ASSIM Saúde

Transcrição

ASSIM Saúde
Especial
25 anos
Revista do Grupo H o s p i t a l a r d o R i o d e J a n e i r o - E d i ç ã o # 1
ASSIM Saúde
A empresa que tem o jeito de ser
do carioca completa 25 anos,
cuidando da saúde do Rio
Células-tronco •
Longevidade • Hábitos Saudáveis
Entrevista: Dr. Aziz Chidid Neto
ASSIMSAÚDE25ANOS
Índice
Palavra do Presidente
Entrevista
A criação do Grupo
Diretoria
Gestão
Tecnologia da informação
Marketing
Comercial / Pós-venda
Ouvidoria
Jurídico
Setores da empresa
Desempenho
Special Life
Diferenciais Assim
Patrocínios
Dr. Assim
Previ-Rio
Hospitais fundadores
Rede própria
Células-tronco
Enfermidades
Saúde mental
Longevidade
Hábitos saudáveis
Poluição
Opinião
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Expediente
Revista Assim Saúde
Revista Assim Saúde é uma publicação do Grupo Hospitalar do Rio de
Janeiro Ltda, sob a responsabilidade do Departamento de Marketing
Responsáveis: Nelson Teles e Paulo de Tarso
Contato: [email protected]
Tiragem: 15.000 exemplares
Distribuição: gratuita
Coordenação: B4 Editora
Edição: B4 Editora
Projeto Gráfico: B4 Editora
Razão Social: GRUPO HOSPITALAR DO RIO DE JANEIRO LTDA
CNPJ: 31.925.548/0001-76
IM: 0019998-2
IE : isento
Rua da Lapa, 40 - Centro
Rio de Janeiro – RJ – Cep: 20.021-180
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Palavra do Presidente
O Rio é assim:
a) maravilhoso
b) sensacional
c) inesquecível
d) extraordinário
e) todas as respostas acima
e VOCÊ, É ASSIM?
ASSIMSAÚDE25ANOS
A experiência e
a solidez do Assim
Ao completarmos 25 anos de nossa fundação, o fazemos com
sabor de vitória.
Nossa empresa ASSIM Saúde, com o inovador modelo de
gestão, vem crescendo de forma sólida e contínua e, por esse
motivo, fazemos questão de comemorar oferecendo ao público
esta edição especial, na qual contamos um pouco de nossa
história, que teve início com a coragem de um grupo de médicos
que, nos anos 80, se uniu para sua criação.
Hoje, fortalecidos pela gestão eficiente, somos uma empresa de
vanguarda cujas ações voltadas à prevenção são incentivadas e
permanentes.
Possuímos a maior rede própria de hospitais, estrategicamente
localizados no Rio de Janeiro, e temos o prazer de convidar a
todos os clientes e parceiros para conhecerem nossa estrutura.
Em meio às comemorações por nosso aniversário, um personagem ganha vida nas campanhas publicitárias. É o Dr. ASSIM,
que chega com a missão de transmitir, através de “dicas de
saúde”, nossa mensagem principal: “Prevenir é mais fácil, dói
menos e é mais barato.”
Imbuídos com a certeza de que a prevenção da saúde garante
a qualidade de vida, nós do ASSIM Saúde estamos lançando
o plano de saúde ASSIM CONCEPT, cuja finalidade é levar à
população o conceito de saúde que valoriza os hábitos saudáveis
como a prática de exercícios, alimentação balanceada, restrição
do consumo de bebidas alcoólicas e a eliminação do tabagismo,
associados à utilização consciente e racional do plano de saúde
para diagnóstico e tratamento.
Nossa sede está localizada na Rua da Lapa, 40, e nosso site é
www.assimsaude.com.br, através do qual a população poderá
navegar para obter informações úteis e conhecer cada setor da
empresa com suas respectivas atuações.
25 ANOS COM SAÚDE
Aziz Chidid Neto
Presidente do Conselho de Administração
Grupo Assim
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Entrevista
ASSIMSAÚDE25ANOS
A maior rede própria
de hospitais da
América Latina
Vinte e cinco anos depois que um grupo de médicos, donos de hospitais no Rio de Janeiro, se uniu
para fundar uma empresa de medicina de grupo,
o Assim ostenta números que não deixam dúvidas
sobre o acerto da decisão, tomada num momento
em que o país se encontrava mergulhado numa
inflação sem precedentes na história. Hoje, a expansão média do Grupo tem sido de 30% ao ano,
um resultado bem acima do observado por outras
empresas do setor. No ano passado, o Grupo adquiriu uma empresa com dois hospitais e 14 centros
médicos e hoje tem a maior rede própria de hospitais da América Latina. “Nosso objetivo é continuar
crescendo com qualidade. Por isso, inauguramos
em março a Universidade Corporativa Memorial,
para formar mão de obra para o mercado”, diz Aziz
Chidid Neto, presidente do Grupo Memorial, que
detém o controle acionário do Assim.
Gostaria que o senhor traçasse um paralelo entre
os tempos atuais e a época de criação do Assim,
do ponto de vista político e econômico.
Entrevista
DR. AZIZ CHIDID NETO
São dois momentos muitos diferentes – e a grande
diferença foi a criação da Agência Nacional da Saúde
(ANS), pois há 25 anos, quando o Assim foi criado, não
existia uma regulamentação para o setor de saúde, que
veio há cerca de 14 anos e mudou tudo. Houve necessidade de uma maior profissionalização das empresas e de
implantação de vários novos processos e procedimentos. Aquela era uma época mais romântica. A qualidade
médica era tão boa quanto hoje, assim como a relação
entre médicos e pacientes, mas a área de tecnologia
avançou muito. Por conta da regulamentação, o setor
mudou muito, principalmente os processos de gestão
das operadoras de saúde. Hoje é um momento muito
mais difícil, mas trabalhamos para cumprir fielmente
todas as exigências.
O Brasil vivia um processo altamente inflacionário
naquela época, mais de 1000% ao ano. Qual a
dificuldade de se gerenciar uma empresa neste
cenário?
Havia uma facilidade maior na época da inflação alta,
por incrível que pareça. Hoje o índice é muito baixo
– em torno de 6% ou 7% ao ano –, mas a inflação
médica (custos com equipamentos, procedimentos e
tecnologia) tem sido de 14% a 15% ao ano, em média,
e os reajustes que as operadoras de saúde são autorizadas
a fazer não são suficientes para financiar a saúde com a
qualidade necessária. Para se ter uma ideia da defasagem,
enquanto o piso salarial subiu 421,70%, no acumulado
de 1998 a 2012, e o salário mínimo nacional foi corrigido
em 398%, neste período, o reajuste das operadoras foi de
170%. O governo determina o reajuste das operadoras com
base na política que considera adequada, levando-se em
conta a inflação de um modo geral. Mas os preços na
área médica sobem muito acima dos índices autorizados, em função dos novos procedimentos inseridos nos
atendimentos, dos novos equipamentos e das novas
tecnologias.
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Como é possível administrar uma empresa com
esta diferença de correção nos preços?
elas e tratá-las da mesma forma, cuidando da
saúde das pessoas.
Eu diria que é quase impossível. Nós procuramos
compensar esta diferença com a venda de novos
planos, que corrigem as distorções dos planos mais
antigos.
Os negócios da empresa foram impactados de
alguma forma pela ascensão de uma parcela da
população brasileira, a chamada nova classe média?
A expansão média do Grupo Assim nos últimos
anos tem sido bem acima da observada pelas demais empresas de medicina de grupo, chegando
à casa dos 30% ou 35% anuais. Como a empresa
obtém este resultado num cenário tão difícil?
Isto se deve a algumas estratégias pontuais que adotamos para aumentar a base de clientes. Ampliamos a
carteira de 200 mil para 300 mil vidas seguradas
e esse resultado oxigenou a empresa, que agora entra
num ritmo mais natural de crescimento. O grande
diferencial do Assim é ter a maior rede própria de
hospitais da América Latina. São 50 unidades, todas
localizadas no Rio de Janeiro. Prestação de serviços
de saúde se faz com hospitais, com clínicas e com
corpo médico – e temos uma estrutura própria capaz
de atender o cliente numa simples consulta, mas também em atendimentos de alta complexidade médica,
como cirurgias cardíacas, neurocirurgia ou em qualquer
outra especialidade. E, além da rede própria, temos
uma rede de credenciados. É importante frisar: somos a
maior rede própria de hospitais da América Latina.
E essa rede cobre todo o município do Rio de
Janeiro?
Nossa rede de hospitais cobre toda a capital e Grande
Rio: Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Olaria,
Tijuca, Botafogo e Niterói... O Assim está presente na
zona Sul, zona Norte e zona Oeste, ou seja, em todo
o município essa rede é que torna a Assim uma empresa diferenciada. E todos são hospitais tradicionais,
que estão no mercado há muitos anos.
“Temos uma
estrutura própria
capaz de atender
o cliente numa
simples consulta,
mas também em
atendimentos de
alta complexidade
médica, como
cirurgias cardíacas,
neurocirurgia ou
em qualquer outra
especialidade”
Não, porque esta é uma questão cultural. O crescimento
do número de pessoas que contam com planos de
saúde, informado pela ANS, pode não corresponder à
realidade, na minha avaliação. Houve crescimento sim,
mas muito abaixo do esperado. As operadoras de telefonia móvel, por exemplo, cresceram a taxas estrondosas.
Há pelo menos um aparelho celular para cada habitante
hoje no país. Mas o setor de Saúde tem sua responsabilidade nisso, porque não soube passar uma mensagem
para o cliente informando sobre a importância de se
ter um plano, de se cuidar da saúde preventivamente.
Esse é o nosso papel: conscientizar as pessoas a focar na
prevenção.
“O governo determina o
reajuste das operadoras
com base na política que
considera adequada, levando-se em conta a inflação
de um modo geral. Mas
os preços na área médica
sobem muito acima dos
índices autorizados”
O que foi determinante para o grupo de 16
médicos se unirem e formar o Assim, há 25 anos?
O que motivou essa junção foi o desejo de responder
por uma parcela do mercado de Saúde. Entendemos
que já prestávamos serviços para as operadoras de
planos de saúde, mas não tínhamos o nosso próprio
plano – e por que não ter uma operadora própria?
com o tempo, ganhamos uma expertise que não
tínhamos e aprendemos a fazer a gestão do negócio.
Os 16 sócios permaneceram unidos durante esses
anos todos e foi um bom negócio para todos nós. A
sociedade viabilizou o funcionamento e a manutenção de vários hospitais, reduziu a dependência que
tínhamos de outros planos de saúde e nos permitiu
ter nossos próprios clientes.
Qual é a média de sinistralidade do Grupo?
Hoje está em torno de 75%, bem abaixo da média do
mercado, que é de 85%. E, para garantir a cobertura
dos compromissos, os planos de saúde têm que ter
uma quantia em caixa estabelecida pela Agência
Nacional de Saúde – as chamadas reservas técnicas.
O Assim tem algum público como foco específico?
Não, nosso foco são todos os clientes do Rio de Janeiro. Um plano de saúde
não pode determinar classes sociais para atender, tem que atender a todas
“Com base em algumas
estratégias pontuais
adotadas pelo Grupo,
ampliamos a carteira
de 200 mil para 300 mil
vidas seguradas e esse
resultado oxigenou
a empresa, que agora
entra num ritmo natural
de crescimento”
Como a empresa se prepara para suportar este
crescimento, mantendo a qualidade?
Nós adquirimos no ano passado mais uma empresa, a
Rede Rio de Medicina, com dois hospitais e 14 centros
médicos, exatamente para preparar as empresas para
este crescimento que almejamos. Além disso, estamos
implantando um novo modelo de gestão nestas 16 unidades recém-adquiridas, para que elas possam operar da
forma que entendemos como a melhor e mais adequada.
Qual foi o acontecimento de maior impacto para o
setor nos últimos anos?
Foi há cerca de 30 anos, quando começaram a surgir as
primeiras operadoras de planos de saúde. Naquela época
não havia médicos credenciados, todos tinham seus
consultórios particulares. Quando os primeiros planos
chegaram ao mercado, em pouco tempo todos os pacientes passaram a trabalhar com os médicos conveniados
e os consultórios particulares ficaram vazios.
Quais são seus planos para o futuro do Grupo?
Continuar crescendo e primar pela qualidade, sempre.
Nós inauguramos em março a primeira turma para a
Universidade Corporativa do Grupo Memorial, com
dois cursos: gestão de hospitais e clínicas, com dois
módulos (administrativo-financeiro e médico); e gestão
de planos e de operadoras de saúde, com três módulos
(administrativo-financeiro, médico e comercial). Queremos
formar mão de obra para o mercado para crescer com
qualidade. Este é meu projeto.
Se pudesse dividir seu tempo por ordem de importância na sua vida, o senhor diria que quantas
horas por dia é médico, quantas é empresário e
quantas é motociclista?
Eu não deixo nunca de ser médico, mesmo sendo
empresário. Está na veia esta responsabilidade e sou
médico 24 horas por dia. Empresário eu sou umas dez
horas por dia; e motociclista eu estou longe de ser o que
eu gostaria. Já fui 14 vezes de motocicleta aos Andes,
viajei por vários países andinos, e queria ter mais tempo
para voltar lá, o que eu planejo fazer em outubro. Este é
meu sonho, ter tempo para o meu hobby.
7
A criação do Grupo
ASSIMSAÚDE25ANOS
Quando
a união faz
história
Alfredo Machado médico: “Foram 16
estranhos que
se interessaram por
uma sociedade
que frutificou
e resultou
enriquecedora
para todos”
Um grupo de médicos visionários
reuniu 16 das principais casas
de saúde da cidade, há 25 anos,
para formar uma empresa de
medicina de grupo.
No final da década de 1980, o Brasil atravessava uma turbulência
econômica sem precedentes, que levou a inflação a bater a casa
dos quatro dígitos anuais, chegando a 1.782%, em 1989, um
recorde histórico. No campo político, o país vivia um período
de transição para a democracia, depois de ter sido submetido
a uma ditadura militar por quase 30 anos. O povo brasileiro se
preparava para eleger o novo presidente da República pelo voto
– pleito que não ocorria desde 1960 –, e o Congresso Nacional
dava os últimos retoques nos trabalhos da Assembleia Nacional
Constituinte, eleita em 1986 para escrever a nova Carta Magna,
promulgada em 1988.
A Constituição de 1988 aprovara a Saúde como direito social
universal, derivado do exercício da cidadania plena e não mais
como direitos previdenciários. O instrumento utilizado para
atingir o objetivo previsto no texto constitucional foi a criação
de um Sistema Único de Saúde, com comando único em cada
esfera de governo e integração das políticas sanitárias na seguridade social.
Quando as medidas enunciadas pela Constituição começaram
a ser colocadas em prática, abriu-se uma série de disputas em
torno do espaço destinado aos setores público e privado na
prestação de serviços da Saúde. O cenário levou um grupo de
clínicas, casas de saúde e hospitais privados a organizar-se em
torno da Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro, para garantir a continuidade de grandes e tradicionais instituições do setor.
Um número crescente de partidos e parlamentares defendia
a estatização definitiva dos serviços de Saúde, inspirados nas
experiências de países como o Reino Unido, a França e a Alemanha, ignorando as diferenças de poderio
econômico entre as nações. Não bastassem as dificuldades no
plano político-institucional, os hospitais privados tinham que
combater a inflação e a corrosão provocada pela alta constante
dos preços no caixa das sociedades beneficentes e instituições
mantenedoras.
A Organização
Mundial da
Saúde (OMS)
estabelece
5,5 consultas
por ano como
uma média
adequada por
paciente, mas,
em muitos casos
individuais, este
número supera
a casa dos 40.
Os pagamentos a médicos e profissionais de saúde eram indexados pela
inflação, numa corrida infrutífera para
quem recebia e desgastante para quem
pagava. Na outra ponta, as empresas
de medicina de grupo se multiplicavam
num ambiente sem regulação adequada,
recebendo dos clientes à vista e pagando
hospitais e clínicas a prazo. Diferença
letal para as unidades hospitalares, num
contexto em que a inflação mensal
chegou a superar 89%.
Neste contexto de efervescência
econômica e política, um grupo de 16
donos de hospitais privados do Rio de
Janeiro resolveu se unir para criar a Assim,
uma empresa de medicina de grupo,
que já nasceu como uma grande rede de
hospitais próprios. Um quarto de século
depois, não é difícil constatar como a
fé removeu montanhas de obstáculos
burocráticos, enfrentando turbulências
econômicas e desafios políticos.
O Grupo Assim, surgido no ímpeto
daquelas batalhas, consolidou-se: são 1,4
bilhão de consultas por ano, 50 unidades
hospitalares associadas, todas localizadas
no município do Rio de Janeiro, e 300
mil beneficiários – números que refletem
a força crescente do Assim, que hoje
controla a maior rede própria de hospitais da América Latina.
No momento em que a empresa de
medicina de grupo completa 25 anos de
atuação, o presidente de seu Conselho
8
de Administração, Aziz Chidid Neto,
mostra a força do Assim recorrendo a
alguns diferenciais de grande valor para
os clientes, como os programas de saúde
preventiva e o acesso on-line aos dados
sobre atendimentos.
A tecnologia foi eleita como uma grande
aliada do Grupo na busca por melhores
resultados. “Os softwares de controle
adotados pelo Assim nos permitem
desenvolver gráficos de análise gerencial,
que mostram a sinistralidade em cada
mês e nos 12 meses do ano. Dessa
forma, as empresas podem atuar sobre
as causas de aumento de absenteísmo e
da perda de produtividade”, exemplifica
o médico.
Segundo ele, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) estabelece 5,5 consultas
anuais como uma média adequada por
paciente, mas, em muitos casos
individuais, o número de consultas por
um único paciente chega a mais de 40
por ano aqui no Brasil. “Nosso acompanhamento gerencial é tão minucioso, tão
detalhista, que nos permite detectar
distorções. Os dados colhidos embasam
debates com os médicos e orientações
aos beneficiários”, informa Aziz Chidid.
Os resultados que o Grupo exibe hoje
em dia exigiram investimentos pesados
ao longo dos anos, com destaque para
a liberação de benefícios em prazos até
inferiores ao determinado pela Agência
Nacional de Saúde (ANS) e a estrutura
de atendimento, com Call Center 24
horas e uma Ouvidoria bem estabelecida.
Os investimentos em modernização
e ampliação do Grupo refletiram no
aumento da clientela e das receitas ostentadas no ano em que comemora 25 anos
de atuação. Mas Chidid Neto não se
esquece da forte pressão que os planos
de saúde exerciam sobre os hospitais
privados no turbulento final dos anos
1980, quando os pagamentos advindos
dos planos de saúde chegavam a representar mais de 90% do faturamento dos
hospitais.
Naquela época em que os resultados
eram corroídos pela inflação sem controle, as glosas – expediente pelo qual
os planos protelavam os pagamentos
aos prestadores de serviços por 60 a 90
dias – causavam forte impacto sobre o
caixa dos prestadores de serviço, fossem
consultórios individuais, clínicas ou
hospitais.
9
A criação do Grupo
ASSIMSAÚDE25ANOS
José Massoud
Salami médico: “A
Associação dos
Hospitais era
o estuário das
reclamações
dos gestores,
preocupados
com a melhoria
dos serviços e a
sobrevivência
das instituições”
A necessidade de uma resposta
a essa pressão reforçou a ideia de
união das 16 principais casas de saúde
da cidade para formar uma empresa
de medicina de grupo. Presidente da
Associação dos Hospitais do Rio de
Janeiro à época, Armando Amaral
destaca ideias presentes desde a
fundação e decisivas para o futuro
do Grupo, como o foco no mercado carioca e a garantia de relações
equilibradas com os prestadores
de serviços. “Queríamos – e ainda
queremos – uma empresa que pague
em dia, sem prazos que inviabilizem
o equilíbrio financeiro dos hospitais,
nossos parceiros”, exemplifica.
Por sua vez, a força da cidade
do Rio de Janeiro exigia presença nas
principais regiões da cidade e o Assim
contava com um hospital por bairro –
à exceção da Tijuca, que contava com
três unidades hospitalares. Faziam
parte do núcleo-fundador do Assim
os hospitais: Pan-americano, São
Victor e o SAMCI – Serviço de Atendimento Médico Cirúrgico Infantil,
referência na pediatria carioca.
Um dos fundadores do Assim
e dirigente do SAMCI, Alfredo
Machado se mostra admirado ao
constatar o sucesso da empresa de
medicina de grupo criada pelo grupo
de médicos, nem sempre conhecidos
entre si. “Foram 16 estranhos que
se entrosaram, numa sociedade que
frutificou e resultou enriquecedora
10
Armando
Amaral médico:
“Queríamos
uma empresa
que pagasse
em dia, sem
prazos que
inviabilizassem
o equilíbrio
financeiro
dos hospitais,
nossos
parceiros”
para todos”, constata, lembrando
que instituições de porte muito
distinto, como hospitais-líderes em
suas regiões – exemplos do Doutor
Balbino (Olaria) e da Clínica Ênio
Serra (Laranjeiras) –, e casas de saúde
que viviam seus primeiros desafios
– exemplo do Hospital Memorial
(Engenho de Dentro) –, uniram-se
para uma empreitada desafiadora.
O médico destaca o esforço
para harmonizar os interesses de cada
hospital e da empresa de medicina
de grupo surgida da união deles, que
precisava manter os custos sob controle e alongar o quanto possível os
desembolsos aos hospitais, próprios
ou credenciados. A estrutura criada
na época, com fatias rigorosamente
iguais de 6,25% para cada sócio,
aumentava ainda mais o desafio.
“Os maiores impunham seus termos,
com prazos de pagamento de 60
e 90 dias, os menores, sem maior
regulamentação, deixavam rombos
no mercado, naquele final dos anos
1980 e começo dos 1990,” lembra
Armando Amaral, primeiro presidente do Assim.
A quebra do Blue Cross, à época
uma das marcas fortes num mercado
ainda carente de regulamentação,
terminou sendo o impulso definitivo
para os sócios se decidirem pela criação do Assim. “Dos 20 convidados
originalmente, 16 se decidiram pela
adesão, garantindo cobertura em toda
a cidade já no primeiro momento”,
recorda Armando Amaral, que levou
para o Assim a experiência à frente
do White Cross.
O objetivo inicial que norteou a
criação do Assim era garantir aos hospitais um mínimo de movimento sem
glosas nem descredenciamentos, na
época ameaças comuns por parte dos
demais planos de saúde. “A Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro
era o estuário das reclamações dos
gestores, preocupados com a melhoria dos serviços e a sobrevivência das
instituições”, recorda José Massoud
Salami, diretor da Clínica Ênio Serra.
