Janeiro - Gazeta Valeparaibana
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JANEIRO 2009 FALANDO NISSO Página 2 É preciso nunca esquecer... O inicio da noite de sexta-feira, 13 de Dezembro de 1968, mudaria a vida política e cultural do Brasil pelos 10 anos e 18 dias seguintes, até final do ano de 1978. Naquela data, há 40 anos, o Presidente-Militar Artur da Costa e Silva aprovou o Ato Institucional número 5 (AI-5), depois de mais de duas horas de reunião com os 25 membros do Conselho de Segurança Nacional. NOSSA SAÚDE Lei Seca será aplicada também a embarcações no Litoral Norte do Estado de São Paulo Operação Verão usará bafômetros neste Verão de 2009, para coibir o uso de bebidas alcoólicas também para quem dirige barcos, muito embora esta não seja uma Lei Nova. Segundo a Diretoria de Portos e Costas, 65% dos acidentes têm causa humana. Destes, 85% têm origem em violações ás Leis existentes, como por exemplo a ingestão de álcool. Esta fiscalização deverá ser mais intensiva até ao Carnaval de 2009. Os níveis de álcool tolerados no sangue, serão os mesmos definidos na Lei aplicada aos carros 0,3mg. Página 10 Educar para quê? Apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, para manter os estoques regulares é necessário que 3 a 5% da população faça isso regularmente. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 49% das doações no Brasil são voluntárias. Quer ajudar a salvar vidas? Procure um Serviço de Hematologia e Hemoterapia de sua cidade. Caso não saiba, procure informações junto á Prefeitura do seu Município. Página 05 Biografias 06 Ecossistemas 07 Três formas de terror 08 Aquecimento global 09 Terceira idade 12 Chico Mendes 16 Escola, Família e Sociedade 12 Projeto Planta Brasil 14 Projeto Educar 14 Curiosidades 15 DOAR SANGUE É AJUDAR A SALVAR UMA VIDA RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor O MISTICISMO DAS PEDRAS Página 11 Cristais de Quartzo Diamante Esmeralda São José dos Campos já foi referência em tratamento para doenças respiratórias. Hoje, a cidade é a terceira mais poluída do Estado, aumentando o risco de doenças pulmonares crônicas, além de crises de asma e bronquite. A Árvore de Natal A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o FEITA COM GARRAFAS PET segundo e o terceiro milênio A.C.. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto. O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido. A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha e na maioria da América Não bastasse isso, ainda a população de São José dos Campos - SP vê suas riquezas naturais serem relegadas ao abandono. A Confissão de João Ramalho 13 Dá para acreditar que esta lagoa era piscatória, linda e sem cheiro ruim e preservada? Hoje é uma poça de água morta, com seu ecossistema sendo deteriorado e com mosquitos... E pior, ao lado de duas Escolas uma Ensino Fundamental e outra uma Creche da própria prefeitura... Leia mais: Página 10 O que é , e motivações deste projeto. Conheça, divulgue e participe. Latina. Patrocinador Oficial www.plantabrasil.brazi.us Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 02 Falando por isso A Comunicação e a Gazeta Valeparaibana “A comunicação é uma questão crucial para o futuro da humanidade. Pode levar à reconciliação ou à destruição. Pode trazer conhecimento, verdade e inspiração ou espalhar desinformação, mentira e maus costumes. A Comunicação verdadeira é tão essencial à qualidade de vida como a comida, a moradia, a saúde e a educação”. Convenção de Manila O Homem ainda não percebeu quanto se deve manter próximo e amigo da árvore. Sustentabilidade x Responsabilidade Social Estas serão as temáticas que deverão estar sendo discutidas, rediscutidas e que nos irão direcionar nos rumos, para a economia mundial, que direcionará o Mundo para uma conduta social mais sustentável, no respeito ao ser humano e seu habitat. Temos que reconsiderar valores e determinar rumos, para assim alcançarmos uma sociedade mais justa e igualitária, com menos violência e, um habitat mais limpo e preservado. Filipe de Sousa Poema da mente... Há um Primeiro-Ministro que mente, Mente de corpo e alma, completa/mente. E mente de maneira tão pungente, Que a gente acha que ele mente sincera/mente, Mas que mente sobretudo, impune/mente... Indecentemente. E mente tão nacional/mente, Que acha que mentindo história afora, Nos vai enganar eterna/mente... Anônimo É preciso nunca esquecer... “ AI 5 “ O inicio da noite de sexta-feira, 13 de Dezembro de 1968, mudaria a vida política e cultural do Brasil pelos 10 anos e 18 dias seguintes, até final do ano de 1978. Naquela data, há 40 anos, o presidente-militar Artur da Costa e Silva aprovou o Ato Institucional nº.5 (AI-5), depois de uma reunião de mais de duas horas com os 25 membros do Conselho de Segurança Nacional. O ato serviu como base para a cassação de 273 mandatos de parlamentares estaduais e federais, a punição de mais de hum milhão e quinhentas mil pessoas e a censura de milhares de obras culturais, entre filmes, livros, músicas, peças teatrais, etc. Pessoas consideradas adversárias do regime estabelecido, foram torturadas e mortas durante o período de regime ditatorial no Brasil. Muitos corpos até aos dias de hoje ainda não foram localizados. mada a República. Foram aqueles anos, principalmente de 1968 até meados da década de 70. Muito difícil de transmitir para quem não viveu. Para quem não conhece o que é uma ditadura. Por isso que eu digo: a melhor forma de explicar uma ditadura, é descrever o que é. Não precisa de fazer grandes interpretações”, disse o Governador de São Paulo, José Serra, exilado à época da decretação do Ato Institucional nº.5 no ano de 1968. Logo após a reunião comandada pelo presidente Costa e Silva, o AI-5 foi lido ao vivo no programa de rádio “Voz do Brasil” e o Congresso Nacional entrou em recesso por dez meses. Começava ali o período no qual as restrições de liberdade individuais foram sufocantes. No inicio do regime militar, no ano de 1964, Serra era Presidente da (UNE) União Nacional dos Estudantes, que foi colocada na ilegalidade. Meses depois do golpe, Serra seguiu para o exílio. “ A Ditadura no Brasil se materializou na sua plenitude a partir do AI-5. Uma repressão fortíssima para os opositores, inclusive para as forças de esquerda, e que até dizimou muita gente, nos anos subseqüentes”, acrescenta José Serra. O ato deu plenos poderes a Costa e Silva para cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, proibir reuniões e manifestações públicas de caráter político, legislar por decreto, julgar crimes políticos em tribunais militares, entre outros. A cen- O Governador lembra que na ocasião da sura aos veículos de comunicação ganhari- aprovação do AI-5 já estava exilado no a também força durante esse período. Chile. Serra só voltaria ao Brasil no ano de 1978, ano em que o AI-5 foi revogado. “Foi um dos episódios piores que o Brasil já viveu. Eu diria, da história republicana, Segundo Arlindo Chinaglia, ao lembrar o talvez o pior de todos, desde que foi procla- silêncio daqueles que se opunham á dita- dura: “O AI-5 inaugurou um dos períodos mais tenebrosos da vida pública nacional e que perdurou, infelizmente, por 10 anos e 18 dias. No período em que vigorou, instaurou uma cultura do medo, embora não tenha calado por completo s vozes que se opunham à ditadura, seja na luta social, seja na institucionalidade possível”, afirmou. Segundo também César Brito, Presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil” a maior lição do momento de repressão pela qual passou o País em 1968 é o respeito à Constituição e de que os direitos não podem ser violados. “Não se pode ferir a democracia, interromper a vontade popular ou rasgar a Constituição de um País, por mais boa vontade que se tenha”, disse. Na realidade, até em tempos de aparente calmaria no que tange a estabilidade democrática de um País, sempre a sociedade deve estar engajada na luta pelo respeito ás normas estabelecidas por sua Constituição, pois, outros interesses, por vezes escusos e sectários podem influenciar parlamentares e por vezes até os poderes judiciários, para que se alterem artigos dessa Carta Magna. Filipe de Sousa AJUDENOS A MANTER ESTA PUBLICAÇÃO E NOSSOS PROJETOS DE EDUCAÇÃO, CULTURA E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL JOSÉ SARAMAGO, Nobel da Literatura no ano de 1998, doutor em máximas, autor de diversos livros traduzidos para as mais diversas línguas inclusive a Persa, Saramago retornou ao Brasil, aos 86 anos e mais uma vez expressou suas opiniões desta vez sobre a Crise deste inicio de Século. “Mudar a Vida exige que mude- mos de vida”. Este escritor Português acredita que nada poderá fazer a economia mundial se recuperar da crise dos mercados - salvo as pessoas. Sobre a crise financeira, José Saramago, também afirmou não saber responder, se ela fará com que a atividade humana fique mais essencial, pois segundo ele não sabemos em que estado ficaremos. “O que posso dizer é que... Não sabemos em que estado ficaremos. O que eu posso dizer é que... Estão dizendo que vão refundar o capitalismo ! Mas, como disse antes, não temos alternativa política. A esquerda não tem alternativa política, não está organizada. Os sindicatos estão de restos. Então o que é que vamos fazer?”. “O Mundo não se volta para coisa nenhuma se nós não nos voltarmos. Somos nós que temos que nos voltar. Escrevi um dia assim: “Não mudaremos a vida... Se não mudarmos de vida”. Para mudar de vida é preciso que nós mudemos a vida”. Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do Cone Leste Paulista, que compõe as Regiões: Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê. Editor: João Filipe Frade de Sousa O jornal Gazeta Valeparaibana é um joint venture Tiragem mensal: de 10.000 exemplares, comprovada por Nota Fiscal. do grupo Rede Vale Comunicações e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Editado e distribuído por: Rede Vale Comunicações Paulista, com distribuição gratuita em mais de 2.780 Email: [email protected] Impressão: AGG - Artes Gráficas Guaru, Ltda. Escolas Públicas e Privadas. Fone: 0xx12 - 9114.3431 ou 3902.4434 Designe e artes gráficas: Rede Vale Comunicações Para anunciar: 0 xx 12—3902.4434 - www.redevalecomunicacoes.com Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Uma lenda cercada de mistério e magia “ Papai Noel “ Quem nunca acreditou em Papai Noel? Um velhinho com roupas vermelhas, barba branca, cinto e botas pretos que passa de casa em casa para deixar presentes às famílias. De geração em geração, a lenda do Santa Clauss ganha mais realidade no mês de dezembro, quando o mundo celebra o nascimento de Jesus Cristo. Será que ele existe? Será lenda? Bem, isso depende de cada um. Mas diz a história que o bom velhinho foi inspirado na figura de um bispo que de fato existiu. São Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia. Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou pela vida religiosa. Com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote e logo tornou-se arcebispo de Mira. Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que não podiam se casar por não ter dinheiro para o dote. O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem atingindo a idade adulta. Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que estava acontecendo e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé. A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda. O pai, afim de descobrir o que estava acontecendo, permaneceu espiando a noite toda. Ele então reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade a todo o mundo. A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo pela Igreja Católica, transcendeu sua região, e as pessoas começaram a atribuir a ele todo tipo de milagres e lendas. Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau passou da primavera para o dia 6 de dezembro, e sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado em burro. Na época da contrareforma, a Igreja católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro, tal como fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos e que ainda hoje continua em alguns pontos da América Latina. Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau - a quem eles chamavam Sinter Klaas. Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus - nome que o Papai Noel recebeu nos Estados Unidos - foram dois escritores de Nova York. O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o em um personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo voador e jogava presentes pelas chaminés. Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia criado para a personagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um trenó. Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas maneiras. Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo. Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende. Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar barba e bigode brancos e a aparecer no Pólo Norte. Feliz Natal em mais de 30 idiomas Alemanha: Fröhliche Weihnachten Bélgica: Zalige Kertfeest Brasil: Feliz Natal Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovon e Tchestita Koleda Catalão: Bon Nadal Saiba tudo sobre a data “Natal” A celebração do Natal antecede o cristianismo em cerca de 2000 anos. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra. O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era realizado para ajudar Marduk em sua batalha. A tradição dizia que o rei devia morrer no fim do ano para, ao lado de Marduk, ajudá-lo em sua luta. Para poupar o rei, um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios do monarca, sendo morto e levando todos os pecados do povo consigo. Assim, a ordem era restabelecida. Um ritual semelhante era realizado pelos persas e babilônios. Chamado de Sacae, a versão também contava com escravos tomando lugar de seus mestres. A Mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como Página 03 os gregos, que englobaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, através da Grécia, o costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia (em homenagem a Saturno). A festa começava no dia 17 de dezembro e ia até o 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar a crescer e trazer vida às coisas da Terra. Durante a data, que acabou conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava, eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos e árvores verdes - ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por muitas velas - enfeitavam as salas para espantar os maus espíritos da escuridão. Os mesmos objetos eram usados para presentear uns aos outros. Apenas após a cristianização do Império Romano, o 25 de dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. Conta a Bíblia que um anjo, ao visitar Maria, disse que ela daria a luz ao filho de Deus e que seu nome seria Jesus. Quando Maria estava prestes a ter o bebê, o casal viajou de Nazaré, onde viviam, para Belém a fim de realizar um alistamento solicitado pelo imperador, chegando na cidade na noite de Natal. Como não encontraram nenhum lugar com vagas para passar a noite, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura (objeto usado para alimentar os animais). Pastores que estavam com seus rebanhos próximo ao local foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso, voltando depois para seus reinos e espalhando a notícia de que havia nascido o filho de Deus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal como conhecemos hoje foi celebrado no ano 336 d.C.. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados. Livraria // site LOJA / Papelaria ou livraria China: Sheng Tan Kuai Loh (mandarim) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun (cantonês) Coréia: Sung Tan Chuk Ha Croácia: Sretan Bozic Dinamarca: Glaedelig Jul Eslovênia: Srecen Bozic Hispano-América: Felices Pascuas e Feliz Navidad E.U.A: Merry Christmas Hebraico: Mo'adim Lesimkha Inglaterra: Happy Christmas Finlândia: Hauskaa Joulua França: Joyeux Noel País de Gales: Nadolig Llawen Galego (na Galícia): Bo Nada Grécia: Eftihismena Christougenna Irlanda: Nodlig mhaith chugnat Itália: Buon Natale Nova Zelândia em Maorí: Meri Kirihimete México: Feliz Navidad Holanda: Hartelijke Kerstroeten Noruega: Gledelig Jul Divulgação de site Polônia: Boze Narodzenie Portugal: Boas Festas Romênia: Sarbatori vesele Rússia: Hristos Razdajetsja Sérvia: Hristos se rodi Suécia: God Jul Tailândia: Sawadee Pee mai Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym Vietnã: Chung Mung Giang Sinh JANEIRO 2009 Gazeta Valeparaibana Qual a origem do A Estrela de Belém A Missa do Galo presépio? A Bíblia relata que uma estrela guiou os três Reis Magos desde o Oriente e indicou o lugar onde era possível encontrar o Menino Jesus. São muitas as teorias que tentam explicar este milagre, entre elas está a que se tratava do brilhante planeta Vênus, da passagem dos cometas Halley ou HaleBopp, uma ocultação da Lua... Uma das hipóteses aceitas é a do astrônomo Johannes Kleper, que em 1606 afirmou que a estrela era uma rara tripla conjugação da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, passando pelo Sol e ao mesmo momento por Peixes. Esta conjugação se apresenta aos olhos do observador terrestre como uma estrela muito brilhante. Outra suposição, esta mais recente, tem a idéia de uma nova estrela brilhante observada próxima da estrela Theta Aquilae. A estrela de Belém é relembrada situandoa tanto na representação do presépio como na ponta da árvore de Natal. É com o nome de Missa do Galo que se conhece a missa celebrada na noite de Natal. Sua denominação provém de uma fábula que afirma que foi esse animal o primeiro a presenciar o nascimento de Jesus, ficando encarregado de anunciá-lo ao mundo. Até o começo do século 20 era costume que a meia-noite fosse anunciada dentro do templo por um canto de galo, real ou simulado. Essa missa apareceu no século 5 e, a partir da Idade Média, transformou-se em uma celebração jubilosa longe do caráter solene com que hoje a conhecemos. Até princípios do século 20, perdurou o costume de reservar aos pastores congregados ali o privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus. Durante a adoração, as mulheres depositavam doces caseiros, que logo trocavam por pão bento ou Pão de Natal. Era também costume reservar um pedaço deste pão como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave. Outra tradição que perdurou é a de estrear nessa noite uma peça de roupa com a qual se afastava o demônio. Em algumas regiões, esta missa se As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semi-litúrgicas que aconteciam durante a missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio, que hoje é uma tradição na Itália, na Espanha, na França, no Tirol austríaco, na Alemanha, na República Checa, na América Latina e nos Estados Unidos. A tradição católica diz que o presépio surgiu no século 13, quando São Francisco de Assis quis celebrar um Natal o mais realista possível e, com a permissão do papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, um boi e um jumento vivos perto dela. Nesse cenário foi celebrada em 1223 a missa de Natal. O sucesso dessa representação do presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do monarca Carlos III, que a importou de As bolas e estrelas que enfeitam a árvore Nápoles no século 18. de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos que no passaNo tempo do Rei Herodes, três reis magos do enfeitavam o carvalho precursor da chegaram do Oriente a Jerusalém: Melchi- atual árvore de Natal. Cada um desses or, que era um ancião, Gaspar, um jovem enfeites tem em si um significado. branco, e Baltazar, um homem de raça Antes de que fossem substituídas por lâmnegra e barba. Em sua chegada, os reis padas elétricas coloridas, as velas eram magos anunciaram ao povo de Jerusalém enfeites comuns nas árvores e simbolizam que havia nascido o rei dos judeus em a purificação, com a chama sendo acesa Belém. Ainda que todo o povo tenha se como a representação de Cristo, a luz do alarmado, Herodes lhes deu permissão de mundo. As ferraduras são um clássico viajar até Belém na busca do menino e amuleto que atrai a boa sorte. pelo caminho uma estrela os guiou até o As habituais pinhas se utilizam como um berço onde estava o bebê com sua mãe. símbolo da imortalidade e os sininhos coOs três reis ficaram alegres ao vê-lo e ofe- mo mostra do júbilo natalino. As maçãs e receram seus presentes: ouro, incenso e as bolas de cores, sua mais tradicional mirra. Depois disso, regressaram a sua variante, desenvolvidas pelos sopradores terra por outro caminho, com medo da de vidro da Boêmia do século 18, são sigreação de Herodes. Desde então, o dia 6 nos que atraem de abundância. de janeiro é celebrado em muitos países Finalmente, as estrelas anunciam os depela chegada dos reis magos. Neste dia, é sígnios de Deus. Segundo conta a Bíblia, considerada uma tradição dar presentes cada estrela tem um anjo que vela por ela, às crianças que tenham se comportado e crença que suporta a antiga idéia de que carvão aos que foram maus durante o a- cada uma das que povoa o firmamento é no.anos se estendeu ao longo do século em si mesma um anjo. A que se põe no 19 e na França não o fez até inícios do alto da árvore de Natal refere-se à de Beséculo 20. lém. Os enfeites da Árvore de Natal Os Reis Magos Página 04 sos coloridos. Já a partir dessa época a imagem de Santa Claus - com suas diversas variações ao longo das décadas - começou a ser freqüente nos cartões de Natal.os é o momento mais importante das festas. Panetone O bolo recheado de frutas secas e uvas secas é uma tradição do Natal italiano e surgiu em Milão, mas há três versões diferentes para explicar sua origem. A primeira versão é que o produto nasceu no ano 900, inventado por um padeiro chamado Tone. Por isso, o bolo teria ficado conhecido como pane-di-Tone. A segunda versão da história diz que o mestrecuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou o produto para uma festa em 1395. E a última versão conta que um certo Ughetto resolveu se empregar numa padaria para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa. No Brasil, a tradição começou a se expandir depois da Segunda Guerra Mundial, quando imigrantes italianos resolveram celebra durante as primeiras horas fazer o mesmo panetone consumido por do dia. Na maioria dos países da eles na Itália na época de Natal. América de língua espanhola é tradição que toda a família assista a ela unida. Os Cartões de Natal Em 1831, um jornal de Barcelona, na Espanha, quis pôr em funcionamento a técnica da litografia, felicitando seus leitores pelo Natal mediante uma estampa, o que já pode ser considerado uma forma de cartão de Natal. A confecção do primeiro cartão de Natal, no entanto, normalmente é atribuída ao britânico Henry Cole que, em 1843, encomendou a uma gráfica um cartão com a mensagem: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo" porque não tinha tempo para escrever pessoalmente a cada um de seus amigos. Rapidamente, o costume de desejar Boas Festas com o uso de um cartão se estendeu por toda a Europa e, a partir de 1870, esses cartões começaram a ser impres- FACULDADE OU ENSINO TÉCNICO Divulgação de LOJA virtual Peru de Natal Cristóvão Colombo conheceu o peru quando chegou à América. Ele acreditava estar chegando às Índias por um novo caminho. Por isso, o peru ficou conhecido na Itália como gallo d'Índia (ou dindio/ dindo); na França, como coq d'Índe ou dinde; e na Alemanha, como calecutischerhahn, numa referência a Calcutá. Por seu excelente sabor, foi logo aceito na Europa. De tanto sucesso, em 1549, foi oferecido à rainha Catarina de Médicis, em Paris. No banquete foram servidos cem aves (70 "galinhas da Índia" e 30 "galos da Índia"). Era tão apreciado que se tornou o símbolo de alimento das grandes ocasiões. Nos Estados Unidos, o peru representou o fim da fome dos primeiros colonos ingleses que lá chegaram, e hoje é prato obrigatório no Thanksgiving, ou Festa de Ação de Graças. No Brasil a ave é apreciada desde a época colonial. Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Final do Debate “Educar para que?” Igualdade aos desiguais Continuando os debates, o estudante Sergipano Luis Carlos Pinheiro Júnior, 18 anos, aponta a falta de recursos disponibilizados no Nordeste. “Trabalhando com alunos de escola pública, notei que ali quase todos mal sabem escrever o nome corretamente. É um absurdo que uma jovem numa sétima série não saiba ler e escrever. O Nordeste é muito mal favorecido”. Fernando complementa. “as verbas, para serem justas, precisam tratar diferentemente os desiguais”. Para Madalena, “O desfavorecimento do Nordeste, a faculdade colocada para muitas pessoas, com grande espaço físico, não se preocupa com a qualidade dos conteúdos. Mas quantos conseguem se formar? Quantos conseguem aprender? Esses caras serão os professores de amanhã? Provávelmente, os educandos deles aprenderão a metade do que eles absorveram e por ai vai. Se não tiver investimento em formação, a educação vai ser um caos. Na rede pública, as aulas começam em Março; em Julho, as crianças têm de A escola tem que férias novo. Em ir além dos muros N o v e m b r o , concluíaltos que construí- está do o Ano mos na nossa es- Letivo - isso quando não cola. tem greve. Ano eleitoPrecisa trazer a ral, então, é participação da uma vergocomunidade, efeti- nha”. Ian segue na vamente. mesma linha e ressalva que “a escola, para ser inclusiva, tem que contar com bons profissionais. Não estamos num país rico, mas subdesenvolvido. Não temos profissionais de educação, mas profissionais frustrados. Um que quer ser pesquisador, mas está na sala de aula ensinando, porque foi a oportunidade que sobrou. Como se educação fosse resto. O físico, a mesma coisa. O historiador ensina história. Quem não tem vocação para aquilo, é o que lhe sobra no mercado de trabalho. Falta educador com compromisso com o que faz”. Fernando contesta. Lembra, que na cidade de São Paulo, existem mais de 60 mil professores na rede municipal. “Se, de um lado, posso conhecer uma série de pessoas que não gostariam de estar ali, que são maus profissionais, digo que, do outro, a enorme massa é capaz. Conhece o aluno pelo nome, são verdadeiros heróis que não aparecem. Devemos tomar cuidado com o educador, porque a imensa maioria dos professores da rede pública é digna, assim como é boa a maioria dos alunos nas universidades. Alguns prejudicam a imagem desses muitos, mas nós devemos tomar cuidado com essa idéia catastrófica para não queimar ainda mais a imagem da Educação. Esses devem se incorporar nas massa dos bons e não o contrário. E os bons devem denunciar e não colocar tudo na mesma caldeira”. Djalma salienta, porém, que apesar da boa vontade da maioria, os professores da rede pública estão se cansando. “Muitos alunos estão sem perspectiva, não querem nada com nada. Acabam se equiparando com professores que não estão contentes com a educação”. Para o comerciante paulista Sérgio Tadeu Eleutério do Nascimento, hoje trabalhando no terceiro setor, essa situação se dá porque existe, atualmente, uma grande responsabilidade colocada nas costas do professor. “A escola é tão importante para a formação da criança, desde a pré-escola, que hoje em dia a mãe não ensina o filho nem a a amarrar o tênis. Ela acha que o professor é quem tem essa obrigação. E o professor é peça-chave em tudo isso. Precisamos de uma retaguarda aos problemas familiares desses profissionais, para que cuidem tranquilamente de sua vida educacional. Queremos professores ganhando bem, que tenha responsabilidade, que leve a sério o trabalho, que tenha gosto pela coisa, para passar isso periodicamente e chamar as crianças à escola”. Diante do tema, Fabiano, por meio de seu intérprete, coloca que “a inclusão social, não é só estar por dentro. Conceito de inclusão é mais amplo, desde a luta política, passando pela identificação das ideologias, que tem início logo na comunicação. Muitos não têm interesse em aprender, não têm qualquer interesse no conteúdo. Há uma relação maior com o ensino, a criança não pode ser pautada sempre. Os próprios alunos poderiam orientar os professores e dizerem o que é importante para eles mesmos. Seria um ambiente que tenha todos os tipos de gente. Esforço de todos, para que tudo seja melhorado”. O mediador completa: “Quando a escola absorve qualquer cidadão diferente da maioria, ela não se empobrece. Ao contrário, se humaniza. Por exemplo, perceber o que é fala oral e o que é fala formal, como a escrita. É perceber que são diferentes e todas são humanas ; isso enriquece muito mais o professor que imaginava que só existia a fala oral. Quando aceito e compreendo essa diferença, só cresço. Não é um empobrecimento, mas enriquecimento da cultura e do próprio conceito de educação”. Segundo Marizete, lidar com as diferenças no ambiente de aprendizagem exige do professor um único elemento: vocação. “O importante do professor é ser dedicado e ter educação. Tem que ter vocação. Eu estava na Câmara esses dias e um vereador veio a mim correndo para dar um abraço. Disse: “Se estou aqui é por parte da Senhora”. É um reconhecimento, porque eu fazia sempre reuniões, debates, questões eram debatidas, uns comentavam e todos debatiam. Meus alunos, que passaram por mim, hoje estão se projetando. Gostava dessa vida, dou aula há 31 anos, é amor verdadeiro. Volto à pergunta: ler e escrever para quê? Para tudo na vida. Uma pessoa que sabe ler bem, é fluente, tem facilidade para tudo. Sabe cada palavra, sinônimos, sabe recorrer ao dicionário, redigir um comentário, ofício. Se não, vai encontrar dificuldade demais na vida”. Página 05 Resumo Ema vez definida a finalidade primeira da escola - ensinar a ler e a escrever para decodificar os elementos da sociedade e compreendê-los - , a questão da promoção da solidariedade, considerada na primeira reunião outra atribuição da escola, foi também desenhada por Antonio Luzia. “Infelizmente, dentro da sala de aula, é difícil encontrar quem trabalhe com a solidariedade. Não é difícil encontrar professores que separam a sala em lado dos mais fracos e dos mais fortes. A criança até diz pertencer ao lado fraco ou ao lado forte”. Para ele, existem níveis diferentes de primeira à quarta série, com capacidades diferentes. “Existem crianças que não se alfabetizam no primeiro ano e vão bem no segundo. Mas quando se separa e se explora a competitividade, criando-se grupos de mis fracos e mais fortes, os mais fortes não ensinam os mais fracos, e eles não se aproximam. As formas de se ajudar não acontecem”. António Luzia acha que o professor não pode estimular isso, deve entender que há facilidade para alguns alunos e dificuldades para outros e a coordenação pedagógica das escolas não é feita para as crianças que têm dificuldades. “Meu trabalho é diretamente ligado com crianças que têm muita dificuldade na escola. Somos da unidade e vamos ás casas saber o que está acontecendo, até com os pais. Temos o exemplo de um garoto que briga, bate, é bastante indisciplinado. Muitos pais diziam para tirar o rapaz da escola, colocar em outra, mas insistimos em mantê-lo. Peguei alguns pais que queriam que a criança fosse expulsa e visitamos a família dela. Só assim os pais entenderam o que se passava. Ou seja: tínhamos proposta para ajudar a criança e a família e a questão solidária. A escola tem que ir além dos muros altos que construímos na nossa escola. Precisa trazer a participação da comunidade, efetivamente”. Desenvolver a solidariedade, sem perder de vista as especialidades de cada região. É a idéia encampada por Adeilson em seu discurso derradeiro. “Sou voluntário de programas de educação. Programas como o Brasil Alfabetizado não deram certo. Agora estamos dentro de um processo de educação do campo, que é saber ler a realidade. Pegamos temas envolvendo nossa realidade, como por exemplo, por que não tomar cocacola, por que não comer alimentos transgênicos. Além da ideologia, é uma educação ideológica. Ler e escrever é para isso: para entender os temas da própria realidade”. Resumo deste debate: Uma Escola deve ter qualidade e ser acessível a todos. Qualidade para poucos não é virtude; é privilégio. Mas o que é uma escola de qualidade? Para alguns é o lugar que permite viver em solidariedade. Para outros, é quando há a formação do espírito crítico. Outros a vêem como ambiente gerador de auto-estima e inclusão social. Nenhuma dessas virtudes, porém, será alcançada se a escola não cumprir sua primeira missão: ensinar a ler e escrever. Só assim o aluno pode descodificar sua realidade. Colégio Ensino Médio Colégio Ensino Técnico Data dos debates: 27 de Agosto de 2005 Mediador de ambos:Fernando de Almeida Participantes: Adenilson de Almeida Amaral (BA), Alberto Kioharu Nishida (PB), Angelina Maria Vieira de Souza (SP), Antonio Luzia Dias (SP), Joana D’arc da Silva Pereira (MG), Luis Carlos Pinheiro Jr. (SE), Márcia Souza do Nascimento (PB), Maria Madalena Oliveira Firmo (BA), Maria Miquelina Barreto Machado (AM), Marizete Ribeiro Viana Teles (MG) e Tênia Regina Martins Resende (SP). Informática Conheça sua regionalidade, suas tradições, suas culturas acesse: www.conelestepaulista.brazi.us Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 06 Grandes Nomes... Grandes Obras “Biografias e curiosidades” “Aonde fores vai com todo o teu coração.” “O maior dos defeitos é ter defeitos e não procurar corrigi-los.” “Não te suponhas tão grande que os outros te pareçam pequenos.” CONTINUAÇÃO A sua inteligência tinha um pendor científico. Ao acentuar a necessidade da maleabilidade do espírito, de substituir o dogma pela investigação dos fatos, de evitar conclusões definitivas, adiantou-se mais de dois mil anos em relação á sua época. Foi ele quem primeiro formulou a norma que podemos considerar a regra de ouro da ciência. “Quando ignoramos uma coisa, reconhecer que a ignoramos é sabedoria”. Desta forma, repudiava as crenças supersticiosas e a subordinação do pensamento ao desejo. Igual finalidade pretendia ao insistir na importância da sinceridade, não simplesmente no discurso mas também no diálogo íntimo de meditação. Para seguir o que ele chamava “O Caminho da verdade”, devemos procurar não nos enganarmos a nós mesmos. “O caminho da verdade”, dizia, é “largo e fácil de descobrir. O mal está em que os homens não o procuram”. Não se deve deduzir destas razões que Confúcio aconselhasse a frouxidão moral ou auto-indulgência. Era um mestre tão rigoroso como exigente. Os seus discípulos deviam ser “rápidos na percepção, precisos no juízo, ambiciosos nas aspirações intelectuais e possuidores de conheci- CRISTÓVÃO COLOMBO Almirante do Mar Oceano Cristóvão Colombo foi cardador de lã, cartógrafo, vendedor de livros, comerciante de açúcar e marinheiro. Era um homem alto, bem parecido, de nariz a- mentos amplos que lhes servissem para exercer a autoridade e suficientemente generosos para usarem da clemência”. Também deveriam adquirir “dignidade, seriedade, firmeza do propósito, lealdade, bondade e atenção reverente àquilo a que se dedicarem”. Tal como o faria Plantão duzentos anos mais tarde, Confúcio traçou as traves-mestras de uma república ideal, que difere consideravelmente da sociedade que, posteriormente, o filósofo grego iria delinear. A república imaginada por Confúcio nasce da nostalgia de um mundo em que os homens viviam como membros de uma única família. Tal conceito era utópico, particularmente na China, nação na qual os vínculos familiares eram mais estreitos e exigentes do que em nenhuma outra nação. Pedir aos Chineses que tratassem todos os homens como seus irmãos era exigir demais. Muito embora o soubesse, Confúcio quis fazer com que o Mundo se encaminhasse para este ideal. E julgou que a única maneira de lhe dar forma seria confiar o desempenho dos principais cargos do governo a homens virtuosos e sábios. Tal como Plantão, Confúcio lutou corajosamente toda a sua vida para que um dos principais feudais lhe confiassem um cargo importante na administração pública. Se bem que vários dos seus discípulos tenham sido chamados para exercer tais funções, não parece que ele houvesse alguma vez chegado a alcançar posição superior à de um sábio mestre tido em grande estima pelos funcionários públicos. Embora Confúcio tenha viajado vários anos pela China, acompanhado de um reduzido grupo de discípulos, na esperança de encontrar um Monarca que lhe oferecesse a oportunidade de realizar as reformas com que sonhava, alguns traços de seu caráter contrariaram a sua própria ambição. Em primeiro lugar, falava com mais franqueza do que convém a um político. A um príncipe violento que pediu conselhos sobre a arte de governar os homens, limitou-se a responder: “começa por aprender a governar-te a ti mesmo.” Além dessa sinceridade, Confúcio acreditava na aristrocracia do sangue. Asseverava que “por natureza todos os homens são iguais”. Se bem que, naquela época, não se concebesse a democracia tal como hoje é entendida, Confúcio sustentou - porventura pela primeira vez na história - que a verdadeira função do governo é velar não só pela prosperidade pública mas também pela felicidade do povo. Velho e cansado, pensando que a sua pregação fora inútil, Confúcio retirouse para a sua terra natal. Ai viveu ainda alguns anos, dedicou-se ao ensino, e morreu convencido de que a sua vida fora um fracasso. Os discípulos choraram-no como a um pai. E, como derradeira homenagem, e porque na China era costume os filhos guardarem três anos de luto pelo progenitor, os discípulos empregaram todo este tempo inventariando e anotando as instruções do mestre. Estas compilações converteram-se em Bíblia do povo chinês. Mas do que Bíblia, tornou-se o tratado de civilidade, a origem das leis e do procedimento político pelas quais aspirava a guiar-se todo o bom príncipe. No século III antes de Cristo, déspotas brutais prescreveram e queimaram os textos de Confúcio e condenaram à morte os seus adeptos. Esta perseguição, porém, em vez de acabar com os discípulos da filosofia de Confúcio, multiplicou o seu número, tal como um temporal que em lugar de apagar as chamas de um incêndio as ativa e propaga. Mais tarde, reinou um Imperador sensato que adotou o confucionismo e lhe deu a aprovação oficial. Tantos livros se escreveram acerca da sabedoria de Confúcio que a vida inteira de um homem não seria suficiente para os ler. A simplicidade, a pureza, a elevação da arte de viver ensinada e praticada pelo mestre farão que o seu pensamento resplandeça perpetuamente. Filipe de Sousa quilino e maçãs do rosto salientes, olhos azuis e cabelos ruivos; tinha um sorriso agradável, mas muito pouco sentido de humor. Bom conversador, gostava de se vangloriar das próprias proezas. Cristóvão