Jun 2006 - Inegi - Universidade do Porto
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Jun 2006 - Inegi - Universidade do Porto
O processo do concurso público do novo edifício do INEGI ficou agora concluído, com a adjudicação da empreitada à empresa Lúcio da Silva Azevedo Filhos, SA. Com esta adjudicação, estão reunidas as condições para o arranque da obra em Setembro, dando-se assim início à última fase deste importante projecto, que visa dotar o INEGI de instalações modernas e funcionais, propiciadoras do desenvolvimento em melhores condições das actividades de I&D, bem como do aumento da capacidade de atracção de mais Colaboradores Universitários. Mas, se este projecto estruturante tem ocupado uma parte significativa das atenções e do tempo da estrutura directiva do INEGI, a verdade é que, nos últimos meses, não se descuraram outras importantes áreas de actividade, tendo-se dado passos importantes no sentido do Instituto integrar um significativo conjunto de parcerias que procuram assumir um relevante papel no desenvolvimento do País. Referimo-nos, em particular, à assinatura de um Protocolo de Colaboração Estratégica entre o Fraunhofer Production Alliance VP (infra-estrutura tecnológica de referência da Alemanha) e um conjunto de instituições portuguesas na área da “Science-based Innovation in Manufacturing Industry”, à constituição de um Grupo de Trabalho com vista à criação de um cluster associado ao conceito de “Dispositivo Médico e da Farmacêutica”, à Parceria estabelecida por um conjunto de instituições nacionais com vista à constituição da “REDIA – Rede de Excelência para o Desenvolvimento da Indústria Automóvel Nacional”, e ao estabelecimento de um “Reference Agreement” entre Portugal e o MIT – Massachusetts Institute of Technology, na área do “Engineering Design and Advanced Manufacturing”. O estabelecimento de todas estas parcerias é indiciador de que, actualmente, as infra-estruturas tecnológicas nacionais estão conscientes da necessidade de estabelecerem relações de complementaridade entre si, colaborando intensamente com o objectivo de satisfazerem as necessidades dos Clientes e o desenvolvimento nacional. Por outro lado, o estabelecimento de parcerias com instituições de referência internacionais, como são os casos do Fraunhofer, da Alemanha, e do MIT, dos EUA, é estratégico para a evolução das infra-estruturas tecnológicas nacionais, permitindo, através de trocas de experiências, de processos de transferência de tecnologia e da participação conjunta em projectos e estudos, dar um salto qualitativo na sua actividade. Por último, a presença do INEGI em todos estas parcerias significa o reconhecimento da importância da actividade do Instituto, devendo, por isso, ser motivo de orgulho para todos os que, diariamente, nele trabalham. Professor Augusto Barata da Rocha Presidente da Direcção Projecto do INEGI premiado em iniciativa COHiTEC O HyTower, projecto da Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas, recebeu o prémio de melhor contributo para a componente de gestão do Projecto de Negócios. ECO INEGI venceu classe UrbanConcept na Shell Éco Marathon 2006 O veículo ecológico do INEGI obteve o primeiro lugar da classificação na classe UrbanConcept da Shell Éco-Marathon Chaque Goutte Compte 2006, que decorreu no circuito de Nogaro, França, entre 19 e 21 de Maio. INEGI vai implementar ensaios de reacção ao fogo segundo a nova directiva de euroclassificação dos produtos de construção O Laboratório de Ensaios de Reacção ao Fogo (LFF) do INEGI está a proceder à instalação, activação e acreditação de todos os equipamentos necessários à classificação de produtos de construção segundo as novas euroclasses de reacção ao fogo. No último trimestre de 2006 o LFF estará a funcionar de acordo com as novas directivas europeias. INEGI e FEUP organizaram IDDRG – Porto 2006 Sob o lema “Drawing the Things to Come – Trends and Advances in Sheet Metal Forming”, a IDDRG – International Deep Drawing Research Group decorreu na cidade do Porto, entre os dias 19 e 21 de Junho, nas instalações da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Organizado pela FEUP e pelo INEGI, a IDDRG contou ainda com a colaboração, no seu comité organizador, de professores da Universidade Técnica de Lisboa, Universidade de Coimbra, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho. O objectivo da IDDRG foi apresentar dados novos sobre investigação e desenvolvimento na área da conformação plástica e assuntos relacionados com esta temática, como o comportamento de materiais, modelos de teste, ferramentas avançadas de