O médico lembra que o grupo do
Assim foi particularmente atuante
na Constituinte de 1988, em função
dos debates em torno das regras para
o Sistema Único de Saúde (SUS),
que ameaçavam inviabilizar de vez
os hospitais privados. “Até ocupar
galerias, com estudantes ou grevistas,
nós ocupamos. Nada mais natural,
portanto, que uma iniciativa focada
na criação de uma empresa de medicina de grupo diferente das demais
partisse do núcleo mais identificado
com a associação”, afirma.
Os funcionários dos hospitais
foram o primeiro público-alvo do
recém-criado Assim, que, em três
meses, alcançou a marca dos 2 mil associados. Mesmo depois de aposentados,
muitos destes funcionários permaneceram no plano, segundo Salami,
A força no Rio de
Janeiro exigia a
presença do Grupo
nas principais
regiões da cidade.
Dessa forma,
foi aberto um
hospital por
bairro, à exceção
da Tijuca, onde
havia três unidades
hospitalares.
O Grupo foi
particularmente
atuante na
Constituinte de
1988, quando
as regras em
discussão para o
Sistema Único
de Saúde (SUS)
ameaçavam
inviabilizar de
vez os hospitais
privados.
que se orgulha do fato de seus sogros,
no quadro da empresa até hoje, terem
sido os primeiros sócios (pessoas
físicas) do Assim. “O Plano Verde, no
qual eles ingressaram, existe até hoje,
com as devidas adaptações às novas
regras”, exemplifica.
Nessa reinvenção constante que
pontua a vida do Grupo ao longo
dos anos, o marco essencial foi a
criação da Agência Nacional de Saúde
(ANS) – responsável pela regulamentação do setor. Segundo Aziz Chidid
Neto, a regulação levou as empresas
a conviverem com uma padronização
de procedimentos maior e inspeções
constantes. “No nosso caso, temos
procurado estar sempre um passo à
frente. Nosso prazo de resposta em
benefícios é menor que o exigido pela
ANS”, compara.
Com o foco na agilidade de
atendimento, independentemente da
complexidade do exame, destacado por
Chidid Neto, foi possível estabelecer
metas ousadas de qualidade de serviço.
Desde antes que a ANS criasse a Notificação de Investigação Preliminar (NIP),
para formalizar os recursos dos clientes
contra os planos, a orientação no Assim
era buscar soluções satisfatórias para os
clientes, de modo a evitar pendências
administrativas ou judiciais.
Para José Massoud Salami,
a política da empresa de prezar a
proximidade da área de Gestão com
o cliente, particularmente no caso do
mercado corporativo, é um dos trunfos
do Assim para conseguir a agilidade que
pretende. Essa proximidade, traduzida
em iniciativas como a atualização on-line dos dados médicos da clientela de
cada empresa para os departamentos de
Recursos Humanos, encontra paralelos
na história do Assim, desde sua origem.
“Era comum que o presidente do
Assim – fosse quem fosse – visitasse
a empresa-cliente regularmente para,
nas reuniões com diretores, tomar o
pulso das questões”, recorda Massoud Salami. “Essa deferência fez
parte da relação do Assim com todos
os seus clientes, desde a primeira
conta corporativa conquistada, que
foi a da Ishikawajima. Depois vieram
a Mesbla, o Paes Mendonça, o
Carrefour e tantos outros”, enumera.
O foco regional no Grande Rio e
a grande concentração de pessoal qualificado e de equipamentos de primeira
linha – como 20 tomógrafos computadorizados só na rede própria – foram
decisivos para essa atenção diferenciada,
que recentemente favoreceu a conquista
das contas da Prefeitura do Rio e da
Comlurb (Companhia de Limpeza
Urbana), a maior empresa municipal do
Rio, que aumentou em 35% a clientela
do Assim no último ano.
A união entre hospitais de diferentes
portes e médicos de distintas especialidades resultou em uma empresa atenta
às necessidades dos prestadores de
serviço, como forma de assegurar
o melhor a seu público. Ao mesmo
tempo, as mudanças no quadro institucional foram submetendo a teste o
modelo de gestão baseado no voto
igualitário dos 16 sócios, qualquer que
fosse o seu peso fora da companhia.
José Massoud Salami, Alfredo
Machado e Armando Amaral convergem em seus relatos para a necessidade de uma estrutura de decisão
mais ágil como fator decisivo para a
mudança no controle acionário.
A adaptação ao marco regulatório
cada vez mais extenso, por vezes excessivo, e uma economia cada dia mais
ágil forçaram a consolidação de uma
liderança capaz de dinamizar a gestão.
Sob um comando unificado, traduzido
na maioria de capital, o Assim garante,
segundo alguns de seus mais destacados
fundadores, a rapidez de decisões necessária para um novo ciclo de sucesso.
A satisfação dos clientes e a admiração do público expressa em pesquisas
de opinião, o rápido crescimento do
número de clientes, e o aumento da
rentabilidade nos últimos três anos –
paralelamente à redução das queixas no
SAC e na Ouvidoria a níveis mínimos
– expressam bem a força das perspectivas abertas para o Grupo. “Nosso foco
agora é consolidar a Assim como um
das três maiores empresas de medicina
de grupo do Rio Janeiro, mercado que
é nossa origem”, prevê Aziz Chidid
Neto, sem conter o sorriso largo e o ar
confiante.
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Diretoria
ASSIMSAÚDE25ANOS
Douglas
Trindade:
“Sempre
que detectamos a
necessidade
de atrair e
reter bons
quadros, a
política de
salários e
benefícios
indiretos é
modificada.
O mercado
é dinâmico”
O Grupo é dividido
em quatro diretorias:
Administrativa, Financeira, Médica e de Negócios.
A área Médica, coração
da empresa, é maior.
Estrutura
verticalizada
e controles
sofisticados
A trajetória de 25 anos do Grupo Assim
coincide com o momento de crescente
profissionalização das empresas de medicina de grupo e de uma regulação mais rígida
da atividade. A maior é a área Médica com
234 funcionários, sendo o coração da
empresa, ao lado da Diretoria de Negócios.
A área Administrativa tem 170 empregados, a Financeira, 27, e a de Negócios, 57.
Nesse último caso, vale lembrar o grande
contingente de corretores, que não têm
vínculo empregatício – eles atuam como
pessoas jurídicas, mas prestam papel
importante no contato com os clientes,
particularmente as pessoas físicas. A
estrutura do Grupo é verticalizada, com 460
funcionários na sede. Nos hospitais e clínicas
da rede própria, atuam mais 860 colaboradores,
70% mulheres. O predomínio feminino é ainda
maior na área de Atendimento, que emprega
130 pessoas, e reflete-se em segmentos tradicionalmente associados à hegemonia masculina,
uma espécie de ‘Clube do Bolinha’.
Na Contabilidade (ligada à Diretoria
Financeira) – divisão que se orgulha de jamais
ter sido obrigada a republicar um demonstrativo financeiro sequer ao longo desses
25 anos –, são dez mulheres e dois homens.
Decano da área, com 22 anos de Assim, o
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chefe da Contabilidade, Vanderlei Mingozzi
Lopes, arrisca uma explicação: as mulheres
são mais detalhistas, organizadas e pacientes
e se adaptam melhor à rotina cansativa, de
esmero e cuidado, que a tarefa exige.
Diretor-administrativo desde março
deste ano, com uma passagem anterior de
quatro anos pelo cargo, Douglas Trindade
destaca o apoio ao investimento na compra de novas unidades de atendimento, em
Caxias, Bangu e Campo Grande, como uma
das principais tarefas da área que dirige. “Favorecer a melhoria dae atendimento, desenvolvendo ferramentas gerenciais adequadas, é
fundamental”, argumenta.
Trindade percebe nas empresas-clientes uma grande valorização das áreas de
Recursos Humanos, cujo perfil foi mudando: do antigo Departamento de Pessoal, focado nas rotinas burocráticas, ao
RH moderno, que prioriza a formação e
o treinamento dos profissionais, visando
à manutenção de talentos. “Para estimular
uma abordagem integrada, de promoção
da saúde, de ênfase na prevenção e centros
clínicos focados nessa política, adotamos
práticas semelhantes”, explica.
A retenção dos profissionais mais talentosos
e produtivos exige a atualização frequente dos
Planos de Cargos e Salários, com reenquadramentos regulares. “Estamos constantemente nos
avaliando em comparação ao mercado, com base
no trabalho de uma consultoria externa, e, sempre que detectamos a necessidade de atrair e reter
bons quadros, a política de salários e benefícios
indiretos é modificada. O mercado é dinâmico”,
constata Douglas Trindade.
Para evitar que o esforço de retenção de talentos
traga a desorganização das finanças, os gastos
correntes são objeto de severo controle e
permanente racionalização. Um bom exemplo
é o outsourcing de impressão – gerenciamento
das máquinas gráficas e impressoras por uma
empresa terceirizada há dez anos.
“Com isso, deixamos menos recursos
imobilizados em impressoras e gastos de manutenção, além de obter subsídios para tornar
a despesa mais racional, como o controle de
impressão por senha, que facilita a detecção
de abusos individuais no uso das máquinas”,
exemplifica.
O antigo Departamento
de Pessoal, focado
nas rotinas burocráticas,
foi substituído por
um RH moderno,
que prioriza a formação
e o treinamento dos
profissionais, visando à
manutenção de talentos.
A economia de recursos em áreas distintas
da atividade-fim, que é a manutenção da saúde,
permite investir mais nas prioridades do negócio.
É o caso dos links entre os centros médicos, a
central de atendimento e as unidades hospitalares. “Investimos no que há de melhor para evitar
esperas longas e nos antecipamos às exigências
da legislação vigente, em itens como marcação de
uma consulta, exames ou mesmo procedimentos
mais complexos, como uma cirurgia”, detalha.
As dez agências de Atendimento somam
60 empregados, cinco vezes mais do que o
número de funcionários do Cadastro, e cuidam
de segunda via de carteiras, boletos, autorizações
de exames e inclusão de dependentes. A rede de
atendimento externo é a maior do Rio. “Para as
famílias dos titulares e os idosos, essa capilaridade
da rede é uma tremenda ‘mão na roda’, pois evita
deslocamentos de grandes extensões”, conclui
Trindade.
Fábrica de Indicações: inteligência competitiva
A área Administrativa gerencia também a
‘Fábrica de Indicações’, serviço responsável por
prospectar clientes. O grupo percorre feiras,
congressos e encontros setoriais para identificar oportunidades de negócios, fazendo
um trabalho prévio ao da área Comercial. “É
uma espécie de inteligência competitiva, com
foco no mercado corporativo e levantamento
das necessidades do cliente potencial”, afirma
Douglas Trindade.
O trabalho da ‘Fábrica de Indicações’
articula-se também com o Cadastro, área
responsável pela aceitação do risco, a documentação da proposta e a elegibilidade (as
coberturas a serem oferecidas, com base no
risco maior ou menor de cada evento) da
empresa a ser coberta pelo plano de saúde.
A mudança de foco dos planos individuais
para o plano-empresa obrigou a uma série de
adaptações. Nos planos-empresas, é preciso
analisar o perfil e os ricos de uma comunidade maior num prazo menor, estabelecendo
parâmetros de acordo com o perfil de saúde
da população considerada, levando em conta
critérios que vão além da idade e dos hábitos
mais ou menos saudáveis de consumo. “O
ambiente de trabalho e a exposição a riscos
ambientais passam a influir num grupo bem
maior, de uma só vez”, exemplifica.
Desta forma, variáveis essenciais para a
sustentabilidade do negócio em médio prazo,
como a precificação e a rentabilidade, passam
a depender de análises mais detalhadas. “O
número de afastamentos por questões de
saúde, por exemplo, é um fator decisivo”, explica. O preço a ser cobrado da empresa e os
serviços a serem oferecidos aos empregados
dependem da confirmação e validação dos
dados oferecidos pela empresa.
“É uma conta de chegar, em que se
precisa fazer um acerto com o cliente e
convencê-lo da importância de uma política
de cobertura de riscos o mais abrangente
possível e de um preço realista e sustentável
com o tempo”, ensina. Assim, o investimento nos programas de apoio à decisão, com
softwares de controle melhorados e atualizados, passa a ser uma variável decisiva.
13
Gestão
Tecnologia da informação
Ferramenta
essencial para
o monitoramento
da saúde
Vanderlei
Mingozzi Lopes:
“O custo das
intervenções médicas
gera muitos conflitos,
e uma liderança com
foco claro no negócio,
conhecimento
técnico e rotina pesada
de trabalho faz toda a
diferença para arbitrar
disputas”
A confiabilidade
dos demonstrativos
financeiros é
essencial para uma
administração
cada vez mais
fundamentada
na exigência de
retorno do capital
investido.
A adoção dos programas mais usados em
gestão hospitalar em todo o mundo é
complementada por soluções desenvolvidas
internamente, adaptadas às necessidades locais.
O papel relevante
da saúde financeira
Nos primeiros tempos, a Contabilidade trabalhava com apenas três computadores e os cálculos complexos eram feitos manualmente.
Uma história de um quarto de século se
escreve com muito trabalho, esforço de equipe e
união entre dirigentes/fundadores e colaboradores
das mais diferentes funções – muitos deles, presentes à maioria dos momentos mais importantes da
trajetória da empresa. Chefe da divisão responsável
pela atualização dos Demonstrativos Contábeis e
Financeiros do Assim, Vanderlei Mingozzi Lopes
participou, ao longo de seus 22 anos de casa, das
adaptações às normas cada dia mais detalhadas e exigentes impostas aos planos de saúde. Um trabalho
de grande relevância para o processo de modernização da gestão da empresa foi o relatório elaborado
pela consultoria externa KPMG, em 1992.
“A criação da Agência Nacional de Saúde, em
2000, foi um marco essencial, claro. Mesmo antes,
entretanto, já se convivia com a necessidade de publicar demonstrativos regulares, em bases semelhantes
aos das companhias de capital aberto e dos bancos,
por exemplo. E a ANS aumentou muito o rigor das
informações”, recorda Mingozzi Lopes.
A Agência tornou o trabalho da Contabilidade
ainda mais minucioso, semelhante ao do departamento contábil de uma companhia de seguros. “O
volume de trabalho cresceu muito: são guias de ISS,
INSS, IR e um questionário trimestral com um grau
de exigência comparável ao da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM)”, explica.
Nos primeiros tempos, a Contabilidade trabalhava
com apenas três computadores e os cálculos com14
ASSIMSAÚDE25ANOS
Adriana Martins:
“É possível
dispensar o contato
com atendentes e
agilizar o processo
para a maioria dos
procedimentos.
As exceções, por
envolverem maior
complexidade,
são ressonância
magnética nuclear,
tomografia e
cateterismo”
plexos eram feitos manualmente. Os pagamentos
eram datilografados, assim como os cheques para
pagamento aos prestadores de serviços. A área contábil passou a ter uma estrutura informatizada, mas
segue com uma operação extremamente cautelosa,
com limitação máxima ao uso do e-mail corporativo,
e as ordens de serviço seguem rigorosas exigências
de combate a vírus. “A segurança demanda algumas
negativas e é fundamental evitar dispersões na internet. Uma das formas de se evitar isso é dar tarefas
aos funcionários constantemente”, sustenta.
O acompanhamento rigoroso, do qual a saúde
financeira é um dos pré-requisitos, procura se antecipar aos problemas. Detectando dificuldades antes,
é mais fácil impedir que a situação crítica se esgarce.
‘Reter para crescer’ é um dos mandamentos de Mingozzi Lopes, que argumenta ser essencial manter os
associados e os prestadores de serviço satisfeitos.
“Um bom atendimento deve ser feito com simplicidade e velocidade, para facilitar a manutenção
dos clientes. O esforço de vendas deve gerar uma
contrapartida de retenção, de incentivo à fidelização,
para compensar eventuais saídas”, avalia.
Apaixonado pela área que abraçou, com 20
anos de experiência antes de atender a um anúncio
de jornal e candidatar-se à vaga na Contabilidade
do Assim, Mingozzi Lopes avalia que a abertura
econômica e o aumento da participação do capital
externo reforçaram o prestígio de sua atividade. “A
globalização exige que o técnico se inteire da lingua-
gem internacional, para chegar a um denominador
comum”, explica. Iniciado pelas empresas privatizadas, esse processo com o tempo se estendeu
a ramos antes praticamente exclusivos do capital
nacional, como os próprios planos de saúde.
A confiabilidade dos demonstrativos financeiros é essencial para uma administração cada vez
mais fundamentada na exigência de retorno do
capital investido. Daí a estruturação de serviços
especializados e a profissionalização crescente dos
gestores nos planos de saúde. A situação crítica que
afetou muitas empresas de medicina de grupo, logo
que a ANS passou a exigir reservas sólidas e uma
gestão de recursos mais conservadora, foi superada.
A rentabilidade evoluiu, o que permitiu o ajuste
adequado da grande maioria das empresas, mesmo
com a Agência interferindo frequentemente nos
reajustes dos planos individuais.
No caso do Assim, o comando único
estabelecido há três anos, com a afirmação de
uma clara maioria na estrutura acionária, acelerou a
recuperação da margem financeira. Mingozzi Lopes
explica que o envolvimento da Presidência, Aziz
Chidid Neto à frente, com as questões contábeis
facilita o entendimento com a área médica. “O
custo das intervenções médicas gera muitos
conflitos, e uma liderança com foco claro no
negócio, conhecimento técnico e rotina pesada
de trabalho faz toda a diferença para arbitrar
disputas”, argumenta.
O sistema de acompanhamento via web
dos principais indicadores de utilização dos serviços de saúde é um dos diferenciais do Grupo
Assim para os clientes empresariais. Os dados
de utilização dos serviços permitem identificar
os usuários mais frequentes entre os prestadores de serviços e os beneficiários. Com base nas
metas anuais de consultas, exames e internações, que levam em conta as recomendações
da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o
perfil do público a ser coberto em cada plano-empresa, o sistema permite a elaboração de
gráficos. A OMS recomenda uma média de 1,2
exame por consulta e 5,5 consultas por ano
como um patamar adequado.
A evolução das curvas de utilização, disponível on-line para os gestores das empresas,
facilita por sua vez o desenvolvimento de projetos de melhoria da saúde coletiva. A Gerência
de Medicina Empresarial, por exemplo, desenvolve ações nas empresas, como campanhas de
conscientização sobre hábitos saudáveis, a partir
das indicações dos gráficos sobre as doenças
mais relatadas pelos beneficiários em uma determinada empresa, ou um súbito aumento do
absenteísmo (faltas ao trabalho) acompanhado
do aumento do número de consultas.
Adriana Martins, gerente de Tecnologia da
Informação do Assim, que atua em TI desde
1999, explica que as ferramentas foram desenvolvidas internamente, de início com o objetivo
de fazer o acompanhamento gerencial do plano
de saúde. “Como dois terços dos clientes são de
planos empresariais, surgiu a ideia de disponibilizar os dados on-line para os gestores das empresas, de forma a permitir uma avaliação mais
ágil dos problemas de saúde e seus impactos na
produtividade e nas faltas ao trabalho”, explica.
Com base nos acessos ao sistema, é possível detectar de forma rápida internações mais
frequentes e mais longas do que a média, por
exemplo. “As internações hospitalares representam 60% a 70% das sinistralidades (desembolsos para cobertura dos custos médicos) e
proporção semelhante das receitas”, afirma a
gerente.
Os dados permitem monitorar a convergência para as metas de utilização propostas, cliente
a cliente. Na média, o número de consultas
está menor que o padrão (4,53 anuais, ante 5,5
preconizados pela OMS) e o de internações está
acima do desejável (0,2 por ano, ou uma a cada
cinco anos, ante 0,05 recomendados ou uma
a cada 20 anos, em média, por beneficiário).
O mesmo esforço de ajuste às metas deve ser
feito na relação consulta/exame (2,23, acima
do ideal de 1,5, ou três exames a cada duas
consultas) e nas terapias (0,23 ao ano, ou uma a
cada quatro anos em média, ante 0,15 recomendados, que equivale a uma a cada seis anos,
aproximadamente).
O sistema de autorizações on-line é outro
trunfo do Assim, graças ao trabalho da área de
TI. São dez mil autorizações por dia, em média,
entre consultas, exames e terapias. Os dados
sobre a cobertura de cada plano e os serviços
disponíveis para cada beneficiário são acessíveis
pela simples passagem da carteira magnética.
“É possível dispensar o contato com atendentes
e agilizar o processo para a maioria dos procedimentos. As exceções, por envolverem maior
complexidade, são ressonância magnética
nuclear, tomografia e cateterismo”, detalha.
O Assim dispõe de Programas da Intersystems, como o InMed Track, o mais usado em
apoio à gestão hospitalar em todo o mundo,
complementados por soluções desenvolvidas
internamente, adaptadas às necessidades locais.
A troca de servidores e de bancos de dados
é feita sempre que o volume de serviço pressiona a capacidade instalada. Uma parcela de
25% dos computadores é trocada a cada ano.
Desse modo, evita-se o risco de obsolescência
dos equipamentos. “Informática é uma ferramenta crítica para o setor. Investimentos em
segurança, em mecanismos contra invasão por
hackers e em controle de tentativas de fraude
são absolutamente vitais”, constata Adriana.
O padrão standard dos arquivos pelo
padrão TISS (Troca de Informações em Saúde
Suplementar) facilitou o trabalho dos prestadores de serviço, sejam departamentos de
hospitais ou consultórios individuais. O portal do
plano de saúde deve estar sempre preparado
para receber esses arquivos, o que agiliza buscas de dados e atualização de cadastros.
A expectativa dos gestores do Sistema Único
de Saúde (SUS) é de que se possa evoluir, o mais
breve possível, para um ‘prontuário eletrônico’,
em que as informações sobre a saúde e os
atendimentos clínico-hospitalares de uma pessoa
estejam disponíveis, com acesso padronizado e
on-line, a cada novo atendimento. “Isso é particularmente útil para portadores de doenças crônicas
e idosos”, alerta a gerente de TI.
Hoje, pelos sistemas do Assim, os médicos
têm acesso on-line a extratos de suas movimentações e os clientes conseguem comprovantes
de despesas para o Imposto de Renda, segunda
via de carteira e boleto, manual do usuário e
atualização de e-mail, sem precisar dirigir-se
às lojas físicas, limitadas às pendências mais
críticas, de resolução mais complexa.
15
Marketing
ASSIMSAÚDE25ANOS
Paulo de Tarso:
“O Ibope revelou
uma satisfação
de 76% dos
beneficiários
com os serviços
do plano, e uma
aprovação de 73%
entre o público em
geral. Sinal de que
nosso trabalho é
bem-visto”
Para consolidar sua
liderança no mercado
no Rio, o Grupo quer
tornar sua marca a
mais popular da
Região Metropolitana.
