Vigilância Epidemiológica por Componentes em Berçário de Alto
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Vigilância Epidemiológica por Componentes em Berçário de Alto
O controle de IRAS em Neonatologia como estratégia para redução da mortalidade infantil “Um trabalho para muitas mãos” Profª Drª Roseli Calil CAISM/UNICAMP Objetivos do Milênio 1. Erradicar a pobreza extrema e a fome; 2. Atingir o ensino básico universal 3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres 4. Redução da mortalidade na infância 5. Melhorar a saúde materna 6. Combater o HIV/Aids, a malária, a tuberculose, entre outras doenças; 7. Garantir sustentabilidade ambiental; 8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento 40 1-4 anos 20 Pós-Neonatal (28-365 d) Neo-Tardia (7-27d) Neo-Precoce (0-6 d) 2009* 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 0 1990 Óbitos por 1000 NV Evolução da mortalidade na infância e da mortalidade infantil segundo seus componentes (por mil nascidos vivos). 60 Brasil, 1990 a 2009* Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS; IBGE. Estimativas utilizando a metodologia da RIPSA Nota: * 2009 é dado preliminar Taxa de mortalidade infantil, com correção da Pesquisa de Busca Ativa. Brasil e regiões, 1990 a 2010* 100 90 Brasil Norte Óbitos infantis por 100 mil NV 80 Nordeste 70 Sudeste Sul 60 Centro-Oeste 50 40 30 20 10 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010* Brasil 47,1 45,4 43,0 40,7 38,5 36,4 35,7 32,6 30,8 29,2 27,4 26,1 24,7 23,4 22,1 20,9 19,8 18,7 17,6 17,2 16,1 Norte 45,9 42,2 40,6 39,1 37,7 36,3 33,7 33,6 32,4 31,2 28,6 28,9 27,9 26,8 25,8 24,9 23,9 23,1 23,1 23,5 22,4 Nordeste 75,8 73,7 68,7 64,1 59,8 55,8 53,3 48,5 45,2 42,2 41,6 36,7 34,3 31,9 29,8 27,8 25,9 24,2 21,7 21,6 19,8 Sudeste 32,6 30,7 29,0 27,4 25,9 25,9 24,4 23,1 21,6 20,0 19,2 18,3 17,3 17,0 16,3 15,4 15,0 14,6 14,1 13,8 13,2 Sul 28,3 26,9 25,7 24,5 23,5 20,5 19,2 17,5 18,7 17,2 17,0 16,4 16,0 15,8 15,0 13,8 13,3 12,9 12,8 11,9 11,4 Centro-Oeste 34,3 31,1 29,9 28,8 27,7 26,7 24,3 24,7 23,8 22,9 20,9 21,2 20,4 19,6 18,9 18,2 17,5 16,8 17,0 17,1 15,9 Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS. Saúde Brasil 2010: Busca ativa de óbitos e nascimentos no Nordeste e na Amazônia Legal: Estimação das coberturas do SIM e do SINASC nos municípios brasileiros. Data: 29.nov.2011. * Dados preliminares Redução da Mortalidade Infantil De acordo com a OMS, os avanços são resultado: • Ampliação da imunização, • Uso de terapias de reidratação oral durante diarréias, • Uso de mosquiteiros e inseticidas • Melhoria nas condições de saneamento Depende da luta contra a Mortalidade Neonatal Menores progressos vêm sendo registrados em países pobres, afetados por conflitos ou altos níveis de HIV/Aids. CAUSAS DE MORTE EM MENORES DE 1 ANO NOS PAÍSES LATINOAMERICANOS, OPS 2003 Mal definidas Parasitárias/ 1% Infecciosas 4% Infecções GI 8% Meningites 1% IRA 5% PROBLEMAS NEONATAIS 61 % Pneumonias 8% Def. Nutricional 3% Sepsis 3% Total mortes: 325.763 CAUSAS DE MORTALIDADE NEONATAL NOS PAÍSES LATINOAMERICANOS, OPS 2003 ANOMALIAS CONGENITAS OUTRAS INFECÇÕES 10% 5% 32 % 24% 29 % BPN E PMT ASFIXIA Mortalidade Infantil no Brasil • As afecções perinatais representam a causa mais frequente de morte no primeiro ano devida e de morte de crianças menores de cinco anos. • A maior parte das mortes infantis ocorre nos primeiros dias de vida da criança, e por causas consideradas evitáveis, como infecção, asfixia ao nascer e complicações da prematuridade. Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais 2009-2010 2795 PTMBP 49,6% tiveram sepse tardia (29-71%) • >50% em 8 centros , 40-50% em 6 centros • 30-40% em 1 centro , < 30% em 2 centros Mortalidade: • 14,4% nos PT sem Sepse Tardia • 24,5% nos PT com Sepse Tardia (20% STCL e 30% Sepse clínica) Estruturação da Assistência Hospitalar • A diminuição da mortalidade infantil, depende não só da qualidade da assistência básica à gestante (pré-natal) ou ao recém-nascido (puericultura), como também da estruturação da assistência médica hospitalar, da existência de uma rede de maternidades, berçários e UTIs pediátricas e neonatais com variados níveis de complexidade e com qualidade de atendimento, o que, além de exigir pessoal tecnicamente habilitado, depende de moderna tecnologia, tornando-a mais custosa e exigente. MORBIDADES PRINCIPAIS ASSOCIADAS À PREMATURIDADE Lesões isquêmicas e hemorrágicas do SNC e alterações do neurodesenvolvimento Retinopatia da prematuridade Perda auditiva Displasia broncopulmonar Anormalidades do crescimento Anormalidades do neurodesenvolvimento RN <1000g com sepse tardia 70 * 60 50 * 40 * * * 30 20 10 0 Sem infecção * p<0,001 Sepse clínica CONS G+não CONS G- Fungo Stoll et al., 2004 Ameaças Surtos de infecção Bactérias, fungos, virus Sepse Neonatal Precoce e tardia Alta mortalidade (50%) quando não tratada Exagero no diagnóstico Tratamento muitas vezes desnecessário Emergência de bactérias MR. Resistência aos Antimicrobianos: Estratégias Chaves de Prevenção PatógenosPathogen Suscetíveis Antimicrobial-Resistant Pathogen Prevenir Infecção Prevenir Transmissão Infecção Resistência aos antibióticos Diagnóstico efetivo & Tratamento Otimizar o uso Uso de Antibióticos Sepse Tardia - FATORES DE RISCO • Peso: 9 % das crianças com P > 2.500 gr 46% das crianças com P < 1.000 gr • Prematuridade: <1000g até 26/1000 NV 1000-2000g 8-9/1000NV • Pele como barreira • Deficiência imunológica • Alterações da flora humana CCIH CAISM/UNICAMP O Papel da Colonização Intestinal • Em pré termo em NICU a proliferação de uma microflora patogênica no intestino é um passo que precede a translocação bacteriana. • A função de barreira intestinal prejudicada não protege o hospedeiro da disseminação de patógenos para a corrente sanguínea. • Esta disseminação geralmente é causada por bactérias or Gram-negativas e fungos Impacto do uso empírico abusivo de antibióticos • Relacionou o aumento da ocorrência de enterocolite necrosante e morte entre 4093 RN de extremo baixo peso que receberam tratamento empirico com antimicrobiano por tempo ≥ a 5 dias Cotten et al. Pediatrics. 2009; 123(1):58-66 Sepse Tardia – Fatores de Risco • Necessidade de procedimentos invasivos - Cateter venoso central > 10dias - Tubo traqueal ou uso de CPAP nasal • Uso de bloqueador H2 • Doença do trato gastrointestinal • Sexo Masculino > sepse e meningite gram negativo • Raça Negra > sepse tardia e infecção por GBS Berry, ALA et al – artigo de revisão FATORES DE RISCO EQUIPE REDUZIDA EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE PACIENTES EXCESSO DE PACIENTES ACIMA DA CAPACIDADE DO LOCAL RISCO PARA INFECÇÃO CCIH CAISM/UNICAMP FATORES DE RISCO Deficiência na infraestrutura hospitalar Farmácia, nutrição, lactário, BLH, higiene e limpeza, suprimentos RISCO PARA INFECÇÃO Uso indiscriminado de antibiótico Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais 2009-2010 Associação com Sepse Tardia • • • • • Genero masculino Ventilação ao nascimento Uso de drogas vasoativas nas primeiras 72 horas Ventilação Mecânica e uso de cateteres Antibioticoterapia nas primeiras 72horas aumentou em 56% o risco de sepse clínica e confirmada laboratorialmente (p <0,001) Rugolo L; Bentlin RBP; RBPN–abstract Congresso Perinatologia 2012 Prevenção de IRAS - Neonatologia • • • • • • • • • Obsessão para higienização das mãos Educação e constante reforço a todo staff Evitar super lotação Manter adequada proporção de enfermagem/RN Aplicar precauções padrão no contato com o paciente Continua monitorização e vigilância de infecção Sistema restritivo de dispensação de drogas Aplicação de desinfetante correto para a limpeza de equipamentos Restringir Cafalosporinas de terceira geração Khalid N Haque Journal