design ou processos de conformação plástica. Nesse sentido, mais de uma centena de investigadores e especialistas dos cinco continentes abordaram o estado da arte e os desenvolvimentos realizados em embutidura e conformação plástica de chapas, assim como dos aspectos tecnológicos e científicos afins. Este congresso, que teve a sua primeira edição em 1960 e este ano celebrou a vigésima sexta edição, teve como especificidade a forte presença dos industriais, com a maioria dos projectos apresentados fruto da colaboração universidade/ indústria. Em paralelo com as sessões do congresso marcaram presença representantes de empresas de “software” de simulação numérica de processos, de fornecedores de meios de controlo e medição, assim como de outras empresas ligadas à conformação plástica. A indústria automóvel está intrinsecamente associada às tecnologias de conformação plástica mas, segundo os responsáveis pela organização da IDDRG 2006, estas também se aplicam “a muitas outras indústrias e produtos entre as quais se incluem algumas com forte tradição em Portugal, como é o caso dos utensílios alimentares (panelas, caçarolas, tabuleiros, etc.), de elementos domésticos e decorativos (banheiras, lava-louças, recipientes, etc.), fabrico de ferramentas e equipamentos (prensas, guilhotinas, quinadeiras e linhas dedicadas de corte e perfilagem, etc.)”. Projecto do INEGI premiado em iniciativa COHiTEC O HyTower, projecto da Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas, recebeu o prémio de melhor contributo para a componente de gestão do Projecto de Negócios. IDDRG 2006 publica livro na INEGI Edições Na sequência da IDDRG 2006 foi publicado, através da Edições INEGI, "Proceedings of the IDDRG 2006 Conference, Porto, Portugal, 19-21 June 2006", com o subtítulo "Drawing the Things to Come – Trends and Advances in Sheet Metal Forming”. Da autoria dos Professores Augusto Barata da Rocha e Abel Santos, "Proceedings of the IDDRG 2006 Conference" reúne trabalhos dos vários temas apresentados e discutidos durante a Conferência IDDRG 2006, que decorreu entre 19 e 21 de Junho, no Porto, como Advanced tooling design and machine tools, Sheet forming processes ou Toolpart contact. Todas as informações podem ser consultadas na rubrica "Publicações" na página web do INEGI. INEGI integra cluster DMF O Instituto integra o cluster Dispositivo Médico e da Farmacêutica na Região Norte (DMF), cujo objectivo é criar condições para o desenvolvimento de novos produtos e dispositivos nas áreas da medicina e farmácia. O Grupo DMF foi criado, recentemente, com o objectivo de sustentar e capacitar condições que permitam apoiar a inovação ao nível da concepção e desenvolvimento de vários produtos e dispositivos de nova geração ligadas à área da saúde. Nesse sentido, o Grupo DMF pretende desenvolver um conjunto de projectos através de um esforço cooperativo potenciado, assim, o know-how de todos os intervenientes nas áreas em que são especialistas em prol do desenvolvimento de novos produtos e soluções inovadores. O Grupo DMF é constituído, além do INEGI, por empresas, entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia S.A., consultores e especialistas das áreas em questão e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR – N). A iniciativa COHiTEC (COHITEC.Norte@EGP e COHITEC.Lisboa@NOVA) surgiu de uma parceria entre a COTEC Portugal e a Fundação LusoAmericana para o Desenvolvimento e com o apoio financeiro de seis associadas da COTEC (Agência Portuguesa para o Investimento, Banco Espírito Santo, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Clarke, Modet & Cia. e Santander Totta), da PME Capital e da PME Investimentos. Esta iniciativa visou, como se pode ler no site da COTEC Portugal, “apoiar a valorização do conhecimento de base tecnológica produzido em instituições de I&D nacionais e que apresentam como elemento distintivo o facto de se apoiarem em tecnologias reais, cujo interesse económico é avaliado tendo em vista o seu potencial para a criação de empresas de base tecnológica com elevado potencial de crescimento”. O Projecto HyTower – Hybrid Structures for Wind Generators teve como objectivo apresentar novas tecnologias de aplicação industrial, neste caso associadas à energia eólica. O projecto baseia-se na construção híbrida de materiais com um custo mais eficiente, crescente com a altura da torre, redução de custos de manutenção e logística e construção adaptável às restrições logísticas. Os resultados do projecto permitiram-lhe obter o prémio de “melhor contributo para a componente de gestão do Projecto de Negócios”. INEGI