EDUCAR - Gazeta Valeparaibana

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EDUCAR - Gazeta Valeparaibana
Edição 45 Ano IV Agosto 2011
Distribuição Gratuita
Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas.
Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê
A crença de que a
felicidade é um direito
tem tornado despreparada a geração mais
preparada
Cidadania
e
Meio
Ambiente
Formiguinhas do Vale
Leia mais >>>>>> Página 9
Faltam professores
qualificados no ensino
Médio.
RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site
O consumo indevido de substâncias
psicoativas, de todos os gêneros, pois
o destilado e o fermentado, quer da
cana de açúcar ou de cereais diversos, bem como o tabaco (nicotina),
são substâncias psicoativas, que levam a dependência, são hoje uma preocupação dos Governos e da Sociedade.
Docentes desta etapa lidam
com várias turmas, salas cheias e lecionam conteúdos para
os quais não se formaram.
Leia mais >>>>>> Página 10
Leia mais >>>>>>>>>>>>>> Página
P
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Atualmente é grande o número de profissionais que discutem o que é Desenvolvimento Sustentável. Porém, pouco
se entende e muito se impõe...
Leia mais >>>>>>>>>>>>>> Página 7
Uma rádio diferente.
Onde a Educação, a
Cultura, as tradições
populares e a cidadania
são prioridade.
100% Brasil
Acesse, Prestigie...
www.gazetavaleparaibana.co
11
www.fomiguinhasdovale.org
A Associação
tem como principal objetivo interferir nas mudanças comportamentais da sociedade que o momento
exige, no que tange a preservação ambiental, sustentabilidade e paz social, reflorestamento, incentivo à agricultura orgânica, hortas comunitárias e familiares, preservação
dos ecossistemas, reciclagem e compostagem do lixo doméstico além, de incentivar a
preservação e o conhecimento de nossas
culturas e tradições populares. Formalizado
através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma
Janela para o Mundo’ e multiplicado e divulgado através deste veículo de interação.
Projetos integrados:
•
Projeto
“Inicialização Musical”
Este projeto tem por finalidade levar o
conhecimento musical, a crianças e adultos
com o fim de formar grupos multiplicadores,
sempre incentivando a música de raiz de
cada região, ao mesmo tempo em que se
evidenciam as culturas e tradições populares de cada região. Inicialmente iremos formar turmas que terão a finalidade de multiplicação do conhecimento adquirido, no
projeto, em cada Escola e em suas respectivas comunidades.
Projeto
“Viveiro Escola Planta Brasil”
•
Mato Grosdso do Sul >>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08
EDUCAR
O papel da escola na promoção da saúde vem sendo cada vez mais reconhecido, devido à abrangência desse tema, que faz parte do cotidiano
e vai muito além da saúde de
cada indivíduo.
Final do glorioso e esperado recesso,
ou férias dependendo do seu sistema
de ensino, estamos de volta. Mais um
semestre se inicia.
Leia mais >>>>> Página 13
Leia mais >>>>>>>>>>> Página 15
Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre
temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins
lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental.
Filipe de Sousa
Este projeto visa a implantação de um
Viveiro Escola, especializado em árvores
nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele
nossas crianças irão aprender sobre os
ecossistemas estudados, árvores nativas,
técnicas de plantio e cuidados; técnicas de
compostagem e reciclagem de lixo doméstico, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à
prática, através de demonstrações de como
plantar e cuidar, incentivando e destacando
também, a importância da agricultura orgânica, hortas comunitárias e familiares. Serão
formadas turmas que terão a finalidade de
se tornarem multiplicadoras do conhecimento adquirido em cada comunidade.
•
Projeto “Arte&Sobra”
•
Projeto “SaciArte”
Neste Projeto Social iremos evidenciar
a necessidade da reciclagem, com a finalidade de preservação dos espaços urbanos
e, como fator de geração de renda. Também
serão formadas turmas multiplicadoras de
conhecimento, que terão como função a formação de cooperativas ou grupos preservacionistas em suas comunidades.
Este projeto é um formador de grupos
musicais onde as culturas regionais e a música de raiz sejam o seu tema. Primeiramente será formado um grupo composto por
crianças, adolescentes e adultos com responsabilidade de participação voluntária, no
grupo da comunidade da Região Cajuru na
Zona Leste de São José dos Campos.
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0xx12 - 9114.3431
Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
DROGAS
Página 02
Drogas - Uma doença
Porém, seu uso contínuo pode precipitar mudanças cerebrais que comprometem os sisteConsiderada uma das cem pessoas mais in- mas de recompensa, motivação e livrefluentes do mundo, a neurocientista Nora Vol- arbítrio.
kow afirma que a dependência em drogas é
uma doença crônica e reincidente, que envol- Por conta disso, Volkow defende que o vício
ve mudanças no cérebro.
em drogas é uma doença crônica e deve ser
tratada como tal, com medicamentos, terapias
Para a especialista, que foi pioneira no uso da comportamentais e atendimento rápido em
tomografia para investigar o efeito das drogas casos de recaída, que são comuns em doenno cérebro, o motivo que leva uma pessoa a tes crônicos.
experimentar qualquer tipo de droga pela primeira vez é voluntário.
Da redação
O vício em drogas é uma doença crônica?
Mais uma vítima
Segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas – Cebrid, realizada em 2004,
5,2% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos são dependentes de álcool, 2,2% de tabaco, 0,6% da maconha e
0,2% de tranquilizantes. O Cebrid também identificou que
15,5% dos estudantes brasileiros de ensino fundamental e
médio da rede pública já usaram solventes e inalantes pelo
menos uma vez na vida. Esse número sobe para 19,1%
quando considerados apenas os jovens entre 16 e 18 anos.
Ambiente favorável ao uso e amigos que usam drogas facilitam o contato e as primeiras experiências com as drogas,
com as quais os adolescentes de hoje estão mais sujeitos
ao contato, em especial com o álcool, que tem a menor
idade de início de uso entre as drogas. Em média, os estudantes pesquisados ingeriram álcool pela primeira vez com
12,5 anos. Depois vêm o tabaco, os solventes e os medicamentos (anfetaminas, anticolinérgicos e ansiolíticos),
seguidos das drogas ilícitas.
O que os jovens procuram.
Por que os adolescentes usam drogas?
- para parecer adulto (a droga é vista como símbolo de maturidade)
- para fugir ao domínio dos pais e parentes (a droga é vista
como facilitadora do processo)
- para ser aceito pelo seu grupo de amigos
- para fugir ao estresse
- para rebelar-se contra o sistema em que vive
- para aumentar sua capacidade de aprender.
Se o adolescente continua a usar a droga depois de experimentar, é sinal de problemas graves, como a depressão,
por exemplo. Segundo o especialista em saúde mental
Fleitlich-Bilyk, essa doença atinge 1% de crianças e jovens
brasileiros.
Drogas: O Flagelo de nossa juventude
de fundo de quintal, no dia do batizado rola a
51, a loira e até mesmo drogas mais pesadas.
Os pais acham bonito o bigodinho de cerveja
O consumo indevido de substâncias psicoativas, de todos os gêneros, pois o destilado e o
fermentado, quer da cana de açúcar ou de
cereais diversos, bem como o tabaco
(nicotina), são substâncias psicoativas, que
levam a dependência, são hoje uma preocupação dos Governos e da Sociedade.
Para o governo não há muito interesse no
combate as drogas chamadas lícitas, haja
vista serem, uma fonte de arrecadação de IPI
(Imposto Sobre Produtos Industrializados) e
ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)das maiores dentro do País.
para a foto "póstuma" do batizando.
O governo, seja na esfera federal, estadual e
ou municipal não têm interesse na implantação de uma política pública eficaz para a erradicação do consumo indevido do álcool e cigarro, pois os impostos arrecadados, que envolvem trilhões ou quatrilhões de reais, sustenta o clientelismo governamental.
Crianças com 5, 6, 7 anos, com maço de cigarro na mão para o pai, que um comerciante
sem escrúpulos, infringindo a lei, vende a criança, a pedido do pai ou da mãe.
Enquanto isso, crianças vão sendo introduzidas no vício. Adolescentes morrendo na mais
tenra idade. Quando chegam à idade jovem,
já parecem velhos, no fim da linha.
Os pais mandam os filhos no bar buscar cigarro, pinga ou cerveja, sem a consciência de
que está educando o seu filho ou filha para o
vício.
São todos criminosos, nada ficando a dever
para o mais frio e calculista assassino, pois
estão induzindo a criança ao vício e a morte.
A criança começa a ser viciada no seu batizado. A festinha ou churrasquinho no puxadinho
Da redação
Quais as consequências para o adolescente?
Rádio web CULTURAonline
As mudanças são mais evidentes nos meninos, que costumam se envolver em problemas com a polícia, ter baixo
desempenho ou até abandonar a escola. Já a depressão é
mais frequente nas meninas. É comum também o envolvimento em furtos, roubos, tráfico de drogas ou prostituição
como meio de adquirir dinheiro para comprar droga. Nos
usuários crônicos de maconha, há perda do interesse pelas atividades normais da idade.
Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web
CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade
social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família.
Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.
Da redação
www.formiguinhasdovale.org
Acessível nos links:
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Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do
Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:
Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista,
Bragantina e Alto do Tietê.
Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J
Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S. Lousada
Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabete Rúbio
Tiragem mensal:
Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”
Filiados à FENAI - Federação Nacional de Imprensa
Gazeta Valeparaibana
é um MULTIPLICADOR do Projeto Social
“Formiguinhas do Vale” e está presente
mensalmente em mais de 80 cidades do Cone
Leste Paulista, com distribuição gratuita em
cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de
Ensino Fundamental e Médio.
“Formiguinhas do Vale”
Uma OSCIP - Sem fins lucrativos
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Pagina 03
Utilidade pública - ENADE
Estão abertas as inscrições de alunos
ingressantes e concluintes de cursos
de educação superior para o Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).
nente específico e dez de formação porânea –, especifica a Portaria nº fabricação mecânica; em gestão de
geral.
188.
produção industrial; em manutenção
De acordo com as portarias nº 188 a – Essa compreensão vincula-se a industrial; em processos químicos; em
198 do Instituto Nacional de Estudos perspectivas críticas, integradoras e à redes de computadores; em saneae Pesquisas Educacionais (Inep), nas construção de sínteses contextualiza- mento ambiental.
O período se estenderá até 19 de agosto. As provas serão aplicadas em
6 de novembro, em todo o país. A inscrição cabe às instituições de ensino
públicas e particulares cujos cursos
serão avaliados nesta edição do exame.
questões gerais será considerada a
formação de um profissional ético,
competente e comprometido com a
sociedade em que vive.
De acordo com as previsões, 1,2 milhão de estudantes serão inscritos este ano e cerca de 400 mil farão o exame. A prova, com duração de quatro
horas, terá 30 questões de compo-
das.
O conteúdo das provas de formação
geral será especificado pelo Inep em
portarias a serem publicadas posteri– Além do domínio de conhecimentos ormente.
e de níveis diversificados de compe- As de nº 188 a 198 detalham o contetência e habilidade para perfis profis- údo das provas específicas nas áreas
sionais específicos, espera-se que os de tecnologia que passarão por avaligraduandos evidenciem a compreen- ação este ano — tecnologia em alisão de temas que transcendam ao mentos; em análise e desenvolvimenseu ambiente próprio de formação e to de sistemas; em automação indusimportantes para a realidade contem- trial; em construção de edifícios; em
Também será especificado em novas
portarias o conteúdo das demais áreas a serem avaliadas — arquitetura
e urbanismo e engenharia, biologia
(licenciatura e bacharelado), ciências
sociais, computação, filosofia, física,
geografia, história, letras, matemática
e química; pedagogia (licenciatura),
educação física, artes visuais e música.
Da redação
Utilidade pública - ENEM
nando Haddad. Mais de 6,2 milhões
de estudantes fizeram a inscrição pela internet, mas o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais
(Inep) aguardava a confirmação do
Banco do Brasil sobre a quantidade
de inscrições cujas taxas foram efetivamente pagas.
(MEC) deu início ao projeto de substituição dos vestibulares tradicionais
pelo Enem como forma de ingresso
no ensino superior.
foi definida em função das eleições
municipais, que ocorrerão em outubro, mês de aplicação do Enem nos
anos anteriores.
A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de SeEnem bate recorde com 5,4
leção Unificada (Sisu) e podem pleitemilhões de candidatos
ar vagas em instituições públicas de
O
número
de
participantes
da
edição
todo o país.
inscritos
2011 é recorde. Em 2010, cerca de
4,6 milhões se inscreveram para fazer A partir de 2012 a prova terá duas
O Exame Nacional do Ensino Médio
a prova. O exame será aplicado nos edições ao ano, uma no primeiro se(Enem) deste ano tem 5,4 milhões de
dias 22 e 23 de outubro, em 12 mil mestre e outra no segundo. A primeicandidatos habilitados para fazer a
locais de prova distribuídos por 1.599 ra edição do ano que vem já está conprova.
municípios.
firmada para os dias 28 e 29 de abril.
A participação no Enem também é
pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa
Universidade para Todos (ProUni). Os
benefícios são distribuídos a partir do
desempenho do candidato no exame
e podem ser integrais ou parciais, dependendo da renda da família.
Para participar do programa é preciso ter cursado todo o ensino médio na rede pública.
O número final de inscritos foi inforEm 2009, o Ministério da Educação A data da segunda edição ainda não Da redação
mado pelo ministro da Educação, Fer-
BARBOSA ITO
Vamos rir ?
