PROJETO BRAGECRIM Nº 001/09 Bolsista: Juliana Dagnese
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PROJETO BRAGECRIM Nº 001/09 Bolsista: Juliana Dagnese
FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR Coordenação Geral de Cooperação Internacional Ministério da Educação – Anexo I, 2º andar, sala 205 Caixa Postal 250 CEP: 70359-970 Brasília, DF Fone: (61) 2104-8875 Fax : (61) 2104-9329 E-mail: [email protected] RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO DE MESTRADO NO EXTERIOR PROJETO BRAGECRIM Nº 001/09 Período: 03/03/2010 à 02/09/2010 Bolsista: Juliana Dagnese METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO E MODELO NUMÉRICO DE CURVAS DE ESCOAMENTO DE AÇOS MÉDIO CARBONO Projeto de Dissertação para obtenção do Título de Mestre em Engenharia Área de Concentração: Processos de Fabricação Orientador: Prof. Dr. Alexandre da Silva Rocha, PPGEM - UFRGS Co-orientador: Priv–Doz. Dr. Ing. Habil. Thomas K. Hirsch, Stiffung Institut für Werkstofftechnik–IWT–Universidade de Bremen, Alemanha. Programa de Pós Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Outubro/2010 Introdução O presente documento apresenta um relato sobre a experiência internacional, bem como sobre as atividades do estágio de mestrado sanduíche da bolsista Juliana Dagnese, no âmbito do Programa BRAGECRIM, realizado no Stiftung Institut für Werkstofftechnik (IWT) em Bremen, Alemanha, no período de 03/03/2010 a 02/09/2010. O estágio teve papel essencial na realização das atividades relacionadas com o Projeto BRAGECRIM 001/09 bem como nas atividades necessárias para o desenvolvimento de dissertação de mestrado da aluna, cujo título provisório é Metodologia de Levantamento e Modelo Numérico de Curvas de Escoamento de Aços Médio Carbono. Durante as atividades no IWT, a aluna esteve sob co-orientação do Priv.-Doz. Dr.-Ing. Thomas Hirsch, pesquisador do IWT e professor na Universidade de Bremen e parceiro deste projeto. Objetivos O principal objetivo do presente documento é apresentar um parecer sobre o período de permanência no exterior, com avaliação sobre a adaptação à cultura, qualidade do laboratório e acesso à infra-estrutura da universidade de estudos ou centro de pesquisa onde foi realizado o estágio, bem como uma breve descrição das atividades realizadas pelo bolsista. Avaliação Infra-estrutura do Centro de Pesquisa O estágio foi realizado no Stiftung Institut für Werkstofftechnik (IWT) em Bremen, Alemanha. O IWT é um instituto de pesquisa referência em Ciência dos Materiais, Engenharia de Processos e Tecnologia de Manufatura. O IWT possui estrutura, tecnologia e equipamentos adequados para a caracterização e ensaios mecânicos de materiais metálicos, tais como: difratômetros de raios-X, espectrômetros de emissão ótica, microscópio eletrônico de varredura, máquinas servo-hidráulicas, instrumentação para medição de tensões e deformações, dentre outros. Abaixo segue listagem de equipamentos: • Fornos a vácuo para tratamento térmico; • Equipamento para tratamento térmico convencional com controle de atmosfera; • Instrumentação para medições de dureza; • Máquina de medição dimensional por três coordenadas de alta precisão; • Dilatômetro diferencial com possibilidade de aplicação de deformação; • Máquina servo-hidráulica para ensaio de tração em altas velocidades e ensaio de compressão com aquecimento do corpo de prova por condução; (Gleeble). • Análise química por via úmida; • Espectrômetro de absorção atômica; • Espectrômetro de fluorescência de raios-X (XPS); • Espectrômetro Auger (AES); • Nanoidentador; • Máquinas servo-hidráulicas e mecânicas para ensaio de fadiga; • Instrumentação para medição de tensões e deformações; • Difratômetros de raios-x para análise de tensões residuais; • Goniômetro de textura; • Difratômetro móvel para a análise de tensões residuais em grande componentes; • Espectrômetro de emissão ótica (S-OES) para análise de composição química; • Espectrômetro de emissão óptica em descarga incandescente (GDOES); • Laboratório equipado para preparação de amostras para metalografia; • Microscópios óticos (campo escuro, polarização, contraste de fase) com análise quantitativa e digital; • Microscópio eletrônico de varredura (MEV) com a possibilidade de