Colombo, cometeu um dos maiores feitos de coragem individual na História da Humanidade: a descoberta da América, para os Europeus. Parte do que se diz a seu respeito é falso; por exemplo, o mito de que era o único homem da sua época convencido da esfericidade do Planeta Terra. CONHEÇA TUDO SOBRE ESTE MITO NA PRÓXIMA EDIÇÃO Divulgação de site Cinemas Presentes Loja de Departamentos JANEIRO 2009 Gazeta Valeparaibana Os OCEANOS estão 10 vezes mais ácidos, que se estimava. O aumento nos níveis de dióxido de carbono na atmosfera pode fazer os oceanos da Terra ficarem mais ácidos com maior rapidez do que se previa, desequilibrando ecossistemas no processo, afirma novo estudo. Cientistas medem desde 2000 a acidez da água do mar em torno da ilha Tatoosh, no litoral do Estado de Washington. A acidez cresceu 10 vezes mais rápido do que os modelos climáticos haviam previsto. A pesquisa também revelou que o efeito corrosivo de oceanos ácidos pode iniciar uma mudança dramática nas espécies costeiras e colocar em risco os estoques de frutos do mar. "O aumento da acidez que observamos durante o estudo foi quase da mesma magnitude que esperávamos para o decorrer do próximo século," disse o coautor do estudo Timothy Wootton, biólogo marinho da Universidade de Chicago. "Isso é um alerta de que talvez os oceanos estejam mudando mais rápido do que as pessoas pensam", disse. O aumento das emissões de dióxido de carbono de atividades humanas elevou em 30% a acidez dos oceanos nos últimos 200 anos. Quando o dióxido de carbono da atmosfera se dissolve nos oceanos, ele se transforma em ácido carbônico, nocivo à vida marinha. Estudos de laboratório mostram que, conforme a acidez da água do mar aumenta, as conchas de carbonato de cálcio e os esqueletos de muitas espécies marinhas, como corais, ouriçosdo-mar e algas marinhas rígidas, começam a ser corroídos. Nossos mares Cerca de 200 mil km² de fundo do mar estão praticamente mortos, quase quatro vezes mais que há 13 anos, segundo um relatório apresentado hoje em Hamburgo pelo Fundo Mundial da Natureza (WWF, na sigla em inglês) por ocasião do Dia Mundial dos Oceanos, celebrado em 8 de junho. "Estamos utilizando os oceanos como aterro de lixo e estamos lhes tirando o ar para respirar. As principais ameaças para os mares são a pesca predatória, a mudança climática e a falta de oxigênio", disse o autor do relatório, Jochen Lamp. O mar com a maior superfície "morta" é o Báltico, com um total de 42 mil km², e até 90 mil km nos piores momentos de crise, mas no Golfo do México, no Mar Negro e no Adriático também há grandes regiões de fundo marinho asfixiado, principalmente pelos vazamentos de pesticidas. A asfixia ocorre através das águas dos rios, que transportam grandes quantidades de fósforo e nitratos até os oceanos. Estes adubos impulsionam o início do crescimento da flora marinha e das algas, mas acabam provocando a extinção dos organismos e a falta de oxigênio. Os peixes morrem ou acabam fugindo para outras regiões. "Antes, o Mar Báltico era de águas claras. Hoje, está turvo e muito fertilizado, apesar de toda tentativa para salvá-lo. A limpeza dos mares deve, portanto, se tornar prioridade de todos os governos ribeirinhos", afirmou Lamp, que acrescentou que o Báltico possui hoje quatro vezes mais fósforo e nitrogênio que há 100 anos. As conseqüências da asfixia dos mares são dramáticas não só do ponto de vista ecológico, mas também econômico, pois representa o fim da pesca e, portanto, do sustento de muitas pessoas, acrescenta o WWF, que pediu à União Européia para suspender os subsídios à agricultura convencional para frear a hiperfertilização dos mares. Página 07 Planeta Terra Pedra Filosofal António Gedeão Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul. Escola Informática Eles não sabem que o sonho é vinho, é espuma, é fermento, bichinho álacre e sedento, de focinho pontiagudo, que fossa através de tudo num perpétuo movimento. Eles não sabem que o sonho é tela, é cor, é pincel, base, fuste, capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral, contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é Cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Colombina e Arlequim, passarola voadora, pára-raios, locomotiva, barco de proa festiva, alto-forno, geradora, cisão do átomo, radar, ultra-som, televisão, desembarque em foguetão na superfície lunar. Colégio Supletivo Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança. Queimadas O Brasil é apontado como o 4º. Maior A fumaça liberada durante as queimapoluidor do mundo. As queimadas são das é composta por gases e fuligem, o maior problema. podendo ser tóxica ou cancerígena, ao ser inalada. As queimadas liberam também muito gás carbônico, contribuindo assim, para agravar o aquecimento global do planeta. Nas estradas e rodovias, as queimadas são também causadoras de grandes congestionamentos e graves acidentes. Pequenas queimadas podem-se transformar em grandes instantaneamente, podendo fugir ao controle e assim atingir residências, fiações elétrica e telefônicas, etc.. Na área rural elas matam animais e plantas além de empobrecerem o solo. Provocar queimadas, queimar mato ou podas de jardins ou chácaras é crime. DENUNCIE: www.abrigojoaopauloii.org.br Escola de Línguas Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Três formas de terror - Major PMSC Paulo Roberto Bomhofen O cenário estava se armando. Quase quaro meses de chuvas. O solo estava encharcado, o rio, o famoso Itajaí-Açu, ganhava volume e tentava fugir de sua calha. O final de semana apenas começara, era sábado. Pela manhã fui participar da Conferência Municipal da Cultura. Em meio às discussões sobre a cultura, um único assunto ganhava unanimidade, a chuva. Quando voltei, no período da tarde, para o encerramento dos trabalhos, fui informado de que a conferência estava suspensa. O prefeito havia decretado estado de emergência. Voltei para casa e no caminho pude notar que as pessoas andavam apressadas, preocupadas. Cheguei a casa e fui deitar. O barulho da chuva, que caia de forma torrencial, acordou-me. Fui até à cozinha e comecei a saborear uma castanha, quando pela janela da área de serviço notei o trânsito parado e sobre a pista da estrada havia uma lâmina de água barrenta vermelha. A cidade começava a sangrar e eu não percebera. Fui até à sala, para olhar pela sacada, quando o trânsito parado na via que sai do Parque Vila Germânica, chamou minha atenção. Quando cheguei à sacada a surpresa chocou. A rua em frente ao meu condomínio estava tomada pelas águas. Os carros passavam de forma cuidadosa. A água começava a tomar a entrada do condomínio. De súbito, corri e acordei minha esposa. Liguei para o COPOM para saber da situação e fui informado de que o Comandante do Batalhão estava presente. Liguei para ele e ouvi a sentença: “o plano de chamada estava sendo ativado e és o primeiro a ser chamado”. Já havia passado por esta situação antes, em meus 24 anos de serviço policial militar, dos quais 90% servidos em Blumenau (SC), era a minha 5ª. Enchente. Rapidamente preparei uma mochila, com alguns itens básicos, como o material de higiene, meias e cuecas. O fardamento eu guardo no quartel. Moro perto do Quartel do meu Batalhão e, pela experiência, sabia que não devia ir de carro. O Quartel pega água e sempre que Blumenau sofre com uma enchente, a casa da Polícia Militar é uma das primeiras a ser atingida. Não conseguia encontrar caminho para o Quartel, estava tudo alagado. Liguei novamente para o Comandante, solicitando uma viatura. Fui socorrido por uma de nossas viaturas do tipo camionete e no retorno ao Quartel fomos parados por um grupo de pessoas que pedia auxilio para uma mãe com uma criança de 18 dias. Eram evangélicos que estavam participando de um encontro no parque Vila Germânica, encontro este que também havia sido cancelado. Diante da situação, coloquei a mãe com a criança nos braços, e mais uma senhora na viatura e partimos para a sua casa. Ela nos informou que morava na Rua José Reuter, no Ristow. O caminho foi longo. O cenário já era preocupante. Muitos alagamentos e deslizamentos pela via davam uma pequena mostra do que viria. A cidade não apenas sangrava, mas em alguns lugares ela já deixava sua carne á mostra. A cidade começava a mostrar suas entranhas, mas eu não percebia, não só eu, acho que até aquele momento ninguém percebia. Quando chegamos á Rua indicada, a senhora pediu-me que a deixasse antes de sua casa, que era em um morro, pois se parássemos em frente, ela não conseguiria sair, já que a viatura era muito alta. Lembro que ela ainda apontou para a sua casa e disse: - é lá que eu moro. Hora mais tarde, aquela região foi uma das mais castigadas da cidade, com a destruição de inúmeras casas pelo deslizamento de terra e muita gente morreu. Quando cheguei ao Quartel, me reuni com o Comandante e adotamos algumas medidas visando proteger o patrimônio. Por volta das 22:OO horas fomos dispensados. As provisões não apontavam para cheias. Confesso que fiquei feliz em voltar para casa. Fui a pé. As águas já haviam baixado e não encontrei nenhuma área alagada. Era uma trégua diabólica, apenas para transmitir uma falsa sensação de segurança. Uma pausa para o pior. Blumenau e todo o Vale (do Itajaí) seriam tomados pelo terror. Silenciosamente a cidade era tomada por forças de proporções catastróficas. A cidade que aprendera a conviver com as seguidas cheias do rio não estava preparada para o que a aguardava. De forma sistemática e cruel, a natureza iria revelar toda a sua ira. A enchente teria companhia. Como que em uma bizarra aventura épica, um monstro com três corpos iria atacar o Vale. A população seria acuada, judiada, massacrada. Os morros que em épocas passadas eram o refúgio para as cheias, haviam se transformado em mortais armadilhas. Deslizamentos iriam tirar a vida de mais de uma centena de aterrorizados moradores do Vale (do Itajaí). Mas não no Domingo durante o dia. Novamente as águas recuaram. Nós continuamos no Quartel, havia sido chamado novamente ás 2:00h, em plena madrugada. Podemos dizer que o Domingo foi ameno durante o dia. Quando a noite se aproximou, nos preparamos para ficar ilhados no prédio do COPOM. Continuamente, as águas foram subindo. Não como nas enchentes que a cidade já havia testemunhado. O volume de água foi demasiado para um solo já castigado e ensopado por quase quatro meses de chuva. A enchente seria procedida de alagamentos. Lugares que tradicionalmente eram atingidos com determinadas cotas do rio, simplesmente ficaram embaixo de água, independente da cota. É tradição que se adote determinada medida em função das cotas. Esta tradição foi destruída, desmoralizada, não serve mais para nada. De agora em diante, quem se guiar pelas quotas estará placidamente esperando a morte chegar e não, como no passado, estará em estado de alerta para enfrentar, e vencer como tantas vezes já ocorreu, com a bravura (a bravura que moldou a multicolorida Blumenau) indômita dos orgulhosos blumenauenses, mais Página 08 - Uma história vivida e real uma enchente. Triste ilusão que cega os sofridos bravos ! Com a chegada da noite nos instalamos no COPOM . Os telefones de emergência não paravam, assim como as águas do Ribeirão da Velha, que perigosamente passavam a míseros metros dos fundos do aquartelamento. Sem pedir licença, e muito menos encontrar resistências, as águas foram tomando o Quartel. Rapidamente uma furiosa lâmina tomou conta de todo o pátio. O Ribeirão da Velha, ardilosamente se apoderou do nosso quartel e lançou um braço que cortou caminho para evitar uma curva que contorna os fundos do mesmo. Agora, tínhamos as Águas do Ribeirão, e sua astuta correnteza, nos cercando. Pelo telefone, a comunidade continuava com seu grito de socorro. Á medida que a noite avançava, o desespero aumentava, refletido nos ininterruptos chamados ao telefone 190. A cada telefonema, uma história de horror e desgraça nos alcançava. Pelo rádio, o que os policiais militares, homens e mulheres reportavam não era menos estarrecedor. Desmoronamentos, alagamentos, chuva torrencial e o rio, que fazia valer a sua qualificação de “Açu”, que em Guarani significa “grande”. O Itajaí-Açu alargava suas margens e engolia a cidade, engolia o Vale. O COPOM se viu envolto em um medonho frenesi. Dividíamos o espaço com os funcionários do SAMU, para alguns deles, a primeira experiência em catástrofes. Rapidamente a situação na cidade se deteriorou e o caos se instalou. Os deslizamentos não paravam. Morte e destruição em cada telefonema. Patrimônios, sonhos e vidas eram levados pelas avalanches de terra. Não demorou muito para que nossas viaturas se vissem sitiadas, suas rotas estavam bloqueadas, idem para as viaturas do SAMU. O socorro não circulava mais. Não chegava e quando chegava não saia. Estávamos vivendo algo inédito. Nunca antes tínhamos enfrentado situação parecida. Era uma guerra contra um inimigo astucioso, mas covarde. Batalhas eclodiam