POLONIA SOCIEDADE BENEFICENTE DO RIO DE JANEIRO

Transcrição

POLONIA SOCIEDADE BENEFICENTE DO RIO DE JANEIRO
POLONIA SOCIEDADE BENEFICENTE DO RIO DE JANEIRO
Ano 2014 /2015. Número 3. dezembro/14-março/15
SUMÁRIO
Palavra do Presidente
3
Editorial
4
Polonia Sociedade em Destaque
5
Polonia Patriota
6
Artigo
7
Ecos da Polônia
10
Mówimy po Polsku
12
Projeto Memória
13
Visão & Gestão
16
Entrevista
17
Radar Polônico
19
Polônia em Drops
20
Aconteceu em 2014
21
Polonia em Foco
33
Espaço do Leitor
34
História & Estórias
36
Crônicas & Poesias
37
Prezados Sócios, Amigos e Leitores,
Estamos disponibilizando nosso terceiro numero da revista
e
acreditamos que novamente vocês irão gostar de descobrir seu conteúdo
variado e interessante. Esta edição é ultima de ano 2014, portanto é o
momento de também fazer um curto balanço de nossas atividades e
realizações. Como a atividade e objetivo principal da Polônia Sociedade é
voltada para a ajuda às pessoas necessitadas, temos o prazer de informar que
conseguimos aumentar este ano substancialmente a ajuda social. Graças ao empenho e
colaboração dos sócios e membros da diretoria, organizamos vários eventos, bazares e
também arrecadamos recursos decorrentes de aluguel de nossos espaços que permitiram além
de aumentar a ajuda, investir na manutenção e modernização de nossas instalações.
Com prazer levamos ao conhecimento de vocês que outro dos nossos objetivos é a divulgação
e ensino de idioma Polonês, pois acreditamos que todos os poloneses e seus descendentes
devem ter como ponto de honra dominar o idioma de seus antecessores. Para este fim
construímos, dentro de nossas instalações, uma sala de aula devidamente equipada para facilitar
o ensino do idioma. Um de nossos professores foi enviado a Curitiba para participar de um
treinamento para aplicação de novos e modernos métodos de ensino do idioma Polonês.
Acreditamos que com estas facilidades e cursos gratuitos vamos conseguir despertar um maior
interesse de nossa comunidade em aprender o idioma, nossa cultura e historia resultando em
maior entrosamento com a pátria Polônia.
Aproveitando, desejo à todos um farto e harmonioso Natal e muita saúde, paz e prosperidade
para o ano 2015.
Forte abraço,
Stefan Janczukowicz
3
Prezados Leitores,
Este terceiro número da
encerra o primeiro ano desta Revista
eletrônica que têm mobilizado descendentes de poloneses a contribuírem com
riquíssimos materiais e que tem permitido à Polonia Sociedade Beneficente do
Rio de Janeiro estabelecer um diálogo mais próximo com os membros da colônia
polonesa do Rio de Janeiro e também com todos os que se interessam pela
cultura milenar polonesa, residindo ou não na Cidade Maravilhosa.
Nesta edição, dois assuntos têm grande destaque. Como não poderia deixar de ser o Levante de
Varsóvia e os 25 anos de uma Polônia soberana, graças à contundente ação do Sindicato
Solidariedade, são os pontos principais abordados. Os valores que permearam estas e tantas outras
lutas dos poloneses, inspiraram a criação de uma nova coluna chamada Polonia Patriota, a qual
sempre relembrará algum fato importante da trajetória polonesa, para que não esqueçamos de nossas
raízes e da luta de nossos antepassados.
entrevistou o Presidente do Comitê Olímpico Polonês, Sr. Andrzej Krasnicki, sobre
as expectativas da Polônia para os Jogos Olímpicos Rio 2016, bem como também a visão da Polônia
sobre os preparativos que envolvem a organização dos Jogos no Rio de Janeiro e as diferentes ações
para que a Polônia melhore a sua colocação no quadro geral de medalhas.
O Projeto Memória desta edição, traz a trajetória de um polonês, Antoni Gabriel, que reconstruiu
sua vida no Rio de Janeiro depois do Segundo Grande Conflito e que na Polônia era conhecido como
o “Ícaro da Silésia” pois construiu e pilotou seu próprio avião.
Nesta linha tecnológica a coluna Visão & Gestão, traz o resultado de uma pesquisa divulgada em
2014 sobre o perfil do consumidor digital polonês e perspectivas para que suas expectativas no
momento da compra sejam atingidas.
A coluna História & Estórias apresenta as origens de Varsóvia, bem como a lenda sobre a sua
fundação a partir de uma paixão aparentemente impossível.
Especial agradecimento à Maria Wojnowska, Israel Blajberg, Artur Trojan e Rodrigo Lychowski por
suas valiosas contribuições, através das quais um projeto como este se torna viável e com vida longa.
deseja à todos um Feliz Natal, repleto de muita paz, saúde e amor e um 2015
abençoado pelo Jesus Menino, com muitas realizações pessoais e profissionais.
Aleksandra Sliwowska Bartsch
Editora-chefe
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A Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro elegeu sua nova diretoria para o período de 20142015. Como presidente foi eleito o Sr. Stefan Janczukowicz, engenheiro mecânico. Como vicepresidentes foram eleitas as senhoras Elvira Helena Gimbitzki e Marianna Brocka. A Sra. Marianna
Brocka, foi condecorada em 2014 com a Cruz da Sibéria. Já a Sra. Helena Gimbitzki, foi por muitos
anos taquígrafa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
A direção financeira é ocupada pelo Sr. Vicente Pawelec, tendo como vice-diretora a Sra. Lucyna
Brocki Cozzolino, psicóloga e voluntária no Instituto de Saúde da Comunidade do Hospital Antonio
Pedro da Universidade Federal Fluminense.
As senhoras Alessandra Kepinski e Laura Miranda, são responsáveis respectivamente pela secretaria e
vice-secretaria executiva. A Sra. Kepinski é engenheira formada pela Escola de Engenharia da UFRJ,
com mestrado em engenharia nuclear pela COPPE/UFRJ, tendo trabalhado na Comissão Nacional
de Energia Nuclear, Furnas Centrais Elétricas e atualmente na Eletrobras Eletronuclear, atuando nas
áreas de licenciamento ambiental e nuclear. Já a Sra. Laura Miranda, é professora universitária de
Língua Portuguesa e Literatura.
Integram ainda a diretoria quatro conselheiros: Sra. Alina Felczak, Sra. Helena Warzynski, Sra.
Aleksandra Sliwowska Bartsch e o Sr. Claudio Skóra Rosty. A Sra. Alina Felczak, médica, foi por vinte
e três anos presidente da Polônia Sociedade, tendo com seu trabalho obtido o reconhecimento
nacional e internacional para a Sociedade. Por sua atuação vigorosa recebeu do Presidente da Polônia
as mais altas condecorações, como a medalha Polonia Restituta e a Cruz de Mérito de Ouro, dentre
muitas outras. A Sra. Helena Warzynski integra há mais de dez anos as Comissões de Ética em
Pesquisa Médica e a dos Direitos dos Pacientes do Hospital Universitário da Universidade Federal do
Rio de Janeiro. A Sra. Aleksandra Sliwowska Bartsch é economista, mestre em Engenharia de
Produção e doutora em Gestão da Inovação Tecnológica pela COPPE/UFRJ. É professora e
coordenadora universitária, lecionando em instituições como UFRJ, UNILASALLE, Sebrae,
Universidade Candido Mendes, AVM Faculdade Integrada e Senac, além de coordenar pesquisas na
área de consumo consciente e produção mais limpa, tendo sido agraciada, entre outras, com as
Medalha de Honra ao Mérito da Presidência da Polônia e do Ministério da Cultura da Polônia. O Sr.
Claudio Skóra Rosty é Coronel da reserva remunerada e historiador militar. Trabalha na Seção de
Pesquisa de História Militar no Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército,
subordinado à Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército. Desenvolve pesquisas sobre
as invasões holandesas no Brasil, Guerra da Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai) e sobre o Brasil na
Segunda Guerra Mundial.
