Medicina Alternativa

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Medicina Alternativa
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Medicina Alternativa
Pr. Kenneth Eagleton
Um de nossos pastores foi fazer uma visita a um jovem que tinha problemas com um
tornozelo que não sarava. O jovem sentia muita dor e não conseguia trabalhar.
Seguindo o conselho de um amigo, ele submeteu-se a um tratamento de acupuntura.
Em dois dias recuperou-se e voltou ao trabalho. O jovem queria saber o que o pastor
pensava da acupuntura.
Em outra situação, um dos membros de outra igreja comentava com uma amiga que
estava muito satisfeita com seu médico. Disse que ele era capaz de diagnosticar todos
os seus problemas físicos apenas olhando dentro dos seus olhos. Esta prática é
conhecida como iridologia.
Creio que o leitor concordaria comigo que estes e muitos outros exemplos semelhantes
não são o que se esperaria da ciência médica moderna. Terapias que não fazem parte da
ciência médica moderna são conhecidas como medicina alternativa ou terapias
(tratamentos) alternativas. Outros termos usados para descrever estas formas
alternativas de medicina incluem: complementar, holístico, esotérico ou da Nova Era.
Até 40 bilhões de dólares são gastos anualmente com terapias alternativas nos Estados
Unidos.1 De acordo com pesquisas feitas em 1998, 69% dos americanos usam terapias
médicas não convencionais2 e 60% dos médicos encaminharam pacientes para um
terapeuta alternativo.3 Uma pesquisa Gallup de 1996 indicou que “30% dos americanos
dizem ter tido uma ‘cura espetacular’.” Dos que dizem ter tido tal cura, “35% disseram
que desenvolveram mais interesse no uso de terapias alternativas.” Vemos que estas
terapias são obviamente muito populares.
Eis a pergunta que muitos crentes e seus pastores estão fazendo: “É lícito o crente usar
a medicina alternativa?” Esta não é uma pergunta fácil de se responder. Medicina
alternativa abrange um leque muito grande de terapias
alternativas que são diferentes em sua origem, eficácia e Lista parcial de algumas das
em suas explicações de como funcionam (ver quadro ao terapias alternativas mais
populares:
lado). Nenhuma resposta simples pode ser dada. É  Acupuntura
importante examinar cada terapia de interesse por um  Reiki
 Feng Shui
prisma bíblico.
Muitas destas terapias não são padronizadas. São
praticadas de maneiras variadas por terapeutas que
possuem diferentes filosofias de vida e crenças religiosas
diversificadas, além de treinamento bastante variado.
Isto dificulta a análise e a classificação de qualquer
terapia em particular.
Religiões Mundiais
Medicina Alternativa
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Iridologia
Quiropraxia
Aromaterapia
Homeopatia
Fitoterapia
Ioga
Dietas (grande variedade)
Pr. Kenneth Eagleton
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Para facilitar a análise das terapias alternativas, o autor Dónal P. Mathúna e outros
pesquisadores de terapias alternativas4 propõem a seguinte classificação:
Terapias complementares – Estas terapias (como dieta, exercício e redução de stress) se
aplicam a questões de modo de vida. É importante, como cristãos, que aprendamos a
cuidar do corpo que Deus nos deu. Somos mordomos (gerentes) do nosso corpo e o
nosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em nós (1 Cor. 6:19-20). Quando as
dietas, exercícios e técnicas de redução de stress são usados como um meio de viver
uma vida equilibrada e sadia, estamos sendo bons mordomos. Porém, quando estes
meios são levados ao extremo ou quando são saturados de ensinos místicos, aí se
tornam um problema. O exercício, quando levado ao extremo, pode se tornar uma
forma de idolatrar o corpo humano e isto certamente é contrário ao ensino bíblico.
Algumas técnicas de relaxamento estão intimamente ligadas ao misticismo. Alguns
exemplos disto são a yoga, a visualização, a canalização da mente e as técnicas de
meditação transcendental.
Terapias sem comprovação científica – Estas terapias (como a fitoterapia) têm a sua
base em princípios médicos e científicos estabelecidos, mas sem provas científicas
convincentes quanto à sua eficácia. Para provar a eficácia de algum tratamento
específico é necessário testá-lo através de ensaios clínicos em um grande número de
voluntários. Um grupo de voluntários escolhido ao acaso é submetido ao tratamento a
ser testado, enquanto outro grupo (grupo controle) é submetido a um tratamento
simulado que tem a mesma aparência do tratamento verdadeiro. Os resultados dos dois
grupos são comparados para ver se existe uma diferença significativa. Isto permite
provar se o tratamento sendo testado é efetivo ou não. Exemplo: Se estivéssemos
testando um comprimido novo, este seria dado à metade dos voluntários escolhidos ao
acaso, enquanto que a outra metade receberia um comprimido de princípio inativo que
tivesse a mesma aparência do comprimido sendo testado. Se os comprimidos
verdadeiros curarem 80% dos pacientes voluntários do seu grupo enquanto que o
comprimido inativo apenas tenha curado 20% dos pacientes do seu grupo, então o
comprimido novo poderia ser considerado efetivo. O problema com a maioria das
terapias alternativas é que nunca passaram por testes semelhantes para comprovarem
suas alegações de eficácia. A maioria dos “resultados” apresentados é baseada em
testemunhos de pessoas que foram ajudadas pela terapia (que porcentagem
representam do total de pacientes tratados?) ou então em resultados de pesquisas de
opinião.