of Medical Sciences 2010: 3(1) ANVISA – 2007/2008, Revisão 2010, 2012 Infecção Relacionada a Assistência a Saúde IRAS EM NEONATOLOGIA Infecções Congênitas Infecções Precoces ≤ 48 horas Infecções Tardias > 48 horas www.anvisa.gov.br Triagem para Estreptococo do Grupo B 35 – 37 semanas Bolsa Rota prematura Trabalho de Parto Prematuro Cobrar resultado do exame Avaliar necessidade de Quimioprofilaxia Prevenção de IRAS em UTI Neonatal Estratégias fundamentais Redução da transmissão cruzada de microrganismos Uso Racional de Antibióticos A. Borghesi, M Stronati J Hosp Infection (2008) 68, 293-300 Prevenção de IRAS em Neonatologia Estratégias importantes Boas Práticas em procedimentos invasivos Humanização no atendimento – Redução do Stress Uso Racional de Antibióticos Redução de erros Humanização do Atendimento Clientes & familiares Profissionais da saúde Atenção especial ao risco de transmissão de doenças infecto contagiosas Ambiente de credibilidade e bem estar ATENÇÃO HUMANIZADA AO RN CAISMUNICAMP Diminuição da luminosidade Redução de Ruídos Controle de temperatura Atenção individualizada Atenção Humanizada REDUÇÃO DA DOR Coleta Domiciliar do Leite Materno • Local tranqüilo, evitando sanitários e/ou dependências onde se encontram animais domésticos • Retirar adornos e evitar uso de perfumes • Utilizar gorro e máscara MATERIAL FORNECIDO PARA ORDENHA DOMICILIAR Banco de leite humano CAISM\UNICAMP Utilização de Fórmulas Lácteas • Crianças saudáveis que não puderam receber aleitamento materno • Crianças com necessidades nutricionais especiais que não puderam receber aleitamento materno Regulamento técnico: Portaria nº 977/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde. Baseada em normas Internacionais (Codex Alimentarius FAO/OMS; ESPGHAN e Diretiva Européia) Lei 11.265, de 2006 : Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras”: •Regulamenta a promoção comercial das fórmulas (promoção ao aleitamento materno) Designação: • Fórmulas infantis para lactentes (1º semestre) • Fórmulas infantis de seguimento para lactentes (2º semestre) • Fórmulas especiais • Aspectos de segurança • Modificações em FI são apoiadas na composição do leite humano • Baseada em estudos de curta duração avaliando impacto no crescimento pondero-estatural • O’Connor NR et al. Am Fam Phys 2009; 79: 565-70. Formulas infantis – Riscos de contaminação • Necessidade de protocolos definidos • Responsabilidade Técnica – Nutricionista/Serviço de Nutrição • Monitoramento dos Pontos Críticos: Produção - qualificar fornecedor da matéria prima, armazenamento antes da abertura do produto e após. Lactário: diluição do produto, envase, amazenamento, transporte Utilização a beira do leito Problemas com o não aquecimento • Fórmulas infantis não são estéreis: estudo multicêntrico (13 países europeus) encontrou Enterobacter spp em 53% das amostras. • Cronobacter sp (Enterobacter sakazakii – 6 espécies diferentes): 14% • Infecção grave e invasiva: recém nascidos e lactentes jovens (2 meses). • Mortalidade (RNPT): 33 a 80% • Resistente a temperaturas elevadas: < 70°C, não se multiplica: T < 5,5°C Problemas do aquecimento da FI • Reação de Maillard: ocorre entre os aminoácidos e os açúcares (carboidratos) - quando o alimento é aquecido (cozido) o grupo carbonila (=O) do carboidrato interage com o grupo amino (-NH2) da proteína, e após várias etapas produz as melanoidinas Influenciada: Temperatura Tempo de aquecimento pH da fórmula Quantidade e tipo de carboidratos Problemas com o aquecimento Prejuízo na Biodisponibilidade • • • • Cobre Ferro Zinco Vitaminas termolábeis: Tiamina, Vitamina C Ácido fólico ,Vitamina B12 • Ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa Problemas com aquecimento Redução na oferta de aminoácidos com interferência no metabolismo: • Acido glutâmico, glutamina e taurina – proteção da mucosa intestinal, oferta