participa na REDIA O Instituto, desde Abril de 2006 e por um período de 10 anos, faz parte de um grupo de seis entidades que integram a Rede de Excelência para o Desenvolvimento da Indústria Automóvel Nacional (REDIA). Criada no âmbito do Programa INAUTO – Inteligência e Inovação para o Desenvolvimento da Indústria Automóvel em Portugal e da dinamização do CEIIA – Centro para a Excêlencia e Innovacão na Indústria Automóve, a REDIA tem como objectivo estratégico articular competências técnicas e científicas com aplicação no sector automóvel, tanto ao nível do conhecimento e qualificação de recursos humanos como do desenvolvimento de projectos de engenharia e de processos e produtos que permitam aumentar a competitividade do sector automóvel. Para que os propósitos da REDIA sejam aplicados serão criados “design studios” nas instituições que a integram. Ao INEGI caberá disponibilizar “recursos para a formação de um Design Studio tendo em vista a execução de projectos de engenharia, projectos de I&D e de programas completos associados às indústrias automóvel e aeronáutica nas áreas da sua competência, nomeadamente novas tecnologias de fundição, conformação plástica, estruturas compósitas e engenharia, desenvolvimento de produto, meios para a produção de protótipos e pré-séries bem como meios para teste de desempenho técnico dos produtos ou sistemas”. Além do INEGI, as outras instituições participantes são o INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores; INTELI – Inteligência e Inovação, Centro de Inovação; PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros; CEIIA – Centro para a Excêlencia e Innovacão na Indústria Automóve; e o Centro de Estudos em Inovação Tecnológica e Políticas de Desenvolvimento. Atribuído prémio APMTAC a investigador do INEGI O Professor Pedro Camanho, investigador da Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas do INEGI, foi o vencedor do prémio "Jovem Investigador em Mecânica Aplicada e Computacional - 2005", atribuído pela Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC). Com a atribuição deste prémio, o investigador do INEGI será o candidato da APMTAC ao prémio da European Community on Computational Methods in Applied Sciences (ECCOMAS), intitulado “O.C. Zienkiewicz Award to Young Scientists in Computational Engineering Sciences 2005”. A atribuição do Prémio foi decidida em reunião do Júri, por unanimidade, e o respectivo diploma será entregue durante o jantar do "Congresso de Métodos Numéricos em Engenharia" que decorrerá na cidade do Porto, em Junho de 2007. O Professor Pedro Camanho é investigador do INEGI, onde tem desenvolvido trabalhos para a ESA e a NASA, e Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, Secção de Mecânica Aplicada, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC), tem como principais objectivos "estimular o desenvolvimento em Portugal das actividades relacionadas com o ensino, investigação e aplicações da Mecânica e Garantir a representação de Portugal junto da International Union of Theoretical and Applied Mechanics (IUTAM) e da International Association for Computational Mechanics (IACM), bem como destas organizações em Portugal para os efeitos previstos nos respectivos Estatutos". Metodologias adequadas à produção de objectos em vidro por termoformação No âmbito de uma tese de mestrado em Design Industrial, Acácio Pereira, designer e antigo colaborador do INEGI, desenvolveu novas metodologias para produção de objectos em vidro por termoformação. O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Fundição e Novas Tecnologias sob a orientação dos Professores Jorge Lino e Rui Neto, investigadores do INEGI. Tendo em consideração o actual ambiente de competição, caracterizado pela célere variação da necessidade pronunciada por parte dos consumidores na sua satisfação estética, o que implica uma constante adaptação por parte das empresas quer a nível de desenvolvimento, quer a nível de produção e, no caso da obtenção de peças decorativas, o designer Acácio Pereira, desenvolveu metodologias para processos de termoformação de formas tridimensionais, que exigem a produção de moldes complexos. Segundo o designer, este processo supera os tradicionais, “que representam um substancial agravamento dos custos e tempos de desenvolvimento dos novos produtos, desmotivando deste modo a sua produção”. Com este trabalho, que “apresenta metodologias adequadas à produção de objectos em vidro por termoformação, recorrendo a modelos obtidos a partir de tecnologias de prototipagem rápida e processos de conversão, conseguem-se obter