27
Os Rostos e as Modalidades:
Pódio Lacobrigense, Família Desportiva, Álbum Desportivo, Memória Desportiva, Massagistas em Destaque, Arbitragem em Foco, Livre
(In)Directo , Rota de Efemérides.
Andebol, Atletismo, Corridas em Patins, Futebol, Futsal, Ginástica, Hóquei em Patins, Natação, Petanca, Pesca, Karate, Kickboxing, Kempo, Remate Frontal, Vela, Surf, Bodyboard, Ténis, Ténis de Mesa, Vela.
Pódio Lacobrigense
Gala mensal dos agentes desportivos lacobrigenses:
Clubes, Dirigentes, Técnicos, Atletas e ainda os Árbitros e as Massas Associativas.
Clubes
Clube Karate de Lagos
Brilhantes resultados
Clube de Golfe de Lagos
Actividades qb e comemoração do
aniversário
CRCD Luzense
Fantástico trabalho na formação da
secção de atletismo
Técnicos
José Romão
Clube Karate de Lagos
Armando Guerreiro
CRCD Luzense
Atletas
Carlos Poucochinho
Para o mês de Janeiro, a nossa selecção apresenta um
4x3x3, com os jogadores do Esperança de Lagos a pontificarem no onze escolhido.
Clube de Golfe de Lagos
Vencedor do Torneio de Aniversário e
vencedor da Ordem de Mérito 2007
Carlos Jesus
Veterano Campeão do Algarve da
INATEL em atletismo
Carlos Carneiro Rodrigues Atletas do CKL
Andebol Costa D’Oiro
Selecção Lacobrigense
Boas prestações a nível regional e
nacional
Toco
(CFEL)
Diogo
Jorge Messias
(Odiáxere)
(Odiáxere)
(Bensafrim)
Paulo Alexandre
(CFEL)
Totóia
Ricardo
Marco
(CFEL)
Fábio
(Bensafrim)
(CFEL)
Luís A. “Mantorras”
Filipe Borges
(Odiáxere)
Vitinha
(CFEL)
(CFEL)
Jogador em Destaque
Massas Associativas
Clube Desportivo de
Odiáxere
Árbitros
Dirigentes
José Casimiro
Presidente do Clube de Golfe de Lagos
Francisco Figueiras
CRCD Luzense
Fábio
CD Odiáxere
Jovens que apitaram os jogos
do Torneio de Natal de
Manuel Silva e Costa
3 Modalidades
Sport Lagos e Benfica
Gala
dos
Goleadores
Todas as notícias de desporto Campeonatos Distritais de Seniores
brevemente no seu jornal
desportivo diário
Os resultados, as entrevistas,
as rúbricas do costume...
www.noticiasdelagos.com
Vitinha
(Esp. de Lagos) - 6 golos
Filipe Borges
(Esp. de Lagos) - 5 golos
Fábio Alves
(CD Odiáxere) 5 golos
Janeiro de 2008
28 N OTÍCIAS DE LAGOS
Hóquei
emefemérides
Patins
Rota de
Livre (in)directo
Pequenas anomalias, coisa
pouca num universo de
eventos realizados
no Estádio Municipal ...
Minuto de silêncio em homenagem a Ernesto Sousa e a Nobre da Silva
Clube de Golfe comemora 14º aniversário
com torneio na Quinta da Boavista
• Carla Lourenço
O campo de golfe da Quinta da
Boavista foi o palco escolhido para a
realização do Torneio do 14º Aniversário do Clube de Golfe de Lagos (CGL),
que teve lugar no passado dia 12 de
Janeiro. Carlos Poucochinho bateu a
concorrência ao somar 40 pontos, sagrando-se vencedor absoltuo da competição. Poucochinho começa assim
2008 da mesma forma que acabou o
ano que passou, visto que havia saído
vencedor do torneio de Dezembro. O
golfista justifca desta forma o primeiro
lugar obtido na Ordem de Mérito 2007,
mostrando que será novamente candidato ao troféu nesta época.
A entrega de prémios, que contou com a presença de Júlio Barroso,
teve lugar no restaurante do campo
onde se jogou o torneio e ficou marcado pelo minuto de silêncio em homenagem a Enersto Silva, antigo presidente do clube, e sócio nº 3, José
Nobre da Silva, falecidos durante o
ano de 2007.
O presidente do CGL, José Casimiro, aproveitou para agradecer
aos membros da direcção do clube
o trabalho desempenhado ao longo do ano, realçando que todos juntos conseguiram “levar esta nau a
bom porto”.
Da mesma opinião é também Júlio Barroso, que assegurou que o Plano Estatégico de Desenvolvimento
Desportivo só poderá ter sucesso se
houver esforço por parte das instituições, como é o caso do CGL. Prometido ficou novamente o campo de treinos para o clube lacobrigense.
Ordem de Mérito 2007
1º Classificado - Carlos Poucochinho,
43 pts; 2º Classificado- Joaquim da
Silva, 41 pts; 3º Classificado - Pedro
Sousa, 28 pts.
Torneio do 14º Aniversário
1º Absoluto e vencedor do torneio Carlos Poucochinho - 40 pts (C.G.L.);
1º 2ª Categoria - José Vicente Martins - 32 pts (C.G.L.); 1º 3ª Categoria
- Nuno Fialho - 36 pontos (C.G.L.);
1º Convidado - Amândio Pacheco 36 pontos (Penina G.C.).
É justo relevar desde logo as beneficiações nas instalações desportivas, a oferta de serviços desportivos
e o robusto e rico pacote de eventos
diversificados da Lagos Em Forma.
Porém, não será descabido nem
inoportuno relatar factos menos positivos e até enviar sugestões com
vista a contribuir para melhorar ainda mais a qualidade dos serviços
prestados pela Empresa Municipal
de Desporto.
Em duas ocasiões, verificámos
pequenas anomalias na organização de jogos oficiais de futebol, coisa
pouca num universo de eventos realizados no Estádio Municipal.
A falta de chaves
e de balde de lixo
Recordamos aqui o episódio
ocorrido num jogo entre o Clube Desportivo de Odiáxere e o Moncarapachense, a contar para o campeonato
distrital de seniores da 2ª divisão realizado no relvado nº 2 em virtude das
obras que decorriam no relvado sintético em Odiáxere. Com efeito, por
estranho que possa parecer, naquele
Sábado à tarde alguém se esqueceu
que de deixar as chaves dos balneários, o que naturalmente gerou confusão e as consequentes reclamações dos intervenientes. Outro descuido que deu nas vistas foi o balde
lixo atestado obrigando alguns uten-
tes do recinto desportivo a jogar lixo
para lugares indevidos.
Portão trancado impede
Observador de Árbitros de
entrar a horas no jogo
Esperança/Farense
Recentemente, num duelo entre históricos do futebol Algarvio, alguém se lembrou de fechar o portão
de acesso ao Estádio Municipal vinte
minutos antes do início do jogo Esperança de Lagos - Farense. Tudo passaria desapercebido se não acontecesse que entre vários agentes desportivos que acedem habitualmente ao Estádio por aquela entrada,
não estivesse o Delegado/Observador de Árbitros nomeado para aquele dérbi regional.
Perante certo período de espera e após várias diligências, já com
o jogo a decorrer lá veio um dirigente
do Esperança de Lagoa abrir o portão e assim permitir que o Observador pudesse dirigir-se para o seu
posto de trabalho. Não se sabe se o
árbitro cometeu alguns erros que influenciassem a sua nota naquele espaço de tempo que impediu o Observador de tomar apontamentos, mas
realmente não se perceberam as razões que determinaram trancar o
Portão e deste modo condicionar os
normais ingressos dos vários agentes desportivos.
Subsídio suplementar ao
Esperança de Lagos
• Carlos Poucochinho arrecadou o primeiro lugar
A Câmara Municipal atribuiu um
subsídio extraordinário ao Clube de
Futebol Esperança de Lagos (CFEL),
no montante de 56.420,00 euros para
actividades de formação desportiva
amadora.
O subsídio é atribuído considerando que, ao longo da vida, o Esperança
de Lagos tem tido o apoio da população e dos órgãos autárquicos lacobri-
genses, pelo seu trabalho em favor da
divulgação e do fomento de modalidades desportivas e do trabalho desenvolvido na divulgação e formação em
várias modalidades desportivas. Recorde-se que o CFEL foi reconhecido
pelo Governo como Pessoa Colectiva
de Utilidade Pública e agraciado com
a Medalha de Ouro de Mérito Desportivo Municipal.
Marchas Passeio pelo concelho arrancaram em Janeiro na Luz
Começou no passado dia 13 de
Janeiro a primeira Marcha Passeio
Concelhia do ano. Os participantes
do “Saúde em Movimento” têm oportunidade de participar numa das diversas actividades integradas neste projecto, sendo uma delas a 1ª
Marcha Passeio de 2008, que teve
lugar na Luz.
Este ano todos os participantes nas Marchas Passeio, que têm
como principal objectivo incentivar
a prática da Marcha de forma segura e saudável, têm direito ao “Passaporte do Marchante”, um pequeno livro onde podem apontar todos
os detalhes das suas marchas (concelhia/regional; data; nº de quilómetros; local; etc.)
Recorde-se que o projecto “Saúde em Movimento”, cuja organização
está a cargo da Câmara Municipal de
Lagos, visa promover a saúde e qualidade de vida dos munícipes através
da prática regular de actividade física e psicomotora e que se destina à
população do concelho, com idade
superior a 40 anos.
Esta é mais uma medida que a
autarquia promove com o intuito de
combater a tendência das pessoas
com alguma idade para o isolamento e solidão, promovendo igualmente, não só as condições para que os
munícipes tenham uma vida mais
saudável, como também o convívio
entre os mesmos.
Além das Marchas Passeio o
projecto “Saúde em Movimento” tem
outras actividades nas quais os munícipes se poderão inscrever. Para
mais informações, os interessados
poderão contactar o Gabinete de
Desporto e Juventude da autarquia
(tel. 282 780 060). As inscrições decorrem todas as Terças Feiras, das
9h30 às 12h00, no Centro de Saúde de Lagos.
Calendário das Marchas
Concelhias 2008 (4 – 8 Km)
13 de Janeiro – 10h00 | Luz (Junto à
Sede do CRCD Luzense); 10 de Fevereiro – 10h00 | Chinicato (Junto ao Ed.
Multifunções); 09 de Março – 10h00 |
Espiche (Junto ao “ABC” os Espichenses); 06 de Abril – 09h30 | Barão de
São João (Mata Nacional B.S. João);
04 de Maio – 09h30 | Portelas (Junto à
Escola Primária); 15 de Junho – 09h30|
Bensafrim (Est. Desp. De Bens.).
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
29
Atletismo
Olímpico de Lagos em grande na S.
Silvestre de Ponta Delgada nos Açores
O Olímpico Clube de Lagos já
é um habitual participante na mais
antiga Meia Maratona de Portugal.
Com efeito, o emblema lacobrigense
este presente na 48ª prova de Ponta Delgada, nos Açores, e para além
de excelentes classificações, mereceu honras de destaque no site da
Câmara Municipal de Ponta Delgada com uma foto da comitiva lacobrigense acompanhada por Carlos
Lopes e Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Nesta Meia Maratona de grande prestígio, realizada a 22 de Dezembro, onde clubes como Sporting, Benfica e Maratona marcam
presença e outras equipas de gabarito nacional e internacional, o Olímpico Clube de Lagos deslocou 10
atletas, que obtiveram as seguintes
classificações:
Equipas: 1º lugar em Juvenis e veteranos; Juvenis: Emanuel Loureiro - 3º lugar,
João Soares – 4º lugar, André Santos – 8º lugar; Veteranos: Sérgio Costa – 1º em Veteranos; Jorge Candeias – 2º Veteranos II; Manuel Faísca – 2º Veteranos IV; Mário Gonçalves – 6º Veteranos II. Seniores: Luís Ginja – 13º lugar, Pedro Miguel – 15º lugar, Tiago Reis – 31º lugar.
Torneio Regional
3 atletas do OCL no pódio
As jornadas disputaram-se em
Quarteira e Lagos, destacando-se o
triunfo de Carlos Cabral logo seguido pelo seu colega de equipa Miguel
Jorge, ambos com passaportes para
o Torneio Nacional, mas devido a imponderáveis particulares, Carlos Cabral não este presente no Pombal.