análise elementar qualitativa e quantitativa (EDX, WDX), • Microscópio eletrônico de transmissão (MET), • Instrumentação para análise de topografia de superfície; • Laboratório com equipamentos para micro e macroimagem com armazenamento digital. Adaptação O Professor orientador estrangeiro exerceu papel fundamental para que a adaptação do bolsista fosse possível, já que este não é familiarizado com os costumes do local de destino. Sua freqüente orientação e ajuda que iniciaram até mesmo anterior à chegada do bolsista no exterior através do auxílio na busca de uma moradia, evitou com que o bolsista se deparasse com eventuais dificuldades. O esclarecimento sobre atividades rotineiras, transporte, localização de pontos-chave, apresentação de documentos mandatórios, visto, etc., foi suportado pelo orientador estrangeiro. Diante desta experiência, o bolsista destaca a importância da cooperação internacional não somente como compartilhamento de experiências tecnológicas, mas também culturais. A adaptação no centro de pesquisa também foi suportada, no início, pelo orientador estrangeiro, que introduziu o bolsista ao grupo. No decorrer do período o grupo também assumiu o papel de orientador e esclarecedor de procedimentos e acessos do centro de pesquisa. A colaboração e auxílio em diversas questões por parte dos demais pesquisadores presentes no grupo também podem ser destacados como essenciais para o sucesso do processo de adaptação do bolsista. Dificuldades A principal dificuldade que deve ser destacada está relacionada com a obtenção do visto de estudante, obrigação esta, prevista como de inteira responsabilidade do bolsista segundo orientação CNPq. Na presente situação, a obtenção do visto de estudante pelo bolsista só foi possível estando este sob condição de “aluno matriculado” na instituição de destino (Universidade de Bremen), condição esta que só pode ser alcançada através com a insistente intervenção do orientador estrangeiro no processo para que o bolsista brasileiro fosse aceito como aluno da instituição sem um documento oficial. Após a carta de aceitação enviada pela Universidade, foi necessário pagamento da taxa de matrícula por parte do bolsista (quantia de duzentos euros). Um documento oficial, fornecido pela DFG, esclarecendo a situação do bolsista dentro de um projeto de cooperação internacional, neste caso o BRAGECRIM, apresenta-se como uma alternativa viável para amenizar esta dificuldade. Atividades no exterior As atividades previstas no plano de dissertação, documento enviado à Capes para aprovação da missão de estudos englobaram: 1. Treinamento com o professor Thomas Hirsch sobre análise de materiais por difração de raios-X, além instruções sobre proteção radiológica; 2. Análise de tensões residuais em seleção de barras adequadas pelo método de difração de raios-X. 3. Análise química. 4. Análise metalográfica. 5. Caracterização da microestrutura do material e distribuição local dos elementos e caracterização de segregações. 6. Estudo macroestrutural do material e também investigações detalhadas da microestrutura do material, englobando toda rota de fabricação do material, desde a matéria-prima até o produto final. 7. Análise e comparação dos dados experimentais dos materiais com os encontrados na literatura e ajuste das curvas de escoamento experimentais com diferentes equações (modelos numéricos). Todas as atividades previstas foram realizadas, conforme resultados descritos abaixo: Atividades 1 e 2: Treinamento com o professor Thomas Hirsch sobre análise de materiais por difração de raios-X, além instruções sobre proteção radiológica e análise de tensões residuais em seleção de barras adequadas pelo método de difração de raios-X. O treinamento sobre análise de materiais por difração de raios-X e segurança e proteção radiológica é obrigatório para o acesso e utilização dos equipamentos de difração de raios-X que integram a infra-estrutura do instituto de pesquisa IWT (Na figura 1 é possível visualizar um destes equipamentos durante a análise de uma das amostras do projeto). Este treinamento faz parte das regras internas do laboratório e inclusive é documentado e registrado para fins de auditoria por parte de órgãos alemães responsáveis. Após o treinamento, o