A UERJ foi palco do IV Congresso Internacional do Núcleo de Estudos das Américas, no qual a
Profa. Dra. Aleksandra Sliwowska Bartsch fez uma conferência intitulada Passado e Presente da
Diáspora Polonesa no Rio de Janeiro, onde abordou as marcas polonesas na Cidade Maravilhosa,
através das trajetórias da Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro, da Igreja Polonesa e da
Associação dos Ex-Combatentes Poloneses, bem como analisou o papel das novas formas de
comunicação como fonte de perpetuação dos valores poloneses e integração de diferentes gerações,
através de publicações como a
e as redes sociais.
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33 ANOS DO ESTADO DE SÍTIO NA POLÔNIA
O dia 13 de dezembro é emblemático para os poloneses. Foi neste dia, em 1981, que o primeiroministro, General Wojciech Jaruzelski, decretou a lei marcial para pôr fim às atividades do Sindicato
Solidariedade, que tinha quase 10 milhões de membros. Várias dezenas de milhares militantes
sindicais foram detidos, começando por seu chefe carismático, o eletricista Walesa. Para recordar de
tantos patriotas que lutaram por uma Polônia soberana,
publica a oração
pela Pátria, escrita pelo Padre Jerzy Popieluszko, que foi assassinado pelos russos, em 1984:
Modlitwa za Ojczyznę
Wszechmocny Boże, Ojców naszych
Panie!
Pochylamy pokornie nasze
głowy, by
prosić o siłę wytrwania i mądrość w
tworzeniu jedności, by prosić o Twoje
błogosławieństwo.
Oração pela Pátria
Wszystkich polecamy Twojej
Inclinamos humildemente nossas
szczególnej opiece, Twojej mocy
uzdrawiającej ludzkie serca.
Chcemy wszystkim naszym
winowajcom przebaczyć, jak Ty
przebaczasz nam nasze winy.
I zbaw od złego nas wszystkich.
Wysłuchaj, Panie, prośby ludu swego.
Amen.
Deus
Misericordioso, Pai de nossos
Pais!
cabeças para pedir a Ti a força da
resistência e inteligência para a
construção de uma união, pedindo a
também Tuas bençãos.
Pedimos Tua
especial proteção para
todos, bem como rogamos Tua força
que cura os corações das pessoas.
Queremos
perdorar a todos os que
nos ofenderam, assim como Tu
perdoas os nossos pecados.
E livrai nos de todo o mal.
Escutai, Senhor, os pedidos
de seu
povo.
Amén.
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1944, À FERRO E FOGO!
Artur Trojan (*)
À Ferro e Fogo compõe uma trilogia que é um dos maiores clássicos da
literatura polonesa, de autoria do prêmio Nobel Henryk Sienkiewcz. Tal
clássico narra a heroica luta dos exércitos da República das Duas Nações –
nome dado a união entre o Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia
– para tentar reestabelecer o poder central na região da atual Ucrânia, no
período de crises que vivia a República, durante o século XVII, período conhecido como
“Dilúvio”. No entanto, o presente texto, irá tratar de outro episódio épico, apesar de trágico,
como vários momentos da história da Polônia.
No corrente ano de 2014, completou 70 anos uma das batalhas mais estoicas da segunda guerra
mundial – a Batalha por Varsóvia, ou como ficou mais conhecida: Levante de Varsóvia, que
assim como no século XVII, dadas as devidas proporções históricas, também tentava
reestabelecer o estado polonês. Esse confronto, que foi travado à Ferro e Fogo, certamente, é de
pouco conhecimento no mundo; quando não, é confundido com o Levante que ocorreu no
Gueto de Varsóvia. Tudo isso, se deve ao contexto histórico em que a Polônia estava inserida
no ano de 1944.
No dia 01 de agosto de 1944, às 17:00, teve início o levante, como parte de uma insurreição
nacional, “Operação Tempestade”, o qual levava todos a crer que a liberdade da Polônia viria
por mãos polonesas. Confiando em seus aliados ocidentais ( EUA e Grã Bretanha), com quem
possuía acordos de mútua ajuda, militar e política, bem como, no suporte militar do Exército
vermelho que já se encontrava do outro lado do Vístula, no distrito de Praga, subúrbio de
Varsóvia; os combatentes do Exército da Pátria e do Exército do Povo Polonês deflagraram
uma das batalhas mais sangrentos da Segunda Guerra Mundial.
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Durante as primeiras duas semanas da batalha, os insurgentes
conseguiram tomar 2/3 de toda a cidade, e deixou vulnerável o
poderoso exército alemão, que precisou de reforços para enfrentar
os poloneses. Foram 25 mil soldados alemães mortos, 40 mil
baixas (mortos, feridos e feitos prisioneiros) de soldados
poloneses e aproximadamente 200 mil cidadãos da cidade foram
SUMARIAMENTE assassinados pelos nazistas em represália ao
Levante. Hitler deu ordens de evacuar toda a cidade e destruí-la, o
que levou a derrubada de 85% das construções de Varsóvia. Na
URSS, Stalin - que agora estava com os aliados - dizia que os
soldados da resistência polonesa eram "uma corja de bandidos
sedentos por poder", dando ordens diretas para que o Exército Vermelho nada fizesse em
relação à Varsóvia, mas apenas assistisse ao massacre. Por outro lado, os "aliados" deram uma
pífia ajuda militar e foram totalmente lenientes com a postura do "bom e velho tio Joe" - como
Stalin era chamado nos EUA e Grã Bretanha durante a guerra.
Com o fim do Levante, Hitler, muito contrariado, teve que reconhecê-los como um exército
regular dos Aliados, garantindo-lhes todos os direitos da Convenção de Genebra, não os
tratando mais como "bandidos" e "aventureiros", assim como Stalin. No entanto, todo medo
dos combatentes se concretizou. Após os nazistas deixarem a cidade, o Exército Vermelho
havia "libertado" Varsóvia, dando início a um processo de "stalinização" da Polônia. Nos duros
onze anos (1945-1956) de stalinismo que se seguiram na Polônia, nada poderia se falar sobre o
Levante e todos os combatentes que haviam ficado em território polonês foram presos,
torturados, e condenados à morte por crimes como: atividades anti-soviéticas, pró-fascistas e
traição à nação polonesa. O mais irônico é saber que foram condenados nos mesmo artigos e
parágrafos que os nazistas que haviam combatido.
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Com a morte de Stálin, em 1953, e de Bierut, em 1956 (de forma suspeita em viagem à
Moscou), Wladislaw Gomulka reassume o poder e começa o processo de "desistalinização" da
Polônia, onde a verdade sobre os acontecimentos do combate de 1944 poderiam ser falados,
mencionados, escritos e publicados de forma discreta e não oficial. O reconhecimento do
heroísmo do Levante, na luta contra a tirania nazifascista, só ocorreu em 1989 com a eleição e
formação de um novo governo.
Cabe ressaltar, que para muitos poloneses, o final da Segunda Guerra Mundial só vai ocorrer
com eleições democráticas no ano de 1989. E a despeito das muitas críticas em relação as
perdas humanas que o correram em Varsóvia, durante os sessenta e três dias de combate, os
poloneses apenas seguiam sua velha tradição de luta contra a opressão estrangeira e por
liberdades, o que para quem conhece um pouco da história da nação polonesa, sabe que é a
marca registrada desse povo.
Ironia ou não, o tradutor da obra que usei como título do presente texto – e de inúmeras obras
-, Tomasz Barczynski, que faleceu este ano, foi um herói do Levante de Varsóvia, à quem rendo
minhas homenagens.
Referências:
Davies, Norman. O Levante de 44, edição em português. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2006.