No sector feminino, Bobbie Batista também do OCL obteve o 2º lugar em Juvenis femininos.
Torneio Nacional
Excelentes prestações
Para o Torneio Nacional, para
além de Miguel Jorge que conseguiu um brilhante 13º lugar entre os
melhores nacionais onde constavam
atletas do Sporting, Benfica e Porto,
também André Santos (Juvenil) fruto dos mínimos obtidos participou na
prova de saltos conquistando o 11º
lugar, e ainda Vitor Miguel que alcançou um magnífico 6º lugar nos juniores e 10º na geral.
Torneio Regional
de Triatlo Jovem
No Triatlo Jovem, os atletas de
Lagos voltaram a estar em evidência. conseguindo os seguintes resultados:
Juv Masc - 60 metros, Peso e Altura: 2º
lugar - André Santos (OCL); Juv Fem 60 metros, Peso e Altura: 9º Susana Encarnação
(OCL); In Fem– 60 metros, Peso e Altura: 9º
lugar - Nadine Alexandre (Lagos e Benfica);
Inf Masc– 60 metros, Peso e Altura: 1º Dam
Ferreira (Lagos e Benfica), 4º Guilherme Reis
(Lagos e Benfica); Inf Fem: 1º Rute Catarino
(OCL); 3º Luisa Araújo (OCL).
38º Edição do Prémio dos Reis, Campeonatos
Regionais de Estrada e da INATEL
Jovens e Veteranos
Lacobrigenses
brilharam em Faro
O CRCD Luzense com os escalões de formação e o Olímpico Clube
de Lagos em Veteranos brilharam nas
ruas do centro da cidade de Faro.
A capital Algarvia voltou a viver
as emoções de uma de numa histórica e conceituada prova de atletismo, com a realização da 38.ª edição
do Prémio dos Reis, organizada pela
Associação de Atletismo do Algarve,
que habitualmente conta com a participação de atletas de categoria mundial, não só portugueses como estrangeiros.
Mas este dia assinalou também
o Campeonato Regional de Estrada
e o Campeonato Regional da INATEL, quando a grande favorita era a
letã Yelena Prokopcuka, recente vencedora da São Silvestre da Amadora representante da Letónia, Daniela Fecere.
Em Masculinos, Manuel Damião,
do Maratona, foi o melhor português,
tendo cortado a meta 17 segundos
depois do finlandês, Jussi Utriainen.
Nos lugares imediatos e até ao sexto
classificado só aparecem atletas lusos, apesar da grande qualidade dos
representantes estrangeiros que participaram na prova este ano.
No entanto, a festa do atletismo
na capital algarvia começou logo a
meio da tarde com as provas para
os atletas mais novos representan-
do clubes de quase todos os lugares da região. E aqui, o CRD Luzense foi o principal animador obtendo excelentes classificações, tendo
também o Lagos e Benfica garantido
boas prestações, enquanto o Olímpico apenas viu Sérgio Loureiro nos
lugares cimeiros, fruto de um atraso
da comitiva que impediu a participação dos seus atletas nas provas dos
mais jovens.
Por seu turno, em Veteranos, O
OCL esteve mais uma vez em destaque com Jorge Candeias à cabeça.
De sublinhar ainda que o Lacobrigense Carlos Jesus sagrou-se campeão Regional no seu escalo de veteranos.
futuro se for bem conduzido”. Segundo José Romão, em breve o Clube vai
participar no Campeonato Regional de
Seniores que se realiza em Beja esperando fazer um bom campeonato nas
provas de combate e kata.
O técnico lamenta que, infelizmente só participam com 2 atletas, pois os
que treinavam no Clube e que podiam
competir nesta categoria, 90% está
na universidade ou a trabalhar fora
de Lagos.“Estes atletas passaram por
uma fase de iniciação, formação e estão agora numa fase de consolidação
da sua forma assim como do seu desenvolvimento técnico, físico e espiritual, e esperamos que no futuro eles tenham condições de continuar a treinar
o desporto em que os pais os colocaram quando ainda crianças”.
Classificações:
Benj Fem.: 2.ª Carolina Costa, COP; Benj
Masc.: 1.º Bruno Frutuoso, CRCDL; 4.º Tiago
Rodrigues, CRCDL; 5.º Rui Ventura, SLB; Inf
Masc.: 3.º Rodrigo Castro, CRCDL; 4.º Pedro
Rosado, CRCD; In Fem.: 2.ª Nadine Alexandre, SLB; In Masc: 1.º Fábio Reis, CRCDL;
Juv Fem: 5.ª Tânia Marreiros, SLB; Juv Masc:
3.º Emanuel Loureiro, OCL; 4.º Ivan Ferreira, CRCDL; Jun Fem: 4.ª Ana Pires, CRCDL;
Sen Fem: 1.ª Ana Dias, Casa Benfica de Faro,
21.01; 2.ª Daniela Fecere, Letónia, 21.05; 3.ª
Inna Polushkina, Letónia, 21.15; Sen Masc 1º Jussi Utriainen, Finlândia, 30.05; 2.º Manuel Damião, Maratona, 30.22; 3.º Alberto
Chaiça, Conforlimpa, 30.38; 4.º Paulo Guerra, Maratona, 30.44; 5.º António Travassos,
Sporting, 31.07; Vet. I: 1.º Luís Ginja, Olímpico Lagos; Vet. III: 1.º Jorge Candeias, Olímpico Lagos.
Karate
Clube Karate de Lagos
Mais uma vez atletas convocados
para os treinos da Selecção
Finalizado o ano de 2007, atletas do Clube alcançaram excelentes
resultados no Campeonato Nacional
de karate que envolve todos os estilos, Shito Ryu, Shotokan, Wado Ryu,
Goju Ryu.
Depois de terem sido Campeões Regionais, os atletas lacobrigenses subiram ao pódio no campeonato Nacional.
Daniel Jesus e Carlos Matias conquistam 2º lugar no
Campeonato Nacional
Daniel Jesus foi 2º classificado
ganhando todos os combates, só per-
dendo na final porque foi penalizado
por excesso de contacto. Carlos Matias também 2º lugar fazendo excelente prova até à final. Estes fantásticos resultados fazem com que sejam
chamados aos treinos de Selecção Nacional, motivo de orgulho para o Clube, técnicos e dirigentes, e naturalmente para os atletas, pois sentem que estão a trabalhar muito e bem. “Quando
assim é os resultados aparecem”, diz
José Romão, treinador e director técnico da Associação.
Ricardo Reis (que já representou a
selecção) de alguns anos a esta parte,
Campeão Regional e Nacional por diversas vezes, foi também convocado
assim como Célia Espada, mas que,
por dificuldades de dispensa do emprego, não puderam comparecer.
“Uma vez que existe um Seleccionador Regional que faz o registo da qualidade dos atletas e do trabalho que se desenvolve nos Clubes
através da observação das suas prestações nos campeonatos, espero que
um dia possam representar a selecção” diz José Romão. O credenciado
técnico lacobrigense acrescenta: “Sabemos das dificuldades que é competir Internacionalmente, mas é sempre
bom para um atleta passar por essa
experiência, pois dá-lhe alguma experiência que pode ser aproveitada no
Janeiro de 2008
30 N OTÍCIAS DE LAGOS
Andebol
Masculino
Feminino
Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Seniores
Derrotas em casa com os mais directos
adversários Madeira SAD e Colégio de Gaia
fazem cair Gil Eanes para o 3º lugar
a casa do último classificado Maiastars, tendo o conjunto lacobrigense
triunfado folgadamente por 32-17.
Gil Eanes, 23Colégio de Gaia, 26
À saída de 2007, o Gil Eanes seguia em primeiro lugar, embora com
mais um jogo em relação aos mais
directos adversários, Madeira SAD
e Colégio de Gaia. Factor positivo
para alimentar a esperança de continuar na liderança, pois no arranque
de 2008 a formação de Lagos recebia em casa a equipa madeirense
cujo resultado da 1ª volta se cifrou
num empate motivador para as lacobrigenses, e depois também oportunidade de vencer a equipa gaiense
que infligiu a única derrota do Gil Eanes na 1ª volta.
Gil Eanes, 19 –
Madeira SAD, 24
Porém, mais uma vez, talvez a
maturidade forasteira e o habitual
nervosismo gilista determinassem a
fuga para a vitória das insulares num
período de inferioridade numérica da
equipa local.
Com efeito, o equilíbrio foi dominante até ao momento em que Maria Pina foi expulsa, conduzindo ao
assalto das madeirenses ao triunfo. Na mesma jornada, o Colégio de
Gaia vencia o Maiastars remetendo assim o Gil Eanes para a terceira posição.
Maiastars, 17 –
Gil Eanes, 32
Refeita da derrota face à rival
Madeira sad, a formação orientada
por José Manuel Dias deslocou-se
Na jornada seguinte, um duelo
interessante entre Gil Eanes e Colégio de Gaia. Na verdade, a equipa forasteira veio à procura da vitória para
consolidar o 2º lugar na classificação,
enquanto o Gil Eanes naturalmente
que partia em busca do triunfo para
garantir pelo menos o estatuto de
vice campeão.
O Pavilhão Gil Eanes voltou a
registar bastante público entusiasta
num encontro vibrante e emotivo até
ao apito final. Porém, adversidades à
parte, evidencia-se claramente uma
quebra na equipa lacobrigense. Menor acutilância ofensiva, desnorte defensivo, em suma, alguma anarquia
ou transformação táctica que a par
de aparente menor fulgor físico determinam inferior rendimento e consequentes resultados negativos.
Altura para reflexão, pois o Colégio de Gaia passou por um período
de renovação, praticamente à base
de jogadoras da formação e sem subsídios avultados comparativamente
com a Madeira SAD e outros emblemas que participam neste campeonato de andebol feminino.
Formação
Iniciadas em destaque asseguraram
passagem à 2ª fase do campeonato
Das três equipas do Gil Eanes
que participam nas competições nacionais, as Iniciadas merecem destaque pois conseguiram o apuramento
para a 2ª fase.
Nas derradeiras jornadas da 1ª
fase, as lacobrigenses venceram em
casa de forma brilhante o líder AC Albufeira por 20-15, e depois foram ganhar fora face ao Lagoa por 23-18,
assegurando o 2º lugar em igualdade
pontual com a equipa de Albufeira. Realizaram 10 jogos somando 24 pontos,
com 7 vitórias e 3 derrotas.
Parabéns às meninas da Liliana
Ferreira para a nova etapa que tem
início a 23 de Fevereiro, onde participam para além do Gil Eanes, as equipas de Casa do Povo Valongo Vouga,
Juventude Amizade Convívio de Alcanena e Liga dos Amigos de Aguada de Cima.
Juniores despedem-se
com derrota
Por seu turno, as Juniores despediram-se do campeonato com uma
derrota fora por 18-15 diante do Torrense, último classificado que assim obteve a única vitória na competição.
As lacobrigenses terminaram na
penúltima posição (5º lugar), realizando 10 jogos onde somaram 16 pontos
com 3 vitórias e 7 derrotas.
Fica, no entanto, bem expresso o
esforço e a esperança no futuro, pois
grande parte das jogadoras são ainda juvenis e têm larga margem de
progressão.
Infantis em 1º lugar
A equipa mais jovem do Gil Eanes vai dando conta do recado e evoluindo à medida que disputa mais jogos competitivos.
Com efeito, as lacobrigenses abriram o campeonato a perder em casa
por 9-29 com o Lagoa, mas depois
triunfaram fora por 29-11 face ao Vela
de Tavira, seguindo-se nova vitória em
casa por 24-11 perante o Porto Salvo, ocupando o 1ºlugar com 7 pontos
e mais um jogo que o 2º classificado
Lagoa que soma 6 pontos.
Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Seniores
Costa D’ Oiro continua
lanterna vermelha
Os ares do novo ano não trouxeram ainda sinais positivos para o AC
Costa D’ Oiro. Apenas com uma vitória, a turma de Lagos ocupa o último lugar da classificação.
Na nona jornada, os lacobrigenses deram, réplica e a dada altura até
parecia caminhar para a segunda vitória, mas os forasteiros foram mais
fortes e a equipa de Carlos Carneiro Rodrigues foi derrotada por 22-28
diante do Sines.
