Boletim01. A evolução do emprego formal na Região Norte
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Boletim01. A evolução do emprego formal na Região Norte
Boletim Técnico Nº 01/2001 A Evolução do Emprego Formal na Região Norte Fluminense: Um enfoque sobre Campos e Macaé Ref: Março/2001 Observatório Socioeconômico – um projeto do Consórcio Universitário de Pesquisa da Região Norte Fluminense Um Convênio: CEFET – UENF – UFF – UFRRJ – UNIVERSO 2 Equipe Técnica: Romeu e Silva Neto (coordenador) Selmo Eduardo Pires Ribeiro (UNIVERSO) Hamilton Jorge de Azevedo (UFRRJ/CNPq) André Fernando Uébe Mansur (UNIVERSO) Hélio Gomes Filho (CEFET) Estagiários: Leonardo Gomes Mocaiber (UNIVERSO) Bruno Manhães Siqueira (CEFET) John Wesley Santos (UNIVERSO) Kátia Coutinho Ferreira (CEFET) 3 Apresentação O Observatório sócio-econômico da Região Norte Fluminense foi criado em 02 de janeiro de 2001, através de um convênio estabelecido entre o NEED – Núcleo de Estudos em Estratégia e Desenvolvimento do CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos e a UNIVERSO – Universidade Salgado Oliveira (Sede Campos) representada pela Coordenação do Curso de Administração de Empresas com a finalidade principal de coletar, analisar e disponibilizar dados e informações que possam dar suporte à tomada de decisões de agentes públicos e privados e que auxiliem a concepção de políticas e estratégias municipais que venham a melhorar a qualidade de vida da população. O Observatório monitora indicadores das áreas de emprego, renda, saúde, educação, habitação e saneamento dos municípios da Região Norte Fluminense: Campos dos Goytacazes, Macaé, São João da Barra, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira. De forma complementar, o Observatório eventualmente poderá analisar indicadores sócio-econômicos das principais cidades de cada uma das mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro: Noroeste – Itaperuna, Serrana – Petrópolis, Lagos – Cabo Frio, Sul – Volta Redonda, e Metropolitana – Niterói. Essa análise permitirá verificar se uma eventual tendência regional também se apresenta nas demais regiões do Estado. As fontes dos dados coletados são sempre oficiais para evitar problemas de credibilidade. Dentre essas fontes, destacam-se: RAIS/CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego, DataSUS do Ministério da Saúde, INEP do Ministério da Educação, e CIDE do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Eventualmente, poderão ser utilizadas informações provenientes das prefeituras locais, ou de suas secretarias, desde que devidamente emitidas em documentos oficiais. Os estudos serão sempre realizados para o conjunto de cidades que compõem a Região Norte Fluminense. Entretanto, os estudos poderão enfocar problemáticas específicas de qualquer uma das cidades citadas, priorizadas em função da importância da divulgação das informações para o delineamento de políticas públicas da localidade. Mensalmente, o Observatório publicará um Boletim Técnico sobre qualquer assunto relativo às áreas e cidades monitoradas. Esse boletim será divulgado na imprensa, mas estará à disposição da comunidade no NEED/CEFET. Caso o escopo do boletim publicado não contemple informações relativas a determinadas cidades da Região Norte Fluminense, estas poderão solicitar gratuitamente esses dados ao Observatório. Eventualmente, os agentes públicos e privados de qualquer município da região poderão contratar o Observatório para a realização de estudos e pesquisas de interesse específico. Endereço: CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos NEED – Núcleo de Estudos em Estratégia e Desenvolvimento Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Rua Dr. Siqueira, Nº 273 Parque Dom Bosco – Campos dos Goytacazes – RJ CEP: 28.030-130 Telefone: (024) 733-3255 Ramal 4229 / e-mail: observató[email protected] 4 Sumário 1. Introdução 2. A Evolução do Emprego Formal no período 1997-2000 3. A Análise da Evolução do Emprego Formal por Sub-setor Econômico 4. Conclusões 5. Anexos 5 1. Introdução O mercado de trabalho brasileiro criou 657.596 novos empregos com carteira assinada durante o ano 2000. Isto significa 3,2% de vagas a mais do que em 1999. Este foi o maior crescimento anual de postos de trabalho já registrado na história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho criado em 1992. O recorde anterior era de 1994, o primeiro ano do Plano Real, quando o número de vagas na economia cresceu 1,14%. O comportamento do emprego poderia ter sido bem melhor em 2000 se não fosse o fechamento de 175.789 vagas somente em dezembro, uma queda de 1,05% em relação ao mês anterior. Até novembro, segundo dados do Ministério do Trabalho, 833.385 novos empregos haviam sido criados. A explicação para essa redução é que, tradicionalmente, o mês de dezembro reflete um alto nível de demissões de trabalhadores contratados