Ações de
comunicação
reforçam o amor
pela cidade
A ideia de unir, em uma empresa de
medicina de grupo, hospitais de diferentes regiões da cidade, com especialidades
distintas e culturas médicas e de gestão
foi uma reação à ofensiva dos planos de
saúde mais fortes pela verticalização. Mais
do que isso, foi um esforço para garantir
a manutenção da clientela e reafirmar os
princípios do respeito mútuo e do acesso
universal à Saúde. Gerente de Marketing do Assim, Paulo de Tarso identifica
ousadia e inovação nestas iniciativas,
características já observadas na criação da
empresa, há 25 anos.
Hoje, fortalecidos pela trajetória de um
quarto de século, esses valores continuam
norteando o trabalho cotidiano do
Assim e da área de Marketing do Grupo.
A ênfase na saúde dos moradores do
Rio, a condição de maior rede própria de
hospitais da América Latina e a identidade
forte da empresa e dos médicos que a
fundaram são pontos destacados em cada
detalhe da Comunicação do Grupo. “Não
por acaso, reafirmamos nosso amor pela
cidade no dia de seu aniversário. É a ênfase
no compromisso com a saúde da população,
16
mas também um reforço da marca, da
identidade e da imagem do Grupo com o
que elas têm de mais forte: o jeito de ser
do carioca”, afirma.
O pós-venda é parte fundamental
da estratégia de retenção e fidelização de
clientes – conforme determinam os mais
atualizados gurus do Marketing, como
Peter Drucker e Phillip Koetler –, que é
temperada ainda pela intuição e experiência daqueles que lidam diretamente com
os beneficiários. É um trabalho que não se
vincula apenas a questões comerciais, mas
também ao exame detalhado dos dados
de procura por atendimento, consultas e
procedimentos mais demandados pelos
beneficiários.
“Não queremos apenas saber se
o cliente está satisfeito ou não, mas
também acompanhar sua saúde, numa
concepção ampla de seu bem-estar, e
entender como estamos influenciando na
melhoria de seus hábitos de consumo”,
explica.
Com base nessa mesma concepção
abrangente e integradora, as datas internacionais vinculadas à Saúde são trabalhadas
com eventos especiais nas empresas que
concentram um grande número de beneficiários, como a sede da Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro, na Cidade Nova.
No Dia do Combate ao Fumo ou no Dia
Mundial da Hipertensão ou da Diabetes,
por exemplo, o Assim mobiliza equipe
médica, distribui brindes e folhetos em linguagem popular, com o objetivo de reforçar
a ideia de que prevenir é melhor do que
remediar.
O Grupo busca consolidar seu posicionamento de liderança no mercado do Rio.
Para isso, é preciso tornar a marca a mais
popular da Região Metropolitana e enfatizar
o foco em empresas locais, que partilhem
com o Assim o encanto pela cidade e seus
moradores. Pesquisas recentes revelaram
que essa escolha é sancionada pelo público,
que identificou o maior potencial de crescimento na marca Assim.
“O Ibope revelou uma satisfação de
76% dos beneficiários com os serviços do
plano, e uma aprovação de 73% entre o
público em geral. As pessoas que ainda
nem são clientes já simpatizam com a
marca. Sinal de que nosso trabalho é bem
visto”, festeja o gerente, acrescentando
que o planejamento do Grupo se tornará
mais agressivo para explorar a boa aceitação
da marca. “Ela tem mais força do que o
mercado imaginava”, avalia. O crescimento
registrado nos últimos três anos, que elevou
a carteira do Grupo para 320 mil beneficiários, superou a expectativa dos gestores
e exigiu uma série de ajustes, como o lançamento de serviços diferenciados, a adoção
de uma linguagem mais acessível para os
manuais e a adaptação da carteira de planos
às necessidades da clientela recém-conquistada. “O Grupo tinha 118 planos distintos,
agora são quatro tipos básicos, baseados
nas aspirações do mercado”, explica. Os
nomes seguem a política geral de enfatizar a
identificação com a cidade. Assim, o plano
da Comlurb é o ‘Carioca’ e o da Prefeitura
se chama ‘Rio Plus’. O esforço de popularizar a marca ainda mais se baseia também
em peças institucionais, sem vinculação
direta com os resultados comerciais. O
Doutor Assim, por exemplo, vai divulgar
boas práticas de Saúde, valorizar a prevenção, os bons hábitos. “O personagem não
tem o objetivo de vender plano, mas de
divulgar nossos valores e nossa atitude com
uma linguagem ética, informativa e
formativa. Comunicação eficaz se faz assim”, conclui.
17
Comercial / Pós-Venda
Comercial / Pós-Venda
ASSIMSAÚDE25ANOS
Carla
Cravo:
“O monitoramento inteligente
do uso dos
serviços permite
uma espécie de
defesa prévia,
minorando o
risco de danos
aos clientes e de
prejuízos aos
prestadores de
serviço”
Mercado corporativo
exige postura
competitiva e eficiência
O Grupo controla 50 unidades hospitalares entre as 189 que são associadas
ao Sindicato dos Hospitais e, por isso, tem uma agilidade no atendimento e uma
atenção para ajustar detalhes que não encontram paralelo nos planos que têm
uma estratégia geograficamente mais dispersa.
O setor Comercial atua com dois tipos de força de vendas: o canal interno e os
corretores. Vinculada à Diretoria Comercial, a Gerência de Pós-Venda prioriza o
atendimento aos departamentos de Recursos Humanos, que são a interface do
Grupo Assim com as empresas-clientes. O foco do trabalho é a manutenção da
carteira e, se possível, o aumento da base de beneficiários.
Segundo a gerente Carla Cravo, é preciso atender bem para manter a fidelidade
do cliente. “A manutenção da clientela conquistada é a razão de ser do nosso
trabalho”, explica ela, que há dez anos se formou em Direito pela UFRJ. Além
da experiência que acumulou como integrante da equipe de negociação do setor
Comercial do Grupo, a experiência prévia como advogada de outra operadora,
18
empenhada em processos judiciais e administrativos, ajuda muito no cumprimento da nova missão.
O Pós-Venda conta com 15 funcionários divididos por porte das empresas
e ramo de atividade. Seis atendem às empresas maiores, os ‘Pejotões’. Os demais
atendem às ‘Pejotinhas’.
Uma das principais tarefas do setor é o ‘cross-selling’ – ou a pesca no
aquário. A meta é ampliar a oferta de serviços odontológicos, de saúde ocupacional, de remoções e transferências. Outra atribuição é a elaboração de um perfil
detalhado da clientela, com a distribuição por sexo e faixa etária. “Com o tempo,
a maior ou menor utilização efetiva dos serviços, que é vinculada diretamente à
idade e ao estado de saúde dos beneficiários, permite calcular o reajuste. O processo tem que ser transparente, para facilitar o acordo entre o plano e a empresa.
Só assim é possível trazer os contratos de novo ao equilíbrio”, explica Carla.
O setor faz análises caso a caso, empregando critérios estratégicos e médicos,
e depois repassa as informações ao cadastro, finanças e liberação de benefícios.
“O objetivo é embasar um entendimento mutuamente vantajoso, que mostre ao
gestor de benefícios que o desequilíbrio nos contratos deixa as relações tensas”,
argumenta. Com base nesse raciocínio, são feitas concessões aos clientes, desde
que não afetem a rentabilidade do contrato.
As análises demandam modelos informatizados, como o Business Inteligence. Voltado para uma espécie de ‘inteligência de negócios’, o mecanismo
permite classificar os dados mais relevantes recebidos das empresas-clientes,
como a identificação dos usuários mais frequentes, os utilizadores crônicos ou
os prestadores de serviço (médicos ou terapeutas), que requerem exames muito
além da média. Dessa forma, o controle de custos pela gestão adequada passa a
ser entendido como uma prática eficaz – não apenas para baratear serviços, mas
para tornar os procedimentos médicos mais efetivos.
O aumento do número de empregos com carteira assinada – que ampliou a
clientela dos planos empresariais – e o aumento dos processos para responsabilização civil dos médicos tornam muito mais forte a pressão sobre os operadores
de planos de saúde. “O monitoramento inteligente do uso dos serviços permite
uma espécie de defesa prévia, minorando o risco de danos aos clientes e de
prejuízos aos prestadores de serviço”, afirma Carla.
Em trabalho coordenado com a Gerência Médico-Empresarial (Germed),
o setor de Pós-Venda atua para reduzir o número de consultas por meio de um
diagnóstico mais eficiente dos problemas que afetam uma coletividade determinada.
No caso das confecções, por exemplo, foram identificados fatores de risco
para Lesão por Esforço Repetitivo (LER) pelas costureiras. Trabalhando sentadas
e encurvadas a maior parte do tempo, essas profissionais ficavam sujeitas a
desvios de coluna, dores lombares e os decorrentes problemas ortopédicos e
musculares. “Intervalos na jornada e programas de ginástica laboral, de custo relativamente baixo, permitem diminuir os afastamentos por atestados e as consultas
médicas”, exemplifica.
Numa companhia desse ramo, a participação feminina no quadro de
servidores costuma ultrapassar os 70%. Assim, crescem de importância os
debates e orientações quanto a parto, doenças sexualmente transmissíveis
(DST) e planejamento familiar. A indicação de consultas regulares a ginecologistas e obstetras funciona para prevenir o agravamento de problemas que
são mais fáceis de controlar quando detectados precocemente. “São soluções
combinadas com cada empresa, que melhoram o bem-estar do corpo funcional e previnem a proliferação de atestados médicos. Analisando os dados
com rigor e cooperando com a empresa, é possível distinguir ignorância de
má-fé”.
O setor faz
análises caso
a caso,
empregando
critérios
estratégicos
e médicos,
e depois
repassa as
informações
a outras áreas
do Grupo.
19
Ouvidoria
ASSIMSAÚDE25ANOS
Marcia Costa:
“Somos um canal de
relacionamento direto
com cliente, dotado de
autonomia para ouvir e
investigar denúncias e
reclamações, como uma
instância à parte. Temos
que ser identificados
como um símbolo
de independência,
isenção e ética”
As análises
das queixas
são repassadas
ao Departamento
Jurídico,
que resolve
pendências
judiciais e
administrativas.
Aeficácia na
resolução de
conflitos
O foco do trabalho da Ouvidoria do Grupo
Assim é encontrar soluções satisfatórias para os
clientes, de forma a reduzir o número de queixas
dos beneficiários na Agência Nacional de Saúde
(ANS). Esse foco é partilhado com o Departamento Jurídico, que adota filosofia semelhante –
de buscar acordos ágeis e palatáveis, minimizando
as pendências judiciais e administrativas com os
clientes.
O Grupo antecipou-se às exigências da
agência reguladora, que fixou um prazo de 180
dias para que as empresas de medicina de grupo
estruturassem suas ouvidorias e disponibilizassem o serviço para os beneficiários. A mesma
disposição de superar os prazos exigidos também
foi considerada no envio de respostas: a Ouvidoria do Assim fixa cinco dias úteis como teto,
20
enquanto a ANS estabelece dez dias úteis, o
dobro do prazo.
O setor trabalha com metas de solução e
esclarecimento e, desde janeiro, foi estabelecido
um sistema de controle e estimativa para verificar
o cumprimento das metas. A funcionária Marcia
Costa, responsável pela Ouvidoria, explica que é
feita uma avaliação individualizada, cliente a cliente, para identificar as razões de cada reclamação.
A Ouvidoria trabalha com análise das queixas,
que serve de base para o relatório gerencial anual
exigido pela ANS, e faz comparações mês a mês,
para medir a eficácia na resolução de conflitos.
Com base nas conclusões do relatório, a
empresa pode tirar lições importantes sobre a
qualidade de seus serviços e os pontos mais críticos para a clientela. A rede credenciada é a
maior fonte de queixas, geralmente com base em
desacordos sobre a abrangência das coberturas.
E a maioria das reclamações chega pelo site, que
funciona os sete dias da semana.
A equipe tem uma gerente com formação
em Direito, um advogado-coordenador e dois
assistentes. Essa estrutura é independente do teleatendimento e cuida dos casos mais complexos,
sob a coordenação da Gerência de Relacionamento e Regulatório. O trabalho exige um perfil
específico da equipe. “Temos que ser ouvintes
atentos, atuar como psicólogos, evitar interromper os desabafos e esperar o momento certo
para apresentar uma ponderação, quando for o
caso, sempre ancorada em uma clara disposição
legal”, explica.
O trabalho da Ouvidoria visa fidelizar o cliente que
está insatisfeito com os serviços do plano ou com a
solução encontrada para uma queixa. A estratégia para
isso é o atendimento de excelência. “O SAC tem limitações, nós temos maior margem de manobra”, explica
Marcia Costa. Advogada formada há 11 anos, com
nove de experiência na área de Saúde, ela explica que o
número de reclamações na ANS caiu, o que é um dos
indícios de um bom trabalho da Ouvidoria.
O número absoluto de Notificações de Investigação
Preliminar (NIP) caiu desde a instalação da Ouvidoria.
Além disso, as NIPs boas (sem infração confirmada pela
ANS) superaram em muito as consideradas ruins (que
geram a constatação de um erro do plano pela Agência).
“A negativa contínua leva a um processo administrativo
direto pela ANS, o que no limite pode levar à suspensão
temporária da operadora. O atendimento adequado,
portanto, não apenas preserva os direitos do beneficiário,
como defende o valor para os acionistas”, argumenta.
Esse equilíbrio é buscado pela oferta de soluções
palatáveis, ainda que não sejam completas. O número de
queixas feitas à Ouvidoria é baixo, proporcionalmente
ao total de clientes. “Somos um canal de relacionamento direto com cliente,
dotado de autonomia para ouvir e investigar denúncias e reclamações, como
uma instância à parte. Temos que ser identificados como um símbolo de
independência, isenção e ética”, afirma Marcia. Esse compromisso, inerente
à função, impõe um ciclo de melhoria contínua aos serviços. “Alertamos
aos departamentos da empresa, constantemente, sobre a necessidade de
adequação rigorosa aos parâmetros da ANS, de forma a prevenir demandas”, informa.
A complexidade da regulação e as mudanças frequentes nas normas da
ANS estabelecem um desafio ainda maior para o Grupo Assim e a Ouvidoria. “O trabalho geral tem que ser baseado em transparência, prevenção e
busca de soluções de consenso”, explica. As soluções devem ser alcançadas
no menor prazo possível, em padrões aceitáveis para o cliente. Os prazos de
atendimento e o grau de satisfação dos clientes são monitorados e reportados ao Departamento Jurídico e à Superintendência, para que a discussão
seja incorporada ao planejamento geral.
A Ouvidoria trabalha
com análise das
queixas, que serve de
base para o relatório
gerencial anual exigido
pela ANS, e faz
comparações mês
a mês para medir a
eficácia na resolução
de conflitos.
21
Jurídico
ASSIMSAÚDE25ANOS
Luiz
Brandão:
“A área de
Saúde representa
hoje, em
média, mais de
70% do
trabalho do
Plantão
Judiciário”
A jurisprudência
pró-consumidor
acaba
funcionando
como um risco
permanente
de aumento
imprevisto
de custos.
Tendência ao
litígio judicial
preocupa as
operadoras
A tendência aos recursos judiciais, mesmo nos casos em
que os itens do contrato e as normas da Agência Nacional
de Saúde (ANS) não dariam respaldo à queixa, preocupa
as operadoras de planos de saúde, alvo de boa parte das
ações. Isso justifica o esforço redobrado das empresas em
se antecipar ao cliente e obter um acordo, para evitar que as
disputas se arrastem na Justiça.
A criação dos Juizados Especiais, em 1995, acentuou
uma inclinação de grande parte dos consumidores a
testarem a eficácia de direitos recém-conquistados. “A
litigância individual, que pode parecer isolada, tem sido
bem-sucedida em muitos casos”, admite o diretor Jurídico
do Assim, Luiz Brandão. Segundo ele, houve uma redução
no número de ações litigantes e na média da concessão de
liminares em primeira instância contra o plano de 70 para
15 por mês. “A área de Saúde representa hoje, em média,
mais de 70% do trabalho do Plantão Judiciário”, explica.
A jurisprudência que começa a firmar-se pró-consumidor em muitos casos funciona como um risco permanente
de aumento imprevisto de custos. “É o caso de órteses,
próteses e materiais especiais. Às vezes, especificações mais
baratas de equipamentos são rejeitadas de pronto, mesmo
depois de atestadas tecnicamente por médicos assistentes,
que são responsáveis pela saúde do paciente e, portanto,
podem ser responsabilizados por eventuais dados”,
informa. As operadoras de planos de saúde convivem com
o tabelamento das mensalidades cobradas às pessoas físicas
e, na outra ponta, com limites na busca de fornecedores.
Daí o esforço para, em conjunto com a Ouvidoria, buscar
22
acordos que reduzam as pendências judiciais e disputas de
tribunais. Na procura do equilíbrio econômico-financeiro,
a área médica e os operadores de saúde começam a buscar
opções de ressarcimento em face de aumentos inopinados
de custos. É o caso, por exemplo, dos acidentes provocados por dolo ou imperícia, particularmente quando o
agente causador do problema explora uma concessão
pública e deixa de cumprir com as obrigações da concessionária.
Em bases semelhantes às que as seguradoras buscam
recuperar os valores pagos com indenizações, identificando
responsabilidades pelo acidente e cobrando dos culpados
ou responsáveis, os planos de saúde e hospitais tratariam de
apresentar parte da conta a quem de direito. “A cobertura
dos beneficiários é calculada pelo risco normal de vida.
Uma colisão que envolva direção perigosa, por exemplo,
pode obrigar o culpado a repor os valores gastos no tratamento das vítimas, ao menos parcialmente”, explica.
Crítico de decisões judiciais que não levam em conta
a necessidade de equilíbrio financeiro de operadores – e
acaba gerando um risco maior de desequilíbrio financeiro
–, Brandão mostra-se, contudo, satisfeito com aspectos
importantes da atuação do órgão regulador, a ANS. “A
regulamentação de mercado evitou que a concorrência
predatória prevalecesse”, admite.
Como órgão técnico, a ANS tem liderado processos importantes, como a revisão e a atualização do rol de
procedimentos médico-cirúrgicos
“A cobertura dos beneficiários é calculada pelo
risco normal de vida.
Uma colisão que envolva direção perigosa, por
exemplo, pode obrigar
o culpado a repor os
valores gastos no tratamento das vítimas, ao
menos parcialmente”
cobertos pelos planos. A Lei 9.656, que define a estrutura e
o funcionamento das operadoras de planos de saúde, e a Lei
9.961, que criou a ANS, são instrumentos importantes na
construção de um ambiente moderno e competitivo para a
área da Saúde no país – e têm servido de base para um acompanhamento próximo pela ANS.
O controle de tarifas, outra área em que a pasta da Saúde e
a ANS têm mostrado crescente desenvoltura, resulta bem mais
controverso, para Luiz Brandão. Ele teme distorções decorrentes da intervenção excessiva, por vezes lastreada em critérios
externos à esfera da Saúde, como o esforço para manter a
inflação dentro da meta. Brandão repisa sua apreensão com a
tendência de se impor responsabilidade civil aos médicos com
uma frequência maior que a atual, o que teria efeitos sobre os
custos. Um subproduto desse processo é a crescente adesão
à exigência do termo de consentimento pelo paciente para
as operações cirúrgicas. Antes restrito às cirurgias de maior
complexidade, agora a assunção de risco se tornou um padrão
até para intervenções bem mais simples.
Com dez funcionários, sendo cinco advogados e três assistente jurídicos, a Diretoria vem reduzindo a terceirização e
recorrendo mais ao ‘housing’, a busca e reparação de soluções
internas. Brandão avalia que as novas bases de atuação têm permitido ganhos de eficácia e da responsabilidade dos quadros
menos experientes. “Nessa política, há um ganho de qualidade,
mais do que de custo”, avalia.
23
Setores da empresa
ASSIMSAÚDE25ANOS
Analice Gomes:
“O cartão é
o Assim
que o cliente
carrega consigo.
É muito
da vida dele
que está ali,
temos que sentir
o peso dessa
tarefa em
nossas mentes”
Simone Mattos:
“O atendimento
tem que ser personalizado e traduzir a
linguagem do cliente.
Se o profissional
for claro, objetivo
e transparente, é
possível reverter
expectativas”
As frequentes
modificações
nas normas da
ANS geram
aumento no
número de
consultas e
exigem atenção
especial no
esclarecimento
aos clientes.
O Atendimento é uma das áreas-chaves para
a imagem do Assim, que lida diretamente com o
público. A disposição para ouvir e um sorriso que
desarma os mais agressivos são trunfos importantes para quem se disponha a encarar a missão.
A gerente de Atendimento Simone Mattos se
alegra de voltar para casa sempre com novas
experiências, embora admita que, por vezes, tenha
que lidar com o estresse e a agressividade de
clientes insatisfeitos.
“Nem todos os contatos são para reclamações, as consultas para obtenção de informações
e esclarecimento de dúvidas também são muito
frequentes”, explica ela, informando que neste
ano, com a rápida expansão do número de clientes, depois da conquista das contas da Prefeitura
do Rio e da Comlurb, as consultas aumentaram
muito.
Sua trajetória na empresa, de certa forma,
ilustra a importância que a área desfruta no
Assim. Simone entrou como atendente, passou
a um núcleo de apoio, daí à supervisão de uma
agência e depois foi promovida a coordenadora.
Graças à trajetória de 18 anos, ‘sempre sabendo
24
Call Center:
são 52 pontos
de atendimento,
com turnos
de seis horas, e
cada operador
tem que dar
conta de 80 a 90
ligações por
jornada.
A imagem do
Grupo consolidada
junto ao público
ouvir’, como diz, pôde dedicar-se em paralelo
aos estudos, graduando-se em Administração
de Empresas. “A empresa me passou segurança
e valorizou meu trabalho”, avalia. Hoje, Simone
tem sob sua responsabilidade sete postos de atendimentos diferentes: Presidente Vargas, Niterói,
Nova Iguaçu, Madureira, Caxias, Bangu e Campo
Grande, além de uma unidade que funciona na
sede da Prefeitura do Rio. No maior deles, o da
Presidente Vargas, no Centro, são nove atendentes e mais dois auxiliares de serviços gerais. Em
seguida, vem Madureira, com dez atendentes, e
Campo Grande, com seis.
Orgulhosa do trabalho de sua equipe, a administradora diz que não existe a fórmula do atendimento perfeito – mas afirma que é essencial
contornar a insatisfação do cliente e ser objetivo
nas respostas. “O atendimento tem que ser personalizado e traduzir a linguagem do cliente. Se
o profissional for claro, objetivo e transparente, é
possível reverter expectativas. O cliente tem uma
surpresa positiva com a atenção que lhe dedicamos”, explica.
As frequentes modificações nas normas da ANS
geram, como reflexo imediato, um aumento no
número de consultas e exigem atenção especial
no esclarecimento aos clientes. A recente inclusão
de Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia –
entre as terapias do Rol Mínimo Obrigatório de
procedimentos cobertos pelos planos de saúde –
terminou por provocar muitas dúvidas.
