- Vectra Construtora

Transcrição

- Vectra Construtora
editorial
Pintando o sete
Chegamos à sétima edição. E vamos comemorar pintando o sete, literalmente.
Lazer, história, cultura, gastronomia, comportamento, design e a própria Vectra:
os principais temas que norteiam a produção da Living Vectra em apenas um
número. O sete. O mesmo das notas musicais e dos dias da semana, como
cantava o Raul Seixas.
Dó. Domingo. Lazer. Conheça o Jardim Botânico de Londrina, recém-inaugurado
e repleto de atividades interessantes para toda a família. Obras prosseguem, mas
espaço já figura entre os cartões-postais.
Ré. Sábado. História. Descubra o projeto 80x Londrina, que pretende publicar em
site e livro histórias inéditas vividas pelos londrinenses por toda a cidade. Serão
80 bairros e inúmeras trajetórias de vida.
Mi. Sexta-feira. Cultura. Compartilhe o sucesso do Ballet de Londrina em seus
20 anos de existência. Os desafios de uma companhia de dança contemporânea,
nos dias de hoje, e sua projeção internacional.
Fá. Quinta-feira. Gastronomia. Saiba a origem da família Matsuo, pioneira na
cozinha asiática em Londrina. Seu restaurante Minato, com cardápio variado e os
garçons de sempre, uma boa pedida no almoço ou no jantar.
Sol. Quarta-feira. Comportamento. Admire um dos principais personagens da
história de Londrina. O médico Afonso Haikal, aos 97 anos de idade, é exemplo
de amor à profissão e de dedicação às boas causas.
Lá. Terça-feira. Design. Surpreenda-se com o trabalho da catarinense Renata
Moura. Formada em Curitiba, a designer apresenta um portfólio repleto de
trabalhos interessantes em mobília e eletros.
Si. Segunda-feira. Vectra. Veja em detalhes o mais recente lançamento da
construtora no Mato Grosso do Sul. O Porto Madero, loteamento fechado
premium em Dourados, inova na área de lazer.
Coincidências à parte, juntamos todos esses elementos em torno do número sete
para chamar sua atenção e lhe apresentar alguns destaques dessa sétima Living
Vectra. Agora, as inúmeras possibilidades de interação com esse conteúdo todo
dependem apenas de você. Boa leitura!
Fábio Mansano
Coordenador de comunicação
Vectra Construtora
Estufa do Jardim
Botânico de Londrina:
aberto para visitação
em dezembro
Este selo indica que o papel utilizado
nesta publicação foi produzido com
madeiras de florestas certificadas FSCR®
(Forest Stewardship Council)® e de
outras fontes controladas.
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expediente
Edição 07 | Abril - 2014
Living Vectra é uma publicação
periódica da Vectra Construtora Ltda.
Tiragem: 5.000 exemplares
Impressão: Midiograf
Para anunciar:
43 3376-4444
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dirigida e seus exemplares não podem ser comercializados.
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Pauta, texto e edição: Karla Matida e Rosângela Vale
Fotografia: Fábio Pitrez
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Jardim Caiçaras - 43 3376-4444
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Diretor-presidente: Manoel Luiz Alves Nunes
Diretora-administrativa: Roberta Nunes Mansano
Diagramação: Vitor Hugo Arambul Gouvea
Coordenador de comunicação: Fábio Mansano
Colaboração: Paulo Briguet, Douglas Gama
e Fábio Alcover
Equipe de comunicação: Ana Luisa Sversutti,
Brunno Borghesi, Claudinea Cardoso e Rafael Urbano
É proibida a reprodução parcial ou completa do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da Editora
1200th. Somente as pessoas que constam neste expediente são autorizadas a falar em nome da revista.
cartas
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Cartas, críticas e sugestões
Este espaço na Living Vectra está aberto a vocês, leitores,
para sugestões e críticas, que podem ser enviadas para
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ÍNDICE
26
22
Porta-retrato 28
Sob a chuva fina na Praça da Sé, a tradução
poética do fotógrafo Eduardo Anizelli
Estante 30
Empreendimento premium em Dourados, Porto
Madero tem 520 lotes residenciais com área
mínima de 300 metros quadrados
Mobília 36
Dona de criações premiadas, a designer
Renata Moura vai do mobiliário
aos eletrodomésticos
Galeria 42
Sala de estar
Repaginado, o apartamento da arquiteta Carolina
Sakuno no edifício Santos 1250 ganhou cores
novas e segue pronto para receber os amigos
Uma das grandes vitrines da cidade mundo
afora, o Ballet de Londrina completa 20 anos
com convites internacionais
Fitness 52
Quem passou vontade de fazer balé quando
menina pode realizar o sonho agora.
Opções não faltam
Sacada 58
Evolution Home Alto da Palhano une
características únicas: iluminação e ventilação
generosas, vista privilegiada, apartamentos bem
distribuídos e uma excepcional área de lazer
Alto-falante 66
Primeiro pediatra de Londrina, Afonso
Haikal relembra sua trajetória aos 97 anos
62
Moldura
Campeão do mundo, Rafinha recebe título
na Câmara Municipal de Londrina e torce
por uma vaga na Seleção Brasileira
Álbum 70
Os lançamentos do Porto Madero em Dourados,
do London Hills na Vectra Store e do projeto
80x Londrina no Museu Histórico
Área de serviço 76
Cuidados com a impermeabilização do
apartamento incluem manutenção
e reparos adequados
Janela 78
Apaixonado por esportes, Luigi Borghesi
foi homenageado ao emprestar
seu nome para o Zerão
Biblioteca 84
Para celebrar os 80 anos de Londrina, projeto
cultural vai contar a história da cidade
do ponto de vista de quem a faz
34
92
City-tour
No comando do restaurante
Minato, Chinzoo Matsuo conta seu
pioneirismo na cozinha asiática
Objeto de desejo 98
Com a colaboração de atletas no projeto, a
bicicleta checa Scanner 1 XX atravessou o mundo
para chegar aqui
10
Quintal
Mais de 10 mil visitantes passaram
pelo Jardim Botânico de Londrina no
mês de abertura ao público. São mais
de um milhão de metros quadrados
de mata nativa
quintal
Depois de oito anos,
abertura do Jardim Botânico
presenteia a cidade com mais
de um milhão de metros
quadrados de mata nativa
10| Living Vectra
Onde Londrina é
mais verde
Por Karla Matida Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra | 11
Os números do recém-aberto Jardim Botânico de Londrina (JBL) são realmente superlativos. A começar pelo
tamanho do terreno: são mais de um milhão de metros quadrados de mata nativa, nascentes e rios. Todo
esse espaço abriga mais de 100 espécies nativas da
flora paranaense e ainda conta com centro de visitantes, pista de caminhada e trilha ecológica. E ainda tem
mais por vir, já que o projeto está na segunda fase e
tem pela frente uma terceira etapa de obras.
Se bem que, como bem lembra o engenheiro florestal
Mario Antonio Virmond Torres, o trabalho ali será permanente. “Todo Jardim Botânico deve ter implantação
planejada, manutenção constante e bem feita. Isso
resultará em um espaço cada vez mais bonito e agradável. ”Torres é responsável pela orientação técnica da
implantação dos jardins e coleções do Jardim Botânico
de Londrina.
Para os londrinenses, foram quase oito anos de espera para poder conhecer o espaço. As obras tiveram
início em 2006 e a visitação pública só foi liberada em
dezembro de 2013. E a curiosidade foi tanta que, nos
30 primeiros dias, mais de 10 mil pessoas passaram
pelos portões.
Lagos do Jardim Botânico de Londrina
Living Vectra | 13
As estufas ainda não estão prontas, mas
a estrutura criada pelo arquiteto Orlando
Busarello já se transformou em ícone fotográfico
14| Living Vectra
A abertura oficial aconteceu no dia 31 de janeiro, com a visita
do governador Beto Richa. Na ocasião, ele entregou a estrutura de educação ambiental, que conta com sala de exposição
e de vídeo em 3D, e a trilha ecológica, que aumentou ainda
mais o leque de visitantes em potencial. Além dos curiosos,
agora o JBL também recebe turmas de alunos das mais diversas idades. “Entregamos importantes obras e espaços bem projetados
para bem atender aos visitantes. Mas o trabalho não para aqui.
As obras do Jardim Botânico continuam e os investimentos
permanecem”, disse o Governador na época. O discurso foi
bem claro, já que o espaço realmente ainda não está pronto.
A estufa é um dos pontos que precisam ser finalizados. De
estrutura impactante, mesmo inacabada, a construção que
reúne as três estufas já se posiciona como um dos marcos fotográficos do JBL.
Proveniente de duas cessões – 70 hectares cedidos pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e outros 20 pela Associação Brasileira de Educação e Cultura (Abec), mantenedora
do Colégio Marista, e pelas famílias Brito, Carbalall, Sant’Ana,
Fecchio, Condotti e Condor –, o Jardim Botânico de Londrina
foi criado pelo Governo do Estado por indicação técnica da
secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
16| Living Vectra
O jardineiro fiel
Engenheiro florestal com especialização prática em
paisagismo, como ele mesmo define, Mario Antonio
Virmond Torres conhece cada canto do Jardim Botânico
de Londrina. Ajudou a implantar e agora segue dedicado na manutenção do espaço, que para ele nem é tão
grandioso assim. “Poderia, deveria ser bem maior.”
Funcionário da Copel há mais de 35 anos, Torres também é responsável pela implantação do Jardim Botânico Faxinal do Céu (a 340 quilômetros de Curitiba). Com
pelo menos 20 anos à frente do “colega” londrinense, o
Faxinal do Céu serve de exemplo que o engenheiro florestal gosta de compartilhar.
Ao mostrar fotos de antes e depois, do jardim botânico
mais antigo, ele propõe um vislumbre das mudanças
que o jardim de Londrina vai sofrer nos próximos anos.
E ainda lembra que “um jardim não termina nunca, tem
uma dinâmica, que exige manutenção constante”.
Entre os destaques do trabalho de Torres, está o Arboreto, que reúne as plantas de várias regiões do Paraná. “A
ideia era que elas (árvores) ficassem dispostas como se
estivessem no mapa do Estado”, explica. Não ficou fiel
ao desenho, mas já é uma experiência e tanto para um
passeio pela flora paranaense.
Para Torres, o ingresso ao JBL deveria ser cobrado. “Não
que esse dinheiro vá cobrir os custos, mas pagando, as
pessoas dão mais valor”, justifica. Outra preocupação do
engenheiro: “falaram de ter uma ciclovia, mas aí desconfigura o Jardim Botânico, que tem como objetivo a contemplação”, avisa. “E sensibilizar o visitante.”
Os quatro mandamentos
Realizar intercâmbio científico e cultural com entidades nacionais e estrangeiras.
Promover a pesquisa, a conservação, a preservação, a educação ambiental e o lazer compatível com finalidade de
difundir o valor multicultural das plantas e sua utilização sustentável.
Implantar e manter bancos de germoplasma de espécies exóticas e reserva genética de espécies nativas.
Realizar, de forma sistemática e organizada, registros e documentos das plantas.
Fonte: Jardim Botânico de Londrina
Living Vectra | 19
Com um longo banco, a ponte também
serve de ponto de contemplação
Na trilha ecológica, oportunidade de
ficar ainda mais próximo da mata nativa
20| Living Vectra
Centro de visitantes: espaço dedicado à educação ambiental
Para o secretário Luiz Eduardo Cheida, que também
ocupava a pasta na época do lançamento do JBL, em
2006, “o Jardim Botânico de Londrina é uma das mais
importantes unidades de pesquisa e conservação de
espécies nativas e exóticas do Paraná”. Cheida explica
ainda que “o espaço é voltado à proteção e ao cultivo
de espécies silvestres raras, ameaçadas de extinção ou
econômica e ecologicamente importantes para a restauração e reabilitação de ecossistemas”.