em todos os cantos da cidade na forma de deslizamentos, que produziam baixas e mais baixas entre os moradores. A luta era inglória. O número de vítimas ganhava corpo de forma assustadora. Começamos a receber toda a carga da fúria da natureza. A cidade era atacada por todos os lados. Uma força descomunal a estava devorando, literalmente. Já não eram mais sinais, era todo o furor em seu esplendor máximo; a cidade estava com as suas entranhas expostas. Entranhas famintas, que afloravam para o banquete diabólico. A terra dos morros se liquefazia e descia a encosta levando anos de trabalho duro, de sonhos, de projetos, de patrimônio duramente conquistado, de vidas, vidas e mais vidas. Entre as solicitações de ajuda, uma veio da Rua José Reuter, no Ristow, dando conta de que cerca de quinze casas haviam desmoronado como que um efeito dominó, em que as pedras do jogo são casas, são vidas. Será que aquela mãe com seu bebê de 18dias foram atingidos? Passados dez dias daquela noite, Patrocinador Oficial ainda não sei. Falta-me coragem para retornar e saber daquelas pessoas. Acho que prefiro não saber. Uma contabilização macabra foi desenvolvida no COPOM. Tentávamos imaginar a quantidade de mortos, com base nas súplicas, nos pedidos desesperados por socorro que nos chegavam. Isso na Polícia Militar; e no Corpo de Bombeiros ? Nem dava para imaginar. Já havíamos perdido a energia elétrica e usávamos o sistema de suporte para emergências, um conjunto de baterias administradas por um software. Aos poucos este sistema foi falhando. Os computadores apagaram. Fazia horas que estávamos á luz de velas. Apenas o rádio e o telefone 190 funcionavam. Não tínhamos mais como fazer os registros. O sistema rádio, que é ligado aos computadores foi perdido junto com eles: conseguíamos operar apenas através de um rádio tipo HT (aqueles rádios que os policiais usam na cintura). Todo o sistema de segurança da cidade, ligado à manutenção da ordem pública, dependia de uma mísera bateria de HT, e quando ela acabasse... Em meio ao caos que assolava a cidade e se refletia em cada policial ilhado naquela sala, um soldado se aproxima de mim e com os olhos arregalados diz: “Major estão morrendo lá fora e não podemos fazer nada!” Simplesmente assenti com a cabeça. No pátio do quartel, aquela lâmina de água agora já tinha mais de um metro de espessura e era varrida por uma forte correnteza. Pensei comigo: se este prédio resistir e não desabar, podemos dizer que temos sorte. Passados alguns instantes, perdemos o telefone 190. Todo o sistema caiu, e a bateria do HT resistia bravamente. Aos poucos, fomos percebendo o silêncio e como que um alívio tomou conta do ambiente. As más notícias não paravam de chegar, só que agora em menor número, apenas pela comunicação com as viaturas. Fomos informados de que o Gasoduto explodira em Gaspar. Qual o tamanho da destruição? Havia mortos? Quantos ? Apenas especulações. Aquela noite de terror estava longe de terminar. Pela janela do COPOM podíamos enxergar por detrás dos morros a claridade do incêndio do gasoduto. Diante de nós, umas paisagem diabólica ganhou forma. A claridade do incêndio era como que um ôr do sol ou uma lua cheia a iluminar a morte e a destruição que se abatia sobre a cidade, que alagada desmoronava sob o seu próprio peso. Terra, água e fogo estavam juntos, unidos contra os habitantes do Vale do Itajaí. Desta forma, a primeira noite foi vencida e chegou o dia. O primeiro de uma seqüência de dias macabros. Dias que mostraram toda a nossa impotência e incompetência diante da fúria grotesca da natureza, que, sem pedir licença, foi devorando o que encontrava pela frente. Dias que mostraram, também, como a nossa arrogância pode potencializar as forças da natureza quando esta simplesmente resolve seguir o seu curso normal. Mas, ainda não tínhamos conhecido o verdadeiro drama, o tamanho da tragédia. Era só o começo ! Paulo Roberto Bomhofen Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 09 Aquecimento Global Desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para tragédia em Santa Catarina. O desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para a tragédia causada pelas chuvas em Santa Catarina. É o que avalia o professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Lino Bragança Peres. “As árvores foram substituídas por casas e vegetação rasteira, o que contribuiu para a erosão. Esses deslizamentos aconteceriam mais cedo ou mais tarde, as fortes chuvas desses dois meses aceleraram o processo”, explica. A floresta cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de quilômetros quadrados, em 17 estados brasileiros, incluíndo Santa Catarina. O bioma ocupava cerca de 15% do território nacional. Atualmente , apenas 7% desse total permanece intacto. O desmatamento da Mata Atlântica está diretamente ligado à expansão das cidades brasileiras. E, na opinião do professor, a ocupação desordenada dos municípios pode ser outro fator para a catástrofe no Vale do Itajaí. “Choveu muito acima da média, mas isso é apenas parte do problema. O modelo de ocupação irregu- Relatos de dor “Santa Catarina” - a lar das cidades do Vale do Itajaí contribuiu para que isso acontecesse. E tudo com a conivência do poder público”, explica o professor. Segundo Peres, as primeiras residências na região surgiram durante o século XIX, época da imigração de europeus para o Brasil, próximas aos rios. No século XX, as pessoas passaram a ocupar os morros e as encostas. “O Planejamento Municipal começou muito tarde, no Brasil, na década de 1970, quando as cidades já haviam crescido”, conta. A solução, na avaliação do urbanista, é o governo realocar a população dos morros e encostas para outros locais mais seguros. “O problema é que boa parte das áreas adequadas já foram ocupadas”, ressalta. explosão Juliano foi resgatado na tarde de Segunda-Feira, por um helicóptero do Exército Brasileiro. Tinha escoriações nas pernas, nos braços e nas costas. Até ao fim de semana , o Morro do Baú continuava isolado do resto da cidade. Considerado um ponto turístico, a Região no entorno do morro era dividida em três comunidades: Braço do Baú, Alto baú e Alto Braço do Baú. A casa de Juliano foi uma das primeiras atingidas. “Depois da primeira explosão, a terra tremeu. Fez um clarão no Céu e a noite virou dia. Não deu um minuto e a primeira avalanche de lama veio”, diz Marcos Rincos, de 29 anos, vizinho de Juliano. Ilhota contava os primeiros mortos quando descobriu que as explosões descritas pelos moradores ocorreram num gasoduto que passa atrás do morro. Suspeita-se que deslizamentos de terras provocadas pela chuva tenham arrebentado a tubulação do gasoduto e que as explosões de gás tenham provocado e agravado os desmoronamentos, nessa noite de 22 para 23 de novembro de 2008. Enquanto isso... BOVESPA exclui PETROBRÁS do Índice de Empresas Sustentáveis. sabilidade Social , excluiu a Petrobrás neste ano. ONGs, entre elas o Greenpeace, e secretarias estaduais do Mio Ambiente encaminharam em Outubro uma carta ao Presidente do Conselho Deliberativo do ISE pedindo que a Petrobrás fosse excluída da carteira “Essa decisão mostra que não basta que as Empresas sejam viáveis economicamente, elas precisam de uma licença junto à sociedade para operar com responsabilidade sócio ambiental”, diz Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace. A Lista de Empresas que integram o “Índice de Sustentabilidade Empresarial” (ISE), indicador da BM&Bovespa formado por ações de companhias que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e respon- Fonte: Ambiente Brasil Empresa Energia Água Luz www.plantabrasil.brazi.us Uma pergunta que não quer calar. Por que tão poucas referências à explosão do gasoduto da Petrobrás, lá em Gaspar, Blumenau, Santa Catarina? Segundo relatos de alguns moradores e outras tantas testemunhas; “mais parecia uma bomba de alto impacto ou um terremoto, fazendo estremecer a terra”. Este fato foi reportado justamente na região onde se deu a maior destruição por deslizamentos de terra, e onde ocorreram o maior número de óbitos por soterramento. “Eu tinha a minha filha nos braços. De repente, quando tentei me apoiar num galho de árvore, ela desapareceu”, diz Juliano Schwamach, de 28 anos. Morador do Morro do Baú, um conjunto de comunidades rurais a 20 km do centro da cidade de Ilhota, ele é o retrato da tragédia que devastou Santa Catarina. Perdeu tudo: família, casa, carro, trabalho, documentos. Chovia forte havia dois dias. Faltava energia elétrica. Juliano e Marinéia, de 23 anos, tinham acabado de se deitar. Era domingo, 23 de novembro de 2008. Passava das 21:00 horas, Larissa, de 11 meses, dormia com o casal. Um estrondo, parecido com o ronco forte de um trovão, assustou toda a família. Juliano, Marinéia e Larissa foram lançados repentinamente para fora da casa numa espécie de vácuo. O imóvel de alvenaria, de 110 metros quadrados, desmoronou. Uma avalanche de pedras e pedaços de árvores carregou os três para dentro de um córrego a cerca de 20 metros dali. Uma seqüência de explosões clareou o céu. Presa pela terra até á cintura, Marinéia gritava por socorro. “Me puxa, me puxa”. Foi a última vez que Juliano viu a mulher. Agarrado á filha e quase submerso na lama, ele tentava se equilibrar quando veio uma enxurrada e cobriu tudo de água. “Foi muito rápido, uns dois ou três minutos. Eu consegui segurar a Larissa até fazer assim ó “Juliano tomba o tronco para a esquerda com o braço flexionado, como se estivesse carregando a menina. Desvia o olhar. Emudece. Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 10 A NATUREZA começa a mostrar sua saturação. A natureza começa a mostrar seu estado de saturação A maioria das cidades brasileiras, se formaram em beira de rios e córregos, desordenadamente e sem qualquer plano urbanístico. No Cone Leste Paulista, não houve exceção. Margens de rios, córregos e riachos foram sendo ocupadas, morros e encostas sendo desmatados e ocupados, rios assoreados de uma forma desenfreada e cruel. A natureza foi tratada como algo imensurável que para os humanos tudo absorvia e acatava sem reclamar. Essa mesma natureza, tudo foi suportando e por séculos se manteve numa luta calma e silenciosa para reproduzir o que lhe ia sendo quitado. Hoje está saturada, não agüenta mais repor o que lhe é tirado. No Sul e no Sudeste do Brasil, ela está nos mandando um recado bem preciso de que algo não pode continuar. Mostra suas garras, sua revolta, começa a mostrar sua saturação. Só não vê ou entende quem não quer ver ou entender. Quem busca interesses pessoais, políticos e de realização pessoal, sem se importar com o coletivo. As mudanças climáticas já podem ser sentidas em todo país, Estados com tendência á desertificação, regiões agrícolas que tendem a se mudar, inundações, desmoronamentos, excesso de chuvas localizadas se contrapondo a secas prolongadas. Milhares de pessoas desalojadas de suas residências, de suas propriedades, especialmente a faixa da população mais carente, centenas de mortes, famílias desmembradas. Não bastasse tudo isso iremos assistir aos rescaldo da tragédia, com doenças como leptospirose, raiva, tétano e febres novas e antigas, entupindo um Sistema Nacional de Saúde incompetente e mal aparelhado para socorrer a população. O Vale do Paraíba, não está fora deste contexto. Esta manchete não é Qualidade do nova, esta man- ar em São José chete é de final do dos Campos, ano de 2001. aumenta risco Vamos rever: Indústrias e car- de doenças coros transforma- mo enfisema, ram São José dos Campos em uma asma e das cidades mais bronquite poluídas do Estado de São Paulo. O município, que chegou a ser centro de tratamento para tuberculose e doenças respiratórias nos anos 30 e 40, hoje só perde em níveis de poluição para Cubatão, no Litoral Sul do Estado e a megametropole São Paulo. Ozônio, material particulado (carbono combinado com outras substâncias tóxicas, como o chumbo), dióxido de enxofre e monóxido de carbono são os principais poluentes, segundo o então gerente da divisão de qualidade do ar da CETESB, Jesuino Romano, de São Paulo. Os poluentes podem causar desde irritação nos olhos e garganta até crises de asma e, com o passar dos anos, doenças pulmonares crônicas (enfisema e bronquite crônica) e câncer. O pneumologista Hélio Speranza Camerano Júnior, de São José dos Campos, afirma que o número de veículos que passa pela cidade, especialmente pela Via Dutra, é o principal responsável pela piora na qualidade do ar no município. “O monóxido de carbono emitido pelos veículos fica pouco tempo no ar, mas sua emissão é constante, por isso os carros são mais poluentes do que as indústrias, que nos dias de hoje, em sua grande maioria possuem filtros “, diz o médico. Ozônio nocivo O Ozônio, proteção natural da terra, pode se tornar nocivo para o ser humano. A camada de ozônio é uma proteção contra os raios ultravioletas emitidos pelo sol. A substância porém é nociva à saúde quando