para prestar serviços temporários, principalmente na indústria e no comércio. No acumulado do ano, o setor de comércio foi o que teve maior crescimento percentual, com um aumento de 4,39% em 2000, o que representa 175.472 novas vagas. Contrariando as expectativas de muitos especialistas, a indústria de transformação obteve o segundo maior percentual de aumento, com 3,98%, o que representa em números absolutos 192.863 novos postos de trabalho. Já o setor de serviços foi o que gerou a maior quantidade de empregos na economia. Foram 283.928 vagas, a terceira maior variação percentual de 2000, de 3,53%.1 A análise destes dados, embora apresentados de forma sucinta, permite uma clara compreensão da dinâmica do emprego no país nos diversos setores da economia. Esses estudos também são normalmente realizados em diversas regiões metropolitanas do país. Entretanto, as cidades de menor porte, em sua maioria, não acompanham a evolução do emprego na sua economia. As cidades da Região Norte Fluminense, em particular, não monitoram os indicadores relativos ao emprego, desconhecendo, portanto, os segmentos com maior potencial para contribuir para o desenvolvimento regional. Nesse sentido, este primeiro Boletim Técnico do Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense tem o objetivo específico de analisar a evolução do emprego formal nessas cidades com a pretensão de contribuir para a compreensão da influência da dinâmica do emprego formal no processo de desenvolvimento econômico local. 2. A Evolução do Emprego Formal no período 1997-2000 O ano 2000 foi bastante positivo, no que diz respeito à criação de novos postos de trabalho, para o Brasil, para as capitais dos Estados, para o Estado do Rio de Janeiro e para diversas de suas cidades. O Estado do Rio de Janeiro apresentou um crescimento no número de vagas com carteira assinada de 2,65%, equivalente a 61.220 novos empregos. A cidade do Rio de Janeiro apresentou um crescimento de 2,48%, o menor entre as capitais dos diversos Estados. Porto Alegre, por sua vez, ficou com a maior variação: 4,40%. As áreas metropolitanas, como um todo, geraram 3,33% novos empregos em relação a 1999. Para as cidades do Norte Fluminense e, em particular, para Macaé e Campos2 o ano 2000 foi extraordinariamente positivo. Macaé apresentou 15,31% 1 Fonte: Jornal “O Globo” de 06 de Fevereiro de 2001, pág. 29 do Caderno de Economia. 6 mais empregos formais que em dezembro de 1999, com 5.576 novos postos de trabalho. Campos, por sua vez, apresentou um crescimento de 4,95% com 1.990 novos postos de trabalho. Conforme se pode observar no Gráfico 1 abaixo, a criação de novos postos de trabalho em Macaé é quase cinco vezes superior à média nacional de 3,20% e quase seis vezes superior à média do Estado do Rio de Janeiro de 2,65%. Campos teve um crescimento cerca de três vezes menor que Macaé, mas bastante significativo em relação às médias nacional e estadual, e em relação às principais cidades de cada uma das mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro com porte demográfico equivalente: Petrópolis – Região Serrana, Cabo Frio – Região dos Lagos, Itaperuna – Região Noroeste, Niterói – Região Metropolitana e Volta Redonda – Região Sul. Taxa de Crescimento do Emprego Formal (Dez/2000 em relação a Dez/1999) Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET-UNIVERSO 16% 15,31% Taxa de Crescime nto 14% 12% 10% 8% 6% 4% 4,95% 3,20% 3,40% 2,65% 2,47% 2,03% 1,87% 2% -1,50% 0% -2% Brasil Estado RJ Macaé Campos Petrópolis Cabo Frio Itaperuna Niterói Volta Redonda Localidades Gráfico 1: Taxa de Crescimento do Emprego Formal – Brasil, Estado RJ e Cidades Selecionadas Obs: Os valores foram calculados com os estoques de emprego formal de Dez/2000 e Dez/1999. Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego Com o intuito de compreender o expressivo crescimento do emprego formal em Campos e Macaé ilustrado no Gráfico acima, faz-se necessário avaliar sua evolução ao longo dos últimos anos. Nesse sentido, observa-se no Gráfico 2 a seguir que Macaé vem criando continuamente novos postos de trabalho desde 1996, enquanto Campos vem eliminando progressivamente empregos até o ano de 1999. Somente em 2000, a cidade conseguiu reverter o processo com a criação de 1990 novos empregos. O que chama a atenção no Gráfico é que, em dezembro de 2000, Macaé com uma população de 131.550 habitantes, possui 41.989 empregos, apenas 221 empregos a menos que Campos com 42.210 postos de trabalho, mas com uma população de 406.279 habitantes3. 