Bem mais do que um espaço de lazer para a família
londrinense nos finais de semana, o Jardim Botânico é
principalmente um espaço para pesquisa, conservação,
preservação e educação ambiental. Com a sala de exposição e vídeo 3D em funcionamento, as escolas da
cidade podem agendar visitas, que incluem o passeio
pela trilha ecológica. Monitores treinados acompanham os grupos.
No portfólio do JBL, destaque para a coleção de coníferas – que dão fruto em forma de cone, como algumas
espécies de araucárias – e para o jardim de mirtáceas
– com espécies frutíferas como cerejeira, pitangueira,
goiabeira-da-serra e araçá. A lista ainda inclui uma inusitada coleção de variedades de espadas de São Jorge.
O Jardim Botânico de Londrina funciona de quarta a
domingo, das 9 às 19 horas na Avenida dos Expedicionários, 1.999. Para agendar visitas: (43) 3324-0991.
sala de estar
Tempo de
mudar
Arquiteta Carolina Sakuno faz reformulações e dá
novos ares ao seu apartamento no edifício Santos 1250
Por Karla Matida Fotos Fábio Pitrez
22| Living Vectra
“A própria casa dá sinais de que precisa de manutenção”, explica a arquiteta Carolina Sakuno. Depois de
quatro anos morando no apartamento do edifício
Santos 1250, ela aproveitou que as paredes precisavam de nova pintura para trocar a cor, aumentar o rodapé, entre outras mudanças pontuais.
“Não compramos o apartamento na planta, mas nos
mudamos para cá logo que ele foi entregue”, lembra
Carolina. Ela e o marido compraram um apartamento
de três dormitórios, mas o olhar da arquiteta entrou
em ação.
“Preferi aumentar a sala e perder um dos quartos. Nossa prioridade sempre foi receber os amigos. Muitos
vêm de fora e passam o final de semana com a gente”,
A arquiteta Carolina Sakuno
optou por abrir mão de um
quarto para aumentar a
sala de estar
explica. Além de ter mais espaço na sala para os encontros, o segundo quarto também foi pensado para
os hóspedes.
Na temporada de reformulações, Carolina também
aproveitou para colocar mais um ponto de ar-condicionado no apartamento. “Mais conforto para as visitas”, diz.
“O bom de ser arquiteta é poder fazer o que quiser na
nossa casa, ousar mais e fazer coisas que os clientes
não querem”, afirma. A ousadia agora responde pelas
paredes chumbo em todos os ambientes. “O rodapé
mais alto deixa o ambiente mais sofisticado e, como as
paredes são mais escuras, ele (rodapé) ‘solta’ um pouco”, ensina.
Na parede recém-pintada, quadros e
gravuras ganham ainda mais destaque
Na suíte do casal, espelhos nos
armários ampliam o ambiente
24| Living Vectra
Os quadros e gravuras assinadas, xodós da arquiteta, continuam os mesmos, mas ganharam nova disposição e
companhia de novas poltronas. “As antigas eram bem coloridas”, lembra. Carolina ensina que, quando se tem bases
neutras, “dá para trabalhar bem as mudanças”.
As almofadas, por exemplo, são acessórios sazonais estratégicos. “No inverno, gosto de arrumar almofadas com
pelos, no verão, elas têm mais cores.” Souvenirs de viagens, para Carolina, são ótimos pretextos para mudar a
decoração do apartamento. Para a arquiteta, “cor é sempre
benvinda nas paredes, não é preciso ter apenas paredes
brancas”, indica.
“Quando é uma casa, a fachada, a área externa tem que
conversar com o interior. Num apartamento, pode-se fazer o que quiser”, diz, reafirmando a liberdade ainda maior
que teve no projeto do próprio endereço.
Como o casal gosta muito de receber, a quantidade de
copos é generosa. “A cristaleira aqui na sala ajuda a organizar tudo. Guardo não só os copos, como alguns eletrodomésticos maiores. Ela também ajuda a esconder o ar-condicionado, que eu não queria que aparecesse”, aponta
a arquiteta, que desenhou o móvel. Há ainda uma outra
cristaleira na cozinha, mas de menor proporção. “Vem
sempre muita gente, e muitos copos acabam quebrando”,
lembra, precavida.
Living Vectra | 25
Nos dois quartos, os armários ganharam portas
de espelho “para ampliar o ambiente”. O mesmo
material foi escolhido para o aparador da sala,
um curinga não só na decoração, como nos
múltiplos usos.
Sobre o edifício em si, Carolina é entusiasta da
localização. “É incrível, tudo é próximo, gosto
de passear a pé pelo bairro. O prédio é bom, o
lazer completo. Foi ótimo que a área de lazer foi
entregue mobiliada, se dependesse dos moradores, poderia demorar para ficar pronto”, constata.
“Adoro a vista, dá até para ver uma parte do
lago (Igapó)”, aponta Carolina, que mora no décimo quinto andar.
26| Living Vectra
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porta-retrato
Refresco
para a alma
Foto Eduardo Anizelli
Radicado em São Paulo há alguns
anos, o fotógrafo londrinense Eduardo
Anizelli acostumou-se a marcar
presença nos cenários que resultam em
grandes manchetes do jornal Folha de
S. Paulo. Mas nem só as manifestações
turbulentas são alvo das suas lentes.
Uma tarde chuvosa em plena Praça da
Sé vira poesia sob o olhar atento
de Anizelli.
28| Living Vectra
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estante
Um oasis para
morar
Perspectiva ilustrativa
Por Rosângela Vale
Com soluções inteligentes e área de
lazer completa, empreendimento
Porto Madero será construído numa
das regiões mais nobres de Dourados,
no Mato Grosso do Sul
Perspectivas ilustrativas da área de lazer
Numa das mais nobres regiões de
Dourados, a cinco minutos do centro
da cidade e próximo das universidades,
o empreendimento horizontal Porto
Madero promete ser referência em
morar bem na região centro oeste do
Mato Grosso do Sul. O projeto foi desenvolvido pela Vectra em parceria com as
empresas Protenge Urbanismo e Corpal.
Considerado um empreendimento premium, tem 520 lotes residenciais com
área mínima de 300 metros quadrados.
“E mais 21 lotes comerciais externos ao
loteamento, como serviços e supermercado”, informa o coordenador de
engenharia da Vectra, Márcio Giocondo.
“Durante a venda dos terrenos, haverá
uma seleção dos negócios para garantir
os serviços básicos aos moradores”, diz.
Essa preocupação com o bem estar dos
futuros moradores é constante no projeto. “Antes do lançamento foi feita uma
pesquisa elencando alguns itens. Os
que atingiram maiores índices estão no
empreendimento”, avisa o engenheiro.
Um deles foi a pista de skate, uma inovação nos projetos da Vectra.
Living Vectra | 31
Perspectivas ilustrativas do cinema
e dos espaços gourmet vinho e
gourmet chope
Outra ideia interessante é o acesso externo aos salões de
festa infantil e adulto. “Os convidados não precisam entrar no
loteamento e os moradores têm acesso aos espaços pela parte
interna do empreendimento. Quem está fora, não precisa
entrar; quem está dentro, não precisa sair. O convidado está
em um ambiente que faz parte do loteamento e, ao mesmo
tempo, é externo”, ressalta Giocondo. Ao excluir a necessidade
de identificação e cadastros prévios na portaria, a solução evita as longas e inconvenientes esperas de visitantes e aumenta
a segurança do empreendimento.
Também serão construídos estacionamentos exclusivos
para visitantes na área externa do empreendimento, na
frente da portaria, com direito a praça de convívio e cascata. “Se o amigo de um morador passa para pegá-lo, pode ficar aguardando lá; é um ambiente preparado para atender
com segurança”, observa o engenheiro. A administração,
com duas pré-recepções, também foi pensada de forma a
atender os moradores do condomínio e os fornecedores de
forma segura e independente.
Com quase 20 mil metros quadrados, a área de lazer do Porto
Madero oferece diversão para todos os gostos. A começar
pelo parque aquático, com várias piscinas. Um lago artificial de
aproximadamente 700 metros quadrados ajudará a refrescar o
clima, amenizando a alta sensação térmica da região.
Living Vectra | 33
Para os adeptos de esportes, as opções são variadas:
campo de futebol suíço, duas quadras de tênis e uma
quadra poliesportiva, além do espaço fitness de 80 metros
quadrados. “Ao lado das quadras haverá o espaço esporte
grill, para reunir os amigos depois do futebol”, destaca
Giocondo. Já o clube social contará com spa, cinema, sala
de dança e dois espaços gourmet temáticos: gourmet
vinho e gourmet chope.
Para o diretor-presidente da Vectra, Manoel Luiz Alves Nunes,
empreendimentos desse tipo são muito valorizados em cidades como Dourados, em pleno desenvolvimento econômico
e crescimento populacional. “Os administradores de Dourados têm uma visão muito positiva de loteamentos fechados.
Perceberam que é fonte importante de geração de empregos
e impostos. O que a prefeitura arrecada de ISS, IPTU e ITBI em
loteamentos desse tipo é maior do que arrecada com alguns
segmentos industriais”, observa.
Os benefícios não param por aí. “Para o investidor, é certeza de
valorização do imóvel e de qualidade de vida; para o cidadão
em geral é fonte de renda que subsidia outros setores da
cidade. Em suma, empreendimentos assim são geradores de
renda, empregos e impostos.”
Perspectivas ilustrativas das quadras
poliesportivas e de tênis, do
playground e da pista de skate
Lançado em fevereiro, o Porto Madero terá lotes prontos para
construir em 24 meses e área de lazer completa e equipada
em 30 meses.
Living Vectra | 35
mobília
Design
emocional
Com ousadia e irreverência, criações da designer catarinense
Renata Moura evocam memórias e sensações da infância
Por Rosângela Vale
Sucesso de vendas, o minirefrigerador Brastemp Retrô amargou alguns anos como projeto dentro da gaveta. Pouca gente acreditava que a ideia seria bem recebida pelo mercado.
“Meu gerente geral na época vivia bolando estratégias para
convencer as pessoas”, conta a designer catarinense Renata
Moura, responsável pela criação do produto quando atuava
na área de design de refrigeração da Whirlpool, multinacional
que detém a marca.
Renata conta que a ideia surgiu ao perceber que existia um
movimento forte de produtos com essa estética, sobretudo na
área automobilística, no ano de 2002. O minirefrigerador só foi
lançado em 2007, logo após a saída da designer da empresa.
Desde então, ela acumula prêmios por suas criações irreverentes, como os bancos Sela e Goma, o pufe UoooU e a linha Fei-
giones (pufes e almofadas). “Grande parte do meu trabalho tem
a minha cara, uma irreverência no sentido de ousadia, de buscar surpresas, sair do usual. Um dos meus objetivos é influenciar
pessoas positivamente e gerar novas experiências”, diz.
Formada em Desenho Industrial – Projeto de Produto pela
PUC-PR, Renata iniciou a sua boa relação com premiações ainda
na faculdade, com a mesa para telefone Triiim, campeã na categoria Estudante Nacional no Salão Design Móvel Sul em 2002.“Entendi como um sinal de que estava no caminho certo”, conta. O que
era intuitivo virou sua marca registrada depois da especialização
em Design Emocional, conceito sempre presente em seu trabalho.
“Um bom exemplo é o minirefrigerador Brastemp Retrô, que remete a lembranças de nossa infância, da casa da vó e, às vezes, nos
faz sentir saudades de coisas que nem vivemos”, define.