de nitrogênio e produção de neurotrasmissores locais Aumento de Amônia: absorvida TGI e pode ser tóxica para o SNC Boas Práticas em Lactário • Nos hospitais, as práticas de preparo de fórmulas lacteas variam de acordo com a organização e com a disponibilidade de pessoal treinado e instalações. Seja qual for o modelo de instalações físicas adotado, dois principios de segurança devem ser seguidos paro o preparo de fórmulas lácteas46 : • A disponibilidade de água potável (esterilizada) • Condições assépticas. Tratamento Térmico • Quando preconizado pelo fabricante, é realizado através da ação de calor úmido à temperatura de 110°C durante 10 minutos, seguido por resfriamento a 21°C em 2 horas e depois armazenamento em refrigerador com resfriamento até 4° C em 4 horas. • Este tratamento térmico é capaz de eliminar bactérias resistentes ao calor, não elimina esporos de bactérias, sendo caracterizado como um método de termodesinfecção de fórmulas infantis e não de esterilização. Tratameto Térmico • Fórmulas lácteas que passaram por tratamento térmico devem ser consumidas preferencialmente em 12 horas e no o máximo em 24 horas. Lactário • Todo profissional admitido para atuar no lactário deve ser orientado e treinado cuidadosamente antes do inicio das atividades. Para segurança do produto a ser oferecido este profissional precisa conhecer com detalhes o processo de trabalho, sendo desejável ainda passar por reavaliação da técnica e reciclagem periodicamente. Lactário -RH • Além do exame periódico de saúde sempre atualizado, este profissional deve ser orientado para constante vigilância quanto à ocorrência de doenças que ofereçam risco de contaminação das fórmulas lácteas, especialmente, sinais e sintomas de infecção intestinal (vômitos e/ou diarreia), infecção respiratória, lesões em pele de causa infecciosa ou não. Acrescentei a referencia deste parágrafo. Matéria Prima • O armazenamento da matéria prima é realizado via de regra sob-refrigeração a 4°C ou a temperatura ambiente no máximo a 26°C, devendo sempre ser observado às orientações do fabricante. • Identificar data de abertura da lata Lactário – Reconstituição das fórmulas lácteas • A água a ser utilizada para diluição das fórmulas deve ser fervida por 15 minutos ou autoclavada a 121°C durante 10 minutos. • As fórmulas lácteas que não sofrerão tratamento térmico (autoclavação final) deverão ser diluídas com água com temperatura a 70° e seguir técnica asséptica no preparo e fracionamento. Sequencia de realização dos 51 procedimentos (APECIH, 2011) • Cálculo do volume a ser preparado - a partir das prescrições médicas diárias. • Preparo da sala de manipulação - devidamente uniformizado, colocar gorro e máscara e lavar as mãos e antebraços antes de iniciar o preparo da sala conforme técnica descrita (capítulo 3a deste guia) • Proceder à desinfecção da embalagem da fórmula láctea com álcool a 70° Procedimento - continuação • Realizar desinfecção da bancada a ser utilizada no preparo de fórmulas e até 70 cm da parede utilizando álcool a 70° ou realizar o preparo em uma câmara de manuseio de alimentação com ação germicida quando disponível no lactário. • Dispor os equipamentos e utensílios previamente limpos e esterilizados* próximo ao local onde realizará o preparo da fórmula láctea. • Repetir a higienização das mãos colocar avental e luva estéril iniciar a reconstituição das fórmulas. Procedimento - Continuação • Reconstituir as fórmulas seguindo rigorosamente os padrões de diluição recomendados, utilizando para pesagem e medida, balança de precisão e recipiente estéril com graduação visível em ml. • Diluir a fórmulas lácteas que não sofrerão tratamento térmico utilizando água com temperatura a 70°C Procedimento - Continuação • Após o preparo de cada tipo de fórmula láctea, realizar o fracionamento utilizando copos com tampa devidamente esterilizados, colocar