Em mais uma deslocação ,a
equipa lacobrigense viajou à casa do
líder Alto do Moinho, longe da possibilidade de somar pontos mas ainda
assim na determinação de honrar e
suar a camisola.
Todavia, a classe e a supremacia
dos donos da casa foram notórias e
a goleada foi inevitável num expressivo 38-11.
Formação
Saldo bastante positivo
com 4 equipas nos
primeiros três lugares
Infantis
Costa D’ Oiro
em 3º lugar
Já em pleno 2008, o Costa D’
Oiro perdeu fora com o líder Lagoa
por um expressivo 13-38 folgando na
jornada seguinte, e na 11ª jornada
voltou a perder por escassa diferença de 25-23 com o Olhanense. Ocupa o 3º lugar da tabela classificativa
com 18 pontos.
O ACL também foi batido copiosamente na casa do Olhanense por
34-18, depois goleou em Lagos perante o Messines por 52-5, mas na
11ª jornada averbou nova derrota
fora face ao Guadiana por 18-13,
posicionando-se na Sexta posição
com 14 pontos.
Iniciados
Costa D’oiro em 2º,
AC Lacobrigense
em 3º
No início do novo ano, ambas
as duas equipas lacobrigenses tiveram bias prestações e ocupam lugares de destaque na classificação, nomeadamente o Costa D’ Oiro em 2º
lugar com 23 pontos colado ao líder
Redondo, enquanto o Andebol Clube Lacobrigense ocupa o 3º lugar
com 18 pontos.
Na oitava jornada, o Costa D’
Oiro bateu em casa o Náutico Guadiana por 37-21, enquanto o ACL
triunfou em Lagos diante do Messines por 32-16. Já na jornada seguinte, o Costa D’ Oiro somou nova vitória em casa face ao Évora por 2920, e o ACL não conseguiu ir além
de um simples empate fora a 23 golos perante o gurpo do Náutico de
Guadiana.
Juvenis
3º lugar garantiu
apuramento para a
2ª fase
O Costa D’ Oiro segue em 3º lugar à 14ª jornada garantindo o apuramento para a 2ª fase, após ter registado no começo de 2008 dois preciosos triunfos, respectivamente em
casa por 36-21 diante do Messines,
e depois fora face ao Andebol de Sines por 31-30.
Por seu lado, o ACL, perdeu em
casa com o Zona Azul por 22-45 e
de seguida deslocou-se a Ponte Sor
onde foi derrotado por 30-28, ocupando o último lugar.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
Distrital da 2ª divisão
Futebol
Distrital da 1ª Divisão
Esperança cai para o 6º lugar
te, na derrota perante o líder apenas
sofreu 1 golo, mas também aí o estatuto de equipa realizadora não prevaleceu ficando a equipa de Lagos
em branco.
Aljezurense continua acima
da linha de água
Com a derrota fora pelo magro 1-0
no duelo de históricos Algarvios diante
do líder Lusitano Vila Real de Santo
António, a equipa lacobrigense orientada por Paulo Nunes caiu para o 6º
lugar. Agora com 23 pontos e já a 12
pontos da subida, o Esperança de Lagos continua a ser a segunda equipa
mais realizadora com 29 golos sendo o Farense a equipa mais realizadora com 32 golos marcados, mas já
é a sexta mais batida do campeonato com 16 golos sofridos. Nos primeiros dois jogos de 2008. a equipa lacobrigense sofreu sete golos com equipas do fundo tabela., designadamente fora de portas com o Sambrazense com derrota inesperada por 4-3, de
depois em casa embora vencendo por
5-3 face ao lanterna vermelha. Contrariando deste modo, a anterior solidez defensiva, mas que, curiosamen-
O Juventude Aljezurense arrancou
o novo ano com dois empates que souberam a pouco, sendo que na 12ª jornada igualou a dois golos em casa face
ao difícil Castromarinense, depois nova
igualdade a 1 golo no sempre problemático reduto do Faro e Benfica. No regresso ao Município de Aljezur, mesmo
com a derrota por 3-1 diante do Culatrense, a equipa Aljezurense mantémse acima da linha de água no 14º lugar, apenas com 1 ponto a mais que
o Serrano que está na zona de despromoção.
Formação
Escolas e Infantis continuam a vencer e na liderança
Juniores 1ª Divisão
Esperança inicia 2ª volta com
derrota
O Esperança ao perder fora 1-3
diante do Olhanense, depois de na jornada anterior, ter empatado em casa
com o Almacilense a 2 golos e assim
registado o 3º empate somando apenas uma vitória, conferiu-lhe o 10º lugar no final da 1ª volta. No arranque da
segunda volta, os lacobrigenses voltaram a perder com o 3ºclassificado Lagoa pela margem mínima (1-0), mantendo a mesma posição mas agora apenas
com dois pontos de avanço em relação
ao penúltimo Messinense.
Juvenis 1ª Divisão
Aljezurense com campanha
positiva e Esperança melhora
no arranque de 2008
O Esperança conquistou a primeira
vitória com o 1ª Janeiro por 4-2, depois
obteve um empate fora face ao Internacional de Almancil a 2 golos, e na 8ª jornada logrou empatar a 2 golo em casa
face ao comandante S. Luís de Faro,
ocupando agora o 8º lugar.
Aljezurense segue em 7º lugar,
tendo perdido com o Quarteirense em
casa por 1-2, depois no jogo com o Silves fora obteve um precioso empate a
1 golo, mas inesperadamente foi derrotado em casa diante do último classificado Alvorense por 2-4.
Iniciados 1ª Divisão
Falta uma pontinha de sorte
O Esperança subiu ao 4º lugar, tendo vencido fora o Alvorense por 4-0, depois não conseguiu mais do que um empate sem golos em casa perante o Portimonense que ocupava o último lugar, e
na 8ª jornada perdeu por um escasso 10 na casa do líder S. Luís de Faro.
Iniciados 2ª Divisão
Odiáxere amealha pontos
31
Após uma magnífica vitória em casa
por 1-0 diante do Louletano, o CD Odiáxere foi perder fora com o candidato Marítimo Olhanense por 2-1, ocupando à
12ªjornada o 9º lugar na tabela classificativa com 16 pontos.
Infantis 2ª Divisão série B
Esperança lidera e Odiáxere
com honroso 4º lugar
O Esperança comanda a competição à nona jornada com 27 pontos,
somando dois triunfos no arranque de
2008, primeiro fora com o Alvorense por
9-4, depois goleada por 15-2 na casa
do Messinense e ainda triunfo expressivo de 16-0 diante do Ferreiras.
O CD Odiáxere segue num honroso
4º lugar, tendo já neste novo ano batido
em casa o Lisboa Geração por 8-5 (equipa de Pedro antigo treinador do Odiáxere), enquanto na jornada anterior havia
goleado na casa do Messinense por 80, e agora ma 9ª jornada voltou a golear fora o Monchiquense por 9-1.
Quanto ao Infante de Sagres, lá
vai cumprindo calendário dando pelo
menos actividade aos jovens, uma vez
que em termos de resultados competitivos sucedem-se as derrotas, ocupando o último lugar sem pontuar.
Infantis 2ª Divisão série C
Esperança escorregou em Salir
O Esperança seguia em 2º lugar
colado ao líder Portimonense, mas a
derrota inesperada fora diante do Salir
por 4-2 remeteu a equipa lacobrigense
para o 3º posto. Porém, está separado
apenas 1 ponto do 2º classificado Farense e a 4 pontos da liderança.
Por seu turno, o CD Odiáxere ocupa
o 8º posto com 5 pontos, somando apenas uma vitória e dois empates.
Escolas A série A
Esperança luta pelo título
O Esperança voltou ao comando
após ter vencido fora o rival Lagoa por
4-0.Na jornada seguinte folgou devido
à desistência do Ferreiras. Em face disso, o Lagoa que venceu em casa do Aljezurense por 1-0, passou a liderar com
21 pontos, mas o Esperança com menos um jogo segue em 2º lugar com
19 pontos situação que lhe pode conferir a liderança caso vença o encontro em atraso.
O Aljezurense segue a meio da tabela (6º lugar), tendo perdido por 3-1
na casa do 3º classificado Portimonense sendo que antes tinha sido derrotado justamente em casa do comandante Esperança de Lagos por 12-0 e agora na 8ª jornada voltou a perder com outro candidato Lagoa pela margem mínima de1-0.
O Odiáxere que folgou, ocupa o 7º
lugar depois de ter perdido por 4-8 em
casa face ao 2º classificado Lagoa.
Escolas A série B
O Esperança ocupa agora o 6º lugar, depois de ter vencido por 3-2 o 1º
de Janeiro, perdido fora por 2-1 em casa
do Padernense e agora averbou nova
derrota por 5-1 na casa do 2 classificado Louletano.
Escolas B série A
O Esperança continua a liderar isolado, após um precioso e difícil triunfo
por 1-0 na casa da Associação Escola
de Futebol de Portimão, e nova vitória
em casa por 6-1 diante do Lagoa.
O Odiáxere venceu folgadamente
por 7-1 fora diante do Guia, tendo depois obtido novo triunfo em casa por 76, face à Escola de Futebol de Portimão, ocupando o 8º lugar.
Escolas B série B
Os mais pequenos do Esperança
seguem a meio da tabela (8º lugar), depois de terem vencido o 1º Janeiro por 52 e agora empatado a 5 golos fora diante do Sambrazense.
Odiáxere a 2 pontos
da zona de subida
O CD Odiáxere folgou na 12ª jornada depois de ter vencido em casa por
2-1 o 11 Esperanças. Recorde-se que a
equipa do Professor Eleutério também
havia triunfado face ao Odeceixense por
2-0. Assim, o Odiáxere ocupa agora o 4º
lugar com 23 pontos separado apenas
por dois pontos do Ginásio de Tavira que
é 3º e do Quarteira que segue em 2º e a
escassos 4 pontos do líder Estombarenses. Como nota curiosa, refira-se que o
CD Odiáxere tem a defesa menos batida com 6 golos sofridos.
Outra agradável surpresa foi o Infante Sagres arrancar 2008 com duas
vitórias consecutivas, perante os dois
últimos classificados ,Bensafrim e Boliqueime, ambos pelo mesmo resultado
3-1. Porém, na deslocação a casa do
candidato Quarteira, o conjunto orientado por Carlos Ventura perdeu por 51, mas mesmo assim saltou para o 10
posto da tabela classificativa.
Odeceixense sobe
para o 9º lugar
Bensafrim continua
sem vencer
Destaque para o Odeceixense que
após ter somado mais duas derrotas,
em casa diante do Odiáxere e depois
fora face ao Moncarapachense ambos
os resultados por 2-0, teve o ensejo de
vencer em casa o Beira Mar por 1-0 e
subir para o 9º lugar, sendo a Segunda equipa melhor classificada do triângulo vicentino.
Sagres arranca 2008
com duas vitórias
Quem continua sem vencer e é lanterna vermelha é o Estrela de Bensafrim.Com efeito, a equipa lacobrigense perdeu no dérbi vicentino com o Sagres por 3-1, na jornada seguinte averbou nova derrota fora perante o Santaluziense por 3-0 e no regresso a casa
foi derrotado por 20 diante do candidato Ginásio de Tavira.
Futsal
Seniores Masculinos
UAC conquista primeira vitória
e já soma 6 empates
À nona jornada, o UAC conquistou
a primeira vitória, batendo em casa o
Silves por 4-3. Embora tenha inaugurado 2008 com uma pesada derrota fora
diante do líder Inter-Vivos por 8-3,.Contudo, parece que o triunfo motivou a
Seniores Femininos
equipa lacobrigense, pois somou novo
empate a 1 golo no campo do Portimonense, podendo partir para uma segunda volta que se inicia na próxima semana, de forma mais positiva e de acordo com os seus pergaminhos.
UAC ainda no 2º lugar
com menos um jogo
O UAC de Lagos mantém o 2º lugar
com 16 pontos mas menos 1 jogo que o
líder Padernense que soma 19 pontos. A
equipa de Helder Lúcio realizou somente
Formação
Juniores Femininos
Nos últimos dois jogos, a equipa
lacobrigense perdeu em casa por 011 diante do CHE Lagoense e depois
voltou a somar nova derrota em casa
por 0-8 face ao Centro de Alte e ocupa
o último lugar da classificação.