Sucesso de mercado, o minirefrigerador Brastemp Retrô foi criado pela designer
quando ela trabalhava na Whirlpool, multinacional que detém a marca
“Grande parte do meu
trabalho tem a minha cara,
uma irreverência no sentido de
ousadia, de buscar surpresas,
sair do usual. Um dos meus
objetivos é influenciar pessoas
positivamente e gerar novas
experiências”, diz a designer
Renata Moura
Living Vectra | 37
Balanço Trama, em exposição no
Museu da Casa Brasileira: reencontro
com o balançar que pode levar de
volta aos braços dos pais
Nas lembranças de sua infância, a atração pela futura área profissional aparece muito cedo, aos três anos de idade, ao ter contato
com o arquiteto responsável pelo projeto da primeira casa da família.“Me lembro de ficar passeando pelo escritório dele, vendo as
perspectivas feitas à mão e as maquetes das casas.” Aos sete anos,
lendo uma revista de decoração da mãe, ela se encantou com uma
cadeira dos anos 1960. “Depois soube que foi a primeira cadeira
em plástico injetado, criada pelo dinamarquês Verner Panton.”
Há pouco mais de um ano, Renata mudou seu escritório de Curitiba para São Paulo, onde atende clientes como Renar Móveis,
Benita Brasil e Coteminas S.A., além de trabalhar em produtos da
própria marca. Seu portfólio é diversificado. Já desenhou de escova
de dentes para viagem (Sanifil) a embalagens e materiais gráficos
(Santista). Também ocupou o cargo de Chief Creative Officer da Artex, conduzindo a equipe de criação das coleções de cama, mesa e
banho da marca e cuidando da importação de produtos.“Quando
percebi que estava praticamente abandonando meu trabalho autoral, resolvi me dedicar ao meu escritório, mas continuo prestando serviços para a empresa”, relata.
Fotos Silvestre Laska/Namester
Linha Feigiones, finalista
do Prêmio Museu da Casa
Brasileira em 2006 e
Objeto Brasileiro em 2008
38| Living Vectra
Pufe multiuso UoooU, finalista no
Salão Design Movelsul em 2004 e
no IF (Alemanha) em 2005
Uma das novidades no trabalho da designer é a parceria com artistas e outros designers. “Fiz as primeiras experiências em 2013 e
gostei”, conta. De uma delas nasceu o projeto Rock’n Bowl, linha
de produtos feita em crochê com cabos de guitarra. “Resgatamos
o tricô da vovó e demos uma pegada contemporânea e rock ’n’roll,
com muita cor e um toque emborrachado delicioso”, descreve Renata, que desenvolveu a ideia junto com a artista Letícia Matos, do
13pompons. “Cada peça é única, feita à mão”, observa. Sucesso na
mídia e entre lojistas, a linha foi lançada na última edição da SPFW
e já é finalista do concurso IDEA/Brasil 2014.
Banco Sela
Mesa para telefone Triiim,
ganhador do Prêmio Nacional de
Estudante Movelsul, em 2002
Fotos ReÍgis Fernandez
Banco Goma customizado
Outro projeto recente é o balanço Trama, em exposição no Museu
da Casa Brasileira. De novo, memórias e sensações da infância são
as bases do trabalho. “Na mais remota das associações esse reencontro com o balançar pode nos levar de volta aos braços dos nossos pais, um balançar que acolhe, refugia, reconforta e, ao mesmo
tempo, reduz a monotonia da vida”, filosofa a designer.
Foto Régis Fernandez
Em forma de concha, a cadeira escolhida foi a 129, bem familiar
aos brasileiros, facilmente encontrada em estações de trem e metrô. Ela foi envolvida por uma malha,“um padrão que lembra uma
teia, feita com cordas que depois se unem formando uma trama
40| Living Vectra
delicada que segue até o ponto onde será fixada”, explica Renata
que novamente trabalhou em parceria com a artista Letícia Matos
na finalização do produto. “Ela ajudou a encontrar uma solução
para unir as cordas finas de cada lado. Ficou um lindo trabalho em
macramê.”
Além de facilitar o uso das coisas e contribuir para que durem
mais, desacelerando o consumo desnecessário, levar mais beleza
e poesia à vida das pessoas é, para Renata, o que mais encanta no
trabalho de designer. “Penso que, com bons objetivos, nós, profissionais da área, podemos efetivamente melhorar o mundo.”
Rock’n Bowl: crochê com
cabos de guitarra, projeto em
parceria com a 13pompons
galeria
Foto Celso Pacheco
Na ponta
dos pés
42| Living Vectra
Ballet de Londrina comemora 20 anos
mantendo a perseverança característica
de todo bailarino dedicado
Por Karla Matida Fotos Fábio Pitrez e Divulgação
Palco de muitas apresentações emocionantes, o
Anfiteatro do Zerão foi cenário de um espetáculo ainda mais especial em dezembro de 2013: a
comemoração dos 20 anos do Ballet de Londrina,
com um público estimado em quatro mil pessoas. Dois ícones da história da companhia ganharam remontagens assinadas pelo diretor e coreógrafo Leonardo Ramos, presença constante no
Ballet nas duas décadas.
Ex-bailarinos e alunos notáveis da Escola Municipal de Dança foram convidados a participar da
celebração, que uniu “Um Ex e Dois Futuros” – primeira parte da estreia em 1993 – e “...à Cidade”,
de 1996. “Optamos por remontá-los para mostrar
algo mais antigo e que já não fazemos mais, de
um período em que o olhar é inventivo, mas a estrutura ainda é clássica”, disse Ramos à época da
apresentação.
“São 20 anos, mas teve uma fase anterior em que
já se sonhava com o Ballet. A gente tinha o trabalho das escolas particulares, que era bacana, mas
não tinha incentivo público. E havia um grupo de
bailarinos já profissionais que optou por não sair
de Londrina”, lembra o diretor. Pernambucano de
Olinda, Ramos veio a Londrina a convite de Marco
Antonio Laffranchi para integrar a equipe de GR.
“Fui ficando”, diz.
“Em 1993, surgiu a possibilidade de criar a Escola
Municipal de Dança e o balé, que nasceu muito
pequenininho, mas com um nome gigante: Balé
de Câmara da Cidade de Londrina. E o processo
foi muito rápido. Em 1994, já fizemos nossa primeira turnê, passando por cinco cidades do Brasil. Fomos construindo uma ideia de que era um
grupo de pessoas de formação clássica, de balé
clássico, mas que abriu uma opção de fazer dança
contemporânea”, explica.
2 e nada mais
Foto Celso Pacheco
Decalque
“Não passava pela minha cabeça ser
coreógrafo”, diz Leonardo Ramos
44| Living Vectra
Foto Gabriel Teixeira
Eternamente 2
Nove dias antes da estreia do primeiro espetáculo, uma notícia triste por pouco não desestruturou o grupo. Marcos Leão, coreógrafo e cofundador do Ballet, faleceu em um acidente de moto. “Não
passava pela minha cabeça ser coreógrafo, mas é aquela coisa: não
tem tu, vai tu mesmo”, conta Ramos, que prontamente assumiu
o posto. “Se você quer alguma coisa, você tem que colocar a cara
para bater.”
“Nesses 20 anos, não houve um momento em que tivemos a continuidade interrompida. Tivemos crises, tivemos momentos difíceis;
2005 foi um ano muito difícil em que fizemos uma única viagem.
Dá vontade de desistir. Mas a perseverança sempre foi muito forte.”
“A gente tinha a certeza, por sermos os pequenos, que tínhamos
que fazer algo impactante. A gente precisava recuperar o tempo
perdido. Sempre trabalhamos com aquela perspectiva do JK, de 50
anos em cinco”, conta Ramos.
“Começamos a fazer algo que é muito importante, que é construir
um jeito de fazer que seja particular, que seja da cidade de Londrina. Não quer dizer que a gente está fazendo vanguarda ou inovação, mas a dança que estamos fazendo aqui tem singularidade.
As pessoas que acompanham, vão ligar a tevê e, mesmo que não
tenham visto aquela obra, vão saber que somos nós”, exemplifica.
Foto Brunno Martins
Decalque
Há uns 15 anos, o nome da companhia ganhou a versão
atual. “Pensamos em Balé da Cidade de Londrina, mas já
tinha o Balé da Cidade de São Paulo, então resolvemos
simplificar para Ballet de Londrina. Sempre foi uma companhia que teve a característica de viajar muito, então
somos uma espécie de vitrine de Londrina. Ao Peru já
fomos seis vezes, Cuba quatro, Argentina três. Do Ceará
até o Rio Grande do Sul, passamos por todos os Estados,
sendo que em algumas cidades já passamos mais de 15
vezes, como é o caso de Natal”, contabiliza.
Nas estradas e nos espetáculos, os números do Ballet são
mesmo grandiosos nas duas décadas de história. Foram
24 espetáculos apresentados no Brasil e em 15 cidades
do exterior em países da América, África e Europa. Para
este ano, a companhia londrinense tem três convites
internacionais. “Por causa da Copa, devemos viajar mais
para fora do Brasil. Em 2013, ficamos cerca de três meses
viajando. Este ano deve ser mais tranquilo”, explica.
46| Living Vectra
A Sagração da Primavera
Foto Renato Forin Jr.
“De 2005 pra cá, isso – essa singularidade – ficou muito
forte, com as opções de trabalho e de pesquisas de movimento, a partir do espetáculo Prazeres, a gente foi se
firmando. Era algo que já tinha qualidade, mas que era
muito comum.”
Orgulho e preconceito
Marciano Boletti e Claudio de Souza
são de uma época em que os homens
começavam mais tarde na dança.
“Hoje começam com 10, 12 anos; está
mais fácil”, lembra Boletti, que tinha
17 anos quando deu os primeiros
passos. “Naquela época, não tinha
tanto acesso, hoje tem aulas pela
internet. Então quando você via se
apaixonava à primeira vista.”
maringaense. “Nunca havia feito
dança, daí vi essa bolsa que estavam oferecendo para rapazes e fui
ver”, conta o bailarino.
“Há um paralelo nestes últimos 20
anos. Antes tinha o preconceito,
principalmente do homem na dan-
ça, hoje tem o orgulho. Até tem a
profissão de bailarino, coreógrafo,
nos formulários”, explica Souza. “Tenho várias conquistas, não só materiais, como a minha casa, os amigos
que eu tenho, mas também a de
conhecer boa parte do mundo e do
Brasil”, completa.
“Comecei por hobby, pelo prazer
de dançar e nunca imaginei em me
tornar um bailarino profissional”,
afirma. Durante os cinco primeiros
anos, Boletti se revezava entre dança e o trabalho como garçom. “Aí
surgiu a oportunidade da companhia, que estava surgindo, e eu tive
que optar.”
Aluno de Leonardo Ramos, Boletti
foi convidado a integrar a companhia que estava se formando. Não só
aceitou, como está até hoje no Ballet
de Londrina e ainda compartilha seu
conhecimento com alunos da Escola
Municipal de Dança.
Baiano de Ilhéus, Claudio de Souza
era vendedor de móveis de escritório
em Maringá quando recebeu o convite para fazer parte do Ballet de Londrina. “Não pensei duas vezes. Uma
semana depois e eu já estava aqui.”
“Minhas filhas têm muito orgulho de
mim, as amigas delas falam de mim,
que me conhecem, e elas ficam orgulhosas. Não me vejo com medo de
dizer que sou bailarino e professor de
dança”, diz Boletti. Para ele, o orgulho
tem mais a ver com as conquistas das
últimas duas décadas. “Tenho orgulho de fazer parte dessa luta diária,
dessa mudança na cabeça das pessoas. É demorada, mas é palpável.”
“Eu sou de Londrina, eu sou do Ballet de Londrina, que é uma vitrine
da cidade”, afirma Souza, londrinense de coração. A dança surgiu em
sua vida com a bolsa de uma escola
Living Vectra | 47
Foto Javier Gamboa
Foto Arnaldo Torres
Foto Carlos Bozzelli
Nunca
Nó
A Sagração da Primavera 3
De acordo com o diretor, durante uma época de
turbulência política na cidade, o Ballet foi muitas
vezes o contraponto nas manchetes dos jornais
por onde passaram. “Na mesma capa de jornal
aparecia a notícia do prefeito cassado e a gente”,
lembra Ramos.
