Fábrica de dirigíveis em São Carlos recebe aporte de R$ 100
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Fábrica de dirigíveis em São Carlos recebe aporte de R$ 100
Quarta-feira, 22 Maio 2013 10:57:07 INOVAÇÃO Fábrica de dirigíveis em São Carlos recebe aporte de R$ 100 milhões Destaque • Escrito por Luiz Felipe Cordeiro • Seja o primeiro a comentar! Fábrica de dirigível e de outros meios de transporte mais leves que o ar será instalada em São Carlos. (Foto:Divulgação) A empresa Airship do Brasil (ADB), que tem um escritório técnico em São Carlos, recebeu, em dezembro, financiamento da ordem de R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O capital será usado na fabricação de um protótipo de dirigível movido a gás hélio que terá como objetivo o transporte de cargas. E a fabricação acontecerá em fábrica a ser instalada na cidade. Segundo James Waterhouse, diretor técnico da Airship e professor do departamento de Engenharia Aeronáutica da USP, a escolha de São Carlos para instalação da fábrica deveu-se a diversos fatores: tranquilidade do espaço aéreo possui formação de recursos humanos de alto nível, tem uma série de empresas de base tecnológicas e de serviços em área tecnológica: “Tem uma massa crítica de recursos tecnológicos e humanos muito bons. Além disse, ela possui o DNA tecnológico. São condições ímpares para que isso resulte num sucesso”. Antes da instalação da fábrica, ele explica, vem um período de desenvolvimento: “Só fabricamos depois que tudo estiver desenvolvido. Vamos passar quatro anos num processo grande e complexo de desenvolvimento”. Afirma, ainda, que a empresa não vai desenvolver apenas dirigíveis, mas outros produtos de transporte mais leves do que o ar,como, por exemplo o aeróstato: “Uma espécie de dirigível amarrado ao solo, que tem finalidades de segurança pública, militar”, diz, e completa: “O dirigível vai estar voando lá na frente, mas dentro desses 4 anos outros produtos estarão voando”. O professor conta que o projeto nasceu da percepção das empresas Engevix e Transportes Bertolini, sócias na ADB, de que o uso de tecnologia de transporte mais leve do que o ar para carga poderia voltar ao cenário: “Tudo começou quando o exército brasileiro procurou essas empresas propondo um estudo que culminasse no desenvolvimento de algum produto, já que o exército tem uma grande dificuldade de logística na bacia amazônica, cujo acesso a certos espaços durante a cheia é muito difícil”. Segundo Waterhouse, o dirigível não competiria com o transporte feito, por exemplo, por caminhões: “Isso porque ele e é um modal diferente de transporte: atua onde nada consegue atuar”. Como países da Europa e os EUA possuem uma rede logística eficiente, diz o professor, ali o dirigível tem pouco mercado: “Mas no Brasil o problema é exatamente oposto: o Brasil tem dinheiro, tem tecnologia e tem necessidade. Este é um dos maiores projetos de desenvolvimento que o país tem hoje. É algo que muda o paradigma do país”
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