_______________________
Um marido está em casa assistindo a um jogo
de futebol, quando sua mulher interrompe:
- Querido, você pode trocar a
lâmpada do corredor? Ela está
piscando há semanas...
Ele olhou para ela e respondeu com raiva: - Trocar a lâmpada agora? Você tá vendo a
logomarca da Philips na minha
testa? Eu acho que não!
A esposa pergunta: - Então,
você pode consertar a porta
da geladeira? Ela não está
fechando direito.
E ele respondeu: -Consertar a porta da geladeira? Você está vendo a logomarca da
Brastemp na minha testa? Eu acho que não! — Tudo bem - ela disse. - Então você pode pelo menos consertar os degraus da
porta da frente? Eles estão quase se quebrando.
Ele disse: - Você tá vendo carpinteiro escrito em minha testa? Eu acho que não! Eu
não aguento mais você! Vou para o bar!
Então ele foi para o bar e bebeu por algumas horas. Ele começou a se sentir culpado pela forma como tratou sua esposa e decidiu voltar para casa e ajudá-la. Quando
ele chegou em casa, percebeu que os degraus já estavam consertados. Ao entrar
na casa, ele viu que a luz do corredor estava funcionando. Foi pegar uma cerveja e
percebeu que a porta da geladeira foi consertada.
- Querida - ele perguntou - como todas essas coisas foram consertadas?
Ela disse: - Bem, quando você saiu eu sentei lá fora e chorei. Então um jovem muito
simpático me perguntou o que estava errado e eu lhe contei. Ele se ofereceu para
consertar tudo e tudo o que eu tinha que fazer era escolher entre ir para a cama
com ele ou fazer um bolo.
O marido disse: - Então, que tipo de bolo você fez para ele?
Ela respondeu: - Alooôôôôôuuuuu!!! Você tá vendo a logomarca da 'Dona Benta' na
minha testa? Eu acho que não...
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e, o ouvinte poderá interagir com
suas sugestões,
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questionamentos.
Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de
forma imparcial, suprapartidariamente e com ética são raros na mídia convencional.
São raros porque infelizmente não
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Agosto 2011
Pagina 04
Comunidades - Sociologia - Revoluções
A revolução (do latim revolutionis:
ato de revolver), segundo o Dicionário Houaiss é datada do século
XV e designa "grande transformação, mudança sensível de qualquer
natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina"; "movimento de revolta
contra um poder estabelecido, e
que visa promover mudanças profundas nas instituições políticas,
econômicas, culturais e
morais"
Revoluções políticas e socioeconômicas foram estudadas em muitas ciências sociais, em especial sociologia,
ciência política e história. Entre os
principais estudiosos nessa área são:
Crane Brinton, Charles Brockett, Farideh Farhi, John Foran, John Mason
Hart, Samuel Huntington, Jack Goldstone, Jeff Goodwin, Ted Roberts Gurr,
Fred Halliday, Chalmers Johnson,
Tim McDaniel, Barrington Moore, Jeffery Paige, Vilfredo Pareto, Terence
Ranger, Eugen Rosenstock-Huessy,
Theda Skocpol, James Scott, Eric
Selbin, Charles Tilly, Ellen Kay Trimbringer, Carlos Vistas, John Walton,
Timothy Wickham-Crowley e Eric
Wolf.
Jack Goldstone diferencia quatro
"gerações" de pesquisa acadêmica
que lidam com revoluções.[7] Estudiosos da primeira geração, tais como
Gustave Le Bon, Charles A. Ellwood
ou Pitirim Sorokin, foram principalmente na sua abordagem descritiva,
e suas explicações dos fenômenos
das revoluções era normalmente relacionada a psicologia social, tais como
teoria de Le Bon para as psicologia
das multidões. Teóricos da segunda
geração procurou desenvolver detalhada teoria do porquê e quando surgem as revoluções, fundamentada na
mais complexas teorias de comportamento social. Eles podem ser divididos em três abordagens principais: o
psicológico, sociológico e político.
enquanto elas variaram em sua abordagem sobre o que exatamente causou o povo à revolta(modernização,
recessão ou discriminação), eles concordaram que a principal causa para
a revolução foi a frustração generalizada com a situação sócio-política.
O segundo grupo, composto por acadêmicos, como Chalmers Johnson,
Neil Smelser, Bob Jessop, Mark Hart,
Edward A. Tiryakian, Mark Hagopian,
seguiu os passos de Talcott Parsons
e a teoria estrutural-funcionalista em
sociologia, viram a sociedade como
um sistema em equilíbrio entre vários
recursos, exigências e subsistemas
(político, cultural, etc) . Tal como na
escola psicológica, eles diferem em
suas definições sobre o que provoca
desequilíbrio, mas concordou que é
um estado de desequilíbrio grave,
que é responsável por revoluções.
Finalmente, o terceiro grupo, que incluía escritores como Charles Tilly,
Samuel P. Huntington, Peter Ammann
e Arthur L. Stinchcombe seguiu o caminho de ciências políticas e olhou
para teoria pluralista e a teoria dos
conflitos de interesse dos grupos. Essas teorias vêem os acontecimentos
como resultados de uma luta de poder entre concorrentes grupo de interesses. Neste modelo, a revolução
aconteceu quando dois ou mais grupos não podem chegar a um acordo
dentro de uma decisão normal de fazer o processo tradicional de um determinado sistema político e, simultaneamente, tem recursos suficientes
para empregar força em perseguir
seus objetivos.
Os teóricos da segunda geração, viu
o desenvolvimento da revolução como um processo de duas etapas: primeiro, a mudança resulta na situação
atual que é diferente do passado, em
segundo lugar, a nova situação cria
uma oportunidade para uma revolução a ocorrer. Nessa situação, um
evento que, no passado, não seria
suficiente para causar uma revolução
(ex. uma guerra, um protesto, um má
colheita), agora é suficiente - no entanto, se as autoridades estão conscientes do perigo, eles ainda podem
impedir uma revolução(através de
reforma ou repressão).
Os trabalhos de Ted R. Gurr, Ivo K.
Feierbrand, Rosalind L. Feierbrand,
James A. Geschwender, David C. Schwartz e Denton E. Morrison encaixam-se na primeira categoria. Eles
seguiram as teorias de psicologia
cognitiva e teoria da frustração- Muitos desses primeiros estudos das
agressão e viu a causa da revolução, revoluções tendem a concentrar-se
no estado de espírito das massas, e
em quatro casos clássicos - exemplos
famosos e incontroversos que se encaixem em praticamente todas as definições de revoluções, como a Revolução Gloriosa (1688), a Revolução
Francesa (1789-1799), a Revolução
Russa(1917) e a Guerra Civil Chinesa
(1927-1949).[7] No seu famoso "The
Anatomy of Revolution"(A Anatomia
da Revolução), porém, o eminente
historiador de Harvard, Crane Brinton,
centrou-se na Guerra Civil Inglesa, a
Revolução Americana, a Revolução
Francesa e a Revolução Russa.
Com o tempo, os estudiosos começaram a analisar centenas de outros
eventos como revoluções e revoltas,
e as diferenças de definições e abordagens deu origem a novas definições e explicações. As teorias de segunda geração têm sido criticados por
sua extensão geográfica limitada, dificuldade de empírica verificação, bem
como que, embora possam explicar
algumas revoluções particular, eles
não explicam por que as revoluções
não ocorrem em outras sociedades
em muito situações semelhantes.
A crítica da segunda geração, levou
ao surgimento de uma terceira geração de teorias, com escritores como
Theda Skocpol, Barrington Moore,
Jeffrey Paige e outros em expansão
na antiga marxista e o conflito de
classes, voltando sua atenção para
os conflitos agrários-rurais do Estado,
os conflitos do Estado com elite autônoma e do seu impacto na competição econômica e militar na doméstica
mudança política. Particularmente o
Estados e Revoluções Sociais de
Skocpol se tornou um dos trabalhos
mais reconhecidos da terceira geração; a revolução era definida como
"rápida, com transformações básicas
no estado da sociedade e nas estruturas de classe ... acompanhada e em
parte realizado por base de revoltas
da classe baixa", atribuindo as revoluções de uma conjunção de múltiplos
conflitos envolvendo Estado, as elites
e as classes mais baixas.
facilmente explicar por eles. A Revolução Iraniana e a Revolução Sandinista de 1979, a Revolução Filipina de
1986 e o Outono das Nações de 1989
na Europa, viu-se várias alianças de
muitas classes derrubarem regimes
aparentemente sólidos por meio de
manifestações populares e greve de
massas em revoluções não violentas.
Definindo revoluções como na sua
maioria européias, com violência contra pessoas e a luta de classes já não
era suficiente. O estudo das revoluções, assim, evoluiu em três direções,
por um lado, alguns pesquisadores
estavam aplicando anterior ou atualizado teorias estruturalistas de revoluções além dos eventos analisados
anteriormente, sendo que os conflitos
eram na sua maioria europeus. Em
segundo lugar, os estudiosos apelou
a uma maior atenção consciente da
agência sob a forma de ideologia e
cultura na configuração mobilização
revolucionária e objetivos. Terceiro,
os analistas de ambas as revoluções
e movimentos sociais perceberam
que esses fenômenos têm muito em
comum, e na literatura uma nova
"quarta" geração na política controversa desenvolveram o que tenta
combinar idéias a partir do estudo de
movimentos sociais e revoluções na
esperança de compreender ambos os
fenômenos.
Enquanto revoluções englobam eventos que vão desde as revoluções relativamente pacíficas que puseram fim
aos regimes comunistas à violenta
revolução islâmica no Afeganistão,
que excluem golpes de Estado, guerra civil, revoltas e rebeliões que não
fazem nenhum esforço para transformar as instituições ou a justificação
da autoridade (como Józef Piłsudski
no golpe de Maio de 1926 ou a Guerra Civil Americana), bem como a transição pacífica para a democracia através de arranjos institucionais, tais como plebiscitos e eleições livres, como
na Espanha após a morte de Francisco Franco.
A partir da década de 1980 um novo
corpo de trabalhos acadêmicos começaram a questionar o domínio das
teorias da terceira geração. As velhas
teorias também foram um golpe significativo de novos acontecimentos revolucionários que não poderiam ser Fonte: Wikipédia
Editoração: Filipe de Sousa
Comunicar-se é sempre um
desafio!
Vamos rir ?
Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar
os resultados que buscamos e atingir o público alvo escolhido de uma forma objetiva e, que ao mesmo tempo, se apresente perante o ouvinte ou o leitor como honesta e verdadeira, a informação ou a opinião.
DIA DE TODOS OS SANTOS
Uma linda mulher mostra os seios ao
homem e diz. - Olha para isto, parecem
dois Santos no altar. No 1° de Novembro, o homem agarra a mulher e deulhe um beijo em cada seio.
- Mas o que é que você está fazendo? -
pergunta a mulher
- Hoje é o dia de todos os Santos - responde o marido.
No dia seguinte a mulher foi ter com o marido, puxou-lhe as calças
prá baixo e deu-lhe um beijo no pênis.
- Mas o que é que você está fazendo? - pergunta o marido.
.E a mulher responde: - Depois do dia de todos os Santos, é o dia
de todos os Mortos.
Por quê?
passividade;
Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é
Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;
Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença;
Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade"
Porque a verdade tem que ser norma.
Filipe de Sousa
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Página 05
Educação - no Brasil
ção, a fim de que possam enfrentar o
mercado de trabalho, hoje tão exigente. Nunca o livro didático foi tão necessário ao professor.
A escolha de um bom livro poderá amenizar a situação do ensino público.
Um livro que traga ao professor instruções detalhadas, que propicie experiências abertas, exercícios práticos,
onde se possa praticar o construtivismo. A criança precisa frequentar a
boa escola, desde os primeiros anos
A EDUCAÇÃO DO RICO VERSUS A de alfabetização, porque a aprendizaEDUCAÇÃO DO POBRE
gem é um processo em que uma etapa influi e explica a outra.
A realidade educacional no Brasil é
tema inquietante, a ser refletido por A construção do conhecimento exige
toda a sociedade brasileira. Realidade tempo, é preparação sistemática, grade duas faces: a boa educação para dual, encadeada, ligando os diferenos ricos e a má educação para os po- tes graus de ensino. Não é um simbres. Há décadas, Demerval Saviani, ples “depósito bancário”, usando a
em seus livros, já denunciava a equi- expressão do educador Paulo Freire.
vocada escola assistencialista, me- Não adianta avançar etapas, se a arendeira. São frequentes e periódicas prendizagem não se concretizou. Hoas citações de especialistas da edu- je, temos bem clara a noção de que o
cação sobre o decadente ensino das importante não é a quantidade do que
se ensina ao aluno, mas a qualidade
classes menos favorecidas.
do que ele aprende.