Juniores Masculinos
O União que segue em 11º lugar,cresce paulatinamente, tendo nos
últimos dois jogos somado duas derrotas tangenciais respectivamente com
o 5º classificado S. Estevão por 2-1
fora de portas, e depois na 16ª jornada perdeu em casa por 3-4 perante o
Fontainhas que ocupa o 4º lugar.
Iniciados masculinos
O Sport Lagos e Benfica em 5º
lugar, após ter adicionado dois preciosos triunfos no começo de 2008.
Com efeito, a equipa encarnada de
Lagos venceu na sexta jornada o S.
Pedro de Faro por 5-3, e no jogo se-
três jogos neste novo ano de 2008, tendo vencido em casa o S. Pedro de Faro
por 1-0, a tal equipa que impôs a única
derrota do UAC no campeonato.
guinte voltou a vencer desta vez fora
o Jograis António Aleixo por 5-2. Já
na 8ªjornada, a equipa lacobrigense
deslocou-se à casa do líder Olhos de
Água tendo perdido por 10-7, mas ofereceu boa réplica.
Infantis
À oitava jornada, o Lagos e Benfica
ocupa a penúltima posição apenas com
um triunfo. alcançado na 7ª jornada face
ao Centro de Alte por 6-3. Mas depois
voltou a perder em casa perante o lanterna vermelha Sonâmbulos por 3-6.
Escolas
O escalão mais jovem do Lagos
e Benfica segue no 6º lugar, após ter
vencido brilhantemente o então 4º
classificado Boavista por 6-5, tendo
antes goleado fora o lanterna vermelha Sambrazense por 10-0.
Já na oitava jornada, os lacobrigenses lutaram e mereciam mais, mas
averbaram uma derrota em Lagos por
4-5 diante do Louletano.
Janeiro de 2008
32 N OTÍCIAS DE LAGOS
Hóquei em Patins
Campeonato Nacional Feminino
Roller perde mas evolui
No outro jogo do nacional feminino envolvendo equipas algarvias,
o HC Portimão realizou uma exibição convincente frente à Académica de Coimbra conseguindo melhorar substancialmente de rendimento, mas a maior experiência das estudantes e 3 golos onde a guarda-redes Portimonense não fica isente de
culpas, ditaram a derrota por 5-1.
Roller Lagos com derrota
amarga em Sesimbra
A fechar 2007 e já no novo ano, a
equipa feminina do Roller Lagos, embora perdendo mantém a chama da
evolução e de entusiasmo.
Aqui fica um breve resumo dos
jogos da equipa lacobrigense, podendo a partir de Janeiro, diariamente,
conhecer todos os detalhes do Hóquei em Patins e do panorama desportivo lacobrigense no Notícias de
Lagos Online.
Roller Lagos, 1 –
Os Lobinhos, 11
Numa tarde de Hóquei em Lagos,
que contemplou o HC de Portimão
face ao Alcobacense, o HC Portimão
face ao Castrense a contar para o nacional de seniores masculinos da 3ª
divisão, o segundo jogo despertava
algum interesse fruto da boa evolução das duas jovens equipas femi-
ninas, a formação do GDR Os Lobinhos surpreendeu ao vencer por 111 o Roller Lagos. Num jogo em que
as algarvias se apresentaram sem a
sua garra habitual e entrega ao jogo,
cometendo muitos erros defensivos,
não conseguindo efectuar a transição
defesa ataque nas melhores condições. A equipa esteve uma sombra
de si própria consentido muitos golos, algo que não acontecia desde a
5ª jornada do campeonato.
Boliqueime vence Roller
Lagos por 6-2 e continua
líder sem derrotas
O CD Boliqueime venceu a jovem equipa Lacobrigense por uns
confortáveis 6-2, mostrando as razões pelas quais lidera a zona sul
do campeonato nacional de seniores femininos.
O jogo resolveu-se bastante cedo
com a equipa Louletana a aproveitar
alguma desconcentração inicial para
marcar 2 golos nos 2 primeiros minutos. O treinador Lacobrigense pediu
então um desconto de tempo, que
serviu para acalmar a equipa que
voltou ao jogo com maior segurança defensiva. Mas o Boliqueime respondia com grandes jogadas de envolvimento ofensivo em alta velocidade provocando grandes dificuldades defensivas à equipa forasteira.
Assim aos 8 minutos o Boliqueime
já vencia por 4-0.
A equipa Louletana teve uma vitória sem contestação construída
cedo, o Roller Lagos deu uma boa
réplica não facilitando a vida ao líder, pecando uma vez mais por erros defensivos infantis que terão de
ser corrigidos para melhorar os resultados.
A jovem equipa Lacobrigense rubricou uma boa exibição colectiva,
mas voltou a sofrer um golo a 1 minuto do final perdendo assim por 3-2 na
difícil deslocação a Sesimbra.
Uma vez mais a jovem equipa
Lacobrigense está de parabéns pela
grande evolução que tem vindo a
mostrar, que apenas não é traduzida
em vitórias por alguma ingenuidade e
falta de experiência, na equipa com
uma média de idades nos 16 anos,
que compete de igual para igual com
equipas do escalão sénior.
Roller equilibra meia parte
frente às Vice Campeãs do
Alcobacense
A equipa Lacobrigense recebeu
as vice-campeãs nacionais de hóquei
em patins feminino e perdeu por 7-3,
num jogo em que as jovens do Roller
Lagos realizaram uma excelente primeira parte, mas onde após o descanso, 2 penaltis e algumas desconcentrações defensivas, permitiram ao
Alcobacense sentenciar o desafio
nos últimos minutos da partida, conquistando uma vitória que lhe permite
consolidar a sua posição rumo à fase
final do nacional feminino.
Quem esteve presente no Pavilhão Municipal assistiu a uma grande
partida de hóquei feminino, em que
o resultado prejudica em demasia a
exibição Lacobrigense, que frente a
uma das mais fortes equipas da zona
sul conseguiu equilibrar e disputar o
jogo até 5 minutos do final onde a falta de experiência e alguma sorte ditaram o avolumar do resultado.
Lacobrigenses perdem face
ao Externato S. Filipe
Na 14ª Jornada do Nacional Feminino, o Roller Lagos recebeu o
4ºclassificado da prova, o Externato
S. Filipe, que na primeira volta tinha
vencido o conjunto Lacobrigesne por
6-2. No jogo de sábado, a equipa Algarvia deu excelente réplica perdendo por 3-1, após estar em vantagem
no marcador até 12 minutos do final
da partida.
Também no sábado o CD Boliqueime, actual líder da zona sul,
não teve dificuldade em vencer o HC
Portimão por 13-0, mantendo-se assim invicto na presente temporada.
No domingo, a equipa Louletana deslocou-se a Coimbra a fim de cumprir
um jogo em atraso referente á 10ª
jornada. As algarvias bateram a Associação Académica por expressivos
6-0. Um fim-de-semana positivo para
o lider da zona sul onde em dois jogos conseguiu marcar 19 golos e nenhum sofrido.
Patinagem de velocidade
Natação
VI Torneio Internacional de
Patinagem de Velocidade Terras do Infante
Masters do CCD iniciam Época
com bons resultados
Patinagem de Velocidade vai animar
Carnaval em Lagos e Vila do Bispo
O VI Torneio Internacional de
Patinagem de Velocidade - Terras
do Infante promete, uma vez mais,
trazer a Lagos os maiores patinadores da actualidade.
Com três provas distintas :
Circuito de Estrada - Sábado
dia 2 de Fevereiro /à tarde na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos.Provas de Pista – Domingo dia
03 de Fevereiro /manhã e tarde, na
Pista da Escola Secundária Júlio
Dantas, também em Lagos; Meia
Maratona, entre Vila do Bispo e Sagres, na Segunda-feira, dia 04 Fevereiro /Manhã.
Não haverá limite de velocidade
para os candidatos aos primeiros
lugares que, em virtude do elevado
nível dos adversários, vão dar tudo
por tudo para ganhar os excelentes
prémios monetários desta competição. Parece loucura mas, com quilometragem ilimitada e equipamento topo de gama, estes patinadores
chegam a atingir velocidades incríveis, ultrapassando os 60 Kms/
hora, nos seus patins. O Roller Lagos, empenhado no sucesso deste
prestigiado evento desportivo, não
poupa esforços para que as comitivas visitantes desfrutem também
da beleza e hospitalidade algarvia,
elogiada em anos anteriores.
Realizou-se no dia 15 de Dezembro o Torneio de Especialidades-II do INATEL, na piscina do Estádio 1º de Maio, em Lisboa.
O CCD Lagos esteve representado por 5 atletas (Amélia Ponte Galhardo, Rui Ricardo Capelo, Paulo
Alexandre Sousa, Luís Costa Landeiro e Hélio Lúcio Silva).
Estiveram presentes 230 nadadores em representação de 12
Clubes.
Em termos competitivos o CCD
Lagos lutou pelos lugares no pódio,
alcançando:
2 Primeiros lugares, 4 segundos,
1 terceiro, 1 quinto e 1 sétimo.
Amélia Galhardo (40 - 44 anos),
mais uma dobradinha e novo recorde nacional, 1.ª nos 100 Bruços
(1:30,08) e 1.ª nos 200 Livres com
novo recorde nacional de 2:45,77 (a
anterior marca 2:48,49 pertencia a
Isabel Cardona e datava de 2004);
Paulo Sousa (35 - 39 anos), 2.º
nos 100 Livres (1:07,13) e 3.º nos
100 Mariposa (1:22,77); os três estreantes em provas de Masters:
Rui Capelo (40 - 44 anos), um
regresso à natação 25 anos depois,
com participação no pódio, 2.º nos
100 Livres (1:03,38) e nos 100 Costas (1:18,70);
Hélio Silva (25 - 29 anos), clas-
sificou-se em 7.º nos 100 Livres
(1:14,85);
Luís Landeiro (35 - 39 anos),
muito bem nos 100 Bruços, 3.º
(1:45,19), na sua primeira competição.
Os “rapazes” ainda competiram
em estafeta (4 x 50 livres), Escalão
120 - 159 anos tendo-se classificado
em 5.º com o tempo de 2:03,69.
No final, houve um convívio
bem-disposto à volta da mesa, a
convite dos atletas do Clube de
Futebol Benfica, que convidaram
o clube para o seu Jantar de Natal e ainda o presentearam com cachecóis.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
33
Columbofilia
José da Glória Um homem com história (s)
Depois de falar com o senhor José
da Glória sobre episódios acontecidos
com animais, nomeadamente pombos,
ficou a vontade de ter uma conversa
mais aprofundada sobre a sua paixão.
E como as palavras são como as cerejas, atrás de uma vem sempre outra,
uma breve conversa tornou-se num recordar de episódios, emoções, gostos
e experiências que explicam o homem
que se tornou hoje.
Uma viagem pelo passado até
ao presente que deixou ainda muito por dizer.
Columbófilo há 35 anos
Fez a 9 de Janeiro 60 anos, sendo
que mais de metade da sua vida dedicou-a aos pombos. Viúvo, vive com
os seus animais perto da Barragem da
Bravura onde os seus pombos têm toda
a liberdade para voar numa paisagem
verde e azul de encantar.
Hoje em dia trabalha para a Junta de Freguesia de Bensafrim onde
mantém sempre um sorriso sincero e
a simpatia que todos lhe reconhecem.
Por vezes também tem de prestar serviço no cemitério, algo que não o preocupa, pois na sua passagem pela tropa teve que se deparar com o cenário de corpos abertos de homens, que
lutaram em Ultramar, para serem autopsiados.
É um homem respeitado por todos tanto no trabalho como no Clube
de Columbofilia.
A Columbofilia é a sua
paixão
Tudo começou com um mero acaso, quando um vizinho ofereceu um casal de pombos brancos à sua irmã mais
velha – Maria Isabel. Com o passar do
tempo a sua irmã casa-se, partiu para
a sua vida e na despedida deixou os
pombos ao seu irmão dizendo «Pronto Zé, até um dia que a gente se veja
e repara lá nos meus pombos». Nessa altura José da Glória tinha 8 anos
e a responsabilidade de cuidar de cer-
ca de 50 pombos (criam-se em grande número) era muito grande. Como
era novo demais foi o seu pai – António José da Glória – que “reparou” pelos animais.