“Conseguimos escrever o nome de Londrina em vários cenários. No Peru, fomos capa do jornal mais importante do país. E também estivemos em lugares
que nunca tinham ouvido falar de Londrina, como
em algumas pequenas cidades da França.”
Leonardo Ramos cita outro contraponto. “Apesar
do fato de ser esse produto de exportação, existe
uma relação muito forte com o cidadão, tem um
público cativo aqui. No dia da apresentação de
aniversário mesmo, era um dia chuvoso, tivemos
a sorte de não chover durante o espetáculo, mas
era um dia difícil de sair de casa, mas tivemos quatro mil pessoas lá”, orgulha-se.
“Foi muito bom rever o trabalho dos 20 anos. No começo era um trabalho muito mais comum do que a
gente faz hoje, mas tinha qualidade. Era um produto
bem acabado”, recorda.
“Em francês não se usa a palavra ensaiar e sim répéter,
que é repetir”, traduz Ramos. “Nós trabalhamos com a repetição; só se chega a um produto bom, original, quando
ele é muito repetido. Na dança, por exemplo, uma das
poucas coisas consideradas realmente autênticas é a
dança dos aborígenes australianos. Um estudo mostrou
que eles suspendem e batem o pé no chão sempre a 5,3
centímetros e isso há várias gerações. A repetição é a base
da inovação. Não existe nada novo que não se baseie em
algo que veio lá atrás, que veio de alguma tradição.”
Com 12 bailarinos, o Ballet de Londrina tem hoje o
tamanho ideal. “Pelo que estamos fazendo é o número certo. Claro que se tivéssemos mais dinheiro seria
bom ter um stand-by, no caso de alguém se machucar”, observa o diretor, que já prepara um novo espetáculo. “Ainda não tem nome, mas temos um bom
material coreográfico já pronto e devemos estrear
pós-Copa.” Antes, a companhia faz uma temporada
na cidade do espetáculo de aniversário. “Ele foi pensado para ser apresentado com e sem os convidados.
Chegamos a ter 30 pessoas no palco”, lembra o diretor, que selecionou alguns alunos da Escola Municipal
de Dança. “São adolescentes, possíveis futuros bailarinos da companhia”, adianta. Ou seja, vem muito mais
Ballet pela frente.
Living Vectra | 49
fitness
Nunca é tarde para começar
Por Rosângela Vale Fotos Fábio Pitrez
Patrícia Jurkiewicz, Gabriela Abreu e Giórgia Ramalho, alunas da Funcart: superação, determinação e talento
Inexistentes até poucos anos atrás, aulas de balé para
adultos iniciantes atraem mulheres de 20 a 50 anos
52| Living Vectra
“Pisar o chão com a ponta do pé; tocar o céu com
a palma da mão.” Que menina nunca sonhou em
ser bailarina, tradução dos contos de fada da infância? Algumas seguem dançando e realizando
a fantasia quando estão no palco; outras descobriram que não foram talhadas para esse tipo de
reinado, mas muitas nunca tiveram a oportunidade de viver a experiência, nem da aula, nem do
palco. Para essas, o sonho ainda está lá, em algum
lugar do passado. Mas pelo menos agora elas podem decidir se querem mantê-lo imaculado ou se
finalmente vão calçar as sapatilhas.
A professora de balé Karina Rezende
orienta a aluna Verôncia Watanuki, que
graças ao fortalecimento muscular e
postural se livrou das dores provocadas
por hérnias de disco e nervo ciático
É que há cerca de três anos as aulas de balé para
adultos iniciantes são realidade em Londrina.
“Aqui, metade das alunas tem o mesmo perfil:
são aquelas meninas que queriam fazer balé na
infância e não tiveram condições porque não havia escola na cidade onde moravam ou porque a
mãe não deixava”, diz a coordenadora de dança
da Funcart, Sônia Secco.
São duas turmas, uma para iniciantes e outra para
alunos avançados e ex-bailarinos. A faixa etária é
ampla, vai dos 18 aos 45 anos. As aulas duram,
em média, uma hora e meia, três vezes por semana e exigem tanta dedicação quanto as aulas
regulares. As alunas correspondem à altura. “Elas
têm seriedade, comprometimento consigo mesmas. O balé é uma atividade que exige muito do
físico. Tem o trabalho de alongamento, flexibilidade, postura, saltos, giros, equilíbrio... Essa é a proposta no curso livre, independente se a aluna já
foi, é ou não profissional”, explica Sônia.
A mineira Gabriela Abreu, 28 anos, há quatro em
Londrina, é aluna da Funcart há um ano. Fez balé
dos qautro aos 16 anos, parou por conta dos estudos e só voltou depois da pós-graduação. “Sempre foi uma paixão, mas eu ficava com receio por
causa da idade. E durante a faculdade engordei
quase 20 quilos; estava com vergonha de dançar”,
conta. Até que finalmente se rendeu à vontade e,
desde então, já perdeu 14 quilos. “Acabei conseguindo mais resultados com o balé do que com
outras atividades físicas”, revela. Recentemente
conseguiu voltar à sapatilha de ponta. “Mesmo
com todas as limitações físicas: estar acima do
peso, ser baixinha e ter uma lesão no pé, é o que
eu gosto”, diz.
Living Vectra | 53
Desafios, aliás, movem essa turma. A história de Patrícia
Sampaio Jurkiewicz, 33 anos, é um bom exemplo disso.
Professora de balé, ela chegou a dar aulas em sete escolas
de Educação Infantil. Teve o primeiro filho aos 16 anos e
parou de dançar só depois do terceiro, sempre com a certeza de que voltaria. “Mas me sentia muito fraca, achava
que era anemia e ficava adiando o médico. Até que um
dia acordei e não conseguia mais andar, não tinha força
nenhuma nas pernas. Procurei um neuro e enquanto não
saía os exames tive que ser internada; não me movimentava e não conseguia falar. Fui direto para a UTI porque
nem força para respirar eu tinha.” O diagnóstico: miastemia gravis, uma doença neuromuscular autoimune.
Patrícia melhorou com medicamentos, mas, por conta
do longo tempo de repouso, perdeu muita massa muscular. “Meu braço esquerdo estava ficando atrofiado e eu
tinha dificuldade em caminhar”, relata. Contra a vontade
de seu médico – e incentivada por um endocrinologista
54| Living Vectra
– ela começou a fazer Pilates e a vida finalmente parecia
voltar aos trilhos. “Reaprendi a respirar e depois de um
ano e meio me senti preparada para voltar ao balé”, lembra. Mas Patrícia teria que adiar o retorno por mais um
tempo por conta de uma crise.
“No primeiro dia de funcionamento da escola em 2014
eu recomecei. Fiquei afastada por oito anos, mas a sensação que tive é de que nunca parei. O balé está em mim;
é nele que me encontro. É a minha superação, porque
eu venci essa doença. Pode ser que ela se manifeste de
novo, mas não vou desistir. Se precisar dar uma pausa,
vou respeitar o meu corpo, o tempo que ele precisa, mas
com a certeza de que vou voltar.”
Determinação que Giórgia Ramalho, 20 anos, está descobrindo agora. Iniciante, nunca tinha feito nenhum
tipo de dança. “Quando cheguei, me apaixonei de cara.
Tenho aprendido muita coisa com o balé: paciência, au-
tocontrole, disciplina. Eu desistia muito fácil das coisas.
Estou insistindo e vendo os resultados”, conta ela que,
assim como Gabriela e Patrícia, frequenta as aulas da
Funcart.
Há ainda quem procure o balé para corrigir a postura e
se livrar de dores pelo corpo. É o caso de Verônica Watanuki, 44 anos, que resolveu se matricular depois de assistir na TV depoimentos de mulheres cujos problemas
físicos melhoraram com a atividade. Com duas hérnias
de disco e um nervo ciático que incomodava, até os movimentos mais corriqueiros estavam ficando difíceis. Há
um ano, ela começou a fazer aulas na Escola Karina Rezende, a mesma em que a filha de quatro anos aprende
os primeiros passos da dança. “O interessante do balé é
que você é obrigada a contrair glúteo, abdômen, a ficar
toda encaixada; aí acaba fortalecendo toda essa região”,
observa. As dores foram embora e Verônica ganhou confiança e autoestima.
A bailarina Karina Rezende, 34 anos, 27 dedicados à
dança e ao ensino, oferece aulas de balé para adultos
iniciantes há três anos, em dois horários diferentes:
de manhã e à noite. “Já tive alunas de 60 anos; mas a
faixa etária fica entre 23 e 50. A maioria é sedentária,
não gosta de academia, faz também Pilates e se apaixonou pelo balé”, detalha. Segundo ela, com alguns
anos de aula, é perfeitamente possível subir na sapatilha de ponta depois dos 40 se o corpo estiver apto.
Apesar de a carreira profissional exigir um tipo físico magro e longilíneo para bailarinas, para as aulas
livres essa condição não existe. O que se exige nas
aulas é atenção e disciplina, além do uniforme, coisa
que Karina não abre mão. “Mesmo as mais gordinhas
têm que vestir o colant, a saia, a meia e a sapatilha
cor de rosa. Ser gordinha não é uma limitação, nem
para a criança e o adolescente, nem para o adulto
iniciante”, garante.
Living Vectra | 55
Do fio do cabelo à ponta do pé
Em meio a três irmãos homens, Sônia Secco adorava brincadeiras de meninos.
De tão moleca, a mãe achou que a filha precisava aprender modos de menina e
a matriculou no balé. Foi o começo de uma bela carreira, com muitos momentos no palco e na sala de aula. Sônia teve escola de balé por 10 anos em Londrina, deu aula em colégios como o Marista e o Mãe de Deus e atualmente é
coordenadora de dança na Funcart.
Ela explica que a escola oferece aulas para crianças a partir dos quatro anos, mas
somente aos oito elas podem ingressar no curso regular. “Calculamos entre oito
e nove anos de curso para o aluno se profissionalizar. Depois ele tem que fazer
uma banca junto ao sindicato de dança para tirar o registro da profissão. Nós
ainda não temos condições de concedê-lo, pois ainda não somos um curso reconhecido pelo MEC”, esclarece.
Para Sônia, a abertura das escolas de balé para adultos iniciantes é reflexo do
culto ao corpo e da atual busca por beleza, saúde e prazer proporcionados pelas
atividades físicas.
Mudou o perfil da criança que entra no balé hoje?
No Brasil, não há uma cultura do balé clássico. Tanto que não existem tantas
companhias clássicas. Na Rússia, há inúmeras. Na Inglaterra e na Itália são, inclusive, financiadas pelo governo. No Brasil, há essa escassez. Temos só em São
Paulo e no Rio de Janeiro. Linhas clássicas, como a que a gente trabalha aqui
na Funcart, são difíceis, tem que ter uma perseverança grande, não temos essa
tradição no Brasil. Para a bailarina brasileira, em muitos aspectos, são linhas complicadas. A brasileira tem quadril largo, pescoço grosso e curtinho, e é baixinha.
Até que ponto esse biotipo limita?
Hoje existem muitas outras linhas que se pode seguir: jazz, balé contemporâneo; todos partem do balé clássico. A pessoa faz o clássico depois vai
escolher em qual linha de trabalho se sai melhor. E hoje, nesse mundo todo
globalizado, existe muita facilidade de a bailarina ir para o exterior. Temos
inúmeros exemplos aqui na Funcart. Recentemente colocamos três alunos
no Bolshoi aqui do Brasil.
O perfil mãe de modelo é bem conhecido. Existe também mãe de bailarina?