Terapias cientificamente duvidosas – Estas terapias (como a homeopatia) são baseadas
ou em princípios que contradizem os princípios científicos bem estabelecidos, ou em
princípios que não podem ser facilmente testados. Muitas terapias alternativas alegam
que seus métodos curativos não podem ser testados por procedimentos científicos por
causa da sua natureza metafísica (sobrenatural).
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Terapias de energia vital – Estas terapias (como Reiki, acupuntura ou toque terapêutico)
pressupõem a existência de uma “energia vital” que pode ser manipulada por uma
variedade de técnicas. A maioria delas tem sua origem e explicações de seu
funcionamento baseadas em religiões orientais pagãs.
Fraudes – Estas terapias são comprovadamente sem benefício nenhum aos seus
usuários e, no entanto, são promovidas por seus terapeutas. Para sua comprovação,
elas se baseiam exclusivamente nos testemunhos de seus pacientes. A fraude é
caracterizada pela promoção exagerada de curas que são reconhecidamente ineficazes
ou de eficácia não comprovada. A FDA dos Estados Unidos (órgão governamental de
regulação de medicamentos e procedimentos médicos) define a fraude médica como “a
promoção com intenção de lucro de um tratamento médico reconhecidamente falso ou
sem comprovação”. Em 1984 uma CPI da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos
concluiu que a fraude médica é um negócio de mais de 10 bilhões de dólares (R$ 18
bilhões) por ano.
Porque é que as pessoas usam as terapias alternativas?
Eu vejo três razões principais:
Desilusão com a medicina moderna. Muitas pessoas procuram as terapias alternativas
após terem sido desenganadas pela medicina moderna ou por terem sofrido efeitos
colaterais graves de remédios ou tratamentos da medicina científica. Outras pessoas
simplesmente não receberam de seus médicos a mesma atenção ou compaixão que
recebem dos terapeutas da medicina alternativa.
Custo inferior da medicina alternativa. Os custos dos tratamentos médicos
convencionais têm aumentado bem acima da inflação nos últimos anos. Muitas pessoas
não têm condições de pagar os medicamentos e tratamentos que não conseguem pelo
SUS. O custo inferior das terapias alternativas é um incentivo à sua utilização, mesmo
quando não são cobertos pelos planos de saúde. Mas existe um número cada vez maior
de planos de saúde permitindo o uso destas terapias alternativas. O motivo é o custo
menor e o aumento dos lucros. Esta motivação não convém aos melhores interesses do
paciente.
Preferência pelo natural. Muitos têm se desiludido com esta vida tecnológica em que
vivemos, que caminha a passos rápidos. Querem voltar aos “bons e velhos tempos”
quando as coisas eram mais simples e naturais. Outros são atraídos à medicina “natural”
na crença de que o que é natural é inofensivo. Isto não é sempre verdade. Existem
muitas ervas, plantas, minerais e produtos químicos na natureza que são conhecidos
pela sua toxicidade e efeitos maléficos ao organismo humano. Todos sabemos o que
acontece quando ingerimos a planta “comigo ninguém pode” ou os efeitos nocivos do
tabaco. Reações alérgicas violentas podem ser instigadas por elementos aparentemente
inocentes como as flores e as plantas, além dos já famosos medicamentos. No entanto,
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o arsênico é usado em algumas fórmulas homeopáticas, promovidas como naturais e
inofensivas.
Energia Vital
No estudo das diferentes terapias alternativas, tenho observado que um tema
recorrente aparece em grau maior ou menor em quase todas estas terapias. É o tema da
“energia vital”. A base de muitas terapias é que existe um “desequilíbrio” ou um
“bloqueio” na energia vital do corpo que pretende ser corrigido pela terapia em
questão. Esta idéia de energia vital vem das religiões orientais e tem sido a base da
medicina oriental há vários milênios. Este conceito foi importado mais recentemente na
para nossa cultura ocidental pelo movimento da Nova Era e é muitas vezes conhecido
como a medicina da Nova Era. A idéia geral é de que a natureza, tanto a vivente quanto
a material (estática), forma uma só unidade com o universo. A energia vital conecta
tudo no universo e flui como um líquido através de tudo. O conceito de saúde é estar
em harmonia com o universo. Se a energia vital que flui através do nosso corpo estiver
desequilibrada ou bloqueada, então ficamos doentes. Este conceito com respeito à vida
e à saúde não é um conceito bíblico.