O objetivo de toda escola deve ser o
de tornar o aluno competente. A esco- O desinteresse oficial por uma escola
la deve lutar, buscar os meios para pública de qualidade se constitui em
realizar este objetivo, para dar aos mecanismo de reprodução das desialunos as ferramentas mentais de a- gualdades. Concursos de ingresso ao
magistério público há em que Secretarias de Estado observam com rigor
a porcentagem de acertos e erros,
aprovando os realmente capazes –
como o recente concurso, realizado
no Rio Grande do Sul, onde 70% dos
candidatos foram reprovados, ou o
concurso de ingresso na Bahia, em
97/98, que reprovou cerca de 90%
dos candidatos.
rado”, Cláudio de Moura Castro, assessor da Divisão de Programas Sociais do Banco Interamericano do Desenvolvimento, faz uma análise sociológica, cultural do Brasil, das últimas
décadas e compara-o aos Estados
Unidos. Ambos, diz ele, encontram
dificuldades em “criar escolas capazes de oferecer um ensino de boa
qualidade aos mais pobres e mais vulSecretarias há em que, desconside- neráveis... têm escolas péssimas serrando a má formação, rebaixam o ní- vindo a essa população”.
vel de conhecimento, aceitam uma Ambos têm grande desigualdade na
porcentagem de acertos inferior ou distribuição de renda. Sendo que nos
bem inferior ao que seria a média das Estados Unidos “a maioria esmagadoquestões, facilitando o acesso para ra é imensamente rica, embora tenha
abarcar o maior número de candida- muitos bolsões de pobreza, sobretutos, mas não garantem, depois, a do, nos centros urbanos”.
qualificação necessária ao padrão re- No Brasil, ao contrário, temos “uma
querido pela época.
minoria muito rica e uma grande caNessa acomodação política, o aluno
pobre é o maior prejudicado, pois que
tem aula com professores mal preparados, cuja efetividade não foi fruto de
competência.
mada de pobreza, incompatível com
nossa renda per capita”.
O contraste entre Brasil e Estados
Unidos está na grande diferença entre
população rica e pobre. Se aqui poucos têm boa escola, lá a grande maioO ensino fica, assim, nivelado por bai- ria a tem.
xo.
Em recente publicação do texto: Da redação
“Duas experiências de ensino estrutu- CULTURAonline
Nossos Filhos
Um em cada cinco alunos do deve estar matriculado no ensino distorção da idade-série nos últi- nos de 15 a17 anos que ainda esfundamental está atrasado médio. De 2008 a 2010, o percen- mos anos, Maria do Pilar destaca tão no ensino fundamental.
tual de alunos fora da série ade- que na última década a redução do Será uma espécie de "curso" espena escola
quada para a idade registrou leve
alta. Em 2008, a taxa era 22,1% no
ensino fundamental, passou para
23,3% em 2009 e para 23,6% em
2010. No ensino médio, o percentual era de 33,7% em 2008, foi para 34,4% em 2009 e chegou a
34,5% no ano passado.
Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação
(MEC), Maria do Pilar Lacerda, esUm em cada cinco estudantes bra- sa estagnação é resultado do arresileiros do ensino fundamental está fecimento da política de progresatrasado na escola. No ensino mé- são continuada.
dio, pelo menos três em cada dez
alunos também estão nessa situa- Muitas redes de ensino que tinham
ção. É o que mostram os dados do como orientação a não reprovação
Censo Escolar 2010 sobre as ta- dos alunos nos primeiros anos do
xas de distorção idade-série. O in- ensino fundamental mudaram esdicador mede a proporção de alu- sas diretrizes. "Isso provocou uma
nos que não está matriculada na manutenção da reprovação, quando ela é grande causa a distorção
série indicada à faixa etária.
idade-série. Hoje já se pensa em
Pela legislação que organiza a o- políticas de correção de fluxo e de
ferta de ensino no país, a criança aprendizagem sem usar a reprovadeve ingressar aos 6 anos no 1° ção, como o reforço escolar", expliano do ensino fundamental e con- ca.
cluir a etapa aos 14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem Apesar da estabilidade na taxa de
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índice foi maior: entre 2001 e 2011
essa diferença caiu 16 pontos percentuais no ensino médio e 19
pontos percentuais no ensino médio. Ela acredita que a taxa deve
continuar a cair e aponta que o patamar adequado seria entre 3% e
4%.
cial em que o conteúdo será ministrado de forma diferenciada, bem
como a organização dos alunos.
Em 2009, metade dos adolescentes de 15 a 17 anos não frequentava a série adequada para sua faixa
etária, segundo dados do Instituto
"Por exemplo, um aluno com ne- Brasileiro de Geografia e Estatísticessidades especiais às vezes tem ca (IBGE).
uma adaptação escolar mais difícil, O projeto permitirá que em um ano
principalmente quando vem de u- ele receba o certificado de concluma escola especial. Ou uma crian- são e possa seguir para o ensino
ça que deixou a escola por algum médio. O material estará disponítempo por problemas familiares. vel no site do MEC e também poVocê pode ter algum tipo de distor- derá ser solicitado pelas escolas.
ção idade-série, mas ela teria que
ser sempre traço. Nunca podería- Na avaliação da secretária, os amos achar que 10% já é um índice dolescentes repetentes que estudam com crianças mais novas acabom", avalia.
bam com problemas de socializaA taxa de distorção idade-série a- ção. "Ele fica convivendo com grutinge picos no 6° ano do ensino pos de idade que não têm muito a
fundamental, onde 32% dos alunos ver com ele. E começa a ser visto
estão atrasados, e no 1° ano do como o bagunceiro, aquele que é
ensino médio, quando o problema expulso de sala, o mau aluno", aatinge 37,8% dos jovens. Segundo ponta.
Pilar, o MEC preparou um material
Da redação
específico para trabalhar com alu-
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Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Página 06
Rede estadual de ensino terá novo modelo de gestão até 2012
Decreto do governador Geraldo
Alckmin publicado no “Diário Oficial” do Estado prevê reestruturação
administrativa que será implantada
em parceria com a Fundap até o
final deste ano .
O objetivo é corrigir distorções,
fortalecer as estruturas regionais e
desonerar as escolas de trabalho
burocrático, para que as unidades
possam concentrar seus esforços
integralmente no processo de ensino/aprendizado .
Decreto assinado pelo governador
Geraldo Alckmin e publicado no
“Diário Oficial” do Estado desta terçafeira (19/07) institui um novo modelo
de gestão para a rede estadual de
ensino. O projeto de reestruturação
administrativa levou três anos para
ser concluído e contou com apoio técnico da Fundação para o Desenvolvimento Administrativo (Fundap), órgão
vinculado à Secretaria de Gestão Pública do Estado. O novo modelo prevê a criação de cinco coordenadorias
que centralizarão procedimentos administrativos específicos, hoje dispersos na rede. O objetivo é corrigir distorções, fortalecer as estruturas regionais e desonerar as escolas de trabalho burocrático, para que as unidades
possam concentrar seus esforços integralmente no processo de ensino/
aprendizado. A implantação será gradativa e deverá ocorrer até 31 de dezembro deste ano.
“A reestruturação administrativa da
rede é fundamental para que o aprendizado ocorra de forma mais efetiva”,
afirma o secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald.
Pelo novo organograma (confira abaixo), aparecem como órgãos vinculados à Pasta o Conselho Estadual de
Educação (CEE), a Fundação para o
Desenvolvimento da Educação (FDE)
e o Comitê de Políticas Educacionais.
Na sequência estão posicionadas a
Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores – “Paulo Renato Costa Souza” , e cinco coordenadorias: de Gestão da Educação Básica; de Informação, Monitoramento e
Avaliação Educacional; de Infraestru-
tura e Serviços Escolares; de Gestão
de Recursos Humanos; de Orçamento e Finanças. Por fim, estão as Diretorias de Ensino seguidas das escolas de Ensino Fundamental e Médio e
dos centros especializados de ensino.
A concentração dos procedimentos
administrativos em unidades específicas contribuirá para o desenvolvimento de competência nas respectivas
áreas, e também proporcionará melhor controle e transparência na produção de resultados, em especial nas
atividades de suprimentos e de gestão financeira, que demandam conhecimentos especializados. Dessa forma, as novas coordenadorias serão
responsáveis pela gestão integral de
processos dos serviços educacionais
oferecidos à população. “Também
haverá mais racionalização das compras e de serviços voltados aos órgãos centrais da Secretaria, gerando
uma economia de escala nessas contratações”, acrescenta o chefe de gabinete da Secretaria, Fernando Padula.
A nova estrutura organizacional foi
definida com a premissa básica de
gestão para resultados com foco no
desempenho dos alunos, por meio da
definição dos serviços necessários ao
processo de ensino/aprendizagem.
Cabe às unidades criadas na nova
estrutura, tanto na administração central quanto nas Diretorias de Ensino,
trabalhar para atender as escolas
com qualidade e nos prazos adequados. Assim foram caracterizadas e
criadas todas as coordenadorias da
nova estrutura: com base na responsabilidade pela produção e entrega
dos recursos viabilizadores do processo educacional, como matrícula,
material didático, salas de aula e equipamentos, alimentação, serviços
de informática, dentre vários outros.
As Diretorias de Ensino estarão estruturadas para exercer papel proativo
na gestão do ensino e na adoção de
políticas educacionais, enquanto as
escolas se concentrarão na dinâmica
do ensino/aprendizagem, com redução de atividades administrativas e
racionalização de projetos comple-
mentares. Por sua vez, a FDE, sob o
comando da Secretaria, será um dos
agentes de apoio na operacionalização da infraestrutura da rede escolar.
Todos serão responsáveis pela obtenção dos resultados previstos nas
metas da educação, pelo monitoramento e a avaliação dos resultados.
Dessa forma, as atividades da Secretaria estarão baseadas em processos
esquematicamente distribuídos por
três níveis: central, no qual se formulam as políticas e diretrizes, caracterizado pela atividade estratégica; regional, desempenhado pelas Diretorias
de Ensino, responsáveis por orientar
o ensino nas escolas sob sua jurisdição, caracterizado pela atuação tática
e operacional; e local, em que as escolas exercem o processo de ensino/
aprendizagem, aplicando recursos,
materiais, métodos didáticopedagógicos e avaliações.
Do ponto de vista conceitual, caberá
à estrutura central definir políticas e
metas, conteúdos educacionais, organização do ano letivo, diretrizes e normas na aplicação e gestão de recursos. E à descentralizada _Diretorias
de Ensino e escolas_ a execução do
processo de ensino e aprendizagem,
com a aplicação de recursos para
essa finalidade e gerenciamento dos
recursos locais. De acordo com o secretário adjunto da Educação, João
Cardoso Palma Filho, “trata-se de
uma reforma que atualiza a administração da Secretaria, utilizando novas
ferramentas no campo da gestão, de
forma a dar condições de atuação
pedagógica efetiva aos órgãos intermediários da rede, ao criar um corpo
técnico capacitado para as atividades
de natureza técnica e administrativa.”
No novo modelo, as atuais coordenadorias de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo e do Interior (COGSP e CEI), de Estudos e
Normas Pedagógicas (CENP) e os
departamentos de Recursos Humanos (DRHU) e Suprimento Escolar
(DSE) serão extintos e os respectivos
servidores alocados para as novas
unidades de acordo com suas funções. Também haverá criação de car-
gos, necessários à nova estrutura,
que serão instituídos por Projeto de
Lei a ser enviado pelo governador à
Assembleia Legislativa.
Os novos profissionais assumirão
funções administrativas hoje desempenhadas por centenas de professores, supervisores de ensino e outros
educadores, que destinam sua jornada de trabalho quase por completa a
essa atividade, quando deveriam dedicar-se em tempo integral ao ensino.
“A partir da reestruturação, essas funções não serão mais preenchidas por
educadores, mas sim por profissionais de nível médio e técnico, específicos para cada área”, explica Padula.
Os educadores que encontram-se
atualmente na área administrativa
permanecerão em seus postos até se
aposentarem e auxiliarão no treinamento dos profissionais a serem contratados.
O atual modelo de gestão da rede é
vigente desde 1976 e foi sendo descaracterizado por reformas pontuais
determinadas por necessidades urgentes de uma rede em crescimento
permanente. Hoje, essa estrutura gerencia cerca de 250 mil servidores e
atende direta e cotidianamente cerca
de 4,5 milhões de alunos e 5,3 mil
escolas.
A reestruturação administrativa da
Secretaria faz parte de um conjunto
mais amplo de medidas para melhoria da qualidade da educação básica
no Estado de São Paulo, algumas
das quais já em andamento, como a
definição de metas de desempenho
por escola, a bonificação por resultados, a contratação de professores
efetivos, a implantação de currículo
unificado (programas Ler e Escrever
e São Paulo Faz Escola), a criação
da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (com a nova
regra de ingresso no magistério), a
promoção por mérito e o plano de
carreira para os profissionais da educação.
No entanto, em uma situação contrária, ou seja, se uma pessoa com boa
saúde entra em um recinto com várias pessoas gripadas, parece ser
pouco provável que alguém recupere
a saúde.
acreditem que saúde também pode
contagiar.
Site: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Violência x mídia x saúde
Por que será que as manchetes dos
jornais, as principais notícias no rádio
e na televisão são, em grande maioria, notícias que tratam de calamidades, violência urbana, injustiças e casos de corrupção?
Será que é porque doença contagia
mais que saúde?
A imprensa reflete apenas o que está
acontecendo, assemelha-se a um
espelho dotado de fala e de visão.
Notícia o que está acontecendo e sabe que as pessoas se interessam por
esses temas.
São essas pessoas que tornam o
mundo melhor.
É o seu idealismo que nos faz caminhar com os pés no chão enquanto
nossos corações estão nas nuvens!
Afinal, o bem mais precioso a ser protegido é o nosso direito à vida.