Bastante. A mãe acha que a menina já nasceu bailarina. Ela liga aqui dizendo que
a filha tem três anos e tem que fazer balé porque dança o dia inteiro. Toda criança com três anos dança quando escuta música! Só pode entrar aqui na escola
com quatro anos porque nessa idade ela já tem um poder de decisão. Quando
vem para a sala de aula, ela vê que para chegar na princesa, a visão que ela tem
da bailarina, tem que encostar a mão no pé, não pode comer chips todos os dias,
não pode se empanturrar de chocolate. Vai ter que suar, correr, pular várias vezes... ‘De novo, tia? A gente só faz isso!’ Então quando chega no meio ou no final
do ano, ela diz: ‘mamãe, não quero mais.’ E tem aquelas que dizem: ‘Tia, vamos
fazer de novo? Adoro esse passo!’Você fala: essa é a bailarina.
Por que as escolas resolveram abrir aulas de balé para adultos?
Eu vejo assim: existem pessoas que têm um perfil de academia, gostam da
música, daquele movimento e tudo mais. E existem pessoas que, como eu,
preferem ir para a sala de aula, ouvir música clássica e fazer uma aula tranquila,
onde possam respirar, pensar no que eu estão fazendo. E isso é um perfil de
muitas pessoas, só que antes não havia essa abertura; acredito que por falta
de espaço, conhecimento e até de professores capacitados. De uns 10 anos
para cá isso começou a ser uma coisa procurada. Também acontece o seguinte: ex-bailarinos (aqui temos muitos) que já fizeram aula na infância ou na juventude, seguiram suas profissões – porque balé não dá dinheiro no Brasil – e
depois querem voltar.
A procura por pessoas leigas é grande?
A questão da menor ou maior procura se deve ao fato de hoje haver essa
cultura com o corpo; o prazer de fazer uma atividade física; a necessidade,
em função da saúde e a vontade de manter o corpo bonito. O balé clássico
trabalha do fio do cabelo à unha do pé. Olhar, respiração, postura, dinâmica,
assiduidade, comprometimento, toda essa parte de esculpir o corpo. Existe
outra coisa: se uma atriz ou um ator disser que tem um personal de balé –
atualmente existe essa profissão (já fui até procurada para isso), todo mundo quer. Nesse caso, a pessoa quer uma aula de balé dirigida para o físico
dela, para as limitações que ela tem, para objetivos como modelagem do
corpo, melhor alongamento, tônus muscular...
Para ter tudo isso não é preciso ter feito balé desde criança?
No adulto dá para trabalhar a correção. É lógico que a pessoa que procura o balé
já adulta não quer ser uma bailarina clássica perfeita. O professor vai direcionar
para o que ela quer. Eu não trabalho com isso; não é a minha praia; gosto de
formar bailarinos. Já formar bailarinos adultos é um pouco mais difícil, porque
aí já envolve o físico. Se a pessoa quer ser bailarina tem que começar quando
criança, ou, em casos mais raros, pré-adolescentes, se tiver o físico apropriado.
56| Living Vectra
sacada
Além das
expectativas
O grande sucesso do Evolution Home Ayrton Senna,
entregue ano passado pela Vectra, já indicava a receptividade com a qual o mercado de fato recebeu o
segundo empreendimento da série. Localizado na rua
Ulrico Zuinglio esquina com a rua Maria Lúcia da Paz,
o Evolution Home Alto da Palhano une características
únicas: iluminação e ventilação generosas, vista privilegiada, apartamentos bem distribuídos e uma excepcional área de lazer.
Construído em uma área de 4.350 metros quadrados,
o edifício é formado por 23 pavimentos-tipo com oito
apartamentos por andar. São 128 metros quadrados
de área total e 81 metros quadrados de área útil, distribuídos em plantas de três dormitórios, sendo um
deles uma confortável suíte. Destaque para a varanda
com churrasqueira.
Três níveis de garagem, com entradas individuais, servem os apartamentos, que contam com opções de
uma ou duas vagas. “A entrega do edifício surpreendeu os clientes, pois desde o hall até os apartamentos
ele tem uma aparência superior, se destacando entre
os similares de sua categoria no mercado imobiliário”,
observa o coordenador de vendas e planejamento
Cléber de Souza.
A área de lazer, equipada e decorada pela Vectra, conta
com piscinas (adulto, biribol e infantil), quadra esportiva, espaço fitness, espaço gourmet, lounge, sala de
jogos, salão de festas, brinquedoteca, playground e
churrasqueiras. “O que eu vejo nos empreendimentos
da Vectra é a preocupação em superar as expectativas
de quem comprou, de quem investiu”, diz a arquiteta
Simone Ito, que assina o projeto de interiores.
Localização privilegiada,
acabamento primoroso e
apartamentos bem distribuídos
definem o Evolution Alto da
Palhano. Destaque para a
generosa área de lazer que
possibilita festas simultâneas
com total privacidade
Por Rosângela Vale
Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra | 59
Complexo de piscinas
Ela explica que a planta em forma de cruz, com
os elevadores na parte central e os ambientes
nas pontas, permite que haja total privacidade
para a realização de festas e recepções simultâneas. “Todos funcionam de forma independente”,
informa a arquiteta.
A concepção decorativa dos ambientes partiu
da ideia de oferecer uma dose de ousadia que
geralmente não se experimenta dentro de casa.
“Acho que isso encanta: ter um espaço que impressione tanto o morador quanto as visitas nos
momentos de descontração”, argumenta.
E se a primeira impressão é realmente a que
fica, a visão do hall com imponentes luminárias
– projeto da arquiteta sob medida para o espaço – cumpre perfeitamente esse objetivo. “Como
temos essa fachada em vidro em toda a esquina,
precisávamos de uma iluminação condizente”,
justifica Simone.
Lounge
Hall de entrada
Hall de entrada
Espaço Gourmet
60| Living Vectra
Na escolha das cores e dos móveis para os ambientes, a arquiteta evidenciou a vocação de
cada um. E deu unidade a toda área comum ao
espalhar diferentes telas do artista gráfico Edgar
Costa, feitas exclusivamente para o Evolution.
“Ele desenvolve um tipo de arte digital que tem
tudo a ver com o conceito de evolução”, detalha
Simone.
“Tanto para quem busca moradia quanto
para quem tem perfil investidor para locação, o Evolution Alto da Palhano é completo
e possui uma fórmula ideal de custo baixo
de manutenção, o que influencia diretamente o preço de venda e locação”, analisa
Cléber.
É o que constatou o empresário José Eduardo Almeida, que já mobiliou e alugou o
apartamento. “É um produto que oferece
rentabilidade superior ao mercado em virtude do acabamento e da localização”, diz
ele, elogiando a agilidade no procedimento
de entrega do imóvel pela construtora.
Para o empresário Leandro Vilela, é um imóvel sob medida para os planos da família,
do tamanho do apartamento às opções da
área de lazer. “Temos uma filha de 10 meses
e vamos aproveitar muito os espaços”, prevê. Segundo ele, foi amor à primeira vista.
“Eu tinha visto outros apartamentos, estava
quase fechando negócio, mas quando vi o
Evolution achei muito mais interessante por
causa da localização, da credibilidade da
construtora e do padrão do apartamento”,
diz ele, que se mudou para o novo lar no dia
26 de dezembro. “Foi um presentão de Natal
para a família.”
Sala de jogos
Churrasqueira
Living Vectra | 61
moldura
O sete
da sorte
Campeão mundial de clubes da Fifa com o
Bayern de Munique, o londrinense Rafinha segue
na torcida por uma vaga na seleção de Felipão
Por Karla Matida
Fotos Assessoria Rafinha
Treze na camisa vermelha do Bayern de Munique e 5 em recente amistoso
com a amarelinha da Seleção Brasileira, o jogador londrinense Rafinha tem o
sete como um número que pontua sua vida. Sétimo filho, Márcio Rafael Ferreira de Souza nasceu no dia 7 de setembro de 1985, mas é mais conhecido,
tanto aqui como mundo afora, pelo apelido, que, por sinal, tem sete letras.
Também foi aos sete anos que começou a jogar futebol.
Aos 28 anos, celebra uma ótima fase. “Conquistei todos os títulos possíveis,
não tem como superar. O desafio agora é igualar”, explica Rafinha, que esteve
em Londrina dois dias após conquistar o Mundial de Clubes da Fifa. “Saí de
Marrakesh e fui para Madri, de onde peguei o voo para cá”, lembra o jogador.
“Valeu o esforço para estar aqui”, garante Rafinha, que, além de celebrar a conquista ao lado da família e dos amigos de infância, também foi homenageado
na Câmara Municipal de Londrina. O jogador recebeu o título de Cidadão Benemérito de Londrina.
Craque da bola, Rafinha também mostrou desenvoltura no discurso de agradecimento, que também foi feito em alemão, já que a cerimônia foi transmitida para os fãs na Alemanha. Na página oficial do Facebook, o jogador tem
mais de 400 mil fãs de todos os cantos do mundo. No Twitter, são mais de 160
mil seguidores.
“Não tem como controlar toda essa gente, então eu tenho uma equipe que
cuida disso para mim”, explica Rafinha, que conversou com a Living Vectra
momentos antes de receber a honraria na Câmara. Mesmo sendo monitorada por profissionais, as redes sociais do jogador londrinense também têm
seus momentos pessoais, no qual ele compartilha fotos do convívio familiar.
Living Vectra | 63
Pouco antes de completar 10 anos de Alemanha, que serão comemorados em 2014, Rafinha por pouco não voltou
a morar no Brasil. O convite do retorno foi do Corinthians.
“Conversei com a família e decidimos ficar”, conta o jogador,
que renovou com o Bayern até 2017.
Titular do último amistoso da Seleção Brasileira antes da
Copa do Mundo, Rafinha entra no coro com a torcida londrinense por uma vaga no time de Luiz Felipe Scolari. “Já
tive o prazer de defender a Seleção Brasileira, mas, claro, o
sonho de todo jogador é jogar uma Copa do Mundo e é a
última coisa que me falta. Já disputei todos os campeonatos possíveis. Eu procuro não agir com a emoção e sim com
a razão. A minha parte estou fazendo e estou fazendo bem
feito. O resto cabe a eles, se vou ser convocado ou não. Claro
que a esperança, né...”, sorri.
Rafinha começou no futebol de salão e depois passou para
o campo. Do PSTC foi para o Coritiba, com o qual foi campeão paranaense na sua temporada de estreia, repetindo a
dose vitoriosa no ano seguinte. Negociado com o Schalke
04, o jogador embarcou para a Alemanha, de onde saiu
apenas para uma temporada no italiano Genoa. Desde
2011, é jogador do Bayern de Munique.
Rafinha em três momentos: em campo com o Bayern de Munique, com a
mãe recebendo as homenagens da Câmara dos Vereadores de Londrina e
no último amistoso da Seleção Brasileira antes da Copa
“Muitas pessoas não sabem o que tive que passar para
chegar onde estou. Hoje não me falta nada, mas só a gente sabe o sofrimento”, emociona-se Rafinha no discurso na
Câmara. O primeiro agradecimento é para Deus e a mãe
Deusdete é logo lembrada. “Quero agradecer minha mãe,
mulher de coragem, exemplo de vida. Ela sempre acreditou em mim”, orgulha-se o jogador. Rafinha lembrou que
muitas vezes foi preciso escolher entre o passe de ônibus,
para ele ir treinar, e a comida em casa. “Eu trocaria tudo
que conquistei, todos os títulos, para ter meu pai de volta,
mas sei que ele está no céu olhando por mim e feliz por
minhas conquistas”, diz.
Mesmo há 10 anos na Europa, o jogador segue com fortes
ligações com Londrina. “Meus melhores amigos estão aqui,
no Cinco Conjuntos, no Jardim do Sol, onde cresci”, conta
Rafinha, que não perde uma oportunidade de encontrá-los. “A minha família pode sempre ir lá me visitar, mas eles
(os amigos) só vejo aqui”, explica.
Em tempo: a convocação para a Copa do Mundo acontece
no dia 7 de maio, no Rio de Janeiro. Cruze os dedos pelo Rafinha e também pelo Fernandinho, outro londrinense com
grandes chances de figurar na lista dos 23 jogadores eleitos
pelo técnico Felipão.