Os chineses chamam esta energia vital de
chi (pronunciado “tchi”) ou qi (qui). Os
japoneses a chamam de ki, na Polinésia
(Avaí) de Ti e na Índia é conhecida como
prana e é a base da medicina Aiurvédica (ou
Ayurvédica), o sistema de tratamento
místico da Índia. Diz-se desta energia que
ela tem dois pólos, yin e yang. Estes pólos
podem ser comparados aos nossos
conceitos de positivo e negativo. Chi flui
pelos canais invisíveis do corpo chamados
de meridianos (chacras, na Índia). Os
meridianos supostamente influenciam os
diferentes órgãos e sistemas do corpo
Símbolo de yin / yang – este símbolo representa
o equilíbrio perfeito e a interação entre as forças
de yin e yang em todo organismo sadio.
humano.
Estes
meridianos
não
correspondem à anatomia ou à fisiologia do
corpo.
Estes conceitos são parte integrante das religiões orientais do hinduismo, do budismo e
do taoísmo. Eles são totalmente contraditórios aos conceitos bíblicos da natureza de
Deus, da natureza humana e do restante da criação divina. Na verdade, estas religiões
não têm lugar para um deus pessoal que está no controle do universo e que deseja ter
um relacionamento pessoal conosco.
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Um Resumo das Terapias Alternativas
Acupuntura – é uma terapia alternativa praticada na China a alguns milênios. Ela é
baseada no conceito da energia chi com suas forças universais yin e yang. Este sistema
sustenta que chi flui através do corpo pelos canais ou meridianos. Se o fluxo for
insuficiente, desequilibrado ou interrompido, uma doença ocorrerá. Na acupuntura
agulhas são introduzidas ao longo destes meridianos invisíveis para manipular o fluxo do
chi. Existem variedades deste método onde, em lugar de agulhas, utilizam-se pressão,
calor, corrente de baixa voltagem ou sucção, nos pontos da acupuntura. Outra variação
é a de que todos estes mesmos pontos podem ser manipulados em uma área muito
menor, como o lóbulo da orelha (auriculoterapia) ou as plantas dos pés (Reflexologia ou
Terapia de Zona).
A acupuntura tem se tornado muito popular nas
Américas. Existem cerca de 6.500 terapeutas de
acupuntura nos Estados Unidos. Destes, 3.000 são
médicos que incorporam a acupuntura na sua prática
médica. Muitos procuram se distanciar das
explicações religiosas orientais de seu funcionamento
e estão desenvolvendo teorias fisiológicas.
Reiki – foi revelado a um monge budista, Mikao Usui do Japão, enquanto estava em
meditação intensa. A Sra. Hawayo Takata levou o Reiki para a América do Norte. De
acordo com o Centro de Treinamento Internacional de Reiki nos Estados Unidos, “Reiki é
uma técnica para a redução de stress e relaxamento que permite a todos terem acesso
à uma fonte inesgotável de ‘energia vital’ para melhorar a saúde e qualidade de vida”.
“É a consciência divina chamada “Rei” (universal) que
guia a força vital chamada “ki” na prática que
chamamos Reiki. Portanto, Reiki pode ser definida
como uma força de energia vital espiritualmente
dirigida.”5 Esta é a própria definição deles. O Reiki
também crê que esta mesma energia não só flui
através do corpo, mas também cerca o corpo de uma
aura. Seus terapeutas procuram manipular a energia
através da imposição de mãos no paciente.
Iridologia – é o estudo da íris do olho humano para supostamente diagnosticar doenças
atuais ou futuras. Ela não tem nenhuma base cientifica e tem sido repetidamente
comprovada como fraude.6 Apesar disto, alguns médicos e muitos terapeutas da
medicina alternativa a utilizam. Iridologistas explicam que a íris funciona como um mapa
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dos órgãos do corpo e que pontos ou linhas
anormais na íris representariam áreas de doença. Se
os resultados não correspondem com a doença
atual, eles a explicam como sendo áreas de fraqueza
do corpo que precisam ser reforçadas. Iridologia e
reflexologia são apenas variações da leitura mística
da palma das mãos.
Não devemos confundir a iridologia com o exame de
fundo de olho feito pelo oftalmologista. O médico
examina a conjuntiva do olho procurando sinais de
anemia e examina o fundo do olho com um
instrumento luminoso para observar o estado das artérias da retina (fundo do olho). Isto
não tem nada a ver com a iridologia.
Medicina aiuvédica (ou ayuvédica) – A base da medicina aiuvédica se encontra na
cosmovisão do hinduísmo. O Dr. Deepak Chopra tem sido o maior propagador da
aiuvérda nos Estados Unidos através dos seus livros best-sellers. Aiuverda é um sistema
complexo na qual a prana, ou energia vital, flui através do corpo. O Dr. Chopra ensina
que a substância básica do nosso organismo não é a matéria, mas a energia e a
informação. 7 Existe uma variedade de métodos usados (alguns muito primitivos) para
“equilibrar a energia” do corpo e “purificá-la”. Alguns destes métodos incluem: o uso de
vômitos provocados, uso de laxantes, enemas, “purificação do sangue”, sangrias, jejuns,
exercícios, yoga e até a administração de certos pós de ervas e óleos medicamentosos
nas narinas para a “purificação da prana, da mente e da consciência.” Existem também
algumas cerimônias realizadas em volta da fogueira para “aumentar o fogo interior”. 8
A medicina aiuvérdica é claramente baseada em práticas pagãs primitivas nas quais um
cristão não deveria se envolver.