Caro leitor: sei que você também concorda comigo ao afirmar que se uma
pessoa muito gripada entra em um
Esta é uma questão de direito.
ambiente fechado, a probabilidade de
Chega um momento em que é indisalguém ficar gripado é grande...
pensável à existência de pessoas que Filipe de Sousa
Agosto 2011
Gazeta Valeparaibana
Página 07
Desenvolvimento Sustentável
Na Era Mesozóica, entre 225 e 65
milhões de anos, (a conhecida Era
dos dinossauros) a temperatura média da Terra atingiu entre 30 e 33°C.
Dentro da nossa Era (Cenozóica – 65
milhões de anos até atualmente) possuímos diversos registros de variações climáticas, mesmo em épocas
em que não havia presença da nossa
espécie.
Atualmente é grande o número de
profissionais que discutem o que é
Desenvolvimento Sustentável. Porém, pouco se entende e muito se
impõe criando visões distorcidas e
pensamentos pré-concebidos.
A Terra existe há pelo menos 4,5 bilhões de anos. As primeiras formas
de vida vieram aproximadamente a 2
bilhões de anos e se desenvolveram
no oceano primitivo.
Essa breve e genérica introdução ao
planeta Terra é muito útil para compreender que a Terra é dinâmica e
possui sua estrutura. Sempre houve
mudanças no clima, terremotos, furacões, tempestades, enchentes, enfim,
tudo o que se costuma assistir na TV
sobre os “problemas” da Terra. Agora, diante desse breve esclarecimento
podemos discutir o que é desenvolvimento sustentável.
Esse conceito nasceu dos debates
entre 1960 e 1970. A concepção de
desenvolvimento versava sobre a
possibilidade de crescimento ilimitado
impulsionado após a II Guerra Mundial, tendo como propulsores os Estados Unidos da América e os países
capitalistas da Europa.
Na época, a atmosfera era composta
de 97% de dióxido de carbono (CO2).
Atualmente ela é composta de 78%
de nitrogênio (N2), 21% de oxigênio
(O2), 0,9% de argônio (Ar), 0,03% de
dióxido de carbono (CO2) e vapor
d’água. Graças a esses gases originou-se o conhecido “Efeito Estufa”
A receita de desenvolvimento pregaque fez com que o planeta conseguisda na segunda metade do século XX,
se equilibrar sua temperatura permialiado ao descontentamento popular
tindo o desenvolvimento da vida.
por parte da política de guerra, o exDurante a sua formação ocorreram cesso de exploração de recursos nadiversas modificações: os continentes turais (sobretudo nos países subdeficaram “dançando” de um lado para senvolvidos), os diversos impactos
o outro e o clima se alterou diversas ambientais e as crises políticas e ecovezes. Atualmente a média climática nômicas que despontavam naquela
do planeta é de 15°C. Estudos indi- época, fizeram com que a sociedade
cam que entre 570 e 225 milhões de civil se organizasse e passasse a coanos (Era Paleozóica) a temperatura brar de seus governantes.
média era bem maior tendo ocorridas
Em 1972, a ONU criou a Organização
diversas variações. No livro de K. Sudas Nações Unidas para o Meio Amguio “Mudanças Ambientais da Terra”
biente (PNUMA) e é dessa conferênencontramos informações que retracia que, alguns anos mais tarde a Cotam esse período. Durante essa Era
missão Drundtland publicou o docuas calotas polares não eram cobertas
mento “Nosso Futuro Comum” que
de geleiras e ocorreram pequenas
em 1987 trouxe o conceito de
glaciações que podem ser reconheci“Desenvolvimento Sustentável” como
das, inclusive, no Estado de São Pauo “desenvolvimento que é capaz de
lo, no Parque do Varvito de Itu e no
garantir as necessidades do presente
Parque de Rocha “Moutonnée” de
sem comprometer a capacidade das
Salto em que ambas apresentam regerações futuras atenderem também
gistros dessa pequena glaciação.
às suas”. Adiante, a ONG WWF apre-
sentou este conceito entendendo como a “qualidade de vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas”. Ambos os
conceitos apresentam uma definição
ampla e vaga.
Uma busca rápida na internet revela
o quanto temos de material. Para o
termo “salve o planeta” encontramos
487.000 links em 0,21 segundos;
“reciclar” 2.130.000 em 0,29 seg;
“desenvolvimento
sustentável”
2.030.000 em 0,42 seg. As imagens
apresentadas são das mais românticas às mais catastróficas. Crianças
segurando o planeta, raios e tempestades, mãos unidas segurando a Terra, enfim, uma série de imagens que,
assim como os conceitos apresentados acima, não tratam o núcleo do
problema.
O que entendemos como núcleo do
problema é, justamente, a nossa própria espécie e a ignorância a que estamos submetidos. A questão da reciclagem é altamente polêmica, pois, já
começa pelo conceito. A reciclagem é
a desagregação dos componentes
minerais que um determinado material possui, ou seja, sua decomposição
total e recolocada no ambiente.
Quem faz a reciclagem, portanto, é o
planeta. O que fazemos com o lixo é
reutilizar seu produto construindo outros materiais (mais lixo).
qualquer tipo de material. Um exemplo pode ser dado no bairro Pantanal
na zona Leste da cidade de São Paulo: você construiria uma casa em um
bairro chamado “Pantanal”?
O problema não está no ambiente,
mas sim em como nos relacionamos
com ele. Outro grande problema está
na exploração da mão de obra pela
nossa própria espécie.
Recentemente foi publicada uma reportagem em que uma empresa de
refrigerantes desenvolveu uma garrafa “ecologicamente correta”. Trocou o
petróleo pela cana-de-açúcar. Quanto
um cortador de cana ganha por tonelada? Quantos morrem por dia só no
Estado de São Paulo? Quanto de poluentes é enviado pela queima da cana e quanto de água a cana consome
para crescer?
São questões como essas que queremos ver em debate. O planeta continua com ou sem a nossa presença. O
planeta não corre nenhum tipo de perigo. O clima pode variar, os vulcões
podem continuar aliviando a pressão
que é produzida no interior do planeta, os terremotos podem continuar,
enfim, a Terra deve continuar com a
sua dinâmica. O que temos realmente
que mudar é a nossa visão sobre o
planeta.
O meio ambiente não deve ser entendido como o rio que corre sobre águas cristalinas, o ar puro, o pomar, o
solo, os animais livres no campo etc.
o meio ambiente é esse em que vivemos: o ar com cheiro de fumaça de
carros, ônibus e cigarro, a água dos
rios poluídas, as ruas sujas, as crianças no farol, os andarilhos na rua, o
trânsito. Esse é o nosso meio ambiente. O que temos que salvar somos
Sobre as enchentes é comum dizer
nós, e não o planeta.
que são causadas pela chuva ou pelo
aquecimento global. Mas, e se elas Ivan Claudio Guedes
não houvessem? As cidades do Cairo Graduado em Geografia, especialista em
Gestão Ambiental, Mestre em Geociêne da Mesopotâmia conseguiriam se
cias, doutorando em Geologia Regional.
desenvolver?
Professor de Geografia da Rede Pública
Todos os rios tem seus períodos de Estadual Paulista e das Faculdades Intecheias e de secas. O problema é gradas Torricelli em Guarulhos-SP
construir às margens desses rios,
desviar seus cursos, jogar lixo ou Editoração: Filipe de Sousa
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Página 8
Mato Grosso do Sul
vel a existência de estados grandes e
potencialmente ricos na região de
fronteira. O estado de Mato Grosso
do Sul é oficialmente instalado em 1
de janeiro de 1979, sendo o primeiro
governador Harry Amorim Costa, nomeado pelo presidente Ernesto Geisel.
anualmente inundações de longa duração.
A linha de divisa com o estado de
Mato Grosso segue limites naturais
formados por vários rios.
Vegetação
Localização e território
As terras onde hoje se localiza o
estado de Mato Grosso do Sul começaram a ser povoadas em 1830.
O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do
qual foi desmembrado por lei complementar de 1977, assinada pelo
presidente Ernesto Geisel. Uma
parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal,
cuja área se estendeu mais para o
sul, a fim de beneficiar com seus
incentivos fiscais a nova unidade
da federação.
A economia do estado é baseada
na agricultura, pecuária, mineração
e indústria. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do
Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e
de terra roxa. Nessa região, os
meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais
próximos.
A bebida típica do estado, tomada
nos encontros entre amigos, é o
tereré (semelhante ao chimarrão,
mas frio).
--------------HISTÓRIA
Historicamente vinculado ao Sudeste e Sul
(até o século
XIII seu território, juntamente com
o estado do Paraná, pertencia a província de São Paulo), Mato Grosso
do Sul teve na agropecuária e na extração vegetal as bases de um rápido
desenvolvimento iniciado no século
XIX, enquanto norte minerador (atual
Mato Grosso amazônico) vivia sua
decadência.
O desenvolvimento desigual entre o
norte e o sul do antigo estado de Ma-
to Grosso inspirou movimentos separatistas desde o século XIX.[7] Novas
lutas e tentativas de se criar o estado
de Mato Grosso do Sul foram registrados durante o surto da borracha, o
que exigiu intervenção federal em
1917. Em 1932 foi criada a Liga SulMatogrossense com fim de coordenar
a campanha separatista. Apostando
no Movimento Constituicionalista de
São Paulo, os sulistas aliaram-se aos
paulistas, em troca de seu apoio às
reivindicações separatistas. Entre
julho e outubro de 1932, foi constituído o "Estado de Maracaju", porém
derrotado juntamente com os contitucionalistas. Vindo ao encontro dos
interesses dos habitantes de Mato
Grosso do Sul, havia já um plano para a redivisão do território brasileiro
desde a Constituinte de 1823. Justificava-o sobretudo, a preocupação
com os enormes vazios demográficos
no Pará, Mato Grosso e Goiás.
O estado de Mato Grosso do Sul está
localizado no sul da região CentroOeste do Brasil e tem como limites
Goiás ao nordeste, Minas Gerais ao
leste, Mato Grosso ao norte, Paraná
ao sul, São Paulo ao sudeste, Para- Os cerrados recobrem a maior parte
guai ao oeste e sul e a Bolívia ao no- do estado, mas também destaca-se a
roeste.
Floresta Estacional Semidecidual. Há
Ocupa uma superfície de 358.159 ainda a presença de pampas e Mata
km², participando com 22,2% da su- Atlântica.
perfície da região Centro-Oeste e Na planície do Pantanal, no oeste do
4,2% da área territorial brasileira (de estado, durante o período de cheias
8.514.876,6 km²), sendo ligeiramente do Rio Paraguai , a região vira a maimaior que a Alemanha.
or região alagadiça do planeta, lá se
Possui ainda 78 municípios, 165 distritos, quatro mesorregiões geográficas e onze microrregiões geográficas, de acordo com o IBGE.
combinam vegetações de todo o Brasil (até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica), e é um dos biomas
com maior abundância de biodiversidade do Brasil, embora seja consideRelevo
rada pouco rica em número de espéO arcabouço geológico do Mato
cies.
Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a pla- Etnias
As migrações de contingentes oriundos dos estados de Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná e São
Paulo e imigrações de países como
Alemanha, Espanha, Itália, Japão,
Paraguai, Portugal, Síria e Líbano
foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. O estado é, ainda, o segundo do Brasil em
taforma amazônica, o cinturão meta- número de habitantes ameríndios, de
mórfico Paraguai-Araguaia e a bacia várias etnias, entre elas, Atikum,
Com a entrada do Brasil na Segunda sedimentar do Paraná.
Guarany [Kaiwá e Nhandéwa], Guató,
Guerra Mundial, Getúlio Vargas deciKadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié,
de desmembrar seis território estraté- Sobre essas unidades, visualizam-se Terena, Xiquitano (FUNAI, 2008).
gicos para serem administrados dire- dois conjuntos estruturais. O primeiro,
tamente. É criado assim o Território mais antigo, com dobras e falhas, O grande número de descendentes
Federal de Ponta Porã, desmembra- está localizado em terrenos pré- de ameríndios e de imigrantes parado do sudoeste do antigo estado de cambrianos, e o segundo, em terre- guaios, que em sua maioria têm coMato Grosso, território este remem- nos fanerozóicos, na bacia sedimen- mo ancestrais os índios guaranis,
são dois fatores que contribuem para
brado ao Mato Grosso pela Constitui- tar do Paraná.
ção de 1946.
Não ocorrem grandes altitudes nas a alta porcentagem dos chamados
"pardos" na população do estado de
A defesa da redivisão foi retomada duas principais formações montanhoMato Grosso do Sul. Já a ascendênpelos tenentes que participaram da sas, as serras da Bodoquena e de
cia afro-brasileira desse grupo étnico
Revolução de 30 e mais tarde, em Maracaju, que formam os divisores
não é tão numerosa quanto a indíge1950, por oficiais da Escola Superior de águas das bacias do Paraguai e
na. A população indígena do estado
de Guerra, que se dedicaram a exa- do Paraná. As altitudes médias do
totaliza em 2008 53.900 pessoas,
minar detalhadamente o assunto. Em estado ficam entre 200 e 600 metros.
segundo o IBGE.
11 de outubro de 1977, o então presi- Hidrografia
dente do Brasil, Ernesto Geisel, assi- O território estadual é drenado a leste A área mais povoada do antigo estanou a lei que finalmente desmembra- pelos sistemas dos rios Paraná, sen- do do Mato Grosso, com uma densiva do território do Mato Grosso um do seus principais afluentes os rios dade demográfica bastante alta, era o
novo estado, Mato Grosso do Sul.
Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a planalto da bacia do rio Paraná, onde
ocorrem solos de terra roxa com toEntre os argumentos justificadores do oeste é drenado pelo Paraguai, cujos
pografia regular.
ato incluíam-se imposições adminis- principais afluentes são os rios Tatrativas - o território era grande de- quari, Aquidauana e Miranda.
Fonte: Wikipédia
mais para ser administrado por uma Pelo Rio Paraguai escoam as águas
Editoração: Filipe de Sousa
só máquina administrativa - e precei- da planície do Pantanal e terrenos
tos da Doutrina de Segurança Nacio- periféricos. Na baixada, produzem-se
nal, que considera pouco recomendá-
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Página 9
Relacionamentos
A crença de que a felicidade é um direito tem tornado
despreparada a geração
mais preparada
Ao conviver com os bem mais jovens,
com aqueles que se tornaram adultos
há pouco e com aqueles que estão
tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração
mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada
do ponto de vista das habilidades,
despreparada porque não sabe lidar
com frustrações. Preparada porque é
capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E
por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E
não foi ensinada a criar a partir da
dor.
Há uma geração de classe média que
estudou em bons colégios, é fluente
em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito
mais do que seus pais. Ao mesmo
tempo, cresceu com a ilusão de que a
vida é fácil. Ou que já nascem prontos
– bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que
esperam ter no mercado de trabalho
uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe
complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E
quando isso não acontece – porque
obviamente não acontece – sentemse traídos, revoltam-se com a
“injustiça” e boa parte se emburra e
desiste.
Como esses estreantes na vida adulta
foram crianças e adolescentes que
ganharam tudo, sem ter de lutar por
quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para
conquistar um espaço no mundo é
preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou
aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um
questionamento importante para
quem está educando uma criança ou
um adolescente hoje. Nossa época
tem sido marcada pela ilusão de que
a felicidade é uma espécie de direito.
E tenho testemunhado a angústia de
muitos pais para garantir que os filhos
sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e
protegê-los de todos os perrengues –
sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
os muros da realidade. Desde sempre
sofremos. E mais vamos sofrer se
não temos espaço nem mesmo para
falar da tristeza e da confusão.
Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a
felicidade é um imperativo, o item
principal do pacote completo que os
pais supostamente teriam de garantir
aos filhos para serem considerados
bem sucedidos, como falar de dor, de
medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos
espasmos de crescer duvidando de
seu lugar no mundo, porque isso seria
um reconhecimento da falência do
projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar
os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem
frustrações? Não é importante que os
filhos compreendam como parte do
processo educativo duas premissas
básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe
alguém que viva sem se confrontar
dia após dia com os limites tanto de
sua condição humana como de suas Quando o que não pode ser dito vira
capacidades individuais?
sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar signiNossa classe média parece desprezar ficaria rever escolhas e reconhecer
o esforço. Prefere a genialidade. O equívocos – o mais fácil é calar. E
valor está no dom, naquilo que já nas- não por acaso se cala com medicace pronto. Dizer que “fulano é esfor- mentos e cada vez mais cedo o desçado” é quase uma ofensa. Ter de dar conforto de crianças que não se comduro para conquistar algo parece já portam segundo o manual. Assim, a
vir assinalado com o carimbo de per- família pode tocar o cotidiano sem
dedor. Bacana é o cara que não estu- que ninguém precise olhar de verdadou, passou a noite na balada e foi de para ninguém dentro de casa.
aprovado no vestibular de Medicina.
Este atesta a excelência dos genes Se os filhos têm o direito de ser felide seus pais. Esforçar-se é, no máxi- zes simplesmente porque existem – e
mo, coisa para os filhos da classe C, aos pais caberia garantir esse direito
que ainda precisam assegurar seu – que tipo de relação pais e filhos polugar no país.
dem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofriDa mesma forma que supostamente mento, o medo e as dúvidas estão
seria possível construir um lugar sem previamente fora dele? Se a relação
esforço, existe a crença não menos está construída sobre uma ilusão, só
fantasiosa de que é possível viver é possível fingir.
sem sofrer. De que as dores inerentes
a toda vida são uma anomalia e, co- Aos filhos cabe fingir felicidade – e,
mo percebo em muitos jovens, uma como não conseguem, passam a exiespécie de traição ao futuro que de- gir cada vez mais de tudo, especialveria estar garantido. Pais e filhos têm mente coisas materiais, já que estas
pagado caro pela crença de que a são as mais fáceis de alcançar – e
felicidade é um direito. E a frustração aos pais cabe fingir ter a possibilidade
um fracasso. Talvez aí esteja uma de garantir a felicidade, o que sabem
pista para compreender a geração do intimamente que é uma mentira por“eu mereço”.
que a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo
Basta andar por esse mundo para que a novela familiar tem se desenrotestemunhar o rosto de espanto e de lado, onde os pais fazem de conta
mágoa de jovens ao descobrir que a que dão o que ninguém pode dar, e
vida não é como os pais tinham lhes os filhos simulam receber o que só
prometido. Expressão que logo muda eles podem buscar. E por isso logo é
para o emburramento. E o pior é que preciso criar uma nova demanda para
sofrem terrivelmente. Porque possu- manter o jogo funcionando.
em muitas habilidades e ferramentas,
mas não têm o menor preparo para O resultado disso é pais e filhos anlidar com a dor e as decepções. Nem gustiados, que vão conviver uma vida
imaginam que viver é também ter de inteira, mas se desconhecem. E, poraceitar limitações – e que ninguém, tanto, estão perdendo uma grande
por mais brilhante que seja, consegue chance. Todos sofrem muito nesse
tudo o que quer.
teatro de desencontros anunciados. E
mais sofrem porque precisam fingir
A questão, como poderia formular o que existe uma vida em que se pode
filósofo Garrincha, é: “Estes pais e tudo. E acreditar que se pode tudo é o
estes filhos combinaram com a vida atalho mais rápido para alcançar não
que seria fácil”? É no passar dos dias a frustração que move, mas aquela
que a conta não fecha e o projeto que paralisa.
construído sobre fumaça desaparece
deixando nenhum chão. Ninguém Quando converso com esses jovens
descobre que viver é complicado no parapeito da vida adulta, com suas
quando cresce ou deveria crescer – imensas possibilidades e riscos tão
este momento é apenas quando a grandiosos quanto, percebo que precondição humana, frágil e falha, co- cisam muito de realidade. Com tudo o
meça a se explicitar no confronto com que a realidade é. Sim, assumir a nar-
rativa da própria vida é para quem
tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com
habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se
é, buscar a própria voz, é escolher um
percurso pontilhado de desvios e sem
nenhuma certeza de chegada. É viver
com dúvidas e ter de responder pelas
próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
Seria muito bacana que os pais de
hoje entendessem que tão importante
quanto uma boa escola ou um curso
de línguas ou um Ipad é dizer de vez
em quando: “Te vira, meu filho. Você
sempre poderá contar comigo, mas
essa briga é tua”. Assim como sentar
para jantar e falar da vida como ela é:
“Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou
com dúvidas, estou com medo, estou
confuso” ou “Não sei o que fazer, mas
estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já
que o trata como um imbecil, incapaz
de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em
volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece
tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar
ou emburrar ao descobrir que vai ter
de conquistar seu espaço no mundo
sem nenhuma garantia. O melhor a
fazer é ter a coragem de escolher.
Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de
abrir mão dele. E não culpar ninguém
porque eventualmente não deu certo,
porque com certeza vai dar errado
muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.
Crescer é compreender que o fato de
a vida ser falta não a torna menor.
Sim, a vida é insuficiente. Mas é o
que temos. E é melhor não perder
tempo se sentindo injustiçado porque
um dia ela acaba.
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem.
E-mail: [email protected]
Twitter: @brumelianebrum
http://www.formiguinhasdovale.org
Gazeta Valeparaibana
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Professores
Faltam professores
qualificados no ensino
médio
Docentes desta etapa lidam com
várias turmas, salas cheias e lecionam conteúdos para os quais não
se formaram.
Para ensinar, seria esperado que os
professores estivessem entre os profissionais mais bem preparados da
sociedade, mas indicadores apontam
que isso está longe de acontecer.
Décadas de salários baixos e relatos
de condições de trabalho inadequadas afastaram da carreira a maioria
das pessoas com os melhores desempenhos enquanto estudantes. A
falta de atratividade da profissão atinge a educação brasileira como um
todo, mas provoca consequências
ainda mais sérias no ensino médio,
como falta de professores especializados.
Uma pesquisa da Fundação Lemann
aponta que 30% dos estudantes que
decidem ser professores estavam no
grupo dos 5% com as piores notas
quando eram alunos. “As pessoas
que buscam a carreira são, em geral,
de classe baixa e ainda vêem o cargo
como ascensão social, mas infelizmente carregam pouca bagagem cultural”, comenta Elizabeth Balbachevsky, pesquisadora participante
de grupos internacionais na área de uma vida digna e regularmente con- rede estadual de São Paulo, Walmir
educação para jovens e livre docente fortável.
Siqueira, dá aulas para uma quantipela Universidade de São Paulo.
dade de estudantes um pouco acima
da média registrada pela pesquisa:
A falta de preparo é mais preocupan- Empregos múltiplos
440 em 11 turmas diferentes. “As sate no ensino médio. A complexidade
dos conteúdos exigiria profissionais A falta de dedicação exclusiva à edu- las de ensino fundamental têm até
com formações específicas e apro- cação também é mais frequente no 35, mas as do ensino médio, todas,
fundadas, mas como as escolas não ensino médio do que no ensino fun- recebem mais de 40”, comenta.
encontram quantidade suficiente no damental ou infantil, segundo pesqui- Formado em 1994, ele conta que promercado, salas de aula acabam fi- sa feita pelo Instituto Paulo Montene- curou a profissão com a visão que
cando vazias ou docentes de uma gro, braço do Ibope voltado à educa- tinha na época: “Ser mestre ainda era
área são improvisados em outras pa- ção. Segundo entrevistas realizadas algo nobre”, lembra. Em 1995, chera as quais não têm formação ade- com professores das 10 maiores ca- gou a receber orientações dentro da
pitais brasileiras, enquanto 12% dos escola em que iniciou a carreira.
quada.
A primeira opção é mais comum nas docentes em geral realizam outro tra- “Tinha um coordenador por disciplina
redes públicas. Alan Henrique Meira balho além de lecionar, no ensino e reuniões semanais para discutir
dos Santos, de 16 anos, estudante do médio, esse porcentual vai para 21%. projetos em conjunto”, afirma.
2º ano do ensino médio na escola A diretora-executiva da instituição, A formação interna foi interrompida
estadual Irma Annette Marlene Fer- Ana Lúcia Lima, ainda aponta o fato no ano seguinte, mas o governo fornandez de Mello, zona leste de São de os profissionais darem aulas em mou uma parceria com universidades
Paulo, afirma que a falta de aulas por muitas turmas, normalmente superlo- para que os professores fizessem
ausência de professor é o maior pro- tadas, como dificultador do trabalho pós-graduação. “Comecei e estava
blema que enfrenta para aprender.
docente. “Há no ensino médio uma adorando, mas o convênio foi interO jovem conta que, no ano passado, parcela maior de professores com rompido no meio, ninguém ganhou
não teve aula nenhuma sexta-feira. melhor formação. Por outro lado, a diploma nem nada”, recorda. Empol“De português, trocou o professor grade curricular prevê um grande nú- gado com os estudos, Walmir se matrês vezes e teve aula no máximo du- mero de disciplinas, com aulas distri- triculou em um curso particular no
rante dois meses”, afirma, enquanto buídas ao longo da semana, fazendo ano seguinte, mas diz que não confolheia o caderno na tentativa de lem- com que muitos lecionem em várias cluiu o projeto por falta de tempo e
brar de todas as disciplinas que cur- turmas, às vezes, dispersas por dife- dinheiro.
sa. “Física, o professor vinha, biologi- rentes escolas”, diz.
O professor recebe R$ 1.600 por mês
a, faltou só um pouco, e filosofia veio Na pesquisa, os docentes do ensino e conta que o salário baixo também o
quase metade do ano. Inglês, não médio também reclamaram de falta impede de se dedicar mais às dificulteve.”
de valorização por parte dos pais e dades apresentadas pelos alunos.
Na ausência do professor específico, alunos e da lotação das várias salas
as escolas tentam preencher as aulas de aula que frequentam. Um educa“Para ganhar isso, dou 31 aulas
com o profissional que tem à disposi- dor dessa fase de ensino tem, em
ção. Um relatório de 2009 também da média, 402 alunos, com os quais semanais (o limite permitido peFundação Lemann mostra que me- mantém um contato pouco frequente. la legislação paulista é de 32).
nos de 40% dos professores de físi- “Em síntese, é mais crítica a situação Infelizmente, não sobra tempo
ca, química, artes e inglês do ensino dos professores do ensino médio para preparar um projeto difemédio são formados na disciplina que com relação às condições de trabalho renciado, mais atraente, ou auministram. Mesmo em língua portu- e ao desprestígio junto à sociedade”, las de recuperação, que são obguesa e matemática, esse porcentual conclui a diretora do instituto.
viamente necessárias.”
não passa de 70%.
Quem tenta melhorar a
Da redação
Professores, na maioria das vezes
têm que recorrer a empregos múlti- formação encontra dificuldade Editoração: Filipe de Sousa
plos para conseguirem rendimentos
necessários, que lhe proporcionem O professor de língua portuguesa da
O que falta na educação ?