Um dia o pai pensou em acabar
com os pombos devido à sujidade e
estragos que faziam. Um amigo dele
matou alguns, outros fugiram com
medo, outros ficaram; mas, por fim,
só um de cor azul se manteve. Não
esquecendo o que a irmã lhe dissera, e tentando manter aquela memória, arranjou uma pombinha branca
para acasalarem.
Com a oferta de um pombo de raça
adragão, de cor castanha, o pombo
azul não conseguindo competir com o
rival desapareceu. Os pombos começaram a andar desencontrados e não
terem criação.
Já com o gosto pelos animais pediu ao pai um casal de pombos e pagou a um “compadre” para lhe construir
uma casa para eles. Como disse José
da Glória «Há sempre uma altura em
que se descobrem algumas coisas».
Com a ida obrigatória à tropa foram o seu pai e a sua irmã mais nova
– Telma – que cuidaram dos seus animais.
Pombos ou Pintos?
Um dos hábitos que José da Glória tinha era colocar ovos de pintos debaixo de pombas para estas os chocarem. Quando os animais nasciam voltavam para junto dos seus.
Num fim-de-semana em que teve
folga da tropa foi a casa e colocou alguns ovos de galinha debaixo das
pombas.
Partiu para o Quartel sem nada dizer aos familiares. Uns dias passados
recebe uma carta da sua irmã Telma dizendo «Apareceu um pinto nos sobreiros» e surpreendida por pombos estarem a ter pintos. Bastou uma carta para
esclarecer a situação e alertar para
mais ocorrências desse tipo, pois muitos ovos ainda estavam no pombal.
A tropa como experiência
de vida
Os 36 meses que José da Glória
passou na tropa, foram sem dúvida,
marcantes na sua vida. Passou pelos Quartéis de Abrantes e Viseu, fez
muitos conhecimentos e amizades
que ainda hoje recorda com saudade. Foi também um período marcado
pelas idas aos Hospitais e a sua vida
quase terminou.
Tudo começou no próprio dia da
inspecção em que foi mandado directamente para o Hospital da Estrela em
Lisboa. Já lá se desconfiava que algo
em José da Glória não estava bem.
Apesar de já ter um antecedente
de problema de nervos, os médicos
nunca souberam detectar a sua origem. Foi em Lisboa que, no meio da
infelicidade e com um pouco de sorte,
descobriram o seu problema.
José da Glória teve de fazer
uma endoscopia (nada agradável
para quem já a fez). Comeu a famosa “papa” e depois do exame regressou ao Quartel. Passou a noite mal, o
outro dia sem comer nem beber, e já
em desespero dirigiu-se no outro dia
à noite ao Hospital da Estrela. Visto
que era fim-de-semana e não haviam
médicos aconselharam-no a ir às Urgências. Quase sem conseguir andar
a sua sorte foi encontrar um Polícia
na rua que o levou até lá e o acompanhou.
Foi detectada uma úlcera nervosa. As únicas palavras do médico foram «Rapaz, dá graças a Deus que
ainda estás vivo».
Foi na tropa que conheceu um colega de Loulé, cozinheiro, que o ajudou a ter uma dieta mais saudável
para recuperar.
Também foi lá que se tornou amigo de Joaquim João Bitoque, colega
de Albufeira que tinha o posto de pronto como ele. O facto de serem os dois
algarvios aproximou-os e tornou-os
como irmãos. «O que um tinha, o outro também tinha». Andavam sempre
juntos nas saídas e acabaram por ficar a trabalhar na horta e pecuária por
intermédio do Alferes Pereira que por
ele intercedeu e lhe entregou o “impedimento” (o impedimento permitia
a que o soldado trabalhasse apenas
num sítio e não fosse obrigado a estar
na formatura todos os dias).
Recordou também todos os Oficiais de que se tornou amigo e as
despedidas emocionantes que teve
nos Quartéis por onde passou, talvez
devido à sua personalidade afável e
simpática que ainda hoje tem.
Fez o “espólio da roupa” (momento em que entregam todos os pertences ao Exército e regressam a casa)
a 18 de Outubro de 1972.
De regresso aos seus
amigos e as competições
Ainda em Janeiro de 71, quando
se encontrava na tropa, enviou os dados para um amigo o inscrever no Clube Columbófilo de Lagos, o único que
existia na altura. Nem a formatura o fazia esquecer dos pombos.
Em 72, com o regresso a casa e
com a ajuda dos columbófilos mais velhos, começou a competir com apenas
35 pombos. Hoje em dia tem um total
de 150 pombos, estando 116 registados
este ano para as competições.
Do Clube de Lagos passou para o
Clube Columbófilo de Odiáxere onde
participa nas provas. Estas têm início,
este ano, a 12 de Janeiro, com os treinos dos pombos, até fins de Fevereiro
e depois começam as provas até Julho,
onde todos os domingos a perícia dos
treinadores e a força e determinação
dos pombos são postas à prova.
Foram os colegas que o ensinaram
a arte de os treinar e hoje treina-os, sempre que pode 1/2 hora de manhã e 1/2
hora de tarde.
Durante os 35 anos competiu sempre, tendo sido o maior prémio ter ficado
em 3.º lugar no Campeonato Absoluto.
De todos os prémios recorda também o 1.º lugar adquirido em Alcaler
(na fronteira entre a Espanha e a França) em 1998; e em 2004 o 1.º lugar, no
segundo dia, em Lérida (Espanha) com
uma pomba.
A primeira vez
Na primeira vez que competiu, no
meio do azar, a sorte esteve do seu
lado. Com efeito, a prova realizou-se
em Évora e José da Glória, depois de
soltar os pombos para a prova reparou
que tinha perdido a chave para o relógio. Na altura usavam uns relógios que,
com uma chave própria, permitia colocar a anilha do pombo a chegar primeiro dentro do aparelho e marcar a hora
da chegada. Sem a chave era impos-
sível marcar a chegada dos seus animais. Ainda tentou, com a ajuda de um
amigo fazerem de um tubo uma “chave” mas, com sorte, encontraram um
homem que lhe emprestou uma. Passado pouco tempo chega uma pomba
pedrada (pomba malhada) e conseguiram marcar o tempo que levou de Évora até ao clube (duas horas e setenta e
poucos minutos). Ganhara o 1.º lugar.
Os inesquecíveis
De todos os pombos que cuidou
e treinou os mais marcantes foram o
“Francisco”, macho azul, que em 1995
fez 13 classificações em 1.ºs e 2.ºs lugares. Recorda que esse pombo numa
prova em Lion (França) regressou com
o peito aleijado e depois de 2 meses a
recuperar ainda venceu o 1.º lugar numa
prova em Tomar.
Também nesse ano a “Campeoa”,
fêmea azul, teve 15 classificações num
só ano de 1.ºs e 2.ºs lugares.
A “Gaivota” foi igualmente uma vencedora quando fez 345 km, em Espanha, em 3h12m, ficando em 1.º lugar.
A “Chuna” também é uma pomba
que lhe ficou na memória pelos melhores motivos.
E os custos anuais?
José da Glória ri-se sempre com
esta pergunta. No tempo dos escudos
ainda guardava num caderno o que gastava por ano, agora com a chegada do
euro, o melhor é nem pensar nisso. Os
seus pombos são muito mais valiosos
do que o dinheiro que gasta.
Com insistência lá foi enumerando as despesas: cotas do Clube, cotas
para a Federação, seguro para os animais, vacinação, ração (cerca de 50 kg
por semana), ração especial para a chegada dos pombos depois de uma prova,
poleiros, bebedouros, vitaminas, obras
e pinturas no pombal renovado... o melhor é fazer como o senhor da Glória,
nem pensar!
Janeiro de 2008
34 N OTÍCIAS DE LAGOS
Uma família multifacetada
• Manuela Duarte
O normal é encontrarmos no concelho de Lagos filhos que seguem o
negócio dos pais, daí que surgiu a rubrica no NL de “Tal Pai, Tal Filho”.
Neste caso deveria ser tal bisavô, tal avô, tal pai, tal filho...
Nesta edição fui entrevistar José Francisco Costa Evangelista, proprietário de um super-mercado em Bensafrim. Com o avançar da conversa apercebi-me que o comércio não era apenas um negócio de família, que o próprio edifício não era apenas uma casa e que a família Evangelista não eram simples proprietários de um negócio.
Uma família unida e multifacetada que se distinguiu e se tornou conhecida por toda a população pela barbearia, música, comércio e até
na medicina. Com efeito, o “Mestre Romão” (bisavô de José Evangelista), homenageado com a atribuição de um nome de rua na Urbanização Municipal de Bensafrim, notabilizou-se durante o grande surto de
pneumónica que atingiu o concelho. Apesar de não ser médico, a sua
importância foi tal, na cura de doentes, que a Ordem dos Médicos autorizou o “avio das receitas” passadas por si, em qualquer tipo de papel
– caso inédito em Portugal.
Também José Evangelista tem no seu sangue o gosto e a vocação
pela aprendizagem do poder das plantas na cura de algumas doenças,
provavelmente transmitido pelo seu bisavô, e com a simpatia que lhe
é característica, está disponível a ajudar todos os que lhe pedem conselhos.
Hoje em dia, gere um super-mercado, curiosamente com o símbolo
na entrada de um cacho de uvas (homenagem ao antigo proprietário, o
sr. Bago D’uva), apoiado pela sua esposa Natália. Já o filho Alexandre,
rapaz inteligente e perspicaz, “passa a perna” aos pais no que diz respeito à aplicação das novas tecnologias no super-mercado.
Como curiosidade final resta dizer que o actual super-mercado se
situa na rua onde o mercado em Bensafrim surgiu pela primeira vez, antes da construção de uma Praça, onde a venda era feita ao ar livre. Uma
coincidência interessante!
NL: A “veia” para o negócio já
tem quantas gerações na vossa família?
JE: A veia para o negócio tem cerca de quatro gerações, do lado da minha Mãe, e três gerações do lado do
meu pai.
Do lado da minha Mãe, conhecemos a partir do Mestre Romão, meu bisavô que era barbeiro, curandeiro; o
meu avô materno – José Jacinto Costa
– proprietário de uma taberna, que nos
anos vinte, era ao mesmo tempo taberna, barbearia e leitaria, por que, como
não havia leite empacotado este era
vendido ao lado da aguardente, do vinho e dos pirolitos, (o pirolito era uma
espécie de gasosa em que a rolha era
uma esfera de vidro); e a minha mãe –
Maria da Graça – que trabalhou na taberna e no supermercado.
Do lado do meu Pai, conhecemos
o ramo do comércio a partir do meu
avô José Luís
Evangelista que era sapateiro e tinha uma tinha uma venda onde também
vendia farinha, açúcar e outros bens de
primeira necessidade. O meu Pai – Gilberto Evangelista – foi músico no Rancho Folclórico, barbeiro, dono de uma
taberna e, posteriormente, adquiriu o
supermercado, que é o meu negócio
hoje em dia.
NL: O seu pai era, e ainda é, barbeiro. O que o levou a abrir uma mercearia?
JE: A profissão de barbeiro vem do
meu bisavô Mestre Romão, ele tinha
quatro filhos e a todos ensinou esse oficio, depois o meu Pai aprendeu o oficio
de barbeiro com o meu avô José Jacinto Costa.
A profissão de músico, vem naturalmente do lado do seu Pai, que também tocava concertina (acordeão, pequeno).
O supermercado vem mais tarde e
especialmente pela vontade da minha
Mãe, visto que o meu Pai ainda tinha
bastantes contratos para tocar.
NL: O edifício onde se situa a
mercearia, hoje super-mercado,
tem uma grande história. Pode contar-nos?
JE: O edifício onde se situa o supermercado, como estabelecimento aberto
ao público tem mais de cem anos. Abriu
em 1903 com o nome de Bago D`uva
(proprietário da altura). Desde 1903
até 1976, era o estabelecimento Bago
D`uva, depois foi posto à venda ,e eu
junto com os meus pais decidimos comprar o edifício.