2 As cidades de Campos e Macaé foram priorizadas neste Boletim em virtude de sua expressiva importância econômica frente aos demais municípios da Região Norte Fluminense 3 Dados de População de acordo com o Censo de 2000 - IBGE 7 Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal - Campos x Macaé Mês de Referência: Dezembro Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 50.000 47.206 46.947 43.362 45.000 42.666 42210 Nº Empregos 40.220 41989 40.000 36.413 35.000 Campos Macaé 31.496 30.000 30.236 27.943 25.000 22.669 20.000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Ano Gráfico 2: Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal – Campos x Macaé Obs: Os valores representam o estoque do emprego em Dezembro de cada ano. Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e do Emprego Ainda na intenção de compreender as trajetórias de Campos e Macaé no processo de geração de empregos, fez-se útil elaborar um novo gráfico com a superposição da evolução do emprego formal ao longo dos doze meses dos últimos quatro anos, cujos dados da CAGED encontram-se disponíveis em CD. Com esse novo gráfico, comprova-se de forma contundente a inércia da evolução do emprego formal em Campos e a impressionante evolução em Macaé. Observa-se no Gráfico 3 a seguir, que Campos apresenta uma grande sazonalidade em função principalmente das atividades sucro-alcooleiras. Nota-se também em que 2000 a cidade superou ligeiramente os anos de 1998 e 1999, mas só conseguiu superar o nível de empregos de 1997 a partir do mês de novembro, muito embora com a mesma tendência de queda. 8 Variação Mensal do Emprego Formal - Campos Gráfico Comparativo 1997 - 1998 - 1999 - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 46.000 45.000 Nº Empregos 44.000 1997 1998 1999 43.000 2000 42.000 41.000 40.000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses Gráfico 3: Variação Mensal do Emprego Formal – Campos dos Goytacazes Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego Ao contrário de Campos, conforme se pode observar no Gráfico 4 a seguir, Macaé apresenta crescimentos sucessivos e expressivos na evolução do emprego formal. Observa-se, que mesmo nos anos de 1997, 1998 e 1999 considerados bastante difíceis para a economia nacional e para a Região Norte Fluminense, Macaé conseguiu obter saldos positivos na geração de novos empregos. O ano 2000 foi particularmente positivo, pois apresenta a mais acentuada linha de crescimento do emprego formal. Variação Mensal do Emprego Formal - Macaé Gráfico Comparativo 1997 - 1998 - 1999 - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 42.000 41.000 40.000 Nº Empregos 39.000 38.000 1997 1998 1999 2000 37.000 36.000 35.000 34.000 33.000 32.000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Meses Gráfico 4: Variação Mensal do Emprego Formal – Macaé Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego Ago Set Out Nov Dez 9 Com a intenção de eliminar possíveis análises distorcidas provocadas pelos fenômenos da sazonalidade em Campos, fez necessário construir um outro gráfico, só que utilizando as médias dos estoques de emprego nos doze meses de cada ano. Então, observa-se no Gráfico 5 a seguir, o mesmo fenômeno de declínio do emprego em Campos até 1999 com uma leve recuperação em 2000, e o constante e acentuado crescimento de Macaé. Entretanto, a diferença entre as médias do ano 2000 entre Campos e Macaé é 3.499 empregos, um número significativamente maior que os 221 empregos encontrados na diferença entre o estoque de emprego em dezembro de 2000 entre Campos e Macaé. Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal - Campos x Macaé Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 45.000 42.473 41.874 43.468 42.650 42.000 Nº Empregos 39.151 39.000 Campos 35.526 Macaé 36.000 34.303 33.236 33.000 30.000 1997 1998 1999 2000 Anos Gráfico 5: Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal – Campos x Macaé Obs: Os valores representam a média dos 12 meses de cada ano. Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego No que se refere às cidades menores da Região Norte Fluminense (ver Gráfico 6 a seguir), também se observa na maioria das cidades, exceto em Quissamã e São Francisco de Itabapoana, um ponto de inflexão na curva do emprego formal a partir do ano 2000, ratificando a idéia de que esse ano também foi particularmente bom para a maioria das cidades de pequeno porte da Região Norte Fluminense. 10 Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal Cidades da Região Norte Fluminense - exceto Campos e Macaé Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 3.500 3.187 3.119 2.976 3.000 2.904 Nº Empregos 2.500 2.144 São João da Barra 2.207 2.102 2.333 2.000 São Fidélis Quissamã Conceição de Macabu Cardoso Moreira 1.500 924 949 1.018 898 362 866 363 883 461 308 308 398 1997 1998 1999 948 São Francisco de Itabapoana 1.000 500 0 904 400 297 2000 Anos Gráfico 6: Estudo Comparativo da Evolução do Emprego Formal – Cidades da Região Norte Fluminense, exceto Campos e Macaé Obs. 1: Os valores representam a média dos 12 meses de cada ano. Obs. 2: Carapebus não consta no Gráfico por não haver dados consistentes na base da CAGED. Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego 3. A Análise da Evolução do Emprego Formal por Subsetor Econômico Ainda perseguindo o objetivo principal deste Boletim de identificar os fenômenos que permitem compreender a evolução do emprego formal nas cidades de Campos e Macaé, fez-se necessário desagregar os dados municipais e analisar a evolução dos empregos por sub-setor econômico. Assim, conforme se pode observar no Gráfico 7 a seguir e na Tabela 1 dos Anexos, Campos apresenta como principais sub-setores geradores de empregos4: o Comércio Varejista com 23,7% do total e 10.110 postos de trabalho; o sub-setor de Alojamento e Alimentação (hotéis, restaurantes, bares etc.) com 9,3% e 3.976 postos; a Agricultura e Criação de Animais (cana-de-açúcar, pecuária etc.) com 8,7% e 3.697 postos; o sub-setor de Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários com 8,0% e 3.426 postos; a Indústria de Alimentos e Bebidas (açúcar, doces, cachaça etc.) com 7,8% e 3.320 postos; a Construção Civil com 7,0% e 2.969 postos; o subsetor de Transporte e Comunicação (transportes coletivos urbanos, telefonia fixa e celular etc.) com 6,6% e 2.797 postos; o sub-setor de Ensino com 6,2% e 2.630 postos; e o sub-setor de Minerais não Metálicos (cerâmica vermelha e outros) com 4,8% e 2.058 postos. Esses nove principais sub-setores geram 82,0% dos empregos de Campos, 35.069 postos de trabalho, enquanto que todos os demais 17 subsetores geram 18,0%, ou seja, 7.667 empregos. A grande importância do Comércio Varejista como segmento gerador de postos de trabalho na economia campista pode ser creditada, dentre vários outros fatores, ao grande número de funcionários públicos estatutários dos governos 4 Esses valores foram calculados a partir da média dos doze meses do ano 2000, com a finalidade de evitar conclusões distorcidas em função de possíveis sazonalidades. 11 federal, estadual e municipal lotados no município e que não são computados nos dados da CAGED. Participação dos Sub-setores Econômicos no Emprego Campos dos Goytacazes - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 100,0% 12.000 100% 82,0% 10.110 90% 77,2% 10.000 71,0% 80% Nº Empregos 64,5% 7.667 57,5% 8.000 6.000 33,0% 3.976 4.000 2.000 70% 60% 49,7% 41,7% 50% 40% 3.697 3.426 3.320 2.969 2.797 % Acumulado 30% 2.630 2.058 23,7% Média Anual 20% 10% Sub-Total Outros Minerais não Metálicos Ensino Transporte e comunicação Construção Civil Indústria de alimentos e bebidas Serviços Med., Odont. e Veterinários Agricultura e criação de Animais Alojamento e Alimentação 0% Comércio Varejista 0 Sub-setores Econômicos Gráfico 7: Participação dos Sub-setores no Emprego – Campos dos Goytacazes Obs: Os valores foram calculados a partir da média dos 12 meses do ano 2000. Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego Desses nove principais sub-setores econômicos de Campos, conforme se pode observar no Gráfico 8 na página seguinte e na Tabela 1 dos Anexos, os que mais contribuíram para a geração de novos postos de trabalho no ano 2000 em relação a dezembro de 1999 foram: a Construção Civil com 428 novos empregos e um crescimento de 16,9% e o Comércio Varejista com 274 empregos e um crescimento de 2,8%. Os sub-setores que mais regrediram foram: Transporte e Comunicação com a perda de 539 postos e uma queda de 16,2% e a Indústria de Alimentos e Bebidas com a perda de 44 postos e uma queda de 1,3%. Ainda no que diz respeito ao Gráfico 8, cabe notar que a sazonalidade observada no total dos empregos de Campos é explicada pela sazonalidade dos sub-setores de Agricultura e Criação de Animais e da Indústria de Alimentos e Bebidas, ou seja, as atividades ligadas diretamente à cana-de-açúcar. 12 Evolução do Emprego Formal por Sub-setor Econômico Campos dos Goytacazes - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 11.500 Nº Empregos 10.500 9.500 Comércio Varejista 8.500 Alojamento e Alimentação Agricultura e criação de Animais 7.500 Serviços Med., Odont. e Veterinários 6.500 Indústria de alimentos e bebidas Construção Civil 5.500 Transporte e comunicação 4.500 Ensino 3.500 Minerais não Metálicos 2.500 1.500 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses Gráfico 8: Evolução do Emprego Formal por Sub-setor Econômico – Campos dos Goytacazes Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego No que diz respeito a Macaé, conforme se pode observar no Gráfico 9 e na Tabela 1 dos Anexos, a cidade apresenta como principais sub-setores geradores de empregos: o Extrativismo Mineral (extração de petróleo) com 24,7% do total e 9.698 postos de trabalho; o sub-setor de Comércio e Administração de Imóveis (imobiliárias) com 16,2% e 6.347 postos; o Comércio Varejista com 12,3% e 4.807 postos; o sub-setor de Transporte e Comunicação (telecomunicações) com 10,4% e 4.079 postos; o sub-setor de Alojamento e Alimentação (hotéis, restaurantes e bares) com 8,3% e 3.255 postos; e a Construção Civil com 7,6% e 2.958 postos. Esses seis principais sub-setores geram 79,5% dos empregos de Macaé, 31.090 postos de trabalho, enquanto que todos os demais 20 sub-setores geram 20,5%, ou seja, 8.016 empregos. 