(*) Artur Trojan é advogado e concluiu a Escola de Formação de Líderes Polônicos na Polônia em 2014. É
aluno do Curso de Polonês da Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro
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LEVANTE DE VARÓVIA 70 ANOS DEPOIS
No ano em que se homenageiam os heróis que há 70 anos lutaram no
Levante de Varsóvia, o correspondente e ex-combatente Andrzej
Sladowski, responde através de sua crônica se essa luta tão sangrenta
teria valido a pena. Esse questionamento tem sido repetido à exaustão
na Polônia nos meios de comunicação e em discussões acadêmicas.
Prezados amigos, o verão acabou infelizmente... Chega o outono...vejo o jardim e a floresta, no ar o
cheiro inconfundível da mudança da estação... Mergulho na memória... Passou tanto tempo... mas
lembro muito bem deste dia quando a guerra começou.... Após 2 semanas de resistência, sob
pesado bombardeiro, Varsóvia rendeu-se. Incendiada, em ruinas, com centenas de mortos, abatida,
mas não vencida.... pois um dia antes, em 27 de setembro de 1939 constituiu-se o Governo
Subterrâneo da República da Polônia e desta organização, que reuniu milhares de voluntários,
prontos a lutar para defender a pátria, nasceu em 1942, a Armia Krajowa (AK), o Exército
Nacional.
Em meados de julho de 1944, eu estava cumprindo uma missão como pombo-correio. As ruas do
centro de Varsóvia apresentavam um aspecto curioso: as tropas nazistas marchavam
desordenadamente, batidas na frente russa. Muitos homens feridos, visivelmente abatidos, sem
forcas e animo... o povo polonês olhava com satisfação e estava certo de que era chegado o
momento de empunhar armas e livrar a capital dos ocupantes. Assim, às 17.00 hs do dia 1 de
agosto de 1944, o Comando da AK ordenou o início do Levante de Varsóvia, mobilizando todos
os seus homens, mau armados para combaterem os nazistas de todas as maneiras possíveis, para
hastear a bandeira branco-vermelha numa capital livre.
Chegavam milhares de homens e mulheres, numa mobilização espontânea, corajosa e patriótica....
Assim começou uma batalha dura e sangrenta, mas com entusiasmados combatentes e a população
civil apoiando esta iniciativa... A verdade é que do ponto de vista militar, o levante não deveria
acontecer naquela data....
Após 4 dias de batalha, os poloneses conquistaram o centro e muitos bairros da cidade... mas, a
partir do dia 4 de agosto, começaram a chegar as forcas inimigas dispondo de artilharia pesada,
tanques e aviões.
Pouco a pouco, os poloneses foram perdendo os terrenos conquistados, sofrendo pesadas perdas
em homens e armas... prédios ruindo, em chamas... tanques nas ruas, abrindo fogo contra tudo e
todos. Após 60 dias de luta, vendo o sofrimento da população civil, o Comando da AK decidiu, no
dia 2 de outubro de 1944, assinar um cessar fogo. Era fim de uma luta, que durou 63 dias,
observada de perto pelos russos, do outro lado do rio Wisla, os quais ficaram parados, esperando a
capital ser destruída e os combatentes mortos... Stalin mais uma vez, saiu vitorioso com os seus
planos diabólicos... Lembro também dos ucranianos, a serviço dos nazistas que foram mais brutais
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de que os SS: fuzilavam sem piedade os sobreviventes da população civil, violentando as mulheres,
matando crianças e velhos....uma página lamentável da nação ucraniana... Restaram ruínas
fumegantes e gente soterrada, milhares de pessoas....restou a dor e tristeza dos combatentes.... Mas
durante os 63 dias de luta, a bandeira branco-vermelha tremulava nos prédios da capital livre,
composta de gente que não baixava a cabeça, que tinha um governo livre, na capital e em Londres...
As forças polonesas lutaram, junto com os aliados, em todos os fronts da II Guerra, no ar, no mar,
na terra.... O sangue dos combatentes poloneses marcou terras de muitos países da Europa. Isso
devemos lembrar sempre e para sempre!
Para finalizar, uma data feliz....
Meus Amigos, no dia 29 de agosto de 2014, numa reunião geral da UE, foi eleito como presidente
do Conselho da União Europeia o nosso primeiro ministro Sr. Donald Tusk, que governou a
Polônia durante 2 períodos de 4 anos....
Como falou seu antecessor, Sr. Herman Von Rompuy, que transmitiu o cargo no dia 1 de
dezembro de 2014 para Donald Tusk, esta eleição demonstra os sucessos da Polônia, tanto no
campo industrial, quanto no político, pois a voz do país é ouvida com atenção e aprovada em
muitas decisões importantes. Congratulamo-nos com o Sr. Donald Tusk e toda a nação polonesa,
por este sucesso internacional...o futuro a nós pertence!
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CURSO DE METODOLODIA PARA O ENSINO DO IDIOMA POLONÊS
Entre os dias 27 a 30 de novembro de 2014 foi realizado o Curso de Metodologia para o Ensino do
Idioma Polonês – 2014, realizado pelo Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba em
parceria com a Universidade Federal do Paraná - Curso de Letras Polonês e a Universidade da Silésia
de Katowice – Polônia.
A abertura foi feita pelo Consul da Polônia Sr. Marek Makowski. Participaram do curso professores
dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. O Professor do Curso de
Polonês da Polônia Sociedade, Marek Polak, representou o Rio de Janeiro.
O Curso abordou diferentes metodologias de ensino, desde as ligadas ao ensino tradicional de
gramática e conversação, até abordagens para crianças e aplicação de atividades lúdicas e culturais
para uma melhor assimilação do idioma.
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ANTONI GABRIEL: UM HOMEM À FRENTE DE SEU TEMPO
“Ícaro da Silésia”. Era assim que Antoni Gabriel era conhecido na Polônia após construir seu próprio
avião e sobrevoar várias cidades da Polônia no dia histórico de 16 de outubro de 1936, sem nunca, até
então, ter pilotado um avião sozinho.
Antoni Gabriel e seu avião
Nascido em 18 de maio de 1911 em Mnichowice, na Polonia. Órfão de pai e mãe aos 10 anos, Antoni
Gabriel, desde pequeno, começou a estudar mecânica e serralheria. O resultado disso foi que ainda
muito jovem, passou a construir e consertar rádios para sua família e vizinhos, o que lhe rendeu algum
dinheiro. Em torno de 1930, projetou e construiu uma cadeira de rodas mecanizada, a qual 40 anos
depois, ainda encontrou sendo utilizada quando visitou sua terra natal.
Sempre olhava para o céu almejando poder voar. Assim, pôs-se a projetar até que construiu um avião de
sucata. Primeiro fez o esqueleto. Com a ajuda de vizinhos e familiares, derretia panelas e outros
utensílios de alumínio doados e comprados para a fuselagem. Um amigo costurou os pneus de couro
que recobriam as rodas, outro lhe arranjou o combustível necessário para os testes com o motor. O
primeiro motor se mostrou muito frágil. Paralisou seu projeto, voltou a trabalhar incansavelmente para
juntar o dinheiro necessário para comprar outro motor apropriado para aviação, conseguindo um usado,
ANZANI de 45 cv, do Aeroclube de Poznan, mas faltava um pouco de dinheiro para arrematar o
mesmo. Fizeram então uma arrecadação. Toda a cidade se empenhou neste sonho. Antoni construiu
então a hélice e finalmente estava terminado o avião Śląsk.
Após alguns problemas, o avião decolou e o voo foi um sucesso depois que Gabriel conseguiu equilibrar
o “pássaro rebelde”. Pousar o avião se mostrou um desafio, pois já havia começado a escurecer. Seu
irmão, já piloto da “Esquadra de Caça 131 da Armada de Poznan”, pediu para que todos acendessem
tochas iluminando o local para pouso. “Se nem sei se consigo pousar o avião, como vou pousar no meio
daquela aglomeração? Vou matar pessoas?”, disse Antoni Gabriel. Então direcionou o avião para um
charco depois do campo iluminado. Pousando no charco acidentado, quebrou o trem de pouso.