Nada menos de 21 Estados brasileiros deixaram de aplicar R$ 1,2 bilhão de reais no
ensino básico em 2009. A acusação é do
Ministério da Educação (MEC).
Esses recursos não foram repassados ao Fundeb
(Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica).
Foram desviados para outras atividades, possivelmente menos prioritárias.
Não é pouco dinheiro: no Rio foram R$ 28 milhões, mas em São Paulo a irregularidade foi superior a R$ 600 milhões. Se isso acontece e é denunciado publicamente, pode-se inferir que a perda é da própria Educação, no seu conjunto. Devemos louvar o esforço do ministro Fernando Haddad. Ao falar no "Seminário Internacional de Avaliação de professores daEducação Básica", no Rio
de Janeiro, foi bastante enfático na defesa da cultura da avaliação, de que andamos divorciados
por tanto tempo.
Mostrou que o Ideb representa um avanço considerável, com a radiografia, hoje, de 50 mil Escolas, e mostrou, sob aplausos, que "não há boa Educação sem professores altamente qualificados".
É claro que isso também envolve salários compa-
tíveis com os de outras profissões. Por essa razão, o MEC criou, de forma inteligente, as bolsas
de iniciação docente, que neste ano chegarão ao
número de 20 mil. É uma reação que não pode
passar despercebida.
res, comprometendo a necessária fidelização dos
mesmos às Escolas em que atuam. Vestir a camisa passou a ser expressão somente do futebol
(estamos em época de Copa), mas deve valer
também para o mundo da Educação, com vistas
aos seus resultados. A má qualidade da Educação
As políticas públicas devem ser transparentes, pública opera a favor da condenável desigualdade
para que sejam apoiadas de forma total, numa social.
representação do que chamamos de vontade política de corrigir os rumos do setor que, atavicamen- São aconselháveis parcerias público-privadas,
te, sempre recebeu críticas, desde os primórdios como fez o Chile, na década de 70, com o governo distribuindo vouchers a todas as famílias para
do Brasil.
que elas escolham as Escolas dos seus filhos. O
Quando foi candidato à Presidência da República, resultado Escolar assinalou ganhos apreciáveis.
no início do século passado, Rui Barbosa já recla- Agora mesmo é o presidente Barack Obama, dos
mava do elevado número de analfabetos existen- EUA, que anuncia o reforço a esse programa de
tes. Estratégias, táticas e ações que configurem o parcerias, selecionando 4.000 Escolas que receplanejamento a médio e longo prazos requerem berão recursos federais.
mudanças que ainda estão longe de acontecer.
Atende-se a mais de 1 milhão de estudantes da
Quando citamos desenvolvimento de competên- Educação básica, que, de outra forma, talvez esticia, gestão integrada ou gestão corporativa, para o vessem condenados ao abandono.
devido compartilhamento de tarefas, na discutida
relação ensino-aprendizagem, parece que atraíARNALDO NISKIER, 74, é doutor em Educação,
mos expressões de outro planeta.
professor de história e filosofia da Educação, membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia
É natural que o resultado desse atraso secular
das Ciências de Lisboa e presidente do Ciee/RJ.
seja a reduzida satisfação de alunos e professo-
Gazeta Valeparaibana
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Síndromes
ções com dinheiro - ou seguido de uma infecção atual. Deste modo é necessário estar informado
aguda ou prolongada - como gripe, bronquite ou sobre as suas consequências e situações que nos
pneumonia", disse a nutricionista inglesa Rhian podem levar a ter esta doença.
Stephenson ao jornal britânico Daily Mail.
A publicação informou que é difícil diagnosticar a Como tal decidimos abordar este tema, pois tratafadiga adrenal, porque os exames que medem os se de uma doença atual e de certa forma preocuníveis de cortisol classificam como anormal os me- pante assim podemos informar e estar informados,
nores de 2%, sendo que alguém com 5%, por e- sobre problemas que desconhecemos.
Os sintomas resultantes da rotina estressante estão sendo tratados como uma síndrome e já estão
sendo reconhecidos pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) como mal do século. Cansaço, irritação, baixo apetite sexual, dificuldade de concentração e resfriados consecutivos. Esses incômodos
estão cada vez mais frequentes em quem leva uma vida corrida e cheia de cobranças e caracterizam a síndrome do século 21.
Clinicamente, trata-se de fadiga adrenal. O problema afeta mais mulheres e ocorre porque as glândulas adrenais (suprarrenais) trabalham excessivamente. É que elas produzem altos níveis de cortisol tradicionalmente em curtos períodos de estresse, mas a vida moderna exige demais delas e o
resultado são baixas taxas do hormônio.
xemplo, pode sofrer com os sintomas sem que isVisitem a nossa página e deixam as vossas opiniso seja considerado um problema médico.
ões e críticas para que a possamos melhorar...
Stephenson recomenda um teste de saliva para
eliminar as suspeitas de outras doenças e seguir "No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com
dicas simples como forma de tratamento: comer o diagnóstico de câncer.
cereais integrais, frutas e peixes; praticar exercícios físicos; manter atividades de lazer.
A investigação constante, numa área de intervenEntre os fatores que contribuem para a fadiga a- ção tão importante como o cancro é, inquestionadrenal estão alimentação inadequada; consumir velmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobebidas com cafeína como estimulante; ficar acor- bre as suas causas, sobre a forma como se desendado até tarde, mesmo quando cansado; ser per- volve e cresce, ou seja, como progride. Estão,
feccionista e colocar em prática poucas (ou nenhu- também, a ser estudadas novas formas de o prema) atividade agradável.
venir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção
Enquanto seres humanos temos necessidade de a melhoria da qualidade de vida das pessoas com
comer e beber, ou seja necessitamos de nos ali- cancro, durante e após o tratamento."
mentar.
Mudam-se os tempos, mudam-se as doenças...
Com a evolução, surgem novas doenças, que se
A alimentação é um dos fatores mais importantes adaptam ás novas realidades. No entanto, outras
na nossa saúde, sendo que uma alimentação cor- que julgávamos já inexistentes, reapareceram.
reta irá beneficiá-la enquanto que uma alimentaAtualmente vemos cada vez mais e com maior freção incorreta poderá prejudicar a nossa saúde.
quência surtos das mais variadas doenças, inicianMas então como distinguir uma alimentação corre- do-se novas batalhas para as conseguir vencer.
ta de uma alimentação incorreta?
"Também pode vir como resultado de um incidente
Da redação
estressante - como um luto, divórcio ou preocupa- A depressão afeta cada vez mais a sociedade Editoração: Filipe de Sousa
Vamos rir
Cidadania x Educação
Cidadão brasileiro,
Sociedade,
Direitos e deveres.
A campanha visa sensibilizar o Poder Executivo e o poder Legislativo a destinarem à educação 10% do Produto Interno Bruto do país.
Em sua participação no programa do Faustão, Amanda afirmou que a notoriedade que
conquistou não mexeu na sua vaidade.
O dono de uma agência funerária
está examinando cadáveres, antes de serem
sepultados ou cremados, quando se depara
com um corpo, identificado como José
Chagas, que está para ser cremado
e descobre que o defunto tem o maior
Piu-Piu que ele já havia visto na vida.
- Desculpe, seu Chagas - pensa ele - mas
não posso mandar o senhor pro crematório
com essa coisa enorme, isso tem que
ser conservado para a posteridade.
Então ele remove a aberração com um
bisturi, guarda e leva pra casa. Não resiste
e resolve mostrar a monstruosidade para
sua mulher.
- Tenho algo inacreditável pra te mostrar,
querida... Você não vai acreditar!
E ao ver o conteúdo, a mulher grita,
estarrecida:
- Ai, meu Deus...! O Chagas morreu!!!???
Moral da história:
Jamais leve trabalho para casa!
Mas, destacou que a assume com responsabilidade, entendendo que, agora, é seu dever
e sua obrigação usar a sua voz para externar
os pleitos e reivindicações de sua categoria
profissional no Brasil inteiro.
Para justificar sua atuação como militante em
defesa da educação, a professora assinalou
entender que faz parte da missão do professor ensinar as pessoas a lutarem pelos seus
direitos.
O Brasil inteiro apóia o discurso de
Amanda Gurgel
O resultado da enquete sobre o índice de aprovação ao discurso da professora Amanda
Gurgel.
Foram dadas respostas pelo telefone, no auA professora Amanda Gurgel acaba de encer- ditório e pelo site da GLOBO, no programa do
rar sua participação no Programa do Faustão, Faustão do último domingo.
na Rede Globo, conclamando o público a entupir a Internet com uma mensagem - "10% SIM - 98%
do PIB, já!".
NÃO - 2%
Amanda lança campanha
"10% do PIB já!"
Av. Beira Mar, 13.050 (Balneário Britaria) - Ilha Comprida - SP
Gazeta Valeparaibana
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Meio Ambiente Cultural
ro, incumbindo ao Poder Público, com
a colaboração da comunidade, a proteção desse patrimônio por meio de
inventários, registros, vigilância, desapropriação e tombamento.
Quando se fala em proteção do meio
ambiente, não se está restringindo o
cuidado apenas aos exemplares da
flora e da fauna, já que a definição de
meio ambiente é ampla e abarca tanto o homem quanto a natureza.
Seguindo essa linha, percebe-se que
o patrimônio cultural nacional é parte
do meio ambiente. No meio ambiente
cultural, estão inseridas as criações
artísticas, os objetos, os documentos
históricos e tantas outras manifestações culturais, como a dança, a literatura, a música, e outras expressões
que fazem parte da cultura brasileira.
Os bens que compõem o patrimônio
cultural podem ser materiais, como as
construções históricas, ou até mesmo
imateriais, como os dialetos de algumas comunidades indígenas. Ambos
são importantes e merecem ser preservados, para que possamos garantir a identidade e memória dos diferentes grupos da sociedade e a das
diferentes regiões do Brasil. Festas
populares e de longa tradição, como
a do Boi, em Parintins, o Guerreiro,
em Alagoas, e a Semana Farroupilha,
na região Sul, são exemplos da riqueza regional do nosso meio ambiente
cultural.
A Constituição brasileira de 1988 protege o meio ambiente cultural brasilei-
O tombamento é uma medida administrativa usada para preservar bens
de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental. Tanto pode ser realizado em âmbito federal, pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional - IPHAN, como pode ser
proveniente de ato estadual ou municipal. Na verdade, um bem pode ser
tombado simultaneamente em âmbito
local, regional ou nacional. É o que
acontece com o centro histórico da
cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, que é tombado pelo Município,
pelo Estado, pela União, e até pela
UNESCO como Patrimônio Cultural
da Humanidade.
diano de comunidades também integram o patrimônio cultural brasileiro.
Um exemplo disso são as técnicas
tradicionais de construção de embarcações (e de navegação oceânica)
desenvolvidas pela comunidade caiçara de Cairuçu, no Município de Parati (RJ), as quais são patrimônio cultural da referida comunidade. Neste
caso, o meio idôneo para a sua proteção não é o tomba mento, mas o registro.
De acordo com a Constituição Brasileira, a proteção de documentos, obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, bem como de monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos faz parte
da competência comum, o que significa dizer que cabe a todos os entes da
federação. A Constituição prevê, ainda, o estabelecimento de incentivos
para a produção e o acesso a bens
A lista do Patrimônio Mundial da U- culturais.
NESCO é formada por 878 locais escolhidos em razão de suas proprieda- O acesso às fontes culturais está predes naturais ou culturais. Desse total, visto na lei que criou o Programa Na689 são propriedades culturais, 176 cional de Apoio à Cultura (Pronac),
são propriedades naturais e 25 são em 1991. Essa lei ficou mais conhecimistas. O Brasil possui 17 locais na da como Lei Rouanet, por causa do
lista, dos quais dez foram escolhidos então ministro da cultura Sérgio Paupor suas qualidades culturais.
lo Rouanet. Atualmente, o Ministério
da Cultura está apoiando um projeto
Assim, além da Cidade Histórica de de reforma da lei que visa ampliar a
Ouro Preto, também integram a lista capacidade de fomento à cultura. Tal
por razões culturais os Centros Histó- projeto ficou disponível para consulta
ricos das cidades de Olinda, Salva- pública até o início do mês de maio
dor, São Luís do Maranhão, Diaman- desse ano e propõe a instituição do
tina e Goiás; bem como as Ruínas de Programa Nacional de Fo mento e
São Miguel das Missões; o Santuário Incentivo à Cultura (Profic) com o obdo Bom Jesus do Congonhas; a Cida- jetivo de mobilizar recursos e aplicáde de Brasília e o Parque Nacional da los em projetos culturais.
Serra da Capivara.
Além dos instrumentos que já estaAlém dos centros históricos de algu- vam previstos na Lei Rouanet, como
mas cidades brasileiras, os modos de o Fundo Nacional da Cultura (FNC), o
criar e de produzir enraizados no coti- Fundo Nacional de Investimento Cul-
A Publicidade
tural e Artístico (Ficart) e os incentivos a projetos culturais, o Projeto de
Lei inclui o "Vale-Cultura", a ser regulamento por lei específica.
O propósito central do vale está relacionado com a idéia do ex-ministro
Gilberto Gil em fazer da cultura um
ele mento da cesta básica dos brasileiros.
Assim, de acordo com o Projeto de
Lei, o Vale-Cultura (no valor de 50
reais) deverá ser fornecido ao trabalhador que receba até cinco salários
mínimos, podendo-se descontar de
sua remuneração até 10% do valor,
ou seja, 5 reais.