13 Participação dos Sub-setores Econômicos no Emprego Macaé - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 100,0% 12.000 72,0% 63,7% 41,0% 8.000 8.016 53,2% 6.347 6.000 4.807 3.255 2.958 Construção Civil 4.079 4.000 Alojamento e Alimentação Nº Empregos 10.000 79,5% 9.689 24,7% 2.000 Média Anual % Acumulada Sub-Total Outros Transporte e comunicação Comércio Varejista Extr. Mineral Comércio Adm de Imóveis e outros 0 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sub-setores Econômicos Gráfico 9: Participação dos Sub-setores no Emprego – Macaé Obs: Os valores foram calculados a partir da média dos 12 meses do ano 2000. Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego Desses seis principais sub-setores econômicos de Macaé, conforme se pode observar no Gráfico 10 mais adiante e na Tabela 1 dos Anexos, os que mais contribuíram para a geração de novos postos de trabalho no ano 2000 em relação a dezembro de 1999 foram: o sub-setor de Transporte e Comunicação com 962 novos empregos e um crescimento de 30,9% e Construção Civil com 619 empregos e um crescimento de 26,4%. Também merecem destaque os sub-setores de Alojamento e Alimentação com 504 novos empregos e um crescimento de 18,3% e o Extrativismo Mineral com 457 novos empregos e um crescimento de 5,0%. Dentre os seis principais sub-setores da economia macaense, que geram quase 80% de seus empregos, nenhum regrediu ou eliminou postos de trabalho. Evolução do Emprego Formal por Sub-setor Econômico Macaé - 2000 Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UNIVERSO 11.000 10.000 Nº Empregos 9.000 Extr. Mineral 8.000 Comércio Adm de Imóveis e outros 7.000 Comércio Varejista 6.000 Transporte e comunicação Alojamento e Alimentação 5.000 Construção Civil 4.000 3.000 2.000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses Gráfico 10: Evolução do Emprego Formal por Sub-setor Econômico – Macaé Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho e do Emprego 14 4. Conclusões O emprego formal é um indicador que, embora não consiga captar toda a dinâmica da economia das cidades, serve para indicar de forma segura tendências sobre os rumos de seu desenvolvimento. Então, a partir dos dados apresentados e analisados, pode-se concluir que a partir do ano 2000 a Região Norte Fluminense, de uma forma geral, parece estar emergindo lentamente de um longo processo de decadência econômica, muito embora essa reação pareça ser mais devido à melhoria dos aspectos macroeconômicos nacionais do que devido ao próprio dinamismo das atividades econômicas locais. Campos, o principal município da Região – pelo menos por enquanto – parece reagir de forma muito tímida ao processo de estagnação econômica, pois os principais sub-setores com capacidade de gerar novos postos de trabalho foram a Construção Civil e o Comércio. Esses segmentos da economia não têm sustentação por si só para dinamizar a economia municipal de forma duradoura, pois dependem dos níveis de circulação de riqueza no município e da sua distribuição e podem facilmente sucumbir frente a modificações macroeconômicas como, por exemplo, a elevação na taxa de juros no crédito ao consumidor e a redução dos investimentos públicos em habitação ou em obras de infra-estrutura pública. Por outro lado, Macaé apresenta um acentuado crescimento do emprego formal em segmentos econômicos com capacidade de influenciar o desenvolvimento econômico local. Os sub-setores de Extrativismo Mineral e Transporte e Comunicação estão dinamizando a economia local e provocando impactos positivos em diversos outros segmentos como Comércio e Administração de imóveis, Comércio Varejista e Alojamento e Alimentação. A Construção Civil, a reboque de investimentos públicos em infra-estrutura e de investimentos privados na área de habitação e outros empreendimentos imobiliários, também vem dando sua contribuição ao processo de desenvolvimento local. O que mais chama a atenção nos dados apresentados é que, em dezembro de 2000, Macaé com uma população de 131.550 habitantes, possui 41.989 empregos, apenas 221 empregos a menos que Campos com 42.210 postos de trabalho, mas com uma população de 406.279 habitantes. Assim, mantidas as taxas de crescimento de Campos e Macaé, é certo que o número de postos de trabalho com carteira assinada em Macaé ultrapassará, pela primeira vez, o número de postos de trabalho em Campos. Trata-se de um fato histórico que pode marcar o início do fim da hegemonia econômica de Campos na Região Norte Fluminense. Aprofundando-se um pouco mais as análises sobre Campos e Macaé, percebe-se um elemento em comum nos divergentes caminhos dessas cidades em busca do desenvolvimento econômico. A estagnação econômica de Campos e o crescimento de