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Foi tirado do avião e carregado pela multidão eufórica. Dentre a multidão uma menina pregou em sua
lapela uma pequena rosa. Esta menina seria o amor de toda uma vida, sua esposa Carlota Aniela Gogol,
com quem se casou e teve dois filhos, Maria e Jan.
Antoni Gabriel e sua futura esposa Carlota Aniela
Antoni Gabriel saudado pelo seu vôo.
Após uma avaliação, as Forças Armadas o proibiram de continuar a voar em seu avião intitulado Śląsk
(Silésia). Mas, em troca, lhe deram uma bolsa para continuar seus estudos de pilotagem e técnicos, para
se tornar um verdadeiro Projetista (terminou Engenharia Mecânica em Londres).
Ato de concessão de bolsa de
estudos para Antoni Gabriel
Quando eclodiu o Segundo Grande Conflito, Antoni Gabriel, então já piloto, foi feito prisioneiro. Foi
transferido de trem, sem comida, por dias para Sibéria, na Rússia. A desnutrição o deixou com os dentes
moles. Um dia, a esposa de um Oficial do Campo de Prisioneiros estava tendo um parto difícil e iria
precisar de intervenção cirúrgica. O médico teria feito um apelo que precisava de ferramentas adequadas
e chegou-lhes aos ouvidos, que Antoni Gabriel era serralheiro. Antoni então fez ferramentas adequadas
e com isso, ganhou a amizade do Médico, que sempre lhe enviava uma porção melhor de comida e o
tratava como a um precioso ajudante.
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Após os russos libertarem seus prisioneiros, sabendo que o Pacto entre a Rússia e a Alemanha estava
prestes a ser rompido e a Guerra com a Alemanha se tornava eminente, Gabriel se tornou piloto de caça
e bombardeio da RAF e foi destacado para várias partes do mundo. Passou pela Índia, Egito, Líbia,
Tunísia, Argélia, Marrocos.
Quando os ingleses enviaram Antoni Gabriel e outros pilotos para se aprimorarem em aviões mais
modernos, o navio de passageiros em que estavam, foi torpedeado na costa da África Central, perto de
Freetown, em 1943. Foi salvo graças ao óleo do navio que se esparramou salvou suas vidas do
ressecamento ao sol. Ficou 5 dias no mar, até que finalmente conseguiu ser resgatado.
Quando a Guerra terminou, optou por não voltar mais à Polônia, esta já dominada pelo duro regime
comunista, onde muitos pilotos que voltaram, foram presos. À caminho da Argentina, seu destino
mudou novamente quando se encantou com a beleza da Cidade Maravilhosa, decidindo recomeçar sua
vida na cidade em 1947.
Trabalhou na Light como Engenheiro e na RUFINO, onde construiu a primeira antena de TV do Brasil
(TV Tupi). Viajava também montando estruturas metálicas. Até que, se naturalizou brasileiro, montou
sua própria indústria e se especializou na construção de calandras (máquinas para virar chapas,
calandrar, de inúmeros tamanhos, manuais e automatizadas) e prensas hidráulicas, sob encomenda.
Antoni, trabalhou até os 77 anos, mesmo já aposentado, em seus projetos, até que as crises de coluna o
venceram. Depois veio a diabetes e as muitas crises de hipoglicemia, a operação de próstata e finalmente
o derrame fulminante, em 22 de setembro de 1990, aos 80 anos.
Antoni Gabriel em família
Em Outubro de 2010, centenário do nascimento de Antoni Gabriel e 70 anos do avião Slask, foi
lançado um selo, um cartão postal e um obelisco em sua homenagem, na região de Bralin, Kepno e
Mnichowice, onde ele nasceu.
Antoni Gabriel olhava para o céu e não via só uma oportunidade em voar, ele sempre acreditou que
deveria existir vida extraterrestre, que não seria possível um mundo tão infinito e só nós, nessa nossa
forma limitada, os existentes nele. Com ele aprendemos que tudo é relativo.
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CONSUMIDOR DIGITAL POLONÊS
Aleksandra Sliwowska Bartsch
Não é difícil perceber que vivemos uma grande transformação. Pode-se encomendar uma pizza
enquanto se dá uma pausa num jogo em um smartfone e no mesmo momento pagar uma conta, numa
convergência cada vez maior. Cada vez mais tudo será pesquisado com mais facilidade, tendo o
Google como o grande oráculo dos tempos modernos. Além disso, o consumidor digital é cada vez
mais produtor de conteúdos, querendo participar de processos de criação coletiva e disseminação de
ideias.
A sociedade polonesa têm aumentado de maneira expressiva o uso de dispositivos digitais no processo
de compras e em outras atividades. A pesquisa “O Consumidor Digital e a Realidade Virtual – 2014”,
mapeou que o usuário de smartfones na Polônia é majoritariamente masculino (60%), com 60% dos
entrevistados jovens, com menos de 35 anos e nível sócio-cultural médio/alto.
Em 84% dos casos, os poloneses usam os smartfones para tirarem fotos. Cerca de 80% utiliza como
meio de comunicação e 74% para escutar música.
Dominam e interagem com as novas tecnologias com a facilidade de integrar os vários canais, recursos
e ferramentas para pesquisar, conversar, se informar e comprar. O consumidor desenvolveu padrões
de uso multitela que obriga as marcas a pensarem numa comunicação Omnichannel (comunicação das
diversas interfaces trabalhando em conjunto: web, mobile, smart, tv.)
Por sentirem-se parte da criação da marca e com
suas características participativas, eles são
colaborativos e empreendedores. Se autoorganizam em ecossistemas criativos e
colaborativos
para
trocar
experiências,
informações, propor soluções, projetar ideias,
bens e serviços. Mais bem informado, ruidoso e
crítico o consumidor é o evangelista da marca e
fará dela sucesso ou fracasso dependendo de
como for tratado.
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Em recente visita à Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro, o Presidente
do Comitê Olímpico Polonês Andrzej Krasnicki concedeu entrevista à Polonia
Carioca sobre os projetos da Polônia para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e
sua avaliação sobre o andamento dos preparativos da Cidade Maravilhosa para o
maior evento esportivo do mundo.
PC: Como a Polônia está se preparando para os Jogos Olímpicos Rio 2016?
Andrzej Krasnicki: Os Jogos Olímpicos são com certeza o evento esportivo mundial mais importante.
Como só acontecem de 4 em 4 anos, os preparativos começam muito antes. A importância das
medalhas olímpicas superam quaisquer outros troféus que possam ser conquistados. Infelizmente desde
o início do século XXI, o esporte polonês passa por uma fase difícil. Enquanto em Sidnei (2000)
obtivemos 14 melhalhas, nas edições seguintes em Atenas (2004), Pequim (2008) e Londres (2012) a
Polônia obteve apenas 10 medalhas em cada uma. O Ministério do Esporte e do Turismo criou o
„Clube Polônia Londres 2012” que agrupou os atletas poloneses em suas diferentes modalidades, tendo
concedido a estes atletas aumentos substanciais nos recursos destidados às atividades de treinamento e
monitoramento. Foi criado um sistema de bolsas, com a finalidade de motivá-los para que obtivessem
melhores desempenhos. Infelizmente o resultado foi apenas parcial, pois o número de medalhas não
sofreu alteração.
PC: Quais as principais dificuldades enfrentadas pela Polônia no que tange à participação dos Jogos
Olímpicos?