Homeopatia – O fundador da homeopatia foi
um médico alemão, Samuel Hahnemann
(1755 – 1843). Ele ficou desiludido com as
práticas médicas de 200 anos atrás baseadas
na sangria, na formação de bolhas (colocando
substancias cáusticas ou quentes na pele), nos
laxantes e no tratamento com altas doses de
remédios potentes que provocavam muitos
efeitos colaterais. Hahnemann parou de
praticar a medicina da época e desenvolveu
sua própria teoria médica, começando a
praticar a medicina homeopática. Os
princípios mais importantes da homeopatia
são:
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 Princípio da Similitude – “se uma quantia grande de uma substância causa certos
sintomas numa pessoa saudável, uma quantia menor da mesma substância pode
curar estes sintomas na pessoa doente”.9
 Provas – as substâncias e doses a serem utilizadas na homeopatia precisam ser
testadas (provadas) em indivíduos sãos.
 Lei da Potência e Lei dos infinitesimais – “Hahnemann acreditava que a potência e a
efetividade de uma substância aumentavam à medida que ela era diluída. Doses
minúsculas eram preparadas pela diluição repetida dos ingredientes ativos por
fatores de 10”.10
 Dinamização – “Essencial ao processo de aumento da potência ao mesmo tempo em
que se diminui a quantidade do ingrediente ativo, é a ação de agitar a solução
vigorosamente após cada diluição... Algumas preparações homeopáticas são tão
diluídas que nenhuma molécula da substância curativa original permanece... Mas a
crença homeopática é de que a substância deixou a sua ‘memória’ ou uma essência
espiritual que estimula o corpo a se curar a si mesmo.”11 Este processo é conhecido
como dinamização.
 Uma só preparação – “Por fim, o médico homeopata geralmente só prescreve uma
só preparação homeopática que cobre todos os sintomas – mentais como físicos –
que o paciente está sofrendo”.12
Devido a uma lei federal norte americana aprovada em 1938 pelo Senador Royal
Copeland, um médico homeopata, as preparações homeopáticas são isentas dos
padrões estabelecidos pela FDA americana (equivalente à ANVISA no Brasil) para todos
os outros medicamentos. “Fabricantes de remédios homeopáticos são isentos da
obrigação de obtenção de autorização para a produção de novos produtos. Seus
produtos são isentos do cumprimento dos padrões de controle de qualidade relativos à
fabricação, data de expiração e controle de qualidade do produto final no que diz
respeito à sua identificação e potência... Medicamentos convencionais para adultos não
podem conter mais de 10% de álcool, e a porcentagem é ainda menor para remédios de
crianças. Mas alguns dos produtos homeopáticos contêm uma quantia muito maior de
álcool porque a agência suspendeu temporariamente esta obrigação para os produtos
homeopáticos.”13 “O padrão para os rótulos dos medicamentos científicos informa o
consumidor da quantidade do princípio ativo por dose; o rótulo homeopático só informa
o consumidor do número de diluições que o produto sofreu”.14
De acordo com a Associação Farmacêutica Homeopática Americana, as vendas de
remédios homeopáticos nos Estados Unidos em 1995 foram estimadas em 201 milhões
de dólares e cresce a uma taxa de 20% ao ano (isto seria meio bilhão de dólares em
2000). Existiam aproximadamente 3.000 terapeutas homeopatas nos Estados Unidos em
1996. De acordo com o porta-voz da Associação Médica Americana (AMA), Jim Fox, “A
AMA encoraja os médicos a conhecerem as terapias alternativas e utilizá-las quando
apropriadas”.15
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A homeopatia se baseia em princípios não científicos que dependem de uma
“energização” mística dos seus produtos. O Ministério da Saúde dos Estados Unidos
nem tem competência para fiscalizar estes remédios por causa de leis antiquadas que as
protegem.
Quiropraxia – O termo “quiropraxia”
significa literalmente: “praticado com
as mãos”. Daniel David Palmer (18451913) é o fundador da quiropraxia. Ele
explica: “Eu fui curandeiro magnético
durante nove anos antes de descobrir
os princípios que compreendem o
método
conhecido
como
16
quiropraxia”.
Praticantes do “magnetismo animal”,
como era chamado na época,
acreditavam que existe um fluido etéreo universal que flui ao redor e através do corpo
humano criando um “magnetismo”. Se “o suprimento de magnetismo animal for
desequilibrado, um ou mais órgãos entrarão em disfunção”. 17
Palmer apresentou o conceito de inteligência inata. “Isto se define como ‘alma, espírito
ou centelha da vida’. É aquele ‘algo’ dentro do corpo que controla os processos de cura,
crescimento e reparação e ‘está além do conhecimento finito’”. 18 Esta inteligência inata
seria distribuída através do corpo ou se comunicaria com o restante do corpo através
dos nervos e do sistema nervoso. Creio ser fundamental conhecermos de onde veio a
quiropraxia (de um curandeiro magnético) e qual é a base teórica do seu sistema.