Macaé parecem não serem influenciados significativamente pelos poderes públicos municipais de forma endógena. Mesmo em Macaé, percebe-se que o crescimento deve-se a investimentos privados exógenos nas áreas de petróleo e telecomunicações. Esses municípios, mesmo com a crescente arrecadação dos royalties a partir de 1998, parecem não contribuir com o processo de geração de emprego e renda. Isso fica comprovado a partir da falta de políticas explícitas de geração de empregos. Diversas cidades no Brasil e no exterior vem tomando iniciativas articuladas com os agentes sócio-econômicos locais de constituir Agências de Desenvolvimento Local e de definir políticas e estratégias para o processo de desenvolvimento local e para a geração de emprego e renda. Como exemplos 15 práticos desse tipo de ação tem-se as incubadoras de empresas, os parques de tecnologia, os serviços de apoio e crédito às micro e pequenas empresas, dentre outras. Entretanto, em Campos e Macaé, mesmo com a abundância de recursos financeiros, essas iniciativas ainda não são percebidas. Então, conclui-se que se faz urgente a promoção de uma ampla articulação das prefeituras municipais com os diversos agentes sócio-econômicos locais para a promoção de ações endógenas e sustentáveis de desenvolvimento econômico local. Anexo 1 – A evolução do emprego formal por sub-setor econômico – Campos dos Goytacazes – dez/1999 a dez/2000 Dez/1999 Setor 10.040 Comércio Varejista 3.820 Alojamento e Alimentação 3.560 Agricultura e criação de Animais 2.882 Serviços Med., Odont. e Veterinários 2.844 Indústria de alimentos e bebidas 2.555 Construção Civil 2.538 Transporte e comunicação 2.526 Ensino 1.967 Minerais não Metálicos 1.600 Comércio Adm de Imóveis e outros 1.335 Comércio Atacadista 1.072 Ind de Papel e Gráfica 614 Instituição Financeira 574 Administração Pública 551 Indústria Textil Serviços industriais e Utilidades Públicas 375 286 Indústria Quimica 272 Mad e Mobil 208 Extr. Mineral 195 Ind. Metal 122 Material transporte 108 Ind. Borracha, fumo e couro 54 Outros / Ignorados 38 Indústria calçados 37 Ind. Mecãnica 18 Eletricidade e Comunicações 7.459 Sub-Total Outros 40.191 Total Jan/2000 Fev/2000 Mar/2000 Abr/2000 Mai/2000 Jun/2000 Jul/2000 Ago/2000 Set/2000 Out/2000 Nov/2000 Dez/2000 9.961 9.960 9.860 9.849 9.969 10.089 10.180 10.229 10.224 10.219 10.457 10.317 3.792 3.858 3.894 3.910 3.908 3.961 3.947 4.067 4.082 4.132 4.123 4.042 2.486 2.539 2.601 2.671 4.035 5.046 5.143 5.003 4.570 3.436 3.347 3.492 3.558 3.553 3.535 3.521 3.502 3.499 3.391 3.408 3.441 3.467 3.478 2.755 3.147 3.153 3.175 3.382 3.598 3.585 3.623 3.571 3.415 3.236 3.003 2.956 2.590 2.759 2.771 2.924 3.124 3.111 3.125 3.124 3.130 3.172 3.212 2.588 2.896 2.845 2.788 2.821 2.844 2.748 2.730 2.691 2.683 2.725 2.746 3.041 2.545 2.555 2.552 2.570 2.563 2.577 2.576 2.616 2.617 2.631 2.615 3.142 2.004 2.026 2.025 2.015 2.021 2.023 2.089 2.111 2.120 2.099 2.088 2.080 1.618 1.666 1.650 1.627 1.639 1.764 1.804 1.835 1.808 1.739 1.714 1.692 1.266 1.273 1.270 1.285 1.307 1.301 1.331 1.352 1.332 1.342 1.355 1.359 1.135 1.139 1.128 1.134 1.132 1.133 1.144 1.148 1.157 1.151 1.151 1.155 570 577 578 578 589 586 593 593 594 589 587 599 581 581 582 579 580 582 582 582 582 578 579 578 549 551 539 541 549 549 539 544 543 557 551 548 367 364 368 363 357 351 353 349 366 363 356 352 281 292 286 300 310 317 323 321 320 322 324 321 289 294 292 300 308 322 322 331 326 323 319 319 206 205 203 200 194 200 203 204 206 212 213 213 196 196 191 191 191 196 193 197 195 197 207 204 108 104 102 106 108 108 112 115 121 129 130 130 122 123 124 118 118 121 120 120 117 125 126 134 55 55 55 55 55 55 57 58 60 69 74 73 42 42 42 41 43 42 42 47 47 47 50 53 38 38 37 39 40 39 39 37 39 46 47 46 18 18 22 20 20 20 19 19 19 20 20 21 7.441 7.518 7.469 7.477 7.540 7.686 7.776 7.852 7.832 7.809 7.803 7.797 40.420 40.766 40.670 41.140 43.104 44.325 44.580 44.672 44.114 42.926 42.872 42.210 2 Anexo 1 – A evolução do emprego formal por sub-setor econômico – Campos dos Goytacazes – dez/1999 a dez/2000 (continuação) Setor Comércio Varejista Alojamento e Alimentação Agricultura e criação de Animais Serviços Med., Odont. e Veterinários Indústria de alimentos e bebidas Construção Civil Transporte e comunicação Ensino Minerais não Metálicos Comércio Adm de Imóveis e outros Comércio Atacadista Ind de Papel e Gráfica Instituição Financeira Administração Pública Indústria Textil Serviços industriais e Utilidades Públicas Indústria Quimica Mad e Mobil Extr. Mineral Ind. Metal Material transporte Ind. Borracha, fumo e couro Outros / Ignorados Indústria calçados Ind. Mecãnica Eletricidade e Comunicações Sub-Total Outros Total Média Anual/1999 9.836 3.873 3.665 3.452 3.364 2.541 3.336 2.455 1.929 1.673 1.305 1.061 636 418 539 385 324 276 210 206 132 102 57 35 42 19 7.419 41.871 Média Anual/2000 10.110 3.976 3.697 3.426 3.320 2.969 2.797 2.630 2.058 