Segundo Simone, a simples falta da menção
ao limite de sessões autorizadas, por exemplo,
gerou conflitos entre clientes, prestadores e o plano de saúde. Quaisquer ampliações de cobertura
geram a necessidade de adaptação e cadastramento de prestadores de serviço. A maior parte das
reclamações dirigidas ao Atendimento refere-se a
dúvidas sobre os prestadores de serviço.
As agências de Atendimento impõem a
formalização das reclamações e repassam as
informações de forma padronizada ao setor de
Credenciamento. As queixas são cadastradas na
matrícula do beneficiário, o que dificulta trotes e
fraudes. Os contatos com a central são gravados,
o que também contribui para desestimular
brincadeiras e perda de tempo.
Heloísa Helena:
entre idas e vindas,
ela está há 16
anos na empresa,
onde conheceu o
marido, que na
época trabalhava no
Almoxarifado
Ela expressa, com seu jeito simples e sorridente,
o orgulho pelas homenagens frequentes que
recebe nas festas de fim de ano, em que se tornou cena comum os presidentes se derramarem
em elogios ao café que ela faz. “O Assim é uma
família.”
Call Center: Anabele
Rocha comanda um
dos setores
mais ‘populosos’
do Assim, com 135
operadores, seis
funcionários administrativos, quatro
monitores de
atendimento e
dois monitores de
qualidade
Os canais de
comunicação
com o cliente
Com formação em Recursos Humanos, Anabele Rocha
é a gerente de Call Center do
Assim. O serviço se divide em
dois núcleos operacionais, a
célula-cliente e célula-prestador, que são os canais
de comunicação com os
beneficiários e com os profissionais de saúde, respectivamente. O setor é um dos mais
‘populosos’ do Assim, com 135
operadores, seis funcionários
administrativos, quatro monitores de atendimento e dois
monitores de qualidade. São
52 pontos de atendimento,
com turnos de seis horas, e
cada operador tem que dar
conta de 80 a 90 ligações por
jornada.
Há cinco anos à frente do
setor de Cadastro, Analice
Gomes trabalha no Grupo há
23 anos. “Tive a iniciativa de
me qualificar para poder acompanhar as muitas mudanças ao
longo dessas mais de duas
décadas”, rememora. O setor
reúne hoje 11 pessoas sob sua
gerência, na maioria veteranas
como ela. Em sua longa trajetória, Analice assistiu a muitas mudanças. A entrada no rol
de fornecedores da Prefeitura
da Capital, em 2004, exigiu a
adequação da tecnologia e da
estrutura, além do aumento
do número de funcionários.
Com o aprimoramento dos
cartões magnéticos e dos
sistemas de processamento
de informações, a tecnologia
mudou. Mas foram mantidas a delicadeza e o caráter
estratégico do trabalho,
que constituem as primeiras
referências do plano de saúde
para o usuário. “O cartão é o
Assim que o cliente carrega
consigo. É muito da vida dele
que está ali e temos que sentir
o peso dessa tarefa em nossas
mentes”, diz Analice.
No setor há um ano,
Cleide Quitéria atuou por
muito tempo no teleatendimento e se emociona ao
lembrar o reconhecimento
que alcançou como funcionária. “Entrei na empresa
com 18 anos e o trabalho me
proporcionou minhas maiores
conquistas, como a compra
do meu apartamento. Aqui é
minha vida. Tenho orgulho de
vestir essa camisa”, afirma.
Ela participou da inauguração
da primeira agência de Atendimento, em São Cristóvão,
e esteve na organização da
agência da Tijuca, de grande
porte, que funcionou como
um projeto-piloto para a central da Presidente Vargas.
25
Desempenho
ASSIMSAÚDE25ANOS
Rogal: “A
rentabilidade
é fruto também
de uma melhor
seleção da carteira,
do ganho de
escala com a
expansão e de uma
melhor relação
receita/custo”
Foco no mercado
corporativo
faz a diferença
A política do Grupo prevê o reinvestimento dos resultados
tanto na modernização quanto na ampliação da capacidade.
O Grupo Assim Saúde apresentou
clínicas e dois hospitais facilitou ainda
reinvestimento dos resultados tanto na
um crescimento vertiginoso nos últi-
mais o atendimento à clientela adicio-
modernização quanto na ampliação da
mos dois anos, com 35% de aumento
nal, pela expansão da rede em polos como
capacidade. “Não adianta aumentar a de-
no número de beneficiários e 30% na
Campo Grande, Nova Iguaçu e Niterói. A
manda sem ter uma boa condição estru-
receita. São 300 mil vidas, no jargão do
decisão da compra soou acertada de acordo
tural para atendê-la”, alerta.
setor.
com a estratégia corporativa do Grupo.
O foco no mercado corporativo foi
decisivo para o rápido crescimento do
não apenas pelo esforço de vendas, mas
Grupo com a conquista de 50 mil vidas
pela qualidade do atendimento. O diretor
em janeiro e 30 mil em julho.
Financeiro do Grupo, Norton Rogal,
A aquisição de uma rede com 14
26
A rápida expansão tornou-se viável
destaca a política do Grupo e prevê o
A excelência na gestão
O aumento da rentabilidade, que ultrapassou a média do setor, reforça a solidez financeira e patrimonial do
Grupo. “Isso é fruto não apenas do esforço de vendas, que
trouxe 30% a mais na receita, mas de uma melhor seleção
da carteira, do ganho de escala com a expansão e de uma
melhor relação receita versus custo”, detalha Rogal. Num
quadro em que a inflação médica, muitas vezes, chega
ao dobro do reajuste autorizado pela ANS para os planos
individuais, a excelência na gestão cresce de importância
a cada dia.
O foco no segmento empresarial permite uma
receita mais estável. As empresas têm obrigações legais e contratos coletivos de trabalho cada vez mais
frequentes, trazendo como cláusula a cobertura de
saúde por um plano previamente provado. O aumento do registro formal dos contratos de trabalho, que
já se aproxima dos 60% das vagas no País, contribui
para a ascensão das classes menos favorecidas.
A saída de milhões de brasileiros da linha da
miséria tem relação direta com esse processo. “Com
o mercado formal cada dia mais forte, a maioria das
empresas oferece planos de saúde atualmente”, explica Rogal, contador formado em 1986, pela Universidade Santa Úrsula,
e pós-graduado em Gestão de Negócios pela
Faculdade de Economia e Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A prioridade no reinvestimento dos ganhos permitiu ao Grupo dar uma resposta rápida
aos ganhos de renda da população e estar em
condições de atender às novas demandas que se
apresentam. Bom para a empresa, melhor ainda
para os clientes, que ganham garantias adicionais
de solidez e confiabilidade.
27
Special Life
ASSIMSAÚDE25ANOS
Programa
promove mudança
de hábitos e reduz
internações
As ações do
Special Life
incentivam
a adoção de hábitos
saudáveis, com
orientação sobre
prevenção, dietas
e exercícios físicos
O Special Life, programa de
saúde preventiva, desenvolvido
pela Assim, tem mil pessoas sendo
acompanhadas atualmente. Sem
ônus adicionais para os clientes, o
programa contribui para a adoção
de hábitos saudáveis, com orientação sobre dietas e exercícios físicos.
O Special Life põe à disposição dos
interessados uma equipe multidisciplinar. São cardiologistas, nutricionistas e psicólogos, entre outros
especialistas, cujo trabalho permite
uma abordagem integrada e eficaz
de problemas como sedentarismo,
tabagismo e obesidade, fatores
de risco para as doenças que mais
crescem no País.
A mudança de hábitos estimulada pelo programa vem permitindo
a diminuição do número de internações hospitalares. Além de reduzir
a incidência de ataques cardíacos
e derrames (os acidentes vasculares cerebrais, ou AVCs), que estão
entre as principais causas de morte
no País, o programa evita ainda as
sequelas motoras, visuais e fonoauditivas, em decorrência da redução
dos ataques. A perda e controle do
peso, com exercícios físicos adequadamente prescritos e monitorados,
permitem adicionalmente o combate às doenças de coluna.
Abordagem integrada
Diretor Médico da Assim, o Dr. Mário
Amadei cita um episódio bem recente para ilustrar a importância de
uma abordagem integrada e multidisciplinar dos problemas de saúde.
“No último trimestre do ano passado, metade dos pacientes indicados
para cirurgias de coluna puderam
abrir mão do procedimento, depois
de passar pelo programa”, informa.
28
Mário Amadei:
“No último trimestre
do ano passado,
metade dos pacientes
indicados para
cirurgias de coluna
puderam
abrir mão do
procedimento,
depois que passaram
pelo programa”
Ganharam os pacientes, com uma
recuperação mais rápida e procedimentos mais simples e seguros,
ganharam os empregadores, que
puderam contar com a força de
trabalho por mais tempo. A manutenção da pressão arterial a níveis
normais, particularmente no caso
das pessoas com hipertensão diagnosticada, evita o desenvolvimento
de problemas crônicos associados,
como a sobrecarga dos rins.
O esforço para incentivar a
adoção de hábitos saudáveis se
estende ao cotidiano das empresas
atendidas pelo Assim. Semanas e
Jornadas de combate à hipertensão
e ao diabetes (excesso de açúcar
no sangue) auxiliam na detecção
dessas chamadas ‘doenças silenciosas’ – que nem sempre manifestam
claramente seus sintomas nas fases
iniciais – e facilitam o encaminhamento ao Special Life.
Eficácia dos tratamentos
As mulheres têm adesão mais
expressiva aos programas de
prevenção, o que ajuda a explicar
a maior longevidade do gênero.
Submetendo-se mais frequentemente a consultas, as pessoas
do sexo feminino têm as doenças
detectadas mais precocemente, o
que aumenta a eficácia dos tratamentos.
Desde a inauguração do programa, em 2005, já foram realizados 42 mil atendimentos. Os
880 beneficiários acompanhados
nos programas de qualidade de
vida do Centro Médico Presidente
Vargas (CMPV) obtiveram os
seguintes resultados: 80% atingiram a meta de pressão arterial
desejada; 55% registraram perda
de peso com redução de Índice de
Massa Corpórea; e 68% alcançaram níveis normais de hemoglobina glicada.
A equipe médica do CMPV, onde
funciona o Special Life, dispõe de
especialistas em Clínica Médica,
Cardiologia, Endocrinologia, Ginecologia, Ortopedia (coluna) e Psiquiatria. Os profissionais estão habilitados para a intervenção em todos
os aspectos: promoção da saúde,
prevenção de doenças, diagnóstico,
tratamento e reabilitação.
Riscos da obesidade
Segundo a médica Valéria Paulo, os
estudos comprovam que a obesidade é um fator de risco para uma
série de doenças, como hipertensão
arterial sistêmica, diabetes mellitus
e doenças cardiovasculares. “Os objetivos permanentes do programa
são o incentivo às ações que integralizem o cuidado e que resultem
na melhoria da qualidade de vida do
beneficiário”, explica.
A prevalência é para os beneficiários com idade igual e superior aos 59 anos (45%) e a adesão
é predominantemente feminina
(84%). Por origem, o predomínio é
para a carteira da Prefeitura (57%),
seguido do Plano Individual (30%) e
demais empresas (13%).
No Programa de Gerenciamento
de Coluna, a faixa etária mais atingida também se encontra em 59 anos
ou mais (32,64%). A maior parte
dos indicados para o programa
(60,87%) sofre de hérnia discal
lombar, seguida de beneficiários em
tratamento com radiofrequência,
devido a dores de coluna sem patologia localizada (34,78%), e hérnia
discal cervical (4,35%).
29
ASSIMSAÚDE25ANOS
Diferenciais do Assim
Ginástica laboral
O ambiente e as relações de
trabalho têm sido considerados
como fonte de doenças.
E o cenário corporativo também
ajuda a ‘adoecer’ as empresas
Atendimento
nas empresas:
as visitas são
definidas
a partir de
análises
realizadas
para delinear
o perfil de
utilização,
detectar os
desvios e traçar
as diretrizes
para correção
Medicina empresarial: a saúde
vai onde o paciente está
Os softwares de análise e monitoramento dos beneficiários vão
além de melhorar o acompanhamento da saúde dos funcionários de cada empresa. Os
programas ajudam a identificar
os maiores usuários de testes e
exames, facilitando o combate
ao absenteísmo. Mais do que reduzir faltas ao trabalho e facilitar
o encaminhamento a tratamentos mais adequados, a análise
dos dados ajuda as empresas
clientes a detectar os problemas
logo no nascedouro.
A auditagem regular dos pedidos
e o monitoramento de beneficiários e da rede de prestadores
de serviço permitem verificar a
necessidade efetiva de exames
de alta complexidade. Descartadas eventuais fraudes, é possível
indicar o Centro Médico para
orientação dos pacientes, em
locais próximos da residência de
cada um.
Mais bem orientados, os
beneficiários podem obter
melhores resultados e reduzir
o número de exames, consultas e internações. Torna-se
uma meta exequível reduzir à
metade as inter nações,
30
particularmente no caso de
doenças crônicas em que a
adesão dos pacientes a programas de mudança de hábitos
permite avanços significativos.
Mudança de hábitos
O sucesso dos programas, por
sua vez, depende da adesão das
pessoas. A consciência muda
os hábitos, a partir da informação. “Nosso papel é a orientação, com a informação básica
disposta em folders, folhetos
e materiais sempre disponíveis
para a clientela”, explica o Diretor Médico do Assim, Mário
Amadei. A capilaridade da rede
Assim Saúde, com 50 hospitais
atendendo a todas as regiões
da cidade, facilita contornar
um dos principais obstáculos
para os programas de prevenção: os deslocamentos. Uma
pessoa ativa, tendo compromissos frequentes de trabalho,
precisa de facilidade de acesso
para viabilizar um acompanhamento médico regular. Amadei
faz o alerta com a experiência
de 19 anos de operação de
planos de saúde e 39 anos de
formação, pela Universidade
Federal de Minas Gerais.
A indicação de beneficiários para
os programas de saúde preventiva se faz através das análises
realizadas pelos Enfermeiros e
Médicos Gestores da Gerência de Medicina Empresarial
(GEMEMP), em relatórios de
utilização gerados no sistema
de tecnologia de informatização
(TI); nas ações desenvolvidas
dentro das empresas clientes; por
livre demanda e pelas consultas
geradas pelo próprio Centro
Médico, que atua também como
ambulatório, conforme explica
Valéria Paulo, gerente de Medicina Empresarial.
Ações nas empresa
A GEMEMP também tem como
foco ações nas dependências das
empresas clientes, uma vez que
o processo, o ambiente e as relações de trabalho têm sido cada
vez mais considerados como
fonte de doenças. As mudanças
recentes no cenário corporativo
também contribuem para o
‘adoecimento’ das empresas.
Os impactos tecnológicos
e econômicos mudaram
radicalmente a comunicação
no trabalho, com ênfase nos
a m b i en tes v i r tu a i s.
“A crescente prestação de serviços de saúde impõe custos. O
uso da tecnologia nos diagnósticos avança e se torna cada vez
mais caro, mas não substitui os
métodos anteriores”, explica a
doutora. O aumento da longevidade e as mudanças no estilo
de vida, por sua vez, acarretaram o aumento das doenças
crônico-degenerativas, diabetes,
hipertensão arterial sistêmica etc.
A síndrome metabólica, por seu
turno, relaciona a obesidade por
deposição de gordura central
e a resistência insulínica a um
conjunto de fatores de risco
cardiovascular.
Devido a estes fatores, as ações
de saúde desenvolvidas nas
empresas têm grande peso na
melhora da saúde da própria organização e de seus funcionários.
Os conceitos de absenteísmo e
presenteísmo estão diretamente
relacionados ao sucesso destas
ações. O local de trabalho é um
‘espaço natural’ onde podemos
encontrar os clientes para atividades educativas, de promoção
de saúde e de prevenção de
doenças.
Esses fatores explicam a intensificação das ações diretas de
prevenção nas empresas, com
112 visitas de janeiro a março de
2013, contra 138 registradas ao
longo de todo o ano passado. As
ações incluíram medição de
pressão arterial e contaminação
pelo tabaco, além de ginástica
laboral.
Também foram proferidas 61
palestras com temas diversos:
Como usar seu plano, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes,
Alimentação Saudável, LER
(Lesões por Esforço Repetitivo)
e DORT (Distúrbio Osteomioarticular Relacionado ao Trabalho) e Patologias de Coluna.
As visitas às empresas partiram
de análises realizadas para delinear
o perfil de utilização, detectar os
desvios e traçar as diretrizes para
correção.
Prevenção nas
empresas: além
dos exercícios
físicos, as
ações incluem
medição de
pressão arterial
e contaminação
pelo tabaco e
palestras sobre
temas diversos
Gerenciamento
de patologia
mental
A auditagem regular
dos pedidos e o monitoramento da rede
de prestadores de
serviço permitem
verificar a necessidade
efetiva de exames de
alta complexidade.
No primeiro trimestre deste ano,
as ações de prevenção contaram
com o apoio da empresa prestadora de serviço de ginástica
laboral, com professores de
Educação Física e atividades
do serviço de Fisioterapia da
GEMEMP nas dependências de
empresas clientes. Teve também
a já tradicional presença de enfermeiros gestores, desenvolvendo ações de promoção à saúde e
de prevenção às doenças crônicas, com medição de pressão
arterial, palestras e distribuição
de material educativo.
As ações nas empresas têm fins
educativos, obtenção de qualidade de vida, baseadas tanto
em Medicina Preventiva, em
todos os seus níveis, quanto em
Medicina de Evidências Clínicas.
“Com isso, contribuímos para
taxas menores de absenteísmo
da empresa, além de apoio na
organização de Semanas Internas de Prevenção de Acidentes
de Trabalho (SIPATs) e Semana
da Saúde nas companhias clientes”, explica Valéria Paulo.
As mudanças frequentes no ambiente de trabalho e as constantes
transformações no cenário
econômico, além da instabilidade dos laços em um número
crescente de famílias, contribuem
para a necessidade de uma atenção crescente à saúde mental.
Em novembro de 2012, o Assim
iniciou o gerenciamento pós-alta
hospitalar das internações, devido
à patologia psiquiátrica (adictos
e doenças mentais). Nesta ação, a
Gerência de Medicina Empresarial
tem o apoio da Gerência de
Auditoria Médica, que fornece os
dados pós-alta.
No período de novembro de 2012
a março de 2013, 89 beneficiários
receberam alta hospitalar, devido
a internações psiquiátricas. A
prevalência é do sexo masculino
(66,3%), com faixa etária compreendida entre 18 e 59 anos ou
mais, porém, com maior incidência na faixa de 29 a 33 anos.
Entre as patologias psiquiátricas referidas como causa para
internação, 55% se deram por
Adição, onde está incluso o
alcoolismo (droga lícita). Entre os
89 beneficiários, 29% aceitaram
encaminhamento para o ambulatório de psiquiatria da Tijuca e
apenas três foram reinternados
– todos adictos. Desde o início de
abril deste ano, os atendimentos
estão sendo realizados no Centro
Médico Presidente Vargas.
31
ASSIMSAÚDE25ANOS
Patrocínios
A política de
patrocínios do
Assim é pautada
pela inovação e
ética, valores que
norteiam a atuação
do Grupo.
Renato
Júnior:
o piloto
tornou-se
campeão
brasileiro
juvenil aos
16 anos
ao volante
de um kart,
escola de
grandes
talentos da
velocidade,
como
Emerson
Fittipaldi,
Ayrton
Senna e
Nelson
Piquet
Apoio ao esporte
e a iniciativas
humanistas
Aposta no ineditismo, no pioneirismo e no fortalecimento da
identidade carioca são características da política de patrocínios
do Grupo Assim Saúde, que
identifica nichos favoráveis para
apoiar e potencializa, dessa forma,
a repercussão de suas iniciativas.
A escolha dos atletas e projetos apoiados converge para o
reforço dos valores que norteiam
a atuação do Grupo, como a
disposição de inovar e a divulgação de modelos não apenas de
sucesso esportivo ou de excelência técnica, mas também de ética e
de princípios humanistas.
Difícil não se emocionar, por
exemplo, com a história de Edson
Costa Nascimento, atleta de hand
bike (bicicleta de mão). Sedentário
até os 30 anos, Edson sofreu um
grave acidente que o deixou paraplégico e o obrigou a reinventar
sua rotina. Gerente de banco até
a aposentadoria precoce por invalidez, ele encontrou no Esporte
um caminho para a reconstrução
de uma vida produtiva e útil.
32
Depois de estudar várias modalidades, optou pelo hand bike,
espécie de bicicleta adaptada, que
atinge altas velocidades – tanto
que atraiu o italiano Alessandro
Zanardi, piloto afastado da Fórmula 1 por causa de um acidente
de helicóptero, que ganhou a
Medalha de Ouro nas Paralimpíadas de Londres 2012.
Para essa nova marcha, Edson
teve que partir do zero: não tinha
equipamentos, nem apoio. Formulou um projeto que envolvia
a publicidade da empresa que
aceitasse a parceria e o apresentou ao Supermercado Mundial,
que já havia fechado a carteira de
projetos daquele ano.
Nesta fase da história é que
entra a participação do diretor
Jurídico do Assim, Luiz Brandão,
que na época era advogado
contratado pelo Grupo e tinha
participado havia pouco tempo
do fechamento de um contrato entre o grupo de saúde e o
Mundial. Impressionado com o
empenho e a imaginação do
Edson, ele resolveu apresentá-lo ao presidente do Assim. “O
doutor Aziz Chidid se encantou
com a oportunidade de apoiar a
carreira do Edson e fechou de
imediato o patrocínio ao atleta”,
conta. Os recursos garantiram a
construção da bicicleta adaptada
e o pagamento do transporte
até o local das competições e da
equipe que acompanha o hand
biker, como preparador físico e
fisioterapeuta.
A aposta está se mostrando
certeira: Edson foi o vice-campeão do campeonato
brasileiro da modalidade,
mesmo tendo disputado um
número menor de etapas do que
os demais atletas, e sonha em
integrar a equipe paralímpica
brasileira nos Jogos Olímpicos
de 2016, no Rio de Janeiro, e
planeja, até o fim do ano, cruzar
a Baía de Guanabara num barco
adaptado. Garra não lhe falta –
nem apoio do Assim, marca que
ele já levou a diversos estados
do Brasil.
O mesmo olhar para descobrir talentos foi usado pelo presidente do
Grupo, Aziz Chidid, para decidir o
patrocínio a Renato Júnior, piloto de
kart do Rio, cidade que não conta com
um circuito oficial e nem tem provas
pelo campeonato brasileiro da modalidade. Pois, mesmo lidando com essas
dificuldades, Renato Júnior tornou-se
campeão brasileiro juvenil aos 16 anos.
Os combustíveis para seu sucesso são
as palavras de entusiasmo do pai e o
patrocínio do Assim.