rapidamente ferramentas para a termoformação usufruindo de maior liberdade na criação de objectos com formas tridimensionais, reduzindo o tempo de colocação de novos produtos no mercado e abrindo novas oportunidades no design de peças em vidro”. No seu trabalho, Acácio Pereira apresenta casos práticos de peças obtidas por este método, referindo as técnicas de obtenção dos moldes cerâmicos, ciclos térmicos e técnicas de inclusão de motivos decorativos, mencionando os parâmetros de influência na qualidade final do produto. Artigo de Opinião O INEGI e a transferência de tecnologia nas áreas da fundição e novas tecnologias Rui Neto - Licenciado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), é Professor Auxiliar convidado da FEUP e Director da Unidade de Fundição e Novas Tecnologias do INEGI desde 1996. Uma das unidades orgânicas do INEGI mais vocacionada para o apoio à indústria metalomecânica, na generalidade, e à indústria de fundição, em particular, é a Unidade de Fundição e Novas Tecnologias. Esta unidade, inicialmente criada para o desenvolvimento da tecnologia de fundição em coquilha de ferros fundidos, denominada por fundição e novas tecnologias, desde cedo apostou no desenvolvimento de tecnologias pouco correntes a nível mundial e pouco usadas ou inexistentes a nível da indústria nacional. Desde sempre a palavra de ordem foi fazer o que os outros não fazem porque, infelizmente, fazer o que os outros fazem foi a máxima pela qual uma boa parte do tecido industrial nacional sempre se regeu e alguns maus resultados estão à vista. Cronologicamente, as apostas, ainda antes do INEGI existir, foram feitas nos ferros fundidos vazados em coquilha, mais tarde nas ligas de alumínio, ligas de magnésio, prototipagem rápida, tecnologias de fundição em moldações de gesso, em moldações cerâmicas, tecnologias de fundição de precisão em carapaça, técnicas de fabrico rápido de ferramentas e actualmente a grande aposta estratégica começa a ser a fundição de ligas reactivas para aplicações na indústria automóvel, aeronáutica e aeroespacial e aplicações médicas na área dos implantes traumatológicos e próteses. Em termos históricos, aproveitando os incentivos existentes como o PEDIP, o SIME, o PRIME e a ADI, têm sido vários os projectos arquitectados com empresas portuguesas para desenvolver e transferir para a indústria, tecnologias inovadoras em Portugal, entre os quais se destacam: Tecnologia de vazamento em coquilha e austêmpera directa de Ferros Fundidos Nodulares. Esta tecnologia foi desenvolvida durante anos com a Felino e a Oliva, mas nunca foi transferida para a indústria; Tecnologia de fundição de precisão de ligas de alumínio em moldações de gesso para a obtenção de moldes de injecção de solas de sapatos. Esta foi a primeira tecnologia vendida pelo INEGI à empresa FAMIL, em Felgueiras. Esta tecnologia obrigou o Instituto a lidar com silicones para moldes e gessos; Tecnologia de moldações cerâmicas em bloco para fundição de precisão de coquilhas, cavidades moldantes, moldes para vidros e outras aplicações. Tecnologia desenvolvida no INEGI, que originou o Doutoramento da Professora Teresa Duarte, e foi vendida, através dum financiamento PEDIP, 3.2b, à empresa E. S. Simão, o que originou um projecto aprovado com a CIFIAL, que viria a não ser executado. Esta tecnologia é uma das actuais bases do projecto de fundição do Titânio; desafio colocado pela Zollern, em 2003, e que seria o de vazar impulsores para turbocompressores de ligas de alumínio em moldes de gesso por contragravidade e sob vácuo. Tecnologia de “Investment Casting”, ou cera perdida, desenvolvida no âmbito do projecto Mobilizador PEDIP II, em parceria com a Ferespe, Ineti, Hitec, Iberomoldes, Centimfe, NovoDesign, Uninova e Fundição de Évora, a qual já foi vendida com projecto de implementação industrial à CIFIAL, para produção de torneiras inox, e que é a principal fonte de receitas em serviços de pré-séries metálicas para RENAULT, KUPPER & SCHMIDT, SONAFI e VULCANO, entre outras empresas; Esta tecnologia que tem cerca de 20 anos, e é usada correntemente por empresas como a Garret, e outras (11 a nível mundial), para produzir os impulsores dos turbocompressores para motores Diesel ou a Gasolina, foi desenvolvida com êxito pelo INEGI durante os últimos dois anos e daria origem ao nascimento de um projecto para uma nova fábrica junto à actual Zollern. Esta Unidade Industrial será inaugurada em Novembro de 2006 e iniciará a sua produção, podendo em 2010 garantir a produção de cerca de 5 milhões de turboimpulsores, essencialmente para a BorgWarner, grande