“...quiropraxia é baseada no fato de o sistema nervoso ser o Sistema Mestre que
controla e coordena todos os outros sistemas do corpo, incluindo o glandular,
reprodutivo, digestivo, respiratório, circulatório e o sistema imune. O sistema nervoso é
o mecanismo pelo qual a energia vital é transportada e distribuída a todas as partes do
corpo. A quiropraxia procura identificar e corrigir o desalinhamento e os movimentos
anormais das vértebras na coluna vertebral para remover a interferência do sistema
nervoso”.19
Infelizmente, estudos científicos não puderam confirmar esta teoria. Como explica o
professor de anatomia humana da Escola de Medicina da Universidade de Yale, Dr.
Edmund Crelin, “dos 43 pares de nervos que passam do cérebro através da medula
espinhal para os diversos lugares do corpo, somente 24 pares podem ser comprimidos
pelo deslocamento de uma vértebra sobre outra...”20 Ele continua explicando que
mesmo estes 24 pares de nervos passam por furos ósseos da coluna que são bem
maiores que os nervos. Um bloqueio destes nervos é exceptional e certamente não
poderia explicar a maioria das doenças que a quiropraxia atribui a este distúrbio. Nos
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estudos científicos a quiropraxia só se demonstrou eficaz no tratamento de dor da
coluna lombar.
A profissão quiropráxica é bastante fragmentada, observando-se uma grande gama de
crenças, filosofias e práticas entre os quiropráticos. Portanto, é impossível fazer
afirmações que abrangem toda a profissão. É importante que a pessoa interessada em
usar a quiropraxia entenda estas diferenças.
Um grupo de quiropráticos (uma minoria) segue rigorosamente os ensinos do fundador,
D. D. Palmer e, em especial, seu filho, B. J. Palmer. Estes se denominam “hetero”
quiropráticos. A maioria destes utiliza apenas as manipulações da coluna vertebral ou
de outras articulações para tratar qualquer doença. Dirão que não aplicam tratamentos,
que somente restauram a posição correta da coluna e das articulações e que o próprio
corpo encarrega-se da cura.
Outro grupo de quiropráticos tenta se distanciar dos Palmer e procura explicações
científicas para suas práticas. Estes não se limitam às manipulações da coluna, usando
também exercícios, técnicas de relaxamento, conselho dietético, vitaminas e
suplementos fitoterápicos. Eles seguem um caminho mais naturalista para o cuidado da
saúde do paciente.
Um terceiro grupo de quiropráticos é o que os “heteros” chamam de “mixers”, ou que
usam uma mescla de tratamentos. Além da manipulação da coluna, usam uma
variedade de terapias alternativas: acupuntura, iridologia, homeopatia, cromatografia
(tratamento com luzes coloridas), aromaterapia (tratamento com sais e óleos
aromáticos), massagem, yoga, cristais e outras terapias holísticas da Nova Era. Este tipo
de quiroprático parece ser o mais comum atualmente. Cristãos devem ter muito
cuidado com estes quiropráticos e devem evitar seus tratamentos.
Um grupo de quiropráticos cristãos nos Estados Unidos formou a Associação dos
Quiropráticos Cristãos (Christian Chiropractor’s Association) e divulgou um documento
se distanciando das terapias da Nova Era. Eles explicam a inteligência inata como
equivalente à alma e que as propriedades de cura do organismo humano vêm de Deus.
Fitoterapia – Todos nós provavelmente já usamos algum tipo de chá ou remédio
caseiro. Muitos de nós recebemos estes remédios caseiros de nossa mãe, avó ou algum
outro parente. Nos últimos anos o mercado de remédios à base de plantas e ervas
naturais tem se expandido rapidamente e as farmácias especializadas em produtos
“naturais” têm se multiplicado. Pacientes gastam bilhões de reais por ano em todo tipo
de produto fitoterápico: cápsulas, comprimidos, chás, cremes, xampús e muitos outros.
Os produtos fitoterápicos são usados como “tônicos”, para “desintoxicar” o corpo, como
suplementos dietéticos e para curar doenças. Estes produtos são usados pelas pessoas
que se automedicam, mas também são prescritos por médicos e terapeutas da
acupuntura e de outras terapias alternativas.
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Deus criou nosso organismo com mecanismos
maravilhosos que regulam as substâncias
corporais de maneira natural. Em circunstâncias
normais o organismo não precisa de uma
“desintoxicação”
como
alegam
os
fitoterapeutas. Se nos alimentarmos de
maneira saudável e equilibrada, são raras as
situações em que precisamos de qualquer
suplemento (a gravidez seria uma destas
exceções).