está próxima ao solo e em altas concentrações. Segundo o pneumologista Hélio Speranza, o ozô- nio causa irritação nas vias respiratórias, e pode desencadear crises de asma. A exposição permanente a esse gás causa envelhecimento precoce e reduz a resistência contra infecções respiratórias. O ozônio não é emitido diretamente para a atmosfera. A substância é formada a partir de reações químicas que ocorrem na presença da luz solar, entre poluentes emitidos por indústria e pelos veículos automotivos. No ano 2000 o gás estava presente em São José dos Campos, numa concentração média de 143 microgramas por metro cúbico/dia. Na metade do ano de 2001, mais precisamente em julho, a média diária foi de 160 microgramas por metro cúbico. Um aumento significativo em apenas seis meses, de 11,9 %. Qualidade de vida O clima de São José dos Campos nos anos 30e 40 era considerado ideal para o tratamento da tuberculose. Segundo o pneumologista Helio Speranza, de São José dos Campos, acreditava-se que o ar puro pudesse ajudar a curar a doença. Hoje esta doença tem cura e seu tratamento é de seis meses á base de antibióticos. Segundo alguns moradores antigos de São José dos Campos, como o filho do advogado e jornalista Altino Bondesan, cujo pai chegou em São José dos Campos, para se tratar da tuberculose no ano de 1935 e nunca mais saiu da cidade, Amilcar Bondesan afirma que a qualidade o ar está “menos estável”. Este não é o clima dos anos 40 ou 50. A qualidade de vida caiu muito e não somente em São José dos Campos mas, na grande maioria das cidades industrializadas do Eixo Rio-São Paulo. A qualidade do ar de são José dos Campos está muito abaixo da recomendada pelo Organização Mundial de Saúde. Substâncias tóxicas, como chumbo e metais pesados, liberados no ar de São José dos Campos estão muito acima do permitido. Também é agravante o desmatamento e a falta de conservação das Matas remanescentes, Atlântica, de encosta e de planalto. A falta de preocupação com nossas nascentes, rios e riachos também está contribuindo para a degradação ambiental. Esta na hora de revertermos a situação. Não temos mais tempo. www.viadanova.brazi.us Desrespeito á natureza, falta de respeito com um povo que está absolutamente relegado a segundo plano na categoria de cidadãos, pela prefeitura de São José dos Campos. Mato Lixo, entulho, desmoronamentos provocados pela erosão, em virtude da falta de manutenção das ruas, nascentes e córregos, na Zona Leste. Nesta última foto u lago que antes era piscatório, formado por duas nascentes e um riacho, hoje absolutamente euforizado e abandonado, onde prolifera matéria orgânica podre e mosquitos. A cidade tecnologia do Vale não sabe cuidar de seus mananciais. Limpeza profissional Ecológica Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 11 O Misticismo das pedras CRISOPÁSIO Esta pedra estimula a sexualidade e portanto a procriação. É a pedra dos órgãos sexuais e da cura de doenças venéreas. Também ajuda na sensualidade e na falta de interesse pelo sexo oposto. Aumenta a fertilidade em ambos os sexos. Pedra considerada boa também para problemas na visão e para o tratamento da miopia e depressão, aumentando a compreensão dos problemas pessoais e a serenidade mental. Pode ser usada no chakra básico. cas. Aumenta o psiquismo e a faculdade da clarividência. Uma ótima pedra, usada para a cura de diversos males. Esta pedra é usada também para alinhar o corpo etéreo, astral e emocional. Equilibra as emoções fortes. Pode ser usada no chakra cardíaco. as perturbações sanguíneas e no campo psíquico melhora a auto-estima. Aumenta o magnetismo pessoal, o otimismo e incentiva a coragem e a vontade. Pode ser usada no chakra esplêndido. FLUORITA INDICOLITA AZUL Pedra associada aos ossos e dentes, previne cáries Ativa a garganta, dentárias, sintoniza revigora os pula mente com o esmões, laringe e tiróipírito, facilita o contato com seres sude. Pedra muito usaperiores. Ela permite manter o espaço da para aliviar o estresse e ativar o meditativo e concentrado nas ativida- sono tranqüilo. Pode ser usada no des físicas. Pode ser usada no trata- chakra laríngeo. mento de doenças mentais e problemas cerebrais. Aumenta a concentraINDICOLITA CRISTAL ção e a inteligência. Possui qualidades VERDE cura semelhantes às da pedra AmeQUARTZO de tista, ajuda no controle mental e o esA indicolita verde Estes cristais são pertar espiritual. Pode ser usada no equilibra todos os chakra frontal. usados como um níveis etéreos. Acalma o cérebro, amplificador pomente e sistema nervoso. Esfregando deroso, usado pelos índios da América do GRANADA a pedra no corpo, elimina o estresse. Norte, especificamente os Shamans que conheciam muito bem suas propriedades. Pode ser usada no chakra cardíaco. Pedra encontrada São usados como proteção de todos os em muitas cores, tipos de radiação; extremamente eficientes JADE exceto nas tonalidaem radiodifusão e armazenamento de fordes do azul. Revigomas de pensamento e dados. Esta pedra tem a ra o sistema sanguíneo e o coração. faculdade de auDIAMANTE Estimula a imaginação, clarividência, mentar a concentraorgulho, sucesso, autoconfiança, forção e o poder de ça e vitória. Pedra ligada ao coração e Pode ser usado em decisão; atrai a fortodos os Chakras, sexualidade. Pode ser usada nos chaça. Alivia problemas imunológicos, dependendo da cor. kras básico e cardíaco. Possui grande poder gera o amor divino. Atrai força. Abre de cura e é a mais caminho para vidas passadas, especiHELIOTRÓPIO neutra de todas as almente as vidas no Oriente. O Jade gemas. Extremamente poderosa para re(jaspe de sangue) serve como um lembrete da integridamover bloqueios, negatividades e disfunpara pessoas com de da mente e da alma. Pode ser usações sexuais. Elimina as substâncias tóxifraqueza física. da no chakra do coração. cas do corpo. Fortalece funções cerebrais, ajuda o alinhamento dos ossos do crânio. Também indicada Quebra bloqueios no chakra coronário, e para problemas de JASPE na personalidade. É um grande curador, bexiga, intestinos e circulação afasta as negatividades, purifica e limpa (revigora e oxigena a corrente sanguíOutra variante do sexualmente. Aumenta a força física e á nea), estômago e abdômen. Atrai diquartzo, com grancoragem. O diamante intensifica a energia nheiro e prosperidade. de poder de cura. É de outras pedras, promove a clareza do Possui poderosas qualidades curatiencontrada em vápensamento. rias cores. Alivia a Pode ser usado em todos os chakras, só vas, quando usada por um grande cuou em companhia de outras pedras para randeiro. Estimula o movimento da dor, principalmente intensificá-las. Kundalini. Pode ser usada no chakra durante o parto. Auxilia os primeiros Esplêndido. meses da gravidez, geral altruísmo, emite força vital e é recomendada para HEMATITA doenças debilitadoras (bexiga, olfato, Hematita é uma pedra fígado, rins, vesícula e epilepsia). Cria que forte poder de uma conexão forte com a terra; É bom cura e proteção. Tem ter em casa. Acalma a tristeza, desentambém ótima influ- volve uma grande sensibilidade e proSeu nome significa “Pedra Verde”. Seu ência na depuração move o entendimento entre os seres. verde é único. Trabalha o chakra cardíaco do sangue e na purifi- Equilibra, cura o campo áureo e alinha e os corpos elétrico, astral e emocional. É cação dos órgãos. Exerce um forte a intuição. Pode ser usada no chakra indicada para o equilíbrio mental, emocional e espiritual. Ajuda na meditação, e ele- efeito sobre o sangue. Elimina todas coração. va a consciência e as habilidades psíqui- www.melhoridade.brazi.us Loja de Presentes Ourivesarias Loja de Artesanatos (Produtos para) Bijuterias e folheados JANEIRO 2009 Gazeta Valeparaibana Página 12 Escola, família e sociedade A relação entre família e escola nos países da OCDE está a mudar o seu rumo. Ambas se encontram intimamente envolvidas na educação das crianças, mas os aspectos pelos quais são responsáveis e o modo como essa responsabilidade é delineada, varia com os tempos e as culturas, de acordo com o cenário econômico e político. Três fatores combinam-se para tornar mais amplamente reconhecidos os papéis da família, a escola e a comunidade na educação. A educação formal está a tornar-se mais importante do que nunca; os seus métodos são mais diversificados e os seus propósitos mais complexos; e a idéia de que, no futuro, a maior parte das pessoas terá de aprender continuamente ao longo da vida é cada vez mais reconhecida. O envolvimento dos pais na educação dos filhos está agora associada à maior apreensão de conhecimentos. Essa percepção complementa outras tendências: um movimento geral direcionado para a descentralização e autonomia local, com muitos governos a quererem, atualmente, 'tornar as escolas públicas mais em conta para os seus clientes', e mais pais a exercerem pressão sobre os políticos para uma maior variedade de escolha no ensino. Em muito países os pais vêm o seu envolvimento na escola como um direito democrático; em alguns, como a França, a Alemanha e a Dinamarca, é mesmo uma norma existente há décadas. E o conceito de contabilidade aplicado às escolas - tornando mais pública as questões financeiras e os sucessos e falhas das escolas individualmente consideradas - foi acolhida com mais ou menos entusiasmo no Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. O objetivo desta viragem política é fazer com que a escola dê uma resposta mais cabal às exigências e desejos dos pais e dos contribuintes. Os governos têm uma série de motivos para encorajar a participação dos pais. Há efeitos de eficiência. Na perspectiva da escolha do consumidor, os pais, enquanto consumidores, deveriam poder escolher a escola e a forma como funcionam. Assume-se, por isso, que se os pais pensarem enquanto consumidores terão uma idéia mais concreta sobre o que pretendem e serão mais críticos quanto ao que lhes é oferecido - levando as escolas a responder mais efici- Filhos x Avós Ficar na casa dos avós geralmente é sinônimo de diversão. É comer pipoca e bolo de chocolate, brincar de luta no tapete da sala, ter a comida preferida na hora da refeição e ouvir muitas histórias. Mas não é apenas nas brincadeiras e na fuga da rotina que o papel deles é desempenhado; os avós podem ser conselheiros, educadores e um conforto em momentos difíceis. A importância deles no desenvolvimento das crianças foi atestada em uma nova pesquisa da Universidade entemente às suas pretensões. Os governos sabem também que o envolvimento dos pais pode constituir como que uma alavanca para elevar parâmetros. Estudos de grande escala levados a cabo na Austrália, Reino Unido e Estados Unidos mostram que as escolas onde os alunos são bem sucedidos (tanto em termos de sucesso acadêmico como de atitudes positivas face à aprendizagem) são caracterizadas por boas relações casa-escola. Este envolvimento pode igualmente atenuar desvantagens e melhorar a equidade, sabendo- se que a prestação de uma criança pode ser melhorada mostrando aos pais como apoiá-la mais eficazmente em casa uma consideração particularmente importante quando existem diferenças culturais entre os valores do sistema educativo e os da família. Em países como o Canadá, Inglaterra, País de Gales, França e Estados Unidos, as decisões políticos estão a procurar soluções ou ajuda das escolas para questões como o abuso de drogas e álcool no meio juvenil, promiscuidade sexual e gravidez de adolescentes, abuso de menores, violência e bandos juvenis. Existem igualmente considerações de ordem financeira. Não só os pais poderão ajudar a captar fundos extra para a escola, como poderão ser um meio econômico de mobilizar recursos, auxiliando em visitas escolares, ajudando em atividades desportivas ou assistindo os professores na sala. Papelaria Loja Informática Palavras de sabedoria de Oxford, na Grã-Bretanha, com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica - e necessária. De acordo com o estudo, quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na GrãBretanha. Em entrevista a BBC Bra- Quanto sil, Eirini Flouri, do mais o Instituto de Educação de Londres, tempo disse que, em épo- passa mais cas de separação para frente dos pais, muitos avós desempe- eles se nham um papel im- acham. portante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda a família. A pesquisa também levantou que os avós foram muito importantes no momento de superar dificuldades como a implicância de colegas da escola e no planejamento do futuro, como a escolha da faculdade. respeite-o. Isso é tudo, Ame !!! A inteligência sem amor, faz-te perverso. A justiça sem amor, faz-te implacável. A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita. O êxito sem amor, faz-te arrogante. A riqueza sem amor, faz-te avaro. A docilidade sem amor, faz-te servil. A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso. A beleza sem amor, faz-te ridículo. A autoridade sem amor, faz-te tirano. O trabalho sem amor, faz-te escravo. A simplicidade