concorrente da Garret (Grupo Honeywell), o que poderá representar uma facturação de 8 a 10 milhões de euros. Tecnologia de produção de protótipos metálicos em inox por fundição por cera perdida – tecnologia desenvolvida no INEGI e também já vendida à CIFIAL com projecto e implementação de nave industrial; Tecnologia de forjamento de ligas de alumínio vendido à empresa IBÉRICA, em Águeda, e financiado pela medida 3.1.2b do PEDIP I; Tecnologia de forjamento de ligas de magnésio (MAGFORJ) vendida à empresa IBÉRICA, em Águeda, e financiada pela medida 3.1.2b do PEDIP I; Tecnologia de fabrico de moldes para injecção de plástico para vazamento de zamack em moldações cerâmicas (FRF – Fabrico Rápido de Ferramentas), projecto mobilizador; Tecnologia de fabrico de moldes para injecção em resina carregada com pós metálicos – Projecto FRF, projecto FARAF, doutoramento do Professor Pedro Vasconcelos; Tecnologia de vazamento sob vácuo em moldes de silicone, projecto com a empresa M. J. Amaral, para comercialização de câmaras de vácuo; Aproveitando o facto da Unidade ter sido obrigada a trabalhar com borracha de silicone para as tecnologias de conversão de protótipos em plástico e em metal (ceras), e o facto de existir experiência com gessos para moldes de solas, gessos para estatuária de vidro e gessos para fabrico de moldes para porcelanas, foi possível tentar responder ao Este projecto TURBOCAST, que custou cerca de 500 mil euros e foi parcialmente financiado pela Agência de Inovação, prosseguiu com um novo projecto FUNDIMP, de implementação e afinação do processo industrial, que tem uma particularidade extremamente interessante. De facto, não só o projecto foi definido e executado quase exclusivamente pelo INEGI, como também os equipamentos, que foram quase todos eles fabricados em Portugal: parte no parceiro tradicional M. J. Amaral e outra parte no histórico fabricante de equipamentos para a indústria da cerâmica e da cortiça “Serralharia Victor”. Esta via, ou seja, o desenvolvimento de tecnologias e parcerias com fabricantes que fazem os equipamentos, pode ser a chave de um sucesso futuro a médio e longo prazo, mesmo que as indústrias entretanto criadas se deslocalizem, como históricamente tem acontecido. Embora este processo de desenvolvimento, pelas características específicas de que se reveste e em particular porque exige elevadíssima precisão dimensional nas peças, qualidade metalúrgica excepcional e baixo preço, tenha muitos problemas que sobrem, permitiu ao INEGI afirmar-se, perante a empresa Zollern, que factura 360 milhões de euros globalmente, e, especialmente, perante a empresa BorgWarner ou até perante a bem conhecida Daimler Chrysler, como um parceiro a “ter em conta”, com meios e postura suficientemente credíveis para avançar para projectos ainda mais ambiciosos. Este novo projecto consistirá agora, não em fazer melhor aquilo que já alguém faz, mas fazer aquilo que quase ninguém faz e que consiste em obter, por fundição de ligas de titânio, impulsores para turbocompressores. Como consequência do projecto de desenvolvimento do processo de produção de impulsores em alumínio, o INEGI e a Zollern visitaram várias vezes a BorgWarner e contactaram com os seus responsáveis do desenvolvimento, quer a direcção da Zollern Portugal e Alemanha, quer os máximos responsáveis da BorgWarner (pelo que têm visto em termos de metodologia de trabalho de desenvolvimento) e quer em termos de competência, acreditam que é possível que o INEGI pode levar a bom termo este extraordinário e ambicioso processo de desenvolvimento. Este facto, que apesar de tudo não deixa de ser estranhíssimo, tem, no entanto, uma justificação relativamente simples para quem conhece o processo de fabrico de impulsores nas suas particularidades, que é essencialmente baseada no conhecimento que o INEGI tem na área dos moldes para estas complexas peças. Contudo, apesar de extremamente interessante, este desafio tem tanto de aliciante como de aterrador. Aliciante porque fundir peças em ligas de titânio já é difícil e ainda mais difícil será obter a geometria complexa de um impulsor, e aterrador porque, embarcar num projecto que não se sabe se terá ou não êxito, apesar de normal para um investigador, exige uma postura e disponibilização mental que nem todos são capazes de exibir. O que é certo é que este facto, que vai originar novo projecto com a Zollern, a submeter à ADI e que vai obrigar a investimentos na ordem dos 2 milhões de euros, com a sigla “COMTICAST”, vai permitir ao INEGI retomar a antiga ideia da linha estratégica de investir na fundição de ligas