Se prestarmos atenção à propaganda destes produtos fitoterápicos, veremos que as
suas afirmações são fantásticas. Dizem que estes produtos são naturais, seguros,
efetivos e muito mais baratos do que os remédios da medicina científica. Já
mencionamos que o fato de serem naturais não significa que sejam seguros. O FDA dos
Estados Unidos (equivalente à ANVISA no Brasil) mantém uma lista destes produtos
fitoterápicos que podem causar dano ao organismo. 21 Muitos destes efeitos colaterais
provêm da associação destes diferentes produtos com remédios convencionais.
Alguns dos ingredientes destes produtos possuem estudos que comprovam sua eficácia.
A maioria, no entanto, não tem sido estudada ou seus estudos não seguiram uma
metodologia cientifica que daria crédito aos seus achados. Um dos maiores perigos no
uso destes produtos é o de tratar doenças graves com produtos ineficazes. Quando a
pessoa descobre que o produto não é eficaz, muitas vezes já é tarde demais para ajudar
o paciente. Isto se vê com frequência em pacientes diagnosticados com câncer. Para
que o tratamento do câncer seja eficaz é necessário tratá-lo logo no início. Muitos
pacientes recusam os tratamentos de câncer com cirurgia, radioterapia ou
quimioterapia devido aos efeitos colaterais desagradáveis e decidem usar os produtos
fitoterápicos. Esta é uma decisão muito séria que, na maioria das vezes, não pode ser
revertida.
Os defensores dos tratamentos fitoterápicos gostam de apontar para o fato de que
cerca da metade dos remédios convencionais de hoje tiveram origem nas plantas. Esta
afirmação é correta, mas enganosa. “Os remédios convencionais contêm ingredientes
ativos em dosagens bem controladas. Os produtos fitoterápicos no seu estado natural,
no entanto, podem variar muito de um lote a outro e também são contaminados por
outras substâncias químicas que causam efeitos colaterais sem nenhuma ação
terapêutica”.22 Alguns produtos contêm concentrações muito altas do ingrediente
desejado ou, quando usados por um longo período, podem ser tóxicos. A vitamina A é
um exemplo disto.
“Nos Estados Unidos, os produtos fitoterápicos com fins preventivos ou curativos
deveriam ser regulamentados como remédios sob as leis federais. Para se esquivar
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destas leis, estes produtos são comercializados como ‘alimentos’ ou ‘suplementos
dietéticos’ sem nenhuma menção dos seus benefícios à saúde nos rótulos. Como os
produtos fitoterápicos não são regulamentados como remédios, não existe nenhum
padrão para a sua colheita, processamento ou empacotamento”.23
Dietas – Existe propaganda abundante na televisão, internet, revistas e mesmo nos
outdoors sobre pessoas que perderam dezenas de kilos (e até mais de cem) querendo
que você compre seus produtos. Dezenas de livros e artigos de revistas nos dão
conselhos sobre dietas. Algumas são boas e seguras, enquanto outras são apenas
tapeação e apresentam perigo. Deve-se tomar muito cuidado ao escolher uma dieta,
tanto para emagrecer quanto para tratar algum problema de saúde, ou somente para se
manter em forma. Seu médico é o mais qualificado para orientá-lo quanto a uma dieta
segura.
É impossível analizar aqui todos os diferentes tipos de dieta, mas gostaria de comentar
uma delas: a dieta aleluia, promovida nos Estados Unidos e agora internacionalmente,
por um pastor batista, George Malkmus. Em seu livro God’s Way to Ultimate Health (A
Maneira de Deus para Atingir a Saúde Plena), o Pr. Malkmus faz várias declarações
absurdas referentes à interpretação bíblica, como também aos fatos relativos à saúde e
à nutrição. Ele promove uma dieta restrita a frutas e legumes (70-80% consumidos crú),
água destilada e comprimidos de Barleygreen (cevada verde) que ele mesmo vende. Ele
também é contrário à vacinação, alegando que as vacinas causam doenças e morte.
Diz esse pastor: “Ele (Deus) o fez (o corpo) de tal maneira que se nos alimentarmos
corretamente o corpo nunca ficará doente. Mesmo se acontecer de adoecer, Deus
programou a auto-cura nos nossos corpos para que se o ofensor (comidas ilícitas ou
medicamentos) que causou o problema for interrompido, o corpo produzirá a sua cura.
É tudo muito simples!... Não existem curas! A única maneira de restaurar a saúde do
corpo é com dieta e estilo de vida saudáveis... Se pudéssemos retornar ao plano de Deus
para a nutrição do corpo, poderíamos praticamente eliminar a doença da face da terra e
o ser humano morreria somente de acidentes ou de idade avançada ao redor dos 120
anos (Gn 6:3)”.24
Eliminar a doença do mundo? Todos viveriam até aos 120 anos de idade? O Pr. Malkmus
parece ignorar o fato de que após a queda do homem, tanto a natureza quanto os seres
humanos gemem sob os efeitos do pecado neste mundo (Rm 8:20-23). Ele alega que a
cevada verde que vende é uma fonte completa de nutrientes. De acordo com a
nutricionista Ellen Coleman, “a maioria dos nutrientes encontrados no Barlygreen são
insignificantes”.25 O Pr. Malkmus está totalmente equivocado.