Andrzej Krasnicki: Certamente a Polônia não figura como uma potência do esporte mundial e... penso
que esta posição nos próximos anos não sofrerá modificações. Temos sérios atrasos em relação às
maiores potencias olímpicas. É importente tornar a Polônia um país voltado para o esporte, investir em
educação física nas escolas de alto nível, o que nos dias de hoje não tem acontecido pois a disciplina
nem sempre conta com profissionais qualificados, que não a tornam atrativa. Além disso está sendo
estruturado a educação física a nível superior. Apesar de serem várias iniciativas ainda levará um tempo
para que possamos colher os resultados. É importante também salientar que depois das mudanças
ocorridas no final dos anos 1980 e 1990 houve uma redução dos investimentos na área de esportes
como forma de reestruturação dos gastos das empresas que ao reorganizarem seus custos buscavam
economizar através do esporte. Uma situação similar foi vivenciada pelas Forças Armadas e pela
Polícia. Neste âmbito com certeza perdemos para outros países onde há um reconhecimento muito
maior no qual os atletas têm maiores possibilidades de desenvoverem suas carreiras profissionais. Há
uma louvável tentativa de salvar esta situação através dos investimentos promovidos pelas maiores
firmas polonesas as quais reconhecem uma excelente oportunidade para promoverem suas marcas e
produtos. Sem este tipo de ajuda seria muito difícil.
17
PC: Qual a sua avaliação em relação aos preparativos para as Olimpíadas Rio 2016
Andrzej Krasnicki: Não temos ainda muitas informações sobre os preparativos para o Rio 2016. Os
organizadores garantiram que todos os preparativos acontecerão sem contratempos e nos prazos.
Infelizmente uma recente visita ao Rio de Janeiro nos convenceu de que por enquanto o Brasil e o Rio
de Janeiro focaram nas obras referentes à Copa do Mundo. Recebemos informações que as outras obras
estão com atrasos de até dois anos, o que é bastante expressivo. Não posso afirmar se todas as
construções olímpicas ficarão prontas a tempo, mas desejo que os organizadores não repitam o que
ocorreu em Atenas ou mesmo nas Olimpíadas de Inverno em Sochi, onde pouco antes da abertura os
andaimes ainda estavam sendo retirados.
PC: No Brasil, o esporte traz inúmeras oportunidades para jovens, muitas vezes resgatando de vícios
como drogas. Isso também acontece na Polônia?
Andrzej Krasnicki: O esporte é com certeza uma grande oportunidade para os jovens,
independentemente da classe social, e principalmente para aqueles oriundos de famílias mais pobres ou
em situação de risco em função de alcool, drogas. O esporte permite uma igualdade de oportunidades.
Se alguém tem aptdão para corrida, pouco importa a qual família pertence. Temos ciência de que no
Rio de Janeiro inúmeras iniciativas vem resgatando crianças e jovens através do esporte. Na Polônia a
situação não é tão grave, mas as associações esportivas e sobretudo as escolas procuram cuidar de
crianças oriundas de famílias com dificuldades financeiras, as quais são estimuladas a se envolverem com
atividades „seguras” como o esporte. Também é importante considerar que os chamados clubes
olímpicos, localizados em espaços denominados „Casa da Criança”, bem como em outros locais,
inclusive em prisões. A mão-de-obra que atua nesses locais, procura adotar diferentes métodos para
despertar o interesse de seus frequentadores (ou confinados) no esporte. Isso acontece no âmbito
„teórico” onde o ideal olímpico é promovido através de encontros esportivos dos quais participam
atletas olímpicos de diferentes gerações. Através de concursos sobre conhecimentos esportivos,
excursões, procurando unir os participantes em torno de valores como: trabalho, persistência,
solidariedade, espírito esportivo, entre outros, tornando-se importante medida de ressocialização.
PC: Qual a agenda para os próximos 20 anos do Comitê Olímpico Polonês?
Andrzej Krasnicki: O Comitê Olímpico Polonês conta com limitadas possibilidades de realizar uma
educação esportiva efetiva, uma vez que esta área é de domínio das federações esportivas e do
Ministério do Esporte e Turismo. Isto não significa que estas questões não nos interessam. Nos
dedicamos a apoiar jovens atletas talentosos através de várias iniciativas. Há alguns anos, sempre no
mês de janeiro, premiamos especialmente aqueles reconhecidos como „esperaça olímpica”: jovens
esportistas, os quais obtiveram sucessos internacionais em categorias juvenis no ano anterior. Temos
inúmeros casos de atletas premiados que mais tarde vieram a se tornar fantásticos esportistas
profissionais e tornaram-se medalhistas olímpicos mundiais e europeus. Além disso, um outro programa
„Esperanças Olímpicas Polonesas” realizado em parceira com a empresa Procter & Gamble e a
Fundação POLSAT, será responsável por reunir fundos para apoiar atletas altamente promissores. Os
senhores perguntam as perspectivas para os próximos 20 anos. Penso que com iniciativas como estas os
resultados serão percebidos em pouco tempo e não será necessário esperar tanto.
18
ZÉ DOCA (MA)
O Padre Jan Kot foi ordenado novo bispo da Diocese de Zé Doca (MA). O
sacerdote é Oblato de Maria Imaculada (OMI). Nasceu na Polônia onde estudou
Engenharia Civil, História da Igreja, Teologia e Filosofia. Foi ordenado
presbítero em 20 de junho de 1992. Em 1994, veio em missão para o Brasil.
BRUSQUE
PORTO ALEGRE
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
CURITIBA
19
MORRE FILHA DO MARECHAL PILSUDSKI
Morreu em Varsóvia, aos 94 anos, Jadwiga PilsudkaJaraczewska, filha do Marechal Józef Pilsudski, responsável
pela conquista da independência pela Polônia em 1918.
Jadwiga Pilsudska era engenheira, arquiteta. Estudou
também urbanismo e psicologia.
PORTA EM DESTAQUE
Fica em Gdansk uma das 30 portas mais lindas do mundo.
Clássica, feita de madeira, com elegantes ornamentos artísticos,
integra um grupo de portais que muito mais parecem conduzir a
uma outra dimensão do que meramente separar diferentes
ambientes.
OSCAR DE LA RENTA E A POLÔNIA
Morreu em outubro o estilista Oscar de la Renta. O criativo
profissional era favorito de Jacqueline Kennedy e celebridades
como Sarah Jessica Parker e Taylor Swift. Criou vestidos para
noivas famosas como Amal Alamuddin, que casou com o ator
George Clooney. Renta também assinou peças de design para
interiores. Um exemplo disso é o copo Tortoise Amber, soprado
artesanalmente por vidraceiros da Polônia. A peça tem estampas
de leopardo e mede 12 x 10 cm.
20
07/07
A BANDEIRA BRANCA E VERMELHA NO
DESFILE CÍVICO-MILITAR
Por Israel Blajberg
Os anos se passam, mas a cada 7 de Setembro, uma bandeira vermelha e branca tremula
altaneira logo ao inicio do Desfile, na Avenida Presidente Vargas.
Já há muitos anos era conduzida à frente de um pelotão de bravos Soldados Poloneses,
junto com os veteranos brasileiros da 2. Guerra Mundial.
Heróis de Monte Cassino, do Levante de Varsóvia, e de tantas outras batalhas, onde
conduziram para a vitoria o pavilhão da Águia Branca sobre o fundo Rubro.
Hoje quase todos os veteranos estabelecidos no Brasil, da nação que em 1939 enfrentou
sozinha traiçoeiros ataques já não estão mais aqui.
Mas o pavilhão da terra de Chopin, Copérnico, Adam Mickiewicz e Marie Curie não
poderia deixar de estar presente, como uma das 19 Nações Aliadas, e esta missão sagrada
foi cumprida pelo Capitão e Engenheiro Ignacy Felczak, Presidente da SPK.
21
30/09
EMBAIXADOR DA POLÔNIA EM VISITA À
POLONIA SOCIEDADE BENEFICENTE DO RIO DE JANEIRO
Por Israel Blajberg
O Embaixador Braiter visitou a Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro, em
Laranjeiras, onde se reuniu com a Diretoria e manteve um encontro com os associados,
quando discorreu sobre o incremento das relações culturais e comerciais polonobrasileiras, com 7 delegações tendo visitado a Polonia nos últimos 2 meses, como a missão
militar à feira de produtos de defesa em Kielce, representantes da EMBRAER e a equipe
nacional de voleibol.