sem amor, deprecia-te. A oração sem amor, faz-te introvertido. A Lei sem amor, escraviza-te. A política sem amor, deixa-te egoísta. A fé sem amor, deixa-te fanático. A cruz sem amor converte-se em tortura. A vida sem amor...não tem sentido. Um sábio recebeu a visita de um homem que dia já não amar a sua esposa, e que pensava em separar-se. O sábio ouviu-o. Olhou-o nos olhos, disse apenas uma palavra, e calou-se: Ame-a Mas eu já disse: Não sinto nada por ela ! Ame-a, disse novamente o sábio. E percebendo o desconforto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio explicou: Autor: Padre Jonas Abib Amar é uma decisão, não um sentimento; A mar é um verbo e o fruto dessa ação é o amar. O amor é um exercício de jardinagem; arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Cursos ou Palestras Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas, Mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, www.conelestepaulista.brazi.us Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 A Confissão de João Ramalho São Paulo de Piratininga Saiba Vossa Reverendíssima que, apesar da má vontade do Padre Manoel da Nóbrega, em 1554 ajudo-o a fundar São Paulo de Piratininga, povoação que Tomé de Sousa mandara levantar. Sempre esta minha mania de nadar por entre duas águas, conciliação... Santo André e São Paulo, duas povoações tão próximas uma da outra, mas porquê? Um capitão, que é meu amigo, pois muito lhe facilitei a vida junto aos tupiniquins, comete inconfidência e mostra-me o Regimento de D. João III para Tomé de Sousa. As instruções são claras: “Será grande inconveniente os gentios que se tornarem cristãos, morarem na povoação dos outros e andarem misturados com eles; e será muito serviço de Deus e meu apartarem-nos da sua conversação. Encomendo-vos e mando que, os que forem cristãos, morem juntos, perto das povoações das ditas capitanias, para que conversem com os cristãos e não com os gentios, e possam ser doutrinados e ensinados nas coisas da Santa Fé; e aos meninos, porque neles imprimiram melhor a doutrina, trabalhareis por dar ordem como se façam cristãos e que sejam ensinados e tirados da conversação dos gentios.” Tomé de Sousa não pensava povoar o planalto, São Paulo, com o seu Colégio e com o seu Padre Anchieta que tão bem aprendeu a falar tupi que até nessa língua fez hinos e poemas, era apenas um aldeamento para a evangelização dos índios. Já Mem de Sá, terceiro Governador-Geral do Brasil, é um pau de dois bicos. Começa por proibir escravizar os índios. Mas, ao mesmo tempo, manda desimpedir as veredas de Paranapiacaba e, em 1560 extingue a Santo André dos meus guerreiros Tupiniquins (e de escassos peões portugueses) e promove São Paulo a vila. É um nebuloso convite aos aventureiros, porém convite; su- Página 13 (Continuação) bam ao planalto a caçar índios ! E eles começam a subir, ó se começam... E são perigosos, devastadores, pois os portugueses facilmente se adaptam a tudo: se não há farinha de trigo pois coma-se a de mandioca, se não há uvas pois comam-se jabuticabas, se não há bagaço de vinho pois beba-se aguardente de milho, se não há colchões, pois durma-se em rede, se não há raparigas pois namorem-se as índias ! Desleixados, sem planos prévios levam tudo a eito, dispostos apenas ao trabalho de pôr os outros a trabalhar para eles, sequiosos que estão de honrarias e riquezas... Atormentado, rolado entre duas águas, com os meus Tupiniquins abandono a extinta vila de Santo André e retiro-me para o sertão. Confederação dos Tamoios Tantas atrocidades são cometidas que bastam apenas dois anos para unir todas as tribos dos Tamoios (Tupinambás), desde Bertioga (SP) a Cabo Frio (RJ), e até mesmo ao Vale do Paraíba... E eis uma nação de índios congregada para arrasar São Paulo de Piratininga, com todos os seus moradores, homens de armas, padres, artesãos, mercadores e senhores do engenho, o povo todo... Em desespero de causa o Padre Manuel da Nóbrega manda-me pedido de socorro. Atendo, é a pecha do costume, as duas águas... Com Tibiriçá, o meu sogro, em dois dias reúne milhares de homens. Em 1562 há lutas, escaramuças, guerras e morticínios, mas os Tamoios (Tupinambás) não conseguem entrar em São Paulo. Sou eu quem comanda toda a defesa. Assim o querem os portugueses, assim o faço. Depois os Padres Manuel da Nóbrega e Anchieta vão à Iperoig a parlamentar com os Tamoios. Dão razão às suas queixas e prometem-lhes que os brancos não mais irão prear índios porque eles, Padres, são contra a escravização. Os Tamoios acreditam que assim vai ser. Em 1563, em Iperoig, os Padres e os Tamoios (Tupinambás) fa- zem a paz. Coitados dos Índios... Meditação Em 1564 oferecem-me o cargo de vereador de São Paulo. Recuso e, com os meus homens, retiro-me para o Vale do Paraíba. Por lá fiquei até hoje, já lá vão 16 anos. Tive muito tempo para meditar sobre as duas águas em que andei e ando sempre a rolar. Padre: o índio segue natureza, o português luta contra ela. Quando, por causa das queimadas, se esgotam as suas terras, o índio abandona-as, procura e desbrava outras e tantas há que parecem não ter fim... Constrói uma nova Taba ou Aldeamento, reconhece o novo território de caça. Para apanhar pacas, capivaras, tamanduás, quatis e outros bichos, coloca as armadilhas nos trilhos novos. Nos rios que descobriu observa a que pegões vão os lambaris e outros peixes em cada época do ano. O índio está sempre a mudar de lugar, para ele não tem sentido a casa de pedra e cal. Também não tem sentido a acumulação de víveres, pois o calor apodrece-os. Conhecendo a natureza como conhece, em cada momento, vai retirando dela o que precisa. Já a ambição do português, habituado à penúria dos seus Invernos Europeus, é acumular, de tudo, o mais que possa, em tempo curto; cereais e frutas secas, conservas em azeite, ou fumeiros, ou salgadeiras de carnes e peixes. Nem os índios conseguem entender os portugueses (aos quais chamam de loucos), nem os portugueses conseguem entender os índios (a quem chamam de selvagens). Padre olvidei estas diferenças, quis conciliar ou inconciliável e o resultado é o que se vê. Reparai agora que todas as tribos que falam tupi, que ocupam a faixa litorânea desde o norte do Brasil até ao Rio da Prata, por causa dos casamentos cruzados e alargados, são todas elas aparentadas. Só mais para o interior é que vivem e reinam as outras tribos ou nações tapuias, que são dezenas, se acaso centenas não forem elas. Até parece que Deus Nosso Senhor, ao espalhar os tupis pela costa do Brasil, quis preparar a entrada dos portugueses, pois a estes bastou-lhes aprender apenas mais uma língua, para se fazerem entender de norte a sul em tamanho território. Vossa Reverendíssima não torça o nariz porque, embora os portugueses sejam os novos donos do Brasil, aqui a língua portuguesa é como o latim, na no Reino; só poucos o falam... Aqui a www.redefonetelemensagens.com língua-geral é o tupi, embora corrompido pela língua portuguesa, porém tupi ainda. E até a língua portuguesa que algumas criancinhas aprendem no Colégio (não nas ocas ou malocas) vai sendo corrompida pelo tupi. Vossa Reverendíssima, em Coimbra, falava um português impecável. Aqui já vai dizendo urubu em vez de abutre, mirim em vez de pequeno, saúva em vez de formiga, capim em vez de forragem, jabuti em vez de cágado, arapuca em vez de armadilha, catapora em vez de bexigas, jararaca em vez de cobra, e tantas mais... E eu pergunto-me se as facilidades que os povos de língua tupi deram aos portugueses, estão a ser devidamente retribuídas pela forma como estes tratam aqueles. Não, Padre, não estou apenas a falar de sujeição física, mas também daquela outra que promoveis com a evangelização dos índios, esse vosso trabalho de sapa das suas antigas crenças e tradições, afinal fazendo suas referências para a vida ter sentido e apetecer. Estou a falar dos muitos milhares de índios que, em conseqüência, vão perdendo a vontade de viver e de resistir à opressão dos brancos. Bem sei que anjos, não homens, é o que vós, jesuítas, pretendeis fabricar nos vossos aldeamentos. Mas vejo que não haveis conseguido nem uma coisa nem outra, apenas mortos-vivos. Padre: estou velho e prestes a apagarme. Português nasci e só ambiciono, n hora da morte, ouvir falar a minha língua natal. Só por isso tornei a esta Vila de São Paulo e Piratininga, é ainda esta minha pecha de duas águas... Padre: se tudo o que digo vos parece blasfêmia, pois relevai as patetices de um velho senil que a vós chega amparado pelos seus caribocas, e trata de encomendar-me a alma a Nosso Senhor, Deus dos brancos, que um pajé, antes de meu retorno, já a encomendou a Tupã, Deus dos Índios. FINAL “O TEXTO CONFISSÃO é um texto literário/fictício, que pode ter sido feito para compor alguma peça teatral. No entanto, contém fatos reais da história do Brasil. Fonte: vidaslusofonas.pt. Livraria ou Banca de Jornal Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Projeto Educar “Uma janela para o mundo” O Projeto “Educar - Uma Janela para o Mundo” nasceu junto com a idéia “Gazeta Valeparaibana”. Um jornal destinado a vivenciar a cultura, história, tradições, princípios da preservação ambiental, e dirigido ás cinco Regiões que compõem o Cone Leste Paulista. Também sua linha de conduto é na inserção de matérias 100% educativas, na preservação de valores e de uma sociedade ética, responsável e sobre tudo consciente das suas obrigações cívicas, na preservação de seus patrimônios culturais e artísticos, valorização das tradições locais e de sua história. O Projeto “Educar - Uma Janela para o Mundo” visualiza o momento em que se discutem as várias alternativas de preservação ambiental, reconstrução social e educacional de nossos jovens e não só, como também, da sociedade como um todo. Para isso quer absorver no seu conteúdo as opiniões de toda a sociedade civil, incluindo-se as Diretorias de Ensino, Oficinas Pedagógicas, Escolas, Professores, APMs, Secretaria da Educação e Secretarias Regionais do Meio Ambiente, entre outros Órgãos e Fundações, na motivação de atividades e ações que levem os alunos a repensar, assimilar, avaliar e visualizar oportunidades para seu futuro, nos temas inseridos no contexto “Gazeta Valeparaibana”. A intenção é fazer com que, através de uma saudável competição, os alunos sejam levados a pesquisar e a interagir nos temas e necessidades de cada cidade ou região, colocando-os no papel e submetendo-os a uma competição saudável e aberta. A finalidade é a sustentabilidade local e a busca de oportunidades sejam elas de cunho turístico regional, ou local, tais como Hotéis Fazenda, Sítios Históricos, Trilhas Ecológicas, ou até mesmo comércio em geral, levando a uma maior visualização de oportunidades em suas cidades ou Regiões, para o desenvolvimento de seu futuro profissional. Ao definirmos as metas e orientações para este Projeto Educacional, fazemos questão de frisar que todas as questões sempre estarão abertas e receptivas a críticas e sugestões, dado que o queremos um espa- Projeto Planta Brasil O recente relatório Roots of Resilience: Growing the wealth of the poor, do World Resources Institute (WRI), afirma que ¾ das pessoas consideradas pobres – os 2,6 bilhões que vivem com menos de U$2,00 por dia – dependem diretamente do meio ambiente para sua sobrevivência. Essa dependência direta expõe as camadas mais baixas da população mundial às mazelas da mudança climática e da destruição provocadas cotidianamente pela produção e o consumo sobre a natureza. Por Davi Cordeiro Moreira A grande discussão em relação às comunidades carentes do globo que está por trás deste relatório diz respeito ao debate da sustentabilidade econômica, pois ações culturais, ambientais e de desenvolvimento humano devem ter como foco a criação de al- Página 14 www.gazetavaleparaibana.com ço aberto, democrático e permanente, não estando nenhuma de suas etapas e, muito menos seus pontos de vista, fechados. A classificação dos objetivos a atingir com este Projeto Educacional têm como referências os pressupostos evidenciados por todas as normativas que regulamentam o “Sistema Educacional Nacional”, sustentando-se num conjunto de valores que se descrevem a seguir: Celulares 1 - Principio da não exclusão, entendido no sentido de não criar oportunidades diferentes e percursos diferenciados que conduzam a favorecimento de alguma parte, ferindo o processo educativo do projeto, dando liberdade de ação e oportunidade, igual a todos os participantes, respeitando seus estilos cognitivos e dificuldades de aprendizagem. 