bolsista tornou-se apto a realizar as análises de tensões residuais pelo método de difração de raios-X. A figura 2 apresenta um gráfico que representa o perfil de tensões residuais ao longo da superfície de uma barra, material o qual é o alvo de estudos do projeto. Da mesma maneira, foram realizadas diversas análises em uma seleção adequada de barras, cujos resultados integrarão o relatório parcial do projeto, além de demais publicações. Figure 1. Equipamento de difração de raios-X integrante da infra-estrutura do instituto de pesquisa IWT. TREFILADA 15°- OP292 400 300 Ressidual Stress [MPa] 200 Line 0° Line 180° Line 135° 100 Line 45° Line 90° 0 -100 0 10 20 30 40 50 -200 Distance [mm] Figure 2. Perfil de distribuição de tensões residuais ao longo da superfície de uma barra trefilada de aço AISI 1045. Atividades 3: Análise química das amostras por OES. Conforme previsto, a composição química elementar por espectroscopia de emissão ótica (OES) foi realizada para quatro lotes de amostra, conforme tabela 1. Pode-se avaliar que aa quantidades de carbon (entre 0.43 e 0.44), silício e manganês estão de acordo com as normas americana (AISI) e alemã (DIN). Table 1. Composição química elementar para quatro diferentes lotes de amostra. Batch A B C D C 0,434 0,443 0,438 0,443 Si 0,237 0,232 0,229 0,246 Atividades 4, 5 e 6: Mn 0,789 0,662 0,758 0,676 P 0,024 0,027 0,025 0,020 Cr 0,126 0,086 0,145 0,088 Ni 0,0762 0,0546 0,112 0,105 Mo 0,0289 0,0147 0,0279 0,0194 Cu 0,093 0,078 0,173 0,117 Análise metalográfica, caracterização da microestrutura do material e distribuição local dos elementos e caracterização de segregações, estudo macroestrutural do material e também investigações detalhadas da microestrutura do material, englobando toda rota de fabricação do material, desde a matéria-prima até o produto final. Foram realizadas análises metalográficas da microestrutura da seção longitudinal e axial em barras de quatro diferentes lotes. As imagens da figura 3 são representativas da seção axial das barras em aumento de 500 x. A microestrutura observada consiste em perlita e ferrita, típico para aços médio carbono. a) b) c) d) Figure 3. Microestrutura da seção axial das barras: perlita e ferrita. a) Lote A; b) Lote B; c) Lote C; d) Lote D. O programa de análise de imagem QWinPro V3.2.1 foi utilizado para medir o tamanho de grão ferrítico por método conforme norma DIN EN ISO 643 (ASTM E 1382). Na figura 4 e 5 é possível visualizar uma análise quantitativa da distribuição de tamanho de grão longitudinal e radial (axial), respectivamente, para cada lote. A análise quantitativa revela miscroestrutura de tamanho de grão fino, totalmente de acordo com o processo. O programa também foi utilizado para determinar a porcentagem de fases ferrita e perlita nas imagens representativas das amostras (tabela 2.) 35 30 25 20 Lote Seção da peça Fração volumétrica de ferrita A axial 0.471 B axial 0.515 C axial 0.458 D axial 0.497 Lote A - Longitudinal 15 10 5 0 Anzahl Körner Número der de grãos (%) (%) Anzahl Körner Número der de grãos (%) (%) Table 2. Fração volumétrica de ferrita para os quatro lotes de amostra. 35 30 25 20 15 10 5 0 Lote C - Longitudinal -7 -4 -1 2 5 8 -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Tamanho de grão GG(ASTM/ Korngröße (DIN)DIN) Anzahl Körner Número der de grãos (%) (%) Número der de grãos (%) (%) Anzahl Körner -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Korngröße (DIN) DIN) Tamanho de grão GG(ASTM/ 35 30 25 20 15 10 5 0 Lote B - Longitudinal 35 30 25 20 Lote D - Longitudinal 15 10 5 0 11 14 17 -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Tamanho de grão GG(ASTM/ Korngröße (DIN) DIN) Korngröße (DIN)DIN) Tamanho de grão GG(ASTM/ 35 30 25 20 Lote A - Radial 15 10 5 0 Anzahl Körner Número der de grãos (%) (%) Anzahl Körner Número der de grãos (%) (%) Figure 4. Análise quantitativa e distribuição de tamanho de grão longitudinal. 