de titânio e outras ligas reactivas e, simultaneamente, procurar novos parceiros que se enquadrem fora da indústria automóvel, como a Zollern, e dentro da aeronáutica, aeroespacial e aplicações médicas, nomeadamente, na área dos implantes traumatológicos e das próteses reconstrutivas. Mas qual o motivo por um tão grande interesse na fundição de ligas de titânio para fabricar impulsores para turbocompressores? O jornal Metals Bulletin, especialmente editado no Congresso de Ligas de Titânio, em Scotsdalle, Arizona (E.U.A.), refere que em 2010 se vão consumir nos motores diesel, nos E.U.A. em Setembro de 2005, 3.000 toneladas de impulsores em liga de titânio. Note-se que, segundo informações prestadas pela Borgwarner, para que nos E.U.A. se cumpra a legislação ambiental, apenas a solução impulsores de ligas de titânio poderá garantir essas imposições. Note-se que, nos E.U.A., a última refinaria data de 1976 e que, entre outros problemas, a qualidade do combustível diesel é muito pior do que na Europa, particularmente no que diz respeito ao teor de enxofre, que é extremamente elevado. A função do turbocompressor no motor do automóvel é múltipla, permitindo aumentar a sua potência, normalmente 20% a 40%, o que pode ter consequências inéditas na compactação dos veículos e consequentemente baixar, pelos menos tecnicamente, os seus consumos. O segundo grande motivo, talvez em termos de desenvolvimento sustentável (o mais importante), é que permite uma combustão mais limpa. De facto, o excesso de oxigénio transportado pelo ar sob pressão, comprimido pelo compressor, diminui as emissões de CO2 e de NO e, evidentemente, de SO (no caso concreto e específico do E.U.A.). Diminui ainda a percentagem de partículas. Estes sistemas de sobrealimentação, conjuntamente com os recentes sistemas de recirculação e filtros cerâmicos de partículas, são os grandes contributos para a indústria automóvel colaborar, cada vez mais, no desenvolvimento sustentável. Mas, afinal porquê o titânio para os impulsores, se actualmente o alumínio funciona? Porque o impulsor do compressor é o ponto fraco de um turbocompressor, e todo o seu funcionamento, em termos de pressão e caudal de ar, que deve ser maximizado, é limitado por um impulsor em liga de alumínio. Embora mais denso do que o alumínio, 4,5 em lugar de 2,7, as ligas de titânio são tremendamente mais resistentes à fadiga e à fluência do que as ligas de alumínio e, segundo alguns especialistas, o sucesso futuro dos motores diesel, particularmente nos E.U.A., depende essencialmente da solução Titânio para estes componentes. As soluções maquinagem existem e são usadas, mas são muito caras e impõe-se uma solução fundição. ECO INEGI venceu classe UrbanConcept na Shell Éco-Marathon 2006 O veículo ecológico do INEGI obteve o primeiro lugar da classificação na classe UrbanConcept da Shell Éco-Marathon Chaque Goutte Compte 2006, que decorreu no circuito de Nogaro, França, entre 19 e 21 de Maio. Características técnicas dos carros Depois de um segundo (2004) e terceiro lugares (2005) o ECO INEGI atingiu o lugar mais alto do pódio, em 2006, na classe UrbanConcept da Shell Éco-Marathon Chaque Goutte Compte, uma classe cujo objectivo, além do baixo consumo, passa pela concepção de um veículo adaptável ao conceito citadino, ou seja, “mais flexível e que obedeça a determinados critérios, nomeadamente as dimensões, o consumo e os níveis de poluição, que se pretendem reduzidos”, esclarece o investigador do INEGI responsável pelo projecto, Professor José Esteves. Quando questionado sobre as alterações efectuadas que permitiram obter o primeiro lugar, o investigador do INEGI refere as melhorias em termos de aerodinâmica do carro e consequente redução do peso mas, “principalmente, a grande dedicação dos alunos envolvidos e dos meios técnicos e humanos disponibilizados pelo INEGI, onde 90% do trabalho desenvolvido em termos de fabrico/montagem de peças, equipamentos e mãode-obra foram assegurados pela equipa INEGI/FEUP. Isso e a persistência de acreditar e lutar sempre até ao limite das capacidades humanas e técnicas”. As vantagens da participação na Shell Éco-Marathon Em termos práticos a participação em eventos do género tem como grande vantagem a “formação prática dos alunos de engenharia, que podem aplicar os conhecimentos adquiridos com base teórica na sua formação de engenheiros, quer em actividades curriculares ou extra curriculares, assim como permitir ao INEGI desenvolver investigação nas áreas da engenharia automóvel, consumos energéticos, e redução da emissão de gases poluentes”, salienta o Professor