O kart, competição automobilística de pequenos monopostos, foi
a escola de grandes talentos brasileiros
da velocidade, como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet,
que, juntos, conquistaram oito títulos
mundiais de Fórmula 1.
O Gr upo patrocina também a
veleria UK Halsey Santa Cruz, um dos
eventos mais tradicionais do iatismo
brasileiro, que este ano chegou à 16ª
edição. A competição aconteceu no
Iate Clube Brasileiro com a participação de 65 barcos – número que se
equipara ao campeonato brasileiro.
O apoio do Assim ao esporte
garante ainda o trabalho da equipe de
futebol da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), que disputa
campeonatos regionais e nacionais com
instituições acadêmicas de todo o país,
ajudando a promover um saudável
intercâmbio de experiências entre os
futuros profissionais de nível superior.
Mas os patrocínios do Assim
não ficam apenas nas modalidades
esportivas – levam também imagens
de bem-estar e saúde, associadas à
marca, aos mais diferentes campos. A
Sociedade Brasileira de Urologia-RJ,
uma das mais prestigiadas associações
acadêmico-profissionais do Brasil, teve
apoio do Grupo Assim para promover a
XV Jornada de Urologia.
O mesmo acontece com a Associação Comercial e Industrial de
Jacarepaguá (Acir), entidade que congrega empresas de diferentes portes da
região que mais cresce na cidade, com
o dobro dos lançamentos imobiliários
dos antigos polos de riqueza, como
o Centro e a Zona Sul, e que sediará
grande parte das competições dos
Jogos Olímpicos de 2016. Não é por
acaso essa sintonia: falou em crescimento do Rio, falou em Assim.
O apoio do Assim ao
esporte garante ainda o
trabalho da equipe de
futebol da UFRJ, que
disputa campeonatos
regionais e nacionais
com instituições
acadêmicas de todo o
país, promovendo um
intercâmbio de experiências.
Edson Costa:
o patrocínio
do Assim ao
atleta de hand
bike garantiu
a construção
da bicicleta
adaptada e o
pagamento
do transporte
até o local das
competições e
da equipe que
o acompanha
Competição
de vela: o UK
Halsey Santa
Cruz, um dos
eventos mais
tradicionais
do iatismo
brasileiro,
chegou
este ano à
16ª edição,
reunindo 65
barcos
33
ASSIMSAÚDE25ANOS
Dr. Assim
Personagem
irá estrelar
campanhas de
saúde pública
As primeiras peças publicitárias serão
focadas na dengue, doença que registrou
um aumento de 190% nos primeiros
meses do ano.
Prevenir é mais fácil, dói menos e é mais
barato. Com esse slogan, o Assim busca
trabalhar a importância da prevenção,
principal arma contra as doenças.
Faltava, contudo, um personagem, que
desse uma cara, uma identidade a essa
atitude. Surgiu, então, o Doutor Assim,
que irá estrelar campanhas de saúde
pública, com dicas de atitudes simples,
mas de grande eficácia para promover
a saúde.
O personagem começou a ganhar
contornos mais definidos na conversa
do presidente do Assim, Aziz Chidid
Neto, com duas crianças. “O perfil físico
do personagem, o jeito de falar, de se
dirigir às pessoas e explicar as coisas,
tudo foi desenvolvido a partir desse
encontro. O trabalho dos designers da
agência de publicidade foi feito a partir
daquele encontro inicial”, explica o
presidente.
As primeiras peças elaboradas têm
a dengue como foco. Um filme trata da
importância de se evitar o acúmulo de
água parada para dificultar o desenvolvimento das larvas do aedes aegypti,
o mosquito transmissor da doença.
O segundo trata dos sintomas mais
comuns, como a sensação de pressão
entre os olhos, o desarranjo intestinal, o
cansaço, a febre e a dor no corpo.
A campanha é particularmente oportuna, pois coincide com uma epidemia
da doença caracterizada em municípios
de oito estados, entre eles o Rio de
34
Janeiro. Este ano, o número de casos de
dengue no Brasil apresentou um aumento
de 190% em relação ao mesmo período
do ano passado. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, até 16 de
fevereiro foram registrados 204.650 casos da doença, contra 70.489 no mesmo
período de 2012. Oito estados concentram 84% dos casos: Mato Grosso do
Sul, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Espírito
Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais – os três últimos, mais populosos e
ricos do país.
No Rio, preocupa em especial o
crescimento dos casos entre gestantes.
Foram 358 notificações nas 14 primeiras
semanas de 2013 – 118% a mais do que
os 164 verificados no mesmo período do
ano passado. A maioria das notificações
está concentrada nas regiões Norte e
Nordeste do Estado, e as ocorrências já
representam 73% dos registros de 2012.
“A preocupação em relação às grávidas é que elas têm características específicas que podem eventualmente dificultar
o reconhecimento precoce dos sinais de
gravidade da doença, por conta das alterações funcionais que ocorrem durante a
gravidez”, explica o superintendente de
Vigilância Epidemiológica e Ambiental da
Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre
Chieppe.
Um exemplo é a dor abdominal, ocorrência comum dependendo da fase gestacional da mulher, mas que pode ser na
verdade um sintoma da dengue.
As próximas
aparições do
Doutor Assim
abordarão
hipertensão
arterial
e obesidade,
fatores de risco
para doenças
cardíacas
e acidentes
vasculares
cerebrais,
principais
causas de
morte no
Brasil.
O tratamento diferenciado
para a gestante inclui a
obrigatoriedade de realização
de hemograma completo –
com liberação da paciente somente depois que o resultado
do exame estiver disponível – e
acompanhamento diário.
Outro dado que ilustra a
importância de campanhas de
prevenção como a do Doutor
Assim é o rápido crescimento
do tipo 4 da doença. O DENV-4, um dos quatro sorotipos
encontrados no Brasil, corresponde à maioria dos casos:
52,6%. Esse novo tipo da
doença, que chegou ao país
no final de 2010, apresenta os
mesmos sintomas, profilaxia
e tratamento. No entanto, por
ainda ser relativamente novo,
encontra maior vulnerabilidade entre a população, o que
pode explicar o índice maior
de ocorrências. O secretário
de vigilância do Ministério
da Saúde, Jarbas Barbosa,
afirma que o DENV-4 chegou a
praticamente todos os estados
brasileiros, e a tendência é que
a disseminação seja mantida.
O apelo da campanha contra a água parada se mostra
muito adequado, diante dos
dados levantados pelo Ministério da Saúde sobre os focos
de reprodução do mosquito
da dengue. O Levantamento
de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Lira),
realizado em 983 municípios,
mostra que a região Sudeste se
destaca por concentrar o maior
foco em depósitos domiciliares: 63,6%. A pesquisa constatou que, em janeiro deste
ano, 267 municípios estavam
com risco de epidemia, 487
em alerta e 238 em situação
satisfatória.
Apesar da maior incidência,
houve redução de 20% na quantidade de óbitos e de 44% nos
casos graves. Normalmente, os
casos letais da doença atingem
pessoas idosas, que apresen-
tam risco 12 vezes maior de
falecimento. Pesam para isso
as debilidades causadas por
outras doenças, como
hipertensão e diabetes.
Não é por acaso, portanto,
que as próximas aparições do
Doutor Assim, com o mesmo
espírito de colaborar com as
políticas públicas em campanhas de esclarecimento,
abordarão hipertensão arterial (pressão alta) e obesidade
(excesso de peso), fatores de
risco para doenças cardíacas e
acidentes vasculares cerebrais,
principais causas de morte no
Brasil. Sujeito atento, esse
Doutor Assim.
35
Previ-Rio
O Instituto é
responsável pela
gestão dos benefícios previdenciários
e assistenciais dos
servidores municipais
e nessa condição
responde pelo plano
de saúde operado
pelo Assim.
Previ-Rio. Uma
parceria nota 10
Responsável pela gestão do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de
Janeiro (Funprevi), que faz o pagamento de
aposentadorias e pensões dos servidores
estatutários, o Instituto de Previdência e
Assistência do Município do Rio de Janeiro
(Previ-Rio) é um dos principais parceiros do
Grupo Assim Saúde.
O Instituto é responsável pela gestão dos
benefícios previdenciários e assistenciais dos
servidores da administração municipal direta
e, nessa condição, responde pelo Plano de
Saúde do Servidor Municipal (PSSM), do
qual o Assim é operador habilitado, por
licitação. A parceria entre o Previ-Rio e o
Assim decorre da necessidade de manter a
agilidade e a qualidade do atendimento aos
servidores e seus dependentes.
A autarquia municipal foi criada em
1987, com personalidade jurídica de direito
público interno e autonomia administrativa,
além de patrimônio e gestão financeira
próprios. As atribuições atuais do Previ-Rio
foram determinadas pela Lei nº 3.344, de 28
de dezembro de 2001.
Entre suas atribuições estão a administração do Regime Próprio de Previdência
36
do Município, a concessão de benefícios assistenciais e a prestação de serviços a seus
segurados: auxílio-natalidade, auxílio educação, auxílio funeral de pensionista, pecúlio
post-mortem e assistência financeira; a
contribuição ao FASS (Fundo de Assistência
à Saúde do Servidor), conforme decreto nº
23.593 de 16/10/2003; e o Serviço Social e
outros serviços assistenciais definidos em
regulamento.
O Funprevi, por sua vez, tem por finalidade específica prover os recursos para
o pagamento de benefícios previdenciários
dos segurados do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do Município
do Rio de Janeiro e a seus dependentes. Os
benefícios abrangidos pelo Funprevi são as
aposentadorias, concedidas pelos órgãos
competentes e pensões concedidas pelo
Previ-Rio.
O Previ-Rio foi um dos quatro órgãos da
Prefeitura que obtiveram nota 10 na avaliação de desempenho de 2012. Duas das metas que colaboraram para o resultado foram
o número de pedidos de pensão incluídos
na folha de pagamento seguinte e o volume
de compensação previdenciária, dinheiro a
Vinte e cinco anos, carioca,
gente fina, sangue bom,
que vive a vida, com fé,
na zona norte, no subúrbio,
na zona sul, na alegria
e sempre na humildade.
A gente é Assim.
E você, como é?
Se você for assim como a gente, aproveite e
venha para a maior rede de hospitais próprios
da América Latina. Aqui, sempre tem
um plano perfeito para você e sua família.
que o município tem direito quando admite
um servidor com tempo de contribuição anterior no INSS ou em outra esfera do serviço
público.
Os resultados da avaliação foram anunciados em abril. Além do Previ-Rio, mais três
órgãos levaram nota 10: Empresa Olímpica
Municipal, Instituto Pereira Passos e Procuradoria Geral do Município. Quem trabalha em
locais que obtiveram 8 como nota mínima
garantiu, pelo menos, meio salário a mais na
folha suplementar que vai trazer o bônus.
O valor sobe gradativamente, conforme a
nota. Para quem levou 10, como o Previ-Rio,
o percentual subirá para 20%.
Está programado para 15 de junho
o pagamento do bônus da avaliação de
desempenho dos servidores da Prefeitura
do Rio relativa a 2012. A informação foi
passada pelo secretário-chefe da Casa Civil
municipal, Pedro Paulo Carvalho Teixeira. Os
105 mil funcionários ativos de 33 órgãos das
administrações direta e indireta ganharão
a bonificação, que vai variar de meio a dois
salários dos servidores.
www.assim.com.br
25 ANOS COM SAÚDE
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
As 16 unidades hospitalares
que compunham o Grupo
na época da sua fundação
Os donos das 13 unidades relacionadas a
seguir se uniram há 25 anos para fundar
o Assim, que já nasceu com uma grande
rede própria. Na época, a Casa de Saúde
e Maternidade Rio de Janeiro e o Pronto-Socorro Infantil Lagoa faziam parte da
iniciativa. E a Clínica Rio Guanabara
encontra-se fechada para reforma.
Números únicos do Assim
Descrição Hospitais e Centros Médicos Pronto-socorro Centros cirúrgicos Consultórios ambulatoriais Médicos especializados Leitos de UTI NEONATAL Leitos de UTI ADULTO Leitos de ENFERMARIA Leitos de BERÇÁRIO Leitos de APARTAMENTOS Leitos de UTI PEDIÁTRICO Leitos de PEDIATRIA Números
122
87
92
1748
8561
421
900
1680
449
2056
111
338
Descrição Laboratório Radiologia Ultrassonografia Tomografia RNM Total de eventos Eventos
2.477.777
277.737
156.726
20.873
25.326
2.958.439
Amiu Infantil
Rio de Janeiro – Botafogo
Rua Muniz Barreto, 535
Telefone: 2103-6464
Consulta
• endocrinologia
• pediatria
• reumatologia pediátrica
• ortopedia e traumatologia
• cirurgia pediátrica
• gastroenterologia pediátrica
• homeopatia pediátrica
• neurologia pediátrica
• pneumologia pediátrica
• otorrinolaringologia pediátrica
• ortopedia e traumatologia
pediátrica
• alergologia pediátrica
• dermatologia pediátrica
• psicologia
• fonoaudiologia
Internação
• pediatria
• UTI-neonatal
• UTI-pediátrica
• cirurgia pediátrica
Pronto
atendimento
• pediátrico
Serviço auxiliar
• eletroencefalograma
• impedanciometria
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
• patologia e citopatologia
• potencial evocado auditivo
• potencial evocado somatossensitivo
• radiologia
• teste alérgico
• vídeo endoscopia
• mapeamento cerebral com eeg
Consultas de urgência e eletivas
Total 38
1.389.794
39
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Casa de Saúde
Nossa Senhora
do Carmo
Rio de Janeiro – Campo Grande
Rua Jaguaruna, 105 - Telefone: 3316-2992
Consulta
• clínica médica
• cardiologia
• gastroenterologia
• geriatria
• hematologia
• neurologia
• pediatria
• pneumologia
e tisiologia
• reumatologia
• nefrologia
• alergia e imunopatologia
• ginecologia
• angiologia
• cirurgia vascular
e linfática
• cirurgia de cabeça
e pescoço
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do
aparelho digestivo
e anexos
• ginecologia
e obstetrícia
• mastologia
40
• cirurgia da mão
• neurocirurgia
• oftalmologia
• otorrinolaringologia
• ortopedia e
traumatologia
• cirurgia pediátrica
• cirurgia plástica
reparadora
• cirurgia torácica
• urologia
• oftalmologia pediátrica
• urologia pediátrica
• gastroenterologia
pediátrica
• proctologia
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• neurologia
pediátrica
• cardiologia pediátrica
• ortopedia
e traumatologia
pediátrica
• dermatologia pediátrica
• nutrição
• fonoaudiologia
Casa de
Saúde Santa
Therezinha
Internação
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• cirurgia cardíaca
• cirurgia ginecológica
• cirurgia torácica
• cirurgia vascular
• clínica médica
• neurologia
• maternidade
• neurocirurgia
• oftalmologia
• oncologia
• otorrinolaringologia
• UTI-adulto
• UTI-neonatal
• cirurgia geral
• cirurgia pediátrica
• ortopedia e traumatologia
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
• hematologia
• pneumologia
• reumatologia
• nefrologia
• angiologia
• ginecologia e obstetrícia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia de cabeça e pescoço
• cirurgia videolaparoscópica
Pronto atendimento
• obstétrico/ginecológico
• traumato-ortopédico
• clínica médica
Serviço auxiliar
• campimetria
• cardiotocografia
• colangiopancreatografia
• colonoscopia
• densitometria óssea
• eletroencefalograma
• fisioterapia
• fisioterapia respiratória
• fotocoagulação a laser
• hemodinâmica
• laringoscopia
• impedanciometria
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• litotripsia extracorpórea
• mamografia
• mapeamento de retina
• potenc. evocado
somatossensitivo
• prova de função pulmonar
• radiologia
• ressonância magnética
• retinografia
• retinografia fluorescente
• teste ergométrico
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
• usg globo ocular
• urodinâmica
• audiometria
• angioplastia
• broncoscopia
• dopplerfluxometria
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• eletroneuromiografia
• holter 24 horas
• teste alérgico
• retossigmoidoscopia
• perfil biofísico fetal
• arteriografia
• histeroscopia
• mapa
• vídeo-histeroscopia
• videoendoscopia
• radiologia intervencionista
• mapeamento cerebral com eeg
• RPG reeducação postural
global
• acupuntura
Rio de Janeiro – Tijuca
Rua Moura Brito, 95/105 - Telefone: 3978-8000
Consulta
• clínica médica
• cardiologia
• gastroenterologia
• hematologia
• neurologia
• pediatria
• alergia e
imunopatologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• cirurgia de cabeça
e pescoço
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• cirurgia da mão
• neurocirurgia
• oftalmologia
• otorrinolaringologia
• ortopedia e
traumatologia
• cirurgia plástica
reparadora
• cirurgiatorácica
• urologia
• proctologia
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• homeopatia
• homeopatia pediátrica
Internação
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• cirurgia cardíaca
• cirurgia ginecológica
• cirurgia torácica
• cirurgia vascular
• clínica médica
• neurologia
• maternidade
• neurocirurgia
• oftalmologia
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• otorrinolaringologia
• UTI-adulto
• UTI-neonatal
• cirurgia geral
• ortopedia
e traumatologia
• cardiologia
• gastroenterologia
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• angiologia
• ginecologia e obstetrícia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• cirurgia videolaparoscópica
Pronto atendimento
• cardiológico
• obstétrico/ginecológico
• traumato-ortopédico
• clínica médica
Serviço auxiliar
• cardiotocografia
• colangiopancreatografia
• colonoscopia
• densitometria óssea
• fisioterapia
• hemodinâmica
• impedanciometria
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• mamografia
• mapeamento de retina
• potenc. evocado
somatossensitivo
• radiologia
• ressonância magnética
• retinografia
• retinografia fluorescente
• teste ergométrico
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
• urodinâmica
• audiometria
• angioplastia
• doppler fluxometria
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• eletroneuromiografia
• holter 24 horas
• teste alérgico
• retossigmoidoscopia
• perfil biofísico fetal
• arteriografia
• mapa
• videoendoscopia
• radiologia intervencionista
• mapeamento cerebral
com eeg
• RPG reeducação postural
global
• emissão otoacústica evocada
41
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Clínica
Ênio Serra
Hospital
Balbino
Rio de Janeiro – Laranjeiras
Rua Soares Cabral, 36
Telefones: 2125-6911/2125-6912
Rio de Janeiro – Olaria
Rua Angélica Mota, 90 - Telefone: 3977-2000
• hematologia
• pneumologia
• reumatologia
• nefrologia
• angiologia
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• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia de cabeça e pescoço
• cirurgia videolaparoscópica
Consulta
• clínica médica
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• geriatria
• neurologia
• pneumologia
e tisiologia
• psiquiatria
• reumatologia
• nefrologia
• ginecologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• cirurgia de cabeça
e pescoço
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• mastologia
• cirurgia da mão
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• oftalmologia
• otorrinolaringologia
42
• ortopedia e traumatologia
• cirurgia plástica
reparadora
• cirurgia torácica
• urologia
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• proctologia
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• nefrologia
• angiologia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• proctologia
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• cirurgia videolaparoscópica
Pronto
atendimento
• clínica médica
Serviço auxiliar
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patológica e citopatologia
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somatossensitivo
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• holter 24 horas
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imunopatologia
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vascular e linfática
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Internação
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• neurocirurgia
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• colangiopancreatografia
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• fisioterapia respiratória
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• laringoscopia
• impedanciometria
• laboratório de análises
clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• potenc. evocado
somatossensitivo
• prova de função pulmonar
• radiologia
• teste ergométrico
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
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• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• endoscopia digestiva
• fisioterapia
• fisioterapia respiratória
• hemodinâmica
• laringoscopia
• impedanciometria
• laboratório de análises
clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• potenc. evocado
somatossensitivo
• prova de função pulmonar
• radiologia
• teste ergométrico
• tomografia
computadorizada
• ultrassonografia
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• vídeo-histeroscopia
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• RPG reeducação postural
global
• emissão otoacústica evocada
• acupuntura
43
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Hospital
Climede
Hospital de
Clínicas de
Jacarepaguá
Rio de Janeiro – Vaz Lobo
Rua Carolina Amado, 280
Telefone: 3341-7000
Consulta
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vascular e linfática
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• otorrinolaringologia
• ortopedia e
traumatologia
• cirurgia pediátrica
• cirurgia plástica
reparadora
• cirurgia torácica
• urologia
44
Rio de Janeiro – Jacarepaguá
Rua Bacairis, 499 - Telefone: 3987-7000
• oftalmologia pediátrica
• proctologia
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respiratória
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clínicas
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anatomia patológica e
citopatologia
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somatossensitivo
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• tomografia
computadorizada
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traumatologia
• cardiologia
• gastroenterologia
• hematologia
• reumatologia
• nefrologia
• angiologia
• cirurgia plástica
reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia
videolaparoscópica
Pronto
atendimento
• cardiológico
• traumato-ortopédico
• clínica médica
Serviço auxiliar
• colangiopancreatografia
• colonoscopia
• densitometria óssea
• eletroencefalograma
• hemodinâmica
• laringoscopia
• mamografia
• potencial evocado
auditivo
• prova de função pulmonar
• radiologia
• teste ergométrico
• tomografia
computadorizada
• ultrassonografia
• angioplastia
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• holter 24 horas
• retossigmoidoscopia
• arteriografia
• histeroscopia
• mapa
• vídeo-histeroscopia
• videoendoscopia
45
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Hospital
Memorial
Fuad Chidid
Hospital de Clínicas
Dr. Aloan
Rio de Janeiro – São Cristóvão
Rua Chaves Faria, 64
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Consulta
• clínica médica
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
• geriatria
• hematologia
• pediatria
• pneumologia e
tisiologia
• reumatologia
• nefrologia
• alergia e
imunopatologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• ginecologia e