64| Living Vectra
alto-falante
O anjo branco
da Terra Vermelha
Aos 97 anos, o médico Afonso Haikal se lembra
com detalhes de sua trajetória como primeiro
pediatra e pioneiro de Londrina
Por Rosângela Vale Fotos Fábio Pitrez
O médico Afonso Haikal sempre encontra ex-pacientes por onde passa. Muitos fazem questão de
cumprimentá-lo e de lembrar que, quando crianças,
foram salvos graças ao seu atendimento. A cena seria
corriqueira não fosse pela faixa etária dos personagens. Primeiro pediatra de Londrina, Haikal atendeu
boa parte dos sessentões da cidade. Do alto de seus
97 anos, exibe uma memória prodigiosa – tem datas
na ponta da língua – e é documento vivo da história
da cidade.
“Cheguei a Londrina no dia três de março de 1941.
Era um faroeste. Na época devia ter uns 12 mil habitantes. Quando chovia, era um barro muito grande
e quando fazia sol, uma poeira danada; tinha que
trocar de roupa três vezes por dia”, lembra. Filho de
libaneses, mineiro de Ubá, ele se formou na Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, e fez
residência no hospital infantil Fernandes Filgueira. Lá
se tornou amigo do professor César Perneta, pediatra curitibano que sugeriu Londrina como destino ao
jovem médico.
Assim como Haikal, a cidade também estava começando e, segundo acreditava Perneta, teria um
futuro promissor. “Não pensei duas vezes; achei que
ficaria um pouco, ganharia um dinheirinho e voltaria
para o Rio. Mas o barro daqui é pegajoso. Fui ficando
e não tive mais vontade de voltar.”
Com a ajuda do pai de um colega de turma que tinha consultório na cidade (o médico Jonas de Faria
Castro), Haikal se estabeleceu e logo ganhou fama
como o único pediatra da região. “Os casos mais
difíceis mandavam para mim. E, por sorte, eu ia
resolvendo. Fiquei logo com um bom conceito na
cidade”, conta ele, que tinha um processo especial
para tratar meningite. “Eu retirava 10 ml de líquor e
injetava 10 mil unidades de penicilina cristalina na
ráqui da criança. Em quatro dias ela ficava boa. Não
perdi nenhum caso.”
Living Vectra | 67
Seu primeiro consultório foi na rua Sergipe, compartilhado com
o colega Abílio Soares e o advogado Hosken de Novaes, que
se tornaria prefeito de Londrina em 1963 e vice-governador do
Paraná em 1979. Na Santa Casa, inaugurada três anos após sua
chegada a Londrina, Haikal atendia indigentes voluntariamente. “Trabalhei muito tempo assim. Não havia médicos suficientes”, conta. Anos depois, em 1953, se tornaria diretor clínico da
instituição, e uma de suas primeiras providências foi a aquisição de uma incubadora. Antes disso, era preciso improvisar. O
médico se lembra de um bebê prematuro, nascido com 900
gramas, que sobreviveu graças a roupas forradas de algodão in
natura e a garrafas de água quente colocadas no berço pelas
irmãs do hospital.
Desidratação e gastroenterite eram os principais problemas
que atingiam os pequenos na época. “A desidratação avança de
uma maneira na criança que, se não acudir, mata mesmo”, observa. Devido à falta de estrutura para a administração do soro
via endovenosa, o tratamento era feito via oral: “Recomendávamos à mãe que desse uma colher de chá a cada cinco minutos,
a noite inteira. No dia seguinte a criança levantava”.
Para a coqueluche, havia um tratamento alternativo que Haikal
presenciou muitas vezes durante a residência no Rio de Janeiro.
“Duas vezes por semana as crianças embarcavam em um avião
da FAB e voavam a dois, três mil metros de altitude por duas a
três horas. Havia um dispositivo que deixava o ar entrar naquela
altitude. E aquele ar puro fazia a criança melhorar”, relata o médico, que repetiu o procedimento algumas vezes em Londrina
para tratar as duas filhas.
As atualizações profissionais aconteciam por meio das semanas médicas que foram ganhando relevância e atraindo médicos de outros Estados. “Tivemos a oportunidade de convidar
médicos eméritos, como Benedito Montenegro, Mário Deni e
Ivo Pitanguy, que veio duas vezes a Londrina; a primeira, a meu
convite”, recorda Haikal. Assim começava a história de Londrina
como polo de medicina.
Figura importante da sociedade que então começava a se organizar, Haikal tem seu nome registrado na fundação de todos
os clubes da cidade, incluindo o Aeroclube – onde foi aluno da
primeira turma. Também foi fundador da Associação Médica de
Londrina (presidente em 1967) e procurador da Fundação do
Ensino Superior de Londrina (Fesulon), criada para possibilitar a
fundação da Faculdade de Medicina e, consequentemente, da
Universidade Estadual de Londrina. Por sua imensa contribuição à cidade, Haikal recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Pinheiro,
a maior condecoração do governo do Estado do Paraná. “Vim
para cá com 23 anos. Vivi a maior parte da minha vida aqui. Sou
londrinense de coração”, diz.
De seus oito irmãos, apenas dois mais jovens estão vivos. Parte
de sua longevidade ele atribui aos hábitos moderados. Com
exceção do cigarro – começou a fumar para espantar o cheiro de formol nas aulas de anatomia e só parou 20 anos depois
–, sempre ficou longe de vícios. Não bebe e come de maneira
adequada. “Numa das primeiras aulas de medicina, o professor
disse para fugir dos enlatados e dos embutidos. Guardei isso”,
revela Haikal, que nadou diariamente até os 90 anos e costuma
ler vários livros ao mesmo tempo.
Mas há que se incluir também o fator sorte, já que saiu ileso
de um acidente de avião logo no início da carreira. Mesmo
temeroso de voar numa companhia aérea não confiável, ele
embarcou. “Todo mundo queria se sentar no último lugar,
porque no avião que tinha caído só se salvou quem se sentou
lá. O piloto apontou para mim e disse: ‘quem vai sentar lá é
esse senhor mais magro’. Era para não fazer peso”, diverte-se.
De fato, um dos motores falhou e, na aterrisagem forçada, a
asa bateu em uma cerca. “O avião ficou imprestável, mas todo
mundo sobreviveu.”
Durante a queda, Haikal garante não ter sentido medo, mas
uma coisa não saía de sua cabeça. Ainda era solteiro e tinha
uma quantia considerável no banco. “E se eu morrer, aquele
dinheiro que eu custei a ganhar, com quem vai ficar?” Assim
que chegou ao seu destino, não teve dúvidas. Comprou o
melhor carro da época, um Bel Air Chevrolet, e voltou dirigindo para Londrina.
68| Living Vectra
Weblon
álbum
Fotos Douglas Gama
Lançamento premium
A cidade de Dourados, no Mato Grosso do
Sul, recebeu com festa o projeto do loteamento
fechado Porto Madero, que promete ser
referência em morar bem na região. Os
empreendedores presentearam a cidade e os
clientes com um show da cantora Gal Costa. Gal Costa
Susumu, Maria Luiza e Fernando Fuziy
Manoel, Regina e Guilherme Alves Nunes com Márcio Giocondo
Marta Manttovanni e Alessandra Lorensini
Marcelo Fuziy
Fernando, Mariana, Isabela e João Pedro Fuziy
Simone Barnabé e Renata Manttovanni
Enzo, Adriana e Dante Bellinati Guazzi
70| Living Vectra
Vitor José e Sayonara Galão
Fotos Fábio Alcover
Histórias multiplicadas
Autoridades, imprensa e convidados marcaram
presença no lançamento do projeto 80x Londrina,
durante café da manhã no Museu Histórico.
As histórias de moradores vão se transformar em
um livro a ser lançado no aniversário da cidade,
em dezembro próximo.
Fábio Mansano e Solange Batigliana
Saulo Haruo Ohara e Nayara Kague
Carla Cordeiro e Ivone Ayres
Danieli Pereira da Silva e Cristina Tomé
e InêsMansano
Chaves
Adolfo, Sueli e Vitória,
Adolfo Luiz
Henrique
Bete Yunomae, Patrícia Zanin e Roberta Mansano
Daniele Valente, Lorraine More e Júlio Roncaratti
Karla Matida e Rosângela Vale
Tony e Marina Hara, Marcelo Camargo e Sandra Egashira
Living Vectra | 71
álbum
Fotos Fábio Alcover
À inglesa
A inspiração britânica da linha London Hills também
deu o tom ao coquetel de lançamento dos edifícios
Queen’s Park e Kensington Gardens. Clientes e
convidados puderam conhecer as duas unidades
decoradas pelo arquiteto Marcelo Melhado. A noite
ainda celebrou a ampliação da Vectra Store.
Manoel e Regina Alves Nunes
Roberta e Cecília Mansano
André e Mila Bearzi
Cristiana Veronesi e Patrícia Reichmann
Dulce Bruzarosco e Amanda Zanuto
Fernanda Kather e Ricardo Brito
Juliana e Marcelo Araújo
Cassiano Ferraz e Cléber de Souza
74| Living Vectra
Márcia Ivale e Eliza Koyama
Marcelo Melhado
Nivaldo, Thiago e Adriana Paloco
Rafael, Pedro e Gabriela Arruda
Valdir e Sônia Liuti
Vânia, Jonas e Lorena Lisboa
Vitória, Luiz
e Inês Rodrigues
Chaves
Vítor Kawanishi
e Melini
Raquel Carraro
Living Vectra | 75
área de serviço
À prova de
infiltrações
Por Rosângela Vale Foto Fábio Pitrez
Manutenção e reparos
inadequados podem
comprometer o sistema de
impermeabilização do imóvel
Evitar as infiltrações e, consequentemente, todo tipo de mofo
e insalubridade associada ao excesso de umidade é o principal
objetivo da impermeabilização. Feito em áreas externas sujeitas a chuvas e também em ambientes que constantemente
recebem água, como banheiros, áreas de serviço e sacadas, o
sistema é de extrema importância para conservar a estrutura e,
consequentemente, a segurança e o valor do imóvel.
O engenheiro Renato de Nóbrega, sócio proprietário da Cia.
do Impermeabilizante, explica que durante a construção podem ser usados diversos materiais impermeabilizantes: mantas asfálticas, cimento poliméricos, poliuretano e resinas acrílicas são alguns deles. “Depende da finalidade do ambiente,
da dimensão, da durabilidade desejada e de características
climáticas e geográficas do local”, diz.
Segundo ele, alguns sistemas de impermeabilização podem
durar anos, sendo que sua eficiência não está sujeita apenas
à deterioração pelo tempo, mas também à incorreta manutenção. O engenheiro recomenda especial atenção a reparos inadequados em tubulações elétricas e hidráulicas, ao uso de materiais não compatíveis com os sistemas de impermeabilização
existentes e, principalmente, à utilização de mão de obra não
qualificada. “O eletricista, o encanador, o marceneiro, o instalador de vidros e espelhos que vão executar o serviço devem ter
conhecimento das áreas sujeitas à infiltração”, adverte.
Uma questão frequente é a instalação incorreta de ar-condicionado, que pode danificar a impermeabilização e levar
água para dentro do imóvel. Instalações elétricas executadas externamente também devem ser feitas com cautela.
“Os dutos e caixas de passagem não devem ficar expostos à
chuva porque a umidade pode entrar pela tubulação elétrica e chegar até a laje. Aí confunde, porque o morador pode
pensar que a infiltração está vindo da laje supostamente
impermeabilizada.”
Nóbrega observa que reparos com massa de cal, cimento e
areia são comuns em garagens com problemas de conservação. “Não resolve. A estrutura tem que ser tratada como estrutura por um especialista”, avisa. Segundo ele, síndicos e administradores de prédios e condomínios devem ficar atentos.