Uma curiosidade neste edifício é que
existe um Poço, e este Poço tem uma história interessante. O Sr. Bago D’uva (Pai)
sonhou que havia água dentro da sua
casa, que neste caso era num pequeno
quintal, e realmente quando o Poço foi
aberto por sua vontade, verificou-se que
este tinha muita água e boa.
Mais tarde este Poço deu muita água
para as pessoas de Bensafrim.(Nesta
época era normal as famílias mais ricas
, com mais posses, terem Poços dentro
de casa, porque não havia água canalizada, e aqui em Bensafrim haviam várias casas com Poços).
NL: Com quantos anos começou
o senhor José Evangelista a ajudar
o seu pai?
JE: O negócio de mercearias começou em 1976, próximo da Junta de Freguesia, tinha eu 22 anos.
NL: Continuou o ramo do seu
pai por vocação ou sentiu-se obrigado a isso?
JE: Passados alguns anos o negócio aumentou, e eu era um elemento essencial para ir às compras.
NL: Já o seu filho vai ajudando,
como e quando?
JE: O meu filho Alexandre, com 16
anos, vai-nos ajudando quando tem
tempo disponível, especialmente aos
sábados.
NL: Acha que ele já tem o “bichinho” do negócio para continuar com
o super-mercado aberto mais uma
geração ou tem outra profissão em
mente para o futuro?
JE: Os negócios tradicionais e pequenos estão cada vez mais difíceis,
mas ninguém sabe o dia de amanhã.
NL: Em Bensafrim foi atribuída uma Rua ao Mestre Romão. Ele
era seu bisavô. Pode contar-nos o
que conhece da sua vida e o homem
que foi?
JE: O Mestre Romão foi uma figura importante deste povo. Embora as
suas raízes não fossem de cá ele viveu
cá quase toda a sua vida. O Mestre Romão era de Vila Real de Santo António, e
estava casado com a senhora Felisbela
dos Santos. Quando aqui chegou já trazia 2 filhos, mas vinha outro na barriga
da minha bisavô – era o meu avô José
Jacinto Costa – que nasceu no Odiáxere, não deu tempo de chegar ao destino
que era Bensafrim.
Quando ele chegou a Bensafrim a
sua profissão era a de barbeiro, profissão que ensinou aos seus quatro filhos,
e só mais tarde se interessou pela medicina. Foi um curandeiro respeitado, e ao
mesmo tempo “alqueirado”, ou seja, no
seu tempo o dinheiro era pouco, e como
tal as pessoas pagavam em géneros alimentares (cereais, galinhas, etc).
Em troca o médico estava sempre
disponível para acorrer a uma doença ou aflição das famílias que lhe pagavam.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
35
Bambino na rota das descobertas
mos a Festa de Natal e apresentamos
o CD do Bambino, ideia do Prof. de música na altura – Daniel Completo. Fomos também convidados para apresentar o CD no Programa “Fátima Lopes” da SIC.
Nos últimos anos tivemos de fazer
as Festas no Auditório de Portimão.
Este ano, com a construção concluída, tentámos logo ir para o Pavilhão
Municipal. A sensação foi óptima e até
as crianças estavam mais calmas, sem
o stress característico das deslocações
a outro concelho.
O espaço é óptimo e tivemos uma
grande afluência de familiares à Festa,
no entanto deparámo-nos com problemas, tais como o suporte de som.
• Manuela Duarte
Depois da Festa de Natal com
o tema “Os Descobrimentos” que
se realizou no passado dia 14, e
que encheu o Pavilhão Municipal,
fomos conhecer melhor “O Bambino” e os rostos que o gerem. Foi
uma entrevista com Cristina Rodrigues que nos acolheu com grande simpatia e nos deu a conhecer
a história de um infantário que, tal
como as crianças que tem a cargo,
cresceu bastante.
O Bambino existe desde 1990. Iniciaram a sua actividade no centro da
cidade (atrás do cinema), numas instalações alugadas; depois mudaramse para a Atalaia, também num espaço alugado; e em 1998 construíram a
primeira parte do Bambino actual, num
terreno pertencente à Câmara Municipal de Lagos.
A parte mais recente já foi construída em 2001, com a necessidade de fazer face à procura e à enorme lista de
espera que existia no concelho.
Em 1998 fizeram uma primeira ampliação com a construção de 2 salas de
berçário, 3 de pré-primária e 1 de ATL
(Actividades de Tempos Livres). Funcionou assim durante cerca de 4 anos.
Quando, devido à necessidade, a primeira parte passou a creche tiveram
de construir 3 berçários, 4 salas para
a creche e nas instalações actuais já tiveram de edificar 6 salas de pré-primária e mais para o ATL. Há 3 anos atrás
abriram também “as portas” ao 1.º ciclo, um ano depois deste iniciar na Escola da Ameijeira.
Os rostos que gerem este equipamento são Cristina Rodrigues (a nível da parte pedagógica da pré-primária e creche), Maria José Costa (Recursos Humanos) e Joaquim Ferreira (Administração). A parte pedagógica do 1.º ciclo está a cargo do prof.
Jorge Silva.
Neste momento “O Bambino” já
tem cerca de 280 crianças e 32 pessoas a trabalhar nesta instituição, sendo a maior parte mulheres. Uma gerência e um ambiente familiar que tentam
transmitir às crianças.
NL: Neste momento apostam
também no ensino do 1.º ciclo. Quais
as vantagens e os obstáculos que tiveram de ultrapassar?
CR: A vantagem é haver uma continuidade do percurso das crianças,
desde o primeiro ano que entram no
Bambino. Os obstáculos que tivemos
de enfrentar foram sobretudo burocráticos, apesar de termos tido, da parte da Direcção Regional de Educação
do Algarve, todo o apoio incondicional.
Também a nível da pré-primária e do 1.º
ciclo a Direcção Regional sempre nos
deu todo o apoio no esclarecimento de
dúvidas, talvez por termos sido o primeiro infantário a ter o alvará passado
por esta Direcção, acto que só era feito
pela Direcção em Lisboa. O Bambino
tem o Alvará n.º1 do Algarve.
NL: Quais os serviços e actividades extra-curriculares que o Bambino oferece?
CR: Tanto a ginástica como a música são actividades que fazem parte
do nosso currículo, por isso, extra-curriculares temos o ballet, a natação, o inglês, o fast track kids (para o desenvolvimento cognitivo das crianças) e, este
ano, iniciámos a capoeira.
Providenciámos também um autocarro que faz a recolha e a distribuição das crianças, em pontos estipulados em conjunto com os pais e as
suas necessidades, com horário prédefinido.
NL: No âmbito do Plano de Actividades consta a Festa de Natal.
Depois de nos últimos anos terem
recorrido a Portimão, qual a sensa-
ção de “regresso” num espaço amplo e que constituiu um assinalável êxito?
CR: Tentamos sempre que o nosso Projecto Curricular de Escola Anual seja sempre inserido no Carnaval e
Natal (alturas em que estamos mais
abertos à população).
Todos os anos o nosso Projecto Curricular tem um tema. O deste
ano é Lagos – um olhar sobre a nossa cidade.
Nos primeiros anos do Bambino
as Festas foram feitas no Clube Artístico Lacobrigense que sempre nos
acolheu com muito carinho e sem pedirem qualquer pagamento, o que demos foi da nossa iniciativa. Depois recorremos ao Cinema da Praia da Luz
onde fomos acolhidos pelo senhor
Soares com grande satisfação. Também fizemos 2 ou 3 no Auditório de
Vila do Bispo.
Há dois anos atrás estivemos no
Centro Cultural de Lagos onde fize-
NL: Foi-lhes cobrada alguma
taxa ou a Empresa “Lagos-Em-Forma” teve em consideração o facto
de serem um dos infantários referência do concelho?
CR: Tivemos de pagar o que estava estipulado na tabela, pagámos a
taxa de ocupação.
NL: O tema da Festa foi “Os Descobrimentos”. Que razões os levaram a essa escolha?
CR: Como já foi dito o tema do nosso Projecto Curricular é a cidade de Lagos. O tema “Os Descobrimentos” foi
uma forma de fazermos uma homenagem à cidade.
NL: Constatámos a presença do
Executivo Camarário na Festa. Foi
o tema que os atraiu ou é habitual a
sua presença?
CR: Convidámos o senhor Presidente da Câmara, assim como todo o
Executivo, a assistirem à nossa Festa.
Foi a primeira vez que fizemos algo do
género no nosso concelho e queríamos
que assistissem ao nosso trabalho. Foi
a primeira vez que estiveram presentes numa Festa nossa.
NL: Quais as alterações/ adaptações que o Bambino teve que fazer
face às exigências do Governo a nível do ensino?
CR: Foram várias. As exigência
são muitas, desde as alterações aos
sanitários, o tamanho das janelas e das
portas ... exigências essas que acabamos por nos aperceber que as instituições públicas não as cumprem.
NL: Como reagiram à abertura
das Escolas da Ameijeira e mais recentemente a de Santa Maria?
CR: Com a construção da Escola
da Ameijeira sentimos um grande abalo no Bambino, pois tivemos de fechar
uma sala na pré-primária e tivemos de
fechar outra com a abertura da Escola
de Santa Maria. Sentimos por parte das
instituições responsáveis que não houve
um cuidado em falar com as instituições
privadas de modo a nos preparamos e
até mesmo para evitar gastos desnecessários por parte do Estado.
NL: Tendo em conta a concorrência, a nível particular e público,
que “trunfos na manga” tem o Bambino para o futuro?
CR: O Bambino vai ter um projecto para as crianças de 5 anos que tem
como objectivo desenvolver as capacidades de leitura e escrita de forma a
estarem mais preparados para o 1.º ciclo. Este projecto tem como base o método da Cartilha Maternal de João de
Deus, e constitui uma mais-valia para
as crianças, assim como para a nossa instituição.
Janeiro de 2008
36 N OTÍCIAS DE LAGOS
“Oliveiras de Portugal” de “vento em popa”
Ecossistemas exporta para todo o mundo
• Carla Lourenço
A Ecossistemas é actualmente uma referência no que diz respeito à jardinagem e a espaços verdes. Desde 1988, que esta
empresa sedeada em Odiáxere, na Estrada Nacional 125 (à direita de quem sai de Lagos) se vem implantando não apenas
na nossa cidade, como também no Algarve, com a realização
de importantes obras (ver “Currículo Invejável”), bem como no
sul de Espanha. O desafio que a Ecossistemas tem agora pela
frente é a construção de maiores e mais importantes obras públicas, uma vez que o alvará de Obras Públicas de Empreiteiro
Geral está em vias de ser atribuído a esta empresa lacobrigense. Mais um negócio de sucesso que ajuda a projectar o nome
de Lagos a nível internacional, com o selo da qualidade e distinção que o NL Negócios dá a conhecer este mês.
“Esperamos juntar o novo alvará de Empreiteiro Geral de Obras Públicas na Classe de Construção Civil e Respectivas Subcategorias, ainda este mês, ao já existente: Classe
de Estradas e Vias de Comunicação
na Subcategoria de Ajardinamento, Plantações e Sistemas de Rega.
Depois disso, vamos poder concorrer aos concursos de uma forma autónoma”, explica Luís Piedade, sócio
gerente da Ecossistemas, lembrando que desta forma a empresa terá
um maior desenvolvimento e liberdade para se expandir de uma forma mais rápida.
A empresa aguarda apenas que
o INCCI dê luz verde para a aprovação do alvará, já que todos os requisitos estão preenchidos: existência da licença de produtor para viveiros, autorização da AECOPS (Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas) e a certificação de qualidade de serviços ISO
9001:2000, que obriga a uma série
de normas internas e externas, que
ajudam a prestar um serviço de excelência aos clientes.
A Ecossistemas conta actualmente com um vasto leque de tra-
balhadores nas mais variadas áreas
(ver “Um grande leque de serviços
para uma equipa qualificada”), sendo
de destacar a existência de pessoal
de cedência em trabalho temporário
proveniente de associações de deficientes. Outra das apostas desta firma é a formação contínua que proporciona aos seus empregados, um
dos factores fundamentais para o sucesso da empresa: a qualificação de
toda a equipa.