1.713 1.314 1.142 586 581 547 359 310 312 205 196 114 122 60 45 40 20 7.667 42.650 Total Acumulado - Dez/2000 10.317 14.359 17.851 20.606 23.562 26.150 29.191 32.333 34.413 36.105 37.464 38.619 39.218 39.796 40.344 40.696 41.017 41.336 41.549 41.753 41.883 42.017 42.090 42.143 42.189 42.210 42.210 % Individual 23,7% 9,3% 8,7% 8,0% 7,8% 7,0% 6,6% 6,2% 4,8% 4,0% 3,1% 2,7% 1,4% 1,4% 1,3% 0,8% 0,7% 0,7% 0,5% 0,5% 0,3% 0,3% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 18,0% Crescimento Crescimento Percentual Absoluto Méd/00 - Méd/99 % Acumulada Méd/00 - Méd/99 23,7% 2,8 274 33,0% 2,7 104 41,7% 0,9 32 49,7% -0,8 -27 57,5% -1,3 -44 64,5% 16,9 428 71,0% -16,2 -539 77,2% 7,1 175 82,0% 6,7 129 86,0% 2,4 40 89,1% 0,7 10 91,8% 7,7 82 93,2% -7,9 -50 94,5% 38,9 163 95,8% 1,4 8 96,7% -6,8 -26 97,4% -4,5 -15 98,1% 13,1 36 98,6% -2,3 -5 99,1% -4,7 -10 99,3% -13,2 -17 99,6% 20,3 21 99,8% 5,1 3 99,9% 28,1 10 100,0% -3,4 -1 100,0% 2,6 1 100,0% 3,3 247 3 Anexo 2 – A evolução do emprego formal por sub-setor econômico – Macaé – dez/1999 a dez/2000 Dez/1999 Jan/2000 Fev/2000 Mar/2000 Abr/2000 Mai/2000 Jun/2000 Jul/2000 Ago/2000 Set/2000 Out/2000 Nov/2000 Dez/2000 Setor 9.344 9.388 9.463 9.554 9.594 9.615 9.658 9.741 9.765 9.741 9.856 9.923 9.968 Extr. Mineral 5.893 5.838 5.929 6.027 6.045 6.109 6.205 6.302 6.522 6.615 6.729 6.802 7.037 Comércio Adm de Imóveis e outros 4.812 4.871 4.821 4.838 4.885 4.883 4.691 4.724 4.739 4.732 4.771 4.866 4.857 Comércio Varejista 3.207 3.527 3.551 3.636 3.720 3.805 3.962 4.045 4.094 4.492 4.595 4.759 4.765 Transporte e comunicação 2.866 2.843 2.986 3.034 3.064 3.138 3.325 3.364 3.381 3.339 3.322 3.344 3.925 Alojamento e Alimentação 2.655 2.749 2.758 2.730 2.744 2.804 2.866 2.777 2.861 3.040 3.250 3.617 3.297 Construção Civil 1.780 1.784 1.779 1.893 1.909 1.906 1.954 1.948 1.944 1.930 1.928 1.935 1.934 Administração Pública 1.082 1.054 1.035 1.010 1.018 1.038 1.057 1.102 1.085 1.084 1.073 1.045 1.023 Indústria de alimentos e bebidas 913 937 935 939 940 943 958 973 982 993 1.013 1.025 1.017 Serviços Med., Odont. e Veterinários 822 811 814 839 862 878 902 892 895 908 913 892 863 Ensino 816 866 890 893 919 924 933 941 949 943 854 851 863 Comércio Atacadista 423 412 387 415 430 474 503 505 513 529 540 615 603 Ind. Metal 407 420 420 413 406 411 412 404 406 418 421 365 357 Agricultura e criação de Animais 327 291 288 282 285 281 287 288 286 290 294 294 291 Instituição Financeira 244 251 259 272 267 267 263 262 270 264 272 275 285 Ind. Mecãnica 239 234 235 235 236 236 236 237 238 237 238 239 239 Ind de Papel e Gráfica 142 150 158 157 160 159 160 154 155 153 149 169 167 Min. n Metal 120 123 126 129 132 130 127 134 133 133 136 137 146 Indústria Textil 91 70 70 79 79 79 79 79 79 80 80 80 80 Ind. Borracha, fumo e couro 70 91 91 94 81 81 80 80 80 79 79 79 80 Serviços industriais e Utilidades Públicas 44 31 34 35 35 35 37 38 39 40 41 51 58 Eletricidade e Comunicações 43 43 42 42 41 40 38 38 38 41 40 40 40 Mad e Mobil 30 45 34 37 37 37 36 43 41 41 41 34 33 Material transporte 26 25 25 25 28 27 28 28 29 29 30 33 33 Indústria Quimica 14 15 17 25 26 27 26 26 26 26 28 28 27 Outros / Ignorados 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 Indústria calçados 7.636 7.656 7.642 7.817 7.894 7.976 8.119 8.175 8.191 8.221 8.173 8.190 8.140 Sub-Total Outros Total 36.413 36.872 37.150 37.636 37.946 38.330 38.826 39.128 39.553 40.180 40.696 41.501 41.989 4 Anexo 2 – A evolução do emprego formal por sub-setor econômico – Macaé – dez/1999 a dez/2000 (continuação) Setor Extr. Mineral Comércio Adm de Imóveis e outros Comércio Varejista Transporte e comunicação Alojamento e Alimentação Construção Civil Administração Pública Indústria de alimentos e bebidas Serviços Med., Odont. e Veterinários Ensino Comércio Atacadista Ind. Metal Agricultura e criação de Animais Instituição Financeira Ind. Mecãnica Ind de Papel e Gráfica Min. n Metal Indústria Textil Ind. Borracha, fumo e couro Serviços industriais e Utilidades Públicas Eletricidade e Comunicações Mad e Mobil Material transporte Indústria Quimica Outros / Ignorados Indústria calçados Sub-Total Outros Total Média Anual/1999 9.232 5.982 4.745 3.117 2.752 2.339 1.753 1.054 912 694 819 416 442 326 196 239 136 119 90 76 60 -46 30 27 17 3 7.360 35.526 Média Anual/2000 9.689 6.347 4.807 4.079 3.255 2.958 1.904 1.052 971 872 902 494 404 288 267 237 158 132 78 83 40 40 38 28 25 3 8.016 39.151 Total Acumulado - Méd/2000 9.689 16.036 20.842 24.921 28.177 31.134 33.038 34.090 35.061 35.934 36.836 37.330 37.734 38.022 38.290 38.526 38.684 38.816 38.894 38.977 39.016 39.056 39.095 39.123 39.148 39.151 39.151 % Individual 24,7% 16,2% 12,3% 10,4% 8,3% 7,6% 4,9% 2,7% 2,5% 2,2% 2,3% 1,3% 1,0% 0,7% 0,7% 0,6% 0,4% 0,3% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 20,5% % Acumulada 24,7% 41,0% 53,2% 63,7% 72,0% 79,5% 84,4% 87,1% 89,6% 91,8% 94,1% 95,3% 96,4% 97,1% 97,8% 98,4% 98,8% 99,1% 99,3% 99,6% 99,7% 99,8% 99,9% 99,9% 100,0% 100,0% 100,0% Crescimento Crescimento Percentual Absoluto Méd/00 Méd/00 - Méd/99 - Méd/99 5,0 457 6,1 365 1,3 62 30,9 962 18,3 504 26,4 619 8,6 151 -0,2 -2 6,5 59 25,7 178 10,2 84 18,9 78 -8,4 -37 -11,5 -38 36,5 72 -0,8 -2 16,2 22 11,1 13 -13,8 -12 8,5 7 -34,3 -21 -187,3 86 27,5 8 6,9 2 48,5 8 -8,1 0 8,9 656 Nota Técnica Nº 01/2001 (complementar ao Boletim Técnico Nº 01/2001) A Razão entre o Emprego Formal e a População Total das Cidades de Porte Médio – uma referência para Campos e Macaé em relação ao Rio de Janeiro e ao Brasil 1. Considerações Técnicas Como desdobramento do Boletim Técnico N.