O que estou tentando demonstrar é que existe valor em certas dietas e exercícios, no
entanto, precisamos tomar muito cuidado com as dietas infundadas e às vezes perigosas
que são propostas por muitos terapeutas da medicina alternativa.
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Terapias Alternativas que Funcionam
Muitos dirão que existem terapias alternativas que dão resultado. Dirão que se as
terapias funcionam, não deve ser errado utilizá-las. Creio que esta não é a maneira
correta de se encarar a questão. O que precisamos nos perguntar é: os fins justificam os
meios?
Quando olhamos para a eficácia destas terapias, precisamos levar várias coisas em
consideração:
1. Algumas terapias funcionam por causa do que se chama de efeito placebo. É fato
bem conhecido que algumas pessoas melhoram com comprimidos de açúcar ou
algum outro ingrediente neutro por confiarem no método ou na pessoa que
administra o método. Estima-se que 30% dos pacientes podem apresentar uma
melhora devido ao efeito placebo, independentemente do tratamento, se
acreditarem na terapia sendo utilizada.
2. Algumas terapias alternativas parecem realmente eficazes quando testadas através
de métodos científicos. Por exemplo, ao fazer uma revisão da pesquisa disponível, a
National Institutes of Health nos Estados Unidos (equivalente à ANVISA no Brasil)
concluiu que a acupuntura é eficaz para o tratamento em curto prazo de alguns
tipos de dor e náusea. A que podem ser atribuidos estes resultados? Devido a sua
base sobrenatural de energia Chi, o sucesso da acupuntura só pode ser atribuída a
poderes sobrenaturais.
3. “A dificuldade que se apresenta é: como nós, cristãos, podemos reconhecer o que é
de Deus e e o que não é. O critério comumente utilizado é que se funciona bem e
ajuda as pessoas, se alivia a dor e o sofrimento, deve ser de Deus. Isto não é
verdade”.26 Em Mateus 7:22-23 Jesus diz: “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor,
Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e
não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci.
Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!”. Jesus está dizendo que existem
pessoas que fazem coisas aparentemente boas e alguns o fazem em Seu nome. Mas
essas aparentemente boas obras não são de Deus e, na realidade, praticam o mal.
Jesus não se identifica com estas obras. Como podemos então saber se um milagre
de cura é obra de Deus ou obra de algum espírito maligno ou de um falso profeta?
1João 4:1-3 nos admoesta: “Amados, não creiam em qualquer espírito, mas
examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste
modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus;
mas todo espírito que não confessa Jesus não procede de Deus...”. “Os cristãos são
demasiadamente propensos a dar o crédito a Deus por toda a atividade espiritual,
especialmente se ela aparenta ser boa ou útil”.27 Precisamos aprender a discernir os
espíritos que estão por trás das terapias alternativas, que vêm das religiões pagãs e
das práticas ocultas do ocidente.
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4. A doença torna as pessoas bastante receptivas a todos os diferentes tipos de curas e
terapias. Os mais vulneráveis à ineficácia dos métodos terapêuticos alternativos são
os que sofrem de doenças crônicas ou terminais e não conseguem alívio com os
tratamentos convencionais da medicina científica. Estes doentes procuram qualquer
raio de esperança. Nestes casos precisamos nos conscientizar de nossa mortalidade
e de que não existem curas para todas as doenças. Será melhor aceitarmos a nossa
condição e ouvirmos o que o Senhor disse ao apóstolo Paulo quando este estava
sofrendo: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza”. Portanto, eu me glorificarei ainda mais alegremente em minhas
fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim (2 Co 12:9). Por mais difícil
que a situação possa ser, não justifica que o cristão se envolva em práticas
antibíblicas. “Mesmo se estas terapias trazem realmente cura, o cristão deve estar
disposto a se abster delas. A saúde física não deve ser buscada em detrimento da
saúde espiritual”.28 O fim nunca justifica o meio.
O que devemos procurar ao escolher um terapeuta ou um tratamento novo
Como se deve escolher um terapeuta ou decidir sobre o uso de um novo método de
tratamento?
1. É importante se perguntar se o tratamento proposto faz sentido. Se estiver em
dúvida, seria bom consultar outras pessoas com mais conhecimento médico e/ou
bíblico e que poderão ajudá-lo a analizar as reinvindicações deste tratamento
incomum.
2. Pesquise sobre como o método supostamente funciona. Quais são os princípios
invocados para o seu funcionamento? Algum destes princípios contradiz o ensino
bíblico?
3. Pesquise as crenças religiosas do terapeuta. Isto poderá nos dar alguma dica. O
agente fala sobre energia ou forças vitais? Ele utiliza alguma técnica da Nova Era em
outras áreas? Infelizmente, só porque o terapeuta diz ser cristão não significa que
não pratique a medicina da Nova Era. Tome cuidado com aqueles que falam em
“energia” ou que propõem manipular a energia do seu corpo.