O grande negócio das
Oliveiras de Portugal
Mas, por trás dos trabalhadores
existe alguém que se mantém a par
da evolução do mercado e tem as
ideias visionárias para grandes negócios. Foi precisamente por estar
atento que Luís Piedade viu que a exportação de oliveiras seria uma boa
aposta. “Costumávamos comprar as
árvores em Espanha, mas isso tinha
um grande custo e chegávamos a
pagar 5 mil euros por oliveira, percorrendo mais de mil quilómetros,
porque tinhamos de ir até Alicante”,
Currículo invejável
A lista é extensa e é difícil escolher os mais importantes clientes
da Ecossistemas. Desde trabalhos
para entidades oficiais, execuções
em resorts de renome mundial, passando por inúmeros condomínios
privados, a empresa conta com um
currículo invejável. Estes são apenas alguns exemplos:
Marlagos, Neocivil, Hotel Golfinho, Tivoli lagos, Pingo Doce, Intermarché, escolas primárias de La-
gos e Praia da Luz, requalificação
da Ribeira de Bensafrim, Universidade do Algarve (Faro), Pine Cliffs Resort (Albufeira), Club House
Golf Oceânico Victoria (Vilamoura),
Fábrica do Inglês (Silves), Marina
Park (Lagos), Hotel Baleeira (Sagres), entre muitos outros. No estrangeiro, para além da exportação
de oliveiras para a Ásia, destaque
para os trabalhos em hotéis em
Málaga, Almeria e Huelva.
conta. “Se nós já cá tinhamos as árvores, havia que as reaproveitar, tal
como os estrangeiros já faziam. Então, pensámos em ir para zonas de
construção de grandes obras, como
estradas, urbanizações e a barragem
do Alqueva, por exemplo”. E foi assim
que nasceu o negócio das “Oliveiras
de Portugal” que transplanta as árvores, deixando-as no viveiro até um
ano e meio, servindo depois para uso
ornamental em áreas verdes, desde
campos de golfe, parques ou jardins
privados, hotéis e resorts.
No historial de transplantes da
Ecossistemas, já foram comercializadas mais de 5 mil oliveiras de tratamento adulto e árvores centenárias, bem como mais de 20 mil árvores jovens até 100 anos. Para além
das que a Ecossistemas utiliza para
os seus próprios projectos, as oliveiras têm tido vários destinos, sendo os
principais o Algarve e o sul de Espanha, que agora já começa a fazer a
sua própria transplantação.
Todavia, a Ecossistemas não se
fica por aqui e, graças à fama adquirida por transplantar árvores para
resorts de renome mundial, como o
Pine Cliffs, em Albufeira, a empresa lacobrigense tem enviado árvores adultas para o Dubai, Xangai,
Macau e Pequim, este último local
com vista à decoração dos espaços
para a realização dos Jogos Olímpicos de 2008.
Praga das palmeiras
continua a dizimar árvores
A questão da importação e exportação de árvores assume uma grande
importância para a Ecossistemas que
não se esquece das questões ambien-
tais. “Alerto novamente para a praga
que está a afectar as palmeiras na Europa e também em Portugal”, diz Luís
Piedade. Trata-se de um insecto, que
veio para o nosso continente dentro de
palmeiras importadas, que se instala
nas árvores, apodrecendo-as por dentro, sendo que só é detectável quando
já não há recuperação possível. O sócio gerente da Ecossistemas recordou
a necessidade de limpeza das árvores afectadas, para que este mal não
se propague às árvores saudáveis,
“porque, uma vez afectadas, já não
há como salvar a árvore”.
Outro factor ambiental que preocupa a empresa é a questão da poupança da água. A Ecossistemas procura minimizar ao máximo o gasto,
criando formas de controlo e registos internos que comprovem os consumos, desenvolvendo uma política
ambiental de racionamento de água.
Este é apenas mais um pormenor
que justifica o sucesso desta empresa de Lagos, visto que faz da inovação, qualidade e preocupações ambientais a sua imagem de marca.
Um grande leque de serviços
para uma equipa qualificada
Apesar da jardinagem e espaços
verdes serem as principais áreas de acção da Ecossistemas, a empresa presta
ainda inúmeros outros serviços:
• projectos, construção, renovação,
recuperação, conservação, fiscalização,
supervisão, aconselhamento técnico de
áreas verdes: parques, jardins, campos
desportivos (golfe, futebol e outros relvados), sistemas de rega; lagos; cascatas; muros de pedra; calçadas; mobiliário urbano (parques infantis, bancos,
quiosques, candeeiros, etc), hidrosementeira; gabiões; sustentação de taludes ou declives; recuperação ambiental; trabalho em construção civil geral;
empreiteiro geral de edifícios; estrutura
e alvenaria; carpintaria; serralharia; canalização; electricidade; arruamentos;
esgotos e ajardinamentos na classe 3;
viveiros de plantas; produção e comércio de plantas e afins (importação e exportação); centros de jardinagem; serviços de agricultura, arboricultura e trans-
plantes de árvores centenárias para recuperação; especialistas em oliveiras,
alfarrobeiras, ficus e palmeiras; plantações florestais, limpeza de matas e áreas verdes, execução de regas agrícolas
e lagos ou barragens; piscinas naturais e
biológicas em forma de lagos.
Para pôr a “máquina” a funcionar é
necessária uma equipa de trabalhadores qualificados:
• 7 engenheiros técnicos (4 agrários, 1 mecânico, 1 civil e 1 florestal), 1
consultor técnico superior, 1 sociólogo,
4 arquitectos paisagistas, 1 técnico de
Segurança e Higiene no Trabalho, 12
medidores preparadores, 1 técnico oficial de contas, 1 serralheiro mecânico,
2 mecânicos, 2 calceteiros, 2 carpinteiros, 1 ladrilhador, 5 pedreiros e 10 serventes de pedreiro, 18 encarregados
ou arvorados e 87 jardineiros formados
pelo IEFP, bem como pessoal de cedência em trabalho temporário de associações de deficiência.
Janeiro de 2008
N OTÍCIAS DE LAGOS
37
Credibilidade, solidez económica e financeira e competência técnica
Neocivil aumenta capital social para 22 milhões de euros
A Neocivil - Construções do Algarve SA, empresa do Grupo MSF
direccionada para o sector de obras
públicas e particulares na região do
Algarve, aumentou, no passado dia
17 de Dezembro, o seu Capital Social
de 3.007.230 euros para 22.000.000
de euros. De acordo com a Neocivil,
esta operação visa dotar a empresa
dos meios financeiros necessários
para a expansão da sua actividade,
nomeadamente na área da promoção imobiliária, consolidando a robustez financeira com que vem actuando no mercado.
A Neocivil, participada a 100%
pela MSF – Moniz da Maia, Serra
& Fortunato – Empreiteiros, SA, é a
maior empresa de construção do Algarve, em volume de negócios (37,7
milhões de euros em 2006).
Esta alteração faz parte de uma
estratégia de reforço de capacidade
e robustez, no sentido de continuar
a assegurar os melhores desempenhos em todos os empreendimentos
no Algarve, sejam eles de promoção
imobiliária, construção civil ou reabilitação de edifícios.
A Neocivil - Construções do Algarve SA é uma empresa do Grupo MSF, fundada em 1971 e direccionada para o sector de Obras Públicas e Particulares, em toda a região do Algarve.
A Marina de Lagos
A Neocivil desenvolve a sua actividade através de uma acentuada
especialização, baseada em modernas tecnologias de produção, o que
lhe permite realizar as mais complexas obras nos vários sectores de
actividade - desde a construção de
empreendimentos turísticos, habitacionais e de serviços, à reabilitação
de edifícios, recuperando o património histórico e imobiliário. Actua também na área da promoção imobiliária, de que é exemplo a gestão das
infra-estruturas imobiliárias da Marina de Lagos.
Empresa de referência
nacional com forte
expansão internacional
O Grupo MSF, empresa de referência em Portugal, tem vindo a contribuir significativamente, há mais
de 37 anos, para o desenvolvimento e modernização do País, através
da sua participação na concepção
e construção de projectos de engenharia de grande dimensão e complexidade técnica.
Tem vindo a diversificar a sua
actividade, dividindo as suas participações em cinco áreas: imobiliário
e turismo; construção e obras públicas; concessões; consultoria, organização e sistemas de informação;
participações financeiras.
A empresa lacobrigense tem
o seu campo de acção em Portugal, Angola, Bulgária, Cabo Verde,
Ghana, Guiné Equatorial, Polónia e
Senegal, seguindo os seus princípios fundamentais para o sucesso
e afirmação: credibilidade, solidez
económica e financeira e competência técnica.
Mestranda em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação
Oferta de final
de ano reduzida
A iluminação das principais ruas da cidade, os concertos alusivos à época, os tapetes
vermelhos que espelham as lojas aderentes ao
cabaz de Natal recriaram um ambiente mágico
na quadra natalícia.
Na oferta de final de ano houve espectáculo de fogo de artifício piro-musical animado pelo
DJ Maurel. A escolha musical arrojada permitiu atrair os olhares das camadas mais jovens.
Contudo, não marcou de forma emblemática o
panorama das ofertas existentes no seio das
demais cidades algarvias. Em vários meios de
comunicação social, nomeadamente a imprensa e televisão, ressaltavam os cartazes das localidades de Albufeira e Portimão.
A primeira organizou quatro dias de folia,
repartidos pela actuação de alguns dos nomes mais sonantes do actual panorama musical nacional e internacional: Mundo Secreto,
Da Weasel, Pedro Abrunhosa, David Fonseca e Bob Sinclair, no dia 31 de Dezembro. Em
conjunto com o fogo-de-artifício, Albufeira reunia todas as condições para ser um dos destinos mais concorridos do final do ano. O mediatismo dos músicos convidados neste concelho
afasta a atenção dos mais novos à oferta existente em Lagos.
Portimão apostou em forte nas festividades
que marcaram o final de ano durante sete dias.
O espectáculo piro musical constituiu o principal
pólo de atracção, tendo sido lançados um total
de 80 mil foguetes que se estenderam por cerca de 6 km. Passada a folia da última noite de
2007, a cidade abraçou o Festival SolRir, entre o dia 1 e 4 de Janeiro, constituído pela participação de vários humoristas da nossa praça:
Raul Solnado, Fernando Mendes, Nilton, Óscar Branco, José Raposo, Carlos Areia, Cristina Areia, entre outros.
De acordo com o Jornal do Algarve do dia
29 de Novembro de 2007, a autarquia de Portimão esperava “mais de 300 mil [visitantes],
um número que deverá encher por completo as
ruas, os restaurantes e as unidades hoteleiras”.
Lagos, esteve muito longe de seguir a previsão
da sua congénere portimonense face a um programa qualitativa e quantitativamente pouco
atractivo, mantendo-se à sua margem.
Ao contrário das oportunidades musicais
que a nossa cidade nos costuma brindar, em
datas especiais como o 25 de Abril, a festa do
banho 29 e com realce para o dia do município,
com a actuação do grupo Delfins, o novo ano foi
celebrado com menor apoteose musical.
Deseja-se que a versátil programação cultural que a nossa cidade nos oferece ao longo
do ano, seja também nesta altura um motivo de
orgulho a fim de ser catapultada para o nível
a que outras cidades algarvias nos têm habituado. Os habitantes e veraneantes merecem
mais... Não permitamos que Lagos continue a
ser “ofuscada” pela cidade de Portimão.