º 01/2001 do Observatório SócioEconômico do Norte Fluminense que avaliou o emprego formal nas nove cidades do Norte Fluminense, foi realizado um estudo complementar com o objetivo principal de avaliar a porcentagem da população total de algumas cidades de porte médio com emprego formal, ou seja, com carteira assinada. Além de Campos e Macaé, foram selecionadas cinco cidades do Estado do Rio de Janeiro, as principais de cada mesorregião do Estado, e outras oito cidades em diferentes regiões do país, que apresentassem similaridades sócioeconômicas com Campos e Macaé, como população, e perfil das atividades econômicas, por exemplo. Antes da apresentação de qualquer dado, faz-se importante ressaltar que a análise a ser feita poderá ser aperfeiçoada posteriormente com dados não da população total das cidades, mas com dados da PEA (População Economicamente Ativa). Entretanto, como estes novos dados da estratificação da população do Censo 2000 ainda não foram disponibilizados pelo IBGE, fez-se a opção, para efeito de referência, por se comparar a razão entre a população total - medida pelo IBGE no ano 2000 - e o número de empregos formais existentes em dezembro desse ano em cada uma das cidades selecionadas. Outra ressalva que merece a análise dos dados é que os resultados apresentados merecem uma análise comparativa mais aprofundada que leve em conta as diversas características específicas destas cidades, assim como a dinâmica da economia e do emprego por setor e sub-setor da economia ao longo do ano. Conforme se pode observar nas tabelas e nos gráficos apresentados a seguir, os resultados apresentados permitem uma compreensão, pelo menos parcial, da dinâmica do emprego formal frente à população total das cidades. Mais uma vez, observa-se a situação excepcional da cidade de Macaé, tanto na comparação com as cidades do Estado do Rio de Janeiro, quanto na comparação com as outras cidades selecionadas em diversos estados do país. Por outro lado, Campos dos Goytacazes aparece na pior situação entre as cidades do Estado do Rio de Janeiro e, na comparação com as outras cidades de porte médio a nível nacional, aparece em situação melhor apenas das cidades de Pelotas (RS) e de Petrolina (PE), assim mesmo por pequena diferença percentual. 2 Rio de Janeiro População Emprego Total IBGE- Formal 2000 Dez/2000 131.550 41.989 458.465 109.774 242.839 48.589 286.348 46.433 126.894 19.363 86.687 11.229 406.279 42.210 Cidades Macaé Niteroi Volta Redonda Petropolis Cabo Frio Itaperuna Campos Razão Emprego Formal/População (em %) 31,92% 23,94% 20,01% 16,22% 15,26% 12,95% 10,39% Tabela 1: Razão Emprego Formal / População Total – Cidades Selecionadas no ERJ Fontes: RAIS/CAGED – Ministério do Trabalho e IBGE Razão Emprego Formal/População (em % ) Observatório SócioEconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET-UNIVERSO 35% 31,9% 30% 23,9% 20,0% 25% 16,2% 20% 15,3% 13,0% 15% 10,4% 10% 5% 0% Macaé Niteroi Volta Redonda Petropolis Cabo Frio Itaperuna Campos Gráfico 1: Razão Emprego Formal / População Total – Cidades Selecionadas no ERJ Fontes: RAIS/CAGED – Ministério do Trabalho e IBGE 3 Brasil População Emprego Total IBGE- Formal Cidades 2000 Dez/2000 Macaé 131.550 41.989 Joinville – SC 323.034 92.965 Juiz de Fora - MG 328.312 90.277 Caxias do Sul - RS 360.207 92.696 Ribeirão Preto - SP 446.849 101.323 Londrina - PR 505.012 88.473 Piracicaba - SP 447.141 63.764 Campos - RJ 406.279 42.210 Pelotas - RS 428.974 43.788 Petrolina - PE 218.336 20.972 Razão Emprego Formal/População (em %) 31,92% 28,78% 27,50% 25,73% 22,67% 17,52% 14,26% 10,39% 10,21% 9,61% Tabela 2: Razão Emprego Formal / População Total – Cidades Selecionadas no Brasil Fontes: RAIS/CAGED – Ministério do Trabalho e IBGE Razão Emprego Formal/População (em % ) Observatório Sócio-Econômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET-UNIVERSO 35% 31,9% 28,8% 27,5% 30% 25,7% 22,7% 25% 17,5% 20% 14,3% 15% 10,4% 10,2% 9,6% Joinville – Juiz de Caxias do Ribeirão Londrina - Piracicaba Campos SC Fora - MG Sul - RS Preto - SP PR - SP RJ Pelotas RS Petrolina PE 10% 5% 0% Macaé Gráfico 2: Razão Emprego Formal / População Total – Cidades Selecionadas no Brasil Fontes: RAIS/CAGED – Ministério do Trabalho e IBGE