obstetrícia
• mastologia
• cirurgia da mão
• neurocirurgia
• oftalmologia
• otorrinolaringologia
46
• ortopedia e traumatologia
• cirurgia pediátrica
• cirurgia plástica
reparadora
• cirurgia torácica
• urologia
• oftalmologia pediátrica
• proctologia
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• homeopatia
• homeopatia pediátrica
• psicologia
• nutrição
• fonoaudiologia
• cirurgia bariátrica
Internação
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• cirurgia ginecológica
• cirurgia torácica
• cirurgia vascular
• clínica médica
• neurologia
• maternidade
Rio de Janeiro – Engenho de Dentro
Rua José dos Reis, 81. Telefones: 3541-2500 /2597-8047
• neurocirurgia
• oftalmologia
• oncologia
• otorrinolaringologia
• UTI-adulto
• cirurgia geral
• cirurgia pediátrica
• ortopedia e traumatologia
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
• hematologia
• pneumologia
• reumatologia
• nefrologia
• angiologia
• ginecologia e obstetrícia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia videolaparoscópica
PRONTO
ATENDIMENTO
• Clínica Médica (das 8 às 19h,
de segunda a sexta)
Serviço auxiliar
• campimetria
• cardiotocografia
• colonoscopia
• densitometria óssea
• endoscopia digestiva
• fisioterapia
• fisioterapia respiratória
• impedanciometria
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• mamografia
• mapeamento de retina
• prova de função pulmonar
• radiologia
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
• usg globo ocular
• audiometria
• dopplerfluxometria
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• holter 24 horas
• teste alérgico
• timpanometria
• retossigmoidoscopia
• arteriografia
• histeroscopia
• mapa
• vídeo-histeroscopia
• RPG reeducação
postural global
• acupuntura
• tomografia de coerência
óptica
Consulta
• clínica médica
• cardiologia
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• geriatria
• infectologia
• neurologia
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e tisiologia
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• alergia e
imunopatologia
• ginecologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• cirurgia de cabeça
e pescoço
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• ginecologia e obstetrícia
• mastologia
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• neurocirurgia
• oftalmologia
• otorrinolaringologia
• ortopedia e traumatologia
• cirurgia plástica
reparadora
• urologia
• oftalmologia pediátrica
• urologia pediátrica
• gastroenterologia
pediátrica
• proctologia
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• homeopatia
• homeopatia pediátrica
• pneumologia pediátrica
• cardiologia pediátrica
• alergologia pediátrica
• psicologia
• nutrição
• fonoaudiologia
Internação
• cirurgia crânio-maxilo-facial
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• cirurgia ginecológica
• cirurgia torácica
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• clínica médica
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• neurocirurgia
• oftalmologia
• oncologia
• otorrinolaringologia
• pediatria
• UTI-adulto
• cirurgia pediátrica
• ortopedia e traumatologia
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
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• angiologia
• ginecologia e obstetrícia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia de cabeça e pescoço
• cirurgia videolaparoscópica
Pronto
atendimento
• cardiológico
• pediátrico
• traumato-ortopédico
• cirurgia geral
• clínica médica
Serviço auxiliar
• campimetria
• colangiopancreatografia
• colonoscopia
• endoscopia digestiva
• fisioterapia
• fisioterapia respiratória
• fotocoagulação a laser
• hemodinâmica
• laringoscopia
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• litotripsia extracorpórea
• mapeamento de retina
• prova de função pulmonar
• radiologia
• teste ergométrico
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
• usg globo ocular
• angioplastia
• dopplerfluxometria
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• eletroneuromiografia
• holter 24 horas
• litotripsia
• teste alérgico
• ecocardiograma pediátrico
• retossigmoidoscopia
• ecodoppler fetal
• arteriografia
• mapa
• vídeo-histeroscopia
• radiologia intervencionista
• RPG reeducação postural global
• acupuntura
47
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Hospital
Santa Maria
Madalena
Hospital
São Matheus
Rio de Janeiro – Bangu
Rua Silva Cardoso, 689
Telefone: 3257-2500
Rio de Janeiro – Ilha do Governador
Estrada do Dendê, 1086 - Telefone: 2122-0755
Consulta
• clínica médica
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e tisiologia
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imunopatologia
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vascular e linfática
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clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
48
• ginecologia e obstetrícia
• mastologia
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• otorrinolaringologia
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• cirurgia plástica
reparadora
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• oftalmologia pediátrica
• endocrinologia pediátrica
• nefrologia pediátrica
• gastroenterologia
pediátrica
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• homeopatia
• homeopatia pediátrica
• neurologia pediátrica
• hematologia pediátrica
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• fonoaudiologia
• cirurgia bariátrica
• cirurgia cardíaca pediátrica
Serviço
auxiliar
• fisioterapia
• fisioterapia respiratória
• laringoscopia
• prova de função pulmonar
• teste ergométrico
• ultrassonografia
• eletrocardiograma
• acupuntura
Consulta
• clínica médica
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
• geriatria
• neurologia
• pediatria
• nefrologia
• alergia e
imunopatologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• ginecologia e obstetrícia
• neurocirurgia
• otorrinolaringologia
• ortopedia e
traumatologia
• cirurgia plástica
reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia crânio-maxilo-facial
• cardiologia pediátrica
• psicologia
• nutrição
• fonoaudiologia
Internação
• cirurgia crânio-maxilo-facial
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• clínica médica
• neurologia
• maternidade
• neurocirurgia
• otorrinolaringologia
• UTI-adulto
• UTI-neonatal
• cirurgia geral
• ortopedia e traumatologia
• cardiologia
• gastroenterologia
• pneumologia
• angiologia
• ginecologia e obstetrícia
• cirurgia plástica reparadora
• urologia
• proctologia
• cirurgia urológica
• cirurgia de cabeça e pescoço
• cirurgia videolaparoscópica
Pronto
atendimento
• cardiológico
• traumato-ortopédico
(atendimento até as 20h)
• cirurgia geral
• clínica médica
Serviço
auxiliar
• cardiotocografia
• colonoscopia
• densitometria óssea
• eletroencefalograma
• endoscopia digestiva
• laringoscopia
• impedanciometria
• laboratório de análises clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• mamografia
• radiologia
• tomografia computadorizada
• ultrassonografia
• audiometria
• dopplerfluxometria
• ecocardiograma
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• eletroneuromiografia
• teste alérgico
• timpanometria
• retossigmoidoscopia
• histeroscopia
• mapa
• vídeo-histeroscopia
• videoendoscopia
• radiologia intervencionista
• mapeamento cerebral
com eeg
• tilt teste
49
Hospitais Fundadores
ASSIMSAÚDE25ANOS
Hospital
São Victor
SAMCI - Serviço de
Assistência Médico-Cirúrgica Infantil
Rio de Janeiro – Tijuca
Rua Uruguai, 231
Telefones: 2142-7150/2142-7171
Consulta
• clínica médica
• cardiologia
• endocrinologia
• gastroenterologia
• neurologia
• pediatria
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tisiologia
• alergia e imunopa
tologia
• ginecologia
• angiologia-cirurgia
vascular e linfática
• dermatologia
clínico-cirúrgica
• cirurgia do aparelho
digestivo e anexos
• cirurgia da mão
• oftalmologia
50
Rio de Janeiro – Tijuca
Rua São Francisco Xavier, 163/165 - Telefone: 3094-4747
• otorrinolaringologia
• ortopedia e traumatologia
• cirurgia plástica
reparadora
• urologia
• proctologia
• homeopatia
• psicologia
• nutrição
Pronto
atendimento
• clínica médica
(de segunda a sexta das
8h às 19h, sábado
das 8h as 11h45)
Serviço
auxiliar
• densitometria óssea
• endoscopia digestiva
• fisioterapia
• laboratório de análises
clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• mamografia
• prova de função pulmonar
• radiologia
• tomografia
computadorizada
• ultrassonografia
• ecodoppler
• eletrocardiograma
• holter 24 horas
• acupuntura
Consulta
• pediatria
• cirurgia pediátrica
• endocrinologia
pediátrica
• nefrologia pediátrica
• urologia pediátrica
• cirurgia buco-maxilo-facial
pediátrica
• gastroenterologia
pediátrica
• neurologia pediátrica
• pneumologia
pediátrica
• cardiologia pediátrica
• otorrinolaringologia
pediátrica
• ortopedia e
traumatologia
pediátrica
• alergologia pediátrica
• dermatologia
pediátrica
Pronto
atendimento
PEDIÁTRICO
Serviço auxiliar
• eletroencefalograma
• laringoscopia
• impedanciometria
• laboratório de análises
clínicas
• laboratório de anatomia
patológica e citopatologia
• radiologia
• eletrocardiograma
• teste alérgico
• ecocardiograma pediátrico
• timpanometria
• audiometria pediátrica
• mapeamento cerebral
com eeg
• emissão otoacústica
evocada
• bera
51
Rede própria
ASSIMSAÚDE25ANOS
O Assim não
para de crescer
O movimento constante de aquisição de novos
centros de saúde, clínicas e hospitais reflete a
atenção dispensada pelo Grupo à saúde do carioca.
Hoje, 25 anos após a fundação, a rede própria mais
que triplicou. Atualmente ela cobre todo o Grande
Rio e consolida o Assim como detentor da maior
rede própria de hospitais da América Latina.
Hospital de Clínicas de Jacarepaguá
Rua Bacairis, 499 – Jacarepaguá
Hospital de Clínicas Dr. Aloan
Rua Chaves Faria, 64 – São Cristóvão
Hospital ASSIM Méier
Rua Tenente Costa, 160 – Méier
Hospital Memorial Fuad Chidid
Rua José dos Reis, 81 – Engenho de Dentro
Hospital Memorial Santa Cruz
ASSIM – Centro Médico Bonsucesso
Avenida Paris, 356 – Bonsucesso
ASSIM – Centro Médico Campo Grande I
Rua Albertina, 5 – Campo Grande
ASSIM – Centro Médico Campo Grande II
Rua Aracaju, 25 – Campo Grande
ASSIM – Centro Médico Copacabana
Rua Siqueira Campos, 121, sl. 901 a 904 – Copacabana
ASSIM – Centro Médico Duque de Caxias
Rua Conde de Porto Alegre, 182 – 25 de Agosto –
Duque de Caxias
ASSIM – Centro Médico Madureira
Rua Andrade Figueira, 167 – Madureira
ASSIM – Centro Médico Niterói
Rua São Sebastião, 32 – Centro – Niterói
ASSIM – Centro Médico Nova Iguaçu
Rua Coronel Alfredo Soares, 187 – Centro – Nova Iguaçu
ASSIM – Centro Médico Tijuca
Rua Araújo Pena, 62 e 68 – Tijuca
Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo
Rua Jaguaruna, 105 – Campo Grande
Casa de Saúde Santa Therezinha
Rua Moura Brito, 95/105 – Tijuca
Casa de Saúde São Bento
Rua Manuel Bonfim, 76 – Ilha do Governador
Centro Médico Jaguaruna
Rua Jaguaruna, 130 – Campo Grande
Centro Médico PJ
Rua Caviana, 138 – Jacarepaguá
Centro Médico Santa Maria Madalena
Estrada do Dendê, 1086 – Ilha do Governador
Clínica Cirúrgica Santa Bárbara
Rua Paulo Barreto, 41/51 – Botafogo
Clínica Ênio Serra
Rua Soares Cabral, 36 – Laranjeiras
Hospital Balbino
Rua Angélica Mota, 90 – Olaria
Hospital Climede
Rua Carolina Amado, 280 – Vaz Lobo
Rua Felipe Cardoso, 759 – Santa Cruz
Hospital Pan Americano
Rua Moura Brito, 138 – Tijuca
Hospital Santa Maria Madalena
Estrada do Dendê, 668 – Ilha do Governador
Hospital São Matheus
Rua Silva Cardoso, 689 – Bangu
Hospital São Sebastião
Rua Dr. March, 207 – Barreto – Niterói
Hospital São Victor
Rua Uruguai, 231 – Tijuca
Hospital ASSIM Tijuca
Rua Delgado de Carvalho, 22 – Tijuca
Hospital Vital
Rua José dos Reis, 41 – Engenho de Dentro
Memorial Penha
Rua Cintra, 473 – Penha
Memorial Rocha Miranda
Rua dos Rubis, 199 – Rocha Miranda
Memorial Santa Cruz
Rua Visconde de Sepetiba, 13 – Santa Cruz
Memorial Todos os Santos
Rua Cirne Maia, 56 – Cachambi
Memorial Vista Alegre
Avenida Brás de Pina, 2095 – Vista Alegre
Oncorio
Avenida Ministro Edgard Romero, 244,
sl. 805 a 810 – Madureira
PSIL – Pronto Socorro Infantil Lagoa
Rua Jardim Botânico, 448 – Jardim Botânico
SAMCI – Ambulatório de
Especialidades Pediátricas
Rua São Francisco Xavier, 163/165 – Tijuca
SAMCI – Hospital Infantil
Rua Silva Teles, 52 – Andaraí
SICOR Centro Médico
Rua Visconde de Santa Cruz, 172 – Engenho Novo
Rua Coronel Serrado, 1000, sl. 1401 a 1409
Zé Garoto – São Gonçalo
Memorial Barra
Tiju Med Serviços Médicos
Avenida Gilberto Amado, 328 – Barra da Tijuca
Memorial Botafogo – AMIU
Rua Muniz Barreto, 535 – Botafogo
Memorial Del Castilho
Avenida Dom Helder Câmara, 5597 – Del Castilho
52
Memorial Engenho de Dentro
Rua Conde de Bonfim, 112 - Lj A - Tijuca
Tijucor
Rua Conde de Bonfim, 143 – Tijuca
Memorial Jacarepaguá
Rua Araguaia, 13 – Jacarepaguá
53
Células-tronco
ASSIMSAÚDE25ANOS
Cientistas
investem
pesado
neste tipo
de tratamento,
considerado
hoje a maior
terapia do
século 21
Células-tronco
Novas terapias
revolucionam
tratamento de
doenças graves
Os recentes avanços da Medicina
estão tornando os tratamentos de
doenças graves mais acessíveis à
população brasileira e renovando a
esperança em milhares de pacientes
que sonham com a cura para seus
males, mas não dispõem de recursos
para custear tecnologias de alta
complexidade.
A terapia celular, nome dado à
aplicação de células-tronco na regeneração de órgãos e tecidos, está
revolucionando o tratamento de
algumas enfermidades.
Na última década, cientistas vêm
apostando todas as fichas no tratamento com células-tronco, considerado atualmente a maior terapia
do século 21. A aplicação é a alternativa mais viável economicamente ao
programa de doação de órgãos para
transplantes. Nos Estados Unidos, os
serviços de transplantes de órgãos
atendem menos de 10% dos pacientes, em parte pela falta de doadores
ou pelo alto
54
55
Células-tronco
ASSIMSAÚDE25ANOS
custo do procedimento.
Com o uso de células-tronco na regeneração
dos órgãos doentes, pesquisadores trabalham para
produzir em laboratório,
num futuro próximo, células
de órgãos humanos para
serem transplantadas com
menor risco de rejeição.
O Brasil
possui dez
Bancos
Públicos
de sangue
de cordão
umbilical para
atender a 1.000
pacientes
que precisam
transplantar
a medula
óssea e não
têm um
doador
na família.
Pesquisas recentes
demonstraram a presença
de células-tronco específicas no fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central
e pele. Apesar de todas as
expectativas, o uso da
terapia celular ainda é recente e experimental. Como
qualquer remédio novo,
o tratamento precisa ser
aprovado por órgãos
reguladores antes de ser
usado em seres humanos.
No Brasil, a terapia está
limitada ao tratamento de
doenças onco-hematológicas e do Sistema Imune:
leucemias, linfomas, anemias graves congênitas e
adquiridas, mielodisplasias,
mieloma múltiplo, doenças autoimunes, erros do
metabolismo e imunodeficiências.
Já estão em tratamento
experimental pacientes
com doenças articulares,
ortopédicas, neurológicas,
oftalmológicas e vasculares
– porém, ainda sem autorização para uso rotineiro,
já que os estudos não contam até então com resultados comprovados.
As principais fontes de células para estes tratamen-
56
tos são a medula óssea, a
gordura e o sangue do
cordão umbilical.
Atualmente, o Brasil possui dez bancos públicos de
sangue de cordão umbilical
em funcionamento (São
Paulo, Rio de Janeiro,
Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Belém,
Porto Alegre e Recife)
para atender cerca de mil
pacientes que precisam se
submeter ao transplante de
medula óssea e não têm um
doador entre os familiares.
Os bancos mantidos pelo
Instituto Nacional do Câncer (Inca), através da Rede
BrasilCord, mantêm 15 mil
unidades de cordão umbilical armazenadas, sendo que
160 já foram utilizadas em
transplantes.
Criada em 2004, a rede é
abastecida com material
genético doado por gestantes em todas as regiões do
país. A coleta e o armazenamento de cada amostra
custam em torno de R$ 3
mil para o Sistema Único de
Saúde (SUS). Se fosse importar o material, o governo
federal pagaria, em média,
R$ 50 mil por unidade. A
meta é que essas unidades
de cordão, somadas aos
doadores voluntários de
medula óssea, atendam a
toda a demanda de
transplante de medula do
Brasil.
Segundo o coordenador da
Rede BrasilCord e diretor
do Centro de Transplante
de Medula Óssea do
57
Células-tronco
ASSIMSAÚDE25ANOS
Instituto Nacional de Câncer
(Inca), Luis Fernando Bouzas, a rede é uma estratégia
para facilitar as buscas de
material para transplante de
medula óssea, dotando o
país de células-tronco para
quem precisa de um doador
para o transplante e que
não o encontra na família.
“A BrasilCord provém o país
de laboratórios capazes de
manipular células-tronco
para os transplantes e para
medicina regenerativa e
permite formar equipes nas
diferentes regiões do país,
estimulando a realização
dos transplantes sem a necessidade de locomoção de
paciente e doadores de sua
terra natal”, afirma Bouzas.
Na opinião do especialista, os tratamentos estão
ficando mais viáveis financeiramente para quem
precisa. “Com certeza. No
campo da onco-hematologia já é uma realidade. No
futuro próximo, as áreas
mais promissoras são as
doenças autoimunes, as
enfermidades ortopédicas,
musculares, reumatológicas, neurológicas e doenças
genéticas relacionadas ao
metabolismo”, avalia.
Congelamento
de cordão umbilical
A meta é que as
unidades de cordão
umbilical, somadas
aos doadores
voluntários de
medula óssea,
atendam a toda
a demanda de
transplante de
medula do Brasil.
A comercialização das técnicas de terapia celular sem
a devida comprovação da
sua eficácia chama a atenção de comunidades científicas. A preocupação com
a propagação do tratamento como salvação para todo
tipo de enfermidade levou
a Sociedade Internacional
para Pesquisa com Células-Tronco (ISSCR) a elaborar
um manual para pacientes
que pretendem se submeter
ao tratamento.
A consulta foi traduzida
para o português pela Rede
Nacional de Terapia Celular
que disponibilizou o conteúdo no portal da organização:
www.rntc. org.br/uploads/5/4/0/8/5408654/
manualdopaciente.pdf.
58
Uma das técnicas mais eficazes para o tratamento de
doenças a partir de células-tronco é o congelamento
do cordão umbilical. Após
o nascimento do bebê, o
cordão umbilical é pinçado e
separado do recém-nascido.
Durante o procedimento, são
coletados cerca de 100 ml de
sangue, de onde as células-tronco serão separadas e preparadas para o congelamento.
Atualmente as células-tronco retiradas do sangue
do cordão umbilical são
utilizadas no transplante de
medula óssea. O tratamento
é indicado para aproximadamente 70 tipos de doenças,
como leucemias, linfomas,
anemias graves, mieloma
múltiplo, imunodeficiências
congênitas e outras enfermidades do sistema sanguíneo.
De acordo com o Inca, a
doação voluntária é sigilosa
e não há nenhuma troca de
informação entre o doador e
o paciente transplantado. As
unidades coletadas recebem
um identificador numérico
que passa a ser a identidade
da bolsa. Toda referência a
ela passa a ser realizada com
esse número, e não mais
com o nome da gestante.
A doação pode ser feita
por qualquer pessoa maior
de 18 anos, que atenda às
seguintes exigências: ter feito
no mínimo duas consultas de
pré-natal, que o bebê
tenha nascido com mais de
35 semanas de gestação e
não ser portadora de câncer
ou anemias hereditárias. Os
doadores também deverão
procurar o serviço em
maternidades credenciadas
pelo programa da Rede
BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de
cordão no Brasil.
A maior vantagem do congelamento de cordão é que
não há necessidade de buscar doadores em situações de
emergência para retirada da
medula óssea. Também não é
A coleta e o armazenamento de cada amostra
custam em torno de R$ 3 mil para o SUS.
Se fosse importar o material, o governo
pagaria cerca de R$ 50 mil por unidade.
preciso correr contra o
tempo enquanto o hospital aguarda que a família
autorize a doação de órgão
de parentes que vieram a falecer. As células do cordão
estão disponíveis para o
transplante. É possível fazer
o procedimento mesmo que
o sangue do doador não
seja 100% compatível, o que
não acontece com o doador
de medula óssea.
Não há nenhum risco para
as doadoras do cordão, garante o Inca, que realiza
a coleta do material em três
maternidades do município
do Rio de Janeiro: Maternidade Municipal Carmela
Dutra, Hospital Naval Marcílio
Dias e Pró-Matre. A triagem e
coleta são feitas de segunda
a sexta-feira, das 7h às 19h
por profissionais capacitados
do próprio Inca.
59
Enfermidades
ASSIMSAÚDE25ANOS
As doenças crônicas
respondem por metade das
mortes ocorridas no mundo
Segundo a OMS,
quase um terço dos
brasileiros sofre com
alguma enfermidade
que compromete a
qualidade de vida.
Três em cada dez brasileiros sofrem com dores provocadas por doenças
crônicas. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam
que 60 milhões de pessoas no país possuem alguma enfermidade que ataca o corpo e compromete a qualidade de vida dos pacientes. O resultado é
que as doenças crônicas são responsáveis atualmente por mais da metade
das mortes ocorridas no mundo, ultrapassando as taxas de mortalidade
por doenças infecciosas e parasitárias, que lideravam o ranking na década
de 1980.
O alerta da OMS chama a atenção para um dos mais graves problemas da
saúde pública, que afeta populações de países ricos e pobres. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) – principalmente do aparelho
circulatório, câncer, doenças respiratórias, diabetes e musculoesqueléticas
– estão associadas a fatores de riscos imutáveis, como idade, sexo e raça.
No entanto, muitas delas poderiam ser evitadas, pois são relacionadas
a maus hábitos adquiridos ao longo da vida, como tabagismo, ingestão
inadequada de gorduras saturadas de origem animal, dieta com muito sal,
baixo consumo de frutas e verduras nas refeições e o consumo excessivo
de bebidas alcoólicas. Já está provado que o álcool consumido além da
conta eleva o surgimento de doenças psiquiátricas, quadros de depressão,
psicoses e transtornos neurológicos que levam a mortes prematuras e
abalam a condição econômica das famílias.
Dependência do cigarro
Estudo coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, junto com o
Instituto Nacional do Câncer, revelou que quanto maior a escolaridade
do brasileiro maior o consumo de frutas, legumes e verduras. No outro
extremo, quanto menos tempo na escola, maior a dependência do álcool e
do cigarro.
60
61
Enfermidades
ASSIMSAÚDE25ANOS
Qualidade
de vida:
uma rotina
de exercícios
e de práticas
esportivas
ajuda a
promover
um viver
mais saudável
em qualquer
faixa etária
Outra pesquisa coordenada
pela Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), com 4.607 pessoas maiores de 14 anos, em 149
municípios, descobriu que os
brasileiros estão bebendo cada
vez mais, sobretudo os jovens. O
índice dos que bebem regularmente subiu de 45% para 59%.