Uma outra perspectiva
Venda de Rua
• Oli Fernandes
Quando falamos de venda ambulante, falamos de um tipo de comércio que é realizado em
diferentes locais e em dias alternados. Existe portanto a venda de rua, que é realizada de uma forma permanente e continua sempre no mesmo local de trabalho, e existe então a dita venda ambulante que é realizada num sistema nómada. Estes
dois tipos de trabalho são parecidos, e de alguma
forma estão interligados; mas existe uma grande
diferença entre ambos. O que se está passando
neste momento em alguns municípios é a falta
de entendimento em relação a estas diferenças,
existindo municípios que não sabem respeitar o
trabalho de rua que é realizado de uma forma séria e constante tal como outra qualquer actividade
económica estabelecida no concelho. Não é pelo
facto de alguém trabalhar na rua, que vai descriminar e desvalorizar a sua actividade como trabalhador. É importante sim, que sejam providenciadas condições laborais para que os trabalhadores de rua tenham condições dignas de exercer a sua profissão. Portugal, sendo um país de
grandes tradições turísticas, é normal que vejamos espalhado por todo o país este tipo de actividade comercial ligada ao turismo, que é a venda e trabalho nas ruas. Seja nas praias, seja no
turismo rural ou nas cidades é normal encontrar
trabalhadores de rua a vender fruta, mel, vestuário, artigos de praia, bilhetes para todo tipo de
actividades lúdicas, chapéus, gelados, artesanato e muitas outras coisas que poderíamos aqui
mencionar. Perante este facto, alguns responsáveis municipais pensam que o melhor seria acabar com o trabalho de rua ou então colocar esses
mesmos trabalhadores numa localização geográfica onde a sua presença não fosse visível aos
olhos de todos os que visitassem a cidade. Será
preciso relembrar aos nossos governantes que
esses mesmos trabalhadores de rua, têm família
e orçamentos de despesa? Será preciso relembrar que cada vendedor de rua é menos um elemento inscrito no centro de desemprego? Será
preciso relembrar a velha máxima popular que diz
que é melhor trabalhar que roubar? É claro que
a melhor hipótese não é acabar com o trabalho
de rua nem sequer levá-lo à exterminação com
politicas de recolocação geográfica onde nem os
turistas nem os vendedores têm hipótese de comercializar entre si os produtos característicos de
uma região que vive virada para o turismo. A única hipótese de melhorar esta situação, é os políticos e administradores municipais entenderem
e respeitarem todos os cidadãos de uma forma
igual, dando e criando condições laborais para a
existência de uma venda de rua organizada, bonita, asseada e profissional onde todos tenham
orgulho de representar o seu município através
das diferentes funções e actividades. Para isso
também será necessário uma estreita e forte colaboração por parte daqueles que trabalham na
rua com vista a melhorar o meio social e laboral
de todas aquelas cidades que estão viradas para
a indústria do turismo.
Janeiro de 2008
38 N OTÍCIAS DE LAGOS
Protocolo de cooperação contribui para uma mais célere recuperação dos utentes
CHBA e UALG unidos pela ortoprotesia
Palavras com Psicologia
Psicólogos, psiquiatras
e outros “psis”
• Helena Correia, Psicóloga e Professora Universitária
Decorreu, no passado dia 13 de
Dezembro de 2007, a assinatura de
um protocolo entre o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA,
EPE) e a Universidade do Algarve.
O acordo celebrado entre as pessoas do Director Clínico da Instituição Hospitalar, Dr. Pedro Quaresma e os Presidentes dos Conselhos
Directivos das Escolas: Superior de
Saúde de Faro (ESSaF), Prof.ª Nídia
Brás e Escola Superior de Tecnologia (EST), Prof. Francisco Calhau
abrange uma cooperação no âmbito
do curso da Licenciatura Bi-Etápica
de Ortoprotesia.
Neste acordo o CHBA, mais es-
pecificamente, o Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, compromete-se a ceder para as aulas práticas do curso supra mencionado, próteses e/ou componentes e equipamentos usados recolhidos pela Instituição aos utentes que decidam efectuar a doação.
O material cedido será utilizado durante as aulas práticas de Ortoprotesia que se destinarão a torná-lo “reutilizável” para outros utentes que dele necessitem, nomeadamente na concepção de próteses
provisórias.
Os equipamentos de carácter
temporário serão utilizados pelos
doentes durante o período de espera pela prótese ou equipamento definitivo. Num acordo que não representa contrapartidas financeiras para
nenhum dos envolvidos, os ganhos
em saúde são visíveis, uma vez será
mais célere o início do restabelecimento e adaptação do doente.
Apela-se a todos os membros da
comunidade que tenham em casa
próteses/ equipamentos/ componentes inutilizados (as) (até mesmo com
pequenas avarias) e que estejam interessados em dar o seu contributo,
para os entregarem junto do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do CHBA.
Centros de Saúde do Algarve
melhoram o seu desempenho em 2007
No ano de 2007, os Centros de
Saúde do Algarve realizaram 1.347.672
atendimentos dos quais 944.539 consultas programadas, mais 25.062 (2.7%)
consultas do que em 2006, destas
274.600 foram primeiras consultas o
que significa uma melhoria na taxa de
utilização cerca de 1%, isto é 65.1% da
população residente utilizou os Centros
de Saúde no ano de 2007.
No que se refere aos atendimentos em Consulta Aberta/SAP dos Centros de Saúde do Algarve verificou-se
um total de 403.133 consultas, menos 7.7% do que os atendimentos realizados em 2006, demonstrando assim que a reorganização da maioria
dos SAP, que não serão requalificados
em Serviços de Urgência Básicos em
2008, iniciada em 2006 transformando-os em consultas abertas de atendimento complementar para os pacientes com doença aguda ou com médico de família ausente, demonstrando
os benefícios esperados com a reorganização, assim em 2007 obtiveramse mais consultas programadas e me-
nos consultas de atendimento complementar/SAP.
Nos SAP dos Centros de Saúde
que funcionam 24 horas situados nas
áreas de maior sazonalidade e procura
turística, Albufeira, Loulé e Vila Real de
Santo António, registaram-se 169.320
atendimentos apenas mais 2.471 consultas do que em 2006 e menos 35.302
do que em 2005 ano em que se tinham
registado nos SAP de 24 horas 204.622
atendimentos.
Estes resultados verificados nos
atendimentos efectuados nos SAP/Consulta Aberta dos Centros de Saúde da
área de referência do Hospital de Faro
associados aos resultados verificados
no ano de 2007 na Urgência Geral do
Hospital de Faro, desmentem qualquer
associação entre a reorganização da
actividade dos SAP e a requalificação
da rede de urgências com as circunstâncias vividas na Urgência do Hospital
de Faro nas últimas semanas.
Ano novo, vida nova… e novas leituras! Este espaço no Notícias de Lagos pretende informar e esclarecer os
leitores, de forma simples, clara e acessível, sobre algumas das questões tratadas pela Psicologia, enquanto ciência do comportamento humano. Espera-se que o leitor daqui retire uma
maior compreensão sobre temas que
compõem a actualidade e que a todos
dizem respeito, tais como: depressão,
fobias, dislexia, hiperactividade, sobredotação, comportamento alimentar, agressividade, doença mental. Enfim, estes são apenas alguns dos assuntos sobre os quais poderá ler em
“Palavras com Psicologia”.
Verifica-se uma procura cada vez
maior de profissionais da área da saúde mental ou psicológica – psicólogos,
psiquiatras e outros “Psis”. Numa época em que a Psicologia ganha terreno
e perde preconceitos, importa clarificar
dentro da amálgama de técnicos e serviços, quem faz o quê.
Afinal qual a diferença entre um
psicólogo e um psiquiatra?
Pois bem, a principal diferença
entre estes técnicos está na formação académica. O psiquiatra é médico e, portanto, tem uma visão médica sobre os problemas do foro mental. Geralmente prescreve medicamentos em resposta aos sintomas do paciente, pois parte do princípio que na
origem desses sintomas está um desequilíbrio de certas substâncias químicas no cérebro. Os antidepressivos
são um exemplo de psicofármacos,
cuja função é promover o reequilíbrio
dessas substâncias.
Já o psicólogo possui uma licenciatura em Psicologia, não é médico,
mas sim um especialista que estabelece com as pessoas que o procuram
uma relação de ajuda, sem intervenção farmacológica. Neste caso, acredita-se que os problemas do foro psicológico dependem de variados factores (além dos genéticos e neurológicos), tais como a história de desenvolvimento do indivíduo desde a infância,
a vida familiar, afectiva e social, acontecimentos traumáticos e a personalidade, ou seja, a forma habitual que cada
um tem de pensar, de sentir e de reagir às situações e aos outros.
Se por outro lado já passou por alguma placa a dizer “psicoterapeuta”,
poderá ter ficado ainda mais confuso…
Pois não se deixe enganar! Estes são
profissionais mais especializados, já
que podem ser psiquiatras ou psicólogos, mas frequentaram uma formação
adicional de cerca de 4 anos, em psicoterapia, ficando depois habilitados a
exercer psicoterapia comportamental,
psicoterapia familiar sistémica ou psicanálise, entre outras.
E quando é indicado consultar um
Psicólogo?
Quando queremos projectar uma
casa recorremos a um arquitecto, se temos um problema jurídico consultamos
um advogado, muitas vezes precisamos de um contabilista. Pois é a mesma lógica que nos deve levar a uma
consulta de psicologia - se os nossos
comportamentos, pensamentos ou sentimentos se transformam num problema
que nos impede de viver plenamente,
e que não conseguimos resolver sozinhos ou com a ajuda dos que nos estão
mais próximos. Mas há também quem
se dirija a um psicólogo com vista a um
maior crescimento pessoal.
A intervenção psicológica procura ajudar as pessoas a conheceremse melhor a si próprias, a desenvolverem competências e estratégias para
resolver conflitos, tomar decisões, enfrentar situações e pessoas, e a combater o sofrimento psicológico, melhorando a qualidade de vida.
Existem diversos tipos de intervenção psicológica, que é como quem diz,
muitos psicólogos de áreas diferentes,
das quais se destacam três: educacional, organizacional e clínica.
Um psicólogo educacional é aquele que trabalha em escolas ou ligado a
elas, ajudando as crianças, os jovens,
as suas famílias e a comunidade escolar no que toca a questões relacionadas com a aprendizagem e o sucesso
educativo, ou com a orientação escolar
e profissional. O psicólogo organizacional é aquele que trabalha em contexto
empresarial e que se ocupa de questões relacionadas com a produtividade
dos indivíduos nas organizações. Faz
selecção e recrutamento de pessoal e
ajuda a gerir as carreiras dos colaboradores nessa organização. O psicólogo clínico é geralmente aquele que encontramos a trabalhar no nosso centro
de saúde local, no hospital ou em clínicas, prestando ajuda no domínio da
saúde mental.
Feitas as devidas distinções, atenção, pois apesar de diferentes, as abordagens psicológica e psiquiátrica não
são incompatíveis. Uma pessoa pode
manter sessões semanais de acompanhamento psicológico e recorrer a uma
consulta da especialidade de psiquiatria, mais espaçada no tempo, estando ambos os técnicos a colaborar para
o bem-estar psicológico e saúde mental da pessoa.
Janeiro de 2008
O NL parte para nova aventura informativa, sempre ao encontro dos desejos dos leitores. Nada
melhor que espreitar e partilhar a
animação nocturna, divulgando locais de diversão, caras bonitas e
famosas da nossa praça.
São muitos e bons os locais de
diversão em Lagos para passar longas e mágicas noites. Tentaremos ir
a todos, mas naturalmente que existem uns mais mediáticos e frequentados que outros onde param beldades e gente ilustre..
Neste primeiro percurso nocturno, fomos até ao Xpreitaqui e logicamente ao Néctar, para fazer tempo
até que chegasse a hora da inauguração do Dux que vem assim substituir o RGB (antigo, histórico e famoso Phenix).
N OTÍCIAS DE LAGOS
Foi no dia 23 que o Dux Bar Disco abriu as portas para a festa. Uma
noite inesquecível com os DJs residentes Petethazouk, Kingbizz e Pedro Tabuada bem com os convidados de calibre Carlos Manaça, Miss
Sheila, entre outros...
Depois das noites memoráveis
criadas em Faro, o Dux reabre as portas agora em Lagos para reeditar o
sucesso, com uma boa escolha musical e o ambiente seleccionado que
é apanágio da sua gerência.
Passagem de ano ao rubro
A segunda viagem nocturna teve
lugar inevitavelmente na passagem
de ano. Após olhares atentos pelos
fogos de artifício de Lagos e Porti-
mão na Avenida dos Descobrimentos, viagem obrigatória pela Praça
do Infante completamente cheia ao
som do DJ de serviço. O percurso levou-nos ao Lionheart com um excelente ambiente, seguindo-se o carismático Mullens atestado de gente a
dançar em cima das mesas num ambiente de louca animação.
E para acabar em beleza, nada
melhor que dar uma vista de olhos
ao Dux com música dos anos 70 e
80. E entre gerações num fantástico
convívio com os cinquentões e miúdos de 12 anos, toca a dançar até
aguentar, pois com tão boa selecção
musical só o cansaço podia travar
os frenéticos dançarinos.
Um local que sugerimos para
“aquecer” ainda mais as suas noites.
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