José Esteves. Além da participação do Eco INEGI, o Instituto fezse representar com o INEGI II na classe protótipo, com o 41º lugar a ficar aquém das expectativas, algo que o investigador justifica “devido às experiências técnicas que efectuamos durante a prova e ao uso de novos pilotos. A nossa grande preocupação foi efectuar testes tendo em vista a participação em 2007. Nesse sentido estamos a preparar o INEGI II com um motor a injecção de combustível”. Depois dos resultados obtidos este ano, o Professor José Esteves estabelece como objectivos para o futuro “defender o primeiro lugar do Eco INEGI na classe UrbanConcept”, tentando estabelecer um novo record de consumo, e, com as alterações que serão efectuadas no INEGI II, “obter uma posição nos dez primeiros lugares da classificação geral da competição”. O INEGI tem participado regularmente nas Competições de Consumo de Combustível Shell Éco-Marathon, organizadas pela empresa petrolífera Shell em França, apoiando um projecto que envolve professores, investigadores e alunos, numa colaboração entre o Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o INEGI. Eco-Inegi Peso: 90kg Motor: quatro tempos de 107cc com 5cv Chassi: tubolar em aço, carroçaria sandwich em espuma de poliestireno e fibra de vidro Dimensões: altura 106cm, largura 120cm, comprimento 230cm Travões de disco nas quatro rodas. Velocidade máxima: (medida no circuito de Braga) 91km/hora Consumo: 181km/litro (0,552litros/100km) INEGI-II Peso: 44kg Motor: quatro tempos de 31cc com 1,5cv Chassi: sandwich em ninho de abelha de alumínio reforçado a fibra de carbono e carroçaria em fibra de vidro e fibra de carbono Dimensões: altura 55cm, largura 70cm, comprimento 285cm Velocidade máxima: 45km/hora Consumo: 554km/litro (0,181litros/100km) INEGI vai implementar ensaios de reacção ao fogo segundo a nova directiva de euroclassificação dos produtos de construção O Laboratório de Ensaios de Reacção ao Fogo (LFF) do INEGI está a proceder à instalação, activação e acreditação de todos os equipamentos necessários à classificação de produtos de construção segundo as novas euroclasses de reacção ao fogo. No último trimestre de 2006 o LFF estará a funcionar de acordo com as novas directivas europeias. Até o início do Século XXI existia, nos países da União Europeia (UE), um elevado número de testes diferentes para avaliar o desempenho, quanto à reacção ao fogo, dos produtos de construção. As diferentes metodologias de ensaio e as correspondentes classificações dificultavam ou mesmo impediam a comparação do desempenho dos diversos produtos sob o ponto de vista da segurança contra incêndio. Adicionalmente estes métodos de teste estavam ligados a requisitos legislativos nacionais, pelo que não se apresentava fácil a criação duma legislação europeia harmonizada. As primeiras tentativas de harmonização da legislação europeia na área da reacção ao fogo foram iniciadas, em 1978, pela Direcção Geral da Comissão das Comunidades Europeias. Rapidamente foi constatado que a diversidade de métodos de ensaio e de regulamentações utilizados dificultaria o processo. Em 1983, o Conselho das Comunidades Europeias decidiu mandatar a Comissão Técnica 127 do Comité Europeu de Normalização (CEN CT 127) para encontrar uma solução para a harmonização e para o financiamento de projectos que visassem o desenvolvimento de métodos de ensaio e de classificação harmonizada na área da reacção ao fogo. Entretanto, corria o ano de 2000, o novo sistema foi aprovado pelas entidades reguladoras da Segurança contra Incêndio dos diversos estados. A nova classificação harmonizada tem hoje uma base legal, tendo sido publicada no Diário Oficial das Comunidades Europeias (OJ L 50, 23.2.2000, pág. 14). O novo sistema de classificação europeu Do trabalho dos membros da Comissão Europeia resultou uma norma europeia (EN 13501-1) onde se encontra descrito o novo sistema de classificação europeu (classificação A-F). A classificação de um produto, como resultado de ensaios harmonizados de reacção ao fogo realizados em laboratórios acreditados, tem de ser aceite por todos os países membros da UE. Para produtos combustíveis, a contribuição potencial para o desenvolvimento de incêndio não depende somente das suas propriedades intrínsecas e do ataque térmico, mas também da posição como está colocado na construção. Por este motivo, um produto deve ser testado de forma a simular a sua aplicação final. Consequentemente, um mesmo produto utilizado em aplicações diferentes pode ter classificações diferentes. Nos produtos que, pela sua natureza, apresentem excelente