programa de bolsas para aprimoramento discente
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programa de bolsas para aprimoramento discente
Projeto de Pesquisa: Coordenador: Pesquisadores: Monstros e monstruosidades na literatura Julio Jeha Tereza Virgínia Barbosa Lyslei Nascimento Mariângela de Andrade Paraizo Sumário Introdução Objetivos Justificativa Metodologia Resultados Esperados Cronograma Referências Programação Acadêmica Instrumento de Avaliação Bibliografia Geral Bibliografias Específicas 1 2 2 4 4 4 5 5 6 7 8 Introdução Monstros corporificam tudo que é perigoso e horrível na experiência humana. Eles nos ajudam a entender e organizar o caos da natureza e o nosso próprio. Nas mais antigas e diversas mitologias, o monstro aparece como símbolo da relação de estranheza entre nós e o mundo que nos cerca. Obras clássicas, dos irmãos Grimm até estudos psicológicos recentes, demonstram a variedade e o poder da criatura má imaginária como uma metáfora cultural e um artifício literário. Para Agostinho “monstro” significava um afastamento pessoal de Deus, e só era aplicado a indivíduos considerados “anormais”. A literatura da Renascença descreve pecados específicos (ciúme, orgulho, etc.) como monstruosos. Nesse caso, “monstruosidade” carrega implicações tanto estéticas quanto políticas. Deformidades externas revelam transgressão, pois o indivíduo personifica uma traição da natureza. Modernamente, a criatura de Frankenstein inaugura uma linhagem de monstros que falam do nosso mal-estar perante o desenvolvimento da ciência e o progresso tecnológico, assim como diante de guerras e genocídios. Neste projeto, o problema a ser enfocado é o porquê introduzir o monstro no espaço ficcional. Para tanto, nosso objeto será levantar os tipos de monstro e suas funções na literatura. Entendemos “monstro” tanto como criaturas engendradas pelo homem quanto os próprios seres humanos, tanto seres mitológicos quanto o espaço em que vivem as personagens. Frankenstein pode ser considerado tão monstruoso quanto a sua criatura, o labirinto tão monstruoso quanto o Minotauro que ele encerra. Da mesma maneira, Hitler, Mao Tsé-tung, Stalin, Pol Pot, Idi Amin e Miloševic, por exemplo, serão considerados monstros morais, ao passo que as cidades, megalópoles ou não, hostis aos moradores serão, aqui, monstros espaciais. Este projeto baseia-se na hipótese de que é sempre na recusa da visão direta, como afirma Calvino, que parece residir a força da arte como resistência, mas não na recusa da realidade do mundo em que o sujeito está destinado a viver. Sendo assim, não se trata de analisar fugas para o mundo dos sonhos ou trazer à luz um elogio da irracionalidade. Ao contrário, trata-se de avaliar como a mudança de perspectiva, a consideração do mundo sob outra ótica, outra lógica, outros meios de Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Monstros e monstruosidades 2 conhecimento e controle podem constituir uma excelente oportunidade para se pensar no papel da literatura. Objetivos 1. Objetivos Gerais 1.1. 1.2. 1.3. 2. Investigar as diversas manifestações de monstro e monstruosidade na literatura e na mitologia; Compreender como os grupos sociais criam mecanismos reguladores de inclusão e exclusão; Perceber como as categorias de monstro e monstruosidade têm valor mais social do que epistemológico, pois parecem reforçar uma ideologia ou estrutura social por meio de uma inversão simbólica; Objetivos Específicos 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. Analisar as manifestações do monstro e da monstruosidade na literatura inglesa do século 19; Examinar obras da literatura e mitologia judaicas que focalizem a criação, a origem e a configuração de monstros e de monstruosidades; Abordar criticamente o monstro e a monstruosidade na mitologia grega, indicando como ele se presta para a criação do herói (por antagonismo) e para o castigo dos humanos pelos deuses, mantendo o status quo; Estudar textos da literatura brasileira que representam a cidade como protagonista ao mesmo tempo sedutora e perigosa; Justificativa Apesar da enorme bibliografia sobre monstros específicos, pouco foi escrito sobre o que é um monstro, o que ele representa e porque ele é um bom meio para se pensar a experiência humana. 