35 30 25 20 15 10 5 0 Lote C - Radial 15 10 5 0 -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Tamanho de grão G Korngröße G(ASTM/ (DIN) DIN) -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Korngröße (DIN)DIN) Tamanho de grão GG(ASTM/ Anzahl Körner Númeroder de grãos (%) (%) Anzahl Körner Númeroder de grãos (%)(%) -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Tamanho de grão GG(ASTM/ Korngröße (DIN) DIN) 35 30 25 20 Lote B - Radial 35 30 25 20 Lote D - Radial 15 10 5 0 -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 13 15 17 Tamanho de grão GG(ASTM/ Korngröße (DIN)DIN) Figure 5. Análise quantitativa e distribuição de tamanho de grão radial. A segregação e a distribuição química local de elementos podem ser descrita por análise por micro sonda. A figura 6 contém dois exemplos, para a seção longitudinal dos lotes A e B, ao longo dos 25 mm de diâmetro da barra. Figure 6. Descrição quantitativa de por análise por micro sonda (feixe C-Ka 20 µm a 15 KV, 1000x100 pontos). Atividades 7: Análise e comparação dos dados experimentais dos materiais com os encontrados na literatura e ajuste das curvas de escoamento experimentais com diferentes equações (modelos numéricos). Foram realizados ensaios de tração (Figura 7) para os quatro lotes de amostra e assim as curvas tensão verdadeira versus deformação verdadeira foram construídas. A curva tensão versus deformação em carregamento uniaxial, obtida por um tradicional teste de tração, é de fundamental interesse na plasticidade quando esta é plotada em termos de tensão σ e deformação verdadeira ε. A partir da curva de tensão versus deformação verdadeira é obtida a curva de escoamento, e esta representa as características básicas do comportamento plástico do material. O comprimento útil do corpo de prova de tração foi de 20mm e diâmetro de 5 mm. A velocidade dos testes foi de 10-04 s-1. Na figura 8 estão representadas as curvas de escoamento modeladas através dos ensaios de tração realizados no instituto de pesquisa. As curvas de escoamento de muitos metais para a região de deformação plástica uniforme pode ser expressa pela expressão matemática conhecida como equação de Ludwig-Hollomon: Onde n é o expoente de encruamento, K é o coeficiente de resistência e ε é a deformação verdadeira. Figure 7. Ensaios de tensão versus deformação para os quatro lotes de amostra. 900 σ = 1413,6315 • φ^0,2675 800 True Stress (MPa) 700 600 500 400 300 200 100 0 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 True Strain Figure 8. Curvas de escoamento pela equação Ludwig-Hollomon e equação para curva média. O comportamento da curva e valores, tais como escoamento inicial, alongamento, e tensão máxima dependem: • Composição • Tratamento térmico e condições • Pré-deformações plásticas • Taxa de deformação do teste • Temperatura A comparação dos dados experimentais com os dados da literatura realizada durante o estágio no exterior pode ser visualizado na figura 9, na qual diversas curvas de escoamento de materiais de composição similar ao aço AISI 1045 estão plotadas, além da experimental. Figure 9. Comparação entre curva de escoamento para o material AISI 1045. Literatura versus experimental. Atividades Extra: Além das atividades previamente previstas no cronograma, o bolsista teve a oportunidade de participar e auxiliar na análise de tensões residuais por difração de nêutrons. A atividade foi realizada durante o período de 05/05/2010 à 16/05/2010, no centro de pesquisa de materiais e energia Helmholtz Zentrum, em Berlin. Material e Amostras É válido observar que todo o material utilizado nos ensaios, barras trefiladas de aço AISI 1045, foi enviado pela UFRGS para o instituto IWT e todas as amostras e corpos de provas utilizados para os ensaios realizados no IWT foram lá confeccionados. Conclusão O estágio de mestrado no exterior, realizado pela bolsista Juliana Dagnese no período de 03 de março de 2010 à 02 de setembro do mesmo ano, teve seu objetivo cumprido com sucesso. A adaptação da bolsista no exterior aconteceu e o apoio e auxilio do professor orientador estrangeiro foi essencial para o seu sucesso, assim como para o sucesso cumprimento do cronograma de atividades previstas, que também foi alcançado. Os resultados científicos esperados foram alcançados e irão contribuir de forma imensurável para a dissertação de mestrado da bolsista, assim como para o projeto BRAGECRIM 001/09. Além disso, os recursos fornecidos pela Capes no exterior também foram cumpridos conforme previsto. 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