O Embaixador abordou a comunicação com a comunidade, através do website e do
Twitter e redes sociais, podendo o boletim Polonia Carioca ser lido no website da
Embaixada.
22
28/09
RECOMEÇO
NOVO LIVRO DE TOMASZ LYCHOWSKI
Comemorando os seus 80 anos de vida, o professor, poeta e pintor Tomasz Lychowski
lançou seu novo livro, chamado “Recomeço”. Na mesma ocasião foram também
apresentadas as pinturas do Prof. Lychowski num novo formato, em camisetas.
Segundo o autor, os versos deste livro o acompanham desde a juventude, dos vinte aos
oitenta anos que lhe permitiram quebrar os rígidos cânones da aritmética. Tomasz Lychowski
é poeta, escritor, tradutor e crítico de cinema e possui outros sete livros publicados.
23
01/10
EXPOSIÇÃO “LIBERDADE, SOBERANIA, DEMOCRACIA:
POLÔNIA 25 ANOS”
No dia 01 de outubro de 2014 foi inaugurada no Monumento Nacional aos Mortos da
Segunda Guerra Mundial (Monumento aos Pracinhas) a exposição “Liberdade, Soberania,
Democracia: Polônia 25 anos”, resultado da parceria entre a Polonia Sociedade
Beneficente do Rio de Janeiro e o Monumento aos Pracinhas.
A exposição, idealizada pelo Consulado da Polônia em Curitiba e pela Casa da Cultura
Polônia-Brasil, mostra jornais, cartazes e fotografias que registraram a luta do sindicato
Solidariedade, cuidadosamente escolhidos para mostrar a importância da Polônia, de seus
filhos ilustres e anônimos, na transformação do mundo atual.
24
A cerimônia de inauguração contou com a presença do Embaixador da Polonia Andrzej Braiter, do
Conselheiro Comercial da Polônia Krzysztof Gieranczyk, do General de Divisão José Carlos dos
Santos - Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, do Coronel Heider
Antunes Ramiro de Lima - Sub-diretor da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército e
do Coronel Carlos Alberto do Rego Barros – Diretor do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra
Mundial. Também estiveram presentes ilustres convidados integrantes da colônia polonesa no Rio de
Janeiro bem como da sociedade brasileira admiradores da trajetória polonesa.
A abertura solene teve início com as palavras do Diretor do Monumento Nacional aos Mortos da
Segunda Guerra Mundial, Coronel Carlos Alberto do Rego Barros, tendo sido seguido pela
Professora Aleksandra Sliwowska Bartsch (Diretora de assuntos culturais da Polonia Sociedade e
curadora da exposição no Rio de Janeiro), pelo Sr. Stefan Janczukowicz (Presidente da Polonia
Sociedade), pelo Sr. Ignacy Felczak (Presidente da Associação dos Ex-Combatentes Poloneses). Em
seguida, fizeram uso da palavra o General de Divisão José Carlos dos Santos e o Embaixador da
Polônia Sr. Andrzej Braiter.
Ao final, todos se confraternizaram com um coquetel e puderam visitar a exposição que ainda contou
com a presença de Júlia Greziak Stofel e Larissa Souza, lindamente vestidas com trajes folclóricos
poloneses.
Os presentes também se emocionaram ao chegarem ao Monumento aos Mortos da Segunda Guerra
Mundial e foram recebidos com a bandeira polonesa, hasteada junto com a brasileira, ambas
iluminadas, na parte externa do Monumento aos Pracinhas, numa linda homenagem, durante toda a
noite festiva, aos poloneses e seus descendentes.
A Diretoria da Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro agradece especialmente ao Diretor
do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, Coronel Carlos Alberto do Rego Barros,
pelo apoio incondicional ao trabalho desenvolvido pela Polonia Sociedade, sem o qual esta iniciativa
não seria possível.
25
BEATLES NA POLONIA SOCIEDADE
03/10
Ao som de “Imagine”, “Le it be” e muitas outras canções a Polonia Sociedade foi brindada
com uma bela apresentação do The Beatles Choir que deixou fãs do quarteto de Liverpol
encantados com os belos arranjos e interpretações dos clássicos que encantam gerações ao
longo das últimas décadas.
A apresentação foi idealizada pela Sra. Maria de Fatima Rosty e deu continuidade à sua
iniciativa de inserir a Polonia Sociedade no circuito de apresentações de corais que
acontecem no Rio de Janeiro em várias instituições culturais.
Ao final da apresentação, a Diretora de Assuntos Culturais da Polonia Sociedade Dra.
Aleksandra Sliwowska Bartsch agradeceu ao The Beatles Choir pela apresentação,
destacando que as palavras contidas nas letras da “Imagine” sempre foram almejadas pelos
polonesas ao lutarem por sua soberania e pela “nossa e vossa liberdade” buscando um
mundo melhor para todos.
26
O HOMEM QUE TENTOU DETER O HOLOCAUSTO
06/12
por Israel Blajberg(*)
Mais de 100 pessoas se emocionaram com o magnifico Documentário A MISSÃO sobre
a tocante historia de Jan Karski, contada por ele mesmo já no final da sua vida, O
HOMEM QUE TENTOU DETER O HOLOCAUSTO. O evento ocorreu no dia 6 de
novembro de 2014, no Clube Israelita Brasileiro – CIB, em Copacabana – RIO.
O Diretor de Cidadania da FIERJ - Israel Blajberg fez a composição da Mesa, com o
Embaixador da Republica da Polonia Andrzej Braiter, que conduziu a tradução simultânea
do filme e da palestra, Presidente da FIERJ Paulo Maltz, Presidente do CIB Altamiro
Zimerfogel e o palestrante Jornalista Michal Fajbusiewicz
O Embaixador Braiter fez a abertura do evento, seguindo-se as saudações dos Presidentes
da FIERJ e do CIB, e a palestra por Michal Fajbusiewicz, que nasceu em Lodz, é
jornalista, formado em ciência politica e pedagogia. Autor de várias matérias sobre cultura
judaica, trabalha no maior canal da TV polonesa, onde é o apresentador do programa mais
antigo. Michal considera o documentário A MISSÃO como o mais importante da sua
carreira, até porque foi o único feito ainda quando Jan Karski estava vivo. Michal recebeu
em 2006 uma das mais elevadas condecorações polonesas, Águia Dourada.
Encerrando o evento, foi prestada uma homenagem a Jan Karski, aos mártires que
morreram na Shoá Al Kidush haShem (Pelo Santificado Nome) e aos inocentes que
pereceram durante a segunda Guerra Mundial, com um momento de silencio e de reflexão.
O Presidente Paulo Maltz em nome da FIERJ procedeu a entrega ao ilustre palestrante e
ao Sr Embaixador da Polonia do livro SOBREVIVER, de Sofia Debora Levy, e o VP
Herry Rosenberg ao Presidente Altamiro Zymerfogel.
27
Entre os presentes, o Sr Freddy Glatt, representando a Sherit haPleitá (Sobreviventes da Shoá), o
Cônsul Geral do Reino dos Paises Baixos, Arjen Uijterlinde, Profa. Sofia Debora Levy, representante
da CONIB no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial da SEPPIR-PR, o Presidente
Sr. Stefan Janczukowicz e membros da Sociedade Polonia do Rio de Janeiro, o Comandante Ignacy
Felczak, Presidente da SPK no Rio de Janeiro –Federação Mundial dos Combatentes Poloneses,
sediada em Londres, dirigentes e representantes de instituições, integrantes de associações de
veteranos, membros do Grupo Descendentes de Judeus de Ostrowiec, e membros da entidade
Cristãos Amorosos.
O evento foi encerrado com um momento de silêncio em homenagem a Jan Karski, aos mártires da
Shoá e às vitimas inocentes da 2ª. Guerra Mundial. Seguiu-se uma confraternização quando os
presentes tiveram oportunidade de trocar ideias com o Embaixador e o palestrante.