O Vale-Cultura pretende estimular a
visitação de estabelecimentos culturais e artísticos, bem como incentivar
o acesso a eventos e espetáculos,
como peças de teatro, shows, museus etc. É interessante ressaltar que
o vale inclui na área de atividades
culturais a literatura, o que permitirá o
seu uso para a aquisição de livros.
É bem vinda a criação de diferentes
meios para incentivar as manifestações culturais que refletem a identidade de um grupo. Assim como meios
para proporcionar o acesso aos bens
culturais e as formas de expressão,
criações científicas ou culturais. Dessa forma, ajudamos a construir essa
identidade e a fortalecer a história e o
meio ambiente cultural de um povo.
Afinal, é de todos nós o dever de preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
Muito se fala, se gasta mas, muito
pouco se vê feito.
Da redação
Editoração: Filipe de Sousa
ATENÇÂO
3 - Ser excelente aman- - Quem é você?
O que quer?
te" ...
Durante meses a fio o telefone tocou incessantemente, a campainha não parava um segundo e recebeu muitaaasss cartas.
Uma viúva rica e solitária Contudo, nenhum dos predecidiu que precisava de tendentes se enquadrava
ter um homem na sua vida. nas qualificações exigidas.
Então, publicou um anúncio no qual podia ler-se : Porém, um dia, a campainha tocou novamente. Ela
"Viúva rica procura ho- abriu a porta e encontrou
mem para partilhar vida e um negro sem braços, sem
fortuna. Os requisitos ne- pernas e deitado no tapete
cessários são os seguintes: da porta.
Perplexa, ela perguntou :
1 - Não me bater .
2 - Não fugir de mim.
- Olá! - disse ele. Sou eu o
homem dos seus sonhos.
- Ah sim?
E porque acha que é?
Ora, respondeu ele: não
posso bater-lhe porque não
tenho braços, e não posso
fugir de si porque não tenho pernas.
- Está certo! retorquiu ela...
E o que o faz pensar que é
assim como amante?
- Ele respondeu:
Eu toquei a campainha,
não toquei ?!?!?!?!?!?
A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP
“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente
publica matérias, relevantes, com a
finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas,
tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão
de conhecimento.
Assim, pública algumas matérias
selecionadas de sites e blogs da
web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do
conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a
Cultura e Sustentabilidade, todos
devemos nos unir, na busca de uma
sociedade mais justa, solidária e
conhecedora de suas responsabilidades sociais.
No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus
editores, desde que adjudiquem
seus nomes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da
corrente, favor entrar em contato.
[email protected]
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Gazeta Valeparaibana
Página 13
Saúde x qualidade de vida
Isso significa que a luta pela saúde na escola e
na comunidade envolve atenção à qualidade de • Buscar parceiros e recursos para aquisição de
vida em todos os aspectos.
óculos, aparelhos auditivos, entre outros (o ideal
é que a busca por doações esteja inserida num
A sabedoria popular já consagrou o dito: é melhor processo educativo);
prevenir do que remediar. Para garantir a qualidade de vida de todos, é preciso realizar ações de • Identificar os locais com deficiência na coleta do
prevenção dos males físicos e sociais.
lixo e planejar uma campanha de conscientização. Procurar meios de divulgar as consequênO que o voluntário pode fazer?
cias de se jogar lixo nas ruas;
• Disseminar informações relacionadas com • Promover campanhas de doação de sangue no
bairro, mobilizando possíveis doadores para
a qualidade de vida dos alunos;
o banco de sangue do hospital próximo à escola;
• Promover discussões sobre saúde, drogas, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), orien- • Organizar atividades recreativas e artísticas em
hospitais;
tação sobre alimentação, higiene etc.;
• Implementar mecanismos de encaminhamento • Organizar mutirões de limpeza em espaços coou prestação de serviços médicos e odontológi- munitários;
O papel da escola na promoção da saúde vem cos;
sendo cada vez mais reconhecido, devido à
• Apoiar o funcionamento dos conselhos comuniabrangência desse tema, que faz parte do coti- • Articular parcerias com serviços e profissionais tários de saúde;
diano e vai muito além da saúde de cada indi- de saúde para obtenção de informações de intevíduo.
resse da comunidade;
• Embelezar as dependências da escola, através
de projetos de meio ambiente, estimulando o
Saúde envolve saneamento básico, água tratada, • Implementar um banco de registro sobre a saú- plantio de flores e árvores;
condições de trabalho e moradia, lazer, preserva- de do corpo discente (vacinações, doenças etc.);
• Promover atividades de educação ambiental nas
ção do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, prevenção da violência e do uso de drogas, • Oferecer informações técnicas e assistência mé- escolas;
acompanhamento à gestante e à criança em seus dica ou odontológica aos alunos e demais membros da comunidade (caso o voluntário seja um • Monitorar e denunciar ameaprimeiros anos de vida etc.
ças de poluição ambiental na
profissional da área de saúde);
região.
Mas saúde é também felicidade, alimentação saudável e relações bem construídas com os outros. • Desenvolver atividades de promoção da saúde
Da redação
bucal, auditiva, ocular e ambiental;
NOTAS
Saúde do homem
Se fala tanto sobre saúde das mulheres, câncer de mama, câncer de colo uterino, problemas relacionados a maternidade(gestação, puérperio e etc.),e vemos os homens sendo “deixados de lado”.
O governo federal em 2008 lançou o programa ‘Política Nacional de atenção integral à Saúde do
Homem” visando estimulá-los a procurar as unidades de saúde obtendo a melhoria de seu estado
de saúde e buscando melhor qualidade de vida concomitantemente aumentando a expectativa
média de vida,haja vista que foi observado que de cada três morte ocorridas na população adulta,duas são do sexo masculino.
No programa de saúde do homem,optaram pela observação das enfermidades que mais atingem
esse grupo populacional.São mais enfatizadas as áreas de cardiologia, urologia, pneumologia,
grastroentologia e saúde mental.
JUNTOS
Gazeta Valeparaibana
&
CULTURAonline
Não é novidade para ninguém,o medo em que os homens tem em procurar um urologista devido
ao famoso toque retal.Esse exame acompanhado da dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) é de extrema importância e necessário para diagnosticar possíveis tumores malignos.Existe
a necessidade de nós que fazemos parte das UBS,juntamente com os meios de comunicação
sempre estarmos apertando nessa mesma tecla:Todo individuo do sexo masculino assintomático,
a partir dos 50 anos e homens aos 45 anos de idade com histórico familiar de câncer de próstata,devem deixar o medo e o preconceito de lado e cuidar de si procurando um urologista de sua
confiança.
A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização
sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir
discussões e reflexões dentro das salas de
aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental,
Apesar do aumento do número de mulheres com problemas cardíacos,os homens ainda são a mai- além da transmissão de conhecimento.
oria nessa estatística,Esse grande índice se dá pelo sedentarismo,má alimentação,fatores genéticos,aliados ainda ao corre do dia a dia.Se faz necessário programas de reeducação alimentar,assim como a estimulação a pratica de exercícios físicos diários,promovendo assim um bem
estar e uma melhor sustentabilidade dos sistemas orgânicos.
Matéria enviada por: Dra. Flávia Rodrigues
Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar
que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e
Sustentabilidade, todos devemos nos unir,
na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.
No entanto, todas as matérias e imagens
serão creditadas a seus editores, desde que
adjudiquem seus nomes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.
[email protected]
Gazeta Valeparaibana
Agosto 2011
Página 14
Dinheiro sujo e a Corrupção
Segurança
Este foi um dos temas mais comentados nas últimas eleições. Outro tema
bastante frisado foi a corrupção. Este
mal que acontece em nosso país é
fruto da impunidade, ela que é a geradora de muito males que nos assolam. Como já foi falado aqui, ela é
que impede que tenhamos investimentos em setores essenciais como
educação, saúde, habitação e outros.
Alguns dias, após a prisão de vários
jovens de classe média por tráfico de
drogas, uma delegada afirmou que
muitos dessas pessoas trilham por
esse caminho por certeza da impunidade. O novo governador, que parece
cheio de boas intenções, vai ter que
tirar água de pedra para organizar
tudo isto que está aí: os vícios e os
maus costumes. Quanto à corrupção,
ela já transita pelo meio dos poderosos há séculos.
" Ai de mim! Porque estou feito como
são colhidas as frutas do verão, como
os rabiscos da vindima; não há cacho
de uvas para comer, nem figos temporão que a minha alma desejou.
Pereceu o benigno da terra, e não há
entre os homens um que seja reto;
todos armam ciladas para sangue;
caça cada um a seu irmão com uma
rede; as suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe inquire, e o
juiz só pensa em recompensa, e o
grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores. O melhor deles é como um
espinho; o mais reto é como o espinhal.
Vivemos a cultura da corrupção. O
país vive um momento caótico. Enquanto o homem público não perceber que ele deve ser um servidor das
coisas públicas, e, não se servir das
coisas públicas, estaremos todos per-
didos e nas mãos de" homens que só em um determinado momento da história de um país. Nesse sentido, a
pensam em recompensas".
maior transparência de práticas e eA corrupção já foi discutida e criticada ventos de corrupção, alcançada por
em vários momentos de nossa histó- meio de ações policiais de grande
ria. Em 1914 em pleno governo do visibilidade midiática, tem um duplo
Marechal Hermes, Rui Barbosa citou caráter. Por um lado, pode dar a sena seguinte frase: "de tanto ver triunfar sação de que a corrupção está cresas nulidades, de tanto ver prosperar a cendo. Por outro, o aprimoramento
desonra, de tanto ver agigantar-se os das ferramentas de transparência e
poderes nas mãos dos maus, o ho- de controle naturalmente confere visimem chega a desanimar-se da virtu- bilidade a situações antes escondidas
de, a rir da honra e a ter vergonha de e, por isso, desconhecidas.
ser honesto".
Talvez a grande diferença entre o
Levantamento da Transparência In- passado e o presente é que hoje saternacional mostra que o Brasil está bemos muito mais sobre o que ocorre
mal colocado nos índices de corrup- nos bastidores da vida política. A visição entre os países. Muito já foi feito, bilidade desses fenômenos já é um
mas ainda é preciso fazer muito mais, avanço, pois impulsiona setores da
tornando os governos transparentes sociedade a cobrarem mais.
para a fiscalização da sociedade
De qualquer modo, quando a corrupAs cenas que vemos na televisão, ção prevalece numa sociedade, se
mostrando empresários, políticos e estabelece uma situação crítica na
funcionários públicos envolvidos em qual os países e seus governos não
casos de corrupção, provocam senti- conseguem alcançar o desenvolvimentos de indignação. Esses episó- mento e enfrentam problemas para
dios minam a confiança da população oferecer serviços básicos como saúna Justiça e nas instituições. A cor- de, educação, infraestrutura, entre
rupção é um fenômeno inerente a outros desafios para a construção de
qualquer sociedade e até hoje não se uma sociedade igualitária, transpaconhece país que esteja totalmente rente e democrática.
livre dela. Trata-se da apropriação
criminosa de recursos públicos que Em todo o mundo, é preciso combinar
deveriam ser usados na melhoria das ações de prevenção e de repressão à
corrupção. Os corruptos não podem
condições de vida das pessoas.
sentir que há um ambiente favorável
O Banco Mundial estima que, nos à impunidade e, por outro lado, devepaíses onde os índices de corrupção se desenvolver nas pessoas uma culsão mais elevados, entre 25% e 30% tura ética de intolerância à corrupção.
do PIB são desperdiçados. Já em pa- É preciso acabar com a impunidade,
íses onde a corrupção encontra-se tratando o corrupto como um criminosob controle, esses índices não ultra- so comum, que se apropriou de bens
passam 3%. Aí reside a grande dife- públicos.
rença. Como em relação a qualquer
outro tipo de crime, alguns países Exigir e adotar uma postura ética, no
têm sido mais eficazes no controle da entanto, não deve se restringir apenas ao âmbito político ou empresarial.
corrupção do que outros.
É preciso que toda pessoa assuma
Medir a corrupção de maneira precisa essa postura no dia a dia e procure
é uma tarefa complexa. Os dados agir de maneira ética.
mais divulgados são rankings que
indicam a percepção que os cidadãos O movimento popular pela Lei da Fitêm da corrupção. Este é o caso da cha Limpa no Brasil é um exemplo
ONG Transparência Internacional, claro do papel decisivo que a socieque posiciona o Brasil em 69º lugar dade pode ter no controle da corrupção. Com quase 2 milhões de assinaem um universo de 178 países.
turas, o movimento conseguiu encaApesar de serem importantes para minhar e apressar a votação do projeestimular o debate público sobre a to de lei que impediu que candidatos
corrupção, os rankings de percepção que já haviam sido condenados judisão influenciados por eventos críticos cialmente em 2ª instância concorres-
sem a cargos no Senado e na Câmara do Deputados. O movimento é,
pois, um exemplo da força que o exercício da cidadania pode ter no
controle dos Poderes, e em que o
cidadão chama para si a responsabilidade de combater a corrupção.
É nesse sentido que o Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC) lançou uma campanha global. Se todos percebermos a importância de dizer "não" a pequenos atos
de corrupção, seremos capazes de
mudar a sociedade.
Eventos como o Dia Internacional
Contra a Corrupção, são uma oportunidade para refletir sobre o assunto e
reafirmar o compromisso de acabar
com a cultura da corrupção e criar
uma cultura de ética e integridade em
todos os setores da sociedade.