Muitas vezes podem comprometer a estrutura do imóvel por
falta de conhecimento, orientação ou desejo de se mostrar
um bom administrador financeiro escolhendo alternativas
menos dispendiosas.
O engenheiro Renato de Nóbrega recomenda
especial atenção a reparos inadequados em
tubulações elétricas e hidráulicas, ao uso de
materiais não compatíveis com os sistemas de
impermeabilização existentes e à utilização de
mão de obra não qualificada.
76| Living Vectra
Na limpeza de banheiros e sacadas, o ideal é usar produtos indicados pelo fabricante ou fornecedor do piso em
questão. Se optar por detergente neutro, um aviso: “Não é
o mesmo utilizado na cozinha. É neutro em relação ao PH”,
esclarece Nóbrega. Outro esclarecimento: o mofo decorrente de infiltração é resultado da umidade frequente em
qualquer época do ano e hora do dia. Há outro tipo que não
está relacionado a problemas de impermeabilização, mas é
decorrente da condensação do próprio ambiente. “Com a
mudança de temperatura, principalmente do outono para
o inverno, aumenta a concentração de umidade dentro de
ambientes fechados e sem ventilação, causando mofo atrás
de móveis e em paredes frias.”
janela
78| Living Vectra
O Zerão
e o infinito
Um dos locais mais queridos da cidade leva o nome de
Luigi Borghesi, grande entusiasta do esporte londrinense.
Conheça mais sobre o lugar e o personagem
Por Paulo Briguet Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra | 79
Esportes, lazer e cultura no oásis
urbano repleto de árvores
Londrina vai fazer 80 anos em dezembro. Se atentarmos
bem para o número 80, veremos que ele é formado pelo
símbolo do infinito na posição vertical – o algarismo 8 – ao
lado desse misterioso símbolo oval que tantas discussões
gerou entre filósofos e matemáticos ao longo da história.
O número do aniversário londrinense faz lembrar o título
traduzido de uma belíssima novela de Arthur Koestler: O
Zero e o Infinito.
Um dos lugares mais queridos da cidade tem formato oval
e ganhou o apelido carinhoso de Zerão. Desde 1988, quando aquele fundo de vale foi urbanizado, durante a administração de Wilson Moreira, os pés-vermelhos elegeram o
Zerão como ponto de encontro para a prática de caminhada, corrida e esportes coletivos. No oásis urbano repleto de
árvores e entrecortado por um córrego, anda-se de bicicleta, passeia-se com o cachorro, toma-se água de coco, joga-se basquete, vôlei, beisebol e até rúgbi. A cultura também
ganhou espaço com a construção do Anfiteatro do Zerão,
projetado pelo arquiteto Luiz César da Silva. Inúmeros concertos, shows, peças teatrais e espetáculos de dança tiveram o Zerão como cenário ao longo dos últimos 25 anos.
80| Living Vectra
O nome oficial de um lugar querido
Mas pouca gente se lembra de que o Zerão tem outro nome. Oficialmente, o local se chama Área de Lazer Luigi Borghesi. Uma homenagem bastante merecida. Que o diga o empresário londrinense Beto Borghesi, filho
de Luigi. Com saudade e carinho, Beto lembra que o pai era um apaixonado por esportes – e por Londrina. Italiano de nascimento que veio para
o Norte do Paraná aos 18 anos de idade, Luigi tinha particular predileção
por automobilismo e futebol. “Meu pai adorava Londrina. Dizia que a Itália era boa para visitar, mas lugar para morar era o Brasil”, recorda Beto.
O Norte do Paraná era o cenário perfeito para os sonhos de Luigi Borghesi. Dono de um posto autorizado Bosch – o Milano Diesel –, Luigi incentivou o filho a tentar a carreira de piloto profissional. Começou levando o
filho para participar de provas de kart. Depois, passou a categorias como
Fórmula Ford. “Meu não pai tinha dinheiro, mas conhecia muita gente,
fazia muitos contatos. Ele foi meu grande incentivador”, diz Beto.
O Londrina Esporte Clube era outra paixão incondicional de Luigi. “Meu
pai acompanhava o Tubarão onde quer que o time jogasse”, lembra Beto.
“E depois reunia os jogadores, distribuía prêmios para aqueles que se
destacavam.” Eram áureos tempos do esporte em Londrina. “O nome de
Londrina era temido em várias modalidades esportivas. Infelizmente isso
acabou, por falta de apoio”, lamenta Beto.
“Londrina precisa cuidar melhor
dos seus espaços de esporte
e lazer” diz o empresário Beto
Borghesi, filho de Luigi
Living Vectra | 81
Filho de guerreiro, guerreiro é
A atuação de Luigi em prol do esporte londrinense foi subitamente interrompida em 1982. “Eu estava disputando uma prova de Fórmula Ford em Cascavel, quando ele me disse que estava sentindo uma dor”, relata Beto. Seis meses
depois, Luigi Borghesi morreu de câncer ósseo. Tinha apenas 49 anos.
A tristeza foi tão grande que Beto ficou dez anos longe das pistas. Se Luigi não
tivesse partido tão cedo, é bem possível que o filho alçasse vôos mais longos
em termos internacionais. Ainda assim, em 1992, a paixão falou mais alto: Beto
Borghesi voltou às pistas, tendo feito uma carreira de destaque no Brasil, com
títulos em categorias como Fórmula Fiat e Endurance. Além disso, Beto teve
um papel importante na construção do Autódromo de Londrina e é o promotor das 500 Milhas de Londrina, prova realizada no aniversário da cidade há 21
anos. Pode-se dizer que Beto Borghesi herdou o espírito guerreiro e competitivo do velho Luigi. (Um detalhe: o kartódromo de Londrina também se chama
Luigi Borghesi.)
Buraco do Azevedo, uma história antiga
Mas voltemos ao Zerão. É certo que Luigi não ficaria contente com o estado de
abandono que a área de lazer vem enfrentando nos últimos anos. Apesar de
ainda ser bastante frequentado por praticantes de caminhada e corrida, o Zerão poderia merecer um pouco mais de atenção por parte das administrações
públicas. “Londrina precisa cuidar melhor de seus espaços de esporte e lazer”,
diz Beto, passeando pela área que leva o nome de seu pai.
Antes que o Zerão fosse Zerão, aquela região da cidade já tinha história. Nos
anos 60 e 70, o lugar era conhecido como “Buraco do Azevedo”. No local hoje
ocupado pelo anfiteatro, havia uma piscina natural onde os meninos pés-vermelhos adoravam praticar salto. Para ajudar, a quantidade de árvores era ideal
para brincar de Tarzan. José Azevedo era um comerciante de móveis que possuía loja na Rua Benjamin Constant. O buraco levou seu nome possivelmente
porque ele comprara uma chácara no fundo de vale. Não se sabe se Azevedo
e Luigi Borghesi se conheceram, mas é certo que foram contemporâneos. E
já que estamos falando de efemérides, uma curiosidade: se Luigi fosse vivo,
estaria com 80 anos – quase a mesma idade da cidade que ele tanto amou.
82| Living Vectra
Luigi Borghesi, apaixonado por esportes e por Londrina
Canto ao grande zero
Por Paulo Briguet
Vocês que moram nas cidades, campos,
Um zero que é quase um
Nas alamedas, casas, pontes, ruas,
Mas que sendo zero persiste
Não imaginem que somente suas
Em ser algarismo nenhum.
São as visões totais do grande zero.
És um zero tão belo
Zero,
Um zero de magnitude,
Ovo do tempo no chão de Londrina,
Que a par de ser magnífico
Geometria em pleno desencanto,
Doença transforma em saúde.
Abstração sem ideia,
Continente sem conteúdo,
Paro no bar; na esquina do zero.
Forma ateia
Bebo um copo bem frio de veneno.
Do Deus fecundo.
Olho as meninas que correm pra ti
Do modo mais doce e ameno.
Símbolo do nada
Por quem jamais espero:
Árvores, pedriscos, aves e cães.
Se perguntam aonde vou,
Tudo o que restou da floresta
Digo que vou ao zero.
Revive em teu tempo, circula em teu seio,
Se perguntam onde estou,
Porque os eternos jamais sentem pressa.
Digo que estou a zero.
Se perguntam o que eu sou
Circulem, seres.
Digo: à esquerda, zero.
Rodem, estações.
Avancem, relógios.
Eras apenas um vão,
Afinem-se, tons.
Buraco hostil na planície.
Cortavas a geografia
Zero,
Antes que o tempo surgisse.
Reflexo de um giro interminável
Pelos graus de um zero imenso.
Depois vieram os homens;
Primo-irmão do infinito
Em torno de ti, a cidade.
Em que existo quando penso.
E mesmo calado sabias
Todo o tempo a verdade.
Zero,
Cidade zero,
No fundo do teu vale escuro
Terra zero,
Já escondias tua grande elipse,
Sol zero,
Quando a humana arquitetura
Galáxia zero,
Não te fizera partícipe.
Cosmos zero,
Átomo zero.
Hoje caminho por ti
Como quem pisa no vento
Elipse em forma de mundo,
Levo pra mim os teus ares
Do campo, do ser, da cidade.
Bebo teu cheiro, sedento
E mesmo calado sabes
Ajusto em ti meus andares
O tempo, o caminho, a verdade.
Confisco-me em teu pavimento.
És um zero tão grande
biblioteca
Londrina
por ela mesma
Por Rosângela Vale Fotos Saulo Haruo Ohara
Para comemorar as oito décadas da cidade, comunicadores e
empresas se unem para lançar o projeto 80x Londrina
84| Living Vectra
No ano em que Londrina comemora 80 anos, a Vectra patrocina um projeto audacioso: contar a história da cidade
do ponto de vista de quem a faz. Outras empresas também
apostaram na iniciativa e o time de especialistas que propôs a ideia já deu start à pesquisa de campo.
Batizado de 80x Londrina, o projeto traçará um paralelo entre a idade da cidade e 80 bairros que compõem a sua malha
urbana. “Há experiências parecidas, como é o caso do livro
sobre os 450 anos e 450 bairros de São Paulo, feito por Ponciano Levino. Mas até pela grande quantidade de bairros, ele
fez uma abordagem sucinta. Queremos aprofundar a ideia e,
dentro dos 80 bairros, apresentar possibilidades de histórias
de Londrina”, explica o coordenador de comunicação da Vectra e produtor executivo do projeto, Fábio Mansano.
“Há uma infinidade de informações de temporalidades e vivências diferentes sobre a cidade; eu gostaria de mostrar isso num
grande panorama. Cruzar histórias de vida com um entendimento macro da cidade. Não é uma história linear: ingleses, ciclo
da madeira, cidade de tábua, café, cultura branca (soja e trigo),
verticalização. Todas essas questões, evidentemente, vão entrar
no livro, mas a partir das experiências das pessoas”, observa o historiador e jornalista Tony Hara, autor de quatro livros sobre a história de Londrina e criador do blog Doc.Londrina (www.doclondrina.blogspot.com), com 150 mil acessos em um ano de vida.
José Rodrigues Andrade, Vila Brasil
Living Vectra | 85
Por conta da experiência do blog, surgiu a ideia de criar ferramentas online para que as pessoas não só acompanhem a pesquisa
praticamente em tempo real, mas também interajam com o
conteúdo, tornando-se parte da construção do livro. O trabalho,
portanto, terá duas estratégias de levantamento de informações:
pesquisa bibliográfica e entrevistas com moradores.
“São duas equipes, uma que conversará com livros, mapas, jornais
e revistas antigos, poemas, crônicas, teses e dissertações sobre
Londrina. Conversará com os arquivos mortos. Por essa razão, os
bairros mais antigos da cidade serão enredados no livro tendo
como cenário temporal as décadas de 1940 a 1970. A outra equipe, jornalística, conversará com pessoas, moradores de bairros que
ainda não foram objetos de pesquisas acadêmicas ou personagens de matérias de jornais. Bairros, ricos ou pobres, que ainda não
entraram na cartografia do imaginário coletivo”, define Hara.