(*)Texto e fotos: Israel Blajberg – Diretor de Cidadania - FIERJ
28
14/11
HOMENAGEM AO SOLDADO POLONÊS
Nos dias 14 e 16 de novembro de 2014, a Associação dos Ex-Combatentes Poloneses
realizou uma série de homenagens ao Soldado Polonês. No dia 14, ocorreu no
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, uma solenidade que
contou com a presença do Embaixador da Polônia Andrzej Braiter, do Adido Militar
Capitão de Mar e Guerra Janusz Palka, acompanhados pelo General de Divisão José
Carlos dos Santos, Vice Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, pelo
General de Divisão Walter Souza Braga Neto, Coordenador Geral da Assessoria Especial
para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016
O evento constou de uma aposição floral junto às lápides dos militares não identificados,
seguido da execução de toque de silêncio; da outorga das Medalhas "Pro Memória" do
Governo Polonês, e da Medalha da Vitória do Combatente Polonês, concedida pela
Associação dos Ex-Combatentes da Polônia; além da homenagem prestada pela
Embaixada daquela Nação Amiga aos Soldados da Força Expedicionária Brasileira de
origem polonesa.
Já no dia 16 de novembro foi celebrada a Missa em Homenagem ao Soldado Polonês na
Paróquia Pessoal dos Poloneses no Rio de Janeiro que contou com a presença também do
Embaixador da Polonia Andrzej Braiter e demais integrantes do corpo diplomático bem
como de integrantes das Forças Armadas Brasileiras e ex-combatentes das Nações Aliadas.
29
CELEBRAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA POLÔNIA
16/11
Os sócios e amigos da Polonia Sociedade Beneficente do Rio de Janeiro reuniram-se em
sua sede no dia 16 de novembro de 2014 para celebrarem a Independência da Polônia. A
parte cívica, preparada pela Professora Doutora Aleksandra Sliwowska Bartsch, foi
dedicada aos 70 anos do Levante de Varsóvia e posteriormente foi recordada a luta do
sindicato Solidariedade que resultou no fim do Comunismo na Polônia há 25 anos.
Iniciando o ato cívico, discursaram o Embaixador da Polônia Andrzej Braiter e o
presidente da Polonia Sociedade Stefan Janczukowicz.
Estiveram presentes, além do Embaixador da Polônia Andrzej Braiter e sua esposa
Katarzyna, o Capitão de Mar e Guerra Janusz Palka e sua esposa Beata, bem como o
Coronel Heider Antunes Ramiro de Lima, sub-diretor da Diretoria do Patrimônio
Histórico e Cultural do Exército e o Coronel Carlos Alberto do Rego Barros, diretor do
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.
Uma atmosfera de profunda emoção e reverência contagiou aos presentes em função de
várias homenagens que aconteceram ao longo da solenidade. O Embaixador da Polônia
Andrzej Braiter condecorou a Sra. Marianna Brocka, refugiada de guerra, com a Cruz da
Sibéria. Também foram agraciados com a Medalha Pro Pátria os ex-combatentes
Krzysztof Gluchowski e Wladyslaw Dzieciolowski, o qual também recebeu das mãos do
Sr. Ignacy Felczak, Presidente da Associação dos Ex-Combatentes Poloneses, o avanço
para o posto de Tenente Coronel concedido pelas Forças Armadas Polonesas.
30
A noite também contou com outras homenagens. Os ex-combatentes Ignacy Felczak e Krzysztof
Gluchowski receberam placas em agradecimento pela luta no Levante de Varsóvia, bem como o
Diretor do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, Coronel Carlos Alberto do
Rego Barros também foi homenageado com uma placa alusiva ao seu apoio irrestrito à realização, nas
dependências do Monumento, da Exposição sobre o sindicato Solidariedade que aconteceu entre os
dias 1º de outubro a 14 de novembro de 2014. Ao final, todos os presentes celebraram a data com um
coquetel.
É importante destacar que eventos como este só são possíveis graças a dedicação de pessoas que
trabalham incansavelmente em prol da Polonia Sociedade e dos valores que a instituição representa.
Especial agradecimento deve ser feito às senhoras Anna Obrzut e Maria Wojnowska e ao senhor
Jaroslaw Rogowski que tomaram parte nas leituras ao longo da Solenidade, bem como às senhoras
Lucyna Brocki Cozzolino, Marilene Greziak Stofel e Luciane Greziak, pelo apoio inestimável na
produção do evento.
31
ENCONTRO DE CORAIS NA POLONIA SOCIEDADE
13/12
Os sócios e amigos da Polonia Sociedade foram contagiados pelo espírito de Natal com as
apresentações dos Corais Corcovado, Fundação Getúlio Vargas e de Câmara da Escola
Villa-Lobos, num evento idealizado pela Sra. Maria de Fatima Rosty.
Foram apresentadas pelos Corais Corcovado e Fundação Getúlio Vargas canções natalinas
de diferentes partes do mundo como da Polônia, Finlândia, Alemanha, Hungria, Argentina
e Brasil. Na sequência, os presentes se emocionaram com a apresentação do Coro de
Câmara de Adolescentes da Escola de Música Villa-Lobos. Composto por cerca de 25
alunos, com idade entre doze e dezenove anos, o coro se destacou pela sua bela
sonoridade e qualidade técnica na execução de repertório composto por músicas natalinas
brasileiras.
Um dos momentos mais emocionantes foi quando os Corais da Fundação Getúlio Vargas
e Corcovado entoaram de maneira emocionante duas canções natalinas Polonesas: Wsród
Nocnej Ciczy e Gdy sie Chrystus Rodzi que unem gerações de poloneses em torno das
tradições natalinas seculares.
32
DUO MILEWSKI NO VIETNÃ
O Duo Milewski, formado pelo violinista polonês Jerzy Milewsky e
pela pianista brasileira Aleida Schweitzer, apresentou-se em agosto
em Hanoi, Vietnã, em comemoração aos 25 anos do início das
relações diplomáticas entre os dois países. O concerto , idealizado
pelo projeto Música no Museu marcou a expansão para mais um
país na Ásia.
Cartaz do concerto no Vietnã
CONDECORAÇÃO RECEBIDA:
MEDALHA MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES
A Professora Doutora Aleksandra Sliwowska Bartsch
foi uma das agraciadas com a Medalha Marechal
Mascarenhas de Moraes, outorgada pela Associação
Nacional dos Veteranos da FEB, em solenidade
ocorrida em 31 de outubro de 2014, no Monumento
Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Na
ocasião, em homenagem às vítimas da participação
brasileira na 2ª Guerra Mundial, foi inaugurada uma
placa comemorativa aos 70 anos do envio da Força
Expedicionária Brasileira para o Teatro de Operações
Europeu, bem como ocorreu uma aposição floral
junto aos túmulos dos militares não identificados.
33
Este é um espaço dedicado à você Caríssimo Leitor. Aproveite para enviar suas críticas,
sugestões, elogios. Que seja este um espaço de troca de ideias, democrático e inspirador de
novas iniciativas. Através do e-mail: [email protected] nós da
abrimos
mais um canal de comunicação e interatividade.
Senhor Stefan,
Senhora Aleksandra
e todos os demais componentes da equipe responsável pela publicação da revista Polonia Carioca,
O encontro com a revista eletrônica Polonia Carioca e a sua leitura infundiram em mim, realmente, um sentimento de
alegria e satisfação. Acredito que serão tomados pela mesma sensação todos aqueles que, em razão das vicissitudes
históricas e familiares, tornaram-se participantes de um grupo humano que, vivendo aqui no Brasil, tem suas raízes
na Polônia – no coração da Europa. Precisamos partilhar os valores que nos uniram no passado e que nos vinculam
no presente. A publicação de Vocês é um grato instrumento dessa participação.
Felicito-os cordialmente e almejo-lhes o máximo de sucesso na bela e honrosa missão.
Mariano Kawka
Curitiba-PR
Querida Olenka,
A Revista Polonia é um marco na história do nosso Towarzystwo Polonia!
Sua obra prima. Serdeczne gratulacje!