rótulo contendo as seguintes informações: tipo de fórmula láctea e diluição, volume, data e horário do preparo. • Após preparo a fórmula láctea poderá ser acondicionada em galheteiros e encaminhada para consumo imediato ou armazenado a 4°C para consumo até 12 horas. Procedimento - Continuação • Quando for optado por tratamento térmico, utilizar autoclave a 110°C (quando preconizado pelo fabricante, neste caso não deverá ocorrer alteração da coloração), seguida por resfriamento a 21°C, utilizar resfriamento forçado (imersão dos galheteiros em água, gelo e álcool por 10 minutos) ou técnica de resfriamento rápido utilizando equipamento próprio para este procedimento. Após resfriamento armazenar imediatamente as formulas lácteas sob refrigeração a 4°C. Cuidados na Administração de Fórmulas lácteas, Leite materno ordenhado ou leite humano pasteurizado (adaptado OMS, 2004) • O transporte da formula láctea ou LMO ou LHP para unidade neonatal (UTI ou UCI) deve ser sob refrigeração e ser mantido sob refrigeração na sala até o momento do consumo. • As fórmulas que ficarem sob-refrigeração a 4°C por ocasião do consumo poderão ser oferecidas a temperatura ambiente e/ou aquecidas em banho em temperatura máxima de 40°C. • Para RN que podem sugar, engolir e respirar a fórmula láctea/LMP/LHP deve ser aquecida rapidamente imediatamente antes do consumo. Cuidados na Administração de Fórmulas lácteas, Leite materno ordenhado ou leite humano pasteurizado (adaptado OMS, 2004) • Frascos não devem ser reaquecidos. • Os restos da preparação que permanecer no frasco deve ser descartado após um limite de tempo especificado. • Para as crianças imaturas ou doentes que não podem sugar / engolir de forma coordenada, a alimentação deve ser por sonda nasogástrica ou orogástrica ou gastrostomia. Neste caso deverá ser avaliado periodicamente resíduos gástricos. • As preparações podem ser fornecidas de forma contínua ou continua/intermitente através de uma bomba de infusão ou gotejamento Cuidados na Administração de Fórmulas lácteas, Leite materno ordenhado ou leite humano pasteurizado (adaptado OMS, 2004) • Na infusão contínua de fórmula láctea no trato gastrointestinal através de bombeamento é necessário controlar o tempo de administração de um dado volume da seringa e observar a homogeneidade da preparação no seu interior. Neste caso não há necessidade de aquecimento da fórmula a ser infundida. • Na gestão do sistema de infusão de fórmula láctea ou leite humano, deve observar as mesmas precauções em sistemas de alimentação parenteral. • Limpar a sonda gástrica com soluções estéreis após cada mamada pode reduzir a contaminação microbiana e formação de biofilmes. Integração da Equipe Multidisciplinar: As rotinas devem ser conhecidas e seguidas por TODOS – Médicos da neonatologia – Enfermagem – Cirurgia Pediátrica, Neurocirurgia – Neurologia, cardiologia, oftalmologia – Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia – Equipe do Centro Cirúrgico – Equipe do Centro obstétrico Integração das rotinas com seus fornecedores: • • • • • • • Lactário e banco de leite humano Farmácia local e farmácia fornecedora da NPP Higiene e limpeza, Rouparia/lavanderia Central de material esterilizado Radiologia Laboratórios Setor de compras Motivação e Capacitação da Equipe Educação permanente da equipe /Educação em Serviço CCIH – Feedback a equipe Participação dos profissionais em grupos de trabalho - grupo de cateter - grupo de cuidado respiratório - grupo de cuidados com a pele - grupo de pais, grupo de cuidados paliativos - incentivo ao aleitamento materno - grupo de cuidados para feridas Desafios • Mudanças no ambiente Hospitalar • Refletir a Prática • Cuidar de quem cuida • Chefias envolvidas no processo de mudança • Comunicação Temos um longo caminho a percorrer, mas penso que estamos no caminho certo... [email protected] OBRIGADA