4. Procure saber se já foi feita alguma pesquisa científica para avaliar a terapia em
questão e se foi publicada em alguma revista de boa reputação. Tome cuidado com
tratamentos que só usam o testemunho de seus pacientes para promoverem o
método terapêutico.
5. Quais são os perigos ou efeitos colaterais deste tratamento? Algum estudo já foi
publicado sobre isto?
Conclusão
Somente pudemos discutir brevemente alguns aspectos de um número limitado de
terapias alternativas. Certamente não consegui responder a todas as suas perguntas
sobre um assunto tão complexo quanto este. Você talvez nem concorde com todas as
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informações ou opiniões que escrevi neste artigo. Minha intenção, no entanto, é de
fazê-lo pensar com mais critério sobre o assunto. Antes de escolher o uso de uma destas
terapias alternativas, ela “deve ser pesquisada com profundidade, prestando bastante
atenção tanto às evidências científicas quanto às crenças espirituais sobre as quais estão
baseadas”.29
Um paciente de terapia alternativa disse: “Recebi mais da medicina mente-corpo do que
esperava: recebi uma religião”.30 A questão é: qual foi a religião que ele recebeu? Trocar
a alma por uma religião não cristã não vale os possíveis benefícios físicos que se possa
ter. “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por
minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e
perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mt 16:2526).
1
Michele Blecher, “Gold in Goldenseal,” Hospitals & Health Networks 71, no. 20 (October 1997): 50-52, citado em Gary P.
Stewart et al., Basic Questions on Alternative Medicine.
2
Haskell; Stanford University National Survey, Sept. 1998
3
Jonas; National Institutes of Health – Office of Alternative Medicine
4
Dónal P. O’Mathúna, “Emerging Alternative Therapies,” em The Changing Face of Health Care: A Christian Appraisal, ed.
John Kilner, Robert Orr, e Judy Shelly (Grand Rapids: Eerdmans, 1998) e Gary P. Stewart et al., Basic Questions on
Alternative Medicine (Grand Rapids: Kregel Publications, 1998)
5
Site do “The International Center for Reiki Training” (www.reiki.org), acessado em 30/01/1999.
6
John Ankerberg & John Weldon, The Facts on Holistic Health and the New Medicine, (Eugene: Harvest House Publishers,
1992)
7
Deepak Chopra, M.D., Ageless Body, Timeless Mind, (New York: Harmony Books, 1993), p 5-6, 16
8
Site do “Health World” (www.healthy.net), Introduction to Ayurveda – Ayurvedic Medicine, acessado em 01/02/2000.
9
Isadora Stehlin, “Homeopathy: Real Medicine or Empty Promises?”, site do “U.S. Food and Drug Administration”
(www.fda.gov), acessado em 30/11/1999.
10
Ibid
11
Ibid
12
Ibid
Ibid
14
Ibid
15
Jim Fox, American Medical Association spokesman, cited in “Homeopathy: Real Medicine or Empty Promises?,” op. cit.
16
Daniel D. Palmer, The Chiropractor’s Adjuster (Portland: Portland Printing House Company, 1910, reempresso em 1966), p
17
17
Robert C. Fuller, “Alternative Therapies” em Encyclopedia of Bioethics, Rev. Ed. (New York: Simon & Shuster
MacMillan, 1995), p 130
18
Edmund S. Crelin, PhD, “A Scientific Test of Chiropractic’s Subluxation Theory,” American Scientist, Set./Out. 1993
19
Jackie St.Cyr, D.C., “The SPS of Chiropractic: Science”, Philosophy and Art, no site da Innate Chiropractic Healing Arts
Center (www.n8chiro.com), acessado em 26/10/1999.
20
Crelin, citado acima.
21
U.S. Food and Drug Administration, “Dietary Supplements Associated with Illnesses and Injuries,” site do “FDA” (
www.fda.gov ), acessado em 30/11/1999.
22
David Barrett, M.D., “The Herbal Minefield,” site do “Quackwatch” (www.quackwatch.com), acessado em 15/02/2000.
23
Barrett, M.D., op. cit.
24
George H. Malkmus com Michael Dye, God’s Way to Ultimate Health (Eidson, TN: Hallelujah Acres Publishing), p 45, 60,
82.
25
Ellen Coleman, RD, MA, MPH, “Barleygreen TM,” Site da Health Care Reality Check (www.hcrc.org), acessado em
16/01/2000.
26
Glenn M. Hultgren, D.C., “Alternative Therapies: Making a Difference through Spiritual Evaluation,” no site da Christian
Chiropractors Association web site (www.frii.com/~cca/), acessado em 20/11/1999.
27
Ibid.
28
Hultgren, citado acima.
29
Stewart, citado acima.
30
Marty Kaplan, “Ambushed by Spirituality,” Time, 24 de junho de 1996, 62, citado em Basic Questions on Alternative
Medicine.
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