2 - Principio da Cidadania e da Participação Democrática, encarando cada indivíduo da comunidade escolar e educacional como um elemento ativo no processo e capaz de intervir de forma responsável, solidária e crítica, neste Projeto Educacional, para um bom termo dos objetivos que pretende atingir. Oftalmologistas Para maiores informações, visite o site: Www.gazetavaleparaibana.com www.plantabrasil.brazi.us dessa resposta é negar o conhecimento de que as práticas de produção e consumo que o capitalismo promove estão além de impactos locais. Projetos direcionados às comunidades carentes devem ao máximo primar pela redução da dependência e aumento da autonomia em todos os âmbitos: ambiental, econômico e, principalmente, de conhecimento. Devem-se mitigar os impactos que as sazonalidades ambientais possam ocasionar. Por isso, a importância do fomento da capacidade de geração de riqueza monetária, visando uma nãodependência direta ou obrigatória em relação a um comprador ou receptor de mercadorias. Para tanto, há a necessidade de criação de redes que integrem as comunidades e promovam trocas de saberes, experiências e competências que possibilitem a manutenção autônoma de sua existência. A Sustentabilidade representa um movimento contínuo à mudança social, o qual aguarda pacientemente que momentos de crise o fortaleçam até que seja plenamente Seria ideal pensar numa simples resposta difundido entre as relações que os hode não-intervenção nas comunidades, dei- mens estabelecem. xá-las em “paz”. Infelizmente, valer-se ternativas que promovam a autonomia de tais comunidades. Abordagens e projetos têm tanto que criar condições adequadas de sobrevivência e perpetuação das tradições como possibilitar alternativas de subsistência que estejam inseridas na lógica do capital. A conclusão acima está com certeza ligada a uma ideologia humanitária de manutenção da pobreza e redução das perversidades criadas pelo sistema. Entretanto, abordar somente desta perspectiva é reduzir os esforços historicamente construídos desde a década de 70. A mobilização, principalmente por parte da sociedade civil, para uma mudança nos modos de produção e de consumo não diz respeito a uma mera manutenção da miséria, pois está cotidianamente em choque com a concentração de renda e com a destruição do meio ambiente. A sustentabilidade, ao considerar a existência de uma relação direta entre a pobreza e a degradação ambiental, visa um patamar ótimo para a dinâmica das relações entre homens-homens e homens-natureza. www.redevalecomunicacoes.com Exames e laboratórios Auto-Escolas Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Curiosidades LAGARTIXA Uma lagartixa sem cauda não é algo que se possa ver regularmente. Mas, a maioria das pessoas já ouviu dizer que “se a lagartixa perde o rabo, ele cresce de novo”. Pois é, mas o que muita gente não sabe é que, a lagartixa pode perder a cauda, ou rabo, de propósito. “Fauna” dos humanos. Já para esticar os membros, as aranhas não têm musculatura. “Para realizar a extensão as aranhas bombeiam hemolinfa ( O “sangue” delas) para dentro das pernas”, diz Japyassú. O bombardeio é feito com a contração dos músculos que ligam a parte superior da carapaça que reveste a cabeça e o tórax à parte inferior da mesma. “Com a contração, aumentaria a pressão hidráulica interna à carapaça, e a hemolinfa migraria para as pernas, fazendo com que elas se estiquem”, explica. Ao morrer, a aranha poderia relaxar os músculos que ligam a parte superior à inferior da carapaça, diminuindo a pressão de hemolinfa para dentro das pernas, o que causaria a contração das mesmas. “Outra hipótese seria a de que elas, mortas, vão se desidratando, o que também diminuiria o volume de hemolinfa, resultando em pressão negativa dentro da carapaça. São hipóteses a serem testadas”, afirma o biólogo. A lagartixa assim como a maioria dos lagartos, têm a capacidade de soltar o rabo como mecanismo de defesa contra o ataque de seus predadores. A cauda cai e fica se mexendo por alguns segundos para chamar a atenção do predador. Enquanto isso, o animal tenta se salvar do perigo, escapando para algum refúgio em que não possa mais ser visto. Essa capacidade é chamada de autotomia e ocorre também com outros animais, Camaleões como insetos, crustáceos e répteis. Após algum tempo, a cauda passa por um Porque os processo de regeneração e cresce novacamaleões mente, mas, nunca mais ficará do tamanho original. O interior do membro não mudam de mais será composto por osso e terá um cor? outro tipo de tecido cartilaginoso. O animal, no caso, a a lagartixa, poderá se Répteis da ordem utilizar deste mecanismo de defesa, mas, dos lacertílios, a a cada vez que isto aconteça, na regenemesma dos lagarração, também cada vez ficará menor, a tos e lagartixas, os camaleões se alimensua cauda. tam basicamente de insetos. Na hora da caça, ele se movimenta lentamente para LAGARTIXA, melhor amiga do homem. não assustar sua presa, conta o professor Segundo alguns geólogos, apesar de ter de Biologia Sr. Daniel Pereira Rocha: “O uma aparência estranha, a lagartixa é jus- sucesso da captura depende de sua líntamente considerada por muitos leigos gua protáctil, que pode atingir quase um como um animal transmissor de doenças. metro na velocidade de um piscar de o“Essa espécie não transmite doença ne- lhos”, conta. Esta lentidão, porém, facilita nhuma e é uma lenda quando dizem que o ataque de seus predadores, motivo pelo ela passa cobreiro para as pessoas”. qual o camaleão imita a cor do ambiente Pelo contrário, afirmam os biólogos, a onde se encontra, processo conhecido lagartixa se torna uma grande amiga do como camuflagem. homem ao ser uma grande predadora dos Ser confundido com o ambiente é uma filhotes de barata e outros insetos que estratégia de defesa e de caça. Ao assurealmente podem transmitir doenças. mir as cores locais, onde se encontra, tais como folhagem, um galho ou tronco de árvore, o camaleão se camufla para capturar insetos e ao mesmo tempo não ser visto por seus predadores, como cobras Porque as ou aves de rapina. aranhas O Biólogo Daniel Rocha explica, que, o cérebro do animal interpreta as cores do encolhem as pernas quando ambiente, por meio da visão, e libera hormônios que atuarão nos cromatóforos da morrem? pele, as células que dão a cor ao animal, De acordo com o ocasionando as mudanças. O professor biólogo Hilton Japafirma ainda que a camuflagem ocorre yassú, pesquisainvoluntariamente, e que cada uma das dor do Instituto Butantã, a ciência ainda mais de 80 espécies de camaleões possui não tem uma resposta exata para o uma gama de pigmentos próprios, em “encolhimento de pernas pós-morte” das geral nos tons amarelos, marrons ou averaranhas. Mas a estrutura corporal desses melhados. animais oferece algumas pistas. Rocha acrescenta que um camaleão cego Para contrair as pernas, as aranhas posprovávelmente não sobreviveria na floressuem musculatura nas juntas, e este mota, já que não poderia ver a caça ou o previmento ocorre de forma semelhante ao Aranhas Página 15 dador: “Ele morreria de fome ou seria comido rapidamente por outros animais logo após a eclosão do ovo. Se por qualquer motivo vier a ficar cego depois de atingir a idade adulta, morrerá pelos mesmos motivos. Sem ver a luz, o cérebro não dá comandos para imitar o ambiente”. Faculdades Como o Peixe Elétrico dá choque? Não é lenda, como muitos pensam: alguns peixes têm sim a capacidade de dar choques, alguns inclusive com altas voltagens. Os peixes elétricos existem em todo o mundo e, no Brasil, aparecem mais na região norte, especialmente na Bacia Amazônica. Faculdades O oceanógrafo Ricardo Cardoso, do Aquário de São Paulo, explica que esses animais tiveram uma adaptação da musculatura lateral do corpo. Essa musculatura virou uma grande bateria, que armazena a eletricidade. Mas de onde vem essa eletricidade? “Todo o movimento muscular se dá através de sinapses, impulsos elétricos aos músculos. Os peixes elétricos armazenam nos músculos laterais a corrente gerada por essas sinapses, em vez de consumila”, diz Cardoso. E usam essa energia para reagir a ataques, se comunicar, disputar com outros peixes determinado território e para acasalar. “Quanto maior o animal, mais forte o choque”, diz Cardoso. Alguns, como o puraquê amazônico, chegam a dar descargas de 600 volts. Um choque desses pode paralisar os movimentos de um humano e causar o afogamento. Apesar disso, o oceanógrafo sabe apenas de um caso de morte por “ataque” de peixe elétrico: Em um aquário, um desses animais pulou para fora do tanque e um funcionário agarrou-o para devolvê-lo à água. Com o susto, o peixe liberou a descarga - mas como o homem tinha um marca-passo, o choque terminou por causar um ataque cardíaco. MAIS - NA PRÓXIMA EDIÇÃO www.melhoridade.brazi.us Vestibulares Cursinhos Gazeta Valeparaibana JANEIRO 2009 Página 16 Carta da filha de Chico Mendes a seu Pai. Não dá para evitar a emoção todas as vezes que leio as duas mensagens. Admiro até a caligrafia deixada por seu próprio punho. As suas palavras, que sempre soam tão simples e carregadas de preocupação com a humanidade, me dão a exata medida do quanto você era sonhador. Já sei que a revolução com a qual sonhou começou quando você era ainda criança, nas matas de Xapuri. Pai, Sandino, minha mãe e eu sabemos que desde muito pequeno você foi um grande trabalhador. Já nos contaram muitas vezes o quanto você era dedicado e organizado em tudo que fazia. Que desde criança já era um seringueiro destemido, assumindo tarefas de verdadeiro homem. O seu exemplo continua sendo uma luz no nosso caminho, especialmente o seu senso de responsabilidade na defesa das florestas da Amazônia. Sei que costumava levantar bem cedo, quando ainda estava escuro, para cortar seringa, ou para participar de reuniões pela organização dos seringueiros que queriam a proteção de nossos recursos naturais. Às vezes fico imaginando o que com você pensava nos momentos de profunda angústia e solidão que enfrentou nesta vida. Você chorou em algum momento? Se chorou, meu pai, saiba que ainda existem homens e mulheres que também sonham com uma revolução que seja capaz de revelar a beleza necessária de um novo homem. O homem nasce em beleza única e você, pai, foi único. A sua beleza foi única, marcada pela coragem e ousadia de lutar por uma nova sociedade tão almejada. A beleza ainda existe, pai, mas a nova sociedade não sei, sinceramente. Pai, sei que, se dependesse de você, estaríamos hoje gozando dos benefícios de viver numa sociedade onde cada indivíduo pudesse desenvolver o seu trabalho de acordo com os seus talentos. Falo de uma sociedade pela qual você lutou, onde os elementos básicos para a sobrevivência, como moradia, saúde, alimentação e educação, fossem garantidos a todos e onde o avanço de cada um representasse o progresso da própria sociedade. Infelizmente, ainda continuamos apenas sonhando em busca de uma sociedade melhor. Já se passaram 20 anos desde aquela noite, quando o vi pela ultima vez, se debatendo no chão, tentando nos dizer, a mim e minha mãe, algo que nunca saberei exatamente o que era. Pai, tenha a certeza de que sua luta não foi em vão. Os seus sonhos já não são somente seus. São também meus e de todos os que ainda acreditam nos seus ideais. Você ainda é a vanguarda da esperança da Amazônia e do nosso amado Acre. Patrocinador Oficial ■ Elenira Mendes é formada em administração e dirige a ONG Instituto Chico Mendes Chico Mendes - Xapuri (AC), 15 de Dezembro de 1944 - Xapuri, 22 de Dezembro de 1968 Ainda criança começou seu aprendizado do ofício de s er ingu ei ro , acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 20 anos de idade, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades. Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do recém-fundado Sindicato dos Trabalh ado r es Ru rais de B ra sil éia. A pa rti r de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos. Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano. Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região. Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procu- raram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro. Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger. Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984. Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta,além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros. Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norteamericano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes é acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente. Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Men- www.plantabrasil.brazi.us des percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região. Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que por várias vezes denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data. O assassinato de Chico Mendes Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado na porta dos fundos de sua casa por sua intensa luta pela preservação da Amazônia. Casado com Ilzamar Mendes, deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente. A justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves da Silva, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão, em dezembro de 1990. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e oito meses de prisão. Fonte: Wikipédia