O projeto Ficha Limpa é uma campanha da sociedade civil brasileira com
o objetivo de melhorar o perfil dos
candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado
um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais
rígidos os critérios de quem não pode
se candidatar - critérios de inelegibilidades.
A iniciativa popular é um instrumento
previsto em nossa Constituição que
permite que um projeto de lei seja
apresentado ao Congresso Nacional
desde que, entre outras condições,
apresente as assinaturas de 1% de
todos os eleitores do Brasil.
O projeto Ficha Limpa circulou por
todo o país, e foram coletadas mais
de 1,3 milhões de assinaturas em seu
favor – o que corresponde a 1% dos
eleitores brasileiros. No dia 29 de setembro de 2009 foi entregue ao Congresso Nacional junto às assinaturas
coletadas.
O MCCE, a ABRACCI e cidadãos de
todo o país acompanharam a votação
do projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado e, no dia 4 de
junho de 2010, foi sancionada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a
Lei Complementar nº. 135/2010, que
prevê a lei da Ficha Limpa.
Da redação
Editoração: Filipe de Sousa
O Projeto Social “Formiguinhas do Vale” mantém na rádio web através de seu veículo de comunicação
CULTURAonline, dois programas de divulgação de seus projetos, a saber:
EDUCAR - Uma janela para o mundo: Neste programa são abordadas as questões sociais mais importantes, tais como Educação, Sustentabilidade Social, Meio Ambiente, Culturas e as tradições populares como fator de preservação
de costumes e história.
No ar todos os Sábados das 18;00 às 20;00 horas > acesse: www.gazetavaleparaibana.com
RAÍZES & MATRIZES: Este programa é dedicado á Comunidade Lusófona Internacional e nele abordamos a Cultura,
Turismo e História de cada país, além de servir como um prestador de serviços e de apoio a todo o cidadão das Comunidades Lusófonas em dificuldades, quer seja de Documentação ou outra dificuldade pontual.
Vai ao ar todas as Sextas-Feiras das 18;00 às 20;00 horas. Acesse: www.gazetavaleparaibana.com
NÂO PERCA TAMBÉM
PONTO FINAL e AMOR e AMIZADE - Consulte nossa programação /// www.gazetavaleparaibana.com/programacao.htm
Agosto 2011
Gazeta Valeparaibana
Página 15
Educação
não estejam ensinando? Ainda que quase poética a nossa fala, ela mais parece patética. ViveReplanejamento?
mos num mundo de faz de conta. Vamos replanejar. Admitir o Replanejamento é admitir que o
Final do glorioso e esperado recesso, ou férias fizemos errado e, por isso devemos refazê-lo.
dependendo do seu sistema de ensino, estamos
de volta. Mais um semestre se inicia. O (re) Porque não planejamos adequadamente?
planejamento pretende organizar aquilo que não Por que dá trabalho!
conseguimos cumprir no primeiro semestre.
São necessárias avaliações diversas em função
Os famigerados “textos pedagógicos” nos fazem da realidade de cada comunidade atendida pelas
pensar que estamos sempre errados, que os alu- Unidades Escolares, antes de falarmos em Planos estão sequiosos pelo conhecimento, e que nejamento.
SEGUNDO SEMESTRE
as aulas serão profícuas. É notável o modo como
os tão lidos Içami Tiba, Antonio Nóvoa e Rubem
Alves são utilizados nos planejamentos e replanejamentos (será que os nossos gestores realmente os leem, ou só utilizam os trechos?)
No primeiro dia de retorno já voltamos a rotina...
nada mudou!
E porque haveria de mudar?
Alguma medida nova por parte do sistema público?
Alguma ideia nova tomou conta da sociedade?
Algum iluminado em Brasília lançou uma lei nova?
Até o momento, não!
Aliás, o que vem para o segundo semestre são
as cobranças com os índices da educação, as
metas, os planos de recuperação e, claro, as mágicas para aprovar aqueles que não fizeram nada
no primeiro semestre.
Só assim erraríamos menos.
Os “famigerados textos pedagógicos” agora em
“famigeradas horas de HTPC” e intermináveis
discursos da coordenação pedagógica tentam
nos fazer crer que replanejar significa refazer o
que considerávamos feito e que não surtiu efeito.
haveria alunos na faculdade, pois queremos
sempre uma formação fast-food. Muitas vezes o
professor coordenador pedagógico não é pedagogo. Muitas vezes o diretor, que está atolado de
burocracia, também não é pedagogo, cursou uma faculdade stand up via fast-food. Esse é o
mercado em que vivemos!
A sociedade mudou, a tecnologia mudou, as relações sociais e o anseio da sociedade mudaram,
mas, a escola continua a mesma. Continuamos
passando o “ponto” na lousa, colocando as respostas das questões para os alunos decorarem.
Aula com datashow?
Colocamos a data na lousa e damos um show
com a nossa fraca e rouca voz.
Antes de replanejar, ou planejar, precisamos saber “para que serve a escola”, e isso os teóricos
(sobretudo os importados) ainda não sabem. Cada país, cada região, cada município, cada escola, tem uma necessidade.
Mas não vamos desistir, vamos replanejar. Esperamos que, um dia, o sistema também seja replanejado.
Será que ninguém vê? Classes superlotadas com
jovens desmotivados com pais problemáticos vivendo numa sociedade problemática. Um sistema que premia quem nada faz e a única preocupação é estar presente. Como numa missa de
corpo presente cujo, realmente presente é o corBom retorno às aulas colegas e que a força estepo, pois a alma já se foi.
ja com todos nós!
Como planejar isso?
E pior, como replanejar isso tudo?
Prof. Ms. Ivan Claudio Guedes
Nos diversos replanejamentos que pesquisamos, Geógrafo e Pedagogo. Especialista em Gestão Ambiental,
verificamos que, muitas vezes, o replanejamento Mestre em Geociências e doutorando em Geologia.
é “planejado” pelos nossos coordenadores um Professor da rede pública estadual paulista desde 2001;
professor de Pedagogia das Faculdades Integradas Torriceldia antes de acontecê-lo. Muitos entraram em li e da Faculdade Método de São Paulo. É palestrante nas
cena sem uma pauta, deixando o laissez-faire áreas da Educação; Geografia; Meio Ambiente e Geologia.
tomar conta do ambiente. Raramente encontra- (11) 9226-0788 [email protected]
mos uma equipe gestora que seja realmente uma Prof. Esp. Omar de Camargo
Técnico Químico. Licenciado em Química, Física e Matemáequipe.
O professor é o mesmo, a sala de aula é a mesma, a mentalidade é a mesma. É a mesma mesmice de sempre.
E mesmo que quiséssemos mudar?
tica(EF). Pós-graduado em Química
Apesar de muitos quererem.
Mas não os culpamos, sabemos que a nossa for- Professor da rede pública estadual paulista e rede particular
Como enfrentar a realidade nua e crua?
mação acadêmica está aquém do que realmente desde 1995.
Os alunos, agora educandos não estão aprendeveria ser. E se fosse realmente de ponta, não
dendo. Os professores, agora educadores, talvez
Volta às aulas
Enquanto isso...
tando gestores regionais para o planejamento das atividades escolares
no segundo semestre, incluindo programas de fortalecimento acadêmico
e profissional que contemple alunos
e professores.
A secretária-adjunta de Ensino da
Seduc, Graça Tajra, disse que a secretaria está envidando todos os esCom a finalidade de discutir ações forços para garantir o cumprimento
referentes ao calendário escolar de do ano letivo e a aprendizagem dos
2011 e propor encaminhamentos alunos da rede.
para o cumprimento dos 200 dias
letivos, a Secretaria de Estado de “Estamos realizando acompanhaEducação (Seduc), por intermédio mentos técnico-pedagógicos nas
da Secretaria Adjunta de Ensino escolas da rede estadual, possibili(SAE), realizou neste mês de Julho- tando dessa forma, o cumprimento
reunião com gestores das 19 Unida- dos dias letivos no segundo semesdes Regionais de Ensino (URE’s), tre de 2011,” ressaltou a secretáriasuperintendentes e técnicos da se- adjunta.
cretaria.
A superintendente de Educação BáDurante o encontro, estão sendo sica da Seduc, Leuzinete Pereira,
discutidas diretrizes nos âmbitos pe- afirmou que as ações nas escolas
dagógico e administrativo para ga- visam minimizar os prejuízos ocasiorantir o pleno funcionamento das nados pelo período de paralisação
escolas, seguindo o calendário es- dos professores.
colar de 2011, estabelecido pela Seduc para encerrar em 23 de dezem- “Estamos trabalhando de forma incansável para minimizar os prejuíbro.
zos aos nossos alunos, e esse enNeste sentido, a Seduc está orien- contro tem como foco apresentar e
discutir parâmetros a serem elaborados para que possamos reordenar o
calendário escolar de 2011”, explicou a superintendente.
A Seduc também está orientando os
gestores para a realização de um
mapeamento das escolas em relação ao calendário escolar, observando as suas particularidades e planejamento das aulas para o segundo
semestre letivo.
“É importante que seja feito este levantamento por parte dos gestores
regionais, para que possamos fazer
um diagnóstico das escolas com relação ao cumprimento da carga horária e dias letivos previstos”, declarou a supervisora de Currículos da
Seduc, Narcisa Rocha.
De acordo com os gestores regionais, orientações no que diz respeito
ao calendário letivo são importantes
para garantir a oferta de um ensino
de qualidade na rede. “O planejamento do calendário letivo é determinante para garantir que nossos
alunos obtenham ensino de qualidade nas escolas da rede”, destacou
Cláudia Brasil, gestora de Pedreiras.
João saiu para beber com os amigos; depois de entornar todas
achou que estava com uma vontade louca de fazer amor, mas, como marido fiel, voltou para casa.
Lá chegando encontra a Margarida
mergulhada em sono profundo,
dormindo com a boca aberta.
Ele pega duas aspirinas, e as coloca gentilmente na boca da mulher,
que acorda engasgada, e pergunta:
- O que foi que você colocou na
minha boca?
- Duas aspirinas, responde ele.
Ela aos berros:
- Eu não estou com dor de cabeça!!!
E ele feliz:
- Era "isso" que eu queria escutar....
Responsabilidade Social - Educar também pode ser via jornal.
Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável
Edição nº. 45
Ano IV - 2011
baixadores acreditados em Lisboa (única capital onde existem
Embaixadas de todos os países
da CPLP).
LUSOFONIA
LUSOFONIA
O primeiro passo no processo
Relativamente às várias vertentes do processo de institucionalização da CPLP, o Grupo analisou em substância a cooperação existente entre os Sete e a
concertação a estabelecer.
de criação da CPLP foi dado em
São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da
realização do primeiro encontro
dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a convite do Presidente
brasileiro, José Sarney.
Na reunião, decidiu-se criar o
Instituto Internacional da Língua
Portuguesa (IILP), que se ocupa
da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.
A ideia da criação de uma Comunidade reunindo os países de
língua portuguesa – nações irmanadas por uma herança histórica, pelo idioma comum e por
uma visão compartilhada do desenvolvimento e da democracia
– já tinha sido suscitada por diversas personalidades.
Os Chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, (E-D) o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, do Brasil, Fernando
Henrique Cardoso, de Cabo Verde, Mascarenhas Monteiro, de Portugal, Jorge Sampaio, o primeiro-ministro português, Antonio Guterres, da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira,
de Moçambique, Joaquim Chissano, o representante de São Tome e Príncipe e ainda o Secretario Executivo da CPLP, Marcolino Moco, durante a Cimeira Constitutiva da CPLP, que decorreu a 17 de Julho de 1996 no Centro Cultural de Belém
ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama,
referiu que: "O processo mais
adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de
língua portuguesa espalhados
por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou
Governo, promover encontros
anuais de Ministros de Negócios
Estrangeiros, efetivar consultas
políticas frequentes entre diretores políticos e encontros regulares de representantes na ONU
ou em outras organizações internacionais, bem como avançar
com a constituição de um grupo
de língua portuguesa no seio da
União Interparlamentar".
Foram abordadas, de forma
aprofundada, áreas como a concertação político-diplomática, a
cooperação econômica e empresarial, a cooperação com organismos não governamentais e a
entrada em funcionamento do
IILP.
O resultado desse trabalho encontra-se consolidado em dois
então Embaixador do Brasil em documentos, adotados posteriLisboa, José Aparecido de Oli- ormente na Cimeira.
veira.
A Comunidade dos Países de
Em Fevereiro de 1994, os sete Língua Portuguesa - CPLP é o
ministros dos Negócios Estran- foro multilateral privilegiado pageiros e das Relações Exterio- ra o aprofundamento da amizade
res, reunidos pela segunda vez, mútua e da cooperação entre os
em Brasília, decidiram recomen- seus membros. Criada em 17 de
dar aos seus Governos a realiza- Julho de 1996, a CPLP goza de
ção de uma Cimeira de Chefes personalidade jurídica e é dotade Estado e de Governo com da de autonomia financeira.
vista à adoção do ato constitutivo da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa.
Os ministros acordaram, ainda,
no quadro da preparação da Cimeira, a constituição de um Grupo de Concertação Permanente,
sedeado em Lisboa e integrado
por um alto representante do MiEm 1983, no decurso de uma vi- O processo ganhou impulso de- nistério dos Negócios Estrangeisita oficial a Cabo Verde, o então cisivo na década de 90, mere- ros de Portugal (o Diretor-Geral
cendo destaque o empenho do de Política Externa) e pelos Em-

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