Tomasz Lychowski
Szanowny Panie Prezesie,
Dziekuje za Panski mail i gratuluje za nowe pismo elektroniczne.Jest na swietnym poziomie tak z punktu widzenia
grafiki jak i zawartosci.Fakt,ze jest po portugalsku ulatwia dla polaków z n-tego pokolenia,jak np.dla moich dzieci
urodzonych w Brazylii i juz doroslych,nie mówiacych po polsku.
Z powazaniem
Witold Lepecki
34
Caros Amigos,
Mais uma vez, PARABENS!
SDS.
Jerzy Lepecki
Meu nome é Ignácio Arendt...apesar do sobrenome, sou descendente de Poloneses. Atualmente moro em Jaraguá do
Sul , SC. Meu Bisavô veio em 1890, provavelmente da Pomerânia, estabeleceu-se em Benedito Novo - SC ...e eu
herdei a língua, os costumes e tradições polonesas que me foram transmitidos pelos avós e pais. E o mais importante
foi a música polonesa que recebi de presente dos pais e continuo mantendo...Já gravei 07 CDs com as músicas
polonesas que eram cantadas desde o tempo dos bisavós...algumas delas podem ser encontradas no meu Face : Ignácio
Arendt...Toco e canto em polones , animando, festas, jantares e diversos eventos polono-brasileiros....Parabenizo o
trabalho feito por toda essa equipe na pessoa do Presidente Stefan Janczukowicz, e me alegra saber que a cultura
polonesa está muito bem representada nesta comunidade carioca ... Grande abraço e sucesso ..Jeszcze Polska nie
zginela, póki my żyjemy...
Prezado Sr Presidente Stefan Janczukowicz.
Muito obrigada pelo envio da Polonia Carioca.
A Revista esta realmente ótima. Todos os assuntos abordados são interessantíssimos. Mais uma vez muito
agradecida .
Abraços,
Frida Shomorony
Jest mi bardzo miło przeczytać/dowiedzieć się o działalności Polonii w Rio de Janeiro.
Olu gratuluję Tobie i całemu zespołowi Polonia Carioca inicjatywy stworzenia tego pisma- wyobrażam sobie jaką
ogromną pracę wkładacie w tworzenie pisma. Zazdroszczę chęci, pomysłu i zapału. Pomimo, że nie mówię płynnie po
portugalsku- z ogromną ciekawością przejrzałam oba numery pisma i przeczytałam kilka artykułów. Ilość
informacji, rzetelne artykuły, zdjęcia- widzę że Polonia w Rio żyje i to mnie bardzo cieszy!
Ciężko jest mi wybrać artykuły, które mnie szczególnie zaciekawiły ponieważ jest ich tak wiele! Historia, wywiady,
spotkania- na prawdę jestem pod wrażeniem działalności Polonii i Waszej redakcji. Co więcej! Z ogromną
przyjemnością widzę na zdjęciach Wasze spotkania przy okazji świąt, świąt narodowych, rocznic, mszy..nie
zdawałam sobie sprawy jak prężna i aktywna jest Polonia w Rio de Janeiro!! Wspaniale!!
Liczę jeszcze na artykuły dotyczące kultury, polskiego kina, teatru, muzyki, artystów polskich, którzy może
zawitają lub już zawitali w Rio.
Droga Polonio- czytajcie o Polsce, uczcie się, rozmawiajcie! Polska się rozwija- kulturalnie i gospodarczo- warto o tym
wiedzieć, rozmawiać, czytać.
Oleńka- życzę Wam szerokiego grona odbiorców, nie tylko wśród Polonii
Rio de Janeiro i oczywiście czekam na kolejny numer Polonia Carioca :-)
Pozdrawiam serdecznie z Warszawy!
Karolina Zajac
35
VARSÓVIA
Localizada às margens do Rio Vístula, a capital da Polônia desde 1596, Varsóvia tem suas origens
na Idade Média e por isso a cidade Velha ou Stare Miasto é um burgo que foi reconstruído
meticulosamente, a partir de pinturas, depois que a cidade foi completamente destruída após a
Segunda Guerra Mundial.
Mas se formos buscar mais longinquamente, vamos encontrar
as origens de Varsóvia, num tempo onde um jovem pescador
de nome Wars vivia em sua cabana á beira do rio Vístula.
Houve então uma noite que Wars saiu em pescaria; era uma
noite especial, nunca se vira uma lua como aquela... Qual não
foi o espanto do jovem pescador quando, das águas prateadas,
emergiu uma linda moça e pôs-se a mirá-lo com meio corpo
para fora do rio! Wars, enfeitiçado de amor, viu seu lindo rosto
de olhos azuis, seus cabelos tão louros e luminosos como azuis
seus cabelos tão louros e luminosos como se fossem tecidos com a própria lua. Enquanto
buscava alguma palavra para dizer-lhe, percebeu assustado que, quando a moça se mexia, um
grande rabo de peixe estalava na superfície das águas: era ela uma sereia!
Wars apaixonara-se irremediavelmente pela sereia. Passado algum tempo, Wars decidiu-se a dizer
á sereia o que sentia. Embora a sereia o questionasse sobre a impossibilidade de ficarem juntos,
Wars com a determinação dos apaixonados a beijou com imenso amor. Como por encanto, as
escamas que cobriam o corpo de Sawa da cintura para baixo de repente caíram no chão e, no
lugar do rabo de peixe, surgiram-lhe duas pernas como as de qualquer mulher.
Assim o foi: Wars e Sawa se casaram; o tempo passou, e em volta da cabana onde eles viviam
começaram a surgir outras moradias. A vila transformou-se numa formosa cidade que, em
memória de Wars e de Sawa, recebeu o nome de Warszawa (Varsóvia).
Baseado no livro “O Dragão de Wawel” de Letícia Wierzchowski
36
A DESCOBERTA DE UMA IGREJINHA
Escrito em 2014 o poema do Prof. Rodrigo Lychowski fala de uma
Igrejinha dedicada à Nossa Senhora de Czestochowa por ele descoberta
quando visitou a capital polonesa neste ano. A Igrejinha fica situada perto
do estádio Nacional de futebol.
Descoberta
Rodrigo Lychowski
Queria ir na igreja
mas parecia fechada
Eis que uma mulher
abre a porta
e entra
Repeti o seu gesto,
imediatamente
Á nossa frente,
a imagem da Virgem
e a luzinha vermelha
indicava a Sua presença
Junto ao chão,
inúmeros genuflexórios:
instrumentos materiais
para a oração transcendental
Pouco a pouco,
idosos e mais jovens
juntos rezamos
Pensei:
todos os dias,
isso acontece
naquela igrejinha anônima,
na longínqua Polônia
Categoria: “Regional”
37
EXPEDIENTE
Presidente: Stefan Janczukowicz
Vice-presidentes: Elvira Helena Gimbitzki e Marianna Brocki
Tesoureiros: Vicente Pawelec e Lucyna Brocki Cozzolino
Secretárias: Alessandra Kepinski e Laura Miranda
Conselheiros: Alina Felczak, Helena Warzynski, Aleksandra Sliwowska Bartsch, Claudio
Skóra Rosty
Conselho Consultivo: Danuta Haczynska Nóbrega, Jadwiga Matic, Jerzy Lepecki, Tomasz
Lychowski e Wladyslaw Dzieciolowski
Conselho Fiscal: Maria Malgorzata Wojnowski, Carlos Alexandre Warzysnki Bana,
Expedito Máximo Bezerra, Helio Valdemar Kovaleski , Roberto Piesiecki
Suplentes: Fatima Patrícia Pontes Veloso, Francisco Klujsza, Krystyna Hillekes, Liliana
Syrkis e Jorge Pastusiak.
Editora: Aleksandra Sliwowska Bartsch
Distribuição eletrônica
Contato: (21) 2558-1391 / 2557-1318 – e-mail: [email protected]
A Revista Eletrônica Polonia Carioca é uma publicação quadrimestral da Polonia Sociedade
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