Entre a população feminina o
percentual aumentou de 36%
para 49%. “O aumento do consumo de álcool entre as mulheres
terá consequências importantes
do ponto de vista da saúde
pública no médio prazo, pois vai
aumentar as taxas de câncer entre
elas”, estima o médico Ronaldo
Laranjeira, que coordenou a
pesquisa.
Na opinião do especialista, o
crescimento econômico do
Brasil nos últimos dez anos e o
consequente aumento da renda
per capita é uma das razões do
aumento no consumo de álcool.
“O brasileiro em geral está com
maior poder aquisitivo. Os que
bebem estão gastando mais
com bebida, especialmente as
mulheres”, disse o professor da
Unifesp.
O levantamento também mostrou um índice mais elevado de
depressão entre os que abusam
do álcool: 41%, enquanto a
média de depressão na população
em geral é de 25%.
Processo de transição
Seguindo uma tendência mundial
que se manifesta desde a década
de 60, o Brasil vem passando
por um processo de transição
demográfica, epidemiológica
e nutricional, acentuado pela
62
queda da fecundidade e pelo
aumento do número de idosos.
De acordo com o Ministério da
Saúde, as doenças crônicas não
transmissíveis constituem hoje
o problema de saúde de maior
magnitude no Brasil, que afeta
principalmente camadas mais
pobres da população e grupos
vulneráveis. As doenças cardiovasculares são responsáveis
por 31% do total de óbitos por
causas conhecidas. As neoplasias
representam a segunda causa de
mortes.
As desigualdades sociais são
determinantes para o desenvolvimento dessas enfermidades,
que já correspondem a 72% das
causas de mortes e de 75% dos
gastos com atenção à saúde no
Sistema Único de Saúde (SUS).
Por outro lado, o aumento da
renda do brasileiro e o acesso
maior a bens e produtos também
contribuíram de maneira negativa
para a incorporação de hábitos de
consumo não saudáveis, observados em países desenvolvidos,
como a ingestão de comidas
processadas e industrializadas do
tipo fast food, ricas em gorduras
saturadas.
Por se tratar de problemas de
longa duração, em geral, as
doenças crônicas estão entre as
enfermidades que mais demandam ações, procedimentos e
serviços médicos e ambulatoriais.
Segundo dados do Sistema de
Informações Hospitalares, em
2010, o valor total pago pelos
quatro principais grupos de
DCNT (doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes e
cânceres) foi de R$ 3,3 bilhões; e,
em 2011, R$ 3,6 bilhões.
Estratégias
públicas voltadas
para a prevenção
Diante desses desafios, o Ministério da Saúde elaborou,
em parceria com organismos nacionais e internacionais,
o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil. A
expectativa é ampliar nos próximos dez anos políticas
públicas voltadas para prevenção de riscos e controle
das DCNT, sustentadas pelo fortalecimento dos serviços
de saúde, focando a atenção na vigilância, informação,
avaliação e monitoramento, junto com ações de promoção da saúde e cuidado integral.
O plano propõe ações voltadas para a prática de uma
alimentação saudável, atividade física, prevenção ao uso
do tabaco e álcool, envelhecimento ativo, distribuição
gratuita de medicamentos para hipertensos e diabéticos, atenção às urgências e atendimento domiciliar.
“Há várias ações no ministério para promover hábitos
de vida saudável e evitar mortes prematuras a partir da
melhoria de indicadores relacionados ao álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, que são
fatores de risco”, afirma Deborah Malta, diretora de
Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde.
Ela explica que, por causa da importância do sal no
crescimento da hipertensão arterial, foi assinado acordo
para a redução gradativa do teor de sódio nos alimentos processados como temperos, caldos, pães, biscoitos, maionese, cereais matinais e margarinas, entre
outros.
Deborah Malta afirma que a prevenção tem sido o foco
de várias ações do ministério, entre elas o programa
Saúde na Escola, que leva profissionais de saúde à rede
pública de ensino, e o Programa Saúde Não Tem Preço,
que distribui medicamentos gratuitos para tratamento
do diabetes, hipertensão arterial e asma, que já beneficiou cerca de 14 milhões de pessoas. “Para desestimular
o uso e especialmente a experimentação do cigarro
entre os adolescentes, já foi proibido o uso de aditivos
de sabor, como o mentol e o cravo, nos cigarros comercializados no Brasil”, diz a representante do Ministério da Saúde.
Outra medida adotada pelo governo federal foi a publicação de uma portaria que cria uma rede de atenção
a pacientes crônicos dentro do SUS para prevenção
e tratamento da diabetes, da hipertensão arterial, de
alguns tipos de cânceres e da obesidade. A proposta do
Ministério da Saúde é que esses pacientes sejam
acolhidos nas Unidades Básicas de Saúde, por equipes
multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiros e
outros profissionais da área, que deverão fazer o acompanhamento permanente. A prevenção e o controle da
hipertensão arterial e do diabetes são ações prioritárias.
Para a hipertensão estão previstas: ações educativas para
controle de condições de risco (obesidade, sedentarismo,
tabagismo) e prevenção de complicações, diagnóstico de
casos, cadastramento de portadores, diagnóstico precoce
de complicações e primeiro atendimento de urgência.
Para o diabetes estão previstas medidas preventivas de
combate à obesidade e ao sedentarismo, cuidados com
os pés, orientação nutricional e fim do tabagismo e alcoolismo, monitorização dos níveis de glicose sanguínea e
encaminhamento de casos.
O serviço de atenção básica deverá caminhar junto com
o Programa Academia da Saúde, principal estratégia do
governo para aumentar a prática de atividades físicas na
população. Uma pessoa com diabetes e sobrepeso poderá
ser encaminhada a um polo da Academia de Saúde, após
receber medicamentos do SUS. A proposta é implantar
academias com equipamentos e profissionais em todas as
regiões do país.
A meta é dar condições para o estabelecimento de
políticas públicas que promovam um viver mais saudável,
favorecendo a prática de atividades físicas e de lazer, o
acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de
tabaco, visando à melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
63
Saúde mental
ASSIMSAÚDE25ANOS
A interferência
dos sentidos no
corpo e na mente
Desde que as lutas contra os manicômios da segunda
metade do século XX chamaram a atenção para o relativismo dos estados de loucura, entre outros fatores, a
comunidade científica e a filosofia moderna encontram
dificuldades para definir o que seria o chamado ‘padrão
de normalidade’, isto é, o que seria considerado como
‘saudável’ para o convívio em comum.
O psiquiatra e pesquisador Alcides Capão Mattos, especializado em hipnoterapia e acupuntura, lembra que o
assunto não é novo e que esta discussão estava em voga
já no início do século passado, no auge do positivismo
e da ânsia da Ciência de tentar ‘catalogar’ todos os
comportamentos sociais humanos. Um caso está
registrado com ironia e sarcasmo no célebre conto ‘O
Alienista’, de Machado de Assis, dessa época.
A saúde humana sofre interferência dos mais variados fatores, inclusive dos sentidos humanos, que têm
a ver com a forma como percebemos o mundo”,
afirma Capão Mattos, explicando que uma pessoa com
deficiência auditiva vai compreender o mundo de uma
forma diferente do que uma pessoa com deficiência
visual, por exemplo. Mas, mesmo entre
as pessoas que têm os sentidos funcionando em sua
plenitude, há sempre uma valorização de um ou outro
aspecto. “Há pessoas mais ‘auditivas’, digamos assim,
há outras pessoas mais ‘visuais’, e por aí vai”, explica.
“A perda de um sentido
afeta radicalmente a vida de
uma pessoa, podendo conduzir
a um estado de loucura,
momentâneo ou não”
Alcides Capão Mattos
Especialistas ressaltam a
importância da arte e da
cultura como elementos
terapêuticos fundamentais
nos tratamentos psicológicos.
Insensibilidade à dor
O médico lembra que existem
casos raros na história da Medicina, como o de pessoas que
sofrem de ‘neuropatia hereditária sensitiva autonômica’ ou
‘insensibilidade congênita à dor’. Isso mesmo: elas não sentem dor nem frio. De acordo com o Departamento de
Neurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a estimativa é que 30 brasileiros sofram com o problema. É uma
doença tão rara que a média mundial é de menos de uma
pessoa para cada grupo de um milhão.
A doença é de origem genética e não tem tratamento. Prejudica a sensibilidade dos nervos periféricos, que transmitem
as sensações para a medula espinhal e o encéfalo, por conta
de uma mutação no canal eletroquímico ligado ao sistema
nervoso central. Quanto mais distante da medula, menor é a
capacidade de a pessoa sentir dor.
Já a chamada Síndrome de Riley-Day, além de provocar
insensibilidade à dor, causa ainda incapacidade de produzir
lágrimas, de sentir o gosto dos alimentos e também de sentir
cheiro. A forma como os pacientes reagem a esses estados
varia muito de uma pessoa para outra. Mas o fato é que eles
tendem a se machucar e até a se queimar sem perceber.
Quando crianças, os cuidados têm de ser redobrados. Em
algumas pessoas, a doença ocasiona estados depressivos.
Outro caso raro é a perda do olfato, chamada anosmia
ou Síndrome de Kallmann, uma disfunção hormonal que
prejudica o bolbo olfativo e também pode ser de origem
genética.
Impactos psicológicos
A ausência ou deficiência de um sentido tende naturalmente a potencializar o outro, mas também pode provocar impactos psicológicos graves, ressalta o especialista,
conforme o preparo e o equilíbrio mental de cada um.
“Uma mudança dessas afeta radicalmente a vida de uma
pessoa, podendo conduzir a um estado de loucura, momentâneo ou não”, diz ele, ressaltando, porém, que não é
possível estabelecer nenhuma relação direta entre cegueira
e loucura ou surdez e loucura. “A forma como uma pessoa aceita esse novo estado é que vai definir o impacto
psicológico, e não a coisa em si”, declarou.
Para o psiquiatra, os estados de loucura podem surgir
momentaneamente ou se instalar durante semanas, meses
ou anos na vida de uma pessoa, e é resultado de uma
conjunção múltipla de fatores, que vão desde a predisposição genética ao ambiente externo em que se convive.
“Os primeiros anos de vida certamente fazem toda a
diferença. Mas qualquer pessoa é passível de sofrer uma
doença mental em qualquer idade”, esclarece.
Não há uma receita para se evitar as doenças da loucura
ou desequilíbrios emocionais, mas Capão Mattos ressalta
a importância de se cultivar ‘bons hábitos’, como buscar
relações afetivas sólidas, adotar uma dieta rica em frutas
e verduras, praticar exercícios aeróbicos, entre outras
práticas saudáveis. “Uma caminhada certamente ajuda a
combater a depressão, pode anotar”, afirma o
médico.
A cultura a serviço da doença
Já a psicanalista, educadora e terapeuta cultural Maria
Inez do Espírito Santo aponta para a existência de uma
sociedade contemporânea adoecida. “Não temos um indivíduo doente, temos uma sociedade doente”, afirma ela,
que destaca também a questão da forma, de ‘como’
recebemos determinada notícia ou uma mudança brusca
em nossas vidas.
Funciona mais ou menos assim: o paciente vai ao consultório, conta seus problemas, e Maria Inez responde
às questões contando uma história. Parece uma coisa
simples, realmente é, mas a narrativa de um mito tem o
poder de ‘dinamizar o inconsciente’, pois é uma espécie
de espelho ou tradução do inconsciente. O trabalho leva
em conta também as coisas em comum, como o ‘era uma
vez’, que é atemporal e protagonizado por personagens
que sempre estão cumprindo uma jornada arquetípica,
que se alegoriza em culturas diferentes, mas têm os
mesmos princípios de ‘dramaturgia’.
Do mito ao subconsciente
“Para se curar uma cultura
adoecida, é preciso usar
elementos dessa própria cultura.
É o mesmo princípio da
homeopatia ou da vacina”
Maria Inez do Espírito Santo
64
Considerando uma sociedade culturalmente adoecida, a
terapeuta propõe cuidar da ‘doença’ com a cultura. É isso
o que ela faz em seu consultório clínico, em que atende
diversas pessoas, principalmente mulheres, com os mais
variados problemas relativos à psique. O seu método
consiste em contar histórias e falar dos mitos de nossos
índios.
“Para se curar uma cultura adoecida, é preciso usar
elementos dessa própria cultura. É o mesmo princípio
da homeopatia ou da vacina”, assinala a terapeuta, autora
do livro ‘Vasos Sagrados – mitos indígenas brasileiros e o
encontro com o feminino’ (Record, 2009). Ainda segundo
ela, o contato de uma pessoa com o mito faz com que ela
se depare com as reações do seu inconsciente.
65
Saúde mental
ASSIMSAÚDE25ANOS
Atendimento Pré-hospitalar
A subjetividade do cliente, em contraponto
à objetividade do médico, leva a conflitos
que normalmente atingem as portas de
entrada dos serviços de urgência em geral
e a atenção pré-hospitalar em particular.
De alguma maneira, o mito ‘resolve’, no universo da
linguagem, aquilo que o paciente tem dificuldade de expressar, muitas vezes por não aceitar ou mesmo por não
entender os problemas mentais que está atravessando.
“O mito mostra que as questões que o paciente enfrenta
estão inscritas dentro de arquétipos milenares, o que cria
uma sensação de conexão, de identidade”, explica Maria
Inez. “O mito contribui para o que chamamos
de ‘deslizamento’ na psicanálise, quando o indivíduo
desliza daquela situação em que está empacado, para uma
situação de movimento, de dinamização”, prossegue.
Os conceitos de urgência e emergência são frequentemente confundidos não só pelo público leigo, mas também pelos profissionais envolvidos com o setor de saúde.
Por isso, é fundamental sua definição para uma adequada
tomada de decisão na organização deste tipo de cuidado.
Na contação de histórias, o primeiro sentido humano
provocado é a audição, que é considerado pela medicina
chinesa o órgão pelo qual a pessoa recebe as vibrações
eletromagnéticas do infinito, como se fosse uma espécie de ‘antena’ exterior do corpo. Mas o ouvido é só o
começo, lembra Maria Inez, porque a partir da audição
se ‘atiça’ também o campo imagético, a visão, o tato, o
cheiro e o paladar. “Quando tratamos de mitos indígenas
brasileiros, que fazem referências a elementos da nossa
fauna e flora, isso nos faz aproximar da história, diferente
dos pés de maçã da Branca de Neve”, compara.
Trabalho do
celebrado
artista plástico
deficiente
mental Arthur
Bispo do
Rosário
A psicanalista ressalta a importância da arte como
elemento terapêutico fundamental para pessoas com os
mais variados tipos de problemas mentais ou psicológicos. Cita o caso do teatro para doentes mentais e ainda a
médica Nise da Silveira, precursora no Brasil do tratamento por meio da pintura e de outros recursos da arte.
“Até hoje estamos colhendo o fruto do trabalho dessa
grande médica”, diz a psicanalista.
“O erro de
Descartes”,
de Antonio
Damásio
66
A história de vida do capataz da
construção civil Phineas Gage,
que sofreu um acidente de trabalho
em 1848, quando um pedaço
de ferro entrou em sua cabeça,
mudou para sempre a história da
neurologia.
Observado pelos médicos,
Gage conseguiu se recuperar plenamente, sem nenhuma sequela
ou deficiência física. Já o seu
comportamento mudou radicalmente – ele deixou de ser uma
pessoa centrada e disciplinada
para se tornar mais irreverente,
perfeccionista e impaciente. A
mudança foi estranhada no ambiente de trabalho e na família.
O erro de Descartes foi
separar a razão do corpo, isto é,
quando o filósofo afirma ‘penso,
logo existo’, ele condiciona o
pensamento a uma instância
acima do corpo. E é o corpo que
determina, muitas vezes, como
pensamos.
Nas palavras do autor: “O erro
de Descartes é a separação abissal
entre corpo e mente, entre a substância corporal, infinitamente divisível, com volume, com dimensões
e com funcionamento mecânico,
de um lado, e a substância mental, indivisível, sem volume, sem
dimensões e intangível, de outro; a
sugestão de que o raciocínio, o juízo
moral e o sofrimento adveniente
da dor física ou agitação emocional
poderiam existir independentemente do corpo”. O livro relata esta e
outras histórias instigantes.
A história chamou a atenção na
época, porque a maioria dos casos
de lesão neurológica apresentam
traumas posteriores em funções
motoras, de percepção e de linguagem. Mas jamais, até então, no
comportamento e na relativização
das convenções sociais, regras morais apreendidas previamente.
O erro de Descartes foi separar
a razão do corpo, isto é, quando o
filósofo afirma ‘penso, logo existo’,
ele condiciona o pensamento a
uma instância acima do corpo. E
é o corpo que determina, muitas
vezes, como pensamos.
Uma breve
revisão
conceitual
A adoção de protocolos
clínicos, sistemas
informatizados,
recursos físicos e
humanos adequados e
uma efetiva gestão de
todo o processo fazem
toda a diferença
para um resultado
melhor
Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), em linhas
gerais a emergência é “a constatação do médico de agravos à saúde que impliquem em risco iminente de vida”, e
a urgência, um “processo agudo clínico ou cirúrgico, sem
risco de vida iminente”, que se pode prever pela natureza
de cada evento, tempo de resposta, recursos médicos e
procedimentos diferentes.
Alguns autores ampliam o conceito do CFM ao propor que
a urgência difere em função de quem a percebe ou sente
– urgência sentida, para os usuários e seus familiares: “eu
não posso esperar”; para o médico: “ele não pode esperar”. Em geral, a subjetividade do cliente, em contraponto
à
objetividade do médico, leva a conflitos que normalmente
atingem as portas de entrada dos serviços de urgência em
geral e a atenção pré-hospitalar em particular.
A abrangência dessas interpretações e a percepção do
conceito de urgência/emergência da pessoa que solicita o
socorro (paciente ou familiar) devem ser consideradas pelos profissionais que atuam na área, pois experiências pessoais exitosas e senso crítico acurado não são condições
que, por si sós, consigam solucionar estes casos. Neste
sentido, protocolos clínicos, sistemas informatizados, recursos físicos e humanos adequados e uma efetiva gestão
de todo o processo fazem toda a diferença para um resultado melhor.
Para a CUIDAR Emergências Médicas, estes eventos são a
maior expressão da fragilidade humana. Neste, cenário, todos os indivíduos se igualam, a despeito de fatores sociais,
econômicos ou financeiros. A urgência/emergência não
tem hora, credo ou ideologia. São básicas e, portanto,
necessitam de conceitos claros e regras bem definidas
para cumprir um dos seus principais objetivos, que é o de
salvar vidas.
Sandra Lumer
PHD em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde
67
Longevidade
ASSIMSAÚDE25ANOS
Valéria Paulo
Gerente Médica Empresarial
ASSIM Saúde:
“Estudos comprovam
que os custos se
tornam bem menores
na senilidade quando
intervimos com ações
de promoção e
prevenção na
fase adulta”
Os caminhos da
medicina para uma
velhice saudável
O fenômeno da longevidade característico de
países desenvolvidos está batendo na porta dos
países emergentes, como o Brasil. A diferença
está no ritmo do envelhecimento populacional.
Na Inglaterra, o processo de envelhecimento dos
ingleses iniciou-se após a Revolução Industrial, no
período áureo do Império Britânico e permanece
até os dias atuais. Na França, demorou um século
para que a população idosa dobrasse de tamanho,
enquanto no Brasil a transformação demográfica
levará menos de 20 anos para saltar dos atuais 11%
para 22%.
Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 190
68
milhões de habitantes – 14 milhões com mais de
65 anos e 17 mil centenários. Os dados servem
de alerta para a necessidade da adoção de hábitos
saudáveis, como alimentação adequada e balanceada, atividade física regular, convivência social
e o fim da automedicação. Cada um deve fazer a
sua parte e o Estado deve assumir sua responsabilidade social e econômica.
Cuidado integral
A Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) elaborou o Plano de Cuidados para Idosos,
no qual propõe às operadoras de saúde privadas
a adoção de um modelo voltado para o cuidado
69
Longevidade
ASSIMSAÚDE25ANOS
integral dos beneficiários, promoção da
saúde e prevenção de riscos e doenças.
A Resolução Normativa da agência
reguladora incentiva a participação dos
usuários de planos de saúde em programas de envelhecimento ativo, com
a possibilidade de descontos nas mensalidades. Nesse modelo, todos sairiam
ganhando: o idoso, que viverá saudável
por mais tempo, e o sistema de saúde,
que evitará internações recorrentes e de
alto custo.
Atento a este novo cenário, o
Assim Saúde iniciou em 2005 o programa Special Life de atenção à saúde e
prevenção de doenças, que é oferecido
gratuitamente a todos os associados
portadores de doenças crônicas. As consultas e o atendimento ambulatorial exclusivo são realizados no Centro Médico
da empresa, na Avenida Presidente
Vargas, nº 844, sobreloja, no Centro do
Rio de Janeiro.
Os participantes recebem orientação
médica, atendimento personalizado com
psicólogos, nutricionistas, enfermeiros
e assistentes sociais. O associado ainda
pode ligar para a central telefônica e
conversar com profissionais de saúde
que dão orientação sobre a doença. Os
pacientes obesos são incluídos no Programa de Emagrecimento Saudável.
Gestão de custos
O Assim entende que, ao investir
em prevenção, não há melhoras só nas
condições de saúde dos seus beneficiários,
mas também na gestão de seus custos.
“Estudos comprovam que os custos se tornam
bem menores na senilidade quando intervimos com ações de promoção e prevenção
na fase adulta”, afirma Valéria Paulo,
da Gerência Médica Empresarial do
Assim.
Dessa forma, todos os programas da
empresa são voltados para que os segurados se beneficiem de um envelhecimento
ativo. A operadora desenvolve ações
também nas dependências das empresas
clientes através das quais os segurados
têm acesso a atendimentos médicos, ambulatoriais, monitoramento da pressão
arterial, aferição de peso e índice de
massa corpórea no controle da obesidade, ginástica laboral, além de palestras
e distribuição de material educativo. O
objetivo do Assim é que o associado deixe
de ser apenas um paciente, que expõe
sua queixa e segue prescrições médicas, e
se torne um agente que compartilha com
a equipe médica a responsabilidade sobre
sua própria saúde.
A empresa acredita que o impacto
dessa mudança no setor de saúde pode
ser positivo e entende ainda que se trata
de uma oportunidade de novos negócios.
“Aqueles que não se prepararem para
este novo cenário que se vislumbra para
um futuro próximo terão problemas. Em
nossas ações enfatizamos e orientamos
nossos beneficiários quanto às mudanças
comportamentais que devem ser adotadas para se obter uma melhor qualidade
de vida”, afirma Valéria Paulo.
Na avaliação da especialista, diante
desse novo cenário – e levando-se em
consideração a economia, a judicialização da saúde privada, a inovação tecnológica em saúde e a população mais
informada e exigente – as Operadoras
de Saúde devem se transformar em
Gestores de Saúde e os beneficiários,
adquirir mais consciência sanitária. “Sabemos do desgaste das células e surgimento das doenças, mas não é imperioso
que estas patologias apresentem complicações, e sim que possam ser controladas através da medicação correta e da
adoção de um estilo de vida saudável”,
conclui a médica.