Essa pluralidade de pontos de vista, para o historiador, é o que mais
se assemelha a uma cidade. “A gente se esbarra com pessoas altamente diferentes, só que nunca questiona como elas vivem a vida,
onde encontram prazer ou desprazer. Espero que a gente consiga
fazer isso no livro.”
Idealizadora do programa Áudioretratos – Histórias de vida no rádio, no ar pela Rádio UEL FM desde 2010, a jornalista Patrícia Zanin é a responsável pela escuta das histórias durante o trabalho
de campo. E saber escutar, de fato, é ponto crucial para o projeto.
Não se trata apenas de gravar o que o outro diz. “É acolher a história, desnudado de preconceitos e valores que você defende”,
argumenta Hara.
86| Living Vectra
Pedro da Silva,
Vila Marizia
Jardim Cláudia
Parque Ouro Verde
Site do projeto
é atualizado
semanalmente com
novas histórias
As fontes da jornalista – já são mais de 70 personagens entrevistados para o programa – são pontos de partida para o projeto, mas
a dinâmica do trabalho vai além. “Estamos acostumados ao que
as pessoas acham: opiniões, Facebook, blablabá. Mas a gente está
atrás do que as pessoas fazem efetivamente. Porque as ações de
cada um, boas ou ruins, é que vão construir a cidade. E nós temos
pouca capacidade de ler gestos; prestamos mais atenção no discurso. Ler gestos está dentro dessa arte da escuta. E a Patrícia tem um
talento gigantesco para isso”, ressalta o historiador.
A jornalista cita um exemplo de como funciona, na prática, o
trabalho de campo. “Eu conhecia uma senhora, moradora da
Vila Marizia, que fez a vida no bairro, trabalha na reciclagem.
O Tony nos orientou a descobrir algo sobre venda de minhocas, porque esse bairro sempre teve essa tradição. Chegamos
lá e vimos várias casas com a plaquinha: vendem-se minhocas.
Em uma delas, estava escrito: vendem-se minhocas no capricho. Batemos, o Seo Pedro nos atendeu. Perguntamos o que
era no capricho, ele encheu a latinha e disse: ‘é isso aqui’. E aí
contou que vive lá há mais de 30 anos, que construiu a casa
onde mora com o dinheiro da minhoca, que já brigou para
melhorar o bairro, que ele era um dos que lotavam o ônibus
para ir à prefeitura pedir infraestrutura. Então vão aparecendo
as ações”, revela Patrícia.
88| Living Vectra
Segundo o historiador, a narrativa busca fugir tanto do viés acadêmico quanto da crônica literária. “Eu prefiro a voz da pessoa que
viveu uma experiência concreta à interpretação de um cronista
que se acha um leitor sensível e onipresente do espetáculo da vida
urbana. Não quero simular esse lugar. Mas a leveza do texto, característica da crônica, é algo que interessa e se deseja”, esclarece.
As imagens feitas para o livro levam a assinatura de Saulo Haruo
Ohara, que tem no sobrenome a tradição da fotografia londrinense.
Neto do mestre Haruo Ohara, destacou-se como fotógrafo de artes
cênicas e passou recente temporada de estudos na Escola Superior
de Fotografia de Vevey, na Suíça. Ao lado de Patrícia durante as entrevistas, o fotógrafo faz os primeiros registros dos personagens e
também do perfil arquitetônico dos bairros.“A partir da história que
escuto, marco uma nova foto”, conta.
As reuniões semanais da equipe – onde essas histórias são relatadas
– são fundamentais para as designers Elisabete Yunomae e Cristina
Thomé, da Visualitá, responsáveis pela parte gráfica do livro. “É mais
ou menos como se a gente fosse construindo junto ao imaginar
isso visualmente”, diz Cristina. “Além das fotos do Saulo, vamos trabalhar com outros arquivos de imagens, como recortes de jornal e
anúncios publicitários antigos; o material gráfico terá muitos elementos, será um desafio”, observa Elisabete.
Raphael Safra, Vila Brasil
Vista Bela
Living Vectra | 89
Para Mansano, um projeto tão complexo e ambicioso só poderia ser
executado em tão curto espaço de tempo – de fevereiro a novembro – com um time de primeira linha.“O Tony já tem toda essa leitura
da cidade; a Patrícia, muitas fontes e experiência na coleta de material; o Saulo, da mesma forma, em fotografia. A Bete e a Cris, também,
com edição de livro”, elenca.
A previsão é de que cada bairro ocupe, em média, quatro páginas, o
que daria um livro de, no mínimo, 350 páginas. E, embora o principal
objetivo não seja exatamente o de ser um presente para Londrina,
Mansano acredita que as empresas patrocinadoras do projeto encarem dessa forma,“já que são poucos os projetos em desenvolvimento
para essa comemoração”, aponta ele. Midiograf, Folha de Londrina,
Unimed e Z3 Web, além da Vectra, estão apostando na ideia.
Outra motivação para o apoio dos patrocinadores é a oportunidade de associarem a marca a um projeto cultural que vai
deixar um legado. “Sem falsa modéstia, tenho certeza de que
no centenário de Londrina uma das fontes para outros projetos será essa obra”, diz. “Acho que a ideia principal não é a de
ser um presente, mas a de estar presente, participar da vida
da cidade; 80 anos é um marco importante”, frisa Mansano. Ele
aponta um paradoxo interessante: apesar da pouca idade, a
projeção de Londrina no cenário nacional é notável. “Essa história do aeroporto ter sido o terceiro mais movimentado do
Brasil 40 anos atrás, toda essa pujança que concentrou como
capital mundial do café...”
Lançado oficialmente no final de março com um show do grupo
Boca Livre, o projeto 80x Londrina prevê outro show, em dezembro, na véspera do aniversário da cidade. Junto com o livro, cuja
tiragem inicial deve ser 2 mil exemplares. A publicação será distribuída entre os patrocinadores, em bibliotecas públicas do Paraná
e também estará à venda.
O jornalista e historiador Tony Hara, a designer Cristina Thomé, o fotógrafo Saulo Ohara, a designer Elisabete Yunomae, a jornalista Patrícia
Zanin e o jornalista e produtor executivo do projeto, Fábio Mansano: time afinado
90| Living Vectra
city-tour
Porto de
delícias
Por Karla Matida Fotos Fábio Pitrez
Ícone gastronômico
de Londrina,
Minato é herança
da família Matsuo,
pioneira da
culinária asiática
na cidade
Apesar de ter começado a trabalhar na lavoura do interior
de São Paulo, Chinzoo Matsuo logo seguiu os passos do
pai, que era fotógrafo no Japão, antes de imigrar para o
Brasil. Mas é na gastronomia que o nome da família já
garantiu um lugar de destaque na história de Londrina.
“Sou pioneiro também no Paraná”, afirma Matsuo, sobre
seu papel na introdução da culinária asiática na região.
Mesmo quem não é da época do restaurante Matsuo, que
surgiu nos anos 1950, já deve ter se deliciado com alguma
receita do cardápio da família. É que desde meados dos
anos 1980, é com o Minato que Chinzoo e seus filhos
servem os londrinenses.
Inaugurado em 1986, o Minato ganhou o nome depois de
uma consultoria. “Perguntei para uma senhora japonesa
e ela sugeriu Minato, que significa porto”, conta Matsuo. E
a ideia do entra e sai de um porto agradou o empresário,
prevendo a bem sucedida movimentação de clientes no
restaurante. “E também porque a gente não consegue
ficar parado”, filosofa.
Muitos leitores vão até questionar o fato de o Minato não
ter sequer completado 30 anos. Sim, parece mesmo que o
estabelecimento existe há bem mais tempo. Para o garçom
Romildo Frediano, o mais antigo da casa, as quase três
décadas trabalhando no restaurante parecem mesmo muito
mais. “Atendemos até bisnetos de antigos clientes”, constata.
Living Vectra | 93
O cardápio pouco mudou nos
últimos anos, com destaque
para campeões de pedidos
como o lombinho alho e óleo, o
arroz, o macarrão e a costelinha
94| Living Vectra
“A condição que eles nos dão aqui é muito importante. Você tem confiança no que vem da
cozinha”, explica Romildo. “Qualquer prato que o cliente pedir, vai seguir a mesma tradição”, completa. Para o garçom, o fato de ser tudo preparado na casa é um dos sucessos do
restaurante. “O que mudou nesses anos foram as máquinas de cilindrar,
que facilitaram o trabalho”, conta.
O prato mais pedido? “Porquinho com alho”, responde prontamente Romildo, mas logo
emendando outros pratos campeões de vendas. O cardápio é generoso nas opções, que
vão do macarrão ao arroz shop-suey, passando pela costelinha e o peixe.
Apesar da ascendência nipônica dos proprietários, é a culinária chinesa que prevalece no
Minato. “Um conhecido de São Paulo me indicou o chef chinês Pan San”, conta Matsuo. O
chef desembarcou em Londrina com receitas autênticas na bagagem, dando início à introdução da gastronomia chinesa na cidade. “Foi nos anos 60”, conta Matsuo, que primeiro
abriu um restaurante com seu sobrenome e vendeu em 1984, antes de ter o Minato.
Foi a senhora Ussako, esposa de Matsuo, que resolveu diversificar a renda da família, quando a fotografia ainda era o carro-chefe, e passou a cozinhar para fora. “Era 1951”, puxa pela
memória o senhor Matsuo. Entre tantas datas, o empresário brinca com a própria idade.
“Quantos anos vocês me dão? As pessoas sempre acham que tenho uns 70”, diverte-se.
Voltando aos anos 1950, pouco tempo se passou e o tempero da esposa começou a ser
mais lucrativo que o negócio principal, mudando os rumos da história. “Toda a família
trabalha aqui, meus quatro filhos, noras e até uma neta”, contabiliza Matsuo.
Living Vectra | 95
Mais antigo da equipe, o
garçom Romildo atende
gerações de clientes:
“Até os bisnetos”
Apesar de as receitas ainda seguirem o padrão criado
pelo chef Pan San, a decoração do restaurante faz pouquíssima menção ao Oriente. “Estamos sempre mexendo”,
diz Matsuo sobre as reformas que foram feitas ao longo
dos anos. Para o empresário, um sinal de que estavam
progredindo foi a compra das máquinas elétricas para a
produção do macarrão artesanal.
Na mistura étnica que é o Minato – japoneses no comando de uma cozinha chinesa – a clientela também é
diversificada. “Oitenta, noventa por cento dos clientes são
gaijins (não-japoneses)”, relata o proprietário, que marca
presença no estabelecimento todos os dias. “Domingo é
muito puxado”, explica. Não por acaso, o restaurante fecha
às segundas, voltando para o almoço na terça.
Em tempo, a culinária nipônica também se faz presente,
mesmo não sendo protagonista do cardápio. Estão lá as
conservas, a sopa missoshiru e o teishoku, um tipo de
prato feito à japonesa. Deu fome?
No amplo salão climatizado, o toque
asiático é bem discreto e fica por
conta dos detalhes em vermelho
96| Living Vectra
objeto de desejo
Magrela
premiada
Foto Fábio Pitrez
Vedete do último Salão de Berno, na República Checa, a Scanner 1 XX foi premiada na
edição 2013/2014. Quase totalmente produzida em carbono, a bicicleta da empresa
checa 4ever pesa apenas 9,340 quilos e é uma mountain bike xc (cross country).
Onde encontrar: Kött Cyclery - (43) 3354-5688
98| Living Vectra
Gem Collection
Kitchens Curitiba Av. Pres. Getúlio Vargas, 2021 (41) 3342.7017
Central Kitchens de Relacionamento
0800 11 41 42
Kitchens Londrina Av. Juscelino Kubitscheck, 2136 (43) 3345.1321
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