1 Por que chamar alguém de monstro, se pergunta o protagonista de Le Roi des Aulnes: Para começar, o que é um monstro? A etimologia nos reserva uma surpresa algo assustadora: monstro vem de mostrar. O monstro é o que mostramos – com o dedo, nos circos, etc. [...] Para não ser um monstro, devemos nos assemelhar aos nossos semelhantes, sermos de acordo com a espécie, ou ainda, ser à imagem de nossos pais. (Tournier 1970, p. 11-12 citado em Meretoja 2004, p. 216n) 2 Chamar alguém de monstro é torná-lo diferente de mim, um outro que não eu. O monstro revela o processo pelo qual tornamos todo aquele que não pertence ao nosso grupo em um outro, que, portanto, deve ser excluído, destacado e destruído, metafórica ou literalmente. A literatura greco-latina permite abordar o estudo das monstruosidades em várias dimensões e com graus de complexidade múltiplos. Dos Titãs de Hesíodo às sereias de Homero, das criaturas fantásticas de Apolônio de Rodes às metamorfoses de Ovídio, Luciano, Apuleio e Antonino Liberal, do mundo dos heróis trágicos parricidas, incestuosos e infanticidas aos andrógenos em Platão 1 Contribuições recentes aparecem em Atherton (2002), Carroll (1990), Gilmore (2003) e Kearney (2003). A passagem, de inspiração aristotélica, é: “Et d’abord qu’est-ce qu’un monstre? L’étymologie réserve déjà une surprise un peu effrayante: monstre vient de montrer. Le monstre est ce que l’on montre – du doigt, dans les fêtes foraines, etc. [...] Pour n’être pas un monstre, il faut être semblable à ses semblables, être conforme à l’espèce, ou encore être à l’image de ses parents.” O título do livro se refere um poema de Goethe sobre um pai que, sem saber, leva o filho para a morte. Tournier escreve sobre uma personagem ao mesmo tempo monstruosa e inocente, um prisioneiro francês que ajuda os nazistas procurando rapazes para um campo militar. 2 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Monstros e monstruosidades 3 e hermafroditas em Lucrécio, o imaginário grego é fecundo de criaturas “esquisitas” que não correspondem a um ideal de normalidade humana. Os monstros gregos se tornaram arquétipos no mundo ocidental. São onipresentes no teatro, na literatura, na fantasmagoria cotidiana, na religiosidade. Surgem como monstruosidades ficcionais, explosões metafóricas, exageros e alegorias. Vale conhecer o pensamento de Platão (eliminação seletiva) e o de Aristóteles (um fenômeno contrário à natureza, mas inserido nela) porque eles sustentam grande parte das polêmicas vigentes na contemporaneidade sobre o tema. Vale entender o porquê do monstruoso Sócrates – comparado a um sátiro ou um sileno – ser um dos sustentáculos da filosofia platônica. Vale indagar que relação estranha há entre o eterno Édipo (o herói trágico – incestuoso, parricida) e a esfinge e perguntar, nessa relação, quem é, na verdade, o verdadeiro monstro? No século 20, o paradigma de mal e sofrimento, monstruosidade e inumanidade é o Holocausto, cujas origens se encontram no surgimento do cristianismo. Em Origin of Satan, Elaine Pagels mostra como os cristãos incorporaram visões de Satanás “para confirmar […] sua própria identificação com Deus e satanizar seus oponentes”, entre eles os judeus. Ele é “um reflexo de como percebemos nós mesmos e aqueles a quem chamamos de ‘outros’”. Assim Satanás passa a ser o monstro por excelência, ao exibir a monstruosidade que separa duas facções de judeus, num primeiro momento, e, mais tarde, com as conseqüências catastróficas que conhecemos, ao opor cristãos e judeus. A expulsão dos judeus, as contínuas perseguições religiosas, os autos-de-fé, as conversões forçadas e as ameaças de extermínio, principalmente durante o nazismo, produziram parte de um corpus de textos em que monstros e monstruosidades prefiguravam as ameaças a que os judeus estavam sujeitos. Dessa forma, a arte, ao propor um outro ponto de observação, acaba por possibilitar um salto sobre a ameaça de morte e esquecimento. Ao recriar ou reinventar a realidade e, por meio da ficção, oferecer uma saída para o infortúnio, o artista reafirma a resistência presente em seu trabalho e o caráter de sobrevivência do ser humano num ambiente adverso. Se na tradição judaica, a sobrevivência de um povo se vê ameaçada pela satanização, na literatura inglesa do século 19, muitas das adversidades que as personagens sofrem se originam da percepção que o mal pode ser inato. Essa perspectiva concorda tanto com a tradição bíblica quanto com a teoria, então recente, da origem das espécies. Se na Bíblia a condição humana resulta de uma falha moral, na teoria de Darwin ela é seu estado natural, controlado pelas instituições sociais. De forma semelhante, Hobbes considerava o estado natural violento e mergulhado no medo. Para ele, a condição natural da humanidade é de “guerra de todo homem contra todo homem”. Percebe-se isso em Frankenstein e Dracula, em Dr. Jekyll and Mr. Hyde e The Portrait of Dorian Gray, por exemplo. Esse aspecto social do monstro e da monstruosidade aparece também na literatura brasileira, sob a forma da cidade ameaçadora. Uma das mais antigas criações humanas, atualmente a cidade parece fugir ao controle público, crescendo desordenadamente. Fora dos limites traçados originalmente para ela, torna-se progressivamente uma ameaça para seus próprios habitantes. De suas monstruosidades, a maior talvez ainda seja seu poder de sedução. Como as sirenes que a atravessam, ela atrai e destrói os que dela se acercam. Se a cidade, como um labirinto, guarda em algum centro perdido o Minotauro, se posta também, como uma esfinge, interrogando os que dela se acercam, sem que isto possa, atualmente, ser evitado. Assim, os pesquisadores deste projeto se propõem a estudar textos de diversas culturas e épocas para levar analisar onipresente incapacidade humana de enxergar o outro sem preconceito. Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Monstros e monstruosidades 4 Metodologia Os pesquisadores buscarão responder estas perguntas gerais: Por que introduzimos monstros no espaço literário? Quais são as funções dos monstros em obras literárias? O que eles nos dizem a respeito de nós mesmos? Qual é a especificidade do discurso literário sobre os monstros? A literatura pode ser monstruosa? Essas perguntas orientarão o projeto e os subprojetos, que, por questões metodológicas, seguirão linhas mais específicas. Os subprojetos abordarão os monstros e a monstruosidade em suas diversas manifestações, tendo em vista sempre suas características de excesso e exclusão, de antagonista e antagonizado, em relação tanto a um indivíduo quanto a um grupo. Na literatura inglesa será investigada a relação do monstro com o mal, isto é, como algo ou alguém que desempenha o papel de adversário do cidadão comum. Serão analisados na literatura e na mitologia judaica o medo ao judeu e o medo do judeu. Na literatura brasileira, serão abordadas as cidades que perdem seu ar de promessa para se transformar em ameaça. Por fim, na literatura e mitologia greco-romana, serão estudados nascimentos monstruosos, monstros e metamorfoses. Os pesquisadores seguirão um roteiro básico de pesquisa. De início delimitarão o corpus e investigarão o estado da arte, definindo os objetivos e fazendo uma revisão preliminar da literatura crítica. Em seguida, estabelecerão a base teórica, levantando os principais conceitos operacionais. Isso feito, passarão para a fase de leitura e coleta de ocorrências de monstros e monstruosidades nas obras selecionadas. De posse desses dados, analisarão as ocorrências de acordo com o referencial teórico desenvolvido. Além dessas atividades básicas e comuns a todos, os pesquisadores obedecerão ao cronograma apresentado adiante. Cronograma Mês Atividades Estudo de textos teóricos Seleção de textos literários Montagem do site Preparação de ensaios Preparação de livro Publicação do livro Reuniões mensais do grupo Reuniões quinzenais entre aluno e orientador Auto-avaliação e avaliação entre pares 1 x x x 2 x x x 3 x x x 4 x x x 5 x 6 x 7 x 8 x 9 x 10 x 11 x 12 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Resultados Esperados 1. 2. 3. 4. Trabalhos apresentados em eventos científicos, com discussão pelos pares; Seminário sobre o tema; Site para divulgar os levantamentos bibliográficos e os textos produzidos; Livro contendo ensaios resultantes das pesquisas. Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Monstros e monstruosidades 5 Referências ATHERTON, Catherine (Ed.). Monsters and monstrosity in Greek and Roman Culture. Bari: Levante, 2002. (Nottingham Classical Literary Studies 6.) BALDICK, Chris. In Frankenstein’s shadow: myth, monstrosity and nineteenth-century writing. Oxford: Oxford University Press, 1990. CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Perspectiva, 2003. CARROLL, Noël. The philosophy of horror or paradoxes of the heart. New York: Routledge, 1990. GILMORE, David D. Monsters: evil beings, mythical beasts, and all manners of imaginary terrors. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2003. KEARNEY, Richard. Strangers, gods, and monsters: interpreting otherness. 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Os trabalhos dos alunos serão julgados tanto pelos orientadores, que selecionarão os melhores para fazer parte do livro a ser publicado, quanto pelos avaliadores das Semanas de Graduação da UFMG e da de Eventos da FALE. Os trabalhos dos pesquisadores serão submetidos a eventos dentro e fora da UFMG, com possibilidade de aceite ou não. Além disso, serão solicitados pareceres para os relatórios e ensaios elaborados pelos pesquisadores. Por fim, os resultados serão apreciados pela Câmara de Pesquisa da Faculdade de Letras. Belo Horizonte, 15 de dezembro de 2006. Julio Jeha Coordenador Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Monstros e monstruosidades 7 Bibliografia Geral ANDRIANO, Joseph D. Immortal monster: the mythological evolution of the fantastic beast in modern fiction and film. Westport, CT: Greenwood Press, 1999. BARASH, David P. Unreason’s seductive charms. The Chronicle of Higher Education v. 50, n. 11, p. B6, 7 Nov. 2003. BOIA, Lucien. Entre l’ange et la bête. 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