Envelhecimento: uma grande
conquista da sociedade
O Brasil está deixando de ser um país jovem
e muito rapidamente. Nos próximos 10 anos,
o número de idosos no país deve ultrapassar
a casa de 30 milhões de pessoas. O avanço da
medicina, a melhoria da qualidade de vida, a
queda das taxas de fecundidade nos grandes
centros e o avanço na urbanização fizeram
com que a expectativa de vida do brasileiro
avançasse 17 anos desde a década de 1960.
Enquanto os homens vivem menos de 70 anos,
as mulheres chegam aos 77 anos. Envelhecer
é uma grande conquista, uma vez que a longa
expectativa de vida está diretamente atrelada às
condições sociais de uma população.
No entanto, essa vitória demanda uma série
de ações para que as pessoas possam usufruir
70
esses anos a mais de vida com dignidade. As
previsões mais otimistas apontam que até 2020,
quando a população brasileira será cinco
vezes maior que a de 1950, o grupo de idosos
aumentará 16 vezes. Na metade do século 21,
o número de pessoas com mais de 50 anos será
superior ao de indivíduos com menos de 30 anos.
A mudança na pirâmide etária seria motivo
de comemoração não fosse o fato de que o país
não está preparado para a maior longevidade
do brasileiro. Especialistas acreditam que faltam
políticas públicas, sobretudo na área de saúde,
que garantam uma velhice tranquila e sem
sobressaltos. Apesar das leis específicas, como
o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do
Consumidor, o Brasil ainda não amadureceu a
ideia de que precisa cuidar melhor de seus idosos.
O impacto dessa longevidade será sentido
principalmente nas redes públicas e privadas de
saúde. Na avaliação, do médico geriatra Renato
Veras, que há 20 anos dirige a Universidade
Aberta da Terceira Idade (Unati), vinculada à
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a prevalência de doenças crônicas e degenerativas nas
pessoas acima dos 60 anos demanda mais tempo de
internação hospitalar, recuperação mais lenta e maior
frequência de reinternações e invalidez.
Além disso, o atendimento ao idoso requer
profissionais qualificados, equipe multidisciplinar, equipamentos e exames complementares de altíssimo custo.
“No Brasil, o custo da saúde do idoso é muito alto. Por
isso é preciso mudar a lógica vigente: o idoso não pode
ficar em casa esperando adoecer. As empresas precisam
investir na promoção da saúde e evitar que a doença se
instale”, afirma o especialista.
Um estudo elaborado por ele mostra que as
doenças infectocontagiosas que representavam
40% das mortes, na década de 50, hoje respondem por
menos de 10%. Por outro lado, as enfermidades cardiovasculares que eram responsáveis por 12% dos óbitos,
naquela época, hoje representam 40%. “Somos um país
jovem de cabelos brancos”, observa Veras, que sugere a
substituição do uso intenso de medicamentos por centros de convivência, atendimento domiciliar e uma rede
de apoio com equipes multifuncionais.
71
O Rio é assim:
a) saudável
b) natural
c) solar
d) acolhedor
e) todas as respostas acima
e VOCÊ, É ASSIM?
25 ANOS COM SAÚDE
Hábitos saudáveis
ASSIMSAÚDE25ANOS
Quando o
alimento
vira
remédio
Os males causados pelo sedentarismo
e por uma rotina de estresse têm
chamado a atenção da comunidade
médica, que vem apontando a
má alimentação como um dos
principais fatores responsáveis
pelo surgimento de doenças como
diabetes e hipertensão, entre várias
outras. A alternativa encontrada por
muitas pessoas para fugir dos efeitos
negativos da modernidade é adotar
uma postura de vida vegetariana.
74
75
Hábitos saudáveis
ASSIMSAÚDE25ANOS
Segundo o Instituto Brasileiro de
opinião Pública e Estatística (Ibope), um
público estimado em 17,5 milhões de
pessoas passou a aderir nos últimos anos
ao chamado ‘vegetarianismo’, o que corresponde a 9% da população brasileira. A
pesquisa foi feita entre meados de 2009 e
de 2010, com 18.884 habitantes das regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, São
Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília,
além de cidades do interior de São Paulo e
das regiões Sul e Sudeste, com pessoas de
ambos os sexos, de todas as classes sociais,
com idades entre 12 e 64 anos.
Para quem mora nos grandes centros
urbanos e tem pouco tempo ou disposição
para cozinhar, depois de passar o dia fora
trabalhando, uma alternativa viável tem
sido os restaurantes vegetarianos.
Nutricionista, formada em Macrobiótica e com especialização em Dietética
Chinesa, a chef de cozinha Thina Izidoro
constata o crescimento de adeptos ou sim-
patizantes da comida natural nas grandes
cidades e é enfática ao afirmar que, em
casos de pacientes com diabetes, hipertensão e outras doenças relacionadas aos maus
hábitos alimentares, a decisão por uma
dieta vegetariana é a maneira mais eficaz de
combater esses problemas, sem dispensar o
prazer e o sabor de se alimentar.
Thina sugere uma mudança de hábitos
alimentares para quem vive uma rotina
estressante e relembra um princípio estabelecido por Hipócrates (considerado o pai
da medicina moderna), que propõe usar os
alimentos como forma de promover a cura
de muitos males do corpo. “Não há dúvida
de que o aumento de algumas doenças e o
surgimento de várias outras ao longo do
século 20, que vêm acometendo inclusive
jovens e crianças, têm a ver com o consumo excessivo de alimentos industrializados”, afirma.
De um modo geral, esses produtos,
principalmente os embutidos e enlatados,
contêm sal e açúcar em excesso para garan-
tir a conservação dos alimentos. O sódio
também é encontrado em refrigerantes
diets e contribui para o aumento da pressão
arterial. Sem falar no excesso de calorias
e gorduras saturadas, que provocam o
aumento do colesterol, e na falta de fibra
dos alimentos refinados, como o arroz e o
açúcar.
Constipação intestinal
O consumo constante desses alimentos
traz outro problema: a prisão de ventre,
doença que atinge cerca de 80% da população mundial. “Alguma coisa está errada aí,
e isso com certeza tem a ver com a forma
como nos alimentamos, porque a chamada
‘constipação’ está diretamente ligada ao
sistema digestivo e intestinal”, afirma a
nutricionista. Segundo ela, são muito mais
comuns do que se imagina os casos de
pessoas que ficam semanas inteiras sem
evacuar. O normal é que se vá ao banheiro
pelo menos uma vez por dia.
Controle natural
de pressão arterial
Algumas frutas, sementes
e grãos chamam a atenção da
Ciência por atuar na prevenção
e no controle da hipertensão,
um problema que atinge mais de
30 milhões de brasileiros. Sete
alimentos estão em evidência
nos centros médicos de pesquisa
por sua capacidade de deixar as
artérias livres para a circulação do
sangue.
Chamada de inimiga silenciosa pela comunidade médica,
a hipertensão não apresenta
sintomas em 90% das pessoas
que sofrem da doença – e
muitas podem receber o diagnóstico apenas depois de sofrer
um derrame cerebral ou um
ataque cardíaco. A receita para o
problema está na escolha
76
correta dos alimentos – além das
visitas periódicas ao cardiologista.
Farelo de trigo
Faz uma ‘ faxina’ nas artérias
e auxilia o sangue a circular sem
sujeiras no caminho. Contém
fibras, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B. Sugestão
de consumo: salpique 2 colheres
de sopa do farelo em vitaminas,
frutas ou refeições salgadas.
Morango
As frutas vermelhas têm um antioxidante que lhes dá cor: a antocianina, que atua na redução das
moléculas de LDL, o mau colesterol, e no aumento do HDL, a
versão do bem do colesterol, que
beneficia a circulação. Sugestão
de consumo: cinco morangos
Consumo
de peixes: o
Omega-3,
observado
em peixes
de águas
profundas
e frias e nos
óleos de peixe,
pode ser
consumido
também
por meio da
ingestão de
sementes de
linhaça
(amora ou framboesa) no café da
manhã ou tome o suco natural da
fruta após as refeições.
Semente de abóbora
Essa pequena semente é farta
em nutrientes, como o potássio,
mineral famoso por melhorar a
elasticidade dos vasos; vitaminas
A e E, fibras, magnésio e gorduras do bem. O uso do óleo da
semente ainda potencializa a ação
de remédios anti-hipertensivos e
facilita o ajuste da pressão arterial. Sugestão de consumo: doure
uma xícara de chá de sementes
de abóbora no forno e use-as
como aperitivo.
Soja
A isoflavona é a substância
mais ilustre deste grão. Além de
ser um bom vasodilatador, sua
ingestão impede que fatores
de agressão para as artérias
(colesterol e glicose) estimulem
a formação de placas nos vasos.
Sugestão de consumo: cozinhe
uma xícara de chá do grão e use
como substituto do feijão ou em
saladas.
Melancia
A substância l-citrulina, encontrada em abundância nesta
fruta, se transforma em outra
molécula que contribui para a
formação do óxido nítrico, um
gás natural que relaxa a parede
dos vasos sanguíneos. Sugestão
de consumo: uma fatia pequena
da fruta após o almoço.
As recomendações médicas feitas atualmente para o tratamento de câncer incluem a severidade no controle do consumo de carnes vermelhas, que vai da abstinência total ao uso
mínimo. O ideal é que o indivíduo consuma no máximo uma
média de 300 gramas de proteína animal por semana. A nutricionista explica que essas proteínas podem ser perfeitamente
substituídas por aquelas contidas no arroz integral, na lentilha,
nos variados tipos de feijão etc.
Da mesma forma, o ferro animal pode ser substituído pelo
vegetal, encontrado principalmente nos feijões. O Omega-3,
observado em peixes de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta) e nos óleos de peixe,
pode ser consumido também por meio da ingestão de sementes
de linhaça. Já a vitamina B12, encontrada na carne vermelha,
é outro ingrediente fundamental para o metabolismo humano
e pode ser ingerida via suplementos, pois não é comum nos
vegetais. Um dos principais vilões da ‘sociedade adoecida’ é, sem
dúvida, o consumo excessivo de açúcar. Segundo a nutricionista,
trata-se de um ingrediente que não só é viciante como também
tem ligação direta com a depressão, por contribuir para a obesidade.
A simples redução do consumo cotidiano do açúcar e do sal já
seria uma medida suficiente para evitar a maioria das doenças. Sua
substituição por alimentos naturais evita uma série de males para
o organismo e ainda ajuda a fortalecer o organismo. “Mudar hábitos alimentares é uma postura de vida, de buscar uma conexão
maior com a nossa própria natureza”, conclui Thina Izidro.
Diagnóstico
assusta e impõe
mudança de
hábitos
Quando completou 49 anos, Tânia Soares da Silveira levou um susto com o diagnóstico
médico que recebeu: estava com diabetes e hipertensão. A vendedora integra os verdadeiros exércitos de mais de 12 milhões de brasileiros diabéticos e 44 milhões de hipertensos. Os dados são do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).O diagnóstico lhe impôs uma mudança de vida rigorosa. Além de usar
medicação controlada, ela não poderia mais consumir nenhuma espécie de açúcar, frituras
e bebida alcóolica – a recomendação era de abstinência total. Quase um ano depois, a
boa notícia: uma considerável baixa nas taxas de colesterol e açúcar e mais disposição no
dia a dia. As mudanças no organismo foram resultado de uma nova postura de vida e do
aumento do consumo de frutas e verduras, em detrimento de frituras e carnes vermelhas
– que ela ainda não conseguiu abandonar de vez.
77
Poluição
Produção de lixo: a ONU aponta
para uma crise global iminente de
resíduos sólidos: são cerca de 1,3
bilhão de toneladas de lixo por
ano, devendo chegar a 2,2 bilhões
até 2025.
ASSIMSAÚDE25ANOS
Poluição.
A grande vilã
da saúde nas
metrópoles
mundiais
OMS afirma que perigo dos poluentes é
muito maior do que se imaginava até 1990,
podendo causar até problemas na reprodução
A mais recente pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgada
em 2012, mostra que a poluição do ar mata
cerca de dois milhões de pessoas por ano
em todo o mundo. Considerada a grande
vilã da saúde humana nas metrópoles, a
poluição provoca irritações e alterações
inflamatórias nas vias aéreas, chegando até
a produzir mutações genéticas, além de
problemas cardiovasculares e outros.
A estatística tende a aumentar e a OMS
acredita que os perigos dos poluentes são
muito maiores do que se imaginava até os
anos 1990, podendo ocasionar inclusive
problemas na reprodução humana, por
causa da queda na qualidade e quantidade
de sêmen do homem, conforme estudo
realizado na Dinamarca e divulgado este ano no
‘British Medical Journal’.
Outro grave problema para a saúde
78
humana é o saneamento básico. Um estudo
do Instituto Trata Brasil, em parceria com
a Fundação Getulio Vargas, revela que
apenas 43,5% dos brasileiros têm acesso
adequado às redes de esgoto. E mais: uma
média de 217 mil trabalhadores precisam
se afastar do emprego, a cada ano, por
problemas gastrointestinais ligados à falta
de saneamento.
Segundo o estudo, a universalização
do acesso ao tratamento de esgoto geraria
uma economia de cerca de R$ 745 milhões
por ano em internações nas redes públicas,
e diminuiria em 25%, em média, o número
de pacientes internados. O saneamento pode
ainda erradicar algumas doenças, como o tracoma, causado por uma bactéria presente no
esgoto e que pode levar à cegueira, e diminuir
a mortalidade infantil.
Já o estudo da Organização das Nações
Unidas (ONU) sobre a quantidade de lixo
produzida pelas grandes cidades, também
lançado em 2012, aponta para uma crise
global iminente de resíduos sólidos. São
cerca de 1,3 bilhão de toneladas de lixo por
ano, devendo chegar a 2,2 bilhões de toneladas até o fim de 2025.
A questão apontada pela ONU
é: onde armazenar esse material? Os
famosos lixões podem gerar doenças
variadas, como dengue, leishmaniose,
leptospirose, malária, febre amarela, febre
tifoide, cólera, disenteria, giárdia e demais
males advindos de contatos com vermes e
insetos – moscas, mosquitos, baratas, ratos,
formigas e escorpiões –, além da contaminação do solo pelo chorume. Além de uma
revisão nas políticas públicas de meio ambiente e no próprio modo de produção
atual, o ambientalista Carlos César
79
Comunicação na prática
Poluição
Estudo do
Instituto Trata
Brasil revela
que 217 mil
trabalhadores
se afastam do
emprego
anualmente
por problemas
gastrointestinais
ligados à falta
de saneamento.
Augusto Motta, da Associação de Geógrafos do Brasil,
aposta na conscientização do indivíduo para a transformação social. E relembra a máxima de Gandhi: ‘seja
você a mudança que quer fazer no mundo’.
“Sem a conscientização de que estamos conectados
com o todo e de que somos responsáveis pelo nosso
lixo e nossas fezes, não haverá transformação alguma”,
afirma ele, que também é pesquisador e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Carlos Motta afirma que os lugares privados, como
casas e escritórios, podem acumular até dez vezes mais
poluentes que o ar externo de uma cidade, que já é um
ar bastante poluído. Tintas, vernizes, adesivos, móveis,
roupas, solventes, papéis de jornal e revista, materiais de
construção e até mesmo água encanada contêm os famosos ‘compostos orgânicos voláteis’, uma lista de poluentes
que inclui o benzeno, xileno, tricloroetileno, entre vários
outros. “Elementos que podem gerar desde náusea e asma
até câncer e problemas de reprodução”, assinala.
Uma dica simples, mas eficaz, é o cultivo de plantas
nos espaços privados e públicos, pois elas são excelentes produtoras de oxigênio e ajudam sim a limpar o ar,
apesar de muitas polêmicas em torno do assunto. “Uma
árvore pode transpirar por suas folhas até 40 litros de
água por dia. Esse vapor se mistura aos poluentes, que
se juntam às nuvens e depois caem na forma de chuva,
eliminando os ingredientes industriais do ar”, explica o
pesquisador.
Algumas plantas são particularmente benéficas na
absorção de poluentes comuns em grandes cidades,
como o benzeno, tolueno, octano e alfa-pineno.
Um estudo realizado pelo professor Stanley Kays,
da Universidade de Geórgia, revela que as espécies
conhecidas no Brasil como asa-de-barata (hemigraphis alternata), hera (hedera helix), flor-de-cera (hoya
carnosa) e aspargo-pluma (asparagus densiflorus)
são altamente eficientes para ambientes fechados. O
estudo foi publicado na revista HortSciense.
Poluentes, origem e efeitos
Ozônio
Dióxido
de enxofre
Além da liberação natural
das árvores, está na combustão
de automóveis, é um potente
oxidante e provoca lesões
nas células (citotóxico)
Resultado da combustão
de elementos fósseis,
como o carvão e o
petróleo. É irritante para
as vias respiratórias
Monóxido
de carbono
Óxidos de
nitrogênio
Emitido pelos fumantes
e pelos automóveis,
provoca diminuição na
capacidade do sangue
de transportar oxigênio
ASSIMSAÚDE25ANOS
Jair Henrique
Reis: “Para
um negócio
realmente se
desenvolver é
necessário
que ele seja
apresentado
em um canal de
TV exclusivo,
a ferramenta
da moda”
Qual é seu
canal de
comunicação?
Brasileiro é um povo televisivo, e a utilização de um canal
de TV no YouTube tem ajudado muito no desenvolvimento
dos negócios. Os acessos são significativos e a relevância
do conteúdo voltou a ser a grande estrela da mensagem.
Empresas de qualquer segmento ou tamanho
sempre se preocuparam em se relacionar bem
com seus públicos internos e externos – e a
tecnologia cumpriu o papel de facilitar essa tarefa.
Hoje, porém, já não bastam os sites, a mala direta,
as propagandas em mídias impressas e audiovisuais. Para um negócio realmente se desenvolver é
necessário que ele seja apresentado em um canal
de TV exclusivo, a ferramenta da moda. Marcas
premium, como Mercedes-Benz, Ferrari, Nike e,
no Brasil, grandes bancos, cervejarias e montadoras já aderiram à última geração de meio de
comunicação direta, criando um canal exclusivo
de TV no YouTube, com grade de programação
definida por seus produtos e serviços.
O brasileiro é um povo televisivo, e a utilização dessa linguagem tem ajudado muito no
desenvolvimento dos negócios. As quantidades
de acesso são significativas e a relevância do conteúdo voltou a ser a grande estrela da mensagem.
Os clientes, usuários, parceiros e colaboradores
sempre querem conhecer mais profundamente
a empresa com que estão se relacionando e o
carisma da sua marca pode transformar o velho
‘boca a boca’ no novo ‘clique a clique’. Com os
conteúdos das empresas organizados na grade
de programação do canal exclusivo, fica fácil
distribuí-lo pelo mundo afora.
Os processos são novos, a tecnologia evolui
cada vez com mais velocidade, mas as pessoas
(clientes e funcionários) continuam sendo as
mesmas.
O Grupo de Comunicação na Prática (www.
comunicacaonapratica.com.br), formado pela
produtora Diet Video Music (1993), a agência de
publicidade Linha Um (1997) e a consultoria CnP
(2000), se orgulha muito de fazer parte da história
de sucesso da Assim Saúde, sempre atenta ao
relacionamento com seus públicos. Conheça um
pouco mais assistindo a:
— Youtube.com/assimsaude
— Youtube.com/comunicacaonapratica
Também gerado pelos
motores dos automóveis.
É um agente oxidante
e se instala nas porções
periféricas do pulmão
Rua Dalcidio Jurandir, 255/109 – Barra da Tijuca
Tel: (21) 2556-7999
www.comunicacaonapratica.com.br
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Opinião
‘‘A palavra
Assim é Missa
ao contrário.
Essa empresa
tem tudo para
dar certo”
A visão de
mercado de
um grupo de
sucesso
‘‘A palavra Assim é Missa ao contrário. Essa empresa tem tudo
para dar certo”. Jamais vou esquecer essas duas frases pronunciadas por um rapaz que nos atendeu quando fomos alugar o prédio
onde funciona a atual sede do Assim. De todas as lembranças
que guardo dos acontecimentos que engendraram a formação do
grupo e fundação do Assim, há 25 anos, esta é muito especial por
seu caráter premonitório. E tudo deu certo pela determinação de
pessoas que acreditaram no antigo, mas sempre atual, ditado:
“a união faz a força”.
Nossa história teve início quando, em companhia do Balbino
(Benedito Balbino, proprietário do Hospital Balbino, em Olaria),
comecei a procurar hospitais para formar uma malha e atender
à população de toda a cidade do Rio de Janeiro. Naquela época
não havia união entre os hospitais e existiam muitas discrepâncias,
tanto pela metodologia adotada pelas empresas de Medicina de
Grupo quanto pela política de convênios imposta pelo governo.
O Grupo Assim nasceu da necessidade de sobrevivência dos
hospitais.
As empresas de Medicina de Grupo tinham uma tabela
global, não importando se o paciente consumia um, dois ou mil
produtos. O preço era o mesmo. Como exemplo, um hospital
pequeno em Duque de Caxias tinha a diária igual à de um hospital
grande. Por isso, providenciamos a criação da classificação dos
hospitais em categorias A, B, C, D e E. A política das empresas de
Medicina de Grupo, por sua vez, era excludente. A lógica era: “se
você não quer fazer convênio conosco, o seu vizinho quer”. Além
disso, os hospitais conveniados sofriam glosa em 40%, 50% na
conta do paciente, já que estas empresas só pagavam o restante.
Era uma longa discussão sobre a glosa e, se afinal houvesse o
entendimento, os hospitais só recuperavam entre 30% e 35%
dela, pagos de 30 a 45 dias depois. Os proprietários dos hospitais
sofriam tentando sobreviver.
Hoje, os planos vivem em harmonia, depois que tantos
hospitais e planos de saúde sucumbiram ao longo do tempo.
É claro que no nosso percurso aconteceram alguns tropeços.
Alguns saíram por um motivo ou outro, mas o sentimento de
união persistiu. Ao longo de todo nosso trabalho, não esqueço
também da dedicação do Júlio Jorge, da Clínica São Bernardo,
que, apesar de não fazer parte do grupo fundador do Assim,
se interessava pela organização do segmento, e do Armando
Amaral, presidente da Associação dos Hospitais. Tenho
carinho especial por todos os integrantes do Assim e meu
desejo é ver o Grupo crescer cada vez mais para proporcionar
bem-estar para todas as pessoas.”
Luiz Menezes de Lima,
um dos idealizadores do Assim
82
O Rio é assim:
a) alegre
b) feliz
c) praiano
d) especial
e) todas as respostas acima
e VOCÊ, É ASSIM?
25 ANOS COM SAÚDE

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