comportamento ao fogo, a classificação pode ser realizada com base nas suas propriedades físicas. Para este tipo de produtos a aplicação final é, em geral, irrelevante. Teste de Não-combustibilidade (EN ISO 1182) Este teste permite a identificação de produtos que não contribuem significativamente para o desenvolvimento de incêndio, independentemente da sua aplicação final. O teste é pertinente para as classes A1 e A2. Assim, e de acordo com os novos métodos de ensaio europeus (excluindo revestimentos de pavimentos), o LFF do INEGI estará apto, a curto prazo, para realizar os seguintes testes: SBI – Single Burning Item (EN 13823) Este teste permite a determinação da velocidade de libertação de calor e da produção de fumo de produtos, expostos ao ataque térmico de um queimador alimentado a propano. O provete é montado num porta-provetes, tendo em consideração o modo de aplicação final. O teste é pertinente para as classes A2, B, C e D. Poder calorífico (EN ISO 1716) Este teste permite a determinação do calor de combustão de um produto, independentemente da sua aplicação final. O teste é pertinente para as classes A1 e A2. Aparelho de ignitabilidade (EN ISO 11925-2) Este teste avalia a velocidade de propagação de um produto quando exposto a um pequeno queimador. O teste é pertinente para as classes B, C, D e E. Gabinete de formação profissional do inegi SONAE Indústria e Salvador Caetano são Sócios Efectivos do INEGI Tal como havia sido mencionado na edição anterior do INEGI Notícias, este espaço será dedicado a todos os Sócios Efectivos do INEGI “procurando divulgar estas instituições que, passando das palavras aos actos, ousaram apostar em políticas de Inovação”. Depois do BPN – Banco Português de Negócios e ENERNOVA – Novas Energias, SA, destacamos a SONAE Indústria e a Salvador Caetano. SONAE Indústria Salvador Caetano - IMVT, SA Fundada em 1959, na Maia, a SONAE, durante as primeiras duas décadas, cresceu como uma pequena e média empresa centrada no sector dos produtos derivados da madeira. A partir da década de 80 iniciou um período de rápida expansão e diversificação da sua actividade. O seu portfolio de negócios estende-se, para além dos sectores de retalho e de imobiliário, à indústria de derivados de madeira, turismo, telecomunicações móveis e fixas, media, internet, tecnologias de informação, construção, transportes, logística e capital de risco. Em www.sonae.pt podem obter-se todas as informações sobre a SONAE. Fundada em 1946, Salvador Caetano - IMVT, SA, iniciou o seu percurso nas carroçarias, actividade que ainda hoje se mantém no Grupo através da CaetanoBus, empresa resultante de uma jointventure, estabelecida em 2002, com a Evobus (do Grupo Daimler Chrysler). Actualmente, a empresa divide a sua actividade em vários segmentos e por três pólos. O de Vila Nova da Gaia dedica-se à importação de automóveis ligeiros comerciais e de passageiros Toyota, distribuição e assistência após-venda de mini-autocarros Caetano (Toyota) em Portugal, entre outras actividades ligadas à importação e assistência técnica. Em Ovar a Salvador Caetano procede à montagem de mini-autocarros (Caetano) e de comerciais ligeiros Toyota (Dyna e Hiace), bem como à incorporação de componentes em veículos comerciais. No Pólo do Carregado, a Salvador Caetano efectua tratamento de superfícies que inclui a pintura industrial e a lacagem dos ramos auto e civil. Sede: Rua do Barroco, nº174, 4465-591 Leça do Balio | Tlf.: 351 229578710 - Fax: 351 229537352 | Site: www.inegi.pt | Propriedade: INEGI | Director: Engº Jorge Lino | Coordenação e Direcção: Engº Jorge Lino / Jorge Baldaia | Edição: INEGI | Design: Nelson Pereira | Gestão Editorial: Jorge Baldaia | Distribuição: INEGI | Periodicidade: Trimestral | Tiragem: 1200 exemplares Prosseguindo a sua missão de dar um contributo efectivo para o aumento da competitividade da indústria e tirando partido da sua relação privilegiada à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o INEGI renova a sua aposta na formação especializada de quadros técnicos nas áreas de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial através da criação de uma oferta de formação desenhada à medida das necessidades de cada empresa e dos formandos. -Curso de Trabalho de Metais -Curso de Gestão da Produção -Curso de Formação em Desenho de Construção Mecânica -Curso de Formação em Prototipagem Rápida, Tecnologias de Conversão e Fabrico Rápido de Ferramentas -Curso de Formação em Materiais Mais informações sobre as acções de formação do Instituto em www.inegi.pt
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